A proteção que as plantações florestais exigem - OpCP46

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Opiniões

desafios do setor florestal no manejo de

plantas daninhas as perdas de produtividade causadas pelas plantas daninhas podem ser superiores a 50% do volume de madeira produzido por um plantio florestal sem a competição com essas plantas "

José Eduardo Petrilli Mendes Pesquisador da Fibria-MS

O manejo integrado de plantas daninhas é uma prática necessária para garantir a produtividade dos plantios florestais, uma vez que as perdas de produtividade causadas pelas plantas daninhas podem ser superiores a 50% do volume de madeira produzido por um plantio florestal sem a competição com estas plantas. Os métodos de controle químico e mecânico predominam atualmente nos plantios florestais. Nos dois casos, a maior escala de uso é de operações mecanizadas, em função da praticidade, minimização de riscos, rendimento, escassez de mão de obra e dos custos operacionais. A associação dos dois métodos também é uma prática que tem avançado nos últimos anos, bem como a associação de herbicidas, buscando a sinergia ou os efeitos aditivos de dois produtos numa única operação. Os métodos químicos são aplicados em larga escala, demandando e motivando a pesquisa e o registro de novas moléculas para uso em plantios florestais, bem como o avanço e o estímulo à adoção de novas tecnologias de

pulverização por esse setor. Até pouco tempo, o manejo químico das plantas daninhas em plantios florestais estava restrito a poucas opções de ativos herbicidas para o controle das plantas daninhas em pré-emergência (oxyfluorfen, sulfentrazone, isoxaflutole e flumioxazina), ou em pós-emergência (glifosato, glufosinato de amônia, carfentrazone ethil e 2,4-D), sendo este último mais focado em outras áreas dos empreendimentos florestais, fora dos talhões de plantios. Com o registro recente de novos ativos, principalmente para a cultura do eucalipto, o manejador florestal passou a ter mais opções de manejo nas duas fases das plantas infestantes, pré e pós-emergência. Esse novo cenário de disponibilidade de ativos diferentes, junto com as novas “fronteiras florestais”, trouxeram novos e grandes desafios e oportunidades para o avanço do manejo de plantas daninhas nos plantios florestais, que, por sua vez, demandam conhecimentos técnicos específicos sobre o tema, muitas vezes, ainda pouco explorados por esse setor. Os desafios dos diferentes cenários e situações de trabalho demandam, cada vez mais, equipamentos de pulverização desenvolvidos e fabricados para uso florestal e não mais adaptações de equipamentos desenvolvidos originalmente para ; outras áreas agrícolas.

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