desenvolvedores de tecnologia
Opiniões
colheita florestal:
tecnologia e inovação nos movimentos e operações No início dos anos 2000, em uma de minhas primeiras viagens como coordenador de vendas, seguia meio desconfiado por um trecho de terra bem cuidado em uma floresta de pínus entre Porto União-SC e União da Vitória-PR, para visitar um cliente que opera na área. No meio do talhão, com árvores recém-trabalhadas e outras remanescentes, avistei um senhor e um cavalo bretão. Na beira da estrada, as pilhas de toras indicavam claramente uma operação de corte. Ao ver a cena, abaixei o vidro do carro e ali fiquei, olhando atentamente a operação.
Já temos modelos de máquinas florestais sendo operadas por controle remoto. Conseguem imaginar o que virá? "
Rodrigo Soares Junqueira Gerente de Vendas da John Deere Florestal
No local, as estradas principais e de acesso estavam em ótimas condições. A cena era de um sistema de desbaste seletivo, em que apenas as árvores de melhor porte eram mantidas, enquanto as bifurcadas ou tortas recebiam uma marca, indicando que não seriam aproveitadas. O cavalo seguia trilhas de extração, garantindo que essas árvores remanescentes não fossem danificadas durante o arraste. Por fim, havia, ainda, pilhas baixas (bem organizadas em diversos sortimentos) aguardando o transporte. Se voltarmos ao início do século, quando o engenheiro agrônomo Edmundo Navarro de Andrade trouxe as primeiras mudas de eucalipto para o Brasil, ou até mesmo no fim dos anos 1940, quando o pínus passou a ser cultivado na região Sul, com
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certeza já havia planejamento na operação de colheita florestal, e o sistema de colheita, na época, era algo similar ao descrito, porém ainda com o uso do machado, uma vez que a motosserra só chegaria ao Brasil na década de 1960. No paralelo entre o ontem e o hoje, a principal evolução estabelecida é que, agora, o planejamento de um projeto florestal utiliza muita tecnologia, além de levar em consideração os possíveis impactos em todo o ciclo – desde a formação da floresta até sua colheita. A visão do ciclo completo (silvicultura, colheita e transporte) aliada à gestão dos processos de colheita com o uso de tecnologia e sistemas mistos são os grandes pilares para a redução considerável de custo da madeira na beira da ; estrada.