Edição 707 do jornal O Noticias da Trofa

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Quinzenário | 26 de dezembro de 2019 | Nº 707 Ano 17 | Diretor Hermano Martins | 0,70 €

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Lançada 1.ª Pedra dos paços do concelho

10 Atualidade

“Elsa” fez regressar o pesadelo das cheias 20 Atualidade

Quim barreiros e Jaimão no S. Gonçalo

8 Polícia

Detida após causar engarrafamento pub


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Acabar o ano em reflexão

“O Natal é um tempo, não apenas de alegria, mas também de reflexão”. Resgatamos a citação de Winston Churchill, primeiro-ministro do Reino Unido durante a 2.ª Guerra Mundial, para explicar o conjunto de crónicas especiais que publicamos nesta última edição de 2019. Quisemos marcar o fim do ano com a publicação de diversos textos assinados por pessoas mais ou menos conhecidas do concelho, ligadas a instituições e ao apoio dos mais desprotegidos, com ligações (políticas) à vida do concelho, defensores de causas locais (e mundiais) que estão a mudar a face do planeta e que devem ser alvo de uma profunda reflexão – e talvez ação – dos cidadãos. Os que assinam os textos podiam ser outros, com igual validade, mas consideramos que representam, com substância, aquela que é a essência da comunidade trofense. Ambiente, paternidade, ação social, mobilidade, economia... Os temas são variados e incomparáveis, por isso acreditamos que assumem, na sua individualidade, elevada importância e merecem atenção e reflexão dos nossos leitores. Quisemos, igualmente, marcar esta rubrica especial com um testemunho daqueles que serão o amanhã da sociedade. André Castro é aluno da Escola Básica e Secundária do Coronado e Castro, tem 14 anos, e aceitou colaborar, apresentando a sua visão do que espera como elemento da chamada “Geração Z”. Agradecemos a todos estes cronistas que, ultrapassando dificuldades e fazendo ginástica às respetivas agendas, se prontificaram a colaborar nesta rubrica.

Será “genético” ou “cultural”, a rebeldia que caracteriza as “gentes da Trofa”, das “Terras da Maia”? Várias têm sido as pessoas, principalmente “Não Trofenses”, que tentam interpretar os comportamentos e atitudes destas gentes. Uns com recurso à ciência, outros, meramente empírico… … Vem-me à memória o que sempre ouvi dizer da “Barca da Trofa” e as invasões francesas lideradas pelo General Soult, onde foi clara rebeldia (coragem) dos bougadenses, apoiando o exército português em defender a sua terra, e desta, o seu Porto e o seu Portugal…. … Recordar que das “Terras da Maia” saímos para entrar nos “domínios geográficos” de Santo Tirso. E as nossas gentes, que em vontade própria, já não da Maia, nem por decreto, de Santo Tirso, mas de Bougado, imaginou a sua independência e definiu o concelho como marca da sua autonomia. Já futuravam no início do séc. XIX. E lutaram, lutaram e conquistaram, em 1984, o estatuto de Vila. E não chegou, voltaram à luta e, em 1993, chegam orgulhosamente a Cidade. “No Verão quente de 1993, a Trofa viveu tempos difíceis, tendo os populares revoltado contra a decisão do Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol, uma vez que este havia determinado que o jogo Varzim x Trofense tinha de ser repetido. O jogo já se tinha realizado em Marco de Canaveses, por interdição do estádio do Varzim, após decisão do mesmo órgão da Federação, quando o Trofense havia vencido por 1 x 0”. Em 1998, a Trofa passa a Concelho, com as suas gentes a “trazê-lo” de Lisboa. Nos dias de hoje, já não ambicionamos por “estatutos de orgulho passados”, nem precisamos sair à rua para ler o “jornal”, ou à praça para conversar, ou a uma garagem escondida para idealizar a vida. Basta ligar um computador com internet e os nossos objetivos são preocupações de quem vê o combate à criminalidade; de quem reclama a valorização dos recursos humanos das forças de segurança, dos modelos de segurança (policiamento) de proximidade; do combate à violência doméstica; acolhimento de refugiados; de um Sistema Integrado de Proteção Civil; de Sinistralidade Rodoviária; segurança no Ciberespaço; Reinserção Social venda de selos, registos, levanta- e Serviços Prisionais. A Trofa continua a “defender” a sua identidade, continua a: Lumento de vales, venda de bilhetes tar e a lutar, contra a criminalidade, valoriza as suas forças de Propara espetáculos, etc. O posto funciona de segunda a sex- teção e Socorro e de Segurança, combate a violência doméstica, continua a acolher refugiados, promove o sistema Integrado de ta-feira das 8.30 às 21 horas. Proteção Civil (Exercício realizado em 13 de Dezembro de 2019). Será “gene” ou “cultura”, a rebeldia que caracteriza as “gentes da Trofa? Entre o passado e o presente, admito que qualquer comportamento dos Trofenses resulta de interações complexas entre predisposições genéticas e influências ambientais. É a minha opinião!!

Intermarché com posto dos CTT O Intermarché disponibiliza mais um serviço aos clientes. No novo posto dos CTT, situado no supermercado localizado na Avenida das Pateiras, em Bougado, os

consumidores podem encontrar todo o tipo de serviços dos correios, como o envio de encomendas, correio internacional e expresso, pagamento de serviços,

Meteorologia

“Genético” ou “cultural”…


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O primeiro dia da vida dos novos Paços do Concelho Perante centenas de pessoas, entre individualidades políticas ou ligadas ao tecido empresarial, associativo e religioso e anónimos, a Câmara Municipal lançou a primeira pedra dos Paços do Concelho, na noite de 20 de dezembro. A Trofa é a única no país sem instalações próprias e esta obra, na ótica do presidente da autarquia, será “uma das mais emblemáticas a que Portugal vai assistir neste primeiro quarto de século XXI”. CÁTIA VELOSO Está lançada a primeira pedra daquele que é um dos projetos mais ambicionados pelos trofenses desde que se “foi buscar” a independência administrativa a Lisboa. Vinte um anos e um mês depois, oficializou-se o início da construção dos Paços do Concelho, no lugar da antiga Indústria Alimentar Trofense, junto ao Parque Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro. A empreitada, que seguirá o projeto desenhado pelo arquiteto trofense José Carlos Oliveira a ser desenvolvido paralelamente ao antigo canal ferroviário, está orçada em quase nove milhões de euros, sendo que metade foi conseguido através de “um empréstimo ao Banco Europeu de Investimentos”, com “taxa de juro de quase zero, por um período de 15 anos e com dois anos de carência”, anunciou Sérgio Humberto, presidente da Câmara Municipal, que contará ainda com comparticipação de cerca de 900 mil euros do Portugal 2020. O restante valor do investimento será pago através de fundos próprios da autarquia, “à medida que a obra avance”. Esta solução de financiamento, que “surgiu como um verdadeiro milagre”, referiu o autarca, foi encontrada já “no limite” das “forças” do executivo camarário, que se apercebeu da “desoladora” constatação de que não iria conseguir comparticipação da União Europeia na ordem dos 85 por cento. O prazo de execução é de cerca de 22 meses, pelo que, a correr sem grandes sobressaltos, a nova casa da Câmara Municipal poderá

poucos metros” - se tratava de uma teriais, que será protegido por uma “área desvitalizada da cidade, com “carcaça sólida e resistente” feita de fraco enquadramento e de fracos tijolo de face à vista, revestimento considerado “o mais adequado” recursos viários”. “De imediato acreditei que seria tendo em conta “o preço, o aspeto uma excelente oportunidade de re- e o desempenho”. Estes materiais generação urbana no centro da Tro- acabam, também, por imortalizar a fa e que na extensão da intervenção marca identitária da evolução deste realizada nos parques Lima Carnei- território: a indústria. A madeira e ro e Nossa Senhora das Dores e na a luz – esta explorada através de visequência da excelente operação dro que ligará espaços de trabalho realizada na alameda da Estação e as áreas públicas - complemenpoderia estabelecer-se categori- tam o figurino do edifício, que terá camente como o tão almejado co- quatro pisos, mais a garagem. No rés do chão alinhar-se-ão o atendiração da cidade”, referiu. O arquiteto fez saber que, além mento e zona de recreação, no prida especificidade do espaço, “a meiro andar os serviços técnicos, complexidade do programa” e a no segundo o executivo e os servi“contenção económica” foram as ços de apoio e nos últimos dois as principais dificuldades sentidas na instalações mecânicas. O acesso rodoviário ao edifício elaboração do projeto. Um dos pensamentos curiosos será feito como atualmente, através e transmitidos por José Carlos Oli- da Rua Professor Mário Padrão, mas veira foi o de idealizar o edifício “nada será igual”, sublinhou o arquicomo “uma igreja medieval para- teto, uma vez que o projeto “inspidoxalmente aberta ao espaço pú- ra o executivo municipal a proceder blico”, em que “nada é acessório, ao reperfilamento da continuidade L ançamento da 1.ª pedra dos paços do concelho cujo material, estrutura, forma e do traçado da rua atualmente em estar concluída no último trimestre serviços às suas gentes e ao seu espaço são uma entidade indivisí- situação de impasse”. “A rua dará de 2021. O timing da empreitada foi, território e para prestar serviços vel”. “Um edifício firme, afirmati- acesso ao parque de estacionamende resto, outro dos “muitos obstá- há que ter instalações, para rece- vo, austero, regulador”, acrescen- to ao ar livre, na extremidade sul do culos” que o executivo camarário ber quem precisa desses serviços tou, o que justifica a utilização do terreno ou ao estacionamento coteve de enfrentar, sublinhou Sér- e para quem presta esses serviços betão como um dos principais ma- berto no subsolo”, explicou. poder executá-los e trabalhar em gio Humberto. “Fomos traídos por quem não quer benefício das pessoas e do territóo bem da Trofa e dos trofenses, com rio com boas condições. É determia impugnação do processo de adju- nante hoje, será determinante amadicação por parte de uma empresa nhã e será ainda mais determinante Sérgio Humberto anunciou que, no final do ano, a autarquia vai atingir que, apesar de não cumprir os re- depois de amanhã”, sublinhou o goquisitos definidos pelo júri do con- vernante, que elogiou a capacidade um total de “38 milhões de euros” de redução da dívida – que atingiu os curso, quis atrasar a construção dos da autarquia em aproveitar os fun- 67 milhões – e que o pagamento desta obra está “planeado meticulosados comunitários e, principalmen- mente” e implicará “poupança e contenção”, mas “garantirá que nenhuPaços do Concelho”. “Mas”, acrescentou o autarca, te, o endividamento através do em- ma das obras e projetos planeados para a Trofa ficará por fazer”. “Já foi lançado o concurso e esperamos, dentro de quatro meses, estar a “conseguiram apenas um atraso préstimo ao Banco Europeu de Inde seis meses, seis meses difíceis, vestimentos, que “as autarquias têm construir a Ciclovia do Coronado, num investimento superior a três milhões mas fomos persistentes porque sa- dificuldade em descobrir”, referiu. de euros. Vamos avançar, num futuro muito próximo, com a construção da Ciclovia Norte, que ligará a alameda da estação ao parque das azenhas e bíamos que a razão estava do nosà nova estação de comboios e nos próximos meses vamos avançar com o so lado”. concurso para a Distribuidora XXI, uma ligação entre a zona do hospital da Presente em representação, a pe- Projeto foi desenhado troa e a rotunda do bombeiros”, referiu o autarca, que quis ainda anunciar dido “expresso”, do primeiro-mi- por trofense a aprovação de uma candidatura, “à quarta tentativa”, para “criar melhonistro António Costa, o secretário de Estado-adjunto do DesenvolviEm entrevista ao NT, pouco tem- res acessibilidades e zonas de estadia e apoio ao Castro de Alvarelhos”, mento Regional, Carlos Miguel, de- po depois de ter sido apresentado num investimento de “meio milhão de euros, comparticipados em 85 por fendeu que uma obra com esta di- o projeto, José Carlos Oliveira con- cento” por fundos comunitários. Já depois de o secretário de Estado ter mensão financeira não represen- fessou que foi um “desafio” proje- referido que o Governo tem a Trofa “sinalizada” e que o ministro das Inta “vaidade”, mas “necessidade”. tar a futura câmara municipal para fraestruturas “assumiu compromissos” com o concelho, Sérgio Humberto “Uma Câmara Municipal será, cada este local, uma vez que, além das manifestou esperança de ver Pedro Nuno Santos, “num futuro muito próvez mais, uma fábrica de prestar dimensões - “duzentos por vinte e ximo, na Trofa, para anunciar a obra da variante à Estrada Nacional 14”.

Anunciada obra para melhorar acesso ao Castro de Alvarelhos


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“Trabalho para um rotary feito de afetos” sas, tais como: “Dar de si antes de pensar em si”. Abraço desde 2017 o Rotary Club da Trofa, um clube pertencente ao Rotary International – a maior ONG mundial e membro permanente das Nações Unidas. Trata-se de uma rede global de líderes comunitários, que veem um Mundo onde as pessoas se unem e entram em ação para causar mudanças duradouras em si mesmas e nas suas comunidades. Existem mais de 33 mil clubes espalhados pelo Mundo, e mais de 1,2 milhões de rotários. Acredito que nenhum desafio é maior que o próprio Homem e a sua ação. Perante esta realidade, obviamente aceitei o convite e sou hoje, com orgulho, presidente do Rotary Club da Trofa.

Foi entrevistado como novo presidente do Rotary Club da Trofa, mas falar de Luís Filipe Moreira, tendo em conta apenas esta condição recente seria esvaziar grande parte do conteúdo que este bougadense, com “um pé em Cidai e outro em Bairros”, como costuma dizer, tem para mostrar, fruto da grande experiência formativa e profissional que adquiriu ao longo dos anos. CÁTIA VELOSO Nascido há 40 anos, Luís Filipe Moreira formou-se na Universidade de Lisboa, especializou-se em Comunicação e Educação na Universidade de Aveiro e tem como profissão a docência no Ensino Básico e Secundário, tendo iniciado carreira na Parede, em Cascais. Permanece, desde há uma década, numa instituição de ensino privado do Porto, onde é gestor da Mudança & Inovação Pedagógica, área que domina, como comprovam as regulares deslocações ao estrangeiro, para participar em conferências e congressos de Educação. Luís Filipe Moreira assume-se como “um gestor educacional e de recursos humanos” e privilegia o uso das tecnologias da informação e comunicação em contexto de sala de aula. Quem lê estas linhas dificilmente perceberá a outra função profissional que este bougadense assumiu, durante sete anos, em Ovar. Luís Filipe Moreira foi, com um assumido “sentimento de dever patriótico”, militar na Força Aérea Portuguesa, exerceu funções de oficial de comunicações e durante quatro anos chefiou o Centro de Operações Aéreas do Aeródromo de Manobra N.º 1 de Maceda. Ocupações profissionais esmiuçadas, passemos aos tempos livres. Assim como muitos anónimos espalhados pelo concelho, e fora dele, ocupa parte do tempo domingueiro na prática de BTT, alimentando ainda o gosto pelo basquetebol e atletismo, modalidades que aprecia desde a infância. O Monte de S. Gens de Cidai, onde goza da vista panorâmica da Trofa, é um dos lugares de eleição deste amante da “boa gastronomia trofense” e apreciador das “tradições familiares e festividades religiosas da Trofa”. Tem na cultura anglo-saxónica uma paixão que se reflete pela admiração de algumas figuras históricas, como John F. Kennedy, pelo “pragmatismo e resiliência”, Barack Obama, pela “perspetiva

“O meu mandato será marcado pela conexão social com a comunidade” de mudança”, e em Portugal, tem como referência “a intensidade e a determinação de Francisco Sá Carneiro”. Através da experiência que teve no Grupo de Jovens de Santiago de Bougado e numa organização política concelhia, Luís Filipe Moreira teve oportunidade de contactar com a realidade social da comunidade trofense, assim como de evoluir pessoalmente: “Ajudou-me a ser mais maduro, confiante e determinado e a ganhar o sentimento de pertença a uma comunidade e o desejo de contribuir para a defesa das suas tradições e promover o seu bem-estar”. O período “mais determinante” na construção do projeto de vida foi construída, em Lisboa, para onde viajou sozinho, com 18 anos, para frequentar o ensino universitário e onde contactou com uma realidade social e cultural bem diferentes das de Santiago de Bougado. Da capital lembra “as amizades construídas, as conquistas alcançadas na Faculdade de Ciências e os contactos feitos com associações culturais e juvenis”. O dia do casamento e dia do nascimento da filha, Maria, estão na lista dos mais marcantes na vida de Luís Filipe Moreira, que agora ao leme do Rotary Club da Trofa pretende “inspirar mudanças no concelho trofense” através de um mandato “marcado pela conexão social com a comunidade”. O Notícias da Trofa (NT): Como é que trilhou o seu caminho social para chegar à liderança do Rotary Club da Trofa? Luís Filipe Moreira (LFM):

Contactei pela primeira vez com o universo rotário em 2007. Li n'O Notícias da Trofa a referência à criação eminente de um grupo de jovens na Trofa, um clube com vontade de auxiliar a sua comunidade e de utilizar a sua irreverência em prol dos trofenses, com particular ênfase para aqueles que mais necessitam. A sua bandeira era a aposta na irreverência da juventude, nos ideais de companheirismo e amizade, alicerçados no trabalho em equipa. Tratava-se de uma nova associação que executava as suas atividades privilegiando o contacto direto com outras instituições trofenses. Conhecia alguns elementos que estavam no grupo de criação do novo clube, entrei em contacto com um deles e tudo se desenrolou desde esse momento. O Rotaract Club da Trofa foi fundado, a 14 de maio de 2007, por 13 jovens trofenses, dinâmicos, irreverentes, unidos e todos com formação universitária. Eu fui um deles. Atraiu-me a ideia de aplicar aptidões académicas e profissionais adquiridas em áreas como a Economia, Arquitetura, Investigação, Engenharia, Psicologia, Educação, Saúde pública, Relações Públicas e Comunicação, em prol da comunidade local. Um ano após a sua fundação, fui presidente do Rotaract com o lema “Realizemos os Sonhos”! Foi um dos anos mais intensos da minha vida, de dedicação total e distinguido com o certificado de mérito distrital Rotaract 2008/9. Desenvolvemos atividades em todos os meses do ano, destaco aqui a participação na Trof@posta Jovem, o contributo para o Pedi-

tório Nacional da Liga Portuguesa contra o Cancro, as colaborações com a ASAS, APPACDM e Lions da Trofa, a Educação solidária ao longo de todos os fins de semana, sessões de educação ambiental, suporte básico de vida e nutrição infantil, registo de dadores de medula óssea, a organização do Encontro Distrital Rotaract/Interact/Rotary Kids, bem como os rastreios de Saúde e o aconselhamento alimentar. Estar em Rotaract possibilitou-me também viajar num Intercâmbio com o Rotaract Club de Capitol City, Washington DC. Permitiu-me conhecer inúmeros jovens de concelhos vizinhos, com o mesmo perfil de ação nas suas comunidades, possibilitou-me o contacto com inúmeras instituições trofenses de âmbito cultural, político, social e desportivo. Após o percurso feito em Rotaract, e dado o seu sucesso, fui convidado em 2017 a integrar o Rotary Club da Trofa. Fundado em 2004, trata-se de um clube de profissionais, líderes nas suas atividades, reconhecidos pela população trofense. Trata-se de um clube exigente, feito por ativos comprometidos, dinâmicos em prol da comunidade. Trata-se de um clube constituído por empresários, quadros técnicos superiores, professores, comerciais, todos eles reconhecidos na comunidade trofense. São 21 líderes, de provas dadas, que gostam de parcerias e do trabalho em rede, que possuem as qualidades para fazer parte desta formidável alavanca de trabalho em favor do próximo, tendo em mente algumas premis-

NT: Qual é a sua matriz de liderança e o que vai marcar o seu mandato? LFM: Em 2019/20 o lema rotário é “Rotary conecta o Mundo”. Defendo o modelo de liderança democrática, motivadora e conectada. Esta enfatiza o papel do líder e os pontos-fortes dos liderados. As tomadas de decisão ocorrem, geralmente, de forma conjunta ou, pelo menos, com diálogo e abertura para opiniões. O líder apresenta soluções, aponta estratégias e avalia a perceção de todos sobre cada assunto. Em cada reunião rotária, o feedback constante está presente, contribuindo para que todos se sintam ouvidos e conectados, potenciando o que cada um tem de melhor. Pretendo uma equipa de companheiros com elevados níveis de responsabilidade, motivados e produtivos. Em Rotary temos diferentes níveis de responsabilidades e ser líder não significa impor a vontade a outrem. Ser líder em Rotary significa estar disponível para o clube, partilhando os sucessos e liderando iniciativas que introduzam mudanças positivas e duradouras. Se queremos criar dinâmicas no concelho trofense, primeiro necessitamos de um Rotary Club dinâmico e inspirado. Trabalho para um Rotary conectado às pessoas, feito de afetos, visível e aberto à comunidade. Quero um Rotary social, presente no concelho trofense e com impacte nos seus múltiplos espaços e ambientes. Pretendo um Rotary de ação, capaz de inspirar mudanças no concelho trofense. Assim, o meu mandato será marcado pela conexão social com a comunidade, pela ação do Rota-


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ry Club nos espaços e ambientes trofenses, traduzindo palavras em ações concretas. NT: Porque elegeu a Educação e a Saúde como temas centrais das palestras que iniciou, recentemente, com a participação do patologista Sobrinho Simões? LFM: Referi anteriormente que o Rotary pretende liderar iniciativas que introduzam mudanças positivas e duradouras na comunidade trofense. E todos sabemos que mudanças duradouras têm por base cidadãos capacitados nos diferentes campos de ação, entre eles a Saúde e a Educação. Com uma melhor educação, temos trofenses mais capacitados para agir. E para agir necessitam de ter acesso à melhor informação, dada pelos melhores profissionais das diferentes áreas. Mudanças duradouras na Sociedade atual incluem as apostas nas áreas da Educação e da Saúde. Não há quem possa dizer que não teria benefícios se tivesse estudado um pouco mais, quando se depara com a atual sociedade ultracompetitiva, onde o ambiente se modifica velozmente. Não há quem possa dizer que não teria melhor saúde se estivesse mais informado e assim adotasse os melhores hábitos de promoção da mesma. Melhor educação e melhor saúde permitem a um país em geral, o concelho da Trofa em particular, melhorar os seus índices de produtividade, de crescimento económico, de combate à pobreza, na proteção do meio ambiente, aumentando a felicidade e qualidade de vida. Foi com orgulho e satisfação que vi o patologista Manuel Sobrinho Simões na Trofa, num Fórum Trofa XXI totalmente cheio, onde se discutiu a Saúde e se apresentou um retrato da mesma em Portugal, fazendo-se a ponte para a realidade trofense, apontando-se os problemas e as soluções. Todos saíram no final da mesma mais informados, conscientes e a saber o que fazer para promover a sua saúde. NT: Quais são os principais objetivos destas palestras? LFM: O 1.º Ciclo de Palestras Saúde e Educação constituirá uma das iniciativas mais importantes e marcantes do meu mandato. Importante, não somente pela presença e partilha da melhor informação por prestigiados oradores de impacte nacional, perante agentes de diferentes áreas profissionais e instituições do concelho, órgãos políticos decisores da Trofa, mas sobretudo por aquilo que

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trofense mais conceituado, o qual conta já com 30 anos de carreira – Miguel 7 Estacas. No mês de fevereiro, teremos, num dos fins de semana, um dia temático dedicado à prevenção e diagnóstico de cancro, com presença de profissionais da Liga Portuguesa contra o Cancro (LPCC) para sessões de divulgação e prevenção, em contacto com a comunidade em locais públicos. Na segunda quinzena do mês, decorrerá uma palestra dinamizada pela LPCC dedicada ao tema dos cuidadores informais e à ação daquela instituição. Em março, regressa o Ciclo de Palestras Saúde e Educação e a 2.ª Caminhada Solidária a favor do combate à poliomielite. Já abril será o mês dos rastreios públicos à Saúde e da atividade conjunta com o Lions Club da Trofa - o Chá de Afetos. Em maio, teremos algo que é novidade no nosso clube - as sessões de limpeza de uma praia fluvial do Rio Ave, bem como a realização de atividades de compaAcredito que nenhum desafio é maior que o próprio homem e a sua ação” nheirismo no Parque das Azenhas, LFM: Sim, a alimentação é uma entre outros. O mês de junho marapresentamos aos nossos decisores políticos concelhios - a melhor das áreas-chave, estando previsto ca o regresso do I Ciclo de Palesinformação, para que os mesmos para o primeiro semestre de 2020 tras, finalizando-se assim o ano rose capacitem para tomar as melho- a realização de workshop prático tário 2019/20. Ao longo dos próximos seis meres decisões em prol da nossa co- incidido na alimentação saudável munidade. Com a promoção des- materno-infantil. Mais uma vez, ses iremos continuar as nossas tes momentos únicos de partilha e queremos incidir a nossa ação jun- parcerias com as instituições trodiscussão, todos sairão destas ini- to da comunidade, apostando na fenses: APPACDM, a Santa Casa ciativas mais informados e cons- informação e sensibilização para da Misericórdia da Trofa, a ASAS, os bons hábitos alimentares. Que- a Escolinha de Rugby, entre outras. cientes para agir. remos apostar, não na entrega de NT: Como avalia a perceção NT: Para quando estão agen- cabazes solidários, ou atividades dadas as próximas palestras e do género como em muitas vezes é que a comunidade tem, atualmente, da atividade do Rotary feito ao longo de algumas épocas quem se seguirá como orador? LFM: O 1.º Ciclo de Palestras do ano, por exemplo o Natal, mas Club da Trofa? LFM: Este é um clube feito de Saúde e Educação consistirá em sim informando e sensibilizando profissionais e líderes de ação na três eventos. O primeiro aconte- para que a comunidade tome as ceu a 9 de dezembro e incidido na melhores decisões, as quais, aliás, comunidade trofense. O Rotary área da Saúde, com Manuel Sobri- na maioria das vezes, não acarre- Club da Trofa é reconhecido pelas atividades que concretiza e que nho Simões. O segundo irá reali- ta grandes custos. possuem impacte na comunidade. zar-se em março e incidirá na área NT: Quais são as outras ini- O Rotary Club da Trofa está reguda Educação, Ciência & Cidadania. A finalizar decorrerá em ju- ciativas ou atividades que o Ro- larmente presente na comunidanho a terceira palestra na área da tary vai desenvolver durante o de, desde logo com presença ativa ao longo de vários dias na ExSaúde e Investigação forense. Os seu mandato? LFM: Desde já afirmo que o tra- poTrofa. Mas, vamos mais longe, oradores e os dias das próximas sessões serão divulgados oportu- balho que já fizemos e o que ain- e este ano realizamos já uma ativinamente, contudo, posso desde já da há para ser feito assentarão no dade conjunta com o Rotary Club garantir que serão dois oradores trabalho em equipa, em parceria da Póvoa de Varzim – uma ativireconhecidos nacional e interna- com o Rotaract e Interact Club da dade de prevenção contra o cancionalmente, que irão estar na Tro- Trofa. Quero aqui realçar o con- cro da pele, nas praias, em agosfa para momentos únicos de parti- tributo decisivo dos nossos jo- to. Em setembro, fizemos um perlha da melhor investigação que se vens da Trofa. O Francisco Pon- curso rotário pedestre no Parque tes (presidente do Interact) e a Ju- das Azenhas com contacto com a faz nestas áreas. Lanço aqui o desafio para que os liana Oliveira (presidente do Ro- comunidade, divulgando a ação leitores do NT sigam o Rotary Club taract) têm sido parceiros estra- de Rotary. Quero aqui destacar da Trofa, na sua página de Face- tégicos e indispensáveis. Temos uma das atividades anuais, banbook, local de excelência para seis meses de trabalho pela fren- deira deste clube, a Universidadisponibilização dessas informa- te, estou a meio do meu mandato, de Sénior, um projeto educativo, ções, bem como as principais no- muito já foi feito, contudo a mis- formativo e social, que contribui são está ainda inacabada. Os pró- todos os dias para o enriquecividades e atividades do clube. NT: A alimentação foi tam- ximos meses serão intensos. Em mento cultural e para a melhoria bém anunciada como “área- janeiro, o mês dos serviços pro- da qualidade de vida dos senio-chave” da sua presidência. De fissionais, organizamos a home- res do concelho trofense, projeto nagem profissional ao humorista que conta com a direção pedagóque forma será desenvolvida?

gica da professora Maria Emília Cardoso, coadjuvada pelo companheiro rotário Fernando Ferreira, os quais têm realizado, em equipa, um excelente trabalho. Em outubro, fomentamos o companheirismo rotário com a realização do passeio anual a Ponte de Lima. Recebemos igualmente a visita oficial do Governador rotário do distrito 1970 – Companheiro Carvalhido da Ponte, com visita à Câmara Municipal da Trofa, à Escola EB 2/3 Napoleão Sousa Marques, à ASAS e à empresa Sanimaia, entre outras. O Peditório anual da Liga Portuguesa contra o Cancro, é organizado há anos e com sucesso pelo Rotary Club da Trofa. Ainda no mês de novembro organizamos em parceria com a ASAS o Magusto solidário para os seus utentes, crianças e utentes séniores. Tivemos o início do I Ciclo de Palestras Saúde e Educação no Fórum Trofa XXI, finalizando-se 2019 com companheirismo familiar - Jantar de Natal rotário. O Rotary Club da Trofa é visto como uma associação aberta à sua comunidade, feita diariamente por profissionais, líderes nas suas variadas atividades e ocupações, que diz presente em múltiplas atividades que desenvolve na Trofa, com impacte na comunidade. Trata-se de um Rotary de ação, capaz de inspirar mudanças no concelho trofense. A comunidade quer um Rotary Club da Trofa dinâmico, basta para isso ver a fantástica adesão que teve o I Ciclo de Palestras Saúde e Educação, decorrido no passado dia 9 de dezembro no Fórum Trofa XXI. Mantenho o que referi em 2009, aquando de uma entrevista ao NT, na época, como presidente do Rotaract Club da Trofa, disse que o reconhecimento que valorizamos reside naqueles que ajudamos”. Agora, acrescento que seja qual for o significado do Rotary, para a comunidade trofense, ele será sempre conhecido pelo alcance e impacto das suas iniciativas”.

O Rotary Club da Trofa tem a sua sede no Centro Comercial da Vinha - loja 56. Organiza reuniões semanais, sempre à segunda-feira e às 21.30, no Restaurante Julinha Gourmet, em Bairros, Santiago de Bougado. Na Trofa, o clube está representado por dois símbolos: o marco rotário localizado junto a Rotunda do Catulo e o monumento Homenagem Profissional ao Professor, localizado ao lado da Escola EB 2/3 Napoleão Sousa Marques.


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Empreendedorismo e economia

Duarte Araújo reconduzido na FAPTrofa Duarte Araújo foi reconduzido na direção da Federação das Associações de Pais da Trofa (FAPTrofa). A assembleia que reelegeu a lista do último mandato decorreu a 29 de novembro, na Escola de Finzes, em S. Martinho de Bougado. A acompanhar Duarte Araújo estarão David Martins (vice-presidente), da Escola Básica e Secundária do Coronado e Castro,

Altino Costa (tesoureiro), da Es- neio de futsal inter-escolas, colócola do Paranho, Mariana Silva nias balneares e férias ativas” e (secretária), da Escola de Gies- “reforçar” a “formação parental”, ta, Nuno Silva (vogal), da Esco- abordando assuntos “com mais inla de Cedões, António Ferreira teresse para as famílias”. Outra das preocupações que a (suplente), da Escola da Lagoa, e Luís Dias (suplente), da Escola de Federação será a de “incentivar a participação dos pais na escoQuerelêdo. Para o novo mandato, a direção la”, assim como “manter a ação da FAPTrofa vai “manter a aposta em prol do bem-estar das criannas principais atividades, Carna- ças e jovens do concelho”. C.V. val, Dia Mundial da Criança, tor-

Novo hospital Trofa Saúde nasce em Barcelos em 2020 Dois de março de 2020 é a data que se pode ler numa tarja que foi colocada junto ao edifício que acolherá a nova unidade hospitalar do grupo Trofa Saúde. O novo hospital provado vai nascer junto ao parque da cidade de Barcelos e constitui um dos vários investimentos que o grupo está a implementar e que inclui novas unidades em Guimarães e Braga, já em funcionamento, e no Porto, Aveiro, Valença e Área Metropolitana de Lisboa. Criado em 1999, através do hospital privado na Trofa, o Grupo Trofa Saúde é, hoje, uma das principais entidades privadas de saúde no país, contando com forte

presença no Norte. Tem unidades em Alfena, Amadora, Braga, Vila Nova de Famalicão, Vila Nova de

Gaia, Guimarães, Loures, Maia, Matosinhos, S. João da Madeira, Trofa, Vila do Conde e Vila Real.

Desenvolvimento e economia é hoje uma preocupação de quem governa a todos os níveis, sendo emergente, também associado a sustentabilidade da qualidade de vida das pessoas em associação com a sustentabilidade do planeta. Se isto ocupa espaço determinante nas políticas públicas, a nível nacional tem particular relevo a importância a nível regional, assim como a nível dos concelhos. O gerar condições para que o empreendedorismo se desenvolva é da mais elementar estratégia para o poder local, porque gera atividades novas, com mais emprego, mais competências e “skills” nas regiões, desenvolvimento do talento e geração de valor acrescentado nos setores e clusters regionais. O Concelho da Trofa tem em si um elevado potencial de desenvolvimento da sua economia, quer pela sua posição geográfica, quer pelos perfis empresariais existentes, onde a iniciativa privada é muito criativa e reativa aos desafios que se oferecem nos mercados. Sobre a sua posição geográfica é de relevar a sua proximidade ao grande Porto , com reflexos racionais para o aeroporto Francisco Sá Carneiro, Porto de Leixões e ser um concelho central na macro-região do Baixo Ave, que para efeitos de investimento é de elevado valor estratégico para o investidor e empreendedor. É também um elemento diferenciador e alavancador a existência de ensino técnico-profissional que dá resposta ao crescimento das empresas, pela formação qualificada para jovens, quer no primeiro emprego, quer na reconversão de outros profissionais, embora a baixo da procura existente. Não obstante a existência desta oferta ela é insuficiente perante a evolução tecnológica e novas necessidades do moderno tecido empresarial. A formação intermédia e avançada das TI (Tecnologias Informação) são basilares, pelo que este tipo de ensino está bem identificado pela sua necessidade e pela oportunidade de ajustamento com o investimento corrente do tecido empresarial. Se há sucesso da região do Baixo-Ave e em particular no concelho da Trofa pelo potencial em anos recentes das suas empresas, isto está a traduzir-se por outro lado em novos desequilíbrios que estão a gerar aumento de custos às empresas, isto é, improdutividade que temos necessidade urgente de anular. Referimo-nos à concretização da variante a EN14, à extensão do metro do ISMAI até à Trofa e do estabelecimento das novas áreas empresariais para receber novos projetos com dimensões e características diferenciadoras. O empreendedorismo tem na AEBA e na sua incubadora LINCE, projeto em parceria com a Câmara Municipal da Trofa, uma eficiente resposta ao apoio à iniciativa de novos projetos empresariais, com uma estrutura de apoio à logística e à gestão em efeito de proximidade muito importante. O desenvolvimento e o crescimento da economia do Concelho da Trofa pelo empreendedorismo, faz-se também pela colaboração, pela partilha e um querer de todos, ou de uma maioria e nunca pela vontade individual de alguém. Todos somos necessários nestes objetivos. O Concelho, a Região e o País agradecem.


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26 de dezembro de 2019 O NOTÍCIAS DA TROFA

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Atualidade

Na Trofa vive um dos sargentosajudantes mais novos do país Jonel. Até o nome ajuda a contar a história de 17 anos de carreira militar de um trofense de S. Martinho de Bougado, que enAs crianças e jovens em Perigo! Tanto se fala deste problema, do pro- controu a realização profissional blema das crianças e jovens em Perigo, mas tantas vezes sem verda- por mero acaso, num momendeira consciência da profundidade da dimensão do que é “Ser” uma to em que não quis sentir-se um “peso para os pais”. Mas quanto criança e jovem em Perigo. Crianças e jovens sozinhas, perdidas, desorientadas, tantas e tantas ao nome, já lá vamos. vezes a afundarem-se e a estenderem os braços para os adultos à sua CÁTIA VELOSO volta, apelando a um abraço, a uma orientação, a uma luz ao fundo do seu túnel, apelando tão só a uma vida em que é tratado no respeito peNascido na África do Sul, Jonel Rilos seus direitos e por quem saiba educá-las para a exigência dos seus beiro veio para a Trofa com os pais deveres. Apelando para alguém a quem possa chamar “mãe”, “pai”, ainda muito pequeno, ao ponto de ou apenas “minha pessoa. Minha! Que cuida de mim. Que me quer. só ter memórias ligadas à terra que Jonel com o filho no regresso do A feganistão Que gosta de mim”. Na ASAS, tudo fazemos para sermos essa “Pes- o viu crescer, com passagens pela O dia do reencontro foi “vivido soa”. Porque na ASAS todas as crianças e jovens contam e são defen- escola do Paranho, ciclo e Escola A partir daí, o percurso “é longo” didas, educadas, cuidadas e amadas, como nossas. Mas queremos sê- Secundária. e inclui três missões no estrangei- com uma ansiedade muito grande”. -lo de forma temporária, porque elas merecem ser únicas e especiais Concluído o 12.º ano, e a frequen- ro, a primeira no Kosovo, em 2009, “Como tenho alguma experiência, para uma família que o seja de forma definitiva, cuidadora e “A deles”. tar o ISMAI para se licenciar em num momento de “manutenção de dizia aos mais novos para se tentaEm Portugal, são 7553 as crianças em acolhimento residencial. Na Desporto, área que sempre o fasci- paz”, a seguinte na Lituânia, em rem abstrair e não pensarem muito ASAS vivem 58. Já viveram 410. nou, Jonel decidiu que não se que- 2015, numa ação de treino, e a úl- no último dia, porque a espera peCom todos eles aprendemos, crescemos. E é muito bom podermos ria sentir mais “um peso” : “Come- tima, este ano, naquele que é con- los trâmites normais, como a entredizer que fizemos parte da sua vida. cei a procurar carreiras profissio- siderado o país mais perigoso do ga do nosso equipamento, a substituição por outra comitiva, o embarNesta Época Natalícia reconhecemos a importância de todas as Pes- nais que incluíssem a atividade físi- mundo: Afeganistão. soas que fazem da ASAS o que é hoje – uma casa, uma amiga, “aquela ca e, na altura, fui ao Porto, porque E esta missão, além dos perigos que e a viagem muito longa até à pessoa” para muitas crianças e jovens e adultos. tinha de ir à inspeção militar, e ao inerentes a um país com várias fra- chegada ao aeroporto de Lisboa... Assim, Obrigado! pedir informações, disseram-me gilidades e tensões, tinha a particu- parecia que o tempo não passava. Dizemos. E assim nos obrigamos a perpetuar o legado de quem dei- que tinha uma oportunidade úni- laridade de ser cumprida longe do Por um lado, custa, mas também é xa tais contributos, de quem produz tal bem comum, de quem tão ines- ca de ingressar diretamente para filho. “Na Lituânia, já tinha o meu fi- um ingrediente que vai dar ainda quecível se torna que assim nos faz agradecer, homenageando os atos a Escola de Sargentos do Exérci- lho, mas ele tinha meio ano. Desta mais gosto quando há esse abraço que ansiamos tornar maiores ainda ao longo do futuro que nos espe- to (ESE). Inscrevi-me e, nas férias, vez, o sentimento é diferente, por- e esse reencontro”, testemunhou. A missão no Afeganistão vai ficar ra. Homenageamos, agradecemos. Agradecemos a quem há 27 anos chamaram-me”. que o sentimento cresce e há um atrás acreditou, arrancou e nos deixou voar alto. Agradecemos o beiA realidade que encontrou na tro- histórico de convivência, de que ainda marcada pela “tão aguardajo ao deitar, o abraço de acolhimento, os gestos que se imortalizaram pa não o assustou e até a mãe, que acabamos por sentir falta quando da promoção” a sargento-ajudante, pela qual esperou “muitos anos”. na recordação das nossas crianças, passando das dificuldades da vida suspeitava que Jonel não se iria estamos longe”, explicou. Sobre o futuro profissional, peàs memórias que não se apagam; as palavras ditas com um amor maior, adaptar pelo estilo descontraído e As saudades foram, por isso, a voz eterna das paredes de uma casa para um universo de emoções; algo desorganizado, acabou sur- “principal dificuldade” de Jonel Ri- las características da profissão, Joas palavras de carinho, porque cabem mais de mil a cada segundo de preendida. “A primeira vez que ela beiro durante a missão, já que, à nel não conjetura muito, mas passavida que cá em casa se passa. Os gestos que cortam o silêncio trazido me viu a estudar foi para a tropa”, exceção dos “sustos” que a comiti- rá certamente por contribuir para da maré compassada de vidas difíceis, saídos dos corações de quem confessa, entre risos. va portuguesa apanhou, o ambien- que o Exército Português continue à ASAS se dedicou, os gestos que conduziram à mudança, de famílias, Dos 200 selecionados para a pro- te entre camaradas sempre foi sau- a ser um dos mais respeitados interpessoas sozinhas, de bairros, de comunidades. Os gestos feitos atos, va final, Jonel Ribeiro acabou por dável e a retaguarda familiar igual- nacionalmente. “Na missão do Afeconvertidos em horas de trabalho; feitas as diretas que aconchega- ser um dos conquistou uma das cer- mente exemplar. “Ser mãe e pai so- ganistão, quando eu saía do quarto, vam, acompanhavam em hospitais ou afagavam o choro; muitas vezes ca de 20 vagas. “Nesse ano, eu con- zinha não é fácil, por isso tenho de dizia bom dia em alemão, em bósnoite dentro para preparar momentos únicos; feitos vozes enrouque- seguia entrar para a GNR, para a realçar o papel da minha esposa, nio, em inglês, em espanhol, porcidas no final de um debate em Tribunal onde a crença de uma equi- ESE e para a Polícia Judiciária, mas que tem de viver como um elástico, que tínhamos várias nações juntas pa se fez remate certeiro; feitos sorriso luminoso de novas famílias re- acabei por escolher a ESE, porque esticando para um lado e para o ou- e toda a gente gosta dos portugueconstruídas. Gestos feitos por quem percorre quilómetros, de sorri- durante o mês de provas imaginei- tro, porque tanto pode estar à von- ses pela forma como trabalhamos so luminoso, porta em porta, oferecendo alento e presença. Os ges- -me a fazer aquilo a vida toda”, re- tade quando estou aqui, como, de e de como sabemos estar”, referiu. Este trofense coleciona várias tos suados, gritados, chorados, agradecemos todos. Agradecemos a latou o militar que integra o Regi- repente, tem que se adaptar quanquem os imaginou, a quem os ordenou, a quem os praticou e a quem mento de Cavalaria n.º 6, de Braga. do tenho de ir para fora”, sublinhou. particularidades, desde a forma “peculiar” como entrou para a tropa, deles beneficiou. Os gestos de doação e reflexão de todos os que a que o permite ser um dos mais nonossa ASAS ajudam. E dizendo obrigado, a todos os que nos últimos vos sargentos-ajudantes do país até 27 anos moldaram o curso das nossas vidas, obrigamo-nos, obrigamoà forma como é chamado no exercí-nos a perpetuar contributos, amplificar ações, fazer crescer semencio de funções, pois é diferente da tes e futuros, atos que obrigam a homenagem, homenagem que obrihabitual designação pelo apelido. ga a futuros atos, atos nossos para continuar caminho, o caminho que “Um dia destes, ligaram para a miaté aqui outros abriram por nós. Obrigada a todos os parceiros, volunnha unidade porque queriam falar tários e outros amigos. com o primeiro-sargento Ribeiro. Obrigado à equipa que sabe perpetuar o trabalho da ASAS, identifiResponderam que não havia necando o que é realmente necessário. Que sabe que trabalhar as quesnhum primeiro-sargento Ribeiro, tões da autonomia, para e com os jovens é um ato de Amor. E a comumas o senhor insistiu e lá cheganidade ASAS fá-lo. E continua a fazer. ram à conclusão de que ele queria Obrigado! Um Santo e Feliz Natal. E um ano cheio de gestos que posera falar com o primeiro-sargento sam ajudar a melhorar o mundo. Principalmente das crianças e jovens Jonel”, contou, entre risos. em perigo.

As Crianças e Jovens em Perigo A missão da ASAS


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O NOTÍCIAS DA TROFA 26 de dezembro de 2019

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Atualidade

Detida depois de causar engarrafamento na Rua Conde S. Bento Uma mulher de 56 anos foi de- Conduzia com taxa tida pela Guarda Nacional Re- de álcool de 2,89 g/l publicana, cerca das 17 horas de domingo, 22 de dezembro, Cerca das 22.30 horas de 13 depois de causar um engarra- de dezembro, um homem de 53 famento na Rua Conde S. Ben- anos, residente na Maia, foi into, no centro da cidade da Trofa. tercetado por militares da GuarA condutora estava parada em da Nacional Republicana da Trosegunda fila, tendo provocado fa a conduzir um ligeiro de pasuma fila de trânsito que chegou sageiros sob o efeito do álcool, à rotunda do Catulo, onde esta- em Trinaterra, S. Mamede do va uma viatura da Guarda Na- Coronado. cional Republicana. Um dos miSujeito ao teste de alcoolemia, litares acabou por sair e deslo- o condutor apresentou uma taxacar-se, a pé, até junto da viatu- -crime de 2,89 gramas de álcool ra, para solicitar à condutora a por litros de sangue. Foi detido retirada, que terá sido recusa- e notificado a comparecer em da. A mesma terá ainda recusa- tribunal, pelas 10 horas de 16 do mostrar a identificação, aca- de janeiro. bando por ser detida por resisJá no dia 22 de dezembro, às tência à autoridade. 4 horas da manhã, um homem Os militares tiveram de cha- de 25 anos, também residenmar o reboque para retirar o au- te na Maia, foi detido por contomóvel da mulher, que, após duzir embriagado. Foi abordaa detenção, foi notificada para do pelos militares na Rua D. Pecomparecer em tribunal, na ma- dro V e no teste do balão acunhã de segunda-feira, 23 de de- sou uma taxa de 1,44 gr/l. Estazembro. va notificado para comparecer

em tribunal, na manhã de 23 de dezembro. Um jovem de 20 anos foi apanhado pela GNR a conduzir sem habilitação, cerca das 16 ho ras de 18 de dezembro, na Rua da Saudade, na cidade da Trofa. Foi detido e notificado para se apresentar junto de instituição judicial.

Furto e danos em viaturas À Guarda Nacional Republicana da Trofa chegaram duas queixas de furto e dano em viaturas, cerca das 14 horas de 20 de dezembro, num parque de estacionamento de um restaurante, na Rua 16 de Maio, em Bougado. Numa das viaturas, os larápios conseguiram furtar vários documentos, enquanto noutra só provocaram estragos.

Trofa perdeu 12 agências bancárias em dez anos A Trofa está na lista de concelhos com a maior percentagem de perda de balcões bancários na última década. Segundo a Lusa, que consultou as séries longas do setor bancários divulgadas pelo Banco de Portugal - entre 2008 e 2018, a Trofa perdeu 52 por cento dos balcões. Ou seja, atualmente tem menos 12 agências bancárias do que em 2008. O último balcão a fechar foi o Banco Popular, na Rua D. Pedro V. A região Norte é, inclusive, aquela onde reside a perda de metade dos balcões, com Santa Maria da Feira (-81 por cento), Oliveira de Azeméis (-68%), Mealhada (-62%), Viana do Castelo (-53%) e Maia (-51%). A Lusa dá ainda conta de que 2010 foi o ano em que houve o maior número de agências no país, cerca de 6500, registando-se, a partir daí, uma tendência de queda, principalmente a partir de 2013, até chegar ao 4054 balcões, no final do ano

passado. Nos casos de aumento do número de balcões nos últimos dez anos, destaque para o concelho da Murtosa, que ganhou 12 agências, passando de seis para 18 o que corresponde a uma subida de 200 por cento. O município de Ovar, distrito

de Aveiro, registou a abertura de mais 14 balcões. Segue-se Velas de São Jorge, nos Açores, com mais seis balcões e na Madeira, o concelho de São Vicente conseguiu ganhar mais quatro agências, mais uma do que Vieira do Minho.

A importância da Formação Profissional - Necessidade de recursos Humanos qualificados Há cerca de 20 anos, aquando da passagem para o século XXI, uma das maiores preocupações da sociedade era o avanço tecnológico que ira robotizar a indústria. Os robôs iriam substituir o homem nas suas tarefas, automatizando todos os processos produtivos das empresas, reduzindo drasticamente o número de funcionários e gerando desemprego. Estamos a entrar no ano 2020 e segundo o Gabinete Europeu de Estatísticas (Eurostat) a taxa de desemprego na UE atinge o valor mais baixo (6,3%) desde o ano 2000 (em Portugal, ronda os 6,6%). Perante este cenário, questionamo-nos se a indústria não evoluiu e não se robotizou como seria esperado, continuando a existir muitos postos de trabalho convencionais? Para responder à pergunta, é necessário compreender a evolução das taxas de emprego nas últimas décadas referentes ao setor primário, secundário e terciário. Os postos de trabalho em Portugal encontram-se nomeadamente no setor secundário (transformação) e setor terciário (serviços). O setor secundário, onde se encontra a indústria transformadora, em geral tem mantido ao longo dos últimos anos o número de postos de trabalho apesar do enorme aumento tecnológico dos seus processos produtivos. O que significa que a robotização/automatização não reduziu o número de postos de trabalho. Os robôs substituíram sim o homem nas tarefas mais pesadas e repetitivas, gerando novos postos de trabalho que exigem maior nível de qualificação. Amplamente implementado no concelho da Trofa, o setor da metalurgia e metalomecânica, que neste momento é o setor mais exportador no país (representa cerca de 18%) e que se prevê que atinja os 20 mil milhões de euros no final de 2019. Mesmo assim, neste que é um dos setores que mais se robotizou/automatizou nos últimos anos é reconhecida carência de mão-de-obra qualificada como o principal elemento que poderá afetar o seu contínuo crescimento no futuro. Para o futuro das empresas, o fator-chave da mudança não está apenas centrado nos equipamentos ou nos espaços, mas no elemento diferenciador que é a mão-de-obra qualificada. Segundo o INE, a maior taxa de desempregados em Portugal verifica-se na faixa etária dos 18 aos 25 anos. Daqui podemos concluir que muitos destes jovens certamente concluíram o 12.º ano de escolaridade no ensino oficial e não prosseguiram os estudos. Ou seja, o ensino secundário não prepara os jovens para o mercado de trabalho e com o elevado nível de produção das empresas estas não têm “tempo” nem condições de formar na própria empresa os trabalhadores sem qualificações. Desta forma torna-se imprescindível a aposta na formação profissional, requalificação profissional e formação continua. O CENFIM completa, a 15 de janeiro de 2020, 35 anos de existência a formar e qualificar pessoas, realizando formação de longa duração, através da formação de jovens pelo sistema de aprendizagem (APZ), requalificação/educação e formação de adultos de outros setores (EFAs), formação de especialização tecnológica (CET’s), formação modular certificada, formação à medida para empresas e reconhecimento e validação de competências (RVCC escolar e profissional). A aposta dos nossos jovens deverá partir pela formação em cursos de Aprendizagem (de dupla qualificação que permite obter uma qualificação profissional e a equivalência ao 12.º ano). Esta modalidade de formação, erradamente, no passado foi associada a uma aprendizagem alternativa para os alunos “que não tinham capacidade, ou que não gostavam da escola, ou que não tinham hipóteses de ir para o ensino superior”. Pelo contrário, tem permitido a muitos jovens qualificarem-se e adquirirem competências em saídas profissionais com elevada empregabilidade contribuindo para a competitividade das empresas. Muitos dos formandos que passaram pela formação profissional seguiram para o ensino superior e reconhecem que a formação profissional lhes deu imensas bases e competências que conjugados com os estudos na área da engenharia os tornaram profissionais de referência nas empresas.


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Acidente testou Plano Municipal de Proteção Civil O aparato do cenário montado na rotunda junto à EB 2/3 Professor Napoleão Sousa Marques não passou despercebida a centenas de pessoas que, apesar do frio e de várias vias rodovárias cortadas, quiseram assistir ao simulacro que testou o Plano Municipal e Proteção Civil da Trofa. CÁTIA VELOSO Cerca das 23.15 horas de 13 de dezembro, o primeiro alerta às forças de socorro dava conta de um sinistro, na rotunda junto à EB 2/3 Professor Napoleão Sousa Marques, que envolvia um veículo pesado de passageiros, que tombou depois de ser abalroado por um veículo pesado de transporte de matérias perigosas. Na sequência do choque, um outro camião, de transporte de mercadorias, colidiu na traseira do pesado de matérias perigosas, originando a rotura da cisterna, levando a derramar a matéria perigosa para o solo e linha freática. Estava montado o cenário para um simulacro de grande dimensão, que visava testar os procedimentos constantes no Plano Muni-

cipal de Emergência e Proteção Civil da Trofa. No sinistro, que simulou a existência de feridos com diferentes graus de gravidade e um morto, obrigou, além do corpo de Bombeiros Voluntários da Trofa, à ação de várias corporações da região, como Ermesinde, Santo Tirso, Vila do Conde, Póvoa de Varzim e Vila Nova de Famalicão. Mas antes da evacuação dos veículos sinistrados e socorro das vítimas, havia que garantir as condições de segurança dos operacionais, que lidavam com um acidente que envolvia derrame de matérias perigosas. Daí se explica os primeiros minutos de atuação dos bombeiros, que tinham de anular a possibilidade de fogo ou explosão, assim como os efeitos da exposição à matéria perigosa. No processo de “descontaminação” da área do sinistro, participaram os Bombeiros Sapadores do Porto, cujos elementos, vestidos com fatos cor de laranja próprios para este tipo de situações e equipados com diverso material específico. Nesse momento,

já as várias corporações de bombeiros se ocupavam do resgate das vítimas, classificação do grau de gravidade dos ferimentos e encaminhamento para unidade hospitalar. Enquanto isso, a Guarda Nacional Republicana, como força de segurança destacada, garantia as condições de segurança dos trausentes e moradores, assim como o encerramento de diversas vias rodoviárias de acesso ao local do sinistro. O exercício LIVEX, que no concelho adotou a designação “TROFEX”, envolveu ainda diversas entidades ligadas aos serviços da Câmara Municipal da Trofa e Comissão Municipal de Proteção Civil. A dimensão do simulacro acabou por atrair a atenção de centenas de pessoas que assistiram às operações, apesar do frio que se fez sentir nas mais de três horas de exercício, além das que tiveram oportunidade de assistir, em direto, ao exercício, através de uma transmissão da TrofaTv para o Facebook, que teve cerca de 60 mil visualizações e mais de 200 partilhas. A 16 de dezembro, representantes de todas as entidades envolvidas reuniram-se para avaliar o simulacro. Segundo a autarquia, numa publicação nas redes sociais, “a opinião geral dos responsáveis das instituições envolvidas no simulacro foi que 'o exercício correu de forma muito positiva e empenhada, havendo alguns pontos a melhorar, e por isso mesmo, se efetuou esta iniciativa, para testar os meios a acionar num caso real, para permitir a correção de eventuais desajustes'”.


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“Elsa” fez regressar o pesadelo das cheias Não é a primeira vez – nem deverá ser a última – que Marcelino Padrão se socorre do trator para conseguir sair de casa. Residente na Lagoa, na Rua do Toural, este bougadense é um dos que sofre, quase todos os anos, quando o nível de precipitação se intensifica. Bastam algumas horas e a rua fica intransitável. Só que desta vez, o fenómeno que se vê, com alguma regularidade, naquela zona, multiplicou-se por várias zonas do concelho. A tempestade “Elsa” trouxe consigo níveis de precipitação anómalas, que ameaçou bloquear a zona urbana da Trofa. Atentemos neste exemplo: às 21 horas de quinta-feira, um jovem de 20 anos saiu do trabalho, em Ribeirão, e no regresso a casa, situada no lugar da Maganha, apercebeu-se de que não poderia recorrer à Estrada Nacional 104 nem à – paralela - Avenida Dr. Avelino Padrão, que estavam inundadas e cortadas ao trânsito. Virou para trás e nos semá-

E stação Nova da T rofa

foros do cruzamento junto à Igreja Matriz de Santiago de Bougado, seguiu em direção ao Estádio do Trofense, uma vez que calculou que a Rua Aldeias de Cima estaria, como é costume, também inundada. Como também não podia recorrer à Estrada Nacional 14, cortada na extensão entre o Estádio e o Restaurante Tourigalo, optou por escolher a Rua Moinhos da Lagoa, até sair junto do mesmo restaurante. A solução seguinte foi seguir em direção ao Muro, recorrendo depois à Avenida de S. Gens para conseguir, finalmente, e depois de descer o monte, chegar à Maganha. Assim como este jovem, muitas pessoas tiveram de recalcular trajetos, tal e qual GPS à procura da melhor solução para chegar ao destino. Muitos, confusos, acabavam por pedir ajuda às pessoas que encontravam na rua. “Olhe, desculpe, eu quero ir para Vila do Conde. Como é que eu faço?” foi a pergunta de uma condutora a um transeunte junto do posto

Rua do Toural - Santiago de Bougado de combustível Cepsa, em Santiago de Bougado, quando se apercebeu já não dava para passar na Estrada Nacional, poucos metros depois da ponte da Vigenta. Houve quem ignorasse o aviso de cor-

te de estrada e arriscasse atravessar a estrada, mas enquanto uns conseguiram atravessar, outros acabavam por ficar com os automóveis retidos na água. Foi, por isso, uma noite ocupada para as

Rua Central de Cedões - Santiago de Bougado

empresas de reboques. As chuvas fortes provocaram o caos na cidade, inclusive naquela que é candidata a nova centralidade. A estação de comboios meteu, literalmente, água, ao ponto


26 de dezembro de 2019 O NOTÍCIAS DA TROFA

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Avenida do Bicho - Guidões de muitas pessoas terem ficado mara Municipal, no Hotel Santiago. retidas nas escadas de acesso à plataforma. A solução encontrada pela proteção civil foi o recur- Leito do rio so a uma moto4 para dar “boleia” “engordou” a todos os que preferiram não ficar encharcados para conseguir Já lá vão alguns anos desde que sair do edifício. não se tinha uma paisagem como Em Cedões, também em San- aquela que se viu na manhã de tiago de Bougado, moradores fo- sexta-feira. Na ponte que liga a ram surpreendidos com a subida Trofa a Ribeirão, via-se um rio rápida da água, que chegou a ter bem mais “gordo” que o costume, cerca de 80 centímetros de altu- que, tendo engolido por complera. Animais morreram e bens fi- to o percurso do Parque das Azecaram destruídos. nhas, se aproximou, surpreenJá na freguesia de Guidões, na dentemente, do terreno da SanAvenida do Bicho, uma habitação ta Casa da Misericórdia da Trofa. ficou completamente inundada, Para este cenário contribuíram as ficando sem condições para aco- fortes chuvas que a tempestade lher as sete pessoas que lá moram. “Elsa” trouxe, assim como a aberA família acabou por ser realoja- tura da barragem do Ermal, em da pelos serviços sociais da Câ- Vieira do Minho.

Antes da chuva, o vento Mas antes da chuva, a “Elsa” já tinha causado estragos com as rajadas de vento de cerca de cem quilómetros que se fizeram sentir na noite de 18 para 19 de dezembro. Os efeitos mais nefastos viram-se no Souto de Bairros, com diversas árvores caídas. No concelho, a Proteção Civil Municipal registou cerca de duas dezenas de quedas de árvores. O Mercado de Natal, na Alameda da Estação, também foi seriamente afetado, uma vez que o vento forte destruiu as barracas de madeira. Muitas atividades associadas ao Mercado também acabaram por ser canceladas no fim de semana, devido às condições meteorológicas .

Carro caiu ao rio em Covelas Um automóvel caiu ao rio, na freguesia de Covelas, esta manhã, cerca das 8.20 horas. A queda resultou de um despiste, no lugar de

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Rindo. O condutor não sofreu ferimentos. No local, estiveram os Bombeiros Voluntários da Trofa, com três veículos e seis elemen-

tos, e a Guarda Nacional Republicana, que registou a ocorrência.

A sustentabilidade ambiental foi um tema altamente debatido na atual década que se finda – e que inclusivamente foi apelidada “Década da Ação” -, por exemplo com a implementação do Plano Estratégico para a Biodiversidade, pela Convenção para a Diversidade Biológica (CBD), através do Acordo para as Alterações Climáticas de Paris ou com o lançamento da Agenda para o Desenvolvimento Sustentável para 2030, pelas Nações Unidas. Contudo, talvez devesse ter sido designada como a “Década da Consciencialização”, uma vez que ocorreu um despertar das pessoas, mas muitas metas ficam por cumprir, nomeadamente no que respeita à emissão de gases efeito de estufa, conservação da biodiversidade, eficiência energética, acesso a água potável, etc. Atingir a sustentabilidade ambiental depende do desenvolvimento de vários setores: agrícola, têxtil, transportes, energético, habitação... Neste sentido, a inovação e desenvolvimento de novo conhecimento tecnológico, a educação e a sensibilização das comunidades desempenharão papeis fulcrais. A sustentabilidade ambiental será uma ótima oportunidade para atuais e futuros negócios, querem-se empresas equilibradas a contribuir para a economia, sem menosprezar o ambiente e os ciclos naturais. No setor agrícola, vemos, em Portugal, um aumento em hectares de modos de produção mais amigos do ambiente, que podem ser mais ou menos intensivos, que têm como premissa assegurar a segurança alimentar ao mesmo tempo que contribuem para a conservação da biodiversidade e dos serviços de ecossistema. A produção eficiente de alimentos e outras matérias-primas poderá ser também alcançada com a implementação da agricultura de precisão, salvaguardando ao máximo os recursos naturais. Neste sentido, também os decisores políticos começam a dar os primeiros passos, com a reestruturação dos fundos da Política Agrícola Comum, realocando fundos que incentivem os agricultores que adotem medidas extra na preservação do meio ambiente, por se considerar que estão a contribuir com o fornecimento de bens, além de produtos, para a sociedade. Espera-se que com estas alterações promovam-se o não abandono de agricultores em zonas mais desfavorecidas, como o interior ou zonas de montanha, e o desenvolvimento de mercados de nicho e cadeias de curta comercialização, incentivando o consumo local. É, talvez, difícil preocuparmo-nos com algo que para muitos, principalmente em países desenvolvidos, não é ou deixou de ser um problema de imediato visível aos nossos olhos, como o não acesso a comida, água potável ou energia sob forma combustível ou elétrica… mas isso não significa que outros não o vivam diariamente, ou que não estamos a enfrentar uma crise que ameaça a sobrevivência da nossa economia e bem-estar e mais importante das nossas futuras gerações. Os órgãos de comunicação têm feito um bom caminho na dispersão de conhecimento sobre o tema, mas muito mais há e pode fazer-se. A importância desta consciencialização prende-se com o facto de que, para atingir a sustentabilidade ambiental, cada decisão individual conta e refletir-se-á numa decisão coletiva. Afinal, deveria ser uma preocupação de todos, dos avós e dos pais porque devem deixar um planeta mais do que saudável para os filhos e filhas, e destes porque será o legado que deverão honrar e por que desse bom estado está dependente a sua sobrevivência. O debate em casa, nas escolas, no trabalho e outros grupos recreacionais é fundamental para a construção de grupos de trabalho e a cooperação necessária para solucionar a falta de eficiência e valorização dos recursos. Por exemplo, trazer para o agregado temas que despertem para a importância da gestão de resíduos, nomeadamente a reciclagem e a compostagem em casa; a utilização ponderada de água potável e energia; ou ainda para a importância da intervenção ambiental na comunidade. Na próxima década, a sustentabilidade ambiental continuará a ser um tema pertinente e imprescindível face a um atual cenário de alterações climáticas. Cada vez mais haverá abertura para ideias que prometam reestruturar o conceito de desenvolvimento e crescimento, e que caminhem no sentido de recuperar e preservar o meio ambiente. Deve-se priorizar a ação local com consciência global e estar desperto às nossas escolhas e como estas influenciam os processos de exploração de recursos e a existência de outras formas de vida. Observar, refletir, intervir e melhorar!


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O NOTÍCIAS DA TROFA 26 de dezembro de 2019

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Negócios

Tribunal confirma nulidade de deliberações de Conselho Municipal O Tribunal Central Administrativo do Norte (TCAN) negou provimento ao recurso apresentado pela Câmara Municipal da Trofa sobre a sentença do Tribunal Administrativo e Fiscal de Penafiel, que declarou nulas as deliberações tomadas na reunião do Conselho Municipal de Juventude (CMJ) de 9 de dezembro de 2017. CÁTIA VELOSO O processo jurídico foi desencadeado pelo Clube Slotcar da Trofa, membro efetivo do CMJ, que alegou não ter recebido a convocatória para aquela reunião com a antecedência prevista no Regimento do Conselho Municipal de Juventude, ou seja, com “pelo menos, cinco dias de antecedência”. “A sentença, dados os factos apurados e aqui não questionados, encontra-se devidamente fundamentada e fez correta aplicação do direito, razão pela qual tem de ser mantida na ordem jurídica”, pode ler-se no acórdão do TCAN, que reiterou que a convocatória para tal reunião não cumpriu o “prazo legal de cinco dias para convocatória dos membros

do Conselho Municipal da Juventude da Trofa” e que, por isso, “todos os atos posteriores têm de ser anulados”. Em causa está, concretamente, a anulação da tomada de posse de “todos os representantes” deste órgão consultivo para o mandato 2017-2021 e a constituição da mesa do plenário. Na contestação, a autarquia apresentou como argumento que a ação do Clube de Slotcar da Trofa foi instaurada fora do prazo legal, mas tal não recolheu a concordância nem da primeira instância nem do TCAN. A associação instaurou a ação judicial por considerar ilegais as deliberações tomadas na reunião do CMJ, de 9 de dezembro de 2017, uma vez que a convocatória não foi enviada com cinco dias de antecedência, como prevê o Regimento do Conselho Municipal de Juventude. No processo, a coletividade deu conta de que, depois do primeiro email, enviado a 4 de dezembro de 2017, a Câmara Municipal da Trofa enviou um novo email, dando conta de que, por lapso, foi indicada como hora as 21.30 horas para a realização da reunião quando pretendia dizer

09.30 horas. Em resposta enviada um dia depois através do presidente, André Coroa, o Clube Slotcar contestou a alteração da hora, uma vez que se encontrava fora de Portugal e só regressaria no final da manhã em função da primeira convocatória recebida e que o outro membro do clube também se encontraria impossibilitado de comparecer. Porém, a reunião realizou-se às 9.30 horas e foi dada posse aos membros do CMJ para o mandato 2017-2021, sendo eleitos para estes órgãos representantes das juventudes partidárias (JSD, JS, JP e JC), dos agrupamentos de escuteiros do concelho, da Associação de Estudantes da Escola Secundária da Trofa e do Clube Slotcar da Trofa (associação juvenil). A resposta da autarquia ao Clube Slotcar foi dada, por email, a 12 de dezembro, já depois de realizada a reunião, “lamentando qualquer transtorno causado pela alteração da hora e justificando a impossibilidade de emitir nova convocatória em função da Assembleia Municipal Jovem a ter lugar no dia 16 de dezembro”.

Utentes do Centro Comunitário expõem na Loja de Turismo Até 3 de janeiro está patente, na Loja Interativa de Turismo da Trofa, uma exposição de Natal da responsabilidade dos utentes do Centro Comunitário Municipal da Trofa. Segundo a autarquia, a mostra “conta com peças desenvolvidas pelos seniores do Centro Comunitário Municipal da Trofa durante as atividades realizadas durante o ano”, como “oficinas de artes plásticas e decorativas, ateliês de bordados e pintura”. A exposição pode ser vista de segunda a sexta-feira, das 10 às 13 horas e das 14 às 18 horas, na Loja de Turismo localizada no Parque Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro.

E xposição está patente até dia 3 de janeiro

Tenho 14 anos e ando no 9º. ano de escolaridade. Frequento a escola de S. Romão do Coronado. Tenho uma vida normal como todos os adolescentes. Escola, família, amigos e hobbies. Gosto de ficar em casa ver uma série ou jogar. Muitas vezes, ouço a minha mãe falar que, na geração dela, as brincadeiras eram na rua, os amigos eram os vizinhos, não existiam redes sociais, nem telemóvel. Como é possível? Por vezes, questiono-me se a minha geração é que está errada ou seria a dos meus pais… Sinto que também o universo digital é o aspecto mais característico da minha geração. Eu, apesar de não ser dependente do telemóvel, pergunto-me como foi possível os meus pais terem o seu 1.º telemóvel quando começaram a trabalhar. Eu tive o meu no 5.º ano. Sinto que somos muito mais independentes com toda esta realidade. Quero ter acesso a informação, vou à internet… quero vender alguma coisa vou à internet… A minha mãe refere que comprou o 1.º gravador quando trabalhou em tempo de férias. Eu, com esta idade, tenho uma playstation. Apesar de estar a viver numa geração em que sinto que tenho tudo mais facilitado, tenho as minhas preocupações de adolescente. As minhas aspirações escolares e até profissionais. Verifico que existe mais competitividade entre os alunos e acredito que esta competição vai ser cada vez maior, devido ao avanço das tecnologias. Um aspecto que me preocupa são as mudanças climáticas. Daqui algum tempo como estará o nosso planeta? O aquecimento global e a crise climática de causas humanas preocupam-me. Devemos assumir todos este problema e tomarmos medidas de prevenção e mudarmos alguns comportamentos para estabelecermos uma nova relação com o meio ambiente. Se não mudarmos, acredito que o nosso futuro não vai ser muito agradável. Julgo que não é necessário fazer muito esforço. Economizar a água, reciclar lixo, separar papel, plástico, do vidro , e do metal... As nossas florestas estão cada vez mais devastadas pela ganância do homem, a biodiversidade está a desaparecer. O primeiro passo para a mudança seria investir mais nos jovens, porque somos o futuro de todos os países do mundo. Deviam dar-nos novas oportunidades, uma boa formação específica, abrir horizontes. Participarmos em workshops e manifestações, fazerem grupos com os jovens no sentido de expressarmos os nossos pontos de vista e preocupações. Compete-nos a nós, jovens, mudar esta sociedade. Achei interessante alguns trechos de uma carta que foi escrita em 1855, pelo cacique Seattle, da tribo Suquamish, do estado de Washington, quando o então presidente Francis Pierce, dos Estados Unidos, deu a entender que pretendia comprar o território ocupado pelos índios: “Para [o homem branco], um pedaço de terra não se distingue de outro qualquer, pois é um estranho que vem de noite e rouba da terra tudo de que precisa. A terra não é sua irmã, mas sua inimiga; depois que a submete a si, que a conquista, ele vai embora, à procura de outro lugar. Deixa atrás de si a sepultura de seus pais e não se importa. Sequestra os filhos da terra e não se importa. […] Seu apetite vai exaurir a terra, deixando atrás de si só desertos […] O que fere a terra fere também os filhos da terra. O homem não tece a teia da vida; é antes um de seus fios. O que quer que faça a essa teia, faz a si próprio”. Sei que tenho que terminar o 9.ºano e que a partir daí vai ser a “doer” . Sinto um “friozinho na barriga” quando penso neste futuro desconhecido. Contudo, sei que vai ser a partir daí que me vou preparar, tanto ao nível académico, como psicologicamente para o meu futuro profissional. Em relação ao futuro profissional, tenho que trabalhar naquilo que gosto, mas também tenho ambição de ganhar dinheiro. Sinto que esta fase também é a preocupação dos meus amigos da escola. A entrada para o ensino médio cria-nos insegurança e preocupação, não só pelas escolhas que iremos fazer, mas também pelos novos amigos e nova escola com que nos vamos deparar. Mas com todas estas adversidades, tudo vai correr bem, porque como se costuma dizer “os jovens de hoje são os adultos de amanhã”.


26 de dezembro de 2019 O NOTÍCIAS DA TROFA

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Negócios M. Moutinho Duarte NO PÓ DOS ARQUIVOS O altar privilegiado de Guidões Deixou-nos o Abade Sousa Maia a informação de que tinha sido “o cura Manuel Domingues Maya que pediu, em 1760, para que fosse privilegiado o altar mór da igreja de S. João de Guidões, como effectivamente foi, in perpetuum, por Breve passado em 5 de Maio de 1760, publicado na mesma igreja, em 11 do dito mez e anno” (V. Memórias de Guidões, pág. 89). Ao atribuir ao altar da Igreja de Guidões o título de altar privilegiado perpétuo, título que estaria inscrito no retábulo, Sua Santidade concedeu, assim, indulgência plenária em todas as Missas de Requiem (de Exéquias) à alma da pessoa por quem a Missa fosse rezada nesse altar. Por isso, muitos fieis guidonenses desejavam que fossem rezadas missas pela sua alma no altar privilegiado: Maria Francisca, em 1730, com acompanhamento de dez padres e doze missas no altar privilegiado de São João Baptista; Maria Gonçalves, em 1730, com acompanhamento de cinco padres e uma missa pela alma de sua mãe no altar privilegiado de São João Baptista; Padre Manuel António dos Santos, em 1760, Cura desta Igreja de Guidões, com seis Ofícios de dez padres, que todos dirão missa no altar privilegiado da mesma igreja e cem missas no mesmo altar. De igual modo, a crença neste privilégio fazia acorrer à Igreja de Guidões muitos paroquianos das freguesias vizinhas, para, na qualidade de testamenteiros, dar cumprimento às disposições de última vontade, relativas aos bens d’alma dos respectivos testadores. A comprová-lo, temos a transcrição dos testamentos exarada pelos párocos nos assentos dos óbitos de diversas paróquias. De Alvarelhos: Maria da Silva, em 1757, com acompanhamento de dez padres e cinco missas no altar privilegiado de São João de Guidões; Manuel Fernandes Carvalho, em 1764, com acompanhamento de seis padres e quatro missas no altar privilegiado de Guidões. De Fornelo: Sabina Francisca, em 1738, com acompanhamento de cinco padres e duas missas no altar privilegiado de Guidões; O Padre Paulo Baptista, da aldeia de Vila Verde, Cura na freguesia de Guidões, donde veio doente e Sacramentado com todos os Sacramentos para sua casa, na sobredita aldeia, e durou somente três dias e faleceu aos dezoito do mês de Janeiro de 1739, com acompanhamento de onze padres, três Ofícios de dez padres e uma missa de corpo presente em altar privilegiado. De Muro: Maria Francisca Capela, em 1741, com acompanhamento de sete padres e dez missas no altar privilegiado de Guidões; Manuel Gonçalves da Cruz, em 1762, com acompanhamento de quinze padres e cinco missas no altar privilegiado de Guidões. A data de alguns deste óbitos é anterior à referida pelo Abade Sousa Maia (1760), o que leva a admitir a hipótese de, antes de ter sido concedido, ao altar de Guidões, o título de altar privilegiado perpétuo, fosse privilegiado temporário. Tenha-se presente o altar da Igreja do Senhor Bom Jesus da Cruz, em Barcelos, modesta construção do século XVI, erecta num antigo souto de carvalhos, local onde, segundo a lenda, se deu o milagre do aparecimento da cruz. O edifício actual, interessante exemplar da arquitectura barroca do século XVIII, fica junto ao terreiro do campo da feira de Barcelos. Por um Breve papal de 1721, foi-lhe concedido o altar privilegiado por sete anos, para alguns dias em cada ano. As festividades entre os dias 1 e 3 de Maio estão na origem das tradicionais Festas das Cruzes. Após o Concílio Ecuménico Vaticano II e de acordo com as novas normas das indulgências, Sua Santidade o Papa Paulo VI promulgou, no dia 1 de Janeiro de 1967, a Constituição Apostólica IndulgentiarumDoctrina, que atribuiu a concessão das mesmas indulgências a todas as Missas celebradas em qualquer igreja, abolindo assim os altares privilegiados. A Norma 20 do documento pontifício esclarecia: Nossa piedosa Mãe Igreja, em sumo grau solícita pelos fiéis defuntos, resolveu conceder-lhes os seus sufrágios na mais ampla medida em cada sacrifício da Missa, abrogando, por outro lado, todo o privilégio neste domínio.

180 alunos recebem diplomas A sociedade deposita na Escola a tarefa de ensinar e, na atualidade, também, muitas vezes na sequência de algum alheamento de outras instituições como a família, a tarefa de educar. É comum dizer-se que na escola se constrói o futuro dos nossos jovens, os cidadãos do amanhã. Para dar visibilidade a esta prerrogativa, no dia 13 de dezembro, o Fórum Trofa XXI encheu-se de alunos do Agrupamento de Escolas da Trofa, muitos deles acompanhados pelos seus encarregados de educação, para receberem os diplomas

de conclusão do 12.º ano de escolaridade. No evento organizado para o efeito, simbólico, mas cheio de significado, 181 alunos (125 do ensino regular e 56 do ensino profissional) foram convidados a estar presentes para receberem o diploma de conclusão desta etapa da sua vida de estudante, contribuindo para que fique guardado na memória de cada um, para o resto das suas vidas. Foi momento de felicitar todos os alunos que concluíram a escolaridade obrigatória, o 12.º ano, bem como os seus profes-

sores e familiares sem esquecer todos os pais e encarregados de educação. “Esta conquista deve-se ao esforço de cada um, mas também à competência, empenho e motivação dos professores e dos funcionários que os acompanharam ao longo do seu percurso escolar e que são elementos indispensáveis à construção de uma Escola de excelência, cada vez mais necessária para que Portugal ultrapasse os grandes desafios que tem pela frente”, sublinhou Paulino Macedo, diretor do Agrupamento de Escolas da Trofa.

Propostas desportivas vencem OPJ Duas propostas relacionados com a prática desportiva venceram a edição de 2019 do Orçamento Participativo Jovem. Projetos serão desenvolvidos na Escolas de Querelêdo e EB 2/3 Professor Napoleão Sousa Marques. CÁTIA VELOSO Este ano foram oito os projetos que chegaram à fase final do Orçamento Participativo Jovem da Trofa. Cinco propostas de âmbito escolar e três de âmbito concelhio foram a votação na Assembleia Municipal Jovem, que decorreu no Fórum Trofa XXI, a 14 de dezembro. Depois de apresentados os projetos e colocados a votação, o momento mais esperado chegou, com a vitória a sorrir para propostas ligadas ao desporto. A de âmbito escolar, com um

orçamento de 7500 euros, será desenvolvida na Escola Básica de Quereledo, em Covelas. Denominada “Xuta Querelêdo”, o projeto visa a “requalificação do campo de jogos da escola, q ue está desgastado”, ex plicou o proponente, Rúben Martins. Além de melhorar as condições para a prática desportiva, esta proposta tinha também como propósito reforçar “a segurança” das crianças. A p e s a r d e te r s id o p e n s a do para uma escola localizada numa das freguesias com menos população residente, a verdade é que conseguiu a maior pontuação das cinco que foram a votação. “Falamos com muita gente, que ajudou a espalhar a mensagem, o que fez com que conseguíssemos ganhar”, referiu Rúben Martins.

Já Mariana Sá e Eduardo Araújo apresentaram um projeto de âmbito concelhio, que consiste no apetrechamento do pavilhão desportivo da EB 2/3 Professor Napoleão Sousa Marques, inaugurado há cerca de três meses e que já revelou lacunas, como a falta de “tabelas de basquetebol”, “um marcador eletrónico de pontos” e “mostrador de 24 segundos”, que justificaram a proposta dos dois jovens, que agora será desenvolvida, tendo como orçamento 17.500 euros. Os projetos serão implementados pela Câmara Municipal da Trofa, promotora do Orçamento Participativo Jovem. Entre as propostas deste ano estavam ainda projetos relacionados com yoga, leitura, música e dança.


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O NOTÍCIAS DA TROFA 26 de dezembro de 2019

Atualidade

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Festas de Sta Luzia ganham expressão para celebrar 400 anos da capela Decorreram nos dias 13 e 14 de dezembro as festas em honra de Santa Luzia e Nossa Senhora da Graça. A razão principal desta celebração é, segundo António Costa, um dos responsáveis pela realização desta festa, a comemoração dos 400 anos da construção da ermida. Além da missa, solenizada pelo coro paroquial, na capela de Santa Luzia, na Trofa Velha, no dia 13, a noite foi animada com uma sessão de fados, terminando com uma pequena sessão de fogo de jardim. O segundo e último dia das festas ficou marcado pelo grande concerto da Orquestra SinfóIgreja de Santiago de Bougado encheu para assistir ao concerto nica do Ave, realizado na Igreja Matriz de Santiago de Bougado. “Santa Luccia”, uma obra napoli- do um local adstrito à capela que O repertório deste concerto in- tana escrita pelo italiano Teodo- oferecesse as mínimas condições cluiu trechos musicais clássicos ro Cottrau. A festa terminou com quer para o som dos instrumentos, e religiosos (de Natal). A Igreja uma sessão de fogo de artifício e quer de acomodação da assistênde Santiago de Bougado encheu uma girândola. cia. Sendo o concerto dedicado à por completo e ficaram no ouviÀ pergunta do NT sobre a esco- Santa da Luz, havia que dar um do de todos os que assistiram al- lha da Igreja Matriz para o concer- sinal aos bougadenses que, sengumas obras de reputados músi- to da Orquestra Sinfónica, Antó- do a Igreja Matriz construída sob cos, como o Ave Maria, de Caccini, nio Costa referiu que não foi por o “risco” do mestre Nicolau Naou Ó Noite Santa, de A. Adam, mas mero acaso, mas sim “por sim- soni, com uma acústica excecioaquela que encerrou com “chave bolismo” e de “ordem de con- nal, fazia todo o sentido juntar esde ouro” foi dedicada à padroei- forto”, uma vez que se tratava de tas duas características e colocar ra da capela e associada à mesma, uma festa de inverno, não existin- a “cereja no topo do bolo”, realizando o evento na “catedral barroca” da Trofa. O grupo quis encerrar “em grande” estas comemorações, com um concerto sinfónico, realizado por uma grande orquestra, composta integralmente por jovens, e segundo o mesmo responsável, quis reforçar a ideia de a ermida de Santa Luzia não poder ser “abandonada” ou “esquecida, porque, apesar do reduzido tamanho, a mesma está edificada no coração da Trofa, um local que, desde tempos imemoriais, fica indelevelmente ligado à história deste território”. Em declarações ao NT, o pároco de Santiago de Bougado, Bruno Ferreira, referiu que “todos os anos, no dia 13 de dezembro, é celebrada a Eucaristia em honra de Santa Luzia, pois a devoção à ‘Santa advogada dos olhos’ está muito presente nos devotos”. “Este ano, alguns zeladores da capela e da confraria quiseram celebrar de forma mais festiva a memória desta mártir”, explicou. O sacerdote informou ainda que “a capela será pintada exteriormente e dotada de iluminação, obra que estará a cargo do conselho económico da paróquia (Fábrica da Igreja), com a colaboração da Câmara Municipal da Trofa.

O Ano Novo de 2020 e a nossa TROFA Quando o O Notícias da Trofa me solicitou um texto de opinião para perspetivar o novo ano de 2020 e os desafios que poderão advir para o nosso Concelho, pensei antes de mais naquilo que todos nós desejamos para o novo ano. Saúde, trabalho, educação para os nossos filhos, repouso merecido e qualidade de ocupações para os nossos pais ou avós, prosperidade das nossas famílias e sobretudo que, com isso, sejamos felizes. Esta felicidade decorre de opções e ações nossas, de cada um, mas também de todo o ambiente envolvente. Desde a nossa própria família, à empresa onde trabalhamos, à escola onde estudam os nossos filhos ou netos, às instituições que recebem os nossos mais seniores, até às entidades que cuidam do interesse comum, tudo conta. Em várias áreas de atividade, a Trofa tem-se revelado ao longo dos anos com dinâmicas muito fortes, quer seja ao nível económico, com um tecido empresarial muito ativo e que carateriza muito bem o espírito empreendedor das nossas gentes, até ao nível social com iniciativas relevantes que procuram responder às diversas necessidades. Na área da educação, temos uma oferta diversa e qualificada que tem produzido resultados positivos na qualificação de várias gerações. Com tudo isto, e apesar de termos várias infraestruturas básicas e equipamentos de serviço às pessoas, há algumas áreas que necessitam de especial atenção. Desde logo, um maior equilíbrio na distribuição dos equipamentos de serviços pelo território. Há freguesias que estão dotadas de vários equipamentos de serviços, públicos, associativos ou privados, e outras nem por isso. O nosso Concelho até pela geografia que apresenta, pode e deve ser mais equilibrado sob este ponto de vista. Assim, um dos grandes desafios que se apresenta para o próximo ano é o de encontrar formas de governação mais próximas das populações, que possam defender o interesse de cada freguesia em particular, com respeito pela sua identidade, cultura e história. O objetivo legítimo que várias freguesias têm vindo a manifestar pela recuperação da sua autonomia administrativa, é no meu entender a medida certa para reequilibrar a estrutura de poder, ajudar a gestão municipal e defender de forma próxima os interesses das pessoas e dos respetivos territórios. 2020 vai ser um ano crucial para se resolver este tema, que considero de grande relevância para o nosso Concelho. Um outro desafio tem a ver com as questões de mobilidade que nos afetam quotidianamente. A Câmara Municipal tem procurado, a meu ver bem, encontrar formas de resolução para algumas das questões que nos tocam. O projeto recente de criação de sinergias entre a Trofa, Famalicão e Santo Tirso para se encontrar uma resposta conjunta para o problema dos transportes públicos é uma boa medida e digna de realce. Mas há situações que estão para além do poder direto de intervenção da própria Câmara, como é o caso da construção da Variante à EN14. É um projeto da esfera do Governo e seria bom que, de uma vez por todas, tivesse uma solução capaz de servir o nosso Concelho e em particular a Cidade da Trofa. Acredito que este novo ano possa ser decisivo para a concretização desta obra tão necessária. Finalmente, algo que nos vai encher a todos de orgulho. 2020 vai trazer o inicio da construção dos Paços do Concelho. Depois de muitas dificuldades e obstáculos vencidos, a obra vai mesmo arrancar para satisfação de todos os munícipes. Não vou discutir questões relacionadas com a sua localização, pois já houve tempo para essa discussão, mas sim a importância e significado que esta obra terá para o Concelho. É o cimentar da nossa autonomia e será uma marca na história da Trofa. Temos de aproveitar esta alavanca qualificadora para o nosso Município e motivarmo-nos enquanto comunidade para fazermos mais e melhor. 2020 será pois, um ano de vários desafios para o nosso Concelho. Faço votos que esses desafios sejam reais oportunidades de vermos a Trofa cada vez melhor e que os progressos coletivos sejam acompanhados do sucesso das empresas, das nossas famílias e cada um em particular. Um Excelente Natal e um próspero e feliz Ano Novo de 2020 para todos os trofenses. Votos para que a nossa Trofa entre numa nova década de afirmação e de progresso.


26 de dezembro de 2019 O NOTÍCIAS DA TROFA

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Clube Desportivo Trofense ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA CONVOCATÓRIA Nos termos dos artigos 51.º e 49.º, parágrafo 1º, al. b) dos Estatutos do Clube, venho pelo presente meio convocar os Senhores Associados do CLUBE DESPORTIVO TROFENSE, para a sessão da Assembleia Geral Ordinária que se realizará no dia 8 de Janeiro de 2020 (quarta-feira), pelas 20h30m, no Auditório Fórum Sec. XXI, sito no Parque Nossa Senhora das Dores - Trofa, com a seguinte ORDEM DE TRABALHOS Ponto Um: Período antes da Ordem de Trabalhos, para tratamento de assuntos de interesse para o Clube, sem votação e com a duração de trinta minutos, nos termos do artigo 56º dos Estatutos; Ponto Dois: Apreciação e votação do Relatório e Contas da Direcção do Clube, relativo ao período de um de Julho de 2018 a trinta de Junho de 2019; Ponto Três: Deliberar autorizar a transformação da sociedade desportiva Clube Desportivo Trofense, Futebol, SDUQ, Lda., de sociedade desportiva unipessoal por quotas em sociedade anónima desportiva; Ponto Quatro: Deliberar autorizar a apresentação ao Processa Especial de Revitalização (PER) por parte da sociedade desportiva Clube Desportivo Trofense, Futebol, SDUQ, Lda.; Ponto Cinco: Deliberar sobre a atribuição de poderes a qualquer gerente da sociedade desportiva Clube Desportivo Trofense, Futebol, SDUQ, Lda., para praticar individualmente todos os actos considerados necessários para a execução das deliberações tomadas nos pontos Três e Quatro desta Ordem de Trabalhos; REGRAS DE PARTICIPAÇÃO E VOTAÇÃO a) Só será permitida a entrada de sócios do Clube com as quotas em dia (inclusive quota de Janeiro de 2020); b) Só poderão votar os sócios de idade igual ou superior a 15 anos e que tenham completado, pelo menos, três meses de associado (data de admissão anterior 7 de Outubro de 2019); Se à hora marcada não estiver presente a maioria dos sócios no pleno gozo dos seus direitos, a Assembleia Geral funcionará uma hora depois com qualquer número de sócios presentes, conforme o previsto nos termos do artigo 52.ª dos Estatutos. A documentação sobre os assuntos objecto desta Ordem de Trabalhos encontra-se disponível para consulta na sede do Clube. Trofa, 2 de Dezembro de 2019 O Presidente da Assembleia Geral, Paulo Renato Gonçalves Reis, Dr.


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O NOTÍCIAS DA TROFA 26 de dezembro de 2019

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Atualidade

Empate doloroso em Amarante Num confronto entre “aflitos” não se foi além de um empate sem golos, que, apesar de valer um ponto para cada, mais sabe a derrota tal a realidade classificativa no fecho da jornada. Ao anularem-se, Trofense e Amarante afundaram um pouco mais na tabela, devido à vitória do Valadares de Gaia. Com 15 jornadas realizadas, a equipa da Trofa ocupa o 16 lugar, com 13 pontos, esta a três da primeira equipa na zona de manutenção, o Pedras Rubras, que, ainda assim, encontra-se em igualdade

pontual com o Valadares de Gaia, o “aflito” mais bem posicionado. Abaixo da equipa da Trofa só Vila Real e Ginásio Figueirense, que somam sete pontos. Apesar de apresentar uma série de resultados mais positiva que no passado construído pelos outros dois treinadores (Hélder Pereira e Peçanha), o Trofense de António Barbosa ainda é muito insuficiente para o que traçou como principal objetivo da época. Esse – a subida de divisão - está cada vez mais longe, mais concretamente a 22 pontos, na liderança

do Arouca, que soma 35 pontos. Para uns, é já uma miragem que o Trofense, devido à distância que apresenta para o 1.º lugar e qualidade que tem apresentado nas diferentes exibições, possa chegar à meta pretendida, e o importante, agora, é conseguir uma certa estabilidade que permita à equipa manter-se nesta divisão. Para 2019, está feito. A ver o que nos reserva o Trofense de 2020, que terá logo a exigente receção do Lusitânia de Lourosa, a 5 de janeiro, numa partida agendada para as 15 horas. C.V.

Bougadense diz adeus à Taça À partida, já se sabia que o jogo do Bougadense para nos 16 avos de final da Taça Distrital da Associação de Futebol do Porto não iria ser fácil, uma vez que defrontaria uma equipa de escalão superior. E a prática confirmou a teoria, já

que o Vila FC, da Divisão de Elite, acabou por conseguir uma vitória folgada de 6-1, em casa, dando por terminada a participação nesta competição da formação de Santiago de Bougado, que milita na Divisão de Honra.

Agora, as atenções viram-se, exclusivamente, para o campeonato, onde a equipa treinada por Agostinho Lima tenta alcançar a manutenção tranquila. O ano acaba com uma deslocação difícil ao terreno do líder, SC Nun’Álvares.

Ficha técnica

Iniciados Sub-14 do CD Trofense Os três últimos jogos não refletem de todo o que tem sido a época da equipa sub-14 do Clube Desportivo Trofense, no campeonato do escalão da Associação de Futebol do Porto, série 2. Ditou o sorteio que duas das três jornadas a jogar fossem diante das duas equipas que ocupam os primeiros lugares da tabela classificativa, no caso o FC Porto (24 pontos) e o Dragon Force (18), mas antes a equipa da Trofa somava, à exceção de um empate a uma bola com o Sousense na 3.ª ronda, vitórias diante do

Barrosas (2-0), AC Milheirós (07), AD Lustosa (1-7), e Folgosa da Maia (3-0). Na última ronda antes da paragem do Natal e Ano Novo, os trofenses voltaram a sofrer um revés com a derrota, por 1-0 frente ao Barrosas. A performance atual permite ao conjunto treinado por Joaquim Barbosa ocupar o 4.º lugar, com 13 pontos, menos três que o Sousense, primeira equipa em zona de acesso ao play-off do 1.º ao 6.º classificado do campeonato. A série é bastante desequilibrada e o Trofense encontra-se na metade

de equipas com mais de uma dezena de pontos, sendo que, na outra metade, os adversários somam três ou nenhum ponto. “Potenciar a compreensão do jogo e desenvolver os comportamentos futebolísticos previsto no modelo de jogo do departamento de formação” é o objetivo que serve de base ao trabalho desenvolvido neste escalão. No próximo fim de semana, o Trofense desloca-se ao terreno do Barrosas, formação que só conta com três pontos. C.V.

Em cima: Victor Ribeiro (diretor), Maia, Mónica (enfermeira), Dani, Teixeira, Rocha, Afonso, Jony, Afonso, Ricardo, João e Mesquita (diretor). Em baixo: Vieira, Rafa, Pedro, Kiko, Tahawar, Jonas, Joaquim Barbosa (treinador), Rubén, Tomás, Francisco, Matos, Mesquita e Luís

Os números da destruição do nosso sentido de humanidade Os números têm o grande perigo do hábito. Habituamo-nos, em muito pouco tempo, a que o número de pessoas forçadas no mundo a abandonar as suas casas devido a guerras, conflitos, violência, perseguições, violação dos direitos humanos ou desastres naturais aumente todos os anos. Em 2018, ultrapassou os 70 milhões. Só no ano passado, 37 mil pessoas por dia ou 25 pessoas por minuto tiveram que deixar as suas casas sem qualquer certeza de regresso. Os números também têm o grande perigo do medo. Não temos muito medo que nos toque a nós: facilmente nos distanciamos com a ideia de que isto só acontece “naqueles” países. Temos medo de sermos muito poucos no meio de tantos e que isso possa significar uma espécie de invasão. Certo é que os dados são muito claros a contrariar este sentimento de medo da migração como mancha: 97% da população mundial não migra. É interessante verificar que somos mais resistentes ao acolhimento de migrantes, quanto menos população estrangeira temos. Superando estes perigos dos números, podemos começar a trocá-los por pessoas concretas. Muitas delas próximas, até. Entre os demasiados exemplos, olhemos para o campo de refugiados de Moria, na ilha grega de Lesbos. Estão quase 19 mil pessoas há demasiado tempo num lugar com condições para alojar temporariamente 3 mil. Alguns dos processos têm a primeira entrevista marcada para 2023, o que significa que não podem abandonar o campo até lá. A Médicos Sem Fronteiras (MSF), com trabalho nos contextos mais difíceis dos nossos tempos, considera o pior campo de refugiados do mundo. E está aqui ao lado, na nossa Europa. Trocar por pessoas concretas significa apontar com muita clareza a culpa das 5 pessoas que morreram nos últimos 2 meses, incluindo duas crianças e um bebé. Significa assumir a responsabilidade das crianças com 2 anos que se mutilam e das que dizem às unidades de apoio psicológico que preferiam morrer a viver ali. Significa assumir a responsabilidade das crianças que já tentaram o suicídio, das crianças que se isolam, que não querem brincar ou falar e das que arrancam cabelos ou batem com a cabeça nos contentores. Chegamos até este ponto ultrapassando vários momentos em que escolhemos ignorar o que se estava a passar. Não foi falta de informação. Foi uma escolha. Quando duvidamos que alguém em alto mar deve ser salvo de afogar-se, estamos a escolher o tipo de humanidade que somos: a humanidade que banalizou e relativizou a miséria, o sofrimento e as mortes. Somos uma humanidade numa espiral de medo que nos conduz ao ódio profundo de tudo o que está mais ou menos próximo. Tendemos a relativizar realidades que questionam a nossa humanidade. Como estas realidades são de urgente resposta e de implicação directa com o nosso sentido de justiça, compaixão ou solidariedade, tendemos a relativizar para nos distanciarmos e nos protegermos. Para podermos falar sobre os tempos que vivemos, vamos começar por colocar nomes às coisas. É muito importante tratarmos os fenómenos pelos nomes. A partir do momento em que lhe damos um nome, podemos identificá-los, tomar posições e preveni-los. Facilmente, caímos na trapaça de acharmos que é xenofobia, o medo de estrangeiros. Não é. Nós não temos medo de estrangeiros. É globalmente aceite a narrativa dos turismo enquanto algo benéfico. Aliás, em Portugal até nos gabamos pela nossa arte de acolher os estrangeiros. Temos medo das pessoas em movimento, ou vulgarmente chamados de refugiados, não porque são estrangeiros, mas porque os vemos enquanto miseráveis e pobres. O nosso problema chama-se aporofobia: “aporos” (pobre) com “fobia” (medo) em grego. Aporofobia, o medo dos pobres. Quando falamos de uma “crise de refugiados” temos de falar muito mais de uma “crise da nossa humanidade”. É aqui que tudo se torna muito mais perigoso. Não é difícil habituarmo-nos a que esta nossa humanidade seja preenchida por medo. O medo só tem um caminho: o ódio pelo outro, o ódio pelo próximo e o ódio pelos nossos. Ainda vamos a tempo de minimizar o impacto destrutivo desta questão no que somos enquanto sociedade. É urgente olharmos para cada uma das pessoas em condições miseráveis e restabelecermos a dignidade humana como valor sagrado.


26 de dezembro de 2019 O NOTÍCIAS DA TROFA

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Atualidade

Sócios do Trofense chamados para autorizar criação de SAD A Mulher do século XXI Um dos temas mais recorrentes, neste início do século XXI, a par da ecologia, é o da igualdade entre homens e mulheres. No entanto, quando falamos do papel da mulher na sociedade, não podemos esquecer que estamos a falar de ideias que estão arreigadas no nosso entendimento coletivo e que são muito difíceis de derrubar. Passar de uma sociedade estruturada de forma a que sejam os homens a ocupar os papéis determinantes e decisores, para uma sociedade onde homem e mulher desempenhem um papel colaborativo e competitivo, não é tarefa para uma geração, nem para duas. É , e será, um processo longo e conturbado, pois não podemos esquecer que as mudanças de mentalidades são aquelas que se operam, em cada um de nós, de uma forma mais lenta. Aquilo que nós somos é o resultado da educação que o Estado nos transmite, via escola, e da educação que a nossa família nos transmite, em casa. E não nos podemos esquecer que os valores essenciais que a mãe (sobretudo) nos transmitiu foram aqueles que a mãe dela, por sua vez, lhe transmitiu a ela. Embora os filhos não assimilem, nem se identifiquem com todos os valores que os pais lhes transmitem, uma boa parte desses ensinamentos ficam registados e, mais tarde, quando a vida estabiliza e passaram as turbulências da adolescência, começam a reproduzi-los, numa cadeia geracional que facilita a permanência de comportamentos. Mas, apesar de todas estas dificuldades, o caminho da mulher face à dignificação do seu papel e à valorização das suas múltiplas competências, não vai parar mais e adivinham-se saltos gigantescos no sentido da caminhada para a igualdade entre os sexos. A polémica medida de se criarem quotas para a participação cívica da mulher em partidos, organizações, empresas… não acolheu da minha parte grande simpatia pois percebi, pela análise e conhecimento de casos concretos, que esse pode ser um caminho para levar mulheres totalmente impreparadas e até incompetentes a ocuparem cargos de grande responsabilidade e prestígio. No entanto, percebo que a porta também se pode abrir para mulheres devidamente habilitadas e preparadas para o exercício dos mais variados cargos e, atualmente, já consigo entender a necessidade dessa polémica medida, embora reconheça que, só a sua simples existência, mostra o quanto as mulheres têm de caminhar para a tão desejada e plena igualdade. Encontramo-nos num período de transição onde ainda coexistem dois mundos: o mundo construído por e para o homem e o mundo que está a descobrir a mulher nas suas múltiplas competências e capacidades. E é nesta dicotomia, onde as bases e princípios em que se estruturou todo o nosso pensamento e crenças se está a desmoronar, que hoje assistimos aos dramas familiares e sociais que acontecem todos os dias e que a comunicação social tão amplamente divulga. A violência contra a mulher e as desigualdades de oportunidades que ainda persistem, não são mais do que os últimos resquícios do homem a querer fazer valer o seu ascendente social, exercido durante milhares e milhares de anos e que, nestes tempos, está sendo ameaçado. O caminho que ainda falta percorrer está nas mãos das futuras gerações que já nasceram com a mudança. É nelas que eu , que nós, depositamos toda a esperança.

Os sócios do Clube Desportivo Trofense foram convocados para uma assembleia-geral, que tem como um dos pontos para votar a autorização para a transformação da sociedade desportiva unipessoal por quotas (SDUQ) em sociedade anónima desportiva (SAD). CÁTIA VELOSO A assembleia está marcada para 8 de janeiro de 2020 (quarta-feira), pelas 20.30 horas, no Fórum Trofa XXI, no Parque Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro. Se por essa hora não estiver presente a maioria dos só-

cios no pleno gozo dos seus direitos, a sessão começará uma hora depois. Além da deliberação para a criação da SAD, os sócios são ainda chamados a pronunciarem-se sobre a apresentação do Processo Especial de Revitalização (PER) por parte da SDUQ e “a atribuição de poderes a qualquer gerente da sociedade desportiva” para “praticar individualmente todos os atos considerados necessários para a execução das deliberações” tomadas sobre a criação da SAD e o PER. Na ordem de trabalhos cons-

ta também a apreciação e votação do relatório e contas da direção do clube, relativo ao período de 1 de julho de 2018 a 30 de junho de 2019. Nesta assembleia só poderão entrar associados com as quotas em dia e para as votações só estão aptos sócios (pelo menos desde 7 de outubro de 2019) com idade a partir dos 15 anos. Os documentos relativos aos assuntos que serão abordados na assembleia encontram-se disponíveis para consulta na sede do CD Trofense.

Trofense promove festa de Natal O convívio de Natal da escola de futebol Trofintas e escolas de competição do Clube Desportivo Trofense realizou-se a 19 de dezembro, contando com a presença dos jogadores do plantel sénior, Nuno Reis, Pedro Santos, Hélder

Sousa, Ivo Lemos, Leandro Borges e Paulo Campos. Para animar as crianças que fazem parte das escolas de formação, o clube providenciou ainda a visita do Pai Natal, encarnado pelo trofense António Moreira, que entregou pre-

sentes aos mais novos. Além do habitual lanche a que têm direito, os pequenos craques divertiram-se ainda com jogos de futebol, matraquilhos, playstation e ténis de mesa.

Atletas da EAT vencem em Lousado Gabriela Pelicano e Júlia Sousa foram duas das vencedores da 2.ª Prova de Atletismo Troféu João Carvalho, que teve lugar em Lousado (VN Famalicão), a 14 de dezembro. As corredoras da Escola de Atletismo da Trofa (EAT) conquistaram o triunfo nos escalões de veteranos F40 e F50, respetivamente. Na mesma prova, o veterano Jorge Costa, da mesma associação, terminou no 25.º lugar. A EAT esteve também representada na 4.ª Milha de Santa Eulália, em Viana do Castelo, a 15 de de-

zembro, com Ana Silva e Deolinda Oliveira com vitórias, nos escalões de sénior (e geral) e veteranas (2.ª na geral). O veterano Ludgero Moreira terminou a prova em 4.º lugar, no respetivo escalão. Na 4.ª S. Silvestre de Gondomar, realizada um dia antes, Daniela Gregório alcançou o 3.º lugar, no escalão de seniores e na classificação geral. No mesmo dia, a EAT esteve representada no Torneio Juvenil do Norte. Nos 60 metros, participaram os juvenis Sofia Santos (33.ª classificada), Carolina Silva

(43.ª) e Ana Mota (37.ª) e os iniciados Vânia Sousa (50.ª) e Luís Oliveira (58.º). Na disciplina de salto em comprimento, o iniciado Rúben Pinto alcançou o 33.º lugar, com recorde pessoal, enquanto Luís Oliveira, no mesmo escalão, ficou-se pelo 41.º posto. Em lançamento do peso, Ana Mota (juvenil 3kg) conseguiu o 4.º lugar, com recorde pessoal, enquanto Vânia Sousa, iniciada, ficou classificada na 6.ª posição. Rúben Pinto (iniciado 5kg), conseguiu o 13.º lugar e Sofia Santos (juvenil) o 10.º.


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O NOTÍCIAS DA TROFA 26 de dezembro de 2019

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Desporto

José Pedro Maia Reis Memórias e Histórias da Trofa Dâmaso Rodrigues da Costa

Ação solidária apoiou APPACDM com alimentos A equipa de BTT “Ferrovia Sob Rodas” promoveu uma campanha solidária de Natal, que tinha como principal objetivo que cada um dos elementos doasse alguns alimentos à APPACDM da Trofa. “Este movimento, lançado no mês passado, superou completa-

mente todas as expectativas”, refere fonte do grupo, que anunciou a entrega, a 18 de dezembro, de 189 géneros alimentares à instituição. Entre os bens alimentares, há os artigos mais corriqueiros, como arroz, óleo, massa e leguminosas, e aqueles a pensar no

Natal, como a aletria, o açúcar e os frutos secos. A equipa “Ferrovia Sob Rodas” agradece “a todas as pessoas que colaborarem e contribuíram para o sucesso desta campanha”.

O tempo é inimigo da memória, por vezes trai, outra vez até nos faz esquecer elementos do nosso passado e com o esquecimento surge por vezes a ingratidão. A história é uma ciência que obriga a um estudo continuo, nem sempre o que dizemos sobre algo é totalmente verídico e por vezes uma pesquisa sobre o passado irá revelar que por vezes vivemos numa mentira. No decorrer de várias pesquisas da história da Trofa, surgiu uma figura perdida na memória coletiva, que irá alterar o rumo da memória local, relativamente à atividade cultural. Referência para Dâmaso Rodrigues da Costa. A figura de Dâmaso Rodrigues da Costa tem especial importância, poderá ter sido um dos primeiros a aproveitar a vantagem do caminho de ferro em abrir novos mundos ao mundo, construindo as suas máquinas agrícolas na sua oficina. A sua oficina supostamente iniciou a sua laboração nos finais do século XIX, seria mais uma entre outras, contudo, é surpreendente que aparentemente a sua produção tinha mais mediatismo e rapidamente conquistaria clientes em vários pontos do país e também nas antigas colónias africanos. Os anúncios de jornal na imprensa local, foi possível pelo menos visualizar até ao final da década de 1920, comprovando a vitalidade do seu negócio que não era algo passageiro, mas um projeto com créditos firmados, respeitado e valorizado na economia local. Assumiam-se como especialistas no fabrico de tararas, debulhadores de milho, esmagadores de uvas, entre outros utensílios agrícolas, a tentativa clara de aproveitamento da presença forte do setor primário no país que ainda era bastante útil a sua riqueza para o PIB nacional. Poderemos estar perante o pai da indústria trofense e talvez o primeiro empresário com enfoque para a questão da internacionalização, com vistas mais largas que a do comum mortal, seria interessante a valorização desta figura e integra-la na memória coletiva que é ignorada e despreza um dos seus maiores vultos.


26 de dezembro de 2019 O NOTÍCIAS DA TROFA

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Desporto

Agenda José Maria Moreira da Silva Que o espírito de natal se prolongue

para todo o sempre O frenesim provocado pela compra das prendas, o gosto em decorar a casa, o prazer em ver as ruas iluminadas, as músicas que passam na rádio, os anúncios que se veem na televisão, tudo isto alimenta o espírito de Natal. Mas também as visitas que se fazem, as rotinas que se alteram, as mensagens que se enviam, os telefonemas que se fazem, os desejos que se trocam e a vontade de estar rodeado pelos entes queridos. É verdade que as faturas continuam por pagar, o stresse vem para nos fazer sofrer, o país continua a caminhar para o precipício e a vida vai ficando pintada de cinzento como a querer ofuscar as luzes desta época do ano, mas o espírito de Natal vai entrando dentro de nós para nos alegrar. É uma época mágica, que nos convida a reencontrar o nosso equilíbrio emocional e a abraçar a felicidade. Tenhamos ou não capacidade financeira, a prenda mais acessível que podemos oferecer aos outros é demonstrar o nosso afeto e entregarmo-nos por inteiro à vida. Uma excelente prenda que podemos receber é estarmos gratos por aquilo que somos, por aquilo que temos e por aquilo que conquistamos ao longo dos tempos. Na época de Natal o nosso coração está mais recetivo para refletirmos sobre a vida e está mais disponível para a bondade, para a solidariedade, para o perdão, para o amor, para a felicidade. Sem esquecer que a essência do Natal é Jesus de Nazaré, que assumiu a condição humana e elevou-a à dignidade divina. Na segunda década do século XXI, ainda existem países cujas celebrações do Natal são proibidas, mesmo para as comunidades cristãs que vivem nesses países. Infelizmente, em muitos países islâmicos e muçulmanos, não permitem qualquer celebração do Natal. Natal é vida! Natal é a época do ano em que as nossas esperanças são renovadas, por isso devemos aproveitar para comemorar o Natal, com o coração inundado de sentimento. A felicidade também é viver o Natal com amor e alegria no coração. É o espírito de Natal, o espírito desta época cheia de luzes e surpresas repleta de paz e amor, que nos faz entender melhor a essência da vida. Na época de Natal tudo parece ficar mais bonito e até os desejos são mais sentidos, os sorrisos mais espontâneos e os abraços mais sinceros. O que se deseja é que o espírito de Natal invada os nossos corações e traga união, esperança, saúde e amor e estes jamais esmoreçam nas nossas vidas. Que o espírito de Natal se prolongue para todo o sempre e nos traga a paz que tanto procuramos e tudo aquilo que mais desejamos. Votos sinceros de Festas Felizes e um Fabuloso ano de 2020. moreira.da.silva@sapo.pt

Necrologia Lousado Rosa da Costa Antunes de Araújo. Faleceu no dia 15 de dezembro, com 90 anos. Viúva de Manuel Sousa Areias Funerais realizados por

www.moreiradasilva.pt

Glória Soares Correia 91 anos Faleceu no dia 3 de Dezembro com 91 anos. Viúva de José de Macedo João Bosco de Freitas Martins Faleceu no dia 5 de dezembro com 58 anos Júlia da Silva Vieira Faleceu no dia 22 de dezembro com 80 anos. Viúva de Manuel Joaquim Ferreira de Lima

Funeraria Ribeirense Paiva & Irmão Lda

Santiago do Bougado Adélio Pereira Serra Faleceu no dia 8 de dezembro com 82 anos. Casado com Maria do Carmo Silva Pinto Pereira Serra S. Martinho do Bougado Dialina Gonçalves Moreira Faleceu no dia 22 de dezembro com 84 anos. Viúva de Celestino de Sousa Ferreira

Sudoku

Dia 27 21 horas: Coro de S. Martinho de Bougado no Mercado de Natal, na Alameda da Estação

CRÓNICA

Ribeirão José de Azevedo Carneiro Faleceu no dia 10 de dezembro, com 87 anos. Casado com Maria da Conceição Azevedo Paiva

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Maria Fernanda Fernandes Faleceu a 14 de dezembro com 88 anos Viúva de António Joaquim Oliveira Rosa da Conceição Monteiro da Silva Faleceu dia 18 de dezembro com 89 anos Ribeirão Tiago Miguel Gomes Carvalho Faleceu no dia 16 de dezembro com 18 anos Funerais realizados por Agência Funerária Trofense. Gerência de João Silva

Dia 28 18 horas: Concerto dos Rapaziada, no Mercado de Natal, na Alameda da Estação Dia 29 15 horas: SC Nun’Álvares-Bougadense 15.30 horas: Hora do Conto, no Mercado de Natal, na Alameda da Estação 16 horas: Grupo de Cavaquinhos Liberdade FC, no Mercado de Natal, na Alameda da Estação Dia 31 14.30h: Concerto à Minha Avó Igreja de Guidões - Trofa Dia 5 15 horas: Trofense-Lusitânia Lourosa

Farmácias Dia 26 Farmácia Nova Dia 27 Farmácia Padrão Moreira Dia 28 Farmácia de Ribeirão Dia 29 Farmácia Trofense Dia 30 Farmácia Barreto Dia 31 Farmácia Barreto Dia 1 Farmácia Trofense Dia 2 Farmácia Moreira Padrão Dia 3 Farmácia de Ribeirão Dia 4 Farmácia Trofense Dia 5 Farmácia Barreto Dia 6 Farmácia Nova Dia 7 Farmácia Moreira Padrão Dia 8 Farmácia de Ribeirão Dia 9 Farmácia Trofense

Vamos pintar?

Quebra-cabeças

Telefones úteis Bombeiros Voluntários Trofa 252 400 700 GNR da Trofa 252 499 180 Centro de Saúde da Trofa 252 416 763//252 415 520 Centro de Saúde S. Romão 229 825 429 Centro de Saúde Alvarelhos 229 867 060

F icha T écnica Diretor: Hermano Martins Sub-diretora: Cátia Veloso Editor: We do com unipessoal, Lda. Redação: Cátia Veloso, Magda Machado de Araújo Colaboradores: Atanagildo Lobo, Jaime Toga, José Moreira da Silva, João Pedro Costa, João Mendes, César Alves, José Pedro Reis, Moutinho Duarte | Fotografia: A.Costa, Miguel Trofa Pereira (C.O. 865) Composição: Cátia Veloso e Magda Araújo | Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Lda., Rua de S, Brás, n.º 1 Gualtar, Braga| Assinatura anual: Continente: 18,50 euros; Extra europa: 88,50 euros; Europa: 69,50 euros; | Assinatura em formato digital PDF: 15 euros IBAN: PT50 0007 0605 0039952000684 | Avulso: 0,70 Euros | E-mail: jornal@onoticiasdatrofa.pt | Sede e Redação: Rua das Aldeias de Cima, 280 r/c 4785 - 699 Trofa Telf. e Fax: 252 414 714 Propriedade: We do com unipessoal, Lda. NIF.: 506 529 002 Nº Exemplares: 5000 | Depósito legal: 324719/11 | ISSN 2183-4598 | Detentores de 100 % do capital: Magda Araújo | Estatuto Editorial pode ser consultado em www.onoticiasdatrofa.pt | Nota de redação: Os artigos publicados nesta edição do jornal “O Notícias da Trofa” são da inteira responsabilidade dos seus subscritores. Todos os textos e anúncios publicados neste jornal estão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. É totalmente proibida a cópia e reprodução de fotografias, textos e demais conteúdos, sem autorização escrita.


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O NOTÍCIAS DA TROFA 26 de dezembro de 2019

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Atualidade Festa em Covelas realiza-se de 17 a 20 de janeiro

Quim Barreiros e Jaimão animam S. Gonçalo Nos últimos anos, ganhou a reDe 17 a 19 de janeiro, a noilevância de outros tempos e ago- te encerra com espetáculos de ra é uma das festas do concelho fogo de artifício. mais aguardadas por trofenses... De carácter religioso, as cee vizinhos. Já há programa para lebrações mais relevantes são o S. Gonçalo de Covelas que, em a eucaristia de ação de graças 2020, será comemorado de 17 a dos Gonçalos, ao meio-dia de 18 20 de janeiro. de janeiro, eucaristia em honra Quim Barreiros é o nome mais de S. Gonçalo, às 9.30 horas do sonante do programa profano, dia 19, e a procissão, depois da com o espetáculo na noite de celebração da palavra, às 15.30 18 de janeiro. Antes, a abertu- horas, também no dia 19. ra do palco está a cargo de JorNesse dia, a tarde terá como ge Pacheco. pedra de toque o folclore, com O dia anterior, 17 de janei- um espetáculo onde subirão ao ro (sexta-feira), como acontece palco o Rancho Folclórico do Didesde há dois anos, será dedi- vino Espírito Santo (S. Mamede cado ao humor, com um espetá- do Coronado), o Rancho Folclóculo de stand up comedy de Jai- rico Santa Marinha (Lousado) mão. A dj Miss Bliss vai animar e Grupo Etnográfico Os Pescao recinto antes e depois da atua- dores do Castelo (Leça da Palção do humorista. meira). No domingo, 19 de janeiro, De manhã, no recinto, esperaJorge Amado é o chamariz da -se uma enchente, como manda festa para o espetáculo musical a tradição, feita por milhares de da noite. Antes, Patrícia Montei- pessoas que, a pé, de bicicleta, ro abre o palco. de carro ou a cavalo, rumam a

Covelas para um convívio com No dia 20 de janeiro, segundaamigos ou familiares, enquanto -feira, há eucaristia e procissão provam os petiscos, como os en- do voto, às 9 horas, e o encerrachidos, o pão com rojão, e sabo- mento da festa, com uma atuação reiam o vinho. de Sons e Cantares d’Outrora,

às 15 horas. Também integrado no programa está a eucaristia em ação de graças a S. Gonçalo, a 10 de janeiro, às 18 horas.


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