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Propriedade: Escola Secundária Martins Sarmento Alameda Prof. Abel Salazar - 4810-247 Guimarães Tel.: 253 513 240 | Fax: 253 511 163 Código da Escola: 402187 Director: José Manuel Teixeira Coordenação Geral: Glória Manuela Machado Grafismo e paginação: José Faria, Jorge Faria Email: o.pregao@esmsarmento.pt nº 07 Jornal da Escola Secundária Martins Sarmento

Junho a Agosto de 2012

Editorial Os vencedores, João Pereira, Simão Nunes, Hugo Chegada a primavera, morre em nós, com oGanchas ine Viriato verno, a nossa natureza morta. E renasceFigueira energuem o tão, todas as manhãs, uma vontade frescatroféu de correspondente nos revermos e renovarmos com o desabro- ao 1º lugar. A escola Sec. de char de cada florir. E alegramo-nos ao comuSanta Maria tem nicar aos outros, também em cada novo olhar motivo para festejar!

Um novo Pregão

que trocamos, que valeu a pena cada um de O professor Óscar também recebeu uma medalha que simbolizou nós ter resistido às inúmeras intempéries do a participação da nossa escola na organização do evento. árduo e longo inverno. Valeu a pena, para po.... só mais uns Tudo Ok! dermos agora abrir o olhar extasiado perante metros até cada uma das cromáticas alcatifas resistentes à meta.... que tingem os, aparentemente, frágeis jardins e encantos da cidade. E hoje, ao aproximar-me da escola, alegro-me, sinto uma vez mais que vale a pena desviar a atenção dos dias cinzentos, que depressa passam, e saborear o indizível prazer da percebida alegria de alguns idosos, rejuvenescidos assim, ao serem recebidos na nossa escola. Uma das provas disputadas foi o Campeonato de Portugal Absolutos Curto – Sénior – 4.000m Destaque: SarauMasculino - Música; Dança; Homenagem Aqui, onde voluntária e carinhosamente são e outra foi a Prova Nacional Universitária “adotados” por esperançados e renascidos jovens alunos e professores. Uma primavera Entrevista: surge dentro deles e dentro de nós. Prof.ª Sílvia Magalhães Por pequenas coisas como estas, igualmente pequenas e igualmente grandes, que vamos Opinião: tendo a oportunidade de ver pela escola fora, Olhar, outro pensamento? fechamos O Pregão deste ano a pensar que valeu a pena. Foto Reportagem: Opinião: Não podemos deixar de invocar a assertivida- A participação da escola no p. 36 Os professores da nossa escola Os voluntários apoiaram as Ensaio sobre a beleza Mais vencedores, de dos versos de Pessoa: “A Matos 2012 desta vez... aproveitaram para conviver! cerimónias deespantosa entreda de realidaprémios. Corta de das coisas é a minha descoberta de todos os Notícias: dias. Cada coisa é o que é. E é difícil explicar a Concurso Jovem Cozinheiro alguém quanto isso me alegra, e quanto isso me basta!”. Universo ESMS: Zigue-zagues Ficamos, assim, a aguardar uma série de rejudo acordo ortográfico venescidos “Pregões” repletos de espanto e de novas alegrias revitalizantes, porque conquisUniverso ESMS: Identidades: Robótica no México tadas. Exposição de artes visuais dos alunos Que venha o verão! do curso de artes visuais, do 11º e 12º anos Universo ESMS: Dar à língua p. 32 Profª Glória Manuela Machado

A última prova, já a manhã ia longa. O Campeonato Nacional de Veteranos, Masculino e Feminino, 3.500m

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Destaque

Jornadas culturais 2012

Os últimos dias de março encheram a escola Martins Sarmento (ESMS) de música, alegria e movimento. As portas abriram-se e os preparativos iniciados no princípio do ano letivo e trabalhados no seu decurso deram os seus frutos. Todos as áreas em vigor na escola tiveram o seu espaço de participação, desde as ciências e tecnologias, as humanidades, as artes visuais, a economia, a restauração, o desporto, a multimédia, a animação, a informática à saúde. Num diálogo mutuamente enriquecedor, os jovens da Martins Sarmento foram ao encontro dos mais jovens convidados (cerca de 400 alunos do 9º ano), com os quais interagiram em múltiplos espaços (agora alargados e mais bem apetrechados!): laboratórios de ciências, preparados para uma mostra de conhecimentos científicos (de matemática, biologia, química, física), de técnicas de multimédia, de funcionamento de robôs, de preparação de petiscos, de jogos desportivos, de laboratórios de línguas, de mostras de artes visuais e experiências de animação, todas as atividades dinamizadas por alunos da escola, acompanhados pelos respetivos docentes. As atividades foram diversificadas, multidisciplinares e repletas de criatividade: uma tabela periódica humana encheu o espaço exterior de dança e música e uma exibição de Trial, feita pelo campeão nacional animou a plateia. A cultura e o lazer estiveram de mãos dadas e fizeram-nos, uma vez mais, acreditar que, acreditando num projeto, ele pode levar-nos além do que com ele preconizamos. O projeto aglutinador, parte integrante do plano anual de atividades da escola, que pôs em destaque a cidade, este ano capital europeia da cultura, pôde também pôr em cena alguns dos seus passos. Assim, a escola desceu à cidade e as mãos sábias de um organista fez vibrar as cordas do órgão de tubos da Igreja de S. Francisco, ao som de uma simples e iluminada lição sobre a arte sacra no

país e, em particular, na cidade. Múltiplos diálogos de saberes se mesclaram ao longo de quatro dias completos de especial dinamismo na ESMS. A encerrar mais umas Jornadas Culturais esteve a esperada e inevitável noite de estrelas. Depois de uma seleção prévia e vários meses de afinação, ex alunos da escola, como o locutor de rádio Jorge Händel, os músicos Marco Miranda, Carla Gomes e Paulo Rodrigues (todos ex-alunos da escola) subiram ao palco do CAE (Centro de Artes e Espetáculos) de Guimarães a par dos atuais alunos, entre os quais também brilharam. Do já clássico Liceu Got Talent saíram vencedores os alunos André Antunes, cantor e compositor (10º CT 1, 1º prémio) e as

cantoras Cláudia Pinheiro (10 LH3, 2º lugar) e Marcela Dias (3º PAS, 3º lugar), depois de uma criteriosa seleção feita pelo júri composto por César Machado, Jorge Händel, Joana Antunes, Marco Miranda e Nuno Florêncio. Desta vez, o ilustre destacado surpreendido na noite foi o Professor Vasco Carneiro. A todos os que com extrema dedicação se entregaram a esta jornada que engrandece a escola e os seus alunos, um especial agradecimento. A equipa das III Jornadas Culturais


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Entrevista

Nos bastidores do Sarau - Sílvia Magalhães

“... um corre-corre e só há tempo para respirar no fim.” O Clube de Jornalismo realizou uma breve entrevista a uma das entusiásticas dinamizadoras, para sabermos um pouco mais sobre o que se passa nos bastidores do nosso Sarau: Fale-nos da complexidade de se organizar um evento como o Sarau. A organização do Sarau não é simples, mas o trabalho mais árduo e mais delicado cabe aos participantes. São quem se predispõe a partilhar connosco o talento e o brilho e são, logicamente, os grandes responsáveis pelo sucesso que as edições do Sarau Martins Sarmento têm vindo a ser até agora. A organização do Sarau começa uns meses antes do espectáculo em si, com reuniões e reuniões e reuniões. Parece (e muitas vezes é) chato, mas é extremamente necessário, porque há imensos pormenores que têm de ser discutidos em grupo - e muitas cabeças pensam sempre melhor do que uma só. As estrelas dessa noite surgem em palco de que forma? Os alunos inscrevem-se, numa primeira fase, e apresentam os seus talentos sob a forma de números nos quais querem atuar em palco (representação, canto, música…). Depois, há a seleção e o treino até ao momento, que significa trabalho, muito trabalho. Perante tão e variadas propostas, que tipo de alinhamento é feito para o espetáculo em si? Depois de sabermos quantos números (e do que constam) vamos criar para o espetáculo, é preciso definir um alinhamento - quem entra primeiro,

quem vem a seguir - e a construção desse alinhamento é um dos pormenores essenciais para que tudo corra bem. É fundamental começar logo a pensar no ritmo do espectáculo: se há um número mais calmo a seguir deve tentar colocar-se qualquer coisa mais animada, mas também é preciso perceber se há muitos elementos para retirar ou colocar em cena (porque o tempo de organização do palco - montar instrumentos, microfones - é um tempo morto para o público, e é muito importante tentar minimizá-lo; por exemplo: se há uma bateria em palco, que demora muito tempo a retirar, a seguir não pode entrar um número de dança, que precisa do palco todo livre, mas pode entrar alguém que só vá cantar, porque assim a bateria pode ir saindo devagarinho e discretamente durante essa actuação). Antes da subida do pano, o que se passa nos bastidores? Durante os dois dias anteriores ao espectáculo é imprescindível que todos os participantes ensaiem no palco, para perceberem a sua dimensão, em que lugar se irão posicionar, de que lado entram, de que lado saem, onde terão de permanecer durante o tempo em que não atuam; os técnicos da sala têm de ver os números que irão preencher o espétaculo, para que possam afinar as luzes e o som de maneira a servir cada uma das

Prof.ª Sílvia Magalhães, organizadora do Sarau Cultural da Martins Sarmento.

atuações. É aqui que muitas vezes se percebe que temos de fazer alterações ao alinhamento, porque o microfone demora mais tempo a montar do que se pensava, ou qualquer outro pormenor. E no dia D, como correm as coisas? Durante o dia do espectáculo há sempre milhões de pormenores para tratar: rever o alinhamento com os apresentadores, verificar toda a parte vídeo, todo o som e músicas do espectáculo, verificar as luzes, verificar o equipamento técnico (micros, cabos,...), verificar o sistema de intercomunicação (essencial para que quem está na régie possa comunicar com quem está no backstage), organizar a sala colocar as cadeiras, marcar os lugares dos convidados institucionais, organizar o ‘backstage’ retirando tudo o que não faz falta (porque são sempre cerca de 80 pessoas em bastidores e todo o espaço é necessário), colocar todos os adereços no lugar, ...

Durante o espetáculo, atrás do palco, tudo está tranquilo?

Nem pensar! Quando o espectáculo começa no palco, há outro espectáculo a acontecer atrás dele. Sempre que alguém está a atuar, os participantes que vêm a seguir têm de estar prontos, os técnicos têm de saber que luz, que vídeo, que música vai entrar depois, os apresentadores têm de saber se vão ter muito ou pouco tempo para falar, se o júri já decidiu sobre os vencedores do concurso de talentos,... um corre-corre e só há tempo para respirar no fim. Quando as cortinas correm com a palavra FIM, o que é que sente enquanto encenadora de toda esta organização? No final, para mim, é um alívio grande, confesso, um misto de sensação entre ‘missão cumprida’ e ‘sãos e salvos’. Acima de tudo, o que prevalece é um grande orgulho por saber que se faz parte de uma equipa de gente maravilhosa, que dá 300 por cento para que tudo saia ao máximo - equipa constituída por todos os que participam no espectáculo, fora do palco e em cima dele. Até ao próximo espetáculo.


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Destaque

Lisboa, 23 de março de 2012, Boa noite a todos. Com muita pena não posso estar hoje presente no sarau da minha escola. Como não tenho muito jeito para as câmaras optei por escrever esta mensagem. Foi em 1993, aula de História da Arte. Entrou um senhor com uma imagem diferente, com uma atitude diferente, provocando um certo burburinho entre o pessoal. Sem precisar ainda de falar, senti claramente que estava perante alguém com muito carisma. Quando começou, descreveu um pouco o programa disciplinar e depois, a dada altura, perguntou quem é que gostaria de ir a Paris e a Londres numa viagem de estudo. Obviamente, a pergunta provocou uma rizada total! Ouviam-se comentários, “este senhor deve achar que somos ricos” (na altura não existia a Ryanair! ). Alguém disse: “É claro que gostaríamos de ir, mas como?” Pronto, o professor Vasco não parou mais de falar, deu tantas ideias de como poderíamos angariar fundos, desde a venda de t-shirts desenhadas por nós, a pequenos patrocínios, etc.. Quando saímos daquela aula, ninguém falava noutra coisa; uns falavam do professor louco, outros sentiam-se inspirados com a agitação que ele provocou. Não foram precisas muitas mais aulas para que toda agente fosse conquistada pelo carisma do professor Vasco! Para mim, foi como se de repente passasse de uma realidade local para uma realidade universal, e foi mesmo o que aconteceu! Um ano de aulas absolutamente inspiradoras e se querem saber, fomos todos a Paris e a Londres. Conhecemos o Louvre, o Centro Pompidou, o British Museum, a National Galery, o Palácio de Buckingam, a Tower Bridge, entre muitas outras coisas... Vasco, foi a primeira vez que andei de avião. Na verdade, foi a primeira vez que saí de Portugal. Acho que só mesmo quem teve a oportunidade de viajar contigo naquela altura poderá ter a noção do quão importante foi para nós. E não, não fomos de férias! Claro que fizemos as nossas patifarias mas era impossível resistir ao cansaço de um dia inteiro a acompanhar a tua energia, simplesmente única; acabávamos o dia a dormir pelos cantos! Este foi um momento marcante para mim e com certeza também para os meus colegas. Mas há um outro momento marcante que contribuiu para uma mudança sem precedentes na minha vida. Um dia, para variar, vivia uma grande inquietação, sentia-me perdido, sentia que para seguir o meu sonho, o caminho da minha música, precisava de sair de Portugal. Tinha apenas 16 anos e era necessária alguma coragem! Nessa altura tinha surgido uma oportunidade e eu não sabia o que fazer. Fui ter contigo e desabafei a minha inquietação. Tu disseste-me, Vai Manel, corre atrás de toda as oportunidades que te proporcionem aprender mais sobre o teu caminho, e, se por acaso as coisas não resultarem, nós estaremos cá para te receber. Eu fui, e felizmente não me arrependi! Vasco, a importância da existência de pessoas como tu neste mundo é tão grande! Felizmente tive o privilégio de me cruzar contigo e o que mais desejo para os meus filhos é que encontrem pessoas que os inspirem e que os cativem; que os ensinem a ser perseverantes; que os ajudem a descobrir-se e a não desistir dos seus sonhos. Tu fazes parte desse grupo de pessoas que passam na nossa vida e nos marcam para sempre. És um grande amigo, um grande artista e és o grande professor Vasco! Um grande abraço do teu aluno e do teu amigo. Manuel d’Oliveira PS: Vê lá se pintas mais. Todos adoramos o teu trabalho e queremos ver mais do Vasco que nos inspirou para a vida!


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Sentida homenagem ao pintor e professor Vasco Carneiro.


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Opinião

Olhar, Outro Pensamento:

FMI, Verdade, Soberania, Bem-Estar Público e Desigualdades Sociais Alexandra Ribeiro, 11.º LH2

Estamos em pleno séc. XXI, auge da tecnologia e da consciência dos erros do passado. Em Portugal, vive-se em democracia e na sua Constituição afirma-se que um dos objetivos do país é rumar ao socialismo. Defende-se a liberdade, a igualdade, a soberania do país e que os cidadãos é que detêm o poder. Porém, será mesmo isso que está a acontecer? Seremos todos iguais perante a lei? Vivemos realmente num estado soberano? Rumamos realmente ao socialismo? Perguntas e perguntas pressionam o pensamento. Estará o espaço público ameçado com a crise? Será que vale a pena colocar os capitais à frente do povo? Deve o Estado assegurar o bem-estar social dos cidadãos? Tudo isto me faz lembrar a crise de 1929, em que existiu um surto de ditaduras e a

qual, mais tarde, foi solucionada a crise com a 2.ª Guerra Mundial... Voltaremos nós ao mesmo? É complicado responder a esta pergunta, mas temos de ter cuidado com o futuro... Para que estes erros não voltem a acontecer foram criadas organizações como o FMI (Fundo Monetário Internacional), para que se ajudem os países em crise aquando do seu pedido, já que com o neocapitalismo são frequentes os surtos de crises. Hoje, Portugal está sobre a liderança desta organização. O FMI foi visto por alguns como o D. Sebastião dos tempos modernos. Contudo, as medidas aplicadas só têm aumentado as desigualdades socias. Será que, para isso, vale a pena abdicar do art. 1.º da constituição (soberania do país)? Ultimamente as opiniões têm-se dividido. Uns dizem que não

devemos pagar a dívida porque não foi a população a contraí-la, mas sim os governos. Outros afirmam o contrário. Apesar de ser um ponto um tanto ou quanto subjetivo, temos de ver que todos somos cidadãos de Portugal e temos de tomar conta dele e, se chegámos a este ponto também temos uma parte da culpa, pois deixámos isto acontecer! Quando o país saiu da ditadura havia bastante ouro nos cofres de Estado. Com a entrada de Portugal na CEE (Comunidade Económica Europeia), entraram milhões e milhões de euros no país, mais os crescentes impostos aplicados aos portugueses. Pergunto, agora, com a entrada do dinheiro do FMI como é possível não conseguirmos sair da crise? Tem de haver culpados, e não é só o povo português e os juros aplicados. Será que o dinheiro

Vivemos num país com uma localização geoestratégica extraordinária, podemos investir no tráfego marítimo a nível mundial, entre outros. Temos produtos imensos, como o calçado, com uma excelente qualidade. Temos um país lindíssimo para o turismo usufruir. Com tanta riqueza e hipóteses de investimento como é possível não sairmos desta situação?


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Opinião

foi bem investido? Será que ele foi investido para o país? Vivemos num país com uma localização geo-estratégica extraordinária, podemos investir no tráfego marítimo a nível mundial, entre outros. Temos produtos imensos, como o calçado, com uma excelente qualidade. Temos um país lindíssimo para o turismo usufruir. Com tanto dinheiro e hipóteses de investimento como é possível não sair desta situação? O FMI diz que não há dinheiro para a educação, para o serviço nacional de saúde, para pensões e salários, para investimento público. Só se aposta nos mercados, e mercados e mais mercados. Mas como é que a maioria das pessoas pode consumir e investir para que haja crescimento económico, se não tem poder de compra? Vemos o desemprego a crescer e “eles” a aplicarem medidas para facilitar os despedimentos, e, por consequência, as desigualdades sociais a aumentar. E “eles” a cortarem pensões e salários, e isso é refletido no crescimento económico. A classe política, e outros com grande poder, não sofrem com as medidas de austeridade, não lhes é cortado parte do salário ou dos subsídios como ao resto da população. É necessário aplicar medidas de austeridade, todavia estarão estas a ser bem aplicadas? Estará o FMI e o governo a fazer um bom trabalho com estas medidas? Vemos o caso da Islândia que após ver o país entrar em crise decidiu chamar o FMI. Começou a ver os cortes, os impostos a serem aplicados de forma não igualitária (tal como em Portugal) e começou a ficar revoltado. Deitam o governo abaixo e exigem novas eleições. Com o novo governo fez um referendo para saber se os cidadãos pretendiam dar continuidade ao FMI: 93% dos cidadãos disse que não e, então, é congelada a ajuda. O povo recusou-se a pagar a má gestão dos bancos e dos governos anteriores e decidiu fazer uma investigação para atribuir as responsabilidades da crise. Foram detidos vários banqueiros, altos executivos e políticos. Redigiram uma nova constituição e apelaram à ajuda do povo, participando, este sim,

diretamente na política do país. Nacionalizaram a banca, aumentaram os salários e, acima de tudo, apostaram nas pessoas e no país. Agora, o país está a pagar a sua dívida e a ter um bom crescimento económico. Não apostaram nos capitais, mas sim nas pessoas. Fazendo o inverso do FMI. Por que razão Portugal não utiliza este modelo para sair desta terrível crise e não aposta no país e nas pessoas? Os jovens deixam de estudar porque não têm dinheiro para pagar propinas cada vez mais altas. O desemprego aumenta de dia para dia. A pobreza abrange cada vez mais pessoas e o fosso entre ricos e pobres é cada vez maior, além de que isto leva a que cada vez mais pessoas cometam o suicídio. O futuro dos jovens está assente nas palavras: precariedade, desemprego, pobreza, desigualdade. Entretanto, o estado gasta 1 milhão de euros em carros de luxo só para o Parlamento..., fazem apostas em obras públicas que não resultam em nada, não reduzem os seus salários e subsídios e continuam com os mesmos privilégios de sempre. E a justiça vai-os protegendo. Obrigam, especialmente os mais pobres, a pagar uma dívida privada, transformada agora em dívida pública. Falam em austeridade, mas esta é só para alguns. Por que é que não se segue o exemplo da Islândia, se é o melhor para o país e para as pessoas? As desigualdades aumentam e o país não cresce... Até quando aguentamos isto? O FMI e esta política atual vão agravar ainda mais os problemas sociais e económicos do país e beneficiar os mesmos de sempre. É necessário mudar as prioridades. Voltando à crise de 1929, Franklin Roosevelt, para sair da mesma, aumentou o controlo sobre bancos e instituições financeiras e económicas; construiu infra-estruturas para gerar empregos e aumentar o mercado consumidor; definiu subsídios e crédito agrícola a pequenos produtores familiares; estipulou um salário mínimo e garantiu subsídios a idosos, desempregados e inválidos; incentivou a criação de sindicatos, para aumentar o

poder dos trabalhadores e facilitar a defesa dos novos direitos. E isto gerou crescimento económico. Colocaram as pessoas em primeiro lugar, e não os mercados e os capitais. Atualmente, está-se a sentir um retrocesso brutal em relação a tantas das conquistas importantes da democracia, como a educação gratuita, a saúde pública, os direitos sindicais, a justiça social, melhores condições sociais... Chegámos a um ponto tão absurdo que temos de afirmar aquilo que deveria ser básico. Sim, isto é o reflexo da crise mundial. Mas será mesmo necessário abdicar de tanto? Não nos parece. É necessário fomentar o espírito crítico e mudar as prioridades. Todos nós fazemos política e por isso temos de ser cidadãos conscientes e apelar ao bem comum. O que os políticos atualmente fazem com a “teoria do tem de ser” é uma falácia já que existem outras soluções. E é sobre isto que temos de refletir... sobre o bem-comum, sobre a dignidade das pessoas. Não vale a pena perder a soberania do país, algo tão importante para nós. É preciso apelar à solidariedade e à união. O futuro não é risonho, mas está nas nossas mãos, e é necessário lutar por ele hoje. Não podemos desistir do bem-estar público. E não é utópico dizer que temos de combater isto, este modo de encarar os problemas. Temos de descobrir a verdade e recuperar a nossa soberania. Ousemos amar a verdade, ao invés do dinheiro. Não se enganem, desde o Estado Novo não demos uma volta de 180.º, mas sim de 360.º. Andámos e lutámos por tanto e estamos a voltar ao mesmo! Nós já não rumamos para o socialismo, rumamos para o seu antípoda. Devem ser garantidos pelo Estado bens básicos e fundamentais, como a educação, a saúde e a segurança social. “O pessimista vê dificuldade em cada oportunidade; o otimista vê oportunidade em cada dificuldade.” Nesta altura, é preciso ser otimista e enfrentar a crise com criatividade, honestidade e verdade, porque parar é morrer. Chega de hipocrisia, “jardim à beira mar plantado”. Tenho dito!


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Opinião

Ensaio sobre a Beleza

Nascemos, completamo-nos e o que sobra é corpo! Ana Sofia Leite, 10.º AV1

Na lotaria da vida são-nos conferidos aspetos bons e menos bons, para que todos fiquem, no geral, com uma sorte equivalente. Ora na beleza, no gosto, há uma questão complicada: Como distinguir o que é belo do que não é? Serão os cânones os grandes influenciadores desse gosto? Ou será apenas aquilo que definimos como atitude estética que nos leva a distinguir? Pois bem, aqui temos uma questão a desafiar o seu estudo. As opiniões, no que diz respeito à beleza natural de alguém podem ser: de uma resposta positiva, na generalidade, de alguns admitirem como belo e outros não, ou de, na generalidade, não apreciarem essa beleza. Quantas vezes já pensámos: ”fulano é tão bonito/feio!”. Mas, mesmo assim, o feio pode sempre ser belo; depende da perspetiva, do gosto, do conceito de beleza… Mas então o que nos leva a apreciar, muitas vezes, aqueles que não são belos? O que terá levado a bela a aceitar a fealdade do monstro? “Quem ama o feio, bonito lhe parece”, já diz o ditado. Há uma personalidade que domina, uma força que ultrapassa qualquer fealdade material e nos

prende os olhos para um coração e não para um corpo. Será justo haver um casal onde um dos parceiros é mais dotado fisicamente que o outro? Será a beleza física assim tão relevante numa relação? Pois bem, a tese que defendo é a de que o gosto é relativo de pessoa para pessoa, cada um define os seus próprios cânones: há quem tenha um perfil de gosto próprio, há quem se adapte naturalmente aos estereótipos definidos socialmente e há quem não tenha ideais de beleza, apenas se sirva da atitude estética para gostar. As pessoas unem-se e relacionam-se porque, para além de uma “embalagem”, o ser humano possui uma essência que vale muito mais. Vejamos: estão sob o alcance de um indivíduo a escolha de um presente entre dois, ambos com o mesmo formato, um paralelepípedo. Porém, um está forrado a papel dourado com uma fita muito bonita e vermelha de seda e o outro é uma simples caixa de cartão amarrotada. À partida o indivíduo escolhe aquele que tem melhor aspeto, no entanto ele está a ser seduzido falsamente, pois desconhece que no interior da caixa amarrotada está um precioso anel de

diamantes, enquanto que na outra, toda brilhante, está um anel feito de arames. Pois bem, isto é o que acontece à sociedade que se deixa envolver e armadilhar nas aparências. Conseguiremos nós distinguir as pessoas, através do seu caráter e não do agrado ou desagrado que a sua fisionomia demonstra e entender a ilusão das aparências? Já pensaram o que seria das pessoas menos sortudas fisicamente se estivessem condenadas a ficar com pessoas não tão belas por esse mesmo motivo? Não teriam direito os mais feios de conquistar e conseguir ter alguém bonito? Eu penso que sim, pois daquilo que não temos à nascença, a vida há-de sempre compensar-nos, tornando a beleza social equivalente. Neste sentido, vemos a intervenção da justiça na lotaria da vida, no ramo da beleza, que, num processo natural, permite o relacionamento entre os cidadãos de uma forma compreensível. Assim sendo, saliento as ideias mais importantes: na lotaria da vida os aspetos que possuímos vão-se completando ao longo da nossa existência; no campo da beleza, das duas uma, ou nascemos com ela ou iremos possuí-la. Por isso é que


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Opinião

A tese que defendo é a de que o gosto é relativo de pessoa para pessoa, cada um define os seus próprios cânones: há quem tenha um perfil de gosto próprio, há quem se adapte naturalmente aos estereótipos definidos socialmente e há quem não tenha ideais de beleza, apenas se sirva da atitude estética para gostar. As pessoas unem-se e relacionam-se porque, para além de uma “embalagem”, o ser humano possui uma essência que vale muito mais.

a vida é bela! A maior beleza que o ser humano pode possuir é aquela que lhe sai do coração e lhe ferve nas veias, pois essa beleza é infinita enquanto que a que serve de montra vai apodrecendo ao longo dos anos; os relacionamentos sociais formam-se de um modo mais ou menos equilibrado e é daí que percecionamos o caráter humano. A vida é muito mais que uma “embalagem”, é um conteúdo repleto de caminhos orientados pela justiça, onde o exterior é apenas um cartão de visita e o interior é um íman que nos prende e seduz e nos faz ficar cativos de alguém que, tendo ou não bom exterior, nos enfeitiça e rouba o bilhete de ida da nossa viagem, isto é, o seu caráter é de tal modo interessante que ficamos apaixonados, como que viciados, e não nos importa o resto do mundo (aquele ao qual íamos retornar, mas que entretanto abandonamos para ficar com a pessoa que nos havia seduzido). É mesmo esse o desafio da vida: entregar-nos não ao corpo, mas sim à alma, uma que nos seja gémea.


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Notícias

Curso Profissional de Restauração

Concurso “Jovem Cozinheiro Martins Sarmento” A Escola Secundária Martins Sarmento organizou a primeira edição de um concurso destinado aos alunos do 3º PR (Curso Profissional de Restauração) subordinado ao tema Novas Tendências da Cozinha Regional Portuguesa. O objetivo deste projeto é desenvolver e promover a apetência dos jovens pela prática culinária, possibilitando que, de forma pró-ativa, exibam as aprendizagens decorrentes dos três anos de formação. Os concorrentes deveriam confecionar um prato principal e uma sobremesa. Nas fases eliminatórias foram apurados os alunos que melhor realizaram a confeção da sua receita e a emprataram, contando com duas horas como tempo limite para a preparação. O júri que selecionou o ven-

cedor em cada uma das etapas, foi constituído pelos três chefes de cozinha do curso de restauração e por um elemento da direção da nossa escola. A final do concurso, com os candidatos apurados ao longo das fases elimatórias, realizou-se durante as Jornadas Culturais da escola que decorreram de 21 a 24 de março. De salientar que, nessa final, à minuciosa análise e apuramento dos elementos do júri enunciados, juntou-se também a apreciação de um chefe de renome nacional, o conceituado Chefe Alexandre. Os critérios de avaliação assentaram no equilíbrio nutricional, na harmonia dos ingredientes, na higiene, na correta confeção e na inovação e criatividade do produto final. O Prémio Concurso Jovem Cozinheiro Martins Sarmento,

O Concurso Jovem Cozinheiro teve como vencedor o aluno Pedro Castro, com o menu: Bacalhau com batata violet com molho de vitela e lingote de chocolate com taglateli de manga e sabayon de laranja com vinho do porto.

teve como grande vencedor o aluno Pedro Castro, com o seguinte menu: Bacalhau com batata violet com molho de vitela e lingote de chocolate com taglateli de manga e sabayon de laranja com vinho do porto.

Saudamos este jovem Chefe e esperamos que todos os finalistas tenham um excelente futuro e continuem a surpreender com as suas criações saudáveis e apetitosas! 3º PR e Prof.ª Joana Silva

Curso Ciências e Tecnologias

Final Nacional das Olimpíadas da Biologia 2012 Posso dizer que aquele foi um fim de semana deveras enriquecedor e promissor. Destino? Lisboa. Motivo? Final Nacional das Olimpíadas da Biologia. No dia 27 de maio, representei a minha escola, aliás, a nossa escola, o Liceu de Guimarães, a nível nacional, após ter passado nas duas primeiras eliminatórias das Olimpíadas. Ser um dos 36 selecionados para a Final Nacional, num universo de 6610 alunos participantes do ensino secundário, não só foi uma enorme responsabilidade, mas também um motivo de orgulho. Agradeço ao meu professor de Biologia, Dr. Filipe Freitas,

pela sua companhia até à capital e por ter contribuído para uma melhor compreensão dos conteúdos programáticos ao longo de três anos que me acompanhou. A prova, que decorreu no Pavilhão do Conhecimento, desdobrou-se numa prova prática e noutra prático-teórica. Realizei ambas de forma descontraída porque, afinal de contas, para mim já foi uma vitória ter chegado a esta situação. Fiquei em 22º lugar. Estou contente? Sim, satisfeita porque, afinal, aprender e participar ativamente neste tipo de iniciativas vale sempre a pena. Ana Ribeiro, 12º CT3

Ana Ribeiro, aluna da Escola Secundária Martins Sarmento representante nas Olimpíadas da Biologia acompanhada pelo professor Filipe Freitas.


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Curso Profissional de Restauração

Jantar de homenagem “Reviver o Jordão” O Restaurante Jordão foi um marco importantíssimo na história social, cultural e económica da sociedade vimaranense. Era apanágio das gentes de Guimarães almoçar ou jantar no Restaurante Jordão que, através dos seus reconhecidos “pratos” desde as “entradas até às deliciosas sobremesas, faziam as delícias de todos os que por lá passavam. Aos domingos, à hora do almoço, era interessante verificar que o Restaurante Jordão se tornara “ local de encontro obrigatório” de algumas das mais ilustres famílias. Este espaço, durante algum tempo, simbolizava o que de melhor havia em termos da gastronomia vimaranense. Sempre que alguém visitava pela primeira vez esta cidade, ou quando que se realizava algum evento especial, era com certo orgulho que se recorria aos serviços deste local. Inclusivamente, grandes negócios aqui foram nascendo e sendo concretizados, no apogeu industrial e comercial deste nosso concelho. Foi precisamente tendo em consideração todos estes motivos que, em Conselho de Turma e tendo como referência o Curso de Restauração, se pensou homenagear o referido restaurante, entretanto fechado. Esta ideia foi muito bem acolhida por todos os intervenientes neste processo, desde os alunos aos docentes. A cantina da nossa escola transformou-se num local muito aprazível, agradável e acolhedor. Assim, como menu de pro-

va, foram confecionados os pratos mais típicos e solicitados daquele restaurante, a saber: uma panóplia de entradas, os chamados “frios”, passando pelos filetes de peixe com salada russa, pelas suculentas e tradicionais carnes assadas, até às sempre tão saborosas sobremesas. Tudo isto “regado” com um bom vinho verde. Como pano de fundo, os presentes puderam ouvir e sentir as músicas que acompanharam as sucessivas gerações que passaram pelo Jordão. É de referir que o êxito do jantar ultrapassou todas as expectativas previstas, pois contou com muita animação e com o espírito revivalista dos vimaranenses, contagiando mesmo os convivas que, oriundos de outras paragens, se interessaram vivamente por mais esta tradição da nossa terra. Os discentes demonstraram grande empenho, interesse e alegria pelo trabalho desenvolvido, mostrando uma atitude muito profissional que foi muito elogiada. Os convidados mostraram-se agradavelmente surpreendidos pela realização deste evento quer no que toca ao menu escolhido, quer pela atmosfera ali vivenciada. Profª Paula Faria

O êxito do jantar ultrapassou todas as expectativas previstas, pois contou com muita animação e com o espírito revivalista dos vimaranenses, contagiando mesmo os convivas que, oriundos de outras paragens, se interessaram vivamente por mais esta tradição da nossa terra.



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Curso Tecnológico de Desporto

Desporto em Movimento Os alunos do 11º ano do curso Tecnológico de Desporto, da Escola Secundária Martins Sarmento finalizaram as visitas às instalações desportivas no Open Village Sports, no passado dia 15 de maio. Ao longo do ano foram realizadas várias deslocações às instalações desportivas do concelho de Guimarães, nomeadamente ao Complexo Desportivo do Vitória Sport Clube, Estádio D. Afonso Henriques e Piscinas do Vitória Sport Clube. No decorrer do 2º período, os alunos visitaram a Piscina Municipal, a Pista de Atletismo Gémeos Castro e o Multiusos de Guimarães. No final do ano letivo, as turmas TD1 e TD2, foram conhecer as instalações do Ginásio KK e as infraestruturas da FADEUP (Faculdade de Desporto da Universidade do Porto), seguidas de uma passagem pela Fundação de Serralves. Todos estes percursos fo-

Alunos do curso Tecnológico de Desporto que ao longo do ano visitaram várias instalações desportivas do país.

ram programados e acompanhadas pelos professores das disciplinas de P.D.R. e O.D.D., Sandra Basílio e António Pedro Magalhães, respetivamente. Os alunos foram recebidos em todas as instalações pelos técnicos de manutenção e coordenadores dos espaços desportivos, onde foram esclarecidos, sobre toda a dinâmica das instalações e suas valên-

cias. Em alguns locais os alunos passaram, inclusivamente, da teoria para a prática e aproveitaram para experimentar as várias modalidades específicas de cada espaço. Todos os alunos, após as visitas, produziram vários documentos didáticos, que serviram como complemento à avaliação nas disciplinas de PDR e ODD.

Após o grande sucesso destas iniciativas, só nos resta agradecer a todas as pessoas envolvidas nesta tarefa e aos responsáveis pelos vários locais visitados, com a convicção de que todos contribuíram para alargar horizontes e qualificar o futuro profissional destes alunos. Prof.ª Sandra Basílio e Prof. António Magalhães

Iniciativa Erdal

III Triatlo escolar Foi num ambiente repleto de desportivismo e entrega que, no passado dia 30 de Maio de 2012, no Complexo desportivo de Guimarães (piscinas municipais - Scorpio e parque da Cidade), cerca de 150 alunos provenientes de sete escolas e colégios de Guimarães entregaram-se de “corpo e alma” à concretização das suas provas num esforço digno de campeões. O terceiro triatlo escolar foi organizado pelos professores da ERDAL: Ricardo Lopes, Orlando Lemos, Pedro Castro Mendes e Natália Castro que,

do-se a fase de ciclismo (no parque da cidade) e, para finalizar, a corrida. A Escola Secundária Martins Sarmento esteve bem representada, com dez alunos do curso profissional de Apoio à Gestão Desportiva a colaborar na organização da prova e dez alunos na prova juvenil masculinos com dois lugares no pódio. Na opinião dos organizadores e dos participantes, foi um dia para mais tarde recordar! por sua vez, contaram com o apoio da Federação Portuguesa de Triatlo (professor

Marco Miranda). A prova de natação decorreu na piscina exterior do Scorpio, seguin-

Prof. Ricardo Lopes


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Innovative european schools in the 21st century

Projeto Comenius: março na Áustria... No passado mês de março, nós, um grupo de alunos da Escola Secundária Martins Sarmento, tivemos o prazer de participar numa experiência única que consistiu num encontro de estudantes provenientes de diferentes paises: Turquia, Grécia, Polónia, Holanda, Aústria e Portugal. Esta viagem decorreu no âmbito do projeto Comenius “Innovative Schools in the 21st century” e possibilitou um intercâmbio cultural e educacional promovendo a língua inglesa, bem como a apresentação dos trabalhos desenvolvidos pelos alunos nas suas escolas. No primeiro dia, participámos em diferentes atividades pedagógicas com o objetivo de criar um ambiente de cooperação entre os diferentes grupos. Seguiu-se um almoço onde pudemos experimentar diversos produtos típicos de cada país. Nessa mesma tarde, começaram as apresentações dos respetivos projetos, nomeadamente os da equipa portuguesa : Learning Through Research e Physics with Robots. No segundo dia, pela manhã, foi organizada uma visita às Minas de Pratas em Schwaz, onde ficámos a conhecer os recursos minerais

da zona. Na parte de tarde, concluímos as apresentações e também tivemos a oportunidade de assistir às apresentações dos trabalhos elaborados pelas restantes equipas dos outros países envolvidos. Chegámos, assim, ao término da nossa visita e o nosso último destino foi a movimentada cidade de Innsbruck. Procedemos à sua descoberta nos seus principais pontos históricos e culturais, trazendo “ um pedacinho” de Innsbruck através de lembranças. Depois do almoço, fizemos uma viagem de teleférico até à montanha Nordkette. No dia seguinte, ainda foi possível fazer uma pequena visita à cidade de Munique. Esta experiência única só ganhou asas graças à oportunidade criada pelos nossos professores João Paulo Santos e Helena Freitas. Assim, a eles e a todos os professores que, mais do que professores, foram nossos amigos, nos acompanharam nesta viagem que endereçamos os nossos sinceros agradecimentos. Esta viagem “Comenius” ainda não terminou. Para o próximo ano letivo, daremos mais notícias. Turmas 10º CT5, 11º CT1 e 12º LH3

Todas as novidades da escola em www.esmsarmento.pt


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... maio na Turquia E eis que chegou ao fim o primeiro ano do projeto... e o balanço é, sem sombra de dúvida, muito positivo. O encontro para avaliação intermédia do projeto realizou-se na Turquia, na cidade de Manavgat, entre os dias 15 e 20 do passado mês de maio, e contou com a participação de catorze professores, responsáveis pela implementação do projeto nas sete escolas participantes. Neste encontro, foram avaliadas todas as atividades desenvolvidas neste primeiro ano, bem como os produtos que delas resultaram. As reuniões decorreram na escola Basari Koleji, onde fomos recebidos de uma forma bastante hospitaleira e entusiástica por todos, desde o seu diretor, passando pelos professores e, claro, pelos alunos. Aliás, o espetáculo de boas-vindas com que nos presentearam e a forma curiosa e animada com que nos receberam nas suas aulas, foram bem demonstrativos da alegria e do orgulho que sentiam por pertencer ao projeto. Os convidados estrangeiros (que chegaram a sentir-se “ilustres”!), foram recebidos pelo presidente da cidade, eleito pelo povo de Manavgat, assim como pelo representante do governo aí destacado. Para além de tudo isto, tivemos também oportunidade de visitar alguns locais de interesse arqueológico —Side e o Anfiteatro Romano de Aspendos —, a belíssima região de Antalya e de

Os convidados estrangeiros foram recebidos pelo presidente da cidade, eleito pelo povo de Manavgat, assim como pelo representante do governo aí destacado. Para além de tudo isto, tivemos também oportunidade de visitar alguns locais de interesse arqueológico —Side e o Anfiteatro Romano de Aspendos —, a belíssima região de Antalya e de saborear algumas especialidades da cozinha tradicional turca, em especial kofte e gozleme.

saborear algumas especialidades da cozinha tradicional turca, em especial kofte e gozleme. Regressamos, agora, ao início deste texto para redigir a conclusão. Fazendo uma avaliação, todos os professores das escolas participantes no

projeto terminam este ano com um sentimento de dever cumprido e de satisfação por terem atingido e, em alguns aspetos, excedido as expetativas iniciais. Todos nós (ou quase todos!) sabemos que, cada vez mais, se

jornal ‘o pregão’ online em http://issuu.com/opregao

exige que os professores tornem ensino mais interessante, mais atraente, mais agradável e, em última instância, mais produtivo. Esta necessidade levou professores de (literalmente!) todos os cantos da Europa a desenvolver este projeto Innovative European Schools in the 21st Century. O objetivo comum é pensar e desenvolver métodos de ensino inovadores que potenciem o que de melhor os nossos alunos têm, começando por serem eles próprios a detetar os problemas; a procurar, desenvolver e testar soluções; e, finalmente, a avaliarem os resultados do seu trabalho. Os resultados deste trabalho de cada uma das escolas, apresentado e partilhado no encontro de alunos que decorreu na Áustria, em Março, revelou-se extremamente positivo. Para além dos trabalhos, a troca de ideias e experiências, a partilha e discussão de ideias entre alunos de culturas e hábitos distintos, permitiu uma aprendizagem mútua e desenvolveu amizades capazes de abolir toda e qualquer distância física, social e cultural. Como professores “inovadores” que somos, não poderíamos estar mais satisfeitos. Até para o ano. Prof.ª Helena Freitas e Prof. João Paulo Santos.


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http://cno-msarmento.webnode.pt/

O Centro Novas Oportunidades Martins Sarmento foi um dos projetos da nossa escola. Teve a sua ação durante, aproximadamente, quatro anos. Por cá passaram pessoas com percursos de vida muito diversificados, com experiências ricas e muitas vezes complexas. Percebemos, sentimos e consideramos que a iniciativa Novas Oportunidades não teve só qualidades, até corroboramos com algumas das críticas feitas mas como trabalhamos no terreno vivemos muito de perto a “ realidade” e sentimos também as suas vantagens. Foi com bastante desconforto que recebemos a notícia da não aprovação da candidatura financeira relativamente a 2012. Sem esta, o projeto não pode continuar, apesar de a candidatura pedagógica ter sido aprovada. Continuamos a dar resposta aos adultos em processo e no passado mês de maio foram certificados mais vinte e seis formandos, foram os últimos! No total certificamos quatrocentos e onze adultos (316 – Nível Básico e 95 do Nível Secundário).

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Estamos, nesta data, a ultimar procedimentos no sentido de transferir os adultos inscritos e à espera de ofertas formativas/educativas. A todos desejamos muitas felicidades. A coordenadora Rosa Dinis

"E depois do Adeus? E depois de Nós" Está a chegar ao fim a actividade do CNO da Escola Secundária Martins Sarmento. É, por isso, altura de fazer um balanço dos anos de funcionamento deste Centro Novas Oportunidades. Pensamos que o CNO Martins Sarmento, incompreendido por uns, amaldiçoado por outros, teve o seu papel positivo na Sociedade Vimaranense e na Formação de muitos Adultos. E, pegando no título deste pequeno texto, "E Depois do Adeus? E Depois de Nós?", podemos concluir que os Adultos que passaram por este processo continuam a existir, e reconhecem, certamente, que como diz o Biólogo Jean Rostand, "nunca se envelhece enquanto procuramos.” Assim, pelo que pudemos perceber, os Adultos tomaram consciência de como são poucos os intervalos entre o tempo em que somos demasiado novos e o tempo em que somos demasiado velhos, e isto permitiu, também, a tomada de consciência da realidade social que lhe pode permitir sentirem-se deveras otimistas ou pessimistas, quanto ao futuro do pessimismo. Só por isso foi positivo, porque se deu uma nova oportunidade a quem, por qualquer motivo, nunca a teve. O Formador de CLC /LC Fernando S antos


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Centro Novas Oportunidades Martins Sarmento

ATIVIDADES

Atividade “O Chocolate” Decorreu no dia 15 de fevereiro com a apresentação do filme “O Chocolate” baseado na obra de Joane Harris. Tendo por base o livro da escritora Joane Harris procurou-se comparar com o filme “O Chocolate” e desenvolver o espírito crítico sobre os sentimentos e refletir sobre os valores de solidariedade e entreajuda e outros afetos. A atividade decorreu com enorme adesão por parte da comunidade escolar.

Colóquio: “Normas de Segurança: em casa e na rua” Dia 14 março 2012, na Escola Secundária Martins Sarmento Oradores : Chefe Príncipal José Costa e Chefe Maria de Fátima Silva – PSP de Guimarães Participaram vinte e oito adultos em processo de RVCC no CNO Martins Sarmento e alunos dos curso EFA. colocaram muitas questões, foi uma ação muito participada e com muito interesse para o dia-a-dia das pessoas.

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Palestra: “A Arte uma via enriquecedora”, Realizou-se dia 15 de maio – promovido pelo CNO – Martins Sarmento, participaram dezanove pessoas foi orador o Pintor Vasco Carneiro. A atividade “O Livro da Minha Vida” Decorreu no dia vinte e um de Março inserida na semana da leitura com a apresentação de vídeos, PowerPoints e o filme “The Jane Austin Book Club” e com a apresentação do livro “Queimada viva” pela formanda Antónia do grupo 05 Bas 11 e com a convidada Sílvia Bragança da Universidade do Minho na declamação de poemas de Florbela Espanca com o objetivo de reforçar os hábitos de leitura e desenvolver o espírito crítico. É de realçar o empenho da aluna do grupo 05 Bas 11 pelo seu à vontade, pela expressividade e comunicação com que apresentou o livro que mais a marcou na vida obtendo uma grande atenção por parte das pessoas presentes.


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Universo ESMS

As memórias de leitura e o património cultural A sociedade contemporânea foi e é profundamente marcada pela leitura e pela escrita. As memórias de leitura iluminam e dão sentido aos percursos das pessoas, das comunidades, da sociedade no seu todo. A atualidade continua a ser atravessada pelo binómio educação e leitura. Ao contrário da escrita, cujos registos permanecem, as marcas e as memórias da escrita apagam-se com as práticas e morrem com as pessoas. O universo da leitura é tão vasto quanto o dos leitores sendo impossível encontrar uma representação suficiente. Há, no entanto, grupos e perfis de leitores que assumem uma maior centralidade, ou porque têm a escrita como meio vida e de produção de pensamento, ou porque, pela sua centralidade, iluminam e esclarecem o universo dos leitores, ou porque fazem da leitura uma forma de dar sentido à sua vida e à dos outros. Há nestes casos uma profunda sobreposição entre história de vida e memórias de leitura. Em que medida se torna possível resgatar esta sobreposição? Em que medida se obtêm fontes com representatividade da problemática e dos sujeitos? São estas questões que conduzem à opção pela história oral. Neste sentido, tomando a leitura e a memória como suportes de história e instrumentos de preservação do património cultural, as escolas,

As escolas, básicas, secundárias e superiores, devem assumir um papel relevante no incentivo dos seus alunos e de toda a comunidade envolvente, à prática da leitura e à exercitação da memória.

básicas, secundárias e superiores, devem assumir um papel relevante no incentivo dos seus alunos e de toda a comunidade envolvente, à prática da leitura e à exercitação da memória. Só assim o património cultural de um povo pode permanecer imortal. É um dever de cidadania a que também nós, docentes, não podemos ficar indiferentes. Prof. Fernando Pinto dos Santos *

*Membro integrante da Equipa de Investigadores do Projecto “Memórias da Leitura”, apresentado pelo Instituto de Educação da Universidade de Lisboa e tendo como instituições participantes o Centro de História da Cultura da Universidade Nova de Lisboa, e o Centro de Pesquisa e Documentação em História Contemporânea do Brasil da Fundação Getúlio Vargas.


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Universo ESMS

Crítica literária fantástica

A Hora das Bruxas, de Anne Rice Este clássico da literatura fantástica contemporânea é uma obra de cortar o fôlego, pois acompanha a Família Mayfair, uma antiga dinastia de bruxas, remontando à Escócia do século XVII, passando pelo Haiti do século XVIII e a Nova Orleães do século XIX, acabando no final do século XXI. A 13ª e atual bruxa é Rowan Mayfair, uma brilhante neurocirurgiã com um poder mortífero que tenta usar para a cura. Conhece Michael Curry, um restaurador de casas antigas, quando este se preparava para se afogar no mar da Califórnia, num encontro que parece ter sido premeditado. Michael ganha um estranho poder sensorial e os dois acabam por se apaixonarem irremediavelmente. Este amor fica em risco quando Lasher, o espírito-servo das bruxas Mayfair, entra em cena, interpondo-

-se entre ela e Michael, com um objetivo muito específico que tudo fará para alcançar. Um romance muito bem escrito, com a qualidade que a escritora Anne Rice já nos habituou com os seus clássicos “Entrevista com o Vampiro” e “Vampiro Lestat”. A sua escrita sedutora cria poderosas imagens na mente do leitor e faz o seu espírito vibrar com intensas emoções, ao longo do romance. Obra que combina suspense, terror, erotismo, sobrenatural e ação que irá, certamente, encantar e deliciar qualquer leitor que aprecie literatura fantástica. André Martins – 11º LH3 Título Original: The Witching Hour; Ano de publicação: 1990; Género: Fantasia/Terror; Editora Portuguesa: Publicações Europa-América.

Literatura

Fernando Pessoa na 1ª pessoa Em fevereiro, na Biblioteca da Escola Secundária Martins Sarmento, Carlos de Otero realizou uma atuação para homenagear o 75º aniversário da morte de Fernando Pessoa. Na presença de alunos do 12º ano e professores, encenou a ilustre figura do poeta: fato preto, camisa branca, óculos e chapéu, sentado solitário numa mesa com o seu café, cigarro e caneta. Foi tempo de relembrar a vida e também a sua morte. O registo foi muito peculiar pois tratou-se de uma conversa idealizada por Otero e excertos escritos pelo próprio Fernando Pessoa. “Fala-se de uma maneira clara sobre tudo o que ele sempre escondeu, infelizmente... Desta vez, é ele que tem a palavra e emprega-a na primeira pessoa – e não os 72 outros que ele inventou para falar/escrever em seu nome”. Durante cerca de quarenta minutos, Carlos Otero falou como Fernando Pessoa, com a alma em si, sobre como pensava, sobre como agia, ou seja, como era Pessoa quando era ele mesmo, quem era

ele afinal, além das outras setenta e duas personagens por ele criadas. “Se depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia, Não há nada mais simples. Tem só duas datas - a da minha nascença e a da minha morte. Entre uma e outra todos os dias são meus.” Fernando Pessoa Pessoa pensava muito as emoções e sentia o pudor das mesmas. Por isso, naturalmente, toda a sua obra gira em torno das emoções e dos sentimentos, o que frequentemente, retira e queima a alma do ser e faz com que se aja sem pensar. O mestre Otero quis ainda alertar os presentes para a mensagem pedagógica patente na obra pessoana “A velocidade dos veículos retirou a velocidade à alma”, isto é, o homem passou a deixar de ter tempo para pensar, deixou de ter tempo para refletir sobre si próprio e os seus sentires: a vida começou a acelerar-se

cada vez mais. Os gestos passaram a rotinas, os olhares passaram a inexistentes e as atenções morreram. As pessoas deixaram de se preocupar consigo mesmas, de saber aproveitar a vida, de a saber compreender e ouvir. “Não há saudades mais dolorosas do que das coisas que nunca fui” A grande mensagem de Pessoa que Otero nos relembrou foi a de que devemos aproveitar ao máximo a vida. Assim, a curiosidade intelectual é a grande escola que nos ensina a querer saber mais, querer experimentar mais para crescermos. É através dela que aprendemos a saber “ouvir” a vida. “Pedras no caminho? Guardo-as todas. Um dia hei-de construir um castelo” Fernando Pessoa Cristina Matos, 3º PTM


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Universo ESMS Crítica de um cinéfilo

Trilogia Millennium: O Fenómeno Mundial A Trilogia Millennium é um dos maiores fenómenos literários do nosso tempo, tendo já vendido mais de 60 milhões de cópias por todo o mundo. Tragicamente, o autor morreu antes de os livros terem sido publicados, não tendo visto o impacto que os mesmos causaram em milhões de pessoas. O primeiro livro, Os Homens que Odeiam as Mulheres, é uma mescla de thriller e policial, e conduz-nos a uma das personagens mais fascinantes dos últimos anos: Lisbeth Salander. É ela uma das principais razões para o sucesso desta trilogia. Mas o que tem ela de especial? Lisbeth é uma jovem mulher de 24 anos, esquelética, cheia de tatuagens e piercings e um estilo punk. É uma hacker exímia e tem um sentido de justiça muito próprio. É um anjo vingador, que não deixa ninguém impune. A esta história segue paralelamente e em separado a história de Lisbeth Salander e Mikael Blomkvist, um jornalista de investigação que foi condenado por difamação. Estas duas personagens só muito mais à frente é que se interligam, aquando da resolução do mistério principal do livro: o que aconteceu a Harriet Vanger, a sobrinha, de Henrik Vanger, um antigo industrial sueco, que havia desaparecido há 40 anos? No entanto, é como se este mistério apenas servisse para nos apresentar aprofundadamente as personagens que, neste livro, são em grande número e muito bem exploradas, principalmente os dois protagonistas. O tema principal do livro versa, como indica o título, a violência exercida pelos homens sobre as mulheres. Pode parecer irónico ou até contraditório situar-se uma história desta natureza num país como a Suécia onde as mulheres têm bastantes direitos e uma representação política considerável. No entanto, isto pode levar apenas à conclusão de que, até num país tão desenvolvido, em termos de direitos humanos, se esconde um grave problema social que afeta todo o globo: a violência dos homens sobre as mulheres. É um livro com uma linguagem bastante simples, mas com descrições bastan-

te detalhadas e permite-nos, facilmente, recriar as imagens descritas. O suspense mantem o interesse do leitor até ao fim. O segundo livro dá um destaque muito maior a Lisbeth Salander, pois explora o seu passado e a origem da sua singular personalidade. Neste romance, surge-nos uma personagem enigmática, Zala, cuja identidade apenas saberemos na reta final da narrativa. Segue na linha do primeiro livro e mantém a sua grande qualidade. O terceiro e último livro continua a saga do segundo, e vai buscar uma personagem pela qual Lisbeth tem particular ódio: Peter Teleborian, o pedopsiquiatra responsável pelo seu internamento, quando ela tinha 12 anos, e do qual ela pretende vingar-se pelos maus tratos que este lhe causou. O final desta trilogia fica em aberto, mas creio que como sinal de esperança na resolução do conflito entre os dois protagonistas. A trilogia completa foi já adaptada na

Suécia, cabendo o papel da protagonista a Noomi Rapace, uma grande atriz que captura, ao mesmo tempo, a força e a vulnerabilidade desta singular personagem. O primeiro filme foi também adaptado nos Estados Unidos por David Fincher, um dos mais importantes realizadores contemporâneos, e foi um grande sucesso. Na minha opinião, estes livros e filmes são do mais fascinante dos nossos tempos, muito devido a Lisbeth Salander, uma personagem singular da qual não vos vamos esquecer tão cedo. Além disso, existem fortes críticas sociais e políticas, que continuam atuais, que são muito importantes para alertar as pessoas acerca dos perigos que se escondem até num país tão desenvolvido como é a Suécia: racismo, misoginia e machismo, homofobia, violência doméstica, corrupção política, abuso de poder... André Martins - 11ºLH3

Lisbeth Salander. É ela uma das principais razões para o sucesso desta trilogia. Mas o que tem ela de especial? Lisbeth é uma jovem mulher de 24 anos, esquelética, cheia de tatuagens e piercings e um estilo punk. É uma hacker exímia e tem um sentido de justiça muito próprio. É um anjo vingador, que não deixa ninguém impune. Na versão cinematográfica de 2011 é interpretada por Rooney Mara.


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Universo ESMS EFA B3 T2 - Disciplina de Cidadania

Personalidades que marcaram Guimarães A Turma EFA B3 T2 aceitou o desafio de “ENTREVISTAR” pessoas que marcaram a cidade de Guimarães ao longo de séculos. Esta atividade deu vida e voz a estas pessoas que, pelo seu testemunho nas áreas das letras, da política, da educação, da cultura, da arte ou da religião, nos ensinaram a sermos melhores cidadãos. Falámos com Mumadona Dias, D. Afonso Henriques, S. Gualter, Gil Vicente, Francisco Martins Gouveia Morais Sarmento, Abel de Lima Salazar e António Joaquim Santos Simões.

Sublinhamos alguns traços dos seus percursos de vida: António Joaquim Santos Simões, exemplo de empenho cívico e cultural. Em vida, foi homenageado pelas suas multiplas iniciativas a nível cultural. Foi também um excelente professor de Matemática. Mumadona Dias foi uma mulher de forte caráter, conhecida por governar com pulso firme o condado de Portucale. Foi a dama mais rica e poderosa da Península Ibérica. S. Gualter, homem de fé, humildade e simplicidade. Ao longo da vida procurou

sempre acolher e escutar os outros. Tornou-se o patrono da cidade de Guimarães. Abel de Lima Salazar, pessoa polifacetada, foi cientista, médico, músico, pintor, escultor e cidadão. Gil Vicente, ou o Mestre Gil, introdutor do teatro em Portugal. D. Afonso Henriques, pela tenacidade, foi aclamado pelas suas tropas primeiro rei de Portugal. Francisco Martins Morais Sarmento merece que a sua entrevista seja publicada. Ora leiam:

Entrevista ao Dr. Francisco Martins Sarmento Dr. qual o seu nome completo? O meu nome é Francisco Martins de Gouveia Morais Sarmento. Nasceu em Guimarães? Em que dia e em que ano? Sim, nasci em Guimarães, no dia 9 de março de 1833 . Tem irmãos? Sim, tenho quatro irmãs. Todas meninas: Joana Carolina, Maria do Carmo, Luísa Augusta e Margarida Cândida. Onde estudou? E quais as suas habilitações literárias? Entrei com 8 anos para a escola primária em Guimarães. Terminando a instrução primária, fui estudar latim para o colégio na Lapa, no Porto. Concluí seguidamente, aos 15 anos, os restantes estudos em Coimbra e matriculei-me então na universidade. Terminei em 1853 o 5º ano do curso de direito como bacharel formado, isto aos 25 anos. Qual a sua profissão? Aquando contava mais de 40 anos de idade investi a minha cultura e a minha fortuna na investigação, tornando-me no primeiro arqueológo. Casou? Teve filhos? Sim casei, mas não tive filhos. Qual o seu maior defeito? O meu maior defeito foi estudar Direito e acabar por não exercer. Também sou um leitor compulsivo, talvez em demasia... Qual a sua missão? A minha missão é investigar as origens do

povo português. Etnologia, portanto. Dr. Martins Sarmento, qual a sua religião? É a católica, mas não pratico. A que se devem tantas páginas manuscritas por si (cerca de 4000)? Bom… É no que dá as tecnologias estarem tão pouco desenvolvidas no meu tempo. Se houvesse já Youtube e Facebook, não seiu se a produção teria sido tão profícua… Admiramos o seu sentido de humor! Agora a sério. Na verdade, a busca da cientificidade sempre foi um desejo meu. E tornar as ciências históricas e humanas dotadas deste rigor não é propriamente uma coisa leviana. Daí que tenha sido necessária tanta investigação e tanta página! Porquê esta paixão pela história, pelas pessoas e pelos seus costumes? Na realidade, o que mais me fascina em todo o conhecimento é o Homem. E o Homem é a sua História. É presente e é passado. As suas origens, a forma como foi evoluindo, como se foi adaptando as suas necessidades às dificuldades, definem, em grande medida, o que será no futuro. Por outro lado, o Homem é indissociável do meio em que vive e a forma como organiza o seu espaço revelam imensas caraterísticas sociais, pessoais e culturais do ser Humano. Qual a obra mais importante, a de que mais se orgulha? Para mim a obra mais importante foi a investigação na Citânia de Briteiros.

A Citânia de Briteiros? O meu passatempo preferido! (Ri!) Fascinante. O modus vivendi de um grupo de seres humanos que por lá passou muito séculos atrás deixou a sua marca indelével no espaço. Conseguimos naquele espaço identificar um dos primeiros vestígios de vida em grupo que nos permitiu classificar uma sociedade, a castreja. Foi com imenso orgulho que a descobri! Que mensagem gostaria de nos deixar? A mensagem que eu gostaria de deixar era que os jovens se empenhassem nos estudos, na leitura, pois os diversos saberes são muito importantes permitindo-nos viver melhor. Sr. Doutor muito obrigada pela sua presença, foi um prazer tê-lo cá! O prazer foi todo meu! (Francisco Martins Sarmento, faleceu no dia 9 de Agosto de 1899).


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Universo ESMS

Língua Portuguesa

Zigue-zagues do acordo ortográfico Foi em 1943 (no Brasil) e em 1945 (em Portugal) que a Língua Portuguesa sofreu alterações significativas na sua grafia e que, com algumas mudanças introduzidas em 1971 e 1975, assim se foi mantendo até 1990. Foi nesta data que, após longos anos de polémica discussão e oposição acerba de muitos linguistas, literatos, filólogos e políticos, representantes de Portugal, do Brasil e dos cinco países africanos lusófonos aprovaram, em Lisboa, o novo acordo ortográfico da Língua Portuguesa, privilegiando o critério fonético em detrimento do critério etimológico. Para que este acordo entrasse em vigor seria, no entanto, necessária a sua ratificação por todos os membros da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa). Bastava, por isso, a não ratificação por um dos signatários para que todos os outros países ficassem impedidos de pôr em prática o acordo ortográfico. Porque o cumprimento desta cláusula essencial tardava, e porque as vozes críticas ganhavam mais força, os chefes de Estado e de governo da CPLP, reunidos em São Tomé e Príncipe, aprovaram alteração a essa exigência – Segundo Protocolo Modificativo -, estabelecendo como suficiente a ratificação por três Parlamentos para que esses países pudessem aplicar o acordo ortográfico de 1990. Repare-se que este “parto” nem por “cesariana” foi ou está a ser fácil. Com efeito, com a aprovação do acordo em 1990, e prevista a sua aplicação para janeiro de 1994, só em 2009 foi ratificado em Portugal – dezanove anos depois -, sendo ainda impossível a sua aplicação em Angola e Moçambique por falta de ratificação do “Protocolo Modificativo” pelos respetivos Parlamentos. Conclui-se que, numa tentativa de “unificação da escrita da língua”, - assim defendem os proponentes do acordo -, Portugal aproximou-se do Brasil, mas afastou-se, pelo menos até agora, de Angola e Moçambique, dois grandes países de língua oficial portuguesa cercados por países e povos de língua inglesa. Ou rapi-

damente o acordo ortográfico é também aprovado e executado nestes dois países de Língua Portuguesa, o que está difícil, ou poderemos dizer que, com esta tentativa de unificação ortográfica, demos um “tiro no pé” (ou, melhor, muito próximo do coração da nossa Língua!). Entrando nas transformações que o acordo nos impõe, deparamos com a introdução do K, do W e do Y no alfabeto português, formado agora por vinte e seis letras. Até hoje, que eu saiba, ainda nenhum dos autores do acordo ou outro especialista referiu se, com a entrada destas letras, aumentamos o número de consoantes e/ou de vogais. Na verdade, se o K é sempre consoante (karaté; Franklin; karting), o mesmo não se passa com o W, como podemos ver em Walter (também escrito Valter) Wilson ou windsurfe. Se no primeiro nome o W tem valor consonântico, nos dois seguintes realiza-se como vogal (ou semi-vogal), pois nunca se pronunciou nem se pronunciará Vilson ou vindsurfe. E o Y? Se é uma semi-vogal em Yoga, é seguramente vogal em whisky e em (Pedro) Lamy. Afinal, quantas são as consoantes e quantas as vogais do alfabeto português aumentado? Não esquecendo que, segundo o acordo ortográfico, prevalece a pronúncia (a fonética) sobre o étimo, com a introdução oficial das novas letras – K, W e Y -, fica a Língua Portuguesa com o C, o Q e o K para traduzir o valor fonético [k] – cama; quero; karateca; o V e o W para o valor [v] - vento; Walter; o I e o Y para o som i – igreja; yoga; e o U e o W para concretizar o som u – uva; Wilson. Tendo presentes a primazia dada à fonética, a grande imaginação dos jovens estudantes e a … de tantos outros que até entram nas universidades sem 12.º ano, sem 11.º, sem 10.º, sem …, ou que obtêm equivalência a estes anos de estudo sem serem submetidos aos exames que os restantes têm de fazer, poderemos adivinhar que, embora o acordo ortográfico

seja claro no uso das letras K, W e Y, num futuro não muito distante, enquanto uns continuarão a escrever: Quando quero quebrar a velha galheta da água da igreja, vejo se tenho outra para a substituir, outros não terão pejo em fazê-lo da seguinte forma: Kwando Kero kebrar a velha galheta da ágwa da ygreyja (igreija), veyjo (veijo) se teynho (teinho) outra para a substitwir As portas estão abertas para escritas próximas da apresentada, e, como todos sabem, já se encontra alguma desta aplicação gráfica nas mensagens dos jovens e outros. Daqui para a frente tudo será rápido. E se a fonética é a rainha, nada mais haverá a dizer ou a fazer, a não ser um NOVO ACORDO para alterar o acordo que agora entra em vigor. Se o primeiro objetivo deste acordo ortográfico era a unificação da Língua Portuguesa, não se compreende a dupla grafia dentro da mesma norma culta (cf. característica / caraterística; sectorial / setorial), ou entre as normas cultas luso-africana e brasileira (cf. receção / recepção; corrupto / corruto). Com a existência da dupla grafia, não só não se consegue a unificação pretendida, como é lançada a confusão em muitas pessoas no ato da escrita (cf. facto e fato). Mais grave ainda é que aquilo que, sem qualquer dúvida, se escrevia de uma só forma na norma culta luso-africana, passa a realizar-se agora, e sem proveito algum, com duas grafias (cf. contacto / contato; infeccioso /infecioso). Não chamem a isto unificação! Chamem-lhe “grande ajuda aos menos instruídos”! Chamem-lhe facilitismo! Chamem-lhe… Já repararam que, com estas alterações, estão a fazer com que a nossa Língua, diamante puro, se transforme em pedra pomes ou frágil barro que, sujeito às agruras do tempo (entenda-se intromissão acelerada de outra língua), pouco a pouco se vai autodestruindo?! Também sobre o emprego do hífen nas locuções, o acordo ortográfico veio lançar confusão na confusão já antes existente.


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Na verdade, quando o texto do acordo diz “Nas locuções de qualquer tipo […] não se emprega em geral o hífen, salvo algumas excepções já consagradas pelo uso (como é o caso de água-de-colónia, arco-da-velha, cor-de-rosa…), está a deixar ao executante a responsabilidade, ou seja, a escolha da colocação ou da não colocação do hífen. Cabe a este considerar essa locução no grupo das “excepções já consagradas (ou não) pelo uso do hfen”. Ora a grafia da Língua não pode depender da vontade do executante, mas das regras estabelecidas. E se lhes parece que a liberdade (ou confusão) neste campo não existe, repa-

Já repararam que, com as alterações do novo acordo ortográfico, estão a fazer com que a nossa Língua, diamante puro, se transforme em pedra pomes ou frágil barro que, sujeito às agruras do tempo (entenda-se intromissão acelerada de outra língua), pouco a pouco se vai autodestruindo?!

Dicionário da Língua Portuguesa 2011 Porto Editora

Novo Dicionário da Língua Portuguesa Texto Editores

água de colónia

água-de-colónia

amigo da onça

amigo-da-onça

arco da velha

arco-da-velha

camisa de forças

camisa-de-forças

cor-de-rosa

cor-de-rosa

cu de judas

cu-de-judas

mais-que-perfeito

mais-que-perfeito

Maria vai com as outras

Maria-vai-com-as-outras

pão de ló

pão-de-ló

pé-de-meia

pé-de-meia

toucinho do céu

toucinho-do-céu

rem como surgem as seguintes locuções em dois dicionários atualizados: Outros aspetos poderia pôr em destaque, mas seria injusto se não reconhecesse também vários pontos positivos neste acordo ortográfico. Entre eles, destaco: a) a eliminação do hífen em hei de, hás de, há de e hão de. Se tens de e tem de não levam hífen, não há razão para o seu uso com os monossílabos de haver. Mesmo que alguns falantes continuem a dizer “Hadem ver o que vai acontecer!”, talvez muitos “letrados” deixem de utilizar o incorreto e repugnante “Tu hades ver!”; b) a eliminação do acento circunflexo em leem, creem, veem, entre outras.

Se as palavras graves terminadas em –m não são acentuadas (cf. dizem, fazem, riem, paisagem, deixam), não há razão para existirem estas exceções nas formas verbais graves referidas. Com acento ou sem ele, a leitura não se altera. Não confundamos palavras graves com palavras agudas, pois estas, terminadas em –m e com mais de uma sílaba, são acentuadas (cf. detém, desdém, convém, Belém vs tem, bem). Se a eliminação do acento naquelas formas verbais significa confusão, direi que essa confusão é sinónimo de ignorância; c) a permanência do acento circunflexo em pôr e pôde para as distinguir das homógrafas por e pode. Se noutras homógrafas, tal como já

acontecia com pregar (um prego) e pregar (um sermão)- (cf. para (verbo parar) e para (prep.) ou pelo (verbo pelar), pelo (nome) e pelo (contração prep, com determinante artigo) -, a ausência do acento gráfico só casualmente dificultará a sua pronúncia apropriada em contexto específico, o que deveria ser suficiente para a não alteração, o mesmo pode não acontecer com pôr vs por e pôde vs pode. Se eu escrevesse as duas frases: Eu vou por ali e tu vais por aqui os materiais escolares. Eu vou por ali e tu vais por aqui para ver quem chega primeiro, o hipotético leitor só se aperceberia que, no primeiro caso, estamos em presença do verbo pôr, quando lesse a expressão final da frase (“os materiais escolares”). Não me alongando mais na minha reflexão, as considerações que aqui deixo permitem-me concluir que o acordo ortográfico de 1990, embora positivo e necessário em alguns pontos, contribui, em muitos casos, para o enfraquecimento da Língua Portuguesa e, pelo facilitismo que propõe, abre caminhos para uma forte (e provavelmente grave) divergência linguística, quer no plano intrínseco, quer entre os falantes da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa). Na minha humilde opinião, este acordo ortográfico deveria ter sido mais pensado e menos apressado, tal como está a acontecer em Angola e Moçambique, devendo entrar em vigor só depois de ratificado por todos os países de Língua Portuguesa. Esse tempo de espera poderia levar, e levaria seguramente, à alteração ou à eliminação de algumas alíneas, artigos ou Bases cujo contributo para a unificação da nossa Língua é simplesmente nulo e perturbador. Professor doutor João R. Ferreira* * Antigo professor desta escola


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Desporto Escolar

Campeões da Natação: “Força liceu” Ao longo deste ano letivo, a equipa de desporto escolar de natação teve uma elevada participação por parte dos alunos da nossa escola. Participaram em cinco competições de âmbito escolar, local, regional e nacional. Nas provas, ao nível de escola e local, estiveram em competição cerca de 25 alunos e, nas competições regionais e nacionais, tivemos a representar a nossa escola seis alunos: João Abreu, André Oliveira, Ana Catarina Sousa, Ana Sofia Alves, Filipa Oliveira e Joana Miranda. Estes seis alunos atingiram uma prestação excelente e conquistaram vários troféus, bem como lugares de pódio. Vamos conhecer os nossos representantes um pouco melhor e saber a sua opinião acerca da sua participação no desporto escolar. O “grito” de união e apoio durante todas as competições foi “FORÇA LICEU”! Os maiores destaques nas clasJoão Abreu, André Oliveira, Ana Catarina Sousa, Ana Sofia Alves, Filipa Oliveira e Joana Miransificações gerais foram: da foram os representantes da nossa escola nos campeonatos locais, regionais e nacionais. Campeonatos Regionais, 5 de Maio de 2012, Póvoa de Varzim: Os alunos no total conquistaram 14 medalhas: 1º lugar: João Abreu (50m Costas), Ana Alves (50m Livres); Nome: João Nuno Abreu Nome: André Oliveira 2º lugar: André Oliveira (200m LiData Nascimento: 23-07-95 Data Nascimento: 18-04-1996 vres e 200m Estilos), João Abreu (100m Escalão de competição DesEscalão de competição DesCostas), Ana Alves (200m Livres) Ana porto Escolar: Juvenil porto Escolar: Juvenil Sousa (100m Costas, 50m MaripoEscola/Ano/Turma: Escola SecunEscola/Ano/Turma: Escola Secunsa), Filipa Oliveira (50m Costas); dária Martins Sarmento, 11º CT5 dária Martins Sarmento, 10º CT3 3º lugar: André Oliveira (100m LiPassatempos favoritos: praticar desPassatempos favoritos: navres), Ana Sousa (50m Costas), porto e estar com os amigos dar, jogar computador, estar Ana Alves (100m Livres) Opinião acerca da experiêncom os amigos e ir à praia. cia vivida no Desporto EsOpinião acerca da experiênCampeonatos Nacionais, 25 e 26 de colar ao longo do ano: cia vivida no Desporto EsMaio de 2012, Póvoa de Varzim: Acho que foi uma experiência muicolar ao longo do ano: Os alunos, no total, conquisto positiva, pois conheci muitas pesFoi uma grande experiência! A prova taram 5 medalhas: soas novas e vivi bons momentos de que mais gostei foi, sem dúvida, os Uma de prata, sendo vice-campeãs nano desporto escolar quer seja duCampeonatos Nacionais, pois conhecionais na estafeta de 4x50m Livres; rante as competições, quer no temci pessoas novas e diverti-me imenso. Quatro de bronze, dos alunos Anpo de descanso e lazer. Foi a segunda É uma experiência que gostava de redré Oliveira, Ana Sofia Alves, João vez que participei no desporto escopetir para o próximo ano e, se possíAbreu e estafeta de 4x50m Estilos. lar e voltou a ser um experiência esvel, classificar-me para a FISEC (Propetacular, só tenho pena de não a pova Internacional de Desporto Escolar). Prof.ª Ana Campos der repetir para o ano, pois já não pertenço ao escalão de competição.


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Arte contemporânea

Proika Going Heaven A instalação patente no Átrio do Teleférico para a Penha, da autoria do artista plástico Manuel Rodrigues, tem suscitado grande interesse e enorme curiosidade. “Trata-se de uma alegoria à situação socioeconómica em que vivemos”, revelou o autor. Assim, os três porquinhos rosa simbolizam a Troika; a piscina, ou gamela, azul é a projeção do novorriquismo ignorante que prolifera; a escada situa-se entre a referência ao varandim do Toural e a ascese… a subida ao céu. Contudo, a atitude é fundamental e, por isso, não é despiciendo o fato dos porquinhos foçarem no estrume… que é como quem diz: onde anda a Troika a “meter o nariz”? Nunca é demais sublinhar que a arte tem um papel fundamental sobretudo na estimulação da inteligência e do sentido crítico. Assim, a ironia é usada num ambiente de fruição estética que alia emoção e razão. É desta contaminação que resulta o objeto artístico, sempre ávido de novas interpretações. Clube de Jornalismo

Clube de Robótica ESMS

Robóticos de Nível Internacional Somos os “ESMS”, alunos do Curso Profissional de Informática e no dia 30 de Maio, fomos informados pelo Comité Mundial de Robótica de que ficámos apurados para o RoboCup 2012, Campeonato Mundial de Robótica que se vai realizar na Cidade do México, durante o mês de Junho. Este apuramento vem na sequência da conquista do 3º lugar na competição de Dança, no Festival Nacional de Robótica 2012 que decorreu no passado mês de Abril no Multiusos, onde recebemos também Menção Honrosa de melhor Entrevista e de melhor Poster. Escolhemos o tema “Guimarães - Capital Europeia da Cultura 2012”, no sentido de homenagear a Cidade e de sermos intervenientes na divulgação da Capital Europeia da Cultura, no País e no Mundo. Desde o início do ano letivo que temos vin-

do a desenvolver um trabalho muito intensivo com o 1º objetivo de participar no Festival Nacional. Organizámos tarefas, construímos, programámos e decorámos 12 robôs que concorreram sintonizados, arriscando muito e ambicionando bastante. O esforço foi muito grande, assim como a apren-

dizagem e a partilha de saberes, e acima de tudo, concretizámos tudo o que previamente tínhamos planeado. Temos consciência de que o trabalho desempenhado teve sucesso e de que representamos com muita dignidade a Escola e a Cidade, no Festival Nacional. Clube de Robótica ESMS


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Cidade de Guimarães

Industrialização e impacto ambiental A proliferação da indústria, visível em Guimarães há sensivelmente cinco décadas, contribuiu para um inquestionável crescimento da cidade. Todavia, este crescimento não foi alheio a um negativo impacto ambiental. Ainda assim, não duvidamos que as consequências da industrialização tenham compensado as desvantagens ambientais. Segundo informações obtidas na página on line da Câmara Municipal de Guimarães “o sector secundário revela-se, em Guimarães, como a atividade económica dominante, em que 70% das empresas representam a indústria têxtil”. O processo de industrialização contribuiu positivamente para a dinamização económica e, consequentemente, para uma melhoria significativa do aspeto social e urbano. A fixação das indústrias na nossa região promoveu a criação de empregos. A população, na sua grande maioria, abandonou o campo e começou a traba-

lhar nas fábricas., desenvolvendo-se assim o sector secundário. Com uma situação financeira mais estável que antes, as famílias operárias conseguiram manter os seus filhos na escola, pelo que o nível de instrução aumentou. Para além de um dia-a-dia mais confortável financeiramente, o espaço público foi também melhorando, fruto dos lucros da industrialização. Uma melhoria das infraestruturas, assim como a criação de novos espaços que, por sua vez, forneciam à população acesso à cultura e ao lazer, foi surgindo. Por outro lado, a ambiente saiu lesado. A vontade incontrolada de produzir fez que os cuidados necessários com este sector fossem negligenciados, provocando nele consequências nefastas. A industrialização implicava o escoamento dos produtos, pelo que inúmeros camiões e outros meios de transporte circulassem abundantemente pelas ruas libertando gases nocivos e provocando poluição so-

nora e atmosférica. As tinturarias, a título de exemplo, libertavam os seus tintos escaldantes no pequeno riacho que atravessava a cidade. O rio de Couros (assim ficou batizado) era uma visível vítima dos despejos; uma vez corria branco, outra verde, outra negro, mediante a paleta que nele pousavam. Sem dúvida que o rio nunca mais voltou a ser o mesmo. Contudo, ponderando a importância de cada um dos aspetos referidos ao longo desta refexão, parece-me incontestável que só a integração do desenvolvimento de algo tão profundamente transformador, como foi o caso das indústrias em Guimarães (perdoem-me os ambientalistas!) poderia ter estado na origem de tão significativo e generalizado desenvolvimento na cidade, permitindo que este ano nela se viva uma Capital Europeia da Cultura tão merecida e dignamente. Inês Almendra, 11º LH1

SOLUÇÕES DAS PALAVRAS CRUZADAS N.º 7 CHORAM; MODELO; A; OUVI; AROU; N; TA; AIS; CAI; PE; ELA RE; RS; COR; TARA; RIO; PODA; OPEREI; CARPIR; AIO; C; O; AIA; T; A; SO; MI; A; C; RA; DOR; PAI; CA; IMI; AD; UM; RAM; COTA; I; T; MALA; OLEIRO; APELAR; TARA; S; D; LAMA; ARA; MO; OS; RAD; RA; IAS; ROL; RA..


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Sous la plume de la classe 11ª LH3

Pierrot ou les secrets de la nuit Le conte nous parle de deux personnages: Colombine et Pierrot. Ensemble a l’école, maintenant séparés par la vie. Elle travaille le jour, lui, la nuit. Il l’aime mais il a peur de lui écrire parce qu’il craint d’être ridicule. Cependant, arrive Arlequin. Il est bizarre, mais il conquière Colombine. Elle et Arlequin partent pour un long voyage « de noces ». Un jour, Colombine trouve, par hasard, une lettre d’amour écrite par Pierrot et elle se sensibilise avec ses paroles et décide retourne vers lui, abandonnant Arlequin, une fois que leur relation s’était aigrie. Leur rencontre est étrange, mais la fin de l’histoire l’est encore plus. Carlos Duarte

J’ai déjà beaucoup aimé et j’ai aimé beaucoup de gens. J’aime des objets et des sentiments. J’ai pleuré pendant l’amour mais j’ai aussi ri. Je peux dire que j’ai adoré des sourires, des couleurs, des sons et des poèmes. J’ai fait des choses pour l’amour que j’ai croyais impossible. J’ai adoré dire « Je t’aime«, j’ai adoré appeler un amour et d’être appelée amour. J’ai aimé être près de la mer et écouter le bruit qu’elle m’a transmis. En vérité, j’ai aimé ce qui ne devrait pas être aimé. J’ai aimé des gens que je ne devrais pas aimer parce que, aujourd’hui, je sais qu’elles ne le méritaient pas. Parfois, aimer certaines personnes est une erreur, car l’amour peut nous décevoir, mais je sais que cet amour n’est pas faux, parce que l’amour s’est soutenir, s’est confier. J’ai adoré des images, des moments et des conquêtes pourtant je t’aime plus encore que toutes ces choses ensemble, car tu ne m’as jamais abandonné. Cátia Milene

En termes de relations humaines, ma famille est la plus importante pour moi, particulièrement, ma mère qui est toujours présente dans ma vie. L’amour est très important dans la vie de tout le monde, non seulement l’amour romantique mais surtout l’amour de la famille, celui qui est le plus vrai et le plus durable. Les amis sont aussi très importants, car ils nous aident à surmonter nos problèmes. En effet, les relations humaines sont très complexes. La plupart d’entre elles se rompront à un moment de notre vie, pour une raison ou pour une autre. Mais d’autres se maintiendront pour toujours, peut-être même celles dont nous n’attendent rien. Les relations familiales, dues à la consanguinité, se garderont toujours, même si artificiellement. André Martins

Tous les jours, notre monde est plein d’amour, de relations humaines, de rêve et d’insouciance de la jeunesse. Mais aujourd’hui, je vais vous parler surtout sur l’amour. L’amour est un sentiment très beau, très profond, cependant c’est un sentiment très compliqué et, parfois, confus. L’amour n’est pas seulement entre petits-amis, ça inclut beaucoup plus que cela. Avec ma maman, les autres membres de ma famille, ma chienne et mes amis, je sais que je suis bien-aimée. Ils me remplissent. Ils sont une partie de moi ! Ils me câlinent avec beaucoup de tendresse et de douceur, car ils se préoccupent avec moi. Enfin, ils me rendent joyeuse. L’amour est tellement précieux comme l’air que nous respirons et l’eau que nous buvons. Sans amour nous ne sommes personne, nous sommes une chose inanimée. Je suis contente de connaître l’amour dans ma vie ! Regina Vieira

Que serions-nous si nous n’avions pas de relations avec les autres ? Personne. L’être humain est, par excellence, un être social. Avec nos parents, avec notre famille, avec nos amis, avec tous ceux qui nous entourent. L’être humain a besoin de communiquer : un message, un sentiment, une constatation. On a besoin de parler, de rire avec les autres. Sinon nous ne réussissons pas à développer nos capacités et ainsi comment réussirons-nous à nous connaître nous-mêmes ? Ces relations sont de nature diverse! D’amitié et, parfois, de haine et, quelques fois, d’amour. Ce sentiment peut être la meilleure chose qui peut nous arriver, mais il peut être le pire. On est gai parce que quelqu’un nous aime, mais on devient, aussi, triste et désemparé si ce sentiment n’est pas correspondu. De toutes les manières, une personne, sans ce partage, n’a pas de chance de survivre en société. Carlos Duarte


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Roteiros EFA B3 T2

Castelo de Guimarães, mandado construir no século X pela Condessa Mumadona Dias.

Paço dos Duques, majestosa casa senhorial do século XV mandada edificar por D. Afonso Dias.

Largo da Oliveira, constituído por: Igreja N. Sra. Da Oliveira, Padrão do Salado e antigos Paços do Concelho.

Convento de Sta. Clara, foi um dos mais ricos conventos de Guimarães, instituído no século XVI.

Tanques na Rua de Couros. Onde se realizava a lavagem das peles.

Largo do Toural, considerado o coração da cidade.


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Para conhecer e saborear Guimarães

Rojões à moda do Minho

Cozido à Portuguesa

Arroz Pica no Chão

Tortas de Guimarães

Toucinho do céu

Rabanadas com mel


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Exposição de Artes visuais

Identidade Os alunos do curso de artes visuais do 11º e 12º anos, organizam uma exposição artística coletiva onde apresentam os seus projetos finais no âmbito das disciplinas de desenho, oficina de artes e multimédia. Seguindo o tema “Identidade”, os alunos do 12º ano, e tema livre, os de 11º, são vários os suportes artísticos encontrados: pintura, fotografia, escultura, instalação vídeo e design de moda. A destacar temos o trabalho coletivo dos alunos André Rodrigues e Andreia Pereira, do 11º ano, que se baseiam no conceito da morte do ambiente por ação do Homem para desenhar a peça de moda Thanatos. “Empregar esta ideia não foi muito difícil; ambos queríamos fazer algo relacionado com moda e que representasse também a sociedade decadente e obcecada com a imagem”, refere um dos autores, André Rodrigues. O problema encontrado pelos participantes foi a falta de um local próprio para a exposição dos projectos artísticos, com as condições necessárias para albergar, instalar e tornar visível, os vários suportes de arte.

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João Abreu, 11º AV

Legendas das Fotografias: 1 e 2 - ‘Thanatos’, André Rodrigues e Andreia Pereira 3 e 4 ‘O Invisível do Visível’ (A Rainha), João Abreu 5 Marlene Cardoso 6 e 7 Catarina Braga


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Dar à Língua O homem mede o tempo e o tempo mede o homem. Chegou a hora de falarmos de horários, que mais não é que a organização do dia em horas ou grupos de horas. Como sabes, toda a nossa vida, pessoal e profissional, se estrutura ainda hoje em função do relógio que trazemos (ou não!) no pulso. Desde o tempo dos gregos e dos romanos que se estabeleceu um divisão rígida do dia em vinte e quatro frações e duas partes: o dia e a noite, com doze horas cada. Por sua vez, as horas não eram dimensões de tempo fixas, variavam de duração, segundo o dia e a noite e conforme a estação do ano. As 24 horas do dia distribuíam-se em 4 grupos de 3 horas. Os 4 grupos horários do dia eram prima (entre as 6 e as 9 horas da manhã), tertia (entre as 9 e as 12 horas), sexta (entre as 12 e as 15h ) e a nona (entre as 15 e as 18h). Cada uma delas era o início de 3 frações, começando a série com o romper do dia e acabando com o pôr-do-sol. As horas do período noturno denominavam-se vigiliae, igualmente constituído por 3 grupos. Este nome teve a sua origem nos turnos de guiarda ou vigilância feitos pelos soldados romanos nos acampamentos militares. A guarda nos acampamentos mudava 4 vezes na noite, resultando assim outras tantas vigiliae de 3 frações cada. Todas elas tinham o seu nome próprio: conticinium eram as primeiras (assim chamadas por serem aquelas em que se devia guardar silêncio e toda a gente ir dormir; conticeo = guardar silêncio); intempestum (assim chamadas as horas da meia noite; de onde deriva a nossa expressão “horas intempestivas”); gallicinium (assim chamadas porque eram as horas em que cantava o galo) e, por último, o antelucanum (correspondiam às horas antes do amanhecer: ante = antes + lucanum= luz). Outra forma de repartir o tempo diurno mais simplificada, concebeu-o repar-

tindo as horas do dia nas seguintes frações: mane, primeiras horas da manhã (de onde a língua francesa herdou demain; a castelhana amanecer); ante meridiem, as horas antes do meio dia (ainda hoje a língua inglesa usa a expressão a.m. ao referir-se ao período da manhã); meridies, o ponto central do dia ou meio dia (da qual originou a palavra meridiano, indicando o círculo terrestre que, passando pelos pólos, divide a terra em duas metades) e de meridie ou post meridien (de onde se mantém o p.m., post meridiem, na língua inglesa, para indicar as horas depois do meio dia). Finalmente, chamamos desde os primórdios da língua lusitana, véspera (vesper) aos últimos momentos da tarde. Da-

qui o adjetivo vespertino, que se refere ao fim da tarde e véspera, momentos anteriores ao do dia atual, na sua origem, últimos momentos do dia anterior. Sabias que, para medirem o tempo, os romanos usavam o solarium (relógio do sol), também chamado pedra horária, e clepsydra (relógio de água). Entre os povos do sul da Europa, as questões do horário e da pontualidade não são muito apreciadas. Por isso, te deixamos aqui esta mensagem que esclarece as origens do nosso horário, esperando que te possa ser útil na tua organização diária. E em setembro sê pontual! Profs. Manuela Machado e José Manuel Teixeira


2012

Corta matos Profª Raquel Silva

Guimarães, 10 de Março de 2012. Parque da Cidade. O dia estava magnífico. Reuniram-se atletas de todo o país. Aguardava-se a cerimónia de abertura dos Corta Matos 2012, A equipa de reportagem estava pronta!

Eis que surge o grupo de percurssão do Externato D. Henrique...

E começa o desfile dos participantes.

No alinhamento dos atletas para a apresentação das equipas finalistas foi visível o número elevado de participantes. O corta mato do Desporto Escolar incluiu atletas de todo o país.

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As entidades oficiais apreciam o espetáculo. Depois, iniciam-se os discursos. Neste momento, o Diretor Regional de Educação do Norte dá as boasvindas aos participantes

É importante fazer os alongamentos! Na retaguarda estão todos preparados ! A equipa de voluntários da nossa escola incluiu alunos dos cursos de multimédia, desporto, restauração e saúde.

Bombeiros e polícia municipal também deram apoio.

A primeira prova, 2.500 metros, foi a de Juvenil Feminino, atletas nascidas em 1993/1994.

A chegada à meta dos atletas da prova de Juvenil Masculino, 3.500 m, nascidos em 1993/1994.

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O grupo da frente ainda compacto.

Os vencedores por equipas: 1º Escola Sec. Santa Maria; 2º Escola Sec. Monserrate; 3º Escola Básica e Sec. Padre António Morais Fonseca.


Os vencedores, João Pereira, Simão Nunes, Hugo Ganchas e Viriato Figueira erguem o troféu correspondente ao 1º lugar. A escola Sec. de Santa Maria tem motivo para festejar! O professor Óscar também recebeu uma medalha que simbolizou a participação da nossa escola na organização do evento.

.... só mais uns metros até à meta....

Tudo Ok!

Uma das provas disputadas foi o Campeonato de Portugal Absolutos Curto e outra foi a Prova Nacional Universitária – Sénior Masculino – 4.000m

Os voluntários apoiaram as cerimónias de entreda de prémios.

Mais vencedores, desta vez...

Os professores da nossa escola aproveitaram para conviver!

A última prova, já a manhã ia longa. O Campeonato Nacional de Veteranos, Masculino e Feminino, 3.500m

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Os vencedores, João Pereira, Simão Nunes, Hugo Ganchas e Viriato Figueira erguem o troféu correspondente ao 1º lugar. A escola Sec. de Santa Maria tem motivo para festejar! O professor Óscar também recebeu uma medalha que simbolizou a participação da nossa escola na organização do evento.

.... só mais uns metros até à meta....

Tudo Ok!

Uma das provas disputadas foi o Campeonato de Portugal Absolutos Curto e outra foi a Prova Nacional Universitária – Sénior Masculino – 4.000m

Os voluntários apoiaram as cerimónias de entreda de prémios.

Mais vencedores, desta vez...

Os professores da nossa escola aproveitaram para conviver!

A última prova, já a manhã ia longa. O Campeonato Nacional de Veteranos, Masculino e Feminino, 3.500m

3



Jornal ‘O Pregão’ online em http://issuu.com/opregao

Equipa de ‘O Pregão’ Carla Costa Dulce Nogueira Fátima Lopes Glória M. Machado Jorge C. Faria José L. Faria José M. Teixeira Joana Silva Vânia Soares

Se pretendes ver publicado o teu artigo ou trabalho no jornal da escola, envia-o para o email: o.pregao@esmsarmento.pt

07 www.esmsarmento.pt

Palavras Cruzadas 7 1

2

3 4

Post it

2 3 4 6

calendário 2012

Q S S 5 6 7 12 13 14 19 20 21 26 27 28

D S T Q Q S 1 2 3 5 6 7 8 9 10 12 13 14 15 16 17 19 20 21 22 23 24 26 27 28 29 30 31

julho

7

C

8 9 10 11 12

S 4 11 18 25

D S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

agosto

T Q 3 4 10 11 17 18 24 25 31

8

9 10 11 12 13

13 14 15

F L É U R I A S 2 0 1 2

H

A

Prof. António Costa antonio.costa@esmsarmento.pt setembro

S 2 9 16 23 30

7

5

Vincent Van Gogh

D 1 8 15 22 29

6

B O A S

1 “Grandes realizações não são feitas por impulso, mas por uma soma de pequenas realizações”

5

V

Sítios e Blogs http://www.zygotebody.com/ Explore a anatomia do corpo humano através de uma aplicação interativa tridimensional. http://www.serestudante.com/ Blog para estudantes com informações de todo o género, desde úteis para enfrentar o estudo até como passar os tempo livres.

1

Pranteiam; pessoa que serve de estudo aos pintores e escultores.

2 3

Escutei; sulcou.

4

Namorada; acusada; “Reis”; substância para pintar.

5

Peso de um veículo sem carga; curso de água natural; época própria para se podar.

6

Executei; manifestar de forma ostensiva a dor em relação a uma perda.

7 8 9 10

Escudeiro; dama de companhia.

11

Distância de um ponto ao plano horizontal de projeção (Geometria); carteira de mão.

12

Aquele que trabalha em louça de barro; recorrer de uma sentença a juiz ou tribunal superior.

13 14

Mania; terra ensopada em água.

15

“Região Autónoma”; atravessavas; ementa; Rádio (s.q.).

1

Cada um dos lados do ângulo reto de um triângulo retângulo (Geometria); executar (tecido em malha) com agulhas próprias, à mão ou à máquina.

2 3

Esconde; tornara cortante.

4

Via ladeada de casas ou árvores, dentro de uma povoação; parte da armação dos óculos que circunda a lente; criada de quarto.

5 6 8

Pôr de acordo; ecoa; madrasta.

9 10

Discursas; passeavam; isolado.

11

Egoísmo; reprodução fiel de uma obra de arte; triturar.

12

Tinha força; nome vulgar, empregado especialmente no Sul de Portugal e no Brasil, para designar alguns moluscos comestíveis, nomeadamente o choco e a lula.

13

Sobrecarregar com tributos; tratamento entre militares e entre filiados de certos partidos políticos.

Tântalo (s.q.); instantes; tomba; peça que serve para sustentar certos móveis e utensílios.

Desacompanhado; nota musical. Rádio (s.q.); sofrimento; progenitor; aqui. “Imposto Municipal sobre Imóveis”; antiga coligação política; o primeiro dos números naturais; memória de computador.

Pedra de altar; dente queixal (regionalismo); aqueles; unidade de irradiação absorvida, de símbolo rd, que corresponde à absorção de 0,01 joules por quilograma (Física).

Sono em linguagem infantil; conjunto de partículas granulosas de natureza mineral, que se encontra no leito dos rios, dos mares, nas praias e nos desertos; repete.

Clementes ou compassivos. Computador de grande capacidade concebido para processar grandes quantidades de dados a alta velocidade (Informática). Magoa; forma sincopada de para; doçura.


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