Quinzenário | 14 de abril de 2022 | Nº 763 Ano 19 | Diretor Hermano Martins | 0,80 €
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ExpoTrofa mais curta e em novo local
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Compassos regressam às ruas Conheça as celebrações de Páscoa de todas as paróquias
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Padre Bruno encontrou- se com o Papa
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Cenfim abre portas à indústria
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Variante à EN14 está no terreno pub
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O NOTÍCIAS DA TROFA
Atualidade
AEBA completou 22 anos de vida A Associação Empresarial do deixar-vos uma mensagem de esBaixo Ave completou esta terça- perança na recuperação e num fu-feira, 12 de abril, 22 anos de vida turo melhor! ao serviço das empresas, traba“A melhor forma de prever o fulhando em prol do desenvolvi- turo é construí-lo”, teremos de mento da região do Baixo Ave. unir esforços e trabalhar de forma Na mensagem enviada aos as- concertada. Com a colaboração e sociados o presidente da Dire- apoio de todas as empresas assoção Alexandre Teixeira agrade- ciadas, a AEBA continuará ao serce “a confiança e o apoio em nós viço das empresas. As soluções depositado sobretudo pelas nos- que fomos capazes de encontrar sas associadas e por todos os que ao longo dos últimos 2 anos não nos apoiaram ao longo deste tem- foram mais do que o resultado de po, que culmina com a celebração um esforço coletivo das 500 emdo 22.º aniversário.” presas associadas, dos clientes, “Estes tempos têm sido os mais incubados, profissionais e emduros da história desta Associa- presários, dos parceiros institução. Terão sido seguramente os cionais e dos colaboradores que tempos mais difíceis para todos. todos os dias trabalham em prol O último ano foi muito desafiante das empresas da nossa região”. e só a união e cooperação entre Na mensagem o presidente fala todos nos permite estar aqui hoje. do futuro e da necessidade de Em nome da Direção gostaria de “desenvolver novos projetos, re-
novar ambições e construir o futuro. Acreditamos que seja mais um ano de grandes desafios e também o tempo de encarar uma nova realidade, a realidade resultante da pandemia, da guerra e das mudanças nos mercados dos produtos, das energias, das matérias primas e da distribuição. Enquanto responsáveis e dirigentes da AEBA tudo faremos para ajudar as empresas e em especial as nossas associadas a superar os seus objetivos e para isso contamos, como habitualmente, com a força, a entreajuda e a cooperação entre todos”. De acordo com os dados fornecidos pela associação, a AEBA tem mais de 500 empresas associadas às quais presta apoio e consultoria nas mais variadas áreas.
Aprovada candidatura de limpeza dos afluentes do Rio Ave Foi aprovada uma candidatura para recuperação e valorização da Rede Hidrográfica do Ave no concelho da Trofa, no âmbito do apoio à transição climática “Reabilitação da Rede Hidrográfica” no valor de 1 milhão de euros. Em parceria com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), a Câmara Municipal da Trofa, viu aprovada uma candidatura que vai possibilitar a limpeza e consolidação de uma parte substancial da rede hidrográfica do rio Ave, contemplando a
Meteorologia
limpeza, desobstrução, desassoreamento dos rios e ribeiras dos afluentes do rio Ave, no Concelho bem como a preservação e reposição da galeria ripícola, contemplando 9 linhas de água. Na candidatura está ainda prevista a “estabilização das margens e beneficiação de habitat para espécies ribeirinhas em domínio hídrico, a reabilitação de três infraestruturas hidráulicas degradadas no rio, correspondendo a construções já existentes no meio hidrográfico, com tradição na gestão do
recurso hídrico, no controlo dos níveis dos planos de água, na contenção das margens e gestão do regime hidrográfico; e, o reforço dos sistemas de monitorização da qualidade da água. Com previsão de início dos trabalhos para setembro/outubro de 2022, a intervenção é financiada pelo Portugal 2020, no âmbito do Programa Operacional Competitividade e Internacionalização (COMPETE 2020), com um investimento elegível de 1.045.339,90€.
Cartório Notarial Póvoa de Varzim Notária: Júlia Lobo Monteiro Praça do Almada, n.º 35 – r/c 4490-438 – Póvoa de Varzim Tel. / Fax: 252 643 452 e-mail: julia.lobo.monteiro@notarios.pt
EXTRATO Certifica narrativamente para fins de publicação, que neste Cartório, por escritura de um de abril de dois mil e vinte e dois, exarada a folhas setenta e três e seguintes, do livro de notas para escrituras diversas número noventa e cinco-A, foi lavrada uma escritura de Justificação Notarial, na qual foram justificantes: a) Luís Miguel Teixeira Gonçalves, casado com Maeva Le Compes Ferreira Gonçalves, residentes na Rua Alexandre Herculano, nº62, 4745-206, Guidões, Trofa; b) Vítor Gaspar Teixeira Gonçalves, casado com Carla Maria Sousa Molho, residentes na Rua 1.º de Maio, n.º 490, 4745-208, Guidões, Trofa. DECLARARAM OS OUTORGANTES: Que são os donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do seguinte bem: PRÉDIO RÚSTICO, composto de cultivo, sito no lugar da Póvoa, atual Rua do Viso e Rua 1º de Maio, 4745-256, da extinta freguesia de Guidões, atual união das freguesias de Alvarelhos e Guidões, concelho da Trofa, com a área de quinze mil, cento e três metros quadrados, a confrontar do norte com herança indivisa de Manuel Martins de Abreu Gomes, do sul com Rua do Viso, do nascente com Rua Primeiro de Maio e do poente com Maria Almerinda Campos Araújo Santos, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Trofa, inscrito na matriz rústica da união das freguesias de Alvarelhos e Guidões, em nome dos justificantes, sob o artigo 3388. Que o mesmo foi por eles adquirido, em comum e partes iguais, no ano de mil novecentos e noventa e cinco, em dia e mês que não podem precisar, por doação verbal feita por Maria Lucinda Sousa Camões Caldeira Gomes, à data viúva, residente que foi na Rua da Junqueira, n.º 36, Póvoa de Varzim. Sucede que o referido ato nunca chegou a ser formalizado, não dispondo, por isso, de qualquer título formal para o registar na Conservatória do Registo Predial competente. Que, desde aquela data, os justificantes sem qualquer interrupção, têm usado e fruído do identificado prédio. Que esta posse exercida, desde há mais de vinte anos, conduziu-os à aquisição do identificado prédio, por USUCAPIÃO. Está conforme o original e, na parte omitida, nada há que amplie, restrinja, modifique a parte extratada. Póvoa de Varzim, um de Abril de dois mil e vinte e dois. A Notária, (Júlia Maria Santos Lobo Gonçalves Monteiro)
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Oficializado núcleo da Iniciativa Liberal
José Calheiros
Escrita com Norte
Tudo gente normal
José P edro R eis é um dos membros da comissão instaladora Está oficializado o núcleo con- tes da Trofa”. celhio da Iniciativa Liberal (IL). A “Muitos já estavam ligados ao nova estrutura partidária da Tro- núcleo territorial de Santo Tirso, fa foi aprovada, em sede de reu- que era o mais próximo geogranião de Comissão Política Nacio- ficamente. Fomos desenvolvendo nal, no domingo, dia 10 de abril, contactos, e ainda continuamos, e da comissão instaladora fazem para que os militantes possam inparte José Pedro Reis, Ivo Silva e tegrar a nova estrutura”, explicou Diamantino Costa. José Pedro Reis. O primeiro, em entrevista ao NT, O núcleo da IL da Trofa tem revelou que o núcleo da IL sur- como objetivo “ocupar o vazio giu “da junção de vontades de al- político que existe no concelho, gumas pessoas do concelho, com no centro direita” e servir para ideais políticos e formas de pen- “ser como uma pedrada no charsar semelhantes, que foram es- co”, com “várias atividades, comtreitando laços e contactando a batento o marasmo que se vive, direção nacional do partido, no atualmente”. Prova desta intensentido de chegar a mais militan- ção são as ações pelas diferen-
tes freguesias, que o núcleo tem promovido, de forma espontânea, para se “dar a conhecer” e “contribuir para a maior participação dos cidadãos na discussão política”, argumentou José Pedro Reis. Ainda sem data definida para a nomeação da nova comissão política, José Pedro Reis garantiu apenas que o plenário fundador “não será nem em S. Martinho, nem em Santiago de Bougado”, em linha com o objetivo de afirmar a IL como força política descentralizadora, que “olha de maneira igual para as oito freguesias do concelho”. C.V.
Brasmar e Nuchar na feira by Bolognafiere A Brasmar, líder nacional no setor alimentar de produtos do mar, estará presente na Marca by Bolognafiere, o segundo maior evento da Europa dedicado ao setor, que decorrerá em Itália, para apresentar a sua gama de produtos e novidades das marcas Brasmar e Nuchar. Entre as propostas que levará ao certame, destaque para as novas gamas - Listo, Delicioso e Hamburgers - da marca Nuchar, produzidas na sua unidade de Logroño, bem como para a nova linha de Bacalhau ao Ponto de Sal da Brasmar, produzida em Portugal. O evento ocorre em Bologna nos dias 12 e 13 de abril e destina-se ao público profissional, com en foq ue no seg mento retail. Recorde-se que Itália é o prin-
cipal mercado de exportação para a empresa, onde tem uma sucursal. A Brasmar desenvolveu, inclusive, a linha de produtos congelados de bacalhau ao ponto de sal para responder ao aumento da procura por este tipo de solução no mercado italiano e em outros destinos europeus. Nesta 18ª edição da Marca by Bolognafiere estarão reunidas cerca de 900 empresas com produtos de excelência para promover oportunidades únicas de negócio. O Stand da Brasmar estará localizado no pavilhão 28 stand B15. A Brasmar, empresa participada do VigentGroup e do private equity MCH, foi fundada em 2003, assumindo atualmente a posição de líder nacional no setor alimentar de produtos
do mar. A empresa é também um importante player na transformação e comercialização de bacalhau e assume como aposta estratégica a especialização na área dos cefalópodes, em especial o polvo. Reconhecida pelas suas certificações de qualidade, sustentabilidade e segurança alimentar, a Brasmar alia a ambição de se afirmar no mercado pela qualidade contínua dos seus produtos à aposta forte em tecnologia de vanguarda. A marca está atualmente presente em mais de 40 países, contando com unidades industriais em Portugal, Espanha e Noruega e com mais de 850 colaboradores. Em 2021, ano em que se constituiu a holding – Brasmar Group SGPS, a faturação do Grupo ascendeu aos 240 milhões de euros.
A segunda-feira iria ser como qualquer outra…longe da sexta, não fosse aquele pormenor! O despertador toca assinalando o meu momento de ódio ao mundo, durante sete segundos, e, como qualquer bipolar, salto da cama feliz por não me doer nada, e ter bracinhos, perninhas e tudo o demais que me faz parecer normal. Saio de casa, fazendo o trajecto de sempre para o trabalho, mas não me cruzando na estrada com as pessoas que conheço há anos, sem saber quem são…devem estar de férias! Chego à empresa e trabalho, saio da empresa e tomo o caminho para a Box Crossfit Vale do Ave. Entro no parque de estacionamento, que me parecia cheio, e estaciono logo no primeiro lugar que aparece. Ao caminhar para a recepção verifico que podia ter estacionado mais próximo, havia mais uma dúzia de lugares vagos. Cheios, apenas os lugares para pessoas com deficiência. Lá dentro, felizmente, todos me pareciam bastante saudáveis, principalmente uma ou outra “menina”. “Os deficientes devem estar no café”, pensei! No final, depois do treino, e ao dirigir-me para o carro, encontro o meu amigo Ricardo, utente da APPACDM e frequentador da Box. - Olá Ricardo! Aquele carro é teu? – pergunto. Restava um nos lugares destinados a pessoas com deficiência. - Não! Eu não conduzo. – responde-me a sorrir. E ficámos ali, a conversar sobre miúdas, sobre as que ele acha “lindas como o sol”. Despeço-me do meu amigo e preparo-me para o ponto alto do dia, o tal pormenor que fará esta segunda-feira diferente das outras, levantar um prémio do euromilhões, acontecimento raro na minha existência, só comparável à passagem de um cometa. A última vez que ganhei algo no jogo foi no Ciclo Preparatório, a brincar aos berlindes, ganhei cinco, mas o derrotado não os queria dar…bati-lhe! Circundo o Catulo, corto à direita, entro na Rua Conde de S. Bento, pensando que com sorte talvez arranjasse estacionamento logo no início da rua. Estacionei lá em cima, próximo da antiga linha, no único lugar vago…para deficientes! Ao lado, pára o Sr António, paraplégico, à espera que eu liberte o lugar. Em vez de tirar o carro, desligo o motor e saio a mancar! Conforme vou descendo a rua, em direcção ao quiosque da Tina, por milagre, sem acreditar neles, a minha deficiência vai passando, estando em plenas condições físicas à chegada ao quiosque. Antes de entrar, olho para o lado, e aparcada num sítio identificado por um sinal com um boneco em cadeira de rodas, está uma jovem, “linda como o sol”, como diria o Ricardo, e, “coitadinha, não deve ter pernas”, pensei. Fiquei a admirá-la, enquanto estava ao telemóvel. Ela saiu…afinal tinha pernas e andava! Deve ser a isto que alguns amigos meus chamam de “deficiente de boa”! Com pena, e sem saber o que fazer, amparo-a, despertando a sua ira, e apercebo-me de que estava a sentir a renda do soutien. Largo-lhe as mamas e entro no quiosque. Sempre com grande simpatia, a Patrícia diz-me: - Bom dia, Calheiros! - Olá Patrícia, bom dia! Tenho um prémio! – e entrego o bilhete do euromilhões. - Pois tens! – e entrega-me os meus nove euros e quarenta e sete cêntimos…não foi preciso bater-lhe. Feliz, e menos pobre, vou para o carro, onde por perto ainda está o Sr. António. - Atrasado mental. – gritou-me. - Até logo! - respondi-lhe. A caminho de uma agência de viagens para marcar férias com o dinheiro ganho no euromilhões, vejo o Antunes, perneta, a discutir com o Melo, jogador da bola, com um penso no dedo a fazer valer a sua prioridade para ocupar um lugar de estacionamento!
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Assinada consignação para construção da variante à EN 14 É desta vez que a variante à Estrada Nacional 14, que liga Castelo da Maia à Trofa, vai sair do papel. Auto de consignação foi assinado em Lisboa, na sede do Ministério das Infraestruturas, pelo consórcio Gabriel A.S.Couto/M.Couto Alves e a Infraestruturas de Portugal, a 31 de março. A Infraestruturas de Portugal e o consórcio Gabriel A.S.Couto/M. Couto Alves assinaram dia 31 de março, a consignação da 2ª fase da empreitada da Variante à EN14, entre a Via Diagonal, na Maia, e o Interface Rodoferroviário da Trofa. Esta intervenção insere-se na 2.ª fase da construção da variante à EN14, que teve início em 2019 e insere-se numa zona “densamente povoada e com muitas unidades industriais no principal corredor exportador do país, abrangendo a totalidade das intervenções os concelhos da Trofa e da Maia, e também o de Vila Nova
de Famalicão. Esta 2.º fase contempla uma intervenção numa extensão de 10 quilómetros, entre a Maia (via Diagonal) e a Trofa (Interface Rodoviário), no qual está prevista a construção de uma rotunda na EN318 (zona industrial do Soeiro e Carriça), uma ligação à EN14 em Lantemil, e dois quilómetros em quatro viadutos e uma ponte sobre o Rio Trofa. O investimento previsto é de cerca de 32 milhões de euros, financiado no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Os autarcas da Trofa e da Maia manifestaram a sua satisfação pela concretização desta obra, “desejada há mais de 25 anos”. “É a ambição de uma área que exporta muito e é vocacionada para as empresas. Quero agradecer ao ministro porque a considerou importante e prioritária e desbloqueou 25 anos depois o que era uma ambição”, afirmou o presidente da Câmara Municipal da Trofa, Sérgio Humberto.
E mpreitada contempla 2 quilómetros de viadutos e pontes
Variante vai ter ligação à Avenida 19 de Novembro No mesmo sentido, o presidente da Câmara Municipal da Maia, António Tiago destacou a importância que a obra terá para a região Norte. “Trata-se do corredor empresarial mais importante do Norte do país e era uma obra muito desejada por nós”. Na sua intervenção, o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, destacou o facto de se poder utilizar as verbas do PRR para a concretização desta obra, “num dos eixos mais pujantes do país”. “A União Europeia já não atribuía financiamento para rodovias há muito tempo. Trata-se de uma obra que envolveria um esforço muito grande se fosse financiada pelo Orçamento do Estado. Felizmente o
PRR veio desbloquear e nós não podíamos perder a oportunidade para resolver este bloqueio. Estamos a lançar o PRR e a fazer justiça”, afirmou. Pedro Nuno Santos reconheceu a resiliência “das populações da Trofa, Maia e Famalicão porque se não fosse a sua persistência não estaríamos aqui hoje a avançar com esta obra tão necessária. Não podíamos deixar de resolver este bloqueio em zonas de grande dinamismo económico e para nós é um projeto muito importante e estamos a fazer justiça a um povo e a empresários e investidores que diariamente sofrem bloqueios naquela zona”. A próxima e última fase da construção da variante à EN14
contempla a construção da nova ponte sobre o R io Ave, mais uma passagem pedonal, e ainda a edificação de quatro rotundas, numa extensão de 3,5 quilómetros. Esta intervenção está em fase de projeto, mas a tutela prevê que tenha início em agosto de 2023 e esteja concluída em abril de 2025, num investimento de oito milhões de euros e ligará a Avenida 19 de Novembro a Vila Nova de Famalicão. Recorde-se que em serviço está o troço de beneficiação entre a Trofa e Famalicão, concluído em 2019 (3,2 milhões de euros) e entre o nó do Jumbo e a Via Diagonal, no concelho da Maia, concluído em 2020 (5,2 milhões de euros).
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Atualidade José Pedro Maia Reis Memórias e Histórias da Trofa
História do Teatro na Trofa Novas Informações
Escola do Castro homenageou Ucrânia Pela paz e em solidariedade para com o povo da Ucrânia. Foi esta a mensagem que os cerca de 300 alunos, professores e pessoal não docente da Escola Básica 2/3 do Castro, em Alvarelhos, quiseram transmitir num momento simbólico na manhã de 11 de abril, com a criação simbólica de uma bandeira com as cores do país há quase dois meses invadido pela Rússia. Segundo Ana Correia, uma das professoras que organizou a atividade, a ideia veio como efei-
to contágio de “outras escolas”, que já tinham promovido ações do género, mas serviu também para “agradecer aos alunos o facto de se terem empenhado com as famílias” na recolha de bens para ajudar os refugiados. “Por muito pequenina que seja a ajuda deles, todo o apoio está a ser muito importante para este povo que tanto está a precisar. Cada vez mais, os jovens precisam de ter estes momentos para refletir e perceber a importância da paz”, acrescentou.
E neste contexto de guerra, salientar a importância da paz no mundo é o trabalho que os docentes têm desenvolvido junto dos estudantes nos últimos dias. Além da recolha de bens essenciais, estão a ser feitas atividades curriculares, principalmente do ponto de vista literário, com publicação online e análise dos textos lidos no momento simbólico, incluindo poemas de fraternidade e paz, um deles de Sophia de Mello Breyner Andresen. C.V.
Transmaia e Câmara de Gaia enviam camião de bens para Ucrânia A Transmaia, empresa transportadora sedeada em S. Mamede do Coronado, concelho da Trofa, em parceria com o Município de Vila Nova de Gaia enviou um camião humanitário com produtos de higiene, medicamentos, comida para Chernihiv na Ucrânia. A viagem começou a 5 de abril e terá chegado no domingo passado à Polónia. Depois de várias semanas a receber donativos que foram recolhidos pelo Município de Vila Nova de Gaia, pela Transmaia e pelos seus parceiros, a transportadora enviou um camião com 17 toneladas de mantimentos até à fronteira da Polónia com a Ucrânia. Trata-se de uma carga de 42 paletes, a ser entregue em Chernihiv, uma zona que viu intensos combates e destruição, provocados pelos invasores Russos. A carga está agora a ser reencaminhada, por via terrestre, com a
E mpresa enviou camião humanitário com bens essenciais para Chernihiv ajuda da organização não governamental (ONG) Siaivo Siverschini, até à cidade de Chernihiv
(norte da Ucrânia) onde será distribuída.
A história, por vezes, prega-nos partidas e aquilo que achávamos verdades absolutas esfumam-se no ar e traduzem-se numa leve neblina que vai desaparecendo com o passar do tempo, ficando, igualmente, abertas novas oportunidades para serem exploradas. Um historiador tem um problema muito “grave” com ele: procura querer saber sempre mais e mais, não se dando satisfeito com o seu conhecimento, isto se quiser evoluir e procurar continuar a indagação pela verdade. O percurso relativamente à história do teatro deve continuar a ser explorado, pois, já em tempos idos, foi desmistificado que o teatro Alves da Cunha não foi a primeira casa de espetáculos que surgiu no seio da comunidade, mas sim um barracão junto à linha do comboio (cenário normal no meio dos burgos industrializados), como também foi referenciada a existência de uma segunda sala de espetáculos. Do teatro, cuja origem em território trofense é apontada somente para o final da década de 1920, afinal, anos antes, concretamente e pelo menos em 1921, já se discutia a constituição de um núcleo de teatro. Num primeiro patamar de acompanhamento da constituição daquele grupo teatral, a atenção para a necessidade de conseguir vários elementos, uma vez que, alegadamente tinha falta de atores, porém os ensaios iam decorrendo. As vantagens daquele grupo nascer em território trofense eram sobretudo de quebrar o marasmo que a Trofa vivia em termos culturais, não abundando as atividades dessa índole. Parecia um sinal do destino. Os seus organizadores debatiam-se com a falta de dinheiro e até mesmo de um salão apropriado para comprarem os cenários, roupas, etc. A falta de um salão é rapidamente resolvida, porque um dos Sr. Silva iriam ceder, gratuitamente, um dos seus salões para ser o local de ensaios e também de demonstração das peças. A notícia da fundação deste grupo termina com a informação relativamente à falta de dinheiro e também de madeiras para conseguir avançar mais uns passos neste importante projeto para a região, mas o sentimento era de alento apesar das dificuldades, porque afirmava-se que as possibilidades eram elevadas, atendendo aos elevados recursos financeiros e materiais que pareciam existir numa comunidade que trilhava os primeiros passos da industrialização.
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Cultura
Exposição de Isabel Lhano na Galeria Tomé Carvalho A pintora Isabel Lhano tem que esteve presa por defender uma exposição de pintura inti- a liberdade”, natural de Vila do tulada “Corpo Plural”, em exi- Conde, e a completar 40 anos de bição no auditório Tomé Car- carreira artística, Isabel lhano valho, na sede da Cruz Ver- diz preferir ter “os quadros a cirmelha da Trofa, em Santiago cular por vários locais do que têde Bougado. -los fechados num atelier”. Sente-se lisonjeada com “o convite” As cerca de 20 pinturas contam até porque até já deu aulas na a história de “duas irmãs baila- Trofa. “Tenho uma ligação à terrinas” e testemunham a “frater- ra e reconheço a importância da nidade” que se alimenta dos la- Cruz Vermelha, nomeadamente ços familiares, conjugada com a no contexto atual”, referiu. relação harmoniosa que mantêm Assim, desafiada pela delegacom o corpo. As imagens surgi- ção, a pintora não hesitou, como ram de fotografias captadas atra- confidenciou Conceição Camvés de um vidro onde as prota- pos, membro da direção da Cruz gonistas se colocaram em po- Vermelha da Trofa. “Quando lhe ses escolhidas pela artista Isa- fiz um telefonema, fiquei radianbel Lhano. te e surpreendida quando a Isa“Corpo Plural” é o mais recen- bel disse logo que sim. Para nós, te trabalho da pintora, que pode Cruz Vermelha, não devemos só ser visto na galeria do auditó- cuidar do corpo, mas também da rio Tomé Carvalho, na sede da mente, através da cultura e das Cruz Vermelha da Trofa, até 27 artes, e este auditório está dispode maio, com entrada livre. nível a todas as pessoas, que se “Professora, mulher de Abril, revejam dentro dos princípios
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I sabel L hano não hesitou quando foi convidada para expor na sede da Cruz Vermelha fundamentais da Cruz Vermelha, porque, efetivamente, nasceu para dar oportunidade às
pessoas que queiram divulgar algum talento, servindo também para reuniões e formações”.
A exposição “Corpo Plural” pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 9h00 às 19h30.
Luciano Lagoa pede apoio para pagar obras da Igreja Matriz
Altronix nomeada para prémios Heróis PME A empresa da Trofa Altronix, fabricante de etiquetas e rótulos, é uma das finalistas da 4.ª edição dos Prémios Heróis PME, na categoria de Transformação Digital. Esta edição, a mais concorrida de sempre, tem como objetivo premiar a visão, a coragem e a capacidade de inovação das PME portuguesas que ultrapassam as adversidades e inspiram outros empresários a dar o salto. O grande vencedor será conhecido numa gala a realizar a 25 de maio. “Nesta edição superámos o recorde de candidaturas recebidas e ficámos a conhecer PME com ótimas histórias de superação e capacidade de inovação nas três categorias. Para apurar os finalistas tivemos por base o nível de heroísmo, o impacto social e a capacida-
de inspiracional, condições fundamentais para prosperar nos vários setores e ultrapassar estas dificuldades acrescidas pela pandemia”, afirma Bernardo Maciel, CEO da Yunit Consulting, promotora do prémio. Numa edição em que Porto, LisPadre L uciano apelou à generosidade da comunidade paroquial boa e Braga foram os distritos com mais candidatos, esta iniciativa O pároco de S. Martinho de ser feitas e também recolhendo “neste período da Páscoa, os paroquianos sejam generosos na chega à reta final com sete distritos Bougado, Luciano Lagoa, pede a oferta das pessoas”. representados, Com cinco nomea- apoio à comunidade para aca“É um trabalho contínuo, que ocasião do compasso e que posções em Lisboa, quatro em Braga, bar de pagar as obras de reabi- se vai manter até ao fim da em- sam, realmente, ajudar com as três em Aveiro e uma em Coimbra, litação da Igreja Matriz, orçadas preitada. Tenho a agradecer a suas economias, esta grande Porto, Santarém e Setúbal. muita gente que tem ajudado, obra e este grande desígnio da em cerca de 400 mil euros. Entre os setores de atividade, o O sacerdote relembrou que por isso julgo que, com a boa- nossa paróquia”, realçando ainde serviços destaca-se com sete “está a decorrer um peditório -vontade de todos, vamos ter ca- da a importância da visita pascal. As obras deverão estar connomeações, seguido da indústria pela freguesia, com uma equipa pacidade para chegar ao fim ou (três nomeações), comércio e res- muito interessada, que está a fa- com pouco endividamento ou cluídas a tempo do início das tauração (duas nomeações), tecno- zer um ótimo trabalho a ir bater a até sem qualquer endividamen- festas em Honra de Nossa Senhora das Dores, que decorrem logias de informação e outros (uma todas as casas, levando o folhe- to”, sublinhou. nomeação cada). Luciano Lagoa apela para que em agosto. to que explica que obras estão a
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Atualidade
CENFIM de portas abertas para indústria do futuro Um robô a “cozinhar”, um computador a desenhar uma peça mecânica, um equipamento de realidade virtual que testa os conhecimentos de soldadura ou uma impressora 3D a dar vida a objetos. Há muito que a tecnologia invadiu os processos produtivos da indústria e o CENFIM está bem apetrechado para dar aos formandos as melhores condições que singrarem no mercado de trabalho. CÁTIA VELOSO Duarte Silva está a estudar na Escola da Ponte, no concelho de Santo Tirso, e chegou a altura de uma grande decisão: que futuro educativo seguir depois do 3.º ciclo. Decidido a enveredar no mundo do trabalho, o jovem decidiu visitar a escola profissional CENFIM, na Trofa, para perceber que saídas profissionais existem e quais os métodos de ensino neste estabelecimento. Desde logo, o jovem saía surpreendido pela positiva: “Eu tinha uma ideia um bocadinho diferente e consegui desmistificar algumas situações, porque pensei que era uma coisa mais teórica, mas é muito prático e acho que vou gostar muito de andar cá”. A revelação feita vinha acompanhada, porém, de uma nova dúvida: perante o agrado de tudo o que viu, Duarte não sabia era qual curso escolher, mas estava ligeiramente inclinado para manutenção industrial e soldadura. O facto de ser de Moreira de Cónegos não é, certamente, um entrave, já que o CENFIM está estrategicamente localizado, beneficiando da proximidade da estação de comboio e de paragem de autocarro. A mãe, Natália, também gostou da receção que tiveram e da visi-
ta guiada que os responsáveis do CENFIM prepararam para todos os que visitaram a escola. “Sou cem por cento a favor que ele escolha a formação profissional, porque ele pode, se quiser, seguir estudos na Universidade, e mesmo se não quiser, vai adquirir conhecimentos importantes. Nota-se que esta escola tem um conceito diferente do habitual e está bem implementada no mercado industrial”, argumentou. Quanto às várias possibilidades que Duarte tem, no futuro, caso escolha o CENFIM, Rui Martins é um excelente exemplo. Depois de enveredar pelo curso profissional de manutenção industrial, decidiu seguir estudos e está a dois meses de se licenciar em engenharia eletrónica. “A componente prática era uma coisa que me cativava muito e como tinha o objetivo de ser engenheiro eletrónico, percebi, numa visita ao CENFIM, que a escola estava muito bem preparada. Eu sabia que tinha duas cartas na mão, tanto podia trabalhar depois do curso, como escolher seguir estudos na universidade”, começou por referir o jovem de 21 anos, que acabou por se destacar na escola profissional, ao ganhar medalhas no campeonato do mundo das profissões. E para esbater outro tipo de preconceitos, como o de género, Matilde Sousa, aluna do 1.º ano do Curso técnico de maquinação e programação CNC, ergue a voz para assegurar que “esta área dá para todos”. “Como esta escola tinha bastante oferta de emprego, optei por ela. Se fosse ensino regular, talvez acabava o 12.º ano e não tinha tantas bases e mesmo para o
CENFIM está munido de equipamentos e maquinaria que existem nas empresas trabalho não conseguiria arranjar assim tão facilmente”, acrescenta, sem deixar de sublinhar que vê o seu futuro “num escritório, talvez a desenhar peças e a programar”. Desengane-se, pois, que, atualmente, os cursos ligados à indústria são, exclusivamente, dependentes da força de braços. A digitalização dos métodos produtivos veio para ficar e, hoje em dia, são as máquinas que fazem grande parte do trabalho duro. “Indústria evoluiu muito e hoje é feita de muita tecnologia e criatividade” Para mostrar isso mesmo, o CENFIM promove, até esta quinta-feira, dias abertos à comunidade para dar a conhecer aos jovens quais as melhores opções no ensino profissionalizante. “A indústria metalúrgica e metalomecânica não é, muitas vezes, aquilo que se pensa. Ainda há um estigma associado à sujidade, à ferrugem e ao trabalho pesado. Nós queremos mostrar que
Formandos ganham bagagem para ingressarem no mercado de trabalho e ainda podem optar por
prosseguir estudos
a indústria metalomecânica evo- “três grandes grupos”. Aos jovens luiu muito ao longo dos anos e que que finalizam o 9.º ano e podem há muita tecnologia e muita criati- obter o 12.º num curso com dupla vidade. As empresas, hoje em dia, certificação, que lhe dá possibilitrabalham para diferentes tipos de dade de progredir os estudos, é setor, como o automóvel, a indús- dado um leque de cursos que se tria aeronáutica, naval ou aeroes- divide nas áreas de maquinação e pacial e, por isso, têm de ter áreas CNC, manutenção industrial, solde produção com limpeza e orga- dadura e desenho e construções nização”, explicou Adelino Santos, mecânicas. “Nós trabalhamos essencialmendiretor do CENFIM da Trofa. Para dar aos formandos as me- te com aquelas saídas profissiolhores condições de aprendiza- nais que na nossa região tem muigem, a instituição tem vindo a ta procura em termos de oferta munir-se de todos os equipamen- de emprego, porque as pessoas, tos e tecnologias que existem nas quando procuram a formação proempresas. “Evitamos trabalhar fissional, tem como objetivo incom simuladores e trabalhamos gressar no mercado de trabalho com máquinas reais, exatamente e desta forma ninguém lhes ‘coriguais às que existem nas empre- tas as pernas’ para prosseguirem para o Ensino Superior, caso presas, para que, quando os nossos formandos vão realizar o seu es- tendam”, atestou. Há ainda a formação para adultágio ou quando são colocados no mercado de trabalho, não sintam a tos que estejam desempregados e diferença entre a formação e o lo- queiram fazer formação em regime diurno e para ativos, em regical de trabalho”, explicou. Em termos de saídas profissio- me pós-laboral, num contexto de nais, a escola profissional acolhe formação contínua ou de longa duração, para os que se quiserem reconverter profissionalmente. “Também temos os cursos de nível 5 do quadro europeu de qualificações e em diferentes áreas, para quem pretender uma especialização tecnológica. Temos a tecnologia mecatrónica, tecnologia mecânica e área da gestão da produção”, sublinhou. Toda a formação de longa duração feita no CENFIM, para jovens ou para adultos, é gratuita, inclui subsídio de alimentação e de transporte e todos os materiais de formação, como manuais e documentos ou equipamentos de proteção individual. Em regime diurno, a escola profissional chega a ter, dentro de portas, cerca de 300 formandos, diariamente.
14 de abril de 2022
O NOTÍCIAS DA TROFA
DR arquivo
Máquinas de jogo apreendidas em café
Cristina Barros aposta em modelos ucranianas Para apoiar o povo ucraniano, a marca Cristina Barros, em parceria com a agencia Best Models, anunciou que vai utilizar modelos naturais da Ucrânia para as suas próximas campanhas promocionais. “É uma forma de dar o nosso contributo a pessoas que foram forçadas a abandonar o seu país injustamente e deixaram a famí-
lia para combater na frente de batalha”, diz Marco Costa, diretor comercial da marca. Recentemente a Best Models juntou à sua lista ‘on stay’ várias modelos ucranianas. Yana Brana, Lera, Dasha, Mary Nikki, Ostap Chumichev, Anastasiia e Evelina Skulska são alguns dos nomes disponíveis na agência portuense.
Os militares do posto da Trofa da GNR apreenderam, no dia 5 de abril, duas máquinas de jogo ilegal, na cidade da Trofa. No âmbito de uma ação de fiscalização em estabelecimentos de restauração e bebidas, os militares da Guarda detetaram e apreenderam, num café em S. Martinho de Bougado, duas máquinas de jogo ilegal, bem como material informático, que estavam em funcionamento num local de fácil acesso ao público, e 226 euros em numerário. No decorrer da ação foi constituído arguido um homem de 46 anos por exploração de jogo ilegal tendo o processo sido remetido ao Tribunal Judicial de Santo Tirso. Em comunicado a Guarda Nacional Republicana, GNR, “relembra que a dependência no jogo é reconhecida como uma patologia, sendo necessário estar alerta aos sinais que revelem a adição do jogador, pois é comum que aqueles que sofrem
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Atualidade
M áquinas foram encontradas num café em S. M artinho de Bougado desta perturbação ponham em risco o seu trabalho, contraiam grandes dívidas, acabando por inviabilizar a sua interação com a sociedade e adotem um comportamento autodestrutivo. É por este motivo, fundamental, uma fiscalização contínua e presente
neste âmbito, de forma a sinalizar as pessoas com esta dependência, e punir quem utiliza e explora, de forma descontrolada e dissimulada, este tipo de equipamentos ou promove jogos de fortuna ou azar.
Gera’ a Caminho de Santiago
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Grupo iniciou peregrinação a partir de Valença O Grupo de Jovens Gera’ Esperança, da paróquia de S. Martinho de Bougado, está a realizar, durante esta semana santa, o Caminho de Santiago. No domingo, 10 de abril, partiram de comboio até Valença, onde iniciaram a peregrinação. São 19 os jovens que estão a fazer o caminho a pé, con-
tando com uma carrinha de apoio. Para a concretização desta atividade, o grupo contou com o apoio de várias empresas que, de forma altruísta, patrocinaram alimentos e outros produtos que os vão ajudar na caminhada. “Queremos agradecer muito à Farmácia Trofense, Mc Donald’s da Trofa, Fru-
tas Ramalho, paróquia de S. Martinho de Bougado e aos particulares, que de forma abnegada nos ajudaram a concretizar esta peregrinação”, referiram os jovens. O grupo chega a Santiago de Compostela, na manhã de Sábado de Aleluia, 16 de abril.
10 O NOTÍCIAS DA TROFA
14 de abril de 2022
Religião
Festas de Páscoa de Cidai regressam aos moldes tradicionais As festas da Páscoa em Cidai, Santiago do Bougado, voltam aos moldes habituais depois de dois anos muito limitadas pela pandemia de Covid-19.
A rquivo
Celebrações pelas outras paróquias
TIAGO JESUS/CÁTIA VELOSO
A abertura da festa dá-se no dia 16 de abril, com a Vigília Pascal, na Igreja Matriz de Santiago de Bougado, às 21h30, com administração de batismo a duas crianças. No Domingo de Páscoa, 17 de abril, às 08h00, é celebrada a eucaristia na Igreja Matriz, e uma hora depois é dada a saída dos compassos em direção às casas dos fiéis. A concentração final das cruzes está marcada para as 19h00, no largo de Cidai, onde haverá uma alocução do pároco e depois todos os grupos seguem até à Igreja Matriz para lá se concluir o dia de Páscoa com a Eucaristia Festiva. Juntamente com os membros dos grupos andarão os nossos dois diáconos, José Maria e João Alves. O pároco Bruno Ferreira andará em Bairros, de manhã e de tarde. Segundo a paróquia, as famílias “devem sinalizar as casas com flores” e “não há beijo na cruz”, mas sim “uma saudação com uma vé-
quese da paróquia e famílias. Às -se a Paixão e Morte do Senhor e 21h00, na Igreja Matriz, celebra- faz-se a adoração da Cruz.
Compassos regressam à rua dois anos depois nia de cabeça”. Os fiéis “devem e a noite termina com uma sessão usar máscara” e “se pretenderam de fogo de artifício. No último dia de festa, dia 18 de dar algo de comer ou beber aos que vão no compasso, devem fa- abril, segunda-feira de Páscoa, o zê-lo fora das casas, evitando re- grupo de Bombos de Gião vai animar as ruas da aldeia, a partir das feições dentro dos lares”. “Os que vão no compasso fa- 09h00. Da parte da tarde, mais rão um teste rápido de despis- precisamente às 15h00, a animate por questão de segurança. O ção estará a cargo do grupo Mafolar, oferta dada ao pároco por rotos da Concertina, seguindoesta ocasião, será de grande uti- -se um mini leilão e concertinas e lidade depois da pandemia, pois cantar ao desafio. O encerramenserá para as despesas da Páscoa e to das festividades está marcado para ajudar a paróquia com a des- para as 18h00. Em Santiago de Bougado, as cepesa da casa Padre Serra. Sejam lebrações da Páscoa incluem tamgenerosos”, apelou a paróquia. Em Cidai, ainda no dia de Pás- bém, na Sexta-feira Santa, no Soucoa, a banda musical Celtas ani- to da Lagoa, às 15h00, a Via-Sacra mará o largo, a partir das 21h00, dinamizada pelos grupos de cate-
Domingo de Ramos iniciou Semana Santa A Semana Santa é o momento mais importante da vida dos cristãos e a semana mais exigente do ano litúrgico, sendo celebrado o Mistério da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo. O início da Semana Santa ocorreu no Domingo de Ramos, que se celebrou a 10 de abril e só vai terminar com o Sagrado Tríduo Pascal. Em todas as paróquias do concelho da Trofa decorreram as celebrações do Domingo de Ramos, mas, em Santiago de Bougado, foi antecedida da Via Sacra Sinodal com as cruzes a chegar ao Souto da Lagoa, trazidas pelos fiéis e vindas dos vários lugares da paróquia.
Domingo de R amos foi celebrado em todas as paróquias
Em Covelas, a celebração da Paixão do Senhor, na Sexta-Feira Santa, é feita na Igreja Matriz, às 19h00. Esta eucaristia acontece nas outras paróquias do concelho, nomeadamente em Alvarelhos, às 17h00, e em Guidões, às 21h00, nas respetivas igrejas paroquiais. No Muro, a missa está marcada para as 21h00, na igreja paroquial, e o mesmo acontece em S. Martinho de Bougado, à mesma hora, na Igreja Nova. Em S. Mamede do Coronado, a celebração acontece às 19h00 e, em S. Romão, a eucaristia começa às 20h30, também na igreja paroquial. No Sábado de Aleluia, dia 16, enquanto Covelas não tem eucaristia marcada este ano, em Alvarelhos e em Guidões a vigília pascal acontece às 21h00. As paróquias de S. Romão e de S. Mamede do Coronado celebram em conjunto a vigilia pascal, na Capela de S. Bartolomeu, às 21h00. À mesma hora, decorre na Igreja Paroquial do Muro. A Igreja Nova, na paróquia de S. Martinho de Bougado, é palco desta celebração, às 21h30. No Domingo de Páscoa, a eucaristia solene da Ressurreição do Senhor, às 8h00, na Capela de S. Gonçalo, em Covelas, na Capela de S. Bartolomeu, em S. Romão do Coronado, e nas igrejas paroquiais de Alvarelhos, Guidões e Muro. Após as celebrações, os compassos saem para anunciar, junto das famílias, a Ressurreição de Jesus. Em S. Mamede do Coronado, a eucaristia acontece na igreja paroquial, às 7h00, e a saída dos compassos está marcada para duas horas depois. Em S. Martinho de Bougado, as eucaristias decorrem na Igreja Nova, às 08h00, com saída dos compassos, às 10h30 (junto ao moinho) e às 19h00. Há ainda celebrações, com recolhimento das cruzes, na Igreja Paroquial de S. Mamede do Coronado, às 18h30, na Igreja Matriz de Covelas, às 19h00, e na Igreja Paroquial de S. Romão do Coronado, às 19h30. Em S. Martinho de Bougado, as cruzes reúnem-se, às 19h00, na capela Nossa Senhora das Dores e seguem em procissão para a Igreja Matriz, parando a meio, para um último momento de anúncio da Ressurreição, no quartel dos Bombeiros da Trofa.
14 de abril de 2022
O NOTÍCIAS DA TROFA
Padre Bruno encontrou-se com Papa Francisco
Religião
O pároco de Santiago de Bougado, Bruno Ferreira, encontrou-se com o Papa Francisco, numa audiência onde estiveram presentes alguns empresários do concelho e o escultor Paulo Neves, a 6 de abril. CÁTIA VELOSO
Assembleia Jovem em Santiago para preparar JMJ de Lisboa “Levanta-te e a põe-te a caminho da Assembleia Jovem da Paróquia de Santiago de Bougado”. É desta forma que os jovens bougadenses, “participantes ativos ou não na comunidade paroquial”, são convidados a participar na iniciativa que se realiza a 23 de abril, pelas 21h30, na Igreja Matriz. Segundo a paróquia, “esta Assembleia Jovem dará a conhecer as Jornadas Mundiais da Juventude”, e como se poderá “preparar o espírito jovem” para participar no evento, que decorre em Lisboa, em 2023.
A residir em Roma, onde se encontra a frequentar o curso de Música Sacra, o padre Bruno Ferreira recebeu uma comitiva de empresários trofenses e o artista Paulo Neves, tendo-os ajudado na peregrinação pela capital italiana e pelo Vaticano, onde, assistiram a uma audiência do Papa Francisco, na qual estiveram também presentes crianças da Ucrânia e o sumo pontífice exibiu a bandeira daquele país, vinda da cidade de Bucha, onde aconteceu um massacre de civis, devido à guerra que estalou desde que a Rússia invadiu território ucraniano. Tendo oportunidade de privar com o Papa Francisco, Bruno Ferreira aproveitou para lhe oferecer um cântico composto por ele próprio. “É uma música que fala de amor, da fé e da esperança, que são a imagem do trabalho do Papa e do seu ministério”, explicou o pároco de Santiago de Bougado em declarações ao NT. Já Paulo Neves, escultor com grande ligação à arte sacra – em Santo Tirso, por exemplo, uma das suas obras está no Mosteiro de Singeverga -, ofereceu uma peça representativa de S. José, de quem Francisco é grande devoto. “Foi um momento muito emocionante. O Santo Padre trocou algumas palavras connosco e disse que foi com muito gosto que recebeu a música que fiz”, revelou Bruno Ferreira.
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Padre Bruno ofereceu cântico ao Papa
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Páscoa
Jesus O Nazareno Capítulo V Ministério final de Jesus em Jerusalém As “Parábolas” de Jesus As parábolas de Jesus são narrativas breves, dotadas de um conteúdo “alegórico” utilizadas nas pregações e sermões de Jesus com a finalidade de transmitirem ensinamentos e mensagens. Nos Evangelhos sinópticos, as parábolas e ditos parabólicos proferidos por Jesus são à volta de 60, e segundo alguns estudiosos, tornaram essas parábolas uma das características do discurso de Jesus. Parábolas mais conhecidas “O Bom Samaritano”, “O Trigo e o Joio “, “O Filho Pródigo”, “A Lamparina”,”A Ovelha Perdida”,” Os Servos”, “ Os Talentos”, “ A Semente de Mostarda”, “ O Semeador”, O Tesouro Escondido” Jesus e o jovem rico”. Expulsão dos Vendilhões do Templo Estava próxima a Páscoa (dos judeus) e Jesus subiu a Jerusalém. No Templo, encontrou os vendedores de bois, ovelhas e pombas e os cambistas que estavam sentados. Fez, então, um chicote de cordas e expulsou todos do Templo, junto com as ovelhas e os bois; espalhou as moedas e derrubou as mesas dos cambistas. E disse aos vendedores das pombas: “ Tirai isto daqui! Não façais da casa do Meu Pai uma casa de comércio” Os judeus perguntaram, então, a Jesus: Que sinal nos mostras para agir assim ? “ Ele respondeu: “ Destruí este templo e em três dias o levantarei”. Os judeus disseram: “ Quarenta e seis anos foram precisos para a construção deste santuário e tu o levantarás em três dias?” Mas Jesus estava a falar do Templo de seu corpo. Quando Jesus ressuscitou, os discípulos lembraram-se do que Ele tinha dito e acreditaram na Escritura e na palavra d'Ele. (JO.2:13-16 Entrada “Triunfal” de Jesus em Jerusalém De acordo com os Evangelhos, antes de Jesus entrar em Jerusalém, esteve hospedado em Betãnia alguns dias, em casa de seus amigos. (O evangelista João refere que Jesus ficara em Betânia 6 dias antes da Páscoa judaica “Pessach”). De lá enviou dois discípulos a uma aldeia que “está em frente a vós” para que buscassem um jumento que estaria amarrado e que nunca fora montado. Se alguém perguntasse para o que era, deveriam responder que o Senhor precisava do animal, mas que ele voltaria a ser devolvido. Jesus, então montou no jumento, e pôs-se a caminho de Jerusalém e ao aproximar-se da cidade, segundo o evangelista Lucas, Ele olha para ela e “ chora por ela” (no evento conhecido em latim "Flevit super illam”), prevendo o sofrimento a que passará a cidade ( quando for destruída no futuro). Ao chegar à cidade, os evangelistas contam como o povo (e os “filhos dos he-
breus”) retiraram as suas capas e colocaram ramos de palmeira e de outras árvores no caminho (chão) à sua passagem, enquanto cantavam parte do salmo 118 (“Salva-nos agora, te pedimos, oh Javeh, envia-nos agora a prosperidade. Bendito seja aquele que vem em nome de Javeh( Senhor). Hossana ao filho de David” O legado principal de Jesus (na despedida): Mandamento Novo Instituição da Eucaristia Na (Última) Ceia Jesus antecipou a “Oblação” Livre da sua Vida Jesus fez a manifestação suprema da oblação (Sacrifício/Oferta) livre de Si mesmo na refeição que tomou com os doze apóstolos, na “noite em que foi entregue” (1 Co 11, 23). Na véspera da sua Paixão, quando ainda era livre, Jesus fez desta última Ceia com os Apóstolos o memorial da sua oblação voluntária ao Pai para a salvação dos homens: “Isto é o meu Corpo, que vai ser entregue por vós” (Lc.22,19).” Isto é o meu 'Sangue, sangue da Nova Aliança', que será derramado por vós e por muitos para a remissão dos pecados (Mt.26,28)”. A seguir disse: “Fazei isto em memória de Mim”.Com estas palavras e gestos, Jesus institui a Eucaristia, que permanece como”memorial” do seu sacrifício na Cruz. O maior legado que Jesus deixou aos seus discípulos e seguidores, foi o “Mandamento Novo” do Amor, deixado na Última Ceia e que está referido nas “Palavras de Paz e despedida”:” Deixo-vos a paz, a Minha paz vos dou. Não vo-la dou como o mundo a dá...”( ...) “ Vou, mas voltarei para vós. Se me amásseis, certamente vos alegríeis por Eu ir para o Pai, porque o Pai é maior do que Eu (...)já não falarei muito convosco pois vai chegar o príncipe deste mundo (o demónio)? Como o “Pai Me amou, também Eu vos amei: permanecei no Meu amor. Se guardardes os Meus mandamentos, permanecereis no Meu amor, do mesmo modo que Eu tenho guardado os mandamentos do Meu Pai, e permaneço no Seu amor.” “O Meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, como Eu vos amei: Ninguém tem mais amor do que aquele que dá a vida pelos seus amigos: Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que vos mando. Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor.” E Jesus voltou a repetir, pela última vez: “Que vos ameis uns aos outros” ( Jo 14 a 27 e 30; e 15: 10-17).
Julgamento e condenação de Jesus à Morte Qual ou quais as razões para a condenação de Jesus à morte? Terá sido por razões políticas ? Razões religiosas? Ou a mistura das duas? Em João (capítulo 11, versículo 45 a 53) Jesus havia feito o milagre da res-
surreição de Lázaro e “ ...então, muitos dos judeus que tinham vindo com Maria...acreditaram n'Ele. Mas alguns deles foram ter com os fariseus e disseram-lhes: “Que faremos, uma vez que este homem realiza tantos milagres? Se o deixarmos assim, todos crerão n'Ele, e virão os romanos e destruir-nos-ão o Templo e a Nação?” Caifás, um deles, que era Sumo Sacerdote naquele ano, disse-lhes: “ Vós nada sabeis. Não compreendeis que vos interessa que morra um só homem pelo povo e não pereça a nação inteira!?... A partir desse dia, resolveram matá-lo. (Jesus confirmaria, perante os membros do Sinédrio, a sua filiação -“Filho de Deus”- o que, na opinião daqueles membros, constituiria uma autêntica históricas, a responsabilidade jurídi- Galileia, e que estavam a chorar. Disblasfêmea. A consequência imediata ca e moral pela morte de Jesus Cris- se-lhes Jesus: “ Filhas de Jerusalém, foi a sua condenação à morte). não choreis por Mim, chorai, antes, por A questão que se põe, quando anual- to deve ser atribuída a Pôncio Pilatos ( mente as várias Igrejas (Católica, Or- que representava o poder político ro- vós e por vossos filhos(...) Porque, se mano) que, embora sabendo-o inocen- tratam assim a madeira verde, o que todoxa e Cristãs) evocam a Paixão e Morte de Jesus, recordam o que pare- te, condenou-o a ser flagelado e cruci- não acontecerá à seca”? (Lc 23:28). ficado, por insistência dos sacerdotes ce uma evidência histórica: Cristo foi judeus. Não foi só o governador o prinBreve explicação sobre morto pelos judeus. A pergunta vem, cipal responsável pela morte de Cris“morte na cruz” de imediato: Mas foi-o de facto? to, foram-no também os centuriões roA morte na cruz cujo simbolismo A verdade histórica não corrobora manos e os soldados, como executores acabou por ser confundido com a próesse “rumor bimilenário” (de 2.000 das ordens do Governador. pria religiosidade cristã, não era um anos) que até tem algo de paradoxal, acontecimento raro naquela época. porque, nesse caso, tanto eram judeus “ A crucificação era a pena de morResumo das últimas "os assassinos”, como a “vítima” (Jesus). te usada pelos romanos desde o ano horas da vida de Jesus: De facto, Jesus sempre se considerou 217 a.C. para escravos e todos aqueCrucificação e Morte judeu (e até honrou as tradições históApós a Última Ceia com os discípu- les que não eram cidadãos do império, ricas e religiosas do seu povo) . como explica o cientista político, histolos, Jesus desloca-se, com eles, para - Assim, foi durante a Páscoa judairiador especializado em Médio Orienca que Ele celebrou, antecipadamen- o Horto do Jardim das Oliveiras ( no te e escritor italiano Gerardo Ferrera, Getsémani), e disse-lhes:” Ficai aqui te, com os seus (amigos) discípulos, e da Pontifícia Universidade de Santa enquanto vou orar”. Tomando consigo ocorreram os tormentos da sua paiCrua de Roma. Pedro, Tiago e João, começou a sentir xão e morte. “Era uma tortura tão cruel e humipavor e a angustiar-se. E disse-lhes: - Eram judeus os seus pais: Maria, a lhante”, continua o mesmo historiador, sua mãe e o esposo José, bem como os “ A minha alma está numa tristeza de “que não era reservado a um cidadão morte; ficai aqui e vigiai”. Mas eles seus primos( que por vezes são menromano. Era precedida pelo açoite incionados na Bíblia como seus irmãos). adormeceram. Entretanto, Jesus caiu fligido com vários instrumentos, con- Os 12 apóstolos eram todos judeus, por terra e orou para que, se fosse forme a origem e proveniência social possível, passasse d'Ele aquela hora. e portanto não fazia sentido que eles E disse: “Abba”; Pai, tudo Te é pos- dos condenados”. próprios atribuíssem ao seu povo a responsabilidade histórica pela mor- sível, se quiseres afasta de Mim este “Últimas Testemunhas” cálice! Contudo, não se faça a Minha te do Messias. da Crucificação de Jesus vontade, mas a Tua.”. Então, veio do Todavia, poder-se-ia afirmar que mesmo não tendo sido os judeus, en- céu um anjo que O confortava. Cheio “Junto à cruz de Jesus, estavam Sua de angústia, pôs-se a orar mais instanquanto povo, os autores da morte de mãe (Maria), a irmã de sua mãe, Maria, temente e o suor tornou-se-Lhe como Cristo, foram as autoridades religiomulher de Cléofas e Maria de Magdasas daquele tempo (anciãos do povo, grossas gotas de sangue, que caíam na terra. ( Lc.Mc, Lc, Mt). Passados al- la (Madalena)... Ao ver Sua mãe e junsacerdotes e escribas.) guns minutos, Jesus foi preso, confor- to dela o discípulo que Ele amava, JeÉ certo e sabido que Jesus de Nazaré sofreu a oposição desse grupo religio- me o combinado entre Judas Iscario- sus disse a Sua mãe: “ Mulher, eis aí o teu filho” Depois disse ao discíputes e os príncipes dos sacerdotes, dos so e que foi julgado e condenado pelo lo: “ Eis aí a tua mãe”. E desde aqueescribas e dos anciãos, (por troca de Sinédrio. Contudo, muito embora o tila hora, o discípulo recebeu-a em sua “trinta dinheiros”). vessem considerado réu da pena máDepois Jesus foi levado ao Sinédrio, casa (Jo 19:25-27). xima, não foram eles que o crucificaAntes, os soldados haviam colocaenquanto aconteceu a negação de Peram, nem lhe deram a morte. do uma placa por cima de sua cabeça, dro ( por três vezes, Pedro diz descoTambém não foi o rei Herodes quem nhecer Jesus). Quando foi levado a Pi- que dizia: “Iesus Nazarenus Rex Jumandou “executar” Jesus, mas já foi daeorum” que quer dizer: “Jesus Nalatos, este, a certa altura, perguntou a ele o responsável pelo assassinato zareno, Rei dos Judeus” Jesus: “ Tu és o Rei dos Judeus?” Jesus (por degolação) de João Baptista, o Jesus foi crucificado entre dois malrespondeu : “ Tu o disseste”. primo de Jesus. feitores: Um à sua direita e outro à sua Após os príncipes dos sacerdotes o De facto, o governador Romano (Pilatos), sabendo que Jesus era conheci- terem acusado de muitas coisas e es- esquerda.(O povo designou-os como o bom ladrão e o mau ladrão). tes terem instigado o povo a gritar para do como sendo “nazareno” e tido por Enquanto o povo permanecia à disque Jesus fosse crucificado, Pilatos enGaliléu, remeteu-o a Herodes, para que ele o julgasse. O rei, tendo-o inter- tregou-O aos soldados a fim de ser cru- tância a observar, os chefes zombavam de Jesus, dizendo: cificado no lugar do Gólgota , que quer rogado, nele não encontrou qualquer Salvou os outros, salve-se a Si mesculpa e devolveu-o “à procedência”. dizer “Lugar do Calvário.” Entretanto, ao sair da cidade, Jesus encontra algu- mo, se é o Messias de Deus “eleito”. Daqui se infere que, de acordo com mas mulheres que o seguiam, desde a os relatos bíblicos e de outras fontes
14 de abril de 2022 AS SETE ÚLTIMAS FRASES DE JESUS, NA CRUZ As sete frases de Jesus Cristo, na Cruz, são “uma colecção” de sete frases breves, que, segundo a tradição foram pronunciadas por Jesus enquanto estava a ser crucificado, no Calvário,-e algumas delas, pouco tempo antes de expirar. Estas frases, ou palavras, no sentido lato, são objecto de uma devoção especial e de meditação durante o chamado tempo da Paixão, ou, mais ainda, durante a Semana Santa, entre os cristãos, e foram recolhidas dos Evangelhos. A sua ordem e expressão variam ligeiramente, entre os Evangelhos. Eis as frases: 1- “Pai, perdoai-lhes, porque não sabem o que fazem” ( Lc 23:34) 2- “Em verdade te digo: hoje mesmo estarás comigo no Paraíso”-dirigida ao bom ladrão (Lc 23:45) 3- “Mulher, eis aí o teu filho” e disse ao discípulo: “Eis aí a tua mãe” (Jo 19:26-27) 4- “Eli, Eli lama sabactani?” ou “Eloi, Eloi lama sabactani”, que quer dizer: “Meu Deus, Meu Deus, porque me abandonaste?” (Mt 27:46;Mc:15:34; Salmos 22:1) 5- “Tenho sede” (Jo 19:28) 6-” Tudo está consumado” (“Consummatum est”) (Jo 19:30) 7- “Pai, em Tuas mãos entrego o Meu espírito” ( Lc 23:46 e salmos 31:5) A frase: “Meu Deus, Meu Deus, porque me abandonaste”? é considerada uma frase forte e não é de fácil entendimento, em termos meramente humanos. De facto, segundo alguns biblistas, esta frase foi um grito que expressa toda a desolação de Jesus na cruz. Ela “mostra toda a profundidade do sofrimento que Ele (Jesus) suportou. Mas a oração é marcada por um acto de confiança na certeza jubilosa do triunfo final”. “...E Jesus, dando um forte brado, expirou...”(Mc 15:32) Funeral e Sepultamento de Jesus O corpo de Jesus é preparado e sepultado (Mt, 15:42; Lc 23-50; 24:3; Jo 19:31-20:1). É fim de tarde de sexta-feira (14 de nisã). Jesus acaba de expirar... Segundo os Evangelhos, verificaram-se alguns fenómenos “extraordinários”a que se associaram diversas ocorrências, como por exemplo: “Eclipse da crucificação”, ou espécie de “tremor de terra”(literatura apócrifa) :o céu ficou escuro, fez-se “trevas”, "o véu do templo rasgou-se ao meio"... O centurião que estava em frente a Jesus, ao ouvir o “forte brado” e os acontecimentos e/ou fenómenos envolventes, exclamou: “Este era verdadeiramente o Filho de Deus” Segundo a lei, um corpo “não deve ficar a noite toda no madeiro”, mas deve ser enterrado no mesmo dia (Deut 21:22,23). Além disso a tarde de sexta-feira é chamada de Preparação, pois é dia em que as pessoas preparam as refeições e terminam as tarefas que não podem ficar para depois de sábado. Neste pôr-do-sol começa o sábado duplo ou um “grande” Sábado. (Jo 19:31). Por isso, os judeus pedem a Pilatos que apresse a morte de Jesus e dos dois outros condenados (crucifi-
O NOTÍCIAS DA TROFA
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Páscoa
cados). E qual a forma de “apressar a morte”? Quebrar as pernas deles. Fazem-no, de facto: Quebram as pernas dos dois “malfeitores”, mas não quebraram as de Jesus, pois parece estar morto. (Aqui cumpre-se o Salmo 34:20:” Ele protege todos os seus ossos; nem mesmo um deles foi quebrado”. Mas, para que não houvesse qualquer dúvida de que Jesus estava morto, um soldado certifica-se furando “o lado”com uma lança, atingindo a região do coração . “Imediatamente sai sangue e água” (Jo , 19:34). E assim se cumpre outra profecia:” Eles olharão para aquele que trespassaram” (Zacarias, 12:10). No evangelho de João (19,38-42) encontra-se a “reconstrução” mais precisa da deposição e sepultamento bastante incomum de Jesus, uma vez que, em geral, os corpos dos condenados eram deixados pelos romanos na cruz “até serem lançados em uma vala comum”, ou, como refere um historiador da época “os corpos serem comidos por cães...” Jesus há-de ter um tratamento diferente graças a José de Arimateia que usou de sua influência para obter o corpo de Jesus e enterrá-lo num sepulcro novo que havia comprado para si. Eis a descrição: “Depois disto, José de Arimateia, que era discípulo de Jesus, mas oculto, por medo dos judeus, rogou a Pilatos que lhe permitisse tirar o corpo de Jesus da cruz. E Pilatos permitiu. Então, foi e tirou o corpo de Jesus. Com ele foi também Nicodemos, que anteriormente se encontrara às escondidas, de noite com Jesus, levando quase cem arráteis de um composto de mirra e aloés. Tomaram, pois, o corpo de Jesus e envolveram-no em lençóis com as especiarias como os judeus costumavam fazer, na preparação para o sepulcro. Havia um horto naquele lugar, onde Jesus fora crucificado, e no horto um sepulcro novo, no qual ninguém havia sido posto. Ali, pois, por causa da preparação da festa dos judeus e por aquele sepulcro estar perto, depositaram Jesus...” (Jo 19,38-42)
ria de Magdala foi dar a notícia aos discípulos:” VI O SENHOR.” contando o que lhe dissera. (Jo 20:11-18) EM CAIXA:
O TÚMULO VAZIO E A BOA NOVA DA RESSURREIÇÃO (Mt 28:1-8) Passado o sábado, ao alvorecer do primeiro dia da semana, Maria de Magdala e a outra Maria foram visitar o sepulcro. Nisto, houve um grande terramoto, pois o Anjo do Senhor descendo do céu, aproximou-se e removeu a pedra, sentando-se sobre ela. O seu aspecto era como o de um relâmpago e a sua túnica branca como a neve. Os guardas com medo dele, puseram-se a tremer e ficaram como mortos. Mas o anjo tomou a palavra e disse às mulheres: “ Nada receeis; sei que buscais a JESUS CRUCIFICADO. NÃO ESTÁ AQUI, POIS RESSUSCITOU, como havia dito. Vinde ver o lugar onde jazia; ide depressa dizer aos seus discípulos: ELE RESSUSCITOU DOS MORTOS e vai preceder-vos a caminho da Galileia; lá O vereis. Eis o que tinha para vos dizer”. O apóstolo/evangelista João conta
“O SANTO SEPULCRO” A expressão Santo Sepulcro refere-se à área fora dos muros da antiga cidade de Jerusalém, onde, segundo a tradição cristã, Jesus Cristo teria sido crucificado e mais tarde sepultado (no sepulcro). Actualmente, o local é ocupado pela Igreja (Basílica) do Santo Sepulcro, conhecida ainda como a Igreja da Ressurreição (“Anastasis”) para os cristãos ortodoxos orientais. Por estar em local que “se acredita” abranger dois dos episódios mais importantes da Paixão de Cristo, a igreja é considerada o local “mais sagrado” da religião cristã em todo o mundo. Por isso mesmo, a Igreja do Santo Sepulcro tem sido um destino importante de peregrinação desde o século IV, época em que foi erigida. O edifício original foi fundado pelo imperador (romano) Constantino em 335, depois da demolição de um templo pagão localizado no mesmo espaço, que se crê ter sido dedicado à deusa Afrodite, construído por outro imperador romano, Adriano. A igreja foi construída ao redor da colina escavada para procura de vestígios da crucificação e forma um conjunto de três igrejas ligadas ao longo de três diferentes locais sagrados, incluindo uma grande basílica ( o Martyrium visitado pela freira Egeria por volta do ano 380), um átrio fechado com colunas (o Triportico) construído em torno do tradicional Monte do Calvário, e uma rotunda, chamada de “Anastasis” (Ressurreição) que contém os restos da caverna que Santa Helena (mãe de Constantino) e São Macário ( patriarca de Jerusalém) identificaram como sendo o local do enterro de Jesus. A rocha circundante foi cortada e o túmulo estava envolto em uma estrutura chamada de edícula ( do latim “adiculum”, pequeno edifício), no centro da rotunda, cuja cúpula foi concluída no final do século IV. Embora não haja a certeza absoluta, “acredita-se” que a Igreja do Santo Sepulcro foi construída sobre o verdadeiro túmulo de Cristo.
a “Aparição”de Jesus (ressuscitado) a Maria Madalena: “... Entretanto, Maria estava junto do sepulcro, da parte de fora, a chorar. Enquanto chorava, debruçou-se para dentro do sepulcro e viu dois anjos, vestidos de branco, sentados um à cabeceira e outro aos pés, onde jazera o corpo de Jesus. Disseram-lhe eles: “Mulher, porque choras?” Porque roubaram o meu Senhor e não sei onde o puseram”. Dito isto, voltou-se para trás e viu Jesus de pé, mas não sabia que era Jesus. Disse-lhe Ele: “Mulher, porque choras? A quem procuras? “ Pensando que era o jardineiro, ela disse-lhe: “Senhor, se tu o levaste, diz-me onde o puseste e eu irei buscá-lO” Disse-lhe Jesus: “MARIA! “ Ela voltando-se, disse-lhe “Rabbboni! Que quer dizer MESTRE !”. Jesus disse-lhe: “Não me detenhas, porque ainda não subi para meu Pai, mas vai ter com os Meus irmãos e diz-lhes que Eu vou subir para Meu Pai e Vosso Pai, Meu Deus e Vosso Deus”. Ma-
Via Dolorosa, Via Crucis ou Via Sacra “Via Dolorosa” é uma rua na cidade velha de Jerusalém, que começa no Portão do Leão e percorre a parte ocidental da cidade de Jerusalém, terminando na Igreja do Santo Sepulcro. De acordo com a tradição cristã, foi por este caminho (Via) que Jesus Cristo carregou a cruz, desde o Pretório até ao Calvário. A rua possui 9 das 14 estações da cruz. As 5 últimas estações estão no interior da Igreja do santo Sepulcro. O percurso tradicional começa perto da Porta de Santo Estêvão (Porta do Leão) na Escola Primária Umariya, onde se situava a fortaleza Antónia e segue para poente (Oeste) em direcção da Igreja do Santo Sepulcro. Este percurso teve a sua origem numa procissão organizada pelos frades franciscanos no século XIV.
JESUS “RESSUSCITOU “DE ENTRE OS MORTOS AO TERCEIRO DIA Ressurreição ou “Anastase”, em latim “Ressurrectio”, em grego “Anastasis”) é o conceito de voltar à vida após a morte. Em várias religiões um deus de vida, morte e ressurreição é uma divindade que morre e ressuscita. Ressurreição é diferente de reincarnação, porque implica que a pessoa “regressa à vida como a mesma pessoa”. A ressurreição é um elemento que faz parte de muitas religiões, que muitas vezes anunciam a morte de deuses que posteriormente regressaram à vida. A ressurreição dos mortos é uma crença escatológica padrão nas religiões abraânicas (Cristianismo. Islamismo e Judaismo). Como conceito religioso é usado em dois aspectos distintos: uma crença na ressurreição de almas individuais que é actual e continua (idealismo cristão, escatologia realizada) ou então uma crença em uma ressurreição singular dos mortos no fim dos tempos. Alguns acreditam que a alma é o veículo real pelo qual as pessoas são ressuscitadas. A morte e ressurreição de Jesus é um aspecto central do Cristianismo. O debate teológico cristão ocorre em relação ao tipo de ressurreição factual- uma ressurreição espiritual com um corpo espiritual no céu, ou uma ressurreição material com um corpo humano restaurado. Enquanto muitos acreditam que seja uma maioria a acreditar que a ressurreição de Jesus e a ascensão ao céu aconteceram em um corpo material, uma minoria crê que foi espiritual. De qualquer forma, a ressurreição, para os crentes é uma questão de fé, pois para a ciência, a morte é considerada irreversível. Portanto, para os cristãos a ressurreição está associada aos relatos contidos na Bíblia (Novo Testamento). De acordo com os evangelhos, Jesus ressuscitou três dias após ter morrido na cruz, “milagre”(e mistério) esse, que é celebrado anualmente na festa da Páscoa. As frequentes afirmações do Novo Testamento segundo as quais Jesus ressuscitou “ de entre os mortos” pressupõem, anteriormente à ressurreição que Ele (Jesus) tenha ficado na “Morada dos Mortos”. Este é o sentido inicial que a pregação apostólica deu à descida de Jesus aos infernos: Jesus conheceu a morte como todos os seres humanos e com sua alma esteve com eles na “Morada dos Mortos”. Segundo o artº 5º nº 631 do Catecismo da Igreja Católica, “Jesus desceu às regiões inferiores da Terra, Aquele que desceu é precisamente o mesmo que subiu (Ef, 4 : 8-10).” O símbolo dos Apóstolos (Credo) confessa, num mesmo artigo da fé, “a descida de Cristo à mansão dos mortos e a sua ressurreição dos mortos ao 3º dia porque na sua Páscoa, é da profundidade da morte que Ele faz jorrar a vida”. ANTÓNIO COSTA
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14 de abril de 2022
História
Esboço da Agricultura em Guidões no antigamente XIV OS LAVORES DA TERRA - OS ANIMAIS MIÚDOS Na freguesia predominava gado miúdo (ovinos), menos exigentes no seu trato, fazendo parte integrante das famílias, porque produziam a lã essencial para o fabrico das baetas da carriça e outros tecidos e o borrego, manjar do dia do S. João, padroeiro da freguesia. Qualquer casa, desde a mais modesta possuía algumas cabeças que apascentavam nos montes circundantes, guiadas por crianças, que aproveitavam para dar azo às suas traquinices e aos sonhos de criança. Era ve-los de rocha em rocha apascentando e brincado ao som de instrumentos musicais por eles criados com plantas, canas, etc. Era um misto de obrigação e aprendizagem para a vida, que já no século XX concorria com a escola. A alimentação não se cingia só ao pastoreio: era necessário de quando em vez dar um pouco de farinha de milho quando pariam, estavam doentes ou quando não saiam para o pastorei e era dado palha ou feno. Os ovinos eram explorados essencialmente pela sua lã que no início da Primavera era tosquiada para depois ser escaldada e lavada, sendo posteriormente fiada, tal como no linho. Era ver as mulheres a apascentar os animais ou junto da lareira ao serão e nas deslocações, levando consigo a roca e o fuso fiando com mestria e desenvoltura. O abade Sousa Maia definia no seu livro a divisão de tarefas: “…as crianças e os velhos que escolhem a lã, as mulheres que a fiam e tecem, e os homens que a lavam, cardam, escarduçam e tigem…” Desse fio faziam as meias, camisolas ou levavam à tecedeira para tecer, dando origem à “seriguilha”, tecido grosseiro usado na fabricação do vestuário. O século XVIII e XIX foi áureo para a indústria e lanifícios por dois motivos essenciais: a ribeira da Aldeia com os moinhos e azenhas copeiras onde se inseriam o engenho de pisoar a lã e a riqueza dos pastos, nos montes circundantes, aliado à abundância de rebanhos. A última tecedeira que à memória era Isaura do Gestal. O Professor Doutor António Cruz escreveu sobre a riqueza impar do artesanato de Guidões em duas crónicas, das que fez para a ERN: “Crónica de 30 de Novembro de 1964 …Aí, no extremo de Terras da Maia, a arte de tecer conheceu originalidade e teve a sua hora de justificado prestígio. Para tanto contribuíram as tecedeiras de Guidões, de Fornelo e de Alvarelhos… …o magnifico artesanato fazia de Guidões uma terra de feição particular onde falhava o amanho da terra de si limitado pelas costeiras vestidas de verde pinho, acudia a ajuda prestante do tear caseiro….” “Crónica de 19 de Janeiro de 1971 …Remonta já aos finais do século dezoito a tradição da industria dos tecidos de lã, nessa povoação. Eram então afamadas as baetas da carriça, tecidas nos teares locais e depois vendidas nas lojas e mercadores da praça dos Loios. Do fabrico artesanal derivou, anos volvidos, o fabrico oficinal. E então mais do que baetas, teciam-se aí também baetilhas e flanelas. Foi um grande negociante do Porto quem instalou a primeira fábrica, logo no princípio do século passado… Para o acabamento dos panos, lá havia os pisões, movimentados pela corrente de um ribeiro... Veio, mais tarde, Junot, veio Soult, as forças de um e do outro ocuparam todo o Norte, afugentaram gentes e delapidaram a fazenda. E aquele núcleo de tecelagem suspendeu a actividade, posto que a tradição viesse a ser mantida, porém outra vez refugiada no artesanato: este o resultado da conjuntura. ” Destas notas e outras que o ilustre bougadence nos legou nos inúmeros escritos publicados fica claro a existência de uma arte que sucumbiu ao peso da evolução dos tempos e que não teve o devido acompanhamento e hoje
já poucos se recordam das suas memórias. Os suínos, porcos, eram o mealheiro da casa, criados no aido ou no “chiqueiro” e aos cuidados da mulher. Compravam os bácoros no início do ano e era mimá-los durante o ano com restos de comida, batatas, abóboras, bolotas, ervas, couves, etc. Aido sempre bem astrado assim como o “chiqueiro”, gamela bem recheada e era ver os porcos a medrarem. Animal rústico e omnívoro, não necessitava de muita atenção desde que a pia estivesse cheia, caso contrário foçava por todo o lado, sendo usual colocar o arganel, argola em aço com o formato espiral que se aplicava no focinho. Em algumas situações o animal vagueava livremente pelo quinteiro ou num cercado toscamente amanhado com um coberto onde este se recolhia na Invernia. Nas casas mais abastadas havia quem reproduzisse, havendo neste caso um “varrasco” essencial na cobrição das porcas. Quando o animal atingia 6 a 10 arrobas, no Inverno, era altura da matança e por isso se chamava o homem para o matar. Por essa altura ouvia-se em toda freguesia os guinchos do animal ao ser levado à força para cima do carro de bois ou do banco da matança. Depois de devidamente preso e seguro por várias pessoas o matador enfiava a faca no pescoço direito ao coração e o sangue escorria para um alguidar, tendo o cuidado de mexer muito bem. Consumada a morte tapavam o buraco e com palha de centeio a arder era chamuscado e lavavam de seguida, raspando com facas ou com pedras. Era depois pendurado e aberto para se retirar as tripas e os órgãos e ficava aberto até ao dia seguinte altura em que era desmanchado em peças de carne que eram colocadas na salgadeira. Os presuntos colocados na salgadeira durante quatro dias e depois era retiradom e limpos e colocados no fumeiro, embora em algumas casas eram temperados com especiarias e vinho e só depois iam para o fumeiro. As tripas eram lavadas em água corrente para fazer os enchidos, farinheiras, chouriços de couro, chouriças de
carne e salpicões. O sangue era aproveitado para fazer as farinheiras e para fazer a seguir à matança o sarrabulho juntamente com os miúdos. Havia a preocupação de fazer a matança na sexta, a desmancha no sábado e no domingo era então o sarrabulho, constituído com o “verde”, cozido à portuguesa, rojões e lombo assado, com a família mais chegada. O porco era considerado o mealheiro da casa e por isso havia muito cuidado no trato e sobretudo nos mimos a dar
ao animal que só por si era o sustento da casa durante uma boa parte do ano, porque cerca de 80% era aproveitado. Nos forais consta a contribuição de partes do porco, como os presuntos e as mãos. A mulher da casa tinha uma predilecção por este animal, porque correspondia aos seus afectos e quando solto rondava-lhe a saia. Havia sempre uma convivência entre ambos a tal ponto que no dia da matança esta recolhia ao quarto, por vezes chorava pela perda da companhia. Os bicos, galináceos, termo muito comum na região, faziam parte integrante da casa de lavoura porque era essencial para produção de ovos e sobretudo pela carne.
Animais de fácil trato, criados essencialmente soltos no quinteiro ou num cercado rudimentar, vivem de grãos de cereais e de outras sementes, de bichos que encontram ao esgravatar na terra ou na estrumeira e pouco mais. Uns grãos de milho espalhados no terreiro eram suficientes para sustentar os galináceos porque o resto procuravam esgravatando a terra. A reprodução era muito simples e principiava com a escolha dos ovos que se reservavam e depois a galinha “choca” que era agasalhada na casa da eira ou num coberto no ninho de palha feito dentro de uma giga onde se colocava os ovos, 12 ou pouco mais, e se cobria com outra giga. De vez em quando soltava-se para esta comer e de beber e voltava a aconchegar-se aos ovos. Ao fim de vinte um dias é ver os ovos picados e os pintos a sair do ovo. Tudo isto requeria alguma atenção e mais uma vez eram as mulheres que de vez em quando iam espreitar se estava tudo bem, dar comer e beber e observar se os pintos estavam a eclodir para aliviar a casca, auxiliando o pinto a sair. Era comum aparecer ninhadas de pintos sem que para tal a mulher se preocupasse, porque as galinhas soltas punham os ovos em lugares escondidos e por vezes desapareciam e quando regressavam traziam uma ninhada a acompanhar. Para alimentar os pintos recorriam muitas das vezes a farinha de milho ou milho “traçado” ou “milhos” (milho ligeiramente moído) moído nos moinhos de rodízios da casa ou do moleiro e eram utilizados muitas das vezes broa de milho esmigalhada embebida em vinho tinto, sopas de vinho, convictos de que contribuíam para o seu fortalecimento. Animais muito independentes, quando soltos, não se abeiravam muito das pessoas, procuravam dar asas à liberdade esgravatando para comer bichos e grãos de sementes, “espolinhar-se” na terra para “espulgar”, comendo ervas, etc., e só se abeiram das pessoas quando chamadas para comer o milho que arremessavam. Dizem que os “bicos” empobrecem o criador, o que não corresponde à realidade, porque quando criados em liberdade não carecem de muito para medrarem e produzirem ovos essenciais para a reprodução. Nos forais consta a contribuição de galinhas e ovo.
14 de abril de 2022
1 2 LOCAL Estádio do CD Trofense ÁRBITRO Ricardo Baixinho (AF Lisboa)
O NOTÍCIAS DA TROFA
Desporto
Mais três pontos ao (m)ar e o abismo ali tão perto
TROFENSE Rodrigo Moura; Tito Júnior, Mutsinzi, Caio Marcelo, Keffel (Simão Martins, 46’), Vasco Rocha, Bruno Almeida, Beni (Djalma, 87’), Capita (Tiago André, 63’), Gustavo Furtado (Youcef Bechou, 76’) e Achouri (Diedhiou, 75’) Treinador: Francisco Chaló LEIXÕES Beunardeau, João Meira, L éo Bolgado, Nduwarugira, Evrard Zag (João Oliveira, 26’), Pastor (Nemanja Calasan, 90’+5’), Fabinho (Ribeiro 90’+5’), Hélder Morim, Moustapha Seck, Wendel Silva (Erivaldo, 90’+5’) e Kiki Silva (Thalis Henrique, 76’) Treinador: José Mota
T rofense esteve em vantagem, mas permitiu cambalhota no marcador A M A R E LOS Keffel (17’), Beni (34’), Fabinho (42’), Bruno Almeida (60’), Léo Bolgado (61’), Caio Marcelo (73’) AO INTERVALO: 1-0 GOLOS: Gustavo Furtado (38’), Wendel Silva (52’), Moustapha Seck (81’)
Na pior série da época, o Trofense somou, este domingo, o décimo jogo sem vencer esta época, numa derrota ainda mais difícil de digerir, diante do Leixões, por permitir a “cambalhota” no resultado. CÁTIA VELOSO/HERMANO MARTINS
A vencer desde os 38 minutos, com tento assinado por Gustavo Furtado, a equipa da Trofa permitiu que o adversário consumasse a reviravolta, na segunda parte, aos 52 e 81 minutos, e contribuisse para que os comandados de Francisco Chaló complicassem um pouco mais a tarefa de garan-
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tir a manutenção na 2.ª Liga, ocupando agora o 15.º lugar e primeiro acima do que obriga a disputar play-off de despromoção. Depois de duas oportunidades criadas através de pontapés de canto e de um outro lance em que Bruno Almeida é puxado na grande área – num lance em que o árbitro nada assinalou – o Trofense confirmou a maior acutilância ofensiva, com alguns remates que, ora esbarravam no guarda-redes, ora não levavam a direção da baliza. Já depois de uma primeira reação do Leixões, sem perigo, a formação da casa inaugurou o marcador, por intermédio de Gustavo Furtado, que, assistido por Vasco Rocha, conseguiu chegar primeiro à bola picando por cima de Beunardeau. Pouco depois, Beni tentou de longe e falhou por pouco, dando o mote para outro falhanço, já no arranque da segunda parte, pro-
tagonizado por Bruno Almeida, num remate que, desviado levemente por Beunardeau, acabou a esbarrar na barra baliza. Aos 52 minutos, o Leixões conseguiu, num lance atabalhoado, chegar ao empate, por Wendel Silva, que aproveitou a confusão na grande área para atirar para o fundo das redes. A equipa trofense acusou o golpe e logo podia ter sofrido o segundo golo, mas o central João Meira viu Rodrigo Moura, a barra e, finalmente, Mutsinzi, negar
que o cabeceamento transpusesse a linha de baliza. As ameaças converteram-se na “machadada” final dos leixonenses, aos 81 minutos. Tito Júnior evita, num primeiro momento, que Wendel consiga chegar à bola, que, acaba por sobrar para o “solitário” Moustapha Seck, que, de primeira, rematou para o golo da vitória matosinhense. No final do jogo, Francisco Chaló enfrentou os adeptos para ouvir o descontentamento dos que começam a temer o pior. “O respeito que eu tenho pelos sócios é de tal maneira que não faz sentido eles quererem falar e não falarem para ninguém. Há que dar a cara, porque eles merecem uma explicação nossa”, justificou o treinador, na conferência de imprensa. Com 28 pontos, o Trofense está apenas a um do próximo adversário, Académico de Viseu, equipa em posição de play-off de despromoção. Com menos dois, segue o penúltimo classificado Varzim. É preciso recuar algumas épocas para encontrar uma série de jogos sem vencer como a que o Trofense atravessa, atualmente. Foi em 2015/2016, quando a equipa conseguiu, resvés, evitar o play-off de despromoção no
“As pessoas ficam com a imagem de que a segunda parte foi má. Foi má até sofrermos o golo. Depois do 1-1, ainda tivemos uma reação positiva, mesmo quando trocamos a estrutura do nosso meio campo e colocamos o Bruno Almeida, tivemos duas ou três situações para voltar à vantagem. Quis o destino que, novamente, num lance mais fortuito, a equipa do Leixões alcançasse o segundo golo. Foi como um soco muito grande no estômago que esta equipa teve e houve muita dificuldade em reagir. E depois a falta de experiência e maturidade nesta 2.ª Liga tem, nestas alturas, uma importância muito grande. Foi péssimo perder um jogo destes. Fizemos tudo para o ganhar”. Francisco Chaló, treinador do CD Trofense
Liga Portugal SaBSEG 29.ª jornada Trofense 1-2 Leixões Penafiel 4-1 Varzim Casa Pia 1-0 Farense Benfica B 0-0 Est. Amadora Mafra 0-1 GD Chaves Vilafranquense 2-1 Acad. Viseu Covilhã 2-0 Académica Nacional 2-0 Rio Ave FC Porto B 2-1 Feirense Classificação 1 Casa Pia 2 Rio Ave 3 Chaves 4 Feirense 5 Benfica B 6 Nacional 7 Leixões 8 Penafiel 9 Mafra 10 Farense 11 Vilafranquense 12 FC Porto B 13 Est. Amadora 14 Covilhã 15 Trofense *16 Académico Viseu **17 Varzim **18 Académica
59 57 54 51 51 44 43 41 39 37 37 37 35 29 28 27 26 15
* playoff despromoção ** despromoção
30.ª jornada Académico Viseu-Trofense (16/04 15H30) GD Chaves-Covilhã Varzim-Casa Pia Farense-Mafra Académica-Penafiel Leixões-FC Porto B Est. Amadora-Nacional Feirense-Vilafranquense Rio Ave-Benfica B
Campeonato de Portugal. Nessa altura, foram dez jogos sem vencer – oito empates e duas derrotas. Duas épocas depois, houve uma série de seis jogos para o campeonato a perder e, há duas temporadas, em 2019/2020, o Trofense fez sete jogos sem vencer para o campeonato. O jogo com o Académico de Viseu está marcado para este sábado, 16 de abril, às 15h30, no Estádio do Fontelo.
Bougadense: derrota com sabor a manutenção A duas jornadas do fim, o Atlé- terá o Lousada B, que até agora sotico Clube Bougadense garantiu a mou nove pontos. Em declarações ao NT, Tiago manutenção na Divisão de Honra de Associação de Futebol do Porto. Velho reconheceu que não era Apesar da derrota averbada pela manutenção que queria ter no domingo, em casa, diante do estado a lutar ao longo da época. Nun'Álvares, por 0-1, a equipa “Tínhamos um plantel, não para lutreinada por Tiago Velho atingiu, tar para subir de divisão, mas para matematicamente, o objetivo de chegar ao 4.º ou 5.º lugar, mas se segurar no segundo escalão tudo nos aconteceu, desde perder do futebol distrital, uma vez que pontos na secretaria até arbitraGDC Ferreira, penúltimo classifi- gens que não nos ajudaram. Como cado e já despromovido, também o grupo é jovem, sentiu estas disaiu derrotado da 28.ª jornada da ficuldades e acusou muito a pressérie 2, frente ao Caíde Rei por 2-1. são”, começou por frisar o treinaA acompanhá-lo para a 1.ª Divisão, dor, que elege como ponto de via formação de Paços de Ferreira ragem a vitória caseira diante do
5.º classificado, Citânia de San- página e eu não estou agarrado a fins, quando o Bougadense estava lugar nenhum, por isso, se calhar, não irei continuar”, revelou. a quatro pontos do 6.º lugar. Não deixa, no entanto, de ape“A partir daí, tudo aconteceu. Foi desgastante, tanto para a equipa lar à direção que se empenhe em técnica como para os jogadores, “manter a base do plantel”, que e estamos todos à espera que isto tem “jovens jogadores de muita qualidade”. “Por exemplo, o nosacabe para irmos descansar”. Apesar de se considerar “o trei- so ponta de lança, o Nuno Fernannador do presidente”, a quem des, é o segundo melhor marcaagradece “todo o apoio mani- dor do campeonato, também grafestado ao longo da época, mes- ças aos colegas que o ajudaram mo nos momentos mais difíceis”, muito. Espero que ele consiga Tiago Velho abre a porta de saí- dar o salto para outros patamada. “Neste momento não estou a res”, frisou. Tiago Velho deixa ainda vincapensar no futuro, mas se calhar o Bougadense precisa de virar a do o orgulho de ter sempre roda-
do o plantel ao longo da temporada e lançado jovens da cantera do clube, como num jogo em que incluiu seis juniores nos convocados e três deles foram titulares. Até ao fim da época, o Bougadense tem de cumprir mais dois jogos, um no terreno do Rio de Moinhos, 11.º classificado, e, em casa, diante do UDS Roriz, vice-líder, que já garantiu lugar na fase de subia de divisão. O 1.º classificado da série, S. Lourenço do Dourto, já garantiu, há algumas semanas, a promoção à Divisão de Elite. C.V.
16 O NOTÍCIAS DA TROFA
14 de abril de 2022
Desporto Futsal Federado
Guidões FC garante play-off de promoção à Divisão de Honra Uma vitória por 1-8, no terreno da equipa ‘B’ do Brás-Oleiro, deu ao Guidões FC o passaporte para a fase de subida à Divisão de Honra, da Associação de Futebol do Porto. A equipa de Vítor Ferreira estava obrigada a fazer igual, ou melhor, que o CS Nun’Alvares (venceu 14-2), mas nem precisou de esperar pelo resultado da formação portuense para garantir o objetivo de terminar nos dois primeiros lugares. A formação da Trofa terminou a série 1 da 1.ª Divisão no 2.º lugar, com 45 pontos, menos três que o vencedor da mesma, o FC Paços de Ferreira ‘B’ e, na próxima fase, terá como adversários, além dos pacenses, o Aves 1930, o AD Penafiel, carrasco dos guidoenses na taça distrital, o Modicus ‘B’ e o Académico de Pedras Rubras. Na série 2, o FC S. Romão acabou a fase regular tam-
bém com uma expressiva vitória, por oito golos sem resposta, no terreno do Estrelas Rio Mau. Os romanenses terminaram a prova, que teve como vencedor o Aves 1930, na 7.ª posição, com 31 pontos, e vai agora disputar uma Taça Complementar. Já na Divisão de Elite, o Bougado, que ao contrário dos vizinhos de Guidões tentam evitar a Honra, estreou-se a vencer na fase manutenção, ao bater, em Rio Tinto, o Urbanização das Areias, por 2-3. Depois de uma primeira parte menos conseguida, indo para o descanso em desvantagem, a equipa da Trofa acabou por dar a volta no segundo tempo e assim somar os três importantes pontos. O CRB, que soma agora 20 pontos e segue no 2.º lugar da competição, defronta na próxima jornada, a última da primeira volta, o GCR Vermoim.
Juniores do CR Bougado com bom arranque na Taça Na 2.ª jornada da Taça Complementar, os juniores do Centro Recreativo Bougado mantiveram a senda de vitórias, batendo, em Lousada, o Valmesio por 1-4. Com este resultado, mantiveram o 2.º lugar, com seis pontos, em igualdade pontual com o Paços de Ferreira, que será o próximo adversário. Os juvenis da mesma coletividade não tiveram a mesma felicidade. Mesmo jogando em casa, perderam frente à JD Águas Santas, por 1-3, e somam assim o 4.º jogo consecutivo da Taça Complementar sem vitórias, seguindo em 5.º lugar, com um ponto. Na próxima jornada, a formação bougadense cumpre folga. No escalão dos infantis, o CR Bougado repetiu a derrota caseira por 1-3, desta feita diante do Juventude de Gaia,
em jogo a contar para a 11.ª jornada da 2.ª fase do campeonato distrital. Com o desaire, a equipa ocupa o 11.º posto, com sete pontos, e na ronda que se segue mede forças com a AD Polenenses. Já em S. Romão do Coronado, a coletividade local somou um desaire no escalão de iniciados, frente à União da Bela, por 1-3, a contar para a Taça Complementar. Os romanenses estão em 5.º lugar, com três pontos, e na próxima jornada deslocam-se até Santo Tirso para defrontar a AD Tarrio. Na 2.ª fase do Campeonato, os infantis do S. Romão enfrentaram a ADC Santa Isabel, averbando uma derrota amarga por 6-1. A equipa segue na 6ª posição, com 19 pontos, e o próximo adversário é o Alfa AC. R.A./C.V.
Sandra Sá campeã regional dos 200 metros Sandra Sá foi campeã regional dos 200 metros, no Campeonato de Provas Combinadas das associações de atletismo do Porto, Braga e Viana do Castelo, a 9 e 10 abril, em Lousada. Além da atleta sub-23, a Escola de Atletismo da Trofa também esteve representada por Mónica Rodrigues e Diana Rodrigues, também sub-23, que na corrida dos 200 metros terminam no 3.º e 4.º postos, respetivamente. Nos mil metros obstáculos, a infantil Margarida Monteiro conquistou o 2.º lugar, enquanto Mariana Azenha, nos 1500 metros obstáculos, foi 5.ª classificada. Sofia Santos alcançou o 7.º posto, em juniores, na disciplina de 200 metros. A 9 de abril, a coletividade trofense também participou na Corrida Solidária NEM/AAC, em Coimbra, conseguindo o 3.º lugar por equipas da classificação geral de corrida, graças às classificações de Alice Oliveira, Daniela Gregório, Ana Silva e Deolinda Oliveira, que conquistaram, respetivamente, os primeiros quatro lugares. Na primeira jornada da Taça de Portugal de Corrida de Montanha, realizada em Branca, Albergaria-a-Velha, a 3 de abril, Deolinda Oliveira foi 2.ª classificada em veteranas, com o tempo de 01:03:22 horas, a menos de três minutos da vencedora, Júlia Conceição, do FC Penafiel, que
Resultados futebol formação CD Trofense
AC Bougadense
Sub-19
Sub-17
2.ª Div. Nacional
Taça Complementar
Fase Manutenção
Jornada 1
Jornada 8
Tirsense 9-0 Bougadense
Trofense 2-0 Barroselas
(9.º lugar, 0 pontos)
(2.º lugar, 48 pontos) Sub-15 Sub-18
2.ª Div. Série 8 AFP
1.ª Div. Série 4 AFP
2.ª Fase
Jornada 26
Jornada 1
Sousense 2-2 Trofense
Bougadense 2-1 Alfenense
(3.º lugar, 65 pontos)
(.º lugar, 3 pontos)
Sub-15
Sub-13
1.ª Div. Série 2 AFP
Camp. Dist. Série 3
Jornada 26
2.ª Fase
Trofense 3-2 ND Col. Er-
Jornada 6
mesinde
Bougadense 4-3 Âncede
(7.º lugar, 45 pontos)
(3.º lugar, 15 pontos)
Sub-14
Sub 11/10
Taça Complementar
Div. Elite AFP - Série 2
Jornada 1
Jornada 4
SC Campo - Trofense
Bougadense 10-0 AMCH
()
Ringe (1.º lugar, 12 pontos)
Sub-13 1ª Divisão Fut.9
Sub 11/10
Jornada 5
Camp. Dist. Série 2
Trofense 5-0 GDC Fer-
2.ª Fase
reira
Jornada 4
(2.º lugar, 12 pontos)
Bougadense 1-5 Codessos (7.º lugar, 0 pontos)
Futsal concelhio Seniores M asculinos Meias-finais da Taça (1.ª mão) Casa do F.C.P da Trofa 3-3 AR Paradela GD Covelas 3- 2 GDR Ferreiró
Seniores F emininos Meias-finais da Taça (1.ª mão) EAT conseguiu 3.º lugar por equipas em Coimbra conseguiu o tempo de 01:01:30 horas. No mesmo escalão, a atleta da EAT Júlia Sousa classificou-se no 5.º posto, com 01:06:41 horas. A segunda jornada da prova acontece a 8 de maio, em Moimenta da Beira. Já no Torneio de Marcha em Pista, a 2 de abril, Júlia Sousa foi vencedora no escalão de veteranas F50, enquanto a sénior Ana Cruz foi 2.ª classificada nos 5000 metros/marcha, com novo recorde pessoal (28:58.46 minutos).
ARD Coronado 3-0 CJ Malta RFST Rebordões 1-1 GCR Alvarelhos
Veteranos Meias-finais da Taça (1.ª mão) ARD Coronado 1-1 FC S. Romão AB 92 5-0 Team Lantemil
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O NOTÍCIAS DA TROFA
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Desporto
Porminho Team e ACDC na Volta a Portugal do Futuro
Equipa da Porminho T eam Sub -23 José Dias foi o atleta de equipas da Trofa mais bem classificado na geral da Volta a Portugal do Futuro. O corredor da Porminho Team Sub-23 concluiu a prova rainha das “esperanças” do ciclismo de estrada no 24.º lugar, a 9:32 minutos do camisola amarela, Gabriel Rojas Campos, dos espanhóis do Essax. O mesmo ciclista destacou-se na tabela de montanha, tendo terminado no 6.º lugar, e ainda juntou o 24.º posto na classificação por pontos. Já Pedro Leme foi o corredor
mais bem-sucedido da ACDC Trofa, tendo conseguido o 26.º lugar na geral e o 18.º na classificação por pontos. A Porminho Team conseguiu colocar outro corredor no top 10 geral da montanha: João Rocha foi, exatamente, 10.º classificado. A Volta a Portugal do Futuro realizou-se de 7 a 10 de abril, com etapas entre Caldas da Rainha e Abrantes (131km), entre Lousã e Águeda (141km), entre Ovar e S. Pedro do Sul (123km) e entre Gouveia e Castelo Branco (151km).
Equipa da ACDC T rofa
Karatecas da Trofa no Campeonato Nacional
Beatriz e Diana com prestação “muito positiva” Nos dias 2 e 3 de abril, a Federação Nacional de Karate promoveu, em Santo Tirso, o Campeonato Nacional de Karate, nas categorias de cadetes, juniores e sub-21. Na iniciativa, participaram duas atletas do SC Braga-Trofa, Beatriz Ferreira e Diana Silva, que alinharam na competição de kumite cadetes femininos +54kg.competição de kumite cadetes femi-
ninos +54kg. “A prestação das referidas atletas foi muito positiva, denotando sinais de franca evolução dos registos de competitividade das atletas trofenses”, revelou fonte da equipa. As atletas fizeram-se acompanhar pelo treinador, Nuno Barata, que desenvolve a modalidade no concelho da Trofa, desde 2014.
600 atletas na edição de estreia do Coronado Trail Pelos trilhos da Vila e arredores, cerca de 600 atletas participaram na primeira edição do Coronado Trail, a 3 de abril. O evento da associação Coronado Runners contou com duas corridas de 15 e 25 quilómetros e uma caminhada de mais de sete quilómetros e teve como vencedores Bruno Silva e Célia Neto, na menor distância, e João Ferreira e Rafaela Bento, na prova mais longa. Pela primeira vez a aventurar-se na organização de um grande evento, a coletividade recebeu um feedback muito positivo dos atletas. Rafaela Bento, a pre-
motores, principalmente Nuno parar-se para uma corrida muito desafiante veio ao Coronado e fi- Silva, que já havia organizado cou com a sensação de que “pa- um evento desportivo similar, no âmbito de uma comissão de fesrecia uma prova já com várias tas e prometeu “levá-lo para a edições”. “Deve ser organizado por pessoas que sabem bem o equipa”. “Agora que a Covid-19 que é o trail. Foi muito giro. Es- nos deixou, avançamos para a tava tudo excelente”, sublinhou. prova, que está para ficar e cresTambém Bruno Silva, o corre- cer. Este ano tivemos 600 atletas dor mais rápido dos 15 quilóme- e para o ano queremos os mil”. A iniciativa contou também tros, sublinhou a dificuldade do percurso, mas também “as pai- com uma caminhada de 7,5 quilómetros, que no percurso incluiu sagens bonitas” e a “organização cinco estrelas” da Coronado Run- “caminhos florestais” para “que ners. “O percurso estava muito as pessoas desfrutassem de sítios que não veem no dia a dia”. bem marcado”, acrescentou. Opiniões que orgulham os pro-
Open Kyokushin regressa à Troa a 21 de maio A Trofa vai receber a 2.ª ediçao do Open Kyokushin Portugal. O evento que dá a conhecer um dos estilos de karaté mais praticados no mundo vai ter lugar no pavilhão desportivo da Escola Básica e Secundária do Coronado e Castro, em S. Romão do Coronado, a 21 de maio. A prova realiza-se com a chancela da Associação de Kyokushin de Portugal, com o envolvimento da Associação de Kyokushin do Ave (AKA), coletividade do concelho e uma das que mais tem divulgado a arte marcial no País. No sábado, em Alcorcón, Madrid, a AKA esteve representada no 41.º Campeonato Nacional de Kyokushin de Espanha, com dois karatecas. Samuel Dias destacou-se, ao conseguir o 3.º lugar
Samuel Dias conseguiu pódio em M adrid sénior +90kg. Mesmo transferido da categoria de inscrição (sub-21) para sénior, o atleta não se deixou intimidar, acabando por subir ao pódio, após perder na ba-
lança (peso) nas meias-finais contra um karateca da Arábia Saudita, após um difícil prolongamento. Já Martim Graça alcançou o 3.º posto em 12-13 anos +50kg.
18 O NOTÍCIAS DA TROFA
14 de abril de 2022
Atualidade
Ecos da região Nova ligação à zona industrial de Lousado aberta ao trânsito As obras de acessibilidade ao Parque Industrial Terra Negra, na zona sul do concelho de Vila Nova de Famalicão, que representam um investimento superior a um milhão de euros, já têm fim à vista. Com apenas por terminar os passeios pedonais, a via, já disponível para circulação automóvel, liga a nova rotunda de Santana, em Ribeirão, na Estrada Nacional 14, até à zona industrial onde está implantada a Continental, uma das maiores empresas exportadoras do país, entre outras empresas, culminando assim numa via com 1200 metros de extensão. Segundo o presidente da Câmara Municipal de Famalicão, Mário Passos, esta é “uma artéria fundamental para aquela importante zona industrial do concelho e mesmo para o país”. “Vai permi-
tir transferir para o trânsito pesado, que serve as indústrias daquela zona, ajudando-as a crescer, libertando os acessos junto de zonas residenciais para o trânsito ligeiro”. Segundo a autarquia famalicense, está também programado, ainda para o primeiro semestre deste ano, a finalização da segunda fase deste projeto, que abrange a continuação da nova via, entre a rotunda da nova entrada da Continental e o Loteamento Industrial da Carvalhosa, na freguesia de Lousado, acrescentando assim mais 650 metros de via. Esta empreitada inclui a aquisição de um viaduto já existente, por parte de um acordo entre o município e a Continental, com o objetivo de criar um acesso público entre a Rua da Circulação e a Rua de Montoito. T.J./C.V.
Festival do bem-estar em Santo Tirso O Parque do Ribeiro do Matadouro, em Santo Tirso volta a ser palco do festival de bem-estar “Rest Day”. A 2.ª edição da iniciativa, que reúne meditação, ioga, danças, ciências esotéricas e xamanismo, acontece a 13 e 14 de maio. Nesse fim de semana, será também possível experimentar vários restaurantes veganos e vegetarianos presentes no recinto, visitar o mercado de artesanato e os espaços de lazer destinados às crianças. O custo do bilhete diário é de 25 euros. Para os dois dias, o ingresso custa 40 euros. No dia 13 de maio, estão programadas atividades relacionadas com danças e o misticismo. Existi-
rá uma área dedicada às “ciências” esotéricas, yoga, danças, tantra e xamanismo, sendo também possível aos visitantes desfrutar de uma refeição na zona da restauração, onde terão à sua espera uma noite glow e néon, com chocolate e infusões quentes. No sábado, tai-chi, exercício físico na gravidez, pilates tradicional e clínico, aero yoga, treino funcional, spinning e cycling, balancé, alongamentos e chi kung são as aulas programadas. Haverá ainda espaços para a realização de sessões de reiki e vários tipos de massagens, bem como acupunctura e hipnoterapia. Mais informações podem ser consultadas em www.restday.pt.
Necrologia Santiago de Bougado
S. Martinho de Bougado
Santiago de Bougado
Fernando Araújo da Silva Faleceu dia 30 de março com 65 anos. Casado com Deolinda Rosa da Silva Oliveira Araújo
Manuel Fernandes Dias Faleceu dia 6 de abril com 73 anos. Residente no Lar da Santa Casa da Misericórdia da Trofa
Francisco Manuel Ferreira de Freitas Faleceu dia 7 de abril com 63 anos. Genro de Adriano Ferreira Torres
Alvarelhos
S. Martinho de Bougado
S. Martinho de Bougado
Manuel Fernando de Sousa Maia Faleceu dia 7 de abril com 90 anos. Casado com Carolina Remelhe de Carvalho
Maria Emília da Costa Dias Faleceu dia 10 de abril com 87 anos. Viúva de Joaquim Rodrigues da Silva
Fernanda Maria de Sousa Cruz Faleceu dia 6 de abril com 52 anos. Filha do falecido Leonídio Cruz
Alvarelhos
Ribeirão
Ribeirão
José Moreira Faleceu dia 7 de abril com 80 anos. Casado com Áurea da Conceição da Silva
José Maria Miranda Faleceu dia 31 de marçocom 85 anos. Casado com Maria da Conceiç ão Gomes de Azevedo
José Maria Faria Carneiro Faleceu dia 6 de abril com 80 anos. Casado com Albina Reis de Oliveira
Rocha Funerárias, Lda
Rocha Funerárias, Lda
Rocha Funerárias, Lda
Agência Funerária Trofense, lda
Agência Funerária Trofense, lda
Funerária Ribeirense - Paiva & Irmão, Lda
Agência Funerária Trofense, lda
Agência Funerária Trofense, lda
Funerária Ribeirense - Paiva & Irmão, Lda
S. Martinho de Bougado
Ribeirão
Ribeirão
Augusta Martins das Neves Sobral dos Santos Faleceu dia 5 de abril com 94 anos. Residente no Lar da Santa Casa da Misericórdia da Trofa
Deolinda de Azevedo Gomes Faleceu dia 4 de abril com 81 anos. Viúva de Rúben Armindo da Silva Azevedo
Laurinda dos Santos e Silva Faleceu dia 6 de abril com 93 anos. Viúva de Adelino Reis do Couto
Agência Funerária Trofense, lda
Diogo Piçarra em concerto nas Antoninas de Famalicão Diogo Piçarra é um dos artistas que vai dar concerto em Vila Nova de Famalicão, nas Festas Antoninas. O espetáculo musical vai decorrer na noite de 13 de junho, no Parque da Devesa. Este ano, a romaria volta aos moldes habituais e reg res sam também as famosas marchas populares, na noite de 12 de junho. Com o tema “Jornais de Vila Nova”, participam sete grupos: Associação Recreativa e Cultural de Antas, União Freguesias de Gondifelos, Cavalões e Outiz, Associação Cultural e Desportiva de S. Martinho de Brufe, Casa do Povo de Ruivães, Associação Recreativa e Cultural da Flor Monte – Carreira, Associação Cultural e Recreativa S. Pedro Riba D’Ave e LACS, Associação Cultural S. Salvador da Lagoa.
Funerária Ribeirense - Paiva & Irmão, Lda
Funerária Ribeirense - Paiva & Irmão, Lda
14 de abril de 2022
O NOTÍCIAS DA TROFA
Cantinho da Saúde Três cafés por dia não sabe o bem que lhe faziam
E specialistas sublinham benefícios do café no bem-estar físico e emocional O café é uma das bebidas mais consumidas no mundo, estando em terceiro lugar depois da água e do chá, e está presente em diversas culturas tendo aparecido nas terras altas da Etiópia, espalhando-se para todo o mundo. Em Portugal, cada cidadão consome, em média, 4,3 quilogramas de café por ano. Com esta relevância, o café também tem fama de poder causar efeitos negativos na nossa saúde, desencadeando doenças cardiovasculares. Mas diversos estudos relacionados com o consumo desta bebida revelam que estes não passam de mitos e que, ao contrário do que se acredita, a cafeína traz benefícios . Segundo um estudo publicado no British Medical Journal, em 200 candidatos, os que consumiam entre três e quatro chávenas de café por dia tinham menos riscos de morrer ou de desenvolver doenças cardiovasculares e que esta
quantidade por dia proporciona mais benefícios que malefícios. O café também ajuda a melhorar a memória, prevenindo o aparecimento doenças neurológicas, como o Alzheimer, ajuda na proteção contra o cancro do cólon, da diabetes de tipo 2 e da depressão. A cafeína ainda pode ser utilizada para o tratamento do défice de atenção, devido ao facto de ser uma substância que aumenta a dopamina, o que facilita a comunicação entre as células e o cérebro, ajudando a aumentar o foco e o desempenho em diversas tarefas do dia a dia. A Sociedade Europeia de Cardiologia divulgou os resultados de um estudo realizado ao longo de dez anos, que concluiu que existe um decréscimo de 64% de risco de doenças cardiovasculares em pessoas que consomem quatro cafés por dia, em comparação com aqueles que não o fazem. T.J./C.V.
Farmácias Dia 14 Farmácia Barreto Dia 15 Farmácia Moreira Padrão Dia 16 Farmácia Moreira Padrão Dia 17 Farmácia Ribeirão Dia 18 Farmácia Trofense Dia 19 Farmácia Barreto Dia 20 Farmácia Nova Dia 21 Farmácia Moreira Padrão Dia 22 Farmácia de Ribeirão Dia 23 Farmácia Trofense Dia 24 Farmácia Barreto Dia 25 Farmácia Ribeirão Dia 26 Farmácia Moreira Padrão Dia 27 Farmácia Ribeirão Dia 28 Farmácia Trofense
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Diversos
Sudoku *
***
7 diferenças
Telefones úteis Bombeiros Voluntários Trofa 252 400 700 GNR da Trofa 252 499 180 Centro de Saúde da Trofa 252 416 763//252 415 520 Centro de Saúde S. Romão 229 825 429 Centro de Saúde Alvarelhos 229 867 060
Enigma Uma garrafa com rolha custa €1,10. Sabendo que a garrafa custa €1,00 a mais que a rolha, qual é o preço da rolha? E qual é o preço da garrafa?
Soluções da edição passada Sudoku
Enigma
n.º de pulos valor do pulo pulos do cão 5 2 pulos da lebre 8 5 Como a relação entre os pulos é inversa, efetua-se uma multiplicação invertida, ou seja, multiplica-se os 5 pulos do cão pelo valor do pulo da lebre (5) e multiplicaremos os 8 pulos da lebre pelo valor do pulo do cão (2). Assim teremos: 5 x 5 = 25 (para o cachorro) e 8 x 2 = 16 (para a lebre). A cada instante, o cão tira uma diferença de 25 - 16 = 9 pulos. Como a distância que os separa é de 36 pulos de cão, segue-se que o cão terá de percorrer essa distância 36/9 = 4 vezes até alcançar a lebre. Agora, multiplicando-se o fator do cão (25) por 4, teremos: 25 x 4 = 100 pulos do cão.
F icha T écnica: Diretor: Hermano Martins Sub-diretora: Cátia Veloso Editor: We do com unipessoal, Lda. Redação: Cátia Veloso | Magda Machado de Araújo Colaboradores: João Pedro Costa, João Mendes, César Alves, José Pedro Reis, Moutinho Duarte | Fotografia: A.Costa, Miguel Trofa Pereira (C.O. 865) Composição: Magda Araújo | Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Lda., Rua de S, Brás, n.º 1 Gualtar, Braga| Assinatura anual: Continente: 20 euros; Extra europa: 45 euros; Europa: 35 euros; | Assinatura em formato digital PDF: 15 euros IBAN: PT50 0007 0605 0039952000684 | Avulso: 0,80 Euros | E-mail: jornal@onoticiasdatrofa.pt | Sede: Rua de Freitas, 387 r/c esq. 4795-205 Santo Tirso | Redação: Rua das Aldeias de Cima, 280 r/c 4785 - 699 Trofa Telf. e Fax: 252 414 714 Propriedade: We do com unipessoal, Lda. NIF.: 506 529 002 Nº Exemplares: 5000 | Depósito legal: 324719/11 | ISSN 2183-4598 | Detentores de 100 % do capital: Magda Araújo | Estatuto Editorial pode ser consultado em www.onoticiasdatrofa.pt Nota de redação: Os artigos publicados nesta edição do jornal “O Notícias da Trofa” são da inteira responsabilidade dos seus subscritores. Todos os textos e anúncios publicados neste jornal estão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. É totalmente proibida a cópia e reprodução de fotografias, textos e demais conteúdos, sem autorização escrita.
20 O NOTÍCIAS DA TROFA
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Atualidade
ExpoTrofa na Alameda organizada por Finzes e Castêlo Faltam elementos para a Comissão de Festas de Nossa Senhora das Dores. As reuniões de criação do grupo de trabalho já começaram e este ano serão os lugares de Finzes e Castêlo a organizar as festas. A ExpoTrofa vai decorrer no espaço da Alameda, assim como o bar da Comissão de Festas.
CRÓNICA
Carta aberta a todos os bougadenses: Vamos deixar as festas em honra de Nossa Senhora das Dores morrer?
arquivo
Apesar das dificuldades, já começou a formar-se o grupo de pessoas para a Comissão de Festas em honra de Nossa Senhora das Dores. Neste ano particularmente difícil, com os problemas e limitações causados pela pandemia e agora pela guerra da Ucrânia e consequentes dificuldades económicas, Mário Moreira dá a cara pelo grupo de mulheres e homens que vão trabalhar para que, em agosto, os andores voltem a sair às ruas e a música e entretenimento encham os parques e Alameda da Estação. Para Mário Moreira, esta não é a primeira vez que dá a cara pela Comissão de Festas, já em 2012 fez parte do grupo de trabalho que organizou as maiores festas do concelho da Trofa. “Eu tinha jurado que não entrava noutra, é um tra-
João Mendes
numa edição mais curta ,
E xpoT rofa decorre de 6 a 10 de julho
balho cansativo, exige um esforço e vender o terrado, colocar o bar maior para haver um certo profis- em funcionamento e tratar da organização da ExpoTrofa que, este sionalismo”, revelou. Moreira reconhece que “não ano, vai decorrer na Alameda da está a ser fácil”, apesar da colabo- Estação. Reconhecida como uma das ração excelente que estão a ter do padre Luciano Lagoa. “Estamos a maiores romarias do Norte de Porcriar um grupo alargado do qual tugal, as festas de Nossa Senhojá fazem parte muitos jovens, já te- ra das Dores atraem milhares de mos cerca de 20 pessoas, apesar pessoas à Trofa, transformandode a Comissão propriamente dita -se “num grande evento cultural ser composta por sete ou oito ele- que queremos manter e engrandementos, necessitamos de, no mí- cer para projetar o nome da Trofa”, nimo, 50 pessoas para toda a or- revelou Mário Moreira. Relembrando que durante os gânica”. Para a angariação de fundos, dois anos de pandemia as festas a Comissão tem de desenvolver estiveram interrompidas, e que peditórios, realizar cortejos, pe- apenas foi possível desenvolver dir apoio às empresas, organizar uma parte muito reduzida da vertente religiosa, Moreira reconhece que “é mais difícil para este ano, porque as pessoas desabituaram-se um pouco das festas, e, portanto, é um desafio retomá-las e voltar a ver os grandes andores e os espetáculos numa semana de animação e alegria”. “Queremos fazer deste evento, o grande evento cultural da Trofa, fazendo com que as pessoas retomem aquela ideia que se chega a agosto e que temos um evento grandioso”, continuou. Relembrando que, em 2012, a ExpoTrofa foi deslocalizada e passou a ser realizada na zona envolvente à estação de comboios, “este ano, vem para a Alameda e o bar da Comissão será também montado aí.” No entanto, a edição de 2022 da ExpoTrofa vai decorrer apenas de 6 a 10 de julho, passando a ter apenas cinco dias de duração, de forma a não ser tão exigente e cansativo para quem tem de estar a assegurar o funcionamento dos stands, assim como toda a organização do certame”. Também as festas do Espírito Santo vão ser retomadas este ano, e decorrem a 5 de junho, também com a organização da Comissão de Festas. pub
Desde muito novo que me lembro de ir às Festas em honra de Nossa Senhora das Dores, primeiro pela mão do meu pai e da minha mãe, mais tarde com os meus amigos, com os quais partilhava aquele ritual de emancipação juvenil, que consistia em desafiar as vacas de fogo, quando ainda não eram proibidas por lei. Lembro-me bem dessas brincadeiras, como me lembro de ficar encantado com o fogo preso, em criança, de ver o fogo de artifício abraço à minha namorada, hoje minha mulher, ou de assistir àquele ponto de encontro em que as nossas festas se transformavam no pico das férias do Verão, fosse entre amigos da escola, fosse com familiares emigrados que sempre voltavam em Agosto e não falhavam à chamada. Mas nada arrebatava as massas como a procissão dos andores. Estruturas majestosas, construídas pelo esforço e entrega de inúmeros voluntários, que, naquele dia, colocavam a Trofa no mapa e atraíam até à nossa terra milhares de devotos e curiosos. Pela primeira vez, desde que tenho memória, senti que corríamos o risco de ver a mais importante tradição bougadense perder-se. Senti-o quando, não sendo eu de Finzes, aldeia organizadora da edição deste ano, me desafiaram a estar presente numa reunião na Casa Paroquial, algures no final de Fevereiro, início de Março. Cinco pessoas, foram quantas apareceram. Cinco. Para organizar uma festa que requer bem mais de 100 pessoas para acontecer. E ali estávamos os cinco, padre Luciano incluído, a ver as festas por um canudo. Desde então, reunimos mais quatro vezes. Na última reunião, se não me falha a memória, estiveram presentes 18 pessoas. Bem mais do que os cinco iniciais, é certo, mas ainda assim muito poucos para conseguir organizar a festa com a dimensão que se deseja. E, à medida que o tempo vai passando, a margem para organizar eventos e actividades, ou para pôr o bar da comissão a funcionar, e assim obter fundos para financiar os muitos custos que a festa acarreta, torna-se cada vez mais curta. Neste momento, e é preciso colocar as coisas em pratos limpos, corremos ainda o risco de não ter festa. Em princípio será possível realizar a parte religiosa, do Espírito Santo à procissão das velas e dos andores, mas mesmo aí existem sérias limitações que nos retiram margem de manobra para prever o que efectivamente poderá ser feito. Faltam pessoas para trabalhar, para dar um bocadinho do seu tempo para ajudar a fazer acontecer, e faltam fundos, o que não deixa de ter o seu quê de ironia, num concelho com elevada concentração de fortunas, regra geral de pessoas de grande e conhecida fé e ligação à Igreja. Quero, com estas linhas, alertar quem me lê para dois aspectos que m parecem fundamentais. Um profundamente negativo, outro de optimista esperança. O primeiro é sublinhar que, de facto, o risco de as festas não se realizarem ainda é real. Não sei o que pensariam os nossos antepassados, se aqui estivessem para ver o estado a que isto chegou, ou mesmo as gerações mais antigas, que verão, seguramente com tristeza, um pedaço da sua história, da sua cultura e da cola bairrista que une a comunidade desvanecer-se desta forma. O segundo é dizer-vos que ainda há tempo. Ainda há tempo para se juntarem à equipa e aparecerem na próxima reunião, que acontece já esta Quinta-feira, a partir das 21h, na Casa Paroquial em frente à Igreja Matriz. Ainda há tempo para que quem pode ajude a organização, seja através de donativos, seja através de bens que possam ser convertidos em financiamento para os muitos gastos que se antecipam. E ainda há tempo para salvar esta edição das Festas em honra de Nossa Senhora das Dores, a primeira após o interregno da pandemia, e dar um sinal à comunidade de que não deixamos cair as nossas tradições. Que não deixaremos apodrecer as nossas raizes. Que não baixaremos os braços perante a morte anunciada da maior e mais antiga celebração das terras de Bougado. Por isso sim, ainda vamos a tempo. Contamos consigo?