Edição 735 do Jornal O Noticias da Trofa

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Quinzenário | 11 de fevereiro de 2021 | Nº 7345Ano 18 | Diretor Hermano Martins | 0,70 €

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Diamantino Branco pede desculpas a Joana Lima //PÁG.2

Trofa já tem Centro de Vacinação

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Direitos reservados

Guidoense perde a vida em incêndio

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Desagregação de freguesias discutida no parlamento //PÁG 13

“Quinzas” na equipa técnica da seleção nacional //PÁG.2

Montras da Trofa vandalizadas

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Furtados 20 mil euros do Centro Paroquial de S. Mamede //PÁG.5

Junta do Coronado leva refeições a quem precisa pub


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O NOTÍCIAS DA TROFA

11 de fevereiro de 2021

Atualidade

Trofa tem centro de vacinação na Napoleão de Sousa Marques O Agrupamento de Centros de Saúde de Santo Tirso/Trofa, com o apoio logístico da Câmara Municipal da Trofa, está a ultimar a instalação de um centro de vacinação COVID-19 no pavilhão desportivo da EB2/3 Napoleão de Sousa Marques. Segundo o que o NT apurou, numa fase inicial apenas estava previsto no ACES a instalação de um centro de vacinação, que já está pronto a funcionar, na Fábrica de Santo Thyrso, no municipio tirsense, na sede do agrupamento de centros de saúde, mas nos últimos dias tem existido pressão para que a Trofa também tenha uma extensão do centro, instalado em Santo Tirso.

A autorização para entrar em funcionamento este centro de vacinação na Trofa carece de autorização da Administração Regional de Saúde do NORTE. A segunda fase de vacinação começou na quinta-feira, 4 de fevereiro, no norte do país em alguns agrupamentos de centros de saúde. Um desses locais foi o ACES Vila do Conde/Póvoa de Varzim que tem, pelo menos por agora, apenas um centro de vacinação na Póvoa de Varzim. Apesar de ainda não haver data certa no ACES Santo Tirso/Trofa a vacinação deverá começar na próxima semana e será ministrada aos idosos com mais de 80 anos ou a pessoas acima dos 50

Número de pessoas a vacinar na T rofa justifica a criação do centro no concelho com doenças de risco. Segundo Nuno Carvalho, di-

Covid-19

Desceu número de novos casos, mas risco extremo mantém-se Número de casos de Covid-19 tem descido no concelho da Trofa, acompanhando a tendência que se verifica um pouco por todo o país. Ainda assim, o risco de contágio mantém-se no nível máximo. Quase dez por cento da população do município já foi infetada. O número de casos Covid-19 desceu nos últimos dias. No concelho da Trofa, segundo os dados mais recentes da Direção-Geral da Saúde, registaram-se 524 casos de 20 de janeiro a 2 de fevereiro, menos 18 que os registados

no período de 13 a 26 de janeiro. A taxa de incidência situa-se, atualmente, nos 1364 casos por cem mil habitantes, ou seja, o concelho mantém-se, apesar da redução do número de casos, no nível máximo de risco do contágio. Desde o início da pandemia e até 2 de fevereiro, já foram infetados 3727 trofenses, o que corresponde a 9,7 por cento da população do concelho, a sexta maior percentagem no distrito do Porto. Acima só os concelhos de Lousada (11,89 por cento), Paços de Ferreira (11,63 por cento), Póvoa de Varzim (10,84 por cento), Vila do

Meteorologia

Conde (10,44 por cento) e Felgueiras (9,92 por cento), De 20 de janeiro a 2 de fevereiro, houve 749 infetados contabilizados em Santo Tirso (taxa de incidência de 1101/100 mil). Neste concelho, 9,48 por cento da população já foi infetada, o que corresponde a 6 455 pessoas. Em Vila Nova de Famalicão foram contabilizados 1.944 novos contágios de 20 de janeiro a 2 de fevereiro, numa taxa de incidência de 1476/100 mil. Neste concelho, 10,37 por cento da população já testou positivo à Covid-19, ou seja, 13.661 pessoas.

retor executivo do ACES, no total estão previstas serem vacina-

das cerca de 12 mil pessoas, sendo que 4 mil são da Trofa.

IOTEch desenvolve plataforma para ajudar profissionais de saúde A IOTEch, empresa criada pelo bougadense Filipe Portela, desenvolveu uma plataforma para ajudar profissionais de saúde. A ioCovid19 nasce de um projeto de investigação que tem como propósito “a previsão da evolução da doença de um determinado doente”. Através da exploração de técnicas de Inteligência Artificial (Data Mining e Text Mining), que permitem tratar os dados abertos acessíveis online e disponibilizados pelo Serviço Nacional de Saúde, a ioCovid19 categoriza a tipologia dos doentes, assim como avalia o impacto que cada variável tem no decurso da doença e prever o tipo de alta. São prestadas aos profissionais de saúde informações relativas à categorização dos tipos de doente, tipo de hospitalização, reinternamentos, comorbilidades, evolução horária, previsão do número de camas e tipo de alta. “Esta nova plataforma permitirá ao clínico (médico / enfermeiro) ter acesso a um conjunto de indicadores de previsão clínica e ao gestor/administrador ter um conjunto de dados essenciais à tomada de decisão”,fez saber a empresa, aquando da aprovação da candidatura para a execução do projeto.


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Atualidade

Diamantino Branco pede desculpas a Joana Lima A ex-presidente da Câmara Municipal da Trofa Joana Lima recebeu por escrito um pedido de desculpas de Diamantino Branco, que ao longo de vários anos publicava no facebook insultos e fazia acusações graves, pondo em causa a seriedade e honestidade da ex-presidente da autarquia. Joana Lima apresentou queixa criminal por Diamantino Branco ter publicado na rede social Facebook insultos como por exemplo: “ninguém tem dúvidas de que a Joana, foi e é corrupta”... acusando a ex-autarca de estar envolvida em alegados esquemas “e negociatas” e que terá usufruído de “jóias e apartamentos” como pagamento... acusando-a de “tráfico de influências” entre outras acusações. Este comportamento por parte de Diamantino Branco, segundo consta da queixa apresentada pela deputada Joana Lima, era uma prática reiterada e que durava já desde pelo menos o ano 2015, e tinha como intenção por em causa a idoneidade e o tra-

balho no exercício de funções de presidente de Câmara e ainda enquanto deputada”. Na acusação lê-se ainda que “o denunciado agiu livre e voluntariamente, com a consciência e a intenção de ofender, difamar, prejudicar e manchar a imagem” da ex-autarca. Ora, para que Joana Lima desistisse da queixa, Diamantino Branco apresentou por escrito um pedido de desculpas à vítima, onde pode ler-se que “ Diamantino Cândido dos Santos Branco, arguido nos presentes autos vem, por esta via apresentar as suas desculpas à ofendida Joana Fernanda Ferreira de Lima, uma vez que, as palavras escritas e veiculadas não tiveram qualquer intenção de ofender a sua pessoa nem ofender a sua honra e consideração. Trataram-se de uma reflexão do aqui subscritor que mal interpretou alguns atos ou ações daquela e por isso, induzido em erro de pensamento acabou por lamentavelmente as subscrever. Assim considere a ofendida , por esta via , se lamenta profundamente o sucedido”.

E x-autarca apresentou queixa criminal contra Diamantino Branco

Atualize a sua assinatura anual Ano 2021: 18,50 €

Com este pedido de desculpas, Joana L ima desistiu da queixa

Mau tempo provoca inundações A s c huv a s i nten ções que caíram na última terça-feira na T rofa provoca ra m inundações nas zonas mais baixas da cidade nomeadamente no acesso à ponte da Corredoura, rua Avelino Padrão em Santiago de Bougado.


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Atualidade

APROLEP debateu a agricultura de precisão e a biodiversidade na cultura do milho A Associação dos Produtores de Leite de Portugal (APROLEP), presidida pelo bougadense Jorge Oliveira, promoveu, a 10 de fevereiro, o Colóquio Nacional do Leite. A sessão decorreu em formato online, numa videoconferência transmitida na página de Facebook da APROLEP, que pode ser vista, agora, em diferido. A apresentação principal, sobre “Agricultura de precisão e biodiversidade na cultura do milho”, esteve a cargo de João Coimbra, conhecido produtor de milho, dirigente associativo e comunicador

através do blogue “Milho Amarelo”. Seguiu-se uma mesa redonda, moderada por Luís Alcino Conceição, responsável pelo Centro de Competências Inov Tech Agro, e com participações de José Luís Amaro (Bayer / Dekalb), Pedro Martins (Syngenta), Jorge Martinez Guanter (Pioneer) e Joaquim Teixeira (Mas seeds). “O milho silagem é o principal alimento das vacas leiteiras em Portugal e o milho grão é parte importante na composição das rações das diversas espécies pecuárias. Com este debate, a

APROLEP pretende acompanhar os agricultores e produtores de leite na biodiversidade, sem descurar a eficiência na agricultura e na pecuária”, fez saber a associação num comunicado, em que justifica esta ação com a necessidade de “obter o máximo possível de alimentação própria para os animais”, tendo em conta “o preocupante aumento registado no custo das matérias-primas e das rações a nível mundial, enquanto persistem em Portugal os mais baixos preços do leite ao produtor”.

Ex-ministro da Saúde fala sobre desafios da Pandemia na Trofa O Ciclo de Conferências “A Trofa merece mais”, organizado pelo partido Socialista da Trofa tem início esta quinta-feira, dia 11 de fevereiro, às 21h30, em direto do facebook de Amadeu Dias, candidato do PS à Câmara Municipal da Trofa. Esta primeira sessão – “Pandemia: que desafios?” – contará com a participação de Adalberto Campos Fernandes, que desempenhou o cargo de Ministro da Saúde 2015-2018, o médico José Vila Nova – Vice-Presidente do conselho de administração do Grupo Trofa Saúde, Joana Lima Deputada do PS à Assembleia da República, o médico João Azevedo do Centro Hospitalar do Médio Ave e Amadeu Dias. De acordo com nota enviada à imprensa, Amadeu Dias, adianta que a participação neste fórum é livre e

A dalberto Campos F ernandes vai ser um dos oradores

convida todas as pessoas, independentemente da sua simpatia partidária, “a participar neste que será um momento de reflexão acerca do estado da Saúde a nível local e nacional. A política é sobretudo isto: levantar questões, ouvir os diferentes contributos, refletir e construir soluções. Ter um olhar global para pensar melhor localmente. Para mim, só faz sentido assim: pensar com tod@s e para tod@s”, adianta o presidente do PS Trofa.

J. Serra - Uma pessoa amiga, de palavras consoladoras certas e atos adequados Conheci J. Serra numa tarde quente de junho ou julho de 2004. Na verdade, via aquele senhor desde pequeno, desde os meus dez anos. Observava-o no Colégio da Trofa, onde a partir da década de 70 estudei e fui colega dos seus filhos e do seu genro Francisco, com quem ainda hoje mantenho amizade. Assim foi até terminar o antigo 5.º ano dos liceus. Depois disso, de longe a longe, ouvia uma ou outra história relativa a J. Serra, inclusive uma que envolvia o meu pai, que relatarei mais à frente. Em termos políticos, éramos antagónicos. Sou vermelho da cabeça aos pés no pensamento, na filosofia e nas intenções, embora com interrogações. J. Serra assumia-se como salazarista. Eu contestava-o e dizia-lhe estar enganado na sua própria catalogação. O que define um homem, não são as palavras, pese embora a sua importância, mas os atos, dizia-lhe. Mas nada adiantava, pois J. Serra era teimoso, gentilmente teimoso. E adiantava, com alguma jocosidade que, apesar da sua simpatia política, havia sido um socialista a atribuir-lhe a comenda. Naquela tarde do início do verão de 2004, aparece-me J. Serra em Guidões para falar comigo. Reconheci-o, fiquei um pouco sem jeito pelo inesperado, mas compus-me. Soubera que o meu pai falecera no final de maio e vinha apresentar-me as suas condolências porque só agora tivera conhecimento, o que era normal, por vontade escrita de meu pai de não se divulgar a sua morte. Assume, de forma frontal, as suas divergências políticas com o meu pai, mas considerava-o uma pessoa de elevada estatura moral e social, um amigo, e que sentia muito pelo seu desaparecimento. Confesso que, talvez por ainda estar abalado por esse acontecimento recente, comovi-me e agradeci-lhe muito o seu gesto solidário e o seu sentir amigo. Pensava eu que seria visita breve, quando J. Serra começa a fazer desfilar pessoas e acontecimentos, histórias e ambientes da Trofa, onde desconhecidos e meus conhecidos, eram protagonistas. Se, inicialmente, não me sentia preparado para aquilo, também não poderia ser mal-educado com quem, de forma tão generosa, se tinha deslocado da Trofa para ali prestar o seu apoio e, de alguma forma, animar-me, pois era visível o meu semblante ainda carregado pelo recente acontecimento funesto. Todos os dados foram lançados, o desenvolvimento e crescimento da Trofa, os bombeiros, a banda de música, o ensino, a política…Por vezes surgiam discordâncias, algumas profundas, mas sempre expostas com elevação. J. Serra era um homem culto e, por conseguinte, um homem educado. Foi ali que surgiu novamente a história que envolvia meu pai. Decorria a década de 60 e J. Serra era autarca, presidente da junta, suponho. Uns pides (agentes da polícia política) procuravam na Trofa junto de J. Serra pelo Augusto Lobo, insinuando dedicar-se «…este cavalheiro a atividades subversivas». J. Serra respondeu desconhecer tal alusão e acrescentou de forma perentória: «Fossem todos os paroquianos trofenses como esse senhor e estaria a Trofa bem servida de homens». Afirmou-o com tal veemência que os pides se foram embora. A partir desse dia do verão de 2004, passei a considerar J. Serra como meu amigo. Mais tarde, em finais de março de 2009, no último dia de vida de minha mãe, recebi a visita de J. Serra no Hospital da Trofa que, além de vir oferecer tudo o que eu precisasse que estivesse ao seu alcance, atenta a situação angustiante por que passava, ainda me fez companhia durante toda a tarde, entretendo-me amavelmente com diversos assuntos, atenuando a minha ansiedade. Ao longo destes anos encontramo-nos algumas vezes. Sempre, nas segundas-feiras de Santa Eufémia, em setembro, onde ouvíamos e comentávamos o concerto das bandas de música. Fui visitá-lo duas vezes depois, quando deixou de sair e falávamos pelo telefone. Ainda há pouco mais de um mês, telefonei e conversei com J. Serra, estando bem longe de desconfiar do que agora, infelizmente, veio a acontecer. Independentemente do que empreendeu, das políticas que defendeu, limito-me a prestar aqui a homenagem ao homem atencioso, afetuoso, delicado, conversador, solidário que J. Serra sempre foi comigo: uma pessoa amiga, de palavras consoladoras certas e atos adequados. Um bom ser-humano. A toda a sua família apresento o meu enorme pesar.

Esperança, 1 de fevereiro de 2021, Atanagildo Lobo


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Junta do Coronado leva refeições a quem precisa Famílias carenciadas do Coronado apoiadas em tempo de pandemia. Com a ajuda da Junta de Freguesia, a delegação da Cruz Vermelha conseguiu chegar a mais pessoas na entrega de refeições. Da cozinha solidária para a mesa de quem precisa, sobre rodas de quem se juntou para a ajudar. Tem sido assim, em plena pandemia, na Vila do Coronado, desde que a delegação da Trofa da Cruz Vermelha Portuguesa decidiu tornar a cantina social itinerante, contando com o apoio da Junta de Freguesia do Coronado. Segundo Carla Lima, elemento da delegação da Cruz Vermelha, esta foi “a única” junta de fregueJunta do Coronado e Cruz Vermelha ajudam pessoas sem apoio familiar sia que respondeu ao apelo lançado pela instituição para o apoio à confecionar as próprias refeições” das e entregues pela Cruz Verdistribuição das refeições. “Tem e “sem condições financeiras melha em dezembro, 150 foram sido fundamental nesta parceria”, para se deslocarem até à cidade para beneficiários residentes no destacou. para recolher as refeições solidá- Coronado. José Ferreira, presidente da rias. “A Cruz Vermelha entrega“Em janeiro, no Coronado, pasJunta de Freguesia do Coronado, -nos as refeições na sede da Jun- samos de seis para oito utilizazdoreferiu que esta ação resulta da ta todos os dias e os nossos fun- res e ainda esta semana tivemos constatação de que existem pes- cionários, mais uma vez incansá- a sinalização de mais uma pessoas “sem retaguarda familiar”, veis, fazem a entrega”, detalhou. soa a necessitar deste apoio. No“sem grandes possibilidades de Das 400 refeições confeciona- tamos que esta resposta tem tido

expressão. Achamos que esta é uma mais-valia para as pessoas que vivem nesta freguesia, assim como para outras, ainda não tivemos recetividade das outras juntas de freguesia, mas vamos continuar a sensibilizar, porque achamos que é uma boa aposta”, destacou Carla Lima. A Porta dos Sabores sobre Ro-

das foi uma resposta da Cruz Vermelha às restrições impostas pela pandemia de Covid-19, evitando a deslocação de pessoas. E à boleia das refeições para as famílias sinalizadas pela Cruz Vermelha, a Junta de Freguesia responde a outra necessidade que surgiu, inesperadamente, com o encerramento das escolas. A dos alunos com carências económicas que, por motivos de isolamento profilático, não podem ir levantar as refeições, providenciadas pela Câmara Municipal. “Quando houve o fecho das escolas, algumas delas ficaram responsáveis por garantir as refeições aos alunos Entretanto, fomos abordados pela Escola de Fonteleite, de que havia dois alunos que estavam, assim como as restantes famílias, em isolamento profilático e não conseguiam levantar as refeições e pediu apoio à Junta, no sentido de ir levantar as refeições às escolas e levá-las ao domicílio dos estudantes. Nós não queríamos deixar de colaborar, até porque surgiram mais alunos com a mesma necessidades”, explicou José Ferreira.

Trofa continua a apresentar fatura da água mais cara do país O concelho da Trofa continua a ser aquele que, em Portugal, apresenta o valor mais elevado cobrado pelo abastecimento de água. A par com Santo Tirso, ambos servidos pela empresa concessionária Indaqua, o município trofense apresenta, segundo um estudo da DECO, um custo anual

de 265,27 euros por 120 metros cúbicos (aproximadamente 50 litros de água por dia e por pessoa). Com a fatura dos serviços de saneamento e águas residuais e gestão de resíduos sólidos urbanos, a Trofa isola-se no topo dos concelhos que mais cobram, com 541,67 euros anuais. Santo Tirso

apresenta-se na 2.ª posição, com 527,50 euros. Vila do Conde, também com concessão da Indaqua no abastecimento de água, apresenta uma fatura anual de 120 metros cúbicos de 480,29 euros, dos quais 250,6 euros se referem à água. Por outro lado, Terras do Bouro é o concelho onde se paga menos pela água: 46,5 euros por 120 metros cúbicos. Se considerarmos os três serviços (água, saneamento e resíduos), a fatura mais baixa é a de Vila Nova de Foz Côa. Além da qualidade da água, a Indaqua tem divulgado alguns dados para sustentar a qualidade do serviço que presta nos municípios onde tem concessão. Recentemente, divulgou em comunicado que, “pelo quarto ano consecutivo, Santo Tirso e Trofa estiveram entre os três concelhos em Portugal que menos água perderam por fugas, roturas ou roubos na rede de abastecimento. Em 2019, os dois concelhos desperdiçaram apenas 10 por cento da

T rofa um dos concelhos com a água mais cara sua água, o segundo valor mais baixo do país”. “Em 2020, a percentagem desceu para os 8,9 por cento”, acrescentou a empresa. “Quanto menos água desperdiçamos nas nossas redes, menos estamos a prejudicar o meio ambiente. A redução destas perdas

é, por isso, imprescindível para garantir a sustentabilidade dos territórios, que conseguem aproveitar melhor a água que têm disponível”, explica Anabela Alves, Diretora Geral da Indaqua Santo Tirso/Trofa.


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Atualidade

PAN questiona Ministério sobre plano de recuperação de afluente do Rio Ave

Concelhia do PAN defende resgate da concessão da água “É fundamental que o Governo não descure a importância da recuperação do rio Ave e dos seus afluentes” O PAN reclama “mais ação e fiscalização de forma a garantir a preservação” do rio Vizela, assim como “a necessidade de investimento na recuperação da fauna e flora associada”. Numa interpelação ao ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, o grupo parlamentar do partido questionou sobre o ponto de situação da Resolução da Assembleia da República n.º 63/2017, que “recomenda ao Governo que tome medidas para a despoluição do rio Vizela, investigue os incidentes de poluição nele ocorridos e elabore um plano para a recuperação das zonas envolventes”. “Consideramos que é funda-

mental que o Governo não descure a importância da recuperação do rio Ave e dos seus afluentes, face àqueles que são os impactos muito negativos na biodiversidade do rio e zonas envolventes. É imperioso que os nossos meios hídricos sejam considerados prioritários em matéria de despoluição e prevenção de atos negligentes e criminosos”, refere Bebiana Cunha, deputada à Assembleia da República pelo PAN. “Quantos planos de vigilância foram elaborados com as autarquias e entidades responsáveis pelos meios hídricos da bacia hidrográfica do Ave, assim como que municípios elaboraram esse plano” são algumas das questões que os deputados do PAN querem

ver respondidas pela tutela, que se juntam aos “pedidos de esclarecimentos sobre as medidas já implementadas e sobre os projetos previstos a curto prazo para uma efetiva fiscalização”. “Temos um verdadeiro problema ambiental em mãos na forma como os nossos rios são tratados. No caso da Bacia Hidrográfica do Ave, que tem sido negligenciada ao longo do tempo, consideramos que a tutela deverá definir e aplicar as devidas medidas ou procedimentos já consagrados na resolução com a maior brevidade possível de forma a devolver os rios às comunidades e a incentivar o mais profundo respeito pelos mesmos”, acrescenta Bebiana Cunha.

A Comissão Política Concelhia do PAN – Pessoas-Animais-Natureza questionou a Câmara Municipal da Trofa relativamente à posição do executivo quanto a um possível resgate do contrato da concessão de abastecimento de água no município da Trofa. O PAN em comunicado enviado aos orgãos de comunicação social “defende que a concessão do serviço de captação, tratamento e distribuição de água deve estar na esfera pública, na medida em que a água é um recurso essencial à vida, logo não deve ser gerido pelo setor privado. Entende-se que assim o interesse e o serviço público, assim como a qualidade de vida das populações estão melhor assegurados”. Fernando Flores Geração, porta-voz da concelhia da Trofa, considera que“os contratos de concessão destes serviços a privados revelaram-se, ao longo do

tempo, como uma má opção ao nível financeiro, pois acarretam um elevado custo nas taxas cobradas aos munícipes.” Citando dados da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (Ersar), recordou que “dos 25 concelhos com o abastecimento de água mais caro do país, 24 estão a cargo de empresas privadas, sendo que no topo desse ranking está a Trofa que, juntamente com Santo Tirso, tem a água mais cara do país!” O PAN considera que seria uma mais valia a Câmara Municipal da Trofa proceder ao resgate da concessão do serviço de água, por forma a possibilitar que os munícipes pagassem taxas mais baixas e, por conseguinte, mais justas, relembrando que outros municípios, como Santo Tirso ou Mafra, já procederam ou iniciaram esse processo.

Município reduz emissão de gases com efeito estufa O Município da Trofa volta a ser exemplo na temática ambiental. Quem o constata é o Relatório Anual de Energia e Emissões da Agência da Energia do Porto, que avaliou a Matriz de Energia do concelho. A redução da utilização do consumo de energia final bem como da emissão de gases com efeito de estufa são os indicadores em destaque relativos ao Município. Os dados são relativos a 2018, última avaliação municipal feita pela Agência de Energia do Porto. O seu Relatório Anual de Energia e Emissões dá conta dos resultados positivos que o Município

da Trofa alcança na temática ambiental, nomeadamente através do consumo de energia. O Relatório refere que, entre 2009 e 2018, se verificou uma redução da utilização de energia final no Município da Trofa de 26,5%, uma redução de energia primária de 22,6% e ainda uma redução de emissões de GEE (gases com efeito de estufa) de 32,3%. Segundo o estudo, estas variações justificam-se principalmente pelo uso dos Transportes (lado dos setores de atividade), que teve uma grande evolução em termos de medidas de impacto ambiental.

De destacar que a melhoria e o aumento dos acessos aos transportes públicos no Município, designadamente a utilização do comboio concorreram para estes números. Por outro lado, o Executivo Municipal da Trofa, liderado por Sérgio Humberto, continua a reivindicar a construção da extensão do metro até à Trofa, que contribuirá para o reforço da utilização dos transportes públicos, neste caso, não poluentes. Também no âmbito da aposta ambiental, a Câmara Municipal da Trofa tem no terreno a construção de uma rede de Ciclovias, que vai significar um novo ponto de partida

no envolvimento direto da população na redução do consumo de energia e na redução de emissão de gases com efeitos de estufa. A Trofa destaca-se ainda pela redução da utilização da energia final para Iluminação Pública e Semaforização, cuja percentagem diminuiu para 12,2% entre 2009 e 2018. Entre as apostas da autarquia nos últimos anos, tem estado também a substituição recente de todas as luminárias públicas por lâmpadas LED, com vista à redução do consumo e à pegada ecológica. Na Trofa, o setor com maior peso na utilização da energia é o

da Indústria, com 35% do uso de energia final e 36% do total de emissões. O Relatório Anual de Energia e Emissões da Agência de Energia do Porto carateriza o consumo de energia e respetivas emissões dos municípios, tendo como principais objetivos a quantificação da energia final e das emissões de GEE (gases com efeito de estufa), por vetor energético e por setor de atividade, fazendo a comparação dos resultados com os dos anos anteriores, de modo a perceber a evolução do impacto global em cada Município. Fonte CM Trofa


11 de fevereiro de 2021

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Emigrante de Guidões perde a vida num incêndio José Mário de Campos Ferreira, guidoense emigrado na Bélgica, perdeu a vida na sequência de um incêndio, que destruiu a habitação onde residia com a família, na madrugada de 2 de fevereiro, em Le Roux (Fosses-la-Ville). Segundo o canal de notícias RTL, José Mário, de 47 anos, estava com a mulher e o filho de 15 anos quando um incêndio deflagrou na caldeira e as chamas, alimentadas pela estrutura de madeira, tomaram, rapidamente, a habitação. José conseguiu

retirar o filho da habitação, mas acabou por não resistir aos ferimentos provocados pelo fogo. “In feli zmente, ele não teve tempo de sair, ficou completamente queimado. Os vizinhos tentaram ajudar, e ele também tentou sair, mas estava muito ferido e não conseguiu”, declarou Marc Gilbert, comandante dos bombeiros locais. A mulher e o filho de José Mário Ferreira foram transportados para o hospital, com queimaduras de terceiro grau. O combate às chamas, que chegaram a elevar a tempera-

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tura a mais de 600 graus celsius, foi feito com cautela pelos bombeiros, uma vez que, a poucos metros da casa, existe um depósito de fogo de artifício. Segundo Marc Gilbert, a rapidez com que o fogo consumiu a habitação explica-se pelo facto de ter existido o “triângulo do fogo”, ou seja, o material combustível, o comburente (oxigénio) e a elevada temperatura”. A s cerimónias fúnebres de José Mário Ferreira aconteceram na sexta-feira, 5 de fevereiro, em Pont le Loup, na Bélgica, onde foi sepultado.

Casa da família completamente destruída

Pulseira eletrónica por agredir e ameaçar de morte namorada A Guarda Nacional Republicana, através do Núcleo de Investigação e Apoio a Vítimas Específicas (NIAVE) do Porto, deteve, a 3 de fevereiro, um homem de 43 anos, no concelho da Trofa, por violência doméstica. “No âmbito de uma investigação por violência doméstica no concelho da Trofa, os militares da guarda apuraram que o suspeito de 43 anos, com antecedentes criminais

por violência doméstica e condução sob o efeito do álcool, movido por ciúmes, agrediu, injuriou e ameaçou de morte a vítima, de 42 anos, com a qual tinha uma relação há dois anos”, deu conta a GNR, em comunicado. Mais recentemente, a vítima teve mesmo de fugir e pedir ajuda a amigos, levando à detenção do suspeito, “consumidor habitual de bebidas alcoólicas”.

Presente no Tribunal de Instrução Criminal de Matosinhos, para primeiro interrogatório, o detido foi sujeito às medidas de coação de afastamento e proibição de se aproximar da vítima, proibição de contactar com ela por quaisquer meios ou formas, proibição de frequentar os locais frequentados por esta, não se podendo aproximar num raio de 500 metros, controlado por pulseira eletrónica.

Vítima foi injuriada, agredida e ameaçada de morte

Início de julgamento de vereador adiado mais uma vez Foi adiado, mais uma vez, para data ainda a definir, o julgamento do Caso Trofense, que começava na segunda-feira, 8 de fevereiro. O adiamento do julgamento, que tem entre os arguidos o então vereador do Desporto da Câmara Municipal da Trofa, Renato Pinto Ribeiro, justifica-se com o atual contexto pandémico que Portugal atravessa e com as medidas implementadas no âmbito do Estado de Emergência. Recorde-se que o Caso Trofense é um processo que investiga uma alegada “falta de fiscalização” das “verbas públicas atribuídas pela autarquia para obras de manutenção e requalificação do Complexo Desportivo do Trofense, em Paradela”, acabando o dinheiro, alegadamente, desviado pelo então presidente do clu-

grama, dos quais 60 mil se destinavam a “obras de conservação e manutenção no complexo desportivo de Paradela”. No entanto, de acordo com a acusação do Ministério Público (MP),“não foram efetuadas” as obras. Este julgamento já tinha sido adiado, a 19 de outubro, devido ao facto de o vereador ter de cumprir isolamento profilático depois de ter contactado com uma pessoa que testou positivo à Covid-19. Entretanto, o Tribunal tinha decidido “migrar” o julgamento para o Fórum Trofa XXI, no Parque Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro, depois de os trução de uma sala de estudos no advogados se terem queixado da complexo do clube em Paradela. “falta de condições de trabalho”, A Câmara Municipal da Trofa no auditório municipal de Vila terá pago a totalidade do subsídio Nova de Gaia. previsto no referido contrato-proArquivo

Julgamento do vereador R enato Pinto R ibeiro adiado be Paulo Melro, para pagamentos de salários e outras despesas do futebol profissional do Trofense. No ano de 2014, o Clube Desportivo Trofense viu ser-lhe atri-

buído um valor global de 135 mil euros de subsídios por parte do município. As verbas em causa estariam destinadas à requalificação dos relvados e apoio na cons-


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Tempo da Quaresma A palavra Quaresma é originária do latim “Quadragesima dies”(quadragésimo dia) O adjectivo referente a este período é dito quaresmal ou, mais raro, quadragesimal. Em diversas denominações cristãs, o ciclo pascal compreende três tempos : preparação, celebração e prolongamento. A Quaresma insere-se no período de preparação. O período da Quaresma corresponde ao tempo do ano litúrgico que antecede a Páscoa cristã, sendo celebrado por algumas igrejas cristãs, de entre as quais a Católica, a Ortodoxa, a Anglicana e a Luterana. Todos os serviços religiosos deste tempo quaresmal intentam a preparação dos fiéis para a comemoração solene principal dos cristãos que é a festa pascal, que comemora a Ressurreição e a vitória de Jesus Cristo, depois dos seus sofrimentos (Paixão e Morte) conforme estão narrados nos Evangelhos. Esta preparação é feita durante quarenta dias, por meio de jejum, abstinência da carne, mortificações, caridade e oração. O tempo da Quaresma inicia na Quarta-feira de Cinzas e prolonga-se até à Quinta-feira Santa, excluindo a celebração da Ceia do Senhor (e a cerimónia do Lava-. Pés.) que já pertencem ao Tríduo Pascal. Este dia (das Cinzas) e este tempo(quaresmal), que sucede à festa de Carnaval, dá início a um período muito forte, e é muito importante na vida da Igreja ( e de qualquer cristão). Na Missa da Quarta-feira de Cinzas, o sacerdote que preside a esta Eucaristia, marca a testa dos fiéis com as cinzas, cerimónia que simboliza o dever da conversão, mudança de vida recordando a efêmera fragilidade da vida humana, sujeita à morte. Esse simbolismo relembra a antiga tradição do Médio Oriente de colocar cinzas sobre as cabe-

ças como símbolo de arrependimento perante Deus. Enquanto o sacerdote coloca a cinza nos fiéis, diz: “Arrependei-vos e acreditai no Evangelho”, ou a fórmula mais antiga: “Lembra-te que és pó da terra, e à terra hás-de voltar”. Origem, história e espiritualidade Quando e como terá iniciado o tempo da Quaresma? A celebração da Páscoa e a sua preparação para essa festa, nos primeiros séculos da Igreja, não tinha propriamente um período de preparação. Limitava-se, de início, a um jejum realizado nos dois dias anteriores. A comunidade cristã vivia tão intensamente o empenho cristão até ao testemunho do martírio, que não sentia necessidade de um período de

tempo para renovar a conversão, já acontecida com o baptismo. Ela iria prolongar a alegria da celebração pascal durante cinquenta dias , com a celebração do Pentecostes. A partir da paz do Imperador Constantino, quando a tensão diminuiu no empenho da vida cristã, começou-se a perceber a necessidade de um período de admoestar os fiéis sobre uma maior coerência com o baptismo. Nasceram, assim, as prescrições sobre um período de preparação para a festa da Páscoa. No Oriente, começa-se a encontrar sinais de preparação das festas pascais no princípio do século IV (Sto. Atanésio, nas Cartas Pascais (330-347), São Cirilo de Jerusalém (347), Eusébio(+340) na “De Solemnitate Paschali” escreve sobre “Quadragesimo Exercitium”.

No Ocidente, há testemunhos um pouco contraditórios: no fim do século IV. Etéria (385), Santo Agostinho, para África, Santo Ambrósio(+396) em Milão(Itália). Não há certeza como surgiu em Roma a Quaresma, apenas há crónicas de que se foi formando progressivamente. Inicialmente, através de uma praxe penitencial na preparação da Páscoa desde metade do século II. Até ao século IV era prescrita uma semana de jejum que precedia a Páscoa.(agora Semana Santa). Depois acrescentou-se três semanas para perfazer as quatro semanas. Outros registos indicam que a partir do século IV, após o Concílio de Niceia (325) volta a haver referências à Quaresma. Inicialmente durava três semanas, depois em Roma foi alargada para seis semanas( quarenta dias) com início no primeiro Domingo da Quaresma ( na altura designado “Quadragesimo die,” quadragésimo dia anterior à Páscoa). Havia uma grande tónica batismal: Catequese, escuta da Palavra e Oração, que preparavam os Catecúmenos para receber o Batismo, na Vigília Pascal. Mais tarde, o termo Quadragesima, -que originou a actual Quaresma-passou a denominar a duração dos quarenta dias evocativos do jejum de Jesus Cristo no deserto a preparar-se para a sua vida pública. O Concílio de Trento prescreveu que a Quaresma fosse um

tempo de grande pregação da Palavra para a catequização do Povo de Deus. A Palavra levará à conversão e à recepção dos Sacramentos. Na Idade Média, toda a actividade social, política e eclesiástica era suspensa, durante o tempo da Quaresma: não se realizavam casamentos, os fiéis deviam assistir à Missa todos os dias. As restrições alimentares eram severas: bebia-se somente água e as refeições reduziam~se a pão e pescados. O Concílio Vaticano II suprimiu quase todas as festas dos Santos no tempo quaresmal (com excepção da Festa de S. José, a 19 de Março e a festa da Anunciação de Nª Sª a 25 de Março), determinou novas leituras para a liturgia diária, enriqueceu o ritual da penitência, das celebrações penitenciais e deu orientações pastorais e espirituais para a Quaresma, sem esquecer o sentido do jejum, de abstinência, de caridade, etc. O simbolismo do n.º 40 O número 40 está carregado de simbolismo e existe em diversas culturas. A Quaresma simboliza a realização de um ciclo de vida, em que ocorre uma mudança radical, a passagem para outra vida ou para uma nova maneira de viver, pensar e agir. A Quarentena aparece em diversas passagens da Bíblia, no


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Religião Antigo Testamento, marcando momentos importantes; -40 dias durou o dilúvio e outros 40 dias para a terra firme aparecer. -40 dias durou o Êxodo, a viagem do povo hebreu do Egipto para a Terra Prometida. -40 dias e 49 noites Moisés permaneceu no Monte Sinai para receber a Tábua dos 10 Mandamentos. -40 dias o profeta Elias levou para chegar ao Monte Horeb, onde se encontrou com Deus. -40 dias duraram os reinados dos primeiros reis de Israel, Saúl, David, Samuel e Salomão. -40 dias e 40 noites Jesus passou no deserto, sem comer, antes de iniciar a sua vida pública a pregar -40 dias Jesus ressuscitado permaneceu com os seus discípulos, instruindo-os, antes da sua Ascensão ao Céu.. Além deste simbolismo na religião cristã, o nº 40 também aparece com outra religiões e sociedades, como são os casos do Buda e Maomé que começaram a sua pregação com 40 anos de idade. Em vários povos africanos os funerais duram 40 dias e oferecem-se em sacrifício 40 bois e 40 cauris. Entre os povos do Altai, após 40 dias da morte do marido, a viúva pronunciava a fórmula ritual:” Agora eu te abandono” e a partir daquele momento estava livre para casar de novo. Costumes e tradições da Quaresma A Igreja Católica convida os seus fíeis, durante o tempo quaresmal, à conversão, a fazer jejum e abstinência, dar esmola e Oração. “A Confissão, ao menos uma vez por ano”, é o chamado 2º Mandamento da Igreja e é outra das prescrições que a Igreja tem para este tempo da Quaresma. O povo, na sua interpretação desta prescrição, chamava, noutros tempos “ a desobriga” ( ou o desarriscar) pela altura da Páscoa. A Igreja Católica, através do seu “magistério”, actualmente, propõe que os fiéis se confessem, pelo menos neste tempo da Quaresma, para melhor se prepararem para celebrarem a festa da Páscoa Tradição de Cobrir as Imagens dos Santos e Cruzes (de roxo) na Quaresma (em latim “ Velatio”) Antes da reforma litúrgica do Concílio Vaticano II, de acordo

com as prescrições deliberadas Centro do País), cujos progra- dos os dias na cidade de Braga, por S. Pio V (no Missal Romano), mas são constituídos de celebra- o SSmo. Sacramento fica exposto há a seguinte determinação: “ ção da Missa, da parte de manhã, à adoração dos fiéis, desde o iníAntes das Vésperas do V domin- e à tarde a realização da Procis- cio da manhã, até a final da targo da Quaresma e que corres- são com os andores do Senhor de, viajando de igreja em igreponde ao primeiro domingo da dos Passos e de Nª. Srª..das Do- ja. Esta devoção foi estabeleciPaixão, devem cobrir-se as cru- res ou da Soledade, geralmente da em 1710. zes e imagens que haja na igre- com uma paragem, para o cha“Domingo Gordo” ja. As cruzes devem permanecer mado “Sermão do Encontro”. e “Domingo Magro” cobertas até ao fim da Adoração Lausperene da Cruz, na Sexta-feira Santa e O Domingo Gordo é uma data as imagens até ao Hino do ‘Glómóvel que se celebra no dominO “Lausperene” tem origem ria a Deus nas Alturas’ no Sábado Santo “(vigília Pascal). Com esta no latim Laus Perene e significa go que antecede o Carnaval, que também é conhecido como “Terprescrição pretendia-se chamar “Louvor perene” fazendo alusão e centrar a atenção dos fiéis para à adoração contínua do Senhor ça -feira Gorda” Ambos os dias são assim chamados por serem o mistério da Paixão de Cristo. pelos fiéis. O Lausperene consiste na ex- considerados dias de “mesa farTudo o que pudesse desviá-la ( as imagens dos Santos eram se- posição da hóstia consagrada, ta”. Assim, o domingo e a terça. feira de Carnaval ( que antececundárias), deveria cobrir-se. chamada de SSmo.Sacramento No rito bracarense, tal “prescri- na igreja, aos fiéis. O sagrado dem a Quaresma) são “gordos” ção” era obrigatória durante toda Lausperene tem, normalmente de excessos, onde reina a cara Quaresma, ou seja: começava uma duração de 40 horas segui- ne, em contraste com os dias malogo em Quarta-feira de Cinzas e das, em referência ao período em gros ou dias de peixe típicos da terminava no Sábado de Aleluia. que o corpo de Jesus Cristo per- Quaresma. É tradição no DominNa actualidade, por decreto do maneceu no túmulo até suceder a go Gordo comer cozido à portuguesa, feijoada e papas de sarpapa Paulo VI-pós Concilio Vati- “Ressurreição”( ao terceiro dia). A celebração secular do Laus- rabulho. cano II- é opcional, ou seja, tanAinda não há muito tempo- um to “pode conservar-se o costume perene mantém-se viva em Portugal, principalmente na cidade costume que tem muitas dezede cobrir”, ou não. nas de anos,-era tradição fazerde Braga. Durante toda a Quaresma, to- -se a matança do porco por alSolenidade do Senhor dos Passos Nosso Senhor dos Passos ou Senhor Bom Jesus dos Passos é uma invocação de Jesus Cristo e uma devoção especial da Igreja Católica a Ele dirigida, que faz memória do trajecto percorrido por Jesus Cristo, desde a sua condenação à morte no Pretório até ao seu sepultamento (após ter sido crucificado no Calvário). A história desta devoção remonta à Idade Média quando os cruzados visitaram os locais sagrados de Jerusalém, por onde Cristo andou, e depois quiseram “reproduzir” este caminho, de regresso à Europa, sob a forma de “dramas sagrados” e procissões, ou construindo capelas especiais nos templos. No século XV fixaram-se 14 (catorze) momentos ( a que mais tarde foram chamadas estações) principais deste trajecto a que chamaram “Via Sacra” ou “Via Crucis”.Esta invocação e devoção tornaram-se muito populares em muitos paises e Portugal não foi excepção: começaram-se a construir inúmeras igrejas e capelas dedicadas ao Senhor dos Passos, começando a realizar-se procissões chamando-lhe Procissões dos Passos e/ou Procissões do Encontro. Durante todo o tempo da Quaresma pode dizer-se que não há domingo que não se realize uma Solenidade do Senhor dos Passos em qualquer paróquia (principalmente nas regiões Norte e

turas do Natal e as carnes mais gordas eram guardadas e salgadas cuidadosamente pelas famílias para serem saboreadas neste Domingo Gordo: Orelhas, focinho, chispes e rabos eram as partes de porco mais degustadas no Domingo Gordo. Já o “Domingo Magro” é aquele que antecede o domingo gordo e outrora iniciava-se o (Entrudo) Carnaval neste domingo. Várias prescrições/ proibições que vêm dos tempos da Idade Média (algumas chegaram a meados do século XX): -Olhar ao espelho, usar maquilhagem, perfumes, jóias e roupas coloridas (por ser vaidade). -Tomar banho (ver o corpo nu poderia atrair pensamentos pecaminosos) -Dançar, assobiar, cantar, ouvir música (eram sinais de alegria, contrária à Quaresma que significava austeridade e recolhimento). -Bebidas alcoólicas -Namorar e manter relações sexuais(principalmente na Sexta-feira Santa).


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Desagregação de freguesias vai ser discutida no Parlamento na especialidade A Assembleia da República aprovou na sexta-feira, 29 de janeiro, por unanimidade, a baixa à comissão da reversão da fusão e a extinção de freguesias ocorrida em 2013. A medida vai repor o mapa de freguesias anterior à reforma administrativa da chamada “Lei Relvas”, mas o processo de aprovação da lei e os procedimentos de validação pode comprometer a publicação do novo mapa administrativo a tempo das autárquicas. Foram quatro as propostas recebidas no Parlamento para a criação de uma lei que permita reverter a fusão e a extinção de freguesias de 2013, durante o Governo PSD/CDS-PP . Além da proposta do Governo enviada à Assembleia da República em finais de 2020, juntaram-se as propostas do PCP, do PEV e do BE. Estas propostas foram discutidas na generalidade no plenário e desceram depois à discussão na especialidade. Esta lei era esperada com expectativa pelos autarcas de freguesia, que pediam uma reorganização do mapa de freguesias para corrigir situações provocadas pela reforma administrativa de 2013. No entanto, a demora na apresentação da proposta, uma das principais críticas dos autarcas de freguesia, e o demorado processo que decorre até à validação de um novo mapa de freguesias, deve impedir que se verifiquem alte-

Foram quatro as propostas apresentadas para a reversão da fusão e extinção de freguesias de 2013 rações a tempo das eleições au- ra discutidos na comissão Admitárquicas que se realizam em se- nistração Pública, Modernização tembro ou em outubro deste ano. Administrativa, DescentralizaA Associação Nacional de Fre- ção e Poder Local, sem votação guesias (Anafre) referiu, num pa- por 60 dias. A proposta do Governo aprorecer enviado à Assembleia da República, que a proposta do Go- va “um regime geral e abstraverno não atendeu às principais to de criação de freguesias, que propostas dos autarcas e manifes- não visa aumentar ou diminuir o ta agora esperança na negociação número de freguesias, mas antes atualizar os critérios para a das propostas na especialidade. Em cima da mesa três projetos sua criação e definir o respetide lei (do Bloco de Esquerda, PCP vo procedimento, alcançandoe PEV) e uma proposta de lei (do -se também a retificação expediGoverno), todos eles com o mes- ta de pontuais incorreções da remo objetivo: reverter a extinção forma territorial de 2013, fazendo ocorrida em 2013 e reorganizar o a reorganização das freguesias mapa de freguesias a tempo das agregadas depender da “vontaeleições autárquicas, que deve- de dos órgãos autárquicos e das rão acontecer em setembro ou ou- populações”. O Governo pretende fazer aprotubro ainda deste ano. Serão ago-

var que as novas freguesias cumpram “obrigatoriamente” cinco critérios: um limite mínimo de população e território, a capacidade de prestar serviços à população, a eficiência da gestão pública, o respeito pela identidade cultural e o cumprimento da vontade da população. As novas freguesias devem, segundo o Executivo, ter, pelo menos, 900 eleitores ou apenas 300, caso se localizem no Interior do país. Por seu lado, os projetos de lei do PCP e do PEV, que são bastante idênticos, preveem a reposição de todas as freguesias extintas em 2013, caso essa extinção não tenha resultado da vontade expressa das autarquias, e a possibilidade de serem repostas ou-

tras freguesias extintas, “no âmbito do mesmo processo”, desde que essa proposta seja fundamentada pelos órgãos deliberativos municipais e de freguesia. Já o BE propõe, no seu projeto de lei, que a agregação ou desagregação de duas ou mais freguesias deve “observar cumulativamente” requisitos de prestar serviços à população, critérios de população e de continuidade de território, de história e identidade cultural, e a vontade da população. A iniciativa bloquista não identifica, no entanto, quais os critérios mínimos de população a ter em conta. Depois da negociação no parlamento, desde a publicação de uma lei e até à existência de um mapa final de freguesias, há um longo caminho a percorrer já que os processos passam pela aprovação da desagregação pelas assembleias de freguesia, depois pelas assembleias municipais e depois ainda pelo parlamento, que tem de ter o novo mapa aprovado e publicado até março, pelo menos seis meses antes das eleições, para que estas alterações estejam prontas a tempo das autárquicas. Em 2013, durante o período de ajuda internacional da ‘troika’, a reforma administrativa promovida pelo Governo PSD/CDS-PP agregou ou extinguiu 1.168 freguesias para as 3.092 que existem atualmente, o que mereceu a contestação de muitos autarcas.


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Acidente na A3 em Covelas

Do acidente resultaram apenas danos materiais Uma colisão entre duas viaturas ocorreu na Autoestrada número 3, cerca das 15h10m desta segunda-feira. O acidente deu-se ao quilómetro 15, na freguesia de Covelas, no Concelho da Trofa e não se registaram feridos, apenas danos materiais. Nas operações de socorro estiveram os Bombeiros Voluntários de Santo Tirso com duas viaturas e 7 elementos, apoiados pela Brigada de Trânsito da GNR e pelos operacionais da Brisa.

Ciclista ferido em colisão

Fachadas de edifícios e montras de lojas vandalizadas Na última semana dezenas de mensagens tem sido escritas a tinta vermelha nas fachadas de edifícios e nas montras das lojas do centro da cidade da Trofa. As letras garrafais desenhadas a vermelho nas paredes e nos vidros das montras nas ruas Conde

S. Bento, Rua Dr. Adriano Fernandes, Rua D. Pedro V, tem causado revolta de logistas e proprietários que em plena pandemia e obrigados a manter as portas fechadas, veem-se a braços com mais um ato de vandalismo. Ao raiar do dia, as marcas da noite sem confinamen-

to fazem-se notar com mensagens pintadas nas paredes e vidros, com caixas de correio e campainhas danificadas causando prejuízos de dezenas de euros a um comércio já ferido e a definhar com a crise economica provocada pela pandemia do Covid-19.

Furtados 20 mil euros do Centro Paroquial de S. Mamede

A ssaltantes forçaram janela para entrar no edifício

Vítima foi transportada para o Centro Hospitalar do M édio Ave Uma colisão rodoviária entre um veículo ligeiro de passageiros e uma bicicleta, na Rua Infante D. Henrique, na Trofa, resultou num ferido. O alerta chegou ao quartel dos Bombeiros Voluntários da Trofa cerca das 11h10 de 6 de fevereiro. O condutor do veículo de duas rodas sofreu ferimentos nos membros superiores. Foi assistido pelos Bombeiros Voluntários da Trofa e transportado para a unidade de Famalicão do Centro Hospitalar do Médio Ave.

O Centro Social e Paroquial de Mamede do Coronado foi alvo de um furto que teve lugar cerca das 3 horas e 30 minutos de 31 de janeiro. O padre Micael Silva, presidente da Direção do Centro, e pároco de S.Mamede do Coronado, confirmou ao NT que “os assaltantes entraram por uma janela que foi forçada e não estragaram mais

nada, tendo levado o cofre com cerca de 1,5 metros e que continha dinheiro para a gestão do dia a dia e que nesta altura nos faz muita falta”, adiantou. O NT sabe que terão sido furtados cerca 20 mil euros em dinheiro e que as autoridades terão levado as imagens de videovigilância onde ficaram registadas as imagens dos três indivíduos alegada-

mente envolvidos no furto. No interior do cofre, que foi encontrado durante o dia, num monte, próximo do Parque de Avioso, estariam diversos documentos, que foram encontrados junto do cofre. O Núcleo de Investigação Criminal do Destacamento de Santo Tirso da GNR está a investigar esta ocorrência.


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MM4M produz milhares de máscaras no coração do Vale do Ave

José Pedro Maia Reis Memórias e Histórias da Trofa

Morte trágica do Dr. A ntónio Maia

MM4M já produziu 6,5 milhões de máscaras O ADN empreendedor corre nas veias dos empresários do Vale do Ave e exemplo disso é a criação e instalação na zona Empresarial da Várzea, em Santo Tirso da empresa Mills Masks, que criou a marca MM4M e que já produziu mais 6,5 milhões de máscaras. Com o agravamento da pandemia, viram na produção de máscaras uma oportunidade para resistir no mercado, por isso, logo que a obrigatoriedade do uso da proteção facial foi decretada, avançaram para a criação da marca MM4M. Desde o início da laboração, em agosto de 2020, a empresa situada na Várzea do Monte, já produziu cerca de 5 milhões de máscaras cirúrgicas e 1,5 milhões de máscaras FFP2.Essencialmente

a vender no mercado interno, a empresa nota já uma crescente procura das máscaras FFP2 devido às orientações de alguns estados europeus para a adoção deste tipo de proteção.

O empresário Luís Malheiro, diretor-geral da Mills Masks adiantou que no início produziam “30 mil máscaras cirúrgicas dia e cerca de 10 mil FFP2 e passou agora para uma produção de 60 mil

MM4M já produziu 6,5 milhões de máscaras e 50 mil por dia respetivamente. Temos sentido um crescimento exponencial do número de encomendas”, frisou. Para responder à procura, o quadro de pessoal que conta já com 15 pessoas está a ser reforçado e há já novo investimento em vista, através da aquisição de uma nova máquina para incrementar a produção. A julgar pelas movimentações do mercado e sinais dados pelos responsáveis políticos, apesar de o processo de vacinação contra a Covid-19 já estar em marcha, esta empresa ainda terá muito trabalho pela frente para garantir a proteção da população de Portugal e de muitos outros países do mundo.

Muitos de vós ao irem em direção a Vila do Conde certamente repararam que logo após as curvas do “Bicho” e já na chegada a Fornelo tem uma placa evocativa relativamente a uma vítima que teria falecido nas proximidades daquele local. O indivíduo em questão era o Dr. António Maia, advogado de profissão que foi assassinado em finais de fevereiro ou início de março de 1907 enquanto estava a realizar a sua viagem de regresso para o seu lar, após ter viajado até Vila Nova de Cerveira para tratar de assuntos do foro jurídico para um dos seus clientes, teria sido atacado naquele local e sido morto. A vítima viria a aparecer morta, apresentava sinais de uma grande contusão craniana e estava envolta em uma grande poça de sangue como se pode depreender pelos relatos do jornal “O Ave” que apontavam aquele crime como sendo algo terrível. A figura era bastante estimada pela população vilacondense e esse sentimento de respeito e estima fez-se sentir quando a população por determinados momentos tentou fazer justiça pelas próprias mãos contra o principal suspeito daquele crime, obrigando inclusivamente ao reforço policial com vários soldados para evitar que tal acontecesse. O suspeito de ter cometido tal violência era o “Caixeiro” como era conhecido na comunidade de S. Tiago de Bougado em que era natural daquela freguesia e após ter pendido sobre si inúmeros interrogatórios iria acabar por ser condenado pelo Ministério Público de forma provisória como sendo o autor daquele crime. A suspeita recaia sobre a sua pessoa porque alegadamente ele teria sido o último a ver a vítima com vida, como também foi quem lhe fez o serviço de transporte em carroça desde a estação de caminhos de ferro da Trofa até Vila do Conde, todavia, a viagem seria interrompida em Fornelo. Analisando a imprensa da época é de fácil perceção que os julgamentos rapidamente aconteciam nas folhas do jornal em que os ataques ao possível culpado são constantes, os julgamentos são imensos, ultrapassando o limite ético para um jornalista. A 21 de março de 1907 iria ser formalizada a queixa em tribunal com o Juiz, acompanhado do delegado do Ministério Público a pronunciarem o arguido pelo crime de homicídio involuntário, por inconsideração e negligência, como também pelo crime de uso e porte de arma proibida porque ele teria uma pequena navalha na sua posse quando foi intercetado pelas autoridades. A medida de coação foi a prisão preventiva até ao pagamento de uma fiança no valor de 2 mil reis, um valor extremamente elevado para aquele momento da história. Os julgamentos na praça pública continuaram, as massas populares não aceitavam a acusação que tinha sido produzida, servindo possivelmente de alento que o suspeito ainda não tinha conseguido pagar a fiança e por isso continuava detido. O caso apaixonou a opinião pública, teve ampla cobertura na imprensa em que vários jornais escreveram e escreveram sobre este processo, sendo uma circunstância alimentada por múltiplos fatores, desde alguns erros processuais em que inclusivamente o corpo da vítima é mexido antes da chegada das autoridades, inúmeros exames médico-legais, etc. etc. Os dias foram passando e aquele caso até iria provocar discussões políticas/partidárias, concretamente entre o Partido Regenerador e o Partido Progressista. O novelo desta história é enorme, passadas poucas semanas tudo apontava que o crime para o qual estava a ser acusado iria sofrer agravamento passando a ser acusado de homicídio voluntário e caia a argumentação de homicídio por acidente. Quem sabe numa próxima crónica não irá surgir mais informações sobre este caso…


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Desporto

0 0 LOCAL Estádio S. Miguel (Gondomar) ÁRBITRO Rui Silva (Vila Real) Gondomar Ricardo Neves; Igor, Kang,Tiago Gomes, Huguinho, Fábio Borges ( João Abreu, 46’), Monteiro (Ângelo, 61’), Niang (Yuan, 84’), Zakari, Zé Pedro e Bosingwa Treinador Américo Soares TROFE NSE Serginho; Benedito, João Faria, Mika, Simão Martins, Alan Júnior, Yohan (Zacarias, 58’), Vasco Rocha, Bruno Almeida (Yair, 74), Tito e Dilson (Keffel, 90’) Treinador Rui Duarte AO INTERVALO 0-0 AMARELOS Igor (67), Alan Júnior (70),Huguinho (82) e Zé Pedro (84)

Trofense empata, mas aproxima-se da liderança Um empate que soube a pouco, tendo em conta as incidências do jogo, mas que ainda assim se revelou positivo, por ter permitido à equipa aproximar-se do líder. O Trofense não foi além de um nulo diante do Gondomar, em jogo a contar para a 15.ª jornada da série C do Campeonato de Portugal, mas não foi por falta de oportunidades de golos que saiu de Gondomar com apenas um ponto. Ineficácia foi a palavra que marcou a prestação da equipa da Trofa, que, desta forma, aproveitou, em parte, o deslize do Leça, que perdeu com o Pedras Rubras. Desta forma, o líder soma 24 pontos, enquanto o Gondomar segue na 2.ª posição, com 22 pontos. O Trofense, com menos um jogo, está no 3.º lugar, com 20 pontos. Na próxima jornada, o Trofense defronta o Coimbrões, num jogo que marca o regresso da equipa da Trofa a “casa”, um mês depois. A partida começa às 21h00 e tem relato da TrofaTv, no Facebook.

T rofense ganha em Gondomar apenas 1 ponto

Trofense Campeão do Mundo integra seleção nacional A FPF eFootball anunciou na passada segunda-feira uma alteração na estrutura da Seleção Nacional de Futebol Virtual. A Equipa das Quinas na vertente de futebol virtual deixa de ter um Selecionador Nacional e passa a ter uma equipa técnica composta por Armando Vale, que recentemente anunciou o ingresso na equipa do Diogo Jota, e por um novo elemento, o campeão do mundo da modalidade em 2011, Francisco “Quinzas” Cruz, atual treinador do Sporting CP, natural da Trofa. Com esta alteração a Seleção Nacional de Futebol Virtual volta a ter a mesma estrutura que tinha em 2019, ano em que alcançou o terceiro lugar na FIFAe Nations Cup. A equipa técnica vai ter o seu primeiro desafio no UEFA eEuro 2021 com o sorteio dos qualificadores a ser realizado esta segunda-feira. Armando Vale e Francisco Cruz vão ter apoio na mo-

F rancisco “Quinzas” Cruz integra a equipa técnica da seleção dalidade PES de um jogador escolhido pelos próprios para formar a equipa final que vai procurar garantir um lugar na fase final da competição, em julho, durante a semana da final do Euro 2020. Já em FIFA, os primeiros desa-

fios estão agendados para maio devido à pandemia do Covid-19 com um estágio na Cidade do Futebol e vários jogos de preparação a contar para o ranking mundial de Seleções.


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11 de fevereiro de 2021

Opinião

Regresso a Casa 2.0: (Re)Imaginar a Educação! Em agosto de 2020, o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, descreveu a pandemia COVID-19 como tendo causado a maior interrupção da Educação da História e reconheceu “uma oportunidade geracional para (Re)Imaginar a Educação. Devo dizer que os últimos dez meses foram oportunidades para todos, e é-me encorajador ver como professores de todo o mundo aceitaram o desafio de se adaptar e inovar. Temos na Educação um “ecossistema” em constante mudança. Como bem sabem, passamos de uma Escola que pretendia normaNão estaremos nós a comprolizar, para uma Escola diversificadora hoje! Estamos numa nova Era meter novamente uma geração em que se exige aos professores – a Geração Covid – por termos e às escolas respostas a proble- ainda profissionais pouco prepamas complexos de natureza di- rados, ou por não existirem ainversa como a Covid-19. Isto obri- da os meios tecnológicos adega-nos a um repensar acerca do quados, ou então providenciados seu papel interventivo a nível pe- ainda não em tempo-útil às instidagógico em contextos educati- tuições? Conseguirão, neste Revos hoje caracterizados pelo au- gresso a Casa 2.0, sem aparenmento da complexidade, incerte- te planeamento, os profissionais za e diversidade. Assim, afirmo de Educação estimular nos aluque a Educação é uma responsa- nos o pensamento crítico e analíbilidade enorme porque apresen- tico para avaliar cenários e resolta resultados imediatos e, portanto, ver problemas? Estarão preparasão visíveis as consequências das dos para potenciar a imaginação nossas ações. Temos hoje profes- dos alunos e apresentar soluções sores fantásticos e de convicção, inovadoras? Estarão preparados mas também temos muitos profes- para continuar a promover o Perfil dos Alunos à Saída da Escolarisores resistentes à mudança, pois é difícil lidar com as reações emo- dade Obrigatória? A Escola do futuro é hoje, e não cionais dos seres humanos face à ameaça de perda da certeza, da é necessariamente uma escola reprevisibilidade e da estabilidade. pleta de tecnologia, mas aquela E agora, para provar a todos que que permite a cada aluno deseno futuro não é um lugar fixo, e que volver os seus próprios talentos, nós professores devemos apostar que promove um ensino diferennuma formação contínua, chegou ciado e inclusivo, onde os alunos são desafiados a pensar, a explo2020 e a Covid-19 em força. Não nos iludamos, os eventos de rar, a criar e a comu­nicar. Uma coi2020 e 2021 representam uma cri- sa me parece clara que para avanse global de saúde pública, uma çarmos com as aprendizagens necrise económica e uma crise hu- cessitamos de instituições, salas manitária com a Educação na in- de aula, profissionais, agora as caterseção. Houve um impacto sig- sas 2.0 também, todos, em equinificativo, ainda por aferir, nos pa, concentrados na criação de alunos, educadores e instituições. ambientes para a aprendizagem Como o Coronavírus fechou a Es- centrada no aluno, ampliada pela cola em março de 2020, e como ele tecnologia e que vai além das livoltou a fechar em janeiro de 2021? mitações físicas dos edifícios. ToComo estarão os educadores por- dos estarão preparados para tal? A Geração Covid não ficará tugueses? Realidade: ansiosos, receosos, preocupados, stressados, para trás! Como Professor e Gestor Eduansiosos porque estavam em perda profissional, em stresse e em cacional vi muitas transformações burnout, pois afinal há uma ques- nos últimos 10 anos. Mas a Cotão-chave: “como irão continuar a vid-19 acelerou exponencialmenpromover as aprendizagens para te a transformação digital e então todos os seus alunos? Agora, a Es- vi anos de mudança traduzidos em cola irá novamente regressar com semanas. Essa aceleração trouxe transtornos, bem como oportunio Ensino em Casa 2.0!

José Calheiros

Escrita com Norte Porque sim... e porque não!

dades. Sabemos todos que esta disrupção provocada pela Pandemia trouxe a aceleração da Mudança, e criou oportunidades de (Re)imaginar o futuro da Educação. Estaremos prontos a agarrar esta oportunidade? Agora, novamente em Ensino à Distância todos os professores são desafiados a proporcionarem experiências de aprendizagem relevantes e diversificadas aos alunos, mas estarão preparados para tal? Os professores deverão organizar atividades orientadas por problemas e questões abertas que exijam raciocínio, diálogo, discussão de pontos de vista e trabalho colaborativo, estarão preparados para tal? Sim, se recorrem ao trabalho de projeto, à Flipped classroom (sala de aula invertida). Sim, se recorreram às plataformas de Gamificação e aos Exit tickets. Sim, se reforçarem a avaliação formativa e um Feedback mais regular, objetivo e direcionado. Quando falo em Deep learning, refiro-me a experiências educativas que produzem aprendizagens significativas. São aprendizagens personalizadas e centradas no aluno e que lhe são intrinsecamente motivadoras, com análise de tópicos que são do seu real interesse. Refiro-me a experiências de aprendizagem que fazem com que os alunos queiram insistir, persistir e ter sucesso. Essa combinação de autonomia, compromisso e trabalho significativo inspira alunos e professores. A Pandemia de Covid-19 veio para ficar e continuará a obrigar-nos, diariamente, a (Re)imaginar a Educação e a criar mudanças positivas para o futuro da aprendizagem dos nossos alunos: a Geração Covid não pode esperar! Luís Filipe Moreira - Professor Gestor da Mudança e Inovação Pedagógica

Quando penso naquilo que eu possa ter de bom como pessoa (poucas coisas), agrada-me crer, que talvez tenha absorvido a maior (ou uma das maiores) riqueza transmitida pelos meus pais, principalmente o meu pai, o Sr Augusto Calheiros. Não foi nenhuma herança material, que também me iria saber bem e me permitiria “assasinar” o despertador, mas foi sim o despertar do pensamento, questionando as coisas e pesquisando, para melhor tomar e fundamentar as minhas posições. Na essência, ser capaz de pensar pela minha própria cabeça e não me deixar arrebanhar pela maioria (com a excepção daquele ano, no Ciclo Preparatório, em que eu e mais de meia turma andávamos atrás da mesma miúda). O Sr Augusto Calheiros, para me mostrar que essa seria a melhor postura, mostrou-me a outra face! Assistimos a uma sessão da Assembleia da República, em que um alto responsável da Nação respondia “Não”, pela nobre e justificada razão do outro alto responsável da Nação ter antes dito “Sim”, seguindo-se um cacarejar, que rapidamente transformou um local de supostas argumentações sérias, num verdadeiro galinheiro, com a desvantagem dos deputados não porem ovos (que nem precisariam ser de ouro). No final fui levado a um café onde se discutia futebol. Cada um dos intervenientes justificava as suas opiniões com um sólido e fundamentado “Porque sim” ou “Porque não”, não raras vezes seguido de um “Tu não percebes nada!”! Estas discussões a que assisti, apesar de cenicamente impressionantes, se tivesse que fazer um sumo das mesmas, nada saíria… eram conversas “secas”. Dias depois, quando o questionei sobre a “Fé”, sobre se esta era mais forte e se tinha mais sentido que a “Razão”, o Sr Augusto Calheiros apenas me disse: - Anda daí! Nessa altura havia “peregrinações” a uns eucaliptos (sim, eucaliptos), localizados próximo da Trofa, que miraculosamente libertavam fumo, e denso. Lá chegados, e com os olhos bem abertos, vimos o óbvio, a árvore em vez de libertar fumo era sobrevoada por milhares de mosquitos! Ao meu lado alguém rezava e perguntei: - Está a rezar pelos mosquitos? - Quais mosquitos, menino? – respondeu-me a senhora com uma pergunta, enquanto mascava umas ervas. Regressei a casa intrigado com a possibilidade da fé poder cegar! Na prateleira do móvel da sala, algures entre os “Miseráveis” e um livro de receitas que tinha um bolo de iogurte muito bom, estava a descansar a “Bíblia”. Acordei-a e passei as semanas seguintes a lê-la. Fiquei a saber que os milagres terminaram com a morte dos apóstolos e preocupei-me com a senhora que rezava aos mosquitos! Seriam alucinogénias as ervas que a senhora mascava? Apesar de não ser crente, respeito (e admiro) a Fé das pessoas, desde que não as “cegue” e as faça construir templos no sítio onde mosquitos sobrevoam eucaliptos Mais tarde, perguntei ao meu pai sobre o “Politicamente correcto”. - Isso vais descobrir por ti! – respondeu-me. Com o passar dos anos e com a percepção que fui adquirindo da vida e dos outros, apercebi-me de que com o tempo, e em lume brando, vai sendo imposta uma forma de pensar, mascarando lobos com pele de cordeiros e o contrário, condenando quem se atreve a discordar e a sair desta forma balizada de pensamento. Para muitas pessoas essa limitação foi um alívio que lhes deu mais tempo para novelas e “Big Brothers”. Afinal a forma correcta de pensar já está decretada, basta ler o “Manual do Politicamente Correcto”. Fui ensinado pelo meu pai a ser mais rápido a pensar do que a falar. Se o consigo? Não sei…nem sempre. Mas todos nós sabemos por experiência própria que inverter esta ordem pode trazer o arrependimento, a raiva, o conflito,…a desordem! Quando fôr grande quero ser como o meu pai, que amanhã faz 75 anos, e ter a IMODÉSTIA de dizer, “Não sei”, quando muito estuda!


11 de fevereiro de 2021

O NOTÍCIAS DA TROFA

Necrologia Guidões

S. Martinho de Bougado

Santiago de Bougado

Maria de Fátima Teixeira Gonçalves da Silva Faleceu no dia 6 de fevereiro com 63 anos. Casada com Aires Maia da Silva

Clarinda Martins da Cunha Faleceu dia 31 de janeiro com 75 anos

Artur Pedrosa Faleceu dia 5 de fevereiro com 86 anos Casado com Maria Lavra

Agência Funerária Trofense, Lda

Agência Funerária Trofense, Lda

Rocha Funerárias, Lda

Alvarelhos

Santiago de Bougado

Lousado

Maria da Assunção Moreira Maia Faleceu no dia 6 de fevereiro com 90 anos.

Laura Maia da Silva Faleceu dia 31 de janeiro com 78 anos

Ana Maria da Silva Maia Faleceu no dia 5 de fevereiro, com 50 anos Casada com Fernando Campos Azevedo

Rocha Funerárias, Lda

Agência Funerária Trofense, Lda

S. Martinho de Bougado

Lousado

José Mário de Campos Ferreira Faleceu a 2 de fevereiro com 47 anos

Prof. Lucília Maria Cardoso Simões Alexandre Faleceu dia 19 de janeiro com 75 anos

Ilda Ferreira Maia Faleceu no dia 5 de fevereiro, com 80 anos Viúva de Manuel António Carvalho Veloso

Agência Funerária Trofense, Lda

Lousado

S. Martinho de Bougado

Vitorino Fernando dos Santos Dias Faleceu a 1 de fevereiro com 85 anos

Umbelina Fernanda Jesus Martins Faleceu dia 18 de janeiro com 80 anos. Casada com Joaquim José Silva Ribeiro

Francisco Osório Gonçalves Faleceu dia 5 de fevereiro com 80 anos Casado de Cândida Carvalho e Silva

Funerária Ribeirense - Paiva & Irmão, Lda

Alvarelhos

Santiago de Bougado

Alcino da Silva Moreira Faleceu a 1 de fevereiro com 83 anos Casado com Margarida Maria Ferreira de Araújo

Maria Fernanda Serra Azevedo Faleceu a 26 de janeiro com 57 anos

Rocha Funerárias, Lda

Agência Funerária Trofense, Lda

Alvarelhos

S. Martinho de Bougado

Jacinta de Sousa Ferreira Faleceu com 99 anos a 1 de fevereiro

Inês Oliveira de Sousa Faleceu a 24 de janeiro com 90 anos

Rocha Funerárias, Lda

Agência Funerária Trofense, Lda

Alvarelhos

Ribeirão

Américo Alfredo Silva Soares Faleceu dia 30 de janeiro com 71 anos Casado com Virgínia Rosa de Carvalho Gomes Alheiro

Aurélia Dias Ferreira Faleceu no dia 19 de janeiro, com 88 anos Viúva de Manuel Moreira dos Santos

Rocha Funerárias, Lda

Funerária Ribeirense - Paiva & Irmão, Lda

Santiago de Bougado

Ribeirão

Maria Alice da Silva Cruz Faleceu no dia 7 de fevereiro com 83 anos Viúva de João Fernando Correia da Silva

Manuel Azevedo Miranda Faleceu no dia 23 de janeiro, com 89 anos Viúvo de Maria Alice Gonçalves dos Santos Miranda

Agência Funerária Trofense, Lda

Funerária Ribeirense - Paiva & Irmão, Lda

**

Funerária Ribeirense - Paiva & Irmão, Lda

Guidões

Rocha Funerárias, Lda

Atualidade *

Funerária Ribeirense - Paiva & Irmão, Lda

Guidões - Bélgica

Rocha Funerárias, Lda

Sudoku

15

7 diferenças

Agência Funerária Trofense, Lda

Farmácias Dia 11 Farmácia de Ribeirão Dia 12 Farmácia Trofense Dia 13 Farmácia Barreto Dia 14 Farmácia Nova Dia 15 Farmácia Moreira Padrão Dia 16 Farmácia Trofense Dia 17 Farmácia Trofense Dia 18 Farmácia Barreto Dia 19 Farmácia Nova Dia 20 Farmácia Moreira Padrão Dia 21 Farmácia de Ribeirão Dia 22 Farmácia Trofense Dia 23 Farmácia Barreto Dia 24 Farmácia Nova Dia 25 Farmácia Moreira Padrão

Telefones úteis Bombeiros Voluntários Trofa 252 400 700 GNR da Trofa 252 499 180 Centro de Saúde da Trofa 252 416 763//252 415 520 Centro de Saúde S. Romão 229 825 429 Centro de Saúde Alvarelhos 229 867 060

Enigma Um relógio digital marca 19:57:33. Qual o número mínimo de segundos que devem passar até que se alterem todos os algarismos?

Soluções da edição passada Sudoku

Enigma A senhora tem 40 anos.

F icha T écnica Diretor: Hermano Martins Sub-diretora: Cátia Veloso Editor: We do com unipessoal, Lda. Redação: Magda Machado de Araújo Colaboradores: Atanagildo Lobo, João Pedro Costa, João Mendes, César Alves, José Pedro Reis, Moutinho Duarte | Fotografia: A.Costa, Miguel Trofa Pereira (C.O. 865) Composição: Magda Araújo | Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Lda., Rua de S, Brás, n.º 1 Gualtar, Braga| Assinatura anual: Continente: 18,50 euros; Extra europa: 45 euros; Europa: 35 euros; | Assinatura em formato digital PDF: 15 euros IBAN: PT50 0007 0605 0039952000684 | Avulso: 0,70 Euros | E-mail: jornal@onoticiasdatrofa.pt | Redação: Rua das Aldeias de Cima, 280 r/c 4785 - 699 Trofa Telf. e Fax: 252 414 714 Propriedade: We do com unipessoal, Lda. NIF.: 506 529 002 Nº Exemplares: 5000 | Depósito legal: 324719/11 | ISSN 2183-4598 | Detentores de 100 % do capital: Magda Araújo | Estatuto Editorial pode ser consultado em www.onoticiasdatrofa.pt | Nota de redação: Os artigos publicados nesta edição do jornal “O Notícias da Trofa” são da inteira responsabilidade dos seus subscritores. Todos os textos e anúncios publicados neste jornal estão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. É totalmente proibida a cópia e reprodução de fotografias, textos e demais conteúdos, sem autorização escrita.


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11 de fevereiro de 2021

O NOTÍCIAS DA TROFA

Atualidade

Treinador da Trofa tenta novo brilharete no Rio Ave Costuma-se dizer que o bom filho a casa torna e, neste caso, Miguel Cardoso regressou ao Rio Ave para tentar fazer o clube vilacondense sonhar alto, como em 2017/2018, quando, sob orientação do treinador da Trofa, se qualificou para a Liga Europa, graças a um meritório 5.º lugar – e 51 pontos - na Liga Portuguesa. “Trata-se de um técnico que conhece muito bem o Rio Ave FC e Vila do Conde, estando plenamente integrado naqueles que são os valores do nosso emblema. Com

ele, a caravela escreveu algumas das páginas mais bonitas da sua história, saindo valorizado e reconhecido pelo trabalho efetuado”, escreveu o clube de Vila do Conde aquando do anúncio da contratação de Miguel Cardoso, num vínculo contratual válido até junho de 2022. O técnico da Trofa vem tomar o lugar que estava a ser ocupado pelo treinador da equipa B, Pedro Cunha, para onde regressa. Com três jogos realizados, Miguel Cardoso já experimentou todos

M iguel Cardoso regressou ao R io Ave os sentimentos: perdeu com o FC Porto, no jogo de estreia no banco, por 2-0, empatou a zero com o Nacional e venceu, esta segunda-feira, diante do Tondela.

O Rio Ave ocupa, atualmente, o 10.º lugar da 1.ª Liga, com 19 pontos. Este é mais um passo na carreira de Miguel Cardoso, que na época passada orientou o AEK de

Atenas, por quatro jogos (e um triunfo), tendo ainda passado pelo Celta de Vigo (15 jogos, três vitórias) e Nantes (oito jogos, uma vitória), em 2018/2019.


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