opiniãopública: 21 de abril de 2021
FREGUESIAS
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Tribunal aplicou-lhe prisão preventiva
Uma mulher foi detida, na quartafeira da semana passada, pela Polícia Judiciária (PJ) de Braga, por suspeita de homicídio do empresário de Oliveira S. Mateus, Joaquim Sousa, que foi encontrado morto, em sua casa, em julho do ano passado. Ouvida em tribunal, a suspeita ficou em prisão preventiva. Em comunicado, a PJ adianta que a detida, de 47 anos, tendo “como móbil o roubo de dinheiro”, deslocou-se, de carro, à casa da vítima, onde, encapuzada, escalou o muro da propriedade e entrou na habitação, por uma portada que percebeu ou sabia estar aberta. Acabou por “surpreender a vítima que estava a dormir, a qual, tendo acordado, foi atingida com várias facadas no tronco, lesões que lhe vieram a provocar a morte”, relata ainda a PJ. Os factos ocorreram na noite de 22 para 23 de julho de 2020, na freguesia de Oliveira S. Mateus, na Rua de Giesteira, no interior da residência da vítima, de
Arquivo
Mulher detida por suspeita de ter morto empresário de Oliveira S. Mateus
No dia do crime a PJ realizou várias perícias
50 anos de idade. Joaquim Sousa foi encontrado morto dentro de casa, ao início da manhã, por uma das funcionárias da empresa têxtil de que era proprietário e que ficava ao lado
da habitação. Tinha marcas de facadas nas costas e já nessa altura suspeitou-se de que tinha sido vítima de um assalto, já que já que o interior da habitação encontrava-se remexido, com vários
objetos partidos e o cofre aberto. Joaquim Sousa vivia sozinho. Era divorciado e tinha uma filha já maior de idade, a residir em França. Na sequência dos vestígios
recolhidos e da “vastíssima prova testemunhal e pericial entretanto produzida”, a PJ considera haver “fortes indícios” da autoria dos factos, tendo agora avançado para a detenção da suspeita. Indiciada por homicídio qualificado, a mulher foi presente no Tribunal de Guimarães para primeiro interrogatório judicial, tendo o juiz de instrução criminal aplicado a prisão preventiva. Segundo fonte da PJ, o juiz admitiu a possibilidade de a arguida passar para prisão domiciliária, com pulseira eletrónica, caso o relatório social se revele favorável. Recorde-se que, aquando da descoberta do corpo, a 23 de julho do ano passado, técnicos da PJ estiveram toda a manhã desse dia a proceder a perícias e a recolher indícios, quer no interior da habitação, quer no exterior, inclusive num pequeno terreno baldio que existia ao lado da casa da vítima. C.A. pub
Projeto vai criar 55 postos de trabalho
Governo dá luz verde a novo parque industrial da Continental Mabor
O Governo declarou a utilidade pública da expropriação de terrenos para a criação do novo parque industrial da Continental Mabor em Lousado. O despacho, assinado pelo ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, a 8 de abril, sublinha que se trata de um projeto reconhecido com o estatuto de Potencial Interesse Nacional (PIN), prevendo um investimento de 42 milhões de euros e a criação de 55 postos de trabalho diretos. Alude ainda à “idoneidade e credibilidade” do promotor, à “comprovada” viabilidade económica do modelo projetado e à “suscetibilidade de sustentabilidade ambiental”.
O projeto tem a pronúncia favorável de todas as entidades com direito de voto que integram a Comissão Permanente de Apoio ao Investidor, da Câmara de Famalicão, do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e do Instituto do Turismo de Portugal. Com o novo parque industrial, a Continental pretende expandir a unidade fabril e as áreas de armazenagem, bem como criar inf r a e s t r u t u r a s (designadamente, estacionamento e balneários) para servir o aumento de trabalhadores esperado. O objetivo é potenciar a oferta de pneus fabricados na unidade de Lousado, diversifi-
car o portfólio de produtos e aumentar a produção. No entanto, a empresa não conseguiu adquirir 55 das frações de terrenos necessárias para construir o parque industrial, por recusa da proposta, falta de resposta dos proprietários ou falta de interesse na contraproposta, pelo que, em novembro de 2018, decidiu requerer a expropriação por utilidade pública, agora concedida. A fábrica da Continental em Lousado conta com cerca de 2.300 trabalhadores, tendo já produzido 350 milhões de pneus desde que, há 30 anos, se instalou naquela freguesia. Em 2019, a faturação ascendeu a 833 milhões de euros.