Quinzenário | 28 de janeiro de 2021 | Nº 734 Ano 18 | Diretor Hermano Martins | 0,70 €
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À conversa com Alexandre Teixeira o novo presidente da AEBA “É muito importante que as empresas pensem bem o seu modelo de negócio” //PÁG.9
Cemitérios encerrados por tempo indeterminado
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S.Gonçalo deserto em dia de festa Aníbal Costa homenageado pelo Rotary
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Há outro baloiço com vista de cortar a respiração
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Comendador J. Serra parte aos 91 anos e deixa legado inigualável pub
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O NOTÍCIAS DA TROFA
28 de janeiro de 2021
Atualidade
foto: rawpixel.com
Lions promove colheita de sangue este sábado
R eservas de sangue caíram para níveis preocupantes este mês O Lions Clube da Trofa vai promover uma colheita de sangue, no próximo sábado, 30 de janeiro,
nas instalações da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Trofa. A iniciativa decorre pub
Meteorologia
entre as 9h00 e as 12h30 e é coordenado pelo Instituto Português do Sangue e da Transplantação. A ação ganha especial importância, numa altura em que há escassez de sangue nos hospitais. Em comunicado, a Federação Portuguesa de Dadores Benévolos de Sangue (FEPODABES) alertou para este cenário “preocupante”, apelando aos portugueses que doem sangue. “O inverno traz sempre consigo uma baixa nas reservas, motivada pelo frio e pela gripe, mas este ano temos a pandemia da Covid-19 que fez baixar os níveis de sangue para níveis preocupantes”, sublinhou o presidente da FEPODABES, Alberto Mota. Depois de reservas de alguns grupos sanguíneos terem estado em níveis preocupantes, inferiores a sete dias, a adesão às colheitas nos últimos dias melhorou a situação nacional, no entanto, esta é uma necessidade constante. Por isso, a FEPODABES “apela a todos os dadores saudáveis, nomeadamente os mais jovens, a doarem sangue e desta forma ajudam a salvar vidas”. “A dádiva de sangue está prevista nas exceções ao confinamento, pelo que é muito importante que os portugueses não desmobilizem e continuem a dar o seu contributo”, refere Alberto Mota. Todos os cidadãos com mais de 18 anos, que tenham mais de 50 quilogramas e que sejam saudáveis podem dar sangue. A informação sobre os locais oficias de recolha de sangue está disponível no site da FEPODABES em www. fepodabes.pt e no portal www.dador.pt. C.V.
Bombeiros combatem fogo em contador de luz
Bombeiros atuaram rapidamente O alerta chegou às 10h40 de terça-feira e dava conta de um incêndio numa habitação situada na Rua da Deveza Nova, em Lantemil, Santiago de Bougado. Chegados ao local, os Bombeiros Voluntários da Trofa depararam-se com um foco que consumia, com alguma intensidade, um contador da luz, que se encontrava no ex-
terior da moradia, junto ao portão. Rapidamente, pela ação dos operacionais, o fogo foi extinto, sem atingir mais nenhuma zona da habitação. Esta ocorrência mobilizou cinco elementos da corporação, apoiados por uma viatura de combate a incêndios.
Despiste e capotamento na A3 A A3 foi palco de mais um acidente, na manhã de 20 de janeiro. Um automóvel despistou-se e embateu contra um muro, tendo capotado, de seguida. O alerta foi dado às 9h52 e, para o local foram mobilizados os Bombeiros Voluntários da Trofa, com um veículo de desencarceramento, e os Bombeiros Voluntários de Santo
Tirso, com uma ambulância, a Brigada de Trânsito e a Brisa, num total total de dez operacionais. O condutor do veículo, com 23 anos, saiu da viatura pelo próprio pé e recusou transporte para a unidade hospitalar. Devido ao derrame de óleo e gasóleo, foi necessário efetuar a limpeza da via.
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O NOTÍCIAS DA TROFA
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Atualidade
De 12 a 25 de janeiro, foram registados mais de 547 casos no concelho
Trofa de novo em risco extremo de contágio
Trofa Saúde mantém atendimento regular Assumindo dotar de um “rigoroso sistema de controlo para evitar o contágio por Covid-19, o Grupo Trofa Saúde anunciou que, nesta fase mais gravosa da pandemia no país, “mantém o atendimento para consultas, urgências, exames, tratamentos, cirurgias e serviço de internamento e, em alguns casos, alargou o horário de funcionamento”. “Estamos conscientes que o atraso nos cuidados de saúde, a ausência de acompanhamento clínico ou da realização de exames auxiliares de diagnóstico são altamente prejudicais para a sua saúde”, refere o grupo, que detém 17 unidades de saúde no País, incluindo o Hospital da Trofa. No mesmo comunicado, é sublinhada a “colaboração” que tem havido por parte do grupo na prestação de cuidados de saúde a todos os portugueses, “celebrando acordos com diferentes entidades públicas, que permitem o internamento diário de mais de 400 utentes do Serviço Nacional de Saúde, de norte a sul do País”.
T rofa apresenta uma taxa de incidência de 1424 casos por 100 mil habitantes de janeiro. Face a estes registos, a Trofa está, novamente, na lista dos concelhos com risco extremo, o mais elevado, o que implica esforços redobrados de proteção por parte da popula-
ção. Ainda assim, apesar das medidas impostas pelo novo confinamento geral, agravadas com o encerramento das escolas na passada sexta-feira, o movimento nas ruas é muito maior do que o verificado
no primeiro Estado de Emergência. Nos concelhos vizinhos, a situação não está melhor. Assim como a Trofa, Vila Nova de Famalicão contribuiu para a percentagem de 70 por cento dos municípios portugueses em risco extremo. Neste, registaram-se 2281 novos infetados, de 12 a 25 de janeiro, numa taxa de incidência de 1732 casos por 100 mil habitantes. Já em Santo Tirso, foram contabilizados 952 novos casos (taxa de incidência de 1399/100 mil), registando, porém, uma queda de novos casos, na ordem dos 16 por cento, na última semana analisada. No concelho de Vila do Conde, testaram positivo à Covid-19 1478 pessoas, numa taxa de incidência de 1850/100 mil. Na Maia, houve 1385 novos casos (taxa de incidência de 997/100 mil). E como nunca é demais lembrar, estamos em novo Estado de Emergência, em que as regras gerais passam por ficar em casa, a não ser sair para trabalhar, fazer compras ou para tratar de algo urgente, limitar os contactos ao agregado familiar, usar máscara de pro-
teção, manter o distanciamento físico, lavar as mãos e cumprir etiqueta respiratória. Entre as medidas aprovadas recentemente, está a proibição de vendas ao postigo nas lojas do ramo não alimentar e de bebidas, incluindo café, nos estabelecimentos do ramo alimentar vão ser proibidas, mesmo nos que estão autorizados a vender em ‘take-away’. Quanto aos estabelecimentos cuja atividade não está suspensa, o Governo reajustou os horários, determinando que podem funcionar até às 20h00 durante a semana e até às 13h00 ao fim de semana, exceto supermercados, que podem funcionar até às 17h00. Ao fim de semana, é ainda proibido a circulação entre concelhos, salvo para deslocações de trabalho ou situações de emergência. O primeiro-ministro, António Costa, adiantou que as regras delineadas “vão ser acompanhadas pelo reforço da fiscalização” por parte das autoridades e das forças de segurança, a quem foi dada indicação de maior visibilidade na via pública.
Eventos cancelados até 31 de março Num comunicado em que enumera as medidas para o novo Estado de Emergência, no qual o Governo determinou novo período de confinamento, a Câmara Municipal da Trofa anunciou que “não realizará atividade ou evento municipal até ao próximo dia 31 de março”. Os equipamentos municipais, nomeadamente a Casa da Cultura, o Centro Comunitário Municipal, o Aquaplace, a Antiga Estação da Trofa e a Loja de Turismo estão encerrados. Também se mantêm sem funcionar os parques infantis e casas de banho públicas. As atividades nos pavilhões desportivos geridos pela autarquia, na EB 2/3 Prof. Napoleão Sousa Marques e Escola Básica e Secundária do Coronado e Castro serão suspensas, “salvo para a prática de atividade física e desportiva permitida nos termos do artigo 34.º do Decreto n.º 3-A/2021, de 14 de janeiro e atividades desportivas escolares”. As feiras semanais da Trofa e S. Mamede do Coronado podem continuar a funcionar, apenas com a venda de bens alimentares e “desde que cumpridas as regras esta-
belecidas na legislação em vigor”. Quanto aos outros serviços públicos, funcionam com atendimento presencial, desde que feita a marcação, “por via telefónica e eletrónica, através dos seguintes contactos: 252409290; geral@ mun-trofa.pt, eBalcao https://ebalcao.mun-trofa.pt/”. Também o atendimento presencial nos Espaços do Cidadão do concelho passará a ser efetuado por marcação, por via telefónica e eletrónica, através do contacto telefónico 252409290 ou do email geral@mun-trofa.pt. Parque das Azenhas fechado e proibido permanecer no Parque Sra das Dores e Alameda A Câmara Municipal da Trofa anunciou novas medidas restritivas no âmbito do plano de contenção da pandemia de Covid-19. Entre elas está o encerramento do Parque das Azenhas e a proibição de permanência no Parque Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro e Alameda da Estação, que passam a ser passam a ser “espaços, exclusivamente, de mera passagem”.
arquivo
Os dados mais recentes da Administração Regional de Saúde do Norte, referentes ao período de 12 a 25 de janeiro, dão conta de que foram registados 547 casos no concelho, refletidos numa taxa de incidência de 1424 casos por 100 mil habitantes. Na semana de 19 a 25 de janeiro, foram contabilizados 303 infetados, mais 24 por cento que os casos contabilizados de 12 a 18 de janeiro. Esta terça-feira, o Jornal de Negócios atualizou a lista do número de pessoas já infetadas pelo novo coronavírus desde o início da pandemia. A Trofa, segundo os dados disponibilizados, conta com mais de 8 por cento da população já infetada – 8,34 por cento -, o que corresponde a 3203 pessoas que já contraíram a Covid-19 até 18 de janeiro. Tendo em conta os dados mais recentes da ARSN, a este número devem ser acrescentados os 303 casos registados de 19 a 25
foto: prostooleh
O concelho da Trofa está, de novo, entre os concelhos com mais risco de contágio da doença da Covid-19. CÁTIA VELOSO
Parque das A zenhas foi, de novo, encerrado No comunicado lançado esta manhã, a autarquia faz saber ainda que determinou “o encerramento do court de ténis e da pista de atletismo da EB2/3 Prof. Napoleão Sousa Marques e da EB2/3 de S. Romão do Coronado, salvo para a prática de atividade física e desportiva permitida nos termos do artigo 34.º do Decreto n.º 3-A/2021, de 14 de janeiro, na sua redação atual, e atividades desportivas escolares”. “A estas medidas acrescem as que já estão em vigor desde março de 2020, que determinaram que todos os equipamentos públicos para a prática desportiva, todas as
casas de banho públicas, todos os bancos de jardim e todos os parques infantis municipais encontram-se encerrados”, acrescentou a edilidade. Não há Feira Anual este ano A confirmação foi dada ao NT pelo presidente da Junta de Freguesia de Bougado: este ano, não há Feira Anual. Aquela que é uma das maiores feiras agropecuárias não se realizará, em virtude da situação pandémica. “Infelizmente, tem de ser assim. Mas acima de tudo, temos de zelar pela segurança da nossa população”, referiu Luís Paulo. C.V.
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O NOTÍCIAS DA TROFA
28 de janeiro de 2021
Atualidade
Marcelo reforça votos no concelho
R esultados globais no concelho da T rofa
Eleições decorreram no domingo, 24 de janeiro, num contexto atípico, marcado pelas regras de segurança e higiene apertadas, devido à pandemia de Covid-19. Marcelo foi o mais votado e André Ventura só superou Ana Gomes em Covelas. CÁTIA VELOSO
Marcelo Rebelo de Sousa venceu a votação das Eleições Presidenciais no concelho da Trofa. O presidente candidato obteve 65,59 por cento dos votos dos eleitores trofenses, vencendo em todas as freguesias, como aconteceu no sufrágio de 2016. Desta vez, conseguiu ainda mais votos: enquanto na primeira eleição, arrecadou 9697 votos no concelho, este ano conseguiu 9967, ou seja, quase mais três por cento. Por freguesias, a maior percentagem de votação de Marcelo Rebelo de Sousa foi conseguida na União de Freguesias de Alvarelhos e Guidões (69,79 por cento) e a menor no Coronado (64,30 por cento). Ana Gomes ficou em 2.º lugar no concelho, com 12,35 por cento, ou seja, 1876 votos. A candidata independente foi a segunda mais votada nas freguesias de Alvarelhos e Guidões, Bougado, Muro e Coronado, esta última onde obteve a maior percentagem de votos (13,32 por cento). Já André Ventura foi o 3.º mais
votado na Trofa, com 9,32 por cento dos votos (1416), tendo conseguido o 2.º lugar na freguesia de Covelas, onde obteve 11,15 por cento dos votos. A partir daqui, a votação no concelho difere com o total nacional. Vitorino Silva, o candidato menos votado em Portugal, conseguiu o 4.º lugar na Trofa, 650 votos (4,28 por cento), estando perto de duplicar os que foram conseguidos por João Ferreira, o candidato apoiado pelo PCP, que no concelho foi o menos votado, com 2,28 por cento. Tiago Mayan Gonçalves conseguiu o 5.º lugar, com 3,18 por cento (483), à frente de Marisa Matias, com 3,01 por cento. Marisa Matias e Tino de Rans perdem votos Relativamente às Eleições Presidenciais de 2016, há a destacar a descida abrupta de Marisa Matias, então 3.ª mais votada. A candidata apoiada pelo Bloco de Esquerda conseguiu, há cinco anos, 1325 votos no concelho da Trofa, mas este ano foi apenas escolha de 457 votantes. Também Vitorino Silva, conhecido por Tino de Rans, ainda que mantivesse o 4.º lugar nas votações, teve menos votos: de 951 em 2016 para 650 em 2021. Quanto a André Ventura, não dá para fazer comparações entre as mesmas eleições, já que se estreou, este ano, nas Presidenciais, mas, se considerarmos as Elei-
ções Legislativas, nas quais foi a face do Chega, dá para percecionar um crescimento brutal no concelho da Trofa. Em 2019, o partido da direita radical conseguiu, na Trofa, 99 votos. Nestas eleições, foi votado por 1416 trofenses.
Abstenção Na Trofa, dos 33.842 eleitores votaram 15.570. Em percentagem, estamos a falar de uma abstenção de 53,99 por cento, ligeiramente abaixo da média nacional (54,55 por cento), mas acima da registada no concelho nas Presidenciais de 2016. Nesse ano, a percentagem de eleitores que não foram votar foi de 48,65 por cento. A freguesia do Coronado foi a que registou maior percentagem de abstenção no ato eleitoral de domingo: 56,56 por cento. Em contraponto, o Muro foi a freguesia com menor abstenção: 50,4 por cento. Estes dados acabam por contrastar com atos eleitorais passados, usados pela população para se manifestarem contra a vinda do Metro até Trofa. Em 2016, mesmo sem boicote organizado, apenas 37 pessoas foram votar. Nessa eleição, Marcelo foi o vencedor na freguesia, com apenas 24 votos. No domingo, conseguiu 529 votos.
CARTÓRIO NOTARIAL DA TROFA Extrato Notarial de Escritura de Justificação Certifico que por escritura de Justificação’, outorgada no dia 1201-2021, neste Cartorio Notarial da Trofa, sito na Rua D. Pedro V, n° 527, freguesia de Bougado (São Martinho e Santiago), concelho da Trofa, exarada no Livro de Escrituras N 37-E, a folhas 104 e seguintes, perante mim respetivo Notário, Tomas Machado Lima de Sousa Rio, compareceram como Outorgantes. Luís Paulo Ferreira de Sousa, casado, natural da freguesia de Bougado (São Martinho), concelho de Santo Tirso; e José António Torres Barbosa, casado, natural da freguesia de Bougado (São Martinho), concelho de Santo Tirso; ambos com domicílio profissional na Av. Paradela, n° 248, na união de freguesias de Bougado (São Martinho e Santiago), concelho da Trofa queoutorgam nas invocadas qualidades de Presidente e Tesoureiro respetivamente,em nome e representação da Junta de Freguesia da UNIÃO DE FREGUESIAS DE BOUGADO (SÃO MARTINHO E SANTIAGO), concelho da Trofa, NIPC xxxxxxxxx, com sede na Av. Paradela, n° 248, na união de freguesias de Bougado (São Martinho e Santiago), concelho da Trofa. E declararam, nas invocadas qualidades, que a U N I ÃO E F R E GU E S I A S DE BOUGA DO ( S ÃO M A R T I N HO E S A N T I AGO), su a representad a , é don a e leg iti m a pos su ido ra, com exclusão de outrem, do Prédio Urbano, omisso na Conservatória do Registo Predial da Trofa, composto por Cemitério de Santiago do Bougado, sito na Rua Padre Adélio Araújo, n° 99, na UNIÃO DA FREGUESIAS DE BOUGADO (SÃO MARTINHO E SANTIAGO), concelho da Trofa, com a área de 5.703m2, a confrontar do Norte com Residência Paroquial e do Sul, Nascente e Poente com Caminho Público; e inscrito na matriz sob o Artigo 9948. Que pela presente escritura a UNIÃO DE FREGUESIAS DE BOUGADO (SÃO MARTINHO E SANTIAGO), vem justificar a aquisição do imóvel atrás identificado, que não está registada a seu favor. Que não é detentora de qualquer título formal que legitime o domínio do mencionado imóvel, que veio à posse da Junta de Freguesia de Santiago do Bougado por doação meramente verbal da Paróquia de Santiago do Bougado, efetuada em tempos memoriais, certamente há mais de 80 anos, nunca tendo formalizado o respetivo contrato por escritura; sendo que no ano de dois mil e treze a freguesia de Santiago do Bougado agregou-se com a de São Martinho do Bougado. Que há mais de 80 anos, que a freguesia entrou na posse, e de imediato ocupou e passou a usufruir do imóvel, vedando-o, mantendo-o, vigiando-o, tratando da sua conservação e limpeza, efetuando benfeitorias, obras de manutenção e melhoramentos, limpando-o sempre que necessário, isto é, gozando de todas as suas utilidades e benefícios por ele proporcionadas; sempre administrando-o como conhecimento de toda a gente, sem qualquer interrupção, sem oposição de quem quer que seja, e com o ânimo de quem exerce direito próprio, ou seja, exercendo essa mesma posse de forma pública, continua, pacifica, e de boa-fé. Que dadas as características de tal posse, a UNIÃO DE FREGUESIAS DE BOUGADO (SÃO MARTINHO E SANTIAGO), invoca aquisição do imóvel por usucapião, justificando o seu direito de propriedade, para efeitos de primeira inscrição na Conservatória do Registo Predial da Trofa, dado que esta forma de aquisição não pode ser comprovada por qualquer outro título formal extrajudicial. Cartório Notarial da Trofa, 12-01-2021 O Notário, Tomás Machado Lima de Sousa Rio
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28 de janeiro de 2021
O NOTÍCIAS DA TROFA
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Atualidade
Trofa com 1252 desempregados em dezembro A pandemia veio agravar o desemprego no País e a Trofa não passou ao lado das contrariedades. Depois de ter registado um dos maiores aumentos na região, o concelho viu o número de pessoas sem emprego atenuar. Através dos dados disponibilizados pelo IEFP, é possível perceber que os jovens foram os mais afetados. CÁTIA VELOSO
D epoi s de te r reg i stado a maior subida da região, a Trofa viu a curva do desemprego descer desde agosto. Em dezembro, estavam inscritas no centro de emprego 1252 pessoas, o que representa um crescimento de 24,3 por cento, quando comparado com o mês de fevereiro, que apresentou o número mais baixo entre os registos disponíveis no site do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP): 1007. Do número total de desempregados no concelho da Trofa, em dezembro, 66 por cento estavam inscritos no centro de emprego há menos de um ano. A mesma percentagem aplica-se para o número de mulheres sem emprego: dos 1252 desempregados no último mês de 2020, 831 eram do sexo feminino. No concelho, a faixa etária mais afetada com o aumento do desemprego foi a inferior a 25 anos, que galgou quase 71 por cento, de 86 desempregados, em fevereiro, para 147, em dezembro. Seguiu-se a dos 25 aos 34 anos, com uma subida de 46,7 por cento, e a dos 35 aos 54, com um crescimento de 29,7 por cento.
O ag rav a mento do desem prego entre os mais jovens está, igualmente, refletida nos números distribuídos por níveis de ensino: o crescimento de desempregados com o ensino secundário subiu 76,6 por cento. Estes estavam, em fevereiro, em pé de igualdade com os desempregados com apenas o 1.º ciclo concluído, que, em dezembro, apenas cresceram dois por cento. Relativamente ao mês homólogo de 2019, dezembro registou um aumento do desemprego de
quase dez por cento. A nível regional, subidas acima dos 24 por cento entre fevereiro e dezembro verificam-se nos concelhos da Maia, com um crescimento do número de pessoas sem emprego de 46,6 por cento, Vila do Conde, com uma subida de 33,8 por cento e Vila Nova de Gaia, com mais 31,3 por cento. Seguem-se Vila Nova de Famalicão (30,6 por cento), Matosinhos (30,5 por cento), Gondomar (28,1 por cento) e Porto (26,4 por cento). Póvoa de Varzim re-
Gráfico mostra a evolução do desemprego na T rofa e nos concelhos vizinhos durante o ano 2020
Cruz Vermelha doou 260 mil alimentos Em 2020, a delegação da Trofa da Cruz Vermelha Portuguesa doou quase 260 mil bens alimentares à população mais vulnerável do concelho. Os números, divulgados pela instituição, refletem o aumento dos pedidos de ajuda num período, especialmente, difícil devido à pandemia de Covid-19. Nos excedentes alimentares, por exemplo, em 2019, foram doados 1276, enquanto no ano passado foram doados 61.200, num aumento de quase 4700 por cento. Esta resposta social chegou a “6800 pessoas”, refere a delegação.
gistou um aumento de desempre- agravou-se muito em maio, quangados na ordem dos 22 por cento, do a subida do desemprego foi Valongo contava, em dezembro, mais significativa: quase 70 por com mais 20,4 por cento de pes- cento de crescimento de pessoas soas inscritas no centro de em- inscritas no centro de emprego, prego, relativamente a feverei- quando comparado com o mês ro, e Braga teve um crescimen- de fevereiro. Isto quer dizer que, em três meses, quase 700 pesto de 17,6 por cento. Os concelhos da região com soas ficaram desempregadas. Depois, a tendência inverteumenor crescimento da taxa de desemprego foram Guimarães - se, ligeiramente, até agosto, (14,2 por cento), Barcelos (11,6 mês que registou um novo aupor cento) e Santo Tirso (8,6 por mento do número de desempregados (1527). Seguiu-se nova cento). Com a pandemia, a situação descida até ao fim do ano.
Aumentaram também os apoios de emergência alimentar: 18.241 bens doados, que chegaram a 798 pessoas, bem mais do que os 11.451 alimentos entregues, em 2019, a 453 pessoas. O frigorífico solidário, existente no Muro e no Coronado, também contou com mais 50% dos alimentos durante o ano 2020, com a colocação de 21.138 bens. O que também subiu muito foi o apoio ao nível dos medicamentos: enquanto, em 2019, a Cruz Vermelha, concretizou 200 apoios nesta área, em 2020, o número de doações foi de 410.
Por outro lado, verificou-se uma redução do número de refeições oferecidas através da cantina social, devido ao período de confinamento: confecionaram-se 4597 refeições em 2020, menos 1299 que no ano anterior. Já no que respeita ao Programa Operacional de Apoio às Pessoas Mais Carenciadas, também se verificou uma diminuição de bens alimentares doados: 157.780 em 2020, menos sete por cento que em 2019. No total de apoios alimentares, a Cruz Vermelha refere ter chegado a 8048 pessoas. C.V.
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O NOTÍCIAS DA TROFA
28 de janeiro de 2021
Entrevista Novo presidente da AEBA, Alexandre Teixeira
“É muito importante que as empresas pensem bem o seu modelo de negócio” Está ligado à Associação Empresarial do Baixo Ave (AEBA) quase desde a sua fundação e assumiu funções de vice-presidente e membro do conselho consultivo até chegar à presidência da direção. Alexandre Teixeira, licenciado em Arquitetura e responsável pela empresa de construção civil Manuel Alexandre, Teixeira & Mendonça, Lda, fundada pelo pai na década de 80, assumiu o desafio em plena pandemia, que afetou as empresas, algumas, irremediavelmente. Em entrevista ao NT, o novo presidente da AEBA falou da importância das empresas repensarem os modelos de negócio e modernizarem-se e defendeu que os municípios da região deviam alinhar numa “aliança estratégica”. CÁTIA VELOSO O Notícias da Trofa (NT): Porque decidiu assumir a presidência da AEBA? Alexandre Teixeira (AT): Antes de mais, aproveito para desejar a todos os leitores um bom ano, com muita saúde, muitas alegrias e muitos sucessos. O ano de 2020 foi muito exigente... difícil... e 2021 será, seguramente, um ano também com muitos desafios e é preciso que estejamos todos preparados para resistir e superar as dificuldades que já temos e as que vão surgir... Respondendo concretamente à questão, eu candidatei-me porque fui desafiado… Entrei para a direção da AEBA em 2004, concretamente a 3 de fevereiro, no segundo mandato da Associação (fundada em 2000), ou seja, fiz parte da primeira lista candidata aos órgãos
A lexandre T eixeira foi eleito presidente da AEBA para o mandato 2020/2023 sociais depois da sua fundação. Desde essa data e até 2017, fui vice-presidente da direção, primeiro liderada pelo Sr. Manuel Pontes e depois pelo Eng. José Manuel Fernandes. Em 2017, passei com o Dr. Luís Portela para o Conselho Consultivo e agora, em 2020, os sócios confiaram-me a liderança da Associação e sou presidente da direção, enquanto sentir que posso acrescentar valor, enquanto sentir que sou acompanhado pelos empresários da nossa Região e enquanto sentir que somos capazes de fazer crescer este projeto associativo. Decidi assumir este desafio porque há um conjunto de empresários que se disponibilizaram para constituir a equipa/lista comigo, os quais têm grande credibilidade, reputação e dimensão empresarial (independentemente da dimensão das suas empresas). No conjunto
de todas as empresas que constituem os órgãos sociais da AEBA, representamos muita produção interna, muitas exportações, muitas pessoas, ou seja, assumimos uma grande responsabilidade regional. Em conjunto, representamos mais de dois mil milhões de euros de faturação e mais de 30.000 pessoas ao serviço. Em conjunto, temos a ambição de ajudar a crescer esta associação, mantendo a linha do apoio às empresas. Iremos reforçar os serviços e os apoios, sobretudo o apoio técnico aos empresários… O nosso compromisso é manter e reforçar a atividade da associação ao serviço das empresas. NT: Assume a presidência da AEBA num contexto difícil para as empresas, devido à pandemia de Covid-19. Que desafios atravessam as organizações associadas da AEBA, neste momento? Quais os setores que têm reportado maiores dificuldades em resistir à contração económica? AT: As empresas associadas atravessam grandes desafios, de facto. Um primeiro é, desde logo, a “sobrevivência”. As empresas que estavam mais débeis, estão hoje a passar por grandes dificuldades, esta situação é transversal e independente do setor económico em que operam. Um outro desafio, e que é também uma oportunidade, é acelerar o processo de adaptação à nova realidade socioeconómica em que os processos de digitalização assumem especial relevância. É, de facto, muito impor-
tante que as empresas pensem bem o seu modelo de negócio, a forma de atuar no mercado, que se foquem na eficiência e na eficácia. Dada a imprevisibilidade e a instabilidade atual é muito importante que as empresas consigam otimizar e flexibilizar as suas estruturas e que percebam que algumas das mudanças que se verificaram de forma abrupta, serão permanentes e as empresas e as organizações terão de se ajustar. Os setores com maiores dificuldades atuais são o Comércio, a Restauração e a Hotelaria e os Serviços, sobretudo os que têm conexão com o Turismo, como são as agências de viagens e a organização de eventos. NT: Tem a relação das empresas do concelho/associadas que tiveram de encerrar desde o início da pandemia? AT: Na AEBA temos identificadas as empresas associadas que tiveram que encerrar/suspender a sua atividade por causa da pandemia, não temos identificadas as que encerraram atividade de forma definitiva. Até este segundo confinamento obrigatório, a generalidade das empresas resistiram na esperança de conseguirem superar os resultados negativos iniciados no segundo trimestre de 2020. O Comércio a retalho, a Restauração e a Hotelaria foram os primeiros setores a sofrer e os que tiveram maior impacto negativo, mas com as vendas em consumo final a reduzir tão drasticamente, todos os setores irão ter de ajustar e irão
absorver este impacto, ainda que de forma mais gradual, desde a indústria têxtil de vestuário e calçado ao automóvel ou à maquinaria… Um dos setores que tem mantido uma atividade constante é a construção, mas é sabido que a construção é sempre dos últimos setores a entrar em crise e é também dos últimos a entrar em retoma… teremos de ser muito objetivos nas decisões de gestão para superar esta crise, esta recessão, que em alguns casos trará novas formas e novos comportamentos. Como já referi, é fundamental que as empresas pensem e atualizem os seus modelos de negócios e incluam todas as formas e instrumentos para tornar as estruturas eficientes e o mais flexíveis possível. NT: Quais os objetivos que traçou para o seu mandato? AT: Tal como consta do nosso programa eleitoral, esta candidatura propôs-se mobilizar as empresas para os ajustamentos estratégicos que urgem, tendo em conta a realidade e a evolução mundial, dentro do espírito de cooperação e partilha dos conhecimentos e das experiências empresariais, dando continuidade às orientações seguidas nos mandatos anteriores. Os objetivos a que nos propusemos e que foram aprovados por unanimidade da Assembleia Eleitoral são aumentar a representatividade da AEBA na Região e no País, contribuir e defender a concretização de uma cúpula agregadora de todo o movimento associativo empresarial através da presença em iniciativas ou órgãos como o CSA da AEP e promover a elaboração e a divulgação de informação e análise económica e de conjuntura regional em cooperação com os poderes regionais autárquicos. Também iremos trabalhar para valorizar a dimensão internacional exportadora das empresas associadas e criar condições de melhoria dos apoios para esse fim, assim como pretendemos reforçar e aumentar a base de apoio às empresas associadas, reforçar os programas de formação na AEBA, sobretudo sob a forma inter-empresarial, com empresas em estágios de desenvolvimento próximos e com desafios comuns. A criação da informação digital para as empresas sobre fiscalida-
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de, economia e artigos técnicos, promoção e divulgação das empresas associadas junto dos mercados e divulgação tecnológica, da cooperação e de oportunidades de subcontratação com fomento de serviços também está entre os nossos objetivos. O processo eleitoral mandatou esta direção da AEBA para centrar a sua atividade em torno destas grandes linhas de ação, as quais reforçarão a representação institucional da AEBA e o seu papel junto dos diversos organismos, sempre na defesa dos interesses de todas as suas associadas para, assim, contribuir para o desenvolvimento económico, quer da região, quer do país. NT: Há assuntos que permanecem por resolver na Trofa e que condicionam a progressão económica do concelho, nomeadamente a vinda do metro e a variante à EN14, com a construção da nova ponte sobre o Rio Ave. Considera que a Trofa é desconsiderada pelos decisores políticos? Ou é a Trofa que não tem peso suficiente para fazer valer as suas pretensões? AT: A Trofa é um concelho que se afirma pela capacidade económica instalada, pela capacidade/competências das pessoas e pela sua localização geográfica. Todos sabemos que estas capacidades poderiam ser potenciadas, podiam ser muito mais relevantes e expressivas se a acessibilidade e a mobilidade nesta região fosse melhorada. Se todos sabemos esta verdade e não fomos capazes de mobilizar uma solução ao nível das nossas necessidades, que promova a eficiência das empresas, a defesa do ambiente, a qualidade de vida dos que cá vivem e dos que cá trabalham, todos falhamos! Os pais e as mães ficam nas filas de trânsito o tempo que poderiam estar com a família, os recursos humanos das empresas ficam nas filas de trânsito o tempo que poderiam estar a produzir nas empresas… os gases e a poluição acumulam-se na atmosfera que respiramos… os euros evaporam-se no combustível queimado desnecessário… Imaginemos o que seria viver nesta região sem problemas de acessibilidades nem de mobilidade… em que os transportes públicos fossem adequados às necessidades destas populações… imaginemos quanto não se produziria a mais… imaginemos a qualidade de vida que as famílias teriam… A variante à EN14, a construção da nova ponte sobre o Rio Ave e outras obras de acessibilidade
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Entrevista
Dirigente reconhece tempos desafiantes para as empresas foi e é a visão dos empresários e são importantes, sem dúvida, mas a par com essas preocupações de- foi esta a razão porque há quase 21 ver-se-á dar prioridade máxima à anos um conjunto de empresários integração de uma rede de trans- Trofenses fundaram a AEBA e não portes públicos confortáveis e uma associação concelhia. Definição político-estratégica? acessíveis que, efetivamente, venham a retirar veículos das estra- A falta de recursos, nomeadamendas. Imaginemos o que seria se as te a falta de recursos financeiros principais empregadoras da cida- do Município da Trofa condiciona de da Trofa (PREH, FREZITE, INA- todo o desenvolvimento socioePAL METAL, BRASMAR, META- conómico do concelho e o sucesLOGALVA, EURICO FERREIRA...) so de qualquer definição políticopudessem ser servidas por uma -estratégica. rede confortável de transportes NT: Quais as decisões e medipúblicos. Já foram anunciadas soluções a este nível, mas ainda não das estratégicas que implemennos apercebemos de concretiza- taria ao nível municipal para ções. O Metro a chegar à Trofa, ou atrair investimento e investidoa passar pela Trofa até aos conce- res para a Trofa? AT: A Trofa, assim como toda lhos vizinhos (solução que deveria mobilizar a Região), só terá suces- esta região, tem características so se se conseguir criar uma rede muito interessantes para a captacoordenada de transportes públi- ção de investimento e de invescos. Esta deveria ser, em nossa tidores. Quem anda pelo mundo, opinião, uma prioridade também quem investe pelo mundo fora, e com essa solução de transportes tem essa perceção muito nítida. A públicos, a concretizar-se antes da experiência das empresas exporchegada do Metro, já se poderá tadoras e dos grupos internaciorecolher e analisar os novos per- nais com origem na Trofa é muito fis de trânsito e desta forma "ajus- interessante e permite perceber tar" e justificar o investimento pú- que, de facto, estamos ao nível do blico, nomeadamente conseguir- melhor que se faz no mundo. Esta-se-á perceber melhor os benefí- mos ao nível dos melhores do muncios ambientais que uma solução do, e estou a ser modesto, pois todos sabemos que em muitas emdessas poderá aportar. presas, organizações e áreas teNT: Falta na Trofa uma defini- mos os melhores do mundo. Estação político-estratégica para li- mos no topo: na indústria, na logísderar e fazer o concelho singrar tica, no comércio, na gestão, nas em termos económicos este mu- tecnologias de informação e comunicação, na saúde, no futebol… nicípio? AT: Penso que uma aliança es- temos os melhores operadores, tetratégica entre os Municípios desta mos os melhores profissionais. Soregião, nomeadamente entre Tro- mos um povo hospitaleiro que gosfa, Santo Tirso, Famalicão, Vila do ta de criar relações, falamos várias Conde e Maia beneficiaria toda línguas… Temos uma gastronomia esta região e todos os munícipes excelente. Temos vias de comunisairiam beneficiados. Os municí- cação e comunicações excelentes, pios não são ilhas autónomas, pen- somos muito amigos das tecnoloso que ter hoje em dia a visão da gias… temos um clima fantástico. afirmação municipal individual é Ou seja, temos muito boas condicada vez menos viável. O desen- ções para atrair pessoas, pensavolvimento económico é gerado mos que o que mais condiciona a de forma “supra municipal”, esta captação e a retenção de pessoas
e de empresas é a carga fiscal para habitação e a par com tudo isto requadros e empresas e a teia buro- forçaria a comunicação e a publicrática de obrigações das pessoas cidade das características mais e das empresas. Lembremos as distintivas deste concelho e des4000 taxas a que o tecido empre- ta região. Também aqui o Municísarial está sujeito… é impensável pio está a dar passos mas é precie se a essa carga fiscal juntarmos so que os privados criem soluções a instabilidade fiscal, a situação competitivas e criativas, coordeagrava-se. Todos os dias mudam- nados com a estratégia do Muni-se regras… esta situação deve cípio e da Região. acabar rapidamente para que as NT: Quais os setores que inteempresas e os empresários se conressam ter a criar valor econócentrem nos seus negócios. O País, o Governo de Portugal mico no concelho? AT: Há uma lição que se retira tem de tomar medidas. É imprescindível que Portugal caminhe do nosso tecido empresarial: “não para uma carga fiscal próxima da há bons ou maus projetos, depenmédia Europeia, se possível abai- de de quem está por trás”... ou seja xo, para que o nosso país possa/ a qualidade dos empresários, da consiga manter investidores Na- sua gestão, da sua visão, faz toda cionais e Estrangeiros. A perda de a diferença, pois a capacidade de competitividade futura pode ser "ver para além do obvio" está fora crítica para a nossa economia e dos livros de gestão. Por isso eu dipara o equilíbrio socioeconómico ria que mais do que escolher setodo nosso país. É uma questão Na- res, é importante escolher os mecional, a Trofa não consegue por lhores empreendedores (empresários e colaboradores), e nesse si só alterar o contexto nacional. Ao nível concelhio, e do conce- campo a Trofa será um concelho lho da Trofa em particular, as me- em que a capacidade empreendidas mais imediatas passariam dedora mais se afirmou nos últipor baixar a carga fiscal, ou seja mos anos. Veja-se o crescimententaria baixar todos os impostos to de algumas empresas que dee taxas municipais possíveis. A ram origem a grupos empresaCâmara Municipal da Trofa já co- riais de origem Trofense como é meçou a intervir a este nível, mas o caso da SANER, da METALOpensamos que ainda há um longo GALVA, da PROEF, da FREZITE, do TROFASAÚDE, da TRIFITROFA, caminho a percorrer. Para complementar a captação da FALUAL e de outras empresas de investimento e de projetos de que cá se instalaram e cresceram, elevado valor acrescentado, pro- como é o caso da PREH, da BIAL, moveria a instalação de centros da INAPAL METAL, da PLASTIRSO tecnológicos ligados às tecnolo- e de muitas outras com crescimengias de informação e comunicação, tos notáveis sobretudo na área da bem como a instalação de centros metalomecânica, mas também no de investigação ligados à saúde setor têxtil, nos plásticos ou nos pois estas estruturas arrastam e serviços. geram a criação de empresas de Independentemente do setor, alto valor acrescentado e de pes- interessará ter empresas que gesoas com elevados níveis de quali- rem alto valor acrescentado, mesficação e por conseguinte, de ele- mo sendo empresas que se posivados rendimentos. cionem entre os setores ditos mais Dentro das possibilidades le- tradicionais e naturalmente as emgais e das estratégias mais atuais presas que se posicionem nos sede planeamento urbano tentaria tores mais tecnológicos e que vapromover a criação de espaços lorizem, por isso, os melhores rede acolhimento empresarial mo- cursos da nossa região. dernos e de futuro bem como de pub
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28 de janeiro de 2021
Atualidade
Faleceu o Comendador que lutou por uma Trofa melhor José da Costa Pereira Serra, conhecido como Comendador J. Serra, e uma das personalidades ligadas ao desenvolvimento da Trofa, faleceu na manhã de 20 de janeiro, aos 91 anos. CÁTIA VELOSO É uma das personalidades mais marcantes da história mais recente do concelho da Trofa, tendo deixado um legado social e patrimonial de que poucos se podem orgulhar. E isso mesmo ficou vincado nas mensagens de despedida de trofenses, e não só, ilustres e anónimos, porque, de facto, a sua obra foi visível e reconhecida pela população. José da Costa Pereira Serra partiu a 20 de janeiro, mas, para sempre, permanecerá como elemento vivo na memória coletiva da Trofa. E não fosse a ingratidão de uma pandemia, que nos obriga ao confinamento, e, certamente, a Igreja Nova de S. Martinho de Bougado seria pequena para albergar todos aqueles que o iriam homenagear na última despedida, nas cerimónias fúnebres, que aconteceram a 21 de janeiro. Nascido em Mosteirô, S. Martinho de Bougado, foi ali que o Comendador J. Serra “assentou arraiais”. A partir daí, construiu um legado cívico assinalável. São-lhe reconhecidas centenas, senão mesmo milhares, de obras: ruas que construiu, casas de habitação (Cidade Nova, Mosteirô, Nova Trofa, Nova Abelheira) e muitos outros polos habitacionais que mandou erigir para possibilitar que todos pudessem ter um teto para viver, os empregos que criou e o Colégio Nossa Senhora das Dores do qual foi fundador. Foi presidente de Junta e Regedor e sempre foi conhecida a sua postura “intervencionista”. Numa mensagem pública, a Junta de Freguesia de Bougado sublinhou, acerca de José Serra, o “legado que se traduz numa desinteressada e genuína dedicação à sua terra”. “Numa atitude inquieta e interventiva, com a qual nos identificamos completamente, o senhor Comendador J. Serra quis sempre mais para a Trofa, quis posicionar-nos e mostrar-nos quão importantes fomos e somos, sendo, para além de empresário de sucesso, benemérito e patrono de várias instituições trofenses, também um insigne autarca trofense. Tudo o que possamos fazer será escasso para lhe prestar a devida homenagem. Ficará a recordação da sua força e do seu exemplo”, escreveu a autarquia presidida por Luís Paulo. Foi sócio fundador do Hospital da Trofa, da Santa Casa da Misericórdia da Trofa, apoiou o Hospital de Santo Tirso, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Trofa e a “menina dos seus olhos” – a Banda de Música da Trofa. Acerca da partida deste benemérito, o presidente da Banda, Luís Campos, deixou o agradecimento pelo apoio constante. “Foi para
Comendador J. Serra um homem de uma desinteressada e genuína dedicação à T rofa a nossa Banda um pai, um amigo, um amparo... muito mais que tudo isto foi um dos fundadores, um impulsionador e um visionário no que se tornariam agora as Bandas Filarmónicas. Desde sempre a Banda de Música da Trofa foi conhecida e conceituada. Estaremos eternamente gratos ao Comendador J. Serra por tudo o que fez pela nossa Banda”, escreveu. Criou, em 1975, o “Jornal Voz da Trofa” para que “este órgão de comunicação social espalhasse por toda a parte a defesa dos anseios da Trofa e suas gentes”. Foi a 9 de maio de 1997 que o então Presidente da República, Jorge Sampaio, atribuiu a Comenda de Ordem de Mérito a J. Serra. Entre as dezenas de mensagens públicas de homenagem, há de muitos trofenses que tiveram oportunidade de contactar com o comendador. E não precisava de ser durante muito tempo para que José Serra deixasse a sua marca. “Com ele só falei na minha vida três vezes: no fecho do Voz da Trofa, quando o conduzi ao Porto para o funeral de Domingos José de Almeida e, quando na preparação do ‘Lembras-te José’, precisei de algumas confirmações de algumas histórias de que ele era conhecedor. Também com ele fui fundador da AEBA, coisa pouca para tanta admiração que para com ele tinha. Foi um homem destemido na construção desta freguesia, depois vila, depois cidade depois concelho”, referiu David Ferreira, que reconhece a postura destemida de uma figura que “enfrentava as dificuldades da sua própria vida, assim como as de uma freguesia sem ruas empedradas, sem passeios, sem luz pública, sem água, sem nada”. “Enriqueceu-nos com a sua menina querida, a Banda de Música da Trofa. Não
era somente ele, eram muitos que, muitas vezes contrariados, porque, entusias-
ta, possessivo para muitos, até arrogante, lhe seguiam os passos, porque nele confiavam. Porque, desde que passamos a concelho, ‘passamos’ também as responsabilidades do feito ou do não feito para as câmaras, presto as minhas homenagens ao Comendador e a todos os Homens que com ele ou com outras iniciativas fizeram da Trofa, a Trofa de hoje”. Fervoroso devoto de Nossa Senhora das Dores, foi a ela que o Comendador J. Serra se agarrou para conseguir cumprir os projetos e missões a que se dedicou. Ao constatarmos que as suas preces foram atendidas, podemos imaginar que o Comendador já lhe pôde fazer o devido agradecimento pela ajuda na construção de uma Trofa mais próspera. Em 2017, num texto alusivo aos 20 anos da atribuição da Ordem de Mérito, Vera Araújo, antiga diretora do jornal O Notícias da Trofa, manifestou o desejo de que “a Trofa não se esqueça de que se hoje é Vila, Cidade e Concelho muito deve ao espírito empreendedor e ao trabalho abnegado deste ‘modesto cristão’”, como ele próprio se definia. “Há mais de 20 anos, há mais de 40 e há mais de 60 anos, este homem teve a visão de uma Trofa do futuro”, sublinhou. Pub.
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Religião
Cemitérios encerraram Romeiros acataram diretrizes por tempo indeterminado e deixaram Covelas deserta Os cemitérios do concelho da Trofa encerraram no sábado, 23 de janeiro. Em comunicado, as juntas de freguesia referiram que a decisão de encerrar os espaços se deve “ao crescimento consistente de novos casos diários de contágio da doença da Covid-19” e “em cumprimento das orienta-
ções da Direção-Geral da Saúde”. Não foi avançada nenhuma data para a reabertura dos espaços, uma vez que depende da evolução da pandemia, mas as autarquias agradecem “a compreensão das famílias para esta medida que é para segurança e proteção de todos”.
em dia de S. Gonçalo
Jovens disponíveis para ajudar idosos e doentes Os grupos de jovens de S. Martinho de Bougado disponibilizam-se para ajudar pessoas idosas ou doentes que não se possam deslocar para fora de casa durante esta fase pandémica. Assegurando o cumprimento das normas de hi-
giene e segurança, os jovens estão dispostos “a fazer as compras, buscar medicamentos ou fazer companhia (pelo telefone ou outro meio)”. Os interessados devem contactar a secretaria paroquial ou a Junta de Freguesia de Bougado.
GNR teve pouco trabalho, já que não se verificou aglomeração de pessoas A festa era considerada por muitos, o verdadeiro arranque do ano civil. Só que este ano, assim como na noite de 31 de dezembro para 1 de janeiro, a folia ficou na casa de cada romeiro ou adiada para um 2021, que, todos esperam, esteja livre de restrições impostas por um vírus que veio dar cabo de rotinas que todos gostam, como acordar cedo num domingo e atravessar o monte, ao frio ou à chuva, para chegar ao “Santo Graal” de S. Gonçalo: o pão com rojão e a malga de vinho. Na manhã de 24 de janeiro, o cenário na zona envolvente à Capela era difícil de “digerir”: um “estranho, muito estranho, nunca visto, domingo de S. Gonçalo”, como descreveu o pároco José Ramos. Uma freguesia de Covelas deserta numa das romarias mais participadas do concelho, para muitos, aliás, a rainha das festas. A Guarda Nacional Republicana, que dias antes avisou ter montado um dispositivo para dissuadir romeiros mais inconformados, cumpriu e esteve na freguesia a fazer o patrulhamento, mas sem grande trabalho, já que não
se verificou grandes movimentações de pessoas. Com o objetivo de levar um pouco da celebração de S. Gonçalo a todos os romeiros, a TrofaTv transmitiu a eucaristia das 11h00, no domingo, presidida pelo pároco José Ramos, na Capela de S. Gonçalo. Na homilia, o sacerdote confessou estar “preocupado” com a situação epidemiológica do País, apelando à comunidade que reze a S. Sebastião e S. Roque, “os dois patronos pestíferos”. “Em Alvarelhos, em frente à Capela de S. Roque, há um cruzeiro, cuja legenda é uma página de história daquela terra, que diz 'mandou fazer o pa-
dre Belchior João, havendo peste nesta terra', em 1601”, contou.
Missas comunitárias suspensas Desde sábado que as missas com presença de fiéis estão suspensas. A decisão partiu da Conferência Episcopal Portuguesa, devido ao agravamento da situação pandémica. No concelho, para chegar até à comunidade, há algumas eucaristias que estão a ser transmitidas no Facebook, como por exemplo nas paróquias de Santiago e S. Martinho de Bougado.
Padre R amos admitiu viver um domingo de S. Gonçalo “muito estranho”
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Religião
A Festa de Nossa Senhora das caria conhecida como “Nunc DiCandeias - ou da Apresentação do mittis” (em tradução literal “AgoSenhor - é uma festa litúrgica que ra Despede”, o “Cântico de Sicelebra o episódio, narrado pelo meão”, que profetiza a “Redenevangelista Lucas, em que a Vir- ção” do mundo por Jesus). gem Maria e seu esposo José levaEis o relato de Lucas, na boca ram o Menino Jesus ao Templo de do velho Simeão: “ Agora tu, SeJerusalém, 40 dias após o nasci- nhor, despedes em paz o teu sermento, para completar o ritual da vo, Segundo a Tua Palavra, porpurificação de Maria, após o par- que os meus olhos já viram a Tua to, e para realizar a redenção do Salvação, a qual preparaste ante filho primogénito, de acordo com a face de todos os povos: Luz para a Torah (antiga lei de Moisés), já revelação aos gentios, E glória de que o casal era judeu. Lucas refe- teu povo de Israel”. Simeão fez a re que Maria e José escolheram a seguinte profecia, naquela hora: opção disponível para os pobres “Este é posto para queda e para le(aqueles que não podiam comprar vantamento de muitos em Israel e um cordeiro), sacrificando “um para sinal de contradição”. E, vipar de rolas ou dois pombinhos”. rado para Maria, disse: “Também Esta festa da Apresentação do uma espada trespassará o teu coSenhor no Templo é celebrada ração (a tua própria alma)...” pela Igreja Católica 40 dias após o Natal, (simbolizando o culminar História das festas do Tempo de Natal), isto é no dia 2 de fevereiro. A festa da Apresentação do SeÉ uma das 12 Grandes Festas nhor, ou das Candeias (ou Cando calendário das Igrejas Católi- delária), é uma das mais antigas cas Orientais e da Igreja Ortodo- festas da Igreja. Há sermões soxa, em que é chamada por esta de bre esta festa, compostos pelos “Hypapante” (que quer dizer En- bispos Metódio de Patara (312), contro, em grego). Cirilo de Jerusalém (360), GreContinuando o relato, o Evange- gório, o Teólogo (389) e João Crilista (Lucas) refere que os pais de sóstomo (417). Jesus, quando entraram no TemA mais antiga referência soplo, encontraram Simeão, “um ho- bre os rituais litúrgicos específimem temente a Deus”, que rece- cos sobre a festa foram descritos beu uma promessa (de Deus) de pela freira Egéria, durante a sua que “ele não morreria antes de peregrinação à Terra Santa, enver o Cristo do Senhor”. Simeão, tre 381 e 384. Ela reportou que o então, entoou uma oração que fi- dia 14 de fevereiro era um dia so-
DR
Festa da Luz – Nossa Senhora das Candeias
lene em Jerusalém, com procissão até à basílica da Ressurreição de Constantino I, com uma homilia sobre São Lucas (2.22) e uma Liturgia Divina. A chamada Itinerarum Peregrintio (Itinerário da Peregrinação) de Egéria não oferece, porém, nenhum nome específico para a festa. A data de 14 de fevereiro indica que, em Jerusalém, celebrava-se o nascimento de Jesus em 6 de janeiro, dia da Epifania. Roma adotou a festividade na metade do século VII. O papa Sérgio I instituiu a mais antiga das procissões penitenciárias de Roma. Partia da igreja de Santo
São Brás São Brás nasceu cerca do ano 264, na cidade de Sebaste, Arménia, onde passou a sua juventude e estudou medicina. Ficou muito conhecido porque, segundo consta, uma mãe, em grande aflição, prostrou-se aos pés de S. Brás, pedindo que socorresse o filho, que estava a agonizar engasgado com uma espinha de peixe, atravessada na garganta. O santo rezou, fez o sinal da cruz sobre o menino, retirou a espinha da criança, e esta levantou-se, milagrosa e imediatamente, como se nada lhe tivesse acontecido. Por esse motivo é considerado o padroeiro das doenças da garganta e dos otorrinolaringologistas. É, também, patrono dos animais, operários de construção, veterinários, garotos, escultores, tosquiadores e pedreiros. A devoção popular a este Santo (e bispo) é muito grande e muito antiga.
Ele, que era médico, começou a ganhar fama de santo, pois atendia a todos os que o procuravam e
muitas vezes as pessoas ficaram curadas das sua dores corporais e espirituais. Conta-se que até
Adriano e chegava até à igreja de Santa Maria Maior. O rito da bênção das velas inspirava-se nas palavras de Simeão: Meus olhos viram a Salvação que preparaste diante dos povos, como luz para iluminar as Nações. Data de Beda, o Venerável, a notícia que esta procissão opunha-se à procissão dos Lupercalia dos romanos e era destinada à reparação das extravagâncias que se faziam em tais circunstâncias. Nos tempos atuais, esta festa consta da cerimónia da bênção das velas, seguida de procissão em direção à igreja (ou templo) e da celebração da Eucaristia, su-
blinhando a importância simbólica do encontro de Jesus, luz que ilumina as Nações, com o Templo de Jerusalém e com os justos representados pelo velho Simeão, pela profetisa Ana e por seus pais (Maria e José). Na nossa região, há diversas localidades que festejam com maior ou menor solenidade esta festa, que ficou apelidada de Festa de Nossa Senhora das Candeias (ou Candelária). Uma das mais antigas e já mais que centenária é a Festa (ou Feira) de Nossa Senhora das Candeias em Landim, onde acorrem milhares de romeiros.
os animais selvagens conviviam guardas, ao aperceberem-se do em total harmonia com o médico ato, penduraram-nas e mataramsanto. Quando o bispo local fale- -nas. Brás, mesmo em sofrimento, ceu, a população de toda a região gritou contra os guardas e o prefoi ao seu encontro pedir-lhe que feito e foi condenado a ser jogado se ordenasse sacerdote para to- num lago muito fundo para morrer mar conta do seu rebanho. O mé- afogado. Mesmo assim, Brás não dico começou a questionar-se se morreu e ao regressar à margem, havia de cuidar “do corpo ou da o prefeito Agricola mandou decaalma” dos seus pacientes e, passa- pitá-lo. Conta-se que esse martído pouco tempo, decidiu ordenar- rio, por decapitação, aconteceu -se padre e a seguir foi sagrado no dia 3 de fevereiro, dia em que bispo. Construiu uma casa para é celebrada a sua festa litúrgica. Há uma “bênção” que é reaabrigar a diocese aos pés da gruta (onde habitava) e dali comandava lizada no dia da festa de S. Brás (de tradição popular), chamada a Igreja de toda a região. Num tempo de grande perse- de “bênção de garganta” e que guição aos cristãos, dizem os cro- consiste no seguinte: o presidennistas que o imperador do Orien- te da celebração cruza duas vete, Licínio, mandou prender São las, coloca sobre o pescoço/garBrás e torturá-lo, querendo for- ganta dos fiéis, e pede a “eficáçá-lo a negar a sua fé. Mesmo em cia do patrocínio” do santo-mártal situação, ele ainda atendia os tir “em todos os males da garganseus fiéis na prisão e realizava ta”, solicita-se que “conserve” a garganta dos fiéis “sã e perfeita” milagres. O motivo próximo que levou São para que possam“falar corretaBrás à morte foi quando duas mu- mente e assim proclamar e canlheres foram escondidas na pri- tar os louvores de Deus. São Brás, são para limpar suas feridas; os rogai por nós”.
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Desporto
Correio do Leitor Um Guidoense Ilustre Aqui, onde os horizontes dilatados do espaço vão dilacerando calmamente o tempo até ao fim, onde o céu é profundo, negro e há mais estrelas que em qualquer outro lugar, onde a natureza atropela a natureza, o voo da cegonha entrelaça o planar do grifo, os gritos dos abibes e dos grous dão o tema da música, aqui, onde calcorreio por caminhos pedregosos entre searas e montados a busca da felicidade nesta terra morena queimada pelo sol, em Esperança, no alto Alentejo, recebi no passado dia 18 de janeiro a triste noticia do falecimento do amigo Mário Lopes. Mário Lopes, meu conterrâneo guidoense, era um cientista, um grande médico da sua especialidade. Também era um homem simples, amigo, sempre pronto a ajudar. Quantos, de Guidões, e muitos de outras partes, o procuraram ao longo de todos estes anos em busca de auxílio? A todos, independentemente da raça, ideologia, religião, respondeu sempre da mesma maneira, à sua maneira, procurando resolver, informando, indicando caminhos, prestando-se solidariamente a ajudar. A quantos amainou angústias, atenuou ansiedades, curou, ou ajudou a curar? Conheço o Mário, era eu pequenito, há quase 60 anos. Haverá…talvez…13 a 14 anos de diferença entre nós. Teria eu 7 ou 8 anos, quando o Mário foi, em férias, a Helsínquia, onde trabalhou na restauração. Mandou-me um postal de lá e quando regressou trouxe-me uma coleção de selos finlandeses. Era um eu um catraio, um simples gaiato, como se diz aqui, no Alentejo. Há coisas que não esquecem e nem todos as compreendem. Na minha vida, se houve pessoa que sempre mostrou grande amizade pela minha família e por mim foi o Mário Lopes. Sempre presente em todas as doenças dos meus pais, mesmo naquelas que conduziram à morte. Como acima referi, foi ele, pelas palavras, mas sobretudo pelos atos, quem amainou as minhas angústias, atenuou as minhas ansiedades, e curou, ou ajudou a curar quando cura houve, ou ajudou a aplacar o sofrimento, onde sofrimento existiu. Foi também homem de convicções políticas inabaláveis. Não era um militante, no sentido literal do termo, mas era um homem coerente e consequente, que não virava a cara à luta ou à adversidade. Sempre que foi perguntado pelas forças políticas que integrou durante anos, a CDU e o PCP, disse sempre presente. Muitas vezes foi candidato pela APU e pela CDU. Havia, às vezes, alguns que se perguntavam: « admira-me o Dr.º Mário, na lista dos comunistas e ajuda toda a gente, até ppd(s) e cds(s) (afetos ao PSD e ao CDS)». Os que assim falavam desconheciam a verdadeira dimensão de um coração de um homem de esquerda, que para ser de esquerda tem de ser um grande humanista. Guidões acabou de perder um dos seus filhos mais ilustres, talvez o mais ilustre. Pelo seu saber, pela sua vida dedicada a salvar vidas, pela sua solidariedade, pela sua humanidade, pela sua simplicidade. Curvo-me perante a sua memória. Infelizmente, a maldita pandemia impediu-me de ir a Guidões abraçar os seus filhos, a Maribel, todos os seus irmãos e a Lili, como desejava, e é daqui, de Esperança, freguesia «…do Alto Alentejo, cercada / de serras, ventos, penhascos, oliveiras e sobreiros» nas palavras de Régio, que presto a minha homenagem a Mário Lopes e abraço calorosamente toda a sua família. Atanagildo Lobo Esperança, 21 de Janeiro de 2021
0 1 LOCAL Estádio Municipal de Pedras Rubas (Maia) ÁRBITRO Márcio Torres (Viana do Castelo)
Trofense aproveita deslizes de Leça e Gondomar e ascende ao 2.º lugar
to Gondomar. Com quase nenhuma margem de manobra quanto à ambição de atingir o 1.º lugar, a formação da Trofa já só pode pensar na vitória. O regresso a casa faz-se na jornada seguinte, diante do Coimbrões. C.V.
PEDRAS RUBRAS Jorge Costa; Pimenta, Luís Ferreira, William e Portilho; Aboubakar, César (Geovane 77’) e Simões; Tiago Silva, Everton e Camará (Bernardo 47’) Treinador Rui Sacramento T ROF E N S E Serg in ho; Tito, João Paulo, Mika e Simão; Benedito, Vasco Rocha e Bruno Almeida (Matheus 83’); Adilson (Diogo 71’), Yonan (João Paredes 71’) e Alan Júnior (Zacarias 83’) Treinador Rui Duarte
Camp. Portugal série c 13.ª jornada Pedras Rubras 0-1 Trofense Gondomar 1-1 Vila Real Leça 0-0 USC Paredes Coimbrões (30/4) Salgueiros U. Madeira (anul.) Amarante C. Lobos (anul.) Marítimo B
AO INTERVALO 0-0 GOLO João Paulo (57’) AMARELOS Aboubakar (7’), Luis Ferreira (28’), William (45’+5’ e 46’), Tiago Silva (63’), Benedito (80’) e Zacarias (85’) VERMELHO William (46’)
Ao vencer por 0-1 o Pedras Rubras, na tarde de domingo, o Clube Desportivo Trofense assumiu a vice-liderança da série C do Campeonato de Portugal. A vitória, garantida com golo do central João Paulo aos 57 minutos, ganha especial importância, já que o Gondomar, 2.º classificado, e o Leça, líder, empataram os respetivos jogos desta jornada. Desta forma, o Trofen-
Classificação 1 Leça 2 Trofense 3 Gondomar 4 Paredes 5 Amarante 6 Pedras Rubras 7 Salgueiros 8 Coimbrões 9 Vila Real 10 Marítimo B 11 Câmara de Lobos 12 U. Madeira
João Paulo marcou o golo que deu a vitória do T rofense se, agora com 19 pontos, ultrapassou o Gondomar que tem menos um ponto - e aproximou-se da liderança, ocupada pelo Leça, que, entretanto, já cavou mais distância do adversário ao vencer um dos dois jogos em atraso que tem. Esta quarta-feira, os “leceiros” bateram o Marítimo B pore 1-0, somando agora 23 pontos. Este é o primeiro triunfo de Rui Duarte enquanto treinador do Trofense, depois da derrota, por 0-1, na
receção ao Leça, e de um empate a zero com o Paredes. A equipa da Trofa já não joga mais este mês, uma vez que, na jornada do próximo fim de semana, jogaria com o União da Madeira, clube que desistiu da competição, devido às restrições impostas pelo Governo Regional. O próximo embate do Trofense está, então, marcado para o primeiro fim de semana de fevereiro, no terreno do adversário dire-
23 19 18 12 11 10 6 5 5 3 -
14.ª jornada 30-01-2021 Amarante - Gondomar 31-01-2021 Trofense (anul.) U. Madeira Salgueiros-Marítimo B Vila Real-Coimbrões Leça (anul.) C. Lobos
Alice Oliveira no pódio em Braga Ainda antes de o Governo ter determinado o novo confinamento geral, a Escola de Atletismo da Trofa cumpriu duas provas desportivas. No Torneio Dr. Braga dos Anjos, disputado a 13 de janeiro, no Altice Fórum Braga, Alice Oliveira conseguiu alcançar o 3.º lugar nos 3.000 metros, no escalão de juvenis a veteranos femininos, estabelecendo um novo recorde pessoal, com um tempo de 10:25.07 minutos. Na disciplina de lançamento do peso (4kg), no escalão entre juniores a vete-
ranos femininos, Ana Mota foi 4.ª classificada, enquanto Sofia Santos conseguiu o 6.º lugar. Nos mesmos escalões, mas nos 60 metros barreiras, Sofia Santos alcançou o 7.º posto da classificaç ão ge r a l , s e guindo-se Mónica Rodrigues, no 9.º posto, e Diana Rodrigues, no 11.º. Já no Torneio d e A n o N o v o, disputado a 30 d e d e z e m br o,
Sandra Sá conseguiu o 4.º lugar nos 400 metros, entre juniores e veteranos femininos. Diana Rodrigues alcançou a 8.ª posição. Nos
2000 metros, entre juvenis e veteranos femininos, Daniela Gregório terminou no 8.º posto da geral.
12 O NOTÍCIAS DA TROFA
28 de janeiro de 2021
Atualidade
Rotary homenageia Aníbal Costa https://engsismica2019-spes.pretensa.com.pt/
Aníbal Costa foi homenageado pelo Rotary Club da Trofa. O engenheiro civil e figura incontornável na comunidade trofense, pelo papel cívico que desempenhou em várias instituições e como membro da comissão promotora do concelho, mereceu a distinção pelo “profissional de reconhecido mérito nacional e internacional” em que se tornou e pela “dedicação à Trofa”, explicou António Charro, elemento rotário, durante a sessão de homenagem que aconteceu, em formato online, no Facebook, na noite de segunda-feira, 25 de janeiro. “Ao longo da sua carreira de 44 anos de atividade profissional, desenvolveu com excelência, máxima qualidade e elevada ética profissional sua arte de ensinar e de conceder, com engenho, a centenas de projetos que subscreveu”, descreveu. Quanto a ação de Aníbal Costa no cenário público, o Rotary destaca a “referência” que se tornou, por ter “envolvimento direto e ativo” em “tudo o que potenciou o crescimento e a identidade da
José Pedro Maia Reis
Trofa”, como “a Rádio Trofa, o Jornal da Trofa, o Rancho das Lavradeiras da Trofa, a Misericórdia da Trofa ou até mesmo o Rotary, sem esquecer o processo de elevação a cidade e, posteriormente, a concelho”. “Aníbal Costa sempre se dedicou de forma abnegada à sua terra merece o reconhecimento da comunidade que sempre serviu”, frisou António Charro. Na reação à homenagem, que se fez muito apoiada em testemunhos de amigos e familiares, Aníbal Costa disse “ser um pri-
vilégio” recebê-la, sublinhando o percurso “sinuoso” que teve de trilhar, vindo de uma “família humilde”, para conseguir aquilo que sempre ambicionou: “Ser independente”. Aos amigos e pessoas que encontrou pelo caminho académico, Aníbal Costa deixou uma palavra de “agradecimento”, sublinhando que são a eles que deve a formação e conhecimento, que tenta agora transmitir a alunos e descendentes. C.V.
INE recruta 11 mil recenseadores para os Censos O Instituto Nacional de Estatística (INE) está a recrutar, em regime de Contrato de Prestação de Serviços, 11 mil recenseadores para a realização do XVI Recenseamento Geral da População e VI Recenseamento Geral da Habitação – Censos 2021. A maior operação estatística nacional vai decorrer entre os meses de abril e junho e, de acordo com o INE, a retribuição de cada recenseador irá variar em função do seu desempenho, podendo um recenseador com 600 alojamentos atribuídos e que termine o seu trabalho em 6 semanas receber, em média, 1500 euros. As candidaturas deverão ser obrigatoriamente formalizadas até 15 de fevereiro, através do preenchimento online do formulário disponível em https://recrutamento.ine.pt. Os candidatos deverão ter habilitações académicas ao nível do 12.º ano (preferencialmente); ter competências ao nível da microin-
formática e da utilização das TIC; ser detentores de um smartphone (Android 5.0 ou iOS 12 ou superior, com ecrã de 5 polegadas ou superior) com ligação à internet ou tablet com ligação à internet; capacidade para estabelecer contactos interpessoais, ser cordial, agradável, metódica/o e rigorosa/o; conhecer bem a zona geográfica para a qual se candidata, ter disponibilidade aos fins de semana e durante a semana a tempo parcial e ainda disponibilidade de transporte próprio (preferencialmente). Os recenseadores serão responsáveis por distribuir cartas com códigos para acesso a resposta por internet; assegurar a totalidade das respostas; prestar todos os esclarecimentos necessários às famílias sobre a resposta aos Censos; recolher/confirmar a informação de edifício; recolher e registar as respostas em alojamentos que não respondem pela internet e proceder à validação da informação recolhida, de acordo com as orienta-
ções recebidas. A recolha de dados para “contar” todos os cidadãos e famílias residentes no território nacional, será feita, preferencialmente, através do autopreenchimento de questionários pela Internet. Refira-se ainda que, de acordo com o INE, a decisão surge após uma rigorosa análise e avaliação da viabilidade da realização dos Censos 2021, para a qual o INE definiu um Plano de Contingência de modo a garantir a qualidade da execução dos Censos e acautelar os riscos para a população e estrutura de recolha que a operação comporta no atual contexto epidemiológico. O Plano de Contingência para os Censos 2021 inclui, entre outras medidas, a observação de um estrito protocolo de segurança de saúde pública ao abrigo das regras emanadas pelas autoridades de saúde. Ao longo de mais de 150 anos os Censos têm colocado à disposição da sociedade o maior retrato estatístico de Portugal.
Memórias e Histórias da Trofa
Quando para passar o R io Ave era necessário pagar portagem Antigamente, em Portugal, era comum em vários pontos do seu território existirem vários controlos de passagens de passeiros e mercadorias, as familiarmente conhecidas por portagens em que, quem desejava passar o referido território, sobretudo em pontes, tinha de pagar um preço pré-estabelecido. Obviamente, esta prática ao ser olhada com os olhos de hoje em dia é completamente aberrante, iriam ser os efeitos do liberalismo a tentar terminar com esta prática e a provocar profundas reformas na organização económica e administrativa da nação. Antes da existência da Ponte Pênsil, a passagem do Rio Ave era realizada por uma ponte bastante frágil, construída em madeira que tinha imensos problemas de construção, que resultava com que as cheias habituais no inverno, causassem graves problemas e os verões eram passados em reparações, alusão para a Ponte do Estreu, da qual, na atualidade, nada resta. Alguns conhecidos referem que existiu até há bem pouco tempo, na margem da Trofa, elementos daquela estrutura, concretamente os arranques do tabuleiro, todavia, nunca vi tal coisa, por isso não me irei alongar mais sobre esse facto. A passagem do Ave era algo apetecível, era a fronteira entre dois distritos que estavam em franco processo de crescimento, o que iria, facilmente, movimentar um elevado número de pessoas e veículos e, por conseguinte, uma elevada fonte de receita. Apesar das fracas condições de segurança e dos constantes problemas estruturais da ponte, a sua passagem era paga, inclusivamente pelo que se pode ler na ata da Câmara Municipal de Santo Tirso, de 29 de agosto de 1851, que refere que as taxas de passagem estavam afixadas na sua entrada. O leitor poderá pensar que os habitantes locais poderiam estar isentos do pagamento desta contribuição, todavia, o seu pensamento está errado, todos pagavam para a transpor, fossem habitantes de Bougado ou de Ribeirão, apenas não pagariam regularmente se fossem a pé e não passassem no dia de quarta-feira, sendo apenas ilibados de pagamento aqueles que tinham terrenos nas duas margens do rio. Uma outra possível dúvida era se a verba que resultava desta prática era destinada para o Estado Central, o que não acontecia porque os direitos de passagens eram leiloados e acabaria por ser vencedor do referido leilão, um habitante de Ribeirão que iria pagar o valor que tinha oferecido em várias tranches à Câmara Municipal de Famalicão, a receber o valor pago pelos transeuntes. Assistimos à presença de um pagamento de portagem numa travessia que, para muitos, na atualidade, seria impensável e em que o valores do pagamento dessas portagens era encaminhado para um popular que ganhava esse direito após vencer um leilão. Praticamente, 175 anos passaram e a situação descrita no texto é impensável, cumpriu-se a vontade de deixar passar e deixar circular. P.S. Crónica escrita com o apoio do I Caderno editado pelo Professor Moutinho Duarte, em parceria com a Junta de Freguesia do Muro, intitulado “Apontamentos de História Local: Actas da Câmara Municipal de Santo Tirso (1841 – 1950). Uma boa sugestão de leitura para estes tempos de confinamento…
28 de janeiro de 2021
O NOTÍCIAS DA TROFA
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Desporto
CARTÓRIO NOTARIAL (Lic. JOSÉ MÁRIO RESSE LASCASAS DOS SANTOS) (Rua José Falcão nº 15 – 1° direito, Porto) Certifico, narrativamente, para fins de publicação que por escritura lavrada em quinze de Janeiro de dois mil e vinte e um, no livro de notas para escrituras diversas deste Cartório Notarial número trezentos e quarenta e três - M, de folhas cinquenta a folhas cinquenta e um, Pedro Duarte Póvoas Dias da Costa, NIF 178 725 307, casado, residente na Rua Duarte Barbosa, n° 37, 4° FG, Porto, se afirmou, com exclusão de outrem, dono e legítimo possuidor do motociclo de marca BSA, com a matrícula ZZ – dezasseis- trinta e oito, registado na Conservatória do Registo Automóvel de Coimbra, desde dezassete de Janeiro de mil novecentos e cinquenta e sete, a favor de José da Costa Oliveira, com última residência conhecida no Lugar de São Romão do Coronado, São Romão do Coronado, Trofa. Que não possui qualquer título formal para a dedução de novo trato sucessivo que lhe permita registar a seu favor em Conservatória do Registo de Veículos, o identificado motociclo. Que o referido motociclo veio à sua posse no ano de mil novecentos e oitenta e nove, por contrato verba l de compra e venda com o referido José da Costa Oliveira. Que, pese embora lhe tenham sido entregues o livrete e título de registo de propriedade do motociclo e a respectiva declaração de compra e venda, que todavia por ele foram extraviados, o certo é que até ao momento e apesar de todas as diligências efectuadas, para regularizar a situação não foi possível efectuar a seu favor o registo de propriedade do motociclo. Assim, desde aquele ano de mil novecentos e oitenta e nove, sempre esteve na posse do motociclo, praticando actos materiais de defesa e conservação, nomeadamente recolhendo-o na sua residência, procedendo à sua reparação, limpeza, manutenção e recolha, pagando osrespectivos impostos, agindo sempre por forma correspondente ao exercício pleno do direito de propriedade, de boa fé por ignorar lesar direito alheio, pacífica, contínua, pública e sem violência à vista e com o conhecimento de toda a gente, e pois, sem oposição, embargo ou estorvo de quem quer que seja. Que, atendendo às enunciadas características de tal posse, facultou-lhe a aquisição por usucapião do referido motociclo, direito este que, pela sua própria natureza é insusceptível de ser comprovado pelos meios normais. Está conforme o original, declarando-se, que na parte omitida nada há que amplie, restrinja, modifique ou condicione a parte extractada. Cartório Notarial do Lic. José Mário Resse Lascasas dos Santos, sito à Rua José Falcão n° 15 - 1° direito, 15 de Janeiro de 2021. O Notário (José Mário Resse Lascasas dos Santos)
Alunos da Passos de Dança apurados para programa de escola americana Ana Carolina Malvar, Beatriz Moreira, Francisco Leocádio, Maria Beatriz Martins, Maria Clara Vieira, Maria Miguel Monteiro e Maria de Fonseca Mota foram os alunos da Escola Passos de Dança que foram apurados para participar no programa intensivo de verão da da Joffrey Ballet School (sediada em New York, Estados Unidos da América). O anúncio foi feito pela escola trofense, depois de saber os resultados da audição realizada a 12 de dezembro. Destes bailarinos, Francisco Leocádio garantiu ainda o acesso a uma bolsa de estudo de 25 por cento para este programa. Numa fase de progressão assinalável, Francisco Leocádio e Mafalda Oliveira foram nomea-
F rancisco L eocádio ganhou bolsa de estudo dos para os IDTA Theatre Dance Awards 2021, a realizar-se online em data a definir, devido a situação pandémica. Esta nomea-
ção surge após a realização dos exames online nas modalidades de Ballet e Modern Jazz, no mês de outubro.
Aquaplace com aulas online “Em resposta às condicionantes causadas pelas medidas do novo confinamento, o AQUAPLACE – Academia Municipal da Trofa conta agora com aulas online, transmitidas em direto”. Foi desta forma que a Câmara Municipal da Trofa contornou as
contrariedades provocadas pela pandemia, que obrigaram a um novo confinamento geral e encerramento de estruturas, como os ginásios. A Academia Municipal mantém-se, desta forma, em funcionamento, “com o intuito de con-
tinuar a fomentar a qualidade de vida da população”. As aulas são transmitidas em direto na sua página de Instagram, em www.instagram.com/aquaplacetrofa/. Os vídeos podem ainda ser vistos na página de Facebook e no canal de Youtube do Aquaplace.
Estatuto editorial O Notícias da Trofa é um jornal de informação geral e de carácter regional, sem dependências de ordem política, ideológica ou mesmo económica. O Notícias da Trofa aposta na informação diversificada, abrangendo assim os mais variados campos de atividade correspondendo ao interesse dos leitores em geral. O Notícias da Trofa estabelece as suas opções editoriais sem pressões hierárquicas nos factos se-
Nota de redação Na edição 733 do NT, no artigo intitulado “Primeira casa de artes e cultura da Trofa abriu portas há mais de 75 anos”, Armindo da Costa Azevedo, nascido a 26 de setembro de 1894, foi referido como sendo filho de Manoel Augusto Cerejeira Reis e Maria da Costa Azevedo, que são respetivamente seu cunhado e irmã. Era, na verdade, filho de Joaquim da Costa Azevedo Júnior, chefe da estação dos caminhos de ferro da Trofa, à data do seu nascimento, e de Maria Dias Rodrigues da Costa Azevedo, ocupada no serviço doméstico. Foi também casado com Albertina de Oliveira Costa, filha de Alfredo da Costa (Peniche), fundador da conhecida “Social Fábrica de Chapéus Costa Campos & Ferreira”, situada no largo Costa Ferreira, ao lado do antigo Posto de Correios. Casaram, de facto civilmente, no Posto do Registo Civil de Santiago de Bougado, a 5 de abril de 1917, tendo casado catolicamente, a 8 de abril de 1917, na Igreja Matriz de São Martinho de Bougado.
manalmente noticiados e comentados. O Notícias da Trofa defende que uma opinião pública informada e interveniente é condição fundamental para a existência da democracia, fomentando assim uma maior intervenção do público nas questões ligadas à sociedade em geral. Nas suas edições online e escrita, este periódico publica as opiniões dos leitores e cidadãos em geral desde que estes não desrespeitem, através dos seus escritos, terceiros. O Notícias da Trofa participa ativamente no debate de questões fundamentais que se colocam quer a nível local, regional e nacional. O Notícias da Trofa respeita um conjunto de regras técnicas e deontológicas que se inspiram em critérios de bom-senso, ética e rigor profissional. O rigor de uma informação completa e fundamentada – sobre factos e não sobre rumores -, a imparcialidade da atitude jornalística, a correção, clareza e concisão da escrita são, para O Notícias da Trofa, regras essenciais. Os leitores, quer da edição papel quer da edição online, sejam cidadãos residentes em Portugal ou em qualquer parte do mundo têm acesso à mais completa e rigorosa informação sobre o que se passa na Trofa e na região.
14 O NOTÍCIAS DA TROFA
28 de janeiro de 2021
Atualidade
José Calheiros
Escrita com Norte Manicómio
Médico trofense vence concurso de talentos “Menina do Mar” é o nome da música que João Marques candidatou a um concurso de talentos e do qual saiu vencedor. O trofense, médico e músico, dá voz ao tema que conta a história de uma menina que sonhava em sair no seu barco de papel e que foi produzida com o apoio de André NO, contando ainda com a participação de Miguel Marques Lima e Raquel Quintas, no piano e no contrabaixo, e Ricardo Azevedo, na mistura. O “Talento em Movimento” foi o concur-
so lançado pela empresa Continental e no qual João Marques conseguiu a maior pontuação, acabando por ser premiado com 5000 euros. A música “Menina do Mar”, que pode ser ouvida no youtube, segue-se a outras duas que ganharam alguma visibilidade durante a pandemia – “Faz de conta” e “Piano” -, uma referente ao período de confinamento e a outra alusiva à explosão que destruiu a cidade de Beirute.
A DECO aconselha Sabia que se não mudar os seus comportamentos depois de implementar uma medida de eficiência energética, que o consumo de energia pode permanecer o mesmo ou até aumentar? Comprar eletrodomésticos energeticamente eficientes pode ter efeitos secundários no consumo de energia da sua casa. Na verdade, pode mesmo levá-lo a consumir mais energia, o que acabará por aumentar a sua fatura energética. Isto porque não basta ter equipamentos eficientes do ponto de vista energético. É importante também adotar comportamentos eficientes no consumo de energia para conseguir as poupanças previstas. Por exemplo, instala uma lâmpada LED mas, como estas são mais eficientes, deixa as luzes acesas com mais frequência do que antes. Este novo comportamento levará a um aumento do seu consumo de energia e a uma redução dos ganhos esperados com a aquisição da lâmpada. Muitas vezes esquecemo-nos que depende de nós garantir que os eletrodomésticos
são utilizados da forma mais eficiente. É preciso trocar os equipamentos, mas acompanhar essa mudança com a adoção de comportamentos eficientes para conseguir ver uma redução no consumo de energia. Vamos supor que acabou de comprar uma máquina de lavar roupa nova. Como é uma máquina energeticamente eficiente, você acaba por colocá-la a trabalhar de dois em dois dias com pouca roupa, só para ter a certeza que as suas camisas favoritas estão sempre limpas quando lhe apetece usá-las. Desta forma, acabará por gastar mais energia. Pense duas vezes antes de gastar a poupança resultante da melhoria da eficiência energética em novos produtos/serviços que também consomem energia. A DECO, com o projeto ACT4ECO, pode ajudar quando a preocupação é a poupança de energia. ACT4ECO é uma plataforma aprendizagem online que o ajudará a fazer as mudanças certas lá em casa. Junte-se a nós em https://act4eco.eu. Para mais informações ou pedidos de apoio contacte a DECO Norte: deco.norte@deco.pt ou 223 391 960 (dias úteis, 10h-18h).
Bem, apercebi-me que Se a maior parte das estó- duas mesas ao lado da minão iria conseguir relaxar rias que ouvia em pequeno nha, grita-lhe: - Ainda bem! (dormitar) na esplanada e começavam por “Era uma Depois disto, a normali- para me manter ativo, desfovez…”, esta crónica, ou seja lá o que for, vai começar por dade voltou àquele espaço, lho uma página do livro. Ajei“Acordei com o sol a entrar mas por pouco tempo. Os to-me na cadeira para ficar meus olhos ainda não esta- em posição de “galo” e vejo pela janela…” Sendo assim, esta manhã vam totalmente fechados e a Ana a estacionar o carro e a fui acordado com o sol a en- ouço, em gritaria, a Carla di- bater no carro da frente e no detrás. Despreocupada com trar pela janela. Quando me zer do canto da esplanada: - SOU MUITO FELIZ! E os outros condutores, sai do apercebi de que não estava no domínio do sonho, pin- QUEM É FELIZ NÃO TEM carro, aproxima-se da esplachei da cama para sair para QUE ANUNCIAR AO MUN- nada e berra: - OHHHH, QUE CHATICE! a rua, pois à tarde poderia DO! Entre as várias pessoas E A MANHÃ QUE ESTAVA perfeitamente nevar, chover torrencialmente, trove- sentadas na esplanada, ou- A CORRER TÃO BEM! LOL, LOL, LOL, LOL… jar ou acontecer o maior ci- ve-se: - Boa! E todos se riam na esplaclone alguma vez sentido no - Porreiro! nada, com o comentário da Paranho. - Gosto! Ana, e por trás de mim ouço Na caminhada até à es- Estou contigo! alguém a dizer-me ao ouplanada do café, ao sentir - Gosto! vido: os raios de sol, estava longe - Gosto! - Queres jogar bilhar? de imaginar que iria viver -… Desvairado, levanto-me, um pesadelo. Sem estar a perceber este agarro o gajo pelos colariSentei-me, pedi um café e nhos e ameaço-o: abri o livro que levei comigo espetáculo, ouço: - Queres jogar matraqui- Se me voltas a convidar (e escrito por mim), não que para jogar seja ao que for, o quisesse ler, mas para tor- lhos? Poça, era o mesmo gajo, parto-te todo. Percebes? ná-lo visível. - E matraquilhos? – pergunTinha o “Venceslau e ou- com o mesmo convite. - Não! – respondo de for- ta-me e foge a sete pés. tras histórias” aberto na páPego no meu livro, caído gina 47 e a cabeça a come- ma seca. Mantenho-me desperto no chão, volto a sentar-me çar a tombar, tomada pela sonolência, quando ouço, de à espera que a normalida- e abro-o à toa. Ficou aberforma estridente, pergunta- de se reponha. Ao fim de al- to entre as páginas 98 e 99 e gum tempo, com segurança, ao tentar disfarçar que o lia, rem-me: - Queres jogar matraqui- deixo-me adormecer na ca- quase que adormecia outra deira da esplanada com o li- vez, até que… lhos? - HEI, MALTA – era o João, Abro os olhos, o livro man- vro aberto. Ao fim de não sei tém-se aberto na mesma pá- quanto tempo sinto as mi- que tinha chegado a correr gina, e em frente a mim está nhas mãos a abanar. Acordo, – APANHEI O MEU CÃO A sentado um “tipo”, que nun- a babar-me, e a minha ami- ROÇAR-SE NUM LIMOEIRO! O Neves, sentado no meio ca tinha visto. Apesar das ga Teresa estava a escrever minhas tardes de domingo, com marcador, na página 47 da esplanada, ri-se, vai para o carro e percorre as ruas da quando era pré-adolescen- do livro, “gosto”! - Oh, estragaste-me o li- Trofa com a cabeça de fora, te, serem passadas na “mavro! – digo. gritando e partilhando com traquilhada”, respondi: - Estraguei nada! Até logo! todos: - Não! - O JOÃO APANHOU O CÃO Imediatamente, ele desa- – despede-se. Continuo sentado a olhar DELE A ROÇAR-SE NUM LIpareceu. A esplanada estava com- para todos os lados e a co- MOEIRO! O JOÃO APANHOU O CÃO DELE A ROÇAR-SE posta, mas sem nenhum es- meçar a ficar assustado, e: - Queres jogar matraqui- NUM LIMOEIRO! O JOÃO pécime feminino que me mantivesse de olhos abertos lhos? – diz-me o mesmo gajo. APANHOU O CÃO DELE A - Desaparece! – ordeno-lhe. ROÇAR-SE NUM LIMOEIRO! e eles começam novamente Enquanto desaparecia, a Sentindo-me num manicóa fechar, quando sou sobresolhar para trás, volta-me a mio, em que o que mais me saltado com um berro: - ESTOU A SENTIR-ME EN- perguntar – E bilhar? Que- chateou foi o gajo a convidar-me para jogar matraquilhos TUSIASMADO! – diz o TóJó, res jogar bilhar? Não percebia a insistência e bilhar, fui para casa, dorenquanto atravessa a espladaquele gajo, em jogar qual- mir…na esperança de sonada. nhar com um mundo normal! O Sr. Mendes, sentado quer coisa comigo!
28 de janeiro de 2021
O NOTÍCIAS DA TROFA
Necrologia
Farmácias
Alvarelhos
Santiago de Bougado
Domingos Maia Moreira Faleceu no dia 25 de Janeiro com 86 anos. Casado com Maria Faria de Sousa
Maria das Dores Gonçalves de Azevedo Faleceu no dia 19 de Janeiro com 88 anos. Casada com Artur da Silva Pereira
Rocha Funerárias, Lda
Agência Funerária Trofense, Lda
Guidões
S. Martinho de Bougado
Maria Georgina Maia Ferreira. Faleceu no dia 25 de Janeiro com 69 anos. Casada com Augusto Fernando Ferreira Campos
Manuel da Silva Faria Faleceu no dia 15 de Janeiro com 83 anos. Casado com Emília Gonçalves da Costa
Rocha Funerárias, Lda
Agência Funerária Trofense, Lda
Guidões
Ribeirão - VN Famalicão
Maria Fernanda Maia Ferreira. Faleceu no dia 25 de Janeiro com 74 anos. Viúva de António dos Santos Ferreira
Lucílio Alves Maia Faleceu no dia 15 de Janeiro com 85 anos. Casado com Olinda Maia dos Santos
Rocha Funerárias, Lda
Funerária Ribeirense - Paiva & Irmão, Lda
S. Martinho de Bougado
Ribeirão - VN Famalicão
Inês Oliveira de Sousa Faleceu no dia 24 de Janeiro com 90 anos.
Maria Alice da Silva Couto Faleceu no dia 15 de Janeiro com 69 anos. Casada com Fernando Carvalho Faria
Agência Funerária Trofense, Lda
Funerária Ribeirense - Paiva & Irmão, Lda
S. Martinho de Bougado
Ribeirão - VN Famalicão
Comendador José da Costa Pereira Serra Faleceu no dia 20 de Janeiro com 91 anos.
Eduardo Pereira da Silva Faleceu no dia 13 de Janeiro com 72 anos. Casado com Maria Madalena dos Santos Oliveira e Silva
Agência Funerária Trofense, Lda
S. Martinho de Bougado
Almerinda da Silva Ferreira. Faleceu no dia 20 de Janeiro com 94 anos. Viúva de José Maria da Silva Moreira
Maria Arminda de Sousa Rito Belo Feliciano Faleceu no dia 13 de Janeiro com 78 anos. Agência Funerária Trofense, Lda
Guidões
S. Martinho de Bougado
Laurinda de Sousa Pereira Maia Faleceu no dia 19 de Janeiro com 79 anos. Viúva de José Ferreira Maia
Ermelinda da Costa e Silva Moreira Faleceu no dia 12 de Janeiro com 66 anos. Viúvo de Normando da Silva Moreira
Rocha Funerárias, Lda
Atualidade
Sudoku
**
****
7 diferenças
Telefones úteis
Funerária Ribeirense - Paiva & Irmão, Lda
Guidões
Rocha Funerárias, Lda
Dia 28 Farmácia Trofense Dia 29 Farmácia Barreto Dia 30 Farmácia Nova Dia 31 Farmácia Moreira Padrão Dia 1 Farmácia de Ribeirão Dia 2 Farmácia Trofense Dia 3 Farmácia Barreto Dia 4 Farmácia Nova Dia 5 Farmácia Moreira Padrão Dia 6 Farmácia de Ribeirão Dia 7 Farmácia Trofense Dia 8 Farmácia Barreto Dia 9 Farmácia Nova Dia 10 Farmácia Moreira Padrão Dia 11 Farmácia de Ribeirão
15
Funerária Ribeirense - Paiva & Irmão, Lda
Bombeiros Voluntários Trofa 252 400 700 GNR da Trofa 252 499 180 Centro de Saúde da Trofa 252 416 763//252 415 520 Centro de Saúde S. Romão 229 825 429 Centro de Saúde Alvarelhos 229 867 060
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Ano 2021: 18,50 €
Enigma Joãozinho, um rapaz muito indiscreto, sabendo da reação de uma senhora, que conhecia há algum tempo, quando falaram em idade, resolveu aprontar. Numa reunião social, na presença de todos, perguntou-lhe a idade. A senhora respondeu: - Tenho o dobro da idade que tu tinhas, quando eu tinha a idade que tu tens menos quatro anos. Daqui a cinco anos a soma de nossas idades será 82 anos. Se você fosse um dos presentes, você concluiria que a senhora tem que idade?
Soluções da edição passada Sudoku
Enigma Sendo N o número de páginas do livro, temos: N/5 = (N/3)-16 (N/5)-(N/3) = -16 (3N-5N)/15 = -16
3N-5N = -16*15 -2N = -240 N = 120 O livro possui 120 páginas!
F icha T écnica Diretor: Hermano Martins Sub-diretora: Cátia Veloso Editor: We do com unipessoal, Lda. Redação: Cátia Veloso, Magda Machado de Araújo Colaboradores: Atanagildo Lobo, João Pedro Costa, João Mendes, César Alves, José Pedro Reis, Moutinho Duarte | Fotografia: A.Costa, Miguel Trofa Pereira (C.O. 865) Composição: Cátia Veloso e Magda Araújo | Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Lda., Rua de S, Brás, n.º 1 Gualtar, Braga| Assinatura anual: Continente: 18,50 euros; Extra europa: 45 euros; Europa: 35 euros; | Assinatura em formato digital PDF: 15 euros IBAN: PT50 0007 0605 0039952000684 | Avulso: 0,70 Euros | E-mail: jornal@onoticiasdatrofa.pt | Redação: Rua das Aldeias de Cima, 280 r/c 4785 - 699 Trofa Telf. e Fax: 252 414 714 Propriedade: We do com unipessoal, Lda. NIF.: 506 529 002 Nº Exemplares: 5000 | Depósito legal: 324719/11 | ISSN 2183-4598 | Detentores de 100 % do capital: Magda Araújo | Estatuto Editorial pode ser consultado em www.onoticiasdatrofa.pt | Nota de redação: Os artigos publicados nesta edição do jornal “O Notícias da Trofa” são da inteira responsabilidade dos seus subscritores. Todos os textos e anúncios publicados neste jornal estão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. É totalmente proibida a cópia e reprodução de fotografias, textos e demais conteúdos, sem autorização escrita.
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O NOTÍCIAS DA TROFA
28 de janeiro de 2021
Atualidade
Há outro baloiço com vista de cortar a respiração Não fica no Meco da Guerra, mas tem, igualmente, uma vista de cortar a respiração. O Baloiço da Formiga está instalado na encosta de S. Gens. CÁTIA VELOSO
A fotografia descoberta, por acaso, nas redes sociais suscitou a curiosidade: um baloiço que ficava na encosta de S. Gens, mas sem grande descrição quanto à localização concreta. Sem maneira de descobrir as coordenadas, a redação foi “à caça” de elementos existentes na fotografia que pudessem servir de referência. Um poste de muito alta tensão foi uma grande ajuda, assim como um pequeno monte junto a este. Google Earth e Google Maps consultados, delineamos uma pequena área a explorar. E não nos enganamos. Tomamos a Avenida de S. Gens e subimos pela Rua da Formiga, fazendo os restantes metros a pé. No topo, o tal baloiço. “Plantado” em plena encosta de S. Gens, em Alvarelhos, a estrutura, instalada - segundo a placa que o acompanha - em janeiro
de 2021, está identificada como sendo produto do grupo Bike Beer, que o começou a instalar no dia do nascimento do “novo elemento”. “Por acaso, no dia em que começaram a instalar o baloiço, não pude ajudar porque estava no hospital, porque o meu filho ia nascer. Daí, a homenagem ao Tomás”, contou, em entrevista ao NT, Tiago Moreira, fundador do grupo de ciclistas amadores, criado há cerca de seis anos, mas batizado de Bike Beer há pouco mais de dois anos, e com elementos residentes em várias freguesias do concelho, como S. Mamede do Coronado, Guidões, Alvarelhos e Bougado. Baloiço tem vista para os concelhos da M aia, T rofa e Vila Nova de Famalicão A estrutura, colocada sobre uma base de pedra, tem uma vis- ço miradouro surgiu “inspirada” ta privilegiada para as cidades da da estrutura semelhante, criada A Associação Recreativa de Paradela anunciou que, em conjunto com Trofa, Vila Nova de Famalicão e pela Associação Recreativa de Maia, de onde é possível ver, sem Paradela, no Meco da Guerra. as “autoridades locais”, decidiu “retirar o Baloiço do Meco durante o pedificuldade, a Torre do Lidador, “Três elementos do grupo consi- ríodo atual de confinamento”. Esta medida “preventiva” surge da inteno famoso edifício “isqueiro”. Se- deravam que aquela zona de S. ção de que toda a população siga as regras estabelecidas pelo Govergundo Tiago Moreira, o baloiço Gens, por onde passeamos várias no para conter a pandemia, na fase mais grave que Portugal atravessa. “Desejamos que seja por um breve período de tempo e que possamos ainda não está concluído e, em vezes, também merecia uma estrutura como aquela, devido à vis- voltar, em segurança, aos passeios pelo monte de Paradela e às belas fobreve, “haverá uma surpresa”. A ideia de ali instalar um baloi- ta lindíssima que tem”, explicou. tos que este baloiço nos tem proporcionado”, pode ler-se no comunicado.
Baloiço do Meco retirado