Quinzenário | 9 de junho de 2022 | Nº 767 Ano 19 Diretor Hermano Martins | 0,80 € pub
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Rede organizada de crimes operava na Trofa Pág. 3
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Enchente no Parque com festa da Criança Formandos do CENFIM na Fórmula 1 das escolas
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Centenas na procissão do Espírito Santo pub
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Cantinho da Saúde
Saúde
Dar sangue é dar vida!
Novo edifício do Hospital de Santo Tirso pronto em 2023 Novo edifício dedicado à saúde mental do Hospital de Santo Tirso deve estar pronto em junho de 2023. CÁTIA VELOSO Num dia dedicado aos concelhos de Santo Tirso e Trofa, o grupo de deputados do PS eleitos pelo círculo do Porto iniciaram um périplo que vai passar por todos os concelhos do distrito. Um dos momentos-altos da visita de 30 de maio aconteceu no Hospital de Santo Tirso, com a visita ao novo edifício que está a ser construído e que vai dotar aquela unidade de mais valências, com especial enfoque para a área da saúde mental. “O Plano Nacional para a Saúde Mental previa um internamento em Santo Tirso. É uma ideia antiga, que, felizmente, agora está a ser possível concretizar. Vamos ter 24 camas no internamento de saúde mental, completamente moderno e correspondendo a todas as exigências atuais. Teremos também um hospital de dia e uma unidade de ambulatório, que será complementada com outra a instalar no Hospital de Famalicão. Vamos ficar com uma resposta muito qualificada para as necessidades atuais da região em termos de saúde mental”, sublinhou António Barbosa, presidente do con-
Meteorologia
selho de administração do Centro Hospitalar do Médio Ave. Segundo o responsável, o prazo para a conclusão da obra acaba “no primeiro semestre de 2023” e a expectativa, perante o avanço dos trabalhos, é que esse objetivo seja conseguido. A representar a comitiva de deputados, na qual se incluía a trofense Joana Lima, o socialista Carlos Brás sublinhou que esta “é uma obra interessantíssima no ponto de vista da resposta que vai adicionar ao que o Hospital já tinha” e “é um projeto há muito tempo ambicionado pelos utentes, que viu a luz do dia com o governo do PS”. “Esperamos que, brevemente, seja inaugurado e colocado à disposição do público, que já o merecia há muito tempo”, acrescentou. António Barbosa fez questão de frisar que o Hospital de Santo Tirso conta com “mais valências” do que a de Famalicão e a intenção é “continuar a diferenciá-lo”. “Em finais do ano passado, passamos a ter uma unidade de gastroenterologia que não tínhamos e estamos a procurar alargar as especialidades”, atestou. Depois de concluído o novo edifício, as atenções viram-se para a requalificação profunda das atuais instalações do Hospital.
De forma a atrair mais pessoas e a chamar a atenção para um ato tão simples, mas tão importante, no dia 14 de junho celebra-se o dia Mundial do Dador de Sangue. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, 92 milhões de pessoas dão sangue, anualmente, em todo o mundo. Quarenta e cinco por cento destes dadores têm idade inferior a 25 anos e 40% são mulheres. As reservas de sangue foram fortemente afetadas devido à atual pandemia de Covid-19. As reservas atingiram mínimos nunca vistos, o que desencadeou alarme na comunidade médica nacional. Sem reservas de sangue disponíveis, a prestação de serviços clínicos, como uma transfusão de sangue, estaria comprometida, daí a importância de uma constante doação. Os homens podem doar de três em três meses, já as mulheres
podem doar de quatro em quatro meses. Para doar sangue é necessário ser maior de idade, estar em bom estado de saúde, ter um estilo de vida saudável e ter mais de 50 kg. Após a colheita de sangue, o dador tem de ficar em repouso dez minutos no local onde fez a doação, deve beber bastantes líquidos, mas não pode consumir álcool até 12 horas após esta ação. Também é aconselhável evitar o esforço físico intenso, pelo menos, até seis horas após a dádiva. Ser dador de sangue traz algumas vantagens, como por exemplo, se ultrapassar as duas dádivas de sangue por ano, está isento do pagamento de taxa moderadora no Serviço Nacional de Saúde e se apresentar o cartão de dador de sangue, pode ter direito a mais visitas do que aquelas previstas no regulamento do Hospital. T.J./C.V.
Farmácias
Dia 9 Farmácia Nova Dia 10 Farmácia Barreto Dia 11 Farmácia de Ribeirão Dia 12 Farmácia Trofense Dia 13 Farmácia Barreto Dia 14 Farmácia Nova Dia 15 Farmácia Moreira Padrão Dia 16 Farmácia Nova Dia 17 Farmácia Trofense Dia 18 Farmácia Barreto Dia 19 Farmácia Nova Dia 20 Farmácia Moreira Padrão Dia 21 Farmácia de Ribeirão Dia 22 Farmácia Trofense Dia 23 Farmácia Barreto
Telefones úteis Bombeiros Voluntários Trofa 252 400 700 GNR da Trofa 252 499 180 Centro de Saúde da Trofa 252 416 763//252 415 520 Centro de Saúde S. Romão 229 825 429 Centro de Saúde Alvarelhos 229 867 060 F icha T écnica : Diretor: Hermano Martins Sub-diretora: Cátia Veloso Editor: We do com unipessoal, Lda. Redação: Cátia Veloso, Magda Machado de Araújo Colaboradores: António Costa, José Manuel Cunha, João Mendes, José Pedro Reis, Moutinho Duarte, José Calheiros | Fotografia: A.Costa, Miguel Trofa Pereira (C.O. 865) Composição: Magda Araújo | Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Lda. Rua de S. Brás, n.º 1 Gualtar, Braga| Assinatura anual: Continente: 20 euros; Extra europa: 45 euros; Europa: 35 euros; | Assinatura em formato digital PDF: 15 euros IBAN: PT50 0007 0605 0039952000684 | Avulso: 0,80 Euros | E-mail: jornal@onoticiasdatrofa.pt | Sede: Rua de Freitas, 387 r/c esq. 4795-205 Santo Tirso | Redação: Rua das Aldeias de Cima, 280 r/c 4785 - 699 Trofa Telf: 252 414 714 Propriedade: We do com unipessoal, Lda. NIF.: 506 529 002 Nº Exemplares: 5000 | Depósito legal: 324719/11 | ISSN 2183-4598 | Detentora de 100 % do capital: Magda Araújo | Estatuto Editorial pode ser consultado em www.onoticiasdatrofa.pt Nota de redação: Os artigos publicados nesta edição do jornal “O Notícias da Trofa” são da inteira responsabilidade dos seus subscritores. Todos os textos e anúncios publicados neste jornal estão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. É totalmente proibida a cópia e reprodução de fotografias, textos e demais conteúdos, sem autorização escrita.
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Atualidade
Enchente no Parque com festa para as crianças O Parque Nossa Senhora das Do- so desejado. Por isso, Duarte Araúres e Dr. Lima Carneiro transfor- jo deixa-lhes, “publicamente”, o mou-se num parque de diversões “grande reconhecimento” por se para celebrar o Dia da Criança e comprometerem no “propósito” assinalar o Dia do Ambiente. O de “fazer as crianças felizes”. megaevento organizado pela FeA festa contou com muita animaderação das Associações de Pais ção, incluindo de escolas de danda Trofa (FAPTrofa), com o apoio ça do concelho, e de workshops lida autarquia, marcou o regresso gados ao ambiente, no qual o fludas atividades presenciais des- viário foi a principal atração. Relata entidade. cionado com as atividades de pre“Devido à pandemia, tivemos venção rodoviária, foi feito um sique cancelar muitas atividades, mulacro pelos Bombeiros Voluntáprincipalmente as de grande di- rios da Trofa. mensão e, finalmente, conseguiDepois desta iniciativa, retomos retomar com este que é tão mam-se outras, já para aproveitar valorizado pelas crianças. No fun- o calor e o fim do ano letivo, condo, são três atividades paralelas, cretamente as colónias balneares, uma associada ao Dia Mundial da que arrancam logo no início de juCriança, outra ao Dia Mundial do lho, e as férias ativas, para a ocuAmbiente e uma outra relaciona- pação de tempos livres. da com a prevenção rodoviária. É uma verdadeira festa para as faDuarte Araújo reforça mílias, com um cariz didático tamposição na CONFAP bém muito importante”, referiu em A nova presidente da Confededeclarações ao NT Duarte Araújo, ração Nacional das Associações de presidente da FAPTrofa. Pais (CONFAP), Mariana Carvalho, O envolvimento das associações marcou presença na iniciativa da de pais é fulcral para que um even- FAPTrofa, ao lado de Duarte Araúto desta dimensão tenha o suces- jo, que nesse organismo passou de
E scolas de dança da T rofa abrilhantaram evento vogal do conselho fiscal para presidente da assembleia-geral, cargo que vai assumir no próximo biénio. Para o trofense, este “é o reconhecimento do trabalho” que está
a realizar na federação concelhia, mas também do “movimento associativo parental da Trofa”. “De facto, as iniciativas que são proporcionadas às crianças, seja ati-
vidades deste género ou o trabalho que é feito com os ATLs ou com os workshops para as famílias, é reconhecido em todo o lado”, sublinhou. pub
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R icardo A maral
Coronado antecipou Dia da Criança
O que é ser criança? A resposta está no mural da Cruz Vermelha O que é ser criança? Foi este o desafio lançado à comunidade pelo projeto CLDS 4G Trofa através da delegação da Cruz Vermelha Portuguesa. A resposta ao apelo resultou num mural de azulejos, que desde 1 de junho decora uma das paredes da sede da instituição, em Santiago de Bougado. “O objetivo desta iniciativa é marcar o Dia Mundial da Criança, porque achamos que esta é uma
data que deve ser sempre lembrada, associando-a aos direitos das crianças, que se assinalaram no mês de abril mas que, no fundo, devem ser assinalados o ano todo. Ao mesmo tempo, quisemos mostrar as diferentes formas de como a comunidade vê a representação da criança, usando a criatividade”, afirmou Carla Lima, coordenadora do CLDS 4G Trofa. Apesar da proposta ter sido
apresentada com pouco tempo de antecedência, a resposta da comunidade superou as expectativas da organização. “Os 400 azulejos que compõem este mural são prova da grande adesão, ainda para mais associado a um dia para o qual já existem muitas atividades planeadas”, acrescentou. Nesta iniciativa participaram instituições, escolas e cidadãos a título individual. T.J.
“Brincar na Praça” e ao ar livre
Gincana foi uma das atividades propostas Na Quinta de S. Romão, os mais pequenos tiveram ordem para brincar, numa iniciativa que antecipou o Dia da Criança, promovida pela Junta de Freguesia do Coronado, a 28 de maio. Mais de cem crianças divertiram-se entre a gincana, as pinturas faciais, os trabalhos manuais e o insuflável. No fim, não só as crianças, mas também os pais fizeram balanço positivo da iniciativa, destacando “a alegria” dos mais pequenos e a oportunidade de brincarem “ao ar livre” com os amigos, fora do contexto escolar e já sem as condicionantes impostas pela pandemia de Covid-19.
Além dos pontos de brincadeira, as crianças tiveram direito a pipocas, lanche e brinde. “Uma vez que temos condições, no que toca ao espaço e à capacidade dos nossos colaboradores, que mais uma vez se disponibilizaram para colaborar na iniciativa, não pudemos deixar de concretizar esta iniciativa”, referiu José Ferreira, presidente da Junta de Freguesia. Entretanto, está já a ser preparada a próxima atividade dedicada aos mais pequenos, o Coronado em Férias, para ocupação dos tempos livres na pausa letiva. C.V.
R icardo A maral
Orfeão procura novos elementos
O principal objetivo da atividade “Brincar na Praça”, desenvolvida pelo Jardim de Infância da Santa Casa da Misericórdia na manhã de terça-feira, 7 de junho, no Parque Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro, foi “permitir às crianças brincarem num espaço diferente e com diferentes interlocutores, numa valorização do
princípio base da educação que é a criança em si e a sua ligação com a família e a comunidade em geral”, explicou a diretora pedagógica Sílvia Gomes. Este projeto permite que a comunidade se envolva no crescimento e desenvolvimento dos mais novos. Num ambiente diferente do habitual, as brincadeiras mudam e
as crianças sentem mais liberdade, apesar de utilizarem os mesmos materiais. “Sentimo-los mais felizes, mais intensos e até mais calmos e acreditamos que estas aprendizagens são cada vez mais significativas”, adiantou. Os pais apoiaram a proposta e ainda tiveram possibilidade de participar. T.J.
Com mais de 40 anos de existência, o Orfeão de Santhyago atravessa uma fase de renovação, após a paragem forçada pela pandemia de Covid-19. O projeto musical construiu um reportório cultural “muito característico de envolvência e coordenação de vozes”, que pretende, agora, revigorar, com o recrutamento de novos elementos para o grupo. “Com o reinício da atividade, e após refletirmos sobre a composição dos seus elementos, cuja maioria já é sénior, consideramos oportuno que o mesmo surgisse renovado e com algumas alterações”, explicou a direção, que decidiu realizar ensaios abertos a potenciais interessados, “com boa voz e gosto pelo canto”. A esses é pedido que tragam também um acompanhante para conhecerem o projeto. Os ensaios realizam-se à sexta-feira, às 21h30, no auditório do polo de S. Martinho da Junta de Freguesia de Bougado. A regência do Orfeão conta, também, com “sangue novo”, uma maestrina que “tem sido do agrado de todos, pela forma dinâmica com que tem realizado os últimos ensaios”, revelou a direção. C.V.
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Governo permite abate de sobreiros para construir variante “Imprescindível utilidade pública”. Este foi o argumento utilizado pelo Governo para justificar a permissão para o abate de 21 sobreiros adultos nas obras de construção da variante à Estrada Nacional 14, entre a Via Diagonal, na Maia, e o Interface Rodoferroviário da Trofa. No despacho publicado em Diário da República e assinado pelos ministros do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, e das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, pode ler-se que a Infraestruturas de Portugal (IP) solicitou “autorização para proceder ao corte de 21 sobreiros adultos em cerca de 0,3870 hectares de povoamentos daquela espécie, localizados na União das Freguesias de Bougado (São Martinho e Santiago), no concelho da Trofa”. Este pedido surge na sequência do Decreto-Lei n.º 169/2001, de 25 de maio, alterado pelo Decreto-Lei n.º 155/2004, de 30 de junho, impõe
IP compremeteu- se a implementar projeto de compensação de abate de 21 sobreiros que o corte ou a poda de sobreiros e azinheiras sejam requeridos e autorizados pelo Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas. Os ministros justificam a autorização com “o relevante interes-
se público, económico e social do empreendimento em causa, bem como a sua sustentabilidade, uma vez que vai permitir a resolução das deficientes condições de circulação” e acrescenta o facto da “ine-
xistência de alternativas válidas de localização, uma vez que o traçado do empreendimento em apreço já resulta da avaliação de impacte ambiental e da correspondente declaração de impacte ambiental,
bem como da decisão sobre a conformidade ambiental do projeto de execução”. A sustentar a permissão foi anexado o “parecer favorável” da Entidade Regional do Norte da Reserva Agrícola Nacional à utilização das áreas integradas na Reserva Agrícola Nacional e o facto de ter sido “declarada a utilidade pública, com caráter de urgência, da expropriação dos bens imóveis necessários à concretização da obra, pelo Despacho n.º 4482/2021, de 3 de maio”. A IP comprometeu-se com “um projeto de compensação”, no qual está prevista “a arborização com sobreiros numa área de 0,48 hectares, em terrenos da requerente, na mesma união de freguesias” em terrenos que “possuem condições edafoclimáticas [características definidas através de fatores do meio tais como o clima, o relevo, a litologia, a temperatura, a humidade do ar], adequadas”.
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“Esta atividade é muito importante para o Rotary, mas acima de tudo para as crianças de todo o mundo” O Rotary Club da Trofa promove, a 12 de junho, uma caminhada solidária a favor da erradicação da poliomielite no mundo, com início no Parque Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro. Trata-se da segunda edição da iniciativa e marca também o regresso dos eventos presenciais do clube rotário liderado por Rosa Manuela Araújo. A caminhada será o último evento do mandato de Rosa Manuela Araújo, encerrando dois anos de presidência no Rotary da Trofa. A transmissão de tarefas deve acontecer até ao fim do mês de junho. CÁTIA VELOSO O Notícias da Trofa: Passado o período de constrangimento devido à pandemia, o Rotary vai regressar às grandes atividades presenciais e logo com a caminhada solidária a favor da erradicação da poliomielite no mundo. Rosa Manuela Araújo (RMA): Esta atividade é muito importante para o Rotary Internacional, mas acima de tudo é muito importante para as crianças. Esta caminhada tem como finalidade a angariação de fundos para a aquisição de vacinas contra a poliomielite, uma doença pólio é uma doença vírica, que estava erradicada da África há cerca de quatro anos, mas apareceram novos casos há cerca de 15 dias no norte de Moçambique. Infelizmente, continua pandémica no Paquistão e Afeganistão. Esta doença transmite-se através de um vírus muito resistente e o facto de ter aparecido no norte de Moçambique dá-nos indicadores
nar um momento de animação na Alameda. NT: Como é que as pessoas se podem inscrever? RMA: No próprio dia, podem inscrever-se no recinto ou se quiserem antecipadamente, podem fazê-lo online, através da página de Facebook do Rotary Club da Trofa. Cada inscrição tem um custo de cinco euros, que equivalem à aquisição de dez vacinas. As crianças até aos nove anos não pagam. Aos participantes vamos oferecer um kit com algumas surpresas.
Rosa M anuela A raújo está a terminar mandato no Rotary que ela se vai espalhar, tendo em conta que aquela é uma região de conflitos bélicos, de deslocação e de desalojados. Também é uma zona onde não há grande quantidade de água potável e o vírus também se transmite através da falta de higiene e de água com condições para consumo. Na Trofa, esta já não é a primeira, mas a segunda caminhada em favor a erradicação da pólio no mundo, porque fazemos parte de uma comunidade nacional e internacional, que desde há muito anos prometeu às crianças de todo o mundo que tudo faria para erradicar esta doença. NT: A iniciativa conta com
novidades relativamente à primeira edição? RMA: Vamos ter outras atividades paralelas à caminhada, porque queremos que este evento seja um encontro das famílias e que todas as pessoas possam participar. Entre o Parque Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro e a Alameda da Estação vamos ter uma feira da saúde, com a participação de várias instituições que vão estar disponiveis para fazer diversos rastreios. Teremos também a Academia Municipal Aquaplace a fazer o aquecimento e demonstrações e outros clubes com modalidades desportivas para as crianças. A Orquestra Urbana vai proporcio-
NT: Portugal esteve sempre na dianteira nesta luta contra a poliomielite. RMA: Sim, Portugal esteve na frente da erradicação da poliomielite. Desde 1988 que a vacina da pólio integra o plano nacional de vacinação e desde 1995 que não há casos de pólio no nosso país. Por isso, não é uma doença muito conhecida, mas o facto é que continua a afetar muitas crianças, que quando a contraem ficam incapacitadas para o resto da vida. Esta é uma doença que, normalmente, afeta os membros inferiores e a parte muscular, podendo, inclusive, causar a morte. Embora a esmagadora maioria dos países ditos desenvolvidos tenham no seu plano nacional de vacinação também a inoculação contra a pólio, é fundamental que se continue a vacinar as crianças do mundo inteiro, porque basta haver um foco de crianças que não sejam vacinadas para o vírus se propagar rapidamente, porque é
de muito fácil transmissão. NT: Esta iniciativa marca também o fim do mandato enquanto presidente do Rotary da Trofa. Que balanço faz destes dois anos? RMA: Foi muito gratificante. O primeiro ano foi muito duro, praticamente fizemos tudo em formato online, devido à pandemia, mas conseguimos desenvolver uma atividade que foi, talvez, aquela direcionada para as novas gerações mais impactante do distrito de 1970 do Rotary. Foi o Ryler, para o qual tivemos inscrições de muitos clubes do distrito e cerca de 50 participantes num evento que contou com palestrantes de alta qualidade, que vieram alargar horizontes aos jovens e também e habilitá-los para novas perspetivas de emprego e de futuro. A Árvore dos Desejos foi uma atividade que desenvolvemos no Natal e que devemos repetir. A árvore esteve colocada no Fórum Trofa XXI e continha os desejos de meninos da Escolinha de Rugby da Trofa, que teriam dificuldades em fazer cumprir o seu desejo de Natal. Pedimos à população que fosse lá e que levantasse um envelope e que visse um desejo e se estava disponivel para concretizá-lo e assim foi. O dia de entrega dos presentes foi uma atividade maravilhosa, pelo sorriso daquelas crianças. Saímos de coração cheio. Temos agora esta grande atividade da caminhada, através da qual gostaria de terminar em grande.
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Unidade Móvel vai às empresas formar trabalhadores em atividades perigosas Durante o dia de 31 de maio, a unidade móvel de formação da empresa Quirónprevención esteve estacionada na Trofa para demonstração prática em atividades perigosas. As empresas participantes tiveram acesso a um simulador, que foi desenvolvido para formação em setores como trabalhos em altura ou espaços confinados, com risco elétrico ou ocorrência de incêndios. Segundo Pedro Cruz, diretor-comercial da empresa, “esta unidade móvel foi desenvolvida para chegar mais perto dos clientes, dispondo de todos os meios adequados à realização da formação, nos padrões de qualidade mais elevados, e em simulações muito próximas da realidade em caso de emergência, mas com todos os meios de proteção e de segurança para os formandos”. Por sua vez, a vice-presidente
AEBA, com quem formalizou contrato para prestação de serviços na medicina do trabalho às empresas associadas, que contam, agora, com este serviço incluído nos seus benefícios, sem custos adicionais. Em 2021, o grupo detentor da Quirónprevención adquiriu a portuguesa VivaMais, que se assumia líder do setor da segurança e saúde em Portugal.
Quirónprevención estacionou unidade móvel na T rofa executiva da Associação Empresarial do Baixo Ave (AEBA), Mafalda Cunha, advogou a vantagem de as empresas não terem de gastar tempo e recursos nas deslocações. “Todos vivemos tempos em
Trofa está a “encetar procedimentos” para sair da Associação de Municípios O presidente da Câmara Muni- com cariz partidário”, Sérgio cipal da Trofa, Sérgio Humber- Humberto acenou com o arguto, adiantou que o município está mento da defesa dos territórios a “começar a encetar os proce- e de uma “revolta enorme” dadimentos” para, à semelhança queles que não se sentem repredo Porto, sair da Associação Na- sentados. cional dos Municípios PortugueQuestionado sobre a possises (ANMP). bilidade de, com esta decisão, Em declarações à Lusa, Sérgio surgirem “crispações” no seio Humberto afirmou que a asso- da Área Metropolitana do Porto, ciação é uma “claque do Gover- Sérgio Humberto salientou que no” que “não defende os seus as- as mesmas “já existem”, ainda sociados” e que a saída do Por- que considere que é necessáto não “fragiliza” o seu papel ria “sensatez” por parte dos auno processo de descentraliza- tarcas. ção de competências em curso, Esta intenção revelada por acreditando que a mesma pode Sérgio Humberto é uma reação vir a ter “ganhos indiretos” para à decisão inédita da Assembleia o município. Municipal do Porto, que aprovou “A ANMP já devia ter marca- a saída da autarquia da ANMP. do um congresso extraordináO presidente da Câmara do rio para chamar os 308 presi- Porto, Rui Moreira, fez conhecer dentes de câmara para falar so- a sua vontade de abandonar este bre o processo de descentrali- organismo em 12 de abril, altuzação, porque isto vai ser a ru- ra em que disse que não se sentura financeira da grande maio- tia em “condições” para passar ria dos municípios”, observou. “um cheque em branco” à ANMP Referindo que a saída do Por- para negociar com o Governo a to e, eventualmente, de outros transferência de competências. municípios “não tem nada a ver
que é difícil que as pessoas saiam das suas empresas e, muita vezes, as formações acabam por ser penalizadas, apesar de estar mais do que reconhecido que elas são importantes. Com esta possibilidade,
podemos levar a formação às empresas, permitindo que estas mantenham os recursos humanos sempre atualizados”, advogou. Esta ação foi promovida pela empresa em pa rceria com a
Repsol aumentou desconto para associadas da AEBA A AEBA e a Repsol acordaram, recentemente, o aumento do desconto às empresas associadas de oito para 12 cêntimos em toda a rede da marca de combustíveis em Portugal. Desde 2017 que a AEBA e a Repsol acordaram um preço especial para as associadas com cartão frota ativo da companhia petrolífera.C.V.
Distribuidora XXI e Ciclovia Norte inauguradas a 17 de junho A Distribuidora XXI, estrada que liga a rotunda do Bombeiro ao Hospital da Trofa, e a ciclovia Norte, entre a estação de comboio e o Parque das Azenhas, vão ser inauguradas a 17 de junho. Ao momento simbólico, marcado para as 21h00 no parque de estacionamento da EB 2/3 Professor Napoleão Sousa Marques, a Câmara Municipal da Trofa, responsável pelos projetos, associa também a apresentação de uma nova escultura, denominada “A Família”, doada pelo empresário José Manuel Fernandes, chairman da Frezite, e que vai ser instalada na rotunda da Distribuidora XXI. Segundo a autarquia, as duas empreitadas “representam um investimento de 2,5 milhões de euros comparticipadas pela União Europeia”. “Estas duas ligações de cerca de três quilómetros são basilares para as deslocações urbanas entre importantes polos de atração/geração de fluxos quotidianos de mobilidade (Hospital da Trofa, Aquaplace - Academia Municipal da Trofa, Parque
Ciclovia Norte liga estação de comboio ao Parque das A zenhas das Azenhas, Estação Ferroviária, CTT, Finanças, comércio, escolas, parques, etc.), realçando a continuidade e conectividade com outras intervenções de mobilidade suave já concretizadas ou a concretizar pelo Município, algumas das quais com enquadramento no próprio PEDU (Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano)”, acrescentou a edilida-
de em comunicado. Até 2025, a Câmara Municipal desenvolve um plano com vista à materialização do conceito “Trofa do Futuro: Cidade dos 15 minutos”, para que os residentes “no território concelhio”, a pé ou utilizando meios de mobilidade suaves, como a bicicleta, consigam ter acesso rápido aos equipamentos públicos, serviços e comércio.
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Formandos do CENFIM competem na Fórmula 1 das escolas Em modo aceleração para garantir um lugar no grande prémio de Fórmula 1, no próximo ano. É este o objetivo da equipa M&M's Motosport do CENFIM da Trofa, composta por formandos de 1.º ano, que não vai correr na mesma pista de Hamilton e companhia, mas sim numa competição escolar associada ao evento automobilístico mais popular do mundo. “F1 in Schools” é uma prova que requer muito mais do que construir um mini monovolume e pô-lo a percorrer uma pista de 20 metros em menos de um segundo. CÁTIA VELOSO A partir de um paralelepípedo feito de um material esponjoso, os seis formandos tiveram de criar um mini carro de corrida de Fórmula 1, que tem de obedecer a vários parâmetros, que vão do peso à distância entre rodas, passando pelo design e tipo de acabamentos. Em pouco mais de dois meses, com a ajuda do professor Carlos Costa, os jovens criaram uma rede de contactos que lhes permitiu ter acesso a software especializado e a reuniões com quem está habituado a construir carros para estrelas da Fórmula 1. A elaboração de um portefólio, com especificação das tarefas realizadas é apenas mais um item que têm de cumprir neste rigoroso concurso. E por isso, José e João Pedro tiveram a árdua tarefa de “estudar o regulamento dia e noite” para que a equipa não perdesse pontos na avaliação. A motivação com que falam do projeto demonstra que estes adolescentes abraçaram o desafio com ganas de se destacarem
na competição. Nada foi deixado ao acaso, nem mesmo o nome da equipa, batizada M&M’s Motosport. “Vem das iniciais de Maria e Matilde, as meninas da equipa que estão a mandar nestes rapazes todos. Queremos mostrar que, também neste tipo de competições e no mundo automóvel, deve existir igualdade de género e que nós mulheres podemos fazer isto também. E também faz referência à nossa área de trabalho, a metalomecânica”, explicou Matilde Sousa, a líder do grupo. A 3 de junho, os jovens tiveram a primeira prova de fogo, com a fase regional da competição, realizada em S. João da Madeira. Foi a primeira vez que testaram o protótipo e tiveram que fazer a apresentação do projeto, em inglês. E não se saíram nada mal, já que conseEquipa vai disputar etapa nacional , que dá acesso à final mundial , a decorrer em A bu Dhabi guiram o 3.º lugar e a passagem à etapa nacional, que à final em Abu amanhã. Pois, aqui temos exata- trabalhar tranquilamente”. “Tam- ças, para que os alunos comecem Dhabi, em 2023, paralelamente mente o contrário. O Cenfim pro- bém partilhamos o nosso conhe- como é que são os corpos dos mocom o grande prémio da verda- porciona aos jovens uma série de cimento de comunicação na ver- nolugares, por exemplo, sabendo desafios como estes, através dos tente comercial”, testemunhou o que podem ser construídos com deira Fórmula 1. “O F1 in Schools é um concurso quais podem adquirir, além das empresário, que valorizou muito 50 fibras de carbono diferentes”, em que grupos de miúdos na ida- competências técnicas, uma sé- o projeto dos formandos. “As em- revelou. Com esta contribuição, Célio de escolar, a partir dos 15 anos, rie de competências sociais e um presas precisam tanto de colabotêm de desenvolver, em plenitu- desenvolvimento pessoal e profis- radores profissionais que invistam Neves quer também “desmitifide, um projeto de criação de uma sional para aquilo que o mercado na sua formação no momento cer- car ideias de que no setor da meequipa de Fórmula 1, através de de trabalho precisa”, sublinhou to e o momento certo é este, numa talomecânica é impossível chegar escola como esta”, acrescentou o a áreas de elite, como a Fórmula 1 regulamento muito apertado, quer Carlos Costa. Os parceiros são peça funda- também antigo aluno do CENFIM. ou a aeroespacial”. em termos de construção do protóIndependentemente do resulJá na Kazoku CAD, CAM, Lda, tipo, quer na vertente organizacio- mental para fazer rodar a engrenal. Obriga-os a mostrarem o tra- nagem deste projeto, que nesse empresa sediada em Moreira de tado das competições que se sebalho através das redes sociais e a capítulo também já saiu vence- Cónegos, os jovens contaram com guem, a equipa já não dará por desenvolver contactos diretos com dor. Quem o diz é Fernando Silva, o apoio de Célio Neves, também perdidas todas as horas dedicadas parceiros da indústria e do marke- da empresa CadSolid, de Famali- antigo formando do centro de for- a este projeto. Matilde Sousa desting, ganhando maturidade e ad- cão, que ajudou os jovens não só mação. “A nossa contribuição é em taca a evolução técnica, mas tamquirindo conhecimentos. É muito “com o software” que vende, como termos de informação, já que a em- bém pessoal. “Nas relações interimportante não esquecer que es- também “na disponibilização da presa trabalha com algumas equi- pessoais, como falar em reuniões, tamos a falar de miúdos, de quem engenharia interna e das instala- pas da Fórmula 1, nomeadamen- o conhecimento adquirido vai fise diz que nunca largam o telemó- ções, caso eles precisassem de es- te a Ferrari e a Mercedes. A par- car para toda a vida. Talvez mais vel e que não sabem o que querem tar em ambiente extra-escola para ceria também é com algumas pe- tarde, numa entrevista de emprego em que poderíamos ser mais fechados, estaremos muito mais capacitados para mostrarmos o nosso valor”, revelou. A F1 in Schools é uma das experiências proporcionadas pelo projeto Pense Indústria i4.0, desenvolvido por um consórcio de sete centros tecnológicos, com o objetivo de atrair jovens para a indústria e divulgar oportunidades de desenvolvimento profissional em áreas como a digitalização, inovação, empreendedorismo, design e criatividade, descarbonização e transição energética, economia circular e sustentabilidade.
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Atualidade José Calheiros
Escrita com Norte
Ter tempo Lembro-me perfeitamente de, em criança, de entre várias coisas, ouvir o meu pai dizer, “Aquele rapaz meu amigo...”, geralmente, “rapazes” da idade dele, ou, “No meu tempo...”. Sempre que ele nos falava (a mim e ao meu irmão) e aplicava estas frases, as mesmas eram acompanhadas de uma expressão de estranheza nas nossas caras por não compreendermos que, na idade dele, se referisse aos da mesma geração como “rapazes”! Em contraponto, e desta vez de forma correcta, com a expressão “No meu tempo...”, colocava-se no devido lugar de “gente velha”. Na adolescência, a expressão de estranheza começou a ser acompanhada por outra, a de incompreensão. Se em crianças os nossos pais são super-heróis, na adolescência passam a incompreendidos e nós, adolescentes, tomamos o lugar de “Maiores”. Como qualquer adolescente normal, eu era (achava-me) o “Maior”. E tenho quase a certeza que o Quim (nome fictício do tótó da minha turma), no seu íntimo, também se achava o “Maior”, sonhando à noite, enrolado à almofada, com a Jennifer Lopez. Os píncaros da “velhice” e “antiguidade” (e minha vergonha) eram as demonstrações de afecto. Se em privado eram toleradas, já em público os beijos e abraços da minha mãe superavam em humilhação a dos funcionários de um banco chinês açoitados em público por não terem atingido os objectivos. Eu passei sempre de ano... porquê tanto afecto humilhante em público?! Neste tempo, o Tempo não passa ou passa devagar, e, nos momentos de angústia (os “Maiores” também os têm), chegava a andar para trás, por isso o vislumbre de chegar a “velho” e dizer, “Aquele rapaz meu amigo...” ou, “No meu tempo...”, era algo muito distante e arrastado como a evolução do Ser Humano... ou seja, algo que nunca iria acontecer. O Ser Humano não evoluiu, mas o Tempo passou e tenho a sensação que o tempo em que pensava que ele não passava foi ontem! Eu e os outros, que ontem tinham 16, 17, 18 anos, hoje passaram os 40 e dou por mim a ser o meu pai de há 30, 40 anos, dizendo, “Hoje encontrei aquele rapaz da minha idade...” e na discussão de muito temas, argumento, “No meu tempo...”. Velho? Talvez…mas não! Apenas tenho Tempo. Tenho Tempo pela frente e Tempo suficiente vivido, que me faz sorrir com as demonstrações públicas de afecto da minha mãe e me faz olhar, outra vez, para o meu pai com a capa do Super-Homem, apoiado na sua bengala. Quanto a mim, de “Maior” de ontem, passei a “Realista” de hoje, com noção das minhas limitações e das coisas que não sei, incomodando-me unicamente no passar do Tempo o crescimento desordenado de alguns pelos das sobrancelhas, que me obrigam a arrancá-los. E tenho quase a certeza que o Quim, quando as luzes do seu quarto se apagam, continua a agarrar-se às almofadas, imaginando-as como sendo a Jennifer Lopez e a Monica Bellucci, nunca dizendo, “No meu tempo...” mas, “Sempre fui o Maior!”.
GNR desmantela rede organizada de crimes com ligações à Trofa Depois de dois anos de investigação, o Núcleo de Investigação Criminal (NIC) de Santo Tirso deu início a uma megaoperação com vista ao desmantelamento de uma rede organizada de crimes de furto, furto qualificado, roubo, sequestro, extorsão, posse de armas proibidas, tráfico de armas, tráfico de estupefacientes, burla e associação criminosa, nos distritos de Porto, Braga e Aveiro. Na manhã de 30 de maio, o aparato em frente ao quartel do Destacamento da GNR, na cidade tirsense, dava indícios da dimensão do processo, que resultou em mais de 60 buscas, que também passaram pela Trofa, concretamente na zona da Barca, em S. Martinho de Bougado. Entre os crimes investigados estão assaltos a habitações, alguns dos quais com “sequestro” dos residentes e episódios de violência que resultaram em “ferimentos leves”, explicou o oficial de comunicação do comando territorial do Porto da GNR, major Francisco Martins. Os 19 detidos, 17 homens e duas mulheres com idades compreendidas entre os 19 e os 50 anos, são suspeitos de, pelo menos, 60 crimes, cometidos em todo o território nacional, com prevalência na zona Norte. As 56 buscas domiciliárias e sete a viaturas foram realizadas nos concelhos da Trofa, Santo Tir-
R ede estava a ser investigada há dois anos so, Valongo, Vila Nova de Gaia, Matosinhos, Maia, Paços de Ferreira, Ermesinde, Famalicão, Barcelos, Braga, Guimarães e Oliveira de Azeméis. Da operação resultou também a apreensão de dez viaturas de gama média e alta, oito armas de fogo, três armas brancas, cinco armas de recreio, 715 munições, várias peças de ouro suspeitas de serem furtadas, assim como 178 maços de tabaco, 44 telemóveis, dois tablets, um computador portátil e 17.400 euros em dinheiro. Associados ao tráfico de droga, foram apreendidos 134 gramas de produtos de corte, 772 doses de heroína, 561 de cocaí-
na, 54 de haxixe e duas balanças de precisão. Após primeiro interrogatório no Tribunal de Instrução Criminal do Porto, a 2 de junho, quatro dos dos detidos ficaram em prisão preventiva, três em prisão domiciliária, com pulseira eletrónica, oito estão sujeitos a apresentações periódicas no posto policial da área de residência, três estão com termo de identidade e residência. Outro dos detidos foi conduzido ao Estabelecimento Prisional do Porto, para cumprimento de cinco anos de prisão efetiva, respeitante a um outro processo crime, conectado com o tráfico de estupefacientes.
Mulher e filha de um ano feridas com gravidade em acidente na A3 Uma bebé de um ano e uma mulher de 30 anos, mãe da menor, sofreram ferimentos graves no despiste de um carro, que capotou, na A3, em Covelas. O acidente ocorreu cerca das 16h35 de sexta-feira, 3 de junho, no sentido Valença-Porto. As vítimas foram socorridas pelos Bombeiros Voluntários Tirsenses e pela equipa de Suporte Imediato de Vida de Santo Tirso e da Viatura Médica de Emergência e Reanimação de Vila Nova de Famalicão, acabando transportadas para o Hospital de S. João, no Porto.
Mulher e bebé foram transportadas para o Hospital de S. João
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Divino Espírito Santo celebrou-se com cerejas e coroação Vestidas a rigor, as vendedoras voluntárias tentavam captar a atenção de quem passava no Parque e Alameda. Nas bancas, vermelhas e cheirosas, as cerejas prontas a pesar e ensacar. Os cinco euros por quilo justificavam-se pela causa maior da comissão de festas: angariar fundos para a romaria de Nossa Senhora das Dores. A festa da cereja esteve associada às celebrações do Divino Espírito Santo, que em S. Martinho de Bougado também se cum- T radição da coroação das crianças cumpriu- se priu com a tradição da coroação ponsável pela programação da será feito”, em agosto, na romadas crianças. A manhã de domin- festa do Divino Espírito Santo, fez ria de Nossa Senhora das Dores. go, 5 de junho, ficou ainda mar- um balanço positivo, destacando Segundo Mário Moreira, “nos cada pela missa campal junto à “o concerto da Banda de Música e próximos dias” sairá o cartaz da Igreja Matriz, presidida pelo pá- a feira das cerejas”. “Estamos a programação cultural e religiofestejar de forma tradicional”, su- sa da festa, assim como serão daroco Luciano Lagoa. Mário Moreira, presidente da blinhando, sem deixar de garan- dos a conhecer os momentos de comissão de festas de Nossa Se- tir que “foi deixada a prova de animação no bar da comissão, lonhora das Dores, também res- que tudo o que for possível fazer, calizado na Alameda da Estação.
Centenas na procissão do Espírito Santo em S. Mamede
Várias centenas de pessoas voltaram a engrandecer a procissão em honra do Divino Espírito Santo, em S. Mamede do Coronado, na manhã de domingo, 5 de junho. Com mais de uma dezena de andores, a pro-
cissão foi um dos momentos mais significativos das celebrações, que incluíram a tradicional coroação das crianças. A festa regressou aos moldes habituais, depois dos constrangimen-
Igreja de S. Mamede com nova cadeira presidencial No sábado, 4 de junho, o pároco Micael Silva benzeu, na eucaristia vespertina das 17h30, a nova cadeira presidencial da Igreja Paroquial de S. Mamede do Coronado. Segundo a paróquia, a cadei-
tos impostos pela pandemia em 2020 e em 2021, e contou com vários momentos de animação, como um espetáculo de stand up comedy, uma atuação de Maria Leal e um espetáculo musical da Banda Toka.
ra presidencial “para ser significativa, deve distinguir-se, pela sua qualidade artística, de todas as outras que existem na igreja” e, “em segundo lugar, deve ser única”.
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Senhora do Coração Orante foi concebida por santeiro de S. Mamede Uma mulher suplicante de joelhos com o coração na mão. A imagem representa a Senhora do Coração Orante, uma nova figura mariana que pertence ao Movimento da Mensagem de Fátima da Arquidiocese de Évora. Destinada a uma capela a construir em Montargil, a imagem foi concebida em S. Mamede do Coronado, pelas mãos do artista santeiro Augusto Ferreira. No dia 31 de maio, a estátua foi apresentada em Fátima, com a presença do escultor mamedense, que explicou o processo de construção. “Falando tecnicamente, é um processo que, no início, se desenvolve com um trabalho em barro, para resolver alguns detalhes técnicos e medidas canônicas, por aí fora, até chegarmos ao trabalho final, no qual tivemos de dar tudo por tudo, para conseguir passar para a matéria-prima tudo aquilo que está na cabeça. Eu acho que não se atinge certos níveis de 'perfeição', que não é a do lado técnico nem do lado estético, mas sim a perfeição que é aquela conseguir fazer com que, de facto, o crente perceba a mensagem que está ali”, explicou aos jornalistas.
Religião
Orante, que já esteve em momentos de oração na cela de irmã Lúcia e no santuário de Fátima, surgiu a partir do centenário da imagem peregrina da Capelinha das Aparições e da morte de Jacinta. “Ela é a Senhora de Fátima, só que representa a vida de todos os peregrinos. Quando vão a Fátima e à Capelinha das Aparições, eles têm o objetivo de pedir ou agradecer e fazem-no sempre através da oração e é tão interessante perceber que, quando chegamos à capelinha, Nossa Senhora já reza connosco e está de joelhos para levar as nossas orações a Deus”, explicou o padre João Luís Silva, pároco de Montargil.
Augusto F erreira e Fátima L opes com réplica da nova imagem mariana Integrante da campanha de oração pelas intenções do Papa, a estátua foi apresentada ao público, em Fátima, no encerramento do mês dedicado à virgem Maria, num momento que contou com distribuição de réplicas e do folheto da novena da devoção à Senhora do Coração Orante. A apresentadora de televisão Fátima Lo-
Mais de 2 quilómetros de tapete de flores para procissão de Maria Numa grande manifestação de fé, os paroquianos de Santiago de Bougado, especialmente dos lugares da Lagoa e Cidai, construíram um tapete de flores com mais de 2,5 quilómetros que “guiou” a procissão de velas, que assinalou o encerramento do mês de Maria, a 3 de junho. A celebração esteve integrada na festa em honra da Senhora do Rosário, que incluiu também a oração do terço e procissão, na tarde de domingo. “Um grande obrigado a todos os que estiveram envolvidos na organização da cele-
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bração desta bela manifestação de amor e devoção a Nossa Senhora, em especial ao nosso querido povo do Bougado Grande. Mas queremos agradecer de modo muito especial a todos aqueles que fizeram mais de 2,5 quilómetros de tapetes de flores. Que grande manifestação de arte e de beleza. Parabéns”, referiu o pároco Bruno Ferreira. A festa também contou com um momento cultural, protagonizado pela Banda de Música da Trofa.
pes é uma das embaixadoras da campanha de oração e elogiou a “beleza” e “doçura” da imagem. O mesmo fez o Papa Francisco, que benzeu a estátua, em outubro de 2021, num momento em que ressalvou a importância de sempre rezar pelo santo padre e de que o terço é a oração universal. A ideia de criar a Senhora do Coração
“É uma imagem carregada de doçura.
Quando nós a contemplamos, é impossível não sentir amor no coração, porque a imagem tem isso tudo. Se ficarmos parados a olhar para a imagem, sem nada dizer e sem ninguém a falar connosco, simplesmente a contemplá-la, nós não somos a mesma pessoa no fim desse momento de contemplação, posso garantir Fátima Lopes, apresentadora de TV
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História
Pedro, o Pescador. Paulo, o Apóstolo dos Gentios Simão Pedro, Apóstolo
Pedro, em grego “Petros” (Ro- era um pecador. Jesus encorajou-o cha), ou em latim Petrus (1 a.C-67 e disse-lhe: “Não temas, de futuro d.C), foi um dos 12 apóstolos de serás pescador de homens”. E deJesus Cristo, segundo o Novo Tes- pois de terem reconduzido as bartamento, e mais precisamente, se- cas para terra, Pedro e seus companheiros deixaram tudo e passagundo os quatro evangelhos. Historiadores e as Igrejas Cató- ram a seguir Jesus. Nos evangelhos sinópticos, o lica e Ortodoxa consideram Pedro como o primeiro leader da Igreja nome de Pedro vem sempre à cade Roma (bispo de Roma) e, por beça da lista dos discípulos de isso, o primeiro papa; e também Jesus, o que na interpretação da como o primeiro bispo e patriar- Igreja Católica Romana, deixa ca da igreja de Antioquia (na atual transparecer um lugar de primaTurquia), tendo sido seu fundador. zia sobre o Colégio Apostólico. Entretanto, não se descarta Ele será, até hoje, segundo o Catolicismo, o detentor do mais lon- que Pedro, assim como o seu irgo pontificado da história (cerca mão André, antes de seguirem Jede 37 anos de governo da igreja sus, tenha sido discípulos de João Baptista. nascente). Segundo a tradição defendida Antes de se tornar um dos 12 primeiros discípulos de Cristo, Simão pelas Igreja Católica e Ortodoxa, P edro, o pescador de homens (Pedro) era pescador. Terá nasci- o apóstolo Pedro, depois de ter do em Betsaida e morava em Ca- passado por várias cidades e ter Cristo, “pedra viva” (308), garan- maram o mesmo (Mat 26:33-35). Relato das negações de Pedro: farnaum. Era filho de um homem exercido o episcopado em Antio- te à sua Igreja, edificada sobre Pe“... Apoderaram-se então de Jechamado João, ou Jonas, e tinha quia, haveria de ser martirizado dro, a vitória sobre os poderes da por irmão o também apóstolo An- em Roma, entre o ano 64 e 67 d.C. morte. Pedro, graças à fé que con- sus, levaram-no e introduziramfessou, permanecerá o rochedo -no na casa do Sumo Sacerdote. dré. Simão (Pedro) e André tiinabalável da Igreja. Terá a mis- Pedro seguia-o de longe. Como “Tu és Pedro e sobre nham barcos de pesca (eram “emsão de defender essa fé para que tivessem acendido uma fogueiesta pedra edificarei presários” pescadores), em “sonunca desfaleça e de nela confir- ra no meio do pátio e se tivessem a minha igreja” ciedade” com Tiago, João e o pai sentado, Pedro sentou-se no meio Segundo narra o Evangelista mar os seus irmãos (309). destes, Zebedeu. E continua o Catecismo: (553) Je- deles. Ora uma criada, ao vê-lo Provavelmente, Pedro era ca- Mateus (16,13-20), Jesus foi à resado e tinha, pelo menos, um fi- gião de Cesareia de Filipe e ali sus confiou a Pedro uma autorida- sentado ao lume, fitando-o disse: lho. As passagens de Mt 8:14-15, perguntou aos seus discípulos: de específica. “Dar-te-ei as cha- Este também estava com ele; mas Mc 1:29-31 e Lc 4:38-41 relatam o “Quem dizem os homens ser o Fi- ves do Reino dos céus (o “poder Pedro negou-o dizendo: Não o comilagre da cura da sua sogra, fei- lho do homem?” Eles responde- de ligar e desligar”). O “poder nheço, mulher. Pouco depois, disram: “Alguns dizem que é João das chaves” designa a autorida- se outro, ao vê-lo: Tu também és to por Cristo. Segundo o relato em Lucas, no Baptista; outros que é Elias; ou- de para governar a Casa de Deus, dos tais. Mas Pedro disse: Homem, episódio conhecido como “Pesca tros, ainda que é Jeremias ou al- que é a Igreja. Jesus, o “bom Pas- não sou. Cerca de uma hora mais milagrosa”, Pedro terá conhecido gum dos profetas”. “E vós, quem tor” (Jo 10,11) confirmou este car- tarde um outro asseverou com inJesus quando este lhe pediu que dizeis que eu sou?” Simão Pedro go depois da sua ressurreição. sistência: Com certeza este tamutilizasse uma das suas barcas, de respondeu: “Tu és o Messias, o Fi- “Apascenta as minhas ovelhas”, bém estava com ele, pois até é gadirá Jesus (Jo 21, 15-17). O “poder lileu. Pedro respondeu: Homem, forma a poder pregar a uma multi- lho de Deus vivo”. Respondendo, Jesus disse-lhe: de ligar e desligar” significa a au- não sei o que dizes. E no mesmo dão que o queria ouvir. Pedro, que estava a lavar as redes com Tiago “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, toridade para absolver os peca- instante, estando ele ainda a falar, e João, seus sócios e filhos de Ze- porque não foi a carne e o sangue dos, pronunciar juízos doutrinais cantou o galo. Voltando-se, o Sebedeu, concedeu-lhe o lugar na que te revelaram isso, mas o meu e tomar decisões disciplinares na nhor fixou os olhos em Pedro, e Pebarca, que foi afastada um pouco Pai que está nos Céus. Por isso, eu Igreja. Jesus confiou esta autori- dro recordou-se da palavra do Sete digo: Tu és Pedro e sobre esta dade à Igreja pelo ministério dos nhor, quando lhe disse: Antes de o da margem. No final da pregação, Jesus dis- pedra edificarei a minha igreja e Apóstolos e, particularmente, pelo galo cantar, negar-me-ás três vese a Simão que fosse pescar, de o poder do inferno jamais pode- de Pedro, o único a quem confiou zes. E indo para fora, (Pedro) chorá vencê-la. Eu te darei as chaves explicitamente as chaves do Reino. rou amargamente” (Lc, 52: 54-62). novo, com as redes em águas mais profundas. Simão disse-lhe que do reino dos céus: tudo o que ligaPrimeiro discurso de Pedro As três negações de Pedro tentara, “em vão”, pescar duran- res na terra, será ligado nos céus “consegue converter” Profecia da negação de Pedro, te toda a noite e nada conseguira, e tudo o que desligares na terra, 3000 pessoas feita por Jesus na Última Ceia: mas, em atenção ao seu pedido, fá- será desligado nos céus”. Pedro iniciou o seu ministério “... Disse-lhe Pedro: Ainda que O Catecismo da Igreja Católi-lo-ia. O resultado foi uma pescaria de tal monta que as redes iam ca dá a seguinte explicação so- todos se escandalizem de Ti, eu logo no dia de Pentecostes. Ainda pairavam no ar as “ranunca me escandalizarei. Disserebentando, sendo necessária a bre esta passagem bíblica: (552) No colégio dos Doze (apóstolos), -lhe Jesus: Em verdade, em verda- jadas de vento” e as “línguas de ajuda da barca dos seus dois sócios, que também quase se afun- Simão Pedro ocupa o primeiro lu- de te digo que, esta noite, antes do fogo” poisavam sobre cada cadava ao puxar os peixes. Numa ati- gar (302). Graças a uma revelação, galo cantar, me negarás três vezes. beça dos onze apóstolos e a multude de humildade e espanto, Pe- vinda do Pai, Pedro confessara (fi- Explicou-lhe Pedro: Mesmo que tidão que estava reunida à volta dro prostrou-se perante Jesus e zera uma profissão de fé): “Tu és tenha de morrer contigo, não te dos discípulos estava “estupefacdisse que se afastasse dele, já que o Filho de Deus vivo” (Mt 16,16). negarei. Todos os discípulos afir- ta” e maravilhada com a lingua-
gem com que se expressavam os seguidores de Jesus, transformados em “pregadores” da Boa Nova, já que falavam as “línguas” dos seus ouvintes. “Pedro, de pé, ergueu a voz e dirigiu-lhes então estas palavras: Homens da Judeia e todos vós que residis em Jerusalém, ficai sabendo e prestai atenção às minhas palavras: Não, estes homens não estão embriagados como imaginais, pois ainda vamos na terceira hora do dia. Mas tudo isto é a realização do que disse o próprio Joel: Nos últimos dias, diz o Senhor, derramarei o Meu espírito sobre toda a criatura...” (Act. 2: 14-36). Noutro passo dos Actos dos Apóstolos (Act 2, 1-13), Pedro fez um discurso profético e corajoso, denunciando de forma altaneira: “Vocês, autoridades, mataram Jesus, mas Deus o ressuscitou”. Convidou os seus assistentes a arrependerem-se para que fossem apagados os seus pecados. Como resultado do primeiro sermão, conforme narram os mesmos Actos dos Apóstolos, nesse dia converteram-se 3000 pessoas (Act.2, 37-41). Segundo a tradição defendida pelas Igrejas Católica e Ortodoxa, o apóstolo Pedro, depois de ter exercido o episcopado em Antioquia, ter-se-ia tornado o primeiro bispo de Roma. Refere, igualmente, a tradição que, depois de ser milagrosamente solto da prisão de Jerusalém, o apóstolo teria viajado até Roma e ali permanecido até ser expulso com os judeus e cristãos pelo imperador Cláudio, época em que teria voltado a Jerusalém para participar no Concílio de Jerusalém. Após esta reunião, Pedro ficou em Jerusalém, enquanto Paulo, Barnabé, Judas (Barsabás) e Silas foram para Antioquia. Passados três anos, Paulo foi visitar Pedro a Jerusalém. Passado algum tempo, cerca do ano 50, Pedro vai a Antioquia, onde ocorre uma discussão entre ele e Paulo (conhecida como o incidente de Antioquia). Pedro viria a ser martirizado em Roma, tendo sido crucificado de cabeça para baixo (entre o ano 64 e 67), sob as ordens do imperador Nero. A razão de não ser crucificado da mesma forma que Jesus, prende-se com o facto de que Pedro não era digno de morrer como seu “Mestre” (Jesus).
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História Primeiro milagre realizado (e atribuído) a Pedro Logo após o primeiro sermão, no dia de Pentecostes, Pedro fez o primeiro milagre, em nome de Jesus. Ao subir o Templo para a oração da hora nona, Pedro e João encontraram um certo homem, coxo, a pedir esmola. Pedro (e João), olhando-o fixamente, disse-lhe: “Olha para nós. Não tenho nem ouro nem prata, mas vou dar-te o que tenho: em nome de Jesus Nazareno, levanta-te e anda”... O coxo pôs-se de pé, começou a andar e entrou com eles no Templo. Pesquisas no Túmulo de São Pedro A partir de 1930 até ao ano de 1950, foram organizadas várias pesquisas arqueológicas para investigar o túmulo de S. Pedro, que estaria localizado por baixo da Basílica de S. Pedro, num local onde estão diversas sepulturas e necrópoles. Descobriu-se os ossos de um homem num “lóculo” (compartimento) no lado norte de uma parede com uma grafite vermelha na ala direita dizendo: “Petros Eni”, que em grego significa “Pedro está aqui”, datado de aproximadamente 130 d.C. Todas as inscrições foram examinadas pela arqueóloga Marghherita Guarducei, e consideradas legítimas, não tendo adições posteriores, mas tinham sido gravadas na data do sepultamento. O arqueólogo António Ferrera descobriu características das substâncias químicas contidas na ossada, pertencente a um homem que viveu a maior parte da sua vida próximo do lago de Tiberíades, na Galileia. O teste subsequente indicou que estes eram os ossos de um homem com idade de 60-70 anos, que tinha sido enterrado embrulhado num pano roxo e dourado, considerando o local em que foram encontrados os ossos bem como a sua idade e a das catacumbas, e também de outros registos históricos, provavelmente trata-se dos ossos de S. Pedro. Em 26 de junho de 1968, o Papa Paulo VI anunciou que as relíquias de S. Pedro tinham sido identificadas “de uma forma convincente”. Incidente em Antioquia (primeiro confronto Pedro versus Paulo?) O incidente em Antioquia é o título-padrão que os historiadores utilizam para se referir à disputa, nos primeiros anos da Igreja, entre os Apóstolos Pedro e Paulo,
que ocorreu na cidade de Antio- foi dirigida aos cristãos perse- ressuscitou dos mortos e está na quia, nos meados do século I d.C. guidos que viviam nas cinco re- glória. Os cristãos são exortados O motivo (documental) para o “in- giões da Ásia Menor, exortando- a retribuir o mal com a bondade e cidente” é a Epístola (de Paulo) aos -os a imitarem o Cristo sofredor a amar-se uns aos outros. Gálatas (2:11-14). Já a segunda carta trata, princina sua angústia, lembrando que Desde F.C. Bam, os estudiosos Jesus, depois da Paixão e morte, palmente, da segunda vinda de encontraram evidências de conflitos entre os líderes da Igreja antiga. Como exemplo, James D. G. Dunn propôs que Pedro seria como que um “intermediário” entre as visões conflituantes de Paulo, mais próximo dos gente ocupava uma posição de grantios, e Tiago, o Justo, mais próxide influência que lhe dava marmo dos judeus. gem para conseguir lucros e granConforme os gentios começades honras. vam a converter-se do paganismo Tornou-se membro do Concípara o Cristianismo, surgiu uma lio (Act 26:10) e de seguida recedisputa entre os líderes da Igrebeu a comissão do sumo sacerdoja nascente, se eles deveriam ou te para perseguir os cristãos. Apanão observar todos os mandamenreceu no cenário da história cristã tos da Lei mosaica. Debatia-se se como presidente da execução do os gentios convertidos deveriam primeiro mártir do Cristianismo, o ou não ser circuncidados e precidiácono Estêvão. A partir daí, emsariam de observar as regras alipreendeu forte perseguição aos mentares dos judeus. A circuncicristãos. Na sua posição, odiava os são era, particularmente, consideseguidores de Cristo (desprezanrada repulsiva pela cultura hele- Paulo foi um importante pregador do o Messias crucificado), assim nística (civilização grega). como considerava os discípulos Muito provavelmente, de forma Paulo (nascido Saulo de Tarso), (do Crucificado) um elemento pecompletamente independente de ou São Paulo, foi um dos influentes rigoso tanto para a religião, como Paulo, mas por volta do mesmo pe- escritores, teólogos e pregadores para o Estado. O seu ódio mortal ríodo, o assunto dos “gentios e a do Cristianismo, cujas obras com- contra os “novos religiosos” (crisTorá” também estava a ser deba- põem parte significativa do Novo tãos) durou até ao momento da sua tido entre os rabinos. Testamento. A influência que exer- conversão. ceu no pensamento cristão, chaO “incidente” em termos mada “paulinismo”, foi fundamen- Conversão de Saulo (em Paulo), canónicos tal por causa do seu papel como a caminho de Damasco De acordo com a Epístola aos proeminente apóstolo do CristiaSaulo, entretanto, respirando Gálatas, capítulo 2, Pedro viajou nismo, durante a propagação do sempre ameaças de morte conpara Antioquia e lá teve um “con- Evangelho pelo Império Romano. tra os discípulos do Senhor, foi ter fronto” com Paulo. A epístola não Paulo também exerceu uma gran- com o Sumo Sacerdote e pediu“explicita” exatamente se isso de influência na filosofia cristã, -lhe cartas para as sinagogas de aconteceu antes ou depois do Con- tendo Agostinho de Hipona (San- Damasco, a fim de que se enconcílio de Jerusalém, mas o inciden- to Agostinho) e Tomás de Aquino trasse homens e mulheres que foste é mencionado logo após a reu- usufruído do seu pensamento. sem desta via, os trouxesse algenião em Jerusalém, que os acadéPaulo terá nascido em Tarso, ci- mados para Jerusalém. micos hoje consideram como sen- dade principal da Cilícia (Ásia MeEstava já a caminho e relativado o Concílio. “Mas quando Céfas nor, atual Turquia) entre o ano 5 a mente próximo de Damasco quan(Pedro) veio a Antioquia, resisti- 8 d.C.. É descendente de uma fa- do se viu subitamente envolvido -lhe frente a frente porque mere- mília de hebreus, da tribo de Ben- por uma intensa luz, vinda do céu. cia censura. Antes de terem che- jamim, que havia obtido a cidada- Caindo por terra, ouviu uma voz gado alguns homens da parte de nia romana, de grandes posses e que lhe dizia: “Saulo, Saulo, porTiago, ele comia juntamente com prestígio político. Seus pais, sendo que me persegues?” Ele pergunos gentios, mas quando eles che- fiéis à lei romana, mandaram-no tou: “Quem és tu, Senhor?” Ele resgaram retraiu-se e separou-se de- para Jerusalém a fim de ser edu- pondeu: “Eu sou Jesus, a quem tu les, com receio dos da circuncisão. cado. Fariseu fervoroso, recebeu persegues. Ergue-te, entra na ciE os outros judeus também dissi- na circuncisão o nome de Saulo e dade, e dir-te-ão o que tens a famularam com ele, de tal forma que teve como precetor um dos mais zer”. Os seus companheiros de até Barnabé se deixou levar pela sábios rabinos daquele tempo, de viagem tinham estacado, humesua dissimulação” (Gál.2:11-13). seu nome Gamaliel, neto de Hilel, decidos, ouvindo a voz, mas não Para o desapontamento de Pau- de quem recebeu as lições do An- viram ninguém. Saulo ergueu-se lo, o resto dos judeo-cristãos de tigo Testamento. do chão, mas embora tivesse os Antioquia ficaram ao lado de PeCelebrizou-se pelos seus vastos olhos abertos, não via nada. Foi nedro, incluindo o seu parceiro de conhecimentos rabínicos. Embora cessário levá-lo pela mão, e assim longa data, Barnabé. fosse filho de um fariseu, tornou- entrou em Damasco, onde passou -se um cidadão romano. Segundo três dias sem ver, sem comer, nem As cartas de São Pedro há de referir mais tarde (carta aos beber, orando e meditando sobre A primeira carta de São Pedro Filipenses (3,4-7)), aparentemen- a revelação divina (Act., 9:1-9).
Cristo. O autor atribui a aparente demora à paciência de Deus em dar tempo para a redenção universal e observa que, aos olhos de Deus, mil anos são como um dia.
Paulo de Tarso: de perseguidor a apóstolo dos gentios Guiado pelo Senhor, o judeu convertido Ananias foi visitá-lo e ao encontrar-se com Saulo, recebeu a confissão da sua nova fé. Certo da sua conversão, Ananias impôs-lhe as mãos e fê-lo recuperar a visão e batizou-o. Após ser batizado, (Paulo) foi para o deserto da Arábia, onde orou e fez penitência durante três anos. A partir de então, com a juventude e energia que o caracterizavam e, para grande espanto dos judeus, começou a pregar nas sinagogas que Jesus era o Cristo, Filho de Deus vivo (Act., 9:10-22). Regressou a Jerusalém, onde sofreu a desconfiança dos que não acreditavam na sua repentina conversão e instalou-se em Antioquia, na Síria, de onde fez três viagens missionárias ao longo de 25 anos. Ministério (pregação) e Defesa da Fé Paulo pregou na Ásia Menor, Grécia e Jerusalém até ser preso em Cesareia (ano 61 d.C). Tendo sido levado para Roma, permaneceu dois anos sob custódia militar, gozando de relativa liberdade, o suficiente para receber cristãos e converter pagãos. Durante esse período, escreveu as cartas aos Filipenses, aos Colossenses, aos Efésios e a Filémon. Inocentado em 63 d.C., terá passado pela Espanha (?). Visitou as suas comunidades no Oriente, onde foi novamente preso e levado para Roma, sob a acusação de seguir uma religião ilegal. São desse último período as duas cartas a Tito. Por ordem do imperador Nero, desta vez não teve perdão e foi condenado à morte, mas por ser um cidadão romano, não foi crucificado, mas sim decapitado no ano 64 ou 67. Cartas e discursos Além de alguns discursos a si atribuídos (mencionados nos Actos dos Apóstolos), Paulo deixou 14 cartas dirigidas a várias comunidades cristãs (convertidas) e a amigos. Nas cartas que escreveu às comunidades que fundou,
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Religião Romanos (Rom.15,24 e 28), escri- fuori le mure), Roma. O seu martíta em Corinto, no ano 58, em que rio tinha ocorrido, porém, no loo apóstolo expressa a sua inten- cal da atual abadia das Três Fontes. Anteriormente, nos tempos pação de visitar a Península (Ibérica), o que, contudo, nunca terá feito. gãos, nesse local havia um pântaUma carta de São Clemente Roma- no. Quando os imperadores romano e um excerto do chamado “Câ- nos pretendiam fazer “desaparenone de Muratori” referem essa vi- cer” um cristão, sem ninguém sasita, mas tudo leva a crer que este ber, levavam-no lá para martirizátenha sido apenas um projeto de -lo. Conta-se que quando Paulo foi Paulo. A tradição de uma viagem decapitado, a sua cabeça deu três apostólica à Hispânia era mais for- tombos. No local de cada tombo, te em Roma, pois na Península não abriu-se uma fonte. Na Idade Média, foi construída ficou qualquer vestígio ou igreja uma abadia beneditina, que ainda que atestassem essa visita. Os primeiros historiadores do hoje existe e é muito visitada peCristianismo não referem essa hi- los peregrinos, chamada “Abbazia potética viagem de S. Paulo à His- delle Tre Fontani”. No período repânia. Entretanto, Jerome Murphy nascentista, foi erigida uma igreja Oconnor, professor do Novo Tes- sobre as três fontes e um altar sotamento na Escola Bíblica de Jeru- bre cada uma delas. Houve um período longo em que salém, no seu livro “Paulo, um homem inquieto, um apóstolo insupe- ninguém questionava a veracidarável”, refere, no seu livro, enfa- de (ou não) do túmulo e se as ossaticamente, que Paulo foi, “de fac- das pertenciam ou não a São Paulo. Para desfazer dúvidas, o sarcófato”, a Espanha. go foi localizado onde sempre se acreditou estar inviolado duranSão Paulo está enterrado te muitos séculos. Os peritos esna Basílica de S. Pedro Cientistas confirmam a autentici- cavadores perfuraram o túmulo dade do túmulo, contendo as ossa- e introduziram uma sonda espedas de São Paulo. Os restos mortais cial. A sonda reportou a existênPaulo e a cristianização do apóstolo Paulo foram veneradas cia de um tecido de linho cor púrda Península Ibérica A primeira referência cristã à ininterruptamente durante sécu- pura, recoberto de ouro e mais um Península Ibérica - “Hispânia”-, los, sob o altar papal da basílica de pano azul com filamentos de linho. ocorre na carta de São Paulo aos “São Paulo Extramuros” (San Paolo A sonda também verificou a pre-
mostrou-se grande teólogo empenhado a elaborar uma síntese do mistério cristão que atravessou os tempos. Esses documentos caracterizam-se por conferir valiosas regras de vida completamente atemporais que jamais perderão o seu significado. Também nos seus ensinamentos observa-se o esclarecimento da distinção entre Judaísmo e Cristianismo e a difusão deste último no mundo grego. A celebração da sua conversão ocorre na liturgia católica a 25 de janeiro. No dia 29 de junho, data do seu martírio e morte, a Igreja celebra os dois pilares da fundação do Cristianismo: São Pedro e São Paulo. São Paulo não era apóstolo “oficialmente”, mas foi considerado “o apóstolo dos gentios” por causa da sua obra missionária nos países “gentílicos”. Ele dizia de si mesmo: “Eu trabalhei mais que todos os apóstolos... e ai de mim se não evangelizar”; mas também dizia “Eu sou o menor dos apóstolos... não sou digno de ser assim chamado”.
sença de grãos de incenso vermelho. “Pequeníssimos fragmentos ósseos extraídos dali passaram pelo teste de carbono 14. Este foi feito por especialistas que não conheciam a procedência das amostras e eles concluíram que perten-
ceram a uma pessoa que viveu entre os séculos I e II”. Nota: Todos estes dados foram tornados públicos pelo Papa Bento XVI, a 29 de junho de 2009, data da Solenidade dos Apóstolos Pedro e Paulo. A. Costa
Festas populares em honra de S. Pedro A festa de São Pedro (e São Paulo) é uma das mais antigas do ano litúrgico, bem mais antiga do que a própria festa de Natal. A razão desta festa aos dois santos prende-se, segundo os historiadores, em substituir uma antiga festa pagã que comemorava no mesmo dia a festa de Rómulo e Remo, considerados os pais de Roma. Tal como Santo António e São João, São Pedro é um santo popular muito estimado. É o último santo popular a ser festejado (no mês de junho), mas, se calhar, por isso, ainda comemorado com mais devoção e carinho. Várias canções populares referem-se a ele como sendo aquele que tem as “chaves do céu”. O “Príncipe dos Apóstolos” é celebrado (e patrono) de várias cidades, vilas e aldeias de Portugal. Na nossa região é festejado na Maganha (Santiago de Bougado), Póvoa de Varzim, Afurada (V. N. Gaia), Caldas das Taipas, S. Pedro de Bairro e Riba de Ave. Nestes festejos, “resistem” várias tradições, tais como comer sardinha assada, saltar à fogueira, lançamento de balões e, já perto da meia-noite, o lançamento de fogo de artifício. Além das celebrações religiosas, que incluem Missas Solenizadas e procissões, estas festas têm outro cartaz de cariz mais cultural e recreativo, que atraem muitos forasteiros para assistirem às diversas noitadas, onde se incluem concertos de vários artistas populares e as já afamadas marchas ( luminosas) populares de São Pedro.
Esboço da Agricultura em Guidões no antigamente XVI LOUVORES DA TERRA: CONCLUSÃO Neste pequeno vale prevale- simbiose entre o homem e a naceu até aos anos oitenta do século tureza onde subsistia um respeiXX uma agricultura baseada em to patente na constante procura raízes ancestrais de sobrevivên- da leitura dos sinais que a naturecia, numa paisagem retalhada por za transmitia. campos e leiras de onde se cultiEra um misto de deslumbravava o pão e se criava os animais mento e frustração, onde os cântide forma a sustentar a casa e um cos, profanos e religiosos, aliviapouco para amealhar para even- vam a dor e secavam o suor, numa tualidades futuras. harmonia e num ambiente saudáDe origem maiata, o lavrador vel de equilíbrio entre o homem era austero e trabalhador, cioso e natureza. do seu “torrão”, temente a Deus e Ser lavrador não era só a expede fé inabalável, lutava diariamen- riência, arte e o engenho do late pelo sustento da casa onde pre- bor da terra, mas sim o saber ser valecia as artes e as tradições de e estar em comunidade, partilha origem imemoriais, rodeado de e tolerância. Era o saber impor-se uma grande prol essencial para pelo conhecimento e respeito peas lides da lavoura. los outros e pela natureza. Subsistia um comunitarismo emNeste trabalho fica vincado que pírico, vincado na entreajuda en- a vida era uma tarefa contínua destre fregueses, de forma a vencer de a meninice aos cabelos alvos, as diferentes fainas que a agricul- lutando pelo sorriso da vida que se tura impunha, mas que os braços esvanecia na penumbra do tempo. da casa não venciam, lavouras, seSer jovem, com a irreverência gadas, esfolhadas, etc. que a natureza impunha, era ser Do chascar das beiradas e la- “escravo” da vida, lutando pela vouras às colheitas, existia uma constituição da família no intuito
da conservação da espécie, por isso se agarrava à soga e à rabiça, numa aprendizagem constante, onde o conhecimento também se adquiria em volta da pedra do lar, nas noites longas de Inverno, ao som do estalar das achas a arder, os anciãos os deliciavam com as histórias e a descrição das arte da vida. Era em volta da pedra do lar que a família se reunia em amena cavaqueira e as mulheres fiavam, onde os mais velhos recordavam o passado e projectavam o futuro, num misto de nostalgia e de saber. As panelas de três pés ao lume, a caneca de vinho a aquecer, assim se emoldurava o quadro até que era ditado o terço para depois se recolher aos quartos. A preparação e sementeira de uma parcela de terreno obedeciam a critérios ancestrais como a fase da Lua, tipo de terreno, cultura, etc. e toda essa experiência se adquiria ao longo da vida e transmitiam, numa formação con-
tínua, sem livros, em que os mestres são os mais causticados pela rudeza da vida e a escola o que os rodeava. Do arado passou-se à charrua de volva aiveca, “arado vessadouro” como o denominavam, do milho-alvo, passou-se ao milhão, e tudo isto em nada alterou a arte de granjear a terra, com esmero e sabedoria com que sempre pautou a sua conduta. Os animais eram fiéis ao dono e este retribuía com atenção, zelo e bom trato.
Escravo da rabiça, mas livre, amando a família e terra como a ele mesmo, dando de si até as forças desvanecer, mas não deixando por isso de ser útil até cerrar para a vida e é este o retrato do agricultor. Concluo que tudo que escrevi são fragmentos despretensiosos de um passado, essenciais para justificar o futuro e fica ainda muito mais para descobrir, cabendo á autarquia e eruditos diligenciar no sentido e desenvolver e estender às outras freguesias.
José Manuel da Silva Cunha
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Atualidade
Memórias e Histórias da Trofa
O embrião da industrialização A Trofa, ao longo da sua história, sobretudo na época contemporânea, foi recebendo nas freguesias do seu futuro concelho várias indústrias, algumas delas o tempo foi apagando a sua memória, existindo muitas que estão, praticamente, longe do conhecimento da maioria dos populares. O tempo, por vezes, é ingrato na história. Apesar da presença das indústrias, o tecido primário ia mantendo uma enorme importância económica, conseguindo por exemplo, em 1911, o número de agricultores ser elevado. Uma dinâmica de crescimento que se iria arrastar pelos anos seguintes, não se cingindo somente àquele ano. Relativamente às indústrias, a existência de uma fábrica em Alvarelhos de produção de baetas que era propriedade de Manoel da Costa Maia, em S. Martinho, perante esta informação, já se assistia às sementes relativamente à indústria da metalomecânica com a serralharia mecânica que era propriedade de Rodrigo de Oliveira. A existência de fábricas para a produção de baetas em Alvarelhos abre uma nova brecha na história e ajuda a reconstruir a sua identidade, demonstrando que esta ciência é tudo menos um livro fechado. Na prática, assistimos a uma mudança de informação que remete para aquele tipo de indústria, apenas e exclusivamente, em Guidões, porém, em Alvarelhos, também existia. A sua atividade iria continuar no ano seguinte, mas o surgimento de novos equipamentos e instalações industriais parece estar congelada nos anos seguintes. Não se pode ignorar que estava próxima uma guerra e, tal como na atualidade, a situação económica e social poderá sofrer consequências gravíssimas. O número de agricultores ia crescendo, ganhando mais importância quer social, como também financeira. No ano de 1918, em S. Martinho de Bougado, surge a indústria de chapéus, que era uma fábrica a vapor, talvez a primeira máquina a vapor na Trofa estava instalada naquela fábrica, de nome Campos e Ferreira. Assistimos a uma tentativa de tentar quebrar os mitos da história da indústria da Trofa, que se apoia no escrutínio de novas fontes, novos documentos, não fechando a porta à mudança na história.
Mc’Donalds expõe trabalhos artísticos de funcionária
Quem disse que comer um hamburguer não pode ser um momento cultural? No Mc’Donalds da Trofa, as pinturas expostas nas paredes do restaurante provaram que gastronomia e arte podem estar em sintonia. Os desenhos que decoram o espaço foram pintados por Tânia Cardoso, uma funcionária do restaurante, que está também a frequentar a licenciatura em Artes Visuais e Tecnologias Artísticas, na Escola Superior de Educação do Porto. “Desde pequena que tenho esta paixão. Nesses tempos, era eu que desenhava os vestidos para as minhas bonecas. Acabei por direcionar o meu percurso aca- Tânia Cardoso viu trabalhos artísticos expostos no restaurante démico para esta área e esta ex- da “adrenalina” característica de que é nossa colaboradora, mas posição é resultado de alguns tra- um restaurante como este. fazemos também com artistas lobalhos realizados entre 2019 e Depois de conhecer o talen- cais nas várias áreas, como músi2020”, contou a artista em entre- to da funcionária através de um ca ou literatura, através do projevista ao NT. “jornal interno”, a franqueada do to ‘momentos com sabor’. Se quiTânia Cardoso começou a tra- Mc’Donalds decidiu abrir as por- serem divulgar os seus trabalhos, balhar no Mc’Donalds da Trofa tas do restaurante da Trofa para têm de entrar em contacto com o para “conseguir uma maior in- uma exposição de alguns traba- restaurante”, explicou a respondependência” enquanto não aca- lhos de Tânia. sável Regina Alves. ba os estudos e acabou por gostar “Nós fazemos isto com a Tânia,
Família da Escola de Bairros unida em caminhada
Atualize a sua assinatura anual Ano 2022: 20 €
Depois de adiada devido às previsões meteorológicas, a Caminhada da Família, promovida pela Associação de Pais da EB1/ JI de Bairros, foi para a rua na manhã de 29 de maio, proporcionando uma manhã diferente por trilhos rurais da freguesia. Esta foi a terceira edição da iniciativa, que já tinha sido realizada este ano letivo, promovendo o convívio entre dezenas de famílias de alunos da escola. Também os corpos docente e discen-
te estiveram representados, num evento que contou com o apoio de várias entidades, levando a associação de pais a fazer “um balanço muito positivo”. O Mc'Donalds foi uma das empresas patrocinadoras, numa ação de responsabilidade social que mostra também o comprometimento da organização para com a comunidade onde está inserida. “'Aqui para fazer bem' é um dos princípios que pauta um dos valores da marca e que procura-
Nelson S ilva
José Pedro Maia Reis
mos aplicar na nossa relação com a comunidade. Temos esse compromisso de ser bons vizinhos e retribuir à comunidade parte do que ela nos dá. Pode aplicar-se de várias formas, sendo as iniciativas de responsabilidade social uma delas. A nossa presença e apoio, dentro das nossas possibilidades, a estas iniciativas locais está no nosso ADN”, referiu Regina Alves, responsável pelo Mc’Donalds da Trofa.
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Desporto
João Costa é o novo treinador do Bougadense João Costa é o novo treinador da equipa sénior do Atlético Clube Bougadense. O clube anunciou, esta semana, a nova contratação para a época desportiva 2022/2023, em mais uma participação na Divisão de Honra da Associação de Futebol do Porto. “Treinador jovem, ambicioso, à imagem do clube e do projeto que tem vindo a ser construído desde o início da presente época. Com passagem pelo nosso clube como atleta e treinador na formação, conta também com passagens como treinador pela escola de formação do Benfica (CFT Braga), Gondomar SC, RD Águeda (Campeonato de Portugal) e, mais recentemente, nos sub-19 do AC Alfenense, onde alcançou o acesso à fase de subida”, refere a direção, em comunicado. João Costa, conhecido por Cenoura no mundo do futebol, fez formação no CD Trofense enquanto atleta, tendo ainda passado por Candal, Gondomar, Aliança da Gandra, AD Oliveirense e Alfenense, clube que representou esta época, a última como jogador de futebol, revelou o técnico, recen-
CD Trofense Sub-19 B 2.ª Divisão 2.ª Fase Série C Jornada 6 Trofense 1 - 2 CD Aves 1930 (2.ºlugar, 8 pontos)
“Cenoura” abraçou primeiro desafio como treinador de equipa sénior temente. Agora no Bougadense, João Costa, a poucos dias de fazer 27 anos, abraça aquele que, segundo o próprio, “é o maior desafio” da carrei-
ra até agora. “Um projeto sustentado, que pretende fazer crescer o clube nas variadas vertentes, valorizando o jogo e os seus intervenientes”, referiu.
Bougado mais perto da manutenção e Guidões com “sonho” acabado nos dois que o vencedor Iniciação S. Roque. Também na 1.ª Divisão, mas, na Fase de Apuramento de Campeão, o Guidões FC voltou a perder, desta feita, em casa, por 1-3, frente ao AD Penafiel. A formação de Vítor Ferreira até começou melhor e, ao intervalo, estava mesmo na frente do marcador, mas, no segundo tempo, os penafidelenses acabaram por se superiorizar e conquistar os três pontos. Com a quinta derrota, em seis jogos, o Guidões é 5.º classificado, com três pontos, e já não tem hipótese de almejar a subida à Divisão de Honra. Na próxima ronda, a formação da Trofa defronta, na Maia, o Académico Pedras Rubras. Já quem está muito perto de garantir a manutenção na mais alta
competição distrital é o CR Bougado, que bateu, em Matosinhos, o líder da Fase Manutenção, Leixões SC, por 1-3. Fruto de uma forte primeira parte, os bougadenses foram para o intervalo a vencer por 0-2 e, já depois de os leixonenses reduzirem, o Bougado acabou por estabelecer o resultado final. Com a importante vitória, a formação orientada por Fábio Ferreira segue em 3.º lugar da série 2, da Fase Manutenção, com 30 pontos, mais cinco que o 4.º classificado, a Académica de Leça, quando faltam apenas dois jogos para o fim da prova. Na próxima jornada, o CRB recebe o Urbanização das Areias e, em caso de vitória, garante o principal objetivo da época.
Sub-7 AF Porto S7 Série 4 Jornada 22 Trofense 3 - 7 Gens SC (8.º lugar, 21 pontos) AC Bougadense
Sub-17 B Taça complementar Série 6 Jornada 8 Tirsense 3 - 2 Trofense (1.ºlugar, 16 pontos)
Sub-19 Taça Complementar AFP Jornada 8 Penamaior 1 - 1 Bougadense (4.º lugar, 10 pontos)
Sub-15 Taça Complementar Série 7 Jun. C Jornada 9 Trofense 2 - 2 Bougadense (7.ºlugar, 9 pontos)
Sub-17 Taça Complementar AFP Jornada 8 SC Campo - Bougadense (9.º lugar, 0 pontos)
Sub-13 1.ª Divisão AFP Jornada 14 GDC Ferreira 0 - 1 Trofense (1.º lugar, 39 pontos)
Futsal federado
A jogar perante os seus adeptos, o Futebol Clube S. Romão bateu o Académico de Pedras Rubras “B”, por 6-1, em jogo da série 2 da Taça Complementar da 1.ª Divisão da Associação de Futebol do Porto (AFP), terminando assim a temporada com um triunfo. Os trofenses entraram melhor no jogo e com naturalidade chegaram ao 3-0, permitindo ainda na primeira parte que os visitantes reduzissem. No segundo tempo, a diferença entre as equipas foi mais notória e o resultado acabou por se avolumar. Depois de concluírem a série 1 da 1.ª Divisão no 7.º lugar, os romanenses, que alcançaram nesta fase três vitórias, um empate e uma derrota, garantiram agora o 2.º posto da série na Taça Complementar, com dez pontos, me-
Resultados futebol formação
Sub-12 Divisão Elite AFP Jornada 16 Leixões 0 - 4 Trofense (2.º lugar, 33 pontos) Sub-11 D. Honra AFP Série 2 Jornada 12 CA Rio Tinto 2 - 2 Trofense (7.º lugar, 12 pontos) Sub-9 LCA Série 2 Jornada 22 Trofense 2 - 2 Gondim Maia (7.º lugar, 20 pontos)
Sub-15 Taça Complementar AFP Jornada 9 Trofense 0 - 0 Bougadense (9.º lugar, 10 pontos) Sub-13 1.ª Divisão AFP Jornada 13 Ancede 4 - 1 Bougadense (3.º lugar, 27 pontos) Sub-11/10 Divisão Elite AFP Série 2 Jornada 12 Bougadense 1 - 5 FC Porto (1.º lugar, 33 pontos) Sub-11/10 D. Divisão AFP Série 2 Jornada 12 Bougadense 2 - 1 GDC Ferreira (7.º lugar, 6 pontos)
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Desporto Futsal concelhio Seniores Femininos 11.ª jornada ACD Fornelo 0-1 GCR Alvarelhos
Classificação 1.º ARD Coronado - 22 pontos 2.º S. Pedro Maganha - 21 pontos 3.º GCR Alvarelhos - 20 pontos 4.º GCR Vermoim - 19 pontos 5.º RFST Rebordões - 13 pontos 6.º Inter Milheirós - 12 pontos 7.º CJ Malta - 10 pontos 8.º ACD Fornelo – 2 pontos Veteranos Masculinos 6.ª jornada AB 92 5-2 ARSP Maganha GCR Alvarelhos 2-2 Team Lantemil FC São Romão 1-0 ARD Coronado
1.º AB 92 - 15 pontos 2.º GCR Alvarelhos - 13 pontos 3.º FC São Romão - 11 pontos 4.º Team Lantemil - 7 pontos 5.º A.R.S.P. Maganha - 2 pontos 6.º ARD Coronado - 2 pontos
Seniores Masculinos 14.ª jornada FC de Rebordões 0-0 ARD Coronado Casa do FCP da Trofa 2-1 ARSP Maganha
1.º Casa FCP Trofa - 32 pontos 2.º AR Paradela - 22 pontos 3.º GDR Ferreiró - 20 pontos 4.º S. Pedro Maganha - 19 pontos 5.º GD Covelas - 17 pontos 6.º Guidões FC - 14 pontos 7.º ARD Coronado - 6 pontos 8.º FC Rebordões - 6 pontos 9.º CR Bougado - 3 pontos
EAT apurada para final nacional de clubes A Escola de Atletismo da Trofa (EAT) está apurada para a final nacional de Clubes da 3.ª Divisão. O feito foi alcançado pela equipa feminina, no apuramento que teve lugar a 28 e 29 de maio.. Com 273 pontos, a equipa conseguiu garantir o último lugar do apuramento para a 3.ª Divisão, melhorando a pontuação conquistada pelo terceiro ano consecutivo, já que em 2020 conseguiu 117 pontos e o ano passado 231,5. Para a classificação nacional competiram Mónica Rodrigues (20.º no salto em comprimento e 18.º nos 100m), Ana Silva (14.º nos 1500m e 17.º lugar nos 800m), Sandra Sá (15.º nos 400m e 21.º nos 200m), Daniela Gregório (16.º nos 5000m), Sofia Santos (23.º no lançamento do martelo e 22.º nos 100m/barreiras), Alice Oliveira (10.º nos 3000m/obstaculos e 14.º nos 3000m), Júlia Sousa (23.º nos 3000m /marcha), Diana Rodrigues (19.º nos 400m/barreiras), Ana Cruz (35.º no lançamento de peso) e Luísa Tavares (32.º no lan-
çamento do dardo). A EAT competiu também em duas estafetas: Diana Rodrigues, Ana Silva, Sofia Santos e Sandra Sá alcançaram o 13.º posto nos 4x100 metros, enquanto Mónica Rodrigues, Diana Rodrigues, Daniela Gregório e Alice Oliveira atingiram o 14.º lugar nos 4x400 metros. Maria João Araújo não fez marca no salto em altura nem no triplo salto. Já no Campeonato Nacional de
Corrida de Montanha, a EAT sagrou-se vice-campeã nacional absoluta, por equipas. Na última prova, a 15.ª Corrida de S. Brás, a 5 de junho, a iniciada Mariana Azenha foi 5.ª classificada, Deolinda Oliveira alcançou o 3.º lugar em veteranos F35 e 5.º absoluto e Júlia Sousa foi 4.ª em veteranos F35 e 7.ª absoluta. A sub-23 Ana Cruz fez o 24.° lugar da geral feminina.
EAT vice - campeã nacional por equipas
Trofense regularizou dívidas salariais A Liga Portugal informou esta terça-feira que o Clube Desportivo Trofense cumpriu a obrigação de demonstrar a inexistência de dívidas salariais a jogadores e treinadores. Em comunicado, o organismo
que tutela os dois mais altos escalões do futebol português referiu que, assim como o emblema da Trofa, também o Varzim regularizou a situação. “Deste modo, as Sociedades Desportivas passam a ter a sua situação
regularizada, o que faz com que todos os clubes com exceção de Académica e Leixões tenham demonstrado o rigoroso cumprimento das suas obrigações salariais, dentro dos prazos regulamentados”, pode ler-se no mesmo comunicado.
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Ecos da Região Vila do Conde e Póvoa de Varzim
Santo Tirso
Águas do Norte associa qualidade das praias com “correta gestão do saneamento” A Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR), localizada na freguesia de Tougues, no concelho de Vila do Conde, tem desempenhado um “papel fundamental” para que os municípios de Vila do Conde e da Póvoa de Varzim mantenham praias com bandeira azul. É esta a convicção da empresa Águas do Norte, que em comunicado sublinhou o facto de seis praias vilacondenses (Árvore, Frente Urbana Norte, Frente Urbana Sul, Labruge, Mindelo e Vila Chã) e oito poveiras (Barranha, Fragosa, Lagoa, Paimo, Quião, Zona Urbana Norte e Zonas Urbanas Sul I e II) merecerem, este ano, a bandeira azul, associando a qualidade das águas com a “correta gestão de saneamento”. A ETAR de Tougues trata, por ano, “cerca de cinco milhões de metros cúbicos de águas residuais, atendendo uma população de aproximadamente 120 mil habitantes residentes nos municípios de Vila do Conde e Póvoa
do Varzim, assim como a respetiva população flutuante”. “Trata-se de uma instalação de referência no que diz respeito ao respetivo tratamento, apresentando tecnologias de ponta que garantem, em permanência, um elevado grau de exigência no que diz respeito à qualidade das águas residuais tratadas. De salientar ainda que esta instalação tem uma unidade de produção de energia limpa, recorrendo a energia solar e ao biogás produzido pelo processo de tratamento, permitindo desta forma ter níveis de autossuficiência próximos da neutralidade energética”, acrescentou a Águas do Norte.
Na bacia hidrográfica do rio Ave, a empresa é ainda responsável pela exploração e gestão de mais oito ETAR na Trofa, Vila Nova de Famalicão, Santo Tirso, Vieira do Minho, Póvoa de Lanhoso, Fafe e Guimarães, que permitem o tratamento adequado de um volume de efluente de cerca de 40 milhões de metros cúbicos por ano, ao qual correspondem não só as águas residuais domésticas de aproximadamente 500.000 habitantes, como também o efluente industrial de todas as unidades industriais localizadas nesta região e que corresponde a cerca de 25% do volume total tratado.
Necrologia Guidões
Muro
S. Martinho de Bougado
António Augusto da Costa Pereira Faleceu dia 25 de maio com 73 anos. Casado c o m O tí li a A s sunç ão Amaro da Costa Pereira
António Silva Carvalho Faleceu dia 25 de maio com 66 anos. Casado com Maria José Pires Pinto
Maria de Fátima de Araújo Ferreira Faleceu dia 23 de maio com 63 anos. Irmã de Fernando Barroco
S. Martinho de Bougado
Santiago de Bougado
S. Martinho de Bougado
José Deveza Mirra Faleceu dia 24 de maio com 84 anos. Casado com Maria de Fátima da Costa Lopes
António Maia de Azevedo Faleceu dia 24 de maio com 82 anos. Casado com Almerinda Pereira
Oldemira de Sousa Marques Faleceu dia 25 de maio com 95 anos. Casada com José Ribeiro
Rocha Funerárias, Lda
Agência funerária Trofense, Lda
Rocha Funerárias, Lda
Agência funerária Trofense, Lda
Agência funerária Trofense, Lda
Agência funerária Trofense, Lda
S. Martinho de Bougado
S. Martinho de Bougado
S. Martinho de Bougado
Olívia de Sousa Machado Faleceu dia 28 de maio com 83 anos. Viúva de Jeremias da Costa Ruas
Joaquina Teixeira Faleceu dia 28 de maio com 88 anos. Sogra de Abílio Cunha da Silva
Agência funerária Trofense, Lda
Agência funerária Trofense, Lda
Maria Rosa da Silva e Sousa Faleceu dia 29 de maio com 75 anos. Filha do falecido Manuel da Gracinda
Agência funerária Trofense, Lda
S. Martinho de Bougado
S. Martinho de Bougado
Alvarelhos
Eduardo da Costa Leal Faleceu dia 31 de maio com 83 anos. Casado com Prof. Maria Isabel Geraldes Ferreira
Maria Lúcia da Silva Moura Faleceu dia 2 de junho com 91 anos. Residente no Lar da Santa Casa da Misericórdia da Trofa
Engrácia Faria de Sousa Faleceu dia 3 de junho com 82 anos. Viúva de Joaquim Lopes da Silva
Agência funerária Trofense, Lda
Agência funerária Trofense, Lda
Agência funerária Trofense, Lda
Xutos & Pontapés, Calema e Zé Amaro nas Festas de S. Bento Xutos & Pontapés, Calema e Zé Amaro são os artistas cabeças de cartaz das festas de S. Bento, que regressam ao figurino habitual, depois de dois anos de interregno devido à pandemia. Tim e companhia atuam na noite de 9 de julho, na Praça 25 de Abril, junto aos paços do concelho, o mesmo local onde atuará Zé Amaro, a 8 de julho. O duo Calema apresenta-se no mesmo palco, na noite de 10 de julho. Nas festas de S. Bento regressa também o “Há Baile no Largo", de 8 a 10 julho, a partir da meia-noite. Pelo palco dos artistas tirsenses,
montado na Praça dos Carvalhais, vão passar Serafim Ferreira, Lando, Patrocínia Costa, José Morais Silva, Zebra Libra, GinFizz, Duo Polifonia, Grupo Lusosom e Marta Miranda. O encerramento das festas, a 11 de julho, feriado municipal, faz-se, como tradição, com fado na Quinta de Fora, com espetáculo de Maria Emília. Este é também o dia dedicado à tradicional peregrinação a S. Bento. Quanto a fogo de artifício, há espetáculo piromusical, no Largo Abade Pedrosa, a encerrar a noite de 8 de julho, e um espetáculo sobre o rio ave, ao fim da noite seguinte.
9 de junho de 2022
NT
19
Diversos
Sudoku
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7 diferenças
Na estante... O Dicionário das Palavras Perdidas (Porto E ditora) PIP WILLIAMS Um dia, um pedaço de papel contendo a palavra “escrava” cai ao chão. Esme apanha-o e esconde-o na velha caixa de madeira da sua amiga, Lizzie, uma jovem criada de servir na casa grande. Esme começa a reunir outras palavras do Scriptorium, palavras descartadas ou negligenciadas pelos homens do dicionário. Palavras que a ajudam a entender o mundo. Com o passar do tempo, Esme percebe que certas palavras são consideradas mais importantes do que outras, e que as que se relacionam com as experiências das mulheres acabam muitas vezes excluídas. Dieta para a Diabetes (A rte P lural E dições) KATIE E GIANCARLO CALDESI O casal Caldesi uniu esforços com uma nutricionista e um conhecido médico especialista em diabetes e obesidade e o resultado foi este livro, que inclui um plano para perder peso e 100 receitas deliciosas para controlar e reverter a diabetes tipo 2.
Desaparecida (Bertrand E d.) RACHEL HAWKINS Jane, uma dogsitter sem dinheiro, mal pode acreditar quando conhece Eddie Rochester. Atraente e rico, vive sozinho numa belíssima mansão desde a morte trágica da sua mulher. Um homem que poderá proporcionar a Jane tudo o que ela sempre quis, Eddie esconde um terrível segredo… E quando a verdade vier ao de cima, as consequências serão muito mais letais do que qualquer um podia antever. Um twist encantador no romance gótico clássico, Desaparecida conjuga o tradicional charme sulista americano com um atmosférico suspense doméstico.
Enigma Dois pais e dois filhos foram pescar. Cada um pescou um peixe, sendo que, ao todo, foram pescados 3 peixes. Como é que isso é possível?
Soluções da edição passada Sudoku
Enigma (1 + 1 + 1)! = 6 | 2+2+2= 6 | 3 x 3 - 3 = 6 | 4 + 4 - raiz(4)= 6 | 5 + 5 / 5 = 6 | 6 + 6 - 6= 6 7 - 7 / 7 = 6 | 8 - raiz[raiz(8 + 8)] = 6 | raiz(9) x raiz(9) - raiz(9) = 6
Espaço de cultura Vila Nova De Famalicão
Música Diogo Piçarra 13 de junho | 22h00 | Anfiteatro do Parque da Devesa| Entrada livre Cinema “Rock Dog - Há Festa no Parque” 18 de junho | 16h00 | Teatro Narciso Ferreira (Riba de Ave) Sessão para Famílias | M/6 | Entrada livre Música “Chamar a Música: Portugal no Festival da Eurovisão da Canção” 24 e 25 de junho | 21h30 | Casa das Artes - Grande Auditório | M/3 | Duração: 90 min Entrada: 4 euros. Estudantes e Cartão Quadrilateral Cultural e Seniores: 2 euros | Coprodução Arteduca e Casa das Artes de Famalicão
Exposição Morcegos às Claras Até 30 de dezembro | Centro Ciência Viva | Terça a sábado: 10h00-13h00/14h00-18h00 | M/6 MAIA Música Jazz no Parque 16 a 19 de junho | Parque Central da Maia |Entrada gratuita | Eurico Costa trio - Copal (16 jun, 18h30), The Guit Kune Do (16 jun, 21h30), AP Quarteto (17 jun, 18h30), Joana Raquel, Miguel Meirinhos - “Ninhos” (17 jun, 21h30), Winnie da Hop + HOP DANCE STUDIO ( 18 jun, 17h00), Manel Linhares - “Suspenso” (18 jun, 21h30) e Carlos Azevedo Quarteto - “Serpente” (19 jun, 17h00)
Vila do Conde Religião Tapetes de Flores da Procissão Corpo de Deus 15 de junho à noite e 16 de junho | Início: Rua da Igreja e outras ruas do centro histórico e zona ribeirinha Parque Diversões Aldeia da Criançada Até 19 de junho aos fins de se-
O Esquilo e as Bolotas Perdidas (L ivros Horizonte) ANA STILWELL, BEATRIZ FRANCISCO Sabiam que os esquilos se esquecem de onde guardam quase 74% das bolotas que esconderam? Será que os esquilos são tontos? Ou serão muito sábios a ajudar o planeta? … Nesta história vamos perceber que é importante saber olhar para as coisas de uma forma diferente e não desistir. O que pode parecer mau, pode transformar-se em algo bom.
nelo| Entrada: 7 euros. Crianças até aos dois anos com entrada livre| Pontos de venda: Junta de Freguesia de Fornelo, Junta de Freguesia de Vairão e na entrada do recinto durante o evento
mana| 14h00-19h00 | Complexo Municipal de Jogos de For-
Tertúlia “Asas da Poesia” 25 de junho | 16h00 – 18h00 | Biblioteca Municipal da Maia | Entrada gratuita
20 O NOTÍCIAS DA TROFA
9 de junho de 2022
Atualidade
Procissão do Corpo de Deus liga S. Martinho a Santiago A procissão do Corpo de Deus flores ao longo da EN 104, como das paróquias de Santiago e S. já era costume, desde a Igreja MaMartinho de Bougado será reali- triz até ao limite com S. Martinho”. zada no dia 16 de junho. “Estão a ser constituídos grupos Assim, o início da procissão para a execução do tapete de floestá marcado para as 18h30, com res, que estão distribuídos da sesaída da Capela de Nossa Senho- guinte forma: do largo da Igrera das Dores, atravessando a Es- ja até a antiga Farmácia Barreto: trada Nacional (EN) 14, seguindo Aldeia da Lagoa / da antiga Fardepois em direção à EN 104, que mácia Barreto até bombas de galiga a Trofa a Vila do Conde. solina da Retificadora: Aldeias De acordo com o pároco de San- de Cima Aldeias de Cima (Trofatiago de Bougado, “às 14h00, tem -Velha, Lantemil e Cedões) / das início a realização dos tapetes de Bombas até Drogaria Gonçalves
Paróquias renovam pedidos aos fiéis para elaboração dos tapetes e Moreira: Bairros e Maganha / da Drogaria até ao limite com São Martinho: Aldeia de Cidai”, acrescentou. O pároco pede “àquelas pessoas que coordenaram este ano a elaboração das cruzes da Semana Santa que coordenem com as
pessoas das suas aldeias a elaboração dos tapetes”. “Devem falar com os moradores por onde vai passar a procissão para que prestem ajuda. Pede-se também que os moradores junto da estrada, dentro do possível, coloquem colchas nas janelas
ou varandas para saudar o Santíssimo Sacramento. Apela-se assim à participação de todos os movimentos e confrarias nesta grande procissão e que cada lugar ou zona se prepare verdadeiramente para a realização dos tapetes porque esta é uma maneira de mostrar o nosso apreço pelo SS. Sacramento”. Já o pároco de S. Martinho de Bougado, Luciano Lagoa, apelou aos fiéis da paróquia, através de mensagem publicada no boletim paroquial, para que ajudem com flores para que seja possível fazer o tapete para a procissão do Corpo de Deus. O Dia Santo do Corpo de Deus tem início na Capela de Nossa Senhora das Dores, entre as 09h30 e as 12h00, com a Adoração ao Santíssimo Sacramento, e às 17h00 é dada a entrada da Banda de Música de Moreira, no Parque Nossa Senhora das Dores, onde às 17h30 decorre a missa solene, com a presença de Dom Pio Alves, bispo auxiliar do Porto.