O Notícias da Trofa

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Quinzenário | 17 de março de 2022 | Nº 761 Ano 19 | Diretor Hermano Martins | 0,80 €

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Recolha de assinaturas para aprovar desagregação de Santiago Incêndio desaloja família

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Do Coronado para a Polónia, vão toneladas de ajuda humanitária

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Proibido vender ovos e frangos na Trofa Pág. 10

Sara quer dar dignidade menstrual às mulheres pub


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O NOTÍCIAS DA TROFA

Atualidade

Trofa e Santo Tirso são os municípios que menos água desperdiçam

O volume de perdas nos concelhos da T rofa e Santo T irso tem sido reduzido a cada ano Trofa e Santo Tirso lideram o ranking nacional apresentado pelo regulador do setor da água como os municípios onde menos água se desperdiça na rede de abastecimento pública. ANA ISABEL FERNANDES/CÁTIA VELOSO O mais recente relatório da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) aponta que a média nacional de desperdicio de água que entra nas redes de abastecimento, em 2020, foi de 28,7%, valor bastante acima do que registaram a Trofa e Santo Tirso, com desperdício apurado de 8,9%. “O volume de perdas destes concelhos tem sido reduzido a cada

Meteorologia

ano e está, atualmente, a grande Trofa. Agora, os dados nacionais distância dos 57% registados em publicados pelo regulador reno1999, ano de início de atividade da vam a certeza de que a eficiência INDAQUA Santo Tirso/Trofa. A di- da nossa operação tem resultados ferença entre esse valor e aque- de referência em Portugal e tamle que agora se regista é equiva- bém a nível internacional”, afirlente a uma poupança de água su- mou, a propósito, Anabela Alves, ficiente para abastecer estes con- diretora-geral da empresa. Segundo a Indaqua, estes recelhos ao longo de seis meses”, revelou a concessionária em nota sultados são possíveis graças ao “trabalho diário e próximo no coninformativa. Só em 2019, estes dois municí- trolo das redes de abastecimento, pios não lideraram o ranking, por identificando e retificando pontuais constrangimentos, como futroca com Vila do Conde. “Sabíamos já que o volume de gas ou roturas, e também garanperdas alcançado em 2020 es- tindo maior eficácia no registo de pelhava a forma como o combate consumos, o que evita roubos ou ao desperdício de água na rede desvios de água que foi tratada e é uma missão assumida diaria- transportada para ser totalmente mente pela Indaqua Santo Tirso/ segura para consumo humano”.

Trofa, Santo Tirso e Maia com 16,5 milhões para valorizar formação profissional A Trofa, juntamente com Santo Tirso e Maia, vai receber 16,5 milhões de euros para a valorização do ensino profissional e da formação ao longo da vida. Foi este o valor decidido pela Á rea Metropolitana do Porto (AMP), de um total de 120 milhões de euros destinados ao Plano de Ação para as Comunidades Desfavorecidas e provenientes do Plano de Recuperação e Resiliência. As tranches serão divididas por seis territórios e devem ser aplicadas até 31 de dezembro de 2025. O lote Centro-Oriental (Porto e Gondomar) vai receber 24,6 milhões de euros, que serão aplicados na resolução de problemas relacionados com “a precariedade social e habitacional e os níveis de pobreza e exclusão social”. Com 20,3 milhões de euros, o lote Litoral Norte (Matosinhos, Vila do Conde e Póvoa de Varzim), vai

responder a problemas associados às comunidades piscatórias (pesca). Já o lote Centro-Sul (Vila Nova de Gaia e Espinho) terá ao dispor 20,2 milhões de euros para apoiar o tecido urbano industrial e de serviços, no combate ao desemprego e promoção da qualificação profissional. Com 24,3 milhões de euros, o lote Sul (Santa Maria da Feira, S. João da Madeira, Oliveira de Azeméis, Vale de Cambra e Arouca), vai atuar “ao nível das baixas qualificações e desemprego, bem como da queda demográfica e população crescentemente envelhecida”. O lote Oriental (Paredes e Valongo) terá direito a 13 milhões de euros, para melhorar índices “nos níveis médios de escolaridade e qualificação profissional”, assim como “nos cuidados e serviços”.

PAN questionou Governo sobre linha do metro O PAN questionou o Governo sobre se tenciona incluir o projeto de expansão da linha do metro, entre o ISMAI e a Trofa, no Plano de Recuperação e Resiliência. Na pergunta enviada na semana em que se assinalaram 20 anos desde que o comboio deixou de passar na chamada via estreita, o partido sublinhou a necessidade de o Estado fazer cumprir “o memorando de 2007, que previa a vinda do Metro até à Trofa”. Entre as questões endereçadas ao Ministério das Infraestruturas e Habitação, o PAN quer saber “qual a calenda-

rização da implementação” do memorando e, se este não for implementado, “quais as razões que justificam a não concretização”. Paralelamente, na última Assembleia Municipal da Trofa, o eleito do PAN, Rodrigo Reis, sublinhou que “a ligação do Metro não pode ser uma questão de rentabilidade, mas sim uma questão de justiça para com a Trofa e para com todas e todos os trofenses” e apelou a que todas as forças políticas trabalhassem no mesmo sentido com vista a que o Metro até à Trofa seja uma realidade.


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Gripe das Aves: Proibido vender ovos e frangos na Trofa O concelho da Trofa foi incluído na zona de vigilância do foco de gripe das aves, que foi detetada na freguesia de Gião, em Vila do Conde, há duas semanas. Até 3 de abril, é proibida a venda de ovos e frangos em feiras na Trofa, Vila do Conde, Póvoa de Varzim, Matosinhos e Maia. CÁTIA VELOSO Informada pela Autoridade Sanitária Veterinária Nacional, a Junta de Freguesia de Bougado lançou um comunicado em que sublinha as precauções a ter pelos produtores, que devem prender as aves dentro do galinheiro, não vender nem comprar aves e não sair nem entrar na freguesia com aves até novas orientações. Os produtores devem, ainda, alertar os vizinhos e comunicar às autoridades caso tenham aves mortas. A Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), cuja delegação do Norte pode ser contactada através do número de telefone 253 783 016 e e-mail dsvrn@dgav.pt, lançou também um edital com as medidas de controlo de doença e há folhetos a circular com as diretrizes a seguir. Segundo a entidade, é proibida a “circulação de aves detidas a partir de estabelecimentos localizados” nas zonas de vigilância, assim como “circulação de carne fresca, incluindo miudezas, e de produtos à base de carne de aves detidas e selvagens a partir de matadouros ou estabelecimentos de manipulação de caça” e de ovos “para incubação” e “para consumo humano”. Deve ser acautelada a “vedação

do perímetro de todas as explorações de modo a impedir a entrada de animais domésticos e selvagens, de pessoas e de veículos”, assim como evitados “quaisquer contactos com outras aves”. De acordo com os documentos divulgados, nas explorações “deverão existir fatos, botas e gorros para uso exclusivo” e “redes nas janelas e grelhas nos ventiladores perfeitamente integras, de modo a impedir a entrada de aves silvestres”. E stão “proibidos bebedouros nos parques exteriores para aves criadas ao ar livre, com exceção de pipetas” e a armazenagem e distribuição de aparas de madeira para as camas, de rações ou matérias primas “deve ser efetuada em espaço fechado, evitando qualquer derrame, que deverá ser imediatamente limpo e lavado com água corrente”. Todas as explorações devem manter registos completos e atualizados sobre receção de mercadorias avícolas - aves do dia, alimentos compostos, medicamentos biocidas (origem, datas e quantidade) - e dos parâmetros sanitários - mortalidade, triagem, vacinações, medicações e análises (fichas de produção). Em Portugal, o primeiro foco desta vaga de Gripe Aviária foi detetado a 30 de novembro de 2021 numa capoeira doméstica do concelho de Palmela. Desde então, foram já confirmados 18 focos de GAAP do subtipo H5N1 em todo o país, nos distritos de Leiria, Lisboa, Santarém, Setúbal, Beja, Faro e Porto.

proibidos bebedouros nos parques exteriores para aves criadas ao ar livre

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Atualidade

Nova rede de transporte público rodoviário da Área Metropolitana do Porto

Viação Barranquense vence concurso para operar na Trofa

L ote onde está incluida a T rofa A Viação Barraquense foi a empresa que ganhou o concurso para a nova rede de transportes que vai operar no Norte Centro da Área Metropolitana do Porto (AMP). Este lote abrange os concelhos da Trofa, Maia e Matosinhos, num total de 64 linhas do universo das 439 criadas em toda a AMP. A adjudicação dos contratos, que têm a duração de sete anos, foi anunciada pela comissão executiva da AMP, dois anos após o lançamento do concurso e após um longo período de atraso motivado por várias circunstâncias, nomeadamente judiciais, económicas e sanitárias (Covid-19). Com previsão para iniciar operações em março de 2023, as empresas vencedoras devem reunir com a AMP para redefinir alguns termos da proposta inicial da rede de transporte, a fim de acautelar os efeitos provocados pelo contexto pandémico. Além disso, segundo a entidade de transportes da região, as operadoras tinham até esta terça-feira, 15 de março, para decidir se aceitam ou não a adjudicação dos respetivos contratos. “Regulamentar e distribuir” o serviço de transporte público rodoviário “de forma equilibrada” pelos municípios foi o prin-

é composto por

64 linhas

cipal motivo invocado pela AMP para o lançamento deste concurso, que pode voltar a sofrer atrasos, caso as atuais operadoras no Grande Porto decidam interpor novos processos judiciais. Com esta nova rede de transportes, será possível dar a toda a população da região a possibilidade de aceder ao tarifário intermodal Andante, com os preços entretanto reduzidos graças às verbas do Programa de Apoio à Redução Tarifária. A frota de autocarros de toda a rede vai partilhar a mesma imagem e terá de cumprir determinados requisitos ambientais (veículos menos poluentes e diminuição gradual do limite de idade média

de 14 para oito anos ao longo do prazo do contrato). e ter características mínimas, como um “painel para informação ao público, visível do exterior, com indicação do código da linha que o veículo serve (à frente e atrás do veículo) e do destino da linha em operação (à frente do veículo)”, “ar condicionado”, “um sistema de geolocalização por GPS” e um “sistema de transmissão de dados”. Este último visa fiscalizar o serviço prestado por parte da Área Metropolitana, a autoridade de transportes da região. Atualmente, as operadoras que prestam serviço na Trofa são a Auto Viação Pacense, a Transdev e a Maia Transportes.


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Atualidade

Recolha de assinaturas para aprovar desagregação de Santiago São 11 os elementos do Movimento por Santiago, mas são muitas centenas os bougadenses que têm vindo a assinar a petição, para convocar uma assembleia extraordinária em Bougado, para a desagregação da freguesia de Santiago da de S. Martinho. O Movimento Por Santiago de Bougado continua a sua luta para conseguir que a freguesia de Santiago de Bougado possa ser desagregada da de S. Martinho. Para isso está a decorrer uma campanha de recolha de assinaturas, para que seja convocada uma Assembleia de Freguesia extraordinária, para que a proposta de desagregação seja apresentada, discutida, votada e aprovada nessa sessão, que ocorrerá ainda durante este ano de 2022. Pelo menos, é essa a esperança dos 11 elementos que compõem o movimento, criado em 2018 com o único objetivo de recuperar a independência administrativa de Santiago de Bougado que, recorde-se, foi agregada à freguesia de S. Martinho em 2013, por aquela que ficou conhecida como a lei Relvas. António Pontes, ladeado dos restantes dez elementos do movimento e em declarações à nossa

O s 11 elementos do Movimento: José Gregório Torres, Carlos Portela, M anuel Rodrigues, M anuel Campos, A ssis Serra Neves, A ntónio Pontes, Vera A raújo, F ernando Monteiro, Costa M arinho, José Rodrigues, Vítor M aia reportagem, adiantou que “este trabalho de recolha de assinaturas que estamos a levar a cabo junto da população de Santiago de Bougado e de S. Martinho foi desencadeado no âmbito de uma reunião deste movimento com os presidentes da Junta de Bougado, Luís Paulo Sousa, e da Assembleia de Freguesia, Vitor Martins, que entenderam que seria mais ade-

quado para fazer a convocatória dessa assembleia de freguesia extraordinária que fossem os cidadãos através do abaixo-assinado a solicitar essa convocatória, por estarem convencidos de que não tinham condições no âmbito do seu mandato para eles próprios despoletarem esse processo.” Pelo Movimento, António Pon-

tes explicou ainda que “os membros se sentem legitimados com esta recolha de assinaturas que estão a fazer, quer do ponto de vista político, quer do ponto de vista da sociedade em geral. Desta forma conseguimos muito maior força e muito maior legitimidade nesta pretensão que é nossa e que agora é de todos, porcom a adesão que estamos a ter por parte das pessoas aqui da freguesia, percebemos que isto é um anseio de todos, ou praticamente todos, os bougadenses de Santiago de Bougado”. Prejuízos nas atividades económicas são visíveis e podem ser medidos

Agricultores defendem a desagregação de Santiago para salvar o setor

Na atividade agrícola, um dos eixos económicos da freguesia a par da indústria, o sentimento é o de que cada vez mais se estão a perder oportunidades, seja nos apoios diretos à atividade, seja nos apoios aos fundos da União Europeia aprovados no âmbito do quadro Portugal 2020 que, através da Litoral Rural, são distribuídos pelas freguesias rurais dos municípios da Trofa, Santo Tirso, Maia e que não chegam a Santiago de Bougado, que com a agregação se tornou freguesia urbana e não rural. Jorge Oliveira é um dos empresários agrícolas que sente na pele as dificuldades. “Com a passagem do estatuto de freguesia rural de que gozava Santiago de Bougado a freguesia urbana em

2013, deixamos de nos poder candidatar a algumas ajudas ao desenvolvimento rural para apoiar a produção agrícola, para modernizar as nossas explorações ou até para aquisição de novas máquinas. Estamos assim impedidos de fazer candidaturas relativamente a pequenos investimentos num valor até 50 mil euros, num processo simples”. O agricultor vai ainda mais longe e exemplifica que os agricultores de Covelas, do Coronado ou Alvarelhos e Guidões podem candidatar-se a estes pequenos apoios que fazem a diferença, enquanto os de Santiago, que tem a maior área de agricultura do concelho, num dos vales mais férteis do país, estão impedidos de o fazer através da DLBC Litoral Rural, criada para apoiar os pequenos investimentos nas freguesias rurais dos municípios da Trofa, Santo Tirso, Vila do Conde, Maia, Póvoa Varzim e Matosinhos. Oliveira lembra que Santiago de Bougado é a freguesia que contribui mais em termos de agricultura para a economia do concelho da Trofa e onde se concentra o maior número de explorações. O empresário afirma que tinha em mente desenvolver “um projeto para o alojamento rural que poderia ser um investimento até cem mil euros, financiado a 50 % e não o pode fazer porque Santiago de Bougado é urbana e não rural” o que é um contracenso. Também Bruno Miranda, jovem agricultor de Santiago de Bouga-


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Atualidade sia rural, estes pacotes seriam mais simplificados do que apresentarmos um projeto através das outras medidas, que são mais burocráticas. Estes projetos são mais simples e mais acessíveis quase como uma candidatura direta. Se formos a contabilizar, nós não temos um jovem que se tenha instalado na agricultura em Santiago de Bougado nos últimos anos, nomeadamente desde a agregação em 2013, e tudo devido à burocracia e todos estes aspetos não encorajam os jovens a instalar-se e a continuar o trabalho da família na área da agricultura”, lamentam.

Onde e quem pode assinar para apoiar a desagregação

do, enunciou as dificuldades sentidas na sua atividade desde que Santiago de Bougado passou a ser considerada freguesia urbana. “Sou um pequeno agricultor e necessito de apoios, pois, com a situação do mercado e face ao preço que estão as matérias-primas - e concretamente no setor do leite -, estes fundos eram uma ajuda que nós tínhamos para evoluir e modernizar. Assim, nem vale a pena fazer candidaturas, pois somos logo barrados por sermos zona urbana e isso prejudica-nos bastante”. Bruno Miranda e Jorge Oliveira são unânimes ao considerar

que a desagregação da freguesia de Santiago é “uma boa iniciativa, não só por esse facto das candidaturas, mas também pelo facto de serem duas freguesias bastante grandes e não fazer sentido estarem agregadas”. “Penso que se estivessem separadas, tornava as coisas mais ágeis”. Os dois empresários agrícolas reconhecem que a agregação das duas freguesias numa só “no fundo, trava o desenvolvimento e as pessoas acabam por desistir da atividade agrícola e os jovens deixam de se interessar e acabam por fugir de Santiago de Bougado”. “Se fôssemos fregue-

São inúmeros os estabelecimentos comerciais na freguesia de Santiago de Bougado e em S. Martinho que estão a colaborar na recolha de assinaturas que foi encetada pelo Movimento. Assim, nos cafés, restaurantes e lojas, através de contacto direto com os membros deste movimento de cidadãos, ou da página de https://www.facebook.com/SantiagodeBougado podem obter informação sobre onde e quando assinar para ajudar a desagregação da freguesia de Santiago de Bougado. Nomes como Manuel Ramalho, José Gregório, António Azevedo e Moreira são exemplos de ex-presidentes de junta que já subscreveram o abaixo-assinado para marcação da Assembleia de Freguesia que vai permitir que a proposta de desagregação seja discutida e que Santiago de Bougado seja de novo independente.

Próximos passos a dar na desagregação “Nós temos algum trabalho para fazer. Há um processo que passa pela elaboração de uma proposta que tem de ser feita para a convocação da assembleia de freguesia, portanto estamos já a começar a trabalhar nessa proposta e já temos vários elementos recolhidos, mas há outros que são necessários, sobretudo, alguns de carácter administrativo, dos quais dependemos dos órgãos autárquicos eleitos, nomeadamente da Junta de Freguesia atual e da própria Câmara Municipal. Vamos necessitar do apoio deles para que possam instruir essa proposta e esperamos ter esses elemen-

tos connosco logo que seja possível para que possamos entregar o processo já finalizado para essa convocação da assembleia de freguesia. Há aqui um aspeto muito relevante que é o facto de este processo ter de ser resolvido no presente ano, ou seja, ao abrigo do regime extraordinário que a lei nos permite para desagregar a freguesia. Recorde-se que já recebemos o apoio público do presidente da Câmara, da presidente da Assembleia Municipal e de todos os partidos políticos com assento na Assembleia Municipal”, lembrou.

Independência de Guidões e Alvarelhos discutida na próxima terça-feira O movimento criado para lutar pela desagregação de Guidões da freguesia de Alvarelhos conseguiu já fazer marcar uma assembleia de freguesia extraordinária para que seja apresentada e votada a proposta de desagregação. Marcada para 22 de março, às 21h00, no auditório da residência paroquial de Guidões, tendo como ponto único da ordem de trabalhos a apresentação, discussão e votação da proposta de desagregação das freguesias de Guidões e Alvarelhos.


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Atualidade Margarida Correia Pinto Notária

Incêndio desaloja família em Paradela Uma família ficou desalojada na sequência de um incêndio num apartamento no segundo andar de um prédio, na Rua João Regras, em Paradela, na manhã de sábado, 12 de março. Foi necessário evacuar o edifício para garantir as condições de segurança dos moradores, enquanto os Bombeiros Voluntários da Trofa combateram o fogo que se encontrava “ativo” à chegada dos meios

do ao intenso fumo e à desde socorro. Eduardo Cruz, chefe dos truição que o fogo provoBombeiros, referiu que “ha- cou. A família teve de ser via uma vítima” que se en- realojada. Nas operações de socorcontrava “no apartamento” e que foi retirada e assis- ro estiveram envolvidos tida na ambulância que a 11 elementos dos Bombeicorporação mobilizou para ros Voluntários da Trofa, apoiados por dois veícuo local. O fogo, “que estava confi- los de combate a incêndio, nado na sala de estar”, aca- uma autoescada e uma ambou por ser dominado e ex- bulância, e dois militares tinto pelos bombeiros, mas da GNR, que registaram a a casa ficou sem condições ocorrência. para ser habitada, devi-

Carro cai em campo após despiste na EN14

Foi necessário estabilizar a viatura, que estava quase a cair ao ribeiro Uma viatura ligeira caiu num campo junto ao ribeiro de Lantemil, em Santiago de Bougado, na sequência de um despiste na EN 14, cerca das 20h00 de 8 de março. Segundo o adjunto do comando dos Bombeiros Voluntários da Trofa, Rui Ferreira, “foi necessário es-

tabilizar a viatura, que estava quase a tombar para o ribeiro”. Verificadas as condições de segurança, os bombeiros retiraram o condutor, único ocupante do carro, que apresentava ferimentos leves. Foi assistido pelos operacionais da corporação da Trofa e transportado para a

unidade de Vila Nova de Famalicão do Centro Hospitalar do Médio Ave. Para o local, os Bombeiros mobilizaram duas viaturas e sete elementos. A GNR controlou o trânsito e a estrada esteve condicionada durante cerca de duas horas.

Certifico narrativamente para efeitos de publicação que, por escritura de hoje exarada de fls.45, do livro de escrituras diversas nº 241-G, no cartório sito na Avenida de Sousa Cruz, Edifício do Centro Comercial Galáxia, 3º andar, sala 15, na cidade e concelho de Santo Tirso, a cargo da Notária, Lic. Margarida Maria Nunes Correia Pinto, foi lavrada uma escritura de justificação notarial, em que foram outorgantes:Maria Paula Pereira Serra, NIF 204 483 026, casada em comunhão de adquiridos com Frederico Manta Mergulhão Pinto Ferreira, natural da freguesia de Sé, concelho do Porto, residente na Rua da Torrinha, nº156, 1º, Cedofeita, Porto; a) Maria José Pereira Serra, NIF 108 616 382, divorciada, natural da freguesia de Bougado (S.Martinho), concelho de Santo Tirso, residente na Rua D. Gaspar de Bragança,nº41, Nogueiró, Braga; b) Maria Luísa Ferreira Serra Oliveira, NIF 108 616 096, casada no regime da comunhão de adquiridos com Vítor Manuel Ferreira de Almeida Oliveira, natural da freguesia de Ramalde, concelho do Porto, residente na Rua António Ramalho, nº181, Senhora da Hora, Matosinhos; c) Luís Carlos Ferreira Serra, NIF 156 095 688, divorciado, natural da freguesia de Ramalde, concelho do Porto, residente na Rua Teixeira de Queiroz,nº26, Nogueiró, Braga; d) Maria Helena Ferreira Serra Oliveira, NIF 108 067 882, casada em comunhão de adquiridos com António Manuel Tavares Oliveira, natural da freguesia de Bougado (S.Martinho), concelho de Santo Tirso, residente na Rua Joaquim da Costa Azevedo, nº262, S.Martinho de Bougado, Trofa; e) Maria da Conceição Ferreira Serra do Amaral Nunes, NIF 108 655 601, casada em comunhão de adquiridos com Pedro Daniel do Amaral Nunes, natural da freguesia de Santo Ildefonso, concelho do Porto, residente na Rua Comendador Joaquim Almeida Freitas, nº56, Moreira de Cónegos, Guimarães. f) Teresa Maria Ferreira Serra, NIF 166 781 762, divorciada, natural da freguesia de Bougado (S. Martinho), concelho de Santo Tirso, residente na Rua Cruz de Pedra, n° 90, 6° esquerdo, Braga; g) António Joaquim Ferreira Serra, NIF 138 162 069, solteiro, maior, natural da freguesia de Bougado (S. Martinho), concelho de Santo Tirso, residente na Rua Américo Moreira da Silva, n° 128, S. Martinho do Bougado, Trofa; h) Nuno Vasco Ferreira Serra, NIF 148 521 797, casado no regime da separação de bens com Maria Manuela Barreto Fernandes Correia Pais, natural da freguesia de Bougado (S. Martinho), concelho de Santo Tirso, residente na Rua Pinheiro Manso, n°111, Porto; Carlos Joaquim Serra de Proença Pissarra, NIF 166 940 500, divorciado, natural da freguesia de Bougado (S. Martinho), concelho de Santo Tirso, residente na Rua Eng. Ezequiel de Campos, n° 565, Ramalde, Porto; Ana Cristina Serra Proença Pissarra, NIF 170 115 887, divorciada, natural da freguesia de Bougado (S. Martinho), concelho de Santo Tirso, residente na Rua D. Pedro V. n° 245. Trofa; Maria Helena Pereira Serra Matos, NIF 194 709 876, casada no regime da comunhão de adquiridos com Eliseu Martins Matos, natural da freguesia da Sé, concelho do Porto, residente na Rua da Torrinha, n° 156, 3° andar, Cedofeita, Porto; Nuno Vítor Pereira Serra, NIF 194 709 868, casado no regime da comunhão de adquiridos com Ana Teresa Carqueja Salgado Serra, natural da freguesia da Sé, concelho do Porto, residente na Rua 9 de abril, n° 1153, 5° esquerdo, Porto; Maria Alexandra Pereira Serra, NIF 209 617 179, casada em comunhão de adquiridos com João Carlos Marques Amorim de Araújo Faria, natural da freguesia da Sé concelho do Porto, residente na Rua do Sol Poente, n° 761, fração W, Leça da Palmeira, Matosinhos; Pelos outorgantes foi dito que retificam a escritura de justificação outorgada no Segundo Cartório Notarial de Santo Tirso, acervo documental deste cartório, no dia vinte e um de setembro de mil novecentos e noventa e quatro, exarada a folhas trinta e nove, do livro de notas de duzentos e noventa-A, no sentido de ficar a constar que: Que o prédio justificado como prédio rústico, com a área de cinquenta mil metros quadrados, sito no lugar de Finzes, freguesia de S. Martinho do Bougado, concelho de Santo Tirso, não descrito Conservatória do Registo Predial e inscrito na matriz sob o artigo 97, é na verdade um prédio rústico com a área de vinte mil, novecentos e noventa metros quadrados, sito no lugar de Finzes, da atual união de freguesias de Bougado (S. Martinho e Santiago), concelho da Trofa, atualmente descrito Conservatória do Registo Predial da Trofa sob o número mil, seiscentos e quarenta e seis, registado a favor da outorgante e dos seus representados pela Ap. 1447 de 2013/06/21 e Ap. 1448 de 2013/06/21 e inscrito na matriz sob o artigo 175 da união de freguesias de Bougado (S. Martinho e Santiago), (anterior artigo 97 da extinta freguesia de S. Martinho do Bougado). Que retificaram a área do prédio justificado, uma vez que na referida escritura foi declarada, por mero lapso, a área constante na matriz, tendo posteriormente se verificado através de um levantamento topográfico que o prédio tinha uma área menor que o descrito. ESTÁ CONFORME O ORIGINAL, O QUE CERTIFICO Cartório Notarial de Margarida Correia Pinto, 8 de março de dois mil e vinte e dois. A Notária, Margarida Correia Pinto


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Atualidade

José Calheiros

Escrita com Norte

Do pleno ao nada Num tempo perdido no próprio tempo, havia cinco Universos, unidos sem distinção. Um deles, achando-se mais sombrio do que os outros por ter mais buracos negros, sentia-se especial. Imbuído de um espírito independentista, separou-se. Nesse Universo, agora só, mas mesmo assim infinito, além dos buracos negros, tinha poeiras cósmicas, cometas, estrelas,... e galáxias. Das inúmeras galáxias existentes, e das que não se sabiam existentes, havia uma que se achava distinta, e, imbuída de um espírito independentista, desanexou-se do Universo a que pertencia. Nesta galáxia, com planetas de tamanhos e cores diversos e a distâncias diferentes da sua estrela, um deles, por ter vida, não lhe era suficiente o estatuto especial que tinha e declarou unilateralmente a indepêndencia da galáxia a que pertencia. Neste planeta, com um único continente, de nome Pangeia, a Natureza, caprichosa, dividiu-o em vários continentes. Cada um deles dividiu-se em países, que por sua vez se dividiram em regiões, e as mais ricas, fartas das regiões mais pobres, amotinaram-se, e separaram-se do país a que pertenciam. Nessas regiões, com muitos bairros, o industrial, que com as suas fábricas produziam e criavam riqueza, separou-se dos outros bairros. Carlos, gerente da fábrica que mais facturava de um destes bairros industriais, e com um excelente ordenado, como era o que mais contribuia para o orçamento familiar, divorciou-se da esposa e não quis saber dos filhos que, tal como tragédias naturais, só lhe davam despesa. Hoje de manhã, Carlos teve um AVC que lhe imobilizou o braço direito. O esquerdo, habituado a descansar à sombra da bananeira, já que Carlos era destro, teve que começar a trabalhar. Revoltado com o seu destino e não querendo sustentar o braço direito, o esquerdo, amputou-se do corpo de Carlos. Agora, independente e uno, o braço esquerdo era senhor do seu destino. Mas com o tempo a mão começou a ganhar calos e desanexou-se do antebraço. Agora, atingida a divisão até à perfeição do punho livre que trabalha, os dedos reagem contra a palma, que nada agarra e em referendo os dedos declaram indepência. De nariz empinado, o dedo indicador, de postura erecta, censurou os outros dedos expulsando-os da sua vizinhança. Só, o dedo indicador virou-se contra si, degradando e dividindo-se, até restar um enorme vazio. Este enorme vazio é constituido por cinco grandes vazios, unidos e sem distinção. Um deles, achando-se mais oco do que os outros...

Troficolor tenta ampliar volume de negócios no Japão Uma vasta gama de artigos Denim e em PPT (pronto para tingir) com diferentes estruturas, composições e pesos, onde mais de 60% dos artigos são sustentáveis. São estas as novidades que dão corpo à coleção Primavera/Verão 2023 da Troficolor, que estarão em destaque na expo JITAC, uma feira do setor têxtil, que decorre no Japão. Entre 22 a 24 de março, a empresa da Trofa vai tentar a “ampliação do volume de negócios”, através da “captação de novos clientes” e “na solidificação e acompanhamento das relações com os atuais”, explicou Ana Maria Magalhães, responsável pelas exportações da marca. “A JITAC é, sem dúvida, um canal importante de contacto com este mercado onde, desde há muitos anos, mantemos boas relações comerciais”, acrescentou. A Troficolor dedica à próxima esta estação quente “as fibras naturais como linho e tecidos com

T roficolor apresenta no Japão nova coleção primavera-verão 2023 mistura de algodão orgânico e hemp, as gangas de cor 100% algodão orgânico com tingimento mineral e, para os puristas do denim, a gama de Selvedge onde se inclui um denim 100% algodão orgânico com índigo vegetal”. Além da Troficolor, participam neste evento outras empresas portuguesas, como a estamparia

Adalberto, de Santo Tirso, e a Riopele, de Vila Nova de Famalicão. A participação das empresas portuguesas PME na JITAC é uma iniciativa da Selectiva Moda e da ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, que visa promover a internacionalização das empresas portuguesas da área da moda.

Brasmar apresenta produtos nos EUA A líder nacional no setor alimen- res de investidores, compradotar de produtos do mar, a Brasmar res, distribuidores, supermercafoi um dos cerca de 1300 parti- dos, hotéis e outras empresas do cipantes da edição deste ano da setor do retalho. Seafood Expo, que decorreu enEm exposição, a Brasmar teve tre 13 e 15 de março, em Boston, também “a nova linha de Bacanos Estados Unidos da América. lhau ao Ponto de Sal congelado, Apresentar os novos “produtos produzida em Portugal, num serefrigerados composta pela gama tor em expansão”, referiu a emListo y Delicioso, três varieda- presa em comunicado. des de peixe fresco acompanhaEm 2020, a Brasmar inaugurou dos com legumes, pelo carpac- uma sucursal na América, um cio de polvo e pelos preparados mercado que se apresenta como de marisco para paellas” era um “uma oportunidade”, devido à dos objetivos da marca no even- “sua dimensão e investimento no to, conhecido por chamar milha- setor de produtos do mar conge-

lados e refrigerados”. T.J./C.V. Brasmar instala centrais fotovoltaicas A Brasmar instalou duas centrais fotovoltaicas na unidade fabril localizada em Guidões. Segundo a empresa que se dedica à importação, transformação e comercialização de produtos do mar congelados, estas centrais vão evitar a emissão de cerca de 520 toneladas de dióxido de carbono por ano, o que equivale a plantar 17.900 árvores. A.I.F./C.V.

Trofa Saúde abre centro de tratamento da obesidade A 4 de março assinala-se o Dia Mundial da Obesidade e o Grupo Trofa Saúde decidiu marcar a data com a inauguração do novo centro de tratamento multidisciplinar da obesidade, no Hospital Central, em Vila do Conde. O Grupo Trofa Saúde trata cerca de cem pessoas com obesidade por ano. Este novo centro de tratamento tem como principal objetivo “tratar mais e melhor” e para isso conta com uma equipa multidisciplinar é composta por nutricionistas, psicólogos, internistas, cirurgiões e gastrenterologistas.

“O tratamento da obesidade no grupo Trofa Saúde já existe há alguns anos e neste momento estamos a estruturar a atividade de forma a que haja uma centralização dos serviços, com forte aposta na qualidade e segurança para os doentes. A oferta não passa apenas pela cirurgia em si. É preciso dar acompanhamento em todas as fases do tratamento”, explica Gil Faria, cirurgião geral do Grupo Trofa Saúde. Em Portugal, segundo os dados da OCDE, a prevalência da obesidade na população adulta

é de 28,7%, valor que coloca o país como o 3.º a nível europeu com a maior prevalência de obesidade. O confinamento social, que teve início há dois anos, contribuiu, ainda, para que 26,4% dos portugueses tenham aumentado de peso. A obesidade é uma doença crónica e é a doença isolada com maior prevalência a nível mundial. Esta doença tem tratamento e neste novo centro do Hospital da Trofa garante-se um acompanhamento total, personalizado e seguro para todos os utentes. A.I.F/C.V.


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17 de março de 2022

O NOTÍCIAS DA TROFA

Atualidade S. Mamede faz vigília pela paz A paróquia de S. Mamede do Coronado vai promover uma vigília pela paz na Ucrânia e no Mundo, esta sexta-feira, 18 de março. Esta ação tem lugar na Igreja de S. Mamede do Coronado, às 19h30.

Compasso regressa esta Páscoa O compasso vai voltar às ruas lhar, não devem ser dados cume casas dos fiéis, esta Páscoa. A primentos próximos às pessoas paróquia de S. Martinho de Bou- do compasso nem lhes ser sergado revelou que o anúncio da vida comida. Ressurreição de Cristo será feito “As pessoas poderão receber “de manhã e de tarde, como era em casa ou à porta de casa. Pedehabitual”, mas “com alguns cui- -se que, na altura da entrada do dados”. Além de não ser permi- compasso, todos usem máscara”, tido beijar a Cruz, podendo este apelou a paróquia, que aproveita gesto ser substituído pelo ajoe- para pedir voluntários para inte-

grar os grupos, incluindo “crianças para as campainhas”. “Quem quiser participar pode inscrever-se no Cartório Paroquial. As ofertas do compasso serão para ajuda das obras da Igreja Paroquial. Não deixemos cair esta manifestação de Fé tão importante na Páscoa”.

Oficina de Oração e Vida na Capela de Mosteirô Esta sexta-feira, 18 de março, às 21h00, na Capela de Mosteirô, têm início uma Oficina de Oração e Vida. Estes encontros pretendem

ajudar as pessoas a orar meditando a Palavra de Deus. “Se sente dificuldade em rezar e quer desenvolver uma ligação mais forte

com Deus não deixe de participar. Inscreva-se ou apareça simplesmente”, convidou a paróquia de S. Martinho de Bougado.

Encontro de reflexão e retiro na Igreja Nova No dia 26 de março, sábado, a paróquia de S. Martinho de Bougado vai organizar um dia de reflexão e retiro, na Igreja Nova. Este encontro, aberto a todos os interessados, começa às 10h15 e termina às 15h45, com intervalo

para almoço. Sob o epíteto “Viver uma Vida Reconciliada”, este encontro será orientado pelo padre Agostinho Tavares, dos Missionários Espiritanos. “Esta poderá ser uma boa opor-

tunidade para aprofundar o sentido da reconciliação e também para preparar a Páscoa”, revelou a paróquia, no boletim semanal, pedindo, de “modo especial”, a participação dos vários grupos paroquiais.


17 de março de 2022

200€ em prémios para os melhores ovos da Páscoa

A delegação da Trofa da Cruz Vermelha Portuguesa, através do projeto CLDS 4GIR, vai promover um concurso de ovos da Páscoa, com 225 euros em prémios. Com a estrutura base com 1,75 metros, que será oferecida pela instituição, os participantes só têm de dar aso à imaginação e criar um ovo da Páscoa, através da utilização de materiais reutilizáveis. “Estimular o conhecimento sobre as tradições em torno da Quadra da Páscoa” e “fomentar a criatividade das crianças, jovens, adultos e idosos do concelho” são objetivos desta iniciativa. A s inscrições podem ser feitas através do link https:// bit.ly/36drBtd ou do e-mail coordenadora@4gir.pt, até 24 de março. Os trabalhos devem ser entregues na delegação da Cruz Vermelha até 13 de abril. O primeiro prémio tem o valor de cem euros, o segundo de 75 euros e o terceiro de 50 euros. C.V.

O NOTÍCIAS DA TROFA

O retrato da(s) mulher(es) como hino à igualdade

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Atualidade

“Continuamos, com estes momentos, a promover os serviços concelhios e a disseminar os valores base para uma comunidade melhor”. Foi desta forma que Carla Lima, coordenadora do projeto CLDS 4GIR Trofa, explicou a iniciativa que levou mulheres do concelho a usufruir de um retrato na empresa Weshoot Agency. CÁTIA VELOSO A empresa sediada na cidade abriu as portas, gratuitamente, para mais de 40 mulheres, eternizando-lhes um momento que serviu para assinalar o Dia da Mulher, a 8 de março. Os retratos surgiram nas redes sociais da empresa, assim como da delegação da Trofa da Cruz Vermelha Portuguesa e do CLDS 4GIR. A instituição fez mais e expôs os retratos na montra institucional localizada na sede, “como forma de agradecimento às mulheres” que fazem parte da direção, funcionárias e voluntárias. “Consideramos que seria forma inovadora de promover as empresas concelhias e ao mesmo tempo as mulheres trofenses”, explicou Carla Lima, que sublinhou, igualmente, “a promoção da igualdade”. “A igualdade de oportunidades, de acesso aos serviços, bem

“A primeira coisa que olhamos quando vemos uma pessoa ou o seu retrato são os olhos e aí não tiramos medidas...” como o respeito pela diferença, “com uma causa”. “Este trabalho começa por uma tal como refere o lema da campanha, que todas as mulheres são realização pessoal, um exercídiferentes, mas todas especiais. É cio, mas também um gosto por muito importante que estes mo- fotografar pessoas, o qual prementos existam, pois permite nos tendo dar continuidade. Aliado estar in loco com a comunidade, a isto, tento também promover o de uma forma diferenciada, mas meu trabalho com a partilha das imagens. Este projeto teve, ainda, ao mesmo tempo próxima”. Por sua vez, Silvano Lopes, fo- como objetivo quebrar com os estógrafo da Weshoot Agency e SL tereótipos de beleza”, sublinhou. Apologista de fotografias que Casamentos, explicou que teve a ideia de contactar a equipa do coloquem as pessoas “de forma CLDS 4GIR, através da Cruz Ver- crua e sincera” – “sem qualquer melha, para fazer associar o retra- manipulação de imagem sem ser to, estilo de fotografia que apre- os aspetos básicos de exposição cia e explora há cerca de 12 anos, ou cor” -, Silvano Lopes acredita

que é necessário contribuir para deixar cair mitos como “o bonito é só uma pele lisa sem rugas com um bonito penteado e make up perfeito”. “A primeira coisa que olhamos quando vemos uma pessoa ou o seu retrato são os olhos e aí não tiramos medidas, não julgamos ou comparamos, porquê fazer com o resto? Todas as pessoas têm características pessoais, todas são diferentes e ainda bem que assim é. O bonito é ser diferente. E nesta sessão do Dia da Mulher tentei captar a essência de cada uma”, postulou.

Projeto Erasmus+ leva alunos da Trofa até Sevilha

Passos de Dança premeia bailarinos A 5 de março, a Escola Passos de Dança realizou uma Gala de Prémios, na qual os alunos de ensino vocacional apresenta ra m os seus solos, duetos, trios e coreografias de grupo. Na mesma noite, os restantes alu-

nos da nossa escola subiram ao palco do Teatro da Aveleda, em Lavra, para receberem os prémios e diplomas dos exames realizados em novembro, bem como os realizados nos últimos dois anos letivos.

“Novas tecnologias, novos mundos” é o tema do projeto Erasmus+, que levou seis alunos e duas professoras do Clube Europeu do Agrupamento de Escolas da Trofa a uma viagem a Sevilha, Espanha, apoiados pelo Instituto Superior Valencina de la Concepcion. Entre 14 e 18 de fevereiro, os

estudantes ficaram hospedados Ética na Robótica, que é a temáem casas de famílias de acolhi- tica principal do projeto. Visitamento, uma experiência que, se- ram a Universidade de Cádiz e gundo as docentes, “foi, para to- os locais mais emblemáticos de Sevilha”, acrescentaram as prodos, deveras enriquecedora”. “Além disso, tiveram oportuni- fessoras. A Portugal e Espanha, juntamdade de conhecer uma escola diferente e participar em ativida- -se a este projeto da Erasmus+ a des diversas no contexto esco- Grécia, Itália e Roménia. T.J./C.V. lar, nomeadamente na área da


10 O NOTÍCIAS DA TROFA

17 de março de 2022

Atualidade

Sara decidiu ajudar as mulheres da Guiné-Bissau a terem dignidade menstrual Diminuir a pobreza menstrual, o absentismo escolar e laboral associado ao período menstrual por dor, vergonha ou mitos intrínsecos. Estes são os propósitos que servem de pilares ao projeto “Sublimes gotas de amor”, lançado, recentemente, pela trofense Sara Pereira. CÁTIA VELOSO A enfermeira, que já viveu experiências de voluntariado no

Porto em São Tomé e Príncipe, decidiu “replicar” um tipo de projeto já desenvolvido por várias associações espalhadas pelo Mundo, e contribuir para “dignificar a criança, a adolescente e a mulher ao longo do seu ciclo de vida” em países em vias de desenvolvimento. O projeto vai centrar-se, inicialmente, na Guiné-Bissau, em Bigene, onde as mulheres, que “não têm acesso a pensos higiénicos P ub.

P rojeto será agora desenvolvido em parceria com uma A ssociação nem tampões” para conter o flu- através da realização de “uma forxo menstrual, usam “jornal, meias, mação e capacitação dos profismiolo de pão, panos sujos e sacos sionais de saúde sobre tratamento de feridas e outra formação sode plástico”. “Não têm casas de banho onde bre educação menstrual, de 1 a trocar os protetores menstruais 15 de abril”. Além disso, o “Sublimes gonem acesso a água cana lizada para higiene adequada, mui- tas de amor” ganha corpo atrato menos papel higiénico, nem vés de kits, exclusivamente feisistema de recolha de lixo, que tos pela trofense, compostos por é enterrado ou queimado”, ex- “três pensos higiénicos de tecido plicou Sara Pereira, em declara- de algodão reutilizáveis, um par de cuecas 100% algodão, um sações ao NT. Iniciado a solo, o projeto será bão rosa para lavagem dos penagora desenvolvido em parceria sos e roupa íntima, um sabonete com uma associação da região, para higiene pessoal e um folhe-

to informativo sobre como utilizar os pensos higiénicos reutilizáveis e quais as instruções de lavagem”. No arranque do projeto, e “a título particular”, Sara Pereira vai distribuir “50 kits”, com o objetivo, a médio prazo, de conseguir que aquela população feminina consiga reunir “ferramentas” para continuarem o projeto. Além disso, a enfermeira decidiu, ainda, promover uma oficina de costura para quem estiver interessado “em aprender a fazer pensos higiénicos reutilizáveis e replicar o seu fabrico, criando uma possível fonte de rendimentos ou apenas para continuarem a ter pensos para sua utilização”. “Quero dignificar o direito à saúde obstétrica e ginecológica de cada ser do sexo feminino e o seu direito à educação menstrual. Só com conhecimento, cada mulher poderá perceber melhor o seu corpo, os seus ciclos e o seu ritmo, fazer as suas escolhas de planeamento familiar (dentro da sua religião, cultura e crenças inerentes)”, frisou. Este trabalho é, particularmente, desafiante na Guiné-Bissau devido à religião muçulmana e crenças culturais, sendo uma aprendizagem que tem que ser dada com muito tato e sensibilidade. “Em parceria com formações desta área, está um elemento dedicado aos direitos humanos, sendo que este tipo de trabalho é validado para garantirmos o respeito pela cultura daquele povo e a adesão ao novo conhecimento”, explicou.


17 de março de 2022

O NOTÍCIAS DA TROFA

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Atualidade

Do Coronado para a Polónia vão toneladas de ajuda humanitária para quem fugiu da guerra Lazy, localidade situada próximo de Varsóvia, capital da Polónia, é o destino dos bens que foram recolhidos pela população da vila do Coronado para ajudar os refugiados da Ucrânia. Sensível à “abordagem” de “particulares, associações e empresas”, o executivo liderado por José Ferreira decidiu montar um centro logístico na Quinta de S. Romão, onde se reuniram toneladas de bens de primeira necessidade e outros artigos para ajudar quem fugiu da guerra, deixando tudo para trás. Na manhã de sábado, 12 de março, um camião da Transmaia, empresa da vila que também se associou à causa humanitária, começou a ser carregado com as dádivas e para iniciar viagem em direção à Polónia esta semana. “Os bens vão para um local devidamente articulado com a embaixada da Ucrânia, para que esta ajuda se torne realmente efetiva e muito prática”, explicou José Ferreira, que sublinhou ao altruismo de dezenas de voluntários, que

se foram avolumando à medida que o projeto foi sendo difundido pela vila. “Por exemplo, todas as escolas fizeram recolhas de bens alimentares. Houve, sem dúvida, uma predisposição e uma disponibilidade muito grande das pessoas, que foram se oferecendo, demonstrando uma generosidade enorme. Ficamos com a consciência que fizemos alguma coisa para ajudar e minimizar o impacto que este conflito está a criar no nosso dia dia”. Cátia Vilaça foi uma das pessoas que se voluntariou para organizar a recolha dos bens no Coronado. Ao NT e à TrofaTv testemunhou o sentimento “indescritível” de poder ajudar. “Um dia são eles, outro dia podemos ser nós. E eu também costumo dizer que uma mão lava a outra e duas lavam a cara. Este espírito de entreajuda faz com que todo este trabalho pareça leve”, referiu. Diretamente do Coronado, foram para a Polónia bens alimentares, mas também vestuário e

Camião com ajuda humanitária partiu, esta semana, após dias de esforço de dezenas de voluntários na recolha de bens mantas e cobertores, artigos de higiene e de primeiros-socorros, assim como produtos para bebés e muitos brinquedos. 27 refugiados chegaram à Trofa Vinte e sete refugiados chegaram, na semana passada, à Trofa depois de uma ação que começou, espontaneamente, por parte de duas ucranianas com liga-

ções ao concelho, que acabou por atingir grandes proporções graças ao envolvimento da autarquia da Trofa, que se mobilizou através da criação de um centro logístico e captação de motoristas voluntários para irem buscar familiares de imigrantes residentes na região e outros que se quisessem refugiar temporariamente no concelho. Dez mulheres, 15 crianças e dois bebés foram trazidos desde a

fronteira entre a Ucrânia e a Polónia, sendo que cinco ficaram alojados na APPACDM da Trofa. Os restantes refugiados foram acolhidos por familiares e amigos, na vila de Ribeirão, concelho de Vila Nova de Famalicão, e em Leiria. Na Trofa, assim como nos outros concelhos, será dado apoio a estes refugiados, ao nível do acompanhamento psicológico, assim como da integração profissional e escolar.


12 O NOTÍCIAS DA TROFA

17 de março de 2022

Desporto

Ciclismo

Fábio Costa 4.º na segunda prova da Taça de Portugal Fábio Costa está em 4.º lugar do ranking da Taça de Portugal de ciclismo de estrada. O corredor trofense, que representa a equipa Glassdrive/Q8/Anicolor, esteve na linha de ciclistas que disputaram, ao sprint, a Clássica de Primavera, que decorreu na Póvoa de Varzim, a 6 de março. Costa terminou no 4.º lugar, que lhe vale a mesma posição no ranking da Taça de Portugal, ao fim de duas provas. Com 105 pontos, o ciclista de Covelas está a 15 de Rafael Silva, da Efapel Cycling. Falta disputar uma prova – a Clássica Aldeias do Xisto, a 27 de março, para se conhecer o vencedor da competição. Na Clássica da Primavera, participaram também as equipas do

Memórias e Histórias da Trofa

Décadas depois, a mesma falta de visão

Fábio Costa esteve na luta pela vitória na Póvoa de Varzim concelho Porminho Team Sub23/União de Ciclismo da Trofa e ACDC Trofa. João Rocha, da Porminho Team, foi 43.º classificado da geral, conseguindo ainda

o 11.º lugar na classificação da juventude. Já Pedro Leme, com um 50.º lugar, foi o melhor representante da ACDC Trofa.

EAT nos Campeonatos Nacionais de Esperanças No Campeonatos Nacionais de Esperanças em Pista Coberta, que tiveram lugar a 5 e 6 de março, em Pombal, Sandra Sá, da Escola de Atletismo da Trofa (EAT), foi 9.ª classificada nos 400 metros. A corredora conseguiu um tempo de 61.47 segundos, a pouco menos de seis segundos da vencedora, Juliana Guerreiro, do Sporting CP. Já a equipa feminina da EAT conquistou o 6.º e último lugar na estafeta de 400 metros. As sub-23 Diana Rodrigues, Mónica Rodrigues, Alice Oliveira e Sandra Sá conseguiram terminar a prova em 04:16.19 minutos. A melhor euqipa foi o Sporting CP, com o tempo de 03:58.07 minutos. No Campeonato Regional e do Norte de Marcha em Estrada, Júlia Sousa e Ana Cruz consegui-

José Pedro Maia Reis

Atletas competiram na estafeta de 400 metros ram o pódio regional, em 3000 metros veteranos e em seniores femininos, respetivamente. Júlia Sousa acumulou ainda o 6.º posto

do Norte nos dez quilómetros de marcha, enquanto Ana Cruz conquistou o 7.º lugar.

Bruno Ferreira no pódio do Nacional de Km Vertical Na primeira experiência no “verdadeiro quilómetro vertical”, como apelidou, Bruno Ferreira conseguiu alcançar o pódio, no campeonato nacional, que decorreu no Curral das Freiras, em Câmara de Lobos, Madeira. Numa prova com 1050 metros positivos em apenas 2,9 quilómetros, o atleta de Guidões alcançou o 3.º lugar, a dois segundos do vice-campeão. “Um problema físico que me afeta nas últimas semanas, percurso fora das características, posição 99 de saída mais de 20 ultrapassagens. Tinha tudo para correr mal, mas no final saio com um pódio”, sublinhou Bruno Ferreira, no rescaldo da prova.

A crónica desta semana, em virtude das circunstâncias das vivências da sociedade trofense, será um pouco diferente das habituais, pois não se irá resumir somente à história, abrindo horizontes para a constatação da realidade com paralelismo no passado. Uma causa, por mais simples que seja, quando concretiza o seu escrutínio histórico, acaba por ver facilitada a sua “legalidade”, “validade” ou o que se quiser chamar. A população do Muro iniciou uma série de iniciativas nestes últimos dias e semanas a reivindicar a vinda do metro para a sua localidade. A 14 de março de 1932, o comboio deixava ouvir o seu primeiro silvo na estação do Muro e terminava um longo jejum de promessas. Sim, as promessas não são de agora, numa região altamente industrializada, com as fábricas a crescerem a olhos vistos no início do século XX, nas suas primeiras décadas, com a Região do Vale do Ave a ser sinónimo de progresso. A progressão dos investimentos públicos no comboio e na ferrovia, concretamente na Linha de Guimarães, estavam congelados, enquanto se discutia o seu crescimento até Braga, para ligar outros polos do Vale do Ave, como as Taipas, por exemplo. Contudo, na prática, desde 1907 que não havia uma ampliação da rede ferroviária naquela instalação ferroviária. Sem o surgimento de um novo quilómetro na Linha de Guimarães, podemos alegar que as dificuldades da economia pública eram imensas. A Primeira Grande Guerra, por exemplo, alterou por completo as dinâmicas de investimento. Todavia, é óbvia a falta de visão dos decisores políticos. Ultrapassado um quarto de século, eis que a linha entre a Trofa e a Senhora da Hora era colocada em funcionamento, não ignorando que permitia finalmente a ligação ao Porto, concretamente à Boavista. A ligação ao Porto, concretamente à Boavista, acontecia porque desde 1875 que a Póvoa de Varzim estava ligada ao Porto com a Senhora da Hora a ser o ponto de passagem. A ligação do Muro terminava nessa mesma linha, entroncando aquelas duas linhas naquela cidade. Na prática, assistimos a um atraso superior a 30 anos da ligação da Trofa ao Porto, enquanto outras localidades e respetivas comunidades desde há muito estavam ligadas à Invicta. A inércia política fez com que milhões e milhões de recursos se desperdiçassem, o desenvolvimento económico/social não fosse uniforme e sobretudo pleno. Castrando o crescimento que podia ser em maior escala e obviamente trazer mais retorno para a sua comunidade. Estamos em 2022, no dito século XXI e não no século XX, e as práticas e posturas governamentais são as mesmas. Os anos passaram, a cegueira política não permitiu ver além e permitir que outros evoluíssem. Serve de consolo que se continuar neste atraso, mais tarde ou mais cedo, poderá ocorrer a chegada do metro ao Muro.


17 de março de 2022

O NOTÍCIAS DA TROFA

50 anos depois, Bougadense homenageia o passado e projeta futuro Num jantar que juntou alguns dos sócios-fundadores, dirigentes, parceiros e atletas, a direção do AC Bougadense soprou as velas do 50.º aniversário da coletividade, a 12 de março. CÁTIA VELOSO

Festejar 50 anos de história ao ritmo do sucesso presente. A direção do Atlético Clube Bougadense assinalou meio século de vida da coletividade com uma homenagem aos que deram o primeiro passo para este projeto desportivo de Santiago de Bougado e com o anúncio de um grande investimento, que promete melhorar as condições do parque de jogos da Ribeira. Nem em sonhos André Fernandes se imaginou presidente do Atlético Clube Bougadense. Quase um ano depois de ter assumido funções, o dirigente assume orgulho naquilo que, em conjunto com a equipa que montou, conseguiu para o clube. “Há um ano, o clube tinha 40 e tal miúdos na formação. Hoje, temos mais de 130”, atira, sem deixar margem para dúvidas que o crescimento do departamento das camadas jovens é um dos maiores triunfos alcançados no mandato. Para o futuro próximo, a meta já está definida: “Até ao fim da época, estamos a contar chegar até aos 150 atletas e no início da próxima, acredito que podemos chegar muito perto dos 200”. Numa noite em que também a estrutura diretiva mereceu um reconhecimento por parte do presidente, André Fernandes revelou que, para atingir o novo patamar, o projeto desportivo do Bougadense terá que se adaptar em termos estruturais. Para dar “melhores condições de trabalho a atletas e treinadores” haverá um grande investi-

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Desporto

mento, nomeadamente na instalação de um novo relvado sintético e na construção de balneários. As obras contarão com grande comparticipação da Câmara Municipal que, através do presidente Sérgio Humberto, anunciou um subsídio de “150 mil euros”. A ndré Fernandes agradece o apoio e sublinha que o objetivo deste esforço é nobre: Ver as crianças irem para casa satisfeitas enche-nos o coração. Só queremos ampliar esta conquista”. Bougadense foi criado para acolher os ex-juniores do Trofense Os sócios fundadores do AC Bougadense foram os grandes homenageados da noite. O sócio número um, Júlio Cruz, também reconhecido pela direção do clube, pediu o microfone para agradecer o gesto e recordar a história: o Bougadense foi criado para dar a oportunidade aos ex-juniores do Trofense de continuarem a jogar futebol. “No Trofense, os juniores ou tinham de ser fora de série para agarrar lugar nos seniores, ou então não tinham continuidade. Então, fundou-se o Bougadense para que a rapaziada que saísse do Trofense não se perdesse nos cafés e continuasse a jogar à bola”, relembrou, sem deixar de revelar satisfação por tomar conhecimento da realidade atual do clube. Clube apresentou departamento de formação e homenageou Ucrânia As comemorações do aniversário do Bougadense teve como preâmbulo a apresentação do departamento de formação, na tarde de 8 de março, no intervalo do jogo da equipa sénior com o Estrelas de Fânzeres, Demonstrar o crescimento re-

Júlio Cruz é o sócio número um da coletividade

Direção tem grandes ambições para o futuro gistado nas camadas jovens no último ano foi o objetivo da iniciativa, que teve como outro dos momentos altos a atribuição de prémios aos atletas que mais bem

conciliaram a assiduidade aos treinos com os bons resultados escolares. Essa tarde ficou também marcada por uma homenagem à Ucrânia,

feita na forma de bandeira gigante na bancada e reprodução do hino daquele país na entrada das equipas seniores do Bougadense e Estrelas de Fânzeres.


14 O NOTÍCIAS DA TROFA

17 de março de 2022

Desporto

2 0 LOCAL Estádio Municipal José dos Santos Pinto (Covilhã) Á R BITRO Rui L ima ( Viana do Castelo) COVILHÃ Léo Navacchio, Tiago Moreira (Camilo Triana, 78’), André Almeida, Helitão Tito, Lucas Barros, Jean Filipe, Gilberto Silva, Nego Tembeng, Rui Gomes (Ryan Teague, 87’), Felipe Dini (Samu, 78’) , Kukula (Diogo Almeida, 68’) Treinador: Leonel Pontes TROFENSE Rodrigo Moura; Ange Mutsinzi (Capita, 66’), João Paulo, Caio Marcelo, Tito Júnior (Gustavo Furtado, 79’), Keffel (Youcef Bechou, 46’), Matheus Índio, Vasco Rocha, Andrezinho (Tiago André, 46’), Elias Achouri (Nurettin Korkmaz, 90’+1’), Bruno Almeida Treinador: Francisco Chaló AMARELOS Ange Mutsinzi (40’), Tiago Moreira (75’), Rui Gomes (84’), AO INTERVALO: 0-0 GOLOS: Kukula (58’) e Samu (85’)

O Clube Desportivo Trofense somou o sétimo jogo consecutivo sem vencer na 2.ª Liga, no difícil terreno do SC Covilhã, antepenúltimo classificado. Apesar de estarem abaixo da tabela classificativa, os serranos conseguiram “vingar” a derrota na primeira volta, na Trofa, com um 2-0 conseguido na segunda parte, com golos de Kukula, aos 58 minutos, e de Samu, aos 85. CÁTIA VELOSO Apesar de, no lançamento do jogo, o treinador Francisco Chaló

Derrota na Covilhã e sete jogos sem vencer ter destacado as “maiores e melhores opções” para a jornada e o bom estado anímico da equipa, a verdade é que tal atmosfera favorável não se traduziu num resultado positivo. Na primeira parte, depois de uma primeira investida serrana, o Trofense podia ter inaugurado o marcador, em lances sempre iniciados por Bruno Almeida. Na sequência de um livre, o avançado convocou João Paulo, que não teve arte nem engenho para finalizar na cara do guarda-redes do Covilhã. Depois, “Messi” deu a oportunidade a Achouri de brilhar, mas ao excelente cruzamento o francês não fez melhor que um cabeceamento atabalhoado, que saiu por cima. Depois, foi o próprio Bruno Almeida a tentar a sorte, mas Léo afastou o remate. Aos 58 minutos, o Covilhã chegou ao golo. Mérito de Rui Gomes que aproveitou o facto de o bloco defensivo do Trofense estar descompensado para galgar pelo flanco esquerdo e cruzar sem grande oposição para o segundo poste, onde morava o solitário Kukula, que só teve de empurrar para dentro da baliza. Ao minuto 68, Matheus criou perigo por parte do Trofense e, do lado do Covilhã, André Almeida errou o alvo por pouco e alojou a bola na rede por cima da baliza. Bruno Almeida, de livre, atirou por cima e o serrano Samu, acabado de entrar e isolado, desperdiçou ocasião soberana para au-

Liga Portugal SaBSEG 26.ª jornada Covilhã 2-0 Trofense Varzim 1-0 Académico Viseu Est. Amadora 1-2 Feirense Rio Ave 2-0 Penafiel Farense 2-0 FC Porto B Mafra 3-2 Nacional Chaves 4-1 Casa Pia Académica 3-4 Benfica B Leixões-Vilafranquense

Classificação

scc

Aumentou o jejum de vitórias mentar a contagem. Haveria de se redimir aos 85 minutos, quando, em novo desacerto defensivo do adversário, rematou à entrada da área para o fundo das redes, após assistência de Rui Gomes. Ainda antes do derradeiro apito, André Almeida podia ter imposto a “chapa três”, mas a bola passou a rasar o poste. A formação da casa, que não ganhava há nove jogos, conseguiu aproveitar dois momentos de descompensação defensiva da equipa da Trofa para sentenciar uma partida que estabelece uma tendência das últimas quatro derrotas: três delas foram construídas na segunda parte. Aconteceu no domingo e também diante do Mafra (1-3, três golos na etapa complementar) e do Penafiel (1-0). Já os empates, três, aconteceram sempre depois de o Trofense conseguir a vantagem.

Apesar do desaire, a formação da Trofa manteve o 14.º posto, com 27 pontos, estando agora mais perto da zona perigosa da classificação, a quatro pontos do lugar de play-off de despromoção, ocupado pelo Covilhã, e a cinco do primeiro posto de descida, onde permanece o Varzim. Ainda com margem de progressão – apenas seis pontos separam o Trofense do 10.º lugar -, os adeptos começam a mostrar alguma ansiedade por resultados positivos e a reinvidicar prestações mais aguerridas da equipa. Depois de ter chegado e conseguido uma série de três vitórias, Francisco Chaló carrega agora uma série menos favorável. Dos 15 jogos realizados ao comando do Trofense, quatro resultaram em triunfo, quatro em empate e sete em derrota. O próximo jogo está marcado

1 Casa Pia 2 Rio Ave 3 Benfica B 4 Chaves 5 Feirense 6 Nacional 7 Leixões 8 Mafra 9 Penafiel 10 FC Porto B 11 Est. Amadora 12 Farense 13 Vilafranquense 14 Trofense 15 Académico Viseu *16 Covilhã **17 Varzim **18 Académica

52 51 50 47 47 38 XX 36 35 33 33 31 XX 27 27 23 22 15

* playoff despromoção ** despromoção

27.ª jornada Trofense-Chaves (20/03 18H00) Académico Viseu-Rio Ave Covilhã-Mafra Penafiel-Farense Nacional-Académica Casa Pia-Feirense Benfica B-Leixões FC Porto B-Est. Amadora Vilafranquense-Varzim

para domingo, às 18h00, na Trofa, diante do GD Chaves, 4.º classificado, que goleou o líder do campeonato nesta jornada.

AC Bougadense

Goleada é pedra no caminho, mas ainda há margem na luta pela manutenção Mais uma pedra no caminho do la dá-lhe margem para conseguir AC Bougadense até à manutenção o objetivo de se segurar na Divina Divisão de Honra da Associa- são de Honra. A distância pontual ção de Futebol do Porto. A forma- entre o 7.º classificado, Ataense, ção treinada por Tiago Velho cum- e a primeira equipa abaixo da lipriu a 24.ª jornada da série 2 do nha de água, Rio de Moinhos, é de campeonato na deslocação ao ter- apenas cinco pontos. Na próxima jornada, a formação reno do Caíde Rei, acabando por ser goleado por 4-1, este domingo. de Santiago de Bougado recebe o Um resultado penalizador para “lanterna vermelha” e já desproos homens de Bougado, que se movido Lousada B. Até ao fim do campeonato, há 18 distanciaram de um adversário direto e da linha de água, que está pontos em disputa. Em quatro dos seis jogos que faltam, o Bougadenagora a três pontos. O Bougadense é 14.º classifica- se defronta equipas que estão pródo, com 25 pontos, mas a luta acér- ximas do ponto de vista pontual: rima na segunda metade da tabe- Lousada B (16.º classificado), La-

Faltam seis jogos para o fim do campeonato moso (11.º), Nun'Alvares (10.º) e Rio Moinhos (13.º).

A meio, recebe o Salvadorense, que está no 5.º lugar, e, na derra-

deira jornada, joga em casa diante do 2.º classificado, Roriz. C.V.


17 de março de 2022

O NOTÍCIAS DA TROFA

Resultados futebol formação CD Trofense

Sub-7 Campeonato Distrital Série 7

Sub-19

Jornada 13

2.ª Div. Nacional Jun.A Fase

Trofense - CD Aves

Manutenção Jornada 5

AC Bougadense

Trofense 2 - 3 Merelinense (2.º lugar, 41 pontos)

Sub-19 2.ª Div. Série 4 AFP

Sub-18

Jornada 20

1.ª Div. Série 4 AFP

Bougadense 1 - 6 CD Aves 1930

Jornada 20

(6.ºlugar, 21 pontos)

Trofense 0 - 0 Varzim (1.ºlugar, 46 pontos

Sub-15 2.ª Div. Série 8 AFP

Sub-17

Jornada 22

1.ª Div. Série 2 AFP

Tirsense 7 - 0 Bougadense

Jornada 22

(9.ºlugar, 23 pontos)

SC Rio Tinto 0 - 5 Trofense (2.ºlugar, 55 pontos)

Sub-13 1.ª Div. AF Porto - 2.ª fase

Sub-15

Jornada 2

1.ª Div. Série 2 AFP

Bougadense 5-0 USC Paredes

Jornada 22 Trofense 3 - 1 Leça do Balio

15

Desporto

Futsal Federado

Guidões FC tropeça e vê rivais aproximarem-se A equipa sénior do Guidões FC foi, neste fim de semana, derrotado, em casa, frente ao CS Nun'Alvares, por 1-4, em jogo a contar para a 1.ª Divisão da Associação de Futebol do Porto. Os guidoenses, que continuam na liderança da série 2, com 39 pontos, veem-se, no entanto, apanhados por Nun'Alvares e Paços de Ferreira B, este que é, precisamente, o adversário da próxima jornada. Com três jornadas para o final da fase regular e com as três formações empatadas pontualmente, a discussão pelos dois lugares de acesso ao play-off de subida, à Divisão de Honra, promete ser ao rubro. Quanto ao FC S. Romão, que disputa a série 1, voltou a perder, desta feita em Matosinhos,

perante o Juventude Guifonense, por 2-1. A formação trofense, que apenas venceu uma vez nos últimos sete jogos, segue em 7.º lu-

gar, com 25 pontos, e na próxima ronda defronta, na Trofa, os também matosinhenses do Alfa Académico.

(5.º lugar, 3 pontos)

(9.ºlugar, 36 pontos)

Futsal formação

Sub-14 2.ª Div. Série 8 AFP Jornada 22 Varzim 2 - 0 Trofense (10.ºlugar, 17 pontos)

Futsal concelhio Seniores M asculinos Quartos de Final da Taça (1.ª mão) GD Covelas 1-1 Guidões FC AR S. Pedro Maganha 0-2 Casa FC Porto da Trofa AR Paradela 3-0 FC Rebordões GDR Ferreiró 4-0 CR Bougado

Seniores F emininos Quartos de Final da Taça (1.ª mão) RFST Rebordões 3-0 ACD Fornelo CJ Malta 0-0 GCR Vermoim Inter Milheirós FC 0-3 ARD Coronado AR S. Pedro Maganha 0-0 GCR Alvarelhos

Veteranos Pré-eliminatória da Taça (1.ª mão) FC S. Romão 2-1 AR S. Pedro Maganha AB 92 4-2 GCR Alvarelhos

Equipas trofenses com azar Os juniores do Centro Recreativo Bougado deslocaram-se, no fim de semana, até Valongo, para defrontar o Estrelas Susanenses, em partida a contar para a 21.ª jornada da série 2 da Divisão de Honra. Com um jogo seguro por 3-1 no fim da primeira parte, os treinados por Carla Maia tiveram a infelicidade de nos últimos minutos ceder o empate a três em casa do 2.º classificado. Desta forma, a equipa do CR Bougado mantém o 4.º lugar, com 31 pontos, e esta quinta-feira cumpre jogo em atraso diante do Valmesio, em casa.

Já os infantis da mesma coletividade também não saíram felizes do último jogo em casa, perante a ADC Santa Isabel, saindo derrotados por 2-6, na 7.ª jornada da 2.ª fase do campeonato distrital. Com este resultado, a tabela classificativa para os bougadense não

muda, pois continuam no 11.º lugar da 1.ª Divisão, com seis pontos. Por sua vez, e no mesmo campeonato, o FC S. Romão também teve uma jornada aziaga, sendo goleados por 1-6 contra o AD Penafiel. Os romanenses estão em 5.º lugar, com 13 pontos. R.A./C.V.

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16 O NOTÍCIAS DA TROFA

17 de março de 2022

Atualidade

Esboço da Agricultura em Guidões no antigamente XIII OS LAVORES DA TERRA - HORTA Junto ao assento de lavoura existia a “cortinha”, uma parcela de terreno entre muros onde cultivavam os primores essenciais para o sustento da cozinha e dos pequenos animais. A mulher “maiata”, “escrava”, multifacetada, cuidava da casa e dos filhos, dos animais, de capoeira e do chiqueiro, cultivava a horta e ainda fiava o linho ou a lã, ao serão, à luz da vela ou do candeeiro a petróleo, saboreando o calor da fogueira do “lar”, onde existiam as panelas ou potes de três pés. Na horta, primorosamente trabalhada, abundavam a couve-galega, pencas, couve nabiça, nabal (nabo e de grelo), ervilha de quebrar, o feijão da trepa, tomates, batata, cebolo, alho entre outros, como as flores para enfeitar as campas ou os altares, tudo cuidado com a maior abnegação e primor, sachando, regando e colhendo. Neste palmo de terra, as culturas sucediam umas às outras não existindo espaços livres, numa rotação empírica. Num ritual ancestral, a terra era cavada à enxada, estrumada e plantada ao longo do ano, com “mimos” essenciais para a alimentação da família e dos pequenos animais. A couve-galega, da família das crucíferas, era e é primária na cozinha e para os animais. Muito rústica, é capaz de coabitar com outras culturas, em condições muito adversas. Semeavam num alfobre feito de estrume, coberto com uma fina camada de terra e era depois transplantada para um local definitivo. A plantação era simples, consistindo na abertura de um rego à sachola e depois chascavam a felga e o estrume para dentro do rego. Colocavam a couve espaçada cerca de dois palmos e quando grandes eram colocadas antes de chascar. Ao abrir novo rego, cobriam o anterior ficando o terreno em forma de dente de serra. Passados uns dias, a sachola voltava a sachar o terreno, destruindo os combros, eliminando as ervas daninhas e aliviando os pés das couves. Rego a rego, plantavam a horta para depois colher as folhas e fazerem o caldo verde ou cozidas com batatas, entre outras iguarias e para darem de comer aos animais. É curioso que ainda se continua a plantar da mesma maneira e seguindo a tradição onde qualquer horta tem um pouco de couve-galega. A couve nabiça, para dar grelos, semeavam pela Santa Eufémia, em alfobres, para depois ser transplantada de igual modo que a couve-galega. Cultura muito rendosa em que se aproveitavam os grelos. O nabal também fazia parte da horta, embora fosse usual semear consociado com o azevém, uns era de grelos e outros de nabos. O feijão da trepa era semeado em valeiras. Aberto o rego, era enterrado o estrume mais a felga e coberto com terra. Semeavam à mão, introduzindo a semente na terra e cobrindo de seguida. Quando o feijão atingia um palmo, estacavam com estacas de madeira. As variedades de feijão rasteiro mais comuns na região eram: feijão-frade (grão pequeno), branco ou “moleirinho” e o vermelho. A fava também se cultivava, mas menos, assim como as ervilhas. A batata, a partir do início do século XX, passou a ser cultivada, embora em pequenas quantidades e mais tarde se começou a cultivar fora das hortas. O seu cultivo na horta era distribuído por duas datas distintas: batata do cedo, entre os meses Fevereiro e Março, para se colher entre Maio e Junho, e a outra, entre os meses de Abril a Maio, para se colher entre Julho e Agosto. A determinação da data de plantação estava relacionada com a localização, ser ou não soalheiro, as características do terreno, etc., e normalmente a do cedo era debai-

xo das ramadas. Esta cultura era muito exigente nos amanhos e na fertilização da terra, pelo que as cavas e lavouras eram fundas para “arejar” a terra e enterrar o estrume em grandes quantidades. Nas hortas, o processo de plantação era igual às crucíferas, rego a rego, e, de longe a longe, se colocava uma couve-galega ou penca que ficaria na terra depois de arrancar a batata. Nos campos era diferente, procediam a lavouras profundas, gradagem e à abertura dos regos com o enleirador e, mais tarde, com o abre-regos. As mulheres descalças, de canistrel carregado de batata de semente, iam depositando-a espaçada, mais ou menos, um pé entre cada semente, no fundo do rego, e atrás vinham os homens a cobrir com a enxada, só mais tarde se começou a utilizar o abre-regos para abrir e cobrir. Durante o ciclo vegetativo faziam duas sachas, uma aquando do afloramento da rebentação e outra depois de a rama atingir mais ou menos os 20 centímetros, para se eliminar as ervas infestantes e quebrar a crosta e, depois, amontoavam a terra em volta da plantada para cobrir melhor os tubérculos e protegê-los dos raios solares e das doenças. Esta cultura também era flagelada por doenças criptogâmicas e pragas que a dizimavam, surgindo assim as caldas cúpricas (calda da bordalesa, cal e sulfato de cobre) aplicadas na vinha e com excelentes resultados no combate ao míldio desta cultura. Quanto ao escaravelho, surgiram vários insecticidas sendo de destacar o DDT com excelentes resultados, mas que se veio a verificar que ficavam resíduos nas plantas e constatou-se que ao ser consumida a rama pelos bovinos, esta substância surgiria no leite, sendo por isso proibido de comercializar. Não é uma cultura muito exigente em água, embora agradeça e os agricultores quando a dispunham e o tempo fosse seco regavam, mas a batata de sequeiro conservava-se melhor e era mais saborosa, embora o rendimento fosse menor. Quando a rama amarelecia e começava a tombar os agricultores esgravatavam a terra recolhendo alguns tubérculos e esfregando-os entre as mãos e observavam se a casca se desprendia e em caso negativo era altura de a cortar a rama e deixar a cobrir a terra para evitar que os tubérculos apanhassem muito Sol, porque podiam gretar e enrugar a pele. O arranque era executado à enxada e, usualmente, eram os homens que executavam a tarefa e as mulheres e crianças apanhavam os tubérculos com o canistrel. Mais tarde, em meados do século XX, apareceram os arrancadores puxados pelos animais. Na apanha também havia uma partilha entre familiares e vizinhos.

A batata recolhida era levada para o alpendre para ser escolhida de forma a separar as podres, cortadas e aproveitavam para seleccionar a batata para semente. Da escolha também separavam a mais miúda para os animais e a de cartão, ficando a melhor para venda ou para ser consumida em dias festivos. A conservação da batata era feita em barras de madeira, no alpendre, arejadas e com pouca luz para retardar o “grelar”, despontar dos “olhos” e, implicitamente, o enrugar da batata. A batata de semente era conservada à parte e, em Outubro ou Novembro, era espalhada de forma a ficar uma só camada, num local com muita luz para grelar melhor para que se formasse uns grelos grossos e curtos, como é dado numa boa semente. A batata veio substituir a castanha, pois era com ela que se fazia muitos dos cozinhados que hoje alguns recordam com saudade. Uma cultura também essencial era e é o cebolo. Semeado em alfobres de estrume “verde” e uma camada fina de terra, num local abrigado e soalheiro para proteger dos rigores do Inverno, e não raras vezes coberto com uma barraca de palha. O terreno era cavado e ricamente estrumado e eram espalhadas as cinzas do lar. A terra ficava livre e só na altura da transplantação era ancinhado. Arrancado o cebolo, era espalhado no terreno o estrume bem curtido e eram abertos os regos, como se fazia para a couve galega, mas eram mais estreitos. Estrume chascado para o fundo do rego e a cobrir uma camada de terra e colocavam o cebolo espaçado uma mão de través. Ao abrir novo rego, cobriam o anterior, ficando o terreno em forma de dente de serra. O cebolo requeria muitos cuidados: sachas, arranque das ervas daninhas e, sobretudo, muita água, salvo quando a cebola estava formada e a rama começava a tombar, aí não mexiam mais no terreno até à colheita. Quando a rama estava toda tombada e seca, arrancavam e ficava a secar durante um dia sendo depois recolhida para o alpendre para secar e ser encabada com palha molhada, formando umas “tranças”, cabos, ou fazendo “camochas”. Os “cabos” ou as “camochas” eram penduradas no coberto para se conservarem até à próxima colheita. Descrevi alguns dos primores cultivados, mas muitos mais haveria para abordar, como as aromáticas, condimentares, medicinais (salsa, tomilho, cidreira, etc.) e as flores. A horta era sobretudo o espelho da casa, pois a “maiata” era briosa e trabalhadeira e gostava de tê-la sempre cuidada, limpa de ervas daninhas e as plantas muito viçosas, com canteiros bem definidos assim como cultivava algumas flores, como os crisântemos para assear as campas dos seus entes queridos no Dia de Todos os Santos, entre outras, para enfeitar os altares.

José Manuel da Silva Cunha


17 de março de 2022

O NOTÍCIAS DA TROFA

Jesus O Nazareno

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História

Capítulo III Baptismo de Jesus O Baptismo de Jesus marca o início do seu ministério público. O evento vem descrito nos três evangelhos sinópticos (Mateus, Lucas e Marcos), enquanto que, em João (1:29-33), que não é uma narrativa directa, João Baptista testemunha o episódio. João Baptista pregava o “baptismo pela água”, não de perdão ou contrição mas para remissão dos pecados (Lc.3:3), e declarava-se precursor d'Aquele que iria baptizar “no Espírito Santo e no fogo” (Lc.3:16). Ao fazê-lo, ele estaria a preparar o caminho para o Senhor. Conta-se nos evangelhos que Jesus foi da Galileia para o rio Jordão a fim de se encontrar com João e ser baptizado por ele. Mas João procurava impedi-lo, dizendo: “Sou eu que devo ser baptizado por ti e tu vens a mim?”. Jesus, porém, respondeu-lhe, “deixa estar como está! Convém que cumpramos assim toda a justiça”. O evento termina com o céu que se abre, o Espírito Santo desce sob a forma de uma pomba e uma voz anuncia: “Tu és o Meu Filho muito amado, no qual pus toda a minha complacência (ou o meu enlevo)”.

Temáticas principais da pregação de Jesus Anúncio e proclamação do Reino de Deus (ou Reino dos Céus) Pela leitura dos três evangelhos do Novo Testamento (Marcos, Mateus e Lucas), chega-se à conclusão que a proclamação do Reino de Deus é a principal temática e o centro da mensagem da pregação de Jesus de Nazaré. Marcos apresenta e resume a pregação de Jesus nestes termos: “Completou-se o tempo e o Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e acreditai na Boa Nova” (Mc 1:15). Mateus e Lucas resumem ambos a pregação de Jesus nos mesmos termos: “... Depois começou a percorrer toda a Galileia, ensinando nas sinagogas, proclamando a Boa Nova do Reino e curando entre o povo todas as doenças e enfermidades” (Mt 4:23). Mas Ele disse-lhes: “Tenho de anunciar também a Boa Nova do Reino de Deus às outras cidades, pois para isso é que fui enviado”(Lc 4:43). Jesus envia os seus discípulos em missão para proclamarem a mes-

ma mensagem: “O Reino de Deus sas, insuficientes para assegurar a lealdade do coração do homem está próximo de vós”. Um exemplo notório da prega- comum. A sua missão e os seus ensinação do Reino de Deus é a primeira Bem-aventurança. “Bem-aventu- mentos não se alinhavam com os rados vós, os pobres, porque vos- que estavam nas altas posições da so é o Reino de Deus” (Lc 6:20). nação e o seu propósito foi tamTambém importa salientar a afir- bém mal entendido pela maior mação de Jesus de que o seu mi- parte dos que O viram e ouviram. nistério da cura é uma manifesO que é que os judeus tação do Reino: “Se é através do esperavam? Espírito de Deus que Eu expulso os demónios, então o reino de Os judeus eram conhecedores Deus chegou até vós” ( Mt 12;:28 e Lc 11:20). Fascinantes são tam- de muitas das profecias acerca do bém as parábolas do Reino, como Messias, o escolhido ou “ungido”, por exemplo: “O Reino de Deus é (que era o significado desta palavra em hebraico). Eles acreditacomo o grão de mostarda...” O Reino de Deus (ou do Céu), na vam firmemente que o Messias seversão preferida de Mateus, é re- ria um forte e glorioso rei terreno ferido mais de 50 vezes, na tradi- que os libertaria dos seus opresção sinóptica (3 evangelhos), en- sores romanos e formaria outra quanto que João apresenta o Rei- vez um grande, poderoso e in- Moisés sobre a promessa de “ um no de Deus apenas numa “períco- dependente reino judaico. Aliás, profeta como Eu” (Deut. 18.15-19). pe” (sentido bíblico figurado) (Jo os Magos que vieram do Orien- Os discípulos dirão: “Havemos 3:3). “Em verdade te digo (a Ni- te procurar Jesus recém-.nasci- achado Aquele de quem Moisés codemos): Quem não nascer de do, perguntaram, em Jerusalém: escreveu na Lei, e de quem escrenovo, não pode ver o Reino de “Onde está o Rei dos Judeus que veram os profetas: Jesus de Nazaré, filho de José “(Jo1:45). “Que Deus”. Jesus, através do Evange- acaba de nascer?” ( Mt ,2:1-2). O rei Herodes, que governou melhor rei poderá ser que aquelho de João, em diálogo com Pilatos, em resposta à pergunta “En- a Judeia, e representava Roma, le que miraculosamente alimentão tu és Rei?”, diz peremptoria- compreendeu logo que o Messias tará o seu povo”? Este milagre mente: “Sim, tu o dizes, mas o meu que os judeus aguardavam seria causou tanta estupefacção que o um outro rei, e, por conseguinte, povo queria fazê-lo rei naquela alReino não é deste mundo...” seria um rival seu; por isso tratou tura, mas Jesus retirou-se imediade perguntar ao chefe dos sacer- tamente para o monte. Israel esperava “um Messias dotes e escribas “ onde havia de Libertador”? Jesus pregou o nascer o Cristo “ para assim poFilho do homem - o Messias Reino de Deus e não “o Reino der tratar de “eliminar” a ameaça de Israel” ao seu poder (Mt 2:3-16). A expressão filho do homem Jesus foi tratado por “Filho de (bem Adam) literalmente filho Jesus fez milagres e sinais: curou enfermos, ressuscitou mor- David” por dois homens cegos de Adão, é utilizado comumente tos, acalmou tempestades da natu- (Mt ,9:27), pela mulher cananeia no judaísmo e no idioma hebraireza, alimentou multidões (com a (Mt 15:22) e pelo cego de Jericó. co em geral para denotar um ser multiplicação dos pães) - todavia, Quando Jesus curou um homem humano, uma pessoa. No cristianão foi aceite como Messias de Is- possesso de demónio, que era nismo é reconhecido como Jesus, rael. Pode-se supor que, com esta cego e mudo, toda a multidão se pelas suas referências nas Escri“apresentação”, ou, com “aquelas admirava e dizia: “ Não é este o turas ao Messias. No livro do profeta Daniel concredenciais” Ele seria automa- Filho de David? (Mt, 12:12-23). E ticamente proclamado Messias. na sua entrada triunfal em Jeru- ta-se que é a aparência de uma Contudo, havia sido escrito (nas salém Ele foi aclamado com es- pessoa que recebe de Deus todo Escrituras) que “Ele veio para o tas palavras: “ Hossana ao Filho o poder,sobre o Reino Eterno (Daniel 7:13 e 14). “ Eu estive olhanque era seu, e os seus não o re- de David” (Mt 21:9). A quantidade de milagres que do nas minhas visões nocturnas, ceberam” (Jo 1:11). Depois de três anos de minis- Jesus fez - tantos que ultrapassou e eis que nas nuvens como um fitério, somente cerca de 120 se- todos os profetas - levou o povo lho de Adam e dirigiu-se ao Anguidores estiveram presentes no a concluir que Ele tinha de ser o cião de Dias e o fizeram chegar início miraculoso da sua Igreja Messias profetizado “(e prometi- até ele, e foi-lhe dado o domínio, do). E muitos da multidão creram e a honra e o reino para que to(Act 1:15). Uma das profecias sobre o Mes- nele e diziam: “ Quando o Cris- dos os povos, nações e línguas o sias predisse que Ele seria “des- to vier, fará ainda mais sinais do sirvam. O domínio dele é domíprezado e o mais rejeitado entre que os que este tem feito(Jo, 7:31). nio eterno, e o reino dele é o úniAquando do milagre da multi- co que não será destruído.” os homens (Isaías 52:3). As granUm dia, quando Jesus orava em des obras que Ele realizou, du- plicação dos pães ( que alimentou rante os três anos, que lhe gran- uma multidão de 5.000 pessoas), particular, estando com Ele apejearam popularidade no país, não os judeus estavam convencidos nas os discípulos, perguntou-lhes: foram suficientes para ultrapassar de que Ele era “verdadeiramente “ Quem dizem as multidões que Eu a desaprovação que Ele incorreu o profeta que devia vir ao mundo” sou?” Responderam-lhe: “ João de parte das autoridades religio- (Jo 6:14).Uma alusão à profecia de Baptista, outros Elias, outros um

dos antigos profetas ressuscitado”. Disse-lhes Ele: “ E vós, quem dizeis que Eu sou ?” Pedro tomou a palavra e respondeu: “ O Messias de Deus” (Mt 16:13). Noutra ocasião “... Chegado à região da Cesareia de Filipe, Jesus fez a seguinte pergunta aos seus discípulos:” Quem dizem os homens quem é o Filho do Homem?” Responderam: “ Uns que é João Baptista, outros que é Elias e outros que é Jeremias ou algum dos profetas”. E vós quem dizeis que eu sou?” Tomando a palavra, Simão Pedro respondeu: “ Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo” Jesus disse-lhe em resposta:” És feliz, Simão Pedro, filho de Jonas, porque não foram a carne nem o sangue quem te revelou, mas o meu Pai que está nos Céus...” Ainda, em João (12:28 a 34), os judeus não entenderam o que Jesus quis dizer antes da festa da Páscoa, (pouco tempo antes de ser crucificado:) “ Pai, glorifica o teu nome”. Então veio uma voz do céu: “Tenho-o glorificado e o glorificarei”. Ora a multidão que estava ali havia ouvido dizer que foi um trovão. Outros diziam: “ Foi um anjo que lhe falou”. Disse-lhes Jesus: “ Não foi por minha causa que se fez ouvir esta voz, foi por vossa causa. Agora é que é o julgamento deste mundo. Agora é que será expulso o príncipe deste mundo. E eu quando for levantado da terra, atrairei todos a Mim”. E dizia isso para indicar de que morte ia morrer. Responde-lhe a multidão: “ Nós sabemos, pela lei que o Messias permanece para sempre, como é que o Filho do Homem tem de ser levantado? Quem é esse Filho do Homem?”


18 O NOTÍCIAS DA TROFA

17 de março de 2022

Atualidade

Ecos da região Maia cobra menos a quem recicla mais

Necrologia S. Martinho de Bougado

Santiago de Bougado

Alvarelhos

Maria Natalina Casal Reis

Adelina Ferreira da Silva

Faleceu dia 27 de Fevereiro com 91 anos

Faleceu dia 12 de março com 89 anos. Viúva de Amadeu Ferreira da Silva

Maria José Estrela Rodrigues Faleceu dia 12 de março com 85 anos. Viúva de Basílio Cândido Assunção Maia

S. Martinho de Bougado

S. Martinho de Bougado

Ribeirão

Carlos José Fernandes de Matos Faleceu dia 6 de março com 67 anos. Casado com Maria de Fátima da Silva Monteiro

Fernando Augusto Machado da Silva

Maria Madalena Campos e Sousa Faleceu dia 8 de março com 84 anos.

S. Martinho de Bougado

S. Martinho de Bougado

Ribeirão - V.N.Famalicão

Beatriz Gonçalves da Silva Faleceu dia 7 de março com 88 anos. Viúva de Manuel Moreira da Costa

Celestino Gomes de Araújo

Conceição de Sousa Reis

S. Martinho de Bougado

Alvarelhos

Antas - V.N.Famalicão

Pedro Nuno Sá e Silva

José Carlos Alves Ferreira Faleceu dia 7 de março com 68 anos. Casado com Maria Conceição dos Santos Carvelho Ferreira

Maria Cecília Veloso de Carvalho Costa

Agência Funerária Trofense, Lda

Agência Funerária Trofense, Lda

A primeira fase do projeto “Recicle mais. Pague menos” vai avançar, no concelho da Maia, com 11.300 clientes, abrangendo cerca de 30 mil pessoas. Os números foram apresentados pela Câmara Municipal local, a 17 de fevereiro. O projeto, que arrancou em modo experimental em maio de 2021, visa incentivar os munícipes a separar os resíduos que produzem, concedendo-lhes benefícios financeiros. Neste caso, “passam a pagar aquele serviço em função do volume de resíduos indiferenciados produzidos, o que significa que, quanto mais reciclarem, menos pagam”, explicou a edilidade em comunicado. O presidente da Câmara Municipal da Maia, António Silva Tiago, entende que a introdução do

PAYT (acrónimo inglês para “Pague de acordo com o lixo que produz”) é uma mudança de paradigma face ao anterior modelo de taxação da recolha de resíduos sólidos urbanos. “Em Portugal, salvo casos pontuais de reduzidíssima expressão, os sistemas tarifários desenvolveram-se, e continuam a desenvolver-se, com base numa tarifa variável indexada ao consumo de água, que a maioria das vezes não reflete a efetiva produção de resíduos de cada família. Esses sistemas tarifários em vigor vão contra os princípios da justiça e da equidade no pagamento dos serviços prestados ao cidadão. Este modelo não é justo para as famílias que adotam boas práticas ambientais”, referiu o autarca.

Santo Tirso integra projeto internacional para a igualdade de género A Câmara Municipal de Santo Tirso é um dos oito parceiros, de sete nacionalidades, a integrar o projeto internacional Gemis, que visa a promoção da igualdade de género. Cofinanciado pelo Programa da União Europeia Europa para os Cidadãos, o Gemis tem como propósito “o aumento da participação das mulheres na sociedade” e “a redução da discriminação de género, promovendo ações concretas levadas a cabo localmente, na administração pública”, explicou a autarquia tirsense em nota informativa. “Sensibilizar os decisores, funcionários públicos e cidadãos para as desigualdades de género, incentivar o intercâmbio de boas práticas sobre a promoção de uma governação que responda às questões de género e fomentar uma linguagem inclusiva contra os estereótipos são alguns dos

objetivos” do projeto que será desenvolvido em cinco cidades, sendo que Santo Tirso é o único representante português. Participam ainda Esslingen am Neckar (Alemanha), Parma (Itália), Piotrkow Trybunalski (Polónia), e Vienne (França). Fazem ainda parte do projeto a ONG Gender Studies, da República Checa, e a SERN, uma das principais redes transnacionais para a cooperação entre o norte e o sul da União Europeia. Pretende-se que dos trabalhos resulte “um guia de ações para uma governação mais sensível às questões de género que venha a ser adotado nos diferentes países e que contribua para aumentar a participação de mulheres em cargos de chefia”. Outro dos objetivos “é a definição de linhas orientadoras para uma comunicação e linguagem adequadas, que não perpetuem os estereótipos de género”.

Agência Funerária Trofense, Lda

Faleceu dia 8 de março com 55 anos. Agência Funerária Trofense, Lda

Agência Funerária Trofense, Lda

Faleceu dia 12 de março com 62 anos. Agência Funerária Trofense, Lda

Faleceu dia 13 de março com 89 anos. Agência Funerária Trofense, Lda

Rocha Funerárias, Lda

S. Martinho de Bougado

Muro

Maria Albina dos Santos Abreu Faleceu dia 10 de março com 79 anos.

Maria Elisa Pinto Lopes Maia Faleceu dia 10 de março com 80 anos. Viúva de Fernando Marques Maia

Agência Funerária Trofense, Lda

Lagartos portugueses da Mercadona vendidos em Espanha

Os Lagartos são biscoitos tipicamente portugueses fabricados pela Confeitaria Carlos Gonçalves, que se situa no concelho de Mafra. Estas bolachas de textura firme e aroma a limão foram colocadas à venda em todos os supermercados da Mercadona, em Espanha, são agora os Lagartos Hacendado (marca própria da Mercadona) e já vende 6500 unidades por dia. Este passo para a gastronomia nacional revela a forte aposta nos produtos portugueses.

Rocha Funerárias, Lda

Funerária Ribeirense, Paiva & Irmão, Lda

Faleceu dia 11 de março com 99 anos. Funerária Ribeirense, Paiva & Irmão, Lda

Faleceu dia 13 de março com 89 anos. Funerária Ribeirense, Paiva & Irmão, Lda

Calendário - V.N.Famalicão

Rocha Funerárias, Lda

Agostinho Gonçalves Ferreira Faleceu dia 14 de março com 94 anos. Viúvo de Rosa Correia Marques

Funerária Ribeirense, Paiva & Irmão, Lda


17 de março de 2022

Cantinho da Saúde

O Sono e a Saúde O Dia Mundial do Sono é celebrado, este ano, a 18 de março. A efeméride, criada em 2008 pela Associação Mundial da Medicina do Sono, pretende alertar para a importância que o sono tem para a saúde física e mental. TIAGO JESUS/CÁTIA VELOSO Ao contrário do que muitos pensam, não é necessário dormir de oito a dez horas por dia, uma vez que o tempo de descanso varia de pessoa para pessoa, mediante o seu ritmo biológico. Existem seis doenças relacionadas com o sono. A mais conhecida é, certamente, a insónia, que se baseia na dificuldade em adormecer, maioritariamente, devido ao stress. A narcolepsia leva o portador a adormecer sem que este se aperceba, a roncopatia mais conhecida como o ressonar, o bruxismo que faz com que a pessoa acabe por ranger os dentes enquanto dorme, o sonambulismo, que leva o sujeito a andar enquanto dorme, e a hipersónia, ou seja, um distúrbio que leva a um aumento das horas de sono necessárias. Os segredos para uma boa noite e um sono reparador passam, em primeiro lugar, por uma alimentação saudável, pois o que comemos influencia o sono. Alimentos como o café, chocolates e bebidas açucaradas mantêm o nível de energia alto, tornando assim o sono mais difícil. Depois, evitar ter televisão no quarto devido à luz que esta emite é também uma boa forma de preservar um bom descanso do cérebro. Por último, devemos tentar manter um horário regular de sono para evitar as insónias. Segundo a Cuf, de acordo com os resultados de alguns estudos feitos, em Portugal, 28,1% da população com mais de 18 anos diz sofrer de insónias, pelo menos três noites por semana. Esta privação do sono pode levar a um aumento do consumo de álcool e de tabaco e também da ansiedade, pensamentos depressivos e obesidade.

O NOTÍCIAS DA TROFA

Farmácias Dia 17 Farmácia Moreira Padrão Dia 18 Farmácia Ribeirão Dia 19 Farmácia Trofense Dia 20 Farmácia Barreto Dia 21 Farmácia Nova Dia 22 Farmácia Moreira Padrão Dia 23 Farmácia de Ribeirão Dia 24 Farmácia Trofense Dia 25 Farmácia Barreto Dia 26 Farmácia Nova Dia 27 Farmácia Moreira Padrão Dia 28 Farmácia Ribeirão Dia 29 Farmácia Trofense Dia 30 Farmácia Barreto Dia 31 Farmácia Nova

19

Diversos

Sudoku *

***

7 diferenças

Telefones úteis Bombeiros Voluntários Trofa 252 400 700 GNR da Trofa 252 499 180 Centro de Saúde da Trofa 252 416 763//252 415 520 Centro de Saúde S. Romão 229 825 429 Centro de Saúde Alvarelhos 229 867 060

Enigma Numa sala onde estão 100 pessoas, sabe-se que 99% são homens. Quantos homens devem sair para que a percentagem de homens na sala passe a ser 98%?

Soluções da edição passada Sudoku

Enigma O ancião tinha 87 anos e seu bisneto tinha 13 anos.

F icha T écnica: Diretor: Hermano Martins Sub-diretora: Cátia Veloso Editor: We do com unipessoal, Lda. Redação: Cátia Veloso | Magda Machado de Araújo Colaboradores: João Pedro Costa, João Mendes, César Alves, José Pedro Reis, Moutinho Duarte | Fotografia: A.Costa, Miguel Trofa Pereira (C.O. 865) Composição: Magda Araújo | Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Lda., Rua de S, Brás, n.º 1 Gualtar, Braga| Assinatura anual: Continente: 20 euros; Extra europa: 45 euros; Europa: 35 euros; | Assinatura em formato digital PDF: 15 euros IBAN: PT50 0007 0605 0039952000684 | Avulso: 0,80 Euros | E-mail: jornal@onoticiasdatrofa.pt | Sede: Rua de Freitas, 387 r/c esq. 4795-205 Santo Tirso | Redação: Rua das Aldeias de Cima, 280 r/c 4785 - 699 Trofa Telf. e Fax: 252 414 714 Propriedade: We do com unipessoal, Lda. NIF.: 506 529 002 Nº Exemplares: 5000 | Depósito legal: 324719/11 | ISSN 2183-4598 | Detentores de 100 % do capital: Magda Araújo | Estatuto Editorial pode ser consultado em www.onoticiasdatrofa.pt Nota de redação: Os artigos publicados nesta edição do jornal “O Notícias da Trofa” são da inteira responsabilidade dos seus subscritores. Todos os textos e anúncios publicados neste jornal estão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. É totalmente proibida a cópia e reprodução de fotografias, textos e demais conteúdos, sem autorização escrita.


20 O NOTÍCIAS DA TROFA

17 de março de 2022

Atualidade

Estação do Muro inaugurada há 90 anos

Dionísio Moreira campeão mundial de Kempo A efeméride não foi ignorada pelo movimento cívico que reivindica a construção da linha do metro “Muro, pequeno apeadeiro conhecido por São Cristóvão do Muro, onde os sinos da Igreja repicam festivamente anunciando ao seu povo o grande melhoramento para a região. O Asilo do Terço com a sua banda faz a guarda de honra. Há aclamações delirantes”.

O trecho pertence à Gazeta dos Caminhos de Ferro Revista Quinzenal de Transportes, de 1932, e foi recuperada pela Junta de Freguesia do Muro, no dia em que se assinalaram 90 anos desde a primeira viagem de comboio na via estreita, que passava por aquela lo-

calidade e que ligava Guimarães à Senhora da Hora, no Porto. A efeméride também não foi ignorada pelo movimento cívico que reivindica a construção da linha do metro – prometida aquando da desativação da linha ferroviária -, que na tarde de se-

gunda-feira, juntou mais de uma centena de pessoas para recriar a fotografia tirada, no mesmo sítio, em frente à estação ferroviária, naquele 14 de março de 1932. A acompanhar, uma extensa lona branca com letras pretas garrafais a exigir: “Metro para a Trofa, Já!”.

Não há duas sem três. Dionísio Moreira sagrou-se campeão mundial de Kempo, estilo Light K WAC, que decorreu na Expoeste de Caldas da Rainha, a 10 de março. O atleta da Alex Ryu Jitsu - Academia da PSP conseguiu revalidar o título conseguido em 2019, neste estilo, acumulando ainda um outro em Semi WAC, conquistado no mesmo ano. Nesta variante, também conseguiu chegar à final, nas Caldas da Rainha, mas acabou derrotado. “Obrigado a todos os que ajudaram a atingir este patamar. É o esforço de todos e a ajuda do nosso clã que tornar possível alcançar os resultados”, referiu Dionísio Moreira. A vocação para as artes marciais parece estar no ADN desta família, já que o filho de Dionísio, Diogo Moreira, sagrou-se, na mesma competição, vice-campeão de Light K WAC, Semi WAC e Rumble WAC.


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