Quinzenário | 23 de janeiro de 2020 | Nº 709 Ano 17 | Diretor Hermano Martins | 0,70 €
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8 PESSOAS ASSISTIDAS NO HOSPITAL APÓS INCÊNDIO
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pRESIDENTE DA cÂMARA ARGUIDO NO CASO DAS LOJAS DE TURISMO 6 Atualidade
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Amadeu Dias Candidata-se ao PS Trofa
S.Gonçalo a bater recorde de romeiros na festa pub
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O NOTÍCIAS DA TROFA 23 de janeiro de 2020
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Atualidade
Meninos Cantores homenageiam Matilde Rosa Araújo Os Meninos Cantores do Município da Trofa prestam homenagem a Matilde Rosa Araújo, com um espetáculo cultural, onde música e poesia se fundem em honra da escritora. CÁTIA VELOSO
Super-heróis invadem Carnaval na Trofa Depois dos brinquedos, os super-heróis prometem sair das bandas desenhadas e da televisão para fazerem parte do desfile de Carnaval da Trofa. Hulk, super-homem, homem-aranha, wolverine, mulher maravilha, sailor moon e pjmasks são alguns dos personagens que podem fazer
parte do corso carnavalesco, que sai à rua a 23 de fevereiro (domingo), a partir das 14.30 horas, na zona envolvente à estação ferroviária da Trofa. Este desfile tem como protagonistas as escolas do concelho que, graças às associações de pais, preparam-se durante várias se-
manas para apresentarem os melhores disfarces e coreografias, que serão avaliados por um júri. Os mais bem classificados serão premiados. Às escolas podem juntar-se todos aqueles que quiserem vestir a pele de foliões, aos quais também estão reservados prémios. C.V.
Fase municipal do Concurso Nacional de Leitura a 6 de fevereiro A fase municipal do Concurso Nacional de Leitura já tem data definida. A atividade, que marca o arranque do concurso no concelho da Trofa, realiza-se a 6 de fevereiro, às 10 horas, na Casa da Cultura, em Santiago de Bougado. Do concelho estão inscritas 15 escolas do 1.º ciclo, assim como a EB 2/3 do Castro (Alvarelhos), EB 2/3 Professor Napoleão Sousa Marques (Bougado) e Escola Secundária da Trofa.
Aberta oficialmente a 4 de outubro de 2019, a 14.ª edição do Concurso Nacional de Leitura (CNL) decorre até 6 de junho, data da final, que terá lugar em Oeiras. Até lá, seguem-se algumas fases, como a municipal, subdividida em dois momentos, o primeiro da responsabilidade das escolas/ agrupamentos e do qual sairão os alunos vencedores que seguirão para o segundo momento, organizado pelas Bibliotecas Municipais.
Meteorologia
Depois, realiza-se a fase intermunicipal, na qual os selecionados em cada um dos municípios prestarão provas nas Comunidades Intermunicipais ou Áreas Metropolitanas. Os vencedores desta fase apuram-se para a fase final. “Estimular o gosto e os hábitos de leitura e melhorar a compreensão leitora” são os propósitos do CNL, que é da responsabilidade do Plano Nacional de Leitura. C.V.
Às 19 horas desta quinta-feira, 23 de janeiro, no salão nobre da Junta de Freguesia de Covelas, numa iniciativa que serve de preparação para o programa comemorativo do centenário do nascimento da escritora, que começa ainda este ano com uma série de mini-concertos, a realizar-se de dois em dois meses e com a participação das escolas do concelho. “Durante os próximos dois anos, as Escolas do Município irão receber a presença da Maestrina dos Meninos Cantores, Antónia Maria Serra, com o objetivo de falar a todos os meninos sobre o carinho de Matilde Rosa Araújo pela Trofa. Cada escola será convidada a trabalhar uma música e um poema para apresentar nas iniciativas públicas com o grupo”, explicou a autarquia em nota informativa. Nascida em 1921, em Lisboa, a escritora criou uma ligação afetiva com a Trofa, emprestando o nome ao prémio atribuído anualmente ao melhor conto infantil apresentado a concurso no concelho, assim como à sala de leitura infanto-juvenil da Biblioteca Municipal e a uma rua situada na aldeia da Esprela, em S. Martinho de Bougado. Assistiu a concertos dos Meninos Cantores do Município da Trofa, que interpretaram algumas das suas obras, como “Anjos de pijama” e “As cançõezinhas de Tila”. Matilde Rosa Araújo assinou mais de 40 livros com contos e poesias para adultos e de mais de duas dezenas de livros para crianças. Dedicou-se à defesa dos direitos dos mais novos, através da publicação de livros e de intervenções em organismos como a UNICEF em Portugal. A escritora licenciou-se em Filologia Românica pela Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa e foi professora do ensino técnico profissional em várias cidades do país. Também lecionou o primeiro curso de Literatura para a Infância, na Escola do Magistério Primário de Lisboa. Recebeu o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique e foi distinguida com o Prémio Carreira, da Sociedade Portuguesa de Autores, em 2004. Faleceu em julho de 2010.
Encontro de Janeiras Cinco ranchos e grupos etnográficos do concelho da Trofa sobem ao palco, este sábado, 25 de janeiro, para darem corpo – e voz – a mais uma edição do Encontro de Janeiras. A iniciativa decorre a partir das 21 horas, no auditório do Fórum Trofa XXI, no Parque Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro. Rancho Folclórico de Alvarelhos, Rancho Etnográfico de Santiago de Bougado, Rancho Folclórico da Trofa, Rancho das Lavradeiras da Trofa e Rancho Folclórico de São Romão do Coronado serão os protagonistas desta noite de tradição, que ajuda a contar a história dos antepassados trofenses.
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Sérgio Humberto arguido no caso das Lojas de Turismo O presidente da Câmara Municipal da Trofa, o social democrata Sérgio Humberto Silva, é um dos autarcas que foi constituído arguido no âmbito da megaoperação de investigação das lojas interativas de Turismo com a Entidade de Turismo Porto e Norte de Portugal. O Ministério Público (MP) acusa autarcas, empresários e outros dos crimes de corrupção, participação económica em negócio, peculato, recebimento indevido de vantagem, abuso de poder e falsificação. O processo foi dividido e o MP vai continuar a investigação tendo sido por despacho criado um novo processo, no qual constam como arguidos autarcas e ex-autarcas como Sérgio Humberto Silva, presidente da autarquia da Trofa, Hermínio Loureiro, ex-autarca de Oliveira de Azeméis, Almeida Henriques, autarca de Viseu, José Artur Neves, ex-secretário de Estado da Proteção Civil do governo de António Costa, contabilizando-se mais de uma centena e meia de arguidos, número que poderá vir a aumentar. De acordo com a informação
avançada pelo jornal SOL, a acusação foca-se nos negócios em torno da criação das lojas interativas, e ainda na atividade da própria entidade de turismo do Norte. Melchior Moreira, há um ano em prisão preventiva, foi acusado no último dia antes de esgotado o prazo que obrigaria à sua libertação. Recorde-se que há mais de um ano foram feitas buscas em diversos pontos do país no âmbito deste caso e as instalações da Câmara Municipal da Trofa também foram visadas pela Polícia Judiciária. Do Polo I do município foram levadas 6 pastas contendo documentos com candidatura, processos relativos à aquisição de serviços levados a cabo pelo executivo de Sérgio Humberto em 2014 e 2015. Contactado pelo NT, o presidente da Câmara da Trofa não respondeu aos pedidos de esclarecimento enviados por escrito, até à hora do fecho desta edição. Recorde-se que o projeto das lojas interativas de turismo nos vários municípios do Norte do país, que arrancou em 2013, foi o início de uma fonte de rendimentos para várias empresas do em-
presário José Simões Agostinho, de Viseu. Sempre com recurso a ajuste direto, empresas como a Tomi World e a Media 360, em conjunto, conseguiram arrecadar mais de três milhões de euros em ajustes diretos das autarquias do norte e quase 800 mil em ajustes feitos pelo Turismo do Porto e Norte de Portugal. Só a Câmara Municipal da Trofa, entre 2014 e 2015, adjudicou à empresas de Viseu Tomi World o valor de mais de 40 mil euros e à empresa Media 360 valores superiores a 40 mil euros. Basta uma consulta no portal Base.Gov para se perceber que a Câmara da Trofa adjudicou os serviços às empresas de Simões Agostinho, outro dos acusados neste processo. Segundo a investigação, foi possível determinar “a existência de um esquema generalizado, mediante a atuação concertada de quadros dirigentes, de viciação fraudulenta de procedimentos concursais e de ajuste direto para favorecer grupos de empresas”. A teia montada tinha ainda o objetivo de contratar “recursos humanos” e utilizar “meios
Sérgio Humberto e M elchior na inauguração da loja interativa públicos com vista à satisfação de interesses de natureza particular”. Melchior Moreira foi presidente de júri de concursos na Trofa As boas relações entre Melchior Moreira e Sérgio Humberto são conhecidas do público e além da presença de Melchior Moreira e Isabel Castro, braço direito de Melchior na Turismo do Porto e Norte e também arguida no pro-
cesso, na abertura, a 25 de setembro de 2015, da Loja Interativa de Turismo da Trofa, foram convidados de honra nas inaugurações da ExpoTrofa e de outros eventos turísticos e gastronómicos organizados pela Câmara da Trofa. Em 2014, Melchior Moreira foi o presidente do júri do procedimento do concurso que ditou a escolha de Artur Costa para Chefe de Divisão da Cultura, Turismo, Desporto e Juventude da autarquia da Trofa.
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Mobilidade
PCP apresenta novo projeto de resolução com vista à construção da linha do metro Depois de, em 2012, a Assembleia da República ter recomendado ao Governo que retomasse o projeto de ligação do Metro do Porto entre o ISMAI, na Maia, e a cidade da Trofa e de, em 2016, a mesma Assembleia da República ter aprovado, por unanimidade, uma recomendação para que a mesma ligação começasse a ser construída até ao fim de 2017, o Partido Comunista Português voltou “à carga”, ao apresentar um novo projeto de resolução. CÁTIA VELOSO
PCP apresenta um novo projeto de resolução
O novo documento, que já deu entrada no Parlamento sob o n.º 176/XIV/1.ª, recomenda ao Governo a criação de um plano de desenvolvimento do Metro do Porto para a próxima década, que contemple a criação de seis novas linhas, uma das quais a da Trofa. “É um projeto de resolução, tem o valor que tem, mas no entanto pressiona, mais uma vez, o Governo a tomar uma posição que há mais de 17 anos vimos defendendo e da qual nunca abdicaremos”, sublinhou Paulo Queirós, mem-
bro do PCP, em conferência de imprensa realizada, simbolicamente, na estação ferroviária da Trofa. A intenção dos comunistas é que a Administração avance para a “calendarização” do plano de desenvolvimento do Metro do Porto, que garanta a construção da ligação da Maia à Trofa, da linha de Valbom, com ligação a Gondomar, da linha do Campo Alegre, da linha das Devesas, da linha de S. Mamede de Infesta e da Linha da Maia, a partir do Hospital de S. João. A discussão e votação deste proje-
to de resolução do PCP na Assembleia da República ainda não tem data definida. Sobre a prioridade a dar às respetivas ligações, Paulo Queirós refere que não cabe ao PCP determiná-la, mas sim “à Metro do Porto, ao Governo e às autarquias”. No entanto, no projeto de resolução é a linha da Trofa que surge em primeiro lugar. “Tem que haver uma grande pressão de todos os meios políticos da Trofa e não só, também os meios sociais e os próprios empresários têm de estar na linha da frente na defesa deste projeto. Não se trata apenas de uma questão de justiça que, só, tem peso suficiente para que a linha seja, mas também demonstramos que é necessária”, atestou Paulo Queirós. Um dos argumentos visados no documento é o de que “é nos municípios mais periféricos”, onde se incluem Santo Tirso e Trofa, que se regista “maior proporção de deslocações por motivos laborais”. O comunista trofense vai mais longe e refere-se ao novo consórcio municipal entre estes dois concelhos e Vila Nova de Famalicão que deu vida à rede de transportes MobiAve. “Este é mais um argumento para podermos mostrar mais cabalmente, que a linha de metro tem tudo para ser rentável e a porta de entrada para a rede de Metro”, acrescentou, desvalorizando a posição do atual ministro da tutela, Matos Fernandes, que recentemente referiu “não ter sido encontrada nenhuma linha de procura que justifique” o investimento na linha do metro da Trofa.
Ministro considera “loucura” construir linha de metro na Trofa A extensão da rede do Metro do Porto, e mais con- que a linha da Trofa tem por trás uma história de injuscretamente a construção da linha da Trofa, foi um dos tiça”, começou por dizer o ministro, que fez questão de temas abordados na discussão do Orçamento de Es- deixar este tema para a última parte de uma intervenção, tado para esta ano, durante a audição do ministro do em resposta a vários deputados. Ambiente, Matos Fernandes, a 14 de janeiro. Matos Fernandes acrescentou que “é evidente que a “Não tendo a mais pequena dúvida de que a decisão essa injustiça não se pode corresponder com uma louda extensão do metro, do metrobus ou outras formas cura que era colocar um metro”, mas reconheceu a nemais pesadas de transporte em Lisboa e no Porto, será cessidade de “ser avaliado” o corredor existente, que das Áreas Metropolitanas, não posso deixar de dizer “está degradado”.
“Se a Área Metropolitana do Porto vai tomar estas decisões, fica o meu compromisso de dar uma indicação, num prazo de uma semana, ao presidente da Metro do Porto para que faça um estudo prévio para uma solução para a linha da Trofa e encontre uma forma de transporte cuja instalação e operação seja muito menos onerosa que o metro, mas onde se recupere a injustiça que um dia foi cometida com os habitantes da Trofa”, concluiu.
Autarquia assume gestão de terrenos e edifício das estações ferroviárias A assunção da gestão de espaços pertencentes à Infraestruturas de Portugal (IP), empresa pública tutelada pelo Governo, tem como objetivo beneficiar os utilizadores do comboio e do espaço público. O processo, assumido pela autarquia da Trofa num protocolo celebrado com a IP, visa “permitir a intervenção direta” em três espaços em locais distintos do concelho. Um dos propósitos é, num terreno junto à Estação Ferroviária da Trofa, criar mais lugares de estacionamento, que irá atender às já longas reclamações de quem utiliza o comboio diariamente e não tem onde estacionar o automóvel. Em S. Romão do Coronado, a autarquia prevê intervir no edifício da estação ferroviária, para “melhorar a segurança e o conforto de todos os utilizadores”, anunciou o município. Já em Covelas, num terreno junto ao apeadeiro da Portela, na freguesia de Covelas, a Câmara Municipal vai “a curto prazo”, instalar um parque de lazer e parque infantil.
O processo irá permitir criar espaços de estacionamento junto a estação da T rofa
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23 de janeiro de 2020 O NOTÍCIAS DA TROFA
Luís Cameirão não se recandidata ao PS Trofa
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Política
“Quem pensou que poderia contar comigo para folclore demagógico poderá estar descontente com a forma como fazemos oposição” ação política, uma preocupação formativa, no sentido de dotar esses jovens das ferramentas necessárias para fazer política com seriedade e competência, como os trofenses desejam e merecem. Depois de um mandato à frente da Comissão Política Concelhia (CPC) do Partido Socialista da Trofa, Luís Cameirão faz um balanço “ francamente positivo” da atividade que desenvolveu na estrutura política. Em entrevista ao NT, o socialista considera que contribuiu para o reforço da credibilidade do partido e refuta a ideia de que a ação política “rosa” como elemento da oposição tem sido pouco vistosa, justificando com a defesa da descentralização de competências para os municípios, do abaixamento dos impostos e do reforços de meios para a requalificação dos arruamentos e passeios. Depois de um mandato em que recusou o “folclore demagógico”, Luís Cameirão considera que deixou legado com a ascensão de jovens “nas diversas estruturas internas e de representação externa”, como Amadeu Dias, candidato à CPC do PS Trofa e a quem Luís Cameirão reconhece preparação para os desafios futuros. CÁTIA VELOSO O Notícias da Trofa (NT): Que balanço geral faz do mandato na CPC do PS Trofa? Luís Cameirão (LC): No decurso do mandato que agora termina, e tentando fazer uma avaliação qualitativa, só posso considerar que o balanço é francamente positivo. Nestes dois anos, e até recuando um pouco ao momento pré-eleições autárquicas de 2017, o Partido Socialista da Trofa operou uma revolução silenciosa, mudando os protagonistas, mudando a filosofia, postura e modo de ação política. Nestes dois anos, fruto de ação política cuidada, consistente, baseada em propostas politicamente sérias e alinhadas com o programa político local e nacional do Partido Socialista, foi possível reforçar a credibilidade do PS e demonstrar que, verdadeiramente, só o PS tem e desenvolve um programa político global e integrado que visa responder às necessidades e anseios dos trofenses. NT: Da atividade que desenvolveu a CPC, quais os momentos/iniciativas/ações que destaca? LC: Um órgão político como é a Comissão Política Concelhia e respetivo secretariado não são propriamente uma organização de eventos. Os órgãos políticos existem para dar cumprimento às suas atribuições estatutárias e isso foi realizado em toda a sua plenitude. O PS Trofa reuniu nos termos estatutários, analisando todas as questões estratégicas que envolvem o concelho da Trofa, e sobre todas elas tomou posição. Recordo aqui as questões relacionadas com a mobilidade, seja na vertente dos transportes coletivos ainda inexistentes, seja as questões relacionadas com as infraestruturas como sejam a variante à Trofa, o Metro, as vias internas de ligação e, em outros âmbitos como sejam os impostos de base local que a coligação PSD/CDS teimosamente não aceita aliviar, sujeitando os trofenses a uma carga excessiva e que nesta fase poderia perfeitamente ser aliviada. Por outro lado, houve neste mandato, fruto da enorme promoção da juventude para a primeira linha de combate e
NT: Na Trofa, generalizou-se a ideia de que o executivo camarário atual “não tem oposição”, aludindo para a ausência de reações/intervenções à sua atuação e para a inércia de todas as forças políticas com representatividade no concelho. O que tem a dizer sobre este “sentimento”? LC: A ideia que refere ter-se generalizado não corresponde à verdade e, sinceramente não percebo em que se baseia para a referir. Tomando como exemplo as sessões da Assembleia Municipal, por definição o órgão municipal de debate político, verá que esse tem sido um espaço de afirmação do Partido Socialista, onde é bem visível um rumo e uma serenidade na afirmação das ideias do PS para o Concelho. Seja na defesa da descentralização de competências para os municípios que, quer a coligação PSD/CDS quer a CDU recusaram aceitar com grande prejuízo para a vida dos trofenses, seja na permanente defesa da redução do IMI e da adesão ao IMI familiar, recusados pelo atual executivo camarário e que em muito ajudaria as famílias trofenses a aliviar os seus encargos, seja propondo o reforço de meios para a requalificação dos arruamentos e passeios que se encontram em estado lastimável, sempre o PS Trofa elegeu os trofenses como alvos e destinatários das suas medidas. Se verificar, o executivo e os deputados municipais da coligação PSD/CDS na Assembleia Municipal consomem a quase totalidade do debate a criticar o mandato do 2009/2013 do Partido Socialista e a referir a dívida herdada desse mandato e a autoelogiar-se pela redução dessa dívida. Ora, se quisessem ser sérios, o que não é o caso, deveriam reconhecer que a dívida que estão a reduzir é exatamente a mesma que o PSD acumulou desde a criação do município e até 2009. Em 2009, e os documentos estão aí para o demonstrar, a dívida do município cifrava-se em 65 milhões de euros, uma boa parte dela oculta, e nenhuma dela foi criada pelo Partido Socialista. Portanto, se estão a pagar dívida, estão tão só a pagar dívida por eles criada. Ademais, deveriam reconhecer o enorme trabalho de saneamento de contas realizado no mandato do PS, valorizando o enorme trabalho que levou à aprovação do PAEL, instrumento que se revelou essencial para a recuperação financeira do município. Chega a ser incompreensível que o atual executivo, liderado pelo PSD, se foque tanto na crítica ao PS e à pseudo má governação herdada. Em quase 22 anos de município da Trofa, o PSD governou em 18 desses anos, o PS apenas em 4. Se tem razões de queixa, essas são de si mesmos. Para resumir, enquanto o atual executivo se limita a aproveitar a boa onda económica do país e a criticar o PS de forma histriónica, o PS serenamente apresenta as suas propostas e afirma-se como alternativa séria aos trofenses. Se alguém pensasse que poderia contar comigo para folclore demagógico e oposição baseada em ruído, então poderá estar descontente com a forma como fazemos oposição. Para todos aqueles que estão e querem estar atentos, que analisam a realidade e os factos e esperam que os atores políticos apresen-
tem políticas sérias e respostas aos seus anseios e dificuldades, esses revêm-se na oposição do PS e darão o seu apoio. NT: Em que medida a presença de uma deputada do PS na AR, natural da Trofa, foi positiva para a atuação da CPC durante o seu mandato? LC: Os deputados à Assembleia da República são deputados que representam a nação portuguesa e não a sua terra ou distrito de origem. Todavia, o PS Trofa orgulha-se de ter na AR uma militante da Trofa e, tal facto não deixa de ter a sua importância, na medida em que esta tem sido porta-voz junto das instâncias governamentais daquilo que são as propostas que o PS defende para bem dos trofenses bem como fonte de informação relevante para a ação política da concelhia. NT: Por que é que não se recandidata à liderança do PS Trofa? Quando se candidatou já pensava fazê-lo só por um mandato? LC: Sim, quando me candidatei à liderança do PS Trofa e, unanimemente os militantes do PS me deram o seu apoio, a minha intenção era de realizar um só mandato. O meu propósito em 2018 era o de promover a renovação interna do Partido Socialista fazendo ascender jovens nas diversas estruturas internas e de representação externa e, por outro lado, mudar e credibilizar a ação política do PS Trofa, objetivos que considero perfeita e integralmente conseguidos. Os militantes do PS Trofa sabem que a minha vida profissional é muito intensa e exigente, sabem que também que nem agora nem no passado alimentei ambições políticas pessoais. Gosto de política, gosto de debater política, gosto de estudar política, e gosto especialmente de estudar como a ação política levada a cabo por gente séria e competente pode mudar e ajudar a vida das pessoas. NT: Como é que acha que deixa o PS Trofa? Forte o suficiente para fazer frente aos partidos que lideram a CMT? LC: Saio com a expectativa de ter deixado um PS Trofa capaz de ajudar e mudar a vida dos trofenses que, maioritariamente, continua a ser muito sofrida. Deixo um PS Trofa unido e sem divergências. Deixo um PS Trofa capaz não só de fazer frente aos partidos que lideram o município, mas acima de tudo de realizar uma ação política mais capaz, mais humana, mais atenta e mais eficaz do que estes tem vindo a realizar. NT: Como considera que será a liderança de Amadeu Dias, caso seja eleito líder da CPC do PS Trofa? LC: No momento em que dou esta entrevista, não sei ainda se Amadeu Dias será eleito e, menos ainda, se porventura será o único candidato a presidente da concelhia. O Amadeu foi muito próximo do meu núcleo político ao longo deste meu mandato. Penso que partilha comigo a visão, estratégia e modo de ação que implementei nestes anos e, se assim for, manterá o rumo que vem sendo traçado. Natural é, como em qualquer liderança, que haja mudanças de estilo que refletem a diferente natureza das pessoas. A política é dinâmica, os desafios são permanentes. O mandato que se iniciará traz novas questões e novas obrigações. Mais importante que saber como será a sua liderança, é saber se ele está preparado para esses desafios e a meu ver está muito bem preparado.
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Amadeu Dias apresenta candidatura ao PS Trofa “Um PS Trofa mais próximo e ainda mais presente” é o slogan da candidatura de Amadeu Dias à comissão política concelhia do PS Trofa. CÁTIA VELOSO Amadeu Dias vai apresentar candidatura à liderança da Comissão Política Concelhia do Partido Socialista da Trofa. A formalização é feita esta sexta-feira, 24 de janeiro, às 21 horas, no salão do polo de S. Martinho da Junta de Freguesia de Bougado. Depois de liderar a estrutura juvenil do PS e de avançar como cabeça de lista à Câmara Municipal da Trofa, em 2017, o socialista dá um novo passo na progressão política no partido. Num comunicado publicado na página pessoal da rede social Facebook, Amadeu Dias revelou que apresentou a candidatura “após um período de profunda reflexão”, acompanhada da “auscultação a militantes e simpatizantes do concelho”. “Apresento-me com a motivação necessária, comprometido consigo e com a Trofa. Estou consciente dos desafios que enfrentaremos nos próximos dois anos, mas esA madeu Dias formaliza candidatura a 24 de janeiro tou certo que, em conjunto, seremos capazes de construir um projeto autárquico que conquiste e mereça a confian- diferentes freguesias”, apoiar “todos os eleitos pelo PS”. ça dos trofenses”, comprometeu-se o candidato. Amadeu Dias promete ainda “uma comunicação mais efiO slogan de candidatura é “Um PS Trofa mais próximo e caz e mais periódica, informando os militantes e todos os ainda mais presente”, numa alusão ao propósito de abrir trofenses” do trabalho desenvolvido pelo partido e uma o partido “a uma participação mais alargada de todos” os “oposição construtiva que tem caracterizado a atuação do que se quiserem juntar ao projeto político e de, “através Partido Socialista”. de uma equipa organizada, dinâmica e representativa das “Um PS Trofa mais próximo e ainda mais presente será
Subiu para 60 o número de ecopontos no concelho Em dezembro, foram colocados na Trofa mais 20 contentores para separação dos resíduos, subindo para 60 o número de ecopontos disponíveis no concelho. As freguesias de Bougado e do Coronado foram as que receberam mais contentores: oito divididos entre S. Martinho e Santiago de Bougado, enquanto em S. Mamede do Coronado foram instalados cinco e em S. Romão três. Na
União de Freguesias de Alvare- te, em S. Romão, respondendo e lhos e Guidões foram colocados uma reivindicação antiga da podois ecopontos, enquanto as fre- pulação, enquanto, noutros espaguesias de Covelas e Muro ganha- ços, a instalação visou a substituição de equipamentos que foram ram um cada uma. Este reforço de contentores “vandalizados”. “A Trofa é assim dos concelhos foi possível graças a uma parceria da autarquia com a Trofáfuas portugueses com melhor rácio de e a empresa Resinorte. Segundo ecopontos por habitante, tendo a Câmara Municipal, foram colo- neste momento um ecoponto por cados ecopontos em locais estra- cada 199 habitantes”, sublinhou a tégicos, como a Rua do Horizon- autarquia. C.V.
Concurso de sopas em Covelas “Sim ou Sopas” é o nome do concurso que a delegação da Trofa da Cruz Vermelha Portuguesa e a Junta de Freguesia de Covelas promovem a 29 de janeiro (sábado), às 19 horas, na sede da Junta. O objetivo, segundo fonte da Cruz Vermelha, passa por “incentivar o consumo diário de sopa”. Segundo o regulamento do concurso, cada participante terá de fazer dez litros de sopa e apresentá-la no recinto, um hora antes do início do concurso. A entrada no recinto será feita mediante a aquisição do ingresso em forma de tigela, pelo valor de dois
euros. Uma vez no recinto, as pessoas poderão livremente provar todas as sopas, havendo cestos de pão e broa para acompanhar, espalhados pelo recinto. Paladar, riqueza e qualidade dos ingredientes, textura e decoração da mesa são os requisitos que se-
rão avaliados. As três melhores sopas serão premiadas. O evento esteve, inicialmente, marcado para 11 de janeiro, mas acabou adiado por “dificuldades de cariz logístico”, esclareceu a organização. C.V.
capaz de assumir a dianteira da discussão política, revelando-se como o principal impulsionador da participação cívica no concelho e da construção de soluções adequadas ao desenvolvimento do concelho e à melhoria da qualidade de vida”, sublinhou, no mesmo comunicado.
Biografia Licenciado em Línguas e Culturas Estrangeiras, pela Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico do Porto, e mestre em Ensino de Inglês e Espanhol no Ensino Básico e Secundário, é professor das disciplinas de Inglês e Espanhol. Em 2017, foi cabeça de lista do PS às eleições para a Câmara Municipal da Trofa, tendo saído derrotado para a coligação PSD/CDS. Desde então, exerce o cargo de vereador, sem pelouro. Há vários anos ligados ao Partido Socialista, é atualmente membro do Secretariado do Partido Socialista da Trofa, membro da Comissão Política Distrital do Porto e, recentemente, liderou a estrutura sindical nacional da Juventude Socialista, estrutura que liderou, a nível concelhio, durante vários anos. Foi também presidente da Associação de Estudantes da Escola Secundária da Trofa. Mantém uma ligação muito próxima com o comércio local e com o movimento associativo trofense, tendo estado ligado, quer como jogador ou treinador, a instituições como o Atlético Clube Bougadense, Clube Desportivo Trofense, o Grupo Desportivo Ribeirão, entre outras.
Estatuto editorial O Notícias da Trofa é um jornal de informação geral e de carácter regional, sem dependências de ordem política, ideológica ou mesmo económica. O Notícias da Trofa aposta na informação diversificada, abrangendo assim os mais variados campos de atividade correspondendo ao interesse dos leitores em geral. O Notícias da Trofa estabelece as suas opções editoriais sem pressões hierárquicas nos factos noticiados e comentados. O Notícias da Trofa defende que uma opinião pública informada e interveniente é condição fundamental para a existência da democracia, fomentando assim uma maior intervenção do público nas questões ligadas à sociedade em geral. Nas suas edições online e escrita, este periódico publica as opiniões dos leitores e cidadãos em geral desde que estes não desrespeitem, através dos seus escritos, terceiros. O Notícias da Trofa participa ativamente no debate de questões fundamentais que se colocam quer a nível local, regional e nacional. O Notícias da Trofa respeita um conjunto de regras técnicas e deontológicas que se inspiram em critérios de bom-senso, ética e rigor profissional. O rigor de uma informação completa e fundamentada – sobre factos e não sobre rumores -, a imparcialidade da atitude jornalística, a correção, clareza e concisão da escrita são, para O Notícias da Trofa, regras essenciais. Os leitores, quer da edição papel quer da edição online, sejam cidadãos residentes em Portugal ou em qualquer parte do mundo têm acesso à mais completa e rigorosa informação sobre o que se passa na Trofa e na região.
23 de janeiro de 2020 O NOTÍCIAS DA TROFA
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8 pessoas assistidas depois de incêndio na zona industrial da Abelheira Oito pessoas necessitaram de assistência depois de um incêndio que deflagrou nas instalações de uma fábrica de palmilhas, na zona industrial da Abelheira. CÁTIA VELOSO Um incêndio deflagrou num armazém que serve de apoio a uma fábrica de palmilhas ao início da tarde de 16 de janeiro, na zona industrial da Abelheira, em S. Martinho de Bougado. O fogo começou numa “zona de armazenamento adjacente à área de produção da fábrica”, indicou Miguel Maia, adjunto dos Bombeiros Voluntários da Trofa. “Verificamos que existia uma grande combustão em sobrantes de palmilhas, alguns mais inflamáveis, mas rapidamente conse-
F eridos foram transportados para o Hospital do M édio Ave de Vila Nova de Famalicão guimos controlar o fogo e depois procedemos ao arrefecimento e
ventilação do espaço”, explicou. Oito trabalhadores, seis mu-
lheres e dois homens, tiveram de ser assistidos devido a problemas
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respiratórios provocados pela inalação de fumo. Foram mobilizadas quatro ambulâncias dos Bombeiros Voluntários da Trofa, uma dos Bombeiros Voluntários de Santo Tirso e uma do INEM da Maia, assim como a ambulância de Suporte Imediato de Vida e a Viatura Médica de Emergência e Reanimação do Centro Hospitalar do Médio Ave (CHMA). Os feridos acabaram por ser transportados para a unidade de Vila Nova de Famalicão do CHMA. A Guarda Nacional Republicana esteve no local a registar a ocorrência. Segundo Miguel Maia, a laboração da empresa “não foi colocada em causa”, pelo que a atividade pôde ser retomada.
Autarquia recebe 14 mil euros para defesa da floresta Colide com ambulância e foge Uma ambulância dos Bombeiros Voluntários da Trofa ficou danificada na sequência de um acidente sofrido na Rua Entre Linhas, em Bougado. Segundo a corporação, um veículo ligeiro de mercadorias, cuja matrícula foi registada, colidiu com a ambulância e colocou-se em fuga. No momento do acidente, a ambulância transportava dois doentes, que não sofreram ferimentos. O caso foi remetido à Guarda Nacional Republicana.
“Consolidar o ordenamento e a Segundo o Instituto de Consergestão da floresta como os pila- vação da Natureza e das Florestas, res fundamentais para a preven- os principais objetivos do FFP são ção dos incêndios”. Este é o des- “apoiar, de uma forma integrada, a tino dos quase 14 mil euros que estratégia de planeamento e gesa Câmara Municipal da Trofa vai tão florestal, a viabilização de moreceber, no âmbito da candida- delos sustentáveis de silvicultutura ao Apoio ao Funcionamento ra e de ações de reestruturação dos Gabinetes Técnicos Flores- fundiária, as ações de prevenção tais, através do Fundo Florestal dos fogos florestais, a valorização Permanente (FFP). e promoção das funções ecológi-
cas, sociais e culturais dos espaços florestais, e ações específicas de investigação aplicada, demonstração e experimentação”. O apoio concedido ao município da Trofa insere-se no eixo de intervenção “Defesa da floresta contra incêndios e agentes bióticos”. C.V.
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O NOTÍCIAS DA TROFA 23 de janeiro de 2020
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Atualidade
Uma espécie de crónica do S. Gonçalo de Covelas Os dias de S. Gonçalo são mais ou menos como aqueles em que há jogos grandes de futebol. Não importa se o preço do combustível subiu, se o IVA passou para 25 por cento ou se o IMI é calculado pelo nível de exposição solar. Nestes quatro dias, que em 2020 calharam de 16 a 20 de janeiro, nada mais importa que Covelas, terra sagrada de todos aqueles que salivam pelas papas de sarrabulho ou que buscam por um santo graal dentro de uma malga de cerâmica. CÁTIA VELOSO “Ó mãe, já chegamos à festa?” A pergunta surgia inocente da boca de uma criança que, chegada a pé ao monte do Meco da Guerra, defrontava-se com um frenesim de gente em movimento ou parada junto de barracas mais ou menos apetrechadas que apresentavam opções de pequeno-almoço ou lanche matinal mais robusto, no qual o leite era substituído pelo vinho do Porto e a manteiga para o pão dava lugar a uma bifana ou outro petisco de natureza suína. É ali que se faz já o reforço para a maioria dos romeiros que, a pé ou de bicicleta, percorrem quilómetros pelos caminhos florestais tendo como destino a festa de S. Gonçalo, em Covelas. E é ali que a festa continua no caminho reverso, porque o dia é para aproveitar, principalmente se o sol der o ar da sua graça, como este ano. À medida que a temperatura ambiente subia para níveis a roçar o agradável (e inesperado) para um mês como o de janeiro, o reboliço aumentava, sinal que
o meio da manhã é o clímax de movimento naquele ponto do caminho em direção a Covelas. E à medida que o número de pessoas cresce por metro quadrado, aumentam, de forma exponencial, as manifestações de boa disposição, que não têm género nem idade. Este ano, Fátima Peixoto, residente no lugar da Abelheira, foi uma das figuras mais vistosas, graças à entrevista cedida à TrofaTv e que, em três dias, ultrapassou as 260 mil visualizações no Facebook. Entre apitos, lá ia cantando aquele hit popular famoso “fora da bouça”, contribuindo para a “borga”, como definiu, que é a festa de S. Gonçalo. Mas afinal o que é que esta romaria tem que as outras não têm? “Tem a bengala para puxarmos por ela e tem o vinho do Porto para abastecermos”, respondeu, antes de voltar à cantoria e aos apitos. No Meco da Guerra confluem romeiros de toda a parte. ElisabeNestes dias todos os caminhos vão dar a Covelas te Dias é de S. Miguel da Carreira, Barcelos, mas iniciou a caminha- “vinho tinto”. “Este dia é especial mero de vezes pode variar, con- testável da Porto Editora que atesda junto à estação ferroviária da e enquanto for vivo, participarei soante a coragem e o número de ta estarmos perante uma “bebida, horas que permanecer em terri- fortemente alcoólica, preparada Trofa. Aventurou-se pela primei- sempre na festa”, garantiu. Para o S. Gonçalo de Covelas tório covelense. É que, mesmo com bagaço e mel, que pode tora vez e confessou que não esperava encontrar “tanta gente” no há quem vá pela caminhada, em não dispondo de capacidade fi- mar-se a par de café quente, em caminho, mas apesar de estrean- contexto desportivo, lúdico ou até nanceira para reabastecer, não combinação tida como apropriate, sabia bem ao que ia: “Quan- religioso, pela gastronomia, para faltarão, a cada esquina, voluntá- da para enfrentar o tempo frio”. E rios altruístas dispostos a “matar como sabemos, nos últimos dias provar o caldo de nabos, as papas do chegar, vou comer um rojão”. – e noites! -, as temperaturas estiManuel Araújo, da Trofa, es- de sarrabulho, o rojão ou a bifa- a sede” a um romeiro. Os resistentes não baterão a veram abaixo da dezena de graus treou-se o ano passado e garante na, ou pela experiência enóloga, que, desde aí, está o ano inteiro na qual, entenda-se, são dispen- porta à festa sem antes “matar o naquela freguesia. Pelo expos“à espera deste dia”. O entusias- sados tiques como maneiras de bicho” com um chiripiti bem forte, to, estão todos perdoados, assim mo foi tanto que até montou uma segurar o copo, fazer girar o lí- capaz de curar de qualquer hipo- como os que, durante o fim de setenda no Meco da Guerra e levou quido e dispô-lo sobre um fundo tética maleita proveniente de ex- mana, se fartaram de pronunciar uma mota que deu nas vistas pe- branco para lhe apreciar a cor. cesso de abastecimento alimentar. “quilhõezinhos”, pois não têm cullos ruidosos “rateres” e o atrela- Aqui, os especialistas do verde E para quem acha que este gesto pa de o doce de S. Gonçalo ter do em forma de pipa, onde estava enchem a malga, degustam e pe- é indigno de qualquer pessoa de como nome um vocábulo que, não armazenado o combustível, vulgo dem para voltar a encher. O nú- bem, recorro à definição incon- existindo no dicionário (não vale
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Beato Gonçalo de Amarante
a pena ir procurar), só tem o sig- romeiros no S. Gonçalo. Não disnificado que a população lhe dá. pondo de tecnologia adequada para aferir da premissa, arriscoViva a cultura popular! Para a história fica a ideia, por -me a concordar, usando como muitos propalada, de que em principal argumento as imagens 2020 se registou um recorde de recolhidas pela TrofaTv, que per-
petuará na História mais uma edição de sucesso da festa. Dito isto, já se passou quase uma semana. Falta muito para janeiro de 2021?
Gonçalo de Amarante O.P (da Ordem dos Pregadores-Dominicano) foi um eclesiástico português que nasceu em 1187, no lugar de Arriconha, freguesia de Tagilde, atual concelho de Vizela. De origem de família nobre (família dos Pereira), terá efetuado os seus estudos com um sacerdote, conforme os costumes da época. O arcebispo que governava nessa altura a arquidiocese de Braga admitiu-o como familiar, protegendo-o. Entretanto, estudou as disciplinas eclesiásticas na escola-catedral da Sé arquiepiscopal, vindo a ser ordenado sacerdote tendo-lhe sido confiada a paróquia de São Paio de Vizela. Desejoso de visitar os lugares santos da Palestina, obteve licença diocesana e encetou a viagem, tendo deixado a paróquia ao seu sobrinho, que, quando Gonçalo voltou, não o quis reconhecer como verdadeiro pároco e escorraçou-o após ter inventado mentiras (com documentos falsos) do falecimento do tio... Gonçalo vai pregar o Evangelho na zona do rio Tâmega, erguendo uma pequena ermida, que mais tarde deu origem à Igreja e Convento de São Gonçalo em Amarante. Faleceu em 10 de janeiro de 1262, em Amarante. Foram abertos três processos de beatificação e canonização, o último dos quais pelo bispo do Porto D. Rodrigo Pinheiro, em 1561, tendo sido beatificado no dia 16 de setembro. O povo fê-lo advogado dos ossos fraturados, dos males da vida conjugal e dos casamentos das “velhas”. Conta-se que S. Gonçalo terá casado religiosamente alguns casais de uma aldeia chamada Ovelha que viviam “maritalmente”. Daí designarem-no como “o casamenteiro dos da Ovelha” e depois para a versão de “casamenteiro das velhas”. A.C.
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Atualidade
Conversa sobre livro de Luís Portela deu... em livro O livro “Conversa Com Luís Portela – Viagem Pela Espiritualidade” foi lançado a 21 de janeiro, na Fundação Engenheiro António de Almeida, no Porto. A obra editada pela Modo de Ler transcreve uma conversa que reuniu Isabel Ponce de Leão, Luís Carlos Amaral, Luís Miguel Bernardo, Luís Neiva Santos, Manuel Novaes Cabral e Sobrinho Simões em torno do tema da Espiritualidade e que teve como mote o último livro de Luís Portela, “Da Ciência ao Amor – Pelo esclarecimento espiritual”. De forma multidisciplinar, os intervenientes, com carreira ligadas à investigação científica, à história, às letras, ao direito, à economia e à medicina, debateram a Espiritualidade com base nas ideias que Luís Portela tem explanado neste domínio, as linhas da investigação científica atual na vertente da parapsicologia e a reflexão que faz no seu último livro sobre a evolução do Ser Humano no mundo em que vivemos. Já em 12.ª edição, o livro “Da Ciência ao Amor – Pelo esclarecimento espiritual” foi lançado em maio de 2018 e aprofunda um dos principais interesses que tem atravessado toda a obra de Luís Portela – a compreensão da dimensão integral do Ser Humano tanto sob os aspetos físicos como sob o ponto de vista espiritual. Luís Portela é também autor de “Ser Espiritual – Da Evidência à Ciência”, publicado em 2013 e já com 29 edições.
Produtores procuram sustentabilidade com rega gota a gota “Não só economiza água, como também implica menos te, investe “cerca de 200 euros por hectare”, que fica “quaenergia, porque a pressão é menor e o motor mais peque- se pago” devido à poupança de água e energia registados. no”. É desta forma que Jorge Oliveira, agricultor no conceJorge Oliveira explicou ainda que o facto de o sistema ter lho da Trofa, justifica a opção pelo sistema de rega gota a de ser trocado todos os anos não coloca em causa a sustentagota. O produtor, responsável pela Quinta de Santo Isidro, bilidade, porque “o material recolhido vai para reciclagem”. na Maganha, revelou à Lusa que para a rega do milho deMuitos outros produtores seguiram o exemplo, ao poncidiu, há quatro anos, optar por este sistema que permitiu, to de a Cooperativa dos Agricultores de Santo Tirso e Troalém de economizar água e energia, duplicar a área de fa ter registado um aumento de venda de fitas de rega que produção, em 2019. quase sempre subiu em quatro anos. Em 2015 venderam“Em média, para irrigar uma parcela, precisava de 100 ho- -se 185 mil metros e em 2019 o número chegou aos 218 mil. ras de trabalho de motor. Com este tipo de rega, consigo Através da rega gota a gota, a água é transportada em tufazer a mesma coisa quase com metade das horas de motor bos e sai por pequenos orifícios, os gotejadores, próximo e da água”, revelou, dando ainda conta de que, anualmen- das raízes das plantas.
Brasmar com três produtos que são Sabor do Ano A Brasmar viu o Polvo Limpo Ultracongelado ser distinguido, pela quarta vez consecutiva, Sabor do Ano. A empresa de produtos do mar, que opera em Guidões, teve ainda mais dois produtos ganhar o mesmo estatuto: o polvo cozido ultracongelado e o bacalhau demolhado ultracongelado. A última distinção acabou por ser a cereja no topo do bolo, por ter sido a primeira vez. Com cinco unidades dedicadas ao bacalhau, a Brasmar especializou-se neste produto. Para o bacalhau salgado, cujo o processo é acompanhado desde a origem, em Alesund, Noruega, a Brasmar dedica ainda mais duas unidades, na Gafanha da Nazaré e em Vila Nova de Famalicão. O bacalhau demolhado é tratado na fábrica de Guidões, no concelho da Trofa, e em Léon, Espanha. “Esta distinção é o resultado da nossa estratégia em ser
a marca de referência em Polvo e Bacalhau no mercado português. O Polvo Brasmar é reconhecido Sabor do Ano desde o lançamento desta categoria, o que muito nos honra. Ser selecionado Sabor do Ano 2020 também em bacalhau é para toda a equipa motivo de orgulho e reconhecimento pelo trabalho que temos desenvolvido. Esta distinção reforça a nossa preocupação e compromisso com a qualidade e sabor dos nossos produto”, sublinhou Fátima Macedo, gestora da marca Brasmar. O polvo, elevado a produto-estrela da empresa, continua a ser uma “aposta estratégica”, traduzida no processamento e venda de “cerca de três mil toneladas” deste cefalópode. O polvo limpo ultracongelado é produzido em Guidões, enquanto o polvo cozido é processado em Logroño, Espanha.
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José Pedro Maia Reis Memórias e Histórias da Trofa
A Santa Eufémia em 1896 Atendendo a que, no fim de semana passado, ocorreu mais uma edição de uma das romarias mais importantes do nosso concelho e região, escrevendo obviamente sobre o S. Gonçalo, esta crónica, todavia, será sobre outra grande romaria da região em tempos idos que, infelizmente, tem perdido algum fulgor: referência para a Santa Eufémia. As festividades em honra de Santa Eufémia são uma das marcas da nossa cultura, elemento do nosso ADN que tanto nos orgulha, envaidece e se torna um dos cartões de visita da Trofa. Na presente crónica, iremos recuar quase 125 anos, até 1896, com as festividades nesse ano a decorrerem nos dias 19, 20 e 21 de setembro, que era a última romaria do ano e se iria realizar em torno da capela da festividade. Existem várias notícias neste momento da história que demonstram claramente a grande afluência de pessoas àquele arraial, demonstrando que era uma festividade bastante concorrida pela comunidade. Relativamente à mobilização de pessoas, importante referir que havia dias para diferentes públicos, apontando que, no sábado, a maioria dos romeiros que acorriam àquelas festividades eram de localidades próximas à beira-mar, referência certamente de Vila do Conde e Póvoa de Varzim. O dia de domingo era dedicado a romeiros vindos de outras paragens, inclusivamente do Porto e, obviamente, também de Santo Tirso. No último dia da festa, que era a segunda feira, era uma romaria praticamente destinada para rapazes e raparigas da região, que se apresentavam com as suas melhores roupas e também, certamente, com as melhores peças de ourivesaria. A “técnica” de namoro doutros tempos e o jogo da sedução no decorrer das festividades populares. Quantos dos leitores namoraram ou começaram a namorar durante estas festividades? A festa em honra de Santa Eufémia é um importante elo da nossa história, referência da nossa identidade que urge recuperar, mediatizar para voltar a ter a influência de tempos passados, sobretudo aproveitar a onda positiva deste turismo que invade no nosso país.
Mercadona já recruta para nova loja na Trofa “Encaramos 2020 como um ano de novas oportunidades e crescimento constante na Mercadona. Se procura emprego na Trofa temos a oportunidade certa para si!” É assim que começa o texto da página de internet da Mercadona dedicada ao recrutamento de colaboradores para a nova loja da Trofa, cuja data de abertura está prevista para 2020. O processo de recrutamento inclui ofertas de trabalho para tempo inteiro ou part-time para todas as funções na loja, concretamente talho, charcutaria, peixaria, pastelaria e padaria, perfumaria, caixas, reposição, fruta e legumes, pronto a comer, limpeza, carga e descarga. Pode consultar a página de recrutamento, no site da Mercadona, em mercadona.pt.
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Segunda derrota Sub-12 do CD Trofense fora complica contas Ficha técnica
O Clube Desportivo Trofense perdeu, na tarde de domingo, no terreno do líder Arouca, em jogo a contar para a 18.ª jornada da série B do Campeonato de Portugal. A equipa da Trofa esteve a vencer 0-1, com um golo madrugador de Grinood, ao segundo minuto da partida, mas o Arouca acabou por dar a volta e chegar ao 3-1. O empate também não demorou, com Fábio Fortes a faturar aos quatro minutos. Aos 14, Adélio Santos consumou a cambalhota no marcador, fixado aos 48, com o bis do mesmo jogador. Para o Trofense, que ocupa atualmente o antepenúltimo lugar
com 14 pontos, já são duas derrotas consecutivas e o sexto jogo seguido sem ganhar. Desta vez, o desaire representou mais do que a não obtenção dos três pontos, porque a distância para os adversários diretos aumentou. O Valadares, 14.º classificado e primeiro “aflito” venceu o “lanterna vermelha” Ginásio Figueirense e agora soma 19 pontos e o Amarante empatou a zero com o Paredes, seguindo com 17 pontos. No domingo, o Trofense recebe o Pedras Rubras, 11.º classificado (23 pontos). O jogo está marcado para as 15 horas, no estádio do clube da Trofa. C.V.
Depois de cumprir a série 2 do Campeonato Distrital da Associação de Futebol do Porto com uma performance satisfatória, terminando no 4.º lugar com 12 pontos, a equipa sub-12 do Clube Desportivo Trofense procura agora pela primeira vitória na fase seguinte, Divisão de Elite, na qual já cumpriu duas jor-
nadas, sem somar pontos. No último jogo, a formação da Trofa saiu derrotada do terreno do Serzedo, por 3-2. A equipa vai tentar pontuar no próximo encontro, diante do Montezelo, adversário que também ainda não pontuou. Miguel Ângelo é o treinador que, juntamente com o treinador
de guarda-redes Ricardo Araújo e diretores Miguel e Rui, tem como objetivo “promover a aplicação consciente dos comportamentos futebolísticos do futebol de sete previstos no modelo de jogo adotado e o desenvolvimento das capacidades coordenativas”.
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Ficha técnica Em cima: Miguel (diretor), Leite, Alves, Cruz, Andrade, Miguel Ângelo (treinador), Sampaio, Bigo, Leandro, Ricardinho e Renato (fisioterapeuta). Em baixo: Simão, Gabriel, Santos, Jota, Zaga, Moreira, Marco, Serra, Coroa, Pedro e Rogério
Escola de Atletismo promoveu Torneio de Pavilhão A Escola de Atletismo da Trofa, em parceria com a Associação de Atletismo do Porto e autarquia, promoveu, no domingo, 19 de janeiro, o 4.º Torneio de Atletismo de Pavilhão, na Escola Básica e Secundária do Coronado e Castro, em S. Romão do Coronado, que contou com a participação de 250 atletas de
14 clubes. A iniciativa, que se destinava a atletas nascidos entre 2007 e 2013 filiados em escolas e clubes do distrito do Porto, foi composta por uma série de provas em disciplinas como lançamento de bola medicinal, pentassalto, vai e vem de anilhas, turbo lançamento, cor-
rida de 30 metros, lançamento de peso, vai e vem com barreiras e estafeta mista. Desportivamente, o Centro de Atletismo do Porto foi o vencedor do torneio, seguido do Clube Futebol Oliveira do Douro e do Clube Desporto C+S de Lavra, que completaram o pódio.
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Desporto
Deolinda Oliveira vice-campeã nacional de estrada Deolinda Oliveira sagrou-se vice-campeã nacional de estrada, a 11 de janeiro, no Jamor. A atleta da Escola de Atletismo da Trofa (EAT) subiu ao pódio no escalão de veteranas F50, depois de uma corrida de dez quilómetros feita em 43 minutos e 30 segundos. Este foi o melhor resultado individual obtido pela coletividade na competição, que contou ainda com a participação de Ana Silva, 7.ª classificada em sub-23 (com tempo de 42:26 minutos), Júlia Sousa, 7.ª em veteranas F50 (48:46), Gabriela Pelicano, 25.ª em veteranas F45, Daniela Gregório, 29.ª em seniores, César Mar-
tins, 73.º em veteranos M40 e Jorge Costa, 98.º em veteranos M45. A equipa feminina, composta por Daniela Gregório, Ana Silva, Deolinda Oliveira e Júlia Sousa alcançou o 10.º lugar num universo de 28 equipas. No mesmo dia, no Torneio Regional de Lançamentos, em Lousada, a EAT esteve representada pelo juvenil Rúben Pinto, que conquistou o 4.º lugar em lançamento do dardo 700gr, com nova marca pessoal, 25,25 metros. No lançamento do dardo 500gr, as juvenis Sofia Santos e Ana Mota também melhoraram as marcas pessoais, alcançando o 7.º e 10.º
lugar, com 21,02 e 15,27 metros, respetivamente. A 19 de janeiro, a coletividade da Trofa marcou presença na mítica Meia Maratona Manuela Machado, em Viana do Castelo, com Júlia Sousa a terminar no 28.º lugar em veteranas F40 e Jorge Costa a concluir a prova no lugar 146, em veteranos M45. Nas provas extra da Associação de Atletismo de Braga, destaque para a participação da juvenil Sofia Santos, que ficou em 3.º lugar dos 60 metros barreiras, e do veterano Ludgero Moreira, 6.º classificado nos 60 metros e 5.º nos 200 metros. C.V.
Deolinda venceu no escalão de veteranos F50 Resultados Camadas Jovens CD Trofense Sub-19 CD Trofense 1-2 FC Marinhas Sub-17 C Penafiel 5-2 CD Trofense Sub-16 CD Trofense 5-1 FC Gaia Sub-15 Amarante FC 3-1 CD Trofense Sub-14 CD Trofense 6-0 AD Lustosa Sub-13 Amarante FC 5-1 CD Trofense Sub-12 CF Serzedo 3-2 CD Trofense 4.° Encontro de Traquinas “A” Complexo Desportivo Sobrado Sub-9 | Amarante FC 1-4 CD Trofense
Bougadense: sai Agostinho Lima, entra Tiago Velhos As contrariedades sucessivas e os resultados negativos levaram Agostinho Lima a apresentar a demissão do comando técnico do Atlético Clube Bougadense. O clube anunciou, na noite de terça-feira, Tiago Velhos, como substituto. CÁTIA VELOSO
Agostinho Lima, apresentou a demissão do cargo de treinador do Atlético Clube Bougadense, após a derrota em casa, no domingo, diante do Caíde Rei por 0-2. O técnico, que não quis comentar a sua saída ao NT, deixa de exercer funções num momento em que Bougadense segue no 13.° lugar, com 18 pontos, mais seis que a primeira equipa abaixo da linha de água, Estrelas de Fânzeres. Cabe agora ao novo timoneiro, Tiago Velhos, assumir o comando da equipa que, este fim de semana tem uma deslocação ao FC Lagares, 10.º classificado (23 pontos), em jogo a contar para a 18.ª
expectativas, com trabalho, muijornada da série 2 da Divisão de ta dedicação e pedir a competênHonra da Associação de Futebol cia dos jogadores”. “Todos juntos, do Porto. podemos tirar o Bougadense da si“Obrigado, mister Tiago Velhos por acreditar no nosso projeto”, tuação que está”, vaticinou. Cumprida que está metade do referiu a direção do clube em cocampeonato, Tiago Velhos espera municado nas redes sociais, onde uma segunda parte da competição anunciou a contratação e deixou uma mensagem de agradecimen- “difícil”, mas acredita que “com entrega e humildade”, será possível to a Agostinho Lima. “A direção queria agradecer conquistar “grandes feitos”. “Está na altura de arregaçar as mangas pelo seu profissionalismo, todo e os jogadores mostrarem seu real o empenho e todo o amor que valor, porque, de facto, o plantel tem por este clube, sabemos que continuará a ser um dos nossos”, tem imensa qualidade quer técnicas, quer humanas. Vou encapode ler-se. Tiago Velhos, de 39 anos, é na- rar este desafio com todas as minhas forças. Vou com tudo, não tetural de Vila Nova Famalicão, e foi escolhido para liderar o des- nho nada a perder e vou aproveitar ao máximo a oportunidade que tino da nossa equipa, trazendo com ele o preparador físico Ho- me foi proporcionada”, concluiu. Tiago Velhos é conhecido na rácio Gomes. Em entrevista ao NT, Tiago Ve- região pelo seu altruísmo. Foi ele lhos frisou que aceitou o convi- que ajudou o pequeno Eduardo Moreira, de S. Romão do Coronate do Bougadense “com enorme orgulho e satisfação”. Pela fren- do, a conhecer Cristiano Ronaldo, te, diz, terá “um desafio alician- em junho do ano passado. te”, esperando “corresponder às
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Paróquia de Guidões Fragmentos da sua génese
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Crónica especial
1.º Capítulo – Fundação Na margem esquerda da ribeira da Aldeia, no lugar da Igreja, muito perto da sua foz no rio Ave, nasceu a mui nobre e honrosa paróquia de Guidões em torno de um pequeno templo, rodeado de fértil vale e de encostas suaves verdejantes, em cujos outeiros cresciam carvalhos e sobreiros tapetado com viçosos matos molares e outra vegetação, delimitada a Norte pelo rio Ave, a nascente pelo Monte de S. Gens (S. Tiago de Bougado), a sul a paróquia de Alvarelhos e a poente o prolongamento do monte de S. Eufémia (Fornelo Vila do Conde) que morre a sul na margem do rio Ave. O Abade de Sousa Maia, no seu livro “Memórias de Guidões” de 1913 dá-nos uma imagem bucólica desta paróquia no início do século XX e o quanto isolada se encontrava, mas rica do seu historial e labor dos seus paroquianos e tece algumas conjecturas quanto à sua fundação. Faz uma descrição detalhada geográfica e dá-nos uma notícia importante que nos faz recuar o seu povoamento muito anterior à formação do condado Portucalense. Notícias de achados arqueológicos: “Archeologia.- O lavrador Francisco Ferreira da Costa Campos, rapaz curioso e inteligente, morador no logar da Aldeia, em Guidões, andava, ha poucos annos, a explorar pedra para vedações, no monte contigno á agra do Noval; e, ao fazer escavações para esse fim, encontrou soterrada uma parede, que mais tarde foi seguindo, até descobri-la por completo, reconhecendo ser o alicerce duma casa, de 77 palmos de comprido (N-S.) por 52 de largo (E-O). Remexido, em seguida, todo o entulho que se encontrava dentro das referidas paredes, bem como em volta dellas, até ao terreno nativo, appareceram varios cacos, telha de rebordo, muitos pêsos de tear de barro e alguns de pedra, fragmentos de ceramica antiga, uma pequenas pedras cavadas, em forma de cadinhos, carvão, areia fina, barro amassado, rojões de ferreiro ou escumalho e, finalmente, um objecto de ferro parecido com um chuço, que tambem poderia ser um escopro, se é que este instrumento teve algum dia alvado, em vez de espigão, que
lhe segurasse o respectivo cabo. …... E uma página da historia de Guidões estava ali, não longe do rio Ave, naquela habitação antiga, -da epoca luso romana- que fora uma grande officensem duvida, talvez o núcleo primitivo da industria predominante deste povo.” Destes elementos, concluímos: o povoamento destas terras recua muitos séculos antes da formação do condado Portucalense e, implicitamente, da formação de Portugal, mas a formação da paróquia surge já no século XII, alicerçada em torno de uma pequena igreja fundada por Ermesenda Gonçalves e seu marido Nuno Gonzalez de Lara Amaya. Esta paróquia, denominada Quitones, Guidonis ou Guydones em diferentes documentos medievais, nasce em torno de um pequeno templo edificado na margem esquerda da ribeira da Aldeia e é o Padre Agostinho de Azevedo que nas suas crónicas no jornal de Vila do Conde com o título “VELHARIAS” que refere o documento mais antigo sobre Guidões: “O documento mais antigo que se refere a Guidões é o nº XV publicado por João Pedro Ribeiro no Apêndice das suas Dissertações Cronológicas (tomo I) datado do ano 1046. Trata-se dum testamento feito por Transtina Pinioliz e Adozinda a favor de sua irmã D. Sancha quer do Mosteiro de Pedroso (que edificara com seu esposo Ederonio) quer de várias herdades e entre elas da vila de Alvarelhos as vilas chamadas Guidões (Guidonis) e Vilar, com o seu angulário e com a seara (os quais foram de S. Sarrazina) e metade da Igreja de Santa Maria, que lhe deram as filhas de D. Ederonio pela sua décima parte com sua autorização e Vila de Real e vila de Palmazarão, que compramos por escrituras (excepto o casal onde vive Martinho, que foi de Dona Eyia e Amarelo)... e a vila Cidoi (Zidoy) completa etc., .).” Neste documento é referenciado seara e ainda existe um campo com o mesmo nome propriedade da Casa Lopes. Vilar que o mesmo autor nos confirma ser o lugar de Vilar da paróquia de Guidões. Importa enfatizar que este documento do século XI é uma prova
que esta povoação era muito anti- até 1038 e de Unisco (Sisnandes) ga, todavia o documento mais re- Trastamires da Maia e casou com levante é apresentado pelo mes- Nuno González de Lara Amaya, mo autor na II crónica e descreve tomando o nome de Ermesenda a doação de metade do padroado González de Lara Amaya. Destas notas genealógicas fie assevera ser a doadora como a camos a saber que são os senhoedificadora da igreja: “Doação do Porto de metade do res da Terra da Maia os grandes padroado da Igreja de Guidões obreiros da fundação paróquias em 1168, pág. 68. «Eu Ermesen- e o mosteiro de S. Tirso. O Abade de Sousa Maia, no seu da Gonçalves em nome de Cristo, Faço texto desta escritura à Sé livro «Memórias de Guidões» de de Santa Maria Portucalense e a 1913 transcreve o mesmo docuvós D. Pedro por graça de Deus, mento: “Er. 1168 (aliás) Era 1198. Madio. bispo da mesma Sé e aos vossos Cónegos, em remissão dos meus Doação ao Bispo do Porto D. Pedro pecados e dos meus pais, carta de por Ermesenda Glz. De metade testamento, firme e perpétua de da Igreja de Guidoens, tinha edimetade da Igreja de S. João Gui- ficado com seu marido D. Egas,... dões (Guydones) que com o meu el super altare B. Marie supradicte Ecclesis imponho” marido edifiquei Faz as seguintes deduções: Faço testamento da referida “1º A epoca da fundação da igremetade dessa igreja e a concedo de acordo com o parecer e con- ja de Guidões, - meados do sécusentimento dos meus aos Bispos lo XII aproximadamente. - A data da doação (era 1198) corda Sé do Porto e Cónegos nela existentes, com os seus passais e responde ao anno de Christo de heranças, entradas e saídas, com 1160; ora pelo documento vê-se todas as suas rendas e com tudo que a doadora aparece só, sem o que lhe pertença e tenham pro- marido, que de certo já tinha falecido, e declara que com elle edifiveito etc.» A era deste documento é de cára aquella igreja. Supponho que 1168, mas João P. Ribeiro rectifi- essa obra tenha sido feita uns dez ca para 1198, que é a 1168 Cris- annos antes, temos aproximadamente o anno de 1150. to citada. 2º Os nomes dos fundadoresDesta doação de metade do padroado da Igreja de Guidões ao -D. Egas e sua esposa D. ErmeBispo do Porto em 1168, século zenda Gonçalves, que bem se XII, por Ermesenda Gonçalves da deprehende serem pessoas noMaia depreende-se ser esta famí- bres, são os fundadores da igrelia a fundar a Igreja que se torna- ja de Guidões. Além d'isto, póde presumir-se, ria na paróquia de Guidões. Importa realçar a linhagem des- pelo referido documento, que ta nobre senhora que era filha de Nossa Senhora seria primitivaGonçalo Trastamires da Maia, se- mente orago de Guidões, atengundo senhor das Terras da Maia dendo às palavras-super altare,
etc.; e ainda supor-se, com o fundamento que abaixo se mostra, que os herdeiros D. Egas ficariam na posse da outra parte da igreja, visto que D. Ermezenda só doava metade...” Pelos documentos apresentados e a árvore genealógica sabe-se que os fundadores são: Ermesenda Gonçalves da Maia que toma o nome do marido Nuno González de Lara Amaya, tomando o nome de Ermesenda González de Lara Amaya. O Dom João Egas, aludido pelo Abade Sousa Maia, foi, como veremos, Arcebispo de Braga entre 1245 e 1251 e como é óbvio não era casado com Ermesenda Gonçalves da Maia, porque esta viveu no século XII e este viveu no século XIII (inquirições de 1258). Existiu um D. Egas (Gomes de Sousa, senhor de Sousa, de Novelas e das Felgueiras) que casou com Châmoa – Gontinha Gonçalves da Maia, irmã da Ermesenda Gonçalves da Maia que não teve descendentes como afirma o José Matoso no seu livro “A Nobreza Medieval Portuguesa e família e o poder”. Estas notas sobre a fundação da paróquia de Guidões dão-nos a conhecer um pouco da génese e evolução deste cantinho atravessado pela ribeira da Aldeia que fertiliza os solos e proporciona aos Guidoenses uma riqueza ímpar: a agricultura e actividades pré-industriais associadas: na época lanifícios, serração de madeiras e moagem. Como anotação de rodapé gostaria de afirmar que estas notas soltas e desligadas entre si tem como objectivo despertar nos leitores a curiosidade pela nossa Identidade e no conjunto das crónicas poderemos redesenhar as nossas origens. Maiatos no ADN e na identidade, porque nascemos na antiga Terras do Lidador, mas com traços de personalidade e cultura muito próprio. Não sendo historiador, mas curioso, procurarei conciliar os trabalhos dos ilustres párocos, Sousa Maia e Agostinho de Azevedo, e documentar um pouco mais o vasto e importante trabalho já editado. José Manuel da Silva Cunha
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O NOTÍCIAS DA TROFA 23 de janeiro de 2020
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Solidariedade
Antigas estrelas voltaram a “jogar à bola” para ajudar APPACDM O físico já não é o mesmo, mas o talento mantém-se, apesar dos quilinhos a mais. A competição, porém, não entrava neste jogo que tinha antigas estrelas na quadra e os reis a aplaudir. O jogo realizado na noite de 10 de janeiro no pavilhão da EB 2/3 Professor Napoleão Sousa Marques acabou abafado por uma noite de futebol na televisão e muito frio, mas manteve o simbolismo que qualquer ato solidário encerra. Quem saiu a ganhar foram os utentes da APPACDM, instituição que a empresa Ludis escolheu para apoiar através da organização desta iniciativa que contou com a presença de antigos jogadores de futebol profissional, como Paulo Assunção, ex-FC Porto, Vandinho, ex-SC Braga e os trofenses Tiago Pereira e Gaspar, que apadrinharam o evento. Paulo Sampaio, representante da Ludis, referiu que a empresa tinha o propósito de “demonstrar que o futebol não tem a ver com as rivalidades que existem entre as
A ntigas estrelas juntaram- se para apoiar APPACDM “Acima de tudo, o que é imporpessoas e que a modalidade e os jogadores podem ajudar a socie- tante é que podemos fazer aquilo dade, neste caso uma instituição que poderíamos fazer mais vezes e que, por preguiça, não fazemos, que necessita de ajuda”. Em campo reencontraram-se que é ser solidário com quem preantigos colegas e adversários, cisa”, sublinhou o técnico. Já Tiago Pereira mostrou-se que fora dele eram acompanhados pelo treinador Manuel Cajuda. “sensibilizado” por ter sido con-
do aqui na Trofa, ainda melhor”, acrescentou. Para a APPACDM, o apoio concedido através deste jogo promovido pela empresa Ludis, será importante para fazer face ao grande desafio que há pela frente. “Neste momento, o nosso grande projeto é fazer a remodelação das instalações atuais. Já tivemos a boa notícia de obter o licenciamento por parte da Câmara Municipal, que foi inexcedível no apoio que nos concedeu. Temos uma candidatura ao Norte 2020, que nos vai apoiar em cerca de 20 a 25 por cento do valor necessário”, explicou o vice-presidente da APPACDM, dando ainda conta de que este jogo solidário “foi o pontapé de saída de uma camvidado a apadrinhar a iniciativa panha mais vasta” de angariação e aproveitou para apelar “aos tro- de fundos junto da comunidade. A APPACDM tem cerca de 50 fenses que, com pouco que seja, contribuam para ajudar quem utentes divididos no Centro de Atividades Ocupacionais, no reprecisa”. Por seu lado, Gaspar, sublinhou gime de voluntariado solidário e estar “sempre disponível” para na empresa de reciclagem. C.V. “iniciativas deste tipo”. “Sen-
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Atualidade
Necrologia
Agenda
S. MARTINHO DE BOUGADO Manuel da Silva Pontes Faleceu no dia 8 de janeiro, com 81 anos. Casado com Maria Manuela da Silva e Sá
de Castro Faleceu no dia 14 de janeiro, com 84 anos. Solteira
Armindo Garcia Padrão Faleceu no dia 14 de janeiro, com 58 anos. Casado com Ana Maria de Sousa Abreu Ferreira Padrão
RIBEIRÃO Maria Lúcia da Costa e Sousa Faleceu no dia 10 de janeiro, com 91 anos. Casada com Joaquim Dias da Cruz
Funerais realizados por Agência Funerária Trofense, Lda. Gerência de João Silva
Manuel Oliveira dos Santos Faleceu no dia 15 de janeiro, com 58 anos. Casado com Maria Leonor do Vale Carneiro Olívia de Jesus Leal Faleceu no dia 16 de janeiro, com 90 anos .Viúva de Mário Jacinto da Silva Leal Alcino da Costa Ferreira Faleceu no dia 19 de janeiro, com 92 anos. Viúvo de Augusta Oliveira de Sá Laurinda da Silva Pereira Faleceu no dia 21 de janeiro, com 78 anos. Casada com Manuel Ferreira Sobral SANTIAGO DE BOUGADO Joviniano Ramos Maia Faleceu no dia 8 de janeiro, com 84 anos . Viúvo de Alice da Costa Moreira Maria da Conceição de Oliveira Azevedo Reis Faleceu no dia 18 de janeiro, com 72 anos. Casada com Manuel Marques Reis Joaquim Ferreira da Costa Faleceu no dia 21 de janeiro, com 84 anos. Viúvo de Jaquelina da Silva Freitas SANTO TIRSO Maria da Conceição Ribeiro
José de Sousa Cruz Faleceu no dia 10 de janeiro, com 81 anos. Casado com Olinda de Azevedo e Silva Angelina Ascenção de Araújo Faleceu no dia 14 de janeiro, com 86 anos. Viúva de José Pereira de Sá Carlos Alberto da Silva Castro Faleceu no dia 19 de janeiro, com 80 anos. Casado com Maria Amélia Pereira de Azevedo LOUSADO Maria da Conceição Alves de Carvalho Faleceu no dia 13 de janeiro, com 72 anos. Solteira Adelino Pereira da Silva Faleceu no dia 18 de janeiro, com 87 anos. Casado com Ermelinda de Araújo e Silva CABEÇUDOS Ricardo Eduardo da Costa Faleceu no dia 12 de janeiro, com 92 anos. Viúvo de Arlete de Araújo Sampaio BAIRRO Margarida da Silva Machado Faleceu no dia 6 de janeiro, com 82 anos. Viúva de José Maria Neto Funerais realizados por Funerária Ribeirense Paiva & Irmãos, Lda
Sudoku
Dia 23 19 horas: Espetáculo cultural cos Meninos Cantores do Municipio da Trofa na Junta de Freguesia de Covelas Dia 24 21 horas: Apresentação de candidatura de Amadeu Dias ao PS Trofa no polo de S. Martinho da Junta de Freguesia de Bougado Dia 25 21 horas: Encontro de Janeiras no Fórum Trofa XXI Dia 26 15 horas: CDTrofense x Pedras Rubras - Lagares x AC Bougadense
Farmácias Dia 23 Farmácia de Ribeirão Dia 24 Farmácia Trofense Dia 25 Farmácia Barreto Dia 26 Farmácia Nova Dia 27 Farmácia Moreira Padrão Dia 28 Farmácia de Ribeirão Dia 29 Farmácia Trofense Dia 30 Farmácia Barreto Dia 31 Farmácia Nova Dia 1 Farmácia Moreira Padrão Dia 2 Farmácia de Ribeirão Dia 3 Farmácia Trofense Dia 4 Farmácia Barreto Dia 5 Farmácia Nova Dia 6 Farmácia Moreira Padrão
Telefones úteis
Pintar
Soluções do Sudoku da edição anterior
Bombeiros Voluntários Trofa 252 400 700 GNR da Trofa 252 499 180 Centro de Saúde da Trofa 252 416 763//252 415 520 Centro de Saúde S. Romão 229 825 429 Centro de Saúde Alvarelhos 229 867 060 F icha T écnica Diretor: Hermano Martins Sub-diretora: Cátia Veloso Editor: We do com unipessoal, Lda. Redação: Cátia Veloso, Magda Machado de Araújo Colaboradores: Atanagildo Lobo, Jaime Toga, José Moreira da Silva, João Pedro Costa, João Mendes, César Alves, José Pedro Reis, Moutinho Duarte | Fotografia: A.Costa, Miguel Trofa Pereira (C.O. 865) Composição: Cátia Veloso e Magda Araújo | Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Lda., Rua de S, Brás, n.º 1 Gualtar, Braga| Assinatura anual: Continente: 18,50 euros; Extra europa: 88,50 euros; Europa: 69,50 euros; | Assinatura em formato digital PDF: 15 euros IBAN: PT50 0007 0605 0039952000684 | Avulso: 0,70 Euros | E-mail: jornal@onoticiasdatrofa.pt | Sede e Redação: Rua das Aldeias de Cima, 280 r/c 4785 - 699 Trofa Telf. e Fax: 252 414 714 Propriedade: We do com unipessoal, Lda. NIF.: 506 529 002 Nº Exemplares: 5000 | Depósito legal: 324719/11 | ISSN 2183-4598 | Detentores de 100 % do capital: Magda Araújo | Estatuto Editorial pode ser consultado em www.onoticiasdatrofa.pt | Nota de redação: Os artigos publicados nesta edição do jornal “O Notícias da Trofa” são da inteira responsabilidade dos seus subscritores. Todos os textos e anúncios publicados neste jornal estão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. É totalmente proibida a cópia e reprodução de fotografias, textos e demais conteúdos, sem autorização escrita.
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O NOTÍCIAS DA TROFA 9 de janeiro de 2020
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Atualidade
Santo Amaro em S. Mamede do Coronado
A primeira festa do concelho da Trofa celebra-se em S. Mamede do Coronado e é em honra de Santo Amaro, a 15 de janeiro. Durante todo o dia, os devotos desta paróquia e freguesias vizinhas, acorreram ao altar de Santo Amaro para cumprirem as suas promessas e assistirem aos atos religiosos que se cumpriram na Igreja Matriz. ANTÓNIO COSTA
Seguindo a tradição, os devotos de Santo Amaro rumaram, no dia 15 de janeiro, à Igreja Matriz de S. Mamede do Coronado, para cumprirem suas promessas. Manhã cedo, pela sete horas, estralejavam os primeiros foguetes para assinalarem o início da primeira eucaristia em honra do Abade Amaro. Durante todo o dia afluíram à Vila do Coronado cen-
tenas de romeiros para assistirem às missas em honra do santo. Pelas 11 horas, realizou-se a eucaristia solene, que foi presidida pelo ex-pároco Manuel Domingues e concelebrada pelo atual pároco Rui Alves e pelo padre José Ramos, das paróquias de Alvarelhos, Guidões e Covelas. Ao fim da tarde, realizou-se a última eucaristia em ação de graças em honra do santo abade. As festividades encerraram com a atuação do grupo cantares das janeiras. História e vida de Santo Amaro Amaro, ou Mauro, terá nascido em Roma, no século VI. Oriundo de uma família romana (era filho do senador Eutichio), os seus pais, aos 12 anos, entregam-no aos cuidados de São Bento, fundador da
Santo A maro é celebrado a 15 de Janeiro ordem dos Beneditinos, a fim de terminar a sua formação. O Patriarca Bento, reconhecendo em Amaro elevadas qualidades, em pouco espaço de tempo nomeia-o formador de jovens na escola anexa ao mosteiro do Monte Cassino. São Gregório viria a exaltá-lo por se ter distinguido no amor, na oração e no silêncio; deixou um grande testemunho de reconhecimento a Santo Amaro: certa vez um colega seu chamado Plácido, estava a afogar-se longe de todos, no açude de Subíaco. S. Bento teve a visão de perigo e pediu a
Amaro que fosse salvá-lo, dizendo: “Irmão Amaro, vai depressa procurar Plácido, que está prestes a afogar-se”. Amaro recebeu a bênção do seu superior (S. Bento), correu, andando sobre as águas sem se afundar, agarrou Plácido pelos cabelos e trouxe-o para a margem, salvando-o. São Bento haverá de incumbir Amaro da importante missão de difundir na Gália (França) a Regra de São Bento, o que executou nos primeiros 20 anos do século VI, vindo a fundar o mosteiro de Glanfeuil (Saint Maur-sur-Loire).
Rotary homenageia Miguel 7 Estacas O Rotary Club da Trofa vai homenagear Miguel 7 Estacas, no dia 27 de janeiro. A homenagem profissional será feita na reunião periódica do clube, no Restaurante Julinha, em Bairros. Depois desta iniciativa, os rotários preparam-se para a segunda sessão do 1.º Ciclo de Pales-
tras Saúde e Educação. Maria Elisa Domingues, jornalista, é a oradora que se segue a Manuel Sobrinho Simões, para falar do Serviço Nacional de Saúde e dos cuidadores informais. A sessão tem lugar no Fórum Trofa XXI, a 17 de fevereiro, às 21 horas.
Conta-se que, na Ordem Beneditina, Amaro foi encarado como o herdeiro espiritual de São Bento e possível sucessor deste na Ordem e assim aconteceu: quando São Bento foi para o Monte Cassino, Amaro sucedeu-lhe em Subíaco. As suas principais virtudes são: castidade, humildade, caridade e obediência à Regra da Ordem. Faleceu em 584. É invocado na cura de certas doenças: gripe, reumatismo, rouquidão, dor de cabeça, paralisia, males dos ossos ou de gota. É padroeiro dos transportadores.