O Noticias da Trofa nº 731

Page 1

Quinzenário | 17 de dezembro de 2020 | Nº 731 Ano 18 | Diretor Hermano Martins | 0,70 €

//PÁG. 7

Santeiros com fama reclamam proveito //PÁG. 5

Investigador de Alvarelhos vence prémio REN

//PÁG. 9

Metro da Trofa - “Não há outro remédio senão construir nova ponte da Peça Má pub


2

O NOTÍCIAS DA TROFA

17 de dezembro de 2020

Atualidade

Distribuição de autocolantes é campanha de Natal da Câmara Municipal Um autocolante colado na montra das lojas espalhadas por todas as freguesias do concelho a apelar às compras no comércio local. Foi desta forma que a Câmara Municipal da Trofa colocou no terreno aquilo que chama de “campanha de promoção” do comércio tradicional, com o propósito de “atenuar o prejuízo dos comerciantes e das famílias em tempo de pandemia”. “Cerca de 100 mil etiquetas” produzidas e oferecidas pela empresa trofense Altronix estão a ser distribuídas pelos estabelecimentos. “A campanha tem como base uma visita às casas comerciais para colocar o dístico 'Compre aqui (n)o seu Natal!'”, declarou a Câmara Municipal, que, durante esta ação tem aproveitado para informar os comerciantes dos apoios que o município vai conceder a partir do próximo ano: redução de 50 por cento na fatura da água, saneamento e resíduos, nos primeiros três me-

Câmara anuncia reforço a campanha de adoção de animais CMTROFA

L ojistas recebem autocolantes que apelam às compras no comércio local ses de 2021, e redução, também para metade, da taxa municipal

de derrama. C.V.

Adiada Assembleia Jovem que escolhe vencedores do OPJ Marcada para o próximo sábado, 19 de dezembro, a Assembleia Municipal Jovem foi adiada pela Câmara Municipal da Trofa. Em causa está a situação epidemiológica relacionada com a pandemia de Covid-19. “Tendo considerado que não

estão reunidas as condições de segurança para a concretização da Assembleia Municipal Jovem, com a respetiva apresentação de projetos pelos proponentes e consequente período de votação presencial, esta sessão foi adiada para 2021, para data ainda a defi-

Meteorologia

nir, de acordo com a evolução da pandemia”, explicou a autarquia. Na Assembleia Municipal Jovem são escolhidos os projetos vencedores do Orçamento Participativo Jovem. Este ano, iam a votos 12 propostas, seis de âmbito escolar e seis de âmbito geral.

A Câmara Municipal da Trofa anunciou que, em 2021, vai “reforçar” a campanha de adoção de animais recolhidos no canil. Sem anunciar a data concreta para o início da campanha, a autarquia fez saber que vai “oferecer a esterilização/castração de todos os animais adotados, bem como a vacina da raiva, o microchip” e “um saco de ração”. Esta tem sido, de resto, a política adotada pela Câmara Municipal, como se verificou em 2020.

Depois de adquirir, recentemente, o terreno onde está situado o canil, na Rua do Termo, em Santiago de Bougado, o município anunciou obras de requalificação desta valência, para melhorar as condições de acolhimento dos animais errantes. O canil funciona de segunda a sábado, entre as 9h00 e as 12h30. Para visitas fora deste horário, os interessados devem fazer marcação, através do número de telefone 252 428109.

Câmara apela a lojistas e moradores para deixarem estacionamento livre junto às lojas “Em tempo de Natal, e por isso, A autarquia sublinha que esta de maior atividade comercial, a dificuldade dos condutores de Câmara Municipal da Trofa ape- encontrar lugar para estacionar la aos comerciantes e moradores “prejudica a fluidez e o bom fundas zonas com parquímetros, ago- cionamento da economia local”. ra com pagamento suspenso, para “Através da Polícia Municipal, a uma utilização regrada dos luga- Câmara Municipal tem sensibires de estacionamento”. Foi des- lizado os comerciantes, porta a ta forma que a autarquia, em co- porta, para libertarem os lugamunicado, chamou a atenção para res de estacionamento junto das “a necessidade de fluidez dos lu- suas próprias lojas, para que seja gares para estacionar” frente às possível os seus clientes poderem lojas de comércio e serviços, de- estacionar”, refere, ainda, no copois da “crescente queixa de mu- municado. nícipes”.


17 de dezembro de 2020

O NOTÍCIAS DA TROFA

18 anos de jornal: NT atingiu a maioridade com os olhos no presente e no futuro O Notícias da Trofa assinalou, no dia 12, o 18.º ano de existência. Num ano singular, marcado, para sempre, nas nossas páginas, este projeto jornalístico está mais maduro e seguro da importância que tem no seio da comunidade. Nascido em 2002, O Notícias da Trofa atingiu a maioridade no ano que poderá ser, para sempre, o mais exigente da sua existência. A 12 de dezembro, este periódico cumpriu 18 anos de atividade, num fim de semana que, estivéssemos num contexto normal, seria de festa, mas que nos obrigou ao recolhimento obrigatório à uma da tarde. Nesta data, em que costumamos celebrar, em simultâneo, o jantar de Natal dos profissionais que trabalham nesta redação, é habitual um ou outro chegar à mesa atrasado, porque esteve a cumprir a agenda de reportagens que, por esta altura, se enche de atividades mais ou menos ligadas à época natalícia. Desta vez, não houve mesa cheia nem sequer agenda de trabalho, à exceção de um “furo” mo-

mentos antes do recolhimento obrigatório, para confirmar que o que parecia ser um cadáver dentro de um saco preso dentro do rio Ave era, afinal, um porco. Momentos diferentes são estes que atravessamos. Há nove meses vimos as nossas vidas serem, fortemente, afetadas por uma pandemia que, ao contrário de qualquer geringonça que possamos comprar, não vinha com livro de instruções. Aprendemos a viver um novo “normal”, os retrovisores, em vez de dados, espanta-espíritos e terços, passaram a ser decorados com máscaras. Cirúrgicas, descartáveis, comunitárias. E se já se falava de uma escassez de manifestações de carinho, como consequência de uma atitude mais egoísta do ser humano moderno, essa passou, ironicamente, a ser regra fundamental para o convívio social: nada de beijinhos, abraços, apertos de mão, nada de toca aqui, toca ali. O cotovelo ganhou um protagonismo nunca antes experimentado – à exceção dos momentos em que surge aquela dor que afeta muitos – e os atrasos deixaram de ser problema

à mesa para passarem a ser ao ecrã. Os arco-íris apareceram, que nem cogumelos, mesmo sem chuva, o slogan “vai ficar tudo bem” até virou música, houve quem exaltasse o discurso apocalíptico e quem se dissesse pela verdade, espalhando mentiras. Neste mundo novo em que vivemos, percebemos que, afinal, há coisas que, por muito antigas que sejam, continuam a ser bússola para encontrarmos o caminho certo. E o jornalismo é uma delas. O jornalismo nunca foi tão importante como agora. O jornalismo que informa, que chama a atenção, que procura e dá respostas. Neste mundo novo em que vivemos, os profissionais do jornal n’O Notícias da Trofa, bem cientes da responsabilidade de representarem o único jornal num concelho

com quase 40 mil habitantes, constata-se que a comunidade continua a valorizar toda a riqueza desta nobre missão de informar. Na maior procura pelos jornais em banca, pelo aumento de assinaturas em tempos de confinamento, pelos telefonemas de alguns, sozinhos, preocupados e à procura de conforto, quando o mundo, lá fora, lhes parece um caminho tortuoso e capaz de conter armadilhas invisíveis. Neste novo mundo em que vivemos, só queremos agradecer aos milhares de leitores trofenses, e não só, que continuam a depositar total confiança no jornalismo feito nesta casa, assente no compromisso, inquebrantável, de fazer verdadeiro serviço público. O Notícias da Trofa está de parabéns, mas todos os trofenses é que merecem as

3

Atualidade

felicitações por continuarem a escolher a informação clara, isenta e sem tabus e a fazer deste jornal uma referência local, notada por todo o lado... mesmo por aqueles que não querem ver. Uma palavra final para todos os nossos parceiros publicitários, empresas, organizações e associações, que, num contexto económico não tão favorável como noutros tempos, continuam a validar o nosso projeto jornalístico, mostrando que os órgãos de comunicação são a via mais nobre para dar visibilidade aos negócios e atividades. Cá continuaremos para o manter informado e capaz de formular uma opinião baseada em factos, longe de outras pandemias, alimentadas por populismos e interesses logrões.


4

O NOTÍCIAS DA TROFA

17 de dezembro de 2020

Atualidade

Uma trofense com a Europa nas veias Os assuntos europeus correm nas veias de uma trofense. Andreia Aguiar é da Trofa, mais concretamente S. Martinho de Bougado, e viveu uma experiência de que poucos, por estas bandas, se podem orgulhar: trabalhou no Parlamento Europeu, primeiro como estagiária e, depois, como assessora de um eurodeputado. Atualmente, é uma das responsáveis pela organização da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia, que decorre de janeiro a junho do próximo ano. CÁTIA VELOSO

As viagens de estudo são, muitas vezes, encaradas pelos alunos como um escape às aulas e uma oportunidade de diversão com os amigos, mas podem ser ponto de partida para uma carreira profissional. Que o diga Andreia Aguiar, jovem de Finzes que, no 9.º ano, depois de uma viagem a Bruxelas e, mais concretamente à Comissão Europeia e ao Conselho da União Europeia, descobriu a sua vocação. “Depois daquele dia, disse aos meus amigos que ia trabalhar ali”, contou, em entrevista ao NT. O caminho para esse objetivo começou, desde logo, a ser trilhado. Escolheu a área das Humanidades e licenciou-se em Relações Internacionais, pela Universidade do Minho, tendo concluído uma pós-graduação em Política da União Europeia. À suficiente teoria faltava a prática e, por conseguinte, “a falta de oportunidades em Portugal”. Andreia começou a explorar novos terrenos e, numa conferência, conheceu uma docente da Universidade Colégio da Europa, que

a desafiou a candidatar-se a um mestrado nessa instituição. Primeiro desafio: “A candidatura tinha de ser aprovada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros”. Segundo desafio: “A entrada era feita por cotas nacionais e a de Portugal era de quatro ou cinco estudantes”. Perante a possibilidade de continuar a fazer o mestrado ou aventurar-se na candidatura, Andreia Aguiar acabou por... seguir o coração. “Fui à entrevista, em Lisboa, e tive sete pessoas a entrevistar-me, em inglês e em francês. No final da entrevista, estava em pânico, porque não tinha bem a noção do que tinha acontecido, mas deve ter corrido bem, porque o chefe da delegação da Universidade disse-me que tinha de melhorar o francês, porque iria precisar”, recorda. Em setembro de 2016, Andreia Aguiar e os outros quatro colegas lisboetas, partiram rumo a Bruges, Bélgica, para um ano de mestrado que lhe “mudou”, decisivamente, a vida. Depois de meses “muito difíceis”, a cumprir mestrado num sistema bilingue (inglês e francês), Andreia conseguiu passar a todas as disciplinas e, na cerimónia de final de ano, com o pai presente, foi surpreendida com a distinção da universidade por ter “uma das melhores teses escritas sobre a União Europeia”.

O “reencontro” com a Europa

A ndreia Aguiar foi assessora de eurodeputado

unidade de comunicação e estra- não estivesse no gabinete naquetégia. Trabalhei num projeto, que le momento, eu não tinha trabase chama “What Europe does lhado lá no ano seguinte”. Em abril de 2018, iniciou um for me” (O que a Europa faz por mim?), associado às eleições eu- curto período de estágio, já que ropeias de 2019, que tinha um site José Inácio Faria reconheceu, raem que se podiam ver os proje- pidamente, muitos atributos à jotos que eram financiados pela UE. vem da Trofa. Como considera O objetivo era alertar as pessoas que “fazia trabalho de uma aspara o impacto que a UE tem no sessora”, promoveu-a a esse carnosso país e sobre o qual não te- go, que exerceu até às eleições europeias de maio de 2019. mos noção”, explicou. Da experiência que acumulou Durante a tarefa de divulgar o projeto junto dos eurodeputa- no trabalho com o eurodeputado, dos portugueses, a jovem tro- Andreia Aguiar percebeu que, A oportunidade fense conheceu aquele que lhe “das coisas mais difíceis” deste O regresso a Portugal foi céle- viria garantir mais um passo na tipo de trabalho tem a ver com o progressão profissional, o então “ego dos políticos” e com a consre, já que, ainda a gozar as férias de verão, foi convidada para fa- eurodeputado José Inácio Faria, tatação de que o peso dos partizer estágio no Parlamento Euro- do Partido da Terra. “No final do dos pode deitar por terra proposestágio, andava pelo Parlamen- tas “interessantes”. “Os outros peu. “Em outubro de 2017, voltei to Europeu a apresentar o proje- partidos veem o nome de um parpara Bruxelas, para estagiar na to aos eurodeputados, para que tido pequeno, já não querem saeles divulgassem junto da co- ber da proposta. E, quase à partimunidade, ele ouviu o meu sota- da, já se sabe que não vai passar. que e disse 'a menina é do Norte'. Isso é o mais difícil, saber que esQuer queiramos, quer não, este tamos a trabalhar numa coisa boa, meio acaba por ser dominado mas que não passa por causa do por pessoas que têm mais facili- partido que está atrás”. No tratamento institucional, as dade de acesso às oportunidades, ou seja, que são, maioritariamen- diferenças entre deputados portugueses e estrangeiros “são te, de Lisboa”, relatou. Ao saber que Andreia termina- muitas”. Ao vício dos títulos, va, em breve, o estágio, propôs- aos quais os eurodeputados es-lhe trabalho no gabinete. Acei- trangeiros “não ligam”, juntavatou. “As coisas acontecem assim. -se a dificuldade de chegar até Não vale a pena mandarmos cur- aos protagonistas. “Sempre trorículos, temos de estar lá. Eu tive quei emails com assessores pormuita sorte, porque, apesar de tugueses, com deputados britâter trilhado um caminho muito nicos, irlandeses ou espanhóis, trabalhoso e de me ter esforça- trocava emails diretamente com do muito, encontrei-o no gabi- eles, porque não tinham aquele nete e calhou de ele ter notado o complexo de serem eles próprios meu sotaque. Se ele, por acaso, a responder”, contou.

No final do mandato de José Inácio Faria, Andreia Aguiar tinha a opção de ficar por Bruxelas e tentar a sorte com outro eurodeputado português, mas decidiu regressar a Portugal. Para esta decisão pesou muito a exigência de uma função como a que exerceu. Era um trabalho que começava “às 8h30”, mas não tinha hora de acabar. “Uma vez por mês, os eurodeputados vão a Estrasburgo e têm a sessão de plenário. Aí, eu tinha de estar às 7h00 e, às vezes saía à meia-noite ou uma da manhã, para, no dia seguinte, estar lá, novamente, 7h00. Parece que não, mas ao final de um tempo, a pessoa começa a sentir este peso de trabalhar tantas horas e sem tempo para comer em condições”. Além disso, as condições meteorológicas de Bruxelas também não eram convidativas para uma portuguesa habituada a dias com céu limpo e ensolarado. Voltou para Portugal e para a Universidade do Minho, para fazer doutoramento em Ciência Política e Relações Internacionais. O objetivo era assentar como professora universitária, mas os assuntos europeus parecem correr nas veias desta trofense: este ano, abraçou um novo desafio profissional e ingressou no Ministério dos Negócios Estrangeiros, para preparar a presidência portuguesa do Conselho da União Europeia, que decorre de janeiro a junho do próximo ano. A última vez que tal tinha acontecido foi em 2007. Ora, com vista ao reforço do pessoal, foram contratados vários profissionais das mais diversas áreas. No MNE, em Lisboa, entraram oito pessoas, tendo eu sido uma delas”, contou ao NT a jovem, que foi selecionada para “acompanhar as negociações do Quadro Financeiro Plurianual 2021-2027 e do Plano de Recuperação pós-COVID-19 e a sua conjugação com os objetivos climáticos a que a UE se comprometeu nos Acordos de Paris em 2015, que se traduzem no Pacto Ecológico Europeu”. Quanto à experiência, Andreia Aguiar diz estar a ser “muito interessante”, pela oportunidade de “acompanhar de perto as negociações, articular as posições entre os diversos ministérios, designadamente o Ministério do Ambiente e o da Economia e Transição Digital e Trabalho na definição da posição nacional”.


17 de dezembro de 2020

O NOTÍCIAS DA TROFA

5

Atualidade

Investigador natural de Alvarelhos vence Prémio REN João Ramos, natural do concelho da Trofa e investigador no Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência, venceu o Prémio REN, no valor de 25 mil euros. CÁTIA VELOSO É natural de Alvarelhos e, recentemente, ganhou algum protagonismo por ter vencido o Prémio REN, que distingue as melhores teses de mestrado no âmbito da energia. João Pedro Graça Ramos deu nas vistas com a investigação relacionada com “Conversão de energia de geração fotovoltaica com inércia sintética”. É assim que se chama a tese de mestrado em Engenharia Eletrotécnica, que concluiu, em 2019, na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Em termos gerais, a investigação relaciona-se com a tentativa de fazer com que os sistemas fotovoltaicos sejam capazes de assegurar a estabilidade da rede que fornece a energia elétrica. “Quando há uma falha num sistema energético, um gerador de uma barragem por exemplo, todo o restante sistema tem de aguentar esse desligamento. É como se tivéssemos um carro a 120 quilómetros à hora que começa a per-

der a potência, mas algum gera- só que “é preciso ter atenção ao dor à parte gera potência para custo que têm para o ambiente”. regressar à velocidade que esta- “Para satisfazermos todas as neva”, explicou João Ramos, em en- cessidades com as energias renováveis, precisamos de 200 por trevista ao NT. Segundo investigador, um dos cento da capacidade do que nós problemas associados aos siste- produzimos, atualmente, pormas fotovoltaicos e eólicos resi- que metade das estruturas não de, exatamente, na incapacidade vão produzir, porque não há vende gerar potência para retomar to ou sol suficiente. Isso pode ter a “velocidade” do fornecimento um impacto ambiental assinalável”, explicou. de energia. A solução tem de passar por um O objeto de estudo de João Ramos foi “inversor”, mecanismo “um bom planeamento” e recurso que, num sistema fotovoltaico, é ao “mix energético”, conjugação responsável por “transformar a das energias renováveis e térmicorrente direta (estrutura) em cas, que, em Portugal, “funciona corrente alternada (rede ener- muito bem”, refere João Ramos. “ Ao vencer o prémio, ao qual gética)”. “A tecnologia que apliquei pressupôs a utilização da participou quase por desporto, o pequena quantidade de energia trofense quer, além de dar visiarmazenada nos condensadores bilidade ao trabalho que tem dejá existentes nos inversores para senvolvido, contribuir para uma ajudar o sistema a retomar a velo- maior consciencialização da população relativamente a esta tecidade”, detalhou. Desta forma, João Ramos está a mática, chamando a atenção para dar condições para que as ener- “esta preocupação de segurança gias renováveis, como os siste- do sistema energético”. Atualmente a exercer funções mas fotovoltaicos consigam ter a mesma eficiência que a energia como investigador no INESC TEC térmica, relacionada com os com- (Instituto de Engenharia de Sistebustíveis fósseis, como o petróleo mas e Computadores, Tecnologia e Ciência), João Ramos tem em e o carvão. O futuro acena com as energias mãos um projeto que visa “garanrenováveis e esse caminho, diz o tir a estabilidade” do fornecimeninvestigador, “é incontornável”, to de energia gerada por um par-

Jovem venceu prémio no valor de 25 mil euros que fotovoltaico que vai ser instalado, no próximo ano, nos Açores. Além da formação académica em Engenharia Eletrotécnica, João Ramos, com 26 anos, tem ainda o curso de aviação comercial,

que concluiu, em 2016, na Nortavia, na Maia. A maior parte do ensino regular, incluindo o Ensino Secundário, foi cumprido no Colégio da Trofa. Atualmente, João Ramos reside em Matosinhos.

NOARQ entre os vencedores do Architecture MasterPrize 2020 em Lisboa (“Apparatus Architects Studio”) e em Castelo Branco (“Parque do Barrocal”, do atelier Topiaris). O Architecture MasterPrize é um dos eventos mais aguardados

QST House um projeto privado situado em Santo T irso venceu na categoria Restoration & Renovatione A NOARQ, atelier do arquiteto trofense José Carlos Nunes Oliveira, está entre os vencedores do Architecture MasterPrize 2020 (AMP), concurso que premeia projetos nas áreas de arquitetu-

ra, design de interiores e arquitetura paisagística à escala global. A QST House, um projeto privado situado em Santo Tirso, deu nas vistas, vencendo na categoria Restoration & Renovatione (res-

tauração e renovação). Só mais três ateliers portugueses figuram entre os premiados deste concurso, com projetos situados em Braga (“Capela” e “Maison 826”, de Nuno Capa),

pelos profissionais da área. Na edição de 2020, houve recorde do número de inscrições, 1500, e vale bem a pena conhecer os projetos distinguidos.


6

O NOTÍCIAS DA TROFA

17 de dezembro de 2020

Atualidade

Trofa associa-se à recolha de vestuário masculino para refugiados A Hu m a n s B e fore B orde r s (Hubb), plataforma de apoio aos migrantes e refugiados, lançou uma campanha de recolha de vestuário de inverno para homem e produtos de higiene pessoal, para enviar para o campo de refugiados de Mória, na Grécia. Os donativos podem ser feitos até 20 de janeiro. Na Trofa, há dois locais de recolha desta campanha: a EB 2/3 do Castro, em Alvarelhos, de segunda a sexta-feira, das 9h00 às 17h00, e a sede dos Escuteiros de S. Martinho de Bougado, no dia 19 de dezembro, das

10h30 às 12h00, e no dia 30 de dezembro, das 18h30 às 20h00. Todos podem ajudar doando roupa de inverno para homem, tamanho XS, S e M, bem como produtos de higiene pessoal, tais como champô, pasta de dentes e sabão. Para além disso, podem cont r i bu i r pa ra a ca mpa n ha de crowdfunding para levar os bens até Moria 2.0, no seguinte link: https://www.gofundme.com/f/enviar-esperana. HuBB - Humans Before Borders apresenta-se como “uma platafor-

ma para acão e sensibilização relativamente ao tratamento desumano e ilegal de migrantes e refugiados”. Criado em setembro de 2018, nasceu “de uma vontade comum entre pessoas de várias nacionalidades de trazer informação fidedigna para o debate político” e desde então, tem “organizado eventos, criado campanhas de sensibilização e convidado inúmeros especialistas nas várias áreas ligadas aos direitos humanos e, em particular, às questões relacionadas com fronteiras e refugiados”.

Catequese de S. Martinho recolhe alimentos O grupo da catequese da paróquia de S. Martinho de Bougado iniciou, a 13 de dezembro, uma recolha de alimentos para ajudar as famílias desfavorecidas da freguesia. À população é solicitado apoio na doação de bens alimentares, que podem ser entregues, até 20 de dezembro, em diversos pontos de recolha, a saber: o Cartório Paroquial de S. Martinho, o Armazém de Tecidos Carriços (Rua António Sérgio, 315), Casa Antunes (Largo Costa Ferreira), Rações Paradela (Rua Reguenga Paradela), Água Líder (Rua Infante D. Henrique) e Xana (Centro Comercial da Vinha).

Doações podem ser entregues em vários pontos da cidade até ao dia 20 “Todos os bens que forem recolhidos serão entregues aos Vicentinos, que os farão chegar

às famílias que apoiam”, explicaram os promotores da iniciativa. C.V.

Cooperativa dos Agricultores dos Concelhos de Santo Tirso e Trofa, C.R.L. CONVOCATÓRIA Nos termos do disposto no artigo 23° dos Estatutos da Cooperativa dos Agricultores dos Concelhos de Santo Tirso e Trofa, C.R.L., convoco a Assembleia Geral a reunir em Sessão Ordinária, na Sede, sita na Rua Prof. Dr. António Faria Carneiro Pacheco, em Santo Tirso, no dia 26 de Dezembro de 2020, pelas 13.30 horas, com a seguinte ordem de trabalhos: ASSEMBLEIA SECTORIAL - às 13:30 Horas 1 - Secção Leiteira: a) - Orçamento e Plano de Atividades desta secção para o exercício do ano de 2021. 2 - Secção de Higiene e Sanidade Animal (O. P.P.): a) - Orçamento e Plano de Atividades desta secção para o exercício do ano de 2021. 3 - Secção Compra e Venda a) Orçamento e Plano de Atividades desta secção para o exercício do ano de 2021. ASSEMBLEIA GERAL - às 14:30 horas a) - Leitura da Ata da Reunião anterior. b) - Apreciação e votação do Orçamento e Plano de Atividades para o exercício do ano de 2021. c) - Informações. As Assembleias reunirão à hora marcada na convocatória se estiverem presentes mais de metade dos Cooperadores com direito a voto. Se à hora marcada não se verificar o número de presenças previsto no número anterior, as Assembleias reunirão com qualquer número de Cooperadores, uma hora depois. Os Associados são obrigados a adotar todos os cuidados na prevenção e proteção da Covid-19, sendo obrigatório o uso de máscara nas instalações da Sede social, bem como o respeito pela regra do distanciamento social e a observação das medidas de higiene e etiqueta respiratória, assim como as demais que sejam indicadas pelos serviços administrativos da Cooperativa. Desde já se informa que foi solicitado junto das entidades competentes a autorização para a realização da presente assembleia pelo que, se porventura não viermos a recolher a referida autorização iremos adiar a assembleia sem nova data para o efeito, situação que iremos comunicar com a maior brevidade possível. Santo Tirso, 7 de Dezembro de 2020. O Presidente da Assembleia-Geral Vítor Manuel de Azevedo Moreira Maia


17 de dezembro de 2020

O NOTÍCIAS DA TROFA

7

Atualidade

Entrevista ao porta-voz do PAN Trofa

“Uma das nossas bandeiras é a despoluição do Rio Ave” Fernando Flores é militante do PAN “há muito tempo”, mas só recentemente decidiu envolver-se na vida do partido, disponibilizando-se para ser porta-voz da estrutura concelhia da Trofa. Eleito pelos restantes militantes trofenses que compõem a comissão política, o empresário trofense deu a conhecer ao NT quais os pilares que sustentam o projeto do PAN neste território: a despoluição do Rio Ave, a variante à EN14, o metro e consciencialização ambiental.

centrismo que nos trouxe até aqui tem que acabar. Queremos, então, como partido político que somos, promover políticas de consciencialização da população para o impacto que tem a nossa forma de viver em tudo o que nos rodeia e na nossa própria vida. Vamos então procurar viver estilos de vida saudáveis, sustentáveis e éticos, nomeadamente nas áreas de hábitos alimentares, formas e tipos de consumo, bem-estar animal e respeito pela Natureza e defesa do ambiente.

CÁTIA VELOSO

O Notícias da Trofa: Em que contexto nasceu a estrutura do PAN na Trofa? Fernando Flores (FF): O PAN tem um conjunto de filiados, na Trofa, com diferentes áreas de formação, que se juntaram para trazer uma nova visão e debate político à Trofa. Neste processo político, tivemos o apoio da Distrital do PAN do Porto, que nos deu o suporte necessário para o arranque dos trabalhos da concelhia. As pessoas que constituem a concelhia, são pessoas preocupadas com a perspetiva atual do futuro da Trofa, particularmente, com decisões políticas que têm sido tomadas, que põem em causa as gerações vindouras. Queremos transportar para o concelho os valores e os ideais do PAN, que tem tido uma inegável importância na decisão política, quer a nível nacional, quer a nível regional. Notamos que existe uma forte polarização política na Trofa, pelo que vamos trabalhar para que as pessoas possam ver na nossa estrutura uma alternativa credível para o concelho. Queremos trazer uma forma diferente de fazer política, que não se perca em questiúnculas e ataques pessoais e fomentar o envolvimento dos trofenses nas decisões políticas, auscultando as suas preocupações e ideias. NT: Quais são os principais pilares em que assentam a estrutura? FF: O PAN alimenta-se de valores e princípios que se focam na garantia do futuro das gerações futuras. E, de facto, os tempos que vivemos, e a questão da pandemia, são a prova de que é preciso mudar a forma como o ser humano tem tratado a sua casa, que é o planeta Terra. É fundamental reverter o modelo socioeconómico estrativista e produtivista que, até agora, tem sido regra. O antropo-

NT: Do trabalho que já fizeram desde que se constituíram como estrutura, que problemas já identificaram no concelho? FF: No que respeita às decisões políticas no terreno, há, quanto a nós, muito a fazer a nível local. A mobilidade deverá ser o maior problema do nosso concelho. A questão da variante à Estrada Nacional 14 e também o metro, que são fundamentais para o bem-estar e aumento da qualidade de vida das populações, mas também para tornar o concelho mais atrativo para o tecido empresarial. Os espaços verdes são, manifestamente, insuficientes e tanto assim é que podemos ver trofenses em parques de concelhos vizinhos, como o de Avioso. Também a nível da defesa do ambiente e gestão de resíduos, também se pode e deve fazer mais e melhor. NT: Quanto à mobilidade, refere-se à variante como projeto essencial para a Trofa. Por que é que o PAN defende-o, uma vez que pode fomentar o uso do automóvel? FF: Neste caso, temos de pensar nas empresas, que necessitam de fazer entregas ou visitar fornecedores e clientes e que não têm transportes públicos que consigam satisfazer a estas necessidades. É claro que defendemos a descarbonização, e os transportes a energia elétrica são um caminho a seguir, mas no caso da Trofa, esta variante é fundamental e não podemos escamotear essa lacuna. NT: Assim como o metro... FF: Assim como o metro, que já promove essa descarbonização e a diminuição do uso do automóvel. Mas a este processo está associada uma questão de ética e de justiça, nomeadamente para a população do Muro, que ficou sem o

Porta-voz do PAN deu a conhecer propostas do partido para o concelho comboio, e, em geral, para a Trofa, porque ficou sem carris com a promessa de uma linha de metro que chegaria durante a primeira fase da rede de metro do Porto. Fala-se de estudos que não garantem viabilidade financeira de uma linha de metro até à Trofa e da alternativa do metrobus do Muro até à cidade, mas esperamos que, pelo menos, seja salvaguardado que, se se verificar uma afluência que justifique, haja condições para transformar o metrobus em linha de metro. Haverá muita gente, residente nos concelhos vizinhos de Famalicão e Santo Tirso, que trabalha na área industrial da Maia e que poderiam ter mais facilidade de mobilidade se houvesse a ligação entre o comboio e o metro, através da Trofa. NT: Ao nível da gestão dos resíduos, como é que a Trofa poderá melhorar? FF: Ao nível da gestão dos resíduos, há situações bastante simples e, creio, pouco onerosas, que não acarretam grande dificuldade para a Câmara Municipal da Trofa. Até em situações relacionadas com a reciclagem. No nosso concelho, ainda notamos que não há instrução sobre como fazer reciclagem. Acreditamos que, a esse nível, pessoas com mais consciência e perceção dessa importância, podem, facilmente, mudar hábitos. Temos uma proposta relacionada com a Feira da Trofa, onde vemos que, apesar dos esforços e do trabalhos dos funcionários públicos na limpeza do espaço, há lixo que é espalhado no chão pelo vento. Propomos mais ações de sensibilização junto dos feirantes e colocação de ecopontos para tornar a Feira mais amiga do ambiente.

NT: Que trabalho político é que já fez o PAN Trofa, nomeadamente em propostas ou questões às entidades políticas que gerem o território? FF: Por sermos uma estrutura recente, não temos ainda nenhum representante nos órgãos políticos do concelho. Estamos a estudar os dossiers que interessam à Trofa, mas temos já várias ideias, que iremos apresentar muito em breve. Uma das nossas “bandeiras” é promover a total despoluição do Rio Ave, envolvendo, naturalmente, todos os municípios do Vale do Ave. Acho que, a este nível, não tem sido feito o suficiente. Com o Parque das Azenhas, fizemos com que o concelho se voltasse, novamente, para o rio, mas é preciso que a Trofa abrace o Rio Ave, comprometendo-se com o desígnio de o despoluir para que, no futuro, a população possa, de novo, banhar-se naquelas águas. Depois, temos propostas simples, como a criação de uma feira de produtos biológicos, como existe em Famalicão, com o apoio total do município, promovendo a adoção de hábitos alimentares saudáveis e a ligação entre os pequenos produtores e o consumidor. Há também um projeto importado e já aplicado por vários municípios, que é a chamada biblioteca das coisas. Está estudado que um berbequim, na sua vida útil, tem uma utilização média de 13 minutos. Este é um exemplo de um tipo de consumo que não é amigo do ambiente, tendo em conta o consumo de matérias-primas de que é feita a máquina. O que se pode tentar fazer é disponibilizar, a título de empréstimo, como se faz com os livros de uma biblioteca, um berbequim para uso casual.

NT: Como é que vão alinhar a vossa estratégia para ganhar expressão no concelho? Os jovens são um público que interessa captar, uma vez que estão mais sensíveis às questões ambientais? FF: A nível nacional, o PAN tem uma forte representação do público mais jovem, que representam a maior fatia dos militantes do partido. E é natural que assim seja, já que o PAN assenta os seus princípios, não só com o presente, mas também na garantia de um futuro promissor para eles e seus descendentes. Mas, como é óbvio, como estrutura concelhia, preocupamo-nos com todos os trofenses, pelo que vamos apresentar e promover políticas que protejam o bem-estar da população e os ideais do PAN. NT: Qual é o objetivo do PAN para as próximas eleições autárquicas? FF: Pretendemos participar nas próximas eleições autárquicas, mas a forma como a nossa participação se vai efetivar ainda está a ser estudada e será decidida no tempo próprio. O que sabemos é que para que possamos fazer a diferença e influenciar as decisões políticas, é imprescindível que tenhamos uma forte expressão no concelho, no entanto, não vamos nunca pôr em causa os nossos valores e princípios para conseguir uma representação nos órgãos do poder local. NT: Que avaliação faz o PAN Trofa à atuação da Câmara Municipal da Trofa neste mandato? FF: Há algumas situações que ferem gravemente este mandato do executivo municipal. Como partido que defende o ambiente e o respeito pela Natureza, o dossier do aterro da Trofa não nos deixa indiferentes. O que mais nos choca é que a Câmara Municipal da Trofa tenha tentado legalizar um aterro numa área que obrigaria à alteração do PDM e, pior, numa área que é protegida a nível nacional. Depois, na gestão da pandemia, ao nível das microempresas, comércio e restauração, ao contrário do que se vê nalguns concelhos do país, verifica-se um apoio reduzidíssimo ou praticamente inexistente. A avaliação não é totalmente negativa, mas nas áreas às quais temos mais preocupação, as políticas têm sido, muitas vezes, colocadas de parte.


8

O NOTÍCIAS DA TROFA

17 de dezembro de 2020

Atualidade

Santeiros com fama reclamam proveito É uma arte ancestral, responsável por grande parte da imagética sacra e tem como expoente a assinatura na primeira representação de Nossa Senhora de Fátima, esculpida pelas mãos de José Thedim, que foram orientadas pelas indicações dadas pela “pastorinha” Lúcia. Mas, apesar de todo o peso histórico e artístico, a arte sacra está em vias de extinção, em S. Mamede do Coronado. CÁTIA VELOSO No passado ficaram as várias oficinas que labutavam, a “todo o vapor”, para conseguir responder às encomendas que caíam a toda a hora, de todo o mundo. Hoje, desse tempo, há apenas memórias e a persistência de apenas dois artistas, que fazem do amor à arte a força para tentarem impedir aquilo que parece um fim escrito. Jorge Brás e Augusto Ferreira são, segundo os próprios, os resistentes de um ofício que, neste tempo, se mantém entre uma garagem e um anexo minúsculo de uma habitação. São estes os espaços utilizados por um e por outro no trabalho que ainda persiste, apesar da queda de encomendas, agravada pela pandemia. A arte sacra, que se mantinha na sombra do desinteresse político, ganhou fama à conta da vitória no concurso das 7 Maravilhas da Cultura Popular Portuguesa e, ainda mais, pelos cerca de 75 mil euros das chamadas de valor acrescentado pagas pela Câmara Municipal da Trofa, para vencer a votação. O objetivo foi conseguido, mas a polémica estalou e os artistas consideram que, rebentados os fogue-

tes, houve “estilhaços” que atingiram, negativamente, a imagem deste património cultural. “Quem está a sair mais prejudicado disto tudo são os santeiros e a arte sacra em si, porque acabamos por ficar mal vistos”, lamentou Augusto Ferreira, que, todavia, considera que os argumentos de quem acha que a Câmara fez batota não se podem aplicar, uma vez que, diz, havia lugar para esta estratégia. “Se as coisas foram feitas do modo que foram é porque o regulamento assim o permitia. Quanto ao resto, vai da responsabilidade e da moral de quem jogou dessa maneira. Há certos jogos que se “Mais do que operações de marketing a Arte Sacra precisa de um plano concreto de promoção” fazem, e permitam-me usar a palavra desta forma mansa, mas há esta arte, e esse é um processo de- sar a polémica num tema que é de- precisar deles e eles fecharem-me a porta”, referiu. quem entre para ganhar com tudo. licado e demorado, e é necessário masiado sensível”, sublinhou. Para o artista, se a arte santeiSobre a visita, que afirma “fazer Foram usados os meios que esta- investigar, do ponto de vista cientívam à disposição de quem estava fico, esta arte e colocá-la no devido parte do plano de atividades da ra tivesse nascido na cidade “já lugar”, frisou o também eurode- Federação Distrital do PS”, Ama- havia museu”, lamentando o facto a jogar”, postulou. Quem não alinha neste pensa- putado, que se socorreu do termo deu Dias justifica com a “impor- de ainda nem sequer existir “um mento é o Partido Socialista que, “batota” para classificar a ação da tância de dar visibilidade positiva” monumento aos santeiros”. “Esta na segunda-feira, 14 de dezem- Câmara Municipal durante o con- à arte sacra e alertar as entidades arte podia ser promovida se eu e o bro, esteve representado em S. curso das 7 Maravilhas da Cultu- públicas de que é necessário “pôr Augusto nos juntássemos e, com o pés ao caminho”. “Se nada for feito apoio da Câmara e da Junta, trabaMamede do Coronado pelo pre- ra Popular Portuguesa. Manuel Pizarro coloca mesmo rapidamente, vislumbra-se um fim lhássemos num espaço com condisidente da Federação Distrital do PS, Manuel Pizarro, deputados em causa o “comportamento” da de linha desta atividade. O muni- ções para mostrar a arte a quem eleitos pelo círculo do Porto, in- autarquia, considerando-o “etica- cípio da Trofa não pode ficar para cá viesse e, quem sabe, fazer com que alguém ganhasse o gosto pelo cluindo a trofense Joana Lima, e mente inaceitável e duvidoso do trás”, atestou. ofício, que, neste momento, está elementos da concelhia do PS, li- ponto de vista da gestão dos funcondenado a morrer”. “Câmara está mal informada derados pelo presidente Amadeu dos públicos”. Augusto Ferreira diz que está sobre os santeiros” Nesse sentido, detalhou AmaDias. Numa visita aos espaços de Apesar de ter ficado satisfei- “há 20 anos” a lutar pela viabilizatrabalho dos dois mestres santei- deu Dias, o PS Trofa iniciou um proros, os socialistas, pela voz de Ma- cesso de averiguações, que está to pela vitória no concurso, Jor- ção de uma formação profissional nuel Pizarro, propalaram que mais “a ser estudado dentro dos orga- ge Brás quer mais ação na promo- de arte sacra e que, apesar de não do que “operações de marketing”, nismos do partido”, para aferir a ção da arte sacra. O artista con- existir, “propriamente”, um “comesta necessita de um “plano con- viabilidade de “avançar com uma sidera que muito pouco ainda foi promisso” da autarquia, sabe que queixa formal” contra a Câmara feito e que “a Câmara Municipal “está a haver trabalho nesse senticreto de promoção”. “É preciso instalar um centro in- Municipal pelo que foi gasto em está mal informada sobre os san- do”. “As burocracias são muitas, terpretativo desta arte, é preciso chamadas de valor acrescentado. teiros”. “Acho injusto o que an- tem-se quebrado muitos espinhos dar melhores condições aos arte- “Só avançaremos se houver susten- dam para lá a fazer, mas não me pelo caminho, mas espero consesãos, é preciso atrair jovens para tação, porque não queremos aden- vou meter, porque amanhã posso guir”, rematou.

João Ferreira fez campanha na Preh “É candidato à Presidência da República”. A frase, repetida pelos vários elementos da comitiva, abria alas para que os trabalhadores da Preh, uns a entrar e outros a sair de mais um turno de trabalho, soubessem que, parcialmente escondido por trás da máscara, estava João Ferreira a entregar-lhes em mão o manifesto da sua candidatura às próximas eleições presidenciais. O candidato apoiado pelo Partido Comunista Português incluiu a Trofa na jornada de campanha de quarta-feira, 16 de dezembro, para convencer os eleitores de que “é necessário usar os poderes do Presidente da República para valorizar o trabalho e os tra-

como “a valorização dos salários” balhadores”. De que forma? “Cumprindo o e o “direito à proteção da saúde que está na Constituição”, que, no trabalho” têm estado “ausengarante, “não é neutra no cami- tes” das “preocupações” do atual nho que aponta” relativamente chefe de Estado. “Esta candidatura sinaliza a ima esta matéria. “Nós temos uma Constituição que valoriza o pa- portância de trazermos isto para pel do trabalho, que aponta o di- a atenção do Presidente da Repúreito ao trabalho como um direito blica”, resumiu. E trilhar este caminho, acresde todos, que sinaliza uma questão de enorme importância que é centa o candidato, leva Portugal o objetivo do pleno emprego, de “ao desenvolvimento e à dinamização da atividade económica”. erradicar o desemprego e que diz que todos, além de terem direito “Percebemos, nos últimos anos, ao trabalho, têm direito a ter di- que aumentando os rendimentos reitos no trabalho e a poder com- dos trabalhadores, dinamizamos patibilizar a sua vida profissional a economia, ao contrário do que com a família”, sublinhou, em de- alguns nos queriam convencer”, sinalizou, sem deixar de subliclarações ao NT e à TrofaTv. Para João Ferreira, assuntos nhar a “importância” de se olhar

João F erreira entregou o seu manifesto aos trabalhadores da P reh para a Constituição, no que “ao direito à saúde, habitação, educação, cultura e proteção da in-

fância, juventude e velhice” diz respeito. C.V.


17 de dezembro de 2020

O NOTÍCIAS DA TROFA

9

Atualidade Presidente do Conselho Metropolitano e líder da Federação Distrital do PS garantem construção da linha

Metro da Trofa: “Não há outro remédio” a não ser construir nova ponte da Peça Má Com o mote “Metro para a Trofa. É Agora!”, o PS Trofa promoveu um debate com a participação do presidente do Conselho Metropolitano do Porto, responsável pelo estudo das novas linhas que contemplam o plano de expansão da rede de metro, que inclui a ligação ISMAI-Trofa. Sem avançar com data concreta para o início da obra, Eduardo Vítor Rodrigues garantiu que o plano, que avançará “em concurso único e sem fases”, tem de estar concluído “até 2030”. Já Manuel Pizarro garantiu que será necessário construir uma nova ponte para viabilizar o canal. CÁTIA VELOSO O socialista Manuel Pizarro afirmou que “não há outro remédio” a não ser construir uma nova ponte no lugar da da Peça Má, demolida em setembro de 2016 por decisão da Câmara Municipal, para concretizar a linha de metro e metrobus na Trofa. A afirmação foi feita durante o debate online promovido pelo Partido Socialista na Trofa, a 4 de dezembro, na rede social Facebook, sobre a inclusão da linha da Trofa no plano de expansão do Metro do Porto e na qual também participaram o presidente do Conselho Metropolitano do Porto, Eduardo Vítor Rodrigues, e os vereadores do PS na autarquia da Trofa, Amadeu Dias e Miguel Tato Diogo. Durante a intervenção, Manuel Pizarro, líder da Federação Distri-

tal do PS Porto, confirmou que o an- lhões que nos faltavam, passamos tigo canal ferroviário, desativado agora a precisar só de pouco mais em 2002 com a promessa política de 200 milhões”, explicou o tamda vinda do metro, “vai ser reabi- bém autarca de Vila Nova de Gaia. Relativamente ao facto de a lilitado”, assim como “as estações”. Sem avançar com uma data con- nha da Trofa não ser, integralmencreta para o início da obra, que tem te, feita para metro, estando agora de cumprir outros pressupostos prevista num sistema misto, com técnicos e burocráticos, Eduardo metro do ISMAI até ao Muro e meVítor Rodrigues explicou, por sua trobus para a restante linha até Pavez, que o concurso público para radela, Eduardo Vítor Rodrigues este plano de expansão do metro referiu que se trata, a título provai ser lançado “sem fases” e que visório, de “um modelo vantajotem de estar concretizado “até so face às expectativas que exis2030”. Esta informação foi, entre- tiam em 2017, que era não haver tanto, confirmada pelo ministro do obra sequer”. “A minha expectaAmbiente, João Pedro Matos Fer- tiva é que a importância do metronandes, que, a 9 de dezembro, re- bus seja suficiente para, no futuro, feriu que o projeto da Trofa “será transformarmos esse sistema em concretizado ao longo da próxi- metro com carril, que é o que faz sentido”, acrescentou. ma década”. Sobre este modelo, que o autarEduardo Vítor Rodrigues, que liderou o processo de elaboração do ca vai replicar no próprio municíplano de sete novas linhas em con- pio na Estrada Nacional 222, está junto com o Governo e a Metro do garantido que funcionará “exaPorto, congratulou-se com o facto tamente nos mesmos pressuposde as entidades estarem a traba- tos do metro”, só que sobre pneus, lhar “com um avanço significati- sendo “acessível a pessoas com vo” e com grande parte do fundo mobilidade reduzida e a cadeiras de financiamento garantido: “Te- de rodas”. Eduardo Vítor Rodrigues sublimos 850 milhões de euros vindos do Plano Nacional de Investimen- nhou que, “num momento em que tos e desses já não contemplamos ninguém mais perdoaria se se venos 230 milhões necessários para o desse promessas”, a garantia é a corredor de metrobus para a zona de “há projetos e um dossier inteocidental do Porto e a segunda li- grado onde a linha da Trofa pasnha de Vila Nova de Gaia (Santo sou a constar”, frisou, sem deixar Ovídio-Devesas-Campo Alegre), de ressalvar que, apesar de não que foram alocados ao Plano de ser um argumento forte no que ao Recuperação e Resiliência, a cha- custo-benefício diz respeito, a julmada 'bazuca' que vem da União gar pelos estudos feitos, esta linha Europeia. Perante isto, dos 450 mi- “é viável do ponto de vista político,

Debate decorreu em formato online, devido à pandemia ético e daquilo que se acredita que potenciar o futuro do concelho da Trofa”. E, acrescenta, ganhou valia na estratégia pensada para a rede metropolitana de transportes, que já permitiu a criação do passe único e de tarifas mais baixas. Manuel Pizarro: Câmara “alinhou-se” para “dificultar” vinda do metro Sobre a “polémica” gerada aquando da assinatura do protocolo de consolidação da expansão da rede do metro entre o Conselho Metropolitano do Porto e o Governo – alimentada pelas declarações do presidente da Câmara da Trofa que não acreditava na inclusão da linha da Trofa no projeto -, Eduardo Vítor Rodrigues diz que começa “a percebê-la”. “Para quem estava numa situação de promessa sucessiva, podia pensar que ia ser mais um embrulho que ia acabar

em nada”, frisou. Mas Manuel Pizarro entende a posição do presidente da Câmara de outra maneira: “A agressividade incompreensível com que reagiu ao anúncio de um acordo entre a Área Metropolitana e o Governo, para fazer um estudo sobre os eixos possíveis para a expansão do metro do Porto, mais parecia de alguém zangado por haver a possibilidade de se trazer o metro para a Trofa”. O socialista carregou nas críticas e acusou a autarquia de ter “abanado as orelhas de contente” quando o então recandidato a primeiro-ministro Passos Coelho disse à TrofaTv, em outubro de 2015, que “não havia metro para a Trofa”, e de “se alinhar, objetivamente, para dificultar o projeto”. “A ideia de demolir a ponte da Peça Má é uma demonstração de cedência, de como quem diz que 'este canal é inviável'”, defendeu. pub


10 O NOTÍCIAS DA TROFA

17 de dezembro de 2020

Atualidade

Quase 500 casos nas primeiras semanas de dezembro Houve uma queda de 25 por cento do número de novos casos na Trofa, que continua a ser um dos concelhos com maior risco de contágio. Apesar dos indicadores positivos, nestes dias que antecedem o Natal e as reuniões familiares, é importante seguir, com rigor, as medidas de proteção contra a Covid-19.

rus são essenciais para que a Trofa deixe de figurar nos concelhos de maior risco.

CÁTIA VELOSO

Segundo o relatório da Administração Regional de Saúde do Norte (ARSN), os dados mais recentes relativos à situação epidemiológica no concelho da Trofa dão conta de uma diminuição do número de casos de Covid-19. De 29 de novembro a 12 de dezembro, foram contabilizados 496 casos: 283 de 29 de novembro a 5 de dezembro e 213 de 6 a 12 de dezembro. Comparadas as duas semanas, houve uma queda no número de novos infetados de 25 por cento. Ainda assim, este é um dos municípios com maior taxa de incidência: 1291 casos por cem mil habitantes nas duas primeiras semanas de dezembro, apenas superado, no Norte, por Vimioso (com 2709/100 mil), Chaves

No convívio familiar, use máscara sempre que possível (1873/100 mil), Mondim de Basto (1828/100 mil) e Vila Pouca de Aguiar (1488/100 mil). Relativamente aos concelhos vizinhos, a Trofa compara-se à situação de Vila Nova de Famalicão, que apresenta uma taxa de incidência de 1244/100 mil (1638 casos). Já Vila do Conde, com 736 infetados neste período, tem uma taxa de incidência de 921/100 mil, enquanto Santo Tirso contabilizou 464 infetados (taxa de 682/100 mil) e Maia 838 casos (603/100 mil).

A Trofa mantém-se, assim, no lote dos concelhos com risco extremamente elevado de contágio e, por conseguinte, está sujeito às medidas mais restritivas decretadas pelo Governo. Porém, com o alívio das medidas nos dias festivos, há já especialistas que alertam para o crescimento desmedido do número de infetados. É importante que, com a aproximação dessas datas, a população continue alerta e consciente de que todos os gestos para conter o ví-

É importante manter atitude responsável. Por si, pelos seus! Ao NT têm chegado vários alertas, através de telefonemas, emails e mensagens via redes sociais, de trofenses preocupados com a conduta da população na rua, denunciando estabelecimentos “à pinha”, aglomerados nas ruas com pessoas sem máscara e sem cumprir o distanciamento social. Reclamam mais vigilância das entidades de segurança e sugerem que se tomem medidas preventivas, como o reforço da ação da Polícia Municipal, enquanto fator dissuasor da utilização do espaço público, como aconteceu no primeiro estado de emergência. Mas o papel principal desta luta cabe a cada um de nós, como agentes de saúde pública. Nos dias de festa, em que várias famílias se vão voltar a reunir, há regras que não devem ser desconsideradas. Antes de mais, é importante que, durante a próxima semana, reduza, ao mínimo, os contactos para pre-

caver situações desagradáveis de ser infetado nesta altura. Nas reuniões familiares, use a máscara sempre que possível. Lembre-se que são barreiras que retêm partículas e, por isso, diminuem o risco de contágio. Segundo o estudo recente do instituto alemão Max Planck, a dimensão do espaço e o seu arejamento condicionam a propagação do vírus, pelo que é aconselhável arejar, de vez em quando, a sala de convívio. O presidente da Associação dos Médicos de Saúde Pública, Ricardo Mexia, sugeriu que, à mesa, fiquem juntos os membros do agregado familiar, distanciando quem vive em casas diferentes. Não se esqueça de higienizar as mãos antes das refeições e de não partilhar talheres. Nunca desvalorize sinais dados pelo vírus. No caso de algum elemento da família apresentar sintomas relacionados com a Covid-19, como tosse, febre, dificuldade respiratória, perda de olfato e paladar, cansaço ou dores no corpo, deve abster-se de marcar presença nas reuniões familiares até fazer o teste.


17 de dezembro de 2020

O NOTÍCIAS DA TROFA

Atualidade

Luís Elias reconduzido na direção da Associação Humanitária Dar seguimento ao “trabalho” realizado no mandato que terminou é o objetivo de Luís Elias, que foi reeleito presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Trofa.CÁTIA VELOSO Luís Elias foi reconduzido como presidente da direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Trofa, a 10 de dezembro. Dos 4616 sócios elegíveis para votar, apenas 35 compareceram no ato eleitoral, sendo que 34 votaram na lista única e um votou

em branco. António Sousa mantém-se como presidente da assembleia-geral. Em declarações ao NT, Luís Elias referiu que pretende “dar continuidade” ao trabalho feito no primeiro mandato, que culminou com “a inauguração do novo parque automóvel” e “bênção de uma nova viatura de combate a incêndios”. “Já procedemos à aquisição de novas viaturas na área dos incêndios urbanos”, referiu Luís Elias, que acrescentou ainda que, no domínio da Associação Humanitária,

está também a creche e jardim de infância, situados na Barca, em S. Martinho de Bougado, que vai ser alvo de uma intervenção. “Temos uma candidatura feita ao Pares 2 para duplicar a capacidade da creche, de 40 para 80 crianças, que, ao que sabemos, deverá ser aprovada”, sublinhou. Apesar de ter sido alvo de fortes críticas, essencialmente através das redes sociais, a lista de Luís Elias, com apenas duas substituições para o novo mandato, foi a única que se apresentou a eleições, algo que não surpreende o dirigente. “É muito fácil, nas redes sociais, dizer aleivosias e falsas informações, mas na hora de dar a cara e aparecer para trabalhar é mais difícil. Nós gostaríamos que tivesse aparecido mais listas, não para nos confrontarmos, até porque esta direção declarou, clara e inequivocamente, que se uma lista com credibilidade aparecesse, não se candidataria. Se aparecesse uma lista que não merecesse credibilidade por parte da atual direção, naturalmente que

11

E leições realizaram- se a 10 de dezembro iríamos candidatar-nos para dar continuidade ao trabalho, portanto, como não apareceu ninguém, ficamos para dar continuidade àquilo que nos propusemos fazer”, argumentou. Luís Elias encara a recandidatura como o último compromis-

so como presidente da Associação Humanitária, mas a garantia de ter uma equipa como a que venceu as eleições pode alterar este cenário: “(Um novo mandato) Só será possível se for com uma equipa baseada nesta que temos, atualmente”.


12 O NOTÍCIAS DA TROFA

17 de dezembro de 2020

Religião Mensagem de Natal do vigário da Vigararia Trofa/Vila do Conde, Pe. Luciano Lagoa

Em tempo de pandemia, o desejo de um Natal em Alegria Este ano de 2020 que agora termina e não deixa grandes saudades, tem inexoravelmente a marca do vírus que, parece, “veio para ficar e ficou mesmo”. É uma marca que não se pode tirar, quase como uma nódoa encardida: por mais que se queira lavar, não há hipótese de sair. Para a história, 2020 será sempre o “Ano Covid”: da distância, do medo, da insegurança, da incapacidade, da doença e muitas vezes da morte… É neste cenário que se aproximam as grandes festas do final do ano… Não sem

as necessárias restrições e apelos ao bom senso que, neste caso, gostaria de subscrever e evidenciar. Serão festas celebradas em ambiente anuviado mas isso não deve diminuir a vontade e a necessidade que todos temos de assinalar as datas importantes da nossa vivência humana. Para uns serão festas de celebração da família e de um novo ano que se deseja melhor, para outros (os crentes como eu), além desta dimensão humana, sublinha-se a entrada do Divino na nossa história a partir da encarnação de Jesus Cristo no seio de uma família hu-

L uciano L agoa envia mensagem de Natal a toda a comunidade da vigararia mana, a Sagrada Família. Este mistério dá uma dimensão nova à história, de tal forma que todos os tempos, sobretudo os que se avizinham, terão sempre esta marca da presença de Deus – a sua Bênção. E a Bênção não é mais do que a presença e o olhar de Deus que se lança amorosamente sobre a criatura tal como Jesus, o Filho de Deus abraçou a humanidade e se tornou Filho do Homem no seio de Maria. Haja o que houver, aconteça o que acontecer, venha o que vier, este é um tempo abençoado. Não é abençoado porque todos os problemas, receios ou sofrimentos se resolvam como por magia (geralmente as artes mágicas são apenas ilusões que levam a desilusões), mas sim porque sabemos que na aventura da vida – muito maior do que imaginamos – Deus vive connosco. Este Natal carregado com cores cinzentas, bem vistas as coisas, não é mais tenebroso do que o primeiro Natal com a Matança dos Inocentes. Desejo pois que este tempo abençoado seja acalentador da Esperança, às vezes frágil, no coração de quantos vivem esta

quadra particularmente no nosso concelho da Trofa e na Vigararia. Que a Bênção fecunda se estenda às famílias que neste ano ficaram sem a presença física de algum ente querido (por causa da epidemia ou não), a todos os que vivem nos lares do nosso concelho ou vigararia (talvez mais do que ninguém sejam eles quem mais tem sofrido com o vírus), a todos os doentes e pessoas mais necessitadas e carenciadas, a todos os profissionais de saúde que lutam contra este e outros vírus, a todos os outros profissionais no cumprimento dos seus deveres e obrigações, às nossas autoridades, a todos os que no escondido das suas casas ou dos Lares acolhem e tratam os doentes ou idosos, a todos os voluntários nos vários sectores de actividade mas de um modo especial os que colaboram com as paróquias, a todas as crianças, adolescentes e jovens e a todos os homens e mulheres de boa vontade. Em nome dos padres do concelho e da vigararia, um Alegre Natal para todos e um Ano Novo de PAZ… Pe. Luciano Lagoa


17 de dezembro de 2020

O NOTÍCIAS DA TROFA

13

Religião

Natal e a sua origem Natal significa nascimento, o dia em que alguém nasceu, e a palavra vem do latim “natalis”. Natal, na liturgia cristã, é a festa em louvor do nascimento de Jesus Cristo, que é celebrado pelos cristãos em 25 de dezembro. A. COSTA Na verdade, a festa de Natal (anterior a Jesus Cristo), começou, pelo menos, sete mil anos antes do nascimento de Jesus. Esta festa tinha como razão principal celebrar o solstício do inverno, a noite mais longa do ano no Hemisfério Norte, a qual acontece nos finais de dezembro. A partir daquela data, o sol ficará mais tempo no céu (entre os humanos), até ao verão (solstício de verão). É o chamado ponto de viragem das trevas para a luz (“renascimento” do sol). Era o tempo em que o homem passava a dominar a agricultura, trabalhando nela para obter as colheitas no ano seguinte. Havia que celebrar o acontecimento com festivais. Em Roma, as celebrações eram dedicadas ao deus Mitra, o deus da luz, no dia 25 de dezembro (os festejos do solstício do inverno). O culto a Mitra chegou à Europa cerca do século IV. Os primeiros indícios da comemoração da festa “natalícia”, referente ao nascimento de Jesus Cristo, em 25 de dezembro, é a partir do Cronógrafo de 354; essa celebração iniciou em Roma, enquanto no cristianismo “oriental” o nascimento de Jesus já era celebrado em conexão com a Epifania, no dia 6 de janeiro. A comemoração só se faria mais tarde (no Oriente), pelas mãos do bispo S. João Crisóstomo, em Antioquia, nos finais do século IV, provavelmente em 388, e em Alexandria, apenas no século seguinte (séc. V). Mesmo no Ocidente, a celebração terá continuado até ao ano de 380. No ano 350, o Papa Júlio I ordenou uma investigação pormenorizada, tendo proclamado o dia 25 de dezembro como data oficial, e o imperador Justiniano, em 529, declarou-o feriado nacional. Vários costumes e tradições populares ligados ao Natal desenvolveram-se de forma desordenada e independente da comemoração do nascimento de Jesus, com origens em festivais pré-cristãos (pagãos) à volta do solstício de inverno, pelas populações pagãs que foram mais tarde convertidas ao cristianismo. A atmosfera, ou a ambiência, também foi evoluindo ao longo dos séculos; desde o início de fe-

recidas pequenas refeições, como doces, salgados, charcutarias, vinhos, etc... Era, também, habitual haver a representação dos “Autos dos Reis Magos” e outras peças de teatro de cariz popular, alusivos à festa dos Reis.

riado, em que era “gozado” em ambiente carnavalesco (na Idade Média) até à festa ligada e orientada para a família, centralizando nas crianças, principalmente aquela que viria a prevalecer no século XIX, quando foi introduzida na “Reforma” no mesmo século. Houve até alturas em que a celebração do Natal foi proibida dentro das comunidades cristãs protestantes, devido à preocupação de que a data estava a ser celebrada com exageros (muita folia até altas horas da madrugada). As festas de Natal e Epifania à luz da história (cristã) As festas de Natal (católico, ortodoxo e outras religiões cristãs) incluem a data do nascimento de Jesus, o filho de Deus, no dia 25 de dezembro, e a festa da Epifania (ou dos Reis Magos), a 6 de janeiro. A narração da natividade (nascimento) de Jesus é descrita no Novo Testamento, através dos Evangelhos de Mateus e Lucas. Segundo a descrição destes evangelistas, encontrando-se a Virgem Maria, grávida de seu filho primogénito, encetou com José, seu noivo, uma viagem a Belém (província romana da Judeia), a fim de serem recenseados. Ao chegarem a esta cidade, e estando Maria prestes a dar à luz o seu filho, não encontraram lugar na hospedaria e o dono da estalagem deixou-os descansar e pernoitar numa caverna rochosa, sob a casa, usada como estábulo de animais. E foi neste local que Maria teve o seu filho, Jesus, e colocou-o numa “manjedoura”. Naquele dia, ainda segundo o evangelho de Lucas, os Anjos proclamaram a vinda (chegada) do Salvador aos pastores e a todos os homens, com o cântico :“Glória a Deus nas alturas e paz na Terra aos homens de boa vontade”. Os cristãos ortodoxos celebram o Natal no dia 7 de janeiro, porque seguem o calendário juliano, criado em 45 a.C., enquanto que a Igreja Católica segue o calendário gregoriano, que é o calendário proposto pelo papa Gregório, em 1582.

Duas semanas após o Natal, a Igreja celebra, também, com bastante solenidade, a festa da Epifania, mais vulgarmente chamada de Festa dos (Reis) Magos. O termo Epifania é de origem grega, “Epipháneia”, e, posteriormente, do latim “Epiphania”, que quer dizer aparição, manifestação. Na Bíblia (Novo Testamento), Epifania é a festa da manifestação de Jesus aos gentios. Os católicos celebram a festa dos Reis Magos no dia 6 de janeiro, (nos países onde é feriado) ou no segundo domingo após o Natal, comemorando a visita dos Magos (do Oriente?) à casa onde residia a Sagrada Família, provavelmente, dois anos após o nascimento de Jesus. Estes Magos, Gaspar, Melchior e Baltazar, segundo a tradição cristã, terão visto um “sinal no céu” (uma estrela ou cometa?) no Oriente, e decidiram viajar em direção a Nazaré, para adorar o Menino Jesus e oferecer-lhe presentes, que, segundo a tradição, seriam ouro, incenso e mirra. A festa da Epifania é celebrada em todo o mundo católico. Mas há alguns países onde a festa é comemorada com maior ênfase e até com vários eventos: assim, por

exemplo, em Espanha é celebrada com uma grande festa de cortejo dos Reis Magos, a chamada Cabalgata del Reyes (em português, Cavalgada dos Reis Magos). As crianças deixam os sapatos às janelas, preenchidos com capim e ervas, com o intuito de alimentar os “camelos dos Reis Magos para poderem retomar a viagem”. De acordo com a lenda (e tradição), em troca, as crianças recebem doces e guloseimas. O evento consta de um tradicional desfile dos Reis e cavaleiros em carros decorados. No final, os Reis e seu séquito misturam-se com as crianças para brincar nas ruas. Esta tradição tem cerca de 150 anos e realiza-se no dia 5 de janeiro, véspera do dia de Reis. Em Portugal, nos meados do século XX, o dia de Reis (6 de janeiro) era considerado feriado não obrigatório, ou dispensado, como era popularmente designado. Além da vertente religiosa, com a assistência à Missa, no próprio dia, havia (e ainda há várias tradições na atualidade), a tradição de as pessoas, em grupo, cantarem as Janeiras, ou as “Reisadas”, de porta em porta. Muitas vezes são convidadas a entrar para o interior das casas, sendo-lhes ofe-

Usos, costumes e tradições de Natal Sendo tradicionalmente uma data muito celebrada pela religião cristã, o Natal é também comemorado e celebrado por muitos nãos cristãos, até porque alguns dos hábitos e costumes populares, assim como temas de celebração, podem ter ou não origens pré-cristãs. Algumas das tradições de Natal, já enraizadas e conhecidas são: a decoração de árvores de Natal, decoração das casas, edifícios, pontes, igrejas e a construção de presépios. A árvore de Natal é descrita por alguns cronistas como uma “cristianização” das tradições e rituais pagãos em torno do solstício do inverno. Referem, igualmente, que a origem da árvore de Natal é na Alemanha e atribuem a novidade a Martinho Lutero, autor da chamada “Reforma Protestante”, no século XVI. Conta-se que Lutero, olhando para o céu, através de pinheiros que cercavam o mosteiro, viu-o muito estrelado, parecendo um colar de diamantes no topo das árvores. Entusiasmado pela beleza do “espetáculo” noturno, cortou um dos pinheiros e levou-o para casa, colocou-o num vaso com terra e decorou-o com velas acesas. E assim terá nascido a primeira árvore de Natal. Outra tradição entre os cristãos é o presépio. Esta deve-se ao frade São Francisco de Assis, que no ano de 1223 quis celebrar o Natal de um modo mais realista e, com a permissão do Papa da altura (Honório III), montou um presépio de palha com as imagens do Menino Jesus, Maria e José, juntamente com um boi e um jumento vivos e vários outros animais. Com esse cenário, foi celebrada a Missa de Natal. Em meados do século XX, em muitas igrejas do nosso país, os presépios e as manjedouras (onde se “deitava” a imagem do Menino Jesus), eram construídas à base de palha.


14 O NOTÍCIAS DA TROFA

17 de dezembro de 2020

Atualidade

José Calheiros

Escrita com Norte Morreu o Maior*

Padre Manuel António sepultado em Santiago O padre Manuel António da Silva Pereira, fundador da Casa do Gaiato de Benguela, Angola, foi sepultado, a 7 de dezembro, no cemitério de Santiago de Bougado, localidade de onde era natural. Nascido em 20 de janeiro de 1934, foi ordenado sacerdote a 4 de agosto de 1957 e foi incumbido de fundar a Casa do Gaiato de Benguela, Angola, em 1963, para onde se mudou, tendo sido responsável pelo acolhimento de dezenas de rapazes de rua, combatendo a delinquência juvenil. Nos primeiros meses de 2020, passou o testemunho da Casa do Gaiato, recolhendo-se no Calvário, em Beire (Paredes), obra que sonhou ver replicada em Angola.

Desde que tenho memória de -lhe um quilo de figos. Começaram a namorar, casamim lembro-me do Maior sempre presente, mesmo quando ram e tiveram duas filhas. E desestava ausente (estava marcado de que ofereceu esse quilo de figos à Maria, a mulher mais admino coração)! Os domingos na casa do Maior rável e das mais bonitas que aleram cheios, onde ele reunía a guma vez conheci, a vontade férfamília, e pelo topo da mesa, lu- rea do Maior em busca de trabagar onde se sentava, todos os lho, para garantir o bem estar da olhares e todas as conversas pas- família, levou-os por vários sísavam por lá…era bem-dispos- tios. Para a Maria, na altura, apeto e gostava de conversas anima- sar das dificuldades, o mundo das, e para completar este qua- perfeito era quando estavam os dro de desordem feliz, lá estava quatro, juntos! Novamente na Trofa e já defia Pantera, a cadela da casa! A meio da tarde rumávamos nitivamente instalados, uma emao Cine-Teatro Alves da Cunha, presa com duas áreas de negócom balcão e onde a primeira fila cios começa a crescer, fruto do da plateia eram cinco cadeiras, trabalho do Maior. Uma de elecpropositadamente lá instaladas tricidade, que lhe valeu instapara mim, para o meu irmão e lar a rede eléctrica em Trás-Ospara os meus primos. Estávamos -Montes (para quem estiver a ler tão próximos da tela que éramos este texto e estiver nesta região, engolidos por ela e sentíamos- é provável que todos os postes que ainda existam de madeira, -nos personagens dos filmes! O Cine-Teatro Alves da Cunha, tenham sido instalados por ele), foi mandado construir pelo pai e outra, fruto de um encanto de do Maior, que além da sala de menino, o CINEMA! espectáculos, tinha outros neTenho bem presente, quando gócios, que lhe valiam respeito, mulheres e alguns filhos bas- ainda pré-adolescente, o Maior tardos. Tudo isto associado ao me tirava a um dia de brincadeifervor republicano, e os fervo- ra e punha-me a levantar postes res não são bons conselheiros com os empregados. Desde cedo (digo eu), o pai do Maior dei- sempre quis mostrar, a mim, ao xou-lhe de herança, não dinhei- meu irmão e aos meus primos, ro, mas o gosto pelas mulheres que sem trabalho não se consee uma vontade férrea para fazer gue nada…esse é o segredo… nós não entendíamos! o seu caminho! Com o passar dos anos, a parJá aqui vos mostro que o Maior não é Deus, não quero desuma- te eléctrica foi dando lugar ao cinema, e o Maior na década de niza-lo, o Maior era gente! Gente com a certeza de que o 80 do século passado era o maior caminho para ter as coisas era o empresário cinematográfico do trabalho, e quando adolescente, país, não contando com a Lusotrabalhava numa fábrica e no fi- mundo, que além de exibidores, nal fazia uns biscates de electri- também eram (e ainda são) discista. Um desses biscates, num tribuidores, de quem o Maior era final de tarde, foi na fábrica de o melhor cliente. Depois veio o vídeo e mais chapéus do seu tio. Imagino-o a passar os olhos pelas emprega- tarde os Multiplex e já ninguém das, e ao ver uma, em particular, ia aos Cine-Teatros ver cinema. os olhos param e não avançam. O que ganhou foi-se perdenEla chama-se Maria e o Maior fi- do, tendo o Maior vendido a sua “última casa”, o Cine-Teatro de cou encantado! Ficando a saber que a Maria ti- Anadia, à Câmara local. Apesar do que ele construiu, nha vários pretendentes, o Maior tinha a seu favor o facto de ser so- e perdeu, via nele sempre uma brinho do patrão, mas não que- inocência de criança, que eu ria usar essa “arma”. Um dia che- não entendia, e que o prejudigou à fala com ela...oferecendo- cava. O Maior acreditava nas

pessoas, acreditava na palavra tos de vista diferentes…e quem dada e no aperto de mão. Desi- estivesse a observar, facilmenludiu-se imensas vezes e mesmo te se apercebia o quanto aqueassim não deixava de acreditar las pessoas se gostavam! Aos oitenta e quatro anos o cornas pessoas!!! Após a “queda”, e já mais ve- po do Maior começa a fraquejar e lho, a vontade de continuar a ga- sinais de senilidade começaram nhar mundo e de trabalhar eram a aparecer. Quando a boa voninjecções de rejuvenescimento- tade já não era suficiente para …e em vez de descansar “carre- cuidar bem dele, foi para um lar, na Trofa. “Arrebitou” com a gou o cinema às costas”! Se em excursões, as pessoas presença das meninas que cuido interior do país vinham ver o davam dele e mesmo na doença, mar, o Maior e o seu cinema iti- levou-nos para um mundo que já nerante levaram a sétima arte às existiu e no qual “mergulhávapessoas do interior. Tive a felici- mos” com ele! Os nossos encontros eram viadade de, nas minhas férias da escola, fazer milhares de quilóme- gens no tempo, ao estilo “Good tros com o Maior. Não raras ve- bye Lenin”, onde na cabeça do zes, quando chegávamos ao fim Maior estávamos ainda na década de oitenta, e falávamos da do mundo, eu perguntava: programação para os cinemas, - Já chegámos? se tinha ido buscar o amplificaE ele respondia: - Não! Ainda falta um bocadi- dor à oficina e enviado a publicidade para a Régua,…e de repennho. Quase sempre, quando pará- te, num lampejo de realidade e vamos para além do fim do mun- de saudade, perguntava: - A Micas? do, a surpresa acontecia! Com A saúde continuou a degradaro Maior fiquei a saber o quanto Portugal é bonito e a perceber -se e começou a fazer umas “vias suas gentes…e a ele também! sitas” ao hospital, cada vez mais prolongadas. Na última ida não Ele afinal era como aquelas pessoas do interior, gente de iria regressar, e na última visipalavra e o aperto de mão va- ta que lhe fiz, encontrei o corlia o mesmo que uma assinatu- po do Maior, que só respirava, ra…confiavam uns nos outros! mas ele já não lá estava…mas os Por isso ele se sentia tão bem... olhos brilharam e captaram a minha atenção! por lá! Estavamos sozinhos. DebruForam milhares de quilóme- cei-me ao nível da cabeça dele tros, milhares de discussões, mi- e “espreitei” para dentro do lhares de pontos de vista dife- seu olhar. No fundo dos olhos rentes…e milhares de abraços do Maior, via-o sentado no esque não te dei! Pensei que tinha critório a preparar a programatodo o tempo do mundo, afinal ção para o mês de Dezembro nos eras o Maior…e dou por mim a seus cinemas…e sorri! Dois dias depois, morreu. pensar cada vez mais como Tu! Em Março de 2007, a mulher sempre presente, a Micas, como o Maior gostava de a tratar, devido a doença prolongada morreu numa madrugada de sábado, às quatro horas. O Maior passou o resto da noite a falar com a Micas, o seu Amor, e tenho a certeza que também lhe pediu desculpa de algumas coisas…afinal o Maior é humano! A morte da Maria, a pessoa mais admirável que conheci, foi uma grande perda! O Maior sentiu-a (muito), mas continuou a trabalhar, voltou a casar e a divorciar-se vinte dias depois (é mesmo o Maior), e eu, o meu irmão e o nosso primo Miguel, continuávamos a ir com ele, por vezes, a uma tasca em Vizela, comer e beber, que alimentava acesas discussões, muitos pon-

21 de Dezembro de 2013, o Maior foi enterrado depois de décadas a “comer terra” como diria Miguel Torga e pela primeira vez vi um padre no final da celebração da missa a falar do defunto com um sorriso na cara e da alegria que foi ter conhecido tamanha figura, há muitos anos atrás, em Rio de Moinhos! O Maior, pela sua actividade única (sem nunca ter pedido ou recebido subsídios), teve cartas de elogios de governantes, foi notícia em tudo o que é jornais, revistas e canais de televisão. O Maior chama-se Joaquim da Costa Azevedo e é meu AVÔ! Não me dêem os pêsa mes, dêem-me os parabéns por ser neto do Maior! * Texto escrito em 2013, dedicado a alguém especial e único.


17 de dezembro de 2020

O NOTÍCIAS DA TROFA

15

Atualidade

AEBA tem novo presidente José Pedro Maia Reis Memórias e Histórias da Trofa

Fome nas terras de Bougado O início do século XX não foi fácil para as gentes de Bougado, que se deparavam com uma grave crise económica e também social. Poucos anos antes, concretamente em 1899, tinha sido aprovada a famigerada lei que protegia a produção nacional dos cereais, que, para proteger o tecido económico dos agricultores que tinham uma expressão exageradamente elevada na economia nacional, fazia aumentar os preços dos cereais e respetivo pão na venda ao público. Sumariamente, a produção de cereal a nível nacional tinha de ser toda vendida e, somente aí ou então em casos muito excecionais, poderia ser adquirida no estrangeiro, sendo o grande mercado os Estados Unidos da América, que colocava os cereais a um preço demasiado baixo, considerando essa situação pela facilidade de produção e as grandes quantidade de área de cultivo. A economia nacional caminhava em contraciclo com a do resto dos países da Europa dita evoluída. O setor secundário crescia e retirava importância ao setor primário, enquanto Portugal demorava a alavancar a sua indústria, apesar do esforço de vários anos do Marquês de Pombal e do Conde de Ericeira, entre outros, que pretendiam criar um país industrializado e ser capaz de criar um real valor na economia, não se limitando a exportar na sua maioria produtos agrícolas. As terras de Bougado eram, nesta fase, zonas de forte produção agrícola: ainda em 1902 se vivia o peso desse setor de forma intensa, apesar de, timidamente e ainda em fase bastante embrionária, em S. Martinho a industrialização ser cada vez mais uma certeza. Os preços dos produtos alimentares tinham subido fortemente nos meses e anos anteriores. Não ignorar que a alimentação do comum operário era pão, uma caneca de vinho e pouco mais, com o vinho a ter um papel preponderante na absorção do homem das calorias necessárias ao seu dia a dia. Atendendo ao parágrafo anterior, existe um outro elemento que irá causar sérios problemas à comunidade: o surgimento de uma praga agrícola, concretamente o Míldio, que iria destruir um grande número de plantações e, claramente, condicionar a produtividade agrícola e também esmagar os salários dos operários rurais, que eram a maioria da sua população. A ciência agrícola ainda estava atrasada, praticava-se uma agricultura com séculos e séculos de prática semelhante, em que a tradição se sobrepunha à razão da ciência e por si só num ano comum era problemático, coadjuvado com uma epidemia o cenário era negro. Os ecos desta praga agrícola não eram somente localizados em Santiago de Bougado, mas também em S. Martinho, sendo um mal generalizado na futura cidade da Trofa, tal como escreve o jornalista do Jornal de Santo Thyrso, em 17 de julho de 1902: “A classe pobre está lutando com a horrível fome em vista de serem vendidos os cereais muito caros”. A vida era dura para o comum cidadão que trabalhava e poucos rendimentos tirava do seu trabalho, sendo comum nesta fase da história em certas zonas do país o trabalho, sobretudo o agrícola ser pago em géneros alimentares, um poder político que se preocupava em proteger as atividades económicas e não os seus cidadãos e estava num novo patamar de dificuldades com o aumento dos preços, devido a pragas agrícolas que não eram possíveis de controlar porque ainda era tudo demasiadamente arcaico.

A Associação Empresarial do Baixo Ave tem novo presidente. Alexandre Teixeira, da empresa MATM, foi eleito para o mandato 2020-2023, sucedendo a José Manuel Fernandes, da Frezite. O novo presidente da direção da AEBA, que tomou posse a 4 de dezembro, assume a liderança da associação num “espírito de renovação”. Licenciado em Arquitetura, Alexandre Teixeira sempre acompanhou, de perto, os negócios da família na área da construção civil e imobiliária, estando ligado à AEBA desde 2004, tendo assumido o cargo de vice-presidente, até 2017. Desde então, fazia parte do conselho consultivo da Associação. “Conhece bem os dossiers que a AEBA tem em mãos e o tecido empresarial da região. Ao assu-

A lexandre T eixeira tomou posse a 4 de dezembro mir este projeto, concretiza a evolução geracional da vida da Associação, que era um dos objetivos preconizado pelos principais responsáveis pelos destinos desta as-

sociação. Alexandre Teixeira conta com o apoio e tem ao seu lado as principais empresas e empresários desta região” referiu a associação, em comunicado.

Ferida em colisão contra semáforo de obra Um acidente de viação, na Rua 16 de Maio (EN 104), em Santiago de Bougado, provocou um ferido, na noite de terça-feira, 15 de dezembro. A viatura circulava no sentido Trofa-Vila do Conde, quando colidiu com um semáforo de obra, que, alegadamente, estaria na faixa de rodagem e não estaria ligado. O piso da Rua 16 de Maio está, em alguns sítios, a ser renovado, mas no local não era visível nenhum tipo de sinalização de obras.

Viatura colidiu com semáforo de obra que estaria na faixa de rodagem

Jovem apanhado em flagrante a vender droga Um jovem de 21 anos foi apanhado, em flagrante, pela Guarda Nacional Republicana a vender droga, em casa, na cidade da Trofa, na segunda-feira, 14 de dezembro. A investigação, desencadeada pelo Núcleo de Investigação Criminal do Destacamento Territorial de Santo Tirso, culminou na detenção do indivíduo, quando este procedia a uma transação com um consumidor, e na realização de uma busca domiciliária, através da qual os militares apreenderam 17 doses de canábis, um tablet e 205 euros em numerário. O detido foi constituído argui-

A preensão decorreu numa habitação na cidade da T rofa do e os factos remetidos ao Tribunal Judicial de Santo Tirso, não

sendo ainda conhecida a medida de coação.


16 O NOTÍCIAS DA TROFA

17 de dezembro de 2020

Desporto

Trofense viaja a Amarante para último jogo do ano Depois de uma vitória confortável diante do Vila Real por 3-0, o Trofense manteve a liderança na série C do Campeonato de Portugal e mesmo comum jogo em atraso – o confronto com o Marítimo, remarcado para 9 de dezembro, foi novamente adiado – comanda à condição, uma vez que o Leça tem menos dois jogos realizados. As duas equipas estão separadas por um ponto à entrada para a 9 jornada, que se joga este fim de semana. Enquanto o Leça viaja ao reduto do Salgueiros, a formação da Trofa vai à Amarante tentar somar a terceira vitória consecutiva e a sexta do campeonato. O jogo, o último do ano de 2020, está marcado para as 11 horas. C.V.

Camp. Portugal série c Resultados 8.ª jornada Trofense 3-0 Vila Real Pedras Rubras 2-1 Coimbrões Paredes 2-1 Salgueiros

Classificação 1 Trofense

Pontos 17

2 Leça 16 3 Paredes

13

4 Gondomar

11

5 Amarante

10

6 Pedras Rubras

9

7 Salgueiros

8

8 Marítimo B

6

Vila Real - Paredes

9 Coimbrões

5

Salgueiros - Leça

10 Vila Real

1

11 U. Madeira

0

12 Câmara Lobos

0

Amarante (adiado) Câmara Lobos União Madeira (adiado) Gondomar Leça (adiado) Marítimo B

Próxima jornada Amarante - Trofense

Coimbrões (adiado) U. Madeira Marítimo (adiado) Pedras Rubras C. Lobos (adiado) Gondomar

Parque da Ribeira ganha iluminação nova O Parque de Jogos da Ribeira conta, desde o início deste mês, com estruturas de iluminação nova, essenciais para o processo de certificação que o clube está a desenvolver. Além disso, o reforço da iluminação no campo revelou-se necessário esta época, uma vez que, devido às restrições provocadas pela pandemia de Covid-19, a Associação de Futebol do Porto (AFP) tem sido obrigada a remarcar jogos para dias úteis, à noite. A equipa de Santiago de Bougado já teve, inclusivamente, de jogar no Complexo Desportivo de Paradela, do CD Trofense. Segundo André Fernandes, vice-presidente do AC Bougadense, o investimento, que rondou os “27 mil euros”, foi “totalmen-

Eduardo conheceu Quaresma Depois da grande surpresa ao ter oportunidade de conhecer Cristiano Ronaldo, o pequeno Eduardo recebeu, a 4 de dezembro, um presente de Natal antecipado, ao sentar-se, com as devidas regras de segurança, com Ricardo Quaresma. O pequeno romanense, que

sofre da doença do enxerto do hospedeiro depois do transplante a que foi sujeito na sequência de uma leucemia diagnosticada aos 15 meses de vida, contou com a ajuda do amigo Tiago Velho, já conhecido por ajudar crianças e jovens a concretizar sonhos como este.

Clube Slotcar da Trofa Convocatória André Miguel da Silva Coroa, na qualidade de presidente da Assembleia-Geral do Clube Slotcar da Trofa vem, de acordo com artigo 24º, alínea c) dos Estatutos da Associação, convocar Vª Exª a estar presente na Rua das Indústrias, 224 - União de Freguesias de Bougado, 4785-625 Trofa, no próximo dia 30 de dezembro pelas 19 horas, para realização de uma Assembleia-geral Ordinária, com a seguinte ordem de trabalhos: 1. Ratificação do Plano de Atividades e Orçamento para 2021; 2. Alteração de sede social; 3. Outros assuntos de interesse, relacionados com os pontos anteriores. Se à hora marcada não estiverem presentes os Associados que perfaçam o quórum necessário, a Assembleia realizar-se-á em 2ª convocatória, no mesmo local, pelas 19 horas e 30 minutos, com a mesma ordem de trabalhos.

27 mil euros foi o valor pago pela câmara municipal te” suportado pela “Câmara Municipal da Trofa”.

Equipa sénior prescinde de prémios para ajudar famílias A equipa sénior do AC Bougadense decidiu unir-se na causa de ajudar famílias que foram afetadas pela pandemia de Covid-19. Segundo André Fernandes, o grupo “prescindiu de prémios de jogo” e alocou os fundos para fazer cabazes alimentares. “Já temos algumas famílias sinalizadas, mas ainda há capacidade para ajudar mais algumas. A quem necessitar de ajuda, pedimos que nos contacte através da nossa página de Facebook, que teremos todo o gosto em contribuir para que tenha um Natal mais digno”, apelou o dirigente.

A inauguração das estruturas ainda não tem data definida. Está agendado, para 4 de janeiro, um jogo no Parque de Jogos da Ribeira, às 20h30, entre o Bougadense e o Salvadorense, mas pode ser sujeitos a alterações. Mas antes, o reduto da equipa de Bougado recebe o jogo que tem como adversário SC Nun'Alvres, este domingo, às 10h00. O Bougadense ocupa o 10.º lugar da série 2 da Divisão de Honra da AFP, com oito pontos, distribuídos por duas vitórias, dois empates e quatro derrotas. C.V.

Trofa, 15 de dezembro de 2020


17 de dezembro de 2020

O NOTÍCIAS DA TROFA

17

Desporto

Manuel Alves estreia-se com 5.º lugar no Kia Picanto GT Cup Depois de ter competido no Au- -se, no passado fim de semana, no tódromo Internacional do Algar- emblemático Circuito do Estoril, ve e no Circuito Vasco Sameiro, numa prova marcada pela chuva em Braga, Manuel Alves estreou- e pela habitual competitividade

do Kia Picanto GT Cup. Num extenso programa de seis corridas (as duas últimas a contar para a Picanto Cup), o jovem piloto da Trofa conseguiu o 3.º lugar na Corrida 4 e na Corrida 6, obtendo também três lugares no top 5 e um 6.º posto. Assim, a primeira época de Manuel Alves no troféu organizado pela Kia Portugal e pela CRM saldou-se com o 5.º lugar final. “Foi um fim de semana cheio de corridas e quase sempre com pista molhada, condições em que nunca tinha pilotado o Picanto GT Cup”, apontou o jovem piloto de 17 anos. “Cheguei a passar pelo comando em duas corridas, mas por um ou outro motivo nunca estive em posição de lutar pela vitória. Ainda

assim, fiquei muito contente com a minha evolução numa pista que desconhecia e num troféu onde há vários pilotos com andamento semelhante. Foi uma época de grande aprendizagem para mim e ago-

ra espero aproveitar esta experiência em 2021”, rematou. Esta foi a primeira época completa de Manuel Alves nos automóveis, depois de uma bem sucedida carreira no karting.

Fábio Costa assina pela Efapel Depois de uma época muito positiva, coroada com o título nacional de fundo sub-23, o covelense Fábio Costa abraça, em 2021, um novo desafio. O ciclista rumou à equipa profissional da Efapel, depois de ser convidado pelo diretor desportivo, no “final da época”. “O Rúben Pereira mostrou interesse em mim e em trabalhar comigo e chegamos a um acordo, facilmente. Para mim, é um passo importante na minha curta carreira, pois vou representar uma das

principais equipas nacionais”, confessou, ao NT, o corredor, que acaba assim a ligação com a Kelly/InOutBuild/UDO. Empenhado em seguir a carreira profissional de ciclista, Fábio Costa assume que será “com muito orgulho e ambição” que vestirá a nova camisola. Quanto a objetivos, passam por “evoluir como atleta”, tendo em vista a revalidação do título de campeão nacional e, “se possível, ter alguns resultados de relevo entre os elites”. C.V.


18 O NOTÍCIAS DA TROFA

17 de dezembro de 2020

Atualidade

Porco retirado do Rio O primeiro alerta que chegou ao quartel dos Bombeiros Voluntários da Trofa dava conta da existência de um saco preto, preso numa árvore , dando a sensação de se tratar de um corpo. O saco estava submerso no Rio Ave, junto às estufas, no lugar do Fundo da Aldeia, em Santiago de Bougado, para onde a equipa náutica se deslocou, cerca das 11h30 de sá-

bado, 12 de dezembro, após a chamada dos militares Guarda Nacional Republicana. No local, os bombeiros verificaram que no interior do saco encontrava-se um porco morto, com as patas amarradas. O animal foi retirado do local e removido pela equipa veterinária da Câmara Municipal da Trofa.


17 de dezembro de 2020

O NOTÍCIAS DA TROFA

Necrologia Muro

S. Martinho de Bougado

Manuel Eduardo da Silva Costa. Faleceu no dia 15 de dezembro com 70 anos. Casado Com Alice Pereira Pinto Costa

João Paulo Oliveira da Costa Faleceu no dia 15 de dezembro com 51 anos. Casado com Maria de Fátima Silva Sousa Costa

Rocha Funerárias, Lda

Agência Funerária Trofense, Lda

S. Martinho de Bougado

Alvarelhos

Maria Alzira Pereira Gonçalves Faleceu no dia 14 de dezembro com 79 anos. Viúva de Simeão da Costa Reis

Manuel Dias da Costa. Faleceu no dia 14 de dezembro com 73 anos.

Rocha Funerárias, Lda

Agência Funerária Trofense, Lda

Guidões

Muro

João Nuno Garcia Faleceu no dia 14 de dezembro com 68 anos. Casado com Maria de Conceição Maia da Cruz Garcia

Paulo Augusto de Sousa Moreira Faleceu no dia 12 de dezembro com 47 anos.

Rocha Funerárias, Lda

Rocha Funerárias, Lda

S. Martinho de Bougado

Santiago de Bougado

Manuel Miranda Oliveira

António Alvim dos Santos Silva Faleceu no dia 11 de dezembro com 93 anos. Viúvo de Alice Pereira Serra

Faleceu no dia 12 de dezembro com 63 anos. Agência Funerária Trofense, Lda

Rocha Funerárias, Lda

S. Martinho de Bougado

S. Martinho de Bougado

Jaime Filipe da Silva Pereira Faleceu no dia 11 de dezembro com 44 anos. Casado com Susana Cristina Pinto Martins

Maria Amélia Vaz e Silva Faleceu no dia 10 de dezembro com 94 anos. Viúva de Adelino da Costa Reis

Agência Funerária Trofense, Lda

Agência Funerária Trofense, Lda

Lousado - VN Famalicão

S. Martinho de Bougado

Ana de Sá Faleceu no dia 8 de dezembro com 90 anos. Viúva Joaquim da Costa Oliveira

Alzira Carneiro Neves Faleceu no dia 8 de dezembro com 89 anos. Viúva de Manuel Paulino da Costa Ferreira

Funerária Ribeirense - Paiva & Irmão, Lda

Agência Funerária Trofense, Lda

Ribeirão - VN Famalicão

Ribeirão - VN Famalicão

Candida da Costa Santos Faleceu no dia 5 de dezembro com 84 anos. Viúva de José Cunha

Carlos Alberto Faria Gomes Faleceu no dia 5 de dezembro com 59 anos. Casado com Maria de Lurdes da Silva Ramos

Funerária Ribeirense - Paiva & Irmão, Lda

Ribeirão - VN Famalicão

S. Martinho de Bougado José Maria Bragança Pereira Faleceu no dia 3 de dezembro com 79 anos. Casado com Maria Irene da Silva Azevedo Pereira Agência Funerária Trofense, Lda

Ribeirão - VN Famalicão

S. Martinho de Bougado

Ricardo Rodrigues Crista

Alberto Sobral Dias Faleceu no dia 2 de dezembro com 73 anos. Casado com Alice Georgina Costa de Almeida

Faleceu no dia 2 de dezembro com 86 anos. Funerária Ribeirense - Paiva & Irmão, Lda

Ribeirão - VN Famalicão Joaquim Ferreira Oliveira Faleceu no dia 27 de novembro com 50 anos. Funerária Ribeirense - Paiva & Irmão, Lda

F icha T écnica

Sudoku

Atualidade *

Dia 17 Farmácia Moreira Padrão Dia 18 Farmácia de Ribeirão Dia 19 Farmácia Trofense Dia 20 Farmácia Barreto Dia 21 Farmácia Nova Dia 22 Farmácia Moreira Padrão Dia 23 Farmácia de Ribeirão Dia 24 Farmácia Nova Dia 25 Farmácia Trofense Dia 26 Farmácia Nova Dia 27 Farmácia Moreira Padrão Dia 28 Farmácia de Ribeirão Dia 29 Farmácia Trofense Dia 30 Farmácia Barreto Dia 31 Farmácia Moreira Padrão

***

Telefones úteis Bombeiros Voluntários Trofa 252 400 700 GNR da Trofa 252 499 180 Centro de Saúde da Trofa 252 416 763//252 415 520 Centro de Saúde S. Romão 229 825 429 Centro de Saúde Alvarelhos 229 867 060

Funerária Ribeirense - Paiva & Irmão, Lda

Clarinda Carneiro Pontes Faleceu no dia 4 de dezembro com 76 anos. Viúva de Manuel Matias da Silva Funerária Ribeirense - Paiva & Irmão, Lda

Farmácias

19

Agência Funerária Trofense, Lda

Atualize Enigma a sua assinatura Soluções da edição passada anual

Uma cobra rasteja por uma toca cilíndrica a 6 centímetros por segundo. A toca tem 6,66 metros de comprimento. A cobra leva 15 segundos para entrar na toca. 1. Qual o comprimento da cobra? 2. Quantos segundos levam para a cobra a sair da toca depois de entrar nela?

Sudoku

Ano 2021: 18,50 € Enigma Notas totais nos 8 testes= 8 × 84 = 672. Notas totais nos testes de Gramática e de Literatura = 2 × 75 = 150. Notas totais nos restantes 6 testes = 672 − 150 = 522. Média nos restantes 6 testes = 522 / 6 = 87.

Diretor: Hermano Martins Sub-diretora: Cátia Veloso Editor: We do com unipessoal, Lda. Redação: Cátia Veloso, Magda Machado de Araújo Colaboradores: Atanagildo Lobo, Jaime Toga, José Moreira da Silva, João Pedro Costa, João Mendes, César Alves, José Pedro Reis, Moutinho Duarte | Fotografia: A.Costa, Miguel Trofa Pereira (C.O. 865) Composição: Cátia Veloso e Magda Araújo | Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Lda., Rua de S, Brás, n.º 1 Gualtar, Braga| Assinatura anual: Continente: 18,50 euros; Extra europa: 45 euros; Europa: 35 euros; | Assinatura em formato digital PDF: 15 euros IBAN: PT50 0007 0605 0039952000684 | Avulso: 0,70 Euros | E-mail: jornal@onoticiasdatrofa.pt | Sede e Redação: Rua das Aldeias de Cima, 280 r/c 4785 - 699 Trofa Telf. e Fax: 252 414 714 Propriedade: We do com unipessoal, Lda. NIF.: 506 529 002 Nº Exemplares: 5000 | Depósito legal: 324719/11 | ISSN 2183-4598 | Detentores de 100 % do capital: Magda Araújo | Estatuto Editorial pode ser consultado em www.onoticiasdatrofa.pt | Nota de redação: Os artigos publicados nesta edição do jornal “O Notícias da Trofa” são da inteira responsabilidade dos seus subscritores. Todos os textos e anúncios publicados neste jornal estão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. É totalmente proibida a cópia e reprodução de fotografias, textos e demais conteúdos, sem autorização escrita.


20 O NOTÍCIAS DA TROFA

Atualidade

Olicargo vai transportar vacina contra a Covid-19 A empresa trofense Olicargo vai, em bre- de camiões ao dispor desta nobre causa”, ve, ficar marcada naquela que será a maior numa missão que considera “um orgulho” campanha de vacinação em Portugal. Num e um contributo rumo “à grande vitória” anúncio feito nas redes sociais, na noite de contra o novo coronavírus. terça-feira, 15 de dezembro, a organização, Em atividade há mais de 30 anos, a Oliespecializada no transporte e logística, re- cargo assume-se “uma referência” nos seferiu que, na qualidade de “parceira ibéri- tores transitário e logística, dispondo de ca no transporte terrestre da carga aérea “soluções integradas, inovadoras e flexída Air France – KLM Martinair Cargo, vai veis”, com “um serviço chave na mão e contribuir no transporte e distribuição das just in time”. Tem sede na Avenida do Emvacinas contra a Covid-19”. preendedor, em S. Martinho de Bougado, A Olicargo vai “colocar a frota especial junto à A3.

17 de dezembro de 2020


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.