A pesquisa em cada etapa do processo de produção da floresta - OpCP57

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plantas daninhas

Opiniões

plantas daninhas

em plantações florestais

As plantas que atualmente causam danos às atividades humanas, à saúde do homem e ao meio ambiente, quando ocorrendo fora de sua área de distribuição geográfica ou em tamanhos populacionais acima da capacidade-suporte do ambiente, têm várias designações compatíveis com sua função biológica, como planta exótica invasora, planta pioneira, planta trepadeira, dentre outras. Nessa condição, todas as plantas têm um caráter comum, que é sua indesejabilidade no local, época e forma em que ocorrem e são indesejadas em virtude dos problemas que causam à produção vegetal, à manutenção da integridade de reservas ambientais, dentre outras importantes interferências, e, por isso, recebem o conceito antropocêntrico de plantas daninhas. Sob esse conceito, qualquer planta pode ser considerada daninha dependendo do ambiente ou da época em que ocorrem. Plantas de eucaliptos são indesejadas e consideradas daninhas quando crescem espontaneamente nas áreas de manutenção de linhas de transmissão elétrica.

A grande diversidade de ambientes em que se pratica a silvicultura no Brasil não permite que haja uma abordagem única ou pouco diversificada para o manejo de plantas daninhas "

Robinson Antonio Pitelli

Diretor da Ecosafe Agricultura e Meio Ambiente

As plantas daninhas que ocorrem em áreas de atividades agrícolas e florestais foram evolutivamente desenvolvidas para a ocupação de campos onde a vegetação original foi alterada e passou a ocorrer disponibilidade de hábitat ao crescimento vegetal. Essas plantas teriam a função de criar hábitats adequados ao início de uma sucessão ecológica de populações que culminaria no restabelecimento de nova vegetação clímax, mas esse processo sempre foi interrompido pela atividade humana.

Nesse caso, a sucessão é interrompida, e os hábitats para plantas pioneiras estão constantemente sendo disponibilizados, e estas formam mecanismos adaptativos que as tornaram exímias colonizadoras. Com o desenvolvimento da sociedade humana, essas comunidades foram se tornando cada vez mais densas, diversificadas e especializadas na ocupação dos agroecossistemas, passando a interferir mais profundamente nas atividades humanas. Na silvicultura, há de se distinguir dois sistemas principais de exploração econômica: as plantações florestais e os sistemas de manejo extrativista praticados em regiões de clima temperado. Nesses dois sistemas, os problemas com plantas daninhas são diversos. Essa diversidade de necessidades tem sido uma das dificuldades de entendimento do intenso controle químico nas plantações florestais em climas tropicais e subtropicais, em comissões regulatórias compostas principalmente por técnicos oriundos de regiões onde se pratica o sistema de manejo extrativista.


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