Quinzenário | 10 de setembro de 2020 | Nº 724 Ano 17 | Diretor Hermano Martins | 0,70 €
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Santeiros são uma das 7 Maravilhas //PÁG. 8
Padre Micael com receção calorosa //PÁG.3
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Detido pela 2.ª vez por atear fogo
Trofense arranca a 20 de setembro contra o Leça pub
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O NOTÍCIAS DA TROFA
10 de setembro de 2020
Atualidade
O caminho para desenvolver uma vacina contra a COVID-19 A vacina é um medicamento que potencia o sistema imunológico a reconhecer e combater um agente infecioso com o qual não entrou em contacto anteriormente, sendo um dos métodos mais eficazes para prevenir doenças infeciosas. Quando o sistema imunológico é exposto a um agente causador de doenças, tais como vírus ou bactérias, no momento em que o combate, também irá “aprender” a reconhecer o agente e a desenvolver uma resposta imunológica, com uma produção exacerbada de anticorpos (“memória imunológica”). No fundo, as vacinas aproveitam este mecanismo, recorrendo a pequenas frações de material vírico ou bacteriano (enfraquecido ou inativado), as suas proteínas ou material genético, não causando assim doença. No entanto, poderá ser frequente, o desenvolvimento de alguns sintomas ligeiros, como o inchaço no local de administração ou febre ligeira. Como se desenvolve uma vacina? A investigação e o desenvolvimento de uma vacina são processos complexos que, até à fase final, podem levar, em média, 10 a 15 anos, cabendo à indústria farmacêutica o desenvolvimento e produção. Na atual situação pandémica, os cientistas estão a fazer esforços para desenvolver e produzir em massa uma vacina contra o atual agente SARS-CoV-2, responsável pela doença COVID-19, tendo por base as três principais premissas no desenvolvimento de um fármaco: a eficácia, a qualidade e a segurança. Antes das vacinas entrarem em ensaios clínicos, isto é, testes em seres humanos, têm de passar por rigorosos testes em diferentes mo-
delos, tais como os modelos in vitro (em ambiente controlado) e in vivo (em animais, órgãos ou tecidos vivos). Estes modelos enquadram-se nos ensaios pré-clínicos, não envolvendo, portanto, seres humanos. Estes modelos não humanos permitem realizar ensaios de genotoxicidade, carcinogenicidade, imunotixicidade, entre outros, permitindo determinar o perfil de segurança do fármaco em desenvolvimento antes de se avançar para ensaios em cobaias humanas. As vacinas mais promissoras são sem dúvida aquelas que já se encontram nas fases clínicas, uma vez que garantiram resultados pré-clínicos favoráveis para avançarem para ensaios clínicos. Mesmo após o início dos estudos em humanos, e sem certeza que dali resultará uma vacina que assegure as três premissas apresentadas anteriormente, o período de investigação assume-se extenso, uma vez que estes ensaios clínicos envolvem, pelo menos, 3 fases: Fase I – a vacina é testada num pequeno número de pessoas saudáveis. Nesta fase são realizados testes de dosagem (nomeadamente de frequência e intervalo de doses), monitorização de eventuais reações adversas e avaliação da resposta imunológica. Fase II – a vacina é testada num número maior de pessoas (centenas), divididas em grupos com diferentes condições de ensaio, alargando-se os testes de segurança, assim como estudos mais detalhados da resposta imunológica. Fase III – a vacina é testada em milhares de pessoas, promovendo-se testes de eficácia em larga escala. Através da comparação com o grupo placebo, os investi-
Meteorologia
gadores determinam o número de pessoas infetadas e não infetadas, tirando ilações quanto a imunização da vacina. Também a farmacovigilância, que monitoriza a segurança dos fármacos, está presente na avaliação das reações adversas reportadas pelas cobaias humanas. Esta fase é particularmente importante para revelar evidências sobre reações adversas graves que não foram identificadas em fases anteriores com poucas cobaias. Que entidades garantem a segurança das vacinas? Em Portugal, o INFARMED, I.P. enquanto Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde; e a nível europeu a Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla inglesa). Todos os dados de investigação e desenvolvimento das vacinas, sejam dados de eficácia, qualidade ou segurança, têm de ser reportados a estas entidades, juntamente com o pedido de Autorização de Introdução no Mercado (AIM). Após a garantia de que todos os parâmetros cumprem as condições para a sua introdução na prática clínica, podem passar a ser comercializadas. O mesmo processo é semelhante para os restantes medicamentos. Em situação excecionais e devidamente justificadas, tal como na atual situação de pandemia, as agências de avaliação de medicamentos, tal como a Agência Europeia do Medicamento, apresentam alguns mecanismos legais para diminuir o período de avaliação do pedido de AIM. A vacina pode receber autorização de uso de emergência antes de obter a aprovação formal. Mesmo após a sua colocação no mercado, os cientistas, seja do lado das au-
toridades de saúde ou da indústria farmacêutica, continuam a promover a monitorização da eficácia e da segurança da vacina. Ponto de situação sobre o desenvolvimento de uma vacina contra a COVID-19 A 8 de setembro de 2020, o cenário global de desenvolvimento da vacina contra a COVID-19, contava com 37 vacinas em ensaios clínicos (em humanos) e, pelo menos, 91 vacinas em ensaios pré-clínicos. Nesta data, estão registadas 24 vacinas em fase I, 14 em fase II, 9 em fase III. Embora sem nenhuma vacina aprovada para uso completo e suficientemente seguro, a China e a Rússia aprovaram 3 vacinas sem esperar pelos resultados dos ensaios clínicos de fase III. Vários especialistas a nível mundial alertam que este processo apressado poderá acarretar sérios riscos na utilização destas vacinas.
Os primeiros testes de segurança de vacinas para a COVID-19 em humanos começaram em março, mas o caminho permanece incerto. Algumas tentativas falharam no decorrer dos ensaios, uma vez que não cumpriam, pelo menos, uma das 3 premissas no desenvolvimento de fármacos – a eficácia, a qualidade e a segurança. Atualizações recentes no desenvolvimento de uma vacina contra a COVID-19: 31 de agosto: vacina da Sanofi passa a ensaios clínicos (fase I); 31 de agosto: China aprova a vacina Sinovac para uso limitado; 28 de agosto: Rússia avança para ensaios clínicos de fase III, duas semanas após a vacina ter recebido aprovação antecipada; 28 de agosto: Cazaquistão avança para ensaios clínicos (fase I). Renato Ferreira da Silva Farmacêutico | Investigador na Universidade do Porto
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O homem que foi detido pela GNR da Trofa por suspeitas de atear fogo, na mesma zona onde há dois anos foi apanhado a cometer o mesmo crime, ficou sujeito à medida de coação de prisão preventiva. No processo anterior, foi condenado a pena suspensa prisão, que ainda estava a cumprir. CÁTIA VELOSO Na sua posse tinha seis isqueiros, duas caixas de fósforos e duas rolhas de cortiça. A agravar a condição, era já uma cara conhecida das autoridades pelo mesmo tipo de delito. O homem, de 60 anos, já tinha sido detido, em julho de 2018, exatamente por atear um fogo em Lantemil, perto da zona onde, a semana passada, foi, de novo intercetado pela GNR da Trofa. No último dia de agosto, cerca
das 10h30, numa ação de patrulhamento de proximidade, os militares do posto da Trofa da GNR foram alertados para a existência de um homem que se deslocava ao longo da Estrada Municipal 14 e que supostamente teria ateado fogo a uma zona florestal, contígua a várias habitações e empresas do setor têxtil. Chegados ao local, os guardas extinguiram o fogo e acabaram por intercetar o suspeito a poucas dezenas de metros de distância. O Tribunal de Instrução Criminal do Porto aplicou-lhe a medida de coação mais gravosa, a prisão preventiva. Para esta decisão terão pesado os antecedentes criminais do indivíduo, que na sequência do processo de 2018, foi condenado a pena suspensa de prisão, que ainda estava a cumprir quando foi, de novo, detido pelas autoridades.
arquivo
Detido pela segunda vez por atear fogo estava a cumprir pena suspensa
Homem foi detido ainda durante o prazo de cumprimento de pena suspensa de prisão
Trofa é palco de julgamento de gangue suspeito de assaltos violentos O dia 2 de setembro de 2020 ficará, invariavelmente, marcado numa página da história do concelho da Trofa. A data marca um acontecimento inédito: o Fórum Trofa XXI, no Parque Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro recebeu a primeira audiência do julgamento de um grupo de oito indivíduos indiciados por roubos violentos a idosos. Destes, três ficaram ainda conhecidos por terem fugido do Tribunal de Instrução Criminal do Porto, depois de saberem que ficariam em pri-
são preventiva, após serem detidos pelos assaltos. Este é o primeiro grande processo pós-férias na Comarca do Porto. Os oito arguidos serão julgados por um coletivo de juízes do Tribunal Criminal de São João Novo, no Porto, mas as audiências estão marcadas para o Auditório Fórum XXI, na Trofa. Uma vez que os trabalhos implicam a presença de um número elevado de pessoas, foi decidido deslocalizar as sessões para este local, que tem área suficiente para
respeitar os cuidados determinados pelas autoridades de saúde face à pandemia de Covid-19. As sessões de julgamento realizam-se ao ritmo trissemanal (segundas, terças e quartas), havendo a possibilidade de, pontualmente, se estenderem aos dois restantes dias úteis. Neste processo, está em causa a prática de crimes como roubo qualificado, recetação, burla informática, evasão e tirada de presos. A parato policial não deixa ninguém indiferente
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Atualidade
Trofa com 41 novos casos de Covid-19 num mês Depois de algumas semanas preocupantes, com subidas elevadas de casos de Covid-19, a Trofa registou um abrandamento do número de novos infetados. Na última semana, foram contabilizados mais quatro novos casos, totalizando 195 infetados desde o início da pandemia. Nas últimas quatro semanas registaram-se 41 novos casos, no concelho. Nos concelhos vizinhos, contabilizaram-se, em Vila Nova de Famalicão, mais 79 novos casos na última semana, e em Santo Tirso mais 20. Em Vila do Conde, estão
identificados mais 26 casos e, na Maia, mais 19. Em Portugal, estão contabilizados 61.541 casos de Covid-19, dos quais 16.408 mantêm-se ativos.
Há 43.284 recuperados e 1849 mortos. Esta quarta-feira, registaram-se três óbitos, 138 recuperados e mais 505 casos ativos.
Governador rotário de visita à Trofa O Governador do Distrito 1970, Sérgio Almeida, esteve na Trofa, a 24 de agosto, para cumprir a visita oficial ao clube rotário deste concelho. “A visita do Governador é sempre um momento muito importante na vida dos Clubes Rotários. É sempre um momento de muito companheirismo e de reforço de laços de amizade, mas este ano, e por causa da pandemia, esta visita não terminou com a habitual reunião festiva”, explicou a presidente do Rotary Club da Trofa, Rosa Manuela Araújo. Durante a visita, Sérgio Almeida teve oportunidade de conhecer, não só o plano de atividades do clube trofense e as ações já desencadeados para o presente ano rotário, como também foi visitar a APPACDM da Trofa, onde foi recebido pelo vice-presidente da associação, João Cerejeira, que “deu a conhecer os próximos projetos de requalificação do edifício e de reestruturação da instituição”. Houve ainda tempo para uma reunião de trabalho com Amândio Couto, no monte de Paradela, para abordar as “necessi-
Rotários visitaram APPACDM dades de reflorestação e de manutenção” daquele local, e com o presidente da Câmara Municipal da Trofa, Sérgio Humberto, que conheceu as atividades que os rotários pretendem realizar, assim como da importância das mesmas para a comunidade. “O Governador também deu nota dos projetos da Governadoria para este Ano Rotário, nomea-
damente no projeto das t’shirts solidárias, cujo valor da venda das t’shirts reverterá para a causa da erradicação da poliomielite no Mundo”, detalhou Rosa Manuela Araújo. Mesmo sem a reunião festiva, houve tradições que se mantiveram, como a passagem pelo marco rotário, junto à Rotunda do Catulo.
Escola do Castro hasteia Bandeira Verde A Escola Básica do Castro, em Alvarelhos, é a única representante do concelho da Trofa no Programa Eco-Escolas. Recentemente, o estabelecimento viu reconhecido, mais uma vez, o estatuto de Eco-Escola, pelo trabalho desenvolvido pela comunidade escolar em ações e atividades com vista ao
melhoramento do desempenho ambiental e educação para a necessidade de adoção de comportamentos mais sustentáveis. Este programa educativo internacional é promovido pela organização não governamental europeia Fundação para a Educação Ambiental e apoiado pela
Comissão Europeia, sendo dinamizado, em Portugal, pela Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE). Destina-se, preferencialmente, às escolas do ensino básico, mas está aberto a todos os graus de ensino do pré-escolar às universidades.
Crónica
A “Covid” a mim não me apanha... só aos outros! Algum dia pensámos viver esta situação? Acredito que não passava pela cabeça de ninguém. Mas, uma vez presente no nosso dia-a-dia, cabe a cada um adaptar-se de forma a garantir a sua segurança...e a dos que o rodeiam. Utilizar máscara, desinfetar frequentemente as mãos, não conviver com familiares e amigos como outrora, alterar rotinas e mais umas quantas medidas de higiene e distanciamento social...tudo isto passou a fazer parte de nós! Ou de alguns de nós! Bem, se no início estávamos em pânico com o desconhecido, estamos agora a relaxar com o pouco conhecido. Em estado de pandemia, o equilíbrio entre o medo e a tranquilidade é fundamental. A cultura do medo tolda-nos o discernimento na tomada de decisões, relativas não só a esta situação, como também a outras ligadas à saúde individual. É crucial, cada vez mais, estarmos atentos a todos os sinais e, sempre que necessário, requerer aconselhamento médico para esclarecimento de dúvidas relativas a toda e qualquer sintomatologia. A Covid-19 talvez seja o "problema do momento", mas seria um erro pensar que é o único... Por outro lado, a mentalidade do "temos que continuar a nossa vida!" pode trazer consequências nefastas e perfeitamente evitáveis. Nunca o efeito borboleta fez tanto sentido: um comportamento de risco nos nossos antípodas pode refletir-se, no espaço de dias ou semanas, na nossa rua. Infelizmente, avizinha-se um novo período de aumento de casos positivos de Covid-19. A população deve estar consciente dos cuidados a ter e do seu papel na comunidade. Viver em sociedade nem sempre é fácil...é uma característica muito humana, pensar que, de alguma forma miraculosa, estamos "mais imunes" aos perigos e às fatalidades do que os "nossos vizinhos". Não, não estamos mais nem menos imunes contra este "intruso". A boa notícia é que não estamos entregues à sorte, mas sim à sensatez de saber dizer "não", por muito que isso custe. E custa... O momento aconselha prudência e, de modo geral, as orientações dadas pelas autoridades competentes confluem para o ob-
jetivo óbvio de controlar a transmissão comunitária, até atingirmos uma estabilidade (com a ajuda de uma vacina eficaz) que nos permita gerir melhor aquilo que devemos ou não fazer. Porém, mais importante que isso, é nosso dever tomar decisões de forma responsável, com a consciência de que essas decisões podem ter repercussões em milhares de vidas, não só no capítulo da saúde, mas, e enquanto não forem desvendados os mistérios do "novo Coronavírus", também em termos sócio-económicos. Devemos (re)aprender a (con) viver com um vírus invisível, que pode ser prejudicial para nós e para os nossos familiares e amigos! E quando atinge “os nossos”.... torna-se o vírus mais perigoso de todos! Reforço a necessidade de manter os cuidados sanitários e evitar aglomerados de pessoas, nomeadamente jantares de familiares/amigos sem o devido distanciamento. Vamos deixar de viver? NÃO! Vamos garantir que fazemos tudo para evitar a propagação desmedida deste micróbio destabilizador de toda uma sociedade auto-intitulada de evoluída, inteligente e segura. Será mesmo assim? Temos uma excelente oportunidade de o demonstrar... Tenho a certeza que, com a solidariedade e empatia que tão bem caracteriza o ser humano, seremos capazes de ultrapassar esta fase menos boa, para rapidamente voltarmos a colecionar momentos bem mais bonitos do que os que vivemos. Vai correr tudo bem!!! Juntos, pela saúde de todos nós!
Ana Costa Médica Interna de Medicina Geral e Familiar USF Uma Ponte Para a Saúde
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Trofa continua a liderar top da água mais cara A Trofa – em conjunto com Santo Tirso – continua a ter a água mais cara do país. CÁTIA VELOSO
Os dados da ERSAR – Entidade Reguladora de Serviços de Águas e Resíduos -, divulgados pelo JN e relativos ao ano passado, dão conta de que, por 10 metros cúbicos de água utilizada mensalmente, uma família paga 265,49 euros por ano, seis vezes mais do que na Régua, onde o preço é o mais baixo do país (43,20 euros por 10 metros cúbicos). Entre os concelhos há a diferença de o abastecimento ser feito, no caso da Trofa e Santo Tirso, por uma empresa privada (Indaqua) e,
no outro, pela Câmara Municipal. A Indaqua, a propósito destes dados, justifica a fatura elevada com “o investimento a efetuar pelo operador no município, os custos da operação, o número de clientes que vão suportar estes mesmos custos, assim como a renda a pagar ao município e a qualidade do serviço" e no caso de Vila do Conde, Trofa e Santo Tirso são municípios “com grandes necessidades de investimento em infraestruturas”. Os dados, que não incluem os encargos com tarifas de saneamento e de resíduos sólidos, revelam ainda que dos 25 municípios onde a água é mais cara, só uma não é gerida por privados.
E volução do preço do consumo de 100 metros cúbicos de água na T rofa desde 2014
Apesar dos tempos de férias, no passado mês de agosto, o Movimento Independente por Santiago de Bougado continuou ativo e participativo no seu propósito de restaurar a autonomia administrativa da freguesia. Convidado pelos movimentos congéneres das freguesias agregadas de Campo e Sobrado, em Valongo, com vista a estabelecer uma plataforma distrital que vise fortalecer a ação para recuperar a autonomia, o Movimento por Santiago de Bougado reuniu e decidiu aderir, fazendo-se representar na reunião realizada em Sobrado, a 14 de agosto. Devido à pandemia de Co vid-19, a organização do evento só permitia a presença de dois elementos por movimento convidado. Foram representantes de Santiago de Bougado António Pontes e Carlos Portela. Mesmo respeitando as exigências sanitárias da Direção-Geral da Saúde, a sala estava cheia e os trabalhos decorreram de forma viva e profícua. Na sua intervenção, António Pontes dissertou sobre a História de Santiago de Bougado e do seu Movimento, sobre as razões históricas, sociais e culturais que fundamentam os legítimos anseios de todos os Bougadenses de Santiago em verem restaurada a sua Freguesia. Concluiu fazendo notar que, na maioria das freguesias agregadas, não se verificaram os tão propalados “ganhos de economia de escala”, reconhecen-
do-se atualmente que se perdeu um fator de proximidade aos cidadãos, essencial em democracia. Referiu ainda o risco da perda da identidade da freguesia para futuro, o que reduz o compromisso das pessoas para com a sua terra. Carlos Portela debruçou-se especificamente sobre os aspetos mais importantes do Projeto de Lei que recentemente veio a público, sobretudo aqueles em que, se não forem acautelados os interesses e anseios das freguesias demograficamente mais pequenas, poderão deturpar os resultados democráticos de uma eventual votação em sede autárquica, prejudicando, ou mesmo impedindo, os objetivos autonómicos em causa. Terminou apelando ao debate e à sensibilidade dos presentes para aquilo que considerava não ser um “pormenor” do Projeto de Lei, mas, sim, um crivo difícil para as aspirações de muitas freguesias.
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Movimento por Santiago reúne com congéneres para fortalecer luta pela autonomia
Movimento foi criado em novembro de 2018 Ambos agradeceram a cortesia e oportunidade do convite, afirmando o maior empenho na causa. Curiosamente, ou não, já que estas intervenções ocorreram quase no início dos trabalhos, a
quase totalidade dos participantes debateram e realçaram as preocupações dos dois bougadenses presentes. Os trabalhos terminaram já depois da meia-noite com uma con-
clusão unânime dos movimentos presentes em lutarem de forma concertada pela restauração das suas freguesias, pressionando o Governo para que cumpra a sua promessa eleitoral.
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Vacinação antirrábica Campanha municipal entre 14 e 25 de esterilização com candidaturas abertas de setembro
A campanha de vacinação antir- de Feira, junto à Polícia Municipal, rábica vai estar nas ruas do con- no horário compreendido entre as celho da Trofa entre 14 e 25 de se- 16h00 e as 17h00”, informou a autembro. Além da administração tarquia da Trofa. da vacina, será ainda disponibiA médica veterinária Joana Malizado o serviço de identificação tos é a responsável pelo serviço eletrónica, numa campanha que oficial de vacinação e identificacontará com menos “paragens” ção eletrónica, que é feito medo que o costume, devido à pan- diante a cobrança de uma taxa demia de Covid-19. única, determinada pela DGAV – “Quem não tiver possibilidade Direção Geral de Alimentação e de vacinar o seu animal de esti- Veterinária. O boletim sanitário mação no dia em questão, pode- custa um euro; a ficha de registo rá, na primeira segunda-feira de 2,5 euros e a taxa de vacinação 10 cada mês, efetuar a vacinação ao euros, mantendo-se o mesmo vapreço da campanha, no Mercado lor com identificação eletrónica.
Abriram, este mês, as candidaturas para o apoio municipal à esterilização de animais de companhia de famílias com carências económicas. A campanha da Câmara Municipal visa a proteção animais e decorre até 31 de outubro. “O apoio destina-se aos residentes no município da Trofa que se encontrem em situação de debilidade financeira, nomeadamente munícipes que recebem Complemento Solidário para Idosos, Rendimento Social de Inserção, Subsídio Socialde Desemprego, 1.º Escalão de Abono de Família e Pensão Social de Invalidez”, explicou a autarquia. A candidatura deve ser efetuada nas instalações da Polícia Municipal da Trofa. O regulamento da campanha e os formulários de candidatura estão disponíveis nas instalações da Polícia Municipal da Trofa e em www.mun-trofa.pt.
Vacinação Antirrábica Calendário 14 de setembro – 17h00-19h00 Junta de Freguesia de Alvarelhos 15 de setembro – 17h00-19h00 Junta de Freguesia do Muro
Casa da Cultura reabre segunda-feira A Casa da Cultura da Trofa vai reabrir portas no dia 14 de setembro. Depois de um período com serviços presenciais suspensos, devido à pandemia de Covid-19, o espaço cultural do município regressa à atividade normal, mantendo, porém, o serviço de entre-
ga de livros ao domicílio, criado durante o estado de emergência. “Em funcionamento estarão também os ser viços de atend imento das á reas da Cu ltura (Património Cultural, Arquivo Municipal e Animação Cultural), Desporto e Juventude e
17 de setembro - 17h00-19h00 Polícia Municipal – junto à Feira/Mercado da Trofa 18 de setembro – 17h00-19h00 Junta de Freguesia de Guidões Turismo”, detalhou a autarquia. A Casa da Cultura vai funcionar de segunda a sexta-feira, entre as 09h00 e as 17h00, com atendimento concentrado apenas no piso térreo.
Santeiros são Maravilha da Cultura Popular São a primeira das 7 Maravilhas da Cultura Popular Portuguesa. Os santeiros de S. Mamede do Coronado viram a sua arte reconhecida no concurso nacional, que teve cobertura televisiva do canal público. A final aconteceu no sábado, 5 de setembro, em Bragança. A candidatura trofense saiu vencedora entre 504 propostas apresentadas a concurso, tendo a companhia de outras seis galardoadas: Bailinho da Madeira, as Festas em Honra de Nossa Senhora dos Remédios (Lamego), o Crip-
Em 1947, Thedim elaborou uma tojudaísmo de Belmonte (Castelo Branco), a Romaria de São João segunda imagem – a Virgem PeD’Arga (Caminha), a Romaria de regrina que está colocada na BaSão Bartolomeu (Ponte da Barca) sílica de Fátima – com melhorae o Colete Encarnado (Vila Fran- mentos relativamente à primeira -, de acordo com as indicações da ca de Xira). Desta arte que fez de S. Mame- irmã Lúcia. Da arte sacra nasceram outros de do Coronado um dos maiores centros produtores de imaginá- artistas, como Alberto Carneiro, ria religiosa em Portugal, duran- Alberto Vinhas, Manuel Santos, te o século XX, destacam-se indi- Boaventura Matos, Alberto Vieividualidades como José Ferreira ra de Sá, Fernando Duarte, Jorge Thedim, que esculpiu, em 1920, a Brás, Augusto Ferreira, Zacarias imagem peregrina de Nossa Se- Tedim, Mamede Bianchi Thedim, nhora de Fátima, que se encontra Manuel Moreira e Altino Oliveira. na Capelinha das Aparições.
19 de setembro – 10h00-11h30 Junta de Freguesia de Covelas 21 de setembro – 17h00-19h00 Junta de Freguesia de S. Romão do Coronado 25 de setembro – 17h00-19h00 Junta de Freguesia S. Mamede do Coronado
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60 postos de trabalho criados com abertura da Mercadona Quase à beira rio plantado, sidente da Câmara Municipal, junto à ponte sobre o Ave e à mo- Sérgio Humberto, referiu que a vimentada Estrada Nacional 14 entrada da Mercadona na Trofa nasceu o 16.º supermercado da “representa um investimento imMercadona. portante na dinamização da economia local, tendo possibilitado No plano de expansão que co- a requalificação de uma das enmeçou pelo Norte de Portugal, re- tradas da cidade, que está agotalhista incluiu a Trofa, instalan- ra mais bonita e mais moderna”. do-se na fronteira entre o Douro Às nove em ponto, os primeiros e o Minho e abrindo portas a 2 de clientes transpuseram a porta do setembro. novo supermercado para desco“A abertura da loja na Trofa re- brir o espaço e fazer as primeiras presenta um novo marco e vem compras. Dos elogios feitos, desdar continuidade à expansão que taque para os “espaços amplos” e estamos a realizar no país. Trata- a qualidade dos produtos e a va-se de uma grande oportunidade, riedade existente na secção de porque nos permite conhecer no- pronto a comer. vos 'chefes' (como chamamos os Esta é, de resto, um dos trunfos clientes) e partilhar com eles não da Mercadona na estratégia de cisó o nosso projeto como a qualida- mentar posição de relevo no sede dos nossos produtos e das nos- tor do retalho em Portugal. Junsas marcas. Esperamos que nos ta-se a essa o serviço de corte de venham visitar e que se sintam presunto, na hora, e a perfumaconfortáveis e seguros nas nos- ria, uma das mais solicitadas pesas instalações”, declarou Joana los clientes. Ribeiro, diretora regional de reDesde a abertura da primeira lações externas do Norte de Por- loja em Portugal ,há pouco mais tugal da Mercadona. de um ano, a Mercadona doou cerPresente na inauguração, o pre- ca de 600 toneladas de produtos a
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Atualidade
M ercadona abriu loja na T rofa a 2 de setembro instituições de solidariedade social, uma medida inserida no plano de responsabilidade social e integração nos territórios, que também vai ter reflexo na Trofa.
Os alimentos frescos que não forem vendidos serão entregues à delegação da Cruz Vermelha Portuguesa, que os canalizará para a cantina social.
Esta loja, que está aberta todos os dias das 9 às 21h30, gerou 60 novos postos de trabalho, com contrato sem termo desde o primeiro dia.
Acordo aprovado para desbloquear variante em Famalicão
Autarquia famalicense quer ver processo desbloqueado “A Câmara de Famalicão vai assinar um protocolo com a Infraestruturas de Portugal para “desbloquear” o processo de construção da variante à EN14 e da nova ponte sobre o Rio Ave.” O acordo, aprovado em reunião do executivo camarário, de 20 de agosto, prevê que a autar-
quia trate dois afluentes do Ave, as ribeiras de Ferreiros e Penouços, na zona de Lousado. O IP deverá avançar com a obra da variante e da nova travessia sobre o Ave, segundo informação avançada pelo JN. A variante e a nova ponte sobre o rio Ave são esperadas por empresários e população há quase
três décadas. O tratamento das duas ribeiras foram condições colocadas pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) para aprovar o estudo de impacto ambiental da empreitada. Com este protocolo, o processo relativo ao impacto ambiental será desbloqueado, podendo assim avançar para os passos seguintes. “O que estamos aqui a fazer desbloqueia o processo, do ponto de vista do impacto ambiental. Ficam criadas todas as condições para que o Estado português possa concluir projeto de execução, fazer concurso e fazer a obra”, adiantou o presidente da Câmara de Famalicão, Paulo Cunha. Recentemente, a administração da fábrica de pneus Continental, situada em Lousado, alertou para o risco de não ser concluído um investimento que engloba a criação de centenas de postos de trabalho porque os acessos prometidos têm sido sucessivamente adiados pelo Governo. Aliás, segundo Paulo Cunha,
para concluir o investimento que tem em curso na área dos pneus agrícolas, a Continental precisa de construir, contudo os terrenos necessários estão bloqueados por causa do estudo de impacto ambiental. Enquanto, a construção da variante e consequente tratamento das ribeiras em causa não começar o problema não é solu-
cionado e a expansão da fábrica não pode avançar. Mas, o autarca salientou que além da Continental, existem outras empresas que aguardam há vários anos pela nova via que permitirá solucionar o escoamento de trânsito da EN 14, não só na zona de Famalicão mas também da Maia e da Trofa.
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Religião
Bem-vindo ao Coronado, padre Micael CÁTIA VELOSO/HERMANO MARTINS
Sobre um vistoso tapete verde, a hospitalidade pintada de branco: “Bem-vindo, padre Micael”. Em S. Romão do Coronado foi assim, em S. Mamede não foi muito diferente. Sobre bem receber, estas comunidades já provaram que não precisam de lições, pois, mesmo com a mágoa de ver sair um dos párocos que, ficará, inegavelmente, marcado na história das paróquias, foi de braços abertos que romanenses e mamadenses receberam o novo sacerdote. Mas Micael Silva também não entrou acanhado. Sabedor do ca-
rinho que Rui Alves deixou impregnado em cada poro dos fiéis, o presbítero fez saber, logo à entrada, que não vem para substituir ninguém. “Eu acredito que todos nós somos substituíveis nos cargos, mas enquanto pessoas, cada um tem o seu lugar. Apenas venho substituir o padre Rui na missão de pároco. Quando ele quiser vir cá, será muito bem-vindo. Eu cá estarei para ocupar o lugar, que não o dele, no coração das pessoas”, disse, em entrevista ao NT, no dia em que se apresentou diante da comunidade de S. Romão, a 30 de agosto. Mas também avisou que tecer o laço da cumplicidade não será difícil só para os paroquianos. “Também para mim será um desafio. As mudanças são sempre custosas e se as pessoas terão de se adaptar à minha maneira de ser,
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O novo pároco de S. Romão e S. Mamede do Coronado apresentou-se diante das comunidades no último fim de semana de agosto.Aos fiéis, disse que não vem para “substituir ninguém”.
Padre M icael quer “ganhar lugar” no coração das comunidades do Coronado também eu terei de me adaptar a uma nova realidade, porque são paróquias grandes e com perfil urbano, bem diferentes daquilo a que eu estava habituado. A dar os primeiros passos como pároco, Micael Silva garantiu que, no Coronado, não vai “entrar de chancas”, preferindo, desde já, tomar pulso de “tudo aquilo que está inerente” ao exercício de pároco e “descobrir” as pessoas e as tradições. Com 27 anos, Micael Silva considera que a juventude até pode ser um trunfo na hora de assumir esta missão. “É mais fácil olhar para a realidade sem esquemas pré-definidos. Há pequenas coi-
sas que estão bastante enraizadas nas pessoas e removê-las pode ser só um preciosismo do padre e, se calhar, nem vale a pena investir nelas. É preciso, primeiro, conhecer para percerber o que é importante, o que se pode manter e o que é mesmo necessário mudar”, salientou, não deixando de sublinhar que prefere olhar para a missão como “uma linha de continuidade”. “Mas com as minhas diferenças. Darei o meu cunho na minha passagem por cá”, garantiu. Natural de S. Martinho de Recesinhos, Penafiel, Micael Silva foi ordenado a 14 de julho do ano passado e exercia funções de vi-
gário paroquial de Caíde de Rei, Covas, Meinedo, Nespereira e Sousela, concelho de Lousada. “Desde pequeno que me palpita este gosto de vir a ser padre e, a determinada altura, fui convidado pelo meu pároco a ingressar no seminário diocesano, onde fiz um percurso de dez anos”, contou. Estagiou em Santa Maria da Feira e no último ano foi vigário paroquial na vigararia de Lousada.
Capelão militar A paroquialidade no Coronado surgiu como um complemento ao trabalho de Micael Silva, que do bispo do Porto, D. Manuel Linda, recebeu a missão de também ser capelão militar, ao serviço da Diocese das Forças Armadas e de Segurança. “Como esse trabalho exigia uma maior proximidade do Porto, naturalmente, (o bispo) escolheu a vila do Coronado para meu lugar de pároco”, explicou o sacerdote, que adiantou estar “para breve” o início da sua carreira militar. Micael Silva terá ainda que assumir a presidência da direção do Centro Social e Paroquial de S. Mamede do Coronado, instituição da paróquia.
10 de setembro de 2020
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Srª das Dores sem o brilho de outros anos, mas com a mesma dignidade Sem o brilho e as cores dos outros anos, a festa em honra de Nossa Senhora das Dores, pelo menos no que à vertente religiosa diz respeito, realizou-se com elevação. A dimensão da fé sobrepôs-se à pandemia e, feitas as contas, “houve um maior número de pessoas a participar na preparação (septenário) e na celebração de festa”. Quem o diz é o pároco de S. Martinho de Bougado, Luciano Lagoa, que até assinalou o maior envolvimento dos elementos da comissão de festas na vida litúrgica. “A comissão está, realmente, de parabéns. Esteve sempre presente no setenário e, inclusivamente, transportou o andor. Este ano, não tivemos uma grande procissão, mas tivemos nove procissões, com o setenário”,
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Religião
sublinhou o sacerdote, que, para a eucaristia do domingo de Nossa Senhora das Dores, contou com a presença especial do bispo do Porto, D. Manuel Linda, que presidiu à celebração. “Este dia não seria o mesmo se na Trofa não houvesse nada que assinalasse a Senhora das Dores. Como tal, não contamos com as multidões que são habituais, mas tivemos uma pequena semente que comprova que celebramos aquela de quem os trofenses gostam tanto”, referiu o bispo. Já Filipe Reis, presidente da comissão de festas - representante das aldeias de S. Martinho, Coroa, Real e Carqueijoso -, fez um balanço positivo, tendo em conta o contexto atual de pandemia. “Foi muito difícil
Vertente religiosa marcou a festa deste ano vivermos na incerteza e pensarmos num programa que pudesse cumprir, à data, todas as normas da Direção-Geral da Saúde”. Com o tempo, foi possível delinear algumas ações, que, para Filipe Reis, acabaram por exaltar o sentimento de “orgulho” nos
trofenses, como “a iluminação da Capela e da Igreja Matriz”, e a sessão de fogo de artifício, distribuída por dois locais distintos, para evitar a criação de aglomerados populacionais. C.V./H.M.
Pároco do Muro apresenta-se dia 27 O novo pároco de S. Cristóvão do Muro, José Ricardo Dias, apresenta-se à comunidade na eucaristia de 27 de setembro, às 16 horas, junto à Igreja paroquial. Nomeado em julho pároco do Muro, para substituir Rui Alves – na mesma altura nomeado para a paróquia de Pedrouços (Maia) – José Ricardo Dias, que assumia as paróquias de S. Lourenço do Douro e de Alpendorada e Matos, no Marco de Canaveses, desde 2014, tem 38 anos, é natural de Vandoma (Paredes) e foi ordenado padre a 8 de julho de 2012, tendo celebrado a missa nova na Igreja Nova de S. Martinho de Bougado, paróquia onde estagiou durante três anos. C.V.
Comunhões em Santiago este mês As comunhões na paróquia de Santiago de Bougado realizam-se este mês. A primeira comunhão está marcada para 20 de setembro, às 10h30, na Igreja Matriz. Antes, estão agendados dois encontros com as crianças, a 14 e 16 de setembro, às 18h30, junto à Igreja. As confissões realizam-se no dia 19, das 10h00 às 12h00, e para as crianças serão feitas na Igreja, enquanto os adultos poderão confessar-se nas salas 1, 2 e 3 da residência paroquial. A Profissão de Fé, ou comunhão solene, acontece a 27 de setembro, às 10h30. Nos dias 21 e 23 de setembro, às 18h30, há dois encontros com os jovens, e as confissões têm lugar no dia 26, das 10h00 às 12h00, com as mesmas regras da primeira comunhão. C.V.
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Santa Eufêmia José Pedro Maia Reis Memórias e Histórias da Trofa
Lições de História do Prof. Dr. António Augusto Ferreira da Cruz sobre a Igreja de Santiago
Eufêmea nasceu na Calcedónia (actual Turquia), por volta do ano 288 d.C., e era filha do senador Filofronos e de Teodósia. Desde muito nova, impôs-se, no ambiente da sua terra natal, pela beleza, modéstia, e sensatez, tendo sido educada na fé cristã, e sendo consagrada à virgindade. O governador da Calcedónia, Prisco, emitiu um decreto, obrigando todos os habitantes da cidade a tomar parte nos sacrifícios ao deus romano, Ares. Entretanto Eufêmea foi descoberta escondida juntamente com outros cristãos numa casa, rezando para o Deus cristão, em clara desobediência às ordens do governador. Por se terem recusado às suas ordens (do governador), todos os cristãos foram torturados durante vários dias e depois foram entregues ao imperador Diocleciano. Eufêmea, sendo a mais jovem entre eles, foi separada de suas colegas e foi submetida a vários tormentos cruéis, inclusivamente a “roda”, mas ela nunca renegou a sua fé em Cristo, tendo guardado a sua virgindade, apesar das várias tentativas de violação da parte dos responsáveis calcedonos. Acredita-se que ela tenha morrido num ataque de um urso na arena, por ordem do Imperador, em 307. Milagre atribuído durante Concílio O Concílio de Calcedónia, foi o
4º Concílio Ecuménico da Igreja Eufêmea e o outro texto (dos moCristã e realizou-se 150 anos de- nofisistas) aos pés. Venceu a propois da morte de Santa Eufêmea, fissão de fé ortodoxa. A Igreja Católica celebra a fesentre o dia 8 de outubro e 1 de Novembro do ano 451 d.C.. Nes- ta litúrgica de Sta Eufêmea no te Concílio – que foi realizado na dia 16 de setembo. Entretanto, dos primeiros séCatedral consagrada a Santa Eufêmea- ficou acordado o Credo culo do cristianismo vem a tracalcedoniano (repudiando a dou- dição (ou lenda?) de que há outrina eutiquiana do monofisismo, tra Eufêmea portuguesa, tamque reclamava uma só natureza bém venerada por muitos fieis, de Jesus Cristo e uma só pessoa)), e que terá nascido cerca do ano deixando clara a” completa huma- 120 d.C, em Braga, cujos pais tenidade e a completa divindade de rão sido Lúcio Severo e Cálcia.. Jesus Cristo,” a 2ª pessoa da SSma. Eufêmea tinha mais oito irmãs Trindade, isto é a proclamação de gêmeas, cujos nomes são: QuiCristo “verdadeiro Deus e verda- téria, Genebra, Vitória, Marinha, Germana, Basília, Liberata deiro Homem”. Mas antes dessa proclama- e Marciana. Quando nasceram estas crianção, houve acesos debates ent r e a q u e le s q u e d e f e n d i a m ças, a mãe mandou afogá-las no a doutrina de Eutiq ues ( os rio Este, em Braga. Então, Cita, a adeptos do Monofisismo ) e os criada, tomou os bebés recém-nascidos e confiou-as aos cuidachamados“Ortodoxos”. Então, a certa altura, o Patriar- dos de Santo Ovídio, arcebispo ca de Constantinopla Anatólio, de Braga de então... E, de acorpropôs que se recorresse à in- do com a lenda, as nove irmãs tetercessão da Virgem-mártir Eu- riam sido martirizadas no tempo fêmea., cujas relíquias repou- do imperador Adriano. Santa Eufêmea é muito venerasavam nessa igreja. Cada grupo escreveu a sua confissão de da em muitas aldeias e vilas de fé e, aberto o túmulo de Sta. Eu- Portugal; Além de Alvarelhos, fênmea, depositaram as confis- (Trofa), Gerês, Ovar, Celorico sões sobre os restos mortais da da Beira, Penedono(Viseu), Pósanta, que foi lacrado e, duran- voa de Midões, Rio de Moinhos, te três dias os “padres concilia- Felgueiras (Torre de Moncorvo) res” (bispos e teólogos) jejuaram e Penala(Coimbra)... S a nta E u fêmea é protecto e oraram até que, reaberto o túmulo da virgem, encontraram o ra das doenças da pele, cravos, texto da profissão de fé dos “or- doenças do coração e queda do todoxos” na mão direita de Sta. cabelo.
Escrever sobre a história desta região e não conhecer os escritos do Professor Doutor António Cruz é gravoso. É impossível negar a obra e o contributo deste homem que tanto deu à cultura e à história, sendo considerado por muitos como um dos maiores historiadores da sua região, liderando inclusivamente a Faculdade de Letras da Universidade do Porto, um cargo que honra e prestigia qualquer académico. Ser professor é ser “coca-bichinhos” e nas habituais práticas para encontrar mais documentação, para sustentar as afirmações e não caminhar pelo caminho tortuoso do diz que disse e alguém conta que ouviu fulano a contar que o avô dele viu ou viveu, vão surgindo elementos importantes. Decorria o ano de 1939 e António Ferreira da Cruz escrevia para a revista Prima, publicação conceituada em História, que tinha em seu poder cópias das escrituras celebradas para a construção da Igreja de Santiago de Bougado com o mestre pedreiro António Rodrigues. Uma prévia referência às antigas e obsoletas instalações da Igreja de Santiago de Bougado que nos meados do século XVIII não conseguiam albergar a sua comunidade, tinha bastantes elementos e até conseguia, segundo o próprio, contribuir com um grande rendimento para a Igreja Católica. Na sua análise histórica, informa o enorme papel de D. Diogo Marques Mourato que, após ter sido sagrado como Bispo de Miranda, continuou a arrecadar os rendimentos daquela freguesia que lhe permitiu financiar a construção daquele monumento religioso. O mestre pedreiro António Rodrigues era natural da relativamente próxima freguesia de Minhotães, tendo a companhia presente de Nicolau Nasoni, que iria acompanhar desde perto os trabalhos, caso algo fosse mal construído, rapidamente seria demolido e retificado. Algo que era provável de acontecer, porque o risco de Nasoni não estava fácil de construir e, rapidamente, foram sendo adotadas novas plantas que chegariam a ser três. A sua pedra iria ser retirada de São Cristóvão do Muro, enquanto o resto do material de alvenaria sairia de um local mais afastado de Santiago de Bougado. Na concretização de uma súmula, é possível perceber que o projeto idealizado por Nasoni ficou inacabado, o remate das torres ficou provisório até ao presente, com a utilização de elementos da antiga igreja naquela construção. As pirâmides deveriam terminar na forma de cópula, mas, a falta de verbas que o Prof. António Cruz justifica com erros de orçamentação do empreiteiro - que não conseguiu prever com sucesso os gastos que ia ter com as fundações - e após fazer grandes perfurações no solo apenas iria encontrar areia e terra, sem a existência de rocha, o que fez com que os gastos tivessem um elevado crescimento. O projeto iria ficar por terminar, o “empreiteiro” iria abrir falência e não iria ficar concluído o projeto de Nicolau Nasoni, essa joia da nossa história e da nossa terra.
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São Gens Quem foi? Mito, Lenda e/ou História? O culto de São Gens /San Ginés(Em Espanha)/ou S. Genésio de Roma(Itália), como o de vários santos mártires, remonta ao conjunto de hinos que compõem o “Peristephanon” (livro das coroas), em que se basearam pregadores medievais, fundadores de muitos dos actuais cultos. Para uns, São Gens é um santo de origem céltica, martirizado em Arles, na Gália, nas perseguições (aos cristãos) entre o ano 303 a 305 d.C., no tempo do imperador romano Diocleciano. Para outros, foi martirizado em Córdoba, sendo por esse motivo, venerado em Espanha como San Ginés; e, por fim, para outros tantos, foi um dos primeiros bispos de Lisboa(ainda durante a dominação romana), tendo pertencido à Ordem de São Paulo Eremita. Conta a lenda que “este” S. Gens(bispo) de Lisboa, quando nasceu, a sua mãe morreu de parto..Esta lenda está na origem de uma tradição, que ainda hoje se cumpre, segundo a qual uma mulher grávida que queira assegurar-se de que vai ter um parto bem sucedido, deve sentar-se na “Cadeira de S. Gens” (de mármore), que está guardada na Ermida da Senhora do Monte, freguesia da Graça (Lisboa), erigida no Monte de S. Gens, local onde, supostamente, foi martirizado. Da
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mesma forma, são variadas as datas das celebrações litúrgicas, em sua honra, em Portugal, ao contrário em Espanha, onde as festas de San Ginés são a 25 de Agosto. Há autores que atribuem a introdução do culto de S. Gens em Portugal, à rainha D. Mafalda de Sabóia, esposa de D. Afonso Henriques, com a construção da Igreja de S. Gens em Boelhe (Penafiel). São Gens é venerado em algumas vilas e aldeias de Portugal, sendo as mais importantes em Serpa, em Redondo, Loriga (Manteigas), Quintanilha (Bragança) Montelonga (Fafe), São José da Ribeira (Santarém), Noudar (Barrancos), Capela do Monte de São Gens-hoje capela Nª Sª do Monte (Lisboa), Custóias (Matosinhos) e Cidai, Santiago de Bougado. Nota: Enquanto que em Lisboa a festa litúrgica em honra de São Gens é celebrada a 5 de Maio, em Santiago de Bougado, a mesma costuma celebrar-se no primeiro fim-de-semana de Setembro. São Gens é patrono das artes cénicas (humoristas e actores) ,dos músicos, talvez por ter sido, antes da sua conversão ao cristianismo um comediante do imperador romano, É também protector dos advogados e parturientes.
Diocese não prevê saída do padre Ramos de Covelas
Padre R amos tem sido alvo de denúncias “Não está prevista qualquer alteração”. Foi desta forma que o Gabinete de Informação da Diocese do Porto se pronunciou sobre as denúncias feitas junto desta entidade contra o pároco de Covelas, José Ramos. Depois de assumir, publicamente, apoio ao Movimento Contra o Aterro de Covelas e à população daquela freguesia, o sacerdote foi confrontado com cartas, enviadas ao bispo, D. Manuel Linda, em que o acusavam de ser alcoólico. Em declarações ao NT, em junho, em várias iniciativas de protesto contra a construção do aterro, José Ramos confirmou que sabia que à Diocese tinham chegado várias missivas: “Optaram por um caminho muito baixo, que foi caluniar-me, então têm mandado cartas a acusar-me de alcoolismo e a dizer que, na Trofa, quando falei como falei, estava completamente bêbado”. Ora, a forma como o pároco falou na primeira grande manifestação, que aconteceu no Parque Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro, realmente, não agradou a algumas pessoas, nomeadamente Sérgio Araújo, vereador do Ambiente. Depois de apelar aos políticos que não fizessem de Covelas “a cagadeira da Trofa”, o autarca abeirou-se do sacerdote para lhe dizer que tinha utilizado um discurso indigno, o que levou José
Ramos a pegar novamente no microfone a denunciar o “ralhete” e a reiterar a frase. Depois desse dia, José Ramos foi confrontado com as tais cartas enviadas à Diocese. Além disso, ficou a saber, pelo bispo, que foi enviado um abaixo-assinado a pedir a saída do padre da paróquia de Covelas. Desconhece-se que o documento tenha circulado na freguesia, mas são conhecidas as ações de apoio ao pároco, nomeadamente a vigília, em julho, na qual populares entregaram a “chave da freguesia” a José Ramos. Nessa ocasião, o padre dirigiu-se àqueles que acredita serem os responsáveis pelas denúncias: “Aos ‘laranjas’, que enviaram cartas a rodos para o bispo do Porto a acusar-me de alcoólico, quero dizer o seguinte: eu não tenho medo”, vincou José Ramos. Ao JN, a Diocese do Porto não esclareceu sobre a origem das denúncias remetidas ao bispo, tal como não revelou quem promoveu e remeteu o abaixo-assinado, ou quantas assinaturas este continha. Também não foi esclarecido se foi solicitada, por qualquer entidade, em reunião com D. Manuel Linda, a transferência de José Ramos de Covelas. “O teor desses encontros, bem como o conteúdo da correspondência recebida ou enviada, são do foro privado”, afirmou a Diocese.
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Desporto
Francisco Vila Nova na final do Campeonato da Europa de Dressage O cavaleiro Trofense de 22 anos de idade esteve no Campeonato da Europa de Dressage, que se realizou em Budapeste, na Hungria, no mês de agosto. Foi na sela do seu cavalo Sir Saburo, um Westphalian de 14 de anos de idade, que alcançou o tão disputado lugar numa final onde apenas participaram os melhores 18 cavaleiros da Europa do escalão Sub-25, alcançando o 12.º lugar, com um recorde pessoal e uma ressalva feita pelos comentadores desportivos sobre a grande potencialidade do conjunto. A parceria entre Francisco e Sir Saburo começou há dois anos. Em 2019, participaram do Campeonato da Europa, que se realizou em Itália e, no final do mesmo ano, sagraram-se campeões de Portugal de Sub-25. Com objetivos muitos definidos, contam até ao final do ano participar em mais concursos internacionais, como o de Nice, de 1 a 4 de outubro, de forma a aprimorar e melhorar a sua prestação em pista.
F rancisco Vila Nova classificou- se no 12.º lugar Além da sua carreira desportiva, Francisco Vila Nova está à frente do projeto Coudelaria Vila Nova, em Monte Córdova, que, para além da criação de cavalos, conta também com aulas de equitação, desde a iniciação até ao nível de competição, cavalos a penso e desbaste e ensino de cavalos tanto para lazer como preparação para a competição.
TrofaClima Rally Team com pódio absoluto no Rali Alto Tâmega Dividido entre os concelhos de Chaves e Boticas, disputou-se, no último fim de semana de agosto, mais uma jornada do Campeonato Norte de Ralis, onde a equipa TrofaClima Rally Team marcou presença, arrecadando o 3.º lugar da classificação absoluta. Augusto Costa e Susana Silva fizeram uma vez mais equipa com o competitivo Peugeot 208 R2 e mostraram-se, novamente, muito competitivos, liderando a categoria das duas rodas motrizes de princípio ao fim, somando desta forma mais uma vitória, que os deixa ainda mais confortáveis na liderança do Campeonato Norte de Ralis 2 RM. “Saímos de mais uma prova com o sentimento do dever cumprido, terceiros da geral, vencedores das 2 rodas motrizes, não podia ser melhor. Ainda tentamos atacar o segundo lugar, mas contra factos não há argumentos e os carros que ficaram na nossa frente são de 4 rodas motrizes”, confessava Augusto Costa no final da prova.
Equipa vive bom momento competitivo O próximo desafio da dupla da TrofaClima Rally Team será o Rali Montelongo, que se disputa em Fafe, de 2 a 4 de outubro. “Iremos encará-lo como fazemos em todos os outros, queremos sempre conquistar o melhor lugar na tabela absoluta, levando como objetivo a vitória dentro da nossa categoria”, adiantou Susana Silva.
Troféu Kia Picanto GT
Manuel Alves quer continuar a surpreender Manuel Alves foi um dos destaques da categoria Júnior, na abertura do Kia Picanto GT Cup, troféu organizado pela Kia Portugal e CRM, e agora prepara-se para “continuar a progressão” no Circuito Vasco Sameiro, em Braga, na segunda prova da temporada, que se realiza a 12 e 13 de setembro. O piloto trofense de 17 anos ainda tem bem fresco na memória o 3.º lugar obtido na corrida 4 da prova inaugural e quer continuar a surpreender, numa pista que lhe diz muito. “Foi o circuito onde
me estreei na velocidade, em 2019”, recordou o jovem, que, recentemente, teve a oportunidade de testar lá, com o apoio da equipa, a Veloso Motorsport, e percebeu que “o asfalto está algo degradado e que, portanto, as condições deverão ser muito difíceis”. “Será importante aliar a rapidez a uma boa estratégia de corrida e de gestão dos pneus. A nossa estreia em Portimão correu bem, mas queremos estar ainda mais competitivos no próximo fim de semana", afirmou Manuel Alves.
José Calheiros
Escrita com Norte Ida à praia (parte ii) Ajusto novamente o despertador para as sete horas. Como sempre, a ideia é acordar cedo para aproveitar a melhor parte da praia, a manhã. Mal pouso o despertador na mesinha de cabeceira, ouço um respirar arrastado e profundo. Ao pensamento de que a Cristina já estaria a dormir, precisava de confirmação. - Morzinho? …Morzinho?...Estás a dormir? - Pergunto, quase em segredo. - Humnhhmmnhhhrrrrrrhh. – Responde a Cristina a uma pergunta que não ouviu e não sabe que respondeu. Este som/resposta, que se assemelha a um grunhido, é a certeza de que se a casa vier a baixo, ela não acorda. Levanto-me e num instante saio de casa. Aproveito o abrigo natural da noite e em todas as ruas da Trofa com lojas de decoração, lojas de sapatos e hortos, coloco uma placa a dizer, “Rua em obras, trânsito proibido. Volte daqui a três meses!”. No final regresso a casa e já na cama, pergunto: - Morzinho? …Morzinho?...A casa está a arder! - Humnhhmmnhhhrrrrrrhh. - Responde. Suspiro de alívio e deixo-me adormecer! Uns raios de luz a entrarem pela janela entreaberta, abrem-me as pálpebras - “Já é dia!” - pensei. Olho com mais atenção e vejo a Cristina. - Olá, bom dia! Hoje vamos cedinho para a praia. - Diz-me ela. - Boa… - E sem me deixar acabar de falar, continua: - Só tenho uma listinha pequeninha de alguns sítios para irmos antes…fica tudo a caminho. Depois de arranjados e pequeno-almoço tomado, ao irmos para o carro, a Cristina comunica-me os “antros de vício” onde quer ir, antes de irmos para a praia. Em todas as direcções que tomámos, à entrada de cada rua havia uma PLACA a indicar “Zona em obras”. - É impressionante, nunca fazem nada, aproximam-se as eleições e é obras por todos os lados! - Exclama a Cristina. - É, é! Tens toda a razão! Logo hoje que queria ver uns lírios no horto! Respondo. Sem alternativas, devido às “obras” na minha terra, seguimos para a praia. Às nove horas e trinta minutos, já temos os pés na areia no sítio onde vou colocar o pára-vento. Espeto o primeiro pau, depois o segundo, tendo em
conta a direcção e velocidade do vento e depois…depois sou interrompido! - Esse pau...não é melhor ficar colocado um bocadinho mais abaixo? - Pergunta a minha senhora. - Não! - É, é. Desenterro o segundo pau e coloco-o um pouco mais abaixo, segundo indicações da Cristina. - Aqui? – Pergunto. - Não sei! Põe onde quiseres! Estava com vontade era de ir à água. Mal espeto o último pau do pára-vento, tiro a t-shirt e desato a correr para a água. Como não havia mais ninguém na praia para impressionar, em vez de entrar na água de mergulho directo, molho os pés, as pernas, os braços e depois sim, deixo-me “desmaiar” para dentro do mar. Quando regresso ao areal, a Cristina ainda está vestida e de pé! - Esqueceste-te de colocar o guarda-sol! - Diz-me. Entretanto tinha chegado um casal novo, que se estava a instalar um pouco mais a cima, ele a montar uma tenda e ela sentada…e caladinha! - Está bem, assim? – Pergunto, relativamente à colocação do guarda-sol. - Humnhhmmnhhhrrrrrrhh. Deitei-me na toalha a apreciar o jovem casal. A tenda que ele estava a montar parecia um prédio de três andares e ela, sentada e sossegadinha, mantinha-se calada, certamente orgulhosa do namorado, que monta tendas… das dificeis! Estava eu embebecido com aquela imagem romântica, quando o rapaz anuncia: - Minha querida, a tenda está pronta! A rapariga, de aspecto doce, levanta-se e: - Achas que isto tem algum jeito? Para fazeres isto tinha montado eu! Passaram o resto da manhã à volta da tenda!!! Quando olho para a esquerda está a chegar um senhor, com a sua esposa e filha. Pousam as tralhas e, enquanto o senhor instala dois pára-ventos e dois guarda-sóis, as mulheres vão mulher os pézinhos e quando chegam, diz a esposa: - Oh, Carlos! Achas que isto está bem? Muda esse guarda-sol para aquele lado! - Está bem! – Responde o chefe de família, resignado e adaptado à realidade. Na minha toalha mudo de posição e sento-me, com um sorriso, virado para o mar.
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Crónica Especial
Paróquia de Guidões - Fragmentos da sua génese 9.º Capítulo - Cruzeiros e Via Sacra Os cruzeiros são uma representação da cruz usada pelas civilizações mais antigas para justiçar os incriminados que eram sentenciados com crucificação em praça pública. Luís Chaves, na revista Brotéria de 1932 afirma que a cruz é sempre o símbolo do triunfo eterno sobre a morte. Com o surgimento do cristianismo e simbolizando a crucificação de Cristo, os cruzeiros vão surgindo à medida que o cristianismo avança sobre o paganismo como forma de consolidar e demarcar a profissão da fé. Estes começaram por se implantar nos adros dos templos religiosos e depois nos caminhos, indicando a orientação dos templos, nas encruzilhadas e nos outeiros, permitindo aqueles que se cruzem com eles possam reflectir e orar. Na paróquia de Guidões estes monumentos religiosos existem feitos em granito, desde os mais modestos, uma cruz latina de secção quadrada lisa, assente em peanha cúbica com inscrição do mandatário e o ano, aos ricamente trabalhados e os mais recentes só com a data. O conjunto mais trabalhado é o que existia em frente à desaparecida capela de Santa Bárbara, hoje de costa voltadas à Igreja, à face da rua José Lopes da Silva, frente à casa do Dr. Florido. Constituído por um cruzeiro principal descrito pelo abade Sousa Maia: Em frente á capella de Santa Barbara ergue-se uma columna granítica, ordem jónica, sobre capitel assenta uma pequena cruz de que pende a imagem de Christo. Esta imagem bastante gasta pelo tempo, é iluminada por um lampeão de ferro pendurado por uma cadeia do mesmo metal, que desce do alto da cruz, e é tida em grande veneração pelo povo que, geralmente, lhe chama 2º Senhor do Padrão”. Na base em que se firma esta columna lê-se a seguinte inscripção: ESTA OBRA MANDOV FAZER O P.E IM.O DA MAIA ANNO 1623 O padre João da Maia era, por este tempo, cura de Guidões. Aos lados d’este padrão foram collocados, em 1735, dois novos cruzeiros de granito, os quaes foram mandados fazer por Manoel João Azevedo e Manoel de Caravalho, como se vê pelas respectivas inscripções.
L ampião iluminava imagem de Cristo
Desta descrição fica-se a saber que se localizavam virados a Poente, em frente à capela de Santa Barbara e hoje estão virados a Nascente. A imagem de Cristo era iluminada por um lampião com uma corrente e pendurado em frente à imagem. Hoje só existe o suporte e um candeeiro eléctrico. Este cruzeiro é distinto de todos os outros e está assente num soco de dois degraus de planta quadrada, com um plinto moldurado, fuste cilíndrico, capitel jónico suportando uma cruz latina de secção quadrada com a representação escultórica de Cristo na face, sob cartela com iniciais INRI. Sobre a cruz estrutura em ferro com roldanas para suspender candeia. Na face frontal do plinto a legenda já referenciada e na lateral: ESTA REFORMA FOI FEITA POR DO NATIVOS AGENCIAD OS POR UMA COM ISSÃO PARA ESSE FIN NOMEADO NO ANNO 1904 Os cruzeiros laterais estão assentes num soco comum aos três de dois degraus sob plataforma elevada com a seguinte inscrição no plinto: Direita Esquerda MEL IO FES MEDEC MELIO AYVO AM AZE 1735 UEDO 1735 O conjunto dos cruzeiros que constituíam a Via-Sacra foram mandados erguer pelo padre Manuel Thome dos Santos, tendo custeados o maior deles todos. Os restantes foram oferecidos por mecenas. O abade Sousa Maia descreve: 16.º Manuel Thomé dos Santos. Era natural de Guidões, e já parochiava em 1731, mas parece ter começado em 1729. No seu tempo foram levantadas as cruzes de pedra para a devoção da Via-Sacra, a maior das quaes foi dada por elle, sendo, em1860, transformado em cruzeiro parochial. Algumas d’essas cruzes ainda hoje existem, vendo-se pelas respectivas inscripções que foram dadas por diversos benfeitores. A que deu o parocho tem o lettreiro sequinte: FES O P.E MEL TOME DOS ÇANTOS A que está em frente á casa da Quinta dos senhores Vasconcellos (familia do sr. D.orFlorido)tem os seguintes dizeres: FES O ALFERES FILSIANO DA S.A 1735 A legenda d’outra resa assim: FES MEL. CARV.O DA CANCELA 1735 N’outra lê-se: FES FRANC.CO DA COSTA 1735 Tem outra o seguinte dístico: FES MEL. JOAM FIG VEIREDO 1735 Ha ainda outra em que se lê: FES MEL. JOAM AZEUEDO 1735
Finalmente noutra vêm-se as seguintes letras: MEL. TO MEDE C ARV.O 1735 Dos descritos sobressai-se o primeiro que foi transformado em cruzeiro paroquial e que não existe. Em tempo fiz a leitura e o levantamento dos cruzeiros, antes do arranjo urbanístico e da construção do prédio virado para a rua do Souto de Santa Barbara, na avenida dos Cruzeiros, rua do Souto de Santa Barbara (antiga Estrada Joaquim F Ferreira Lopes ilustre filho e Benemérito desta freguesia, assim constava na placa em mármore desaparecida que estava em mau estado colocada no inicio da rua a partir da avenida dos Cruzeiros), rua do Souto de Santa Barbara e rua 25 de Abril: Avenida dos Cruzeiros 3 Rua Souto Santa Barbara 1 Rua 25 de Abril 3 Vejamos a leitura e rectificámos, entre parentese, com a leitura feita pelo Dr. Carlos Faya de Santarém. Ao descer a avenida dos Cruzeiros temos: FES FES FES MEL CA O AL MEL Y VO D (R O D) FERES FI DIAS 1735 A CAN LISIANO CELA O DA S.A 1735 1735 Na rua do Souto de Santa Barbara: FES MEL IO AM FIG VEIKE (VEIrE) DO (DO 1735) 1735 Na rua 25 de Abril: FES P. E. MEL (O P. E. MEL) TOME D OS ÇANTOS 1745 FES FRAM. CO (FrAMCO) DA COS TA (TA 1735) 1735 Depois do arranjo urbanístico ficaram assim distribuídos: Rua 25 de Abril um conjunto de cinco novos, iguais aos de 1735, mas só com a data de 2009 no plinto. Em frente à rotunda dois novos, iguais aos de 1735, mas só com a data de 2009 no plinto. No largo Abade Sousa Maia, lado Poente, no sentido descendente: FES FRAN ÇO DA COS TA 1735 E um novo só com a data de 2009 no plinto. No largo Abade Sousa Maia, lado Nascente, no sentido descendente, três com as seguintes inscrições: FES FES FES OP. E MEL MEL JO MEL TOME D AM FIG DIAS OS ÇANTOS VEIYE 1735 1735 DO 1735
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Crónica Especial O terceiro é de 2009, mas com a inscrição antiga. Avenida dos cruzeiros os três principais virados para a rua do Souto de Santa Barbara, mais dois de 1735 a saber: FES FESOAL MEL CA FERES FI Y VO D LISIAN ACAN O DA S.A CELA 1735 1735 Para concluir este tema falta falar do cruzeiro do cemitério, da antiga igreja e um outro localizado fora da envolvência clerical. O cruzeiro do cemitério é composto por um estrado de três degraus, um plinto assente em quatro bolas e sobre este assenta uma cruz grande. O cruzeiro colocado no local da antiga igreja é recente e tem no seu plinto cubico um conjunto de doze azulejos colados com as seguintes letras: NESTE LUGAR EXISTUI A PRIMITIVA IGREJA DESTA FREGUESIA DE GUIDÕES TENDO POR ORÁGO S. JOÃO BAPTISTA Existe também um cruzeiro fora desta envolvência clerical localizado na Travessa do Viso no entroncamento com a Travessa da Póvoa, que o abade Sousa Maia e o Dr. Carlos Faya Santarém não cita, mas é possível ler a data inscrita: 1735. Em 1940, aquando das comemorações do oitavo centenário da fundação de Portugal e terceiro centenário da restauração, em Guidões uma comissão encabeçada pelo Padre Joaquim Moreira da Costa erigiu um cruzeiro, seguindo os passos de muitas terras de Portugal e com pompa e circunstância se procedeu à sua inauguração. Construído na frente da Igreja, hoje largo Abade Sousa Maia, ao cimo da avenida dos Cruzeiros, destaca-se pela sua simplicidade e reunindo um conjunto harmonioso de várias tendências artísticas a começar por uma base quadrada de dois degraus de esquinas quebradas, plinto quadrado epigrafado numa das faces: 1140 1640 QUEREMOS DEUS E PORTUGAL 1940 noutra, em alto-relevo, as cinco quinas, noutra a cruz de Cristo e noutra um escudo com uma cruz. Sobre este um segundo com uma gravura em alto-relevo, um cordeiro símbolo de S. João Baptista, fuste em espiral (coluna torsa), capitel jónico, esfera armilar e remata com a cruz latina. Importa realçar que em cada esquina quebrada da base, tinha um pináculo, octogonais rematados em cima em abobada. Esta obra foi inaugurada a 8 de Dezembro de 1940 e na base ficou enterrado um vaso em vidro contendo no seu interior um conjunto de dezoito moedas corrente, à época, e um prospecto do programa da inauguração, outra dos Bombeiros Voluntários de S. Tirso. Ficou coberta com uma malga. Em 1969 o cruzeiro foi mudado mais para o centro do largo, sendo colocados lancis em volta da base, criando um espaço ajardinado e os pináculos substituídos por duas colunas paralelepípedos encostadas em cada esquina. Ao reedificar o cruzeiro voltaram a enterrar o mesmo vaso, mas acrescentando um documento muito importante: uma declaração escrita por um dos pedreiros, António Pereira da Silva Anjo. Não sendo uma escrita padronizada, mas “falada”, este documento narra algumas partes do historial desta obra, vincando que foi um dos pedreiros conjuntamente com seu pai Joaquim Anjo e irmão Dário Pereira da Silva. A identificação é possível por uma fotografia da altura em que estavam a montar o capitel. Outro elemento vital foi a reconhecimento dos donatários: António Ferreira Lopes e José Pereira Martins. Um documento muito singular, com muito apego á sua fé religiosa e demonstrando um profundo orgulho na sua obra e dos seus, demonstrando na sua simplicidade uma humildade sublime, digna dos grandes Homens. Escuso-me a transcrevê-lo, porque seria ofensivo, perante um testemunho tão profundo. Avancemos no tempo. Em 2005 foi reformulado o arranjo urbanístico do largo Abade Sousa Maia e consequentemente o cruzeiro foi deslocado para Nascente e aí existiu a preocupação da autarquia preservar para memória futura o achado arqueológico e entregou-o ao município da Trofa, Casa da Cultura, todos os documentos e moedas, recolocando na base fotocópias de todos os documentos e acrescentando nova colecção de moedas, Euros, e uma declaração do presidente da Junta, Bernardino da Silva Maia. Cruzeiro da independência José Manuel da Silva Cunha
10 de setembro de 2020
Necrologia Lousado - VNFamalicão
Ribeirão - VNFamalicão
Carlos Alberto Costa Araújo Faleceu no dia 7 de setembro com 70 anos. Irmão de Avelino Araújo
Maria de Lurdes Carvalho da Rocha Faleceu no dia 14 de agosto com 98 anos. Mãe do Monsenhor Manuel Joaquim
Funerária Ribeirense - Paiva & Irmão, Lda
Funerária Ribeirense - Paiva & Irmão, Lda
Fradelos - VNFamalicão
Ribeirão - VNFamalicão
Maria da Conceição Carneiro da Costa Oliveira Faleceu no dia 7 de setembro com 65 anos. Esposa de José Reis de Oliveira
Conceição da Costa e Sousa Faleceu no dia 13 de agosto com 80 anos. Esposa de Júlio Rocha Sousa Fontes
Funerária Ribeirense - Paiva & Irmão, Lda
Funerária Ribeirense - Paiva & Irmão, Lda
Lousado - VNFamalicão
Lousado - VNFamalicão
Fernando António Santos Silva Faleceu no dia 4 de setembro com 46 anos. Marido de Maria Inês Mendes
Carlos Manuel Pereira Tavares Faleceu no dia 11 de agosto com 48 anos. Filho de Maria Amélia da Silva Pereira e de Manuel Martins Tavares
Funerária Ribeirense - Paiva & Irmão, Lda
Ribeirão - VNFamalicão Rosa da Costa Campos Faleceu no dia 30 de agostocom 92 anos. Viúva de Manuel de Sá Dias Funerária Ribeirense - Paiva & Irmão, Lda
Funerária Ribeirense - Paiva & Irmão, Lda
Ribeirão - VNFamalicão Damos de Araújo Dias Faleceu no dia 9 de agosto com 75 anos. Viúvo de Maria Alice Torres dos Santos Funerária Ribeirense - Paiva & Irmão, Lda
Ribeirão - VNFamalicão
Santiago de Bougado
Rosa de Neiva Rodrigues Faleceu no dia 27 de agosto com 68 anos. Viúva de António Maria Teixeira Coelho
Teresa Campos Barbosa Faleceu no dia 2 setembro com 83 anos. Esposa de Júlio da Cruz Barbosa e Silva
Funerária Ribeirense - Paiva & Irmão, Lda
Agência Funerária Trofense, Lda
Ribeirão - VNFamalicão
S. Martinho de Bougado
Reinaldo Fernandes Lopes Faleceu no dia 23 de agosto com 91 anos. Marido de Maria de Lurdes da Costa Serra Fernandes Lopes
José Ferreira da Costa Faleceu no dia 24 de agosto com 65 anos. Marido de Maria Fernanda de Jesus Ribeiro
Funerária Ribeirense - Paiva & Irmão, Lda
Agência Funerária Trofense, Lda
S. Martinho de Bougado
S. Martinho de Bougado
Sérgio Miguel Neves Maia Faleceu no dia 21 de agosto com 43 anos. Marido de Vera Sandra de Sousa Andrade
Armando Pereira da Silva Faleceu no dia 20 de agosto com 87 anos. Marido Maria Dias da Cruz
Funerária Ribeirense - Paiva & Irmão, Lda
Santiago de Bougado Ana Cristina da Silva Moreira Faleceu no dia 18 de agosto com 33 anos. Esposa de Simão Pedro Silva Santos Funerária Ribeirense - Paiva & Irmão, Lda
Agência Funerária Trofense, Lda
S. Martinho de Bougado Maria Arminda Robrigues Paiva. Faleceu no dia 20 de agosto com 73 anos.Esposa de Manuel da Silva Teixeira Agência Funerária Trofense, Lda
Ribeirão - VNFamalicão
S. Martinho de Bougado
Joaquim Marques Ferreira Faleceu no dia 5 de agosto com 55 anos. Marido de Paula Maria Oliveira e Sá
Mário Manuel da Silva Azevedo Faleceu no dia 17 de agosto com 67 anos.Casado com Maria Goretti Barros de Oliveira
Funerária Ribeirense - Paiva & Irmão, Lda
Agência Funerária Trofense, Lda
Ribeirão - VNFamalicão
S. Martinho de Bougado
Manuel Maria Dias da Cruz Faleceu no dia 4 de agosto com 92 anos. Marido de Maria da Silva Azevedo
Odete de Sousa Pedroso Faleceu no dia 10 de agosto com 84 anos. Esposa de Júlio Maia
Funerária Ribeirense - Paiva & Irmão, Lda
Agência Funerária Trofense, Lda
Ribeirão - VNFamalicão
Santiago de Bougado
Joaquim Sampaio de Matos Faleceu no dia 4 de agosto com 66 anos. Marido de Maria Odete Ramos Maia
Fernando Carneiro Soares Faleceu no dia 13 de agosto com 80 anos. Casado com Isaltina Marques de Oliveira Soares
Funerária Ribeirense - Paiva & Irmão, Lda
Agência Funerária Trofense, Lda
10 de setembro de 2020
O NOTÍCIAS DA TROFA
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Atualidade
Muro Delfina Azevedo Reis Faleceu no dia 5 de setembro com 60 anos. Casada com Manuel Maria Belo Reis
Associação Musical e Cultural da Trofa Convocatória
Assembleia Geral
Rocha Funerárias, Lda
Alvarelhos José Alvaro Pinho Vieira da Silva. Faleceu no dia 4 de setembro com 68 anos. Casado com Maria Emília Moreira de Oliveira Rocha Funerárias, Lda
Guidões António da Cunha Faleceu no dia 1 de setembro com 72 anos. Viúvo de Maria Gracinda Oliveira Campos Rocha Funerárias, Lda
Guidões Maria Emília Nunes Duarte Faleceu no dia 9 de agosto com 56 anos. Rocha Funerárias, Lda
Alvarelhos Elimando da Costa Maia Faleceu no dia 7 de agosto com 89 anos. Casado com Inês Celeste Moreira Maia Rocha Funerárias, Lda
O Notícias da Trofa na internet www.onoticiasdatrofa.pt
Convocam-se todos os sócios da Associação Musical e Cultural da Trofa para a Assembleia Geral no dia 25 de Setembro de 2020 pelas 21h00 a realizar na nossa sede, com a seguinte ordem de trabalhos: 1. Leitura da Ata da última Assembleia Geral 2. Discussão e votação do relatório de contas da Direção ao ano de dois mil e dezanove 3. Parecer do Conselho Fiscal sobre o relatório de contas apresentado 4. Votação e aprovação da atualização dos dados institucionais e património 5. Outros assuntos Se à hora marcada não houver quóram, a Assembleia funcionará uma hora depois no mesmo local, com qualquer número de sócios e a mesma ordem de trabalhos. Nota: A fim de cumprir as recomendações da Direção Geral de Saúde, no que concerne às normas de segurança sanitária e proteção da Covid-19, todos os participantes devem fazer uso de máscara e desinfetar as mãos com desinfetante que se encontrará disponível à entrada da sala onde decorrerá a reunião. Trofa, 09 Setembro de 2020 O Presidente da Assembleia Geral Diamantino Silva
Farmácias Dia 10 Farmácia Trofense Dia 11 Farmácia Barreto Dia 12 Farmácia Nova Dia 13 Farmácia Moreira Padrão Dia 14 Farmácia de Ribeirão Dia 15 Farmácia Trofense Dia 16 Farmácia Barreto Dia 17 Farmácia Nova Dia 18 Farmácia Moreira Padrão Dia 19 Farmácia de Ribeirão Dia 20 Farmácia Trofense Dia 21 Farmácia Barreto Dia 22 Farmácia Nova Dia 23 Farmácia Moreira Padrão Dia 24 Farmácia de Ribeirão Dia 25 Farmácia Trofense
Sudoku
As 7 diferenças
Telefones úteis Bombeiros Voluntários Trofa 252 400 700 GNR da Trofa 252 499 180 Centro de Saúde da Trofa 252 416 763//252 415 520 Centro de Saúde S. Romão 229 825 429 Centro de Saúde Alvarelhos 229 867 060
Rir Vira-se ele para ela: – Sabes, tu lembras-me o mar! – Ai sim? Porquê, porque os meus olhos são azuis e fazem-te lembrar a côr do mar? – Não.
– Então é porque o meu cabelo é ondulado e tu lembras-te das ondas do mar? – Também não. – Então porque é? Diz-me! – Enjoas-me!
F icha T écnica Diretor: Hermano Martins Sub-diretora: Cátia Veloso Editor: We do com unipessoal, Lda. Redação: Cátia Veloso, Magda Machado de Araújo Colaboradores: Atanagildo Lobo, Jaime Toga, José Moreira da Silva, João Pedro Costa, João Mendes, César Alves, José Pedro Reis, Moutinho Duarte | Fotografia: A.Costa, Miguel Trofa Pereira (C.O. 865) Composição: Cátia Veloso e Magda Araújo | Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Lda., Rua de S, Brás, n.º 1 Gualtar, Braga| Assinatura anual: Continente: 18,50 euros; Extra europa: 45 euros; Europa: 35 euros; | Assinatura em formato digital PDF: 15 euros IBAN: PT50 0007 0605 0039952000684 | Avulso: 0,70 Euros | E-mail: jornal@onoticiasdatrofa.pt | Sede e Redação: Rua das Aldeias de Cima, 280 r/c 4785 - 699 Trofa Telf. e Fax: 252 414 714 Propriedade: We do com unipessoal, Lda. NIF.: 506 529 002 Nº Exemplares: 5000 | Depósito legal: 324719/11 | ISSN 2183-4598 | Detentores de 100 % do capital: Magda Araújo | Estatuto Editorial pode ser consultado em www.onoticiasdatrofa.pt | Nota de redação: Os artigos publicados nesta edição do jornal “O Notícias da Trofa” são da inteira responsabilidade dos seus subscritores. Todos os textos e anúncios publicados neste jornal estão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. É totalmente proibida a cópia e reprodução de fotografias, textos e demais conteúdos, sem autorização escrita.
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O NOTÍCIAS DA TROFA
10 de setembro de 2020
Desporto
Com “novo paradigma”, Trofense promete “dedicação e empenho” Trofense já tem destino definido para o arranque do Campeonato de Portugal. O Leça FC é o adversário da equipa da Trofa na jornada inaugural da série C, que se realiza a 20 de setembro. CÁTIA VELOSO Definidas as oito séries que compõem o Campeonato de Portugal para a época 2020/2021, o CD Trofense ficou colocado naquela onde também estão três equipas da ilha da Madeira: Câmara de Lobos, União da Madeira SAD e Marítimo B. Vila Real, Amarante, Pedras Rubras, Paredes, Leça, Salgueiros, Gondomar e Coimbrões são as outras equipas que o clube da Trofa vai ter de defrontar ao longo da temporada. Na segunda jornada, marcada para 4 de outubro, o Trofense recebe o Pedras Rubras. Apesar de um longo período de interregno da competição, a equipa do CD Trofense já se prepara há muito tempo para a campanha 2020/2021. Em entrevista ao NT e
à TrofaTv, o treinador António Barbosa confessou ter cumprido, no início desta semana, meia centena de treinos. “Nesta fase inicial, procuramos definir objetivos a curto prazo, que é criar o melhor plantel possível de acordo com as nossas possibilidades e com o contexto em que nos encontramos. Estamos num campeonato muito competitivo, com 96 adversários diretos, ou seja, a disputa pelos jogadores é muito elevada e nós temos uma reformulação para fazer, porque ficamos apenas com sete jogadores da época transata”, explicou o técnico, que quis deixar uma palavra A ntónio Barbosa quer criar o “melhor plantel possível” de “agradecimento” aos atletas Sem querer traçar, à partida, ob- podemos garantir é empenho e que saíram, pela “postura e perseverança” nos momentos “difíceis” jetivos competitivos, o técnico su- dedicação, sempre”, acrescentou. António Barbosa não foge, povividos ao longo da última época. blinhou que é, importante, antes O paradigma, anunciou António de tudo, garantir “regularidade” e rém, à segunda tentativa: a 2.ª Liga Barbosa, “está a mudar”, graças “competência” para que os resul- é o desejo maior. “É óbvio que ao “trabalho” dos “responsáveis tados pretendidos sejam concre- toda a gente quer subir. Mas não do clube”, que permitiu desenvol- tizados e, depois, “à medida que nos vamos alimentar desse paraver o projeto desportivo com tem- o campeonato se for desenrolan- digma, porque, antes de mais, impo e com o qual, acredita, “os tro- do”, ser possível “perceber o que portante é criar uma equipa comse consegue fazer”. “Agora, o que petitiva, orgulhar os trofenses e, fenses se vão identificar”.
jogo a jogo, perceber que temos em campo um conjunto de homens que vão atrás da vitória”. O plantel ainda está aberto e António Barbosa admitiu disponibilidade para olhar para o mercado e atentar às oportunidades que poderão surgir para enriquecer o grupo.