Edição 721 do jornal O Notícias da Trofa

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Quinzenário | 9 de julho de 2020 | Nº 721 Ano 17 | Diretor Hermano Martins | 0,70 €

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Projeto trofense é finalista em concurso nacional de empreendedorismo

CCDR-N chumba aterro

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Assembleia da República condena publicação sobre “câmara de gás”

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Vereador da Câmara começa a ser julgado em outubro pub


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Atualidade

Assembleia da República condena publicação de funcionário da Câmara da Trofa A Assembleia da Repúbli- to apresentado pelo grupo parla- de posição inequívoca que contraca aprovou um voto de conde- mentar do Partido Socialista, que rie uma tal deriva é um imperativo, nação pelas declarações feitas foi aprovado em sede de Comis- pelo que todos os titulares de carpor um funcionário da Câmara são de Assuntos Constitucionais, gos políticos, democraticamente Municipal da Trofa, na rede so- Direitos, Liberdades e Garantias, eleitos, têm um especial dever de cial Facebook, que sugeriu que a 30 de junho. salvaguardar os valores da nossa a Assembleia da República se Considerando que se tratam de democracia e condenarem, sem transformasse numa “câmara “declarações atentatórias à demo- margem para dúvida, qualquer de gás”, por estar contra as ce- cracia representativa e de apolo- expressão que incite à violência rimónias de comemoração do 25 gia da violência contra a Assem- e ao descrédito da instituição dede Abril. CÁTIA VELOSO bleia da República”, os socialis- mocrática por excelência, que é a tas aprovaram o voto de conde- Assembleia da República”, pode Recorde-se que essa publica- nação, juntamente com o Bloco de ler-se no documento. Os socialistas não deixam de ção mereceu o “gosto” do presi- Esquerda e Joacine Katar Moreidente da autarquia, Sérgio Hum- ra, enquanto os deputados repre- condenar o facto de a “sugestão” berto. “A Assembleia da Repúbli- sentantes do PSD votaram contra. do funcionário da Câmara Municica repudia veementemente qual- A votação não contou com a par- pal ter merecido “o aval” de Sérquer manifestação antidemocrá- ticipação de eleitos do PCP, PAN, gio Humberto, “autarca com especial responsabilidade pública”. tica e condena qualquer ato que CDS-PP e Chega. “Num momento em que a emer- “Constitui não apenas uma alusão atente contra a sua dignidade, enquanto órgão de soberania elei- gência do populismo coloca sob ofensiva para os milhões de vítito democraticamente pelo povo pressão os valores fundacionais mas dos campos de extermínio naportuguês”, conclui o documen- da nossa democracia, uma tomada zis, mas também um incitamento à

PSD votou contra voto de condenação violência contra a Assembleia da República e os seus deputados, democraticamente eleitos pelo povo

português”, refere ainda o voto de condenação. C.V.

Associação de Assembleias Municipais debate criação de Provedoria do Cidadão A criação de uma provedoria do cidadão foi um dos temas dominantes da reunião, em conselho geral, da Associação Nacional de Assembleias Municipais (ANAM), que decorreu na Trofa, a 27 de junho. Albino Almeida, presidente deste órgão, sublinhou que as assembleias municipais têm assumido um papel de “grande relevância” no período de pandemia, uma vez que a elas chegaram “informações, relatos de determinadas situações, opiniões e até algumas críticas que foram depois transmitidas à câmara (municipal)”. “A criação de uma Prove-

doria do Cidadão autónoma faria aqui todo o sentido, até porque, na maioria das vezes, as assembleias municipais são o derradeiro local a que os cidadãos recorrem para pedir ajuda e apoio na resolução de algum problema pendente”, atestou, sem deixar de lembrar que, durante o surto as sessões destes órgãos foram “realizadas por videoconferência impossibilitando que os munícipes tivessem acesso aos seus conteúdos”. Albino Almeida também defende a criação generalizada de comissões permanentes nas assem-

Meteorologia

bleias municipais, para potenciar a “legitimidade e dignidade” dos órgãos deliberativos. “O objetivo é que estas comissões traduzam a realidade do plenário em termos de representatividade através de um número de pessoas que garanta uma participação robusta e que tenha poder para tomar decisões. Com isto, a ANAM quer dar um passo em frente em termos de responsabilidade, qualidade e autonomia”, argumentou. O 2.º Congresso Nacional da ANAM decorre a 19 de setembro, no Fórum Braga.

A lbino A lmeida defende a criação generalizada de comissões permanentes


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Atualidade

Um retrato do concelho

Trofa mais velha, menos casamenteira mais dependente da Segurança Social A Pordata, um projeto da Fundação Francisco Manuel dos Santos, está a assinalar dez anos de existência com a divulgação de dados estatísticos dos 308 municípios, num retrato que pode ser feito sobre o que mudou nos territórios em 2010 e em 2018. Na Trofa, instalou-se o inverno demográfico e aumentou a dependência à Segurança Social . CÁTIA VELOSO Falta um ano para que se realize a próxima edição dos censos que tiram a fotografia estatística mais fiel do país, mas entre cada década, há entidades que se empenham em apresentar a realidade dos territórios, como é o caso da Fundação Francisco Manuel dos Santos, através da Pordata. Recentemente, esta ferramenE m 2010, havia 79 idosos por cada 100 jovens e em 2018, eram já 134 seniores por cada 100 jovens ta deu conta dos “retratos estatísticos sobre cada um dos 308 mu- uma década, entre 2010 e 2018”. tece com o cenário de “inverno estatísticos revela uma maior de- de 1065 euros (1167 euros a nível nicípios”, onde, naturalmente, se Olhando para o município da demográfico” que tem atingido pendência dos trofenses da Segu- nacional). Sublinhe-se, porém, a rança Social, através da atribui- que diferença entre a realidade inclui o da Trofa. Trofa, verifica-se, logo à partida, o território. Através de “54 factos estatísti- a diminuição da população reEsta expressão reflete o índice ção de pensões de velhice, invali- concelhia e nacional diminuiu de cos”, os dados retirados de mais sidente em 1,86 por cento, com de envelhecimento, que é relação dez e sobrevivência, que em 2018 120 euros para 102 euros. Do ponto de vista da adminisde 20 fontes, “permitem compa- 39.015 em 2010 e 38.287 em 2018. feita entre a quantidade de popu- representavam mais 47 por cento rar, de forma simples e imediata, Um retrato que segue a tendên- lação jovem e ativa com a popula- do que em 2010. Um aumento ver- tração pública local, os dados da vários indicadores, de diferentes cia – apesar de em menor escala ção idosa (mais de 65 anos). A Tro- tiginoso comparado com a taxa de Pordata apresenta dados em difetemas, e a sua evolução em quase – do país, exatamente como acon- fa era, em 2018, um concelho bem pouco mais de um por cento regis- rentes fases da gestão municipal, mais “velho” do que há uma dé- tada em todo o território nacional. numa espécie de pré-PAEL e pósEm sentido oposto, variou a atri- -PAEL: há um aumento das despecada – altura em que até contrariava a média nacional - e disso é buição de rendimento social de sas da Câmara Municipal, de 17,2 prova o índice de envelhecimen- inserção: em 2010 eram 2820 be- milhões de euros em 2010 para to: em 2010, havia 79 idosos por neficiários, em 2018 apenas 817 – 18,9 milhões de euros em 2018. Do População cada 100 jovens; em 2018, eram já uma queda de 71%, bem maior mesmo modo, cresceram as receiresidente tas públicas: de 18,2 milhões de 134 seniores por cada 100 jovens. que a de 46% a nível nacional. Relativamente ao salário men- euros para 22,3 milhões de euros. Para este índice contribui, logiPopulação No que respeita à criminalidacamente, a percentagem de ido- sal médio dos trabalhadores por jovem (%) sos no concelho, que subiu de 12,5 conta de outrem, a Trofa conti- de, em 2010 havia 26,6 crimes por por cento para 17,5, e a variação nua atrás da tendência nacional: cada mil habitantes; em 2018 rePopulação contrária das populações jovens e em 2010, a média era de 950 eu- gistaram-se 22 crimes por cada ativa (%) ativas: a primeira desceu de 15,8 ros mensais (contra os 1075 eu- mil habitantes. por cento para 13,1 por cento e a ros a nível nacional), em 2018 era População outra decresceu de 71,7 por cenidosa (%) to para 69,4 por cento. Mais um fator que contribui Índice de para o “inverno demográfico” é envelhecimento o número de nascimentos. Em me(idosos por 100 nor expressão do que a realidade jovens) nacional (que registou uma queda de 14,17%), a Trofa verificou Diferença entre um decréscimo de 11,2% de nasnascimentos e cimentos em 2018, comparativaóbitos mente com o ano de 2010. Acompanhando a tendência naDespesas da cional, o número de casamentos Câmara Municipal no concelho da Trofa diminui 13 em cultura por cento: em 2018 foram contraíe desporto (%) dos 159 matrimónios. A Pordata fornece ainda dados Caixas multibanco relativos à realidade socioeconóNúmero de casamentos no concelho da T rofa diminui 13 por cento mica da população. Um dos factos

ANO 2010 2018

39.015 38.287 15,8 13,1

71,7 69,4 12,5 17,5 79

134

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-2

4,3

3,8

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Movimento aplaude “chumbo” ao aterro mas mantém-se “atento” Mesmo ainda não tendo aces- rias hipóteses de acolher aterros”, so à documentação que solici- os elementos do Movimento tetou há já mais de 15 dias, o Mo- mem que a porta fique entreabervimento Contra o Aterro ma- ta, nem que seja para que o pronifestou que a deliberação da cesso prossiga noutro contexto. CCDR-N era apenas “uma vi- “Na freguesia ao lado, em S. Martória ganha”, porque a guerra, tinho de Bougado, mais propriaacreditam, “ainda não acabou”. mente na Abelheira, está planeado para lá um aterro e, à parte do “Temos de estar bem atentos, de aterro, uma incineradora e, à parolhos bem abertos”, referiu Do- te da incineradora, também uma mingos Faria, elemento do movi- fábrica de compostagem, portanmento, que realizou uma confe- to, tudo material poluente para rência de imprensa na tarde de as nossas freguesias. É tempo de sábado, 4 de julho, um dia depois dizer basta”, sublinhou Dominde ter tornado público o parecer gos Faria. Recorde-se que na Assembleia desfavorável da CCDR-N ao pedido de licenciamento da Resinorte Municipal da Trofa que reuniu via para a construção do aterro sani- plataforma digital Sérgio Humberto admitiu ter havido “negotário em Covelas. Referindo-se ao presidente da ciação entre a Câmara e a Resi- o pedido formulado pela Re - Freguesia Feliciano Castro tam- contra o aterro. Após quase dois anos de neCâmara Municipal, Sérgio Hum- norte” e assumiu ainda que “con- sinorte para instalar um ater- bém não escapou à indignação berto, a quem acusa de “dizer firmou aos srs. Paulo Sá e Silva, ro sanitário na freguesia de Co- popular e foi alvo de duras críti- gociações, a Câmara que tinha uma coisa hoje e outra amanhã”, Jorge Silva, Sr. Manuel Azeve- velas, na sua página de face- cas por, ao longo do processo não já dado “ luz verde” ao investiDomingos Faria referiu que “ele do e Sr. Luís” que ao contrário book o presidente da Câmara “ter demonstrado uma postura fir- mento a ser executado por parte não vai desistir e vai voltar à car- do que estava a ser dito “o ater- da Trofa, Sérgio Humberto veio me contra o aterro e de apoio à da Resinorte” através de uma miro não iria para a Abelheira mas regozijar-se: CONSEGUIMOS. luta contra o aterro”. As críticas nuta de protocolo tripartida com ga”. “Quando muito, deixam-nos adormecer até às próximas elei- sim para Covelas”. O Presiden- A t e r r o e m C o v e l a s N Ã O. . .” subiram de tom quando, no final a empresa e a Trofáguas em troções e, depois, a história será ou- te da Câmara assumiu ainda que “OBRIGADO a todos os que esti- da reunião o presidente da Jun- ca de cerca de 2 milhões de eulhe foram “apresentadas 3 pro- veram ao nosso lado com Cove- ta Feliciano Castro afixou um co- ros que tinha sido já remetida à tra”, atestou. municado no qual se congratu- Secretaria de Estado do AmbienA mesma ideia é propalada pelo postas para colocar uma empre- las e com todos os Covelenses”. Estas afirmações originaram la com o chumbo da CCDR-N ga- te em 2019. Já em 17 de fevereiro pároco da freguesia, José Ramos, sa de aterro de resíduos de obras, que desde o início está do lado uma empresa de fertilizantes e ou- uma onda de indignação um pou- rantindo “estar satisfeito com esta deste ano o presidente da Câmara Sérgio Humberto assina pelo dos manifestantes na luta contra tra unidade no Lar do Emigrante”, co por todo o concelho mas de for- vitória de Covelas e de todos os a construção do aterro: “Cuida- na freguesia de Covelas mas que ma mais veemente em Covelas. Covelenses” através do comuni- próprio punho o segundo pediAssim, no final de uma das reu- cado assinado pelo executivo da do de alteração, por exclusão, à do, não podemos cruzar os braços. não aceitou. niões privadas, a que apenas po- Junta, adianta que “o Presiden- delimitação da Reserva EcológiEsta não é a hora do render da diam aceder algumas pessoas e, te da Câmara Municipal da Trofa, ca Nacional da Trofa”. No texto Presidentes da Câmara da guarda, não, esta é uma hora para apenas por convite, Sérgio Hum- Sérgio Humberto, não vai baixar pode ler-se “Vimos por este meio, Trofa e da Junta de Covelas estarmos de olhos bem abertos”. berto foi apupado pelos popu- os braços e como representante e no âmbito do processo de licencontestados pela população Alimentados pela “desconfianlares que esperavam à porta da do povo de Covelas e do Conce- ciamento para a construção de um ça” que têm dos órgãos públicos locais, e cientes de que, “em terAssim que foi conhecida a de- junta de Covelas na noite de sex- lho” e que, mantém o pedido de aterro sanitário da empresa Resimos geográficos, Covelas tem vá- cisão da CCDR-N de chumbar ta-feira. O presidente da Junta de audiência ao Sr. Ministro do Am- norte, solicitar a exclusão de 6,8 biente e da Ação Climática, Eng. ha (hectares) da Reserva EcolóJoão Pedro Matos Fernandes, es- gica Nacional (REN) do Concelho perando que este mantenha a sua da Trofa”. O pedido assinado por palavra e cumpra o que afirmou, Sérgio Humberto informa que o quando disse que não irá licen- projeto a desenvolver vai localiciar nenhum aterro para o terri- zar-se “na proximidade do aterro sanitário existente no concelho de tório Trofense”. Recorde-se que esta onda de Santo Tirso” e informa ainda que revolta da população de Cove- “o total da área a afetar com a inlas e de outras freguesias que se fraestrutura será de 17,0 ha, sendo foram associando, teve início em que 35% está integrada em REN… maio, após ter sido tornado pú- solicita-se a exclusão de 6,8 hecblico que a Câmara Municipal da tares, totalmente incluídos na tiTrofa estava a negociar com a Re- pologia cabeceiras de linhas de sinorte a instalação de um aterro água” ou seja, área da nascente sanitário em Covelas, a apenas 3 do Rio de Covelas. No pedido, Sérgio Humbermetros de distância do aterro sanitário de Santo Tirso, já encer- to, fundamenta a desafetação de rado e em processo de selagem. REN, com a “evolução das conA população uniu esforços, criou dições económicas, sociais, amum movimento de cidadãos e foi bientais inerentes à construção conquistando apoios para a luta desta infraestrutura”, julgando-


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Atualidade -se por isso “estarem reunidas as que “desde o tempo decorrido condições” para a CCDR-N apro- desde o pedido de alteração à devar a retirada dos 6,8 ha de Reser- limitação da REN da Trofa, foram desenvolvidos os trabalhos ineva Ecológica Nacional. O NT sabe ainda que na Memó- rentes à elaboração da nova carria Descritiva produzida pela au- ta de REN do concelho da Trofa”. tarquia para fundamentar o pedi- Assim, e atendendo a que para o do de alteração à área de REN da- local em apreço, a mesma podetado de Novembro de 2019, a Câ- rá configurar uma delimitação dimara faz referência de que “fo- ferente da atual, entendemos que ram já realizadas várias reuniões se deverá aguardar pela conclupreparatórias que contaram com são dos trabalhos tendo em vista a presença da Câmara Municipal a avaliação posterior da pertinênda Trofa, dos responsáveis da Re- cia dos trabalhos”. Com esta carsinorte, da entidade coordenado- ta a Câmara pede à CCDR-N para ra do licenciamento e da Agência aguardar pela nova designação Portuguesa do Ambiente - APA do solo prevista na nova versão do que inclusivamente fizeram visi- PDM, cujos trabalhos de alteração ta ao local onde se pretende insta- decorrem, deixando em aberto a lar o aterro”. Ora deste documen- possibilidade de voltar a formalito pode ainda retirar-se a informa- zar o pedido. Já a população de Covelas gação de que, para “fugir” ao estudo de impacto ambiental, a capa- rante não estar descansada com cidade de receção de resíduos se- este “aparente abrandamento do ria de 150 mil toneladas por ano”. pedido de licenciamento de aterDa memória descritiva salienta- ro” e o movimento de cidadãos -se ainda que, a “com vista à via- garante que vai continuar na luta bilização da pretensão a Câma- pois “nada garante que após as ra Municipal da Trofa promoveu eleições autárquicas de 2021 este uma alteração ao Regulamento aterro possa mesmo ser construído PDM publicada a 14 de agosto, do naquela freguesia ou numa outra do concelho da Trofa. pelo aviso 12983/2019”. Após o início da contestação à Presidente de Santo Tirso construção do aterro em Covesatisfeito com decisão las, a CCDR-N solicita por escrida CCDR-N to, esclarecimento à Câmara da Trofa, numa comunicação envia“É gratificante ver que todo o da em finais de maio, que clarifique qual a classificação do solo nosso trabalho e esforço das últina área prevista para a constru- mas semanas culmina neste pareção do aterro, tendo em conta cer CCDR-N”. Foi desta forma que que a Câmara está em alterações Alberto Costa, presidente da Câao PDM que estão “em avançado mara Municipal de Santo Tirso se estado de trabalhos de revisão”,… referiu ao parecer desvaforável nos seja transmitida qual a classi- ao pedido de licenciamento da ficação e qualificação do solo pre- Resinorte, para instalar um aterro “paredes-meias” com aquele que vista para a área”. Mais de um mês após a data esteve em funcionamento até 2016, desta comunicação a Câmara da em Santa Cristina do Couto, terriTrofa e novamente pelo punho tório do concelho tirsense. “Fizemos todo o esforço, desde do presidente da Câmara, Sérgio Humberto, remete à CCDR-N a reunião com o senhor Ministro uma comunicação onde informa (do Ambiente), todos os ofícios e

e-mails trocados com as mais diversas instituições, entre as quais também a CCDR-N e, portanto, chegamos a bom porto”, referiu o autarca, à margem da inauguração da requalificação de um complexo habitacional, na Reguenga, na manhã de segunda-feira, 6 de julho. Alberto Costa sublinhou que “o Governo deu mostras de que, de facto, não é permitido fazer coisas destas de qualquer forma”, tendo em conta o “histórico” daquela área territorial. “Não fazia sentido absolutamente nenhum, numa zona onde estão previstas a selagem definitiva do antigo aterro e a criação de um espaço verde, fazer-se um novo aterro a três metros de distância”, sublinhou. Sessão de esclarecimento adiada e marcada vigília de apoio ao padre de Covelas E para provar que a luta continua, o movimento prevê realizar uma sessão de esclarecimento, na qual quer ver, finalmente, o presidente da Câmara Municipal da Trofa dirigir-se à população publicamente. A sessão estava agendada para

11 de julho, junto à Capela de S. Gonçalo, em Covelas, mas foi adiada devido às “previsões meteorológicas”. No entanto a ação foi substituída por uma Vigília de apoio ao Padre José Ramos. O pároco de Covelas que tem sido alvo de queixas enviadas ao Bispo do Porto a acusá-lo de participar nas manifestações

sob efeito de álcool. José Ramos em declarações aos jornalistas garantiu que estas queixas “não me vão fazer calar, pelo contrário”. A vigília está marcada para o próximo sábado, 11 de julho, às 21.30horas junto à Capela de S.Gonçalo, em Covelas e é organizada pelo Movimento Contra o Aterro Sanitário em Covelas.

Cronologia Dezembro de 2017 -Resinorte reúne na Câmara da Trofa 14 de agosto de 2019 - Câmara altera regulamento do PDM para viabilizar a desafetação de REN e construção do aterro em Covelas 17 fevereiro de 2020 - Sérgio Humberto pede exclusão de área REN a Zona do Aterro 14 de maio de 2020 - Jornal O Notícias da Trofa noticia intenção da Câmara e Resinorte de construção do aterro em Santo Tirso 15 de maio - Câmara da Trofa em comunicado afirma que não há nenhum aterro para Abelheira 19 maio - Sérgio Humberto afirma, em declarações à agência Lusa, que aterro cumpria todos os requisitos e que é uma extensão do aterro de Santo Tirso 21 de maio - Reunião com eleitos de Covelas, Sérgio Humberto defende aterro afirmando “que a Resinorte tem interesse e a Câmara da Trofa também”. 26 maio - Resinorte em comunicado informa que aterro é uma nova unidade e não uma extensão do de Santo Tirso. 29 maio - Sérgio Humberto em comunicado afirma ser contra aterro em Covelas. 30 maio - Manifestação no Parque de Nossa Senhora das Dores da população contra aterro. 14 de junho - Cerca de 1000 pessoas caminham contra o aterro. 27 de Junho - Mega Buzinão pelas ruas de Covelas e Bougado contra o aterro. 28 de junho - Presidente da Câmara inicia sessões de esclarecimento com Covelenses 3 de julho - CCDR-N dá chumbo ao Aterro


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Doentes Covid-19 devem reportar Número de casos reações adversas a medicamentos de Covid-19 na Trofa levanta dúvidas

A Unidade de Farmacovigilância do Porto (UFPorto) lançou um apelo aos doentes infetados pelo novo coronavírus para que reportem “qualquer suspeita de reações adversas a medicamentos ocorridas em associação com a toma de qualquer medicamento”. CÁTIA VELOSO Esta ação de sensibilização surge na sequência do alerta já lançado pelo Infarmed, juntamente com a Agência Europeia do Medicamento, para a importância de se divulgar alguma reação a medicamentos “destinados ao tratamento da Covid-19, bem como medicamentos habitualmente utilizados para tratamento de doenças crónicas pré-existentes”. “As suspeitas de reações adversas a medicamentos poderão ser notificadas diretamente ao Sistema Nacional de Farmacovigilância, utilizando para isso o Portal RAM ou, no caso particular dos trofenses, uma vez que estão na área abrangida pela UFPorto, poderão preencher o formulário de notificação disponível no site da nossa Unidade”, sugeriu Inês Ribeiro, Coordenadora Técnica desta unidade regional do Sistema Nacional de Farmacovigilância. O endereço do site da UF-

A s suspeitas de reações adversas a medicamentos devem ser comunicadas Porto é http://ufporto.med.up.pt/. vos”. “Continua a existir um desOs utentes com suspeitas de conhecimento profundo de possíreações adversas a medicamen- veis interações medicamentosas tos podem, ainda, reportar ao mé- que possam estar a ocorrer com dico de família, enfermeiro ou far- a terapêutica ou mesmo a influênmacêutico, que “encaminharão cia da medicação no curso da infeção”, acrescentou. essas informações ao Infarmed”. Sediada na Faculdade de Me“Numa altura em que a comunidade científica procura evidên- dicina da Universidade do Porto, cia sobre o tratamento adequado “a UFPorto tem estado envolvida para a COVID-19, é de crucial im- em trabalhos de investigação, soportância conhecer – na prática – bretudo nas áreas da farmacovitodas as reações adversas provo- gilância e da farmacoepidemiocadas pelos tratamentos que estão logia, contribuindo para o ecosa ser experimentados”, sublinha sistema da segurança do medicaInês Ribeiro, revelando que “ape- mento que constitui uma prioridasar de começar a surgir alguma de para saúde pública a nível gloevidência sobre o efeito de algu- bal”, explicou, por sua vez Renato mas classes de fármacos no curso Ferreira da Silva, aluno de doutoda infeção, os resultados são ain- ramento na UFPorto. da muito prematuros e inconclusi-

Mulheres socialistas confecionam e entregam máscaras à Cruz Vermelha

Mulheres Socialistas entregam 300 máscaras comunitárias Depois de uma “colaboração desenvolvida com a Junta de Freguesia do Coronado”, o departamento das Mulheres Socialistas – Igualdade e Direitos da Trofa (MS-ID Trofa) decidiu alargar a sua ação solidária em tempos de pandemia e entregou 300 máscaras de utilização comunitária à de-

legação da Trofa da Cruz Vermelha Portuguesa. Os equipamentos, “confecionados pelas MS-ID Trofa”, são a resposta do departamento às necessidades identificadas na sequência “dos telefonemas semanais aos seniores” da freguesia do Coronado. “Dessa auscultação, verificá-

mos a necessidade de terem acesso a máscaras por serem um grupo de risco. Registamos com agrado a distribuição massiva de máscaras efetuada por parte da Junta de Freguesia do Coronado, deixando assim os seniores providos de máscaras de uso social. Assim, e tendo em conta que as máscaras já estavam a ser por nós confecionadas, foi necessário pensar noutro fim para as mesmas. Por isso, as MS-ID da Trofa entraram em contacto com a Cruz Vermelha - Delegação da Trofa”, explicou fonte do departamento. A escolha da Cruz Vermelha explica-se pelo facto de esta ter registado “um aumento de 50 por cento” das solicitações “ao Programa Operacional Alimentar Pessoas Mais Carenciadas (POAPMC), passando a apoiar 337 agregados”.

Há mais de um mês que a Trofa não contabiliza novos casos de infeção por Covid-19, segundo os dados da Direção-Geral da Saúde (DGS). Desde o dia 6 de junho que o concelho apresenta os mesmos 149 casos registados desde o início da pandemia, uma realidade que, assim como acontece em vários concelhos pelo país, tem sido contestada nos últimos dias. A notícia, avançada pelo Expresso, dava conta de que vários profissionais e entidades “colocaram em causa a veracidade da dimensão da infeção” divulgada pela DGS, aludindo para “um número maior de casos registados pelas autoridades de saúde do que o reportado na base de dados totais ou até concelhos que o boletim oficial refere não terem novos doentes há semanas mas onde continua a haver admissões covid”. A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, reconheceu ao semanário que “há várias disfunções no sistema”, mas que a situação estava a ser “regularizada”. Quanto aos dados por concelho, acrescentou, “referem-se ao total de notificações médicas no sistema SINAVE, não incluindo noti-

ficações laboratoriais, como tal pode não corresponder à totalidade dos casos”. Durante esta semana, também outros órgãos de comunicação abordaram o tema, com o JN a recolher indicações do presidente da Câmara da Trofa, Sérgio Humberto, que reconheceu que na Trofa existem mais “30 por cento” dos casos do que o reportado pela DGS, ou seja, o número de infetados andará à volta dos 195 casos. O NT sabe de, pelo menos, um caso de uma jovem que testou positivo para a Covid-19 há 15 dias e que foi acompanhada pela unidade de saúde da Trofa, mas sem constar dos dados diários da DGS.

ASCOR Associação de Solidariedade Social do Coronado

IPSS – Pub. em Diário da Rep. – III Série nº 41 de 18/02/03 NIPC 510774415 | Tel.229863767-Rua do Horizonte, 1008 4745-532 S. Romão Coronado – Trofa

CONVOCATÓRIA José de Oliveira Barbosa, Presidente da Mesa da Assembleia Geral da ASCOR – Associação de Solidariedade Social do Coronado, vem nos termos do nº. 2 do artº. 30º. dos Estatutos, convocar todos os associados para uma ASSEMBLEIA GERAL ordinária a realizar na sua sede na Rua do Horizonte, 1008, São Romão do Coronado, no próximo dia 15 de Julho (quarta-feira) pelas 21 horas, com a seguinte ORDEM DE TRABALHOS 1. Apreciação e votação do Relatório e Contas do exercício de 2019; 2. Apreciação e votação do parecer do Conselho Fiscal ao Relatório e Contas do exercício de 2019; 3. Outros assuntos de interesse para a Associação. São Romão do Coronado, 1 de julho de 2020. O Presidente da Mesa, José Oliveira Barbosa NOTA: Se à hora marcada, não estiver presente a maioria dos associados, a assembleia realizar-se-á 30 minutos depois, com o número de associados presentes. Por causa da pandemia da COVID19, todos os associados terão de usar máscara dentro das instalações da Associação.


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Atualidade

Caso dos subsídios municipais ao Trofense

Vereador da Câmara começa a ser julgado em outubro

João Mendes

CRÓNICA A proveitamento político Qualquer pessoa que se exprima politicamente, integrando ou não um partido e independentemente da sua orientação ideológica, pode ser acusada de aproveitamento político. Basta, por exemplo, ter uma opinião que incomode um determinado poder, seja local, nacional ou até partidário, num momento mais ou menos crítico da sua existência. E, se pensarem bem, estamos perante um excelente subterfúgio: de uma assentada, contorna-se uma questão incómoda, muitas vezes sem a responder, e encena-se o teatro da vítima, esse grande mobilizador da vida político-partidária, em particular para tropas mais leais e pouco dadas a pensar. Pelo menos pela própria cabeça. Para quem observa de fora e elabora o seu julgamento sem recorrer a cartilhas, distinguir entre aproveitamento político e análise factual de uma situação é um exercício relativamente simples. Olhemos para o caso do aterro. Vejamos as declarações que foram feitas por Sérgio Humberto (SH) e ajuizemos, sem óculos partidários ou ideológicos, qual era, até ao dia em que o negócio foi tornado público, e mesmo após esse momento, a posição do executivo. Era favorável, defendia vigorosamente a sua construção e desvalorizava todo e qualquer impacto ambiental e sanitário, com o próprio SH a garantir a sua inexistência. Dizer que SH tentou, a todo o custo, trazer o aterro para a Trofa é aproveitamento político? Não, não é. É a constatação de um facto irrefutável e muito relevante, na medida em que nos mostra até onde SH é capaz de ir nas nossas costas. E é também por isso que pode e deve ser amplamente divulgado, para que os trofenses conheçam melhor quem os governa, para lá da propaganda. Acusações de aproveitamento político, neste contexto, são desculpas de mau pagador, de quem lida mal com a verdade, por ter sido apanhado a mentir, e não tem um argumento válido ou sólido para apresentar. Contudo, e se vamos falar sobre aproveitamento político, que dizer da postura do executivo, que afirmou ter mudado de posição, por (alegadamente) ter ouvido a voz do povo? Ouvia-a onde? Nas redes sociais? Fez imediatamente uma sondagem? Foi de porta em porta, questionar quase 40 mil trofenses? Qual foi, exactamente, o barómetro que permitiu ao executivo auscultar a população em tempo recorde, poucos dias após a descoberta do negócio secreto? Desculpem, mas isto não faz qualquer sentido. O problema não foi a opinião da população, que o executivo não teve tempo nem condições para ouvir. O problema foi que, descoberto o segredo mais bem guardado deste executivo, não lhe restava outra solução que não fosse recuar, porque nunca, em momento algum, os trofenses aceitariam um aterro no seu concelho. E este negócio não foi negociado em segredo por acaso. Em política, não existem acasos. Como é natural, perante tanto malabarismo amador, os restantes partidos tomaram posição. Esperavam que fizessem o quê? Que ficassem calados a assistir ao desastre? O que faria o PSD, se fosse oposição, e o partido no poder tivesse negociado um aterro sanitário na penumbra? Ficava calado? Claro que não! E basta recuar à campanha de 2013 para perceber isso mesmo. Aliás, importa sublinhar que ninguém se aproveitou politicamente desta situação como o próprio SH, que, pouco tempo após ser conhecido o chumbo da CCDR-N, correu para as redes sociais para declarar vitória e agradecer a quem esteve ao seu lado. Ao seu lado a fazer o quê? A cortejar a Resinorte para que o aterro fosse instalado aqui? SH fez tudo para trazer o aterro, defendeu-o com unhas e dentes, ocultou a sua negociação da população, humilhou os eleitos de Covelas, nunca esteve ao lado da população e agora canta vitória? Querem maior aproveitamento político que ver este político de carreira cantar vitória e puxar para si os louros, depois de tudo ter feito para nos condenar a 50 anos de aterro?

Sete pessoas acusadas pelo ministério público de abuso de poder, falsificação de documentos, fraude na obtenção e desvio de subsídio, num caso que envolve a Câmara Municipal da Trofa e o Clube Desportivo Trofense, assim como duas empresas da Trofa, começam a ser julgadas a 19 de outubro. O julgamento, a cargo do Tribunal de Matosinhos, vai ser realizado no Auditório Municipal de Vila Nova de Gaia, devido ao elevado número de réus e testemunhas. No processo, em que é réu o vereador da Câmara Municipal Renato Pinto Ribeiro, relaciona-se com um caso que remonta a julho de 2014, data em que a Câmara da Trofa assinou um contrato programa de desenvolvimento desportivo, com o Clube Desportivo Trofense, no valor de 135 mil euros, para apoiar as camadas jovens do clube. A Câmara Municipal da Trofa pagou a totalidade do subsídio previsto no referido contrato programa, dos quais 60 mil se destinavam a “obras de conservação e manutenção no complexo desportivo de Paradela”. No entanto, de acordo com a acusação do Ministério Público (MP),“não foram efetuadas” as obras. O esquema passaria pela apre-

P rotocolo assinado no Belive em 2014 sentação, por parte do CD Trofense, de faturas do montante das obras, alegadamente, realizadas, juntando depois um requerimento com a discriminação das obras. Os técnicos da Câmara validaram as despesas, segundo o MP, sem as fiscalizar, através de uma informação, despachada favoravelmente por Artur Costa, chefe de divisão do Desporto, Cultura e Turismo da Câmara Municipal da Trofa e pelo diretor de departamento Vicente Seixas. Com a concordância do vereador Renato Pinto Ribeiro, que despachou a 22 de janeiro de 2015, foi pago cerca de um mês depois, por transferência bancária, o montante de 22.500 euros, referente à última tranche ainda em falta. O julgamento visa apurar se as

verbas públicas atribuídas pela autarquia serviram para pagamentos de salários e outras despesas do futebol profissional do Trofense. Na acusação, o Ministério Público pedia a perda de mandato de Renato Pinto Ribeiro, à data dos factos com o pelouro do Desporto na autarquia, acusando-o, juntamente com Artur Costa, chefe de divisão do desporto da autarquia, de “crime de abuso de poder”. Paulo Melro, presidente em 2014 do CD Trofense, é acusado do “crime de fraude e desvio de subsídios”. Nos arguidos estão ainda mais 2 técnicos da Câmara da Trofa e 2 empreiteiros que alegadamente terão emitido faturas de obras que não foram realizadas.

Mulher atropelada em S. Romão Uma mulher sofreu ferimentos, na sequência de um atropelamento, na Rua do Horizonte, perto da estação ferroviária de S. Romão do Coronado,na manhã de quarta-feira, 8 de julho. Cerca das 9h45, a vítima, de 70

anos, estaria a atravessar a estrada quando foi colhida por um automóvel. Foi assistida pelos Bombeiros Voluntários da Trofa, com apoio diferenciado das equipas do INEM da Viatura Médica de Emergên-

cia e Reanimação do Hospital de S. João, do Porto, e da ambulância de Suporte Imediato de Vida da Maia. A mulher foi transportada, com ferimentos ligeiros, para a unidade de Vila Nova de Famalicão do Centro Hospitalar do Médio Ave.


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O NOTÍCIAS DA TROFA

Religião

Muro vai ter cemitério ampliado

P rojeto

apresentado na última assembleia de freguesia do

O presidente da Junta de Freguesia do Muro espera que seja possível avançar com a obra ainda este ano. Empreitada vai possibilitar aumentar a capacidade do cemitério em 84 jazigos. CÁTIA VELOSO O projeto de ampliação do cemitério do Muro foi divulgado na última sessão da Assembleia de Freguesia, que decorreu a 30 de junho, por videoconferência. O presidente da Junta, José Fernando, revelou que esta obra, “há muito desejada”, será realizada em duas fases, a primeira das quais direcionada para a amplia-

Muro

ção, com a criação de um espaço capaz de albergar “84 jazigos”. Porém, inicialmente, será apenas intervencionada a “zona central”, para 48 jazigos, ficando a restante área em zona verde até serem necessários mais jazigos. Além da ampliação, o projeto contempla a alteração das casas de banho, que ficarão “ao nível” da capela mortuária e a criação de uma zona social, com balcões onde poderão ser feitos os arranjos de flores e a limpeza das campas. Haverá também uma garagem e uma nova entrada, localizada do lado da escola primária. “A nossa ideia não é que haja

dois cemitérios, mas sim um único, por isso será eliminada a parede para que, em caso de cerimónia, as pessoas sintam que estão no mesmo local”, explicou o presidente da Junta de

Freguesia. No cemitério será ainda criado um roseiral e um espaço específico para a colocação de cinzas, numa solução que ainda será regulamentada pela Assembleia de Freguesia. José Fernando manifestou vontade de ver a obra avançar “ainda este ano”, uma vez que “a pandemia atrasou” o processo, previsto estar no terreno no primeiro semestre deste ano. “O projeto já está na Câmara Municipal da Trofa a ser avaliado pelos técnicos. Aguardamos para avançar com o projeto de especialidade e fazer o caderno de encargos para depois fazermos os convites às empresas”, explicou o autarca, que referiu ainda ter expectativa de que, na próxima sessão da Assembleia de Freguesia seja já possível “aprovar o contrato interadministrativo a celebrar com a Câmara Municipal para dar competência à Junta para fazer a obra”.

A ssembleia aprova louvor ao padre Rui O voto de louvor ao pároco de S. Cristóvão do Muro, Rui Alves, foi apresentado pelos eleitos do movimento Sempre Independentes pelo Muro (SIM) e mereceu a unanimidade dos eleitos da Assembleia de Freguesia. O documento elogia “todo o trabalho desenvolvido” pelo pároco e a capacidade de “em apenas nove anos” ter conseguido “criar uma empatia gigantesca com a comunidade, cativando e fazendo demonstrações de equidade a todos os murenses que se cruzaram nesta sua curta jornada”. “A sua juventude nunca foi entrave para liderar projetos difíceis, mas não impossíveis, resolvendo-os sempre de forma cordial e justa. Conseguiu unir as pessoas, mesmo aquelas que eram, aparentemente, muito diferentes. Fez obra que, apesar de ser para a paróquia, motivou-nos para outras obras de interesse público para a freguesia”, refere o documento lido pela eleita do SIM, Margarida Pinto, que também aludiu para os atos solidários do pároco durante o período de pandemia. Sem divulgar grandes pormenores, o presidente da Junta de Freguesia, José Fernando, anunciou que, no dia 25 de julho, dia do padroeiro S. Cristóvão, a freguesia dirá “um até já” ao padre Rui, dando a entender a realização de uma homenagem.

Santiago de Bougado

Requalificação da Casa Pe. Serra inaugurada dia 26 O conselho económico da paróquia de Santiago de Bougado anunciou que a requalificação da Casa Pastoral Pe. Serra está “em fase de conclusão”. A inauguração acontece a 26 de julho, por altura das celebrações da festa de São Tiago. As despesas da obra, explicou o conselho económico, “serão essencialmente assumidas por donativos concedidos para esse fim e pela paróquia, com dinheiro destinado para as obras”. “Não quisemos fazer peditórios neste tempo de crise provocado pela pandemia”, explicou. Esta casa dará à paróquia “mais espaços para o serviço da comunidade e dos grupos paroquiais”. C.V.

Obra do Centro Pastoral adiada “Com esta pandemia que a todos atinge, social e economicamente, decidiu-se que as obras do Centro Pastoral e Residência Paroquial vão aguardar mais um pouco até esta crise passar e os indicadores económicos do país e das famílias melhorarem”, explicou o conselho económico, que considera esta a decisão “mais sensata e prudente”. “Entretanto, continuaremos a manter a situação financeira da paróquia de forma saudável, dentro do possível, e quando as condições permitirem começaremos as iniciativas de angariação de fundos”, explicou. Quanto a este projeto, o conselho económico deu ainda conta do “parecer favorável e respetiva licença” por parte da Câmara Municipal para a empreitada. “O nosso arquiteto já concluiu o seu trabalho e continua acompanhar o gabinete de engenharia na conclusão do que falta”, acrescentou. C.V.


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Educação

Ranking das escolas

Escolas escalam lugares no Ensino Básico Os exames no Ensino Básico foram positivos para a maioria das escolas do concelho da Trofa, que subiram no ranking nacional. CÁTIA VELOSO

O Colégio da Trofa, a Escola Secundária da Trofa e a Escola Básica e Secundária do Coronado melhoraram a sua posição no ranking das escolas, ao nível do Ensino Básico. De acordo com a lista publicada pelo jornal Público, o Colégio da Trofa escalou 22 lugares, instalando-se na 82.ª posição a nível nacional. Com uma média geral positiva de 3,69, o estabelecimento privado de ensino realizou 118 provas, destacando-se as de Português, cujo resultado médio é de 3,88, enquanto o de Matemática situa-se nos 3,51. Apesar de ser ainda a única do concelho com média geral insuficiente (2,88), a Escola Básica e Secundária

do Coronado e Castro registou uma subida assinalável no ranking, com o melhoramento de 125 lugares comparativamente com o ano letivo anterior, situando-se na posição 634 a nível nacional. Com 151 provas realidades, este estabelecimento esteve perto do três a Português (2,96), enquanto a Matemática a média registada foi de 2,80. A melhor escola pública do concelho ao nível do Ensino Básico continua a ser a Escola Básica do Castro, mas este ano “tombou” no ranking, descendo 93 lugares para o 207.º posto a nível nacional, com uma média geral de 3,27. Das 109 provas realizadas, regista-se uma média de 3,22 a Matemática e de 3,31 a Português. A Escola Secundária da Trofa melhorou a performance, com uma média geral de 3,03, e isso valeu-lhe uma escalada de 40 lugares

no ranking nacional, para o 448.º posto. O estabelecimento com o maior número de provas a nível concelhio – 315 – registou uma média de 3,09 a Português e de 2,97 a Matemática. Secundário: Escolas afirmam-se nas ciências humanas No que respeita ao Ensino Secundário, apenas o Colégio da Trofa melhorou a sua posição no ranking nacional. Ao subir oito lugares, a escola privada assumiu-se a 37.ª melhor do País, com uma média global de 12,82 (no ano letivo anterior foi de 12,17). Do total das 452 provas realizadas, destaque para a nota média conseguida a Geografia, 13,16, a 13.º melhor do País, e a Matemática Aplicada às Ciências Sociais, 13,24. Na mesma ordem de grandeza, ficaram os exames de Biologia (13,33) e Fí-

E scolas da T rofa sobem no ranking sica e Química (13,26). Seguem-se Matemática (12,89), Português (12,74) e História (10,92). A única média negativa foi a de Filosofia, situada nos 9,09. Já a Escola Secundária da Trofa, que realizou 469 provas, desceu no ranking nacional para o 97.º lugar (queda de 37 posições), ao piorar a média global de 11,85 para 11,63. Apesar disso, o estabelecimento de ensino registou nota média positiva em todos os exames, com destaque para a Matemática Aplicada às Ciências Sociais, de 13,58, a 17.ª melhor do País. A média de Matemática situa-se nos 12,67 e a de Português nos 12,14. Seguem-se Biologia (10,99), Geografia (10,46), Filosofia (10,21) e Física e Química (10,08). Com 78 provas realizadas, a Escola Básica e Secundária do Coronado melhorou a média global de 11,12 para 11,15, mas ainda assim desceu 11 lugares no ranking, assumindo-se como a 144.ª a nível nacional. Na Filosofia, conseguiu a 13.º melhor média do País – 12,93 -, e conseguiu positiva a Português (12,03), Matemática (11,58), Biologia (10,93) e Matemática Aplicada às Ciências Sociais (10,18). Na Física e Química, a média situa-se nos 9,91 e na Geografia nos 8,93. Diretores evidenciam melhores indicadores Para o diretor do Agrupamento de Escolas do Coronado e Castro, Renato Carneiro, os rankings escola-

res “dizem pouco sobre o trabalho efetuado pelas escolas”, uma vez que compara estabelecimentos que acolhem alunos com situações socioeconómicas diferentes. “Escolas cujos alunos provêm dum contexto familiar com boas condições económicas, sociais e culturais não devem ser comparadas com outras escolas em que os alunos são de níveis sócio económicos baixos e com um número significativo de subsidiados pela ação social escolar. Os primeiros, com determinantes sociológicos familiares favoráveis, com objetivos de vida bem vincados, são motivados a lutar pelo que desejam, os segundos, preocupados com a subsistência da família, encaram a escola como lugar de passagem até terem idade para ingressarem no mundo do trabalho, de modo a poderem ajudar no sustento das suas famílias”, explicou. Ainda assim, Renato Carneiro não deixou de evidenciar “os resultados alcançados pela Escola Básica do Castro no 9.º ano, a escola pública do concelho com melhores resultados, e pela Escola Básica e Secundária do Coronado e Castro, a filosofia no 12.º ano, com os melhores resultados no concelho”. O diretor do Agrupamento referiu ainda a taxa do percurso escolar sem retenções (reprovações), indicando o “36.º lugar” da EB do Castro e o “7.º” da EBS

do Coronado e Castro, no ranking nacional. Paulino Macedo também relativiza a fiabilidade dos rankings para definir quais as melhores escolas, uma vez que as condições dos estabelecimentos públicos e privados não são as mesmas. Mas apesar de não ser “seguidista” destes indicadores, o diretor do Agrupamento de Escolas da Trofa não é indiferente, considerando que “trazem algumas mensagens” às quais está “atento”. Socorrendo-se do ranking elaborado pelo JN, Paulino Macedo destaca o “80.º lugar” da Escola Secundária a nível nacional, um indicador que melhora significativamente se forem excluídos os estabelecimentos de ensino privado. Desta forma, surge em 19.º. “A Escola Secundária da Trofa mantém-se desde 2014 entre as primeiras cem escolas do país. No terceiro ciclo ocupamos o meio da tabela e entre 1195 unidades orgânicas ocupamos a posição 557”, destaca. Paulino Macedo conclui que o Agrupamento “está bem e recomenda-se”, mas “não está tudo feito” e ainda “pode ser melhor”, sublinhando que o “sucesso” se deve ao “trabalho dos alunos, à proximidade com os seus encarregados de educação e às associações de pais, a um programa de apoio aos alunos muito personalizado e ao trabalho dedicado dos professores”.


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Cultura

Guidoense lança livro infantil que “toca nos corações de todas as idades” “Samuel à conquista dos seus sonhos” é a obra de estreia da guidoense Anabela Silva Costa. O livro é editado pela Flamingo e pretende ser uma bússola para que crianças – e adultos nunca percam a orientação no caminho rumo à concretização dos seus objetivos. CÁTIA VELOSO Foi no momento em que acabou de ler o primeiro livro que requisitou numa biblioteca ambulante, ainda criança, que Anabela Silva Costa, de 28 anos, percebeu que também queria ser contadora de histórias. O sonho nasceu e foi alimentando, aqui e ali, por “apontamentos” que foi fazendo, mas o tempo acabou por recolhê-lo numa gaveta. Apesar de suspenso, esse sonho nunca foi esquecido, até que foi concretizado. E se de sonhos falamos, também o livro de Anabela Silva Costa se alimenta de deles, mais propriamente os do Samuel, personagem principal desta obra infantil que, acredita a autora, “consegue tocar o coração de qualquer pessoa”. “Porque fala de sonhos e todos temos sonhos. Normalmente, os pais gostam de ler aos filhos e penso que, ao contactar com esta história, também eles se sentirão tocados”, contou a autora, em declarações ao NT, sublinhando que encontrou na escrita “um ponto de partida” para realizar o próprio sonho de “levar felicidade e leveza às pessoas”. O processo de escrita e edição do livro durou “cerca de um ano” e às palavras de Anabela a editora juntou as ilustrações de Tatiana

A nabela dará a conhecer a história do Samuel na F eira do L ivro de L isboa Goldova. A imagem de Samuel foi inspirada no filho da escritora, de três anos, que também teve muita influência na história. “Quando penso em falar com crianças, naturalmente, eu penso no meu filho”, explicou. Tendo em conta o contexto de pandemia, Anabela Silva Costa confronta-se com várias restrições para agendar apresentações públicas do livro, mas o objetivo é realizá-las. A primeira, contudo, já está agendada: a 28 de agosto,

dará a conhecer a história do pequeno Samuel na Feira do Livro de Lisboa. Entretanto, a obra já está disponível para aquisição, através do site da editora Flamingo. Depois da estreia, Anabela Silva Costa já pensa nos próximos projetos literários: “Já tenho algumas ideias na gaveta e mantenho o objetivo de chegar a todos os públicos, num processo que, para mim, ainda está a ser uma descoberta”.

Inscrições abertas para os Meninos Cantores Até 20 de julho, os Meninos Cantores do Município da Trofa estão de portas abertas para receber novos coralistas. As inscrições para fazer parte do coro infantil do município podem ser feitas para o email antoniamariaserra@gmail.com ou por contacto telefónico, para o número 965581952. Podem inscrever-se crianças e jovens, dos cinco aos 16 anos. Dirigido pela maestrina Antó-

nia Serra, o grupo colecionou um “Histórias de (en)Cantar” – As vasto currículo artístico, refleti- Cançõezinhas da Tila, “Anjos de dos pelas presenças em palcos Pijama”, “Adoro dezembro” e, afamados, como a Casa da Mú- mais recentemente, “8 Canções, sica do Porto, Biblioteca Almei- 8 Países”, que contou com a colada Garrett, Sé Catedral de Bra- boração dos mais reputados esga, Sala das Bicas do Palácio de critores dos países de língua porBelém, Palácio de S. Bento – As- tuguesa. Detentora da Medalha de Mésembleia da República, Igreja de Santo António dos Portugueses rito Cultural do Município, o coro (Roma) e Universidade Estatal do infantil tem como madrinha a malograda escritora Matilde Rosa Rio de Janeiro (Brasil). Na discografia, destacam-se Araújo.

José Pedro Maia Reis Memórias e Histórias da Trofa

Quando o povo de S. Mamede alimentava os cães da Maia Numa das muitas pesquisas de história, analisando uma das maiores obras de história nacionais: “Portugal Antigo e Moderno” que foi um dicionário editado em 1874 com múltiplos volumes que pretendia abordar a história de todas as cidades, vilas e freguesias de Portugal, surgiu vários pontos interessantes sobre a nossa história local. O seu autor, Augusto Soares Azevedo Barbosa de Pinho Leal editava uma das obras que seria referência nacional e iria marcar profundamente o trabalho de historiadores de várias gerações. Naturalmente as freguesias mais próximas da minha pessoa, acabam por fazer recair a nossa atenção sobre elas, nesse sentido acabou por prestar mais atenção às freguesias do concelho da Trofa. Na análise das freguesias do futuro e atual concelho da Trofa a atenção acabou por recair na freguesia de S. Mamede do Coronado, por diversos fatores, desde passado histórico e até evolução de habitantes. Uma abordagem ao enquadramento geográfico desta freguesia relativamente a outras cidades, tais como o Porto ou mesmo Lisboa, referindo que no final do século XIX tinha nos seus limites geográficos 260 fogos. Certamente que se estará a perguntar se existe a possibilidade de converter esse número de fogos, num número real de habitantes, vários historiadores referem que com esse número de fogos deveria ser uma população entre os 1500 a 2500 habitantes. Um aumento elevado da população se atendermos que em 1757 havia apenas 172 fogos, estamos perante um aumento de praticamente 100 casas em pouco mais de cem anos, não ignorando provavelmente o aumento de 1000 mil habitantes. Atendendo a estes dados é possível perceber que S. Mamede do Coronado apresentava uma grande dinâmica social, motivada certamente por questões económicas, até porque na obra em questão a mesma surge como: “É terra fértil. Muito gado”. Tentando traçar um paralelismo e quantificar essa mesma riqueza e dinâmica económica, a sua população pagava praticamente o dobro dos impostos que a população de S. Romão pagava. Atendendo à razão da escrita deste texto e ao próprio título desta crónica, certamente estará a perguntar-se onde surge a questão de alimentar os cães da Maia e sendo imperioso referir essa situação. O autor refere e fazendo uma citação direta do seu dicionário publicado em 1874: “O abbade de Vermuim tinha obrigação de vir aqui assistir à missa, no dia de S. Mamede, com todos os seus creados, cavalgaduras, cães e gados (!) dando de jantar a todos o abbade de Coronado e oferecia ao de Vermuim (que estava de sobrepeliz e estola) sete varas de bragal, que este media, aceitava e tornava para a sua terra”. Devia ser uma situação ao nível da surrealidade de se assistir se olharmos com os olhos da atualidade, um cortejo a caminhar da atual cidade da Maia em direção a S. Mamede, com várias pessoas além dos inúmeros cavalos e até mesmo os cães para jantarem em dia de festa de S. Mamede, nesta localidade trofense. Sendo uma cerimónia com grande rigor em que o abade estava devidamente “fardado” com estola e sobrepeliz a receber um imposto em forma de géneros que era a prática daquela época, como também essa quantidade era uma quantidade padrão. Impossível saber o início desta prática, como também compreender porque é que ela teve início, existem circunstâncias da história que não conseguimos resolver e perceber as suas dinâmicas, sem sombra de dúvidas uma tradição suis generis, não conhecendo mais nenhum caso a nível nacional que se iria perder com o passar do tempo e da memória.


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Atualidade

7 Maravilhas da Cultura Popular

João Pedro Costa

Trofa recebe programa da RTP a 27 de julho CRÓNICA

Há vida na Trofa Há momentos na vida das comunidades que, por este ou aquele motivo, se tornam marcantes. A Trofa viveu um desses momentos: o povo uniu-se, contra a vontade de um presidente de Câmara que negociou com uma empresa privada, durante pelo menos dois anos, sem que fosse do conhecimento público, a instalação de um aterro sanitário no concelho. Segundo a visão de Sérgio Humberto, só existem vantagens na infraestrutura, tendo o próprio afirmado, publicamente, a importância do dinheiro, acima de tantas e tantas outras coisas, como: o ambiente, a saúde e o bem-estar das populações. Mantendo uma anormal coerência, nunca alterou o conteúdo desastroso da sua opinião inicial, a mesma que serviu de mote às negociações e que fez questão de transmitir pessoalmente aos covelenses, sendo apenas travado quando a “coisa” começou a apertar com um descontentamento generalizado das populações, tendo o seu instinto de sobrevivência política obrigado a um bélico recuo. Felizmente, o tempo que o presidente dedicou às negociações foi tempo perdido, já que a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) considerou que a localização prevista para a instalação do aterro não reúne as condições necessárias para a sua aprovação, em matéria de ordenamento do território, pois a área em causa está, PARCIALMENTE, integrada na Reserva Ecológica Nacional, o que, no momento, constitui um entrave e uma enorme sorte para todos! Satisfação à parte, não posso deixar de refletir sobre o legado que todo este processo deixou na comunidade trofense, desde logo pela forma como a entidade que criou todo este problema – o executivo municipal – procurou tratá-lo apenas na esfera política, introduzindo uma narrativa clássica de que “estão todos a fazer política”, não olhando a meios, a palavras e atos para denegrir todos os que ousaram pensar diferente. O primeiro alvo foi mesmo o jornal “O Notícias da Trofa”, que noticiou a intenção, depois de ter investigado e obtido fontes credíveis para cumprir a sua função – informar. Não fosse a sua ação, em tempo útil, estaria o processo a avançar como uma doença que alastra até não ter cura. O segundo alvo da retórica do regime foram os covelenses que, sem dúvida, tiveram motivos (e ainda têm) para perder o sono. Nem o seu presidente de junta, eleito nas listas do partido, sabia de nada! Uns foram apelidados de interesseiros que só queriam chegar ao poder, enquanto outros de maus negociadores, porque não estavam a pensar em contrapartidas. Desta forma, considerados todos uns ingratos! O terceiro alvo, um “mártir” entre os covelenses: o Padre Ramos - que experimentou a ira de quem se opõe ao regime, ignorando a relevância, carisma e imagem que o mesmo possui junto da sua comunidade – tudo serviu para o desacreditar! O quarto alvo a oposição liderada pelo PS, mas também representada pelo Bloco de Esquerda e pelo PCP, porque fizeram o que lhes competia – opuseram-se. Mesmo assim, foram tratados como oportunistas e aproveitadores. Por fim, o quinto alvo, os independentes que se manifestaram contra as pretensões cegas de um executivo, que ignorou a importância das temáticas ambientais e o legado que as más opções podem acarretar para o futuro, mas que, por não terem uma filiação política, foram sendo acusados de meros calculistas. Contudo, para aqueles que julgam que não sou capaz de reconhecer que há algo de positivo em todo este processo criado por Sérgio Humberto, desenganem-se. As suas intenções, contradições e artimanhas foram capazes de espicaçar até ao limite as forças vivas da nossa terra, que lutaram bravamente, demonstrando que na Trofa há vida e, onde há vida, haverá sempre esperança…

Tal como referido pel’O Notícias da Trofa, na edição de 11 de junho, o concelho da Trofa vai receber a final regional do Porto do concurso das 7 Maravilhas da Cultura Popular, no qual são candidatos os Santeiros de S. Mamede do Coronado. A eliminatória realiza-se em programa televisivo da RTP, a 27 de julho, das 10h00 às 13h00 e das 14h30 às 17h00. No total, são 20 finais regionais que correspondem a 20 programas em direto, a transmitir desde o dia 6 de julho, a partir dos municípios mais pequenos que estiverem a concurso. Destas emissões serão diretamente apurados os 20 semifinalistas, através do maior número de votos populares. Segue-se um programa de repescagem, a realizar no dia 16 de agosto, onde o voto popular decidirá quais os oito repescados, a partir dos 20 segundos classificados nas

E liminatória realiza- se a 27 de julho finais regionais. Depois, os 28 semifinalistas serão distribuídos por critérios de proximidade geográfica, em duas semifinais, que irão apurar os 14 finalistas, a realizar nos dias 23 e 30 de agosto. A 5 de setembro será efetuada a declaração oficial das 7 Maravilhas da Cultura Popular, no prime time da RTP. C.V.

Votar nos Santeiros As votações para todos os nomeados às 7 Maravilhas da Cultura Popular já decorrem. Para votar nos Santeiros de S. Mamede do Coronado deve ligar para o número de telefone 760 207 810.

Lince.Trofa “renovado” abre portas à formação para o empreendedorismo O projeto deu os primeiros passos e passa agora para uma nova fase. Lançado há três anos, o projeto de incubação e impulso de novos negócios do concelho – o Lince-Trofa – assumiu um novo figurino e agora é “Pro”. CÁTIA VELOSO

Depois de “renovada” a parceria, com a assinatura de um novo protocolo, a Associação Empresarial do Baixo Ave (AEBA) e Câmara Municipal apontam baterias para não só inspirar novos empreendedores como captar “empresas maduras” para a sua instalação em território trofense. Além disso, abre-se a porta à formação para o empreendedorismo, em ações junto das escolas. “Sendo o concelho da Trofa reconhecido pela forte dinâmica empresarial e pelo empreendedorismo, e sendo a AEBA a associação empresarial que acolhe as empresas e os empresários com maior experiência e reputação nesta região, entendemos conjuntamente que seria muito útil promover a aproximação das dinâmicas e dos

saberes empresariais aos jovens estudantes do concelho e a toda a comunidade escolar contribuindo assim para o desenvolvimento socioeconómico deste concelho e da região”, explicou a direção da AEBA. À associação empresarial cabe, à luz do protocolo, criar condições físicas para que novos negócios possam ser incubados no concelho, disponibilizando, simultaneamente, um “centro de negócios”, para a tal “captação de empresas maduras” e abrindo portas para “a incubação virtual”, através da “criação de ferramentas digitais para apoios negócios atuais e futuros”, explica a autarquia em nota informativa. As iniciativa Lince Jovem, “um estímulo ao empreendedorismo dos mais jovens com aproximação às escolas do concelho”, Lince Empreendedor, “com organização do concurso de ideias de negócio, e o Lince Lab, “programa de capacitação e aceleração, com workshops, seminários e outras formações”, são outras das competências da AEBA neste contexto.

“Somos um concelho de empresas e o trabalho de promoção e apoio ao nosso tecido empresarial não cessa. E nesse sentido é celebrado este protocolo, que permite continuar a implementar políticas de estímulo ao empreendedorismo e ao desenvolvimento económico da Trofa”, referiu o presidente da autarquia, Sérgio Humberto. “Este projeto prevê como complemento ao lançamento de novas iniciativas empresariais (sobretudo com projetos de incubação), quer a captação e instalação de empresas já consolidadas e maduras, bem como diversas atividades de capacitação com o objetivo de estimular o empreendedorismo em todas as idades de desenvolvimento educativo e humano na expectativa de, conjuntamente com o Município, implementarmos uma cultura estruturada de verdadeira educação para o empreendedorismo com a participação e o envolvimento das diversas entidades regionais parceiras nesta missão”. Direção da AEBA


12 O NOTÍCIAS DA TROFA

9 de julho de 2020

Atualidade

Rosa Manuela Araújo é a nova presidente do Rotary Rosa Manuela Araújo foi empossada presidente do Rotary Club da Trofa, na cerimónia de transmissão de tarefas que decorreu, a 29 de junho. Num mandato que será guiado pelo lema “o Rotary abre oportunidades”, Rosa Manuela Araújo evidenciou a importância do “companheirismo” entre os associados. “Um clube rotário é um clube de profissionais ativos, envolvidos em projetos que criem oportunidades de servir, dentro dos valores de Humanismo de Rotary. Ser rotário é estar comprometido com a sua Comunidade”, sublinhou na mensagem que marca o arranque do novo ano rotário. A nova presidente do Rotary referiu ainda que o clube vai “continuar a intervir na comunidade, colaborando com as instituições do concelho, sempre com o intuito de as ajudar a ultrapassar os obstáculos com que se depararem”. C.V.

José Calheiros

Escrita com Norte Caça ao mamute Seguia de carro pela Rua Conde de S. Bento, quando avisto um espaço curto para estacionamento só ao alcance dos melhores, daqueles que se “picam” quando são ultrapassados. De imediato, dou pisca e estaciono um pouco mais à frente, num local com mais espaço… Sempre encarei a ultrapassagem como algo normal para quem conduz. Desligo o rádio, meto marcha-atrás, seguida de uma primeira, e o carro fica devidamente aparcado. - Porque desligaste o rádio?! – Pergunta a Cristina, que me acompanhava nesta manhã. Em tom sério, respondo: - Os meus antepassados caçavam mamutes!

Presidente referiu que o clube vai continuar a intervir na comunidade

Câmara lança Cartão Diamante para oferecer descontos Ca r tão Dia m a nte. É a s s i m 31 de julho. que chama o novo apoio muniAs candidaturas, abertas para cipal a famílias numerosas, ido- comerciantes, prestadores de sos e pessoas com incapacidade. serviços e outras empresas, poCom este cartão, a Câmara Mu- dem ser feitas através do contacnicipal da Trofa pretende apoiar to telefónico 252 409 290 ou do eesta franja da população atra- -mail accaosocial@mun-trofa.pt. vés de descontos “na aquisição “À autarquia competirá promode diversos bens e serviços de ver a divulgação das empresas saúde e bem-estar”, através da aderentes, que contarão com um adesão das empresas do conce- dístico específico para afixar na lho, que se podem inscrever até sua loja e um guia orientador em

suporte digital e papel”, explicou a Câmara Municipal. O Cartão Diamante vai substituir o Cartão Trofa Sénior + e o Cartão Municipal do Deficiente e, além de abranger residentes com mais de 65 anos e cidadãos portadores de incapacidade igual ou superior a 60 por cento, inclui também as famílias numerosas, com três ou mais filhos. C.V.

Termas das Caldas da Saúde reabriram

PS Trofa lança canal no Youtube

Reabriram as Termas das Caldas da Saúde, localizadas em Santo Tirso. Depois de três meses encerradas, devido à pandemia de Covid-19, o espaço com serviços de saúde e bem-estar regressa à atividade, “respeitando as orientações da Direção Geral de Saúde e mantendo os cuidados de higiene e segurança, graças a um corpo clínico e terapêutico especializado”, refere fonte das termas. C.V.

A concelhia da Trofa do Partido Socialista lançou, no início do mês passado, um canal na plataforma de vídeos Youtube. Com esta nova forma de comunicar, os socialistas pretendem “cumprir com o slogan que orienta o mandato” do atual presidente, Amadeu Dias, “Um PS Trofa mais próximo e ainda mais presente”. “Mais próximo das pessoas, com uma comunicação clara e objetiva, e ainda mais presente, pois dada a sua facilidade de acesso através de qualquer dispositivo móvel, será a plataforma privilegiada para o Partido Socialista apresentar as suas propostas e mostrar à população que é a alternativa que a Trofa necessita”, explicou a concelhia em comunicado. C.V.

Vivemos no tempo das drogas e antidepressivos, da psicologia e dos livros de auto ajuda, das vidas de sonho e consequentes frustações… Continuamos a questionar de onde Vimos e para onde Vamos. Para onde Vamos? Não sei! Mas sei que Vimos do tempo das cavernas, em que a mulher ficava em “casa” e o homem ia caçar mamutes… Isto explica tudo nos dias de hoje e, tendo noção deste passado, pode-nos evitar muita consulta psiquiátrica e antidepressivos! Se a mulher ancestral ficava na caverna e dispersava a atenção com os filhos, a grunhir com as outras e a catar piolhitos, o homem tinha que encarar todos os perigos do mundo exterior à procura de caça, principalmente o MAMUTE! Esta actividade extremamente perigosa, principalmente quando o mamute mostrava os dentinhos, obrigava o homem primitivo a uma focalização plena no seu objectivo, desligando o “rádio” para melhor se concentrar no arremesso da lança. É esta informação genética que está gravada no Nosso ADN. Avançando no tempo, muitas dezenas de milhares de anos, o homem moderno quando vai a um hipermercado comprar uma batata a pedido da sua mulher, compra só uma batata, sem se deixar distrair por uma qualquer promoção. Chegado a casa, por norma ela pergunta: - Não viste mais nada que pudesse interessar? Esta pergunta, estranha para o homem, mostra que elas se esqueceram que nós caçávamos mamutes! A caça obrigava, também, a uma cooperação entre os elementos do grupo caçador, criando laços de amizade e de lealdade, reflectidos nas futeboladas com os amigos em que, unindo esforços, atacamos para o mesmo lado, tentando acertar no “mamute”! Já as mulheres, protegidas pelas paredes das cavernas e sem um inimigo comum para combater, não criaram os mesmos tipos de “laços”, e é norma cruzarem conversas; nas compras,em vez de comprarem a batata, compram um qualquer shampoo de algas; e um pormenor de classe…com mais facilidade dão uma facadinha nas costas da “amiga”! Mas a mulher moderna teima em apagar esta informação genética naquilo que tem de mais puro e bonito! Se até ao tempo dos nossos pais, quando ele chegava a casa ao final do dia e dizia – Mulher, cheguei de caçar mamutes! – Tinha direito a sentar-se no sofá e ver televisão enquanto o jantar não estava pronto, neste dias que correm a mulher parece preferir um caçador de grilos do que o verdadeiro caçador de mamutes! A razão é simples,ela fica com mais tempo para as conversas cruzadas e para dar uso à faca!!! Estas diferenças entre homens e mulheres, vindas do passado fazem com que sejamos, não melhores uns do que os outros, mas diferentes...muito diferentes!


9 de julho de 2020

O NOTÍCIAS DA TROFA

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Desporto Trofense renova objetivo para a época 2020/2021

“Estamos num patamar em que somos obrigados a subir” Em entrevista ao NT, o presidente do Clube Desportivo Trofense, garantiu que o plantel está praticamente inscrito e que a situação financeira está a ser regularizada, graças à parceria com a International Foot. CÁTIA VELOSO “Um Trofense organizado”. A garantia é dada por Franco Couto, presidente do clube, que já apontou baterias para a temporada 2020/2021, depois de, em março, o Campeonato de Portugal ter sido suspenso devido à pandemia de Covid-19. Aquando da interrupção da prova, o Trofense ocupava o 12.º lugar, com 30 pontos, uma posição nada condizente com o objetivo anunciado pela direção no

início da temporada, projetada para que o clube ascendesse à 2.ª Liga. O capítulo 2019/2020 foi fechado e agora traça-se o futuro do clube, com desejos antigos. Em entrevista ao NT, Franco Couto referiu que, dada a parceria celebrada com a International Foot, empresa de gestão de carreiras desportivas com ligações ao Lille, as “responsabilidades são maiores”. “Já foi feito um grande investimento para construirmos uma equipa para subir. Estamos num patamar em que somos obrigados a subir, pelo menos, à 3.ª Liga”, sublinhou o dirigente. Recorde-se que para a nova temporada há novos moldes no Campeonato de

F ranco Couto garante que época está a ser bem preparada Portugal, concretamente a criação de oito séries de 12 equipas, nas quais os campeões terão direito de lutar pelo acesso à 2.ª Liga (com duas séries de quatro equipas, subindo o vencedor de

cada uma), enquanto os quatro seguintes (do 2.º ao 5.º) disputam lugar na nova 3.ª Liga. Os últimos quatro (do nono ao 12.º) são despromovidos aos distritais. Franco Couto anunciou

ainda que “os jogadores como do clube, estão a ser estão, praticamente, todos todas negociadas”, subliinscritos” e que o plantel, nhou, sem deixar de colher orientado pelo treinador alguns frutos da declarada António Barbosa, segue, em “evolução positiva” da coletibreve, para um período de vidade. “O Luís Lima salvou estágio em Viseu. Além dis- o Trofense e arranjou quem so, acrescentou, “está na ca- o salvasse, eu próprio. E eu lha” a venda de um jogador arranjei a parceria com a Inpelo mesmo valor que foi ternational Foot para acabar Capita para o Lille, “dois mi- de resolver os problemas lhões de euros”, no entanto que o clube tinha”. No entanto, atirou, em jeiCouto recusou-se a identificá-lo, porque “ainda é cedo to de mensagem subliminar, o Trofense está a equilibrar para o fazer”. Relembrando o perío - as contas, mas “não está na do conturbado que o clube beira da estrada a dar notas atravessou, devido aos com- a toda a gente”. “Para que promissos financeiros que ninguém se aproveite do foi acumulando ao longo da clube, os pagamento estão a última década, Franco Cou- ser feitos com muita cautela. to regozijou-se com a situa- Vai ser tudo tratado em conção atual, graças à interven- formidade e não às três pancadas”, atestou. ção do novo investidor. “As dívidas, tanto da SDUQ

Capita contratado pelo Lille

Jogador tem 18 anos e assinou pelo L ille “Médio ofensivo, excên- carreira. Ao ingressar no trico e com grande poten- clube do Lille, essa especial”. É desta forma que o rança para o futebol africano Lille, clube primodivisio- terá maior margem de pronário de França descreve gressão”, escreveu o clube Osvaldo Capemba, conhe- francês no site oficial. Ao cido no futebol por Capita. NT, o presidente do Clube O jogador de 18 anos, que Desportivo Trofense, Franvestiu a camisola do Clu- co Couto, referiu que o valor be Desportivo Trofense en- da transferência foi de “dois tre janeiro e março - altura milhões de euros”. Esta transferência subliem que o Campeonato de Portugal foi suspenso de- nha a ligação entre os dois vido à Covid-19 - assinou clubes, tal como tinha ficacontrato válido por cinco do patente na assembleia-geral do CD Trofense, em épocas. CÁTIA VELOSO janeiro, quando os sócios “O LOSC tem o prazer de aprovaram a proposta da direceber o jovem Capita, que reção para a criação de uma dá um novo passo na jovem sociedade anónima despor-

Depois disso, o jogador tiva (SAD). Na altura, Franco Couto, presidente do clu- angolano foi notícia pelo be, afirmou ao NT que a pro- facto de a FIFA ter dado raposta passa pela entrada de zão ao antigo clube, o CD 1.º novos investidores, concre- de Agosto, que alegou que tamente de Nelson Almeida, Capita abandonou o cluempresário de futebol que be “sem autorização”, tengere a International Foot, do sido “induzido” pelo Troque também tem ligações fense a fazê-lo. A FIFA determinou, assim, que o CD ao Lille, de França. Ora, Capita é agenciado Trofense estava “solidariapela mesma International mente responsável” pelo Foot, tal como se atesta no pagamento da cláusula de site da empresa dedicada à rescisão de Capita, no vagestão de carreiras de joga- lor de cerca de 300 mil eudores, numa publicação em ros, a saldar no prazo de 45 que anuncia que “o jogador dias a partir da notificação da International Foot e inter- pelo 1.º de Agosto dos danacional angolano Osvaldo dos bancários. Em caso de incumprimenCapemba foi transferido do Trofense para o Lille tendo to, Capita será impedido de assinado contrato com o clu- jogar em partidas oficiais e o Trofense proibido de insbe francês até 2025”. Capita Capemba foi apre- crever novos jogadores. No entanto, Franco Couto sentado pelo Trofense em janeiro e alinhou, oficial- adiantou ao NT que a verba mente, pelo clube a 23 de “já foi transferida para FIFA, fevereiro, na vitória dian- em fevereiro”. “Dá-nos a te do Ginásio Figueirense, parecer que a FIFA não se por 1-0, cumprindo 56 mi- apercebeu de que o valor nutos em campo. Seguiram- já estava em sua posse”, su-se participações no triun- blinhou Franco Couto, numa fo frente ao Lusitanos Vilde- possível explicação para o moinhos (57 minutos) e na desfecho do processo, com derrota caseira com o Leça o veredito do órgão reitor do futebol, em maio. (23 minutos).

Fábio Costa no pódio jovem em Sangalhos O trofense Fábio Costa foi 3.º classificado em sub-23 na Prova de Abertura, pontuável para a Taça de Portugal de ciclismo. A corrida, que marcou o regresso da modalidade, quatro meses depois da interrupção em virtude da pandemia de Covid-19, realizou-se no domingo, 5 de julho, em Sangalhos, Anadia. O corredor de Covelas, que representa a equipa Kelly/ InOutBuild/UDO, destacou-se entre os melhores da prova, ao conseguir subir ao último lugar do pódio, no escalão jovem, composto ainda por Miguel Salgueiro (LA Alumínios-LA Sport) e Daniel Dias (Sicasal/CM Torres Vedras), este o vencedor em sub-23. Rui Costa, da UAE Team Emirates venceu a prova, à geral. Fábio Costa classificou-se em 30.º lugar da classificação geral, ocupando, atualmente, o 12.º lugar no ranking da Taça de Portugal. O também trofense Daniel Silva, da Rádio Popular/Boavista, classificou-se no 35.º lugar em Sangalhos, ocupando o 60.º posto no ranking da Taça de Portugal. Também representada na Prova de Abertura esteve a ACDC/CD Trofense, com Lucas Mendonça (56.º), Alexandre Guilhoto (66.º), André Fonseca (72.º), Guilherme Valverde (80.º) e João Rocha (81.º).


14 O NOTÍCIAS DA TROFA

9 de julho de 2020

Desporto

EAT regressa à competição Aos poucos, as atividades desportivas vão sendo retomadas, umas com mais restrições do que outras. No atletismo, os clubes federados regressaram às “pistas” no final de junho, como a Escola de Atletismo da Trofa. Nas provas de preparação, que decorreram em Lousada, no dia 27, a juvenil Sofia Santos conseguiu o 2.º lugar nos cem metros barreiras, atingindo uma nova marca pessoal. A mesma atleta somou ainda um 6.º posto no lançamento do disco. Já Diana Rodrigues, em juniores, foi 3.ª classificada nos cem metros barreiras. Competiram ainda Vânia Sousa (iniciada), com um 8.º lugar no lançamento de peso e 4.º no lançamento de disco, Ana Mota (juvenil), com um 5.º posto no lançamento de peso, e Rúben Pinto (juvenil), com um 9.º lugar no lançamento do peso e no lançamento do disco. No mesmo dia, no AAB Challange, a sub-23 Ana Silva terminou a corrida de 800 metros no 6.º lugar da geral. Já na terceira ronda das provas de preparação, em Lousada, no dia 28, a júnior Mónica Rodri-

Necrologia Lousado - VNFamalicão

S. Martinho de Bougado

António Monteiro Fernandes faleceu no dia 23 de junho com 84 anos. Casado com Ivone Maria Dolores Lopes Monteiro Fernandes

Maria Lucília dos Santos Paes Mamede faleceu no dia 5 de julho com 92 anos. Casada com Alberto Ferreira Pimentel

Funerária Ribeirense - Paiva & Irmão, Lda

Ribeirão - VNFamalicão

S. Martinho de Bougado

Conceição da Silva Ramos Alves faleceu no dia 24 de junho com 88 anos. Irmã de Glória Ramos

Lúcia da Costa Azevedo Pereira faleceu no dia 2 de julho com 86 anos. Viúva de José Carlos de Almeida Silva Pereira

Funerária Ribeirense - Paiva & Irmão, Lda

gues venceu a corrida de cem metros, com recorde pessoal, e foi 2.ª classificada nos 300 metros. Sofia Santos foi novamente 2.ª classificada nos cem metros barreiras, e Vânia Sousa conseguiu o 4.º posto no lançamento do dardo, melhorando a marca pessoal. Diana Rodrigues foi 4.ª classificada nos cem metros e nos 300 metros, tendo conseguido melho-

rar o tempo na última disciplina. Rúben Pinto atingiu a quinta melhor marca no lançamento do dardo, assim como a juvenil Ana Mota. Ana Silva foi 7.ª classificada nos 300 metros. No escalão de veteranos, Ludgero Moreira terminou os 100 metros no 10.º lugar e os 300 metros no 7.º. C.V.

Cruz Vermelha Portuguesa Delegação da Trofa

Cruz Vermelha Portuguesa Delegação da Trofa

Assembleia de Delegação Local Extraordinária Convocatória

Assembleia Eleitoral

De acordo com o disposto no artº 39º dos Estatutos da Cruz Vermelha Portuguesa, publicados em Decreto-Lei nº 281/2007 de 7 de Agosto e no Regulamento das Assembleias de Delegação aprovado pela Direcção Nacional da Cruz Vermelha Portuguesa em 10/10/2007, convoco a Assembleia da Delegação para o próximo dia 27 de Julho de 2020, para as 15 horas, a ter lugar nas instalações da Sede da mesma, sita no Lugar do Cruzeiro, Edifício das Camélias, Loja 7, S. Martinho de Bougado, 4785300 Trofa com a seguinte: ORDEM DE TRABALHOS Ponto Único - Eleição dos dois Secretários para composição da Mesa da Assembleia, nos termos do artº 3º do Regulamento das Assembleias de Delegação. Se à hora indicada para a realização da Assembleia não se encontrarem presentes ou representados 50% dos membros que a compõem, a mesma terá lugar, em segunda convocatória, 30 minutos depois, nos termos do artº 12º do Regulamento das Assembleias de Delegação.

Convocatória De acordo com o disposto no artº 39º dos Estatutos da Cruz Vermelha Portuguesa, publicados em Decreto-Lei nº 281/2007 de 7 de Agosto e no Regulamento das Assembleias de Delegação aprovado pela Direcção Nacional da Cruz Vermelha Portuguesa em 10/10/2007, convoco a Assembleia Eleitoral para o próximo dia 27 de Julho de 2020, a ter lugar nas instalações da sede da Delegação, sita no Lugar do Cruzeiro, Edifício das Camélias, Loja 7, S. Martinho de Bougado, 4785-300 Trofa. As urnas estarão abertas entre as 14 horas e as 15 horas.

Ponto Único da ORDEM DE TRABALHOS - Eleição de três membros para o Conselho de Curadores da Delegação Trofa, 07 de Julho de 2020 A Presidente da Delegação

Trofa, 07 de Julho de 2020. A Presidente da Delegação Daniela José Costa Esteves Malheiro

Daniela José Costa Esteves Malheiro

Agência Funerária Trofense, Lda

Santiago de Bougado

S. Martinho de Bougado

Avelino Torres Moreira faleceu no dia 29 de junho com 79 anos. Casado com Maria Emília Dias Moreira

Ana Rosa Ferreira Dias faleceu no dia 30 de junho com 85 anos. Viúva de Manuel Lucas da Silva Costa

Funerária Ribeirense - Paiva & Irmão, Lda

Sofia Santos conseguiu o 2.º lugar em 100 metros barreiras

Agência Funerária Trofense, Lda

Agência Funerária Trofense, Lda

Lousado - VNFamalicão

S. Martinho de Bougado

José Ilídio Ferreira faleceu no dia 26 de junho com 85 anos. Viúvo de Augusta Gonçalves da Silva Ferreira

Manuel da Costa Santos faleceu no dia 28 de junho com 88 anos. Casado com Maria de Lurdes Araújo Pedrosa

Funerária Ribeirense - Paiva & Irmão, Lda

Agência Funerária Trofense, Lda

Ribeirão - VNFamalicão

Ribeirão - V.N. Famalicão

Francisco de Azevedo faleceu no dia 5 de julho com 89 anos. Viúvo de Maria de Jesus Silva Cruz

António da Costa e Sousa faleceu no dia 26 de junho com 61 anos. Casado com Conceição Manuela Reis Martins

Funerária Ribeirense - Paiva & Irmão, Lda

Santiago de Bougado José Araújo da Silva faleceu no dia 5 de julho com 91 anos. Casado com Almerinda da Silva Pereira Funerária Ribeirense - Paiva & Irmão, Lda

Agência Funerária Trofense, Lda


9 de julho de 2020

O NOTÍCIAS DA TROFA

Assine ou ofereça o NT por 13 euros

Sudoku

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Atualidade

Numa ação que pretende contribuir para ocupar, com qualidade, o tempo livre dos mais velhos do concelho, O Notícias da Trofa decidiu lançar uma campanha de novos assinantes com idade igual ou superior a 60 anos, com um desconto na primeira anuidade de 5,5 euros. Ou seja, em vez de pagar os habituais 18,5 euros, o novo assinante paga 13 euros e passa a receber, comodamente, o jornal em casa. Para mais informações, pode contactar-nos através do telefone, para 252 414 714, ou do email, para comercial@onoticiasdatrofa. pt, até ao fim de julho.

Farmácias Dia 9 Farmácia Nova Dia 10 Farmácia Moreira Padrão Dia 11 Farmácia de Ribeirão Dia 12 Farmácia Trofense Dia 13 Farmácia Barreto Dia 14 Farmácia Nova Dia 15 Farmácia Moreira Padrão Dia 16 Farmácia de Ribeirão Dia 17 Farmácia Trofense Dia 18 Farmácia Barreto Dia 19 Farmácia Nova Dia 20 Farmácia Moreira Padrão Dia 21 Farmácia de Ribeirão Dia 22 Farmácia Trofense Dia 23 Farmácia Barreto

Quebra-cabeças Uma placa de metal quadrada 23” x 23” precisa ser consertada por um carpinteiro sobre uma prancha de madeira. O carpinteiro usa pregos ao longo dos lados do quadrado, de modo a que haja 24 pregos em cada lado do quadrado. Cada prego está situado à mesma distância dos pregos vizinhos. Quantos pregos o carpinteiro usou?

Soluções da edição anterior

Solução do quebra-cabeças da edição anterior: No primeiro dia, o caracol sobe três metros e escorrega um metro enquanto dorme. Então, na manhã seguinte, ele está a dois metros de onde começou. Assim, o caracol rasteja dois metros para cima todos os dias. Portanto, em 16 dias, ele terá rastejado uma distância de 32 metros em relação à base da parede. Mas no último dia, o caracol rasteja três metros para cima e portanto atinge o topo da parede num total de 17 dias.

Telefones úteis Bombeiros Voluntários Trofa 252 400 700 GNR da Trofa 252 499 180 Centro de Saúde da Trofa 252 416 763//252 415 520 Centro de Saúde S. Romão 229 825 429 Centro de Saúde Alvarelhos 229 867 060

F icha T écnica Diretor: Hermano Martins Sub-diretora: Cátia Veloso Editor: We do com unipessoal, Lda. Redação: Cátia Veloso, Magda Machado de Araújo Colaboradores: José Moreira da Silva, João Pedro Costa, João Mendes, César Alves, José Pedro Reis, Moutinho Duarte | Fotografia: A.Costa, Miguel Trofa Pereira (C.O. 865) Composição: Cátia Veloso e Magda Araújo | Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Lda., Rua de S, Brás, n.º 1 Gualtar, Braga| Assinatura anual: Continente: 18,50 euros; Extra europa: 45 euros; Europa: 35 euros; | Assinatura em formato digital PDF: 15 euros IBAN: PT50 0007 0605 0039952000684 | Avulso: 0,70 Euros | E-mail: jornal@onoticiasdatrofa.pt | Sede e Redação: Rua das Aldeias de Cima, 280 r/c 4785 - 699 Trofa Telf. e Fax: 252 414 714 Propriedade: We do com unipessoal, Lda. NIF.: 506 529 002 Nº Exemplares: 5000 | Depósito legal: 324719/11 | ISSN 2183-4598 | Detentores de 100 % do capital: Magda Araújo | Estatuto Editorial pode ser consultado em www.onoticiasdatrofa.pt | Nota de redação: Os artigos publicados nesta edição do jornal “O Notícias da Trofa” são da inteira responsabilidade dos seus subscritores. Todos os textos e anúncios publicados neste jornal estão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. É totalmente proibida a cópia e reprodução de fotografias, textos e demais conteúdos, sem autorização escrita.


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O NOTÍCIAS DA TROFA

Atualidade

Trofense com projeto finalista em concurso nacional de empreendedorismo A ideia surgiu depois de se confrontar com a realidade e considerar que a solução estava mais que ultrapassada. Eduardo Pinheiro pôs mãos à obra e desenvolveu um produto inovador que substitui as cintas de pano vulgarmente usadas para segurar os idosos nas cadeiras de rodas. O projeto deu nas vistas e é finalista de concurso nacional. CÁTIA VELOSO Das 10.600 candidaturas que foram submetidas à 10.ª edição do Concurso Montepio Acredita Portugal, a do trofense Eduardo Pinheiro conquistou o júri, ao ponto de integrar o lote de 21 finalistas. “Ecart” é o nome do projeto que apresentou e que se propõe dar

mais qualidade de vida às pessoas com mobilidade reduzida. Como mesário da Santa Casa da Misericórdia da Trofa, Eduardo Pinheiro confrontou-se muitas vezes com a realidade que considera ultrapassada. “São desconfortáveis e acabam por ser pouco agressivas em termos visuais. Eu via aquilo e achava que não dignificava em nada os utentes”, contou, em entrevista ao NT. A título individual, decidiu avançar para o desenvolvimento de um produto que pudesse dar mais qualidade de vida aos utentes, num projeto que, estima, obrigará a um investimento “entre 25 mil a 30 mil euros”, até chegar ao mercado. Mas o “Ecart” é muito mais que

Com este projeto E duardo Pinheiro pretende dar mais qualidade de vida aos idosos um substituto das cintas. Já com “componentes panteadas”, permite “acoplar acessórios, como os que são utilizados para a fisioterapia nos membros superiores, colocar um tablet, um livro ou o tabuleiro para os utentes almoçarem”. O processo de aperfeiçoamento do produto foi permitido graças à Santa Casa da Misericórdia da Trofa e Mundos de Vida, que aceitaram testar o produto. Eduardo Pinheiro espera lançar o produto “até ao final do ano”, mas antes, e por ser um dos finalistas do concurso Acredita Portugal, vai ter direito a um programa de aceleração, com duração de dois meses, através do qual terá acesso a masterclasses na área do empreendedorismo e inovação e a sessões de mentoria. Os projetos vencedores serão conhecidos numa gala online de entrega de prémios, que se realizará em setembro.

E duardo Pinheiro espera lançar o produto “até ao final do ano”


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