Edição 708 do jornal O Noticias da Trofa

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Quinzenário |9 de janeiro de 2020 | Nº 708 Ano 17 | Diretor Hermano Martins | 0,70 €

5 Polícia

Roubadas 14 caçadeiras na noite de ano novo

3 Atualidade

FALECEU MANUEL PONTES 4 Atualidade

Alvarelhos e Guidões homenageam cidadãos

6 Atualidade

APROVADA CRIAÇÃO DE SAD NO TROFENSE pub


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Atualidade

Historiador doa máquina dos primórdios da industrialização trofense Diz que foi num feliz acaso que encontrou a peça histórica, que, ao dar-lhe indicações claras quanto aos antepassados industriais da Trofa, fê-lo ir à Assembleia Municipal e disponibilizar-se a cedê-la ao domínio público. CÁTIA VELOSO Na sessão de XX de dezembro, no período de intervenção do público, o historiador trofense José Pedro Reis deu conta de que tinha achado, numa das “muitas pesquisas na internet em site de leilões”, uma máquina que tinha escrito “Trofa” numa das laterais. Aguçada a curiosidade, José Pedro Reis adquiriu-a e trilhou caminho para descobrir mais sobre a descoberta. “Descobri que tem 120 anos e que é oriunda de uma das primeiras oficinas da Trofa. Aliás, o seu proprietário foi, supostamente, o primeiro empresário a apostar na internacionalização com a venda de maquinaria para as antigas colónias, como também para os países mais próximos, acabando por espalhar o nome da Trofa pelo mundo”, explicou, mais tarde, em entrevista ao NT. O proprietário é Dâmaso Rodrigues da Costa, que terá feito desta a “primeira máquina a ser produzida em série na Trofa”. Segundo dados recolhidos pelo histo-

M áquina foi feita poe Dâmaso Rodrigues da Costa riador, o aparelho está datado de 1899, 24 anos depois de o comboio chegar à Trofa. “O ano de 1875 marca o início do grande desenvolvimento local da Trofa, que ficava ligada a todo o país, tornando-se um território apelativo para a fixação de empresas. E esta máquina encontra-se numerada com o número 35, o que é muito interessante, porque se trata das primeiras máquinas, com características diferentes das que foram chegando até ao presente. Podemos estar a falar de um protótipo”, explica. José Pedro Reis considera que “não se deve permitir que se esqueça a imagem de Dâmaso Rodrigues da Costa, que deu muito a história da Trofa, teve um pen-

Meteorologia

samento à frente do seu tem- do presidente Sérgio Humpo, apostando na qualidade berto, deu conta de que nedo seu produto, comprova- cessita de documentação da com o facto de esta má- que fundamente a máquiquina funcionar apesar de na e de pareceres técnicos. José Pedro Reis deixou, ter 120 anos”. “Não podemos também ignorar que, também, claro na sessão da no passado, havia a dúvi- Assembleia Municipal da da se esta empresa já exis- Trofa que só fará a doação tia antes do final do século “se houver a garantia que a XIX e eis que esta máquina, ela será dado o devido trataao ser de 1899, vem trazer mento e não ficará perdida clarividência e confirmar algures, nalguns armazéns”. “Brevemente, serei proa antiguidade da produção industrial da Trofa”, atestou. fessor de História do 3.º ciDefendendo que “o co- clo e do Secundário e muito nhecimento só faz sentido dificilmente ficarei na Trose for partilhado” e que “é fa, atendendo ao facto de premente escrever a histó- a oferta para dar aulas ser ria da Trofa com rigor e ter- superior na zona de Lisboa, minar, de uma vez por to- Algarve e Ilhas, pelo que das, com os mitos e suposi- esta doação fica como um ções”, José Pedro Reis deci- legado a esta terra que me diu cedê-la à Câmara Muni- viu crescer”, concluiu o hiscipal da Trofa, que, pela voz toriador.

José Pedro Maia Reis Memórias e Histórias da Trofa

S. Pantaleão - devoção dos murenses Quem deseja fugir ao trânsito da Carriça e vai em direção a S. Romão e S. Mamede do Coronado, tem sempre a alternativa de fazer o desvio na Nacional 14 e em poucos segundos está a passar próximo à capela de S. Pantaleão. Reconheço que, com pena minha, a freguesia do Muro é das menos abordadas nestas crónicas, contudo, tal razão pode ser justificada com as suas reduzidas dimensões e por respeitar imenso o trabalho de outros historiadores desta praça, que têm feito um trabalho brilhante do conhecimento de todos sobre este território. Pretendendo abordar na presente história uma breve súmula de mais uma das muitas edificações religiosas, referência para a Capela de S. Pantaleão, tratando-se de uma capela de traça simples, sem grandes pormenores arquitetónicos que terá sido construída anteriormente ao século XVII, tendo sofrido várias obras de ampliação com o passar dos séculos. A ampliação de uma capela é algo perfeitamente normal, atendendo que havia um aumento crescente de população, como também não deve ser ignorado o aumento de rendimentos da população local, que permitia, obviamente, fazer uma melhor construção no futuro. Sendo importante acrescentar um parêntesis neste ponto, a capela, nas memórias paroquiais de 1758, é referida como sendo propriedade do seu povo, pelo que se este tivesse poucos rendimentos, os seus templos, por certo, seriam mais modestos, como também é importante aludir à questão das suas romarias, caso tivessem um impacto mediático grande, as suas oferendas iriam ser maiores e obviamente a construção e qualidade da ermida iam ser de maiores dimensões. Falamos então de um pequeno templo que sofreu bastantes obras no século XX, permitindo ter o seu atual aspeto, localizado num local aprazível que tem sofrido várias obras para se tornar atrativo para a vida da sua comunidade. Que belo que era ter uma abertura maior para aquele espaço na captação de investimentos, permitindo construir um parque de lazer e recreio de maiores dimensões para a comunidade que o visita, como também deveria ser dotado aquele espaço de mais e melhores condições para as festividades em honra de S. Pantaleão, como permitir uma maior segurança rodoviária para quem cruza a estrada que está colocada no seu topo. A caminhar para os mais de 300 anos de história, o que provavelmente já aconteceu, a capela de S. Pantaleão vai reforçando o seu papel na história dos murenses e do concelho da Trofa.


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Faleceu o Empresário Manuel Pontes Morreu um dos homens que dedicou a sua vida ao mundo empresarial, ao ensino e às instituições da Trofa durante várias décadas. Manuel da Silva Pontes faleceu esta quarta-feira, 8 de janeiro de 2020, vítima de doença prolongada. Um dos nomes mais conhecidos do mundo empresarial da Trofa, Sócio-fundador e ex-Presidente da Direção da Associação Empresarial do Baixo-Ave, ex-presidente da Junta de Freguesia de S. Martinho de Bougado e professor, Manuel da Silva Pontes faleceu, esta quarta-feira, numa unidade de saúde em Nespereira, concelho de Guimarães onde estava internado, vítima de doença prolongada. O funeral decorre esta quinta-feira, 9 de janeiro às 16 horas na Igreja Nova da Trofa, indo a sepultar no cemitério de S. Martinho de Bougado . Aos 81 anos de idade desaparece o homem que impulsionou o crescimento da Feira Anual da Trofa e que a transformou numa referência em termos nacionais, enquanto Presidente da Junta de

Notas de pesar:

O Notícias da Trofa e TrofaTV É com sentimento de consternação e pesar que a equipa do Jornal O Notícias da Trofa e da Trofa TV lamentam o desaparecimento do Homem, do Amigo, do Empresário Manuel da Silva Pontes e reconhece publicamente o apoio que sempre demonstrou à causa pública, ao desenvolvimento da sua terra e de forma mais concreta, às associações e instituições locais e regionais, nas quais se incluem estes dois órgãos de Comunicação Social. Obrigada Manuel Pontes, Até Sempre. Pela Equipa, Magda Araújo

Associação Empresarial do Baixo Ave

F uneral realiza- se esta quinta-feira Freguesia de S. Martinho de Bougado. Enquanto empresário, Manuel Pontes criou diversas empresas, fundou a Associação Empresarial do Baixo Ave, fez parte dos órgãos sociais e diretivos do Hospital da Trofa, da Santa Casa da Misericórdia da Trofa, da Cruz Vermelha, benemérito da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Trofa e de dezenas de associações e instituições do concelho da Trofa e da região, apoiando o desporto, a cultura e as instituições sociais. Homem de sorriso e conversa fácil, ativo e sempre disponível, Manuel Pontes manteve-se ativo

e sempre confiante e impulsionador de novos projetos tendo criado o TrofaShopping na cidade da Trofa, que desde logo albergou um dos primeiros supermercados a instalar-se na Trofa. Mas há mais de 50 anos, Manuel Pontes era também professor, e dava aulas todos os dias à noite, num edifício localizado junto à atual Escola Básica 2/3 Professor Napoleão Sousa Marques, em S. Martinho de Bougado, preparando os alunos para os exames de equivalência do 9.º ano. Há cerca de dois anos, 50 alunos decidiram organizar um convívio de homenagem ao Professor que os preparou para o futuro.

Estimados Associados e Amigos da AEBA, É com profunda consternação que informamos do falecimento do nosso Presidente da Assembleia Geral e anterior Presidente da Direção da AEBA, Sr. Manuel da Silva Pontes. Foi sócio fundador da AEBA, seu primeiro presidente da Direção, desde a sua fundação, em 12 de abril de 2000, até 3 de Junho de 2014, data em que assumiu a Presidência da Assembleia Geral. Um homem de carácter forte e determinado, sempre disponível e dedicado e de uma coragem invulgar sobretudo no ambiente empresarial em que constituiu um grande exemplo e inspiração para todos e em especial para nós, que tivemos a honra e o privilégio de com ele privar. À família, a AEBA apresenta as mais sentidas condolências neste momento de profundo pesar. Pela Direção, José Manuel Fernandes

David Ferreira

Eram 12.15 horas desta tarde de quarta-feira, dia 8 de Janeiro, quando pessoas amigas me deram a notícia do falecimento de Manuel da Silva Pontes, industrial, comerciante, professor e, entre outras coisas “Trofense solidário e dirigente associativo”. Porque trabalhei com ele em duas prestigiadas associações desta terra, freguesia e concelho, julgo ter o dever de pedir que a sua memória seja respeitada pelo povo e pelas instituições porque de facto foi um grande HOMEM desta Terra, à qual peço, nos mais jovens, capacidades para preencher o seu vazio no associativismo TROFENSE já que na atividade

empresarial o está na continuidade de seus familiares. Desculpas e obrigado a Manuel da Silva Pontes.


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Cantares ao Menino na Capela da Sra. da Livração

Assembleia de Freguesia homenageia cidadãos Depois das primeiras homenagens realizadas em 2018, a Assembleia de Freguesia de Alvarelhos e Guidões voltou a reconhecer o mérito de cidadãos residentes na união de freguesias. Na sessão de dezembro da Assembleia de Freguesia, realizada no dia 19, foram atribuídos dois diplomas coletivos, ao grupo de dança Alvadance e à Fanfarra Santa Maria de Alvarelhos. A título individual, Adriano Cunha e Américo Moreira, de Alvarelhos, viram-lhe reconhecido o mérito associativismo, enquanto Fátima Lopes, médica, foi homenageada pela carreira profissional, através da qual socorreu Ramos Horta, em Timor Lorosae. Nas artes e ofícios foi homena-

geado Fernando Silva, enquanto Inês Maia e Sofia Costa foram reconhecidas pelo mérito académico. A título desportivo, foram distinguidos Martim Graça, Rafael Rodrigues e Isa Silva. De Guidões, o cónego Ferreira dos Santos recebeu diploma de mérito pela carreira profissional, essencialmente ligada à música sacra. António Martins e Joaquim Carvalho foram distinguidos com diploma de mérito de cidadania, enquanto, no desporto, foram homenageados Cristina Dias, José Domingos Ferreira e Nelson Silva. “Iniciámos, em 2018, os processos de reconhecimento pelo mérito alcançado nas mais variadas vertentes, pelos nossos concida-

dãos. Em 2019, continuámos a valorizar as/os alvarelhenses e guidoenses, que nas mais diversas áreas se destacaram alcançando títulos, galardões, homenagens nos planos regional, nacional e internacional ou pela oportunidade do momento devido à duradoura participação cívica e associativa. Esperamos que, em 2020, possamos atribuir ainda mais medalhas de mérito e estamos certos que este mero incentivo continuará a produzir o estímulo a todas as gerações que cá encontraram(ão) berço ou que abraçaram(ão), pelas contingências da vida, as nossas raízes”, comunicou a Assembleia de Freguesia, aquando da homenagem.

O Rancho Etnográfico de Santiago de Bougado promove, a 12 de janeiro, o 12.º Encontro de Cantares ao Menino, na Capela Nossa Senhora da Livração, em Santiago de Bougado. A iniciativa tem início às 15 horas e contará, além do anfitrião, com a participação do Grupo de Danças e Cantares do Centro Social de Soutelo, Rancho Típico de Amorosa e Rancho Típico de S. Mamede Infesta.

Rotary e Misericórdia unidas para dar apoio na saúde oral O Rotary Club da Trofa e a Irmandade da Santa Casa da Misericórdia da Trofa celebraram um protocolo que visa dar apoio na saúde oral a “públicos em situação de vulnerabilidade económica e social no concelho da Trofa”. Em comunicado enviado ao NT, Luís Filipe Moreira, presidente do clube rotário, explicou que “a seleção e organização dos processos dos candidatos ao apoio é feita pela Santa Casa da Misericórdia, sendo que o Rotary Club efetuará o apoio sobre as necessidades financeiras para fazer face a consultas, tratamentos e próteses dentárias”.

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Seniores: desporto, segurança e ocupação de tempos livres todo o ano “Melhorar as capacidades físicas da população sénior, promovendo a ocupação de tempos livres de forma saudável e um envelhecimento ativo e possibilitando o aumento de autoestima e combatendo o isolamento social, proporcionando a todos vivências felizes” é o principal objetivo da Câmara Municipal da Trofa com o programa de iniciativas destinada à população sénior do concelho traçado para 2020. No desporto, a autarquia destaca as aulas de ginástica de manutenção e hidroginástica, com uma e quatro sessões semanais, respetivamente, no Aquaplace e noutras instituições do concelho (no caso da ginástica). Enquanto a primeira atividade é gratuita, a hidroginástica tem um custo que é avaliado tendo em conta a situação socioeconómica de cada participante. O transporte para as atividades é cedido pela autarquia. Outra das modalidades ao dis-

por dos seniores é o boccia, que é praticado em várias instituições do concelho. No capítulo da segurança e apoio de proximidade, a Câmara Municipal dá conta do projeto desenvolvido em parceria com a Polícia Municipal, que “acompanha” a população “referenciada e inscrita gratuitamente”. “São efetuadas visitas regulares a casa dos idosos com o intuito de perceber a situação de segurança dos mesmos, aproveitando para fazer um pouco de companhia e para manter uma conversa retemperadora”. Os seniores com mais de 65 anos têm ainda acesso a teleassistência domiciliária, através da requisição de um aparelho gratuito, no qual poderá contactar uma central de assistência, disponível todos os dias do ano, em casos de “emergência de saúde, avarias domésticas, segurança ou simples solidão. “Este apoio pode ser apenas a ligação com os fami-

DIREITOS RESERVADOS

M elhorar as capacidades físicas dos séniores é um dos principais objetivos liares de contacto ou mesmo com uma ambulância ou polícia me-

diante a avaliação da gravidade da situação”, explica a autarquia.

Também direcionado para a terceira idade, o Cartão “Trofa Sénior +” é gratuito e proporciona descontos em estabelecimentos e serviços aderentes. Além das atividades sazonais, como as colónias balneares e o passeio sénior, o município proporciona aos seniores atividades livres no Centro Comunitário, situado no Centro Comercial da Vinha, no centro da cidade da Trofa. Esta valência funciona durante todo o ano, com “ateliês, oficinas, tertúlias e formações, dança, cinema, visitas a instituições, jogos e atividades lúdicas, leitura e informática”. A inscrição para os diferentes apoios ou serviços (exceto a Segurança Sénior que é organizado na Polícia Municipal) pode ser feita na Divisão de Educação e Ação Social da Câmara Municipal da Trofa, localizada no Fórum Trofa XXI. C.V.


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Assaltaram octogenário na rua Um homem de 80 anos foi assaltado, na manhã de 28 de dezembro, na via pública, em S. Romão do Coronado. Cerca das 10.30 horas, o idoso foi abordado por desconhecidos que estavam num automóvel e que pediram informações. Ao aproximar-se do carro, os larápios puxaram a mão do homem e ameaçando-o com uma faca conseguiram retirar-lhe os anéis em ouro que ele tinha e fugiram. A Guarda Nacional Republicana registou a ocorrência.

Apanhou ladrões a tentar roubar-lhe o carro Cerca da uma hora da madrugada de 27 de dezembro, um homem residente na Avenida de Mosteirô saiu de casa e deu de caras com três homens que lhe estavam a tentar furtar o automóvel Seat Ibiza, que estava estacionado na via pública. Ao avistarem o proprietário, os larápios colocaram-se em fuga. O caso foi remetido à GNR da Trofa

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Aproveitaram o nevoeiro do Ano Novo e levaram 14 caçadeiras Ladrões assaltaram a Sportrofa e levaram 14 caçadeiras, na madrugada do primeiro dia do ano. Assalto só foi percecionado na manhã seguinte. Uma noite de denso nevoeiro terá sido cenário ideal para os ladrões que, na madrugada de 1 de janeiro, assaltaram a loja Spor-

trofa, em pleno centro da cidade da Trofa. Do interior da loja, cujo alarme não deverá ter tocado, conseguiram levar 14 caçadeiras. Os assaltantes forçaram a grade de segurança da loja e depois partiram o vidro da porta, entrando na loja e consumando o furto. Apesar dos danos provocados, o assalto não terá chamado a aten-

ção de moradores, uma vez que, segundo o que o NT apurou, só cerca das 8 horas da manhã seguinte, populares que passavam junto à loja, na Rua D. Pedro V, alertaram a GNR da Trofa. A investigação está sob a responsabilidade do Núcleo de Investigação Criminal do Destacamento de Santo Tirso da GNR.

Perderam a vida na véspera de Natal

Condutor detido por desobediência Um homem de 44 anos foi detido pela GNR da Trofa por desobediência. O homem foi apanhado pelos militares, em Finzes, cerca do meio-dia de 26 de dezembro, a conduzir uma viatura que estava apreendida. Depois da detenção, o condutor foi notificado a comparecer em tribunal, na manhã do dia seguinte. Já no dia 29 de dezembro, cerca das duas horas da manhã, um homem de 23 anos, morador em Finzes, foi detido à porta de casa, por conduzir sob o efeito de álcool. Sujeito ao teste do balão, o condutor apresentou uma taxa-crime de 1,95 gramas de álcool por litro de sangue. Foi detido e notificado a comparecer em tribunal, na manhã do dia seguinte.

Obras da Mercadona condicionam trânsito Durante “dois meses”, a Estrada Nacional 14 vai estar condicionada junto à ponte que liga a Trofa a Ribeirão. A autarquia trofense comunicou que a via vai ter “corte parcial”, obrigando o trânsito a fluir alternadamente, com recurso a semáforos e orientação por parte da Guarda Nacional Republicana. Este corte será feito “durante o período noturno”. Além deste condicionamento, a Rua António Sousa Reis, que liga a estrada nacional à Santa Casa da Misericórdia da Trofa estará cortada ao trânsito. Estas alterações ao tráfego decorrem das obras que estão a ser levadas a cabo para a construção do supermercado Mercadona. Recorde-se que este estabelecimento comercial vai nascer junto à ponte sobre o Rio Ave, numa área de terrenos com cerca de oito mil metros, em frente ao posto de abastecimento de combustíveis da Galp, junto à Estrada Nacional 14. Segundo fonte ligada à Mercadona, a nova unidade “terá o novo modelo de loja eficiente”, terá cerca 1900 metros quadrados e criará cerca de 85 novos empregos. Está prevista abrir este ano.

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Véspera de natal fatidica para as duas mulheres Maria Fernanda da Silva Oliveira e Maria Fernanda da Silva Maia perderam a vida, na véspera de Natal, em acidentes ocorridos em S. Romão do Coronado e Guidões. Na Rua da Fontinha, em S. Romão do Coronado, Maria Fernanda Oliveira tentou aceder ao interior da sua casa, no 3.º andar, através da janela de um vizinho, depois de a porta da residência ter fechado com a chave no interior. A mulher de 59 anos pediu ao vizinho para chegar à varanda e através dela transpor para a sua

propriedade, mas acabou por cair. Ao que o NT conseguiu apurar, a vítima terá estado cerca de meia hora prostrada no chão sem que as forças de socorro tenham sido alertadas. A chamada de emergência acabaria por chegar cerca das 17 horas e para o local deslocaram-se os Bombeiros Voluntários da Trofa e a equipa da VMER de Vila Nova de Famalicão do Centro Hospitalar do Médio Ave, que já nada conseguiram fazer. O corpo foi enviado para o Gabinete Médico Legal e Forense do Ave, em Guimarães. No mesmo dia, cerca de 50 mi-

nutos depois, um novo alerta deu conta de um atropelamento, na Rua João de Deus, em Guidões. Um condutor, alegadamente enquanto fazia manobras, acabou por atropelar mortalmente a irmã, Maria Fernanda Maia, de 65 anos. Os Bombeiros Voluntários da Trofa e as equipas da SIV de Santo Tirso e da VMER de Vila Nova de Famalicão, do CHMA, também já nada conseguiram fazer para salvar a mulher. No local, esteve o Núcleo de Investigação Criminal de Acidentes de Viação da GNR para apurar as causas do acidente.

Homem do Coronado colhido mortalmente por comboio Um homem de 30 anos, residente na vila do Coronado, morreu após ser colhido por um comboio, na madrugada de 1 de janeiro, perto da estação de Ermesinde. O atropelamento aconteceu cer-

ca da 1.30 horas, no sentido Porto-Braga e numa zona da estação onde confluem as linhas do Douro e do Minho. Quando os meios de socorro chegaram ao local, o homem es-

tava ainda com vida, mas as manobras de reanimação resultaram infrutíferas e o óbito foi declarado pela equipa da Viatura Médica de Reanimação (VMER) do Hospital de Matosinhos.


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M. Moutinho Duarte

NO PÓ DOS ARQUIVOS Centenátio do cemitério do Muro: 1920-2020

Sócios aprovam criação de SAD no Trofense Dos cerca de cem sócios presentes, apenas se registaram um voto contra e uma abstenção para a autorização para a criação de uma sociedade anónima desportiva (SAD) no Clube Desportivo Trofense. A assembleia-geral decorreu esta quarta-feira, na qual a direção explicou que a proposta passa pela entrada de novos investidores, concretamente de Nelson Almeida, empresário de futebol que gere a International Foot, que também tem ligações ao Lille, de França. Segundo foi explicado na assembleia-geral, este investidor deterá “80 por cento” da SAD, ficando os restantes 20 por cento detidos pelo Clube Desportivo Trofense.

Franco Couto, presidente da coletividade, já tinha explicado à TrofaTv e ao NT que esta “é a única solução para o clube se manter vivo”. “Com a SAD o Trofense torna-se mais apelativo para os investidores, já para não falar de que teremos mais facilidade na negociação com finanças e segurança social”, sublinhou. Na mesma assembleia-geral, foi aprovada a proposta para a sociedade desportiva unipessoal por quotas (SDUQ) apresentar um Processo Especial de Revitalização (PER), para renegociar a dívida, e assim criar condições para que, dentro de “três meses”, seja possível converter a SDUQ em SAD.

Os Meninos Cantores do Município da Trofa despediram-se de 2019 a cantar para as avós. Tem sido assim há já vários anos, numa tradição que se tem cumprido na Igreja de Guidões, no último dia do ano, naquele que é conhecido como “Concerto à Minha Avó”.

Em 1898, o Administrador do Concelho de Santo Tirso, em resposta a um pedido de informações do Governador Civil do Porto, dava conta do local em que eram enterrados os mortos de cada uma das freguesias da área da sua jurisdição. Por ela sabemos que, nesse ano: os cadáveres de São Martinho de Bougado, Santiago de Bougado, São Romão de Coronado e São Cristóvão do Muro ainda eram sepultados no adro da respectiva igreja; em cemitério ainda não aprovado, os de Alvarelhos, Covelas e Guidões; apenas São Mamede de Coronado tinha cemitério já aprovado. Quanto ao cemitério do Muro, datado de 1920(1), transcrevo a exposição(2) dirigida pela Junta(3) ao Presidente da República, a fundamentar o pedido de subsídio que lhe solicitou: O cidadão presidente, tomando a palavra, disse: “Que infelizmente era de todos bem sabido que a epidemia reinante – a broncopneumonia – terrível flagelo que tem devastado uma grande parte da população do país, se tem feito sentir assustadoramente neste concelho e nesta freguesia, onde se têm dado bastantes casos fatais, os quais tendem a aumentar consideravelmente, ameaçando em pouco tempo destruir esta região, se medidas sanitárias não forem imediatamente tomadas, no sentido de debelar tão horrorosa como demolidora enfermidade. Que esta freguesia, embora muito pobre, é contudo muito numerosa em população, possuindo alguns hectares de terreno. Ora, não possui ela um cemitério seu, onde possa sepultar os cadáveres dos seus paroquianos, e por isso vê-se na dura necessidade de recorrer ao cemitério municipal para ali fazer os seus enterramentos, o que fica à enorme distância de uns quinze quilómetros, pouco mais ou menos, e por isso torna-se difícil conseguir pessoas que se prestem a acompanhar ali os cadáveres, visto que nesse piedoso serviço perdem um dia inteiro, o que muito lhe vem agravar a sua já pouco inefável situação económica, mormente nesta época, em que a conflagração europeia tantos sacrifícios tem acarretado às classes pobres e remediadas. Além disso, o cemitério (municipal) é pequeno demais para comportar os cadáveres dos povos das duas freguesias, de forma que, de um momento para o outro nos vemos na dura e lamentável necessidade de fazer os enterramentos dos cadáveres dos nossos paroquianos na vala de qualquer campo ou lançá-lo à margem de qualquer canteiro. Para evitar as consequências funestas que este estado de coisas pode acarretar, lembrou-se esta Junta de construir um cemitério propriamente seu para o que escolheu terreno que já foi aprovado pelo senhor Subdelegado de Saúde, mandando elaborar o respectivo orçamento, pelo qual se vê que o seu importe é de três mil setecentos e dezanove escudos e cinquenta centavos. Não é, porém, possível à Junta realizar este importante e inadiável melhoramento, visto que esta freguesia, pobre como é, não tem rendimentos nem propriedades colectáveis que cheguem para pagamento dos juros de um empréstimo que, porventura, haja de contrair e muito menos para a amortização do respectivo capital. Lembrou-se ainda esta Junta de recorrer à derrama paroquial, convocando para isso, o referendum da freguesia, nos termos dos artigos 6 a 12, da lei número 621, de 23 de Junho de 1916. Mas este meio é igualmente irrealizável, visto que não se podendo lançar mais de vinte por cento sobre todas as contribuições gerais do Estado, predial e industrial, renda de casa e sumptuária, e não excedendo estas contribuições do Estado a quatrocentos escudos, vemos que a derrama não chega para pagamento do juro do empréstimo, e muito menos para amortização do capital. Desta forma, esta Junta, eternamente condenada a nunca ter um cemitério propriamente seu, se os Altos Poderes não vierem em seu auxílio e lhe concederem um subsídio que a habilite a mandar desde já construir o seu cemitério, obra indispensável e inadiável, atentas as circunstâncias expostas. O único recurso que esta Junta tem a lançar mão é representar a Sua Excelência o Senhor Presidente da República, solicitando-lhe um subsídio para o fim indicado. É de todos bem sabido que Sua Excelência possui um carácter lídimo e um espírito inteligente e culto, a par de uma bondade inconcussa e, por isso, está plenamente convencida que Sua Excelência deferirá esta justíssima representação. A Junta, ponderando bem as considerações do cidadão presidente, deliberou que se representasse a Sua Excelência o Presidente da República, solicitando-lhe o subsídio aqui aludido.” _____________________________

(1) Esta data encontra-se no portão e na pedra do pouso. Esclarece-se que o portão de ferro foi colocado quatro ou cinco anos depois de construído o cemitério. “Em 1920, não havendo dinheiro para adquirir o portão, resolveu a Junta mandar fazer um cancelão de madeira, mas, como nos poucos anos que se passaram o dito cancelão obedeceria à corrupção do tempo, em Abril de 1925, a Junta resolveu lançar a contribuição de entrada dos cadáveres no cemitério, para as obras e para o portão de ferro, que se acha já em seu próprio lugar. O senhor Bento d’Azevedo Mendonça e outros formaram uma comissão para dar a volta à freguesia, abrindo uma subscrição para o seu produto ser aplicado no portão de ferro do cemitério.” (Sessão de 13 de Setembro de 1925) (2) Livro de Actas da Junta de Freguesia do Muro. Sessão de 20 de Outubro de 1918. Deliberado não enviar. (3) Membros da Junta de Freguesia: António Matos d’Azevedo Mendonça (Presidente), Joaquim Moreira d’Assunção (Tesoureiro) e José Francisco Moreira Neves d’Oliveira (Vogal).


9 de janeiro de 2020 O NOTÍCIAS DA TROFA

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“Assistimos a um envelhecimento dos produtores” de leite na Trofa Mais um ano se passou e o descontentamento dos produtores mantém-se relativamente ao preço do leite. Em entrevista ao NT, o trofense Jorge Oliveira, presidente da APROLEP - Associação dos Produtores de Leite de Portugal, referiu que no último ano continuou-se a assistir ao abandono de produções e que, na Trofa, o cenário é de um setor envelhecido, porque os jovens “não veem rentabilidade suficiente para entrar no negócio”. CÁTIA VELOSO O Notícias da Trofa: O ano de 2019 foi positivo ou negativo para os produtores de leite? Jorge Oliveira (JO): Foi um ano difícil como os anteriores. Manteve-se o preço baixo ao produtor, cerca de 32 cêntimos por litro de leite. NT: Como evoluiu o mercado do leite durante este ano? JO: Manteve-se estável, mas em baixo, como disse. NT: Perante essa mesma evolução do mercado, qual é o custo médio de leite que a APROLE P considera mais ajustado para os produtores, atualmente? JO: Os custos variam muito entre empresas e regiões, mas podemos apontar um valor entre 35 e 40 cêntimos por litro de leite para um preço justo do leite aos produtores. NT: Dois mil e dezoito foi um ano difícil para o setor, devido

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ao abandono por parte de muitos produtores. A tendência voltou a verificar-se este ano? JO: Continuou o abandono da produção de leite, mas em número inferior a 2018, porque nesse ano houve uma compensação que levou alguns produtores a antecipar o encerramento das suas vacarias. NT: E na Trofa, como é que analisa a saúde do setor, em tempos um dos mais importantes deste território? JO: No concelho da Trofa assistimos a um envelhecimento dos produtores, fruto da falta de instalação de jovens, que não veem rentabilidade suficiente para entrar no negócio. Apesar do número de produtores ter diminuído, os que ficam têm conseguido crescer e colmatar as perdas de produção das desistências. N T: E m comunicado, em maio, a APROLEP fazia um retrato pessimista do que virá em 2020. Continua com a mesma posição? Quais as expectativas para o novo ano? JO: Estamos preocupados com a reforma da PAC (Política Agrícola Comum) para 2020-2030. Perspetivam-se redução de ajudas europeias sem haver mudança das políticas de mercado que levem até um preço justo ao produtor. NT: Depois da reunião com o secretário de Estado da Agricultura e Alimentação, em maio, houve algum desenvolvimento relativamente às reivindica-

ções dos produtores? JO: Nessa reunião, sugerimos uma avaliação à rotulagem da origem do leite e, no mês seguinte, esse foi um dos pontos na reunião da Comissão Consultiva do Leite e Lacticínios do Gabinete de Planeamento e Políticas do Ministério da Agricultura. Aguardamos o resultado dessa avaliação e a evolução da reforma da PAC. NT: Por que é que a APROLEP tomou posição sobre a proibição de carne de vaca nas cantinas da Universidade de Coimbra? JO: A carne não é o principal produto das nossas vacarias, mas a venda dos vitelos machos e das vacas que já não produzem leite é um complemento importante para o nosso baixo rendimento. Portugal importa metade da carne bovina que consome. Seria mais correto escolher carne nacional, sem consumo de combustíveis na im-

portação. Era uma maneira de evitar incêndios que, além do perigo de vida para as populações, são uma enorme libertação de carbono para a atmosfera. NT: Em que medida a adesão da APROLEP ao Conselho Europeu do Leite, em novembro, vai trazer vantagens ao setor, em Portugal? JO: “Juntos somos mais fortes” é um dos nosso lemas. Podemos aprender muito com os nossos colegas europeus e estar mais próximos de Bruxelas, onde se define a Política Agrícola Comum. NT: Como pode o setor contribuir para a sustentabilidade ambiental, um dos temas abordados no Conselho Europeu do Leite, sendo que está inserido numa atividade (agricultura e pecuária) que surge em 3.º lugar na contribuição para os gases com efeito de estufa, se-

gundo o Inventário Nacional de Emissões de Gases com Efeito de Estufa 1990-2017? JO: A agropecuária emite gases de efeito de estufa, mas também sequestra carbono através das plantas, sendo quase neutra nesse aspeto. Culpar as vacas pelos problemas do clima é a estratégia atual de quem tentou acabar com a produção de leite e carne, mas não conseguiu. Mesmo assim, queremos dar o nosso contributo e ser mais eficientes reduzindo as emissões de gazes de efeito de estufa e o consumo de combustíveis por litro de leite produzido.

CITAÇÃO

““Culpar as vacas pelos problemas do clima é a estratégia atual de quem tentou acabar com a produção de leite e carne, mas não conseguiu” .


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Ano em revista

Frases que marcaram 2019

Janeiro

“S. Gonçalo dá dez a zero à Senhora das Dores” Tânia Silva, comissão de festas de S. Gonçalo de Covelas

Diamantes de Gould medalhados no Mundial O ornitólogo trofense João Pedro Silva conseguiu o título de campeão mundial, com um Diamante de Gould clássico cabeça preta e viu ainda outro dos sete pássaros que levou a concurso ser considerado o 2.º melhor Diamante de Gould azul pastel branco cabeça preta. Atropelamento mortal na EN14 António Azevedo, de 65 anos, terá sido reanimado duas vezes no local do acidente, mas acabou por falecer já no hospital, vítima dos ferimentos provocados pelo atropelamento ocorrido em pleno coração da cidade. Fevereiro Padre Luciano de jipe até à Guiné O pároco de S. Martinho de Bougado, Luciano Lagoa partiu, este para a Guiné-Bissau, juntamente com outros sacerdotes da diocese do Porto. Pela frente, o grupo teve cerca de cinco mil quilómetros para atravessar, de jipe, passando por Espanha, Marrocos, Mauritânia e Senegal, antes de chegar ao destino.

“Estou em 1.º lugar, mas sinto-me friamente só” Franco Couto, em janeiro, quando o Trofense liderava a Série A do Campeonato de Portugal “Somos favoráveis à descentralização, mas com pés e cabeça. Admito que votei contra a regionalização, em 1998, e hoje votava mil vezes a favor. Mas o que está a ser feito é um grande erro” Sérgio Humberto, justificando a recusa da autarquia a competências do Estado Movimento por Santiago criado em fevereiro Março Bombeiros Voluntários da Trofa tem 12 elementos novos O juramento e batismo dos bombeiros estagiários aconteceu junto à Igreja de Guidões, perante a presença de várias dezenas de pessoas. Mundo dos Brinquedos no Carnaval da Trofa A Escola do Paranho foi a vencedora do desfile de Carnaval da Trofa, que contou com a participação de todos os estabelecimentos de ensino do 1.º ciclo do concelho. Praga de ratos no Parque da Senhora das Dores Uma grande comunidade de ratos instalou-se no Parque Nossa

Recordes mundiais de powerlifting A Escola Secundária da Trofa foi palco do 1.º Campeonato IberoAmérica Latina de Powerlifting, organizado pelo World Powerlifting Congress Portugal. Cerca de cem atletas de Portugal, Espanha, Peru e Uruguai testaram as suas capacidades e houve quem estabelecesse novos recordes mundiais. Campeão mundial Dionísio Moreira, lutador de Alex Ryu Jitsu na academia da PSP de Vila Nova de Famalicão, arrecadou dois títulos no Campeonato do Mundo de Artes Marciais. Maio Contraordenação à empresa Litel O Comando Territorial do Porto da GNR confirmou um auto de contraordenação à empresa Litel, a sancionar descargas poluentes que contaminaram as águas da ribeira de Lantemil, em Santiago de Bougado.

Apresentado projeto do Centro Pastoral de Santiago Orçado em cerca de dois milhões de euros, o novo centro pastoral de Santiago de Bougado vai requalificar a residência e o salão paroquiais, habilitando-os para todas as atividades da paróquia. Movimento por Santiago Foi criado um Movimento para lutar pela restauração da autonomia da freguesia de Santiago de Bougado, que acolheu o apoio dos ex-presidentes de Junta

Mais de 3000 viaturas inspecionadas pelas Finanças Foram 3354 as viaturas inspecionadas pela Autoridade Tributária e Aduaneira, que montou uma operação de fiscalização junto à Estrada Nacional 14, Senhora das Dores. junto ao antigo Plus, em Santiago Bougado. A operação repetiuAbril -se por outros locais do distrito e lançou polémica, ao ponto de Quatro medalhas o ministro das Finanças, Mário para Davide Figueiredo Davide Figueiredo, residente Centeno, se pronunciar, referindo que se tratou de uma ação na Trofa, foi o melhor português no Campeonato do Mundo de Ve- que “não foi feliz” e que não se iria repetir. teranos, vencendo com quatro medalhas, três delas de ouro, e Cegonhas o conquistando o título de tricamA cegonha-branca está a criar peão do mundo de meia-maratouma colónia em S. Mamede do na, em veteranos. Coronado.

“Existe documentação que foi acedida que comprova que o Sporting Clube da Trofa é a semente do CD Trofense” José Pedro Reis, historiador, que contesta a data de fundação do CD Trofense, referindo que este foi criado em 1928 e não 1930 “É nossa convicção que a desagregação é boa para Santiago de Bougado mas também para S. Martinho de Bougado e consequentemente para o próprio concelho da Trofa” António Pontes, Movimento por Santiago de Bougado “Houve um incentivo para quem quisesse abandonar produção de leite” Jorge Oliveira, presidente da APROLEP “Tenho ignorado a maior parte delas, mas há outras que não posso e esta é uma delas. Foi longe de mais” José Ferreira, justificando o processo que intentou contra a vereadora municipal Lina Ramos por difamação “Aqueles dias tiraram-me anos de vida” Agostinho Lima, treinador do AC Bougadense, comentando os meses em que lutou pela manutenção “Embora sejamos Vila do Coronado, um bocadinho distantes do centro da Trofa, também fazemos parte do concelho. E por isso mesmo estou convencido que a autarquia também há de ver aqui neste projeto uma mais-valia para a comunidade” Padre Rui Alves, sobre a expectativa de apoio da Câmara Municipal para o projeto de requalificação da zona envolvente à Igreja de S. Romão “Como muitos falam, a Trofa é como se fosse uma aldeia, quando comparada com outras zonas vizinhas, como a Póvoa e Vila Nova de Famalicão” João Victor, emigrante que veio residir para a Trofa


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Atualidade Fonseca, pelo PSD, foram eleitos deputados nas eleições legislativas.

“O tribunal levantou a suspensão, logo, nós se tivermos o visto do Tribunal de Contas poderemos começar a obra, mas o tribunal também diz que o relatório final do júri precisa de uma melhor fundamentação para, no fundo, se tornar totalmente legal” Sérgio Humberto, presidente da CM Trofa, à Lusa, sobre a impugnação da empresa Atlantinível à adjudicação da obra dos Paços do Concelho

Bodas sacerdotais do padre Manuel Comunidades do Muro e do Coronado homenagearam padre Manuel Domingues dos Santos, que serviu as paróquias em 33 dos 50 anos de sacerdócio.

“É um cargo que gosto muito de desempenhar, por me sentir útil à população. Agora que começamos a fazer contas ao que produzimos na legislatura, sentimos que fizemos algo para fazer a diferença na vida dos cidadãos” Joana Lima, deputada do PS no fim da anterior legislatura “Ponho as mãos no fogo de que nada é feito com má intenção” Madalena Azevedo, presidente da Associação de Futebol Popular da Trofa, sobre os campeonatos concelhios “Duas mil quatrocentas e cinquenta pessoas dependem direta ou indiretamente desta Misericórdia” Amadeu Castro Pinheiro, provedor da Santa Casa da Misericórdia da Trofa “Espero que, nessa altura, a JS seja uma estrutura forte para poder ajudar o Partido Socialista” Simão Moreira, presidente da JS Trofa, em perspetiva para a campanha eleitoral de 2021 “Não foi encontrada nenhuma linha de procura que justifique a construção do Metro na Trofa” Matos Fernandes, Ministro do Ambiente “Nos próximos três anos, a Trofa vai sofrer uma transformação absolutamente formidável e irreconhecível, para o bem, e estará ao nível dos sonhos de todos os trofenses” Sérgio Humberto, presidente da CM Trofa

L uciano L agoa de jipe até à Guiné Trofense empata e fica à porta do play-off Apesar de ter liderado por algumas jornadas, o Clube Desportivo T rofense term inou o Campeonato de Portugal no 4.º lugar da série A, posição insuficiente para assegurar vaga no play-off de subida à 2.ª Liga. GNR apanha ladrões após perseguição Dois indivíduos, com cerca de 60 anos e um vasto cadastro criminal, foram detidos pela GNR, após uma perseguição que acabou em acidente, na EN 104, em Santiago de Bougado. Larápios fugiam depois de terem sido intercetados numa carrinha furtada.

tural da Trofa, sagrou-se campeão nacional em pares masculinos, no Campeonato Nacional de Sub-12, realizado em Vilamoura. Setembro Homem perde a vida na EN14 Um homem de 80 anos perdeu a vida na sequência de um choque frontal entre duas viaturas ligeiras, no alto da Serra, na freguesia do Muro. Escola de cara lavada mas de alma intacta Foi inaugurada, a 13 de se tembro, a requalificação da EB 2/3 Professor Napoleão Sousa Marques.

Junho

Outubro

Abraço a Ronaldo Edu foi notícia no mundo depois de abraçar Cristiano Ronaldo

Trofense campeão europeu de powerlifting Cerca de cem atletas de Portugal, Espanha, França, Itália e Inglaterra estiveram na Trofa a competir no Campeonato da Europa Ocidental, que coroou António Azevedo, que conquistou o título europeu na categoria de peso até 110kg, na divisão júnior.

Julho A Taça é de Deolinda Deolinda Oliveira, da Escola de Atletismo da Trofa (EAT), venceu a Taça de Portugal de Corrida de Montanha. Salvador Monteiro campeão Salvador Monteiro, tenista na-

PSD ganha na Trofa por apenas 3 votos Joana Lima, pelo Partido Socialista, Sofia Matos e Alberto

Taxa do IMI baixa 0,01% Imagine que tem uma casa, cujo valor patrimonial é de cem mil euros. Em 2019, o valor do IMI cifrou-se nos 450 euros. No próximo ano, o imposto será de 440 euros, fruto de uma redução de 0,01 por cento que o executivo camarário da Trofa fez aprovar. Inaugurada nova Casa Mortuária de Santiago A nova Casa Mortuária de Santiago de Bougado foi inaugurada no Dia de Todos os Santos e vem colmatar uma lacuna há muito existentes na localidade. Dezembro Área Metropolitana aprova criação da MobiAve Rede intermunicipal de transporte público rodoviário vai ligar os concelhos de Santo Tirso, Trofa e Vila Nova de Famalicão Primeira pedra dos Paços do Concelho Perante centenas de pessoas, entre individualidades políticas ou ligadas ao tecido empresarial, associativo e religioso e anónimos, a Câmara Municipal lançou a primeira pedra dos Paços do Concelho, na noite de 20 de dezembro. “Elsa” fez regressar o pesadelo das cheias Rio a transbordar, casas e estação de comboios inundadas. A s cheias volta ra m a causa r mossa.na Trofa.


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João Mendes

CRÓNICA

Não fosse a primeira pedra constipar-se

Bial avança para a criação de novos medicamentos Medicamentos inovadores no mundo, direcionados para o sistema nervoso e cardiovascular são a meta a que a empresa farmacêutica Bial, sediada em S. Mamede do Coronado, quer chegar com o novo projeto de investigação, que vai representar um investimento de 48 milhões de euros e a criação de 12 novos postos de trabalho altamente qualificados, aos quais se juntarão 57 funcionários da empresa. “Cardiomet & SNC” é o epíteto do projeto, que terá apoio estatal através da AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, rumo ao estudo do potencial terapêutico de novos compostos através de estudos clínicos e não clínicos. O apoio concedido pelo Estado foi publicado em Diário da República, a 6 de janeiro, num despacho assinado pelo ministro da Economia, Siza Vieira, e pelo secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, e que

releva “o especial interesse” do projeto “pelo seu efeito estruturante para o desenvolvimento, diversificação e internacionalização da economia portuguesa”, contribuindo ainda “para o aumento de despesas em I&D do setor empresas, quer pelo volume de investimento envolvido, quer pelos investimentos que podem resultar do sucesso da Investigação e Desenvolvimento em causa, podendo ainda contribuir para a melhoria da balança comercial e tecnológica de Portugal”. Presente em 58 países, a Bial registou um volume de vendas de 270 milhões de euros em 2018, dos quais 70 por cento foram obtidos por via do mercado externo. Metade da faturação da empresa é obtida através dos dois medicamentos feitos na Trofa, o Zebinix, para a epilepsia, e o Ongentys, direcionado para a doença de Parkison.

Livros da Biblioteca podem ser requisitados na antiga estação Desde segunda-feira, 6 de janeiro, que é possível requisitar, renovar ou devolver os livros da Biblioteca Municipal da Trofa na antiga estação de comboios, na Alameda, ou na Loja Interativa de Turismo, no Parque Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro. Com esta medida, a autarquia da Trofa facilita o acesso ao acervo existente na Casa da Cultura, descentralizando o serviço que, na Loja de Turismo está disponível das 10 às 13 horas e das 14 às 18 horas, e na Antiga Estação funciona das 9 às 13 horas e das 14 às 17 horas. “Consciente do importante papel que a Biblioteca Municipal desempenha no desenvolvimento cultural dos seus utilizadores, a Câmara Municipal da Trofa tem apostado

na diversidade e excelência dos serviços prestados por aquela valência e no enriquecimento das suas coleções, promovendo o livre acesso à cultura e democratizando o espaço da Biblioteca enquanto porta de acesso local à Cultura”, referiu o município, em comunicado.

Biblioteca com horário alargado Até 7 de fevereiro, a Biblioteca Municipal, situada na Casa da Cultura, está a funcionar com horário alargado, até às 20 horas, para satisfazer as necessidades dos estudantes universitários, que se encontram em período de exames.

A poucos dias do Natal, a Câmara Municipal da Trofa (CMT) levou a cabo a cerimónia de lançamento da primeira pedra da obra dos Paços do Concelho, organizando, para o efeito, um evento que custou cerca 21.400,00€ (+IVA). Um evento cuja organização foi adjudicada a uma empresa que, dois dias após a assinatura do ajuste directo com a CMT, se viu envolvida numa investigação do Ministério Público (MP), sobre suspeitas de fraude fiscal e branqueamento de capitais. Uma empresa que, no que toca ao registo disponível na plataforma Base, tem na CMT o seu principal cliente. Dos 23 contratos registados na plataforma que monitoriza todos os contratos do sector público, e que totalizam 541.570,32€, sete têm como cliente a CMT. São cerca de 30% dos contratos, 187.648,07€ do valor total. Se o lançamento da primeira pedra teve um custo superior a 21 mil euros, imagino quanto custará a inauguração. A julgar pelos 120 mil euros gastos com a inauguração da obra dos parques, corremos o risco de subsidiar mais um grande comício-inauguração, com contornos negociais estranhos, o que de resto não seria novidade nenhuma. Mas não é isso que me traz aqui. Tampouco são as alegadas maroscas nas quais a empresa fornecedora estará envolvida, e que levaram a buscas do MP no nosso concelho. O que me traz aqui é a dualidade de critérios que está na base da definição de prioridades do nosso concelho. E trago comigo um exemplo que ilustra isso mesmo, contemporâneo do grande evento da primeira pedra. Falo-vos do Mercado de Natal (MdN) organizado pela CMT, na Alameda. Uma boa iniciativa, apesar de, a meu ver, subaproveitada. Pior: apesar da previsão de chuvas e ventos fortes, decorrentes das tempestades Elsa e Fabian, nada foi feito para acautelar a parte do MdN que utilizou equipamentos públicos. E isso resultou, por exemplo, na queda do pórtico, que felizmente não feriu ninguém, apesar do banco de cimento que apareceu destruído mesmo à entrada do MdN. À hora que a classe política lançava pedras na obra dos Paços, várias bancas que a CMT disponibiliza para os comerciantes estavam tombadas no chão, possivelmente danificadas. E assim estiveram dois a três dias. Apesar dos alertas do IPMA, a organização do MdN não conseguiu uma pequena verba para montar uma tenda que protegesse os comerciantes, o que tornaria o mercado mais aconchegante, mais atractivo e com condições decentes para comerciantes e visitantes. À semelhança daquilo que é feito com a Feira do Livro. Já para o lançamento da primeira pedra, que poderia ter sido feito em qualquer outro dia, por se tratar de um acto meramente simbólico, não faltou uma bela tenda para acomodar políticos e amigos, não fosse cair alguma morrinha. Poderão os responsáveis camarários alegar que o valor adjudicado ao evento em si decorre de uma rúbrica para essa e não outra finalidade. É possível que assim seja. Não obstante, o planeamento de ambos os eventos é pensado, feito e/ou aprovado pelas mesmas pessoas. E essas pessoas acharam que haveria conforto suficiente, para comerciantes e visitantes, num conjunto de barracas desamparadas, sujeitas às habituais intempéries desta altura do ano. Acharam, talvez, que um conjunto de pequenas tendas, ao frio e à chuva, seria minimamente atractivo para potenciais visitantes. Não lhes passou pela cabeça proteger o certame com uma tenda. Já para o simbólico lançamento da primeira pedra, que durou um par de horas, as mesmas pessoas acharam indispensável a existência de uma tenda. Porque os comerciantes e os visitantes do MdN podem ser sujeitos ao mau tempo durante quase um mês, mas os senhores políticos não podem arriscar-se a levar com uma pinga de chuva durante duas horas, não vá a primeira pedra constipar-se.


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Desporto

Trofense empata “vice” O Clube Desportivo Trofense somou o segundo nulo consecutivo, na tarde de domingo. A formação treinada por António Barbosa conseguiu somar um ponto ao empatar, em casa, com o 2.º classificado, Lusitânia de Lourosa, num jogo muito intenso, que acabou por sair órfão de golos. CÁTIA VELOSO Depois de uma primeira parte sem grandes motivos de interesse no que toca a situações de finalização, e fruto de uma grande combatividade a meio campo, o jogo ganhou ânimo na etapa complementar, com o Lusitânia a chegar mais perto da baliza do Trofense. O atual 2.º classificado da série B do Campeonato de Portugal ainda introduziu a bola dentro da baliza, mas o golo foi anulado por fora de jogo. Mais tarde, o cabeceamento de Goba Zakpa no coração da área da equipa da Trofa obrigou o guarda-redes Cavadas a uma excelente defesa. Diogo Cunha protagonizou a terceira grande oportunidade do Lusitânia de Lourosa para chegar ao golo, mas o remate saiu, por centímetros, acima da trave.

No final do jogo, António Barbosa relevava “a performance da equipa”, repetindo várias vezes que o grupo tem “sofrido limitações” e ultrapassado “dificuldades” no que toca “a tomadas de decisão”, numa alusão a análises das equipas de arbitragem. “É difícil impor um ritmo de jogo, quando jogamos no setor ofensivo e somos condicionados com faltas que são sempre (assinaladas) para o outro lado”, referiu o técnico, que considera que a equipa, diante do Lusitânia de Lourosa, fez “muito mais do que o esperado” e que “o empate cai bem”, porque “há mérito das duas equipas”. “Apesar de terem mais posse de bola, quantas situações claras de golo é que tiveram? As situações que criaram ou foi com falta ou antecedida de falta. O Cavadas fez uma grande defesa e há cinco jogos que não fazia uma, porque a bola ou vai dentro ou não chega à nossa baliza. A organização está lá, o trabalho está lá, a entrega dos jogadores está lá”, frisou. Os condicionalismos envolvem também a gestão do plantel e, mesmo assim, na ótica de António Barbosa, os jogadores “têm

O técnico trofense considera que a equipa fez muito mais do que o esperado conseguido jogar de forma organizada, continuando a pontuar de forma sistemática e dando estabilidade”. “Com a continuação deste trabalho que estamos a levar a cabo juntamente com direção, as coisas certamente serão melhores no futuro”, vaticinou, sem deixar de dar algumas “alfinetadas”, numa nova referência à arbitragem, pedindo “mais respei-

to pelos trofenses”. Já Rui Quinta, treinador do Lusitânia de Lourosa, insistiu, na conferência de imprensa, de que a equipa “ganhou 1-0, mas só leva um ponto para casa”. “Marcamos um golo limpo, numa jogada espetacular”, referiu o técnico, que reclama para os lusitanistas o domínio da partida, refletido por “quatro ocasiões claras de golo”.

Ao fim da 16.ª jornada, o Trofense mantém-se no grupo dos “aflitos”, com 14 pontos, menos cinco que o Pedras Rubras, equipa na linha de água, e para domigo, 12 de janeiro, tem uma deslocação ao terreno ao Felgueiras, 8.º classificado. A série B é liderada pelo Arouca, com 36 pontos, que tem mais três que o Lusitânia de Lourosa e mais quatro que o Leça.

de Bougado estava reduzida a dez unidades, por expulsão de Resende, e nos últimos suspiros da partida, o S. Lourenço do Douro chegou ao triunfo, mantendo o adversário no 13.º lugar, com 15 pontos. Na próxima jornada, que marca

o início da segunda volta, o Bougadense desloca-se ao terreno do Lousada B. O jogo está marcado para sábado, 11 de janeiro, às 15 horas.

Bougadense perde em casa Tem sido um pingue-pongue entre derrotas e empates e há já sete jogos que o Bougadense não consegue vencer. Na última jornada da série 2 da Divisão de Honra da Associação de Futebol

Resultados Camadas Jovens CD Trofense Sub-17 CD Trofense 3-2 SC Freamunde Sub-16 FC Infesta 2-2 CD Trofense Sub-15 CD Trofense 3-5 FC Penafiel Sub-14 CD Trofense 7-0 AC Milheirós Sub-13 CD Trofense 1-0 USC Paredes Sub-11 A Pedrouços AC 2-4 CD Trofense Sub-11B CD Aves 3-1 CD Trofense Sub-10 CD Trofense 8-0 CD Aves

do Porto, a equipa liderada por Agostinho Lima voltou a claudicar, ao ceder um desaire caseiro ao S. Lourenço do Douro, por 1-2. Os golos foram marcados na segunda parte. O primeiro a favor do S. Lourenço do Douro, aos

50 minutos, que esteve isolado no marcador cerca de 15 minutos, altura em que o Bougadense repôs a igualdade, através de uma grande penalidade convertida por Simãozinho. Já quando a equipa de Santiago

Sub-13 do CD Trofense A uma jornada do fim da primeira volta, a equipa sub-13 do Clube Desportivo Trofense segue tranquilamente na primeira metade da tabela classificativa da série 2 da 1.ª Divisão da Associação de Futebol do Porto. Miguel Ângelo é o timoneiro do conjunto da Trofa, que em 14 jogos realizados somou oito triunfos, um empate e cinco derrotas. Na última ronda, venceu o USC Paredes por 1-0. A acompanhar o treinador estão Zé Marques (adjunto), Daniel Araújo (treinador de guarda-redes) e os diretores Ferreira, Hélder e Rui. “Desenvolver a compreensão do jogo e os comportamentos futebolísticos previsto no modelo de jogo do Departamento de Formação” é o principal objetivo a cumprir na equipa deste escalão.

Ficha técnica Em cima: Armindo (Massagista), Zé Marques (treinador adjunto), Afonso Ferreira, Costa, Duarte, Nelson, Tiago, Dinis, Gui, Hélder (diretor), Rui (diretor) e Miguel Ângelo (treinador). Em baixo: Rodrigo, Cruz, Gonçalo, Afonso, Bigo, Gonçalinho, Martim, Leandro, Alex, Lucas, Lisandro e Ivan


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EAT é o 10.º Super Clube de Atletismo do Porto

Futsal amador concelhio Seniores Masculinos Quartos-de-final Taça 1.ª mão S. Pedro Maganha 3-5 GD Covelas ACRABE 1-1 Team Lantemil Guidões FC 2-0 FC Rebordões AR Paradela 2-3 GDR Ferreiró Alvarelhos 0-1 Casa FCP Trofa

A Escola de Atletismo da Trofa (EAT) ficou em 10.º lugar do Troféu Super Clube, atribuído pela Associação de Atletismo do Porto. A coletividade trofense ficou no top 10, entre 59 clubes, numa classificação que foi conhecida na 7.ª Gala da AAP, a 15 de dezembro. CÁTIA VELOSO Esta distinção é atribuída tendo em conta vários parâmetros, como número de atletas, presenças em campeonatos e torneios regionais e nacionais, recordes nacionais e regionais obtidos, participação de atletas em seleções regionais e nacionais e participação do clube em ações de formação, reuniões da AAP e em torneios de pavilhão e rua. No mesmo evento, e pelo estatuto duplo de campeãs nacionais de pista, em veteranos, foram galardoadas Júlia Sousa, campeã F50 nos 1500 metros em pista coberta e nos 800 metros em pista ao ar livre, e Conceição Correia, vencedora F65 nos 1500 metros em pista coberta e em pista ao ar livre. Em termos competitivos, a EAT marcou presença em corridas de S. Silvestre da região, das quais se destaca o 1.º lugar de Júlia Sousa em Esmeriz, em veteranos F45, e o 4.º posto alcançado por Gabriela Pelicano, em veteranos F40, em Amares. Na 1.ª jornada do torneio regional de lançamentos, realizada a 22 de dezembro, a juvenil Ana Mota conseguiu o 3.º lugar no lançamento do peso de três quilos, enquanto Sofia Santos conquistou o 5.º melhor resultado. No lançamento do martelo de três quilos, Sofia Santos ficou em 6.º lugar, logo seguida de Ana Mota. O juvenil Rúben Pinto conse-

7.ª Jornada (Jogo em atraso) GDR Ferreiró 1-4 ACRABE 6.ª Jornada (Jogo em atraso) AR Paradela 5-0 F C de Rebordões 8.ª Jornada ARSP Maganha 3-5 GD Covelas Alvarelhos 0-1 Casa FCP Trofa ACRABE 1-1 Team Lantemil AR Paradela 2-3 GDR Ferreiró Guidões FC 2-0 F C de Rebordões Classificação 01. Guidões FC – 15 pontos 02. GDR Ferreiró – 15 pontos 03. AR Paradela – 13 pontos 04. GD Covelas – 12 pontos 05. S. Pedro Maganha – 11 pontos 06. Casa FCP Porto – 10 pontos 07. ACRABE – 10 pontos 08. GCR Alvarelhos – 8 pontos 09. Team Lantemil – 6 pontos 10. FC Rebordões – 3 pontos Veteranos Masculinos 1.ª eliminatória Taça 2.ª mão GCR Alvarelhos* 2-4 AR Paradela *apurado Seniores Femininos 6.ª Jornada GD José Lopes 0-8 GD Árvore

Coletividade dicou no top 10 entre 59 clubes guiu o 4.º posto no lançamento do peso de cinco quilos e o 5.º no lançamento do martelo de cinco quilos. Já no Campeonato de Inverno de Provas Combinadas e provas extras, Ana Silva, em sub-23, venceu a corrida de 800 metros, atingindo um novo recorde pessoal, e conquistou o 2.º lugar nos 1500 metros. A sénior Daniela Gregório conseguiu o 3.º posto nos 1500 metros, enquanto a veterana Deolinda Oliveira ficou em 3.º nos 800 metros e em 4.º nos 1500 metros.

Nos 200 metros, a júnior Mónica Rodiruges conseguiu o 2.º melhor resultado, tendo ainda juntado a 6.ª posição nas combinadas (60 metros barreiras, salto em altura, lançamento do peso, salto em comprimento e 800 metros). Uma posição acima nas combinadas ficou a colega Diana Rodrigues, que conquistou ainda o 4.º posto nos 200 metros e 400 metros. Júlia Sousa, em veteranos, conseguiu o 4.º melhor resultado nos 800 metros. Já em provas de 2020, a equipa da EAT, composta pelas atle-

tas Ana Silva, Daniela Gregório, Deolinda Oliveira e Júlia Sousa, conseguiu o 4.º lugar, no Campeonato Regional de Corta-Mato Curto Jovem, no dia 5 de janeiro, em Paredes. No Triatlo Técnico Jovem Regional, na Póvoa de Varzim, destaque para o 2.º lugar obtido por Sofia Santos, no conjunto das provas de salto em altura, 60 metros barreiras e lançamento do peso. Ana Mota, Rúben Pinto e Carolina Silva terminaram no 11.º, 12.º e 16.º lugares, respetivamente.

Campeonato de Sueca começa em janeiro De janeiro a abril de 2020 decorre a terceira edição do Campeonato Concelhio de Sueca. A competição, cujas inscrições terminaram a 20 de dezembro, vai realizar-se em duas fases, a primeira, Fase de Grupos, será disputada com jogos decididos à melhor de 39 riscos, sendo que os vencedores somam dois pontos, os derrotados um e os que não comparecerem não serão pon-

tuados. Terminada esta fase, e em caso de igualdade pontual, os critérios de desempate passam pelo confronto direto, menor número de riscos concedidos, média de riscos em toda a Fase de Grupos, maior número de vitórias e maior número de vitórias nos jogos disputados entre as equipas empatadas. As duplas participantes apura-

das para a Fase Final vão disputar jogos, também decididos à melhor de 39 riscos, enquanto as restantes continuam em competição, para ordenamento da classificação final. “Na segunda edição do Campeonato Concelhio de Sueca foi introduzida uma competição complementar, denominada por Taça Concelhia. Esta competição será novamente organizada e será a eliminar, a uma mão,

sendo os jogos disputados à melhor de 29 riscos”, fez ainda saber a autarquia, que organiza o campeonato em parceria com associações do concelho. Todos os participantes serão premiados, assim como a todas as associações envolvidas, além do par vencedor e finalista vencido da Taça Concelhia.

Classificação 1. GD Árvore – 10 pontos 2. Guidões FC – 9 pontos 3. S. Pedro Maganha – 6 pontos 4. ARD Coronado – 4 pontos 5. GCR Vermoim – 2 pontos 6. CD José Lopes – 2 pontos 7. Inter Milheirós – 2 pontos Torneio Intermunicipal MKA 4. ª Jornada Série A I. Milheirós (adiado) SP Maganha AD Tarrio (adiado) AR Lama CD Árvore 2-0 FC Rebordões Classificação 1. GD Árvore – 9 pontos 2. S. Pedro Maganha – 4 pontos 3. AR Lama – 3 pontos 4. FC Rebordões – 0 pontos 5. Inter Milheirós – 0 pontos 6. AD Tarrio – 0 pontos Série B CD José Lopes 0-7 Guidões FC AR Areal (adiado) UD São Mamede GCR Vermoim (adiado) Rancho Rebordões ARD Coronado (adiado) ACD Lamelas Classificação 1. AR Areal – 9 pontos 2. Guidões FC – 9 pontos 3. ARD Coronado – 3 pontos 4. Vermoim – 3 pontos 5. ACD Lamelas – 0 pontos 6. CD José Lopes – 0 pontos 7. Rancho Rebordões – 0 pontos 8. UD S. Mamede – 0 pontos


9 de janeiro de 2020 O NOTÍCIAS DA TROFA

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Mobilidade

Mobilidade Urbana Sustentável: conceitos e consciências É nos dias de hoje uma das maiores preocupações das sociedades evoluídas e diria mesmo que uma obrigação dos líderes que desejam desenvolver e viver sociedades conscientes. Falo de mobilidade sustentável e de todas as preocupações que se impõem quando abordamos estes conceitos numa perspetiva de criação e implementação de um plano estratégico de mobilidade sustentável. Por definição, a World Business Council for Sustainable Development, define o conceito de mobilidade sustentável como a capacidade de dar resposta às necessidades da sociedade em deslocar-se livremente, aceder, comunicar, transacionar e estabelecer relações, sem sacrificar outros valores humanos e ecológicos, hoje e no futuro. Neste contexto de definição, e partindo do princípio que cada vez é maior a escolha do automóvel como transporte individual prioritário com, implicações futuras significativas ao nível dos consumos, das emissões e da segurança, procuro com este texto promover conceitos e elevar consciências quanto à necessidade de serem desenvolvidos meios, condições e alternativas de mobilidade que permitam ao ser humano dar respostas adequadas às constantes agressões que o nosso planeta tem sido vitima, com claro impacto na saúde das populações, no meio ambiente e respetivo comprometimento das gerações vindouras. Quem vive em grandes cidades e meios urbanos, pode nunca ter refletido sobre o tema, ou até nem ter ouvido falar sobre ele,

mas a verdade é que são, cada vez mais, violentamente afetados pelo que se denomina de mobilidade urbana. Todos os dias, quando saímos de casa com um destino bem definido, seja a pé, de carro ou utilizando outros meios de transporte, acabamos por nos relacionar com outras pessoas que também procuram chegar aos seus destinos previstos. Para que essa mobilidade aconteça usamos as infraestruturas existentes para o efeito. A esse uso diário e ao relacionamento entre diferentes utilizadores se define mobilidade urbana, que além de ser um direito de todos, quando assegurada com qualidade, garante o acesso a outros direitos básicos como educação, trabalho, saúde e lazer. Todos estes conceitos devem criar uma prioridade nas políticas definidas que venham ao encontro das reais necessidades das pessoas. Os sistemas de transportes, as infraestruturas das cidades (estradas, passeios e ciclovias) e o planeamento do uso e ocupação dos solos, devem ter em conta que as pessoas, cada vez mais, tem necessidade de circular de diferentes formas, caminhando mais dentro das cidades, usando a bicicleta como meio de transporte para pequenas deslocações e procurando os meios de transporte coletivos quando existentes e com adequada relação no preço/qualidade do seu serviço. Assim, desde a tomada de consciência destas realidades, que existe um desafio criado às cidades e aos seus responsáveis, oferecer o equilíbrio fundamental

às diferentes necessidades, sem comprometer gerações futuras. Surge então o conceito de mobilidade urbana sustentável. Para dar resposta a este conceito, os municípios e as autarquias locais deverão elaborar o seu planeamento para a mobilidade urbana das populações e a forma como o define faz perceber com clareza a prioridade das suas políticas. Os meios de transporte coletivos, quando integrados nesse planeamento são aqueles que permitem deslocar mais pessoas ocupando menos espaço. No entanto, para que sejam uma realidade útil e sustentável é necessário que as cidades e as suas vias estejam organizadas de forma que permitam eficiência e qualidade no serviço. Infelizmente, essa não é a realidade da maioria das cidades, o que promove nas pessoas, cada vez mais, a utilização do automóvel como meio de transporte prioritário, estando hoje, o ser humano a pagar caro essa realidade e consequente aumento dos níveis de poluição, congestionamento e acidentes. No concelho da Trofa, a realidade não é ainda suficiente para as necessidades da população. Os transportes públicos possuem preços elevados e o serviço é de baixa qualidade. As condições de acesso aos locais de paragem desses meios de transporte não possuem a segurança adequada pela inexistência de passeios em algumas das principais ruas de acesso e acresce ainda que os horários dos transportes são insuficientes em algumas horas do dia e muitas vezes os locais de espera não possuem um abrigo eficaz e uma iluminação satisfatória. Em virtude da dificuldade de obter respostas adequadas a todas estas carências, a bicicleta tem surgido como um meio de transporte alternativo cada vez mais utilizado pelas populações. Com esta opção, as pessoas conseguem alcançar uma significativa poupança financeira devido ao elevado custo dos combustíveis, uma melhoria da sua qualidade de vida pelo estimulo do exercício físico regular, um saudável e recomendável contributo para a redução dos níveis de gases poluentes existentes no ar que todos respiramos devido ao uso de meio de transporte ecológico, uma diminuição dos ruídos e uma desocupação do espaço público.

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As sociedades mais evoluídas, em especial as do norte da Europa, há muitos anos que já promovem hábitos que vão ao encontro destas necessidades sendo a bicicleta um meio de transporte comum entre as populações. Para isso, criaram infraestruturas cicláveis e pedonais, educaram e estimularam as suas crianças e jovens em contexto escolar no sentido do uso diário da bicicleta como meio de transporte, disponibilizaram espaços específicos para o aluguer de bicicletas e implementaram uma rede segura de ciclovias dentro das cidades que garante o acesso prioritário aos locais públicos de maior concentração de pessoas. Cidades como Amesterdão, Copenhaga e Oslo, possuem hoje percentagens de utilização diária da bicicleta na ordem dos 40%. Em Portugal, infelizmente, o processo está invertido, tendo sido as pessoas, através de um aumento do uso da bicicleta, a promover nos responsáveis políticos uma maior consciência sobre a necessidade de criação de infraestruturas e vias prioritárias para o efeito, que quando implementadas, trazem às cidades uma maior sustentabilidade e cuidado ambiental. Assim, temos hoje concelhos que são verdadeiros exemplos de investimento em infraestruturas e segurança que se tornam reais incentivos à mobilidade urbana sustentável. Os concelhos de Aveiro, Guimarães e Oeiras são fantásticos casos de sucesso, no entanto, segundo um estudo da federação europeia de ciclismo, Portugal ocupa ainda a cauda da Europa no que respeita a condições para pedalar nas cidades, o que nos deverá alertar a todos para o muito trabalho por desenvolver.

Recentemente o governo português, apresentou uma estratégia nacional para a mobilidade ativa, centrada nos peões e utilizadores de bicicleta. O lema do projeto é: mais bicicletas, mais ciclovias, menos acidentes. A estratégia deste projeto tem como objetivo aumentar o estímulo ao uso diário da bicicleta e chegar à média europeia dentro de uma década. Pedalar e caminhar não deverá ser só seguro e saudável, deverá ser uma prática comum e uma opção natural para as deslocações mais curtas. No concelho da Trofa, pouco ou nada se sabe sobre esta temática. São insuficientes os incentivos, as infraestruturas e as promoções destinadas a uma maior utilização da bicicleta como meio alternativo sustentável ao automóvel. Temos inclusivamente um canal ferroviário extinto há mais de 17 anos que poderia dar origem a uma moderna ciclovia e ser um potencial incentivo ao uso da bicicleta em contexto de lazer e tornar-se inclusivamente um excelente acesso ao centro da cidade e ligação a uma rede de vias cicláveis e pedonais a implementar. Esta realidade, leva-me a pensar que não existiu nas opções políticas passadas e atuais grande consciência e preocupação com estas questões. Assim, e para 2020, os meus maiores desejos como trofense, passam pela real implementação e crescimento de um plano de mobilidade urbana sustentável que passe pela criação de uma rede de ciclovias dentro e fora da cidade da Trofa, que incentive o uso da bicicleta e permita aos muitos utilizadores deste meio de transporte, jovens e adultos, maiores condições de segurança e eficiência no uso diário da bicicleta. Luís Cardoso


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O NOTÍCIAS DA TROFA 9 de janeiro de 2020

Correio do leitor

Sobre os Paços do Concelho

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Entre os muros do envelhecimento populacional

Tendo sido oficialmente dado inicio à obra de construção dos Paços Portugal, assim como outros países da Europa, tem vindo a registar nas últimas décadas profundas do Concelho da Trofa, deixando assim a população Trofense “roman- transformações demográficas, bastante marcadas pelo aumento da longevidade e redução da natalidaticamente” agradecida ao executivo camarário, entendo ser meu de- de e da população jovem. Em 2000, a esperança de vida à nascença era de 76,4 anos, tendo progredido ver apresentar uma voz crítica e séria às opções políticas do execu- em 2017 para 80,8 anos (77,8 anos para os homens e 83,4 anos para as mulheres) (PORDATA). tivo relativamente a este dossier – evitando abordar escândalos conA Organização Mundial de Saúde (OMS) define Envelhecimento Ativo como o processo de otimização cursais recentes. das oportunidades para a saúde, participação e segurança, com o objetivo de melhorar a qualidade de As tomadas de decisão política, a qualquer nível do Estado – autar- vida das pessoas que estão no processo natural de envelhecimento. O envelhecimento ativo e saudável quias incluso – deverão ser feitas no único e máximo respeito pelos resulta de um conjunto de oportunidades de intervenção no âmbito da saúde, participação cívica, seinteresses das pessoas, sobre uma base de prioridades efetivas, ten- gurança e outras, promovendo um envelhecimento acompanhado da manutenção da capacidade fundo em conta os problemas existentes, os benefícios resultantes e a re- cional, tal como a mobilidade e as atividades intelectuais. lação custo/benefício. Assim questiono-me: Em Portugal, o Índice de Envelhecimento* passou de 101,6% em 2001 para 157,4% em 2018 (PORDATA), “Será a construção do Palácio do Município a verdadeira prioridade tendo um impacto significativo na sociedade, exigindo novas respostas do ponto de vista social, no que da Trofa e dos Trofenses? - “Será esta a melhor solução para a resolu- concerne à segurança social, sistemas de saúde, justiça e transportes. No que diz respeito ao Município ção do problema da “deslocação” dos serviços municipais? e “Será o da Trofa, este indicador também sofreu alterações com um forte impacto na caracterização da populacusto de quase 9 milhões de euros o preço justo a pagar pelo edifício?” ção trofense. Em 2001, este índice era de 52%, evoluindo para 134,4% em 2018. Se compararmos o ÍndiNão. Não. E Não! ce de Envelhecimento do Município da Trofa em 2018 com os municípios vizinhos de Vila Nova de FamaA construção de um Palácio, de 9 milhões de euros, para abrigar licão e Santo Tirso (padronizado para a população residente), verificam-se valores de 132,5% e 198,7%, o Sr. Presidente da Câmara e os Srs. e a Sra. Vereadora Não é hoje a respetivamente. Por outro lado, face à média nacional (157,4%), o Índice de Envelhecimento na Trofa é prioridade da Trofa nem dos Trofenses. Num município em que tan- significativamente menor. Apesar do envelhecimento ter vindo a aumentar, também o Índice de Longetas coisas faltam e em que mais ainda estão mal cuidadas, esta obra vidade** tem acompanhado esta tendência. Em 2001, este índice era de 39,2% no Município da Trofa, não poderá, jamais, ser prioritária à Reabilitação Urbana generali- evoluindo para 40,7%, embora menos acentuado que a nível nacional (41,9% versus 48,4%) (PORDATA). zada de um município e em especial, de uma cidade tão degradada Se por um lado a expressão “envelhecimento saudável” é de fácil compreensão para a maioria das quanto está a Trofa. pessoas, por outro, “envelhecimento ativo” pode levar a definições simplistas assentes somente na caSendo um Trofense apartidário, tomo a liberdade de assumir que pacidade e condição física (mobilidade, motricidade fina, entre outros). Contudo, “ativo” remete para outros partidos, em tempos, apresentaram soluções bem mais inte- uma participação cívica contínua, fortemente marcada pela vida social, cultural, religiosa, espiritual e ressantes, flexíveis e inteligentes do que a atual. Seria preferível uma económica. O que tem sido feito pelas autarquias locais para a promoção da verdadeira cultura de enboa solução provisória a uma má solução definitiva – ou talvez não tão velhecimento ativo e saudável no idoso? Tenho ideia, e corrijam-me se estiver enganado, mas muitos definitiva assim. municípios ainda acreditam que estão a dar um forte contributo social neste âmbito, através da organiQuase 9 milhões de euros é o custo previsto para a obra - um valor zação do “passeio anual” ou do “lanche convívio mensal”. É uma inércia total face ao que podemos fam² praticado em habitações de luxo em Portugal – é um valor eviden- zer. Vivemos aliados das novas soluções disponíveis para o acompanhamento social, tais como recentemente exagerado. “Materiais nobres”, disse Sérgio Humberto, lem- tes soluções tecnológicas para parametrização permanente da saúde do idoso. Se os passeios anuais e brando as torneiras banhadas a ouro de histórias de outrora. o lanche-convívio são importantes? Certamente que sim. Contudo, resumem-se a atividades de baixo “Deve o município da Trofa ter um espaço digno onde se concen- impacto face às inúmeras intervenções que podemos realizar. tram os serviços municipais? Claro que Sim! - Deve este espaço ter uma Paralelamente a todos estes esforços, alguns dos indicadores do índice de envelhecimento ainda filocalização ad hoc (mesmo que piores já tenham sido apresentadas) e cam muito longe daquilo que esperamos para um país envelhecido e, simultaneamente, desenvolvido ter o custo de um hotel de luxo? – 9 Milhões de euros. É claro que Não!” como Portugal. Segundo o Report de 2018 da United Nations Economic Commission for Europe, Portugal, Devemos evitar o desperdício – fantasmas de despesismo Social- entre os 28 países da União Europeia, encontra-se em 10º lugar na lista (score de 33,5) dos 28 países da -democrata, a ser pago por todos nós, voltam a levantar-se. Entendo União Europeia (EU) sujeitos à classificação do Active Ageing Index (AAI). Este índice é uma ferramenque devamos impedir que investimentos mais importantes não sejam ta baseada em 4 domínios (emprego; participação social; vida independente, saudável e segura; e capafeitos por resultado desta sangria financeira imposta aos Trofenses. cidade e ambiente propício para o envelhecimento ativo) e 22 indicadores, medindo o nível em que os Resta-nos entender, resta-nos projetar, resta-nos semear uma ver- idosos vivem vidas que os permitam caracterizar como “ativos e saudáveis”. Ora, a posição de 10º lugar, dadeira cultura política e democrática – inclusive nos nossos políticos marcadamente abaixo da média da EU (score de 35,7), não nos pode orgulhar. Contrariar esta tendên– para que erros tão primários quanto este não sejam mais permitidos cia levará anos de intenso esforço e intervenção social. Inverter esta tendência é combater a ideia de por nós cidadãos. Resta-nos entender que, qualquer má decisão come- que Portugal será o país mais envelhecido da União Europeia em 2050 (Ageing Europe 2019, Eurostat). tida contra o Município da Trofa afetará negativamente a vida de cada Despido dos dados que expus e que me assolam permanentemente o pensamento, folgo em ler que Trofense, pelas oportunidades perdidas causadas por uma má deci- “Seniores felizes, saudáveis e ocupados é uma das grandes apostas da Câmara da Trofa para 2020” (Trosão política. Agora, quem quiser, perceberá que nem sempre tudo é fa News, 2 de janeiro de 2019). O conjunto de iniciativas prometidas pela autarquia são, ao meu ententão “romântico” quanto parece. der, abrangentes e promissoras: cartão “Trofa Sénior+”, teleassistência domiciliária, desporto sénior, segurança sénior, entre outras. Estaremos cá, enquanto munícipes, para acompanhar as intervenções Rui Miguel Silva disruptivas na fuga a esta tendência crescente e ao idadismo social. 2020 será com certeza um ano de grandes e variados desafios para o Concelho da Trofa.

*Número de pessoas com 65 e mais anos por cada 100 pessoas menores de 15 anos. Um valor inferior a 100, significa que há menos idosos do que jovens (INE, PORDATA). **Número de pessoas com 75 e mais anos por cada 100 pessoas com 65 e mais anos. Quanto mais alto é o índice, mais envelhecida é a população idosa (INE, PORDATA). RENATO FERREIRA DA SILVA FARMACÊUTICO | INVESTIGADOR NA UNIVERSIDADE DO PORTO


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Atualidade

Necrologia

Agenda

S. MARTINHO BOUGADO

RIBEIRÃO

António Moreira Azevedo Faleceu no dia 25 de dezembro, com 54 anos Solteiro

Maria de Lurdes Oliveira e Sá Dias Faleceu no dia 18 de dezembro, com 83 anos Casada com Cândido Augusto Ferrer Oliveira Dias

José da Silva Faleceu no dia 4 de janeiro, com 86 anos Casado com Júlia de Matos Ferreira Maria Arminda da Costa Faria Faleceu no dia 4 de janeiro, com 57 anos Casada com José Manuel Mota Costa Manuel Coroa da Silva Faleceu no dia 6 de janeiro, com 65 anos Casado com Maria da Conceição de Oliveira Cruz da Silva SANTIAGO DE BOUGADO Alberto Rodrigues Moreira Faleceu no dia 28 de dezembro, 89 anos Casado com Florinda Moreira Dias Carneiro Funerais realizado por Agência Funerária Trofense, Lda. Gerência de João Silva

S. MARTINHO BOUGADO Maria Ernestina da Costa Reis Monteiro Faleceu no dia 20 de dezembro, com 61 anos Casada com Joaquim Ferreira Monteiro LOUSADO António Rodrigues da Silva Faleceu no dia 30 de dezembro, com 89 anos. Viúvo de Arminda Azevedo Carvalho

Maria Graciette de Azevedo Barbeitos Faleceu no dia 20 de dezembro, com 68 anos Viúva de Manuel Marinho Teixeira Maria Lúcia da Costa Araújo Faleceu no dia 29 de dezembro, com 87 anos Viúva de António Costa Paiva Maria Helena da Silva Araújo Faleceu no dia 2 de janeiro, com 62 anos Casada com Rodrigo Matos Guerreiro e Sá CALENDÁRIO Agostinho Carvalho Sampaio Faleceu no dia 30 de dezembro, com 67 anos Casado com Maria Fernanda Faria Martins Sampaio Ex-sócio gerente da Euro-Saluta, Lda. e Tabacaria Sampaio José da Silva Santos Faleceu no dia 3 de janeiro, com 81 anos Casado com Maria da Conceição Rodrigues da Silva ANTAS S. TIAGO Albertina do Céu Reis Costa Faleceu no dia 4 de janeiro, com 100 anos Irmã de Vítor Costa Funerais realizados por Funerária Ribeirense, Paiva & Irmão, Lda.

Sudoku

Dia 11 15 horas: Lousada B-Bougadense Dia 12 15 horas: Felgueiras-Trofense 15 horas: Cantares ao Menino, na Capela de Nossa Senhora da Livração, Santiago de Bougado Dia 17 22 horas: Atuação do humorista Jaimão na festa de S. Gonçalo, em Covelas Dia 18 22.30 horas: Concerto de Quim Barreiros na festa de S. Gonçalo, em Covelas Dia 19 15.30 horas: Celebração da palavra e procissão em honra de S. Gonçalo, em Covelas 22 horas: Concerto de Jorge Amado na festa de S. Gonçalo, em Covelas

Farmácias Dia 9 Farmácia Trofense Dia 10 Farmácia Barreto Dia 11 Farmácia Nova Dia 12 Farmácia Moreira Padrão Dia 13 Farmácia de Ribeirão Dia 14 Farmácia Trofense Dia 15 Farmácia Barreto Dia 16 Farmácia Nova Dia 17 Farmácia Moreira Padrão Dia 18 Farmácia de Ribeirão Dia 19 Farmácia Trofense Dia 20 Farmácia Barreto Dia 21 Farmácia Nova Dia 22 Farmácia Moreira Padrão Dia 23 Farmácia de Ribeirão

Telefones úteis

Quebra-cabeças

Soluções do Sudoku da edição anterior

Bombeiros Voluntários Trofa 252 400 700 GNR da Trofa 252 499 180 Centro de Saúde da Trofa 252 416 763//252 415 520 Centro de Saúde S. Romão 229 825 429 Centro de Saúde Alvarelhos 229 867 060 F icha T écnica Diretor: Hermano Martins Sub-diretora: Cátia Veloso Editor: We do com unipessoal, Lda. Redação: Cátia Veloso, Magda Machado de Araújo Colaboradores: Atanagildo Lobo, Jaime Toga, José Moreira da Silva, João Pedro Costa, João Mendes, César Alves, José Pedro Reis, Moutinho Duarte | Fotografia: A.Costa, Miguel Trofa Pereira (C.O. 865) Composição: Cátia Veloso e Magda Araújo | Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Lda., Rua de S, Brás, n.º 1 Gualtar, Braga| Assinatura anual: Continente: 18,50 euros; Extra europa: 88,50 euros; Europa: 69,50 euros; | Assinatura em formato digital PDF: 15 euros IBAN: PT50 0007 0605 0039952000684 | Avulso: 0,70 Euros | E-mail: jornal@onoticiasdatrofa.pt | Sede e Redação: Rua das Aldeias de Cima, 280 r/c 4785 - 699 Trofa Telf. e Fax: 252 414 714 Propriedade: We do com unipessoal, Lda. NIF.: 506 529 002 Nº Exemplares: 5000 | Depósito legal: 324719/11 | ISSN 2183-4598 | Detentores de 100 % do capital: Magda Araújo | Estatuto Editorial pode ser consultado em www.onoticiasdatrofa.pt | Nota de redação: Os artigos publicados nesta edição do jornal “O Notícias da Trofa” são da inteira responsabilidade dos seus subscritores. Todos os textos e anúncios publicados neste jornal estão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. É totalmente proibida a cópia e reprodução de fotografias, textos e demais conteúdos, sem autorização escrita.


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O NOTÍCIAS DA TROFA 9 de janeiro de 2020

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Atualidade

Irmãos de S. Romão em viagem ao mundo no navio-escola Sagres Francisco e Eduardo Campos são de S. Romão do Coronado, mas não serão vistos pela Vila durante mais de um ano. Os irmãos integram a tripulação do navio-escola Sagres, que vai reeditar a circum-navegação de Fernão de Magalhães, há 500 anos. CÁTIA VELOSO São irmãos gémeos e neste momento fazem parte da maior viagem de circum-navegação do navio-escola Sagres. Francisco e Eduardo Campos, naturais de S. Romão do Coronado, fazem parte da tripulação que saiu de Lisboa, ao fim da manhã de domingo, 5 de janeiro, para uma viagem que durará mais de um ano - 371 dias mais precisamente -, e que servirá para assinalar os 500 anos da expedição de Fernão de Magalhães, passando por 22 portos de 19 países e visitando 12 cidades da Rede Mundial de Cidades Magalhânicas. Pelo meio, em julho, o navio fará uma escala em Tóquio, para entregar a bandeira nacional que será usada pela comitiva portuguesa nos Jogos Olímpicos. A bandeira foi entregue no navio pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. Eduardo e Francisco Campos são manobras (sobem ao mastro para lançar as velas) da “Sagres”. Os dois irmãos

Francisco e Eduardo fazem parte de uma tripulação de 142 pessoas, que terá como primeira escala Tenerife, no arquipélago das Canárias, a 13 de janeiro.

de S. Romão do Coronado, de 21 anos, cumpriram percurso escolar na Escola de Casal, em Mendões, na EB 2/3 de S. Romão do Coronado e na Forave, onde ingressaram no curso de Polímeros. Em fevereiro de 2017 entraram na Marinha e abraçam agora uma das grandes aventuras das suas vidas.

Rua da Samogueira com sentido único O trânsito rodoviário na Rua da Samogueira, em Santiago de Bougado, só pode ser feito num sentido. A alteração da postura de trânsito foi comunicada pela autarquia, que pretende, desta forma, aumentar a segurança na circulação por aquela via. A circulação automóvel na rua é agora só possível no sentido norte-sul, ou seja, a partir da interseção com a Rua dos Carvalhinhos em direção aos Melhores Kebabs do Mundo. A circulação em sentido contrário poderá ser feita através da paralela Rua do Tesouro.

Antigas estrelas do futebol juntam-se para ajudar APPACDM Na próxima sexta-feira, dia 10 de janeiro, realiza-se na Trofa, no pavilhão da EB 2/3 Professor Napoleão Sousa Marques, um encontro de antigos jogadores profissionais de futebol, que se vão juntar para ajudar a APPACDM da Trofa.

Os padrinhos da iniciativa são Tiago Pereira e Gaspar Azevedo, dois jogadores que cresceram na Trofa e que passaram por diversos clubes, tendo sido campeões nacionais ao serviço do Futebol Clube do Porto. São cerca de duas deze-

nas de antigos profissionais de futebol, incluindo Paulo Assunção, Delfim e Wender Said. A iniciativa é promovida pela Ludis Management, que desafia o público que marcar presença no pavilhão a deixar um contributo para a APPACDM.


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