Quinzenário | 11 de junho de 2020 | Nº 719 Ano 17 | Diretor Hermano Martins | 0,70 €
Trofa NÃO quer aterro
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José Malhoa animou S. Mamede do Coronado
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Santeiros candidatos às 7 Maravilhas de Portugal
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Ladrão de farmácia detido em flagrante Fé em Maria juntou fiéis em drive in pub
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O NOTÍCIAS DA TROFA
Atualidade CARTÓRIO NOTARIAL DA TROFA Extrato Notarial de Escriture Pública de "Justificação e Compra e Venda"
Propagação do vírus sem expressão na Trofa Em 15 dias, registaram-se na Trofa apenas três novos casos de Covid-19. Um crescimento quase nulo, que espelha a evolução positiva da curva epidémica, que tem vindo a diminuir na região Norte. Esta terça-feira, segundo o re-
latório diário da Direção-Geral da Saúde, havia no concelho 149 infetados contabilizados desde o início da pandemia. A Trofa é, de resto, um dos municípios da região menos afetados pela propagação do novo coronavírus, apresentando
menos casos que os vizinhos Vila do Conde (297), Santo Tirso (398), Vila Nova de Famalicão (404) e Maia (950). Em Portugal, estavam registados, no total, 35306 infetados, dos quais 21339 recuperaram e 1492 perderam a vida.
Rancho das Lavradeiras da Trofa CONVOCATÓRIA Convocam-se todos os associados do Rancho das Lavradeiras da Trofa para a Assembleia Geral Ordinária, a realizar no dia 27 de Junho de 2020, pelas 21,00 horas, na sua sede social, sita na Rua Celeiro Costa Campos, na Trofa, com a seguinte Ordem de Trabalhos: Ponto 1 – Leitura e aprovação da Acta da reunião anterior. Ponto 2 – Apreciação e votação das contas referentes ao ano de 2019. Se à hora marcada não se encontrar presente a maioria dos associados, a assembleia reunirá 30 minutos depois, com o número de associados presentes. Atendendo à situação actual, devido ao COVID 19, esta Assembleia irá ter presenças físicas e online. Os associados que pretenderem assistir à reunião via online, terão que se manifestar nesse sentido e com a devida antecedência. Trofa, 04 de Junho de 2020 O Presidente da Mesa da Assembleia Geral Aníbal Costa
Meteorologia
Certifico que por Escritura Pública de "Justificação e Compra e Venda", outorgada no dia 05-06-2020, neste "Cartório Notarial da Trofa", sito na Rua D. Pedro V, n° 527, freguesia de Bougado (São Martinho e Santiago), concelho da Trofa, exarada no Livro de Notas para Escrituras Diversas Número 31-E, a folhas 43 e seguintes, perante mim respetivo Notário, Tomás Machado Lima de Sausa Rio, compareceram como Outorgantes: Rosa Maria Ascensão da Silva, Número de Identificação Fiscal 200882228, e Adão Pinheiro da Silva, Número de Identificação com o Número de Identificação Fiscal 161000487, casados entre si sob o regime da comunhão de adquiridos, ele natural da freguesia de Coronado (São Mamede), concelho de Santo Tirso, ele natural da freguesia de Soalhães, concelho de Marco de Canaveses, residentes na Rua Nova das Fontes, n° 108, Coronado (São Romão e São Mamede). Trofa. E declararam que a Outorgante mulher é dona e legitima possuidora, com exclusão de outrem, do Prédio Rústico, denominado "Campo do Tojeiro", omisso Poente com Caminho, do Nascente com Agostinho Moreira; inscrito na matriz é nem se confunde com o pre- na "Conservatória do Registo Predial da Trofa", composto por terreno de cultura com videiras em ramada, sito em Fontes, na união das freguesias de Coronado (São Romão e São Mamede), concelho da Trofa, com a área de 1.100 metros quadrados, a confrontar do Norte com Guilhermino Sousa Vieira, do Sul e do sob o Artigo 527 o qual proveio do Artigo 608 da extinta freguesia de Coronado (São Mamede). Que o Prédio Rústico atrás identificado não é nem se confunde com o prédio descrito sob o número 125 da freguesia de São Mamede do Coronado. Que pela presente Escritura Pública a Outorgante mulher vem justificar al aquisição do referido imóvel, que não está registada a seu favor, sendo que nãol é detentora de qualquer título formal que legitime o dominio do mencionado imóvel, que ora justifica, que veio sua posse no estado de solteira, maior, por partilha meramente verbal por óbito de seus pais, Armindo Martins da Silva e Clarinda Barbosa de Ascensão, casados que foram sob o regime da comunhão de adquiridos, residentes que foram no Lugar das Fontes, São Mamede dol Coronado, Santo Tirso; partilha essa efetuada no ano de 1990, em dia do més de fevereiro, que já não consegue precisar, nunca tendo formalizado o respetiva contrato por Escritura Pública. Que desde esse ano, ou seja há mais de 20 anos, entrou na posse do imóvel, e de imediato o ocupou e passou a usufrui-lo, vedando-o, semeando-o, plantando-o, colhendo os respetivos frutos e lenha, limpando-o se necessário, isto é, gozando de todas as suas utilidades e beneficios por ele proporcionadas; sendo que sempre administrou o bem com o conhecimento de toda a gente, sem qualquer interrupção, sem oposição de quem quer que seja, e com o ânimo de quem exerce direito próprio, ou seja, exercendo essa mesma posse de forma pública, continua, pacifica, e de boa-fé. Que dadas as caracteristicas de tal posse, invoca a aquisição do imóvel por Usucapião, justificando o seu direito de propriedade, para efeitos de primeira inscrição na "Conservatória do Registo Predial da Trofa", dado que esta forma de aquisição não pode ser comprovada por qualquer outro titulo formal extrajudicial. Está conforme. Trofa e Cartório Notarial, 05-06-2020. O Notário, Tomás Machado Lima de Sousa Rio
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Atualidade
Ladrão de farmácia na Trofa em prisão preventiva Ficou em prisão preventiva o homem que assaltou uma farmácia, no centro da cidade da Trofa, a 25 de maio. É suspeito de roubar em 16 estabelecimentos dos distritos de Braga e do Porto.
GNR resgata tartaruga que nadava em curso de água na Trofa O Comando Territorial do Porto da Guarda Nacional Republicana, através do Núcleo de Proteção Ambiental (NPA) de Santo Tirso, resgatou, uma tartaruga de orelhas vermelhas, no concelho de Trofa, a 28 de maio. “Após uma comunicação a informar que uma tartaruga se encontrava num pequeno curso de água de caudal reduzido, os militares da Guarda foram ao local tendo-a recuperado. Após análise da condição do réptil, foi possível verificar que não apresentava qualquer tipo de ferimento, pelo que o mesmo foi entregue no Parque Biológico de Gaia”, pode ler-se no comunicado enviado pela GNR. A tartaruga de orelhas verme-
lhas é a subespécie Trachemys Scripta Elegans, nativa dos Estados Unidos da América, mas hoje é encontrada em vários locais do mundo. Animal aquático de tamanho médio, varia entre dois centímetros, ao sair do ovo, e 30,5 centímetros, na fase adulta. É facilmente reconhecível pela faixa vermelho-alaranjada que apresenta nos dois lados da cabeça e pela carapaça ovalada. Estes animais, em cativeiro, podem viver até 40 anos. Os mais novos exibem manchas e um casco de cores vibrantes. Conforme envelhecem, a cor do casco tende a escurecer e as manchas, inclusive as faixas vermelhas, a esmaecer.
Ainda a noite de 25 de maio não tinha caído, quando um homem, de mota, parou em frente à farmácia situada junto à rotunda do Catulo, e entrou no estabelecimento, com o objetivo de o assaltar. Aproveitando que, à entrada, nenhum funcionário se encontraria no balcão, o indivíduo dirigiu-se para as caixas, de onde terá retirado cerca de mil euros em dinheiro. Quando foi confrontado com os funcionários da farmácia, ameaçou-os com uma faca e colocou-se em fuga. Assim como neste local, o modus operandi foi repetido em várias farmácias dos distritos de Braga e do Porto, mais precisamente 16. Circulando num motociclo, o ladrão parava junto da farmácia e entrava com o capacete na cabeça, ameaçando os funcionários com uma arma branca. Com a sequência das ocorrências, o Núcleo de Investigação
GNR deteve indivíduo em flagrante Criminal de Santo Tirso, da Guarda Nacional Republicana, foi seguindo as pistas deixadas pelo ladrão em cada assalto, acabando por detê-lo, em flagrante, a 5 de junho, quando se preparava para consumar mais um assalto, desta vez numa farmácia em Pedome, no concelho de Vila Nova de Famalicão. Depois do assalto na Trofa, terá pintado a mota de outra cor, assim como o capacete, mas a tentativa
de despistar as autoridades saiu gorada. Ambos foram apreendidos na sequência das diligências da GNR, assim como duas doses de canábis, um telemóvel e 190 euros em numerário. Presente a primeiro interrogatório no Tribunal de Instrução Criminal do Porto, o detido, com antecedentes criminais pela prática de crimes da mesma natureza, ficou sujeito à medida de coação de prisão preventiva.
Identificado por furtar gasóleo Na madrugada de terça-feira, 9 de junho, a Guarda Nacional Republicana identificou um homem, de 40 anos, residente na Trofa, que estaria a furtar gasóleo das máquinas que estão a ser utiliza-
das para repavimentar a Estrada Nacional 14, entre a Rotunda do Conhecimento e o estádio do Clube Desportivo Trofense. Ao indivíduo foi apreendido o bidão e a mangueira que estariam
a ser usados para furtar o combustível. É suspeito de outros furtos, nomeadamente a um estaleiro de obras existente na Trofa, ocorrido há cerca de uma semana.
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O NOTÍCIAS DA TROFA
Atualidade
José Calheiros
Escrita com Norte
DR
Massificação
Santeiros de S. Mamede candidatos às 7 Maravilhas da Cultura Popular “Se há alguma coisa simbólica que a Trofa possa ter e que faça parte da sua identidade é este ofício e a Arte Sacra, que é uma bandeira deste concelho”. As palavras foram proferidas por Napoleão Ribeiro, do Gabinete do Património Cultural da Câmara Municipal da Trofa, a propósito do primeiro encontro “O Centro de Produção de Arte Sacra do Vale do Coronado”, que decorreu em março de 2017, na Quinta do Comendador, em São Mamede do Coronado. A afirmação ajuda, por isso, a explicar a candidatura desta arte ao concurso 7 Maravilhas da Cultura Popular, que decorre até 5 de setembro, dia da final onde serão anunciados os sete vencedores. Este mês, foram anunciados os sete candidatos por distrito. No Porto, os santeiros de S. Mamede competem com as rendas de
bilros (Vila do Conde), a filigrana de Gondomar, as festas do Senhor de Matosinhos, a Bugiada e Mouriscada de Sobrado (Valongo), as Rusgas ao Senhor da Pedra (Vila Nova de Gaia) e a Cavalhada (Penafiel). Seguem-se agora as eliminatórias regionais, em antena a partir do dia 6 de julho na RTP1 e RTP Internacional. Estas 20 finais regionais correspondem a 20 programas em direto, a transmitir no mês de julho, a partir dos municípios mais pequenos que estiverem a concurso, onde serão diretamente apurados os 20 vencedores, através do maior número de votos populares. Posto isto, é expectável, então, que a final regional do Porto se realize na Trofa, o município mais pequeno entre os candidatos da região. Segue-se um programa de re-
pescagem, a realizar no dia 16 de agosto, onde o voto popular decidirá quais os oito repescados, a partir dos 20 segundos classificados nas finais regionais. Estes 28 semifinalistas serão distribuídos por critérios de proximidade geográfica, em duas semifinais, que irão apurar os 14 finalistas, a realizar nos dias 23 e 30 de agosto. A 5 de setembro será efetuada a declaração oficial das 7 Maravilhas da Cultura Popula, no prime time da RTP. Desta arte que fez de S. Mamede do Coronado um dos maiores centros produtores de imaginária religiosa em Portugal, durante o século XX, destacam-se individualidades como José Ferreira Thedim, que esculpiu, em 1920, a imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima, que se encontra na Capelinha das Aparições. Em 1947, Thedim elaborou uma segunda imagem – a Virgem Peregrina que está colocada na Basílica de Fátima – com melhoramentos relativamente à primeira -, de acordo com as indicações da irmã Lúcia. Da arte sacra nasceram outros artistas, como Alberto Carneiro, Alberto Vinhas, Avelino Vinhas, Manuel Santos, Boaventura Matos, Alberto Vieira de Sá, Fernando Duarte, Jorge Brás, Augusto Ferreira, Zacarias Tedim, Mamede Bianchi Thedim, Manuel Moreira e Altino Oliveira.
Tinha o sonho de ser um comando, daqueles que destroem exércitos inteiros…até ir para aquela escola! Nessa escola fiz dois amigos para a vida, o António, que queria ser palhaço, e o Joaquim, que queria ser girafa no Jardim Zoológico (apesar da baixa estatura, ele tinha muito jeito para imitar as girafas). No primeiro momento dentro da sala de aulas, a professora, de farda cinzenta, sem maquilhagem e traços rudes, que quase se confundia com um homem, disse-nos: - Se tendes sonhos, é melhor secá-los. Ides ser todos iguais. Durante os anos foi-nos ensinada a imoralidade da individualidade, de ter sonhos e de alcançá-los. Impuseram-nos uma felicidade baseada no medo do sucesso (fosse material ou não). Apesar do meu sonho de menino, aquelas primeiras palavras de há sessenta anos atrás foram um consolo! Como fiquei com medo de ser bem-sucedido, deram-me a mim e aos outros, naquela escola, o conforto da mediocridade. Nunca ninguém se destacou, nem o que estudava e tirava boas notas, nem os calaceiros (aquilo em que me tornei), com as suas notas suf -. Não havia mais bonitos e mais arranjados, o pentiadinho tinha o mesmo sem brilho que aqueles que não tomavam banho. Disse à minha mãe que não precisava de comprar mais perfume, nem pentes para me aprumar logo pela manhã! Por isso e com o passar do tempo, de mais bonito, passei a ser mais um, que namorou com mais uma…e deixámos de ter nome e uma imagem, mas deram-nos uma farda e ficámos todos iguais. Com dificuldade distinguia a rapariga de quem gostava, quando estava junta com as amigas! Ainda hoje tenho dúvidas se a miúda a quem pedi em casamento e hoje é mãe dos meus cinco filhos é a rapariga de quem gostava! Mas também não faz mal, eram todas muito parecidas e interessantes da mesma maneira. As conversas que tinha com uma ou com outra ou até com outro eram todas iguais. Pensávamos o mesmo sobre os mesmos assuntos, tanto naquilo com que concordávamos, como naquilo que nos indignava ou aquilo a que simplesmente encolhíamos os ombros, tudo aprendido do mesmo manual e ensinado pela mesma professora! Não sei o que é discordar dos meus camaradas, denominação ensinada na escola, e nunca discuti com a minha mulher…apesar das dúvidas que ainda tenho sobre ela ser a certa! Para matar saudades e tentar confirmar quem é aquela que tenho em casa, por vezes olho para uma fotografia de grupo tirada naquele tempo, salvo erro no quarto ano, todos simples, como se quer, apesar de um simplório destoar, o mesmo corte de cabelo, a mesma expressão zangada (aprendida nesse ano) e cinzenta (aprendemos a não sorrir no terceiro ano). Não distingo ninguém, aliás minto, vejo um de nós a esticar o pescoço, e aposto que é o Joaquim, que no seu íntimo nunca deixou de querer ser girafa…era um rebelde. Partilhávamos o mesmo quarto e durante a noite ele ousava sonhar com cores, quando, ainda no primeiro ano, aprendemos a sonhar entre o cinzento e o preto. O que no início me assustou e depois me consolou, foi que o “MAIS” valia o mesmo que o “MENOS”!
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Atualidade
João Mendes
Feira semanal em pleno “decorreu de forma segura” CRÓNICA
Sérgio Humberto: Presidente da CM da Trofa ou comercial da R esinorte? Eu tenho um sonho. Não é um sonho impossível, é certo, mas, devido a certas e determinadas limitações, ainda não é exequível. Esse sonho passa por adquirir um terreno em Covelas, que nem precisa de ser muito grande, onde construiria uma pequena casa com árvores de fruto, uma horta e animais. Uma casa no campo, a dois passos do centro do concelho e da cidade do Porto, onde viveria em sossego, em contacto com a natureza e onde o meu filho poderá correr e sujar-se, e eu poderia ter o meu próprio tasco, por altura do São Gonçalo. Materialmente falando, este é o único sonho que tenho, e que espero vir a concretizar. Lamentavelmente, o meu sonho foi recentemente colocado em causa, devido a uma das principais causas de retrocesso neste país: a nossa classe política. Por algum motivo, ao qual ainda sou alheio, o executivo camarário andou durante cerca de dois anos a negociar a instalação de um aterro sanitário na freguesia de Covelas, nas costas de todos os trofenses, entre os quais se inclui o presidente da junta, Feliciano Castro, bem como os restantes membros do executivo e eleitos por Covelas, a larga maioria dos quais militantes dos partidos que governam a Trofa. Nenhum foi tido nem achado e, a julgar pela conduta do executivo neste processo, pudessem eles e ainda continuaríamos todos na ignorância, enquanto a negociação seguia nas nossas costas. O executivo, bem como a sua claque nas redes sociais, tentou imediatamente virar o bico ao prego, assim que as suas intenções foram conhecidas. E as suas intenções são claras: trazer o aterro sanitário para o concelho, instalá-lo em Covelas e beneficiar das contrapartidas que andou a negociar nas costas dos trofenses durante mais de dois anos. No áudio que circula nas redes sociais desde Domingo, referente à reunião entre o executivo e os eleitos por Covelas, a 21 de Maio, a intenção do presidente Sérgio Humberto (SH) é clara como a água, quando diz que “a Resinorte tem interesse, o Município da Trofa também tem interesse”. Pena que o autarca confunda a sua vontade, e a dos seus quatro companheiros do executivo, com a do município. Seria mais correcto dizer que “o executivo também tem interesse”. Porque o município somos todos e eu estou absolutamente certo de que a esmagadora maioria dos trofenses não tem interesse na vinda de um aterro sanitário para o nosso concelho. Se a vinda do aterro, como refere SH, se justifica com o abater de uma dívida à Resinorte, então a alternativa passará por encontrar mecanismos de gestão que permitam encontrar uma alternativa para o pagamento dessa dívida. Para quem tanto gosta de pavonear o (alegado) milagre financeiro, estou certo de que não será difícil encontrar essa solução. É, aliás, para isso que lhes pagamos os salários principescos que auferem, e que, de outra maneira, nunca receberiam: para trabalhar e encontrar soluções. No entanto, no já referido áudio, SH assemelha-se mais a um comercial da Resinorte do que a presidente da CM da Trofa, tal é a forma apaixonada como defende a vinda de um depósito de lixo para o concelho que governa, dedicando-se, com o afinco de um político em campanha eleitoral, a desvalorizar os impactos negativos da instalação do aterro. Seja porque “não tem impacto na população, zero!”, o que é mentira, seja porque “não tem impacto para as linhas de água”, o que também é mentira, SH socorreu-se de todas as artimanhas ao seu alcance para tentar convencer os eleitos por Covelas a embarcar no sonho de ter uma fábrica de maus cheiros, ratos, gaivotas, baratas, solos e linhas de água contaminadas ao lado de suas casas. E, perante a resistência de alguns dos presentes, a hostilidade e autoritarismo com que os tratou, diz tudo sobre a postura de alguém que, em jeito de remate, chega mesmo a afirmar que “voltava a fazer a mesma coisa”. SH pode fazer quantos comunicados quiser, despejar camiões TIR de areia nos nossos olhos ou fazer-se de vítima nas redes sociais, mas a sua intenção inicial é clara e não deixa margem para dúvidas: SH quer um aterro sanitário na Trofa. E só recuou porque foi apanhado.
F eira retomou atividade plena a 6 de junho “Tudo decorreu de forma segura e de acordo com as regras definidas no plano de contingência elaborado por esta autarquia em estreita colaboração com a autoridade local de saúde”. Foi desta forma que a Junta de Freguesia de Bougado fez o balanço da retoma, em pleno, da feira semanal, a 6 de junho.
mos terão ainda de usar, obrigatoriamente, luvas. “Os feirantes devem providenciar uma barreira física de forma a assegurar um distanciamento mínimo de um metro entre o consumidor e a banca de exposição dos artigos”, sublinhou a Junta de Freguesia, adiantando que “os produtos alimentares só podem
ser manuseados pelos feirantes e seus colaboradores”. Depois da primeira experiência, a Junta de Freguesia de Bougado quis “agradecer a forma civilizada e a total compreensão, por parte de feirantes e clientes, que seguiram todas as instruções e recomendações”.
CÁTIA VELOSO
Jornal O Notícias da Trofa - Edição 719 - 11-06-2020
Responsável pela gestão da feira, a Junta de Freguesia preparou o espaço para que as regras emanadas pela Direção-Geral da Saúde sejam cumpridas, durante a pandemia. Uma delas é a proibição de estacionamento dos consumidores no terrado da feira. Em alternativa, o terreno do “Parque da Samogueira” está disponível, gratuitamente, para esse efeito. No dia da feira, o terrado está vedado e existem apenas dois pontos de entrada e saída, um junto ao secretariado da Junta de Fregueia e outro em frente à escola. “As entradas serão controladas por agentes de segurança privada e sujeitas ao cumprimento dos limites de lotação do espaço impostos por Lei”, avisou a Junta de Freguesia, que sublinha que a fiscalização e sensibilização serão feitas em coordenação com “as autoridades policiais”. Os feirantes terão de disponibilizar aos clientes solução antisséptica de base alcoólica e é obrigatório o uso de máscara para consumidores e feirantes. Estes últi-
ANÚNCIO SCA – SERRALHARIA CENTRAL DE ALVARELHOS, LDA., NIPC 504 554 395, sociedade comercial com sede na Avenida de S. Gens, n°. 1331, freguesia de Alvarelhos e Guidões, Trofa, torna público, nos termos do artigo 258°. n°. 2 do Código de Processo Civil, que revogou a procuração outorgada em 16/05/2014 a favor do Sr. RODRIGO QUEIRÓZ DE ARAÚJO, residente na Avenida de S. Gens, 1331, 4745-030 Alvarelhos.
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Atualidade
Criado movimento para pôr a Trofa a meditar
Meditar na Trofa é o vimento “Meditar na Tronome do projeto que foi fa” tem promovido sessões criado por um grupo de com práticas de respiração pessoas que, de forma al- e meditação todas as terçastruísta, pretende ajudar a -feiras, das 19h15 às 20h00, população a tirar partido na sede dos escuteiros de S. da meditação e das técni- Martinho de Bougado, junto cas de respiração. As ses- à Igreja Nova da Trofa. sões são gratuitas e acon“É um movimento livre tecem à terça-feira. CÁTIA de cidadãos trofenses, sem qualquer filiação ou orgaVELOSO nização, que promovem e Nasceu um projeto co- pa rti lha m sema na lmenmunitário, que pretende te práticas de respiração e “abrandar” os trofenses. meditação inspiradas em Com ordem para “parar, diversas filosofias tal como respirar e observar”, o mo- o yoga, budismo, mindfull-
ness, etc”, explicou ao NT é obrigatório participar na aula sentado de pernas cruHelena Areal. A participação é gratuita zadas e que até é possível o e quem quiser experimen- uso de cadeiras para a prátar só tem de comparecer tica. Também não é precie cumprir algumas regras so experiência prévia de impostas pela pandemia, meditação nem nenhuma como o uso de máscara (até condição física em espeao momento da aula e à saí- cial. “Basta vontade e corada) e gel desinfetante. Le- ção aberto”, sublinham os var um tapete (ou em substi- mentores do projeto. Se quiser participar, já tuição uma toalha) ou almofada para sentar também é sabe, na próxima terçaaconselhável. Nas redes so- -feira, 16 de junho, a sede ciais, se tem dado a conhe- dos escuteiros de S. Marcer e a promover as aulas, o tinho abre às 19h15 para o movimento explica que não receber.
Motociclista ferido depois de colisão rodoviária Um homem sofreu ferimentos na sequência de um acidente na Rua Cesário Verde, na noite de 2 de junho. O alerta chegou cerca das 21h45 aos Bombeiros Voluntários da Trofa, que no local se depararam um homem com ferimentos leves na cabeça, depois de a mota na qual circulava ter sido colhida por um automóvel que terá entrado em contramão, na zona da passagem para peões, com o obejtivo de estacionar junto ao prédio do lado contrário de onde circulava. Depois de assistido no lo-
Acidente provocou ferimentos num homem cal, o motociclista foi transportado para a unidade de Vila Nova de Famalicão do
Centro Hospitalar do Médio Ave. A Guarda Nacional Repu-
blicana esteve no local a registar a ocorrência.
Correio do Leitor “Mas quem será o pai da criança?” A manifestação do Movimento Contra o Aterro na Trofa no centro da Trofa no último sábado de Maio foi um dos maiores exemplos de cidadania e democracia popular demonstrada pelos Trofenses desde a luta pelo concelho. Uma manifestação caracterizada pela sua excelente organização e unidade, a manifestação contou com perto de duas centenas de populares em plena pandemia, respeitando, no entanto, todas as orientações da Direcção Geral de Saúde. Sabem agora, aqueles que querem trazer o Aterro para a Trofa, que podem contar com um povo que está atento, e que se organiza para defender os seus direitos e a sua terra, pois sabemos, se um aterro é anunciado de uma dia para a outro para Covelas, sem o próprio presidente da Junta saber, nenhum Trofense, dos Bougados aos Coronados pode agora dormir descansado, quando na política Trofense o corno é sempre o último saber. É uma visão de democracia e de política que este executivo municipal nos habituou, de tiques autocráticos, de quem pensa que têm o rei na barriga e governa com direito divino. O comunicado da Câmara Municipal da Trofa acusa de interesses políticos obscuros e de acções partidárias criadas artificialmente no seio do Movimento Contra o Aterro na Trofa, isto porque estamos a pouco mais de um ano das eleições autárquicas. Não nos venham falar de interesses partidários obscuros quando os nossos interesses são bem claros, estando ao lado das populações, na defesa da nossa terra e ao seu lado na organização desde a primeira hora. Será algo a que eles não estarão habituados a fazer. Foi feito um apelo para que todos os partidos e representantes, de todos os quadrantes da sociedade civil, lutassem em unidade, nesta que não é só uma luta de Covelas, mas sim de toda a Trofa, onde até o Padre se fez representar. Deputados da Assembleia da República, de todas as principais forças políticas falaram à população, mas não houve ali comício nenhum. No entanto, os únicos que apareceram identificados foram a JSD- Juventude Social Democrata, com uma faixa própria, entrando em contradição com o que eles próprios afirmam, tentando capitalizar e salvar a reputação no meio da manifestação Com isto tentam-nos dividir para reinar, estimulando divisões ao acusar de políticas e politiquices, mas foi a força de todo um povo, organizado e unido que os isolou e derrotou a todos quantos queriam trazer pela calada um aterro para o nosso concelho. Quem afirmou que não valia a pena lutar, que as manifestações não servem para nada, desconhecem a história do próprio concelho, que foi forjado com a luta de milhares de Trofenses, indo até às escadarias da Assembleia da República para o conquistar. As contrapartidas para a freguesia de Covelas pela vinda do aterro sanitário que o comunicado enumera como a melhoria nas infraestrutura de abastecimento de água ou requalificação de vias, entre outras, são muito necessárias, mas não podem ser feitas a troco de um aterro sanitário, o progresso não se vende e o bem estar da população de Covelas não está á venda por dois milhões ou por nenhum valor. Não há Trofenses de primeira e Trofenses de segunda. Agora a estratégia do executivo municipal passa por limpar as mãos do sucedido e fazer como o avestruz, enfiar a cabeça na areia e fingir que não é nada com eles. Pariram um filho, o aterro, que agora não o querem assumir, acusam os vereadores do PS de estarem presentes na concepção do filho e atiram agora a responsabilidade ao padrinho, o Ministro do Ambiente. Afinal, quem é o pai da criança? Hugo Devesas Membro da Comissão Concelhia do PCP da Trofa
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Religião José Pedro Maia Reis Memórias e Histórias da Trofa
As festas de Nossa Senhora do Rosário em 1898 Decorria o mês de setembro de 1898, vai para 122 anos de avanço temporal e na freguesia de Santiago de Bougado comemorar-se-ia mais uma festividade religiosa, uma prática bastante comum para aquele tempo. A festividade iria decorrer entre 14 e 15 de setembro em honra a Nossa Senhora do Rosário com essa festa a decorrer na Igreja Paroquial de Santiago de Bougado. Atendendo a ser uma festa em que o santo não tem capela ou igreja própria e é encarado como figura central, poderá dar aso a interpretações que seria uma festa pequena, sem grande expressividade e até mesmo simbólica. Uma festa que não iria ter somente a sua vertente religiosa, mas também a profana e lúdica, com atuação de duas bandas de música, sendo uma delas da Póvoa de Varzim. Esta festa, que em Portugal é de. Entretanto, cerca do ano 1264 tir de 1270 esta festa estende-se a A vertente profana também não tinha espaço, aliás, não tinha oportunidade para muito mais, devido às condicionantes de divertimento vulgarmente chamada de Corpo terá ocorrido também o milagre todas as grandes dioceses da Aleda época, as presenças de bandas de música nas festividades eram de Deus (ou Corpo e Sangue de de Bolsena em que um sacerdote, manha, França e Itália. No nosso país esta solenidade constantes, tendo sobre si a responsabilidade de animar os presen- Cristo), é uma celebração católica no momento em que partia a Hósque ocorre anualmente na quinta- tia Sagrada, teria visto sair dela foi decretada no tempo de D. Dites nas festividades. A própria Igreja Matriz de Santiago de Bougado também estava ilu- -feira seguinte à festa litúrgica da sangue e que “ensanguentou” o nis, em 1282, embora haja notícias minada tanto no seu exterior como no seu interior, tendo sido um re- SSma Trindade. Corporal ( pano onde se apoiam o de celebrações desde o tempo de Em Portugal, é um dos feriados cálice e a patena durante a missa). D. Afonso III. conhecido artista na sua área, que as referências documentais aponNa atualidade, neste dia, costam como sendo de Rio Tinto o responsável por essa missão que iria mais importantes do calendário Então, o Papa Urbano determinou embelezar o largo da festa como também a própria igreja que é um religioso e significa, para os cató- que fossem trazidos para Orvie- tumam realizar-se procissões do licos, a celebração do mistério da do “em grande procissão no dia 19 “Corpo de Deus” em muitas cidaexemplo de arquitetura que conhecemos e outros reconhecem. Uma demonstração da importância da festa, comprovando que não Eucaristia. A Eucaristia é um dos de junho de 1264” sendo recebi- des e aldeias de Portugal (Contiera uma festa meramente simbólica também surge reforçada com a sete sacramentos e foi instituído dos solenemente pelo Sumo Pon- nental e Ilhas), a começar por Lisexistência de dois fogueteiros que iriam lançar fogo de artifício na pas- na Última Ceia, quando Jesus dis- tífice e levados para a Catedral de boa, Porto, Braga e outras. Em Penafiel além da vertensagem de 14 para 15 de setembro. A existência de dois é sinal da vitali- se: “ ...Este é o meu corpo...isto é Santa Prisca. dade económica das suas festividades que ao contrário de outras nesta o meu sangue...fazei isto em meEsta foi a primeira grande pro- te religiosa ( com uma majesfase da história tinham apenas só um e esse só por vezes nem existia. mória de mim...” cissão do Corporal Eucarístico de tosa procissão pela cidade) esA origem desta festa remonta ao que há memória. Depois desta jor- tão aliadas a esta festa a tradição No último dia de festa iria ocorrer uma missa solene, com um grande instrumental onde seria exposto o Santíssimo Sacramento, contan- século XIII. O papa Urbano IV, que nada, o papa instituiu oficialmente multissecular(desde 1540) do do para a realização dessa missão com a presença do Padre Azevedo à época era o cónego Tiago Panta- a festa de “Corpus Christi” em 8 Cortejo do Carneirinho e a Cavaque paroquia a freguesia de Macieira da Maia que seria contratado leão de Troyes, arcediago do ca- de setembro de 1264, atra- lhada. Na cidade vizinha de Vila para a realização desta atividade religiosa. Um reforço da importân- bido diocesano de Liége (Bélgica) vés da publicação da Bula Transi- do Conde realiza-se a Majestorecebeu o segredo da freira Julia- turus, determinando que a come- sa Procissão do Corpo de Deus, cia religiosa e reconhecimento destas festividades. Por último nesta festividade, a existência da tradicional procissão na de Mont Cornillon que teve vi- moração se realizasse na quinta- de 4 em 4 anos, que percorre as que se desconhece o percurso que ela tomava, apenas referência para sões de Cristo, formulando o de- -feira depois da Oitava do Pente- ruas principais da cidade, ornaa existência de 6 andores que tomavam parte em si, demonstrando sejo de que o mistério da Eucaris- costes, com grande solenidade, mentadas “ a rigor” com tapetes novamente a sua importância para a religiosidade da época, porque tia fosse celebrado com solenida- em todo o mundo católico. A par- de flores. seis andores é já um número bastante agradável num evento religioso deste género e concluindo, referindo que neste evento tinha a particular de estar inseridos bastantes anjinhos que era uma imagem de marca daquele momento. As bandas de música iriam ter novamente papel de destaque no domingo, atuando nas horas anteriores à realização da procissão como também deveriam tocar no término da procissão, sendo uma festa basDevido à pandemia de Co - às 17h15, a adoração ao Santíssi- 12h00, terminando com a Bênção tante animada com um programa cheio de atividades para aqueles dias e que certamente seria uma momento de confraternização para vid-19, não se cumprirá a tradi- mo Sacramento, numa oração que do Santíssimo. Da parte da tarcional procissão em honra do Cor- está dividida pelas aldeias da pa- de, há eucaristia às 19h00, numa a população local e vizinhas. po de Deus, entre as paróquias róquia. Às 17h30, decorre o Canto celebração ao ar livre, no Parde Santiago e de S. Martinho de de Oração de Vésperas e bênção que de Nossa Senhora das Dores, Bougado. solene do Santíssimo aos presen- que termina com com a bênção As paróquias decidiram, po- tes e à paroquia. do Santíssimo. rém, assinalar a efeméride, esta Em Alvarelhos, a procissão Na paróquia de S. Martinho quinta-feira, 11 de junho, com de Bougado, a festa do Corpo de do Corpo de Deus vai cumprircelebrações em que possam ser Deus será realizada da seguin- -se, também, de forma diferente, controlados os aglomerados. te forma: da parte da manhã, há com a passagem de um veículo Em Santiago de Bougado, há eu- uma missa às 7h00 na Igreja Ma- automóvel pelas principais ruas caristia às 9h30 e 12h00, na Igre- triz, seguindo-se a exposição do da paróquia, a partir das 17 horas. ja Matriz, seguindo-se, das 13h00 Santíssimo Sacramento até às
Festa de “Corpus Christi” (ou Corpo de Deus)
Celebrações do Corpo de Deus em Bougado e Alvarelhos
Renove a sua assinatura anual
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DR
Drive in Mariano
Alminhas de Ervosa estão a ser restauradas As alminhas de Ervosa estão a ser objeto de obras de restauro, uma vez que estavam em risco de derrocada. A empreitada foi decidida pela paróquia de S. Martinho de Bougado, depois de consultar a comissão fabriqueira. “Foi contactada uma empresa especializada nestes restauros, a empresa Dalmática. Assim, os elementos em granito foram retirados bem como os azulejos que estão nas oficinas dessa empresa para serem restaurados e, posteriormente, integrados no local com uma envolvente mais condizente com a importância das ditas alminhas”, explicou a paróquia em nota informativa. As alminhas de Ervosa são as mais antigas da Trofa e datam de 1772, tendo sido alvo de uma recuperação em 1940.
Centenas de pessoas, cumprindo o distanciamento social , participaram na celebração Em Bougado, o encerramento çou por explicar ao NT e Trofa- tivas. “A adesão das pessoas dedo mês de Maria deste ano foi fei- Tv, Luciano Lagoa, pároco de S. monstra uma certa fome das suas to de forma muito especial. Como Martinho. tradições, uma vez que foram arnão foi possível realizar as tradiPerante a vontade demonstrada redadas das celebrações da Páscionais peregrinações nem a pro- pelos fiéis, as paróquias avança- coa e do Mês de Maria”, apontou cissão de velas, a Imagem de Nos- ram então para um “drive in Ma- Luciano Lagoa. sa Senhora percorreu as princi- riano”, numa celebração campal e Por sua vez, Bruno Ferreira anopais ruas das paróquias de San- “seguindo todas as normas em vi- ta a emoção demonstrada pelos tiago e de S. Martinho de Bouga- gor”, complementou o pároco de fiéis à passagem da imagem de do, em veículos automóveis. No Santiago, Bruno Ferreira. Nossa Senhora. dia 31 de maio, o cortejo “motoriNuma pandemia que traz mui“Quisemos fazer um encerrazado” fez-se em forma de “cara- mento digno e que envolvesse tos constrangimentos e agruras, vana automóvel”, à qual participa- toda a gente, num desafio de fazer foi possível, no seio religioso, ram centenas de pessoas. cumprir o distanciamento social”. perceber-se situações positivas, O “encontro” das imagens peDepois do aconselhamento jun- como “a união das paróquias” e regrinas fez-se no recinto da fei- to das autoridades de segurança e “a grande capacidade de adaptara semanal. “Havia uma gran- proteção civil, as paróquias avan- ção dos paroquianos”, sublinhade preocupação em darmos o to- çaram para mais uma experiên- ram os sacerdotes. que final ao mês de Maio”, come- cia inédita, que superou expecta-
Datas definidas para comunhões Depois de adiar as comunhões que se realizariam este ano para 2021, a paróquia de S. Martinho de Bougado já definiu a data para estas festas. Através do boletim paroquial, e a “pedido de vários pais que querem uma data certa para estas festas de catequese”, anunciou que a primeira comunhão acontecerá a 30 de maio, enquanto a profissão de fé será celebrada a 27 de junho.
S. João vai percorrer ruas de Guidões Este ano sem a tradicional romaria que anima a freguesia, as festas em honra de S. João de Guidões vão cumprir-se sem a vertente profana, mas a nível religioso há celebrações. No dia 24 de junho, dia de S. João, o andor do santo popular viajará por todas as ruas de Guidões, a partir das
17 horas. Assinalando a procissão que acontece habitualmente, e que tem a participação de uma banda filarmónica, este périplo será realizado ao som do CD da Banda de Música da Trofa. Antes, às 8h00 e às 11h00, serão celebradas eucaristias.
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Padre, deputados, autarcas e população contra aterro de Covelas Os gritos de revolta são prati- digna de um espetáculo de concamente unânimes entre os Co- torcionismo o presidente da Câvelenses: Não ao Aterro; Cove- mara deu o dito pelo não dito e las não está à venda, são apenas apenas um dia antes da manifesalguns dos slogans que se veem tação lançou um comunicado, ganas faixas de protesto, que se rantindo que a Câmara está conouvem nas conversas e se leem tra o aterro, desdizendo o que dunos perfis e páginas de face- rante mais de dois anos “negobook desde que foi conhecido ciou com a RESINORTE”.No coo “negócio” entre a Câmara da municado de sexta-feira, a CâTrofa e a RESINORTE que qui- mara da Trofa refere ainda que, seram presentear a Freguesia “independentemente da emissão com um aterro sanitário, que do parecer prévio não vinculatiao longo de dois anos e em se- vo” do município, a unidade “pogredo foi sendo negociado nas derá avançar, se o Estado Central contas da Junta e da população. assim o entender, e nesse cenário o aterro poderá ser construído” “Na semana passada [a CâmaFoi ao som de buzinadelas de viaturas, e até de vuvuzelas que ra] dizia ao contrário [que o atercentenas de pessoas se manifes- ro iria avançar]. É uma pouca vertaram no Parque Nossa Senhora gonha a maneira como este prodas Dores contra a construção do cesso está a ser conduzido e negoAterro de Covelas, na Trofa que ciado pela calada. É um processo a RESINORTE e a Câmara Muni- opaco e que nunca foi transparencipal da Trofa estavam a negociar, te. A população soube na semana através do presidente da Câmara passada, através do anúncio do presidente da câmara”, criticou da Trofa, Sérgio Humberto. O anúncio foi feito pelo próprio Hugo Devesas do movimento deem declarações à Agência Lusa nominado “Protesto contra o novo em meados de maio, a troco de aterro na freguesia de Covelas”. Hugo Devesas, disse que a uma indemnização de dois milhões de euros, permitir a instala- manifestação juntou “centenas ção de um aterro na freguesia de de populares no centro da cidaCovelas, apontando-o como uma de” e que houve também um buextensão do equipamento fecha- zinão, que se iniciou em Covelas, do em 2016 na freguesia vizinha ao qual se juntaram muitas pesde Santa Cristina do Couto, em soas que fizeram questão de vir Santo Tirso. Mas, numa manobra em marcha lenta, e ao toque de
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M anifestação decorreu no Parque Nossa Senhora das Dores e Dr. L ima Carneiro buzinadelas percorreram tam- insurgiu contra aquilo que a Câbém a estrada nacional 14 pas- mara está a fazer à freguesia e em sando à frente do edifício princi- português bem corrente afirmou pal da Câmara da Trofa, parando “Srs autarcas, Covelas não é a cadepois no Parque onde decorreu gadeira da Trofa”. Ora o vereaa manifestação pacífica e onde dor do Ambiente, Sérgio Araújo alguns foram oradores, nomea- tentou repreender o pároco por damente o vereador do ambien- utilizar “linguagem forte” mas o te da Câmara da Trofa que tentou Padre José Ramos voltou a pegar fazer passar a mensagem de que no microfone para repetir aos auafinal “a Câmara está com os Co- tarcas que “não queiram fazer de velenses” mas de nada lhe vale- Covelas na cagadeira da Trofa”. No comunicado que a Câmara ram as explicações pois os gritos e assobios dos manifestantes fa- Municipal da Trofa emitiu pode ler-se “por acreditarmos e defenlavam mais alto. Mas o momento da tarde foi o dermos que os covelenses mereprotagonizado pelo Pároco de Co- cem respeito e merecem ser revelas, o Padre José Ramos que se compensados, tínhamos exigido
contrapartidas que seriam canalizadas para benefício direto de todos os habitantes de Covelas, como, por exemplo, a construção da infraestrutura de rede de abastecimento de água, a requalificação de vias, a implementação de ilhas ecológicas/estruturas enterradas, a limpeza de montureiras, a colocação de equipamentos de recolha seletiva de resíduos e ainda o desenvolvimento de ações de sensibilização ambiental, entre outras”, lê-se na nota da autarquia. A organização do protesto acusa o município de passar responsabilidades. “Numa semana o município deu uma volta de 180 graus e agora ‘chuta’ para o Ministério do Ambiente. Se a câmara está ao lado da população, que lute também connosco. A população não aceita [o aterro] nem se vende por dois milhões de euros”, sublinhou Hugo Devezas. O coorganizador do protesto deixou ainda a garantia de que, “seja na escadaria da Assembleia da República” ou noutro sítio, a população “vai lutar contra o aterro até às últimas consequências”. Também Domingos Faria, um dos organizadores do protesto
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gritou de viva voz que “alguém nos tentou vender nas costas e se não fosse através do jornal O Notícias da Trofa, ainda hoje os Covelenses estariam a dormir sossegados e quando dessem conta tinham o diabo em Covelas”. Já Feliciano Castro, presidente da junta de freguesia de Covelas reiterou que “o executivo da junta teve conhecimento por terceiros e não pela câmara do projeto para instalação do aterro em Covelas e que nunca o executivo foi chamado para reunir com a Câmara para falar sobre este assunto”. Deputados e autarcas dos vários quadrante políticos na manifestação Cumprindo as regras do distanciamento social deputadas e deputados à Assembleia da República fizeram questão de marcar presença na manifestação Alberto Jorge Fonseca do PSD, Maria Manuel Rola do Bloco de Esquerda, Diana Ferreira do PCP e Joana Lima pelo PS fizeram-se ouvir na manifestação. Os quatro deputados demonstraram estar contra a instalação do aterro na Freguesia de Covelas com a deputada Diana Ferreira e lembrar que o PCP questionou o Governo a propósito do aterro de Valongo, tentando
ERSAR apresenta reservas aos termos do acordo da Câmara e Trofáguas com Resinorte
saber se “o Governo sabe da existência da possível instalação de outro aterro no distrito do Porto, pergunta que ainda não obteve a resposta do executivo. Já Maria Manuel Rola lembrou a “opacidade e com a forma pouco transparente como este assunto foi tratado pela autarquia, nas costas das populações e da própria Junta de freguesia”. Por seu lado o deputado Social democrata Alberto Jorge, que é também presidente da concelhia do PSD da Trofa afirma estar “contra a instalação desta infraestrutura” afirmando que vai defender a população. Mas o discurso mais inflamado da tarde, depois do do padre José Ramos foi o da deputada Socialista Joana Lima que reiterou que vai continuar a defender a Trofa e os Trofenses pois “antes de ser deputada e antes de ser socialista sou trofense, e tudo farei mesmo tendo um Governo do meu partido, para defender a qualidade de vida, a saúde de todos os Covelenses e todos os Trofenses” lembrando que alguns dias antes na Comissão de Ambiente questionou o ministro do Ambiente sobre o metro e pediu esclarecimentos sobre uma possível instalação de uma aterro sanitário no concelho da Trofa”, reiterou.
População prepara novas ações contra aterro A população de Covelas não desiste de lutar contra a construção de um aterro sanitário na freguesia. Depois de se terem manifestado, no centro da cidade, na tarde de sábado dia 6 , os covelenses – e outros trofenses de todo o concelho que se juntaram ao protesto – marcaram a próxima ação de manifesto, em forma de caminhada. A iniciativa está marcada para 14 de junho, às 9h30, e começa junto à Capela de S. Gonçalo, em Covelas. “Vamos lutar pela saúde dos nossos filhos”, pode ler-se no cartaz que anuncia o evento. Está também a ser preparado um “megabuzinão”, no dia 27 de junho às 14h30, com os sinos das igrejas das paróquias do concelho da Trofa a tocar a rebate, com o movimento de protesto a apelar já à participação de toda a população do concelho da Trofa, através de uma “caravana” automóvel ruidosa. “Usem as buzinas dos carros, vuvuzelas, tachos e panelas, tudo o que possa fazer barulho para que nos ouçam, alto e bom som: não queremos aterro em Covelas”, apela a organização.
O NT teve acesso à comunicação feita pela ERSAR – Entidade Reguladora dos Serviços de Água e Resíduos à Secretaria de Estado do Ambiente, em dezembro de 2019, cujo assunto é o “pedido de autorização projetos base dos aterros da Trofa e segunda célula do Aterro de Celorico de Basto” que dá assim a conhecer à Secretaria de Estado a sua pronúncia sobre as minutas de Protocolo entre “o Município da Trofa, a Trofáguas e a RESINORTE” onde constam os termos do acordo a estabelecer entre as partes. De acordo com o ofício da ERSAR remetido à Secretaria de Estado, “a capacidade de encaixe total prevista para o novo aterro do Vale do Ave, na Trofa é de cerca de 3 milhões de metros cúbicos de resíduos, a repartir em duas fases de 1,5 milhões de metros cúbicos cada. O aterro destina-se à deposição de resíduos entregues pelos Municípios do Vale do Ave, bem como de rejeitados e refugos do centro integrado de tratamento e valorização de resíduos de Riba de Ave”, pode ler-se no oficio. “A minuta de protocolo (Câmara da Trofa/Trofáguas e RESINORTE) prevê a transferência de uma prestação financeira de 2 milhões de euros a favor da Trofáguas, estimando a RESINORTE, no documento “Estratégia de Gestão de Aterros Sanitá-
rios”, que a referida compensação se traduza num impacto na tarifa de 0,42 euros/ tonelada. A RESINORTE refere, no email de 201911-20, remetido à ERSAR que “(...) não se perspetivando a necessidade de depositar mais que 150 mil toneladas/ano, não se prevê a necessidade de realização de um estudo de Avaliação de Impacte Ambiental” pese embora se pretenda instalar este aterro ao lado do Aterro de Santo Tirso. Perante estas informações a Entidade Reguladora apresenta como “conclusão da análise efetuada”, e atendendo ao exposto, as seguintes recomendações: “As medidas de compensação a levar a cabo sejam articuladas com as conclusões que resultem do processo de avaliação de impacte ambiental, caso o mesmo venha a ter lugar e em complemento, considera-se oportuno referir que a ordem de grandeza da prestação financeira prevista no protocolo poderá indiciar estarem em causa impactes significativos”, ou seja que os impactes negativos para a população poderão ser grandes quer em termos de qualidade de vida quer em termos de saúde e de impactes negativos na fauna, flora e recursos hídricos da região, atendendo a que a nascente da Ribeira de Covelas fica a pouca distância do novo aterro da Trofa.
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João Pedro Costa
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Atualidade
CRÓNICA
José Malhoa deu concerto “ambulante”
Concerto ambulante passou por todos os lugares de S. M amede Numa festa em honra ao Divino Espírito Santo diferente do habitual, a comissão de festas conseguiu levar alegria à população, a 31 de maio, num bailarico de verão em que até o padre ajudou. Como diz a música, o pároco Rui Alves pegou no microfone e juntou-se a José Malhoa para cantar uma das canções mais conhecidas do artista: “Aperta aperta com ela”. CÁTIA VELOSO Num palco ambulante, que passou por todos os lugares de S. Mamede do Coronado, José Malhoa levou as suas músicas à casa dos habitantes daquela localidade, numa experiência inédita, em que viu idosos, à janela, a sorrir e a acenar, famílias a dançar nas varandas e jovens, de telemóvel em punho, a eternizar o momento nas redes sociais. Em tantos anos de carreira, ainda há acontecimentos que podem surpreender o artista. “Experimentei em S. Mamede do Coronado uma nova forma de ir ao encontro do público. Foi magnífico e não tenho palavras para agradecer às pessoas que assistiram ao nosso concerto”, confessou ao NT e à TrofaTv, ainda a refazer-se as emoções e de um espetáculo que durou quatro horas. O padre Rui Alves foi um dos grandes impulsionadores deste evento, apoiando a comissão de festas para que tudo corresse bem e dentro das normas de segurança, em virtude da pandemia de Covid-19. Excessos, “houve”, confessa, principalmente em zonas com mais densidade populacional, mas tal não apaga a pos-
tura de “95 por cento da população” que ficou em casa, à espera que o trio elétrico passasse. “Temos de ter cuidado para não morrermos da cura. Penso que conseguimos fazer as coisas de acordo com o que emana a Direção-Geral da Saúde e, com bom senso, fazer festa, porque as pessoas precisam”, referiu o padre, sem deixar de sublinhar que saiu de “coração cheio” num dia que “ficará na memória para sempre”. “Super satisfeitos” estavam também os elementos da comissão de festa, que mesmo reconhecendo que o plano para a romaria “era completamente diferente”, mas no final, o balanço “foi muito positivo”. “Penso que somos pioneiros a colocar, numa festa popular, um trio elétrico com um artista deste calibre”, regozijou-se o presidente da comissão de festas, Miguel Sousa. Desta forma, além de levar alguma boa disposição à população em tempos de pandemia, a comis-
são de festas contribuiu assim para ajudar os artistas, fortemente prejudicados pelo confinamento interposto para evitar a propagação do novo coronavírus. “É de anotar a alegria vivida e que, por estes dias, escasseia e a quantidade de gente que esteve a trabalhar e que beneficiou com isto”, atestou o Rui Alves. José Malhoa já olha para esta alternativa como a melhor para enfrentar a crise que afeta o setor da cultura. “Isto tem pernas para andar e enquanto não passar a pandemia, esta é uma boa maneira de o espetáculo chegar ao público. Eu vivo só disto, assim como os meus músicos e técnicos, que são profissionais e têm de ter rendimento para pagar as despesas”, vaticinou. Os artistas Alex Navarro e Nelo Ferreira acompanharam José Malhoa no concerto e também ajudaram à festa, num espetáculo que foi transmitido pela TrofaTv e superou as cem mil visualizações.
Joaquim Araújo
Pressupõem-se que quem é eleito para um cargo público deva fazer serviço público consubstanciado na execução de políticas que vão de encontro aos interesses das populações, para o seu presente e para o seu futuro. O capital para essa execução advém de transferências do Estado central, arrecadados direta ou indiretamente dos nossos impostos. E é assim que um Estado funciona: arrecada impostos e aplica-os. Estranha-se assim que a Trofa tenha despertado para um pesadelo: o seu presidente de câmara, durante mais de dois anos, por iniciativa própria, vem negociando a instalação de uma lixeira ou aterro sanitário, como se queira chamar, no território da Trofa, mais precisamente em Covelas. Uma realidade que, dada a reduzida dimensão do território, afetará a todos, inclusive os concelhos vizinhos, não sendo, por isso, um problema apenas de alguns. Poderia, por ventura, estar a ser tratada a vinda do metro até à Trofa, uma nova ponte sobre o rio Ave ou até mesmo a construção de uma rotunda na Carriça, promessas essas que estão por cumprir e já lá vão sete anos! Mas não é esse o caso, o trato incide sobre algo que não está no programa eleitoral e que, portanto, a todos surpreende. Ignorando impactos nefastos no ambiente, com riscos acrescidos de contaminação da água e dos solos, odores e poluição do ar, ruído dos camiões e de maquinaria, invasão de gaivotas, destruição paisagística, a que acresce a brutal desvalorização de terrenos, de casas e até mesmo das zonas industriais. O porquê de, durante tanto tempo, não se ter tornado em discussão pública, deixando, por referendo, à população decidir? O presidente da câmara preferiu assumir uma postura de empresário, fixando preços, referindo que a quantia de quatrocentos mil euros não é justa e que dois milhões de euros, sim. Afasta-se assim por completo das suas funções e fica aquém da sensibilidade que deveria possuir para lidar com uma matéria tão estrutural e de tamanha importância para o futuro de tantos munícipes. Sérgio Humberto estabelece nesta questão da lixeira um princípio meramente mercantilista, tratando o público com a mesma lógica com que se trata o privado, agindo como se o território fosse seu, uma espécie de rei absoluto dos tempos modernos! Como se o caso não estivesse já suficientemente mal contado, face à oposição que se vai desenhando por parte das populações, o edil passou a contrariar a sua narrativa inicial de defesa das vantagens desta infraestrutura (clara em diversas intervenções públicas) e a convicção de negociar com a entidade promotora, procurando “dar um dito por não dito” empurrando a culpa para os outros, não vá o assunto complicar a sua reeleição autárquica daqui por uns meses… Até lá vai ficar tudo bem!
Joaquim Araújo
Estranhas “negociatas” na Trofa!
E spetáculo durou quatro horas
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Rotary apoia instituições
Rotary apoiou APPACDM da T rofa com seis mil euros O Rotary Club da Trofa doou seis mil euros à APPACDM da Trofa, que estão agora destinados para a aquisição de material de prevenção, proteção e higienização, que visam contribuir para a segurança dos utentes e das instalações da associação, que voltaram a abrir para as atividades ocupacionais, depois do período de confinamento. Segundo Luís Filipe Moreira, presidente do clube rotário, “50 por cento da verba resulta da aprovação de projeto candidato ao Subsídio de Calamidade Covid-19, atribuído pela Fundação Rotary ao Distritro 1970”. “O Rotary Club da Trofa decidiu apoiar a APPACDM, que cuida dos nossos cidadãos trofenses portadores de deficiência”, sublinhou. Além deste apoio, os rotários doaram mil euros aos vicentinos, para apoiar famílias na aquisição de medicamentos, e cooperaram com a Misericórdia da Trofa, no âmbito do programa de saúde oral. “Contribuímos, ainda, com 850 euros para a erradicação da poliomielite”, anunciou Luís Filipe Moreira.
Pinto da Costa encerra Ciclo de Palestras José Pinto da Costa, um dos mais conceituados médicos legistas do País, esteve na Trofa, através de uma conferência online, que encerrou o 1.º Ciclo de Palestras Saúde & Educação do Rotary Club da Trofa. Com o tema “Ciências Forenses e os Mistérios da Medicina”, a palestra durou cerca de duas horas, tendo sido acompanhada pelos internautas através da aplicação Zoom ou da rede
social Facebook. “Companheiros de vários clubes rotários, amigos e convidados contactaram com as novas fronteiras das ciências forenses, abordagens à investigação forense, a morte e a eutanásia, entre muitos outros assuntos”, relatou Luís Filipe Moreira. O 1.º Ciclo de Palestras Saúde & Educação do Rotary Club da Trofa foi uma iniciativa que contou também com palestras de Manuel Sobrinho Simões, Maria Elisa Domingues e de Fernando Carvalho Rodrigues.
Pinto da Costa deu palestra online
Junta do Coronado cancela eventos A Junta de Freguesia do Coro- estas iniciativas implicam grannado anunciou o cancelamento des ajuntamentos, transportes em de eventos que se realizariam na quantidade e potencial risco para vila, durante o verão. A realização grupos sociais mais vulneráveis”, do passeio sénior anual, do Co- comunicou a Junta de Freguesia ronado Colour Family, do Coro- que, ciente dos “muitos impactos nado ConVida e do Coronado em negativos” que esta decisão proFérias ficou impossibilitada de- vocará comunidade, sublinha que vido às restrições impostas pela “a lei e a saúde pública estão acipandemia de Covid-19. “Todas ma de tudo o resto”.
“Os próximos tempos continuarão a exigir de cada um de nós atitudes responsáveis, nomeadamente a proteção das pessoas de maior risco, a impossibilidade de grandes aglomerados e o cumprimento das regras estabelecidas pela Direção Geral de Saúde”, atestou. C.V.
CARTÓRIO NOTARIAL DA TROFA Extrato Notarial de Escritura Pública de "Justificação e Compra e Venda" Certifico que por Escritura Pública de "Justificação e Compra e Venda", outorgada no dia 05-06-2020, neste "Cartório Notarial da Trofa", sito na Rua D. Pedro V, n° 527 , freguesia de Bougado (São Martinho e Santiago), concelho da Trofa, exarada no Livro de Notas para Escrituras Diversas Número 31-E, a folhas 39 e seguintes, perante mim respetivo Notário, Tomás Machado Lima de Sousa Rio, compareceram como Outorgantes: Agostinho da Silva Moreira, Número de Identificação Fiscal 132736063, e Deolinda da Assunção Ferreira, Número de Identificação Fiscal 132736071, casados entre si sob o regime da comunhão geral de bens, ele natural da freguesia de Coronado (São Romão) e ela da freguesia de Coronado (São Mamede), concelho de Santo Tirso, residentes na Rua do Lousado, n° 128, Coronado (São Romão e São Mamede), Trofa. E declararam que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do Prédio Rústico, denominado "Campo do Gondão", omisso na "Conservatória do Registo Predial da Trofa", composto por terreno de cultura com videiras em ramada, sito em Gondão, na união das freguesias de Coronado (São Romão e São Mamede), concelho da Trofa, com a área de 3.500 m2, a confrontar do Norte com Manuel José Ferreira Sá Brandão, do Sul com Caminho, do Nascente e do Poente com Guilhermino Sousa Vieira; inscrito na matriz sob o Artigo 525 o qual proveio do Artigo 606 da extinta freguesia de Coronado (São Mamede). Que o Prédio Rústico atrás identificado não é nem se confunde com os prédios descritos sob os números 242 e 2263 da freguesia de São Mamede do Coronado. Que pela presente Escritura Pública vêm justificar a aquisição do referido imóvel, que não está registada a seu favor; sendo que não são detentores de qualquer titulo formal que legitime o domínio do mencionado imóvel, que ora justificam, que veio à sua posse no estado de casados, por partilha meramente verbal por óbito dos pais do Primeiro Outorgante marido, Álvaro de Sousa Moreira e Maria Rosa da Silva Maia, casados que foram sob o regime da comunhão geral de bens, residentes que foram no Lugar de Lousado, São Mamede do Coronado, Santo Tirso, partilha essa efetuada no ano de 1964, em dia do mês de dezembro, que já não conseguem precisar, nunca tendo formalizado o respetivo contrato por Escritura Pública. Que desde esse ano, ou seja há mais de 20 anos, entraram na posse do imóvel, e de imediato o ocuparam e passaram a usufruí-lo, vedando-o, semeando-o, plantando-o, colhendo os respetivos frutos e lenha, limpando-o se necessário, isto é, gozando de todas as suas utilidades e benefícios por ele proporcionadas; sendo que sempre administraram o bem com o conhecimento de toda a gente, sem qualquer interrupção, sem oposição de quem quer que seja, e com o ânimo de quem exerce direito próprio, ou seja, exercendo essa mesma posse de forma pública, continua, pacifica, e de boa-fé. Que dadas as características de tal posse, invocam a aquisição do imóvel por Usucapião, justificando o seu direito de propriedade, para efeitos de primeira inscrição na "Conservatória do Registo Predial da Trofa", dado que esta forma de aquisição não pode ser comprovada por qualquer outro titulo formal extrajudicial. Está conforme. Trofa e Cartório Notarial, 05-06-2020. O Notário, Tomás Machado Lima de Sousa Rio
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O NOTÍCIAS DA TROFA
Desporto
FIFA obriga Trofense a pagar cláusula de Capita O Clube Desportivo Trofense bilitaria a transferência. Em resposta à reivindicação do está, perante a Federação Internacional de Futebol (FIFA), 1.º de Agosto, o jogador e o Tro“solidariamente responsável” fense contestaram a competênpelo pagamento da cláusula cia da FIFA, argumentando o caso de rescisão de Capita, jogador apenas podia ser julgado por um que ingressou no clube da Tro- tribunal arbitral localizado na cifa, oriundo Clube Desportivo 1.º dade de Luanda. O argumento foi rejeitado pela FIFA, que não aceide Agosto. CÁTIA VELOSO tou também a versão do jogador e A notícia foi avançada pela do Trofense de que Capita não tiagência noticiosa de Angola, a nha um contrato de trabalho, mas Angop, sustentando-se na deli- apenas um acordo de aprendiberação da FIFA, após uma quei- zagem, sustentando que o atleta xa apresentada pelo clube ango- nunca jogou uma partida oficial lano pela alegada quebra de con- pelo 1.º de Agosto. O Trofense trato pelo jogador. O 1.º de Agos- considerou igualmente que o joto alegou que Capita abandonou gador não poderia ser considerao clube “sem autorização”, tendo do um jogador profissional, pois sido “induzido” pelo Trofense a o salário no clube angolano era fazê-lo. “Após a oferta do Trofen- equivalente a 46 euros por mês e se” ao 1.º de Agosto, sobre a qual essa compensação “é menor que diz “não ter respondido”, o joga- o mínimo necessário para sobredor “foi, no entanto, anunciado na viver e sustentar a si e à sua famípágina do Facebook do Trofen- lia em Angola”. A FIFA justifica ainda a decisão se”, alegou o emblema angolano, que sublinha ainda que o clu- tomada com o facto de ter havibe da Trofa “não pagou nenhum do, efetivamente, a quebra unilados valores” previstos no contra- teral do contrato e a ausência do to e que, à época, “o jogador era pagamento, por parte do Trofenmenor de idade”, o que impossi- se, da cláusula, referindo que Ca-
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máxima de três épocas completas e períodos consecutivos de inscrições. Capita Capemba foi apresentado pelo Trofense em janeiro e alinhou, oficialmente, pelo clube a 23 de fevereiro, na vitória diante do Ginásio Figueirense, por 1-0, cumprindo 56 minutos em campo. Seguiram-se participações no triunfo frente ao Lusitanos Vildemoinhos (57 minutos) e na derrota caseira com o Leça (23 minutos). Clube continua a apresentar jogadores
Capita foi apresentado pelo T rofense em janeiro pita não deveria ter abandonado o 1.º de Agosto enquanto a verba não fosse transferida. A FIFA determinou, deste modo, que o jogador e o Trofense têm de pagar os 200 milhões de kwanzas (perto de 330 mil euros) referentes à cláusula de rescisão do atleta no prazo de 45 dias a partir da
notificação pelo 1.º de Agosto dos dados bancários. Em caso de incumprimento, Capita será impedido de jogar em partidas oficiais e o Trofense proibido de inscrever novos jogadores. Essa medida do órgão reitor do futebol mundial terá duração
Entretanto, o Clube Desportivo Trofense continua a apresentar reforços para a próxima época. O mais recente é Serginho, guarda-redes de 37 anos que na época transata era o titular do Varzim, na 2.ª Liga. O defesa Tito Júnior, de 24 anos, vestiu a camisola do Sertanense nas últimas cinco épocas, onde jogou com muita regularidade. Já o defesa central Santos, formado no clube, renovou o vinculo por mais três temporadas.
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11 de junho de 2020
Desporto
Captações para Bougadense de 15 de junho a 15 de julho
Necrologia
arquivo
O Atlético Clube Bougadense vai iniciar as captações para os seus escalões de formação a 15 de junho . Assim o horário de treinos para o escalão de Juniores, às segundas e quintas-feiras das 19:30h às 20:30horas, os Juvenis treinam às terças-feiras das19:30 às 20:30 e aos sábados - 15:00hàs 16:00horas.Já o escalão de Iniciados tem treinos agendados para as quartas-feiras das 19:30h às 20:30horas e aos sábados das 10.30 horas às 11.00 horas com os Infantis a realizarem treino às sextas-feiras das 19.30 horas às 20.30 horas. Captações vão começar no AC Bougadense Mas o regresso aos treinos para captações só serão possíveis se Uso de máscara pelos funciopara aferir de eventual sintomaforem observadas e respeitadas nários e pessoal administrativo e tologia nas 3 semanas anteriores uma serie de pressupostos, em ao início dos trabalhos, por forma diretores e álcool gel quando neconsequência da COVID19 que a ter atualizada a informação in- cessário cumprindo assim todas fez terminar os campeonatos da dividualizada e confidencial de as regras de segurança respiraépoca 2019/2020 mais cedo que cada atleta, com o devido acom- tória e desinfeção. o habitual. Os pais e encarregados de edupanhamento do departamento clíAssim o A.C.Bougadense faz sa- nico do clube”. cação deverão deixar os seus fiber que não será possível a utiliO clube obriga-se a levar a lhos ou educandos na parte extezação do balneário para maior se- cabo desinfeção diária e regular rior, estando proibida a presença gurança em termos de saúde pú- após cada treino do material des- de pessoal não oficial dentro das blica e conforto de pais e encar- portivo utilizado, com produtos instalações do clube. regados de educação, dando as- regulamentados. Em cada treiApós o termo do treino os pais sim cumprimento às normas ema- no será promovida a recomenda- deverão aguardar os atletas junnadas pela Direção Geral de Saú- ção de afastamento entre atletas to ao portão de saída destinado de. Os atletas devem entrar nas na execução dos exercícios, pre- a atletas e agentes desportivos, instalações do clube devidamen- conizada pela DGS; devidamente distanciados e sem te equipados fazendo-se acompaO Bougadense adianta ainda aglomeração. nhar de MÁSCARA até à entrada que as entradas e saídas dos atleA secretaria encontrar-se-á em nas instalações; funcionamento apenas para instas serão controladas far-se-ão O Clube fez ainda saber que “apenas pelo portão interior, uti- crições e outros assuntos adminiscada atleta deverá ser, portador lizado nas competições oficiais”. trativos de interesse, sendo receda sua própria garrafa de água bidos apenas um de cada vez se De acordo com as indicações para hidratação durante os exer- das autoridades de saúde, a uti- pretenderem proceder ao início cícios em treino. lização de álcool gel pelos trei- das inscrições com vista à nova Como medidas de precaução e nadores quando seja necessária época para efeitos da Associação antes do início de cada treino será a ajuda a qualquer atleta seja a de Futebol do Porto. medida a temperatura corporal que título for, bem como uso de e preenchida uma ficha própria máscara de proteção individual;
Patrulha H20 da Indaqua desafia crianças sobre importância da água O Agente Eficiente e a Patrulha H20 são os mais recentes “reforços” da Indaqua na missão de promover, junto do público infantil, temas como a importância de preservar a água. Através da plataforma online, acessível através do link www. patrulhah2o.pt, a concessionária pretende “reforçar” o seu projeto de educação ambiental, disponibilizando vídeos didáticos, que explicam como se distribui a água no planeta, como se pro-
cessa o ciclo hidrológico ou quais são as fontes de contaminação das águas subterrâneas. Na plataforma, estão ainda disponíveis desafios, como construir um submarino, criar pasta de modelar ou até um slime. Há ainda questionários, receitas e desenhos para colorir. “O que procurámos foi criar um recurso que pudesse ser útil tanto às famílias como às escolas no desenvolvimento de atividades que possam transmitir às suas crianças alguns conhecimentos, neste
caso, sobre a água e o ambiente. Tínhamos já um forte projeto de educação ambiental presencial, voltado para as escolas e para as comunidades, mas quisemos, face ao momento que atravessamos, somar-lhe uma vertente online e transportá-lo para dentro de casa, já que é ainda onde as crianças e jovens têm de permanecer durante a maior parte do tempo”, explicou Luís Lourenço, responsável de comunicação da Indaqua.
Muro
Ribeirão - VNFamalicão
Arnaldo Moreira da Silva faleceu no dia 6 de junho com 88 anos. Casado com Laurinda Carvalho da Silva
António Manuel Miranda Moreira faleceu no dia 5 de junho com 47 anos. Casado com Arlete Maria de Sousa Pereira.
Rocha Funerárias, Lda
Funerária Ribeirense - Paiva & Irmão, Lda
Alvarelhos
Ribeirão - VN Famalicão
Alice Gonçalves da Silva faleceu no dia 5 de junho com 98 anos. Viúva de Agostinho Pereira da Silva.
Manuel Alcino Alves Ferreira faleceu no dia 4 de junho com 47 anos. Casado com Maria da Conceição Oliveira da Silva
Rocha Funerárias, Lda
Agência Funerária Trofense, Lda
Alvarelhos
Ribeirão - VNFamalicão
José da Silva Moreira faleceu no dia 3 de junho com 95 anos. Casado com Gracinda da Silva Marques.
Olinda da Silva Ferreira faleceu no dia 2 de junho com 62 anos. Casada com Joaquim Gomes de Azevedo.
Rocha Funerárias, Lda
Funerária Ribeirense - Paiva & Irmão, Lda
Santiago de Bougado
Muro
Rosa de Jesus Maia Reis faleceu no dia 1 de junho com 89 anos. Viúva de Joaquim Moreira.
Laura da Costa Paiva faleceu no dia 29 de maio com 84 anos. Casada com Américo Silva Cruz.
Funerária Ribeirense - Paiva & Irmão, Lda
Rocha Funerárias, Lda
S. Martinho de Bougado
S. Martinho de Bougado
Joaquim Alexandrino Daniel Gomes Martins faleceu no dia 29 de maio com 81 anos. Casado com Maria Luísa Rodrigues de Sousa Daniel Gomes Martins.
Clemente do Vale Pereira faleceu no dia 28 de maio com 68 anos. Divorciado de Maria Rosália Dores Pereira.
Agência Funerária Trofense, Lda
Lousado - VNFamalicão Maria Helena Maia Oliveira faleceu no dia 27 de maiocom 89 anos. Casada com José da Silva Fontes. Funerária Ribeirense - Paiva & Irmão, Lda
Agência Funerária Trofense, Lda
11 de junho de 2020
O NOTÍCIAS DA TROFA
Assine ou ofereça o NT por 13 euros
Sudoku
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Atualidade
Numa ação que pretende contribuir para ocupar, com qualidade, o tempo livre dos mais velhos do concelho, O Notícias da Trofa decidiu lançar uma campanha de novos assinantes com idade igual ou superior a 60 anos, com um desconto na primeira anuidade de 5,5 euros. Ou seja, em vez de pagar os habituais 18,5 euros, o novo assinante paga 13 euros e passa a receber, comodamente, o jornal em casa. Para mais informações, pode contactar-nos através do telefone, para 252 414 714, ou do email, para
Farmácias Dia 11 Farmácia Moreira Padrão Dia 12 Farmácia Trofense Dia 13 Farmácia Barreto Dia 14 Farmácia Nova Dia 15 Farmácia Moreira Padrão Dia 16 Farmácia Ribeirão Dia 17 Farmácia Trofense Dia 18 Farmácia Barreto Dia 19 Farmácia Nova Dia 20 Farmácia Moreira Padrão Dia 21 Farmácia Ribeirão Dia 22 Farmácia Trofense Dia 23 Farmácia Barreto Dia 24 Farmácia Nova Dia 25 Farmácia Moreira Padrão
Quebra-cabeças O Sr. João tem 8 luvas pretas e 8 luvas vermelhas no armário da roupa. Sem olhar, ele pega em algumas luvas. Qual o mínimo número de luvas que o Sr. João terá que pegar para ter certeza que encontrou um par de luvas da mesma cor?
Soluções da edição anterior
Solução do quebra-cabeças da edição anterior: Fração da vida como um menina é de 1/4, como uma jovem é 1/8, como mulher ativa é 1/2. Somando estas frações dá 7/8. A fração da vida como idosa é 1/8, que é igual a nove anos. A restante fração (7/8) é de 63. A idade atual da senhora Ariana é, por isso, 72 anos. A vida como mulher ativa foi, portanto, de 72/2, ou seja 36 anos.
Telefones úteis Bombeiros Voluntários Trofa 252 400 700 GNR da Trofa 252 499 180 Centro de Saúde da Trofa 252 416 763//252 415 520 Centro de Saúde S. Romão 229 825 429 Centro de Saúde Alvarelhos 229 867 060
F icha T écnica Diretor: Hermano Martins Sub-diretora: Cátia Veloso Editor: We do com unipessoal, Lda. Redação: Cátia Veloso, Magda Machado de Araújo Colaboradores: Atanagildo Lobo, Jaime Toga, José Moreira da Silva, João Pedro Costa, João Mendes, César Alves, José Pedro Reis, Moutinho Duarte | Fotografia: A.Costa, Miguel Trofa Pereira (C.O. 865) Composição: Cátia Veloso e Magda Araújo | Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Lda., Rua de S, Brás, n.º 1 Gualtar, Braga| Assinatura anual: Continente: 18,50 euros; Extra europa: 45 euros; Europa: 35 euros; | Assinatura em formato digital PDF: 15 euros IBAN: PT50 0007 0605 0039952000684 | Avulso: 0,70 Euros | E-mail: jornal@onoticiasdatrofa.pt | Sede e Redação: Rua das Aldeias de Cima, 280 r/c 4785 - 699 Trofa Telf. e Fax: 252 414 714 Propriedade: We do com unipessoal, Lda. NIF.: 506 529 002 Nº Exemplares: 5000 | Depósito legal: 324719/11 | ISSN 2183-4598 | Detentores de 100 % do capital: Magda Araújo | Estatuto Editorial pode ser consultado em www.onoticiasdatrofa.pt | Nota de redação: Os artigos publicados nesta edição do jornal “O Notícias da Trofa” são da inteira responsabilidade dos seus subscritores. Todos os textos e anúncios publicados neste jornal estão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. É totalmente proibida a cópia e reprodução de fotografias, textos e demais conteúdos, sem autorização escrita.
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11 de junho de 2020
Formação Profissional
Regresso à formação Pós Pandemia As medidas de confinamento decretadas pelo Governo, face à pandemia do COVID-19, levaram à suspensão da formação presencial. Todas as escolas e centros de formação formaram os/as seus/ suas professores/as e formadores/ as para o início de uma nova era de ensino/formação à distância. O CENFIM é um Centro de Formação Profissional da indústria da Metalurgia, Metalomecânica e Eletromecânica, com uma forte componente de formação prática. Durante este período, não foi possível dar continuidade à formação de cariz prática, contudo foi possível continuar a trabalhar com os/ as formandos/as à distância, através de sessões de cariz técnico e da formação sociocultural, recorrendo às plataformas digitais. Esta foi uma nova realidade para formandos/as e formadores/as que tiveram de se adaptar. Contudo, todos reconhecem que passados quase 3 meses, desde o início da pandemia, os seus conhecimentos ao nível digital, seja de software ou utilização de equipamen-
tos informáticos, cresceram significativamente. Ou seja, “a necessidade aguça o engenho”. A 18 de maio, reiniciou-se a formação presencial para os 11.º e 12º anos, nomeadamente, a formação prática. Mais uma nova realidade, dadas todas as regras relacionadas com a subdivisão de turmas assim como o distanciamento social, o uso de máscaras e higienização constante das mãos. Felizmente, rapidamente nos apercebemos que esta já é uma postura que faz parte da rotina da sociedade em geral. Muito se fala da Indústria 4.0, ou digitalização das empresas. Aquando do decretar do estado de emergência, muitas foram as empresas que optaram por colocar os seus trabalhadores, ou parte deles em regime de teletrabalho. O facto de estas ainda não estarem totalmente “digitalizadas” criou bastantes entraves ao teletrabalho. Segundo alguns estudos, verificou-se que muitas das empresas tiveram uma rápida resposta a estes entraves e conseguiram de uma forma extraordinária adaptar-se e
crescer tecnicamente ao nível digital. O que nos leva a pensar que para um futuro próximo a evolução técnica/digital das empresas irá evoluir de uma forma exponencial. Para tal, as empresas necessitam de contar com recursos humanos qualificados. O CENFIM completou, em 15 de janeiro de 2020, 35 anos de existência a formar e qualificar pessoas, realizando formação de longa duração, através da formação de jovens pelo sistema de aprendizagem (APZ), requalificação/ educação e formação de adultos de outros setores (EFAs), formação de especialização tecnológica (CET’s), formação modular certificada, formação à medida para empresas e reconhecimento e validação de competências (RVCC escolar e profissional). A aposta dos nossos jovens deverá partir pela formação em cursos de aprendizagem (cursos de dupla qualificação que permite obter uma qualificação profissional e a equivalência ao 12ºano de escolaridade). Esta modalidade
de formação, erradamente, no passado foi associada a uma aprendizagem alternativa para os alunos “que não tinham capacidade, ou que não gostavam da escola, ou que não tinham hipóteses de ir para o Ensino Superior”. Pelo contrário, esta modalidade de formação tem permitido a muitos jovens qualificarem-se e adquirirem competências em saídas profissionais com elevada empregabilidade contribuindo para a competitividade das empresas. Muitos dos/as formandos/as que passaram pela formação profissional seguiram para o Ensino Superior e reconhecem que a formação profissional lhes deu imensas bases e competências que conjugados com os estudos na área da engenharia os/as tornaram profissionais de referência nas empresas. Oficina de CNC do CENFIM Núcleo da Trofa Em novembro de 2019, o CENFIM Núcleo da Trofa inaugurou a sua Oficina Individual de Formação. As abordagens tradicionais da
formação que remetem para a aprendizagem em grupo (turmas / cursos), apresentam hoje naturais constrangimentos que se refletem principalmente na disponibilidade e no tempo útil para aprender. Todos reconhecemos o quão relevante é hoje a gestão do tempo nesta sociedade cada vez mais apressada e acelerada, por isso, o indivíduo (formando) procura cada vez mais períodos de formação curtos, ajustados à sua disponibilidade e orientados para seu ritmo de aprendizagem. Para que a progressão na aprendizagem possa ser realizada de acordo com o ritmo do formando e um suficiente grau de autonomia, é necessário ter ambientes de formação, abordagens pedagógicas e recursos didáticos que mantenham o formando motivado e fortemente envolvido nas atividades. Para mais informações consulte www.cenfim.pt ou através dos contactos trofa@cenfim.pt ou pelo telefone: (+351) 252 400 530. Adelino Santos Diretor do Núcleo da Trofa do CENFIM