O Noticias da Trofa nº765

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Quinzenário | 12 de maio de 2022 | Nº 765 Ano 19 | Diretor Hermano Martins | 0,80 €

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Incêndio consume 20 hectares nos primeiros dias de calor

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Alvarelhos ganha Balcão SNS24

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Trofense assegura manutenção e adepto é detido

Equipas de ciclismo em bom plano no Grande Prémio Azores pub


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Saúde

Hepatite aguda de origem Cantinho da Saúde Olhe pela sua visão desconhecida: atenção aos sintomas e 16 anos, tendo sido registada a necessidade de transplante hepático em cerca de 10% dos casos”, acrescenta a mesma informação. Em Portugal, houve seis casos suspeitos desta hepatite aguda, mas nenhum foi confirmado. Segundo a nota da DGS, um caso provável desta doença tem de apresentar idade igual ou inferior a 16 anos, uma hepatite aguda que não se enquadre em nenhuma de A a E, e valores elevados de aminotransferases séricas, enzimas intracelulares que atuam catalisando diversas reações, principalmente no fígado. Cuide da visão, protegendo os olhos dos raios ultravioletas e luzes de ecrãs Perante a presença de um caso suspeito, o médico deve reportar A visão é um dos sentidos mais prejudiciais para a saúde ocular, à DGS, que recomenda ainda a importantes para um ser humano, como por exemplo, os que abunadoção de medidas como a higie- por isso, como se costuma dizer, dam em gorduras de origem anine das mãos e a etiqueta respira- é melhor prevenir que remediar. mal ou que são ricos em gordutória e a ida a creches ou escolas, É necessário cuidá-la e protegê- ras, assim como bebida e comida caso a criança apresente sintomas -la para se manter com uma boa açucaradas. Para contrabalançar, deve consumir em maior número respiratórios e gastrointestinais. saúde ocular. Deve evitar a exposição prolon- alimentos, como o peixe, que ajugada aos raios ultravioleta (UV), da a prevenir os olhos secos - deapontados como causadores de vido aos ácidos gordos - e permite anomalias e doenças oculares um maior fornecimento de oxigégraves. Os ecrãs também são fon- nio à retina. A cebola e o alho autes de luzes nocivas para os olhos, mentam a quantidade de sangue quando expostos por longos pe- que irriga os olhos e previnem ríodos. É importante fazer inter- pressões arteriais altas e diabevalos e manter o ecrã a uma dis- tes, que podem trazer complicatância de segurança, entre 51 e 66 ções, como o glaucoma e a catarata. O ovo, segundo alguns estucentímetros. Apesar de parecer um movi- dos feitos recentemente, diminui mento inofensivo, a forma como se as probabilidades de degeneracoça os olhos pode influenciar o ção macular, uma doença da reaparecimento de lesões oculares, tina que pode causar a perda de pois se fizer demasiada pressão visão se não for diagnosticada a sobre o globo ocular, pode pro- tempo e bem tratada. Qualquer alteração que sinta vocar o descolamento da retina. Como noutros tipos de doen- relativamente à visão, como imaças, as melhores formas de pre- gem turva ou dificuldade de ver venir maleitas relacionadas com ao perto ou ao longe não deve ser os olhos passam por ter um sono menosprezada. Consulte o esperegular e uma alimentação equi- cialista o quanto antes. Sintomas gastrointestinais são os primeiros a surgir T.J./C.V. librada. Alguns alimentos são

Na sexta-feira, 6 de maio, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, publicou uma informação sobre a hepatite aguda de etiologia desconhecida, que está a ser diagnosticada em vários países em crianças e jovens. No documento publicado pela Direção-Geral da Saúde (DGS), Graça Freitas dá conta de que “o quadro clínico mais comum” dos casos já reportados “inicia-se com sintomas gastrointestinais, incluindo dor abdominal, diarreia e vómitos”, seguindo-se “apresentação de icterícia”, identificada através da cor amarelada da pele e dos olhos, causada pelo excesso de bilirrubina no sangue. Na informação assinada por Graça Freitas, é esclarecido que “em nenhum dos casos foram detetados vírus da hepatite A, B, C, D ou E”. “As idades variam entre um mês

Meteorologia

Farmácias Dia 12 Farmácia de Ribeirão Dia 13 Farmácia Trofense Dia 14 Farmácia Barreto Dia 15 Farmácia Nova Dia 16 Farmácia Moreira Padrão Dia 17 Farmácia Ribeirão Dia 18 Farmácia Trofense Dia 19 Farmácia Barreto Dia 20 Farmácia Nova Dia 21 Farmácia Moreira Padrão Dia 22 Farmácia de Ribeirão Dia 23 Farmácia Trofense Dia 24 Farmácia Barreto Dia 25 Farmácia Nova Dia 26 Farmácia Moreira Padrão

Telefones úteis Bombeiros Voluntários Trofa 252 400 700 GNR da Trofa 252 499 180 Centro de Saúde da Trofa 252 416 763//252 415 520 Centro de Saúde S. Romão 229 825 429 Centro de Saúde Alvarelhos 229 867 060 F icha T écnica: Diretor: Hermano Martins Sub-diretora: Cátia Veloso Editor: We do com unipessoal, Lda. Redação: Cátia Veloso, Magda Machado de Araújo Colaboradores: António Costa, José Manuel Cunha, João Mendes, José Pedro Reis, Moutinho Duarte, José Calheiros | Fotografia: A.Costa, Miguel Trofa Pereira (C.O. 865) Composição: Magda Araújo | Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Lda. Rua de S. Brás, n.º 1 Gualtar, Braga| Assinatura anual: Continente: 20 euros; Extra europa: 45 euros; Europa: 35 euros; | Assinatura em formato digital PDF: 15 euros IBAN: PT50 0007 0605 0039952000684 | Avulso: 0,80 Euros | E-mail: jornal@ onoticiasdatrofa.pt | Sede: Rua de Freitas, 387 r/c esq. 4795-205 Santo Tirso | Redação: Rua das Aldeias de Cima, 280 r/c 4785 - 699 Trofa Telf: 252 414 714 Propriedade: We do com unipessoal, Lda. NIF.: 506 529 002 Nº Exemplares: 5000 | Depósito legal: 324719/11 | ISSN 2183-4598 | Detentora de 100 % do capital: Magda Araújo | Estatuto Editorial pode ser consultado em www.onoticiasdatrofa.pt Nota de redação: Os artigos publicados nesta edição do jornal “O Notícias da Trofa” são da inteira responsabilidade dos seus subscritores.


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Atualidade

Primeiros dias de calor, primeiros incêndios Este sábado, deflagrou um grande incêndio na zona florestal junto à A3, entre a Trofa e Santo Tirso. No período mais crítico, mais de cem bombeiros combateram as chamas e até meios aéreos foram mobilizados. A área ardida ainda não foi totalmente levantada, mas estima-se que possa ultrapassar os 20 hectares de zona florestal, entre a Abelheira, na Trofa, e a zona de Fontiscos e Ermida, em Santo Tirso. O incêndio que deflagrou ao início da tarde de sábado, 7 de maio, deu muito que fazer aos bombeiros e aconteceu logo na primeira I ncêndio lavrou em zona florestal semana de temperaturas acima dos 25 graus. meios aéreos. O primeiro alerta foi dado cerA temperatura atmosférica baica das 15h45, numa zona florestal xou com a chegada da noite, ajujunto à autoestrada n.º 3 (A3), em dando os soldados da paz, que território do concelho da Trofa, conseguiram controlar o incêndio mais concretamente na Abelheira, e iniciar as operações de rescaldo S. Martinho de Bougado. As con- cerca das 22h45. dições atmosféricas permitiram Apesar da extensão do incênque as chamas galgassem terreno, dio, este confinou-se a zona floatingindo também o concelho de restal, nunca colocando em risco Santo Tirso. No período mais críti- habitações. co, houve mais de cem bombeiros Já na madrugada de segundade várias corporações a comba- -feira, os Bombeiros Voluntários ter as chamas, apoiados por mais da Trofa foram acionados para de três dezenas de viaturas e dois dois incêndios florestais, que ini-

ciaram quase em simultâneo, no Monte Cabrito, em S. Romão do Coronado, e em Quereledo, na freguesia de Covelas. Proteção Civil com orientações para dias de risco muito elevado e máximo Perante as previsões de continuação de tempo quente e seco, para os próximos dias, com temperaturas máximas acima da média para a época, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) emitiu um comu-

nicado, no qual recorda que, perante a subida do nível de risco de ocorrência de incêndios rurais, “é proibido fazer queimada extensiva sem autorização”. Informações devem ser solicitadas à Câmara Municipal ou através do contacto 808 200 520. Nos dias de risco de incêndio muito elevado e máximo, “é proibido fazer queima de amontoados sem autorização ou sem comunicação prévia”, assim como “utilizar fogareiros e grelhadores em todo o espaço espaço rural, salvo

se usados fora das zonas críticas e nos locais devidamente autorizados para o efeito”, e “fumigar ou desinfestar em apiários, exceto se os fumigadores tiverem dispositivos de retenção de faúlhas”. Nas mesmas condições, é proibido lançar balões de mecha acesa e foguetes e o uso de fogo de artifício só é permitido com autorização da Câmara Municipal. Nos dias de risco máximo, é, igualmente proibido usar motorroçadoras (excepto se possuírem fio de nylon), corta-matos e destroçadores. A evolução do perigo de incêndio para os próximos dias pode ser acompanhada nos sítios da internet da ANEPC (www.prociv.pt), do IPMA (www.ipma.pt) e do ICNF (www.icnf.pt), ou junto dos Serviços Municipais de Proteção Civil e dos corpos de bombeiros. Face a esta situação, a ANEPC determinou a passagem ao estado de alerta especial, nível amarelo, para o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR), entre as 00h00 do dia 10 e as 23h59 do dia 14 de maio, nos distritos de Beja, Bragança, Castelo Branco, Faro, Guarda, Portalegre, Santarém, Vila Real e Viseu.

Bombeiros foram recrutar às escolas Primeiro estranha, depois entranha. Foi esta a ideia que despontou nas visitas que os Bombeiros Voluntários da Trofa fizeram às turmas de 12.º ano da Escola Secundária da Trofa e Escola Básica e Secundária do Coronado e Castro, para recrutar novos elementos para a corporação. A Associação Humanitária decidiu bater à porta dos estabelecimentos de ensino, onde estão aqueles que preenchem os requisitos: mais de 17 anos, a concluir o 12.º ano e com espírito dinâmico e altruísta. Em meados deste mês abre

uma nova escola de bombeiros e pelo feedback sentido, é possível que haja mais de uma dezena de novos recrutas. A campanha de angariação de novos voluntários surge na sequência da formação que tem vindo a ser dinamizada, anualmente, para responder à necessidade de aumentar o número de elementos e de conseguir ter representação das diferentes zonas do concelho. Por isso, a importância de divulgar a mensagem aos jovens que frequentam a Escola Básica e Secundária do Coronado e Castro. “Com voluntários de vá-

Bombeiros falaram para jovens que frequentam o 12.º ano rias latitudes do município, cremos que podemos ser mais rápidos na prestação do socorro”, sublinhou Rui Ferreira, adjunto do comando, que, acompanhado de elementos da corporação mais jovens, visitou as escolas e sentiu que muitos jovens “ficaram cativados”. “Eles ficam apreensivos, no início, mas quando ouvem a nos-

sa mensagem, percebem como é que funciona a dinâmica do quartel e ficam curiosos para saber mais”. Vítor Martins, sub-diretor do Agrupamento de Escolas da Trofa, louvou a iniciativa dos bombeiros, que “se enquadra no plano de ação” da estrutura educativa. “A cidadania começa aqui (escola) e estou certo que esta di-

vulgação faz nascer nos alunos a semente de participar ativamente na comunidade”, sublinhou. O docente sentiu do pulsar dos alunos uma “boa recetividade”, numa altura em que “estão muito sensibilizados para as necessidades dos outros”, devido ao período pandémico e “às situações dramáticas” que têm sido divulgadas.


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Atualidade

Alvarelhos tem Balcão SNS24 José Calheiros

Escrita com Norte

O jogo de(mora) uma vida

Balcão está localizado no polo de A lvarelhos da Junta de F reguesia Entrou em funcionamento, na sede da Junta de Freguesia de Alvarelhos e Guidões, o Balcão SNS24. A valência, a funcionar no polo de Alvarelhos, é o primeiro a funcionar no concelho da Trofa e o 46.º no distrito do Porto. Na região tutelada pela Administração Regional de Saúde do Norte, existem já 117 balcões de um total de 143 espalhados pelo país. Criada no contexto de pandemia, esta estrutura permite que “qualquer cidadão aceda aos serviços digitais do Serviço Nacional de Saúde, de forma segura e

eficiente, através de duas moda- Promover a inclusão digital e solidades, quer pelo acesso facili- cial ao facilitar o acesso aos sertado, quer pelo acesso mediado, viços digitais do SNS é uma maispermitindo, por exemplo, mar- -valia dos Balcões SNS 24”, explicar consultas, renovar medicação cou fonte dos Serviços Partilhacrónica, consultar exames, rea- dos do Ministério da Saúde, uma lizar uma teleconsulta, entre ou- das entidades que dinamiza estes balcões, em parceria com as adtros serviços”. “Estes balcões facilitam a vida ministrações regionais de saúde, das pessoas que vivem em locais agrupamentos de centros de saúmais isolados, que apresentem re- de e autarquias. O balcão SNS24 de Alvarelhos duzida literacia digital, sem acesso a equipamentos tecnológicos, a está inserido no Agrupamento de internet, ou que não tenham con- Centros de Saúde (ACES) Santo dições necessárias para aceder Tirso/Trofa e entrou em funcioremotamente aos serviços do SNS. namento a 4 de maio. C.V.

Yoga e rastreios para assinalar Mês do Coração

Atividades assinalam Mês do Coração Até ao fim do mês, há aulas de yoga aos domingos de manhã,

no Parque Nossa Senhora das – Aquaplace, rastreios de saúDores e Dr. Lima Carneiro. A de, direcionados para a hiperiniciativa é da Câmara Munici- tensão arterial, hipercolesteropal da Trofa e está inserida nas lemia, tabagismo, diabetes, seatividades que assinalam o mês dentarismo, stress psicossocial do Coração. e nutrição. As sessões de yoga, marca“Maio, Mês do Coração” cadas para 15, 22 e 29 de maio, co- racteriza-se por um conjunto de meçam às 09h00 e são gratuitas. atividades que se desenvolvem Associados à mesma efemé- ao longo de todo o mês de maio, ride, a autarquia promove, a 8 na tentativa de alertar a popue 22 de maio, entre as 09h30 e lação para a problemática das 12h30 na Academia Municipal doenças cardiovasculares, sendo que todos os anos é dedicado a um (ou mais de um) fator de risco, em particular. As doenças cardiovasculares continuam a ser a principal causa de morte em todo o mundo (2021). Em Portugal, são responsáveis por um terço das mortes que ocorrem todos os anos. Assim, as estratégias de prevenção assumem um papel muito importante, tais como praticar exercício, fazer uma alimentação mais cuidada e não fumar. C.V.

Não sei se devia ambicionar mais da vida (talvez ser um senhor), mas na verdade, o que anseio, semana após semana, desde há muitos anos, é pelo domingo de manhã, onde às 11 horas, sem falta, nas coordenadas - Latitude: N 41º 20' 26'' Longitude: W 8º 32' 40'' - acontece o nosso jogo da bola. É um enorme acontecimento, não pelo futebol praticado (são sete “mancos” contra seis “mancos”, mais eu), mas pelo facto de que quando digo o “nosso jogo” é a forma de ainda nos encontrarmos! Se bem que após alguns falhanços, de um ou de outro, de baliza aberta, passo bem a semana sem os ver! O jogo deste último domingo, dentro da sua espectacularidade singular, foi mais um igual aos outros...o jogo começa às 11, mas em campo ainda só estão o Miguel e o Mário, no balneário, o Rodrigo está a tirar a roupa e o telefone toca…é o Quim. O Quim está na bomba de gasolina onde deixou o carro para lavar e aspirar e precisa de boleia. - Não te posso ir buscar, estou a equipar-me – responde o Rodrigo. Do outro lado, o Quim diz algo ao qual o Rodrigo responde, - O Calheiros também não pode, está de trusses. Devido a fortes laços familiares, o Miguel, que está no campo, interrompe o aquecimento e vai buscar o cunhado, apesar de não gostar de jogar com ele, mas adora ver o sobrinho que acompanha sempre o pai. Chateado, o Cabral, que joga no lado do “inimigo”, resmunga – A vossa equipa ainda não está cá?! (da equipa dele ainda faltam dois) Já com quase todos em campo, chega o Miguel a resmungar com o Quim, devido aos fortes laços familiares, mas sorri quando olha para o sobrinho que dá razão ao tio. - Agora que estamos todos, vamos começar?! – diz o Cabral, perguntando. - Esperai um bocado! – diz o Edu, enquanto entra em campo. Afinal ainda faltava um jogador... adversário. Enquanto o Edu aquece, o David vem ter comigo para me transmitir a mensagem errada. Em vez de dizer, “Admiro todo o teu virtuosismo técnico e táctico”, queixa-se, “Passei a semana com dores na perna e a tomar medicação, por causa de um “cacete” que me deste.” Lembro-me de nesse jogo ele me ter dado três “cacetes”...faz parte! O Edu termina o aquecimento e estamos prontos para começar, são 11h15m e a parte boa é que estamos a aguentar o empate...costumamos não ganhar! Havendo duas bolas, alguém decidiu complicar o que estava complicado para começar, perguntando – Com que bola jogamos? Quase todos queriam jogar com a bola branca e eu proponho jogar com a azul. A branca é demasiado redonda, enquanto a azul é ligeiramente ovalizada, sendo mais propícia à qualidade técnica da maioria! Hilário, que toma conta do campo, avisa-nos, “Hoje o jogo tem que acabar mesmo ao meio-dia. Tenho que ir a um sítio!”. Perante a informação e tendo o jogo ainda não começado, senti que apesar de correr o risco de pagar para fazer apenas o aquecimento, poderíamos aguentar o empate se o jogo não chegasse a começar! Mas começou, e logo parou com uma dúvida do Sá – Afinal aonde jogo? No meio campo ou a lateral? (Sim, ainda há coisas que não conseguimos definir antes do jogo começar) Quim, o “Presidente” do grupo, põe o Sá a avançado e o jogo recomeça já quase no fim! Chegou a haver esperança no empate! * Cronista escreve de acordo com a antiga grafia


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Atualidade

Altronix promove recolha de sangue Estão abertas as inscrições para a recolha de sangue que a Altronix vai promover a 27 de maio, nas instalações da empresa, na Rua José Moura Coutinho, no Muro. “Heróis por um dia” é o epíteto da campanha de recolha de sangue que a empresa Altronix está a organizar, em parceria com o Instituto Português do Sangue e da Transplantação. A iniciativa decorre das 14h00 às 19h00 e as inscrições podem ser feitas através do link questionario.altronix.pt/inquerito/17. Além da inscrição obrigatória, os participantes têm de ter entre 18 e 65 anos – ou até 60 anos se for a primeira vez -, peso mínimo de 50 quilogramas e ser saudável. Como em todas as dádivas, esta procede de uma rápida consulta com um médico que atestará a viabilidade da recolha. Os dado-

Através das últimas comunicares de sangue, sendo homens, só podem realizar dádivas de três ções do IPST, a empresa lembra o em três meses e, sendo mulhe- facto de a pandemia ter causado res, de quatro em quatro meses. “várias situações que contribuí“A Altronix celebra esta inicia- ram para uma maior dificuldade tiva no âmbito do projeto de res- na estabilização das reservas de ponsabilidade social para este sangue, entre elas o impedimenano, convidando toda a população to de realização de sessões de coe empresas que pretendam par- lheita da unidade móvel, tanto em ticipar nesta recolha, contando já estabelecimentos de ensino como com as inscrições de muitos cola- em empresas. Diminuíram as doaboradores e familiares", informou ções, no entanto manteve-se a necessidade”. Todos os dias, seguna empresa, em comunicado. O administrador da empresa, do aquele instituto, “os hospitais Rui Fonseca, sublinhou que esta portugueses necessitam entre ação reflete aquela que é a von- 800 a mil unidades de sangue e tade de toda a empresa. “Sabe- componentes sanguíneos”. A Altronix é uma empresa que mos que muitos dos colaboradores são dadores e que a comuni- se dedica ao fabrico, distribuição dade da Trofa surge sempre que e suporte de soluções profissiose apela à solidariedade. Por isso, nais na área de identificação aufacilitamos esta dádiva, disponi- tomática e captura de dados, codibilizando as nossas instalações e ficação de produtos e mobilidade desenvolvimento da campanha, empresarial. Disponibiliza uma tal como já tínhamos feito em 2014 ampla gama de soluções, que incluem fabrico de etiquetas em e em 2017”.

Colaboradores da empresa desafiam comunidade a participar rolo, rótulos impressos de produto, impressoras de etiquetas, leitores código de barras, sistemas

RFID, cartões de plástico, gestão de filas, software de gestão de stocks, entre outros.

Instituições sociais recebem 1,4 milhões do fundo para apoiar comunidades desfavorecidas Cerca de 1,4 milhões dos mais de 3,6 milhões de euros que o Município da Trofa vai receber no âmbito do Plano de Ação Integrado para as Comunidades Desfavorecidas da Área Metropolitana do Porto (PAICD – AMP) vão ser distribuídos pelas instituições sociais do concelho. O anúncio foi feito pela autarquia, em nota informativa, sublinhando a percentagem de “40%” que aquele valor representa do total do bolo financeiro angariado através da candidatura ao PAICD

Distribuição de verba reconhece serviço prestado pelas instituições

– AMP. Desta forma, argumenta a e a apoiar todos aqueles que needilidade, “reconhece o serviço cessitam de ajuda.” De acordo com a autarquia, “o de excelência e de proximidade desenvolvido por estas entida- PAICD – AMP compreende uma des junto das comunidades des- série de investimentos a realifavorecidas da Trofa, apostando zar em Operações Integradas no verdadeiro e efetivo trabalho em Comunidades Desfavorecidas, no âmbito do Plano de Reem rede”. Para o presidente da Câmara cuperação e Resiliência (PRR)”, Municipal da Trofa, Sérgio Hum- através da implementação de berto, “é uma decisão da mais “respostas integradas que comelementar justiça, pois estas ins- batam a exclusão, sobretudo tituições, em estreita colabora- das populações mais frágeis das ção com o município, estão dia- áreas metropolitanas de Lisboa e riamente no terreno a identificar do Porto”.

Assembleias Municipais são o órgão político local com mais mulheres eleitas “Existe falta de igualdade no grau exigência da competência, exigindo-se muito mais a uma mulher para ocupar um cargo de relevo”. As palavras são de Isabel Cruz, presidente da Assembleia Municipal da Trofa, e surgiram no âmbito do seminário que a Associação de Estudos de Direito Regional e Local (AEDREL) promoveu, a 6 de maio, em parceria com a Associação Nacional de Assembleias Municipais (ANAM). “Órgãos Municipais e Composição Paritária: Em Particular as

Assembleias Municipais Visão lizado após as penúltimas autárComparada Portugal/Brasil” foi quicas de 2017, sobre a impleo tema da iniciativa, que juntou mentação da Lei da Paridade em investigadores da Universida- diferentes níveis de governo, o de Portucalense Infante D. Hen- qual revela que as Assembleias rique no Porto, da Universidade Municipais foram o órgão do pode Santa Cruz do Sul, no Brasil, der local que alcançou um maior e das quatro presidentes de As- crescimento dos índices da parisembleias Municipais que inte- dade”. Considerando todos os órgãos autárquicos - Câmara Munigram a ANAM. O evento online foi dirigido a cipal, Assembleia Municipal, Juneleitos locais, técnicos de autar- ta de Freguesia e Assembleia de quias, juristas, gestores locais, Freguesia – o aumento da profuncionários públicos e estudan- porção de mulheres eleitas foi de tes, e orientou-se no “estudo rea- “33,2%”, refere o mesmo estudo.

I sabel Cruz é uma das mulheres no topo de um órgão político local


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Atualidade

APVC promove caminhada noturna na sexta-feira 13 A Associação para a Proteção do Vale do Coronado (APVC) desafia a comunidade a participar numa atividade diferente do habitual, numa noite de sexta-feira 13. A coletividade promove, neste 13 de maio, uma caminhada noturna, por vielas encantadas, para dar a conhecer “ruas e ruelas bem

apertadas, cheias de misticismo e algum mistério”. “Se achas que ainda conheces poucos recantos escondidos das nossas freguesias, então, porque não te juntas a nós nesta caminhada de descobertas pelas quelhas escondidas da nossa terra?”, questiona, em jeito de desafio, a

associação, nas redes sociais. O percurso, de cerca de seis quilómetros, tem duração prevista de duas horas e tem início e fim no parque da estação ferroviária de S. Romão do Coronado. Os requisitos: “calçado confortável, água e muito boa disposição”.

“Re’Encontro” das escolas de dança “Re'Encontro”, como o nome indica, é o que vai acontecer com as escolas de dança no concelho, a 28 de maio. O espetáculo, que junta a Associação Cultural Piruetas Virtuais, a Alva - Escola

de Artes de Palco e a MTV 4 Dance, acontece no Parque Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro, em dois momentos. À tarde, a partir das 16h30, os grupos de dança com bailarinos

mais jovens vão mostrar o que têm aprendido nas aulas. Já às 21h00 acontece o evento principal, com atuação de vários grupos de dança de cada escola.

Manuel Horta apresenta “Terra” na Casa da Cultura O artista plástico Manuel Horta vai expor, na Casa da Cultura da Trofa, um conjunto de trabalhos relacionados com a evolução tecnológica e científica e a condição humana, que sugerem uma reflexão sobre o nosso lugar no cosmos. “Terra” é inaugurada a 14 de maio e até 24 de junho estará patente naquele equipamento cultural situado no Souto da Lagoa, em Santiago de Bougado.

Segundo a sinopse da intervenção artística, Manuel Horta centrou-se na pesquisa de imagens e textos de produção artística e científica, a partir de mapas, globos, fotografias realizadas por dispositivos na órbita terrestre e textos de ficção científica. A partir de diferentes materiais e técnicas, o artista “sugere que o observador em movimento procure relacionar e criar leituras pró-

prias dos objetos que interagem visualmente e intervêm no tempo e no espaço”. Nascido em Almada, em 1970, Manuel Horta licenciou-se em Artes Plásticas e concluiu mestrado em Escultura, pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Desde 1993 assina projetos artísticos e participa em exposições coletivas.

Inscrições abertas para a ExpoTrofa Estão abertas inscrições para participar na ExpoTrofa. Este ano, e depois de dois de interregno, o evento ficará marcado por algumas novidades, nomeadamente no que toca à duração, com ape-

nas cinco dias, e ao local, que passa a ser a Alameda da Estação, no coração da cidade. As inscrições dirigem-se a artesãos e associações, assim como para todas as lojas que preten-

dam participar no desfile de moda, que encerrará a Expotrofa. Podem ser feitas, online, através do link https://mun-trofa.pt/ menu/885/expotrofa.

Trofa recolheu 430 animais em 2021 De acordo com dados do relatório anual de atividades dos centros de recolha oficial, o município da Trofa recolheu, em 2021, 430 animais. O documento confirma o aumento de recolhas, quando comparado com o ano anterior

(271), numa tendência que se verificou um pouco por todo o território nacional. O relatório dá ainda dados sobre os animais adotados: foram 215, mais 80 que em 2020. O município registou ainda a esteriliza-

ção de 396 animais. Santo Tirso foi o concelho que mais recolhas fez o ano passado. De acordo com o relatório, foram 1505 animais resgatados, enquanto Vila Nova de Famalicão recolheu 1024.

José Pedro Maia Reis Memórias e Histórias da Trofa

A sina trofense: a dificuldade de concretizar investimentos públicos Os anos e gerações vão passando e costuma-se dizer que a identidade vai sendo construída com o passar dos anos. O referido processo de construção de identidades não é simples, nem instantâneo, mas o continuar de práticas transversais a gerações. A região do Vale do Ave era cada vez mais industrializada, ninguém o podia negar e necessitava urgentemente de ver criada as acessibilidades para se abrir ao progresso. Numa fase em que o transporte rodoviário era uma miragem, restava obviamente apostar na rede ferroviária. A Linha de Guimarães era um investimento prioritário, mas nem isso impediu que ficasse afastado dos tradicionais problemas de concretização que tanto nos caracteriza. No Diário do Governo, era já notícia, em 1879, de que o processo de construção desta ferrovia era complexo e sofria duros revezes, sendo inaugurado apenas o primeiro troço em 1883, que ligava Trofa a Vizela. Assistimos a, pelo menos, quatros anos de atrasos e constrangimentos, sendo que a construção da linha já tinha sido decretada em 1872, ou seja, 11 anos antes da inauguração do seu primeiro troço. A empresa “Minho District Ralway Company Limitada” tinha recebido a concessão nesse ano de 1872, tendo sido previamente entregue por Simão Gattai, que tinha repassado essa concessão. A referida companhia apenas tinha construído seis quilómetros do caminho de ferro entre Bougado e Santo Tirso, pedindo ao tribunal comercial da cidade do Porto que fosse prolongado o prazo a seu pedido, até porque tinha terminado em 26 de março de 1879 a licença de construção. Na verdade, a companhia iria abrir falência e a situação tornar-se-ia ainda mais complexa, com a enorme carga burocrática a ser colocada em prática. Seria apresentado um requerimento pelo Visconde da Ermida para que fosse constituída uma nova companhia para adquirir o caminho de ferro que tinha sido construído como aquele que faltava construir. António Ferreira da Silva tem aqui um rasgo de génio, percebendo que poderia continuar com um investimento que já tinha sido previamente construído e que era fundamental para o desenvolvimento do Vale do Ave e que teria uma grande aceitação, não só pela população, como também pelo tecido industrial. O Vale do Ave era uma região que precisava, obviamente, destas infraestruturas, uma vez que era, cada vez mais, uma região apetecível pelos capitalistas para desenvolverem e fazerem surgir novos negócios. Iria receber em 6 de maio de 1879 a autorização para ficar com a construção e exploração daquele caminho de ferro, que iria ligar Santo Tirso e Vizela para Guimarães. A linha teria de ser em via larga, algo que não se iria concretizar, obrigatoriamente seria construído um telégrafo elétrico com vários correspondentes nas estações ao lado daquela linha, sendo de linha única, algo que se confirmaria no futuro. Um apontamento fundamental para a preocupação com o transporte de mercadorias, porque o concessionário deveria estabelecer para o serviço das localidades atravessadas pela linha férrea portos secos, destinados ao estacionamento de cargas e descargas das mercadorias. Um projeto que em 1872 já tinha sido concessionado por uma pessoa a uma companhia que esteve a gerir esse mesmo processo durante sete anos e que apenas tinha construído uns míseros quilómetros a ligar a Trofa a Santo Tirso. No ano de 1879, iria ser decretada a falência da companhia e entregue a concessão a outra figura com a expectativa de que ele continuasse a obra, sendo que o projeto acabaria por ser terminado de forma diferente do pretendido. Assistimos a vários revezes que apenas iriam quatro anos depois, em 1883, culminar com a inauguração do caminho de ferro até Vizela, sendo que apenas iria chegar a Guimarães meses depois, já em 1884. A construção seria concluída e respetivamente inaugurada 12 anos depois do que tinha sido projetada por lei, não deixando ser mais um exemplo da triste sina da Trofa que esperou mais de uma década pela conclusão de uma obra prioritária para o seu desenvolvimento.


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Atualidade

Cruz Vermelha promove conferências sobre gestão do stress e impacto da pandemia nas migrações “Gestão do Stress no quotidiano” e “Migrações, reflexão psicológica” são os temas das próximas conferências promovidas pela delegação da Trofa da Cruz Vermelha, a 14 e 28 de maio. A entrada é gratuita. CÁTIA VELOSO

A delegação da Trofa da Cruz Vermelha prossegue o ciclo de con ferências, com mais u ma sessão a 14 de maio, no Auditório Tomé Carvalho, na sede da instituição, localizada no Largo António Barreto, em Santiago de Bougado. “Gestão de stress no quotidiano” é o tema da iniciativa, que tem início às 10h30 e terá como dinamizadoras Raquel Andrade, psicóloga clínica e psicoterapeuta, Mónica Magalhães, professora de yoga, e Nádia Barbosa, mestre de kickboxing. “Embora o conceito stress faça parte do quotidiano, ainda é difícil encontrar estratégias para o gerir da melhor forma e para evitar as suas mazelas. Desta forma, a Cruz Vermelha, delegação da Trofa, consciente da importância que as práticas meditativas e do exercício físico apresentam para a melhor gestão do stress no quotidiano, promove mais uma sessão de literacia em saúde”, referiu fonte da instituição, no anúncio do evento.

Através deste evento, os participantes podem aprender ou ver esclarecidas “as estratégias que podem facilitar a gestão do stress, sempre conscientes das várias caraterísticas individuais e dos potenciais stressores para as pessoas, bem como do autoconhecimento que permite reconhecer os pontos fortes e assim ganhar competências para diminuir o stress e os seus efeitos”. Já a 28 de maio, a Cruz Vermelha propõe uma reflexão psicológica sobre o impacto da pandemia de Covid-19 nas migrações. A conferência, que tem início às 10h30, também no auditório Tomé Carvalho, contará com os testemunhos de Pedro Amaro Santos, co-fundador e administrador da organização MEERU – Abrir Caminho, Estefânia Silva, investigadora do CIEG/ ISCSP-UL e professora na Universidade da Maia, e Sara Maia, voluntária. Mais informações podem ser solicitadas através do emai l dtrofa.coordenadora@cruzvermelha.org.pt ou do contacto telefónico 252 419 083. Entretanto, a instituição tem ainda patente, no auditório Tomé Carvalho, a exposição “Corpo Plural”, da pintora Isabel Lhano. A mostra pode ser apreciada até 27 de maio, também com entrada gratuita.

Jovem da Trofa lança música sobre estar longe de casa “Hope” é o primeiro single of icial da trofense R afaela Araúja. A música foi lançada a 10 de março e marca mais um passo no projeto artístico desta jovem, que atualmente estuda música moderna – voz – em Hamburgo, Alemanha. CÁTIA VELOSO

A música é inspirada em sentimentos relacionados com o facto de estar longe de casa e de não ter “um abraço acolhedor depois de um dia difícil”. “É sobre precisar de amor e o caminho para encontrá-lo tanto nas pequenas coisas como em nós próprios”, contou a artista, que considera ainda que o tema carrega consigo “luz

O coro dos Meninos Cantores do Município da Trofa (MCMT) vai apresentar-se em concerto duas vezes este mês. O primeiro espetáculo decorre a 15 de maio, às 18h00, na antiga estação da Trofa e o segundo, a 22 de maio, tem lugar no salão paroquial de S. Mamede do Coronado. Pelo meio, há ensaios abertos, a 16 e 19 de maio, às 19h00, na antiga estação da Trofa. C.V.

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Meninos Cantores em concerto e com ensaios abertos

Concertos acontecem a 15 e 22 de maio

e empoderamento, que faz o ouvinte mergulhar a fundo em cada linha e sentir-se tocado”. “‘Hope’ lembra-nos do que é realmente importante na vida, como chegar a casa para jantar e abraçar os nossos. É um medicamento sem contraindicações, destinado a abraçar os corações mais sensíveis e a permitir-lhes sentir. Não mudem nada, sintam”. A música suporta a letra através de uma produção orgânica, que é amplificada pela pura voz de Araúja. Rafaela Araújo Ferreira nasceu e cresceu na Trofa. Frequentou a EB 2/3 Professor Napoleão Sousa Marques e a Escola Secundária da Trofa e, aos 17 anos, mu-

dou-se para Hamburgo para seguir a sua paixão pela música. A multi-instrumentalista, cantora e compositora, que se refugia e inspira na natureza, canta as suas histórias em português e inglês “sobre os desafios do crescimento e da autoaceitação; sobre o amor como combustível; e sobre precisarmos uns dos outros e de nós próprios para seguir o nosso propósito”. “Hope” foi lançada a 10 de março em todas as plataformas digitais. O vídeo da letra e o videoclip já se encontram disponíveis no Youtube e o videoclip. Este é o primeiro single de um EP “Hamburg 19”, previsto para o próximo verão.


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Economia

Mercadona investiu 500 milhões na produção nacional Mais de 900 fornecedores e 500 milhões de euros em compras na economia nacional. Os números são da Mercadona e foram dados a conhecer a 26 de abril, Dia da Produção Nacional. O retalhista tem vindo a aumentar o volume de compras a fornecedores nacionais, com maior prevalência naqueles que representam o setor primário. Desde 2019, ano em que abriu as primeiras lojas, “passou de um investimento de 217 milhões de euros para os atuais 500 milhões, representando um aumento de 130% em quase três anos”. Este é o resultado da aposta na Cadeia Agroalimentar Sustentável, que contribui para a criação de “relações estáveis, de compromisso e a longo prazo” com os fornecedores, ao mesmo tempo que garante “os produtos mais frescos e com a máxima qualidade aos chefes (clientes)”. Pelas prateleiras dos frescos da Mercadona, pode ver-se (e cheirar) a pera rocha do Oeste, a laranja do Algarve, o queijo dos Açores e o borrego alentejano e estes são só alguns dos muitos exemplos que pululam nos 30 supermercados que já existem em Portugal. Até ao fim do ano, está prevista a abertura de mais uma dezena de lojas. “Esta aposta na produção nacional permite uma maior frescura dos nossos produtos e, consequentemente mais qualidade. Tem sido um caminho longo e um trabalho conjunto pois te-

M ercadona aposta nos produtos de origem nacional , como o ananás dos Açores mos trabalhado com excelentes fornecedores que se têm adaptado e melhorado os seus processos de maneira a oferecer o produto com os critérios pedidos pelos ‘chefes’ da Mercadona”, sublinhou Pedro Barraco, diretor de Cadeia Agroalimentar da Mercadona em Portugal. Retalhista colabora com a CAP e adere ao “Portugal Sou Eu” A Mercadona tem como objetivo conjugar esforços e partilhar conhecimentos que contribuam para a modernização, produtividade e prosperidade em toda a cadeia agroalimentar e foi, neste sentido, que ainda este ano deu importante passo assinando, em 2021, um acordo de colaboração com a CAP – Confederação dos Agricultores de Portugal, para dinamizar a produção nacional e reconhecer o trabalho diário de

milhares de agricultores, fazendo com que desenvolvam a sua atividade criando um impacto positivo no setor. O acordo, recentemente renovado por um ano mais, visa também a adesão da Mercadona à iniciativa “Portugal Sou Eu”, do Ministério da Economia, para dinamização e valorização da oferta nacional e da qual a Mercadona participa com uma ampla oferta de produtos, como o leite de origem portuguesa, produzido pelo Grupo Lactalis - Parmalat, ou o Pão de Ló, produzido pela Confeitara Alvorada, em Guimarães. Mercadona em Portugal Com a abertura de mais nove lojas em 2021, nos distritos do Porto, Braga, Aveiro e Viana do Castelo, a empresa atingiu um volume de vendas de 415 milhões de euros e pagou 62 milhões de euros em impostos através da empresa

portuguesa Irmãdona Supermercados, sediada em Vila Nova de Gaia. Além disso, finalizou o ano com uma equipa de 2500 colaboradores e um investimento de 110 milhões de euros. Com o objetivo de partilhar com a sociedade parte do que dela recebe, a Mercadona aumentou, as doações a cantinas sociais, bancos alimentares e outras instituições de solidariedade social, tendo doado um total de 1.400 toneladas de bens essenciais em território nacional, o ano passado. A empresa prevê investir 150 milhões de euros em Portugal em 2022, com a abertura de mais dez lojas, chegando assim a cinco novos distritos: Viseu, Leiria, Santarém, Setúbal e Lisboa. Linha de apoio A Mercadona criou uma nova linha telefónica de Apoio ao Cliente. O 800 500 220 é um serviço

gratuito, disponível de segunda a domingo, das 07:00h às 22:30h, 365 dias por ano e que conta com uma equipa de 85 colaboradores. Esta nova linha de Apoio ao Cliente mantém o objetivo de ouvir os “Chefes” para poder oferecer soluções ágeis e eficazes, continuar a definir produtos e a melhorá-los, a inovar nas lojas e nos serviços, responder a dúvidas, ou simplesmente para sugestões ou reclamações. Podem ainda contactar este serviço gratuito de atendimento para qualquer dúvida relacionada com Ofertas de Emprego, apoio nas candidaturas ou sobre a política de Recursos Humanos da empresa. Ao uniformizar esta linha de Apoio ao Cliente, eliminando mais tarde os números que anteriormente existiam, um para Portugal e outro para Espanha, a Mercadona torna ainda mais fácil a comunicação com os clientes, adaptando o atendimento a cada país, independente do lado da fronteira em que se encontrem. Em 2021, e com recurso a este serviço, a empresa conseguiu responder a mais de 230.000 consultas, nos dois países. Da mesma forma, além desta linha de Apoio ao Cliente, os “Chefes” podem também entrar em contacto com a Mercadona através de outros canais de comunicação disponíveis na secção de Apoio ao Cliente, em mercadona. pt, tais como o formulário de perguntas, o correio eletrónico para sugestões, as redes sociais (Facebook, Twitter, Instagram, YouTube e LinkedIn).


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Atualidade

Secretário de Estado visitou Inapal Metal

“Nordbygg” é o nome de uma das mais importantes feiras empresariais vocacionadas para a construção civil na Suécia e decorreu na última semana de abril. A empresa trofense Nibble esteve representada no evento, através da parceira de negócios DAFO. Uma das líderes no mercado da segurança contra incêndio na Escandinávia, esta empresa é também responsável pela distribuição das soluções da Nibble no norte da Europa, uma

das mais recentes a NURIA, nova Central de Deteção de Incêndio Endereçável concebida pela empresa trofense, que foi selecionada pela DAFO entre outras soluções existentes no mercado. O diretor executivo da NIB BLE, José Azevedo, adiantou que esta parceria é um acontecimento importante para o crescimento internacional da empresa e demonstra a qualidade das soluções portuguesas no mercado global.

DR

Nibble apresenta soluções na Suécia

João Neves inaugurou nova prensa Reforçar consideravelmente os ganhos de produtividade e tecnológicos é o objetivo da empresa trofense Inapal-Metal com o novo equipamento industrial que adquiriu e cuja inauguração, a 27 de abril, mereceu a presença do secretário de Estado da Economia, João Neves. Além de perceber a função da prensa de mais de duas toneladas, que implicou um investimento de três milhões de euros, o governante mostrou-se agradado pelos “planos para a transição gémea, verde e digital”, da empresa trofense, que se dedica à produção de componentes metais para a indústria automóvel. João Neves ouviu também da ad-

ministração da Inapal Metal as necessidades que a indústria ligada à produção de componentes estruturais para o setor automóvel vive perante o atual cenário que procede a pandemia Covid-19 e e sente já os efeitos nefastos do conflito entre a Rússia e a Ucrânia. “É intenção do Governo reforçar o apoio às empresas através do Plano de Recuperação e Resiliência, como um instrumento de crescimento económico”, referiu o secretário de Estado, que considera que “a aposta na formação e nos equipamentos permitirá que as empresas sejam mais fortes e mais capazes”. Com cerca de 300 trabalhadores, a Inapal Metal exporta para

Espanha, França, Alemanha, Inglaterra, Turquia, Estados Unidos Brasil e África do Sul.

“O dinamismo do cluster automóvel na Península Ibérica, nos próximos anos, trará oportunidades para as empresas nacionais. Foi, assim, com atenção e gosto, que ouvi os planos para a transição gémea - verde e digital - e a centralidade que essa mesma transição representa para a empresa, para a sua competitividade e produtividade futura. . João Neves Secretário de Estado da Economia


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Religião

Bar da Comissão de Festas abre esta sexta-feira

Paróquia anunciou abertura do bar da comissão para esta sexta-feira

Paróquia de S. Romão em festa por Nossa Senhora de Fátima A paróquia de S. Romão do Coronado promove, esta sexta-feira, 13 de maio, as solenidades em honra de Nossa Senhora de Fátima. Depois de 12 dias em que a Imagem Peregrina percorreu os diferentes lugares da paróquia, a comunidade prepara-se para o grande dia, marcado pela Profissão de Fé das crianças do 6.º ano da catequese. A celebração acontece depois

da missa em honra de Nossa Senhora de Fátima, marcada para as 08h00. O cortejo das crianças inicia-se às 10h30, junto à Capela de Santa Eulália, rumo à Igreja Paroquial, onde se celebrará a festa da Profissão de Fé. À tarde, após a entrada da Banda de Música de Moreira da Maia e da Fanfarra Particular de Gondomar, realiza-se a grande procis-

são, às 16h00, com sermão na Capela de S. Bartolomeu e encerramento na Igreja. Depois, até ao fim do mês, decorre oração do terço às 21h00, na Igreja Paroquial, com exceção dos sábados, nos quais a oração inicia às 18h30. Nas restantes paróquias do concelho da Trofa, tem havido recitação do terço diariamente.

Bênção dos Universitários na Igreja Nova A Igreja Nova da Trofa é palco, a 28 de maio, da 7.ª edição da Bênção dos Universitários. A cerimónia decorre às 19h00 e, este ano, é possível a participação das famílias dos estudantes, após um ano em que a iniciativa foi reservada aos protagonistas, devido à pandemia da Covid-19. Celebraremos todos juntos a nossa vida académica e realizaremos a bênção dos estudantes. No final da celebração, ainda teremos os comes e bebes, em

que teremos todo o gosto em ter a tua presença para juntos convivermos e partilharmos momentos”, referiu o grupo de jovens Gera'Esperança, que está a organizar o evento. Os interessados em integrar a bênção, devem inscrever-se, até 22 de maio, através do link https://bit.ly/3L1vro4. Os universitários devem marcar presença na cerimónia trajados ou envergando a camisola do curso universitário que frequentam.

O bar da comissão de festas de Nossa Senhora das Dores entra em funcionamento esta sexta-feira, 13 de maio, no edifício junto à antiga estação, na Alameda. Esta valência é uma das formas que a paróquia tem para angariar fundos para suportar as despesas da romaria, pelo que, no boletim

semanal, o pároco Luciano Lagoa solicitou à comunidade que “visite o espaço e ajude as festas”. Em breve, iniciarão também os peditórios pelos lugares da paróquia, com o mesmo objetivo de angariar fundos.

Bodas matrimoniais celebradas a 15 de maio A paróquia de S. Martinho vai celebrar as bodas de prata, ouro e diamante de todos os casais que completem, durante todo o ano de 2022, 25, 50 ou 60 anos de matrimónio. Esta celebração está marcada

para 15 de maio, integrada na eucaristia dominical das 11h00, na Igreja Nova. Aos casais que completem estes jubileus a paróquia solicita inscrição no Cartório Paroquial para se poder organizar a festa.


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Atualidade

Festa azul e branca no Catulo

Catulo foi local de festejos dos portistas E o Catulo pintou-se de azul e branco. Como é tradição, os adeptos de futebol campeões nacionais invadiram o centro da cidade para festejar o 30.º título do Futebol Clube do Porto, garantido no Estádio da Luz, com uma vitória por 0-1 frente ao SL Benfica. Poucos minutos depois do apito final, os primeiros adeptos deslocaram-se para a rotunda do Catulo, onde, nos automóveis, deram voltas e buzinaram, em sinal de festa. Alguns, já vestidos a rigor, abriram as janelas dos veí-

culos e colocaram os cachecóis ao vento, para que, caso houvesse, esclarecer dúvidas sobre tal frenesim. Aos poucos, a pé, dezenas de pessoas juntaram-se nas imediações da rotunda, para cantar a glória azul e branca e houve alguns que até desafiaram as regras e subiram à escultura metálica na rotunda, acendendo tochas e empunhando a bandeira do novo campeão nacional de futebol. C.V.

Trofense representa Portugal no Europeu de minifutebol

R icardo A raújo foi convocado à seleção nacional Ricardo Araújo foi convocado para integrar a seleção nacional de minifutebol, que vai competir no Campeonato Europeu, que decorre na Eslováquia, de 4 a 11 de junho. A convocatória foi anunciada esta terça-feira. O atleta, que já representou as cores do Clube Desportivo Trofense, alinhando na baliza, con-

venceu o selecionador nacional no estágio de observação, que aconteceu no passado fim de semana. Ricardo Araújo foi, este ano, campeão nacional de futebol de 7, pela equipa Tropa do Morro, com direito a prémio de melhor guarda-redes, e vai agora vestir as cores de Portugal numa competição internacional. C.V.

Posto de abastecimento no Intermarché Abriu, na semana passada, um novo posto de abastecimento de combustíveis, na Trofa. Fica no Intermarché e conta com o selo do retalhista, oferecendo aos clientes um serviço 24 horas. Antes de entrar em funcionamen-

to, na sexta-feira de manhã, houve um momento simbólico, com a bênção dada pelo padre Luciano Lagoa. Numa altura em que os preços dos combustíveis têm sido alvo de fortes flutuações, em virtude

das incertezas no mercado global do petróleo, é importante ter mais uma opção de escolha na hora de abastecer, ainda para mais com um novo posto que apresenta preços competitivos, relativamente aos concorrentes.


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Desporto

Equipas da Trofa em bom plano no Grande Prémio Azores ACDC Trofa e Porminho Team (União de Ciclismo da Trofa) foram duas das 14 equipas, quatro delas estrangeiras, que participaram no Grande Prémio Azores, que se dividiu por três etapas, de 6 a 8 de maio. Destas coletividades, o melhor atleta foi Rui Silva, da Porminho Team, que terminou no 11.º lugar da classificação geral, a 11:47 minutos do vencedor da prova, Louis Sutton, da equipa espanhola Brocar Ale. O corredor da formação da Trofa somou ainda um top10, na última etapa, entre a Ribeira Grande e a Lagoa do Fogo, num percurso de 126,6 quilómetros. A Porminho Team, que conseguiu o 5.º lugar por equipas, viu ainda Rodrigo Silva terminar a competição no 19.º lugar e João Rocha no 23.º. Henrique Silva foi

Equipa da Porminho T eam ficou em 5.º lugar 14.º na classificação geral de juventude.

ACDC foi outra das representantes da T rofa nos Açores

Já a ACDC Trofa teve como atleta mais bem classificado Diogo Saleiro, que fechou o top25 da amarela. O mesmo corredor foi 7.º na geral da juventude e 12.º na montanha, tendo ainda terminado no 7.º posto, na etapa inaugural, Ponta Delgada e Nordeste (111 quilómetros). Renan Quadri foi 12.º classificado na geral de pontos, tendo vencido uma meta volante na primeira etapa. A segunda etapa foi a mais longa desta prova indicada para trepadores, ligou Nordeste a Ribeira Grande, num percurso de 141,8 quilómetros. C.V.

Escola de Atletismo a correr em várias frentes

Daniela Gregório foi 5.ª, na M aia

Nas provas de preparação da Associação de Atletismo do Porto, que tiveram lugar no Estádio Prof. Dr. Vieira de Carvalho, na Maia, a 8 de maio, a Daniela Gregório, da Escola de Atletismo da Trofa, conseguiu alcançar o 5.º lugar na corrida de três mil metros. Ana Silva, no dia anterior, subiu ao pódio do Meeting Renato Silva, ao conseguir o 3.º lugar nos 1500 metros. A 30 de abril, a equipa trofense esteve representada no Torneio Jovem do Norte, com Bruno Sá, que conseguiu o 2.º lugar no quadruplo salto e o 3.º nos 80 metros, em iniciados. Participaram ainda Leonor Carneiro (iniciada, 8.º lançamento do peso e 2.º quadruplo salto), Mariana Azenha (iniciada, 7.º lançamento do peso e 12.º nos 800m), Luna Silva (iniciada, 9.º nos 80m e 2.º nos 250m/barreiras), Miriam Torres (iniciada, 10.º no lançamento do peso e 12.º nos 80m), Margarida Oliveira (infantil, 13.º nos 80m e 7.º nos 800m) e Denis Tsybrviskyy (infantil, 12.º nos 80m e 12.º nos 800m). Já os veteranos Gabriela Pelicano e Jorge Costa participaram no 12.º Grande Prémio de Atletismo de Rebordosa, a 1 de maio, tendo arrecadado o 9.º lugar em F40 e o 10.º em M45, respetivamente. No mesmo dia, no Meeting Atletismo do Porto António Ferreira, Mariana Azenha obteve o 19.º posto nos 80m e o 7.º no lançamento do peso.

CARTÓRIO NOTARIAL DA TROFA Extrato Notarial de Escritura de Justificação Certifico que por escritura de “Justificação para Reatamento do Trato Sucessivo”, outorgada no dia 05.05.2022, nesto Cartório Notarial da Trofa, sito na Rua D. Pedro V, n° 527, freguesia de Bougado (São Martinho e Santiago) concelho da Trofa, exarada no Livro de Escrituras n° 54-E a folhas 32 seguintes, perante mim respetivo Notário, Tomás Machado Lima de Sousa Rio compareceu como Outorgante: Carmesinda do Couto Rolo, NIF. 127064338, viúva, natural da freguesia de Bougado (Santiago), concelho de Santo Tirso, residente na Travessa da Ponte, n° 18, freguesia de Bougado (São Martinho e Santiago) Trofa, que outorga na invocada qualidade de Cabeça de Casal da HERANÇA ILIQUIDA E INDIVISA ABERTA POR ÓBITO DE JOAQUIM MIRANDA DIAS; cuja identidade verifiquei pela exibição do cartão de cidadão nacional português de que era portadora. E declarou, sob sua inteira responsabilidade: Que conforme tudo melhor consta na escritura de Habilitação de Herdeiros, outorgada neste Cartório Notarial da Trofa, no dia 1602-2022, exarada no Livro de Escrituras Nº 51 E a folhas 100; outorga na invocada qualidade de Cabeça de Casal da HERANÇA atrás identificada; Que invoca que aquela Herança é a úníca dona e legítima possuidora, com exclusão de outrem, do Prédio Urbano, atualmente composto por uma casa e horta, sito no Lugar de Vailares, na união de freguesias de Bougado (São Martinho e Santiago), concelho da Trofa, descrito na Conservatória do Registo Predial da Trola sob o número 4513 da extinta freguesia de Santiago de Bougado, ainda como omisso na matriz, com registo do “Aquisição” a favor de José Alves da Silva, casado, pela Apresentação 2 do 02-01-1921, Inscrito na matriz sob o Artigo 97 (teve origem no Artigo 8516 da extinta freguesia de Santiago de Bougado), conforme declarou sob sua inteira responsabilidade; Que tem perfeito conhecimento que o referido José Alvos da Silva e cônjuge doaram o imóvel a Maria Olinda do Couto Reis, viúva, por escritura outorgada no ano do 1970, em dia e mês que já não consegue precisar, a qual nunca conseguiu encontrar apesar das buscas o diligências efetuadas no Arquivo Distrital do Porto, Cartórios Notariais e Secretarias Judiciais, deste Distrito do Porto; Que posteriormente o imóvel veio à posse dela própria, Carmesinda do Couto Reis, o cônjuge Joaquim Miranda Dias, casados entre si sob o regime da comunhão geral de bens, por escritura de “Doação”, outorgada no dia 01-08-1979, na Secretaria Notarial de Santo Tirso, exarada nos Livros de Escrituras Números B-82 (folhas 100) a B-83 (folhas 1), pela qual a referida Maria Olinda do Couto Reis lhes doou o imóvel, tendo a mesma entretanto já falecido; Que o imóvel doado no ano 1979 era ao tempo composto por parcela de terreno destinada a construção urbana, com o valor atual atribuído de mil euros; sendo que desde esse ano, ou seja há mais de 20 anos, ela Carmesinda do Couto Reis e cônjuge, o referido Joaquim Miranda Dias, entretanto falecido, entraram na posse do imóvel, e de imediato o ocuparam e passaram a usufruí-lo, sendo que exerceram de imediato e de aí em diante todos os atos de posse,habitando-o, isto é, gozando de todas as suas utilidades, direitos, e benefícios por ele proporcionadas; mais sobre a parcela de terreno contruíram a casa e horta atrás descritas, tudo a suas expensas. Que sempre administraram o imóvel, sem qualquer interrupção, com o conhecimento de toda a gente, sem oposição de quem quer que seja, e com o ânimo de quem exerce direito próprio, ou seja, exercendo essa mesma posse de forma contínua, pública, pacífica, e de boa-fé; e que dadas as características de tal posse, justifica o direito de propriedade, para efeitos de inscrição na competente Conservatória do Registo Predial, dado que esta forma de aquisição não pode ser comprovada por qualquer outro título formal extrajudicial. Que, assim sendo, a HERANÇA ILÍQUIDA E INDIVISA ABERTA POR ÓBITO DE JOAQUIM MIRANDA DIAS, invoca ser a única dona e legítima possuidora, com exclusão de outrem do imóvel. Que foram notificados os titulares inscritos ou seus herdeiros. Cartório Notarial da Trofa, 05-05-2022. O Notário, Tomás Machado Lima de Sousa Rio


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O NOTÍCIAS DA TROFA

Desporto

Capita assinou a manutenção

Liga Portugal SaBSEG 33.ª jornada Trofense 2-1 Académica OAF GD Chaves 2-2 Estrela Amadora Penafiel 1-2 FC Porto B Benfica B 1-2 Feirense Mafra 0-2 Leixões Casa Pia 2-1 Vilafranquense Covilhã 0-1 Rio Ave Nacional 1-2 Académico Viseu Farense 0-1 Varzim

LOCAL Estádio do CD Trofense Á R BITRO João Gonçalves (A F Porto) TROFENSE Rodrigo Moura; Tito Júnior, Ange Mutsinzi, Simão Martins, Tiago André, Matheus Índio, Vasco Rocha (Caio Marcelo, 90’+3’), Gustavo Furtado (Daniel Liberal, 90’+3’), Bruno Almeida (Capita, 46’) Rodrigo Ferreira (Beni Mukendi, 63’) e Bruno Moreira (Youcef Bechou, 63’) Treinador: Sérgio Machado

Classificação

Galvanizados com a missão que tinham para “empurrar” a equipa rumo ao objetivo urgente de garantir a manutenção, e beneficiando da entrada livre, os adeptos acederam à chamada e foram ao estádio, na tarde de domingo. Com as bancadas compostas, e até com uma claque de uma Académica há muito despromovida, as duas equipas protagonizaram 45 minutos de futebol de pouca

CD Trofense

ACADÉMICA Mika, Michael Douglas (Guilherme, 90’), Zé Castro, Jorge Fellipe, João Traquina, Ricardo Dias, Ivan Pavlic (Sodiq Fatal, 65’), Fábio Viana (Mimito Biai, 82’), Reko, João Carlos e Costinha (João Mário, 90’) Treinador: Zé Gomes AMARELOS Capita (46’), Jorge Fellipe (59’), Ivan Pavlic (61’), Fábio Vianna (79’), Rodrigo Moura (89’) AO INTERVALO: 0-0 GOLOS: Mika (52’ pb), Jorge Fellipe (56’) e Capita (75’)

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1 Rio Ave 2 Casa Pia 3 Chaves 4 Feirense 5 Benfica B 6 Nacional 7 Penafiel 8 Leixões 9 Mafra 10 FC Porto B 11 Vilafranquense 12 Farense 13 Est. Amadora 14 Trofense 15 Académico Viseu *16 SC Covilhã **17 Varzim **18 Académica

67 65 64 55 54 51 48 48 43 42 41 40 37 37 37 33 32 16

* playoff despromoção ** despromoção

Capita entrou na segunda parte e marcou o golo da vitória trofense qualidade, com nenhuma opor- -a cair já para lá da linha de golo. O autogolo de Mika, porém, tunidade flagrante de golo e apenas iniciativas sem grande perigo, produziu poucos efeitos, já que das quais se destaca o cabecea- quatro minutos volvidos a Académento de Reko, que saiu ao lado mica empatou a partida, por interda baliza de Moura, e o “tiro” de médio de Jorge Fellipe. Após tentativa gorada de MaMessi, também a sair desenquatheus Índio, que numa posição drado. Os acontecimentos tomaram privilegiada atirou à figura de outro rumo na segunda parte, Mika, o Trofense festejou, novapara alegria dos adeptos trofen- mente, com Capita a assumir o pases, que viram a equipa inaugurar pel principal. O jogador, que já valeu um “puo marcador aos 52 minutos, num lance caricato, em que o guardião xão de orelhas” da Fifa ao Trofenda Académica, na sequência de se e que foi e veio do Lille, apaum canto, agarra a bola e deixa- receu na grande área para dar ao

clube que o catapultou para o futebol europeu a tão desejada manutenção. Ainda houve tempo para um penálti falhado. Após falta assinalada sobre Capita, Mateus Índio foi chamado a cobrar, mas Mika redimiu-se do autogolo e, com uma excelente estirada, negou o terceiro golo ao adversário. Missão cumprida. Falta um jogo para proolongar a festa por mais um ano na 2.ª Liga. É no terreno do Vilafranquense e está marcado para este sábado, às 15h30. C.V.

34.ª jornada Vilafranquense-Trofense (14/05 15H30) Académica OAF-Farense Varzim-CD Mafra Académico Viseu-FC Penafiel Leixões-Casa Pia Est. Amadora-Covilhã FC Porto B-Benfica B Feirense-Nacional Rio Ave-GD Chaves

Adeptos invadiram relvado e um acabou detido

“Se eu achasse que não iríamos conseguir, não vinha” Apesar de transparecer algum alívio no final do jogo, Sérgio Machado fez questão de começar a conferência de imprensa de rescaldo do jogo a garantir que este era o desfecho pelo qual sempre acreditou. “Se eu achasse que não iríamos conseguir, não vinha, porque sabia que seria um passo atrás na minha carreira. Quando tomei a decisão de aceitar o desafio que foi proposto pela estrutura, eu sentia que havia condições para o Trofense ficar na 2.ª Liga. Era um risco, mas era um risco calculado, porque eu conhecia minimamente o plantel”, referiu. O técnico sublinhou ainda o contexto com que veio para terminar a época, situação pela qual nunca passou, já que começou sempre nas equipas pelas pré-épocas. “Este foi o meu primeiro desafio a entrar assim numa fase

Sérgio M achado destacou importância do apoio dos adeptos quase a acabar, mas eu sentia que conseguida, também por prevenpoderia ser algo importante para ção. Sérgio Machado não quis mim e para quem trabalha comi- “correr o risco de pressionar muigo. Mas o mais importante de tudo to” o adversário, para não lhe dar era que o Trofense se mantivesse a oportunidade de explorar a saída na primeira fase de construna 2.ª Liga”, reiterou. A primeira parte não foi tão bem ção e a profundidade. “Andamos

numa fase de dúvida, mas corrigimos na segunda parte e as coisas acabaram por sair melhor”, complementou o treinador. As palavras aos adeptos, que “até deviam ter sido as primeiras”, foram as que puxaram mais a emoção. “Se não tivéssemos este apoio e carinho, especialmente nestes três jogos, as coisas iriam ser muito mais complicadas. O apoio que sentimos foi No final da partida, a festa fezimprescindível”. -se dentro e fora do relvado, com Quanto à possível continuidade adeptos fora... e dentro do relvacomo treinador da equipa da Tro- do. Dois homens decidiram invafa, Machado foi evasivo, garantin- dir o terreno de jogo e abeirar-se do não ter a “ambição de ver mui- dos jogadores do Trofense e um to à frente”, porque “o futebol é o deles acabou detido pela Guarda momento”. “Em relação ao futuro, Nacional Republicana e foi notifitemos jogo com o Vilafranquense. cado para comparecer em tribuDepois, com o tempo, venho fa- nal, na manhã de segunda-feira. lar com a estrutura e ambos ire- O outro conseguiu fintar as automos tomar a decisão que achar- ridades e acabou por fugir pela mos melhor”. bancada afeta à Académica.


14 O NOTÍCIAS DA TROFA

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Desporto

Bougadense termina época com “sucesso” da manutenção

Resultados futebol formação CD Trofense Sub-19 2.ª Div. Nacional Jun.A Fase Manutenção Jornada 12 Merelinense 2-1 Trofense (2.º lugar, 57 pontos) Sub-19 B 2.ª Divisão 2.ª Fase Série C AFP Jornada 3 CD Aves 1930 1-1 Trofense (4.º lugar, 2 pontos) Sub-17 1.ª Div. Série 2 AFP Jornada 29 Alfenense 0-4 Trofense (3.º lugar, 72 pontos)

Equipa despediu- se do treinador T iago Velho O A t l é t i c o C lu b e B o u g a dense encerrou a temporada 2021/2022 no 14.º lugar da série 2 do segundo escalão de futebol distrital, garantindo a manutenção. Treinador está de saída e direção faz balanço positivo da campanha desportiva. CÁTIA VELOSO

A equipa sénior do Atlético Clube Bougadense terminou a época desportiva na série 2 da Divisão de Honra da Associação de Futebol do Porto. A formação de Bougado colocou o ponto final na temporada, a 1 de maio, com um empate a dois golos diante da UDS Roriz,

equipa que terminou no 2.º lugar e recém-promovido à Divisão de Elite. Para trás ficaram 30 jogos e 31 pontos conquistados, distribuídos por sete vitórias, dez empates e 13 derrotas, num goal-average de 34 golos marcados e 57 sofridos. Feitas as contas, o Bougadense encerra 2021/2022 no 14.º lugar e assegura a manutenção. No final do jogo de domingo, o treinador Tiago Velho anunciou a saída do comando técnico da equipa, confirmando as declarações feitas ao NT dias antes, de que estava na hora de sair. Já a direção do clube, presidida por André Fernandes, sublinhou

uma época de “muitas emoções, alegrias e tristezas”. “Fica também a garantia que o clube deu o seu melhor para alcançar os seus objetivos. A manutenção na Divisão de Honra foi alcançada com sucesso e para o ano cá vos esperamos de novo para novas emoções e muito futebol”, concluiu, lançando o desafio aos adeptos para que continuem a acompanhar a equipa no segundo escalão do futebol distrital. Entretanto, para este interregno competitivo está previsto o início das obras no parque de jogos, que inclui colocação de novo piso sintético e construção de novos balneários.

Futsal formação

Dérbi concelhio acaba empatado No dérbi concelhio de juvenis, as equipas trofenses do FC. S. Romão e CR Bougado empataram a uma bola. Com este resultado, e ao fim de sete jornadas, a formação do Coronado segue na Taça Complementar da AFP no 3.º posto, com oito pontos, enquanto o CR Bougado é 5.º classificado, com dois pontos. Académico de Pedras Rubras e Arsenal Maia são, respetivamente, os próximos adversários de romanenses e bougadenses. Já os juniores do CR Bougado deslocaram-se até Lousada para defrontar o JDM Futsal Meinedo, para a ronda cinco da Taça Complementar do escalão, na Asso-

ciação de Futebol do Porto (AFP). Mesmo começando a perder, os bougadenses conseguiram a reviravolta e arrecadaram uma vitória por 1-4, que os coloca no 2.º lugar, com 12 pontos. No próximo fim de semana, a equipa de Carla Maia viaja a Paços de Ferreira para medir forças com a ARC Moinhos. Por sua vez, os iniciados do FC S. Romão averbaram uma derrota frente ao ADR Parada por 0-3, a contar para a 7.ª jornada da Taça Complementar da AFP. Os romanenses estão em 5.º lugar, com seis pontos, e na próxima ronda recebe o Atlético Teibas.

No escalão de infantis, o FC S. Romão, que enfrentou a GDCR Escolas de Arreigada, saiu derrotado por 2-3 e, cumpridas 14 jornadas da 1.ª Divisão da AFP e segunda fase do campeonato do escalão, segue na 6.ª posição, com 22 pontos. O Juventude de Gaia é o adversário que se segue. Na mesma competição, CR Bougado também também não foi feliz, perdendo, em casa, diante da AD Penafiel, por 3-4. Com o desaire, os bougadenses estão em 12.º lugar, com sete pontos, e na próxima jornada defrontam o Gondomar FC. R.A./C.V.

Sub-17 B Taça complementar S6 AFP Jornada 4 CD Sobrado 0-5 Trofense (6.º lugar, 7 pontos) Sub-15 1.ª Div. Série 2 AFP Jornada 29 Infesta 1-2 Trofense (8.º lugar, 50 pontos) 2.ª Div Taça Complementar Série 7 Jornada 5 Trofense 3 - 3 Póvoa FC (9.º lugar, 5 pontos) Sub-13 1.ª Divisão Jornada 10 Trofense 5-1 Aliados Lordelo (2.ºlugar, 27 pontos) Sub-12 Divisão Elite AFP Jornada 11 Coimbrões 1-3 Trofense (2.º lugar, 24 pontos) Sub-11 Div. Honra Série 2 AFP Jornada 7 Trofense 3-6 CD Aves (7.º lugar, 9 pontos)

Sub-9 LCA Série 2 Jornada 18 Trofense 5-0 Varzim (6.º lugar, 18 pontos) Sub-7 AF Porto S7 Série 4 Jornada 18 Trofense 0-4 Gondomar (8.º lugar, 18 pontos) AC Bougadense Sub-19 Taça Complementar AFP Jornada 4 Valonguense 2-1 Bougadense (7.º lugar, 3 pontos) Sub-17 Taça Complementar AFP Jornada 4 Bougadense 0-11 Vilarinho (9.ºlugar, 0 pontos) Sub-15 Taça Complementar AFP Jornada 5 Bougadense 0-4 Raimonda (6.º lugar, 6 pontos) Sub-13 1.ª Divisão AFP Jornada 9 USC Paredes 0-4 Bougadense (4.º lugar, 18 pontos) Sub-11/10 Divisão elite Série 2 Jornada 8 Col. Ermesinde 1-6 Bougadense (1.º lugar, 24 pontos) Sub-11/10 D. Divisão série 2 Jornada 7 Bougadense 0-1 SC Montezelo (7.º lugar, 0 pontos)


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Desporto

Festa da Taça fez-se no Coronado

Bike Polo regressa ao Coronado A modalidade nasceu na Irlanda, passou a ser jogada nos Estados Unidos e depois na Europa. O Bike Polo chegou ao Coronado há cerca de quatro anos e após um período de pausa, devido à pandemia, está de volta com a 2.ª edição do Porto Open Bike Polo no fim de semana, 14 e 15 de maio, na Quinta de S. Romão. O torneio, que se joga num ringue com recurso a uma bicicleta e um taco, será realizado no formato de 3x3, com um limite de

16 equipas. Na modalidade, os pés dos jogadores não podem estar em contacto com o chão e caso isso aconteça, o atleta terá que se deslocar ao meio campo e bater com o taco. Em 2018, a Vila do Coronado foi palco de um torneio nacional e da primeira edição do Porto Open Bike Polo, que contou com participantes da Holanda, Bélgica, França, Itália, Espanha e Alemanha. C.V.

Estágio Nacional de Karaté Shotokai no dia 14 A Associação de Karaté do Porto promove, a 14 de maio, pelas 10h00, no pavilhão desportivo da Escola Básica e Secundária do Coronado e Castro, em S. Romão do Coronado, um estágio nacional de shotokai. A atividade é desenvolvida em parceria com o dojo de karaté shotokai da Associação Recrea-

tiva Juventude do Muro. Este espaço existe há vários anos e conta com a experiência de Arlindo e Filipe Ferreira. As aulas decorrem às segundas, quartas e sextas-feiras, entre as 19h00 e as 21h00. Podem ser consultadas mais informações através do www.akporto.org. A.S.C./C.V.

2.º Open Kyokushin no pavilhão de S. Romão No dia 21 de maio, sábado, a vila do Coronado é palco da 2.ª edição do Open Kyokushin Portugal. Da responsabilidade da Associação de Kyokushin de Portugal, que conta como parceira a tro-

fense Associação de Kyokushin do Ave (AKA), a competição estará aberta ao público das 10h30 às 12h30 e das 15h00 às 19h00, no pavilhão desportivo da Escola Básica e Secundária do Coronado e Castro, em S. Romão.

ARD Coronado foi uma das vencedoras da tarde ARD Coronado, em seniores femininos, Casa do FC Porto da Trofa, em seniores masculinos, e AB92, em veteranos masculinos, foram as vencedoras da Taça Concelhia de futsal. CÁTIA VELOSO

Foi na lotaria das grandes penalidades que a Associação Recreativa e Desportiva do Coronado conseguiu garantir a conquista de mais uma Taça Concelhia de futsal em seniores femininos. A coletividade bateu o Rancho Folclórico de Santo Tirso – Rebordões por 5-3, nos penáltis, após nulo no tempo regulamentar e prolongamento. No escalão de seniores masculinos, coube à Casa do FC do Porto da Trofa levantar o “caneco”, após triunfo diante do GD Covelas, por 4-3. Já a equipa de Santo

Tirso AB92 goleou o FC S. Romão, por 5-0, e sagrou-se vencedora da Taça em veteranos masculinos. As finais desta competição, que decorreram a 1 de maio, no pavilhão desportivo da Escola Básica e Secundária do Coronado e Castro, em S. Romão, são um dos momentos altos da época desportiva organizada pela Associação de Futebol Popular da Trofa (AFPT). “Esta temporada procuramos, novamente, voltar aos campos e as finais da Taça são o desenrolar do processo de retoma após a paragem a que fomos forçados, por causa da pandemia”, explicou Madalena Azevedo, presidente da AFPT. Nesta altura, os campeonatos já iniciaram a segunda metade da temporada, com os veteranos masculinos, que têm menos

equipas, a disputarem uma prova extra. “Estava tudo com fome de bola. E temos cada vez mais equipas de fora (de outros concelhos) a integrarem os nossos campeonatos. Não sei se por falta de organização do lado de lá, mas as coisas estão a evoluir favoravelmente do nosso lado”, referiu a dirigente, num argumento à facilidade de reerguer os campeonatos após interregno provocado pela Covid-19. No início da época, Madalena Azevedo foi reeleita para um novo mandato como presidente da AFPT. Para o futuro, o objetivo é trazer novidades, como “o regresso” dos campeonatos das equipas de formação. “É o que falta no nosso concelhio, ter os meninos a jogar. E depois retomar o torneio MKA e ter as seleções”, anunciou.

Futsal concelhio Seniores Femininos 10 ª jornada CJ Malta 2-5 S. Pedro Maganha Vermoim 2-2 Alvarelhos Int. Milheirós 2-3 RFST Rebordões ARD Coronado 2-0 ACD Fornelo

Seniores Masculinos 10 ª jornada CRB 2-2 FC Rebordões GD Covelas 1-3 Casa FCP Trofa AR Paradela 1-1 ARSP Maganha GDR Ferreiró 5-3 ARD Coronado

Veteranos Masculinos Prova Extra - 3 ª jornada FC S. Romão 2-2 Team Lantemil ARD Coronado 2-6 AB 92 Alvarelhos 5-1 S. Pedro.Maganha

Classificação 1.º ARD Coronado - 22 pontos 2.º S. Pedro Maganha - 21 pontos 3.º GCR Vermoim - 19 pontos 4.º GCR Alvarelhos - 17 pontos 5.º RFST Rebordões - 13 pontos 6.º Inter Milheirós - 12 pontos 7.º CJ Malta - 7 pontos 8.º ACD Fornelo - 2 pontos

Classificação 1.º Casa FCP Trofa - 23 pontos 2.º AR Paradela - 18 pontos 3.º GDR Ferreiró - 17 pontos 4.º S. Pedro Maganha - 16 pontos 5.º Guidões FC - 13 pontos 6.º GD Covelas - 11 pontos 7.º ARD Coronado - 5 pontos 8.º FC Rebordões - 5 pontos 9.º CR Bougado .- 3 pontos

Classificação 1.º AB 92 - 6 pontos 2.º GCR Alvarelhos - 6 pontos 3.º FC S. Romão - 5 pontos 4.º Team Lantemil - 4 pontos 5.º S. Pedro Maganha - 2 pontos 6.º ARD Coronado - 1 ponto


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História

Jesus O Nazareno Capítulo VII mente, alguns séculos antes disso. A RESSURREIÇÃO DE JESUS: “O mármore que cobre a sepultura FOI UM REGRESSO À VIDA foi puxado e fomos surpreendidos TERRENA? No n.º 646 do Catecismo da Igre- pela quantidade de materiais que ja Católica, é referido (e explica- ainda existe debaixo”, afirmou à do) que “a ressurreição de Cristo revista National Geographic o arnão foi um regresso à vida terrena, queólogo Fredrik Niebert, integraSanto Sepulcro alvo de escavações como no caso das ressurreições do na equipa de restauro. De acorque Ele (Jesus) tinha realizado an- do com a tradição cristã, o corpo de locado a Israel com a finalidade de tes da Páscoa: a filha de Jairo, o jo- Cristo foi depositado numa “cama “saber mais” sobre a vida do Nazavem de Naim e Lázaro. Esses fac- sepulcral” talhada de lado, numa reno que mudou o mundo há mais tos eram acontecimentos milagro- caverna de pedra calcária, após a de 2000 anos. 1 - A casa onde Jesus morou, em sos, mas as pessoas miraculadas sua crucificação pelos romanos. Sereencontravam, pelo poder de Je- gundo os evangelhos, Jesus ressus- Nazaré, foi descoberta por Ken sus, uma vida terrena ‘normal’: em citou três dias após a sua morte. Al- Dark, um arqueólogo da Universidado momento, voltariam a morrer. gumas mulheres foram ao sepulcro, dade de Reading, no Reino Unido. A ressurreição de Cristo é, essen- na manhã do primeiro dia da sema- Ele acredita ter descoberto a casa cialmente, diferente. No seu corpo na, e declararam que não havia res- da infância de Jesus, depois de passar 14 anos a estudar o que está por ressuscitado, Ele passa do estado tos mortais no local. Anselmo Borges, padre e teólo- baixo do Convento das Irmãs de de morte a uma vida para além do espaço. O corpo de Cristo é, na res- go, solicitado a comentar a possibi- Nazaré, em Israel O investigador surreição, cheio do poder do Espí- lidade de se encontrarem as “ossa- tem a certeza de que se trata de rito Santo; participa da vida divina das de Jesus” no interior do túmu- uma casa do século I, muito provano estado da sua glória, de tal modo lo, elenca, em três pontos, as suas velmente da infância de Jesus. “Esque São Paulo pode dizer de Cristo dúvidas: “Ponto um, mesmo que cavada no calcário, com dois quarque Ele é o ‘homem celeste’” (572). encontrassem os restos mortais tos, uma escada que conduzia a um de Cristo, como é que se ia proce- terraço ou andar de cima, com omder à identificação de que se trata- breira de porta extremamente bem O túmulo estava vazio: va de Jesus? Não haveria qualquer preservada, era uma casa típica de Jesus ressusistou... e se um dia base de ADN para comparar”. Pon- uma família judaica, da época”, realguém encontrar o corpo (ou to dois, depois, tendo Cristo sido fere o cientista a uma revista. ossos) de Jesus Cristo? 2 - O que originou a morte de JeNo ano de 2016, andou uma equi- crucificado ao lado de criminosos pa de cientistas a escavar no San- comuns da época, “não é impos- sus? Ou, em termos actuais: porto Sepulcro. A possível descober- sível que Jesus tenha sido atirado que morreu Jesus ? (Certidão óbito) O grito profundo, no alto do Calta de um corpo, ou ossos, de Jesus para uma vala comum”. Finalmenpoderia “abalar a fé de milhões de te, em terceiro lugar, “a fé não seria vário, e a sede era insuportável. afectada, porque o núcleo do Cris- Depois de espancado e crucificacristãos”? A pretexto de alguns trabalhos tianismo é a vida espiritual. Aqui- do, Jesus teria perdido 45% do seu de restauro, uma equipa de arqueó- lo em que acreditamos, quando sangue. Um dos sintomas é uma logos da National Geographic, re- falamos de ressurreição, não é na sede horrível. A morte terá sido rávelou, pela primeira vez em sécu- reanimação do cadáver”. Ansel- pida, ao contrário de outros crucilos, a superfície do Santo Sepulcro, mo Borges reconhece, no entanto, ficados que ficavam dias na cruz a localizado no interior da Basílica que os primeiros cristãos, para da- perecer: Quem o garante é o mécom o mesmo nome, na cidade Ve- rem “realismo” à sua fé, materiali- dico norte-americano Joseph Berzaram o conceito de ressurreição. geron, que terá feito a reconstituilha de Jerusalém. Na imprensa internacional criou- “Mas o núcleo da fé cristã é que o ção forense da morte de Jesus. Se-se alguma expectativa e nessa al- ser humano não morre para o nada, gundo esse médico americano, Jetura foi lançada, por alguns meios mas para a plenitude de uma vida sus terá ficado 3 a 6 horas crucificado. Morreu após 18 horas de sofride comunicação, a pergunta cru- em Deus.” Entretanto, o padre Carreira das mento. Esse clínico concluiu que Jecial: e se encontrassem o corpo de Jesus (restos mortais) no interior Neves frisa a importância das esca- sus “morreu de paragem cardíaca, do túmulo? Estaria o Cristianismo vações arqueológicas anteriores como consequência de uma hemorque serviram para “descobrir o lo- ragia interna de grandes dimenem causa? O teólogo e professor jubilado da cal da morte de Jesus”. O Calvário sões”. “O pregador (Jesus) morreu Universidade Católica, Padre Car- “era um cemitério de crucificados. rápido devido a múltiplos espancareira das Neves respondeu: “Não Alguns diziam que Cristo não tinha mentos(...) Jesus teria vários trauabalaria a minha fé, mesmo que sido enterrado naquele local, mas matismos e hemorragias internas. aparecessem os ossos de Jesus. as grandes descobertas arqueoló- (...) Os sintomas seriam batimento Para mim, a Ressurreição está aci- gicas dos anos 70 atestaram que foi cardíaco, suores, confusão mental ma da ideia da reanimação do cor- ali”. E volta a corroborar: a even- e muita sede”. Joseph Bergeron refere ainda po. Mas, decerto, abalaria a fé de tual descoberta de um corpo nunque, quando o soldado quis verifimilhões de cristãos, porque a po- ca atingiria a sua fé. car se Jesus estava morto ou não, “e sição oficial da Igreja é a de que a lhe espetou a lança, saindo sangue Dados acentuam divergências Ressurreição é a reanimação do e água, isso deve-se aos traumatisentre Jesus Histórico corpo, da matéria”. mos causados pela coagulopatiae Jesus Canónico É de referir que o túmulo de JeNos últimos anos tem havido uma uma alteração nos coágulos, que sus Cristo tem estado coberto com uma placa de mármore pelo me- catadupa de equipas de arqueólo- origina sangramentos abundantes. nos desde 1555, e, muito provavel- gos e historiadores, que se têm desANTÓNIO COSTA

ALGUMAS FRASES PROFERIDAS POR JESUS AO LONGO DO SEU MINISTÉRIO “Está escrito: Nem só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus”. “Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus”. “Vai-te Satanás, pois está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás e só a Ele prestarás culto”. (frases dirigidas a Satanás). “Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus”. “Vinde após mim e Eu farei de vós pescadores de homens”. “Vós sois o sal da terra. Ora, se o sal se corromper, com que se há-de salgar? Não serve para nada, senão para ser lançado fora e ser pisado pelos homens”. “Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre o monte, nem se acende a candeia para a colocar debaixo do alqueire, mas sim em cima do velador e assim alumia a todos os que estão em casa. Brilhe a vossa luz diante dos homens”. “Não penseis que vim para revogar a Lei ou os Profetas: Não vim revogá-la, mas completá-la”. “Se fores apresentar uma oferta sobre o altar, e ali te recordares de que o teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa lá a tua oferta diante do altar e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão. Depois volta para apresentar a tua oferta”. “Ouvistes o que foi dito: Não cometerás adultério. Eu, porém digo-vos que todo aquele que olhar para outra mulher, desejando-a, já cometeu adultério com ela no seu coração. Portanto, se o teu olho for para ti origem do pecado, arranca-o e lança fora, pois é melhor perder-se um dos teus membros do que todo o corpo ser atirado à Geena”. “Também foi dito: Aquele que rejeitar sua mulher, dê-lhe carta de repúdio. Eu porém, digo-vos: Aquele que repudiar sua mulher - excepto em caso de adultério - expõe-na a adultério, e quem casar com a repudiada, comete adultério”. “Ouvistes o que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, digo-vos: Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem”. “Sede perfeitos como o Meu Pai é perfeito.” “Quando deres esmola, que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua mão direita”. “Porque reparas no argueiro que está no olho do teu irmão e não vês a trave que está no teu olho?” “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos seus amigos”. “Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai, se não por Mim”. “Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Se alguém quiser vir após (até) Mim, renegue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me. Quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, mas quem perder a sua vida por Minha causa, encontrá-la-á”. “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá”. “Ninguém pode servir a dois senhores: ele amará a um e odiará a outro, ou se dedicará a um e desprezará a outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas”. “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.” “Amarás ao Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com toda a tua mente: Este é o primeiro mandamento. O segundo é semelhante a este: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os Profetas”. “Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que Eu vos mando”. “Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração”. “Eu estarei convosco até aos fins dos tempos”. “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja”. “Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os enfermos. Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores”. “O sábado foi feito para o homem e não o homem por causa do sábado. O Filho do Homem até do sábado é Senhor”. “Se alguém quiser ser o primeiro, há-de ser o último de todos e o servo de todos”. “Quem vos der a beber um copo de água por serdes discípulos de Cristo, em verdade vos digo que não perderá a sua recompensa”. “Deixai vi a mim as criancinhas, mas não as afasteis, pois a elas pertence o reino de Deus.” “Quem tiver deixado a casa, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou campos por Minha causa e por causa da Boa Nova, recebe cem vezes mais agora, no tempo presente e no tempo futuro, a vida eterna.” “Em verdade, em verdade vos digo: se pedirdes ao Pai alguma coisa em meu nome, ele vos dará.. Pedi e recebereis para a vossa alegria ser completa”.


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História

Esboço da Agricultura em Guidões no antigamente XV OS LAVORES DA TERRA - A VINHA E O VINHO A vinha era essencial na casa de lavoura, embora tratada como uma cultura acessória. O vinho produzido era sofrível, por vezes intragável, mas fazia parte do quotidiano, à mesa ou nos campos, para saciar a sede e, na opinião popular, para restabelecer as forças. Remetida para as bordaduras dos campos, entrançada em árvores, ou sobre os caminhos e quinteiros, em ramadas ou latadas, esta cultura exigia dos agricultores um cuidado especial a partir dos finais do século XIX: os tratamentos fitossanitários, com caldas cúpricas e enxofre para combater as doenças que surgiram aquando da vinda das videiras americanas. Para combater a filoxera, uma praga que ataca as raízes, que devastou quase toda a vinha em Portugal no século XIX, importaram videiras americanas resistentes à praga para servir de cavalo na enxertia das videiras europeias. Volvidos alguns anos, a videira americana acabou por se impor à europeia nalgumas zonas do Entre Douro e Minho, porque eram resistentes às doenças, não necessitando de tratamentos fitossanitários. Nos anos 30 do século XX o Estado publicou uma Lei que proibia a produção e comercialização do vinho “produtor directo” e estabelecendo as áreas onde poderiam existir: sobre quinteiros, caminhos, tanques de rega, tec., todavia nas aldeias continuavam a produzir e a comercializar. Umas das tarefas fundamentais da vinha era a poda feitas pelos podadores empoleirados em escadas grandes encostadas às arvores e, para além de podarem as videiras, esgalhavam as árvores para aliviarem as videiras do assombramento da ramagem. Tarefa muito exigente e perigosa e em pleno Inverno era ver os homens mais afoitos de escadas às costas e tesoura pendurada no cinto (por vezes uma simples corda que segurava as calças), assim como a foice e o serrote. Pela alvorada, depois de comer o almoço, encaminhavam-se para os campos dando início à poda. As mulheres, sempre estas “escravas”, iam apanhando a lenha da poda, fazendo molhos atados com fiteiras para serem levados para o frascal. A lenha das videiras era muito utilizada na lareira e no forno, porque dava mais calor. Feita a poda, era deixar a videira rebentar e estar atentos durante o ciclo vegetativo ao tempo e, sempre que a chuva surgia, era ver os homens de pulverizadores às costas a pulverizar com a calda da bordalesa ou com enxofradeiras a polvilhar com enxofre. Enquanto o homem pulverizava, as mulheres acartavam à cabeça o cântaro com a calda feita de barricas de madeira e, mais tarde, de cimento. Ao fim da tarefa, homens e mulheres estavam todos “pintados” de azul. Pelo fim de Agosto, início de Setembro, era ver o “pintor” a surgir nos bagos e o agricultor a fazer contas à vida. Começavam por limpar a adega, os pipos, dornas e o lagar. Quando os pipos não cheiravam bem, chamavam o carpinteiro da freguesia para os reparar. Destampavam os pipos e raspavam o “sarro” e voltavam a colocar o tampo e apertavam os aros. Em Guidões, havia, no século XX, o senhor “Dino” (Bernardino), carpinteiro esmerado, que se deslocava de bicicleta e um saco de serapilheira com a ferramenta dentro, colocado no quadro, e, de casa em casa, ia consertando as pipas, dornas e tudo mais que fosse necessário. Antes, havia o tio “Sereco”. Contaram-me que o “Sereco” levava o presigo numa marmita e o dono da casa aquecia na lareira e ainda dava o vinho para acompanhar e, por vezes, o “caldo”. Era uma azáfama muito grande no quinteiro, com uma escada no chão rolavam os pipos, com água quente e soda cáustica, sobre a escada, e de quando em vez levantavam-nos e agitavam voltando a repor, repetindo a tarefa depois com água até esta sair limpa e o pipo cheirar bem.

Para secarem bem os pipos colocavam no buraco do batoque um queimador de enxofre e incendiavam-no. As dornas também eram lavadas e raspadas quando necessário, assim como os aros eram apertados. As pipas ao alto e as dornas ao contrário eram os tampos cheios de água para inchar e verificar se estavam estanques. O suor escorria pelos rostos e era ver a alegria dos homens quando recolhiam os pipos já lavados e secos à adega. As dornas eram umas colocadas sobre os carros de bois e bem atadas. Também as gigas e os canistréis eram lavados e colocados a secar para depois serem penduradas nas dornas ao lado das escadas. Na data marcada, ao nascer da aurora, reuniam-se à mesa para o almoço e, de seguida, atrelavam os animais e dirigiam-se para o campo. Homens, mulheres e crianças numa alegria contagiante, cantavam enquanto os pachorrentos amarelos puxavam o carro de bois, marcando o andamento. Chegados ao campo, desatrelavam os bois e os homens colocavam as escadas encostadas às uveiras e as mulheres, de canistrel na mão, trepavam as escadas, enquanto as crianças apanhavam os bagos que caiam. Num sobe e desce constante com alegria, cantarolavam e, de vez em quando, havia uma graça, mas sempre num respeito mútuo. Os homens acartavam as gigas e despejavam nas dornas e também vindimavam. A meio da manhã, havia uma merenda. Sobre a toalha de linho, uma travessa de pataniscas, azeitonas entre outros mimos e sempre a infusa do vinho e a respectiva malga. Findo o dia, era altura de atrelar os bois e colocar as escadas no carro e rumar a casa. Na adega começava a azáfama, os cachos despejados no lagar e depois pisados ao pé. Em pequenas quantidades ou para fazer o vinho branco eram pisadas numa escanganhadeira com o fundo ripado ou furado. No princípio do século XX, surgiram os raladores manuais, onde as uvas eram despejadas na tremonha e depois raladas por dois cilindros estreados, em madeira e, mais tarde, em ferro fundido, accionados por uma roda tocada pelo homem. O movimento dos cilindros era convergente, rodavam em sentido contrário e para o centro forçando os cachos a passar entre eles. A pisa ao pé era muito participada e animada. Um rancho de homens de calções ou de calças bem arregaçadas, depois de lavarem os pés num alguidar com água quente, saltavam para o lagar e de braços sobre os ombros dos parceiros, em fila, iam pisando lentamente e cadenciados, atravessando o lagar de ponta a ponta. A ritmar o compasso estava do lado de fora o ancião que comandava ou um homem com uma concertina. Já a noite ia dentro, era altura de sair do lagar e voltar a lavar os pés para se sentarem à mesa e petiscar qualquer coi-

sa para de seguida recolherem. A azáfama ainda não terminara. Era necessário mergulhar a “manta” com uma vara com uma rodela de madeira na ponta, mexedor, por forma a facilitar a fermentação. Quando a “manta” descia era altura de tirar o mosto para a pipa e o bagaço para a prensa, conforme se fazia para os brancos. Num cerimonial secular, o homem entrava dentro do lagar ou da dorna descalço e calças arregaçadas e com um cesto

e um engaço e enchia (carregava) a prensa, havendo o cuidado de amiudadas vezes de o calcar (formar o pé). Em tempos mais recuados a prensa era a que os romanos nos deixaram: prensa de vara. Uma vara, um tronco de carvalho, que atravessava o lagar, uma das pontas era embutida na parede e na outra tinha um fuso em madeira e o respectivo peso em pedra. Devo dizer que vi alguns pesos, mas nas paredes das adegas não encontrei o postigo com as orelhas onde era colocada a vara. Já no século XIX, surgem as prensas de fuso ao centro do lagar ou numa pedra redonda com uma bica e um fuso. Para conter o bagaço existia os cinchos, ripado de madeira com aros de ferro. Depois de carregada a prensa, eram colocadas as adufas, os malhais e, enroscando a cabeça até a aconchegar aos malhais, era altura de colocar as alavancas ou alavanca e rodar até sentir uma pressão insuperável. Amiudadas vezes, ao longo do dia, repetia-se a tarefa até se aperceberem de que o bagaço estava seco. Neste sistema simples, o rodar era penoso, mas surgiu o sistema francês que era hilariante, composto por uma cabeça com um conjunto de cunhas que, ao saltar, tinham um som característico, tré-tré, que os aldeões apelidavam de macaquinhos. Este sistema era mais fácil de manusear e prensava melhor. Havia agricultores que depois de prensado o bagaço, aliviavam a prensa e esmiuçavam o bagaço e voltavam a carregar a prensa, repetindo a façanha para aproveitar um pouco mais. O mosto era aparado nas dorninhas ou gamelão e levado para as pipas a cântaro até transbordar, na convicção de que assim se limpava as impurezas enquanto fervia. Havia também a água-pé que muitos agricultores faziam, que consistia em retirar o mosto dos tintos e acrescentar ao bagaço um certo número de cântaros de água e deixar ferver. Quando o vinho parava de ferver, os agricultores atestavam o pipo e colocavam o batoque, muitas das vezes utilizavam folhelho do milho para envolver o batoque. Vinho na adega era altura de lavar a adega, lagar, prensa, dornas, gigas, canistréis, etc. e depois de secos arrumavam até a próxima vindima. Pelo S. Martinho, era altura de provar o vinho e se fosse necessário tratá-lo. Por estas notas avulsas podemos constatar um saber que foi delegado pelos romanos e foi-se aperfeiçoando ao longo dos séculos e uma vivência comunitária em que existe uma entreajuda no seio da comunidade. O suor corria pelos rostos, mas as cantigas entoavam pelas veredas numa alegria estonteante de ver a terra a produzir o sustento dos seus corpos e da alma. Causticado pela rudeza do trabalho, o aldeão partilhava o pão, alegria, desencanto e a fartura no seio da família e da comunidade. Havia três vértices na vida: família, igreja e a aldeia.


18 O NOTÍCIAS DA TROFA

12 de maio de 2022

Ecos da Região

Maia vai acolher Centro de Investigação para a Saúde Humana e Animal

Praia urbana de Santo Tirso reabriu R eunião de trabalho de apresentação do projeto aconteceu a 2 de maio Vai nascer, no concelho da Maia, o Centro de Investigação para a Saúde Humana e Animal (CISHA). O projeto surge de um acordo de cooperação entre o ICBAS – Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar e o município maiato, que cedeu um terreno de cinco hectares na freguesia de Moreira. Em nota informativa, a Câmara Municipal liderada por António

Silva Tiago fez saber que partici- reno, o edil maiato acredita que pou numa reunião de trabalho, a “terá efeitos multiplicadores tan2 de maio, com o ICBAS e a Facul- to ao nível da ciência como da dade de Arquitetura da Univer- economia, não só para a Maia e sidade do Porto, para a apresen- para a região, mas também para tação do projeto, “que vai trazer o país”. para a Maia uma importante vaApresentado em 2019, o CISHA lência da Universidade do Porto, estará especialmente vocacionade grande potencial académico, do para investigação na saúde cientifico e económico”. humana e animal (com especial Quanto ao investimento de três enfoque nos animais de grande milhões de euros, valor do ter- porte) e cirurgia experimental.

Necrologia Alvarelhos

S. Martinho de Bougado

S. Martinho de Bougado

Gracinda da Silva Marques Faleceu dia 7 de maio com 86 anos Viúva de José da Silva Moreira

Carlos Alberto Ribeiro Fonseca Faleceu dia 27 de abril com 60 anos Marido de Lúcia Azevedo

Maria José da Silva Carneiro Azevedo Faleceu dia 24 de abril com 67 anos Zeza do Padrão

S. Martinho de Bougado

S. Martinho de Bougado

S. Martinho de Bougado

Prof.ª Maria Manuela Leitão da Costa Faleceu dia 30 de abril com 71 anos Esposa de Jorge Dias

Raimundo de Oliveira Gomes Faleceu dia 1 de maio com 87 anos Marido de Armanda de Jesus Rocha

Adelina da Silva Santos

S. Martinho de Bougado

S. Martinho de Bougado

S. Martinho de Bougado

António Rodrigues da Costa

Joaquim da Silva Santos

Faleceu dia 6 de maio com 74 anos

José de Sá Correia Faleceu dia 8 de maio com 73 anos Marido de Maria Celeste Moreira da Costa

Agência Funerária Trofense, Lda

Agência Funerária Trofense, Lda

Rocha Funerárias, Lda

Agência Funerária Trofense, Lda

Agência Funerária Trofense, Lda

Agência Funerária Trofense, Lda

Agência Funerária Trofense, Lda

Faleceu dia 5 de maio com 90 anos Agência Funerária Trofense, Lda

Faleceu dia 9 de maio com 89 anos Agência Funerária Trofense, Lda

S. Martinho de Bougado

Santiago de Bougado

Ribeirão - V.N.Famalicão

António Azevedo da Silva Faleceu dia 29 de abril com 72 anos Marido de Alexandrina Pereira de Paiva

Maria Vitória de Oliveira Rodrigues Santos Faleceu dia 1 de maio com 73 anos Casada com Arlindo da Silva Santos

José Manuel Oliveira Vinha Faleceu dia 30 de abril com 51 anos Marido de Isabel Oliveira Araújo

Funerária Ribeirense - Paiva & Irmão, Lda

Santiago de Bougado

Maria de Fátima do Couto Padrão. Faleceu dia 5 de maio com 88 anos Viúva de Nélson Augusto Teixeira da Fonseca

Funerária Ribeirense - Paiva & Irmão, Lda

Funerária Ribeirense - Paiva & Irmão, Lda

Funerária Ribeirense - Paiva & Irmão, Lda

Reabriu, esta quarta-feira, a do à meia-noite, domingo a quinpraia urbana de Santo Tirso. Lo- ta-feira, e à 01h00, à sexta-feira calizado junto ao passadiço do rio e sábado. Ave e perto da conhecida aveni“É, sem dúvida, um equipamenda dos plátanos, no coração da ci- to diferenciador e estamos muito dade, este equipamento foi inau- contentes por poder voltar a abrigurado no verão de 2017 e este- -lo em segurança”, refere, a prove fechado nos dois últimos anos, pósito, o presidente da Câmara de devido à pandemia de Covid-19. Santo Tirso, Alberto Costa, lemNa quarta-feira, reabriu com brando que “é um espaço de lazer um reforço das medidas de hi- muito frequentado não só pelos gienização e vai funcionar todos munícipes, mas também pela poos dias da semana até 31 de outu- pulação de concelhos vizinhos”. bro, a partir das 09h00, encerranC.V.


12 de maio de 2022

O NOTÍCIAS DA TROFA

Sudoku *

Diversos Espaço de cultura

Na prateleira... A M ais Breve H istória sia (Dom Q uixote) JOSÉ MILHAZES

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da

Rús -

O grande especialista português da Rússia propõe neste livro uma viagem fascinante que atravessa séculos e séculos da história, cultura e civilização russas, que começa nos povos eslavos vários séculos antes de Cristo e acaba na actualidade, com Putin M anual de Agricultura Bio lógica - Crie uma horta saudável e cultive os seus alimentos

(Contraponto) António Lopes, Pedro Frias e Jaime Ferreira

7 diferenças

Neste livro prático, repleto de quadros, ilustrações e esquemas elucidativos, e quer seja um iniciante ou já possua experiência, poderá aprender a melhor maneira de organizar e cuidar de uma horta biológica, para poder ter sempre hortícolas saudáveis e amigos do ambiente.

Trofa Exposição Histórica “Memória e Identidade da Estação da Trofa” Até 31 de outubro | Alameda da Estação Entrada Gratuita | Horário: Segunda a Sexta das 9h00 às 13h00 e das 14h00 às 17h00. Vila Nova De Famalicão Teatro “Rainha da Beleza” – Estreia (Coprodução da Assédio Teatro e da Casa das artes de Famalicão) Sexta 20 de maio a Domingo 22 de maio | 21h30 e 17h00 |Casa das Artes| Grande Auditório Entrada: 6€. Estudantes, Cartão Quadrilátero Cultural e Seniores (a partir dos 65 anos): 3€|Classificação: M/12 | Duração: 90 Min. | Texto Martin McDonagh |Encenação: João Cardoso |Interpretação: Benedita Pereira; João Castro; Filomena Gigante; Pedro Quiroga Cardoso |Cenografia e Figurinos: Sissa Afonso | Produção executiva: João Castro

Numa estante há 10 livros, cada um com 100 folhas. Uma traça faminta come desde a primeira folha do primeiro livro até a última folha do último livro. Quantas folhas a traça faminta comeu?

Soluções da edição passada Sudoku

Enigma No prato 1 colocamos as 50 gramas e no prato 2 colocamos amêndoas até que ocorra equilíbrio. Temos, portanto 50 gramas de amêndoas. Essas 50 gramas de amêndoas, juntamos com os pesos no prato 1, temos portanto 100 gramas no total. Enchemos de amêndoas o prato 2 até que haja equilíbrio, pelo que temos 100 gramas em cada lado. Retiramos os pesos do prato e passamos as 50 gramas de amêndoas para o prato 2 que contém 100 gramas, temos portanto 150 gramas. Enchemos amêndoas no prato 1 até que haja equilíbrio com o prato 2, e temos um total de 150+150 = 300 gramas de amêndoas.

Em plena Baixa do Porto, há uma rua icónica com uma fiada de prédios, onde os modos tripeiros convivem com a música dos artistas, a sinfonia das obras, a vozearia dos bares e os bandos de turistas curiosos. É numa dessas casas que vive a octogenária Piedade desde que se lembra e onde tem amigas de longa data. Mas o terror instala-se quando - ofuscados pelo potencial deste Porto Antigo - os proprietários e investidores não olham a meios para se livrarem dos velhos inquilinos, que vão resistindo às suas ameaças como podem, mas começam a sentir na pele as represálias. Com personagens extremamente bem desenhadas num confronto familiar que trará ao de cima segredos que se pensavam esquecidos e enterrados, Susana Piedade mantém a expectativa até ao final neste romance notável e de rara humanidade que foi finalista do Prémio LeYa em 2021. Por

favor , não leias

este livro!

(Nuvem de L etras) Deanna Kizis Junta-te às palhaçadas loucas, aos sons tolos e à diversão sem fim deste livro que não deves ler nunca. E, muito menos, voltar a ler. Espera! Vais ler este livro? Embora a capa te peça que não o faças? Então, se o vais ler, terás de seguir as regras, ou corres o risco de te divertires à grande. Livro para público até aos 6 anos.

Exposição Educação pela Arte Até 15 de Junho | Centro Cultural Municipal de Vilas das Aves Entrada gratuita | Horário: Segunda a Sexta das 09h00 às 17h30 e Sábados das 14h30 às 18h30. Vila do Conde Dança 11.º Encontro de Escolas de Dança Flamenca do Norte 21 de Maio | Auditório Municipal de Vila do Conde Entrada: Plateia 5€ e grátis para menores de 3 anos| Horário: 21h00 https://www.cm-viladoconde. pt/pages/657?event_id=3110 Exposição Cruzeiro Seixas em exposição na Galeria Julio, Vila do Conde Até 14 de Agosto | Galeria Júlio | Centro de Memória de Vila do Conde Entrada gratuita | Horário: Terça a Domingo das 10h00 às 18h00. Encerrado aos sábados e domingos das 13h00 às 14h30. https://www.cm-viladoconde. pt/pages/657?event_id=3116 Cinema “Notre-Dame em Chamas” Jean-Jacques Annaud 19 de maio | 21h30 | Teatro Municipal de Vila do Conde | Bilhete: 3€ (bol.pt) | Classificação: M12 | Duração: 110 Min | Género: Drama | Elenco: Samuel Labarthe, Mickaël Chirinian, Jean-Paul Bordes

T r ê s M u lh e r e s no B e i r al (Oficina do L ivro) Susana Piedade

Enigma

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Exposição Arte de Viver, de Oleg Babinitch Até 31 de maio | Casa-Museu Soledade Malvar Entrada Gratuita | Horário: Terça a sexta das 10h00 às 13h00 e 14h00 às 17h30. Encerrado às Segundas, Fins de Semana e Feriados. 175 anos da Fábrica do Rio Vizela Até 30 de Setembro| Museu da Indústria Têxtil Entrada Gratuita | Horário: Terça a Sexta, das 10h00 às 17h30; Fins de Semana, das 10h às 12h30 e 14h30 às 17h30. Encerrado às Segundas, Feriados Nacionais. Santo Tirso Música Noite Tirsense – Concerto – Ecos da Tuna 28 de Maio | Centro Cultural Municipal de Vilas das Aves Entrada Gratuita. (Sujeita à lotação da sala e mediante levantamento do bilhete no CCMVA) |Horário: Segunda a Sexta das 09h00 às 17h30 e Sábados das 14h30 às 18h30. https://www.cm-stirso.pt/conhecer/eventos/evento/musica-45

MAIA Teatro “À Deriva” (Coprodução ACTA – Companhia de Teatro do Algarve e CTB-Companhia de Teatro de Braga) 26 de maio | 19h00 | Gratuito | Classificação: M/12 | Duração: 60 Min Texto: Alexandre Honrado (a partir de “A Ilha” de Athol Fugard) | Dramaturgia e Encenação: Luís Vicente | Intérpretes: Luís Vicente e Rogério Boane | Tradução: Sara Afonso | Cenografia Rafael Goes | Execução Cenográfica: Tó Quintas | Assistência de Encenação: Tânia da Silva | Desenho de Luz: Octávio Oliveira | Desenho de Som: Diogo Aleixo | Produção: Márcia Moutinho


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