Edição 737 do jornal O Notícias da Trofa

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Quinzenário | 11 de março de 2021 | Nº 737 Ano 18 | Diretor Hermano Martins | 0,70 €

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1 em cada 10 trofenses já teve Covid-19 //PÁG. 4

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Zona envolvente à Secundária requalificada

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Formação Profissional

Pandemia acelerou o futuro

Assaltaram BMW para furtar o volante pub


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11 de março de 2021

Atualidade

Sessão sobre saúde mental das crianças esta sexta-feira “Saúde Mental das Crianças em Tempo de Pandemia” é o tema da sessão de esclarecimento que, esta sexta-feira, às 19h00, decorre em formato online, na plataforma Zoom, no âmbito do projeto Trofa+. O evento, promovido pela autarquia da Trofa, conta com a participação de Sónia Rodrigues, psicóloga especialista em Psicologia Clínica e da Saúde e em Psicologia do Trabalho, Social e das Organizações, com especialidades avançadas em Psicoterapia e em Psicologia Comunitária.

A ação é direcionada para os encarregados de educação dos estudantes do concelho da Trofa, pelo que os interessados deverão enviar os dados (nome do aluno, ano, escola, nome do encarregado de educação, email e contacto telefónico) ao professor titular ou para o email educacao@mun-trofa.pt, através do email institucional, cedido pelo Agrupamento de Escolas. Depois da inscrição, a organização enviará o código de acesso à sessão.

Empresa promove colheita de sangue A MTC People, empresa de trabalho temporário, vai promover uma colheita de sangue no dia 31 de março. A ação, que se realiza em articulação com o Instituto Português de Sangue e Transplantação, decorre entre as 9 e as

12h30, nas instalações da empresa, na Rua do Poente, n.º 142, em Santiago de Bougado. A colheita é aberta a toda a população e as inscrições podem ser feitas através o contacto telefónico 221120879.

Junta de Freguesia promove espetáculo de teatro As “cortinas” digitais vão abrir a 27 de março para apresentar “Fatos do Neco não são de ninguém”. A peça, com a participação do Grupo de Teatro Experimental do Muro, está a ser promovida pela Junta de Freguesia do Muro, que a lançará no Dia Mundial do Teatro, 27 de março, às 21h30, na plataforma ZOOM. Os interessados em assistir ao espetáculo devem garantir “lugar” enviando um email para o endereço geral@ freguesiadomuro.pt, com indicação do contacto, nome e email. A “sala” tem lotação para cem participantes. O convite será, posteriormente, enviado via e-mail com o código de acesso (pessoal e intransmissível).

Meteorologia

Saúde Mental em tempo de Pandemia Faz um ano que iniciamos esta era pandémica. Uma era que está a ter um grande impacto na vida de todos nós. Ao longo deste período, surgem sentimentos e emoções de tristeza, cansaço, frustração, ansiedade, preocupação quer pela saúde dos que mais gostamos, assim como face à situação profissional e/ou económica. As reações referenciadas anteriormente são comuns e generalizadas, mas todos reagimos de forma diferente aos contextos, mudanças e acontecimentos, e neste sentido, é importante permanecermos atentos à forma como a nossa mente se manifesta e responde ao longo do tempo aos obstáculos e momentos mais difíceis. Devemos, deste modo, monitorizar a nossa resposta e a dos que nos rodeiam, e, sendo estas desadaptativas, o pedido de ajuda torna-se uma responsabilidade social. Neste sentido, é importante arranjar estratégias para cuidar da saúde mental. Mas o que poderá fazer? • Mantenha contacto com as pessoas que são do seu interesse; • Partilhe a sua angústia (com amigos, família ou peça ajuda profissional); • Crie uma rotina diária; • Tenha autocuidados (Saúde física, imagem, sono); Em caso de se encontrar em teletrabalho • Estabeleça uma rotina (horários fixos de trabalho/ descanso, autoimagem, refeições e horas de sono; • Desligue-se (se possível) em momentos de pausa, de aparelhos eletrónicos (telefone e e-mail) que lhe possam interromper o descanso. A pensar em si, Psicóloga Ana de Sá Moreira

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Atualidade

Bombeiros à procura de novos heróis de farda Está a decorrer o prazo de inscrição para a nova escola de bombeiros da Trofa. O curso de ingresso é composto por seis unidades de formação de curta duração e arranca em abril. Não têm superpoderes, mas muitas vezes são apelidados de heróis. Mesmo sendo pessoas normais, fazem da coragem, dedicação e responsabilidade os atributos para garantirem que o bem-estar geral da população prevaleça sobre as contrariedades que surgem, diariamente. Por isso, sendo um bem precioso para a comunidade, urge criar condições para que se mantenham em atividade, em bom número e preparados para o que há de vir. E as condições passam por ter, no seio da comunidade, quem queira abraçar esta missão, porque: bombeiros voluntários pre-

nossa realidade para os preparar, ao máximo, para o que vão encontrar no futuro”, detalhou o oficial. Existem ainda duas UFCD direcionadas para a função de tripulante de ambulância, cada uma com com duração de 25 horas, que dotarão os bombeiros para situações de “emergência pré-hospitalar e transporte de doentes”. Por último, a UFCD relativa ao salvamento rodoviário, onde são apresentadas “pequenas noções de como fazer um desencarceramento num veículo, para, depois, ser possível, socorrer a vítima ou vítimas, em segurança”. Corpo de bombeiros à procura de novos membros cisam-se! É com esta mensagem que a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Trofa pretende chamar a atenção para a

A bertas inscrições para curso de bombeiros

Sangue novo para renovar corporação abertura de mais um Curso de In- de como se distribuem as categogresso na Carreira de Bombeiro, rias e os postos de serviço. Segundo Carlos Cadilhe, já se O segundo módulo, também que inicia no mês de abril. As candidaturas estão abertas com duração de 25 horas, ba- inscreveram na nova escola 13 ese podem ser feitas em www.bom- seia-se nas tecnologias de base tagiários, com idades entre os 17 beirostrofa.pt. Os candidatos de- que estão presentes na atividade e os 40 anos. Rejuvenescer o corvem ter entre 17 e 45 anos, esco- de bombeiro. “Explicamos, por po de bombeiros e reforçar o volaridade mínima obrigatória e ro- exemplo, como se inicia um in- luntariado na corporação são os cêndio, damos noções de eletri- objetivos deste curso de ingresso. bustez física e psicológica. Em declarações ao NT, Carlos cidade, qual o extintor mais ade- “Como sabemos, no mundo dos Cadilhe, oficial dos Bombeiros quado para cada tipo de cenário”, bombeiros, as coisas estão sempre a mudar, porque se moderniVoluntários da Trofa que vai es- explicou Carlos Cadilhe. Seguem-se UFCD “mais espe- zam equipamentos ou atualizam tar responsável pela escola de bombeiros, os candidatos terão cíficas”, relativas ao combate aos procedimentos e está cada vez de cumprir “seis unidades de for- incêndios urbanos, em diversas mais difícil ter pessoas com este mação de curta duração (UFCD) circunstâncias, como em edifí- espírito altruísta, que é a alma da obrigatórias”; que são “certifica- cios em altura, numa habitação, função de bombeiro. Já temos 13 das”. A organização do serviço numa cozinha, etc”. Esta unidade inscrições, mas queremos mais de bombeiro, com duração de 25 de formação tem a duração de 50 candidatos, para termos uma eshoras, é a primeira UFCD minis- horas, assim como a que está re- cola robusta e capaz de reforçar a trada aos aspirantes e através da lacionada com os procedimentos nossa capacidade operacional. O qual são explicadas as noções de para combate aos fogos florestais. ideal seria termos 20 estagiários como funciona uma corporação e “Tentamos adequar a formação à a ingressar no curso”, detalhou.


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Atualidade José Pedro Maia Reis Memórias e Histórias da Trofa

Festividades em Honra do Sagrado Coração de Jesus em Guidões em 1896

Zona envolvente à Escola Secundária requalificada A zona envolvente à Escola Secundária da Trofa está a ser alvo de um arranjo urbanístico. A empreitada, em execução, é da responsabilidade da Câmara Municipal da Trofa, que refere ter alocado “cerca de 143.500 euros” no projeto. A intervenção inclui a “criação de um ‘foyer’ de entrada, como elemento de receção pedonal da comunidade escolar, bem como o redimensionamento e nova organização do parque de estacionamento”, assim como de uma praça, “área de

convívio exterior da comunidade, que permite a concentração na chegada e retoma dos alunos”, colocação de bancos em betão, suportes para estacionamento de bicicletas e colunas de iluminação pública. Será ainda criada uma estação de paragem de autocarros e introduzida uma lomba de redução de velocidade, na Rua Dr. António Augusto Pires de Lima.A empreitada deverá estar concluída no final deste semestre.

Ciclovia que ligará estação ao Parque das Azenhas em construção O investimento ronda os 950 mil euros, conta com comparticipação através do programa Portugal 2020, e dará corpo à batizada Ciclovia Norte, um corredor ciclável que começou, recentemente, a ser construído na cidade da Trofa. O projeto contempla um percurso de cinco quilómetros, aproximadamente, que ligará o interface ferroviário ao Parque das Azenhas, passando pela Escola Básica 2/3 Professor Napoleão Sousa Marques, Alameda da Estação, Hospital da Trofa, Academia Municipal Aquaplace e a futura Distribuidora 21, em construção. A obra tem prazo de conclusão previsto para “final de outubro de 2021”. Segundo a autarquia, em comunicado, a obra “vai criar um percurso seguro, agradável e funcional, pedonal e ciclável”, que “tem como objetivo promover a bicicleta como meio de transporte, passível de vir a garantir uma percentagem apreciável da repartição modal, ou seja, a criação de uma nova infraestrutura de transporte com identidade própria, que vai completar uma vasta rede ciclável existente e em construção, na Trofa”. “Com este projeto, a Câmara Municipal da Trofa, liderada por Sérgio Humberto, está a criar uma nova mobilidade no

Ciclovia vai ligar a estação às azenhas Concelho, apostando na sustentabilidade e na descarbonização, procurando dar impulso à ação de promoção dos modos suaves”. Recorde-se que está também em andamento a obra de construção da Ciclovia do Coronado.

Câmara apaga as luzes de edifícios municipais Durante uma hora, as luzes dos polos da Câmara Municipal da Trofa, Casa da Cultura e Fórum Trofa XXI vão desligar-se em prol do planeta. É a repetição de “Hora do Planeta”, uma iniciativa que, anualmente, visa chamar a atenção para o perigo das alterações climáticas e à qual a autarquia trofense se tem associado.No dia 27 de março, entre as 20h30 e as 21h30,

os edifícios ficarão às escuras, assim como vários edifícios e monumentos por todo o mundo. Em Portugal, aderem mais de uma centena de municípios. A “Hora do Planeta” é promovida pela WWF – World Wide Fund for Nature e este ano o tema é “Água e Alterações Climáticas”, com o conceito “Liga-te ao Planeta”.

Decorria ainda o século XIX, estando a caminhar para o seu término e em 1896 comemorava-se mais uma vez a festividade em honra do Sagrado Coração de Jesus. Uma festividade que tinha alguma importância naquela comunidade, sobretudo se atendermos aos acontecimentos prévios para a sua realização, demonstrando e comprovando essa argumentação de importância. O ano era de 1896 e tinha um ponto importante naquele cerimonial, seria também cantada uma missa nova que era sinónimo de novo padre e era um importante acrescento para a fé católica, sendo esse padre, Manoel Silva de Braga. A festa não era arraial para muitos dias, concentrando-se em apenas dois dias as suas atividades tanto profanas como religiosas, sendo constituída de um programa também ele simplista, desconhecendo a realização de atividades profanas, todavia, festa que é festa puxa sempre para o bailarico e para os seus foguetórios. A sua realização iria ocorrer nos dias 1 e 2 de agosto de 1896 e teria no sábado a habitual confissão para todos os elementos da comunidade, romeiros e festeiros, não existindo mais apontamentos relativamente a outras atividades. No domingo, seria realizada a tradicional missa, que seria a missa nova do novo padre, como também a presença de um orador de Cavalões, do vizinho concelho de Vila Nova de Famalicão que era o Luíz de Almeida que estava presente em muitas das festividades que se iam realizando nas redondezas e também das futuras freguesias do concelho da Trofa. A missa iria terminar e estava prevista a procissão no final daquele primeiro evento religioso, sem ser possível atendendo às informações que foi possível apurar, definir os seus elementos e também a sua capacidade de mobilização. As notícias relativamente a esta festividade são escassas, não são em grande número, deixando antever que poderia ser uma de entre muitas das festividades católicas que eram então realizadas, não devemos ignorar o grande papel social, cultural e recreativo que estas festividades tinham sobretudo nas comunidades mais afastadas dos centros decisórios como também dos centros de propagação cultural. Imperioso referir a importância dada aquele momento pela celebração de uma missa nova que até há pouco tempo era sinónimo de grandes festividades nas localidades onde aconteciam, algo que no presente tem vindo a perder um forte impacto e protagonismo, sinais dos tempos.

“O Município da Trofa compromete-se, em 2021, a promover a mobilidade sustentável, através da implementação de duas ciclovias – Rede Ciclável da Trofa (Zona Norte), com uma extensão de 1,3 km e o Corredor Ciclável e Pedonal dos Coronados, com uma extensão de 2,5 km”, referiu a edilidade, em comunicado.


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Atualidade

Descarga no Rio Trofa Crónica Verde

Quem pode, phode! E para lá da pandemia Covid-19, outra pandemia varre o país: as radicais podas e/ou abate de árvores públicas são notícia em todo o lado, a toda a hora. O Coronado também padece de tal peste. É a maldita pandemia-arboricida, promovida pelos nossos autarcas! A mais recente “phoda” foi protagonizada pela Câmara Municipal da Trofa, em pleno São Bartolomeu. O querer aquilo “airoso” e livre de “folhaço”, uma comissão local de barriga cheia, o assobiar para o lado de quem por ali passa, a típica caça-ao-voto que já está acesa, tudo isto foi pretexto para que a Câmara lá realizasse uma valente poda de rolagem, com funcionários-a-prazo e sem qualquer preparação técnica. Sábado (!) e segunda-feira, foi um fartote: 9 árvores decepadas – e valha, pouparam uma oliveira e um “alcatifado” azevinho. E que triste exemplo para os miúdos, sim, os Escuteiros que até têm sede mesmo ali ao lado. Baden-Powell estremeceu! Que desilusão, senhor vereador do Ambiente e da Protecção Civil. “O futuro (insustentável) passa pela mesmo por aqui”. O Pacto dos Autarcas para o Clima e Energia merece muito mais – e melhor! Já a Junta de Freguesia do Coronado também alimenta as Alterações Climáticas, apesar do presidente da junta, José Ferreira, desde 2010, via APVC, ser constantemente alvo de construtivas e tranquilas sensibilizações. Nesta época de podas 2020-2021, são muitos os atentados praticados pela Junta, um pouco por toda a freguesia, desde Setembro e até estes dias. Largo do Espírito Santo, Urbanizações do Casal e do Côvelo, Zona Industrial de Soeiro, Traseiras da “Ziza” (Rua Dom João I), N318/Rua do Horizonte (junto ao nº 1567), entre outros spots. São quase 100 árvores, “sem” árvores! As intenções também apontam para obtenção de lenha, de forma gratuita e à descarada, diga-se, muito útil, nesta altura, para alimentar fogões, tal é a quantidade de matéria lenhosa transportada pelos veículos da junta – tractor-reboque e carrinha. Compilamos um dossier detalhado, com vídeos, fotografias e testemunhos de residentes. Não esquecemos dados referentes à famosa razia praticada pela Câmara Municipal da Trofa, no jardim da Feira Nova, por alturas do início das obras pró-ciclovia – curiosamente, foi "meia razia", porque, convenhamos, grande parte das árvores já estavam mortas ou em processo lento de definhamento, "fruto" das podas de rolagem praticadas, anualmente e desde 2010, pela Junta de Freguesia (de São Mamede do Coronado e, depois de 2013, do Coronado). O dossier tem sido divulgado via mailing, whatsapp e, presencialmente, mostrado à comunidade. Se já não consegues sensibilizar nem mudar a mentalidade deste(s) autarca(s), então, mostra-o(s) ao mundo, o que de mal fazem e o que deveriam fazer, para bem de toda a comunidade. Tem gerado manifestações de espanto, mas, acima de tudo, tristeza, muita tristeza! Depois de tantos anos a dialogar, sugerir, colaborar, solicitar, quase pedir “sua(s) excelência(s)”, caramba, já chega – ó carvalho, chega (?), isso não, nunca! Senhor Presidente José Ferreira, Senhor Presidente Sérgio Humberto, Senhores Vereadores, Senhores Deputados das assembleias municipais e de freguesia, de forma construtiva, apelamos à Vossa responsabilidade, com urgência, baixem as armas e tricas político-partidárias e, à luz do desenvolvimento sustentável, entendam-se. Ó conterrânea Dona Lina Ramos, ó Linaaaa, ah, carvalho, meta esta malta toda na linha!! É urgente: planear e implementar boas práticas de gestão de espaços verdes em todo o concelho; respeitar, valorizar e dar “carta branca” aos técnicos municipais devidamente qualificados e que, esses sim, só esses, devem intervir – basta de tarefeiros e/ou chico-espertos de moto-serra na mão! Saúde-da-Boa, vítor assunção e sá

| APVC

facebook.com/valedocoronado

A água límpida que, ainda na manhã de 26 de fevereiro, corria pelo Rio Trofa sob a pequena ponte na Rua Dr. Avelino Padrão, foi “pintada” de branco. Horas mais tarde, por aquele curso passava, em direção ao Rio Ave, “água branca”, resultado de uma descarga feita perto daquela zona, contou Nelson Sá, habitante de Santiago de Bougado. O cenário foi confirmado pela equipa de reportagem do NT, que esteve no local, cerca das 17h30 desse dia, e verificou o “tingimento” das águas. “Quando passo aqui olho sempre para o rio e, ainda há uma

Descarga pinta água de branco hora, eu vi que a água estava limpinha, transparente. Quando re-

gressei, já estava assim. Isto é um atentado”, acrescentou Nelson Sá.

Ribeiro de Covelas ou Rio Trofa? Os dois O assunto dá polémica, pela certa, principalmente nas redes sociais, onde as pessoas põem de lado o acanhamento e fazem valer as suas convicções. De um lado estão os que defendem, com unhas e dentes, que o curso de água que nasce em Covelas, leva

o nome da freguesia até desaguar no Rio Ave. Outros abanam com a lógica da localidade: se passa na Trofa, então chama-se Rio Trofa. A verdade é que este recurso hídrico assume as duas designações, dependendo da zona onde corre. Segundo a cartografia ofi-

cial de 1948, surgem ambas as designações: ribeiro de Covelas (a montante) e rio Trofa (a jusante). A segunda deve usar-se quando a água corre a partir da Trofa Velha, na confluência do ribeiro que vem da Peça Má.

Lixeira em ribeira de Guidões A situação foi denunciada por um trofense, que, ao NT, criticou a falta de atuação das entidades competentes para evitar que o cenário que encontrou na ribeira de Guidões, “brevemente” esteja “no mar” e “nos nossos pratos”.

Um monte de lixo amontoado junto à foz da ribeira, a poucos metros de chegar ao Rio Ave e preso pela vegetação, que atrasa a chegada deste atentado ambiental até ao oceano. Mas, até quando? “Não creio que isto correspon-

da ao slogan ‘o futuro passa por aqui’”, sublinhou António Pedro, que frisou ter reportado a situação “à Câmara Municipal” e “à Agência dos Recursos Hídricos do Norte”.


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Formação profissional: a pandemia “aceler O turismo e o setor da restauração são as áreas de que mais se fala na hora de fazer contas às condicionantes e prejuízos provocados pela pandemia de Covid-19. Mas há um que também sofreu com as medidas restritivas aplicadas para conter a propagação do novo coronavírus, com a agravante de atingir centenas de milhares de pessoas. A educação teve de lutar contra o tempo para se adaptar ao confinamento e minimizar os efeitos negativos do esvaziamento das salas de aula, mas, no contexto da formação profissional, em que a vertente prática, e por consequência presencial, é fator predominante para o sucesso de qualquer currículo, como é que as instituições de ensino reagiram? O NT ouviu responsáveis de três escolas profissionais, o CENFIM, sediado na Trofa, a Forave, situada em Lousado, concelho de Vila Nova de Famalicão, e o CICCOPN, instalado na Maia, para perceber que procedimentos foram adotados e como têm reagido os alunos a este novo modelo de aprender. “Aprender, fazendo”. A máxima do CENFIM da Trofa, que é, afinal de contas, de todas as escolas profissionais, ajuda a explicar as razões que levaram a instituição, mesmo com a possibilidade de recorrer a softwares de simulação, a suspender a componente prática das formações. “No futuro, não será isso que irão encontrar no mercado de trabalho”, explica Adelino Santos, diretor do centro vocacionado para a formação no setor metalúrgico e metalomecânico. Por isso, a instituição decidiu pagar o preço da suspensão, que provoca “um atraso significativo

na data de término” e obriga, logo que haja regresso a formação presencial, à definição de “uma estratégia de recuperação” da “componente prática já realizada”, para evitar que a paragem “tenha impacto nas aprendizagens”. “A formação prática é chave para uma formação profissional de sucesso pelo que não poderá ser substituída por formação à distância”, acrescenta o diretor, revelando que, em relação às condições de trabalho, o CENFIM consegue cumprir com as principais regras de contenção do vírus. “Nas salas técnicas, laboratórios e oficinas os distanciamentos entre postos de trabalho estavam já garan- a nova suspensão das aulas, o CICtidos, foi necessário focar-nos ape- COPN aposta que o futuro obriganas em garantir condições de de- rá a “uma nova normalidade”, por sinfeção nos equipamentos e fer- isso tenta antecipar-se às “indefiramentas que pudessem ser parti- nições e dúvidas”, convencendo-se de que a formação à distância lhados entre formandos”. Do lado do CICCOOPN, o dita- terá de continuar a ser “uma resdo que diz “a necessidade aguça o posta”. “Estamos a adaptar o nosengenho” cabe que nem uma luva. so plano de formação e as ofertas Depois de organizado um novo formativas a esta realidade”. Mas entre as instituições, alimodelo de formação à distância, suportado em plataformas e tecno- menta-se a convicção de que a logias digitais e que não ficou imu- pandemia “acelerou o futuro”. No CICCOPN, que assume ter ne a “percalços”, o centro especializado em formar na área da cons- sido “pioneiro da formação à distrução civil e obras públicas rea- tância, quando, em 1985 apostou justou os planos de formação, “de numa estratégia que permitia famodo a concentrar na modalidade zer chegar a formação profissional de formação à distância os módu- a candidatos localizados em todos los e as disciplinas compatíveis”. O os pontos do país e em países esfeedback foi “positivo” por parte trangeiros”, o modelo pedagógico de formadores e formandos. Já as foi repartido em “dois momentos ações relacionadas com a compo- bem definidos”, um com “interanente prática da formação em am- ção direta do formador com os forbiente oficinal e laboratorial, “fo- mandos” e outro promotor da “auram reprogramadas e decorre- tonomia”, uma vez que “os formanram posteriormente, logo após o dos acedem e desenvolvem as taregresso ao regime presencial”, refas propostas pelos formadores”. “Durante a sessão, o formador explicou a direção da instituição, mantém a sessão online aberta em entrevista ao NT. Levando como exemplo o se- para momentos de apoio à realizagundo confinamento, que obrigou ção das tarefas de forma mais individualizada. Este deverá ser o canal de comunicação privilegiado durante a sessão. Finaliza a sessão com todos os formandos presentes, refletindo sobre esta. Paralelamente, é mantido junto dos formandos um contacto continuado e regular pelas equipas pedagógicas e coordenadores de modo a aferir sobre a sua motivação, o acompanhamento das sessões, dificuldades sentidas”, explicou a direção do centro. Já no CENFIM, sente-se que a pandemia fez com que as empresas “acelerassem o processo de digitalização das suas atividades, indo ao encontro da indústria 4.0”. “Ora, esta é uma oportunidade para nos adaptarmos e atuali-

zarmos algumas das componentes gação, tanto em formato presenda formação com vista a este fim”, cial, se for possível, como em formato digital. Queremos chegar ao adiantou Adelino Santos. Em Lousado, a Forave tomou maior número de alunos possível como lição as contingências do pri- e aos encarregados de educação, meiro confinamento e tomou como partilhando, diariamente, nas recerta a urgência de adotar o ensi- des sociais, as oportunidades de no híbrido, que mais não é do que formação, as vantagens de estua conjugação do ensino à distância dar nesta escola e as evidências dos casos de sucesso dos nossos com o presencial. Jogar em antecipação foi a tática alunos”, salientou Manuela Guiutilizada pela instituição, este ano marães, que destaca a gratuitidaletivo: “Na iminência de um novo de do acesso ao ensino e o direito confinamento, no presente ano le- dos alunos a apoios. tivo, foi dada prioridade à execuA vontade de regressar ção da componente tecnológica ao regime presencial dos cursos e os estágios foram antecipados, para que os alunos puApesar do balanço positivo que dessem desenvolver a formação em contexto de trabalho nas em- os centros de formação fazem presas. Algumas das atividades quanto às adaptações feitas para previstas de complemento curri- o ensino à distância, paira o sencular, tais como visitas de estudo, timento de que os alunos revelam palestras e workshops, a partir do já alguma ansiedade por voltarem dia 8 de fevereiro, tiveram conti- ao regime tradicional. “Apesar de nuidade online”, explicou Manue- a resposta pedagógica ser positila Guimarães, diretora da escola va, percebemos que alguns formandos podem estar a ter um meprofissional. Com cerca de 300 alunos, 15 tur- nor rendimento do que na vertenmas, 50 colaboradores e 26 asso- te presencial e, por isso, tentamos ciados, entre os quais 23 empresas acompanhar estes casos de forma de referência do tecido económico mais próxima”, revela a direção local, a Forave é especializada nas do CICCOPN, que confirma o “foráreas de gestão da produção; au- te impacto” do confinamento “nos tomação industrial, robótica, ele- determinantes sociais, mentais e tromecânica e transformação de ambientais da saúde” nos jovens. Por seu lado, o diretor do CENmateriais. Assumindo-se na vanguarda da formação profissional, FIM revela que os formandos, sustentada pelo “posição no ní- “além do acompanhamento por vel mais elevado do ranking das parte dos coordenadores”, conprioridades do Sistema de Anteci- tam também com o apoio “da pação de Necessidades de Forma- equipa de psicólogas”. “É imporção da ANQEP, a escola traça uma tante, nesta fase, perceber o estalinha temporal, aquando a pande- do de espírito e de motivação dos mia, que veio “ditar o antes e o de- formandos por forma a que não desmotivem”, frisa Adelino Sanpois” da sua atividade. “A Forave já iniciou a divulgação tos, que atesta a “boa adaptação” da oferta formativa para o próximo dos jovens “à formação à distânano letivo, prevendo-se a abertura cia”, mas admite que estão “ande quatro turmas de nível secun- siosos por regressar à formação dário e duas do ensino básico. Es- presencial”. “Houve um esforço muito grantão previstas várias ações de divul-


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rou o futuro” de por parte das famílias dos nos- ção vocacional dos alunos finalis- acrescentou. Já num “horizonte mais alargasos formandos por forma a cria- tas e a preparação para a carreira rem condições para os seus edu- dos alunos dos Cursos Profissio- do”, a instituição quer efetivar “a nais. Estas “estão a ser dinamiza- transição para a Construção 4.0, a candos terem formação online. Os nossos formandos não foram con- das com sessões de esclarecimen- era digital da indústria que, para templados pelos apoios do Esta- to sobre a oferta formativa, teste- além de todos os processos assodo no que refere ao acesso a com- munhos de alunos alumni, aconse- ciados à desmaterialização, é, anputadores e acessos à internet, o lhamento sobre a elaboração do tes de mais, uma era de interaque prova mais uma vez que a for- currículo vitae e sobre a prepara- ção”, respondendo às “necessidamação profissional é ‘esquecida’ ção para entrevista de emprego, des das smart cities”, lugares da “construção sustentável”, da “efipelo governo”, lamentou o dire- respetivamente”. Segundo Manuela Guimarães, a ciência energética” e dos “edifítor do CENFIM. Nesse contexto, a Forave subs- Forave está, ainda, “a garantir con- cios inteligentes”. No CENFIM, diz Adelino Santos, tituiu-se ao poder central e “dis- dições” para os estudantes termitribuiu cerca de 50 equipamentos narem as Provas de Aptidão Pro- notou-se este ano letivo “uma peinformáticos, adquiriu 10 tablets e fissional, que serão apresentadas quena redução de formandos insgarantiu o acesso à internet”, con- “no final de abril”, proporcionando critos na aprendizagem”, mas, em tando “com o apoio da Câmara Mu- aos alunos “acompanhamento per- contrapartida, “um aumento signinicipal de Famalicão”, revelou Ma- sonalizado e a possibilidade, em ficativo de formandos adultos dedeterminadas áreas, de progra- sempregados e ativos que procunuela Guimarães. mar à distância e de realizar pro- ram cursos de formação para rejeto elétrico e mecânico”. “Foi as- conversão profissional”. Estágios segurado o acesso ao software ne“Dada a situação pandémica, é Relativamente aos estágios, cessário para a área técnica: Auto provável que aumentem os núcomponente muito importante no Cad; EPLAN, Solidworks e Prima- meros de desemprego, pelo que contexto formativo, as escolas e vera. Recorrendo às novas tecno- o CENFIM está a criar condições centros tiveram, igualmente, de logias, os alunos têm acesso remo- nesta fase para receber estes canto, aos laboratórios, podendo pro- didatos para reconversão profisse adaptar. No caso do CICCOPN, uma vez gramar e testar a partir de casa”, sional de forma a que, rapidamenque a formação é vocacionada explicou a diretora da Escola Pro- te, tenham novas oportunidades de emprego”, revelou. para a construção civil, foi possí- fissional. Também os Projetos ERASMUS+, vel, “através do compromisso prévio das partes envolvidas”, manter que são fonte de grande atividauma “parte significativa” dos está- de na Escola, sofreram uma altegios nas empresas, “desde que ob- ração significativa, principalmenservadas as regras de distancia- te no que diz respeito às mobiliAtualmente, o modelo hibrido de mento social, de etiqueta respira- dades noutros países da Europa. formação (presencial e/ou a distória e de desinfeção”, revelou a No entanto, ressalva a responsátância) é uma realidade no direção do centro, que, atualmen- vel, “o Clube dos Projetos EuroCICCOPN. A todo o momento pote, tem um total de 1077 formandos, peus continua com reuniões quin- demos transportar a formação pre110 ações de formação em execu- zenais online, participadas pelos sencial para a formação a distânalunos e tutores, onde dão conti- cia, consoante seja necessário. Por ção e 130 planeadas. Já no CENFIM, que forma nes- nuidade aos trabalhos temáticos”. outro lado, a oferta de formação te momento 280 pessoas em horáa distância, veio permitir que um Responder às necessidades rio laboral e 130 em regime pósmaior número de pessoas pudes-laboral de longa duração, o prise ter acesso à formação, designaNum setor que “continua a ser damente as que por razões de dismeiro confinamento precipitou a suspensão de todos os estágios, o marcado por uma grande falta de tanciamento geográfico ou de moque já não se verificou desta vez. profissionais qualificados na maior bilidade de outra forma não o po“Os estágios que estavam a decor- parte das áreas”, o CICCOPN, a deriam fazer . rer continuaram, ao abrigo do pla- celebrar 40 anos em 2021, prevê Direção CICCOPN no de contingência das empresas, que, “como sempre, as necessique se adaptaram no sentido de dades formativas acompanhem cumprir todas as obrigações de as tendências do setor da conshigienização e distanciamento so- trução”, por isso, a oferta formaHá algumas décadas que se facial para os seus funcionários tor- tiva, garante a direção do centro lava que a automatização e ronando também desta forma possí- “irá procurar sempre acompanhar botização irá eliminar os postos vel os formandos darem continui- as necessidades, seja através de de trabalho e gerar emprego. A dade aos seus estágios e apren- formações realizadas presencialverdade é que as empresas já se dizagens”, explicou Adelino San- mente, seja através do regime de automatizaram e já têm robots a formação à distância”. tos, que revelou como exceção os realizar trabalhos nomeadamen“O CICCOPN assegura, de forma formandos do curso Projeto e Dete trabalhos repetitivos e contisenho de Construções Mecânicas, contínua, a qualificação de quem nua a existir empregos, mas emque à semelhança dos coladores quer entrar no mercado de trabapregos que cada vez mais requeda empresa que realizam essas lho, numa realidade em constante rem qualificações/competências. atividades, estão em regime de metamorfose, destacando-se, no Desta forma, faz cada vez mais contexto atual, a importância parteletrabalho. sentido a opção pela formação Além dos estágios há outros de- ticular da adaptação dos edifícios profissional . safios igualmente importantes na a exigências como o touch-free e Adelino Santos Forave, como é o caso da orienta- a segurança e qualidade do ar”, Diretor CENFIM Trofa

Cursos do CICCOPN em 2021/2022

Cursos do CENFIM em 2021/2022

Cursos de Educação e Formação (equivalente 9.º ano) - Canalizador - Carpinteiro/a de Limpos - Pintor(a) de Construção Civil

Cursos de Aprendizagem (equivalente 12.º ano) - Técnico de Desenho de Construções Mecânicas. - Técnico de Manutenção Industrial. - Técnico de Maquinação e Programação CNC. - Técnico de Soldadura

Cursos de Aprendizagem - Técnico(a) Administrativo - Técnico(a) de Ensaios da Construção Civil e Obras Públicas - Técnico(a) de Informática – Sistemas - Técnico(a) de Instalações Elétricas - Técnico(a) de Medições e Orçamentos - T é c n i c o (a) d e O b r a / Condutor(a) de Obra - Técnico(a) de Topografia Cursos de Especialização (Jovens e Adultos) Técnico(a) Especialista em Condução de Obra Técnico(a) Especialista em Gestão da Qualidade, Ambiente e Segurança Técnico(a) Especialista em Gestão e Controlo de Energia T é c n i c o (a) E s p e c i a l i s ta em Reabilitação Energética e Con ser vação de I nfraestruturas – Edificações

Cursos Educação e Formação de Adultos - Técnico/a de Desenho de Construções Mecânicas (Nível 4). - Técnico/a de Desenho de CAD/CAM (Nível 4). - Técnico/a de Manutenção Industrial (Nível 4). - Técnico de Maquinação e Programação CNC (Nível 4). - Eletromecânico/a de Manutenção Industrial (Nível 2). - Soldador EWF/IIW (Nível 2). - Serralheiro Mecânico (Nível 2) Cursos Especialização Tecnológica (pós-secundário) - Técnico/a Especialista em Gestão de Produção. - Técnico/a Especialista em Tecnologia Mecânica. - Técnico/a Especialista em Tecnologia Mecatrónica

Curso Educação e Formação de Adultos - Técnico(a) Administrativo - Técnico(a) de Qualidade - Técnico(a) de Instalações Elétricas - T é c n i c o (a) d e O b r a / Condutor(a) de Obra - Técnico de Segurança no Trabalho

Ciclos de formação (300 Horas) - Montagem de estruturas Aeronáuticas. - Serralharia Mecânica. - Operador de máquinas CNC

Formação Modular Certificada | Formação Contínua Especializada (consultar site do CICCOPN)

Cursos da Forave em 2021/2022

“Temos consciência que o Pós

Pandemia ditará uma nova era para a Humanidade e a Escola não poderá fugir a este desígnio. Olhar para esta nova realidade como uma janela de oportunidade é, não apenas aceitar a mudança, mas estar preparado para enfrentar e antecipar o futuro, criando as melhores condições para educar e formar jovens para a vida . Manuela Guimarães Diretora da FORAVE

- Gestão/Produção - Eletrónica, Automação e Comando - Manutenção Industrial/Eletromecânica - Transformação de Polímeros/ Processos de Produção - Mecatrónica Industrial (NOVO) Cursos de Educação e Formação de Jovens (equivalente 9.º ano) - Operador/a de Distribuição - Eletromecânico/a de Manutenção Industrial


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11 de março de 2021

Religião

EUCARISTIA Um dos sacramentos mais importantes da actividade e vivência cristã é a Eucaristia. É também uma das palavras mais frequentes no vocabulário católico. O que vem a ser a Eucaristia, e o que significa? Na teologia cristã, o termo Eucaristia é originário do grego “eukharistia, significa “Reconhecimento”, “Acção de Graças” e é a renovação do sacrifício de Jesus Cristo no Calvário (João 6,53-58; 1 Coríntios 11,23-32). Também é designado de Sagrada Comunhão, SSmo. Sacramento do Altar, a Refeição Nocturna do Senhor (Ultima Ceia) e a Celebração da Morte e Ressurreição de Cristo. Na religião católica, é um sacramento que contém “realmente” o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade de Cristo sob as aparências (“espécies”) do pão e do vinho. Constitui ou (opera-se )através do acto da Consagração (na Missa), a Transubstanciação do Corpo e Sangue de Cristo.É considerado, por isso, um dos mistérios da fé Católica. A Última Ceia foi a derradeira refeição que, de acordo com os cristãos, Jesus dividiu com os seus apóstolos em Jerusalém, antes da sua crucificação e morte. Instituição da Eucaristia A Eucaristia, que começou a ser celebrada pelas primeiras comunidades cristãs de Jerusalém, surgiu por volta do ano 110 da nossa era com Inácio de Antioquia e reaparece em 150, com Justino. A Eucaristia, como fracção do pão, aparece em Actos 2,42. Aqueles que aderiram a Jesus eram “assíduos aos ensinamentos dos Apóstolos à comunhão fraterna, à fracção do pão e às orações”. Também é referido na visita que S. Paulo realizou a Troas (Actos 20:7). A doutrina da Igreja Católica

ensina que Jesus, durante a sua vida terrena, já se referia a este ritual, dizendo: “Eu sou o pão vivo que desceu do Céu, se alguém comer dele, viverá eternamente, e o pão que eu darei pela vida do Mundo, é a minha carne”. A instituição da Eucaristia é relatada pelos evangelhos sinópticos e na Epístola de S. Paulo aos Coríntios. As palavras utilizadas têm poucas diferenças entre os três relatos, traduzindo duas tradições, uma baseada em Marcos, (que foi a base de Mateus, juntamente com a fonte e uma paulina, com base em Lucas). A base do texto é aquele que aparece na Consagração de cada Missa: “Na noite em que foi entregue, Jesus tomou o pão, deu graças, partiu e deu aos seus discípulos, dizendo: Tomai e comei todos: Isto é o Meu Corpo que será entregue por vós. Do mesmo modo, tomou o Cálice, dizendo: Tomai e bebei, este é o meu Cálice, o Cálice da nova e eterna Aliança, que será derramado por vós e por muitos, para remissão dos pecados. Fazei isto em memória de Mim”. As acções de Jesus repartindo o pão e o vinho, foram ligadas a Isaías 53:12 que faz referência a um sacrifício de sangue como vem relatado no livro do Êxodo: 24,8. Moisés ofereceu-se para selar a aliança com Deus: Há ou-

tros teólogos (e/ou académicos) que interpretam esta narrativa de Jesus, como Ele pedindo aos seus discípulos que se considerem parte de um sacrifício a que Jesus se irá submeter fisicamente. Celebração (“com Refeição”) da Última Ceia A instituição da Eucaristia na Última Ceia é lembrada pela Igreja Católica com um dos Mistérios Luminosos do Rosário (Terço), a primeira estação da Via Crucis e pela maior parte dos cristãos como a” inauguração de uma ‘ Nova Aliança, mencionada pelo profeta Jeremias e realizada na Última Ceia quando Jesus instituiu a Eucaristia”. Durante os primeiros tempos da cristianização, era comum realizar-se uma refeição ritual conhecida como “Festa do Ágape” (Festa do Amor). Estas festas do Amor constavam de uma refeição completa em que cada participante levava alguma comida e depois juntavam-se todos num salão e comiam todos juntos. Essas festas de Amor eram realizadas aos domingos, que passaram a ser conhecidas como “Dia do Senhor”, lembrando a Ressurreição, a aparição de Jesus aos Discípulos de Emaús, a S. Tomé e o Pentecostes, todos eventos ocorridos em domingos Como um Sacrifício

Na Eucaristia, o mesmo sacrifício que Jesus fez apenas uma vez na cruz é feito presente (de novo) em todas as Missas que são celebradas em todo o mundo católico. Segundo o Catecismo da Igreja Católica, a Eucaristia é o próprio sacrifício do Corpo e Sangue do Senhor Jesus, que Ele instituiu para perpetuar o sacrifício da Cruz no decorrer dos séculos até ao seu regresso, confiando, assim à sua Igreja o memorial da sua Morte e Ressurreição. É o sinal de unidade, o vínculo da caridade,o banquete pascal em que se recebe Cristo, a alma se enche de graça e nos é dado o penhor da vida eterna. Para a Igreja Católica, a Eucaristia é o memorial da Páscoa de Cristo, a actualização e a oferenda sacramental do seu único sacrifício, na Liturgia da Igreja, que é o seu Corpo. O sacrifício de Cristo e o sacrifício da Eucaristia são um único sacrifício.”É uma só e mesma vítima e Aquele que agora se oferece pelo ministério dos sacerdotes é o mesmo que outrora se ofereceu a Si mesmo na cruz; só a maneira de oferecer é que é diferente”. “ Divina Liturgia” “Divina Liturgia” é como é conhecida a celebração eucarística no rito bizantino. É usada nas Igrejas Orientais Católicas de rito Bizantino e também na Igreja Orto-

doxa. Alguns cristãos ortodoxos usam também o nome de “Santa Oferenda”. Algumas vezes também se usa esta terminologia no rito latino. A Divina Liturgia é o mais importante Ofício Divino. Existem muitos livros e artigos que descrevem como sendo das mais belas celebrações dos primeiros cristãos. Da mesma forma que a Liturgia é versátil, a sua história tem vários contornos e facetas, e talvez isso faça com que apenas poucas pessoas parecem saber sobre esta Liturgia. Toda a liturgia, principalmente a Missa (para os Católicos) e a Divina Liturgia (para os Ortodoxos) é celebrada através de gestos, palavras, (incluindo orações), canto, música, sinais e símbolos, estando todos eles “intimamente ligados” e inseparáveis. A Divina Liturgia de Crisóstomo é um reflexo das obras dos padres capadócios, tanto no combate às heresias, quanto na definição da Teologia Trinitária para a Igreja. A Liturgia de S.Crisóstomo foi, provavelmente a “Divina Liturgia” utilizada no seu início pela Escola de Antioquia e foi, possivelmente desenvolvida a partir dos ritos litúrgicos siríacos ocidentais. Em Constantinopla, foi refinada e embelezada sob a direcção de João (Crisóstomo), o arcebispo da cidade (398-404). Tendo-se consolidado como a forma litúrgica normal da Igreja de Santa Sofia, em Istambul(Turquia), tornou-se, com o tempo, a liturgia normal das igrejas do Império Bizantino. Tal como a “Eucaristia”(ou Missa para os católicos) é dividida em várias partes, também a “Divina Liturgia” subdivide-se em 3 partes fundamentais: Liturgia da Preparação, Liturgia dos Catecúmenos (ou Liturgia da Palavra) e Liturgia dos Fiéis (que inclui o Ofertório, Prefácio(ou Oração Eucarística),Santo, Consagração e Comunhão.


11 de março de 2021

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Religião

São José - esposo da Virgem Maria (Ano especial de S.José 2021-2022) No dia 8 de dezembro de 2020, ver para Nazaré, e aí terá morrifesta da Imaculada Conceição, o do aos 111 anos. Papa Francisco convocou todos os Segundo o mesmo evangeliscatólicos a celebrarem o Ano Es- ta Mateus, José seria um “tekton” pecial de S. José, através da Car- uma espécie de mecânico/carpinta Apostólica “ Patris Corde-Com teiro. De acordo com relatos apóo Coração de Pai” crifos, José teria casado por volEste ano especial de S. José cor- ta dos 40 anos com uma mulher responde à comemoração da pas- chamada Melcha, com quem visagem dos 150 anos em que, atra- veu cerca de 49 anos e de quem vés do decreto “Quemadmodum teve seis filhos, um dos quais se Deus,” o Papa e beato Pio IX de- chamava Tiago, o Menor, “o irmão clarou o pai “putativo” de Jesus do Senhor”. como Padroeiro da Igreja CatóliAinda de acordo com os mesca, em 08.12.1870. mos evangelhos apócrifos, um “ Com o Coração de Pai: assim ano após a morte da sua esposa, José amou Jesus, designado nos ouviu os sacerdotes do templo quatro evangelhos como ‘o filho anunciarem por toda a Judeia que de José’. Os dois evangelistas que procuravam da tribo de Judá um puseram em relevo a sua figura, marido para a jovem Maria, que Mateus e Lucas, narram pouco teria naquela altura cerca de 14 mas o suficiente para fazer com- anos. Com cerca de 90 anos de preender o género de pai que era idade, José apresentou-se em Jee a missão que a Providência lhe rusalém juntamente com outros confiou,” assim começa a Carta candidatos e caiu sobre José a Apostólica Patris Corde. “escolha de Deus”. Ma rcado o casa mento, ele foi realizado com a intenção de Dados biográficos de São José Nos Evangelhos, não encontra- ambos(os esposos) não o consumos grandes informações sobre S. marem, mas quando Maria apareJosé, esposo de Maria. Segundo ceu grávida (de Jesus), José ficou São Mateus, São José era filho de transtornado, sem saber o que fazer, e “resolve repudiá-la secretaJacob e de Raquel. José terá nascido em Belém, mente”. Entretanto o anjo apareterra de David e dos seus des- ceu em sonho e disse-lhe: “José, cendentes, de onde terá ido vi- filho de David,, não temas rece-

ber em tua casa Maria, tua esposa: o que foi gerado nela provem do Espírito Santo, ela dará à luz um filho a quem porás o nome de Jesus...” Estando Maria prestes a dar à luz, iniciam viagem, de Nazaré para Belém, a terra natal de José, para se recensearem . Maria entra em trabalho de parto, e sem conseguir encontrar lugar para pernoitar em hospedaria, o casal refugia-se num “estábulo de animais”, Maria dá à luz e coloca o Menino Jesus numa manjedoura. Perante a ameaça de Herodes em matar todos os meninos com menos de dois anos de idade, José toma Maria e o Menino e fogem para o Egipto; passados alguns anos regressam a Nazaré, onde José continuou a trabalhar como carpinteiro para sustentar a família, ensinando a sua arte a Jesus. A sua morte terá ocorrido antes do início da vida pública de Jesus. Os Evangelhos apócrifos apontam que José terá falecido aos 111 anos de idade, e segundo Beda, o Venerável, terá sido enterrado no vale de Josaphá. Há, porém, outros relatos que referem que terá sido enterrado em Nazaré.. Os primeiros traços do culto de S. José foram mencionados no Oriente, tendo sido festejado entre os cristãos coptas, desde princípios do século IV no dia 20 de julho. Vai aparecer um oratório dedicado a S. José na basílica construída por Santa Helena em Belém. Fontes gregas mencionam a festa de S. José em 25 ou 26 de dezembro, existindo mais duas comemorações em sua honra nos dois domingos anterior e posterior ao Natal. No Ocidente, o nome de S. José só aparece nos Martirológicos dos séculos IX e X, havendo pela primeira vez uma igreja em sua memória, construída no ano 1129 em Bolonha. S. Bernardo, S. Tomás de Aquino, Santa Gertrudes e Santa Brígida da Suécia foram os mentores do seu culto. Seguiram-se os Dominicanos a introduzir o culto ao esposo de Maria; a seguir várias dioceses adoptaram o culto de S. José. S. Bernardo de Sena e Jean Charlier Gerson conseguiram o reconhecimento público do culto do Santo no Concílio de Constância, em 1414. Sisto IV introduziu o culto no Calendário Romano, no dia 19 de Março. Mas só seria tornada festa obrigatória através do decreto do Papa Gregório XV. Bento XIII incluiu o nome de S. José na Ladainha de

5-Maria ao pé da Cruz, observando o sofrimento e morte de Jesus (Stabat Mater Lacrimosa) 6-Maria recebe o corpo do Filho tirado da Cruz 7-Maria observa o corpo do Filho a ser depositado no Sepulcro (Enterro de Jesus) Festa/Solenidade à entrada da Semana Santa

Todos os Santos, em 1726. Durante todo o século XIX a devoção a S. José cresceu, principalmente nas classes trabalhadoras, de tal modo que Pio IX declarou veneração extensiva a toda a Igreja e em 1870 S. José foi declarado Santo Patriarca José, como Padroeiro da Igreja Universal. Pio XII viria a instituir a festa de S. José Operário, que se celebra, ainda hoje, no dia 1 de Maio (no calendário litúrgico). A Igreja Luterana celebra a memória de S. José no dia 19 de março, sob o título de “Tutor de Nosso Senhor”. SOLENIDADE DE Nª Srª DAS DORES A festa/Solenidade de Nª Sº das Dores, também chamada de Nª Sª da Soledade e Nª Sª da Piedade, invocada em latim como Mater Dolorosa ou Beata Maria Virgo Perdolens, consiste na veneração que muitos fiéis católicos (e ouros cristãos) têm e é atribuída aos sofrimentos e angústias que teve a Mãe de Jesus ao longo de sua vida. A devoção à “Mater Dolorosa” iniciou-se em 1221 (há 800 anos) no Mosteiro de Schonau, na Germânia. Em 1239, a sua veneração, em 15 de setembro, começou em Florença(Itália) pela Ordem dos Servos de Maria (Servitas). Deve o seu nome às 7 (sete)dores da Virgem Maria, a saber:

Em várias igrejas do Norte do País, há a tradição de celebrar com uma solenidade a memória das Dores da Virgem Maria, associando à Mae de Deus as dores e angústias porque passou (Maria) com o sofrimento de seu Filho, às portas da celebração da Paixão e Morte de Jesus. Acontece, por exemplo, em Braga, cidade onde o culto a Nª Sª das Dores está muito arraigado e tem uma grande tradição, já que foi partindo do Convento dos Padres Oratorianos que esta devoção se propagou por muitas terras portuguesas. A solenidade de Nª Sª das Dores da Basílica dos Congregados é palco de duas celebrações: a primeira decorre na sexta-feira (da Paixão) anterior ao Domingo de Ramos, com uma Eucaristia Solene, e a outra no Sábado Santo (oito di as depois), durante a Vigília Pascal em que se realizam as cerimónias “tocantes”do“desprender” as 7(sete) espadas da veneranda imagem de Nª Sª das Dores e o gesto da “Coroação”da mesma imagem, em alusão à alegria da Ressurreição, enquanto o coro canta o hino “Regina Coeli” e repicam os sinos da torre da Basílica barroca. Estas solenidades fazem parte intrínseca da programação- geral das cerimónias da Semana Santa de Braga. Apesar do seu dia litúrgico (da festa) ter sido fixado em 15 de setembro, o seu culto foi estabelecido inicialmente na Sexta-feira da Paixão(semana V da Quaresma) e assim se manteve e se mantêm neste templo.

1- A profecia do velho Simeão, sobre Jesus:”Uma espada atravesIdêntica celebração se realisará o teu coração...” 2-A fuga da Sagrada Família za , desta feita , na Igreja de Sanpara o Egipto (por causa da amea- to António dos Congregado, no ça de morte do Menino Jesus, por Porto. Na mesma data-Sexta-feira da Paixão-, este templo encheHerodes) 3-O desaparecimento do Me- -se de fiéis para honrar e venenino Jesus, durante três dias, em rar a Virgem das Dores, na celebração de uma Eucaristia Solene, Jerusalém 4-O encontro de Maria e Jesus, Canto Solene de Vésperas e Benção do SSmo. Sacramento. a caminho do Calvário


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11 de março de 2021

Atualidade

Opinião “…Tomar partido é ter inteligência É sabermos em alma e consciência Que o partido que temos é melhor”. José Carlos Ary dos Santos

Militantes locais celebram centenário do PCP Militantes do PCP da Trofa juntaram-se aos camaradas de Santo Tirso para dar corpo a uma das cem ações simbólicas que o partido promoveu por todo o país para assinalar os cem anos de atividade política. A 6 de março de 1921, nascia aquele que é o partido político português mais antigo de Portugal com existência ininterrupta. O Partido Comunista celebrou um século de atividade com um programa condicionado pela pandemia de Covid-19 e marcado pelas cem ações simbólicas divididas pelo país, uma delas na Praça 25 de Abril, em Santo Tirso, onde marcaram presença militantes deste concelho e do da Trofa. E se, para muitos, o PCP é motivo para caso de estudo numa Europa que se tem distanciado do comunismo, há jovens que ajudam a alimentar a tese de que este partido “faz todo o sentido” no panorama político português. Hugo Devesas, de Covelas, é um deles e foi um dos que, em nome da Juventude Comunista Portuguesa, discursou na ação realizada em Santo Tirso, com a presença de cerca de 30 pessoas. Militante há cerca de cinco anos,

foi na entrada para a universidade, vez mais jovens à nossa luta, dese com alguma influência paternal, contentes com o rumo que, infelizque Hugo começou a sentir que a mente, a vida nacional está a levar. ideologia defendida pelo PCP era Por muito que digam que o PCP é aquela que se enquadrava na for- um partido de velhos, eu não vejo ma de ver a política. “Eu sei que o isso, mas sim cada vez mais jovens, PCP tem uma importância política quer na Assembleia da República no cenário português e isso vê-se e noutros organismos, desejosos nas conquistas dos últimos anos e de participar”, postulou. A nível nacional, as bandeiras em toda a sua historia, desde a fundação. Em cem anos, não há ne- do apoio aos trabalhadores e da nhuma conquista na vida política afirmação de uma política patriónacional que não esteja envolvi- tica e de esquerda são as que se da, direta ou indiretamente, com abanam em tons de vermelho. Já a atividade do PCP”, argumen- localmente, o PCP reclama a vitou, deixando como exemplos os tória nalgumas batalhas políticas. contributos para a elaboração da Hugo Devesas fala, com algum orConstituição, a luta contra as leis gulho – já que esteve diretamenda “troika” e a forma como ajudou te envolvido – na “luta, com sucesa “derrubar a direita”, com o acor- so, contra o aterro em Covelas”. do firmado com o PS, nas legisla- “Desde a primeira hora, o PCP esteve do lado da população a ajutivas de 2015. Mas foi a partir deste acordo dá-la nesta reivindicação”, frisou, com o PS que o PCP perdeu fulgor sem deixar também de elencar a nas eleições seguintes, com resul- participação do partido na “emantados aquém das expectativas dos cipação” do concelho e na “luta comunistas. Se os ressentimen- pelas infraestruturas básicas e por tos ainda existirem, Hugo Deve- cuidados de saúde e uma educasas não acredita que poderão pôr ção dignos”. Recuperar algum fôlego nas em causa o futuro do partido, que, segundo o jovem, está “assegura- eleições autárquicas é agora o do”, dando como exemplo “uma principal objetivo do PCP, que, lojovem da Trofa que se fez militan- calmente, pretende ver reforçada te” há dias. “Nos últimos meses, a representatividade ao nível dos nota-se que se têm juntado cada órgãos municipais.

Sim, de facto não serás perfeito. Construído, desenvolvido, trabalhado por homens, mulheres e jovens, com defeitos e virtudes, com falhas e probidades, terás cometido erros, imprecisões, imperfeições, insuficiências e até injustiças. Contudo, o que pretendes é mais que justo, é de elementar justiça: um mundo bom, digno, que enobreça a humanidade e a vida, igual, sem humilhados, em paz e com paz. Conseguirás algum dia uma aproximação desse objetivo a que chamas de socialismo e comunismo? Não o sei. Sei que tens muitos inimigos e adversários. Que sempre que têm oportunidade, por tudo e por nada, maliciosa e intencionalmente, difamam a tua imagem e a tua história. Não é que dela também não constem perniciosidades, não. Mas, com o diabo, em nome de Cristo e da fé, cometeram-se crimes por todo o mundo ao longo de séculos. Isso desvirtua a mensagem cristã, ética e humanista? A resposta é negativa. Até aqui, em Portugal, para muitos és culpado de muita coisa. Nunca perdem a oportunidade de te atacar pela falsidade de teres querido impor uma política em 1975, uma ditadura, como dizem. Fazem esquecer que logo a seguir ao 25 de abril, durante o primeiro governo provisório, Palma Carlos (1.º ministro) e Sá Carneiro tentaram um golpe palaciano. Que mais tarde, Spínola e os seus aliados, toda a direita e os setores mais saudosistas do passado fascista intentaram por golpe de estado e sublevações, em 28 de setembro de 1974 e em 11 de março de 1975, repor a autocracia de direita. Branqueiam o que foi a rede bombista de direita em Portugal no ano de 1976, já em plena democracia “estabilizada”, depois do 25 de Novembro, cuja organização e ação se encontram magistralmente descritas e documentalmente alicerçadas no livro “Quando Portugal Ardeu“, da Oficina do Livro, do Jornalista Miguel Carvalho, repórter da Visão, que saiu em 2017. Essa rede terrorista que assassinou Rosinda Teixeira, de 42 anos, então nossa conterrânea de São Martinho do Campo, mãe do Nelson, meu contemporâneo em 1976 no Liceu de Santo Tirso. Muitos comentadores, não todos, anunciam a tua morte. Terão razão? Já renasceste algumas vezes e recuperaste. Como será agora? Também não o sei. Sei que és velhinho na idade. Completaste hoje, dia 6 de março de 2021, 100 anos. Contar a tua vida? A tua e as tuas histórias? Há mais de 20 anos que José Pacheco Pereira, pensador e historiador da atualidade, iniciou a escrever, não a tua biografia, mas a do Álvaro, mais pequena que a tua, embora dela faça parte, e só ainda concluiu o quarto volume que termina no ano de 1968, com 2523 páginas para ler. Restar-me-á apenas agradecer-te pelo que fizeste até hoje por mim, pelos meus, por todos os que vivem do seu trabalho, por Portugal e pelos portugueses. Pelas tuas resistência e ação, heroicas, na luta pelo trabalho e pelo pão, pela democracia e pela liberdade, contra o colonialismo e o fascismo. Nisso és e foste imbatível. No trabalho continuado e persistente por melhores condições de vida, por mais justiça social, pelo trabalho com direitos, por melhor poder local, pela boa educação e melhor saúde, pelo aumento dos salários e das pensões e reformas, continuas a ser o elo fundamental. Por tudo quanto foi dito, e muito mais…, como sempre digo aos meus amigos “…tomar partido é ter inteligência / É sabermos em alma e consciência / Que o partido que temos é melhor”. Esse partido é o PCP – Partido Comunista Português. Esperança, 6 de março de 2021. Atanagildo Lobo.

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11 de março de 2021

O NOTÍCIAS DA TROFA

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Atualidade

Assembleia Municipal da Trofa aprova moção pela desagregação de freguesias Todos os partidos votaram na Assembleia Municipal da Trofa, favoravelmente, a moção para “reclamar do Governo e da Assembleia da República, as medidas legislativas necessárias para reposição das freguesias extintas contra a vontade das populações e dos respetivos órgãos autárquicos” e defender que todo o processo esteja concluído de forma a assegurar as eleições no ato eleitoral de 2021. A unanimidade não é algo corriqueiro numa Assembleia Municipal, mas, na ultima sessão da Assembleia da Trofa, realizada a 26 de fevereiro, à distância e via on-line, aproximou todos os membros com assento neste órgão do poder autárquico. Foi ver todos os elementos presentes nesta reunião ordinária a votar favoravelmente e por unanimidade um documento denominado “Moção Pela desagregação de freguesias”. O documento conjunto foi apresentado e votado favoravelmente por todas

Os eleitos da Assembleia Muas forças politicas e presidentes de junta, com exceção do Presiden- nicipal da Trofa congratularam a te de Junta de Bougado, Luís Pau- “Proposta de Lei nº. 68/XIV/2ª., de lo Sousa que faltou à sessão, fazen- 22 de dezembro de 2020, submetido-se representar por Miguel Cos- da pelo Governo à Assembleia da ta, também ele membro do execu- República, que define o regime tivo da junta de Bougado. Curiosa- jurídico de criação, modificação e mente é também em Santiago de extinção de freguesias, bem como Bougado onde o Movimento pela o projeto de lei n.º 151/XIV/1ª do desagregação luta há mais de um PCP (de 11 de dezembro de 2019) ano pela autonomia administrati- já anteriormente submetido e os va da extinta freguesia, extinta em projetos de lei n.º 620/XIV/2ª do PEV (de 6 de janeiro de 2021) e n.º 2013 por força da Lei “Relvas”. Na moção aprovada, os eleitos 640/XIV/2ª do BE (de 8 de janeirelembram que “se em 2013, foi ro de 2021), posteriormente subpromovida uma reorganização ad- metidos” Os membros eleitos para a Asministrativa que implicou a redução de cerca de ¼ as juntas de fre- sembleia Municipal da Trofa “desguesia então existentes, através da de cedo ambicionam que as próxiassim conhecida “Lei Relvas”, hoje, mas Eleições Autárquicas se realipassados 8 anos, período corres- zem já com o novo mapa de freguepondente a dois mandatos autár- sias, ouvidas as populações. Se tal quicos, passou já tempo suficien- não vier a concretizar-se, não pote para se fazer uma avaliação a demos deixar de o lamentar. Os eleitos “reafirmam o teor da este processo e confirmar a injustiça que a mesma representa para moção da CDU na Assembleia Mualgumas dessas populações, facil- nicipal de 30 de setembro de 2019, mente comprovada através dos mo- “Repor as freguesias extintas – um imperativo democrático”, aprovavimentos criados”.

Marca da Trofa expectante quanto o Modtíssimo 2021 em novo formato A marca de vestuário feminino Cristina Barros, com base na Trofa e pertencente à empresa Black Spider participa esta semana no Modtíssimo que está a decorrer, este ano de forma virtual. Em declarações ao jornal T, Joaquim Cunha, administrador da empresa adianta que “não é a mesma coisa que participar nas feiras presenciais, mas é a forma que temos de contornar as restrições atuais”. “Estivemos recentemente numa feira na Dinamarca e noutra em Dusseldorf, Alemanha”, e a perceção é que “não é a mesma coisa que as feiras presenciais”. De qualquer modo, é uma forma de rodear o problema da pandemia que se tem revelado um desafio, resigna-se o administrador, explicando que, para além da presença nas feiras virtuais, a Cristina Barros também tem vindo a utilizar os marketplaces como forma de promoção dos negócios. O MOD T I S S I MO deste a no

constitui para a marca Cristina do muito bem”, refere Joaquim Barros “ uma oportunidade para Cunha, dando como certo que recarregar baterias e encarar “os clientes gostam de conhecer este ano com alguma positivida- a empresa” e a sua produção. Ou de, numa altura em que a empre- seja, as feiras presenciais nunsa tem apostado na organização ca poderão ser substituídas com de showrooms, numa espécie de vantagem pelas feiras virtuais. Poderá ser visitado o Modtisdigressão pelos principais mercados da empresa. “Tem corri- simo 57 online.modtissimo.com

Direitos reservados

O s clientes gostam de conhecer a empresa

da por unanimidade, a saber: Reclamar do Governo e da Assembleia da República, as medidas legislativas necessárias para reposição das freguesias extintas contra a vontade das populações e dos respetivos órgãos autárquicos; reclamar que todo o processo esteja concluído de forma a assegurar as eleições no ato eleitoral de 2021. Mas os apelos da moção pela desagregação de Freguesias vai mais longe e esperam “que sejam tidos em consideração os contributos da ANAFRE e da ANMP, associações que, representando o poder local, freguesias e municípios, respetivamente, melhor que ninguém conhecem a realidade; apelam à criação de um regime transitório para eventuais correções resultantes da reforma administrativa de 2013 e que, nesse âmbito, sejam flexibilizados os critérios atualmente previstos de modo a permitir que todas as 8 freguesias do nosso concelho da Trofa possam ambicionar, caso assim o entendam, a sua desagregação; apelam a que seja

tida em consideração e respeitada a vontade das populações, no momento de decisão da eventual reversão da agregação. Os eleitos da Assembleia Municipal da Trofa esperam “contribuir para que seja reposta a justiça e que os Trofenses possam democraticamente e cumprindo os desígnios de abril, decidir a reorganização do seu território, composto por 8 freguesias”. Na moção vai ainda mais longe a garantem que não querem “obrigar ninguém a desagregar. Apenas, e tão só, permitir que todas as freguesias do nosso concelho tenham essa possibilidade”. Recorde-se que no Concelho da Trofa existem dois movimentos de cidadãos que lutam de forma incessante para que Guidões e Santiago de Bougado voltem a conquistar a sua autonomia administrativa, retirada em 2013 contra a vontade das populações que, de varias formas se manifestaram contra a agregação/união de freguesias.


12 O NOTÍCIAS DA TROFA

11 de março de 2021

Atualidade

Carla Reis Neves atuou no Dia de Ponte de Lima A pianista trofense Carla Reis Neves atuou, a 4 de março, nas comemorações do Dia de Ponte de Lima, que assinalaram os 896 anos daquela que é a vila mais antiga de Portugal. Numa sessão limitada à presença do executivo municipal, presidente da Assembleia Municipal, líderes dos grupos parlamentares com assento na Assembleia Municipal, representante dos presidentes de Pianista da T rofa atua em Ponte de L ima Junta de Freguesia e comunicação social, Carla Reis com Diogo Penha, o álbum lou gosto pela música aos Neves, acompanhada por “Branco Escuro” caracteri- três anos, quando pediu Diogo Penha, no violoncelo, za-se pela “vertente mini- aos pais para estudar a arte. apresentou o mais recente malista” e pela influência Aos oito anos começou a ter CD, "Branco Escuro". do estilo clássico, através aulas com uma professora, O ato teve lugar na Igre- da sonoridade de instru- em Mindelo, e aos dez enja da Ordem Terceira de S. mentos como o piano, o vio- trou no Conservatório de Francisco / Museu dos Ter- loncelo, o violino e o contra- Música do Porto, onde fez ceiros e foi transmitido onli- baixo, os três últimos toca- grande parte da sua formane, no canal do Youtube do dos por Diogo Penha, Ale- ção musical. Município. xandra Silva e Dércio FerFoi a 4 de março de 1125 nandes, respetivamente. Novo single que a Rain ha D. Teresa Recentemente, a pianisDuas músicas foram prooutorgou carta de foral à du zidas em Cedões, na ta lançou um single novo, vila, referindo-se à mesma casa da artista, enquanto as "Sunrise", que caracteriza como Terra de Ponte. restantes viram a luz do dia como "mais arrojado". As Sobre “Branco Escuro” músicas podem ser ouviem Ponte de Lima. Produzido em parceria Carla Reis Neves reve- das no Youtube ou Spotify.

Bailarinos da Passos de Dança convidados por escola de Nova Iorque Dos sete bailarinos da Passos de Dança que, a 12 de dezembro, prestaram provas e foram apurados para ingressar nos cursos intensivos de verão da Joffrey Ballet School, este ano, dois deram nas vistas ao ponto de serem convidados pela prestigiada escola de Nova Iorque a fazer o programa de três anos de formação de bailarinos. Maria Miguel Monteiro e Francisco Leocádio terão, assim, “uma oportunidade que abre os horizontes na sua formação”, referiu a professora Márcia Ferreira. “Vemos assim reconhecido o nosso trabalho a nível internacional por par-

José Calheiros

Escrita com Norte A racionalidade tem limites Num mundo que me parece demasiadas vezes parvo, e que eu fico com quase a certeza que o é, quando abro as redes sociais, fazendo, também de mim, um “alimentador” deste mundo, fora dele, tento manter-me racional, com a excepção de quando esta característica, que nos distingue do resto da bicharada, me precipita para a extinção. Ou seja, eu, acérrimo defensor da racionalidade, dispenso-a quando põe em causa o meu instinto de sobrevivência e a manutenção, não da espécie, mas do adepto sportinguista...há quase seis anos atrás, fiz a minha parte, para perpétuar a raça (sportinguista). Deixo aqui o meu relato: Quinta feira, hora de jantar, estamos na sala da casa dos meus pais. Eles, eu, o meu irmão e o filho deste, o Gonçalo, meu sobrinho de quatro anos e dez meses ...as esposas nesta noite não estão presentes. Esta reunião familiar, desde que casei, fui o primeiro, realiza-se duas vezes por semana, forma de estarmos juntos. Geralmente a televisão perde para a rádio, que a minha mãe sintoniza numa estação onde passam músicas bonitas, segundo ela, porque no Telejornal só passam desgraças, a não ser que num qualquer canal esteja a dar um filme com caezinhos e gatinhos! Lá em casa, além de sermos todos Sportinguistas, gostamos muito de bicharada! Por entre conversas da actualidade e outras meramente banais, mas as mais importantes, porque são as nossas, o meu irmão diz, que no carro, á vinda para o jantar, passou na rádio a notícia de que o Sporting tinha perdido a 1ª mão da Liga Europa com os alemães do Wolf... não sei das quantas por 2-0 e imediatamente desligou o rádio. O filho (meu sobrinho), com o clube ainda não muito bem definido, apesar dos chapéus e camisolas do Sporting que lhe dei e quando fica em minha casa a dormir eu lhe repetir ao ouvido, quando já está num sono profundo, “Spoooortiiing, Spoooortiiing,...”, e por influência de terceiros que o tentam desviar para clubes que não interessam, não tendo em conta o alto interesse da criança, não pode nem deve ouvir notícias com as palavras, “Sporting” e “Perder”, para evitar associações disparatadas como o cão de Pavlov, que ao ouvir a campainha, babava. Hoje, domingo, dia de “Porto-Sporting”. Telefono ao meu irmão que me pôs à conversa com o meu sobrinho: - Gonçalo, ora diz, “Spoooortiiing”! – peço-lhe - “Spoooortiiing”, tio, “Spooortiiing”! Do outro lado da linha ouço a minha cunhada: - Ora diz “Porto”, Gonçalo! - “Pooorto”, “Pooor”... - Não, Gonçalo! É, “Spooortiiing”... – insisto. Num mundo cada vez mais perigoso, cada vez mais desapaziguado, com os casos extremos de jovens a fugir da Europa, para se filiarem no EI, era o que faltava o meu sobrinho filiar-se num clube que não seja o Sporting! Combinado com o meu irmão, e inspirados no filme “Goodbye Lenin”, vamos criar um mundo que já não existe! Logo á noite, os três, eu , o meu irmão e o Gonçalo, em vez do jogo verdadeiro, vamos ver uma gravação do jogo, “Porto- Sporting”, realizado a 27 de janeiro de 1946, que inspirou o filme, “O Leão da Estrela”, com resultado favorável ao Sporting (23); na quarta feira, vamos ver o Sporting-Apoel, jogado em 13 de Novembro de 1963 (resultado, 16-1 para o Sporting) e vamos dizer ao Gonçalo que é a meia-final da Champions, no próximo domingo vamos assistir ao saudoso jogo de 4 de dezembro de 1986, entre Sporting-Benfica (7-1, para o Sporting) e vou dizer ao meu sobrinho que passamos para o primeiro lugar do campeonato e para, de uma vez por todas, cimentar o sportinguismo do Gonçalo, na quarta-feira dessa semana vamos assistir à Final da Taça dos Campeões Europeus 1966-67, ganha pelo Celtic de Glasgow ao Inter de Milão. Como o Celtic veste de verde e branco, facilmente passa como sendo o Sporting. Eu e o meu irmão já combinamos uma hora com um grupo de amigos para passarem na rua a buzinar e a gritarem pelo Sporting. Nessa quarta feira, o meu sobrinho, vai participar pela primeira vez ( o pai e o tio também) na caravana que festeja a Liga dos Campeões Europeus ganha pelo Sporting! O cão, ao ouvir a campainha, vai deixar de se babar e começar a rugir!

te de uma das mais prestigiadas escolas mundiais”,

acrescentou.


11 de março de 2021

O NOTÍCIAS DA TROFA

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Desporto

3 1 LOCAL Campo do Calvário ÁRBITRO Sérgio Guelho (Guarda) VILA REAL Nené (Rui Capela, 46); Óscar, Pedro Eira, Carlos Mendes, Ivanildo (Diogo Paixão, 84), Serhii, André Azevedo (Gonçalo Paixão, 90), Bruno, Zé Pedro, Ivo Lucas (André Sampaio, 90) e Gustavo Treinador Nuno Barbosa

Escola de Atletismo em competição

foto: EAT

TROFENSE Carlos; Benedito, João Faria, Mika, Tito Júnior (Mateus, 83), Alan Júnior, Yair (Adílson, 46), Vasco Rocha (Zacarias, 76), Bruno Almeida (Simão, 83), Luís Santos (Yohan, 46) e Keffel Treinador Rui Duarte

A Escola de Atletismo da Trofa (EAT) marcou presença na Prova de Preparação da Federação Portuguesa de Atletismo (FPA), que teve lugar na Expocentro, em Pombal, a 20 de fevereiro. Nesta competição, Alice Oliveira, sub-23, conquistou o 7.º lugar na geral da corrida de 800 metros. No dia seguinte, no Altice Fórum Braga, vários atletas da EAT participaram no 2.º Torneio de Preparação da FPA, no qual se destacou Sandra Sá, sub-23, que terminou a corrida de 400 metros no 3.º lugar. Na mesma disciplina, Diana Rodrigues ficou no 11.º posto, tendo ainda somado o 10.º lugar nos 60 metros. Alice Oliveira conseguiu o 8.º lugar na geral dos 1500 metros, ba-

tendo o recorde pessoal, agora fixado nos 4:50.44 minutos. Também a sénior Ana Silva conseguiu melhorar o tempo na mesma disciplina, com 4:58.29 minutos, que lhe valeu o 10.º lugar geral. A júnior Sofia Santos terminou os 60 metros no 11.º lugar e Mónica Rodrigues, sub-23, ficou-se pelo 13.º posto nos 400 metros, com novo recorde pessoal (65.04 segundos). Já no dia 28 de fevereiro, Mónica Rodrigues, Diana Rodrigues, Alice Oliveira e Sandra Sá conseguiram, no Campeonato Nacional de Esperanças em Pista Coberta, o 7.º lugar na estafeta 4x400 metros. Sandra Sá foi ainda 5.ª classificada nos 400 metros e Alice Oliveira 9.ª nos 1500 metros.

AO INTERVALO 1-0 GOLOS Óscar (6), Alan Júnior (60), Bruno (73) e Ivo Lucas (74) AMARELOS Ivo Lucas (28), Carlos Mendes (40), André Azevedo (90), Gonçalo Paixão (90+2) e Diogo Paixão (90+2)

O facto de, aos seis minutos, já estar a perder não ajudou nada a exigente missão do Trofense de pôr de lado a pressão e conseguir sair do Campo do Calvário com uma vitória, que permitia subir à liderança da Série C do Campeonato de Portugal e dar impulso ao desejo de integrar o lote de equipas a disputar o acesso à 2.ª Liga. Osório Barros foi quem lançou o balde de água fria e, tendo de ir atrás do prejuízo, a equipa da Trofa revelou alguma incapacidade de fazer valer a razão em

lugar, com 29 pontos, menos um detrimento do coração. Rui Duarte admite: “Foi um que o Leça (que perdeu esta jorjogo mal conseguido. O golo no nada) e menos dois que o Gondoinicio enervou-nos. Tivemos de mar, que lidera a série. A equipa da Trofa regressa a correr atrás e não conseguimos fazer bem as coisas. A primei- “casa”, no domingo, 14 de marra parte foi equilibrada, mas a ço, para defrontar o Amarante, equipa esteve muito precipitada. 4.º classificado.O jogo terá transÀ medida que o jogo foi passan- missão do CD Trofense, no Facedo, fomos crescendo ao nível de book e Youtube, contando com o qualidade de jogo, mas com me- apoio da TrofaTv. nos equilíbrio”. Na segunda parte, o treinador viu “qualidade, crença e vontade Camp. Portugal dos jogadores de darem a volta”, série c mas “o desequilíbrio deitou tudo Resultados 19.ª jornada a perder”. Vila Real 3-1 Trofense O Trofense conseguiu o empaMarítimo B 4-0 Leça te, aos 60 minutos, por Alan JúCoimbrões 2-0 Pedras Rubras nior, mas foi castigado por essa SC Salgueiros 1-0 Paredes falta de equilíbrio. O Vila Real Gondomar (anul) U. Madeira conseguiu marcar mais dois goCâmara Lobos (anul) Amarante los, aos 73 e 74 minutos, por Bruno e Ivo Lucas e conseguiu a Classificação quarta vitória no campeonato, Pontos saindo da zona de despromoção, 1 Gondomar 34 por troca com o União Paredes. 2 Leça 30 Já o Trofense mantém-se no 3.° 3 Trofense 29 4 Amarante 5 Marítimo B 6 Pedras Rubras 7 Salgueiros 8 Vila Real 9 U. Paredes 10 Coimbrões 11 U. Madeira 12 Câmara Lobos

foto: CD Trofense

O Atlético Clube Bougadense e nham lugar na equipa principal” o Clube Desportivo Trofense assi- em treinos de captação, num penaram, no início do ano, um acor- ríodo de 15 dias sem compromisdo de cooperação que estreita re- so de assinar contrato. O acordo prevê ainda a “cedênlações entre as duas coletividades cia de espaços” entre clubes e a desportivas. Em declarações ao NT, André “marcação de jogos-treino” entre Fernandes, vice-presidente do os diferentes escalões. “Não faAC Bougadense, explicou que zia sentido irmos jogar a Paços este acordo é resultado de um de- de Ferreira, Porto e Braga, quansejo que sempre alimentou desde do temos, aqui ao lado, uma equipa com quem podemos treinar”, que assumiu funções nos órgãos sociais do clube. “Lutei para que frisou André Fernandes. Para Franco Couto, que explipudessem trabalhar em conjunto, porque somos clubes da mesma cou que este acordo surge tamterra e estamos a trabalhar para bém “do processo de certificação” o mesmo, ou seja, formar jovens do CD Trofense, esta parceria só indica um caminho: do “crescia partir do desporto”, explicou. A parceria é, segundo Fernan- mento mútuo”. “É um clube que des, “muito boa”, uma vez que nos diz alguma coisa e, além disso, contempla, entre outras coisas, “o é nosso vizinho. O direito de opdireito de opção” na transferência ção dos jogadores é uma grande de jogadores de qualquer esca- vantagem para ambos. E faz todo o lão de formação. Além disso, de- sentido mantermos uma boa relatalhou, o Bougadense pode ain- ção”, referiu o presidente do clube da integrar “juniores do Trofen- da Trofa, que é irmão do presidense que subam de escalão e não te- te do Bougadense, Manuel Couto.

foto: CD Trofense

No Calvário, Trofense perdeu oportunidade de subir à liderança

Bougadense e Trofense assinam acordo de cooperação

21 20 17 16 15 14 12 -

2.ª jornada 14-03-2021 Trofense - Amarante FC Pedras Rubras - Marítimo B Leça - Salgueiros USC Paredes - Vila Real U. Madeira (anul) Coimbrões Gondomar (anul) Câmara Lobos


14 O NOTÍCIAS DA TROFA

11 de março de 2021

Crónica Especial

Esboço da Agricultura em Guidões no antigamente

I NÓTULAS SOLTAS Desde meados dos anos noventa, do século passado, tenho recolhido, em Guidões, um conjunto de apontamentos etnográficos relevantes para retratar a vivência deste povo ao longo do século XIX e início do século XX. Povoação que vivia isolada, porque os caminhos eram inexistentes ou eram simples carreiros ou caminhos de carros de bois. Existia, todavia, um caminho que bordejava o Ave a Norte, que vinha de Santiago de Bougado, para o Mosteiro de Vairão e Santa Clara, em Vila do Conde. Foi no começo do século XX que trouxe o caminho que, a partir do Bicho, rompeu para Sul até ao lugar da Aldeia e prosseguiu, posteriormente, para Alvarelhos. Iniciava-se, assim, uma revolução e quebrava-se o seu isolamento. Era uma povoação que desabrochava no pequeno vale na margem esquerda da ribeira da Aldeia e foi crescendo subindo pelas encostas suaves do prolongamento do monte de Santa Eufémia. A rroteando e desbravando cada palmo de terra, onde a semente germine, este povo foi conquistando paulatinamente este pequeno e fértil recanto, virado a nascente, de encostas suaves e densamente florestado. Rico em água, o “sangue” da terra, souberam ao longo dos séculos aproveitar essa riqueza ímpar para criar animais e cultivar cereais e hortícolas. Na bordadura dos campos cresciam árvores de fruto, macieiras, castanheiros, cerejeiras, entre outras. As videiras entrançavam-se nas árvores e o agricultor explorava, assim, cada palmo de terra e o ar.

Com o suor a cobrir o rosto e as mãos calejadas da rabiça do arado ou do cabo da enxada, este soube conquistar as riquezas da Natureza e pô-las ao seu serviço. Tosquiando as ovelhas e com a lã obtida, as mãos hábeis das mulheres trabalhavam-na e teciam panos para se cobrirem, de igual modo, o linho que cultivavam nas terras mais férteis. A sua subtileza fértil permite represar as águas da ribeira da Aldeia para as conduzir para os moinhos de rodízios e azenhas copeiras, para moer os cereais, assim como no Ave, aproveitando ainda para, nos açudes, acomodar, provisoriamente, os engenhos de macerar o linho e nos moinhos de rodízios e azenhas copeiras construir engenho de pisoar as baetas da “carriça”. Um povo causticado pela aspereza da sua vida, com humildade e dedicação à terra, não fosse ele um maiato resiliente. Guidões está inserido numa zona de minifúndio, praticando uma agricultura de subsistência, policultura, vocacionada, especialmente, para arvenses e pecuária. Sem propriedades de dimensão expressiva, tirando algumas excepções, tem um relevo pouco acentuado, virada a nascente e com um pequeno vale que bordeja a ribeira da Aldeia. Partindo da base das memórias paroquiais de 1758, podemos dizer que a agricultura praticada baseava-se no pastoreio de rebanhos de ovinos e o cultivo de milho-alvo (pouco), centeio, milho (milhão), feijão, vinho verde, etc. Como em todas as aldeias, esta explorava os campos, segundo um princípio: • Junto do assento da lavoura, eram as hortas e pomares (cor-

tinha); • Nos lameiros, o pastoreio, assim como na área florestal; • Nos sequeiros, o centeio e algum trigo; Esta rotina foi quebrando à medida que o milho da “América” se começou a impor, obrigando a arrotear as terras marginais da ribeira da Aldeia e explorar minas de água, construir poças e levadas, para regar algumas obras de arte e engenharia. A vinha era um aproveitamento das bordaduras dos campos, sobre quinteiros e caminhos. As videiras entrançadas nas árvores, sobretudo castanheiros e outras árvores, e com os pâmpanos pendentes, parecendo árvores de Natal dos nossos dias, poucos cuidados requeriam até meados do século XIX, quando surgiu a filoxera e outras doenças e pragas. O vinho produzido era sobretudo medíocre, por vezes intragável, mas saciava os aldeões. O gado era, especialmente, miúdo, ovinos e alguns caprinos. Os suínos, essenciais para a alimentação, também eram criados, a par de algum gado vacum, necessário para as lides da casa de lavoura e algum leite para as crianças, idosos ou enfermos. As aves de capoeira eram uma fonte de rendimento, porque a sua criação exigia poucos cuidados. Na cortinha, essa sim, era essencial para o sustento da casa. Era ver as mulheres, verdadeiras “escravas da vida”, a cultivar os mimos essenciais para pôr na mesa. Quando afirmo que eram escravas não pretendo ofender, mas retractar uma realidade: eram mães, esposas, verdade, donas da casa, eram na realidade multifacetadas e sempre com um sorriso rasgado, por vezes com um canto profano

religioso, para atenuar as agruras da vida. Um colo para os filhos, um apoio para os maridos e aconchego para os enfermos ou idosos. Com o terço na algibeira, a roca e fuso nas mãos era ver fiar o linho ou a lã, enquanto guardavam o rebanho e embalavam o filho, ou granjeavam a horta. Mesmo depois das rugas cobrirem o rosto, não deixavam de fiar para fazer o bragal da moçoila que tinham dentro de portas para casar. A casa de lavoura era modesta, os quartos exíguos e as cozinhas, algumas de terra batida, e salas grandes para comportar a prol nas noites de serão. Em volta do lar, onde se cozinhava nos potes de três pés de ferro fundi-

José M anuel da Silva Cunha

do, as mulheres fiavam e os homens, em amena cavaqueira, ensinavam os mais novos. Por fim, rezavam o terço e depois recolhiam aos seus quartos ou à barra da palha. A sua fé e o temor a Deus tornavam os homens humildes e trabalhadores, procuravam sustentar a família e precaver-se para o futuro. Estas linhas avulsas justificam a publicação de um conjunto de notas etnográficas recolhidas que pretendo dar a conhecer aos leitores. Esclareço que sou um autodidacta e apreciador da matéria, todavia podem existir opiniões divergentes e agradeço desde já aqueles que possam contribuir para melhorar estes registos.


11 de março de 2021

O NOTÍCIAS DA TROFA

Necrologia

Farmácias S. Martinho de Bougado

Zulmira Pereira da Silva Faleceu no dia 8 de março com 89 anos. Viúva de António Sampaio

Bernardino Ferreira Lopes Faleceu no dia 4 de março com 65 anos.

Agência Funerária Trofense, Lda

S. Martinho de Bougado

S. Martinho de Bougado

Carlos Alberto da Costa Matos Faleceu no dia 8 de março com 63 anos.

Carlos de Sá Azevedo Faleceu no dia 23 de fevereiro com 78 anos.

Agência Funerária Trofense, Lda

Agência Funerária Trofense, Lda

Atualidade **

Dia 11

Ribeirão

Funerária Ribeirense - Paiva & Irmãos Lda

Sudoku

15

Farmácia Nova Dia 12 Farmácia Moreira Padrão Dia 13 Farmácia de Ribeirão Dia 14

***

Farmácia Trofense Dia 15 Farmácia Barreto

Muro

Ribeirão

Maria Emília Maia da Costa Faleceu no dia 27 de fevereiro com 88 anos. Viúva de Joaquim Ferreira de Araújo

Conceição de Oliveira CostaFaleceu no dia 26 de fevereiro com 80 anos. Viúva de António Santos Azevedo

Rocha Funerárias, Lda

Funerária Ribeirense - Paiva & Irmãos Lda

Alvarelhos

Ribeirão

Maria do Sameiro Santos Faleceu no dia 26 de fevereiro com 92 anos. Viúva de Joaquim Pereira Monteiro

Abel da Costa Crespo Faleceu no dia 24 de fevereiro com 72 anos. Casado com Maria Antónia Ferreira de Paiva Crespo

Rocha Funerárias, Lda

Funerária Ribeirense - Paiva & Irmãos Lda

Alvarelhos

S. Martinho de Bougado

Constantino da Costa Couto Faleceu no dia 1 de março com 82 anos. Viúvo de Maria Martins Ferreira

Manuel de Andrade Moreira Faleceu no dia 24 de fevereiro com 80 anos. Casado com Maria do Céu

Agência Funerária Trofense, Lda

Agência Funerária Trofense, Lda

S. Martinho de Bougado

S. Martinho de Bougado

Maria Manuela Dias Ferreira Santos Faleceu no dia 27 de fevereiro com 65 anos. Casada com António Santos

Maria da Conceição Oliveira da Silva. Faleceu no dia 24 de fevereiro com 74 anos. Casada com José Manuel de Oliveira

Agência Funerária Trofense, Lda

Agência Funerária Trofense, Lda

Farmácia Nova Dia 17 Farmácia Moreira Padrão Dia 18

Muro Joaquim de Sá Couto Reis Faleceu no dia 22 de fevereiro com 84 anos.

Farmácia Ribeirão Dia 19 Farmácia Trofense Dia 20 Farmácia Barreto Dia 21 Farmácia Nova Dia 22 Farmácia Moreira Padrão Dia 23 Farmácia Ribeirão

Rocha Funerárias, Lda

Farmácia Trofense Dia 25 Farmácia Barreto

Telefones úteis Bombeiros Voluntários Trofa 252 400 700 GNR da Trofa 252 499 180 Centro de Saúde da Trofa 252 416 763//252 415 520 Centro de Saúde S. Romão 229 825 429 Centro de Saúde Alvarelhos 229 867 060 F icha T écnica

7 diferenças

Dia 24

S. Martinho de Bougado José Sá Couto Araújo Faleceu no dia 27 de fevereiro com 80 anos.

Agência Funerária Trofense, Lda

Dia 16

Enigma Uma pessoa, ao preencher um cheque, inverteu o algarismo das dezenas com o das centenas. Por isso, pagou a mais a importância de € 270. Sabendo que os dois algarismos estão entre si como 1 está para 2, calcule o algarismo, no cheque, que foi escrito na casa das dezenas.

Soluções da edição passada Sudoku

Enigma Considerando os números 1 usados na soma: 6 vezes o 1: 1+1+1+1+1+1 5 vezes o 1: Não há 4 vezes o 1: 1+1+1+1+2 3 vezes o 1: 1+1+1+3 2 vezes o 1: 1+1+2+2 e 1+1+4 1 vez o 1: 1+2+3 e 1+5 0 vezes o 1: 2+2+2, 2+4 e 3+3 Portanto, existem 10 soluções.

Diretor: Hermano Martins Sub-diretora: Cátia Veloso Editor: We do com unipessoal, Lda. Redação: Magda Machado de Araújo Colaboradores: Atanagildo Lobo, João Pedro Costa, João Mendes, César Alves, José Pedro Reis, Moutinho Duarte | Fotografia: A.Costa, Miguel Trofa Pereira (C.O. 865) Composição: Magda Araújo | Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Lda., Rua de S, Brás, n.º 1 Gualtar, Braga| Assinatura anual: Continente: 18,50 euros; Extra europa: 45 euros; Europa: 35 euros; | Assinatura em formato digital PDF: 15 euros IBAN: PT50 0007 0605 0039952000684 | Avulso: 0,70 Euros | E-mail: jornal@onoticiasdatrofa.pt | Redação: Rua das Aldeias de Cima, 280 r/c 4785 - 699 Trofa Telf. e Fax: 252 414 714 Propriedade: We do com unipessoal, Lda. NIF.: 506 529 002 Nº Exemplares: 5000 | Depósito legal: 324719/11 | ISSN 2183-4598 | Detentores de 100 % do capital: Magda Araújo | Estatuto Editorial pode ser consultado em www.onoticiasdatrofa.pt | Nota de redação: Os artigos publicados nesta edição do jornal “O Notícias da Trofa” são da inteira responsabilidade dos seus subscritores. Todos os textos e anúncios publicados neste jornal estão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. É totalmente proibida a cópia e reprodução de fotografias, textos e demais conteúdos, sem autorização escrita.


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11 de março de 2021

O NOTÍCIAS DA TROFA

Atualidade

Assaltaram BMW para levar volante Sílvia Pires decidiu dar o testemunho para que a sua história sirva de alerta para que a população redobre cuidados na salvaguarda dos seus automóveis. Na madrugada desta terça-feira, Sílvia foi confrontada com um assalto ao seu BMW 420, que estava estacionado na via pública junto à sua casa, na Rua Poeta Cesário Verde, perto da estação de comboios da Trofa. “Aconteceu cerca das 4h20. Eu estava a dormir e ouvi um barulho forte e o alarme, que identifiquei logo como sendo do meu carro. Vesti o robe e quando levantei o estore já não vi nada. Logo a seguir, o meu vizinho tocou à campainha e disse-me que tinham assaltado o meu carro”, contou ao NT. Quando chegou ao veículo, Sílvia Pires deparou-se com o vidro da porta do condutor partido e o desaparecimento do vo-

1 em cada 10 trofenses já teve Covid-19 O concelho da Trofa é um dos 27 concelhos que, até 2 de março, registou mais de dez por cento da população infetada.

Partiram vidro para roubar volante lante. “Foi a única coisa que fizeram. Não mexeram em mais nada. Apenas tiraram o volante e fugiram”, relatou. Sílvia fez participação à Guarda Nacional Republicana, que foi ao local registar a ocorrência, e

Desde o início da pandemia e até 2 de março, a Trofa já registou 3889 casos de Covid-19. Este número representa mais de 10 por cento da população do concelho, mais concretamente 10,12 por cento. No país, só 27 dos 308 concelhos ultrapassaram a fasquia dos 10 por cento de habitantes infetados, entre os quais estão Póvoa de Varzim (11,31 por cento), Vila do Conde (10,97%) e Vila Nova de Famalicão (10,89 por cento). De 17 de fevereiro a 2 de março, o concelho da Trofa registou mais 59 casos de Covid-19, um número que representa uma taxa de incidência de 154 por cem mil habitantes, a segunda maior entre os concelhos vizinhos. Só Vila do Conde apresenta uma taxa maior, 189 casos por cem mil habitantes (151 novos casos registados). Seguem-se Vila Nova de Famalicão, com uma taxa de incidência de 137/100 mil (180 casos), Santo Tirso, com uma taxa de 82/100 mil (55) e Maia, com uma taxa de 48/100 mil (67). Enquanto a população aguarda pelo anúncio do Governo quanto ficou a saber que este tipo de as- ao plano de desconfinamento, na semana passada, algumas juntas de saltos “são cada vez mais comuns, freguesia do concelho da Trofa, como a de Bougado e de Alvarelhos principalmente na zona Norte”. e Guidões, anunciaram a reabertura dos cemitérios para o dia 8 de “O senhor do reboque disse-me março, o que não se veio a verificar. Em comunicado, a Junta de Freque, na zona do Porto, isto anda guesia de Bougado veio esclarecer que “apesar de ser intenção” de a acontecer ao ritmo de uma vez “proceder à abertura dos cemitérios”, tal não foi possível “por imposição” do “delegado de saúde da área Santo Tirso/Trofa”. por semana”, contou.


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