incêndio florestal
manejo integrado do
fogo Os resultados das ações de MIF têm demonstrado que as práticas do fogo zero não têm alcançado a mitigação dos problemas advindos dos incêndios florestais e queimadas irregulares. "
Marcos Giongo Alves Professor de Engenharia Florestal da UF-Tocantis e Diretor do CeMAF - Centro de Monitoramento Ambiental e Manejo do Fogo Coautor: Jader Nunes Cachoeira, Coordenador do CeMAF
As contribuições das florestas, naturais ou plantadas, para o bem-estar da humanidade são extraordinariamente vastas. As florestas desempenham um papel fundamental no combate à pobreza rural, oferecem oportunidades de crescimento a médio prazo e serviços vitais a longo prazo para os ecossistemas. A silvicultura ocupa um lugar fundamental na promoção de uma abordagem integrada para abordar os principais problemas relacionados com a produção da floresta, o desenvolvimento rural, a utilização dos solos e a gestão sustentável dos recursos naturais. As práticas de manejo florestal adotadas pelos empreendimentos de base florestal mudaram consideravelmente nos últimos 25 anos. De um modo geral, esse período registrou uma série de desenvolvimentos positivos. A atenção prestada ao manejo florestal sustentável (MFS) nunca foi maior: mais terras são designadas como florestas permanentes, mais avaliação, monitoramento, proteção, planejamento e envolvimento das partes interessadas, e os marcos legais sendo revisados e adotados.
48
No entanto, em que pese os avanços nos MFS, os riscos do empreendimento florestal perpassam questões como a definição da melhor área para os plantios, a correção e a adubação do solo, o déficit hídrico, as variações do mercado e a rentabilidade, devendo alcançar a sustentabilidade do recurso florestal, com a integração da produção e da proteção com os fatores sociais e ambientais. Nesse sentido, no cenário florestal mundial, com foco nos empreendimentos florestais brasileiros, os incêndios florestais destacam-se por possuírem grande potencial de destruição. Na atualidade, a comunidade científica florestal já comprovou que as culturas homogêneas são mais suscetíveis aos incêndios florestais, por, naturalmente, apresentarem condições favoráveis para a ignição e a propagação do fogo. No Brasil, tanto a gestão pública quanto a privada têm sido alvos periódicos de críticas de