O Noticias da Trofa - edição 723

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Quinzenário | 6 de agosto de 2020 | Nº 723 Ano 17 | Diretor Hermano Martins | 0,70 €

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GNR desmantela

rede de tráfico de droga

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Núcleo do Chega na Trofa oficializado

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Festas em honra da Sra das Dores sem procissão mas com fogo de artifício pub


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6 de agosto de 2020

Atualidade

Desemprego quebra depois de aumento vertiginoso A taxa de desemprego na Trofa caiu quase dez por cento no mês de junho. Depois de três meses consecutivos a ver a curva a crescer, chegando ao aumento de 70 por cento de desempregados relativamente a fevereiro deste ano, o concelho registou uma quebra na taxa totalizando, em junho, 1533 pessoas sem emprego.

Ainda assim, este número representa mais 52 por cento de desempregados do que aqueles que estavam registados em fevereiro, mês anterior àquele em que a pandemia de o Covid-19 assolou o País. Durante a pandemia, foi no concelho da Trofa que se registou um dos maiores aumentos da

taxa de desemprego da região. A título comparativo, no concelho da Maia o aumento da taxa entre fevereiro e junho foi de 32 por cento, em Vila Nova de Famalicão e Vila do Conde foi de 40 por cento e em Santo Tirso foi de 23 por cento. C.V.

Trofa subscreve Pacto de Autarcas para o Clima e Energia “Reduzir as emissões de dióxido de carbono no território em pelo menos 40% até 2030” é um dos compromissos assumidos pela Câmara Municipal da Trofa ao subscrever o Pacto de Autarcas para o Clima e Energia. Trata-se de uma iniciativa da Comissão Europeia, lançada em novembro de 2015 e de participação voluntária, com o objetivo de ver ganhar escala a missão de

minimizar os efeitos que levam às alterações climáticas. Além de se propor a reduzir os gases de estufa, o município compromete-se ainda a “aumentar a resiliência do território, adaptando-se aos impactos das alterações climáticas” e a “garantir a produção de estudos e informação necessária no âmbito do pacto, incluindo a monitorização, que poderá resultar em ajusta-

mentos aos planos definidos com vista ao cumprimento dos objetivos”. Deste desígnio deverá nascer o Plano de Ação para a Energia Sustentável (PAES) e o Plano Municipal de Adaptação às Alterações Climáticas (PMAAC). Para este trabalho, a autarquia contará com a colaboração da Agência de Energia do Porto.

Espaços públicos vão ter wifi gratuito Está em “processo de implementação” estações de internet WIFI com acesso gratuito nalguns espaços públicos do conce-

lho da Trofa. Segundo a autarquia, o projeto “Wifi4EU”, com financiamento comunitário da União Europeia, será implementado no

Meteorologia

Parque Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro, na Alameda da Estação e na Casa da Cultura.

Hugo Devesas

CRÓNICA Todo o povo gritou, até o padre ajudou... avança, avança Covelas Contra o aterro na Trofa, todo o povo gritou. Demonstramos a força de um povo pela prática e relembramos que o povo é quem mais ordena e isso não assentou bem com quem manda, porque quer continuar a mandar. Porque tal como quando as ovelhas descobrem a força que têm ao lutarem juntas contra o lobo, na Trofa as ovelhas juntaram-se e venceram até a matilha de lobos que está na Câmara Municipal da Trofa. Muito mais se pode avançar neste país se começarmos a domar os lobos que estão metidos por esse país fora. Na Trofa e no país, está nas mãos do povo - organizar, lutar e avançar. Fomos movidos pela defesa do meio ambiente, pela paixão pela natureza do verde da floresta ao azul cristalino da Lagoa de Coura em Covelas. Ao caminhar pelo meio de nenhures na floresta libertarmo-nos dos problemas do mundo urbano - do barulho e da confusão, da altura imponente dos prédios de ferro e betão armado. A tranquilidade, paz e qualidade de vida de uma freguesia que já muito sofreu com a fábrica da Savinor, e que continua a sofrer, ao contrário de comunicados da Câmara, esses valores, essa paz e preservação do meio ambiente não podem ser postas à venda por dois milhões ou por nenhum valor. Mas a culpa de todo o mal de Covelas não está na construção do aterro sanitário. Está no esquecimento a que remeteram a freguesia e no tratamento de segunda ordem que recebe. Está também na questão do eucaliptal que todos os anos é um rastilho de problemas, de destruição do sustento de muitos e destruição de meio ambiente, fauna e flora. O povo sabe disto e sente-o na pele todos os anos, e também está nas suas mãos mudar isso. Na luta contra o aterro, até o Padre ajudou. Na Trofa, todos aqueles que lutam do lado certo da barricada, os que pugnam pela justiça e lutam ao lado do povo, sofrem com calúnias e difamações. No tratamento a velhos ou novos inimigos a tática é a mesma, a destruição da reputação e da vida de uma pessoa. Que estejam preparados os avençados na cartilha da Câmara Municipal, que quando se não mostrarem mais úteis, ou se rebelarem, saberem que são descartáveis. Já o povo defender quem nos defendeu, nesta situação, não é uma questão de crença ou religiosidade, mas sim de justiça e de defesa da honra. Questão de crença na força da luta popular de um povo Trofense. Afinal, quando todo o povo gritou e até o padre ajudou, avançou Covelas!


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Atualidade

GNR desmantela rede de tráfico que operava na Trofa A Trofa era um dos núcleos de atuação de uma rede de tráfico de droga, que foi desmantelada pela Guarda Nacional Republicana, numa operação desencadeada na madrugada de 28 de julho, que resultou na detenção de oito homens, com idades entre os 23 e os 45 anos, já referenciados por crimes semelhantes. CÁTIA VELOSO As diligências, lideradas pelo Núcleo de Investigação Criminal (NIC) de Barcelos e para as quais foi mobilizada cerca de uma centena de militares, implicaram o cumprimento de nove mandados de busca domiciliária, três dos quais realizados em Guidões, Santiago de Bougado e S. Martinho de Bougado. O armazém também alvo de busca

também se situa no concelho da Trofa, apurou o NT. Foram ainda feitas buscas a 21 veículos. As outras buscas domiciliárias foram realizadas no concelho de Vila Nova de Famalicão, concretamente, em Meães, Requião e Calendário. No primeiro interrogatório judicial, no Tribunal de Guimarães, cinco dos oito detidos ficaram sujeitos à medida de coação mais gravosa, a prisão preventiva. Aos outros três suspeitos ficaram obrigados a apresentações semanais às autoridades e a participação num programa desintoxicação. Na sequências das buscas realizadas, a Guarda apreendeu quase mil doses de estupefaciente – 830 de haxixe, 114,5 de

Na operação foram detidos oito homens

canábis, dez de heroína e sete de cocaína -, assim como cinco pés de planta cannabis sativa e diverso material de corte, pesagem e manuseamento da droga. Foram ainda apreendidas quatro armas de fogo e 43 munições de vários calibre, dois veículos ligeiros que tinham sido furtados, cinco telemóveis e 7485 euros em dinheiro. A operação contou com o reforço do Grupo de Intervenção de Ordem Pública (GIOP) da Unidade de Intervenção (UI) e Destacamento de Intervenção (DI) do Porto, da estrutura de investigação criminal dos comandos territoriais de Braga e do Porto, do Destacamento Territorial de Barcelos e com o apoio da Polícia de Segurança Pública (PSP), totalizando 110 elementos.

Dois anos e meio de pena suspensa para homem que agrediu com x-ato Dois anos e meio de prisão com pena suspensa. Foi esta a sentença do Tribunal de Santo Tirso para o homem de 51 anos, que agrediu um outro de 43, em dezembro de 2017, junto a uma pastelaria, no centro da cidade da Trofa. O Tribunal de Santo Tirso condenou a pena suspensa de dois anos e meio de prisão o homem que, a 22 de dezembro de 2017, agrediu com um x-ato um homem junto à pastelaria Pantir, no centro da cidade da Trofa. O agressor terá ainda de indemnizar a vítima em mais de 18.000 euros, acrescido de despesas, danos e prejuízos que esta venha a sofrer em

consequência da intervenção cirúrgica futura, em virtude da cicatriz com 11 centímetros provocada pela agressão. De acordo com o acórdão a que o NT teve acesso, o juiz deu como provado o crime de ofensa à integridade física qualificado, não legitimando a versão da defesa, que alegava que o arguido agiu em legítima defesa. O depoimento de uma das testemunhas, pela sua “isenção”, foi, segundo o magistrado, essencial para perceber os contornos do episódio, uma vez que “teve a premente perceção de que o arguido agredia (enquanto o ofendido se defendia, como podia), corroborando, no essencial, as declara-

ções do ofendido”. Recorde-se que, naquela noite, a vítima, residente em Santiago de Bougado, estava no interior da pastelaria a aguardar por colegas para ir trabalhar e, quando saiu do estabelecimento, foi surpreendido pelo agressor, que o atingiu com o x-ato, provocando-lhe um corte entre a orelha e o queixo. A agressão surgiu, alegadamente, na sequência de um pedido de cobrança de um empréstimo que a vítima concedeu ao agressor. O homem foi assistido pelos Bombeiros Voluntários da Trofa e foi transportado para a unidade de Vila Nova de Famalicão do Centro Hospitalar do Médio Ave, onde foi suturado com 20 pontos.

Agressor foi também condenado a pagar indemenização de 18 000 euros


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6 de agosto de 2020

Atualidade

GNR detém homem por violência doméstica Um homem de 50 anos foi detido pela Guarda Nacional Republicana por suspeitas de violência doméstica. A detenção aconteceu a 31 de julho, no concelho da Trofa, no âmbito de uma investigação do Núcleo de Investigação e Apoio a Vítimas Específicas (NIAVE) do Porto, sustentada por uma denúncia. “Os militares da Guarda apuraram que o suspeito, de 50 anos, consumidor habitual de bebidas alcoólicas, e em consequência do seu consumo, injuriava e ameaçava a sua esposa, de 47 anos, recorrendo a uma arma branca, levando a que a vítima temesse pela própria vida, motivos que levaram à sua detenção”, deu conta a GNR

A legadamente o suspeito injuriava e ameaçava a sua esposa ma por qualquer meio, afastamenem comunicado. Presente para primeiro inter- to da residência, proibição de frerogatório, no Tribunal Judicial de quentar o local de trabalho e ouMatosinhos, o homem ficou sujeito tros frequentados pela vítima, não a termo de identidade e residên- se podendo aproximar num raio cia, proibição de contactar a víti- de 500 metros.

F eridos tinham 4 e 61 anos de idade

Apoios sociais mantêm-se elevados Continuam elevados os apoios sociais da delegação da Trofa da Cruz Vermelha Portuguesa. Depois de se confrontar com um crescimento abrupto do número de pedidos de ajuda, a instituição tem tentado responder às solicitações, em diversas áreas, como no apoio alimentar de emergência, doação de medicamentos e outras ajudas técnicas ou através da entrega de refeições.

CRÓNICA

Virar a página

Acidente com três veículos em Lantemil Uma colisão entre três viaturas ligeiras, na Rua das Indústrias, em Lantemil, Santiago de Bougado, na manhã desta quarta-feira, 5 de agosto, provocou dois feridos, um menino de quatro anos e uma mulher de 61. Depois de assistidos pelos Bombeiros Voluntários da Trofa, recusaram transporte para o hospital. A corporação da Trofa mobilizou para o local duas ambulâncias e um veículo para apoiar na limpeza da via. A Guarda Nacional Republicana esteve no local a registar a ocorrência

João Mendes

No que respeita à cantina social, o número de refeições tem vindo a aumentar desde abril, mês em que se entregaram 271, menos 136 do que aquelas que foram doadas no mês de julho, beneficiando 18 pessoas. Depois de uma subida vertiginosa de alimentos doados através do apoio de emergência – em abril foram entregues 2577 bens – esta resposta social verificou uma

quebra nos dois meses seguintes, tendo vindo a aumentar, novamente, em junho, com 1265 alimentos entregues, para um universo de 35 beneficiários. O frigorífico solidário, presente nas freguesias do Muro e S. Romão do Coronado, foram abastecidos com 2015 alimentos, durante o mês passado, registando uma ligeira subida relativamente a maio. C.V.

A pouco mais de um ano das Autárquicas de 2021, que lhe podem dar o terceiro (e último) mandato à frente da Câmara Municipal da Trofa, Sérgio Humberto depara-se com vários desafios. Ainda a lamber as feridas, depois de ter ido ao tapete com estrondo, na sequência do caso do aterro de Covelas, o edil tem em marcha várias e importantes obras, todas bem encaminhadas para estar preparadas a tempo de abrilhantar o porta-a-porta da sua campanha eleitoral, pese embora o efeito da pandemia, que continua a ser uma incógnita. Paços do Concelho, Distribuidora 21, Ciclovia do Coronado e a beneficiação da EN14 são quatro obras diferentes, todas elas importantes, com profundo impacto nas zonas intervencionadas, todas elas situadas na zona de maior densidade populacional do concelho, todas à excepção da obra no Coronado, segunda maior freguesia do concelho em termos de população. Mas obras como esta, como o passado nos mostrou, podem ser uma faca de dois gumes. Joana Lima e o seu executivo são a prova disso mesmo. E nada nos garante, nesta fase, que Sérgio Humberto não seguirá o mesmo caminho. Para bem da Trofa, espero que não. Por outro lado, o autarca trofense tem em mãos alguns problemas, nenhum deles de fácil resolução, a começar por aquele que criou em Covelas, e que está longe de terminado. A quebra de confiança entre o executivo e parte significativa da população trofense, sem paralelo no consulado da coligação, e que se estendeu ao próprio PSD, está longe de sanada. Até porque o fantasma do aterro ainda não foi embora. E dificilmente irá, porque uma empresa como Resinorte, que já investiu tempo e dinheiro, não vai desistir facilmente. Pode ser que tenha sorte depois das eleições. Apoios não lhe irão faltar. Existem também outros problemas, de natureza política, que poderão influenciar o rumo das operações, ao longo do próximo ano. Renato Pinto Ribeiro começará a ser julgado, no caso do financiamento do CD Trofense, e o Ministério Público pede perda de mandato para o vereador. Sérgio Humberto enfrentará o início da Operação Éter, na qual é arguido, num mega-caso que envolve empresários e políticos, onde a figura central é o antigo deputado do PSD que presidia ao TPNP, Melchior Moreira. Existem outros casos, ainda recentemente soubemos de uma intervenção da Polícia Judiciária na CM da Trofa, e outras pedras no sapato, algumas já a furar calçado e pé. Não se afigura o passeio no parque a que assistimos em 2017. Para ajudar à festa, a direita trofense sofreu uma pequena revolução, com a chegada do Chega. Formalmente oficializado o núcleo trofense, o partido de extrema-direita passará a ocupar uma fatia do eleitorado trofense, que irá certamente buscar votos ao CDS-PP e ao PSD. Quando o PSD parecia preparado para deixar cair o CDS-PP, o partido de Sérgio Humberto vê-se agora confrontado com a possibilidade de precisar dos votos de um partido em crescimento exponencial. Pelo menos nas sondagens. Quantos votos valerá a extrema-direita trofense? Perante esta equação, regresso a um apelo já feito no passado, sem qualquer tipo de sucesso, mas no qual insistirei novamente, porque a asfixia democrática teima em não desvanecer. Já nem o padre Ramos, que tão bonitas crónicas escrevia no Correio da Trofa, escapa às constantes demonstrações de poder dos donos disto tudo. E é por isso que, agora mais do que nunca, é importante que os restantes partidos com representação na Trofa, PS, BE e PCP-PEV, falem entre si. Que se entendam e sigam a fórmula que PSD e CDS-PP usaram para derrubar o anterior executivo. Podem e têm condições para se entenderem. E só uma coligação alargada, onde também cabem o PAN, o Livre e a Iniciativa Liberal, e que pode estar aberta ao contributo não-partidário da sociedade civil, pode tentar virar a página e colocar um ponto final nos tiques autoritários, cada vez mais frequentes, cada vez mais sufocantes.


6 de agosto de 2020

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Centros de Saúde sem diretor executivo nem conselho clínico

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Atualidade

O Agrupamento de Centros de Saúde Santo Tirso/ Trofa está sem diretor executivo nem presidente do conselho clínico desde 6 de julho. Ana Tato e Sanchez Silva apresentaram a cessação de funções simultaneamente e ainda não são conhecidas as novas nomeações, a cargo da Administração Regional de Saúde do Norte. CÁTIA VELOSO

sempre esteve, mantendo funções de delegada de saúde. “Logo que haja novo diretor, far-se-á a proposta para eu voltar a coordenar a unidade de saúde pública. Volto ao meu posto anterior e estou com a minha equipa, graças a Deus”, concluiu.

“A gestão corrente tem um timing e este foi largamente ultrapassado”. Foi desta forma que Ana Tato justificou ao NT a cessação de funções de diretora do conselho diretivo do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Santo Tirso/Trofa. A ex-diretora executiva, cujo mandato já terminou em novembro de 2018, referiu que foi informada pelo presidente da Administração Regional de Saúde do Norte (ARSN), Carlos Nunes, “a 30 de julho de 2019” de que “iria ser substituída, em agosto de 2019”, cenário que, passado quase um ano, não se verificou. Apesar de considerar que esteve em “gestão corrente” demasiado tempo, decidiu manter as funções, pelo menos durante o estado de emergência, decretado devido à pandemia de Covid-19. “Há que ter consciência daquilo que é o nosso dever enquanto profissionais de saúde”, argumentou, garantindo que não sai do posto “zangada”, apesar de considerar que, “no mínimo, é uma falta de respeito” não ter havido uma substituição rápida. “Quando lhe liguei, a 19 de maio, para lhe comunicar que iria apresentar a cessação de funções, o doutor Carlos Nunes disse-me que os três primeiros (candidatos para diretor executivo do ACES) tinham chumbado na CReSAP (Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública), mas que tinha um outro que achava que não

Este vazio diretivo no ACES motivou uma interpelação do grupo parlamentar do PSD à ministra da Saúde. Os deputados social-democratas consideram que “sem diretor executivo e sem presidente do Conselho Clínico, a organização dos serviços, o planeamento das atividades e o serviço prestado às populações destes dois concelhos estão seriamente comprometidos”. “Trata-se de uma situação extremamente grave, não só pela inevitável falta de coordenação que gera no corpo clínico, que é composto por mais de 70 médicos e por uma centena de enfermeiros, como entre os demais colaboradores desse ACES, mas também, e sobretudo, pelo prejuízo que causa aos mais de 115 mil utentes servidos pelas suas 11 unidades nos concelhos de Santo Tirso e Trofa”, sublinharam. Recorde-se que, já em abril, o grupo parlamentar do PCP tinha questionado o Governo sobre a falta de nomeação de um diretor executivo para o ACES, alertando que a situação poderia, em tempos de pandemia, implicar “o adiamento de importantes decisões que afetam o funcionamento das unidades de saúde”. Na altura, em declarações ao JN, Ana Tato referiu que tudo estava “a decorrer normalmente, como sempre esteve”, exercendo funções “com todos os poderes e todas as responsabilidades inerentes ao cargo”.

Covid-19: Trofa com 149 infetados

PSD questionou ministra da Saúde

A na Tato exerceu funções durante mais de oito anos ia ter problema. Mas estamos em agosto e o novo diretor executivo continua sem ser nomeado”, frisou Ana Tato. Atualmente, explicou, há uma profissional do conselho clínico e da saúde a “exercer funções de gestão corrente”, para “aguentar a situação, à espera que, e tudo aponta para que seja muito em breve, venha a nomeação”. Quanto à nomeação do novo conselho clínico, ainda não há informações da ARSN. Com mandatos cumpridos desde 23 de outubro de 2012 a novembro de 2018, Ana Tato diz que viveu “uma experiência muito positiva” e “um desafio muito interessante” como diretora executiva do ACES. “Levo muito boas recordações”, sublinhou. Ana Tato mantém-se na unidade de saúde pública onde

José Manuel Fernandes é um dos “Portugueses de Valor”

Depois de suspender a informação sobre o número de José Manuel Fernandes foi um dos nomeados para o gainfetados por Covid-19, por concelhos, a Direção-Geral de Saúde decidiu reorganizar os dados e apresentá-los lardão “Portugueses de Valor 2020”, atribuído pela LusoImpress Tv. A gala deste ano, que se realizaria em Brasemanalmente, à segunda-feira. Relativamente ao concelho da Trofa, a DGS dá conta gança, foi adiada para o próximo ano, devido à pandemia que, até ao início desta semana, existem 149 pessoas infe- de Covid-19, mas está já garantido que a cidade vai ser tadas pela Covid-19 desde o início da pandemia, número palco da iniciativa, no próximo ano. Entre as dezenas de nomeados está a “cara” do grupo que não sofreu alteração relativamente à semana anterior. Quanto aos municípios vizinhos, Vila Nova de Famali- empresarial Frezite, José Manuel Fernandes. O também cão, com mais 22 novos casos, para um total de 436, e Vila presidente da Associação Empresarial do Baixo Ave vê asdo Conde, com mais 34, para um total de 435, são os que sim reconhecido o seu percurso profissional ligado à enpreocupam mais. Póvoa de Varzim registou mais 16 casos genharia, que levou a Frezite a galgar muros e a tornar(total de 213) e Maia mais sete (970). Santo Tirso (403) não -se uma referência mundial. “Ao longo da vida tentei ter um percurso permanente de regista novos casos há mais de um mês. C.V. aprendizagem e assumindo competências e especializações em diversas áreas da gestão, e não só, na medida em que trabalhamos sempre ligados a projetos empresariais dos bens transacionáveis, normalmente bens de equipamento e sempre em atividades de exportação e de internacionalização da atividade económica das empresas onde trabalhamos”, referiu o empresário em declarações à LusoImpress Tv, no âmbito da nomeação. A LusoImpress Tv, com redação central em Paris, é um órgão de comunicação com atenção direcionada para os emigrantes portugueses espalhados pelo mundo. Recorde-se que, em 2018 e 2019, o empresário trofense e presidente do Clube Slotcar da Trofa, André Coroa, foi

José M anuel F ernandes distinguido também nomeado para este galardão. O ano passado, esteve também “acompanhado” pelo médico dentista Fernando Duarte, responsável pela Clitrofa. C.V.


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6 de agosto de 2020

Atualidade

Máscaras da Trofa vendidas na gigante Amazon

Correio do Leitor Um diamante por lapidar à beira rio plantado…

Para uns a pandemia é um problema mas para outros nasceu com ela uma oportunidade de negócio. António Archer filho, tem 27 anos de idade, vive em Barcelona e quando viu ser imposta à sua atividade profissional de designer o regime de lay-off parcial, telefonou ao pai, diretor geral da Crivedi, empresa sedeada na Trofa e desafiou-o a criar o projeto Happö Masks. António Archer pai e António Archer filho decidiram avançar com o projeto. Em declarações ao Jornal de Négocios Archer filho realçou: “ pensamos: as máscaras vão ser fundamentais e até obrigatórias, temos tecido para a produção dos boxers e seria interessante aproveitar o know. . H appömasks produz 15 mil unidades dia -how para essa nova realidade”, adiantou o empreendedor que desde há três anos se mudou para Barcelona onde mos nesta prova piloto vamos entrar na plataforma de eestudou marketing digital e acabou por ficar a trabalhar -commerce dos Estados Unidos, tendo já sido igualmente para a empresa portuguesa SABA. abordados pela Walmart”. Assim e para rapidamente pôr em marcha o projeto, AnCom uma produção de 15 mil unidades dia a Happö tónio Archer começou a fazer testes e pedido de certifi- Masks vende através do seu website para toda a Europa, cação ao CITEVE enquanto o filho, em Barcelona se de- as máscaras produzidas em 8 unidades industriais do nordicou ao design do produto e à montagem da loja on-line te de Portugal. Em Portugal as máscaras podem ser ene , “em menos de uma semana completaram a integração contradas nas lojas CODE, Pingo Doce, farmácias entre como armazém com os fornecedores. A 27 de abril ini- outros pontos de venda. ciaram as vendas na internet. Em apenas três meses, o joA Crivedi é uma empresa especializada na pesquisa, vem de 27 anos de idade afirma já ter vendido “cerca de prototipagem, design, modelação e controlo de qualida500 mil máscaras e superou 1 milhão de euros de fatura- de e está também a produzir as máscaras, tendo alocado ção com as encomendas a crescer ao ritmo de “10 por cen- as suas funcionaárias a estas tarefas, colaboradoras que to por semana”. antes trabalhavam na produção das amostras para marEsta marca portuguesa da Trofa recebeu em julho pas- cas relevantes como Adolfo Domingues, Carolina Herresado uma proposta da Amazon para integrar o seu progra- ra e Bimba e Lolla. ma PRIME, que garante aos clientes entregas em 24 horas Neste momento a Crivedi está a lançar novos artigos: preparando-se já para colocar 100 mil máscaras no merca- as bolsas para guardar as máscaras, lenços com os mesdo europeu nomeadamente Espanha, Reino Unido e Ale- mos padrões assim como elásticos para prender o cabemanha. O fundador da marca conta ainda que “se passar- lo”, adianta o Negócios. pt happomask com

Mercadona abre na Trofa em setembro Dois de setembro. Foi esta a data escolhida pela Mercadona para abrir na cidade da Trofa. O supermercado, o 16.º da cadeia de distribuição em Portugal e o 6.º a abrir este ano, está localizado junto à ponte sobre o Rio Ave, na Estrada Nacional 14, em S. Martinho de Bougado, e obedece ao “modelo de loja eficiente” da marca. Ocupará uma área de 1900 metros quadrados e criará cerca de 85 novos empregos. A abertura na Trofa, que se segue à de Ermesinde – a 18 de agosto -, sustenta o grande projeto de expansão do retalhista, que começou pelo Norte, para beneficiar da proximidade com o bloco logístico de Leão, Espanha, que serve de apoio ao bloco existente na Póvoa de Varzim, desde 2019. A nova loja caracteriza-se por ter corredores amplos e confortáveis e dois modelos de carrinhos de compras, ergonómicos e leves, que não precisam de moeda. O horário de funcionamento da loja será das 9 às 21.30 horas, de segunda a domingo. Neste modelo de loja, pode-se destacar o Pronto a Comer, com um menu com 41 refeições distintas, desde as mais tradicionais – salada de bacalhau com grão, bacalhau gratinado, frango assado – às mais práticas, como as massas e pizzas. Na secção da charcutaria, esta loja apresentará uma zona exclusiva com presunto ibérico cortado à faca. Outra das secções que mais sucesso faz na Mercadona é

a da perfumaria, com uma ilha destinada à maquilhagem e uma colaboradora permanente para dar conselhos e dicas. Na Mercadona, os produtos têm de ter origem “no melhor fornecedor”, esteja ele onde estiver. É o caso do azeite, naturalmente português e com carimbo da Riazor, de Santarém, ou da manteiga dos Açores, ou do presunto, vindo de Espanha e cuja qualidade é globalmente reconhecida, ou das bolachas belgas, produzidas na Bélgica por um fornecedor que permite ao retalhista apresentar “um produto de qualidade a preços competitivos”. Neste supermercado não se fazem promoções, antes adota-se a política de “Sempre Preços Baixos”. A confiança nos produtos de marca própria é tal, que as secções não estão atolhadas de marcas, mas apenas com aquelas que o retalhista considera indispensáveis. Hacendado (Alimentação), Bosque Verde (Limpeza do Lar), Deliplus (Perfumeria e Cosmética) e Compy (Cuidado dos animais de estimação) são as principais marcas da Mercadona. O caminho que a Mercadona tem desbravado para se tornar no supermercado mais português de Portugal sustenta-se por este trabalho contínuo, refletido em distinções já conseguidos, como o reconhecimento da DECO ao vinho Castelo de Moinhos Alvarinhos 2019, na decisão de pagar os impostos neste país e pelo contributo que dá no reforço da economia nacional, ao exportar, atualmente 90 por cento das suas compras a fornecedores comerciais portugueses para Espanha.

“Um dos gestos mais belos e generosos do homem, andando vagarosamente pelo campo lavrado, é o de lançar na terra as sementes.” Esta citação, de Clarice Lispector, retrata perfeitamente a história da Trofa que, ao longo de várias gerações, rodeou-se de Homens e Mulheres que lançaram sementes nestas terras férteis. Uma dessas sementes que germinou com sucesso foi o Projeto de Requalificação das Margens Ribeirinhas do Rio Ave, mais conhecido como Parque das Azenhas. Idealizado em 2007 pelo executivo camarário de então, mas foi em 2013 que este projeto avançou sob a liderança da Dr.ª Joana Lima e que se deu por totalmente concluído em 2017, esta semente lançada à terra resultou numa transformação singular: cerca de 4 quilómetros de um percurso ciclável e pedonal, englobando 26 mil m2 de áreas verdes e quase 4 mil árvores, num espaço que contrasta entre o meio urbano e rural das freguesias de Bougado e onde coabitam inúmeras espécies de fauna e flora ao longo de todo o percurso ribeirinho. Indiscutivelmente, o Parque das Azenhas voltou a cidade para o rio, dignificando-o e tornando-o mais presente no quotidiano dos Trofenses. Asseguro-vos que recuperamos um autêntico diamante em bruto! Tales de Mileto afirmava que “a água é o princípio de todas as coisas” e, de facto, o desenvolvimento desta terra não teria sido o mesmo se não tivéssemos esta dádiva natural. Todavia, este diamante à beira rio plantado ainda está por lapidar! O rio Ave banha o concelho numa extensão de cerca de 10 quilómetros e nessa dimensão existem nove azenhas que se encontram num estado de ruína avançado ou descaracterizadas, à exceção da Azenha de Bairros (a única em laboração no concelho), bem como os açudes que subsistem há centenas de anos numa luta constante contra a permanente erosão das águas do Ave. É revoltante assistir ao desaparecimento do nosso património pré-industrial, sem que sequer exista uma linha, uma ação ou um plano municipal que preserve isso mesmo. É urgente que o município adquira as azenhas, requalifique-as e lhes dê um destino digno! Embora concluído recentemente, o parque apresenta-nos um cenário de algum desmazelo. É certo que este último inverno foi rigoroso no que a cheias diz respeito, mas o desleixo não é de agora, e verifica-se, por exemplo, nas vedações destruídas ou com lixo acumulado, no piso danificado em certos pontos, no leito dos ribeiros afluentes com presença de espécies invasoras e acumulação de resíduos ou nos fracos acessos ao parque, principalmente na freguesia de Santiago de Bougado. Evidentemente que esta revela-se como uma das faces do diamante por polir! Estou certo de que nenhum de nós, quando convida alguém a ir lá a casa, gosta de ter a sua habitação suja ou com um jardim descuidado. Portanto, na casa que é de todos esperava-se o mesmo! A expansão do parque é, sem dúvida, o cerne deste diamante por lapidar! A sua essência só se concretizará plenamente quando o toda a “costa” ribeirinha do concelho for requalificada, a começar no limite com Santo Tirso e a terminar em Guidões, na fronteira com Vila do Conde. A meu ver, seria um projeto deveras arrojado e ousado se envolvesse também todo o Baixo Ave – Santo Tirso, V. N. de Famalicão e Vila do Conde – servindo-se das infraestruturas já existentes em Santo Tirso e na Trofa, potenciando-as ainda mais e ampliando-as em toda a corrente do rio neste território. Estaríamos a falar de um projeto regional, ímpar, enorme e de uma riqueza incalculável a vários níveis. Este traçado é complexo, mas não é impossível! Exige rasgo, exige visão, exige cooperação e, acima de tudo, vontade política! Pedro Castro – São Martinho de Bougado 03-08-2020


6 de agosto de 2020

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Política

Núcleo do Chega na Trofa oficializado O Chega, partido representado na Assembleia da República por André Ventura, tem, desde este mês, um núcleo concelhio na Trofa. António Lourenço de Almeida Pinheiro é o responsável pela representação do partido no concelho, depois de ter tomado posse, oficialmente, no dia 18, num jantar realizado em Paredes. CÁTIA VELOSO

“Apesar de ainda em estado embrionário, o núcleo trofense conta com um grupo de trabalho, que pretende, juntar, alavancar e dar voz aos anseios de todos trofenses, sejam eles, apoiantes ou simpatizantes do Chega, mas também toda a população em geral”, fez saber a estrutura, que se junta às também já oficializadas de Amarante, Maia, Matosinhos, Penafiel, Porto, Póvoa de Varzim, Santo Tirso e Vila Nova de Gaia. A apresentação pública do núcleo ainda está em equação, devido à pandemia de Covid-19, mas está prevista acontecer em setembro. António de Almeida Pinheiro referiu ao NT que aceitou o desafio de liderar o núcleo do Chega “não por sede de poder”, mas com o objetivo de “unir pessoas” que “pensam que estamos em tempo de obrigatória mudança”. “Nunca fui político, nem filiado em qualquer partido político. Todavia, chegou a hora de dizer que sim a um partido, cujos ideais e cadeias orientadoras me identifico. E, foi simplesmente por essa razão que decidi 'deitar mãos à obra', unindo pessoas, quer militantes quer simpatizantes”, referiu o representante do partido, que garantiu estar “orgulhoso” do trabalho já feito na captação de segui-

dores da apologia política do Chega. “Estou certo que os portugueses comungam com os ideais do Chega, no entanto, o clima de terror que tentam instalar no seio da comunidade, com a intoxicação de notícias pérfidas de que as pessoas que se enquadram com os ideais do Chega são fascistas, xenófobos e racistas, não passarão despercebidas. O nosso povo (e em cada dia crescemos) estará atento e mais tarde ou mais cedo, ostracizará esses mensageiros da desgraça. O que o Chega defende (e são princípios estatutários) é a defesa da democracia tendo sempre presente os princípios da dignidade humana”, acrescentou. António de Almeida Pinheiro defende que a política do Chega passa por considerar que, “independentemente das crenças, etnias, cores ou raças, todos têm que ter direitos”, mas estes “só poderão existir direitos se forem cumpridos os deveres”. “Caso contrário, a democracia 'manca' por inércia, iniquidade e desigualdade”, argumentou. Numa mensagem direta à população da Trofa, o responsável pelo núcleo do Chega pediu mobilização para a “mudança”: “Existem políticos que vos prometem o céu e a terra, normalmente promessas inócuas. Temos ingerido o mesmo comprimido a cada mandato, apenas difere do genérico ou de marca. A Trofa ainda, e desde sempre é apenas conhecida pelo 'Catulo'. Continua a ser uma cidade de 'risco ao meio', apenas fez uma correção à deriva de cerca de 40º (desnorteou de Famalicão para Santo Tirso). Depois acontece de tudo. É curioso monumentos megalómanos, desculpem, queria dizer gastos incomensuráveis e inúteis. Lembro-me do monumento fabu-

A ntónio de A lmeida Pinheiro é a cara do chega na T rofa loso que vertia água e expelia fumo. Agora expele o fumo por onde devia brotar a água, até um dia destes cair de vetusto. A Trofa não pode ser isto, terá que mudar e proporcionar aos seus habitantes a qualidade a que têm direito. Vamos todos exigir a mudança, e esta será tão célere quanto os Trofenses merecem”.

PAN questiona autarquia sobre abate de árvores A distrital do PAN do Porto questionou a Câmara Municipal da Trofa relativamente ao abate de árvores em S. Mamede do Coronado, consequência da construção do Corredor Ciclável e Pedonal do Coronado. Em comunicado, o partido refere que tomou conhecimento deste abate de árvore “através de uma visita ao local”, bem como através de “denúncias de munícipes”. Considerando que a referida obra da autarquia é “fundamental” para “proporcionar condições e incentivar a mobilidades ativa e suave”, o PAN salvaguarda que “não faz sentido o abate destas árvores, sobretudo num espaço que deveria ser verde”. “Ao invés desta decisão, deveria de ter sido dada prioridade à coexistência de usos entre a ciclovia e estas árvores, privilegiando o equilíbrio entre a infraestrutura e os espaços verdes, essenciais no combate às alterações climáticas, na promoção da biodiversidade e na valorização da própria cidade, além de promoverem a saúde da população”, defendem os membros da Comissão Política Distrital do Porto do PAN. As questões enviadas à Câmara Municipal visam “per-

PAN considera que deveria de ter sido dada prioridade à coexistência de usos entre a ciclovia e estas árvores ceber o motivo que justificou o abate das árvores em causa”, assim como “se foi considerada, em algum momento, a coexistência de usos e compatibilidade entre ciclovia e

árvores já existentes e quais as medidas previstas de forma a compensar este abate, uma vez que estas árvores já tinham um importante papel ecológico na cidade”. C.V.

Sofia Matos perde corrida à JSD Sofia Matos perdeu as eleições para presidente da Juventude Social Democrata. Nas eleições de 26 de julho, a deputada trofense e atual secretária-geral da “jota” ficou para trás na corrida vencida por Alexandre Poço, também deputado “laranja”. O novo líder da JSD, de 28 anos, conquistou 53 por cento dos votos dos militantes, contra os 47 por cento de Sofia Matos, que se apresentou a eleições com o lema “#écontigo”.

As eleições, inicialmente marcadas para abril, mas adia- tanto, o novo presidente da JSD rejeitou fazer associações das para este mês devido à pandemia de Covid-19, foram deste tipo, sublinhando que a “jota” sempre foi uma esencaradas, por muitos, como um combate entre fações, trutura independente. Do Conselho Nacional da JSD saiu ainda a eleição da uma vez que frente a frente estavam candidatos que se posicionaram em lados opostos nas últimas eleições in- presidente da JSD Trofa, Marta Almeida, e da secretáriaternas do PSD. Alexandre Poço apoiou, inicialmente, Mi- -geral da mesma estrutura, Ana Duarte, para conselheira guel Pinto Luz e depois, na segunda volta, Luís Montene- e conselheira suplente nacionais, respetivamente. C.V. gro, enquanto Sofia Matos é próxima de Rui Rio. No en-


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O NOTÍCIAS DA TROFA

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Atualidade

Como era a festa da Senhora das Dores em 1960 Num ano atípico, que ficará marcado pela ausência da habitual multidão nas ruas para ver os andores passarem na majestosa procissão de agosto, o NT publica um conjunto de fotografias das festas de Nossa Senhora das Dores de antigamente. CÁTIA VELOSO

José Baptista, conhecido repórter fotográfico da altura, recolheu um verdadeiro tesouro histórico, que comprova que o empenho das gentes trofenses nestas celebraFotos Direitos reservados

ções se mantém ao longo das décadas. As imagens que aqui reproduzimos, também como forma de reconhecer a importância dos repórteres para a memória coletiva de uma comunidade, foram registadas durante a década de 1960. Sessenta anos separam-nos destas gerações, que viviam com fervor aquela que é a maior festa da cidade. A partir das fotografias, ainda pintadas a preto e branco, pode ver-se que as grandes empresas de outrora, como Máquinas Pinheiro, individualidades, como José Serra, e as aldeias de S. Martinho se envolviam entusiasticamen-

te nas festividades, integrando os cortejos, com sugestivos carros alegóricos. E a procissão, embora com menos inovações – andores eram carregados a ombros -, concretizava-se com a mesma beleza, com as estruturas gigantes bem adornadas e as dezenas de figurantes a darem corpo a figuras bíblicas. A Capela de Nossa Senhora das Dores e a Igreja Matriz de S. Martinho de Bougado iluminavam-se por aqueles dias, dando um brilho especial às noites de festa, tal como acontece atualmente.


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Religião

Senhora das Dores

Festas sem procissão, mas com missas campais e fogo de artifício As festas em honra de Nossa Senhora das Dores vão realizar-se, mas com muito menos brilho do que é tradição, devido à pandemia de Covid-19, que impedirá a realização da grande procissão dos andores e do programa lúdico. Conheça as celebrações religiosas que serão realizadas para assinalar a efeméride deste ano. CÁTIA VELOSO O ano 2020 deu-nos a conhecer uma realidade diferente daquela a que estávamos habituados. Mais confinamento, menos convívio, máscaras em saídas à rua, lotação reduzida ao mínimo no interior de estabelecimentos e igrejas, atividades canceladas. Na Trofa, a última grande iniciativa realizada sem limitações está já a cinco meses de distância – a Feira Anual da Trofa – e para trás já ficaram a não realização de eventos como a ExpoTrofa e o Belive. A ausência de uma solução para a pandemia que atingiu o País e o Mundo neste arranque para a ter-

Entre 9 e 15 de agosto, às 21 hoceira década do século XXI continua a causar grandes restrições ao ras, cumpre-se o setenário em normal funcionamento das comu- honra de Nossa Senhora das Donidades, que na Trofa vão voltar a res, com missa campal na concha ser sentidas naquela que é a maior acústica. A paróquia informa que festa da cidade: as celebrações em “estas celebrações terão a presenhonra de Nossa Senhora das Dores. ça de vários sacerdotes, que farão A majestosa procissão dos ando- a sua reflexão sobre cada uma das res, pela multidão que arrasta to- dores de Nossa Senhora”. A 16 de agosto, dia em que se dos os anos, está fora de questão, assim como todo o programa pro- realizaria a grande procissão, é fano, no qual se incluem os concer- celebrada a eucaristia em honra de Nossa Senhora das Dores, tamtos musicais. No entanto, e para que a data bém ao ar livre, às 11 horas. Está se cumpra dentro do possível, foi previsto que a missa conte com a elaborado um programa religioso presença do bispo do Porto, D. Mamodesto, que iniciou a 1 de agos- nuel Linda. No fim da eucaristia, to, com a iluminação da Capela de será feita a transladação da imaNossa Senhora das Dores e Igreja gem de Nossa Senhora das Dores Matriz de S. Martinho de Bougado. para a Capela. No dia seguinte, pelas 8h30, reaEste sábado, 8 de agosto, às 21 horas, realiza-se um cortejo auto- liza-se a eucaristia pelos benfeimóvel com o andor de Nossa Se- tores das festas de Nossa Senhora das Dores, e, a 18 de agosto, à nhora das Dores, da Igreja Matriz à Capela. Junto a ela, na concha mesma hora, é assinalado o enceracústica do Parque Nossa Senho- ramento das celebrações. A comisra das Dores e Dr. Lima Carneiro, são de festas apela à populaçãoque será celebrada uma missa cam- apoie através de donativos para pagar as despesas, que poderão pal, às 21h30.

P rograma começou a 1 de agosto ser entregues durante os dias da festa na Capela de Nossa Senhora das Dores. A comissão de festas, este ano a cargo das aldeias de S. Martinho, Coroa, Real e Carqueijoso, providenciou um espetáculo de fogo de artifício para a noite de sábado para domingo. Os foguetes se-

rão lançados de dois locais distintos da cidade, na antiga ponte do comboio junto ao Parque Nossa Senhora das Dores e no parque de estacionamento da EB 2/3 Professor Napoleão Sousa Marques. A intenção de dividir o espetáculo por dois locais é fazer com que não haja aglomerados populacionais.


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Religião

Nem a pandemia apagará a grandeza da festa de Senhora das Dores Uma relíquia dos nossos tempos, que será afetada pela pandemia que marcará, inevitavelmente, o século XXI. Apesar das grandes restrições que a romaria de Nossa Senhora das Dores sofrerá este ano, sem programa lúdico nem a majestosa procissão que atrai milhares de pessoas à cidade, o NT faz questão de assinalar a efeméride, contando, para isso, com o excelente contributo da História. CÁTIA VELOSO/A. COSTA

“Muitos boios cheios de romeiros e o mesmo de outras localidades distantes; além de trens particulares, cavalgaduras e ranchos que vêm de diferentes partes”. Foi assim que Napoleão Sousa Marques escreveu sobre como era a chegada das pessoas à Trofa, para participar na romaria de Nossa Senhora das Dores. Através da obra “Roteiro Turístico-cultural da Cidade da Trofa”, é possível fazer-se uma viagem no tempo de algumas décadas, para ver como os romeiros se integravam na festa, muitos deles munidos de “cestos, malas e trouxas com os componentes merendeiros”, outros tantos com alimento cultural, que é o mesmo que dizer acompanhados de “violas, rebecas, clarinetes” e “bombos”, que “tangem, em todo o ca-

minho e no arraial, dançando homens e mulheres, ao som destes instrumentos”. O arraial era caracterizado como “vasto” e “lindíssimo”, onde havia “muitas barracas com vinhos e comidas, doces e outros géneros” e tudo desaparecia rápido, “apesar de farnéis bem recheados”. Já naquele tempo a procis são, “com seis andores”, realizava-se “depois da festa da igreja”. Os gigantes, carregados pela força de “vinte homens”, eram o “luxo destas terras”, abençoadas pelos “muitos anjinhos, vestidos com grande magnificência, e carregados de grossos cordões de ouro, em tanta quantidade e de tão grande peso, que as pobres crianças vão ajoujadas”. Virando para o caminho da fé, a Capela Nossa Senhora das Dores foi, e é, por estes dias, o chamariz das festas. Com mais de 250 anos de existência, a ermida abre o livro das angústias, dores e tristezas por que terá passado a Virgem Maria durante a sua vida, desde o nascimento até à morte do seu Filho, Jesus. Estas “dores” (ver caixa), na forma de sete espadas que trespassam o seu coração imaculado, estão representadas na capela-mor, seis em azulejos e a sétima na imagem que está na tribu-

na central. Em 1766, a paróquia de S. Martinho de Bougado estava sob a jurisdição da diocese do Porto e tinha como responsável pastoral o padre Alberto Inácio Pimentel. Segundo as “Memórias Paroquiais do Arquivo Nacional da Torre do Tombo”, a freguesia (paróquia) está dividida em vários lugares. “Esta tem 112 vizinhos e pessoas entre maiores e menores são 398”. Tem o lugar de São Martinho (padroeiro) assim como outros situados em planície, “que vai da ponte da Lagoncinha para o Porto por quase meia légua”… “sendo-lhe de divisa o Rio Ave (…) Faz a festa

do padroeiro São Martinho (10 e 11 de Novembro) e a Festa do Espírito Santo e suas oitavas…” Até este ano de 1766, não há referência alguma à devoção (ou festa) de Nossa Senhora das Dores por parte do povo da freguesia (paróquia), o que só aconteceu a partir do dia 16 de agosto de 1766, data em que o abade de então, Inácio Pimentel, fervoroso devoto de Nossa Senhora das Dores, juntamente com alguns dos seus paroquianos, dirigiu um pedido ao bispo da diocese para ser erigida uma ermida em honra de Nossa Senhora das Dores. S. Martinho de Bougado era uma freguesia de reduzida po-

pulação, que tinha dificuldades em realizar uma festa com relativa grandeza. Mesmo assim, com sacrifício, no terceiro domingo do mês de agosto era realizada a festa no monte da Capela. A comissão era constituída por um juiz, um tesoureiro, dois procuradores e quarenta mordomos, os quais deitaram mãos à obra, ou então como se dizia, realizaram a “função de Nossa Senhora das Dores”. A comissão era constituída pelos chefes de família de toda a freguesia, porque cada aldeia não tinha, como agora, pessoas com número suficiente para a realização das festas.

As 7 dores da Virgem Maria 1.ª Dor: Profecia do Velho Simeão: “Uma espada trespassará a tua alma”. 2.ª Dor: Fuga para Egipto: “Levanta-te (José), toma o Menino e Sua mãe e foge para o Egipto”. 3.ª Dor: Perda do Menino Jesus no Templo: “Filho, por que procedeste assim connosco? Eis que teu pai e eu te procurávamos, cheios de aflição”. 4.ª Dor: Maria encontra Jesus a caminho do Calvário. 5.ª Dor: Jesus morre na Cruz – Junto da Cruz de

Jesus estavam de pé Maria, Sua mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena. 6.ª Dor: Maria recebe o corpo de Jesus em seus braços: José de Arimateia tirou o corpo de Jesus da Cruz e envolveu-O num lençol de linho e entrega-O a Maria. 7.ª Dor: O corpo de Jesus é sepultado no túmulo. Maria fica sem seu Filho, nem vivo nem morto. É a imagem principal da Capela no centro do altar-mor. (Jesus está morto no sepulcro).


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Religião

Oração a Nossa Senhora das Dores "Ó Mãe das Dores, R ain ha dos mártires,que tanto chorastes vosso Filho morto para me salva r, a lca nça i-me u ma verdadeira cont r ição dos meu s pecados e uma sincera mudança de vida, com uma incessante e terna compaixão pelos sofrimentos de Jesus e pelos vossos. Enfim, ó minha Mãe, pela dor que experimentastes quando o vosso divino Filho, no meio de tantos tormentos, inclinando a cabeça, expirou a vossa vista sobre a cruz, eu vos suplico que me alcanceis uma boa morte. Por piedade, ó Advogada dos pe c adore s , n ão dei xei s de a m parar a minha alma na af lição e n o c o m b ate d a te r r í v e l p a s s a gem desta vida para a eternidade. E como é possível que nesse momento a palavra e a voz me faltem para pronunciar o vosso nome e o de Jesus, nomes que são toda a minha esperança, rogo-vos desde já a vosso Divino Filho e a Vós, que me socorrais nesta hora extrema, e assim direi: JESUS e MARIA, entrego-vos a minha alma." de Santo Afonso Maria de Ligório

“Ninguém basta para imaginar os fogos do divino amor e saudades que a Virgem padecia depois da Ascensão do Senhor; e porventura visitava muitas vezes o lugar da Paixão e sepultura de seu Filho. O amor de Cristo ardia no peito da Virgem. Com as saudades que tinha do Senhor juntava lágrimas amorosas sem conta e viver tanto tempo sem o seu amado, causava nela uma maneira de martírio. Clamava no mais vivo do coração e dizia: “Quando darão vau os rios caudalosos de minhas lágrimas? Quando virá este, quando?” Viveu a Virgem no monte de Sião até à sua Assunção, ouvia missa cada dia e comungava da mão de São João. Consolava os peregrinos que a vinham visitar, com palavras suavíssimas.

Ficou a Mãe de Deus neste mundo para que a Igreja gozasse de consolação visível. Dizem que presidia nas conferências e disputas que se ofereciam nas coisas de fé, declarando as dúvidas que ocorriam e confortando mais aqueles entendimentos que pelo Espírito Santo já estavam alumiados. Chegada pois a hora, em que esta Senhora havia de passar desta vida e vir alegrar com sua presença os moradores do Céu e triunfar da tirania da morte e corrupção da carne, foi suma a sua alegria, porque havia de ver o Cristo em sua glória e formosura. Esta hora lhe foi revelada pelo Anjo Gabriel”. D.Frei Amador Arrais, bispo Carmelita


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Religião

São Roque

Casa do Padre Serra é mais um espaço ao serviço da paróquia Sem apagar as marcas e objetos que ajudam a contar a história daquele edifício, a paróquia de Santiago de Bougado, através da comissão de fábrica, concluiu a requalificação da antiga casa do padre António Serra, junto à Igreja Matriz. A bênção do edifício aconteceu

na manhã de 26 de julho, momento em que a comunidade pode ver que intervenção foi feita e perceber que o espaço servirá para as atividades pastorais dos vários grupos da paróquia e como sede do Agrupamento de Escuteiros 447. “A todos os que contribuíram

para a organização deste dia e para que fosse possível termos mais este espaço ao serviço da comunidade paroquial e dos vários grupos, em especial os benfeitores e os bougadenses, estamos profundamente agradecidos”, declararam o pároco Bruno Ferreira e a comissão de fábrica.

Eucaristias de “despedida” do Padre Rui reagendadas As paróquias do Muro, S. Mamede e S. Romão do Coronado anunciaram que as eucaristias de “despedida” do padre Rui Alves, inicialmente marcadas para 25 e 26 de julho, foram adiadas. Em comunicado, as paróquias

Paróquia pede ajuda para alimentar crianças Na sequência do projeto missionário que abraçou, a paróquia de S. Martinho de Bougado fez um apelo, solicitando à comunidade colaboração para alimentar 1350 crianças, através do Refeitório Social de S. Tomé e Príncipe, da responsabilidade do padre Nuno Rodrigues. Além da caixa missionária que está colocada ao fundo da Igreja, e na qual podem ser depositadas as dádivas, a paróquia sugere outras formas de ajuda, como o envio de donativos através de transferência bancária para a conta PT50 0010 0000 4195 8100 0011 8.

justificam este adiamento com o facto de o padre “ter estado em contacto” com uma pessoa portadora do novo coronavírus e pela necessidade de Rui Alves ter de cumprir isolamento profilático. As eucaristias ficaram, então,

marcadas para 8 e 9 de agosto. No dia 8, realiza-se em S. Cristóvão do Muro, às 17 horas, e no dia 9, tem lugar em S. Mamede do Coronado, às 9 horas, e em S. Romão do Coronado, às 10h30.

São Bartolomeu (ou Natanael) São Bartolomeu é um dos doze apóstolos que seguiu Cristo, pelas terras da Palestina. Era filho de Ptolomeu. Nos evangelhos, não há grandes referências sobre a sua vida, a não ser que Filipe, outro apóstolo comunicou a Natanael que havia encontrado o Messias, e que esse provinha de Nazaré, ao que Naranael(Bartolomeu) respondeu com dureza e preconceituosamente: “ De Nazaré pode vir alguma coisa boa?(Jo 1,46a). No seu encontro com o Mestre, recebe um elogio: “Aqui está um verdadeiro israelita, em quem não há fingimento” (Jo 1,47) ao qual Bartolomeu responde: “Como me conheces?”

Jesus responde: “Antes que Filipe te chamasse, eu te vi quando estavas debaixo da figueira”. Após essa revelação de Cristo, Natanael faz a seguinte profissão de fé: “Rabi, tu és o filho de Deus, tu és o Rei de Israel”. Segundo fontes históricas, após a Ressurreição de Jesus, Bartolomeu teria pregado o cristianismo na Índia, e, de acordo com a tradição, terá morrido por esfolamento em Albanópolis, na província russa de Daguestão, junto ao Cáucaso, no dia 24 de Agosto. Mais tarde as suas relíquias foram levadas para a Europa e estão na Basílica de São Bartolomeu, na Ilha Tiberina-Roma.

Há poucos dados históricos sobre a vida de São Roque. O seu nascimento varia entre 1295 e 1350, em Montpellier-França e a sua morte entre os anos 1327 e 1390, na mesma cidade. Era filho de um Imperador rico, chamado João, que exercia várias funções governativas na cidade, sendo herdeiro de considerável fortuna. Reza a lenda que Roque teria nascido com um sinal em forma de cruz avermelhada no peito, o que o predestinaria à santidade. Ficou órfão de pai e mãe, desde muito jovem, sendo educado por um tio. Estudou medicina na sua cidade natal, mas não concluiu o curso. Desde muito cedo que Roque levou uma vida de asceta e praticava a caridade para com os mais necessitados. Aos 20 anos resolve distribuir todos os seus bens aos pobres, deixando uma pequena parte ao tio, partindo em seguida em peregrinação a Roma. Pelo caminho, já ao chegar à cidade de Aequapendente, perto de Viterbo, encontrou-a assediada de peste. De

imediato ofereceu-se como voluntário na assistência aos doentes, operando curas milagrosas, apenas com bisturi e o sinal da Cruz. Depois de visitar Roma, onde rezava diariamente sobre o túmulo de S. Pedro, voltou a Montpellier, mas ,durante a viagem foi ele também acometido pela peste, e, segundo a lenda, foi salvo por um cão que lhe trazia diariamente um pão, e bebia água de uma fonte que estava a alguns metros. Regressado a Montpellier, foi preso e terá morrido na prisão, abandonado e esquecido por todos, só sendo reconhecido depois de morto pela Cruz que tinha marcada no peito. O primeiro milagre que lhe foi atribuído foi a cura do seu carcereiro chamado Justino. É patrono contra a peste, e padroeiro dos inválidos, cirurgiões e cães. A sua festa litúrgica celebra-se a 16 de Agosto, A paróquia de Alvarelhos tem uma capela a si dedicada, e anualmente faz uma comemoração festiva em sua honra.

Festa de Nossa Senhora da Assunção No seu calendário litúrgico das celebrações católicas, a Igreja tem duas festas (a Nª Sª) em que que dá especial destaque: a Festa da Imaculada Conceição da Virgem Maria e a Solenidade da Assunção de Maria. A Solenidade da Assunção de Maria aos céus foi decretada como dogma de fé pelo Papa Pio XII em 01 de Novembro de 1950, na constituição apostólica “Munificentissimus Deus:” A Virgem “Maria tendo completado o curso da sua vida terrestre, foi assumida de corpo e alma, na glória celeste”. Como se verifica, embora esta festa tenha sido definida em tempos relativamente recentes, já no ano de 377 o bispo Epifânio de Salamino referia que ninguém sabia se Maria havia morrido ou não. A festa católica romana da Assunção é celebrada a 15 de agosto, enquanto que os ortodoxos e católicos orientais celebram a Dormição de Maria (Mãe de Deus “ indo a dormir”) na mesma data, mas precedido de 14 dias de jejum. Os ortodoxos acreditam que Maria teria tido uma morte natural, que sua alma foi recebida por Cristo após a morte e que seu corpo foi ressuscitado ao terceiro dia

e que foi elevada corporalmente aos céus. Desde há vários séculos que a festa da Assunção é comemorada em muitas cidades e aldeias de Portugal. Na nossa região, além de ser a festa principal dos pescadores da Póvoa de Varzim, onde é realizada uma grande procissão que vai em direcção ao mar, enquanto que no mar os barcos tocam as suas sirenes, como sinal de homenagem à sua padroeira e estralejam foguetes, durante cerca de meia-hora. Também na paróquia de Alvarelhos, os paroquianos comemoram a sua padroeira com muita solenidade neste dia a si dedicado.


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Satélite que enviou imagens inéditas do Sol tem engenharia trofense A paixão com que Nuno Sil- to do que Mercúrio, que está a 0,3. va fala de todos os projetos em A Terra está a uma unidade astroque esteve ou está envolvido é nómica. Mas, há mais uma caracquase contagiante. Este trofen- terística que faz deste Solar Orbise que, desde há muitos anos, ter especial, e por isso um projeto está envolvido em importantes “muito complexo”, que é a “dualiprojetos de exploração espacial, dade de extremos”. “Ele vai muiviu, recentemente, um deles to perto do sol, onde está muito dar ao Mundo imagens nunca quente, mas também vai muito vistas do Sol. CÁTIA VELOSO longe, onde está muito frio”, explicou. E por isso, tem com ele O Solar Orbiter foi lançado em equipamentos, milimetricamenfevereiro, depois de um longo ca- te desenvolvidos, como painéis minho de desenvolvimento, gran- solares gigantes que absorvem de parte dele também palmilha- energia solar para o abastecer do por Nuno Silva, envolvido nes- em distâncias longínquas do sol e um escudo térmico de titânio, te projeto por três vezes. Em entrevista ao NT, o enge- que protege o corpo do satélite nheiro revelou que, para ele, “o quando este está perto da estrela. Uma vez operacional, o satélite dia mais importante” da missão nem foi aquele em que foi possí- começa a “fazer ciência” e a revel ver o satélite enviar imagens colher, então, os dados e as imado Sol. Estando intimamente li- gens do sol, que permitirão pergado à aviónica do satélite - sis- ceber alguns fenómenos relaciotemas elétricos, sensores, softwa- nados com esta estrela. Por exemre de bordo, painéis solares, etc -, plo, numa “erupção solar”, será o período mais importante para o possível “relacionar” o que “se engenheiro foi o dia do lançamen- vê a acontecer no local com o que to e as primeira semanas. Atesta- aconteceu no sol segundos antes”. dos o comportamento do satélite Além disso, há outros equipamenno Espaço e a forma como conse- tos que permitem, entre outras guiu “tratar de si próprio”, o tra- coisas, “caracterizar o ambienbalho de Nuno Silva “é dado, qua- te espacial” perto do astro, como “medir o campo magnético”. se, como terminado”. Mas para que o Solar Orbiter O Solar Orbiter está habilitado para estar a uma distância do as- pudesse estar, neste momento, tro nunca antes conseguida: a 0,28 a ter uma performance que tem unidades astronómicas, mais per- dado que falar nos últimos dias,

foram precisos anos de trabalho e muita dedicação. Quis o destino – ou o mérito – que Nuno Silva fosse chamado, por três vezes, para se envolver no processo. Na última vez, em maio de 2019, calhou-lhe uma missão quase “hérculea”, mas que, com a contribuição de uma equipa com dezenas de pessoas e a “compreensão” da Agência Espacial Europeia, foi possível concretizar. “O lançamento foi em fevereiro deste ano, mas o satélite tinha de ser enviado em finais de outubro de 2019, inícios de novembro, cumprindo a condição de que ele estava qualificado. Quatro meses antes, ainda faltava fazer imensos testes, pelo que foi necessário reotimizar todos os processos. Para ter uma ideia, um teste, se correr bem, pode demorar um mês a ser feito. Nós tínhamos de fazer 40 em quatro meses, incluindo os relatórios”, explicou o engenheiro, que atribui o sucesso do trabalho “à equipa” que geriu. Mas a carreira de Nuno Silva também se faz de outros projetos de renome, como o Exomars, instrumento que tem como missão investigar a geologia de Marte e procurar provas de que existiu ou existe vida neste planeta. Depois de atrasos, que impediram lançamentos em 2018 e em 2020, a ex-

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Atualidade

Nuno Silva esteve três vezes envolvido no projeto Solar Orbiter Gestor de projeto da Deimos pectativa é que, agora, o equipamento possa ser lançado em 2022. Engenharia, Nuno Silva tem tamNuno Silva esteve, intimamente, bém como missão desenvolver ligado ao desenvolvimento des- o projeto que sustenta a proposte projeto, no início da última dé- ta da empresa para a construção cada, abandonou-o e voltou a in- do centro de lançamentos que tegrá-lo, mais recentemente, mas vai nascer na ilha de Santa Maria, nos Açores. com funções diferentes.

Conselho Municipal pode estar ferido de ilegalidades Reunião do Conselho Municipal da Juventude (CMJ) foi suspensa por falta de quórum por “desrespeitar a decisão do tribunal”, adiantou André Coroa, presidente do Clube Slotcar da Trofa. A reunião do CMJ foi marcada para o dia 18 de julho de 2020, pelo presidente do órgão em exercício, o vereador e vice-presidente da Câmara António Azevedo, através de uma convocatória dirigida aos representares das instituições com assento neste órgão municipal. Nesse dia, à hora marcada, o vereador Renato Pinto Ribeiro surgiu a presidir à reunião que, no entender de André Coroa, foi uma tentativa de apagar a história da reunião anterior, quando “o vereador tentou que a mesma fosse anulada, não havendo sequer uma ata para aprovação”, o que para o responsável do Clube Slotcar é grave, tendo em conta que a reunião aconteceu. Recorde-se que o Tribunal Cen-

tral Administrativo do Norte negou do tribunal”, mas, “curiosamente, e provimento ao recurso apresenta- após consultar a ata da reunião de do pela Câmara Municipal da Tro- Câmara, verificamos que ele estefa sobre a sentença do Tribunal ve presente, tendo inclusive assinaAdministrativo e Fiscal de Pena- do a ata”. Para André Coroa, Renafiel, que declarou nulas as delibe- to Pinto Ribeiro “mentiu pois esterações tomadas na reunião do CMJ ve presente na reunião em que foi dada a conhecer a decisão do tride 9 de dezembro de 2017. O processo jurídico foi desenca- bunal e após o confrontarmos disdeado pelo Clube Slotcar, membro se que afirmou que não conhecia efetivo do CMJ, que alegou não ter as implicações, numa tentativa de recebido a convocatória para aque- se tentar desculpar”. Por estas razões, o presidente do la reunião com a antecedência prevista no Regimento do CMJ, ou seja, Clube Slotcar abandonou a reunião, com “pelo menos, cinco dias de an- assim como mais quatro elementos, sendo eles da Juventude Comunistecedência”. Perante esta decisão, em causa ta, da PCP, do PS e da JS, ficando asestá, concretamente, a anulação da sim na sala um número insuficiente tomada de posse de “todos os re- de membros, inviabilizando a reapresentantes” deste órgão consul- lização da reunião. O NT contactou Hugo Devesas, tivo para o mandato 2017-2021 e a da Juventude Comunista, que conconstituição da mesa do plenário. André Coroa criticou a postura firmou ter abandonado a reunião do vereador Renato Pinto Ribeiro “por os trabalhos não estarem a que, na reunião anterior, “tinha ga- ser corretamente dirigidos, assim rantido nada saber sobre a decisão como foi erradamente convocada e

com a falta de documentos fornecidos pela Câmara da Trofa”. “Apesar de se ter tentado, já por diversas vezes, resolver a questão, pedindo novamente documentos, não foram apresentados, pelo que entendemos que a atuação é de má-fé e, sendo assim, não estamos confortáveis nem temos confiança para votar os assuntos”. Sobre a atuação do vereador, Hugo Devesas lamenta que Renato Pinto Ribeiro não tenha honrado o compromisso de “enviar a documentação para conseguir-se avançar”. “Está já marcada nova reunião para esta quinta-feira e desta vez enviaram a documentação para a nossa análise e esperamos que possamos dar continuidade ao trabalho em prol da nossa juventude”, rematou. Já Bruno Soares, do PS, confirmou ter-se ausentado da reunião por falta de cumprimento da ordem do tribunal por parte da Câ-

mara da Trofa que convocou novamente reunião sem respeitar a decisão Judicial. “Deveria ser novamente constituída a mesa, ser feita uma nova constituição do órgão, assim como uma nova convocatória para a reunião que deveria respeitar a decisão do tribunal o que não se verifica”, frisou. Soares adiantou ainda que “o Clube Slotcar disponibilizou os seus serviços jurídicos para, em conjunto com os da Câmara, se poder convocar de forma legal e correta este orgão que trabalha em prol da juventude”. “Tendo em conta a convocatória que recebemos para a próxima quinta-feira, feita pela Câmara Municipal fez nos mesmos moldes, não nos parece que a reunião vá decorrer de forma correta”, concluiu. O NT tentou obter um esclarecimento da Câmara Municipal, sem sucesso.


14 O NOTÍCIAS DA TROFA

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Atualidade

José Pedro Maia Reis Memórias e Histórias da Trofa

O Ministro da Justiça na Trofa em 1904

Fábrica das Máquinas Pinheiro dá lugar a empreendimento habitacional Nos últimos dias, houve quem fosse assaltado por uma grande nostalgia perante a demolição de um edifício, que outrora contribuiu grandemente para a reputação industrial da Trofa: a antiga fábrica das Máquinas Pinheiro. CÁTIA VELOSO A antiga fábrica das Máquinas Pinheiro, situada em pleno coração da cidade da Trofa, está a ser demolida para dar lugar a uma zona habitacional. Segundo o NT conseguiu apurar, naquele lugar vão nascer três blocos de apartamentos, colmatando, assim, a grande lacuna que existe na área urbana, ao nível da habitação e refletido na extrema dificuldade de arrendamento e no preço elevado dos imóveis disponíveis. Esta transformação está, inclusive, vertida no Programa Estratégico de Reabilitação Urbana do Núcleo Central da Cidade da Trofa, elaborado pela Câmara Municipal e datado de maio de 2019, no qual se pode ler que uma das “cinco tipologias de intervenção prioritária no território da ARU (Área

de Reabilitação Urbana” é “a requalificação e reconversão funcional de unidades industriais abandonadas, com destaque para as instalações onde anteriormente laboraram a Indústria Alimentar Trofense, a Ráfia e as Máquinas Pinheiro”. Ora esta reconversão ficará concluída com esta intervenção, já que a Ráfia já deu ligar à sede da Vigent e a Indústria Alimentar Trofense está a ser reconvertida na sede da Câmara Municipal. Fundada em 1929, a fábrica das Máquinas Pinheiro foi uma das que contribuiu para que a Trofa seja considerada o “ninho” dos “precursores da endogeneização tecnológica e inventores das primeiras máquinas em Portugal para servirem os objetos específicos dos industriais dos setores de laboração de madeira”, como referiu o engenheiro Joaquim Prado de Castro, em documento académico intitulado “As Indústrias de Madeira”, no qual é também feito o retrato de alguns empreendedores da altura, como Manuel da Silva Pinheiro, fundador das MáDireitos reservados

M áquinas Pinheiro nos anos 60

quinas Pinheiro. No mesmo documento lê-se que nascido a 1909, na freguesia de S. Martinho de Bougado, Manuel Pinheiro empregou-se, ainda rapazinho, numa serralharia, onde aprendeu a trabalhar com todas as máquinas da oficina. Depois de experiência adquirida como ajudante de fogueiro, numa fábrica em Viana do Castelo, e como funcionário de uma pichelaria de Manuel da Costa Campos, na Trofa, Manuel da Silva Pinheiro decidiu estabelecer-se por conta própria. “O seu êxito é fulgurante: fabrica bombas centrífugas, máquinas de retificar, máquinas de furar, de limar, serras de fita com mesa, 'chariots' de empurrão e de cremalheira com grampos, serras de fia com tronco de betão armado e de aço maleável, tornos, plainas, garlopas, tupias, máquinas universais, 'chariot' auomtático, diversos tipos de limadores, desengrossadeiras, serras circulares, mandriladoras lixadoras”, pode ainda ler-se. Este portefólio, refere Joaquim Prado de Castro, permitiu “à indústria portuguesa modernizar-se e tornar-se competitiva, na metrópole e no então nosso ultramar, bem como em muitos países importadores desse equipamento”. Em 1992, a Fábrica Máquinas Pinheiro empregaria quase 300 pessoas e exportava para 53 países, entre os quais Estados Unidos da América, Alemanha, Angola, Canadá, Japão, Singapura, e Suíça. O declínio da empresa começou na primeira década do novo milénio, com vários processos de insolvência, acabando as instalações, agora demolidas, vendidas em leilão, a particulares.

Decorriam os últimos dias do mês de maio de 1904 e a Trofa estava em alvoroço, porque iria ter a visita de gente ilustre, aquelas personalidades mediáticas que são capazes de alterar por completo as rotinas sociais da comunidade. Uma pequena localidade entre Porto e Braga desenvolvia-se de forma estonteante, o comboio que tinha chegado há alguns anos permitia que se vivesse um grande crescimento económico e também social, o que fazia, obviamente, com que esse processo fosse capaz de chamar a atenção do poder central político. O ilustre que iria visitar a Trofa na última semana de maio de 1904 era sua ex. Ministro da Justiça, Artur de Campos Henriques, que ocupava aquele cargo desde 7 de setembro de 1903. Na prática, era ministro desde 1900, todavia tinha estado afastado dessas funções, entre julho e setembro de 1903, por questões meramente políticas e, rapidamente, iria retornar ao seu ministério. A sua passagem pela Trofa iria ocorrer nas instalações da Estação do Caminho de Ferro, desconhecendo o destino final daquela ilustre visita, todavia, isso não foi impedimento para aquelas instalações ferroviárias estarem repletas de público, com muitos dos presentes a quererem ver aquela figura carismática do Governo Constitucional, atendendo a todo o seu passado político em que tinha sido Governador Civil, Ministro das Obras Públicas e, como prova do seu impacto mediático, em 1908, iria ser, inclusivamente, Presidente do Conselho que equivalia esse cargo na atualidade a Primeiro-Ministro. Um portuense que ia dando cartas na política nacional e conseguia facilmente receber o reconhecimento do seu trabalho, iria ter uma enorme ovação na Trofa, com o povo presente a aproximar-se da carruagem em que ele viajava e prontamente fizeram vários vivas à família real, como também àquele ilustre. Possivelmente, o destino da sua viagem seria Braga ou uma outra localidade minhota, fundamentando esta argumentação com a presença do Presidente de Câmara na Estação, como também a importante presença do secretário municipal. Caso o comboio seguisse para Guimarães, facilmente o Presidente da Câmara poderia contactar com aquela pessoa em território tirsense. A cobertura jornalística efetuada àquele momento não permitiu perceber muito mais pormenores sobre aquele acontecimento, apenas que estava presente um ambiente festivo, com grandes vivas à família real, vivendo-se um momento de euforia e raro naquela época, a visita de um Ministro a uma localidade, sobretudo, uma das figuras mais influentes do panorama político nacional.


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Cultura

Poetisa de S. Romão lança 2.º livro José Calheiros

Escrita com Norte Ida à praia (parte i) Ajusto o despertador para as sete horas, a ideia é acordar cedo para aproveitar a melhor parte da praia, a manhã. Nunca percebi aquelas pessoas que chegam à hora do “cancro”, quando deveriam estar a sair para irem almoçar…QUE PAROLOS!

“As letras do teu nome” é o epíteto do segundo livro da romanense Alexandra Santos. Depois de seis anos passados do lançamento da obra de estreia, “Palavras Sussurradas”, a poetisa vê editado um livro “mais maduro”. “Enquanto que o primeiro era uma coletânea de poemas meus, este tem uma unidade que o anterior não tinha. Está dividido por partes: Introspeção, Telhados Vizinhos, Monstros, Sina dos Poetas e Metamorfose”, explicou a escritora de S. Romão do Coronado. A obra, detalhou, começa com “poemas mais introspetivos”, assentes em “questões mais relativas a personalidade”, seguindo-se um capítulo que reflete o “olhar crítico” da autora “sobre a sociedade que me cerca”. Há ainda poemas que exploram “os sentimentos mais tristes e profundos vivenciados por qualquer

Parece que foi no momento a seguir a pousar a cabeça na almofada, que acordei com o primeiro de cinco toques do despertador! O primeiro, às sete, e o último, às oito. Dava perfeitamenA presenração do livro será na Quinta de S. Romão às 18 horas te para nos prepararmos, irmos tomar o pequeno- almoço e cheser humano em algum momen- foram referidos anteriormente”. gar cedo à praia. O livro vai ser apresentado, puto da sua vida”, outros que transO dia tinha acabado de começar e já achava que estava a corportam o leitor para “o amor e a blicamente, no dia 22 de agosto, rer demasiado bem, quando ao entrarmos no carro para irmos desilusão amorosa”, terminando às 18 horas, na sede da Junta de para a praia, e chegar cedo, a Cristina diz - Vamos passar só ali… com a “Metamorfose”, com poe- Freguesia do Coronado, na Quinfica a caminho. mas que sugerem a “uma transfor- ta de S. Romão, respeitando as reA loja onde ela queria ir ficava a Este do sítio onde estávamos, mação positiva, a libertação de to- gras impostas pelas autoridades quando queríamos ir para Oeste…mas estávamos com tempo…, é dos os sentimentos negativos que de saúde. C.V. a grande vantagem de acordar cedo. Após esta deslocação fomos a mais um, e outro…e mais outro sítio, todos a caminho da praia e sem dar conta, já tínhamos percorrido todos os pontos cardeais, sem sair da Trofa! Finalmente, tomamos a direção da praia e ao fim de meia hora estaciono o carro próximo de um passadiço que dá acesso ao areal. Quando olho para a esquerda, vejo várias pessoas a sair. “Estará vento?” – pensei eu, olhando para o céu a certificar-me se alguma gaivota estava a ser arrastada e de seguida espreito por cima do Os santeiros de S. Mamede ombro, em direcção à bandeira, que além de verde, não se mexia! do Coronado estão nas meias-fi- É meio-dia. Quase que chegávamos de manhã! – Diz a Cristina. nais das 7 Maravilhas da CultuQuando ouço as horas, envergonhadamente, tapo a cara, para ra Popular. CÁTIA VELOSO não ser visto, mas o António reconheceu a matrícula do carro: - Tudo bem, Calheiros? Vais para a praia? A candidatura da Trofa foi a - Não, António! Só um inconsciente ia a esta hora para lá! Já va- mais votada durante o programa mos embora. - Respondo. relativo aos nomeados do distriQuinze minutos depois já tínhamos o para-vento e o guarda- to do Porto, que decorreu na RTP, -sol montados e, sem grande demora, já estou a molhar os pés- na antiga casa do santeiro José …a água estava gelada! O mergulho foi imediato e inevitável, de- Ferreira Thedim, em S. Mamede pois de passar água pelas pernas, tronco e cara. Sempre descon- do Coronado, a 27 de julho. Em 2.º fiei daqueles que vão molhar os pezinhos e recuam para o areal! lugar ficaram as rendas de bilros, Dou meia dúzia de braçadas e deixo-me estar a boiar. Ao sair de Vila do Conde, candidatas a da água, o ar natural que transmitia era desmentido pela pele de um dos oito lugares repescados galinha e pela quase inexistência dos genitais…com calma diri- que serão votados num prograjo-me para a minha toalha, onde me deito exposto ao sol, naquela ma da RTP, a 16 de agosto. hora em que ele é forte e faz mal…com urgência precisava de reFinda esta fase, segue-se as cuperar os meus órgãos…e adormeci, a Cristina já dormia! meias-finais, com os 28 candidaQuando acordo, desta vez sem nenhum toque de despertador, a tos – 20 finalistas regionais mais praia já tinha recuperado aqueles que tinham saído ao meio-dia. oito repescados –, em programas Abro os olhos e senti-me como a acordar no meu quarto, mas cheio televisivos realizados a 23 e 30 de estranhos, em que cada um pôde ficar a conhecer um pouco de agosto, com vista a apurar os do meu íntimo, ou seja, a forma escarrapachada como durmo, se 14 finalistas. Candidatura da T rofa foi a mais votada do distrito do porto ressono ou não, se falo ou tenho tiques durante o sono…e aqueA 5 de setembro serão declala! Aquela que, de pé e em topless, chegava creme por detrás de rados, oficialmente, as 7 Maravi- na de Nossa Senhora de Fátima, Da arte sacra destacam-se vaum para-vento, também pensa agora que me babo a dormir, mas lhas da Cultura Popular, no prime que se encontra na Capelinha das riados artistas oriundos desta renesse caso foi apenas a reação ao vislumbre de um belo exem- time da RTP. gião, como Alberto Carneiro, AlAparições. plar de mamas! S. Mamede do Coronado torEm 1947, Thedim elaborou uma berto Vinhas, Manuel Santos, BoaViro-me para o lado e a Cristina ainda dorme e baba-se. Olho nou-se um dos maiores centros segunda imagem – a Virgem Pe- ventura Matos, Alberto Vieira de para onde a cabeça dela está virada e, aliviado, vejo um roche- produtores de imaginária reli- regrina que está colocada na Ba- Sá, Fernando Duarte, Jorge Brás, do! Quando olho para ela, outra vez, sinto os genitais e um sorri- giosa em Portugal, durante o sé- sílica de Fátima – com melhora- Augusto Ferreira, Zacarias Tedim, so denúncia que já os recuperei… culo XX, graças a artistas como mentos relativamente à primeira Mamede Bianchi Thedim, Manuel José Ferreira Thedim, que escul- -, de acordo com as indicações da Moreira e Altino Oliveira. Como é bom aproveitar a praia, logo pela manhãzinha! piu, em 1920, a imagem peregri- irmã Lúcia.

Santeiros de S. Mamede nas meias-finais das 7 Maravilhas


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Desporto

“O futebol tem peso na história do concelho, porque foi dos poucos elementos agregadores da comunidade” O futebol é um dos seus assuntos prediletos e, neste capítulo, nota-se bem onde mora o coração de José Pedro Reis, historiador com raízes em Vinhais e Vila do Conde. Quando se refere à Trofa, utiliza sempre pronome pessoal possessivo. “Nossa identidade”, “nossas reivindicações”, “nossa história”. Em jeito de comemoração por se aproximar mais um ano de colaboração com o NT, foi-lhe proposta uma entrevista para dar a conhecer aos trofenses de todo o concelho o passado do futebol, com passagens por quase todas as freguesias. Lembra-se do caso Varzim? E do Trofense-Tirsense que ditou a subida da equipa da Trofa à 2.ª Divisão B? E do Feiranovense? Sabe como se fez a ligação do futebolista Carlos Alves a S. Romão? Está tudo aqui, uma entrevista que se transforma num documento histórico que justifica bem o recorte do jornal para juntar ao baú das recordações. CÁTIA VELOSO O Notícias da Trofa (NT): A maneira como se vive o futebol na e da Trofa mudou muito nas últimas décadas. José Pedro Reis (JPR): E se mudou…. O bairrismo, a paixão com que se ia aos jogos... sou do tempo de passar o portão principal e ainda ver famílias inteiras a assistirem aos jogos. O tempo em que a central do estádio do Trofense, coberta e forrada na sua retaguarda com chapas de zinco, com a capacidade de 1/3 dos adeptos da que tem hoje, mas que estava sempre à bica…. Até do Bougadense que tinha boas assistências, chegando, inclusivamente, a disputar a Taça de Portugal. Aliás, não vai assim longe no tempo a ideia alimentada de que os adeptos do Bougadense eram conhecidos pela sua enorme paixão e dos adeptos mais apaixonados da distrital e que facilmente se organizava, pelo menos, um autocarro para assistir aos jogos fora de casa. Hoje, isso é praticamente impensável. NT: O CD Trofense é a coletividade de futebol mais antiga do concelho. Como é que foram dados os primeiros passos para a criação do clube?

JPR: O Trofense não foi o primeiro clube de futebol na Trofa. Pelo que pude retirar das minhas pesquisas, houve um outro clube, o Foot-Ball Clube da Trofa, mas atendendo à diminuta informação disponível, acredito que tenha sido um clube fugaz. Isto na década de 20, há praticamente um século. O Clube Desportivo Trofense nasce do Sporting Clube da Trofa. Os jogadores e os diretores eram os mesmos nos dois clubes. Surgiu apenas a mudança de nome. Pelo que foi possível perceber nos jornais dessa época, alguns deles de tiragem nacional que demonstravam a importância que a Trofa tinha no panorama desportivo nacional, havia problemas administrativos relacionados com a necessidade de “oficializar” o clube e, nesse momento, os dirigentes mudaram o nome do clube para Clube Desportivo Trofense, oficializando-o na Associação de Futebol do Porto em 1930. Mas podemos considerar, pelo menos, a existência do clube desde 1926. Perante estas pesquisas, não posso deixar de achar muito estranho que se considere o ano de fundação do clube o momento de oficialização do clube na A.F. Porto. Isso não tem cabimento nenhum, até porque esse é o último passo de toda a vida de um clube, que até pode optar por não o dar… Aliás, quantos clubes de atividade recreativa não se inscrevem em nenhum organismo? Imensos. Vejo clubes de futebol a adotarem datas antigas de fundação, completamente desconectadas de rigor histórico e sem qualquer ligação ao novo clube, que renasce anos mais tarde. Só aqui na Trofa, onde inclusive já foi editada uma obra sobre a história do clube, e na qual está fundamentada por A + B a história da fundação do clube, é que se continua a acreditar que a data de filiação na AF Porto como data oficial do nascimento do clube. NT: O futebol na Trofa levou a muitos momentos “quentes” entre a comunidade, como aqueles que resultaram do célebre ‘caso Varzim’. Desse caso, o que é que ainda pouco se sabe? JPR: Tem graça que, não há muito tempo, estive com um dos

dios, mas venceu a preferência de alguns de manter a existência de dois clubes.

José P edro R eis revela algumas histórias do futebol na T rofa JPR: Relativamente a estes dois intervenientes no jogo que iria ditar a intervenção para vetar o clubes, não se trata de uma rivalicampo do Varzim e fez com que dade, porque eles andaram semo jogo do Trofense fosse disputa- pre, ou quase sempre, em níveis do, afastado do estádio do Varzim. diferentes de competição. O BouEle disse-me que tudo que se ti- gadense é muito mais recente que nha passado era verdade, desde a o Trofense e competiu somente agressão à equipa de arbitragem nos campeonatos distritais, ene os respetivos ferimentos que fo- quanto o Trofense, grande parram relatados no relatório. Todo o te do tempo desde a fundação do caso ganha contornos de “surrea- Bougadense, caminhou pelos nalidade”. Penso que terá sido mais cionais. Aliás, no passado, célebre foi a uma questão de poder e do que, propriamente, futebol. O Varzim tentativa de fusão dos dois clubes, tinha um peso político e desporti- que iria acabar por fracassar, por vo superior ao nosso e, claramen- rivalidades exacerbadas, que se te, o que acabou por ditar formos a olhar pelo prisma da ramais uma das muitas novelas no cionalidade, era mais coração que futebol português. Aliás, o fute- razão. O novo clube iria atingir um patamar bol português é mais uma no“Um jogo entre o Feira- mais elevado, iria ser vela para o dranovense e o Folgosa, mais agrema do que bana vizinha freguesia gador, iria seada em faccertamente tos reais: quanmaiata, acabou com preparar o do pen sa mos os adeptos a serem clube para que nada nos perseguidos desafios v a i su r preen e apedrejados m a i s c om der, eis que, os petitivos casos, ano após até S. Mamede”. com maior ano, se vão repetindo e o desporto que é o fu- facilidade. Cidades com maior tebol vai sendo descredibilizado. dimensão económica e mais habitantes fundiram clubes em déNT: Como é que nasceu a ‘ri- cadas idas, sobretudo nos anos validade’ CD Trofense-AC Bou- 30 e 40. É preferível ter um clube forte do que ter dois clubes mégadense?

NT: O futebol sempre esteve um pouco “centralizado” na Trofa, mas as comunidades das periferias foram, no entanto, e na medida do possível, criando condições para que a prática de modalidade fosse fomentada nas próprias localidades. Uma realidade que parece ter-se esbatido ao longo do tempo... JPR: O futebol, quando começa a ser jogado no futuro concelho da Trofa, não se centra somente em S. Martinho de Bougado. Tem grande expressividade em S. Mamede e S. Romão do Coronado. Aliás, estas três freguesias chegam a ter clubes a competir. S. Romão teve dois clubes, S. Mamede contava com o seu Feiranovense, que dava cartas nos desafios a nível local, com os seus clubes vizinhos. Recordo um jogo entre o Feiranovense e o Folgosa, na vizinha freguesia maiata, acabou com os adeptos de S. Mamede a serem perseguidos e apedrejados até S. Mamede. Relativamente a Guidões e Covelas, nesta fase da história, ou seja no primeiro quartel do século XX, não tenho registos sobre a atividade desportiva, até porque eram zonas mais interiores, sem atividade económica relevante para sustentar a atividade desportiva. Alguns anos depois, na década de 40, havia já dezenas de empresas em S. Romão, algumas das quais referências a nível nacional, e isso permitia, obviamente, ter mais apoios para a prática desportiva, permitindo a criação do Atlético e o Futebol Clube de S. Romão, para além do Sporting Clube de S. Romão, que, aparentemente, será o embrião do Futebol Clube S. Romão. O FC S. Romão tem uma data bastante anterior de fundação daquela que apresenta como sendo oficial, mas isso é mais uma das falhas da história local deste concelho. Não podemos esquecer e ignorar que S. Romão do Coronado era uma freguesia de veraneio e até de local de passagem de longas temporadas para as pessoas se poderem curar de várias maleitas respiratórias e com elas tra-


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Desporto “Quando ganhamos ao Tirsense, no Abel Alves de Figueiredo, e conseguimos garantir a subida de divisão para a 2.ª Divisão B, estariam, seguramente, mais de dois mil trofenses, num jogo disputado pouco tempo após a passagem a concelho” ziam várias inovações em termos vou dizer, mas a passagem da Troculturais, com as quais a popula- fa a concelho fez esmorecer, clação local se ia deparando e uma ramente, o sentimento bairrista. delas, certamente, foi o futebol. Acho que se perdeu muito da raça, Não esquecer que Carlos Alves embora, nos momentos certos es(individualidade que dá nome ao ses sentimentos vão aparecendo campo do FC S. Romão) viria a e vimos, até recentemente, como viver em S. Romão do Coronado, o povo se uniu e conseguiu blopara se curar dos seus problemas quear um ato nefasto para a sua respiratórios, terminando, inclu- vivência diária. O futebol era a chama desse sivamente, a sua carreira no Futebol Clube do Porto, após se ter bairrismo. Todos nós, certamente, tornado uma referência no desa- temos na memória os célebres joparecido Carcavelinhos, que iria gos entre Trofense e Tirsense, em estar na génese do Atlético Clu- que se jogava muito mais do que a vitória no campo desportivo. Era be de Portugal. Carlos Alves teve uma vida so - uma vitória para o orgulho, para o bairrismo cial intensa em S. Romão, arras - “A passagem da Trofa a e au t o e s t i tando com ele concelho fez esmorecer m a d a q u e las comunivários atletas de claramente d ade s! Um renome do fute bol português, o sentimento bairrista” dos momentos q ue es que vinham vi pelha bem esta tese, considerositá-lo. O futebol era vivido intensa - -o mesmo como um expoente do mente em S. Romão, ao ponto de bairrismo, é o célebre jogo em nos jornais locais de Santo Tirso que ganhamos ao Tirsense, no serem realizados vários pedidos Abel Alves de Figueiredo, e conpara a construção de um estádio seguimos garantir a subida de dicondigno para a prática do fute - visão para a 2.ª Divisão B, num esbol para acompanhar o ritmo do tádio repleto de público, em que crescimento da prática futebolista. estavam, seguramente, mais de dois mil trofenses, num jogo disNT: As alterações geracio - putado pouco tempo após a passanais parecem ter sido determi- gem a concelho. Aí viu-se a impornantes para o esmorecimento tância do futebol para a consolida prática do futebol ‘democra- dação de um sentimento bairrista. tizada’ no concelho. É apologis NT: Em que medida é que o ta desta ideia? JPR: Posso ser polémico no que futebol tem peso na história do

Historiador tem ligação afetiva com CD T rofense

concelho? JPR: O futebol tem peso na história do concelho, porque foi dos poucos elementos agregadores da sua comunidade. A euforia com que se disputavam os dérbis com as outras equipas de Santo Tirso, mesmo com o Desportivo das Aves, em jogos violentíssimos, e numa agressividade levada ao extremo. Poucos eram aqueles que não terminavam com cenas de pugilato. Aliás, o Clube Desportivo Trofense deixou de competir na AF Porto, em 1936, por causa de um conflito que teve com o Aves, em que, na sua chegada àquela localidade, ao campo das Fontainhas, atual campo Bernardino Gomes, os seus jogadores sofreram uma intimidação terrível, e com as autoridades policiais a importarem-se pouco com a situação, chegando ao extremo de haver agressões ou tentativas de agressão aos jogadores enquanto estes saíam do autocarro. E, no caminho para as Aves, já tinham visto o seu autocarro apedrejado. Após o episódio, acabaria a equipa do Trofense por se retirar e não disputar esse desafio e ficar castigado por seis meses, sem poder competir oficialmente. Esta punição viria a complicar a vida do clube, que era cada vez mais caótica, e, obFranco Couto foi reconduzi- be, tomando decisões que perviamente, o interesse dos adep- do como presidente da direção mitam projetar o Trofense para o tos ia decrescer, fazendo com que, do Clube Desportivo T rofen- futuro. Essa é a missão a que nos até à década de 1950, não houves- se. A eleição para os órgãos so- propomos enquanto Órgãos Sose futebol na Trofa. ciais 2020/2022 decorreu ontem ciais”, sublinhou. A história do futebol e o seu à noite,em assembleia-geral. Franco Couto deixou ainda clapeso é isto mesmo, é a capacidaPaulo Renato Reis mantém-se ras as dificuldades e o muito trade de lutar, de batalhar, de ser o como presidente da Assembleia balho que há para fazer. “Há um pilar da nossa identidade e a ca- Geral e Hugo Silva assume a pre- fardo muito pesado de passivo, pacidade de fazer ouvir as nossas sidência do Conselho Fiscal. vamos tomar decisões que nos reivindicações no campo político Em comunicado, o clube dá conduzam a uma solução de conatravés do desporto e conseguin- conta de que “o presidente do tas pois só assim o Trofense pode do suprir o poderio político que a clube apontou a resolução dos projetar-se. Neste momento é imTrofa sofria. inúmeros problemas financeiros portante que os sócios, a cidade O Clube Desportivo Trofense e como a prioridade de mandato”. e concelho estejam com o cluoutros clubes que ainda vão so- “As dificuldades do CD Trofense be, acreditando num projeto que brevivendo no concelho - e não são por todos conhecidas, o clu- se venha a desenhar e que honvai longe no tempo as várias equi- be tem um passivo avultado e esta re aquilo que transportamos no pas inscritas nos campeonatos é a nossa prioridade. Estamos a nosso emblema: a história, a paidistritais - são marcas da nossa procurar encontrar soluções que xão e glória, que estou certo vahistória, são marcas de um bair- nos ajudem a resolver estas ques- mos alcançar”. rismo que era vivido com muitos tões financeiras, de forma a que o A nova direção encontra-se já a poucos recursos financeiros, mas CD Trofense possa encarar o futu- “delinear estratégias para o futuro, o que faltava em dinheiro abun- ro com seriedade e serenidade”, quer naquilo que é a organização dava em vontade, garra e paixão. refere Franco Couto. do futebol sénior, com a equipa a Eram as únicas instituições capaA direção anunciou ainda que disputar o Campeonato de Portuzes de agregar a comunidade de está empenhada na comemora- gal, quer no que é a restante orforma continuada e ser o seu pal- ção dos 90 anos da coletividade. ganização de futebol de formação co de lutas. “Queremos que os 90 anos sejam e desportiva”. marcantes para a história do clu-

Franco Couto reconduzido na direção do CD Trofense


18 O NOTÍCIAS DA TROFA

6 de agosto de 2020

Desporto

Escola de Atletismo faz história com presença na final do Nacional de Clubes “Fizemos história no concelho”. Foi desta forma que a Escola de Atletismo da Trofa se pronunciou depois de se tornar “o primeiro clube de atletismo da Trofa” a apurar-se para a final do Campeonato Nacional de Clubes. CÁTIA VELOSO A proeza aconteceu a 25 de julho, na Pista de Atletismo Gémeos Castro, em Guimarães, com a coletividade trofense a alcançar o 3.º lugar da 3.ª Divisão, com 117 pontos, que lhe valeu o 19.º lugar na classificação geral, num universo de 26 equipas. Esta prova disputa-se em pista apenas no escalão absoluto (seniores), onde apenas é permitido um atleta de cada clube por prova e apuram-se apenas os 24 melhores clubes nacionais a distribuir pelas 3 divisões. Apesar das dificuldades relacionadas com a ausência de es- EATrofa faz história ao apurar-se para a final do campeonato nacional de clubes paços de treino adequados e às Silva nos 800 metros. acrescentar qualidade e agora restrições impostas pela pandeA fase final do Campeonato não pensamos apenas na final (do mia de Covid-19, a EAT apresen- Nacional de Clubes realiza-se a Campeonato Nacional de Clubes), tou-se com elevado nível, pon- 15 de agosto. Está assim cumpri- mas também já na próxima época tuando com as atletas Daniela do um dos objetivos delineados para surgirmos ainda mais fortes”, Gregório (sénior), Ana Mota (ju- aquando da fundação do clube. referiu ao NT Pedro Sá, treinador venil), Sofia Santos (juvenil), Bru- “Este é o resultado do trabalho que e responsável pela coletividade. na Moreira (sénior), Diana Rodri- tem vindo a ser feito ao longo de Esta conquista, confessou Pegues (júnior), Mónica Rodrigues cinco épocas. Apesar de ao lon- dro Sá, tem um “sabor especial” (júnior), Deolinda Oliveira (vete- go deste tempo termos visto bons pelas contrariedades que a colerana), Ana Silva (sub-23). atletas saírem para outros proje- tividade atravessa, relacionada Dos resultados obtidos, desta- tos desportivos mais ambiciosos, com a falta de espaços condigque para o 9.º lugar de Daniela continuamos a formar e consegui- nos para os treinos. “Não pudeGregório nos 3000 metros, a 10.ª mos crescer bastante na época de mos treinar o salto em toda a preposição de Mónica Rodrigues nos inverno: Tivemos uma contrata- paração para a época de verão. 100 metros e o 11.º posto de Ana ção (Daniela Gregório) que veio Enquanto no passado conseguía-

mos contornar a lacuna, indo para a pista da Maia, desta vez não conseguimos porque esses espaços tinham apenas acesso exclusivo para os clubes daquele concelho e atletas de alto rendimento. Braga fez o mesmo. Andamos a treinar velocistas, saltadores e lançadores na estrada, lutando contra clubes que têm outras condições e outros orçamentos. Há clubes na 3.ª Divisão que recebem de susbsídios cinco e seis vezes mais do que o que recebemos”, frisou. Para Ana Silva, diretora da Escola de Atletismo, a presença no Campeonato Nacional de Clubes “é um orgulho”, sublinhando o facto de a equipa ser, quase na totalidade, composta por atletas formados na coletividade. “O trabalho é todo nosso”, salientou a também atleta do clube, que agora, já só pensa em superar conquistas e atingir o pódio na competição. EAT no Campeonato Absoluto do Porto Uma semana antes, no Campeonato Absoluto do Porto, a EAT somou alguns bons resultados. A júnior Mónica Rodrigues alcançou 1.° lugar absoluto e esperanças, nos cem metros, com a marca de 13.21 segundos, e o 3.º lugar nos 200 metros, enquanto a juvenil Sofia Santos conquistou a 2.ª posição nos cem metros barreiras e o 8.° lugar no lançamento do disco. Diana Rodrigues, em juniores, terminou a corrida dos cem me-

tros no último lugar do pódio, conseguindo ainda o 2.° lugar absoluto e 1.° lugar esperanças nos 400 metros barreiras, com a marca de 74.27 segundos. Já a sén ior Da n iela Gregó rio conseguiu o terceiro melhor tempo nos 1500 metros, enquanto a veterana Deolinda Oliveira fechou o pódio da disciplina de 2000 metros obstáculos. Referência ainda para o 5.º lugar alcançado por Ana Mota (juvenil), no lançamento de martelo e no lançamento de peso, o 5.º lugar de Ana Silva (sub-23) nos 3000 metros. Daniela Gregório foi também 5.ª classificada nos 800 metros. O juvenil Rúben Pinto foi 6.° classificado no lançamento de disco e 8.° no lançamento de dardo. Já Ludgero Moreira, em veteranos, obteve o 4.º posto nos 400 metros barreiras, o 17.º lugar nos 200 metros e o 22.º posto nos cem metros. Nesta prova, destaque ainda para os resultados obtidos por Alice Oliveira e Sandra Sá, que representam o AC Maia, mas fazem parte do grupo de treino de Pedro Sá, responsável pela EAT. A primeira, sub-23, foi campeã nos 2000 metros obstáculos, em sub-23, atingindo a marca de 7.08 minutos, que lhe valeu o acesso para os Campeonatos de Portugal. Já Sandra Sá, júnior, foi campeã dos 200 metros e dos 400 metros, atingindo, nesta última disciplina, novo recorde pessoal.

Gonçalo Marques e Salvador Monteiro campeões nacionais Os trofenses Gonçalo Marques e Salvador Monteiro sagraram-se campeões nacionais de ténis, no escalão de sub-14 e sub-12, respetivamente. CÁTIA VELOSO

Gonçalo Marques, de Covelas e representante da Escola de Ténis da Maia, destacou-se em singulares, no Campeonato Nacional Individual/Taça Guilherme Pinto Basto, no CT Setúbal. Na final com João Portugal, primeiro cabeça de série e vice-campeão em título, Gonçalo Marques, segundo pré-desig-

nado, impôs-se em dois sets, por Tozé Monteiro. Para além de ganhar na variante 6-1 e 7-5. Na Academia de Ténis Vale do singular, juntou ao seu palmarés o Lobo, Salvador Monteiro, também título de campeão nacional de paatleta da Escola de Ténis da Maia, res masculinos ao lado do finalisdepois de eliminatórias em que ta, Rodrigo Leal, e o de pares mismostrou uma clara superiorida- tos, ao lado de Constança Catalão. “Salvador Monteiro fez um triplede perante os adversários, teve uma performance, igualmente, te histórico, proeza apenas alcande bom nível na final, batendo çada por um número muito restriRodrigo Leal com os parciais de to de jogadores em Portugal. O Clube de Ténis da Trofa orgulha0-6, 6-2 e 6-1. “Ser campeão nacional signifi- -se da sua contribuição na formaca muito trabalho, ter muito para ção deste jovem e promissor teganhar, mas estou feliz”, ressal- nista trofense”, referiu Tozé Monvou Salvador Monteiro, que de- teiro, responsável pela coletividadicou a vitória ao pai e treinador de trofense.

Salvador Monteiro dedicou vitória ao pai e treinador


6 de agosto de 2020

O NOTÍCIAS DA TROFA

Atualidade

Necrologia

Farmácias

Lousado - VNFamalicão

S. Martinho de Bougado

Maria Alice Maia Ferreira Faleceu no dia 21 de julho com 81 anos. Esposa de António Pereira de Sá

Rosa Maria Mar tins da Cunha. Faleceu no dia 5 de agosto com 78 anos. Mãe do Sr. Soares da Papelaria Novo Mundo

Funerária Ribeirense - Paiva & Irmão, Lda

Agência Funerária Trofense, Lda

Palmeira

S. Martinho de Bougado

António da Costa Machado Faleceu no dia 24 de julho com 79 anos. Viúvo de Maria da Conceição Reis Carneiro

Maria de Jesus Sousa Ribeiro Faleceu no dia 3 de agosto com 80 anos. Mãe do Sr. Artur Faustino da Esprela

Funerária Ribeirense - Paiva & Irmão, Lda

Agência Funerária Trofense, Lda

Santiago de Bougado

Santiago de Bougado

José Carlos da Silva Moutinho. Faleceu no dia 4 de agosto com 54 anos. Casado com Maria Guilhermina Oliveira de Sousa Moutinho

Maria Adélia de Sousa Cruz Faleceu no dia 3 de agosto com 86 anos.

Rocha Funerárias, Lda

Agência Funerária Trofense, Lda

Alvarelhos

S. Martinho de Bougado

Maria Emília Vieira dos Santos. Faleceu no dia 27 de julho com 82 anos. Maria Guilhermina Oliveira de Sousa Moutinho

Maria Amélia Dias de Araújo Campos Faleceu no dia 31 de julho com 91 anos. Viúva de Nelson Dias da Costa Campos

Rocha Funerárias, Lda

Agência Funerária Trofense, Lda

Santiago de Bougado

S. Martinho de Bougado

Maria Alice Alves Silva Faleceu no dia 25 de julho com 94 anos. Mãe do Sr. Eng.º Sousa

Assunção Graça dos Santos Faleceu no dia 28 de julho com 84 anos. Viúva de António Ferreira Sobral

Agência Funerária Trofense, Lda

19

Agência Funerária Trofense, Lda

Dia 6 Farmácia Trofense Dia 7 Farmácia Barreto Dia 8 Farmácia Nova Dia 9 Farmácia Moreira Padrão Dia 10 Farmácia de Ribeirão Dia 11 Farmácia Trofense Dia 12 Farmácia Barreto Dia 13 Farmácia Nova Dia 14 Farmácia Moreira Padrão Dia 15 Farmácia de Ribeirão Dia 16 Farmácia Trofense Dia 17 Farmácia Barreto Dia 18 Farmácia Nova Dia 19 Farmácia Moreira Padrão Dia 20 Farmácia de Ribeirão Dia 21 Farmácia Trofense Dia 22 Farmácia Barreto Dia 23 Farmácia Nova Dia 24 Farmácia Moreira Padrão Dia 25 Farmácia de Ribeirão Dia 26 Farmácia Trofense Dia 27 Farmácia Barreto Dia 28 Farmácia Nova Dia 29 Farmácia Moreira Padrão Dia 30 Farmácia de Ribeirão Dia 31 Farmácia Trofense

Novo quiosque no centro de Ribeirão No “Capítulo 7”, os clientes po“Capítulo 7” é o nome do novo quiosque e papelaria de Ribei- derão contar com um acompanharão. Localizado em pleno coração mento personalizado no levantada vila, junto à farmácia, o espaço mento ou aquisição dos livros esabriu a 1 de agosto com um servi- colares e ainda tentar a sorte atraço diferenciado e focado na satis- vés de variadas raspadinhas. O espaço foi remodelado pelo fação do cliente. O projeto é de Paulo Salgueiri- arquiteto Ricardo Lamas, a quem nho e de João Lopes, que viram os responsáveis agradecem o naquele local uma oportunida- “bom gosto” e “trabalho incande de ver o negócio crescer e de sável”. contribuir para a economia local.

Soluções da edição anterior

Telefones úteis Bombeiros Voluntários Trofa 252 400 700 GNR da Trofa 252 499 180 Centro de Saúde da Trofa 252 416 763//252 415 520 Centro de Saúde S. Romão 229 825 429 Centro de Saúde Alvarelhos 229 867 060

Solução do quebra-cabeças da edição anterior: O Luís tem 28 bolas e o Ricardo tem 20 bolas. Se o Luís desse a Ricardo 4 bolas, eles teriam um número igual (ou seja, cada um teria 24 bolas). Se o Ricardo desse ao Luís 4 bolas, então o Luís teria 32 bolas e o Ricardo teria 16 bolas. Portanto, o Luís teria duas vezes mais bolas que Ricardo.

F icha T écnica Diretor: Hermano Martins Sub-diretora: Cátia Veloso Editor: We do com unipessoal, Lda. Redação: Cátia Veloso, Magda Machado de Araújo Colaboradores: Atanagildo Lobo, Jaime Toga, José Moreira da Silva, João Pedro Costa, João Mendes, César Alves, José Pedro Reis, Moutinho Duarte | Fotografia: A.Costa, Miguel Trofa Pereira (C.O. 865) Composição: Cátia Veloso e Magda Araújo | Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Lda., Rua de S, Brás, n.º 1 Gualtar, Braga| Assinatura anual: Continente: 18,50 euros; Extra europa: 45 euros; Europa: 35 euros; | Assinatura em formato digital PDF: 15 euros IBAN: PT50 0007 0605 0039952000684 | Avulso: 0,70 Euros | E-mail: jornal@onoticiasdatrofa.pt | Sede e Redação: Rua das Aldeias de Cima, 280 r/c 4785 - 699 Trofa Telf. e Fax: 252 414 714 Propriedade: We do com unipessoal, Lda. NIF.: 506 529 002 Nº Exemplares: 5000 | Depósito legal: 324719/11 | ISSN 2183-4598 | Detentores de 100 % do capital: Magda Araújo | Estatuto Editorial pode ser consultado em www.onoticiasdatrofa.pt | Nota de redação: Os artigos publicados nesta edição do jornal “O Notícias da Trofa” são da inteira responsabilidade dos seus subscritores. Todos os textos e anúncios publicados neste jornal estão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. É totalmente proibida a cópia e reprodução de fotografias, textos e demais conteúdos, sem autorização escrita.


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6 de agosto de 2020

Atualidade

Serão precisos 6800 anos para haver uma fotografia como esta É da Trofa e nos últimos dias viu uma das suas fotografias ganhar expressão online. A imagem, registada a 19 de julho, testemunha a passagem do cometaneowise, agarrando uma “oportunidade única” que surge em 6800 anos. No fim de semana em que, depois do pôr do sol, o cometa estaria mais visível a olho nu, Vítor Ferreira decidiu deslocar-se para um dos locais mais escuros do Gerês-Xurês, numa aventura que não foi bem sucedida logo à primeira tentativa. “Estive, no sábado, para os lados de Pitões das Júnias, que não correu tão bem devido ao fumo dos incêndios (mas consegui tirar fotos) e no domingo, para o lado de Espanha, a norte de Pitões das Júnias. O cometa e a sua cauda eram bem visíveis a olho nu e foi uma experiência

sagem, citadina e de natureza. A identidade artística do inesquecível”, relatou, numa publicação nas redes sociais trofense está presente na edição, com recurso a “atmosfeonde divulgou uma das fotografias registadas. ras dramáticas e de sonho”. A intenção é “sempre mostrar A escolha do local não foi por acaso. “É um dos locais com menos poluição luminosa na Serra do Gerês-Xurés da melhor forma a beleza dos locais” que fotografa. “Os e da península ibérica e por ser um local com belíssimas motivos paisagísticos que gosto mais de fotografar é sem paisagens onde teria bastantes opções de como fotogra- dúvida de natureza e montanha, mas gosto de fotografar far o cometa, pelo que me permitiu tirar esta foto ao co- de tudo um pouco e de aperfeiçoar todas as vertentes fometa depois de ir para o local de dia e estudá-lo para con- tográficas. Não tenho uma fotografia específica favorita, seguir um enquadramento que gostasse”, explicou o fotó- pois todos os momentos que fotografei se tornaram únicos e é impossível compará-los”, frisou. grafo em declarações ao NT. Há cerca de dois anos dedicou-se à astrofotografia, jusVítor Ferreira começou a interessar-se por fotografia há cerca de uma década, quando começou a acompa- tificando-se assim o “disparo” espetacular do neowise. nhar com interesse o trabalho de outros fotógrafos e artis- “Nunca tinha fotografado um cometa e foi uma experiêntas. Comprou uma pequena máquina compacta e, ao lon- cia inesquecível. Gosto muito de fotografar o céu noturgo do tempo, foi especializando-se na fotografia de pai- no e de o combinar com elementos paisagísticos”, referiu.


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