produtor rural
eu fui testemunha desta
história
Foi com surpresa que recebi o convite do editor-chefe da Revista Opiniões para ser articulista desta edição. Afinal, já se vão três anos que deixei o setor florestal, onde estive por quase 4 décadas. Agora sou produtor rural. Produzo café e, obviamente, madeira de eucalipto, em Capelinha, no Vale do Jequitinhonha-MG. Na conversa inicial, ele me sugeriu que escrevesse sobre a história da mecanização da colheita florestal em Minas Gerais – da qual fui testemunha. Aceitei o desafio. Espero que a leitura seja agradável aos que a ela se dispuserem. Tive a honra de trabalhar, por 36 anos, em uma empresa siderúrgica de Minas Gerais que produz aço verde a partir de carvão vegetal, oriundo de floresta plantada de eucalipto. Essa empresa era estatal. Em 1992, foi privatizada. O corpo diretivo da agora empresa privada estabeleceu que a transformaria
O setor florestal tem uma característica única: a livre troca de informação entre as equipes de produção das grandes empresas, as visitas constantes entre elas, os seminários e a interação com o meio acadêmico. "
Paulo Sadi Silochi Produtor Rural
em uma corporação de primeiro mundo, na qual não haveria espaço para o modelo, terceiro mundista, de produção de carvão vegetal praticado pela subsidiária florestal. O carvão vegetal, matéria-prima da indústria, em breve seria substituído pelo coque. Estava aí estabelecido o desafio para a empresa florestal: ou se reinventava ou desapareceria. Esse foi o ponto de partida para a antiga Acesita Energética se tornar a primeira empresa florestal de Minas Gerais a mecanizar a colheita florestal. ;
28
Opiniões