O Pregão 26

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Propriedade: Escola Secundária Martins Sarmento Alameda Prof. Abel Salazar - 4810-247 Guimarães Tel.: 253 513 240 Código da Escola: 402187 Diretora: Ana Maria Silva Coordenação Geral: Fátima Caldas Grafismo e paginação: José Faria Email: o.pregao@esmsarmento.pt nº 26

Jornal da Escola Secundária Martins Sarmento, Guimarães

Abril 2022

• Editorial

Prof.ª Ana Maria Silva, Diretora ESMS

Destaque: 24 "Dia Internacional do PI" e "Dia internacional da Matemática"

Quando a aprendizagem te dá asas EM DESTAQUE:

PROJETOS ERASMUS+ DA ESMS 04

Foto: Multimédia ESMS

Em 1972, Haim G. Ginott, professor, psicólogo infantil e psicoterapeuta, que trabalhava com crianças e pais, escreveu, num dos seus livros, algo que espelha a relevância dos professores para a vida dos alunos. Dizia ele: “Cheguei a uma conclusão assustadora de que eu sou o elemento decisivo na sala de aula. É a minha abordagem pessoal que cria o clima. É o meu estado de espírito diário que condiciona a atmosfera. Como professor, possuo um tremendo poder para tornar a vida de uma criança miserável ou alegre. Posso ser um instrumento de tortura ou um instrumento de inspiração. Posso humilhar ou curar. Em todas as situações, é a minha resposta que decide se uma crise será escalada ou desescalada e uma criança humanizada ou desumanizada”. A mensagem deste texto continua atual e, quase me atrevia a dizer, enquanto professores, nunca a deveríamos esquecer. Devia antes ser motivo de reflexão. Nós acreditamos que os professores da ESMS são esse elemento decisivo dentro da sala de aula que ajudam os seus alunos a serem seres humanizados, com capacidades para enfrentar a incerteza e a ultrapassar os obstáculos da vida. Sobretudo, inspiram os seus alunos para voarem sempre mais alto e nunca desistir de sonhar coisas grandes, de atrever-se a mais, de querer conquistar o mundo, de querer contribuir com o melhor de cada um para construir algo melhor. De serem sempre alegres. A forma brilhante como os alunos vêm fazendo ouvir a sua voz nas páginas d’ O Pregão mostra que a ESMS os encoraja a voar e a aprender a transformar-se e a transformar a sociedade através da valorização da diversidade, da colaboração e da compartilha. E da ESMS eles voam para ver a Europa e, quem sabe, o mundo porque O Pregão, uma vez publicado, deixa de conhecer fronteiras. E todos vão aprendendo a arte de criar, de refletir e ter a certeza que o desenvolvimento sustentável depende das nossas ações e das escolhas que fazemos diariamente. Desacelerem e leiam com emoção as páginas d’O Pregão.

Entrevista: Rui Manuel Rodrigues Marques Teixeira

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Opinião: Modernização da ESMS, Ana Maria Silva, Diretora da ESMS

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Notícias: Alunos da ESMS na Web Summit

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Notícias: Lembrar o legado do Dr. Adérito Freitas

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Notícias: Torneio da Retórica entusiasma alunos da ESMS

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Notícias: Concurso de Poesia "Arte com Chá"

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Portfolio: Diário Gráfico, 10º AV1

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Universo ESMS: Dead Poets Society, Beatriz Melo

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Entrevista

"Como aluno da ESMS, a experiência que mais me marcou foi ter sido Presidente da Associação de Estudantes" Rui Manuel Rodrigues Marques Teixeira e Melo nasceu a 7 de janeiro de 1973, em Guimarães. Estudou na Escola Secundária Martins Sarmento e, posteriormente, na Universidade Lusíada do Porto, onde se licenciou em Direito. É advogado e tem como área de prática o Direito Penal. Desde cedo tem como paixão a escrita, que nos tem dado a conhecer através de vários Pregões e crónicas já publicadas em livro. Enquanto jovem e aluno da ESMS, falanos um pouco acerca de situações, professores, colegas e assuntos que te marcaram. Podemos dizer que foram determinantes para formar a pessoa em que te tornaste? A experiência que mais me marcou na ESMS foi ter sido Presidente da Associação de Estudantes no último ano em que fui aluno. Na verdade, nessa altura, as Escolas em geral estavam a ser inundadas de candidaturas à Associação ligadas às Juventudes partidárias e a ESMS não fugia a esse diapasão. A nossa candidatura foi de rutura com esses para-poderes instituídos que, de facto, alienavam os estudantes daquilo que a nosso ver era essencial. Claro que houve alguns professores que me marcaram também. Entre os quais a minha professora de Português do 11º ano, Rosário Almeida, com a qual estudei a Arcádia Lusitana, os Românticos e os Ultrarromânticos que vieram a influenciar as primeiras coisas que escrevi em verso e que me levaram anos mais tarde a escrever o Pregão. Recordo-me também obvia-

mente dos meus colegas, designadamente dos que me acompanharam no 10º e 11º anos que eram praticamente todos de Pevidém, de onde eu era também. Aliás, no 10º ano, reencontrei o meu colega de carteira da 2ª classe, o Daniel, que nunca mais tinha visto… O facto de ter entrado para uma banda formada por ele-

mentos só da ESMS – os Demófilos. Enfim, é um sem número de recordações! Depois da ESMS, veio a Universidade e a carreira na advocacia. Alguma vez pensaste em seguir uma outra carreira? Sim. A minha ideia era ser

professor de Português ou de História que eram as disciplinas que mais gostava, embora não fosse um estudante dedicado devo reconhecer. Porque é que tal não aconteceu? Ia andar de terra em terra sem parar… A vida de professor é incerta.


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Entrevista

Como surgiu a paixão pela escrita? Quando andava no extinto Colégio Egas Moniz (talvez no 7º ano), entrei nuns Jogos Florais nos quais era suposto escrevermos alguns versos. Gostei da experiência. Por outro lado, dois anos mais tarde tive um explicador de Matemática que também escrevia uns versos e, a seguir, no meu 11º ano, entrei para uma banda como vocalista, o que me levou a escrever também as letras para as músicas originais que fizemosLogo a seguir veio o Pregão (escrevi o primeiro com 20 anos) e desde aí tenho escrito maioritariamente para as Nicolinas. Enquanto autor de vários Pregões desde 1993, achas que as Nicolinas de hoje têm a mesma essência que tinham há 20/30 anos? Sem dúvida. Não embarco na tese daqueles que dizem “no meu tempo é que era” ou que têm uma visão estática das Festas, como se estas tivessem que ser iguais todos os anos. A essência das Festas são os estudantes. E, neste caso em particular, os estudantes das Escolas Secundárias. Essa é a essência inalienável das Festas. Sem os estudantes, não há Nicolinas. Que conselho darias àqueles jovens que, tal como eu, se inclinam para uma carreira na advocacia? Procurar aprofundar o estudo da Filosofia, porque na verdade a base daquilo que hoje temos como o Direito é baseado nos grandes filósofos. Depois, fazer uma escolha consciente. Aconselharem-se com os mais velhos, porque na verdade a vida de advogado não é fácil. Tem que se saber, por assim dizer, ter duas faces: uma no tribunal, sendo combativo, resiliente e até competitivo; outra quando se sai do tribunal, sabendo não levar essa combatividade para os nossos relacionamentos pessoais. Essencialmente, escolha-se a profissão que se escolher devemos ter sempre um escape, uma coisa que gostemos de fazer e que nos entretenha. É verdade que os novos

advogados de hoje já não são como eram antigamente? Nem podiam ser. A própria sociedade em que vivemos mudou muito, desde 1999, quando comecei a exercer. Em primeiro lugar, o curso tem menos um ano, o que leva a que os licenciados não venham tão bem preparados. Por outro lado, nas relações interpessoais, como somos muitos mais advogados do que quando eu comecei a trabalhar, já não sou capaz de conhecer todos pelo nome como conhecia, nem de ter uma relação tão próxima. Qual a tua opinião acerca de a maioridade penal ser aos 16 anos (portanto, antes dos 18)? Acho que as pessoas aos 16 anos já devem ser responsáveis por si próprias e pelos seus atos. Não se pode é julgar alguém com 16 anos como se tivesse 40. Mas aí a lei penal tem respostas fornecendo alternativas relativamente à pena de prisão e aplicando penas mais leves – o DL 401/82 de 23/9. Algum projeto para o futuro? Estou a pensar gravar um disco com uns amigos meus. É uma das minhas paixonetas… a música.

O grande homem que protagoniza esta entrevista, além de ser um excelente advogado e ex-aluno da ESMS, é também meu tio e padrinho. Devo confessar que, se já o admirava por tudo aquilo que alcançou e por ser uma pessoa íntegra e honesta, após esta entrevista, tendo a possibilidade de conhecer um outro lado dele, esse sentimento intensificou-se. Este exemplo comprova que a nossa Escola Secundária Martins Sarmento tem vindo a formar grandes cidadãos e grandes profissionais, com papéis importantes na dinâmica social da nossa cidade. Há professores desta casa por quem passa mais do que uma geração de uma mesma família, como é o caso da minha professora de Português, Rosário Almeida, que, como já referido, foi também professora do meu padrinho. Se ela influenciou os seus primeiros passos na escrita, está também, sem dúvida, a influenciar os meus, visto que eu também tenho uma enorme paixão por essa arte. Esta conclusão conduz-me, então, a agradecer e elogiar a ESMS em geral, uma vez que procura desenvolver as competências pelas quais os alunos mais se destacam e que lhes permitirão ter uma promissora carreira profissional. Beatriz Melo, 11ºCT6

Se pretendes ver publicado o teu artigo ou trabalho no jornal da escola, envia-o para o email:

o.pregao@esmsarmento.pt


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Em destaque

Quando a aprendizagem te dá asas Nos últimos anos o paradigma da educação mudou, não há como o negar. O conhecimento não se cinge ao contexto de sala de aula, vai muito para além dela. As aprendizagens desenvolvidas orientam a vida após a escola: constroem caminhos, quebram barreiras, abrem horizontes. Neste sentido, nos últimos anos, a Escola tem abraçado vários projetos Erasmus + que se constituem como uma mais-valia para a promoção de aprendizagens significativas, auxiliam os jovens no desenvolvimento de competências sociais e pessoais e ainda despertam um sentido de cidadania crítica e responsável, na busca por uma cultura humanista refletida, global e solidária.

Os dois projetos Erasmus+ Atualmente, na escola estão em curso dois projetos Erasmus+, coordenados pelo professor João Paulo Santos. O projeto Manifold Europe – Cultural Diversity and integration, cujo objetivo central é despertar consciência para a multiculturalidade das sociedades atuais, cada vez mais constituídas por vários grupos culturais, raciais e étnicos. Aprender sobre outras culturas ajuda-nos a compreender diferentes perspetivas sobre o mundo em que vi-

(...) nos últimos anos, a Escola tem abraçado vários projetos Erasmus + que se constituem como uma mais-valia para a promoção de aprendizagens significativas, auxiliam os jovens no desenvolvimento de competências sociais e pessoais e ainda despertam um sentido de cidadania crítica e responsável, na busca por uma cultura humanista refletida, global e solidária. vemos; dissipam estereótipos negativos e preconceitos pessoais sobre diferentes grupos e, para além disso, a diversidade cultural ajuda-nos a reconhecer e a respeitar outras “formas de ser” que não são necessariamente nossas. Este projeto termina em junho de 2022 e envolveu escolas dos Países Baixos, Áustria, Finlândia e Turquia. O projeto Clean Water Clean Future, projeto que tem sido um desafio acrescido, uma vez que a escola surge pela primeira vez como coordenadora, envolve escolas da República da Macedónia do Norte, Turquia, Polónia e Roménia. O seu principal objetivo é consciencializar os alunos para a importância da água, quer no seu consumo,

quer nos problemas causados pela sua escassez. Neste sentido, procura-se sensibilizar os alunos para a necessidade do seu envolvimento cívico em problemas comunitários relacionados com a temática. Este projeto irá ser concluído em junho de 2023. Nas páginas seguintes, iremos perceber como as diferentes atividades pensadas pelo grupo de trabalho envolvido nos projetos, e desenvolvidas pelos alunos que os integram, vão ao encontro de quatro premissas essenciais: valorizar o trabalho colaborativo, partilhar experiências e conhecimentos, respeitar e aceitar o outro, criar laços para a vida… Prof.ª Helena Sofia Barroso

Projeto Erasmus+ Manifold Europe: ESMS recebe com sucesso as delegações estrangeiras A nossa escola acolheu a visita das delegações dos países que integram o projeto “Erasmus+”, sob o tema “Manifold Europe - Cultural diversity and integration“. A receção foi, numa avaliação global, um sucesso, reconhecido pelas diferentes comitivas envolvidas. Este evento incluiu, além da Escola Secundária Martins Sarmento (ESMS), em representação de Portugal, as seguintes escolas: “Polytechnischen Schule Schwaz” da Áustria; “Institut Gerbert d'Aurillac”, de Espanha; “Sint-Joriscollege”, da Holanda e “Sinav Koleji”, da Turquia, tendo faltado, devido às limitações pandémicas ainda em vigor em vários pontos do globo, a escola

“Punkalaitumen Keskuskoulu“, da Finlândia. No global, a comitiva visitante era composta por nove professores estrangeiros, a que se juntaram sete docentes portugueses. As delegações estrangeiras estiveram cinco dias em Portugal, com atividades programadas todos os dias. Assim, foi feito o acolhimento no domingo à noite, num jantar realizado no Restaurante Buxa, bem no centro histórico da cidade, onde foram abordados superficialmente os temas de trabalho desta estadia em Guimarães. Mas o realce do primeiro encontro à mesa foi mesmo para a importância de receber bem os visitantes durante a sua es-

tadia em Portugal, algo que caracteriza as gentes minhotas. As atividades Segunda-feira foi o primeiro dia real de atividades, com o grupo a ser recebido, em ato formal na ESMS, que abriu com um positivo momento musical proporcionado pela aluna Filipa Barroso Teixeira e fechou com uns minutos de fado que agradaram à plateia, a cargo de Margarida Moreira. Pelo meio discursaram a Diretora da Escola Secundária Martins Sarmento, Ana Maria Silva, e o Coordenador do projeto na nossa escola, João Paulo Santos. Em seguida, houve uma sessão solene na Câmara Municipal de Guimarães, onde a Vice-


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Em destaque

-Presidente, Adelina Pinto, deu as boas-vindas a todos, no Salão Nobre do Município. A manhã teve ainda uma atividade que envolveu os alunos do projeto e um seminário promovido pela JRS - Jesuit Refugee Service, sob o tema “Refugees and Immigration”, que antecedeu o almoço na escola de acolhimento. A tarde permitiu a visita a pontos de referência do património histórico de Guimarães e uma subida, de teleférico, à Penha que foi do agrado dos docentes estrangeiros. A noite foi composta por um jantar, confecionado pelos elementos da comitiva na ESMS, e que culminou com uma prova de vinhos portugueses, mostrando dessa forma um dos nossos produtos de referência. O segundo dia foi passado no litoral, incluindo uma visita à Nau Quinhentista, em Vila do Conde, um passeio na marginal e um almoço na Póvoa de Varzim, onde os visitantes saborearam uma Francesinha, um prato tipicamente português. A tarde teve, em seguida, uma reunião preparatória das próximas mobilidades entre países, com e sem alunos, de modo a cumprir num tempo alargado, as atividades que a pandemia impediu que se realizassem no período inicialmente definido. O jantar foi realizado numa quinta dos arredores e incluiu a presença do Rancho Folclórico Ceifeiras de Gondar, em representação de uma tradição musical portuguesa, indo de encontro a um dos objetivos do projeto, que os presentes apreciaram bastante, em especial as delegações vindas de fora. A quarta-feira incluiu uma deslocação à zona da Régua, para visitar o Douro Vinhateiro, que está classificado como Património Mundial. É uma beleza ímpar que se observa naquelas encostas e que permite levar, aos cantos de um mundo redondo, o Vinho do Porto como um produto de excelência. O dia teve ainda um passeio de barco no Pinhão e a visita a uma quinta produtora de vinhos, onde foi dada a explicação, em inglês, de todo o processo de produção até chegar ao consumidor final, depois de um almoço no restaurante associado à mesma quinta. O regresso a Guimarães levou a comitiva a um jantar num restaurante bem no centro citadino vimaranense, afinal onde tudo começara. Foram dias muito intensos, mas que

Multimédia ESMS

Vídeo retrospetivo: https://youtu.be/8M6WB-zE6fw

valeram a pena, porque a alma de cada um ficou bastante menos pequena com as atividades desenvolvidas, antes da partida das comitivas ao quinto dia. O futuro reserva novas mobilizações ao estrangeiro, entretanto adiadas devido às restrições pandémicas, que implicam uma preparação cuidada das atividades constantes do projeto inicial, ainda que possam surgir alguns ajustamentos. Neste sentido, já houve uma de várias sessões de trabalho previstas que envolverão no futuro a equipa de professores, assim como o conjunto de alunos que integram o projeto. Prof. António Costa

A turma do 3º ano do Curso Profissional de Restauração proporcionou um delicioso e criativo almoço de receção à Comitiva Erasmus, com a presença dos seguintes países: Portugal, Espanha, Países Baixos, Finlândia, Turquia e Áustria. Os alunos confecionaram e serviram exemplarmente os convidados, que demonstraram muito apreço pelo Menu e pelo profissionalismo dos nossos alunos. Prof.ª Paula Rocha


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Em destaque

Prof. Jorge Faria

Entre os dias nove e catorze de janeiro, a Escola Secundária Martins Sarmento acolheu as quatro escolas que integram o Projeto Erasmus+ Clean water clean future: Goce Delcev school Kavadarci da República da Macedónia do Norte, Szkoła Podstawowa nr 1 da Polónia, Școala Gimnazială nr.39 da Roménia e Agiad Ortaokulu da Turquia. O momento musical da aluna Filipa Barroso Teixeira no Auditório da escola marcou o início de uma viagem ansiada e desejada por todos. Alunos e professores, de seguida, escutaram as palavras calorosas de boas-vindas da diretora da escola, Ana Maria Silva, e assistiram a diversos testemunhos da comunidade escolar que enaltecem a qualidade do trabalho desenvolvido e a dedicação de todos. O coordenador do projeto, João Paulo Santos, dedicou umas breves palavras aos presentes salientando a importância que este tipo de iniciativa tem no desenvolvimento de conhecimentos e competências, para além do desafio que representa para a escola, na medida em que é a primeira vez que a escola assume a posição de coordenadora de um projeto Erasmus + a nível internacional. Ainda pela manhã, houve uma sessão solene na Câmara Municipal de Guimarães, no Salão Nobre, onde a vice-presidente, Dra. Adelina Pinto recebeu com um longo sorriso todos os presentes dando a conhecer um pouco da história do nosso município, preocupações ambientais e iniciativas culturais. Após o almoço, seguiu-se um momento mais dinâmico, interativo e que certamente contribuiu para que todos conhecessem melhor a nossa cidade: um peddy-paper. Alunos e professores organizaram-se em pequenas equipas mistas, seguiram orientações, calcorrearam ruas estreitas, procuraram informações nos sítios mais difíceis, sujeitaram-se a provas físicas e divertiram-se imenso, pois as gargalhadas sonoras foram uma constante. Os dias seguintes envolveram atividades que foram ao encontro do primeiro tema deste projeto: a importância da água nas diferentes manifes-

Prof. Jorge Faria

Projeto Erasmus+ Clean Water Clean Future: Escola Secundária Martins Sarmento coordena um novo projeto

tações artísticas. Dinamizado pela professora de Desenho da nossa escola, Raquel Silva, os alunos desenvolveram a atividade designada “story telling”. Num papel entregue a cada um, a narrativa foi iniciada pela professora e, à medida que objetos retirados de um saco eram desvendados, cada aluno redigia a sua história desenhando não só o objeto recolhido, mas fazendo-o acompanhar de um pequeno texto. Concluída a atividade, nenhum aluno se inibiu em par-

tilhar entusiasticamente a sua história. No final, o sorriso da professora Raquel deixava transparecer a sua alegria e satisfação pela forma como a atividade decorreu. “Filmes que meteram água” foi uma atividade orientada pelo professor de Multimédia da escola, Jorge Faria. À semelhança da atividade anterior, os alunos foram agrupados por equipas e tinham como objetivo adivinhar o nome do filme com base numa pequena sequência de cenas. Todos os filmes


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Em destaque Vídeo retrospetivo: https://youtu.be/mlq3QBKyOQE

foram cuidadosamente selecionados, uma vez que o tema comum a cada um deles prendia-se com o elemento água. Foram momentos de partilha e de saudável competição. No sentido de apresentar os diferentes trabalhos realizados pelas diversas escolas, os alunos apresentaram as atividades que foram desenvolvendo ao longo do primeiro tema. A criatividade e o conhecimento estiveram presentes num momento de partilha, empenho e de interação. Os últimos dias foram marcados pelas visitas de estudo à Estação de Tratamento de Água (ETA) em Santa Eufémia de Prazins que assegura o fornecimento de água potável aos concelhos que abrange. Esta estação prima pela tecnologia de vanguarda que permite uma qualidade de água de excelência. Ao longo da visita percebemos que o processo de tratamento da água retirada do Rio Ave é executado através processos tecnológicos como a ultrafiltração, que remove macromoléculas, bactérias e vírus com menos utilização de químicos, evitando, assim, efeitos nefastos na saúde pública. O grupo ainda teve a oportunidade de visitar a Nau quinhentista em Vila do Conde. A exposição permitiu conhecer não só a história da navegação Portuguesa, nomeadamente aquela que tem origem e destino em Vila do Conde, como também a história da Alfândega Régia e seu funcionamento, oficiais e produtos desalfandegados. Na Nau, para além de se conhecer os aposentos de alguns dos tripulantes, assim como os próprios elementos da tripulação, através de esculturas humanas, foi bastante elucidativo perceber como eram difíceis as condições de vida e de trabalho dos tripulantes durante as longas viagens. A última paragem indicou-nos o caminho do World of Discoveries, no Porto. Um museu interativo e parque temático que reconstrói a odisseia dos navegadores portugueses, que cruzaram oceanos, enfrentaram medos à descoberta de um mundo desconhecido. Não se enfrentou o Adamastor, não se assistiu a deuses a decidir o nosso destino, mas as dificuldades enfrentadas pela Covid-19, que obrigaram a adiamentos, a testagens sem fim, ao uso ininterrupto de máscaras e de-

sinfetante das mãos não esmoreceram a equipa portuguesa que, tal como os marinheiros doutrora navegaram por águas agitadas, mas conseguiram chegar a bom porto acompanhados pelas demais delegações que, entusiasticamente, ousaram e fizeram acontecer. Cansados, mas felizes, os sorrisos estampados no rosto de cada um dos participantes deixaram o grupo deste projeto, os professores Brigitte Gomes, Helena Sofia Barroso, João Paulo Santos e Jorge Faria, bastante satisfeitos com uma semana marcada pelo conhecimento, partilha e momentos que certamente ficarão registados num lugar especial de todos aqueles que estiveram presentes. Equipa Erasmus+ CWCF

Para mim esta experiência foi uma oportunidade única que recomendo e acho que toda a gente deveria experimentar. Consegui conhecer novas pessoas e diferentes culturas num ambiente divertido e relaxado com diversas atividades lúdicas que me fizeram aprender sobre os mais diversos tópicos. Esta foi uma semana sem igual que nunca vou conseguir esquecer! Alexandre Almeida, 11º CT5

Em janeiro, eu e o meus colegas tivemos uma oportunidade que toda a gente gostaria de ter que é de conviver com pessoas, neste caso, jovens de outros países que nos deram a conhecer um pouco da sua cultura. Esta experiência fez-me ver as diferenças entre as várias culturas, mas também as semelhanças e, é por isso que achei muito enriquecedora. O jantar de grupo a que eu fui foi muito engraçado porque estava toda a gente muito à vontade e conseguimos interagir muito bem uns com os outros. Para além disso, esta experiência permitiu que desenvolvesse o meu inglês ao ter que falar com os meus colegas estrangeiros. Penso que toda a gente se sentiu bem-recebida aqui em Guimarães. Gostei muito e espero pela próxima oportunidade. Ana Laura Mota, 11º CT5

Gostei imenso da minha primeira experiência num projeto de Erasmus,

acho que não podia correr melhor! Espero que os próximos projetos sejam iguais porque o grupo de alunos e de professores é magnífico, temos todos uma grande união! Barac Hernandez, 11º LH2

No início tive receio de não conseguir interagir com as pessoas e de não me integrar, mas, no fim percebi que não precisava de me sentir assim. A equipa portuguesa uniu se muito e relacionou se bem com as equipas estrangeiras. Os nossos professores demonstraram confiança em nós, o que nos motivou bastante. Foram feitas atividades muito dinâmicas e interessantes para darmos a conhecer a cidade/país aos nossos colegas estrangeiros, e é sem dúvida uma experiência memorável, a repetir. Filipa Barroso Teixeira 11ºCT2 Vendo-me envolvida, pela primeira vez, num projeto Erasmus, estava muito entusiasmada com a oportunidade, e a experiência não desiludiu. Formou-se um grupo muito unido entre os alunos portugueses e, desde o primeiro contacto, sentimos uma grande ligação também com os alunos visitantes. Demos-lhes a conhecer um pouco do nosso país e eles partilharam também connosco um pouco das suas diferentes culturas. Espero que para eles tenha sido uma experiência tão memorável como foi para mim. Joana Santos, 11º LH3

No decorrer da semana, os alunos dos países estrangeiros, em conjunto com os alunos da escola coordenadora do projeto, tiveram a oportunidade de participar em diversas atividades, para que conhecessem melhor a nossa cidade, região e cultura do país. A semana decorreu com boa disposição e num ambiente alegre. No fim, houve abraços de despedida, e ficou a saudade e o desejo por mais oportunidades como esta. Laura Vale, 11º LH4

Olá eu sou Luís, participante deste projeto de ERASMUS+ CWCF, e essa semana foi uma experiência incrível e única que não me sairá da memória. Conheci muitas pessoas novas, dialoguei usando e praticando outras


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Em destaque

línguas e apreendi imenso pela terceira vez entrei no desafio dos projetos de Erasmus e não me arrependo nunca porque são aprendizagens e lições para a vida. É simplesmente inesquecível. Luís Pereira, 11ºCT2

Na primeira semana do segundo período de aulas pudemos finalmente reunir os alunos de todos os países integrantes do projeto Erasmus + Clean Water Clean Future. Quando chegou o dia, confesso que apesar de muito ansiosa, estava um pouco nervosa e com receio que houvesse algum tipo de lacuna na comunicação e interação. No entanto, começamos desde o primeiro dia a relacionarmo-nos e facilmente nos adaptamos e partilhamos as nossas culturas, o que resultou numa semana bastante interativa e dinâmica que, honestamente, superou todas as minhas expectativas. Foi uma experiência única!

Luna Teixeira, 11º AV1

Após um ano de espera, tivemos finalmente a oportunidade de conhecer a equipa de alunos que integram o projeto Erasmus+ Clean Water Clean Future. Pudemos finalmente conhecer-nos e, desde então, senti que foi formado um grupo muito unido, com criatividade e facilidade para se adaptar. Na semana em que tivemos oportunidade para contactar e conhecer os alunos dos outros países, aqui, na nossa cidade, foi fácil, instantâneo e natural, o sentimento de partilha entre todas as equipas. Partilhamos muito mais que histórias e culturas. Acredito que tenha sido uma experiência tão inesquecível para eles como foi para mim. Matilda Branco, 11º AV1

Acredito que esta é uma experiência muito enriquecedora, da qual todos os jovens deveriam usufruir. É uma oportunidade única para contactar com ou-

tras vivências, saberes e culturas, de uma forma descontraída e agradável. São momentos de convívio que irão ficar na memória e deixar saudades. Obrigada por esta semana, Margarida Vale, 11º CT5

A semana de 10 a 14 de janeiro de 2022 foi uma semana de muitas emoções... Para além de me obrigar a pôr o meu inglês em prática, o que é sempre bom, ajudou-me a superar medos e a sair da minha zona de conforto ao fazer-me comunicar e interagir com pessoas com que, se não fosse pelo projeto Erasmus+, eu provavelmente nunca teria falado, tendo em conta a minha personalidade reservada quando em contacto com pessoas que desconheço. Por isso, fico muito feliz por ter participado nas atividades: há muito tempo que não me recordo de rir tanto; sinto que criei amizades e que desenvolvi mais autoconfiança Sofia Guimarães, 11º CT3

Visita de estudo a Ovar No dia 9 de fevereiro, o grupo de alunos do projeto Erasmus+ da nossa escola deslocou-se até à cidade de Ovar para uma visita de estudo relacionada com as tradições carnavalescas. Foi uma experiência enriquecedora, na medida em que tivemos a oportunidade de participar e de ver de perto todos os detalhes que estão por detrás desta tradição, tão marcante para os cidadãos de Ovar, e não só. O dia começou com a visita à Escola de Artes e Ofícios de Ovar, a qual tinha sido, no passado, uma antiga fábrica de papel. Depois de nos terem acolhido carinhosamente, os assistentes da Escola deram-nos uma breve explicação sobre a história da sua cidade. Para além do pão de ló, os azulejos e o Carnaval marcam a história desta cidade e dos seus habitantes. Este típico Carnaval de Ovar tem raízes na cidade há mais de três séculos e começou por ser caracterizado como um carnaval de rua, não organizado, onde cada Ovarino se disfarçava sem qualquer tipo de tema. Tipicamente, os homens mascaravam-se de

mulher e vice-versa. Após esta fase inicial, quando o Carnaval se começou a expandir pelos teatros e cinemas, esta festa regressou num outro formato: os bailes de Carnaval. Estes bailes eram festejados ao som de bandas ao vivo que tocavam em diversos locais. Mais tarde, depois da 2ª Guerra Mundial, começaram a realizar-se os desfiles por bairros onde as pessoas se organizavam por grupos com diferentes disfarces e temas e, mais tarde, chegaram a construir carros alegóricos! À medida que a qualidade dos trabalhos apresentados evoluiu, foi necessária uma maior organização e, neste intuito, esta típica festa, inicialmente apenas citadina, tornou-se, assim, numa grande atração turística. Com isto, criaram-se os Grupos Carnavalescos, que, a partir de 2013, se juntaram e formaram a Aldeia do Carnaval. Nesta caricata Aldeia, visitámos a escola de samba Costa de Prata e o Grupo Carnavalesco, Os Vampiros. A partir dos conhecimentos que estes Vareiros nos transmitiram, conseguimos perceber que o Carnaval vai muito mais além

do que uma tradição, que inclui um enorme trabalho artesanal, com bastante técnica e detalhes minuciosos! Aprendemos ainda que, ao trabalhar em comunidade, é possível descortinar os sentimentos do próximo com muito maior facilidade. Inclusive, estas associações, através do trabalho em equipa, funcionam como uma forma de evitar o isolamento e a solidão e ajudam na superação de problemas do foro emocional e mental. Deste modo, conseguimos concluir que conviver é viver!! Para terminar, tivemos ainda a oportunidade de deixar o nosso “eu” criativo revelar-se no final deste dia cheio, quando pintámos e decorámos máscaras típicas de Ovar. No final do dia ficou a esperança de voltar e conseguir vivenciar plenamente o incrível Carnaval de Ovar! Ana Margarida Costa, 11º CT2


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Em destaque Vídeo retrospetivo: https://youtu.be/Yo6mnqfr3-I

Multimédia ESMS

Esta viagem a Ovar foi uma caixa cheia de surpresas. Primeiramente, fomos recebidos por uma equipa de Vareiros muito amistosa, pertencente à escola das artes dos ofícios, que nos explicou um pouco da história da festividade tão célebre da cidade, o Carnaval. Em seguida, deram-nos o prazer de criarmos as nossas próprias máscaras. Pessoalmente, esta atividade foi a mais interessante e criativa, apesar do meu pouco jeito para a pintura. Também fizemos um pequeno passeio pela cidade que foi bastante agradável. A visita à aldeia do carnaval foi, igualmente, muito enriquecedora e fiquei ansiosa por observar aquele trabalho todo exposto num desfile. O almoço num restaurante tipicamente brasileiro foi muito bom. Fiquei muito agradecida por esta experiência. Ana Luísa Pinto, 12º CT4

A different day, with playful activities and "lectures" full of stories and experiences. From the masks to the food, we experienced a Brazilian day in Portugal, showing that other cultures can also express themselves within other countries, and what makes culture is in fact the people, the desire and the love and passion that people put into everything they do. Everyone was so nice and was so inspiring the way they spoke about their town. Now I can’t wait to experience a eventful Carnival season in Ovar.

Um dia muito interativo, cheio de atividades diferentes, onde aprendi muito sobre a cultura brasileira. De facto, esta visita mostrou que existe sempre várias culturas de outros países incididas na nossa, podendo-se expressar na alimentação, vestuário ou noutros costumes, tal como o Carnaval. A forma como nos falaram sobre o carnaval só me deu vontade de voltar para o ano e assistir a este grandioso e divertido evento.

Um workshop incrível e muito bom que deu para sentir um pouco do carnaval em Ovar. Um dia excelente e bem passado. Uma experiência única que irá ficar na memória. Luís Pereira, 11º CT2

Dia para relembrar! Experiência única, retrato que nos demonstrou a diversão que é fazer as máscaras para o carnaval, seguida de uma visita que nos mostrou o quão único e memorável cada carnaval é nesta terra. Saio com a vontade de voltar!

Esta viagem foi excelente, gostei muito! A parte que eu gostei mais foi criar e pintar as máscaras, porém a visita à aldeia do carnaval também foi muito atrativa, uma vez que vimos todo o processo e trabalho que é necessário para criar algo tão grandioso como é o carnaval. O almoço também foi muito bom! No geral foi tudo maravilhoso!

Apreciei bastante a visita e fico contente com o que aprendi. Foi uma visita interativa e interessante, variada e que teve um pouco de tudo: experimentámos um rodízio brasileiro, ouvimos várias histórias sobre o samba (também este de origem brasileira), explorámos a cidade e alguns pontos de referência mais importante e ainda nos foi possível pintar uma máscara de Carnaval. Foi uma atividade interativa, onde se partilhavam as técnicas, criouse um forte espírito de entreajuda e fortaleceram-se laços! Em suma, estou muito feliz em ter tido a oportunidade de ter participado nesta visita!

Duarte Neiva, 11º CT2

Leonor Sousa, 12ºCT4

Margarida Leite, 12ºSE2

Nesta atividade do projeto Erasmus, tivemos a oportunidade de conhecer como a cultura brasileira se exprime no Carnaval de Ovar, com atividades muito lúdicas, que me fizeram desenvolver a criatividade e aprofundaram o meu conhecimento. Tive a oportunidade, também, de conhecer pessoas novas, o que foi muito bom. Adorei esta experiência e que venham mais!

Gostei mesmo muito da visita. Achei super interessante pintar as máscaras, foi muito engraçado, foi das minhas partes favoritas desta viagem. O almoço também foi ótimo, comemos todos muito bem, adorei! Visitar a aldeia de carnaval também foi cativante, onde pudemos ver um bocado do que acontece nos bastidores do tão conceituado carnaval de Ovar.

Filipa Barroso, 11º CT2

Luana Gomes, 12º CT4

Ana Ramos 12º CT7

Leonor Silva, 12º CT4


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Em destaque Vídeo retrospetivo: https://youtu.be/sCjrokXGLMA

No passado dia 2 de fevereiro, uma delegação do projeto ERASMUS+ foi visitar o Centro Cultural Capoeira Baiana (CCCB), em Guimarães, no âmbito do estudo da cultura brasileira. Lembremos que o estudo do multiculturalismo é indispensável, por ser a relação de várias culturas num mesmo ambiente. Está diretamente relacionado com a globalização e modernização das sociedades. A sua base é, exatamente, o respeito pela essência e costumes de cada cultura. A capoeira é uma expressão cultural brasileira que compreende os elementos: arte-marcial, desporto, cultura popular, dança e música. Ela constrói relações de sociabilidade e familiaridade entre mestres e discípulos, sendo difundida de modo oral e gestual nas ruas e academias. Chegou a Portugal há mais de 30 anos, contudo o CCCB irá completar 12 anos este ano. Quem nos mostrou a beleza da capoeira, nesta breve experiência, foi o mestre Gilmar Suarez, mais conhecido por Mestre Careca, o seu nome de guerreiro. É natural da Bahia, no Brasil, mas já há mais de 25 anos que desenvolve trabalhos fora do seu país de origem: viveu no Canadá, Espanha e depois veio para Portugal. Afirma que “Portugal recebe a capoeira de braços abertos” e que “o povo português abraça a cultura brasileira de uma forma maravilhosa”. A atividade foi dividida em três partes distintas e fundamentais. Primeiramente, foi-nos dado algum contexto histórico-cultural acerca da modalidade para uma melhor perceção das intenções daqueles que a criaram e também de alguns aspetos teóricos que seriam úteis para a prática desta. Num segundo momento, aprendemos e treinamos alguns movimentos básicos que nos permitiam, quando conjugados, criar coreografias. Por último, mas não menos importante, conhecemos o berimbau, instrumento fulcral na capoeira, e a melodia nele tocada que decide o ritmo e estilo do jogo. O combate termina ao comando do capoeirista no berimbau (normalmente um capoeirista mais expe-

Prof. Jorge Faria

ERASMUS+ em visita ao Centro Cultural Capoeira Baiana

A visita ao Centro Cultural Capoeira Baiana, em Guimarães, foi realizada no âmbito do estudo da cultura brasileira uma vez que o objetivo central do projeto Manifold Europe é o de despertar consciências para a multiculturalidade das sociedades atuais, cada vez mais constituídas por vários grupos culturais, raciais e étnicos.

riente), neste caso o Mestre Careca, ou com o início de um novo combate entre uma nova dupla. Concluindo, a capoeira é um manifesto da cultura brasileira que felizmente chegou, não só a Portugal, mas também ao resto do mundo. É graças a pessoas como Gilmar Suarez que pessoas do outro lado do mundo têm a oportunidade de contactar com culturas completamente distintas das

suas, promovendo desta forma a evolução. A atividade foi muito enriquecedora tanto a nível pessoal como de grupo e sem dúvida que ficará para sempre na nossa memória. Ana Luísa Pinto, 12ºCT4


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Em destaque

Quebrando o gelo… reforçando laços A Escola Secundária Martins Sarmento na Finlândia Na semana entre 6 e 10 de março, o grupo de docentes da Escola Secundária Martins Sarmento, que integra o projeto de Erasmus+ Manifold Europe, o coordenador João Paulo Santos e as docentes Helena Sofia Barroso e Lurdes Araújo, deslocou-se à Finlândia para mais um intercâmbio de professores. Os vários dias de mobilidade foram preenchidos com experiências culturais, educativas e pedagógicas pensado e organizado pela escola de Punkalaidun. No primeiro dia, as temperaturas geladas do Norte conduziram-nos ao Lago Koylionjarvi onde, antes do almoço, fomos desafiados para a prática desportiva. O grupo teve a oportunidade de deslizar sobre o piso gelado do lago num kicksledge, um pequeno trenó que nos transportou para a imensidão de um lago branco gelado, onde o silêncio era interrompido pelas gargalhadas de um grupo muito animado. O almoço foi servido ao ar livre, nuns amenos 4 graus negativos. O fogo aceso, a bebida quente, o convívio entre os colegas ajudaram a esquecer o frio que se fazia sentir. Após o almoço rumámos até à vila de Rauma, considerada pela UNESCO como património cultural. Rauma tem o seu próprio dialeto do finlandês, o “rauman gial”. O dialeto herda palavras de idiomas como sueco, inglês e alemão devido ao passado marítimo e, apesar de ter sido diluído no finlandês convencional, é bastante estudado e praticado como hobby. Outro dos seus pontos de interesse é a Semana Anual da Renda, organizada desde o ano de 1971. O segundo dia foi dedicado a atividades na escola de Punkalaidun. Fomos recebidos pelo diretor Arto Asa numa escola recentemente inaugurada. A aluna Henrikka Varpula proporcionou a todos um momento musical tocando duas músicas populares finlandesas ao som do seu violino e a secretária do Departamento de marketing da Câmara Municipal, Tiia Korhonen, apresentou uma pequena curta metragem da sua autoria denominada “Punkalaidun through my eyes”.

O grupo de professores teve ainda a oportunidade de confecionar um prato tradicional finlandês(karjalanpiirakka) feito com massa fina de centeio, recheado com arroz e pincelado com manteiga e ovo. A tarde foi dedicada à apresentação dos trabalhos realizados quer pelos professores, quer pelas entidades governamentais no âmbito do ensino a alunos emigrantes. O colega, Jarmo Teikasala professor primário que durante anos trabalhou com alunos refugiados deu a conhecer a sua experiência e dificuldades sentidas; Pia Hakkari, especialista do departamento de educação de Vantaa apresentou a forma como o sistema educativo finlandês se organiza para dar respostas eficazes aos alunos emigrantes que chegam ao país. Seguiu-se um debate e confronto de ideias tendo em conta as especificidades de cada escola /país relativamente à temática abordada. No final do dia, acompanhados por paisagens de um branco sem fim, a estrada levou-nos até Porttikallio, um espaço destinado à prática de ski ,onde o grupo pôde pôr à prova as suas habilidades físicas. Nuutarjavi, uma vila famosa pelas suas fábricas de vidro, recebeu todas as comitivas no terceiro dia. Cami-

nhando cautelosamente pelas suas ruas, visitámos o Museu local dedicado a todas as atividades que envolvem o fabrico do vidro. Apelando à nossa criatividade ainda pudemos criar uma peça em vidro na fábrica local e apreciar todo o processo de produção por parte de profissionais. Durante a tarde, ainda houve tempo para que os coordenadores dos projetos se reunissem. Nesta reunião, monitorizou-se atividades, avaliou-se o impacto dos diversos trabalhos desenvolvidos pelos alunos do projeto nas suas aprendizagens e acertou-se detalhes da mobilidade a Espanha em maio. O dia estava prestes a terminar, mas ainda houve tempo para experimentar a verdadeira sauna finlandesa que culminou, para alguns corajosos, com um banho no lago gelado. A mobilidade tinha chegado ao fim. Fica o conhecimento e o enriquecimento pessoal e profissional. Ficam as memórias. Perduram os laços de amizade, os sorrisos e os afetos tão importantes nos dias de hoje. Prof.ª Helena Sofia Barroso


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Em destaque

Na passada terça-feira, dia 15 de março, realizou-se, na sala de espelhos da ESMS, um workshop de valsa vienense, promovido pelo Projeto Erasmus+ Manifold Europe em articulação com o projeto Desporto Escolar Comunidade. Este workshop, dinamizado pelo Professor Ricardo Lopes, visava divulgar um dos aspetos da cultura austríaca, nomeadamente a valsa, e contou com o apoio dos alunos Duarte Neiva, Margarida Costa, Matilde Oliveira e Vitória Fernandes. A valsa vienense, ao contrário do que se pensa, é diferente da valsa normal, já que é mais rápida e não tem pausas e, para além disto, acredita-se que teve origem no ano de 1787, o que a torna a mais antiga de todas as danças de salão. Os participantes tiveram a oportunidade de dançar ao som da música e de aprender os seus passos típicos, como, o passo base, a roda e a posição fechada. No final, os presentes deliciaram-se com a coreografia realizada pelo par de bailarinos, Margarida Costa e Duarte Neiva. Matilde Oliveira, 10º CT6

Este workshop foi dinamizado pelo Professor Ricardo Lopes e contou com o apoio dos alunos Duarte Neiva, Margarida Costa, Matilde Oliveira e Vitória Fernandes.

Multimédia ESMS

Workshop Valsa Austríaca


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Em destaque Vídeo retrospetivo: https://youtu.be/vj8skLPFbag

Opiniões Na passada terça-feira, dia 15 de março, o grupo do projeto Erasmus+ teve a oportunidade de participar num workshop de valsa vienense, orientado pelo professor Ricardo Lopes. Na minha opinião, esta atividade foi muito dinâmica e interativa. De certo modo permitiu até um melhor conhecimento de alguns costumes da região, promovendo a multiculturalidade. Eu gosto muito de dançar e, assim, foi ainda mais cativante participar neste workshop. Obrigada pela oportunidade! Ana Luísa Pinto, 12ºCT4

Uma experiência para a vida! Fiz parte do par principal, tendo assim ensaios anteriores à apresentação, onde aprendi mais um pouco sobre este tipo de dança, as suas diferentes variações e estilos. Deixei-me envolver e achei-a muito interessante, devido ao contexto onde foi apresentada. Parte da diversão e concretização conseguida foi graças ao professor Ricardo Lopes que nos acompanhou durante este processo. Em suma, das mais divertidas experiências que tive neste projeto. Duarte Neiva, 11º CT2

As atividades proporcionadas pelo Projeto Erasmus+ não param de me surpreender e maravilhar! Esta terça feira tivemos a oportunidade de participar num workshop de valsa vienense. Como adoro dançar, foi uma experiência fantástica para mim. Mal posso esperar pela próxima! Filipa Barroso Teixeira, 11º CT2

Gostei muito da atividade, desta forma conseguimos conhecer melhor a cultura vianense! Acho que devíamos realizar atividade assim mais vezes, mas para diferentes países! Obrigada pela experiência! Lara Rafael,10ºCT6

Relativamente à atividade de valsa vienense eu gostei muito, foi uma atividade bastante interativa e divertida. Fez muito sentido, uma vez que estamos a trabalhar a cultura austríaca

e aprendi muito, pois nunca tinha dançado este estilo de dança. Leonor Sousa, 12º CT4

A atividade da valsa vienense foi bastante interativa e divertida. Pessoalmente, sou uma pessoa que gosto muito de dançar, adorei ter aprendido um tipo de dança novo. Por mais atividades assim! Luana Gomes 12CT4

Mais uma atividade enriquecedora para todos nós, valsa vienense uma dança muito bonita e engraçada de aprender. O projeto Erasmus surpreende-me sempre pela positiva com atividades diversificadas e diferenciadas. Mais um momento para relembrar neste projeto.

"1,2,3,4,5,6]' "E novamente, 1,2,3,4,5,6!" "Seis tempos tem a frase musical da valsa!" Pé direito inicia. Okay. Não. Afinal é o esquerdo! "Transfere o peso!" Ao ritmo marcado das palavras do professor Ricardo Lopes, avançámos em passos inibidos e desajeitados. E, incrível, sem pisadelas. "O homem comanda!" "Prepara a volta! Gira!" Perfeito! Não muitos minutos depois conseguíamos já o passo base e comunicar através dos sinais gestuais característicos das danças clássicas, dando quartos de volta e rodopiando ao som da orquestra. Foi mais uma excelente oportunidade para conhecer um pouco mais da tradição austríaca. Matilda Branco,11ºAV1

Luís Pereira ,11ºCT2

O workshop que se realizou, no dia 15 de março, sobre a Valsa Vienense, foi deveras interessante e construtivo tanto para mim como creio que para todos os que nele participaram. Tivemos a oportunidade de explorar outras culturas, e de aprender como outras sociedades celebram e dançam. Do meu ponto de vista mais pessoal, afirmo com clareza que esta atividade foi bastante caricata e desafiante, na medida em que, com a avultada ajuda do professor Ricardo Lopes, o qual sempre se disponibilizou para nos ajudar e apoiar, conseguimos, tanto eu como o Duarte, aprender mais detalhadamente qual o mecanismo desta dança de salão! Concluindo, creio que esta Valsa Vienense proporcionou a todos um momento deveras divertido!! Foi um desafio verdadeiramente encantador!

Gostei muito da atividade, deu para ficar a conhecer mais sobre a cultura vienense e a melhorar os nossos passos de dança. Rita Sampaio,10º CT6

Eu acho que o workshop foi muito divertido e uma ótima maneira de aprender um pouco mais sobre a cultura da Áustria! Vitória Fernandes, 10º CT6

Margarida Costa, 11ºCT2

Depois da oportunidade super animada, em fevereiro, de conhecer os bastidores do carnaval de Ovar, o projeto Erasmus+ Manifold Europe proporcionou, em março, um momento dinâmico e interativo, desta vez relacionado com a cultura austríaca. Os primeiros passos a arte da valsa.

notícias da esms em: www.esmsarmento.pt


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Os Professores da ESMS Ana Maria Silva, Diretora da ESMS Pelo segundo ano consecutivo tudo começou de forma diferente! A sensação permanente de que nada parou para o merecido descanso. A ausência de interrupção entre o fim de um e o início de outro ano letivo, faz com que o frenesim característico do início não seja percetível com a intensidade que o caracterizava. Aquele ar de cheiro a novo ano já não paira no ar! Nunca de cá saímos. Apesar de aulas começarem em setembro, a preparação do ano letivo começou muito antes, quer pelas escolas, quer pelas famílias. Durante o tempo de descanso tudo na televisão anunciava que o novo ano letivo ia começar e que era muito importante adquirir os materiais, os materiais daquelas marcas, para que o sucesso fosse possível, sendo ainda condição para fazer novos amigos e ser popular. Como se isso fosse o que é importante na escola! Em contrapartida, as notícias sobre os professores surgem relacionadas com a precariedade do trabalho, fruto de vínculos como contratados, ano após ano o que se traduz em mudanças permanentes no trabalho desenvolvido nas escolas que se deseja

de qualidade e de continuidade. Os professores são o pilar da escola Será que este ano a televisão vai dar mais destaque à comemoração do Dia Mundial do Professor, a 5 de outubro? Este dia quase que passa despercebido, mesmo dentro das próprias escolas, não fosse pelo facto de ser um dia de feriado nacional e, consequentemente, sem aulas. Esta comemoração foi proposta pela UNESCO, que reconhece que sem professores “Não pode haver nem desenvolvimento durável, nem coesão social, nem paz”. Eles são o pilar da Escola. Os professores, apesar de diferentes na sua postura, na sua forma de ser e estar, nas estratégias de aprendizagem que utilizam, e mesmo nas suas convicções, têm em comum a capacidade de transferir conhecimento e valores para os seus alunos, pois as suas diferenças não comprometem a sua missão: educar os alunos, preparando-os para a vida profissional e formando cidadãos com pensamento crítico. Há professores mais simpáticos, outros mais distantes, mas todos estão disponíveis para os alunos independentemente da marca de roupa que vestem, ou dos materiais que utilizam. Hoje ser professor é quase uma profissão de risco, como refere Alice Vieira num dos seus textos. Mas a dedicação, a disponibilidade permanente, o gosto pelo trabalho que se faz, o sentido de humor (por vezes não compreendido) faz com que muitos alunos sintam que eles estão lá para eles, pois nunca sabemos quando um aluno precisa de nós. Os professores da ESMS são o elemento decisivo dentro da sala de aula Na Escola Secundária Martins Sarmento (ESMS), neste início de ano letivo, foi assim que apresentamos os professores aos novos alunos. Eles são parte ativa da equipa de trabalho que é a turma de cada aluno. Os resultados dos alunos vão depender das

suas ações, do seu empenho e da coragem de fazer as escolhas certas ao longo do ano. E os professores estão lá para os ajudar no caminho que agora se inicia. Nós acreditamos que os professores da ESMS ajudam os seus alunos a serem persistentes, para que sejam capazes de não desistir perante os obstáculos ou dificuldades de aprendizagem e, sobretudo, ajudam os alunos a concretizar o seu sonho no final do seu percurso na ESMS. Como seria bom que em Portugal se desenvolvesse a tradição de confiar nos professores. Para além dos conhecimentos científicos, os professores cultivam a formação humana dos seus alunos ajudando-os a ultrapassar dificuldades. Os tempos de pandemia e as novas formas de aprender e ensinar foram disso a prova, e os professores da ESMS deram prova que que nunca desistem dos seus alunos. “Agradecemos a todos aqueles que ensinam nas escolas. Educar é um ato de amor, é como dar a vida” (@Pontifex_pt). E nós na ESMS damos vida e continuamos a ser asas para os nossos alunos encorajando-os a voar. E os seus professores são os elementos decisivos na sala de aula. In Correio do Minho, 30 de setembro de 2021


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A Modernização da ESMS Ana Maria Silva, Diretora da ESMS “Hoje não fazemos ideia de como a Europa ou o resto do mundo vai ser em 2050. Não sabemos o que as pessoas farão como trabalho, não sabemos como serão as relações de género, as pessoas poderão viver muito mais do que hoje e o próprio corpo humano pode sofrer uma revolução sem precedentes graças à bioengenharia e a interfaces diretas entre cérebro e computador. Consequentemente, pela primeira vez na história, não fazemos ideia do que ensinar às crianças na escola ou aos estudantes na faculdade. Em 1017, os pais ensinaram aos seus filhos como plantar trigo, como tecer lã, ou como ler a Bíblia e era óbvio que essas capacidades ainda seriam necessárias em 1050. Pelo contrário, a maior parte do que as crianças aprendem hoje na escola será irrelevante em 2050.” (Harari, Yuval. In Diário de Notícias, maio de 2017). Com este pano de fundo, e pelo segundo ano consecutivo em pandemia, como criar condições de ensino e aprendizagem eficazes e poderosas para conseguirmos influenciar a qualidade de ensino e, consequentemente, das aprendizagens na ESMS? Como criar um ambiente motivador e de compromisso na ESMS que seja facilitador de melhores aprendizagens em que os seus profissionais consigam ensinar o que é pertinente e ensinar a enfrentar a incerteza, preparando, desta forma, os alunos com as aptidões necessárias para a vida? Equipar para transformar e melhor aprender Na sua carta de missão, a Diretora assumiu o compromisso de estabelecer procedimentos eficazes de gestão administrativa relativamente aos recursos materiais e financeiros para, assim, garantir verbas para a criação de condições de ensino podendo, desta forma, ainda que indiretamente, influenciar as aprendizagens. Continuamos a apetrechar as

(...) pelo segundo ano consecutivo em pandemia, como criar condições de ensino e aprendizagem eficazes e poderosas para conseguirmos influenciar a qualidade de ensino e, consequentemente, das aprendizagens na ESMS? Como criar um ambiente motivador e de compromisso na ESMS que seja facilitador de melhores aprendizagens em que os seus profissionais consigam ensinar o que é pertinente e ensinar a enfrentar a incerteza, preparando, desta forma, os alunos com as aptidões necessárias para a vida? salas de aula, incluindo as salas específicas, com projetores multimédia, telas e computadores. Renovamos os computadores de uma das salas afetas ao Curso Profissional de Programação e Gestão de Sistemas Informáticos; adquirimos equipamentos para os diferentes cursos profissionais; os equipamentos dos laboratórios, dos espaços desportivos e da Biblioteca, continuaram a ser reforçados. Os projetos em desenvolvimento na escola são contemplados com verbas para a concretização das suas atividades. Os computadores afetos aos espaços de trabalho dos profissionais da ESMS continuam a ser renovados. Continuamos a nossa política de sustentabilidade trabalhando para que toda a comunidade ESMS continue a conviver e a viver de acordo com as novas exigências procedendo à substituição de lâmpadas em diferentes espaços da escola por lâmpadas LED. A colocação de ecopontos em quase todas as salas contribuiu para uma maior consciência coletiva sobre a necessidade de reciclagem. Toda a nossa atenção esteve, e continua a estar, centrada nas pessoas e na resolução dos problemas que as afetam. É com naturalidade que adquirimos novos agasalhos para os assistentes operacionais que estão

mais expostos ao rigor do inverno e, porque a pandemia não terminou, continuamos a garantir todo o material de proteção e limpeza necessário em todos os espaços escolares. Mas acima de tudo acreditamos que estamos a criar as condições para que todos os que trabalham na ESMS sintam um clima organizacional facilitador das mudanças que a escola do século XXI exige de todos nós. Queremos acreditar que estamos a organizar a escola para a renovação das aprendizagens que, nas palavras de Zygmunt Bauman, são cada vez mais líquidas, como o tempo em que nos movimentamos.

Acede ao nosso canal, subscreve-o e poderás assistir aos vídeos e conteúdos relacionados com a nossa escola!


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A ESMS na voz dos alunos Ana Maria Silva, Diretora da ESMS

A ESMS procura proporcionar aprendizagens significativas aos seus alunos, incentivando a sua participação e corresponsabilização. Ao longo do ano letivo, são criados espaços para que os alunos possam exercer uma cidadania plena, ativa e criativa, numa lógica de compromisso pela vida da escola. O Conselho EcoEscola tem sido esse espaço em que a voz dos alunos da ESMS se faz ouvir e onde lhes é possível tomar decisões livres e fundamentadas e, desta forma, intervir na vida da escola. Ano após ano, os seus membros mostram que dispõem de capacidades para participar de forma cívica, ativa, consciente e responsável, procurando as melhores soluções para os problemas com que são confrontados. Sobretudo, a ESMS vai tomando as melhores decisões ajustadas aos seus principais destinatários e com quem vai beneficiar delas O Conselho Ecoescola em ação No dia 10 de dezembro, o Conselho reuniu para debater a eficiência energética da escola e a política de reciclagem. Em conjunto, analisaram-se situações, questionaram-se procedimentos, definiram-se estratégias e decidiram-se as medidas a implementar. Foi possível desenvolver a consciência da realidade escolar e, sobretudo, perceber que podem influenciar a organização escolar.

Ao refletirem sobre assuntos com relevância para a sua vida escolar, estão a desenvolver competências para uma cultura de democracia através da apresentação e da procura de soluções para a defesa e consolidação dos Direitos Humanos, nomeadamente dos de terceira geração. Nós acreditamos que o direito ao desenvolvimento e o direito a um meio ambiente saudável são direitos inalienáveis a que todos os jovens devem ter acesso, sendo chamados à sua construção. Os alunos da ESMS e a Associação de Estudantes A Associação de Estudantes é outro espaço em que os alunos fazem ouvir a sua voz na ESMS. Anualmente, promovemos a constituição da Associação de Estudantes capacitando os alunos sobre o modo de organizarem listas, a forma de apresentarem o seu programa eleitoral, a organização do debate e a forma como se processam as eleições. A campanha para a eleição da Associação de Estudantes 2021-2022 decorreu de 10 a 12 de novembro e o ato eleitoral teve lugar no dia 15 de novembro. Acreditamos que a participação dos alunos neste processo é fundamental, pois só desta forma os vencedores poderão sentir que representam os alunos da escola. Assim, e pelo segundo ano consecutivo envoltos numa situação de pandemia, tudo fizemos para que os alunos se pudessem constituir em Associação Mais uma vez, o ponto alto da campanha foi o debate no polivalente da escola, que aconteceu no dia 12 de novembro. Apesar dos cuidados que revestiram todo o evento, os alunos puderam debater as ideias dos programas eleitorais das listas que se apresentaram a sufrágio. As questões colocadas permitiram não só refletir e partilhar opiniões, mas também firmar compromissos com os eleitores. Mais uma vez, assistimos a um debate de escola e não a um mero debate dirigido aos membros das listas

concorrentes. Ao constituírem-se em Associação, os alunos entram numa aventura que lhes permite crescer enquanto alunos e enquanto pessoas conscientes e comprometidas, capazes de fazer parte da aldeia global em que vivemos. Juntos trabalhamos para engrandecer e dignificar a nossa escola. E o Pregão perpetua a sua voz O Jornal o Pregão é outro espaço em que os alunos fazem ouvir a sua voz. Duas vezes por ano, o Pregão faz eco dos testemunhos, dos sonhos e dos anseios dos alunos da ESMS. Sempre que o folheamos vemos páginas repletas de atividades, encontros, imagens, desenhos, relatos, … histórias que se vão contando e que ilustram o trabalho de todos os que fazem parte da nossa comunidade escolar. E a forma brilhante como os alunos se fazem ouvir mostra-nos a qualidade do que se aprende e do que se ensina na escola a que nos orgulhamos de pertencer. In Correio do Minho, 20 de janeiro de 2022

acompanha a página da esms no facebook


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Leituras e recuperação de aprendizagens na ESMS Ana Maria Silva, Diretora da ESMS Não é possível pensar a escola sem fazermos uma incursão pelos efeitos que a pandemia Covid-19 deixou nos nossos alunos, ao longo dos dois últimos anos letivos. Desengane-se quem quer trabalhar com jovens como se nada tivesse acontecido. Eles estão diferentes. Em setembro de 2004, a revista Pública publicou um artigo de Clara Viana intitulado “O cérebro deles está a mudar?”. De acordo com o artigo, “a desatenção [seria] não um sintoma de uma doença, mas sim uma marca geracional, ou até mesmo civilizacional”, em que “a exposição muito precoce aos ecrãs, sobretudo à televisão, com as suas muitas imagens rápidas e variadas, [poderia] estar a condicionar o seu cérebro a só aceitar um alto nível de estimulação”. Se pensarmos no nível de estímulo a que os cérebros dos nossos alunos estiveram sujeitos durante o E@D, dia após dia em frente a um ecrã, nas diferentes disciplinas, não nos surpreendemos com as dificuldades que estão agora a enfrentar. Neste regresso ao ensino presencial, queremos alunos com períodos de atenção mais longos, capazes de terem raciocínios analíticos e com capacidade de exprimirem as suas ideias a um nível complexo. Propomos tarefas que exigem concentração e tempo. E muitos alunos estão a ter enormes dificuldades em corresponder a estas exigências. E é com eles que queremos trabalhar E é de tempo que todos os que trabalham em educação necessitam, para que que os alunos voltem a dar sentido ao trabalho, para que a informação tão fácil de aceder se transforme em conhecimento. A sociedade sempre acelerada em que vivemos, que não cria espaço para pensar e refletir, dificulta a formação de estruturas mentais que possibilitem a formação de pensamentos complexos ou a capacidade de abstração. Parece

estar a chegar o tempo em que será necessário controlar o acesso ao telemóvel e ao computador, para que os jovens se consigam concentrar, o que contraria o movimento do digital em que nos vemos quase que submersos. Tudo à nossa volta parece girar em torno de competências digitais e até a escola parece querer tornar-se digital. Inger Enkvist, pedagoga e professora catedrática emérita da Universidade de Lund, na Suécia, refere que, para aprender, os jovens precisam de estar bem sentados, de olhar em frente, de ter papel e lápis e de se concentrar. E ler, e discutir sobre o que se lê. Talvez esteja na hora de voltar à escola mais tradicional em que se possa dar prioridade à disciplina, ao esforço e à autoridade do professor. Mas hoje parece que vamos à escola para fazer atividades e não para estudar. Como conseguir que a escola seja esse lugar de estudo, de motivação, de prazer de aprender e em que se confia no professor? Somos uma escola a ler para dar sentido ao aprender Mais do que nunca, sabemos que, enquanto profissionais de ensino, temos de ser capazes de mostrar uma grande flexibilidade comportamental para estar ao lado dos alunos na conquista dessa escola e superar as dificuldades que possam surgir na construção do conhecimento. Neste contexto, aceitar o desafio da “Escola a Ler” como estratégia para a recuperação de aprendizagens parece natural, quer para os alunos, quer para os professores da ESMS. As atividades “O livro sempre à mão” ou “10 minutos a ler” são desafios que lançamos a todos os alunos, pois sabemos que a leitura propicia momentos de concentração, de emoção e permite, de forma sustentada, melhorar as aprendizagens a longo prazo. E, sobretudo, sentimos que a Leitura na ESMS vai acontecendo de forma na-

(...) Mais do que nunca, sabemos que, enquanto profissionais de ensino, temos de ser capazes de mostrar uma grande flexibilidade comportamental para estar ao lado dos alunos na conquista dessa escola e superar as dificuldades que possam surgir na construção do conhecimento. Neste contexto, aceitar o desafio da “Escola a Ler” como estratégia para a recuperação de aprendizagens parece natural, quer para os alunos, quer para os professores da ESMS.

tural. A leitura é o tempo para articular conhecimentos e consolidar aprendizagens com prazer. E todos podem ter “O Direito de Ler Não Importa o Quê”, “O Direito de Ler Não Importa Onde”, “O Direito de Saltar de Livro em Livro”, “O Direito de Saltar Páginas”, “O Direito de Não Acabar um Livro” (In, Direitos Inalienáveis do Leitor de Daniel Pennac, 1993). O que nós queremos é que os nossos alunos continuem a ler sempre com emoções e contrariem a sociedade acelerada em que vivemos. In Correio do Minho, 17 de fevereiro de 2022


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Notícias

• 12ºCT6 e 12ºCT8

Alunos da ESMS na Web Summit No dia 3 de novembro de 2021, os alunos das turmas 12ºCT6 e 12ºCT8 realizaram uma visita de estudo a Lisboa, com o intuito de visitar o famoso evento Web Summit, que ocorre anualmente desde 2009, no Altice Arena, e que reúne alguns dos nomes mais conceituados nas áreas da tecnologia, empreendedorismo e inovação. No ano anterior, devido à situação pandémica, não foi possível efetuar este evento presencialmente, pelo que se teve de recorrer a uma solução em formato digital. Felizmente, este ano, os parâmetros normais foram restituídos, tendo sido tomadas todas as precauções necessárias (uso obrigatório de máscara dentro do recinto, por exemplo), o que nos permitiu disfrutar das apresentações dos vários oradores, com toda a segurança. No dia em que comparecemos, terceiro dia do evento, os discursos centraram-se especialmente no tema das redes sociais, tendo este sido contextualizado de acordo com o tópico específico que cada orador abordou. Podemos realçar a apresentação da co-fundadora do movimento Black Lives Matter, Opal Tometi, que nos mostrou de que forma as redes sociais tiveram impacto na divulgação deste movimento e

de que forma o possam ter prejudicado. Os influencers Sarati Callahan e Caspar Lee também nos captaram a atenção ao explicarem de que maneira as redes sociais se podem tornar um negócio lucrativo. Por fim, a nosso ver, foi deveras interessante a exibição de Chris Cox, o chefe de produtos do Facebook, que explicou a transição desta enorme empresa para a atual Meta. Para concluir, é relevante referir que, tais como estes, muitos outros oradores tornaram esta visita extremamente marcante e

enriquecedora, devido, não só ao conteúdo das suas apresentações, que nos permitiu adquirir mais conhecimentos, mas também devido à forma como o expuseram. De facto, foram capazes de manter o nosso interesse pelos temas através das suas excelentes capacidades comunicativas. Mafalda Monteiro e Maria Inês Natal, 12º CT8

Uma experiência enriquecedora que nos proporcionou o contacto com o mundo do trabalho A WebSummit, realizada anualmente desde 2009, é o maior evento de tecnologia, empreendedorismo e inovação da Europa. Esta conferência atrai uma lista variada de oradores à escala mundial e inspira os participantes. Embora seja frequentemente associada a uma vertente tecnológica, nesta conferência são também discutidas outras temáticas como marketing, media, lifestyle, sociedade, tempos atuais e desenvolvimento de negócios. Em 2020, a WebSummit foi realizada em formato digital devido à situação pandémica, mas este ano foi possível realizar esta edição presencialmente entre os dias 1 e 4 de novembro, em Lisboa. A experiência por nós vivenciada constituiu uma oportunidade única de contac-

tarmos com os maiores empreendedores que, devido a toda a sua visão, criatividade, trabalho e genialidade, marcam o mundo. Apesar de termos comparecido apenas no terceiro dia do evento, pudemos assistir a inúmeras palestras que abordaram temáticas atuais como o racismo (tema abordado pela co-fundadora do movimento Black Lives Matter (BLM), Opal Tometi) e a desigualdade de género, temática abordada por Catarina Furtado (embaixadora do Fundo de População das Nações Unidas) e Sofia Nunes (co-fundadora da Mambu). Foi também extremamente interessante e merecedor da nossa atenção a presença da Kate Swanborg, vice-presidente sénior de tecnologia de comunicação da DreamWorks Animation. Esta deu-nos a conhecer uma

parte do que é trabalhar nesta empresa e partilhou connosco informações surpreendentes como a quantidade média de ficheiros necessários para fazer um filme: 50 mil milhões. Para além disto, esta visita de estudo contribuiu também para promover interações entre os alunos e os professores, sendo importante destacar o excelente ambiente vivenciado por todos. Em jeito de conclusão, esta participação na WebSummit foi, de facto, enriquecedora, tendo-nos proporcionado o contacto com o mundo de trabalho numa área que nos desperta interesse. Mónica Camelo, 12º CT6


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→ Educação Ambiental

Alunos da Martins Sarmento participam na plantação de um milhar de espécies autóctones em floresta urbana de Guimarães No passado dia 5 de novembro, decorreu uma ação de plantação de um milhar de espécies arbóreas e arbustivas autóctones, numa área de 800 m2, junto à Ecovia, na rotunda próxima da estação da CP, que contou com a participação dos alunos da turma 10º CT2. Esta plantação, promovida pelo Laboratório da Paisagem, no âmbito do projeto Limp.AR, enquadra-se no projeto de cidadania e desenvolvimento da turma, que em articulação com o projeto Eco Escola, pretende dar resposta à necessidade de promovermos a melhoria da qualidade do ar e do ruído nos centros urbanos, fomentando a integração da vegetação. Estas floresta densas, introduzidas em espaço urbano, apresentam crescimento rápido, alta taxa de absorção de dióxido de carbono e funcionam como barreiras sonoras. No total foram plantadas 300 árvores e 700 arbustos, de 12 espécies distintas, entre castanheiros, carvalhos, medronhei-

Esta plantação foi promovida pelo Laboratório da Paisagem, no âmbito do projeto Limp.AR.

ros, freixos, entre outros. Para os alunos do 10º CT2 foi um exercício de cidadania ativa, cujos frutos fica-

→ 11º AV1

rão preservados no seu futuro pessoal e comunitário.

Dia da floresta autóctone No passado dia 23 de novembro, no âmbito do projeto Eco-escola, realizou-se uma atividade para comemorar o dia da Floresta Autóctone. Os alunos Diogo Cardoso, do 1º PS e Pedro Abreu, do 11º AV1 plantaram no jardim da nossa escola, uma árvore denominada pilriteiro - a árvore do coração. Os alunos executaram esta tarefa, contando a preciosa ajuda do Sr. Carlos, utilizando ferramentas adequadas, nomeadamente uma enxada e uma pá para abrir um buraco, onde colocaram folhas velhas no fundo e a raiz da planta por

cima, cobrindo-a com terra e regando-a, no final. Os alunos irão acompanhar o crescimento desta árvore, que embelezará, com sua flor branca e os seus frutos vermelhos, o jardim da escola e contribuirá para uma maior renovação do ar. Para que isso aconteça, terão de a tratar com muito amor e carinho. Pedro Abreu, 11º AV1 e Diogo Cardoso, 1º PS

Profª Gisela Freitas


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→ Biologia

Ginkgo biloba, “fóssil vivo” da escola As árvores de Ginkgo existem há mais de 150 milhões de anos, tendo surgido na era Mesozóica, convivido com os dinossauros e sobrevivido a intensas mudanças ambientais sem sofrer grandes alterações, como disso dá testemunho os fósseis de diferentes espécies de Ginkgo encontrados numa mina de carvão na região centro da China, que datam de há 170 milhões de anos. Hoje, apenas uma espécie do gênero Ginkgo persiste: Ginkgo biloba, cujas árvores são consideradas fósseis vivos. “Fóssil vivo", é uma designação inicialmente usada por Charles Darwin, que embora não corresponda à de fóssil no sentido geológico do termo, aplica-se a organismos atuais pertencentes a grupos biológicos que, no passado geológico, foram muito mais abundantes e diversificados que na atualidade, sendo morfologicamente similares a organismos dos quais apenas há conhecimento através do registo fóssil. Também conhecida como nogueira-do-japão ou árvore-avenca, esta espécie era já considerada extinta na natureza, quando foi encontrada uma pequena população nas montanhas de Dalou, no sudoeste da

China. Ao longo dos anos a espécie tem vindo a ser disseminada por todo o planeta, tendo a nossa escola oferecido já inúmeros exemplares a outras escolas, instituições e particulares. Atualmente, apesar de abundante em ambiente urbano, a espécie é ainda considerada ameaçada, por existirem poucos exemplares na natureza. Espécie dióica (com árvores masculinas ou femininas), apresenta folhas em forma de leque com um sulco a meio que as divide em duas partes/lóbulos – caraterística que justifica o “biloba” do seu nome científico. As suas folhas verdes, adquirem no outono um belo e intenso amarelo dourado, antes da sua queda. Também nessa época as árvores fêmeas apresentam pequenos frutos redondos que por conterem ácido butírico, possuem um odor desagradável. A incrível capacidade de sobrevivência destas árvores ao bombardeamento de Hiroshima e Nagasaki justificou o interesse global pela Ginkgo biloba. A sua anormalmente elevada capacidade de resistência a insetos, fungos, vírus, níveis de poluição, seca, frio, radiação, passagem do tempo

(podem viver por mais de mil anos), tornou-as alvo de intenso estudo científico, sendo atualmente utilizadas pelas suas propriedades medicinais, nomeadamente no melhoramento da função cognitiva e metabólica.

A nossa escola possui 6 belos exemplares de Ginkgo biloba, três machos e três fêmeas. Consegues encontrá-los? Profª Gisela Freitas

→ Projeto Cidadania e Desenvolvimento

Pôr as mãos nas embalagens! A turma de Comércio do 1º ano, no âmbito do projeto Cidadania e Desenvolvimento, juntou-se ao programa Escolas Recicla+ e fez a diferença! Como resultado de uma reflexão sobre a sustentabilidade ambiental do planeta, desenvolveu dois trabalhos de criação artística. Nenhum aluno se considera artista, mas todos sentiram necessidade de alertar para a necessidade e urgência de reciclarmos as embalagens usadas. Assim, deram nova vida aos resíduos de vários materiais

(plástico, metal, pacotes de bebidas, vidro e/ou papel e cartão) e chamaram a atenção para o impacto negativo de não aderirmos à reciclagem das embalagens. As peças criadas além de endereçarem o tema da sustentabilidade podiam ter temas alternativos e complementares, por exemplo, abordagem de um aspeto social. Almejando a construção de um mundo melhor para a Europa e para o planeta, um grupo escolheu como tema a Inclusão, “+ Ramps, -Stairs” e outro o Bullying, “Diz

não ao Bullying!” Reciclar, para o 1º PC, é na Boa! Sigam o nosso exemplo! 1º PC


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→ Curso Profissional de Técnico Comercial

O gosto pelo marketing e publicidade Os alunos das turmas dos 10.º, 11º, 12º anos do Curso Profissional de Técnico Comercial, participaram no dia 9 de fevereiro de 2022, no evento VII Olimpíadas de Marketing e Publicidade. Este evento realizado via Zoom, através da ferramenta tecnológica do Koot, pretendeu incentivar e reforçar o gosto pelo marketing e publicidade, assim como, reforçar as competências adquiridas nas disciplinas técnicas do curso. Parabéns a todos os alunos pela participação, demonstraram entusiasmo, empenho e espírito de grupo. Prof.ª Margarida Carvalho

→ Curso Profissional de Técnico de Multimédia

A Alegria do 1º PM Tudo começou no dia 19 do mês de outubro. Foi-nos oferecida uma planta à qual decidimos chamar Alegria. Para falar verdade, ficamos com um bocado de receio de adotar esta planta, pois não somos uma turma propriamente responsável, mas, mesmo assim, aceitamos o desafio que nos foi proposto para podermos mostrar que, quando queremos fazer algo de bom, nós conseguimos. Tudo corria como planeado. Na primeira semana, foi a delegada que ficou incumbida de prestar todos os cuidados para que a Alegria continuasse no seu perfeito estado... e conseguiu! No entanto, quando chegou a segunda semana, a Alegria ficou aos cuidados de outros elementos da turma, e as tarefas ficaram um pouco desorganizadas. Muitos alunos da turma deram-lhe demasiada água, o que fez com que esta fosse murchando, e o que piorou ainda mais a situação é que, entretanto, surgiu um fim de semana seguido de um feriado. Quando, terça-Feira, chegamos à sala, apercebemo-nos de imediato que ninguém tinha tratado da Alegria....estava completamente caída e murcha. Demos-lhe água com a esperança de a podermos salvar. No dia seguinte, estava como nova, toda alegre e já com flores. Esta nossa experiência está a ser muito

interessante, pois embora pareça ser uma tarefa simples, é, antes de mais, bastante delicada e, simultaneamente, gratificante. Agora, a nossa grande alegria é ver a Alegria florir. Ana Beatriz Martins, 1ºPM

notícias da esms em: www.esmsarmento.pt


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→ Projeto de Cidadania e Desenvolvimento e ‘Os Originais’

Lembrar o legado do Professor Adérito Freitas A turma do 1º ano de Multimédia abraçou o desafio de intervir no pequeno núcleo museológico de geologia da nossa escola. Este lugar, integrado no Espaço da Memória e do Conhecimento, situado no rés-do-chão da ESMS, entre o átrio de entrada e o refeitório, reúne um acervo de rochas, em parte cedido pelo Dr. Adérito Medeiros Freitas, licenciado em Geologia e antigo professor da escola, que dá o seu nome ao pequeno museu. Este geólogo, atualmente com 87 anos, nasceu na aldeia de Campo de Égua, no concelho de Valpaços. Deu aulas por todo o país e fez trabalhos de campo na área. Na nossa escola, lecionou durante 28 anos. Saiu da sala de aula para se reformar, mas não para cessar a atividade, pois, até aos nossos dias, continua a trabalhar na divulgação, salvaguarda e valorização do património geológico nacional. O projeto da turma, que aglutina Os Originais e o Projeto de Cidadania e Desenvolvimento, prevê a produção de uma entrevista, em vídeo, ao antigo docente, onde a turma procurará obter um testemunho pessoal acerca deste museu, e perceber um pouco do seu trabalho e as motivações pessoais por detrás de uma obra tão vasta. A entrevista será encarada, também, como uma aplicação de conteúdos relacionados com a componente prática do curso. Os alunos irão efetuar toda a produção da entrevista que vai desde uma investigação acerca do trabalho e da biografia do interveniente até à concepção técnica como o design de luz, o registo de som e a videografia, na fase da produção. A pós-produção envolverá as disciplinas de Técnicas de Multimédia, Projeto e Produção Multimédia e de Português. Para além da entrevista, a turma visitou o Centro de Interpretação do Românico, um Museu muito interativo, onde se fez um levantamento de algumas tecnologias presentes no museu que poderão ser replicadas na escola. O Centro de Interpretação do Românico, promovido pela Rota do Românico, abriu ao público em 2018, na vila de Lousada, distrito do Porto. Este projeto premiado distingue-se pelo arrojo da sua arquitetura con-

Os alunos produziram a entrevista que começou com uma investigação acerca do trabalho e da biografia do interveniente até à concepção técnica como o design de luz, o registo de som e a videografia, na fase da produção.

temporânea, mas igualmente pelas múltiplas experiências interativas proporcionadas pelos seus conteúdos museográficos. Este projeto solicitou a colaboração de alguns docentes de Geologia, que responderam ao desafio indicando os exemplares mais relevantes e que serão estudados pelos alunos. Também forneceram alguns conteúdos científicos que serão trabalhados através da multimédia como o som, fotografia e interatividade digital.

As várias equipas de trabalho, irão fotografar as rochas em mesas de estúdio de 360 graus. Para além disso, a turma irá conceber a identidade gráfica do espaço e realizar uma exposição científica de divulgação de algumas rochas do espólio do museu como as de quartzo, as vulcânicas, as parideiras e as graníticas. No final do ano, os alunos irão mostrar o resultado deste trabalho na V Mostra de Projetos, a realizar no dia 08 de junho. 1º PM


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→ 2º PGSI

A escravidão não é apenas uma relíquia histórica No âmbito do projeto de Cidadania e Desenvolvimento, a turma 2ºPGSI assinalou o Dia Internacional dos Direitos Humanos - 10 de dezembro - abordando o tema da escravatura moderna, proposto pela ONU, com uma exposição de cartazes que interpelasse os olhares e os fizesse pensar sobre as contradições do nosso mundo. Segundo a Organização Internacional do Trabalho, mais de 40 milhões de pessoas em todo o mundo são vítimas da escravidão moderna. Embora não esteja definida na lei, a escravidão moderna é usada como um termo abrangente para práticas como trabalho forçado, servidão por dívidas, casamento forçado e tráfico de pessoas. Essencialmente, refere-se a situações de exploração em que uma pessoa não pode recusar ou fugir por causa de ameaças, violência, coerção, engano e/ou abuso de poder. Além disso, mais de 150 milhões de crianças estão sujeitas ao trabalho infantil, representando quase uma em cada dez crianças em todo o mundo. O foco da ONU é erradicar as formas contemporâneas de escravidão, como o tráfico de pessoas, a exploração sexual, as piores formas de trabalho infantil, o casamento forçado e o recrutamento forçado de crianças para uso em conflitos armados. A par das formas tradicionais de trabalho forçado, como o trabalho em regime de servidão, existem formas mais contemporâneas de trabalho forçado, como os trabalhadores migrantes, que foram traficados para exploração na economia mundial, trabalho em servidão doméstica, indústria da construção, indústria alimentar e de vestuário, no sector agrícola e na prostituição forçada. Todo o ser humano nasce livre e igual em dignidade e direitos, tem a capacidade para gozar o direito e a liberdade sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, religião, sexo, língua, opinião política, classe ou de outra natureza. Simão Faria

Temos que tornar os direitos humanos uma realidade nos quatro cantos do mundo.

é fácil de encontrar. Para alguns, a vida ainda não sorriu!

André Abreu

Tiago Cunha

Julgar as pessoas sem as conhecer não é correto.

Vivo em Portugal há dois anos e nunca fui vítima de xenofobia. O mesmo não posso dizer de outros países onde já vivi.

André Magalhães

Costanzo Annichini

Os países mais pobres ainda são alvo de escravidão.

Vivemos no séc. XXI. O progresso não deveria ser apenas tecnológico, mas acima de tudo a nível de valores humanos.

Jacinto

Francisco Martins

Todos temos o direito de sermos o que quisermos. José Pedro

Está provado que sozinhos não conseguimos fazer muitas coisas, mas juntos tudo é possível! Eduardo Dumanovschi

O mundo não pode evoluir se nós não evoluirmos também. Fábio Pereira

O que define uma pessoa é o seu caráter e a sua inteligência, não a cor da pele ou a sua etnia. Todos somos iguais e devemos ter as mesmas oportunidades. Artur Pinto

Pedro Sousa

O que hoje se procura no mundo é paz. Não

a Igualdade de Género são fundamentais.

Se uma sociedade quiser evoluir e tirar o melhor partido de cada indivíduo, os Direitos Humanos e

Sim à Igualdade de Género! Sim aos Direitos Humanos! É muito triste constatar que vivemos num mundo cheio de preconceitos e desigualdades. Samuel Graça

Os países que acolhem os refugiados têm uma grande missão - ajudar a reconstruir a vida e a esperança de cada um. É um desafio aos valores humanos de solidariedade e um ato de amor ao próximo. É também uma oportunidade para cada um reconquistar os seus direitos. Paulo 2º PGSI


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→ Grupo de Matemática

"Dia Internacional do PI" e "Dia internacional da Matemática" No dia 14 de março, a ESMS comemorou o "Dia Internacional do PI" e "Dia Internacional da Matemática". No sentido de assinalar a data, o grupo de Matemática organizou algumas atividades alusivas ao número irracional “PI”. Todas as turmas e os docentes do grupo de Matemática da ESMS, estiveram envolvidos no trabalho de preparação das atividades, na dinamização das mesmas ou na participação enquanto público-alvo. Assim, as turmas dos Cursos Profissionais e os alunos da Educação Inclusiva realizaram a decoração dos algarismos da dízima do PI. Este trabalho foi exposto ao longo das escadas entre os pisos. Os alunos da turma 10AV2, do Curso de Artes Visuais, realizaram a decoração do número PI, sob orientação da professora Corália Moreira e pelo Diretor de Turma Vasco Gonçalves. Este trabalho foi exposto junto da Reprografia. Foram expostos vários cartazes, alusivos ao número irracional PI, em diversos locais da escola. Os alunos de várias turmas de 10º e 12ºanos, elaboraram marcadores para livros, que posteriormente foram plastificados. Os marcadores foram distribuídos pelas turmas e restante comunidade educativa. As turmas de 11º ano elaboraram PI-Mnemónicas e promoveram um Concurso. A turma do 3º ano do Curso Profissional de Restauração confecionou um bolo, alusivo ao PI, sob orientação da professora Miguela Carriço e do Chefe Luís. A partilha do bolo decorreu na sala dos professores, pelas 3:14pm (15h14m), numa clara alusão aos três primeiros algarismos que constituem este famoso número, acompanhado de um chá e com distribuição de marcadores de livros aos professores. As turmas 10CT1 e 10CT2 do curso de Curso de Ciências e Tecnologias realizaram sessões promotoras do conhecimento do número PI, dirigidas a várias turmas. Os professores José Faria e Jorge Faria, colaboraram com o grupo de Matemática, promovendo a projeção de vídeos alusivos

ao Dia do Pi, com a colaboração dos alunos do Curso Profissional de Multimédia, que passaram na TV da cantina. Além destas atividades, foi possibilitado a todos os elementos da comunidade educativa, uma viagem ao interior do PI, ou seja, que encontrassem qualquer sequência numérica na dízima do PI, como por exemplo, a data do seu nascimento, recorrendo a um computador. Esta atividade decorreu na Biblioteca da ESMS.

A atividade revelou-se muito gratificante, pela adesão e participação de todos e por permitir uma profícua articulação e uma bem-sucedida colaboração entre tantos elementos, que generosamente acederam a contribuir de diversas formas.


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Afinal, como surge este misterioso 3,14159…., do qual existem referencias desde a antiguidade, e até é comemorado internacionalmente?

O número π é o mais conhecido da história, o mais famoso, o mais estudado… Na Bíblia, em I Reis (7:23), é feita uma descrição que leva o leitor a considerar 3 para valor de PI. “Fez o tanque de metal fundido, redondo, medindo quatro metros e meio de diâmetro e dois metros e vinte e cinco centímetros de altura. Era preciso um fio de treze metros e meio para medir a sua circunferência.” No papiro egípcio de Rhind, uma das fontes matemáticas mais antigas, que os especialistas datam de cerca de 1650 a.C., encontra-se também uma referência indireta ao valor de como sendo, .

O PI é uma constante matemática que se obtém pela razão entre o perímetro de um círculo e seu diâmetro. Esta constante é considerada um número irracional, ou seja, uma dízima infinita não periódica.

Arquimedes de Siracusa (287-212 a.C.), considerado o cientista mais importante da antiguidade e um dos cérebros mais iluminados da história, usou processos geométricos bastante complexos obtendo, para a época, uma excelente aproximação para o valor de PI que estaria entre =3,140845….

→ Concurso de Matemática

e = 3,142857… Ptolomeu, que viveu em Alexandria aproximadamente no século III d.C., calculou PI baseado nos processos de Arquimedes, obtendo para PI o valor aproximado de 3,1416. Em 1424, Jamshid al-Kashi (1380 -1429), persa, determinou uma aproximação correta de PI com dezasseis dígitos. As referências ao número PI são imensas, muito haveria para dizer, e tudo seria pouco sobre este número que despertou e continua a despertar a curiosidade de muitos matemáticos, físicos, cientistas… . Em pleno século XXI já foi encontrada uma utilidade incontestável para o desenvolvimento decimal de PI, pois quando se deseja testar o funcionamento de um supercomputador, dá-se-lhe como tarefa uma coisa muito difícil de calcular, mas cujo resultado seja bem conhecido, as casas decimais de PI são a solução ideal. A todos, um Bem-Haja! Grupo de Matemática da ESMS

Concurso Matemática e Arte de Rua Alguns alunos das turmas no dia 12 de março de 2022, do 12º CT1 e CT2 participa- que estará patente ao público ram no concurso “Matemática até ao dia 25 de março de 2022 e Arte de Rua” - A Matemática e ficará também disponível em União com… apresentado em https://ucpages.uc.pt/ pela Sociedade Portuguesa cmuc/mat-arte-rua/,. da Matemática, em conjunto O tema do trabalho foi “Culcom o Centro de Matemática tura Matemática”. da Universidade de Coimbra. O mural apresentado tinha O concurso tinha como obje- como objetivo mostrar como tivo incentivar o interesse dos a matemática evoluiu, tal jovens pela Matemática, esti- como a própria Humanidade, mular a sua imaginação, valo- usando monumentos para rerizar o espírito criativo e a ca- presentar as civilizações egípJornal ‘O Pregão’ pacidade de inovação, promo- cias, chinesas, gregas e roonline: issuu.com/opregao vendo a simbiose entre a Ma- manas, bem como o Renasciimpresso: biblioteca e sala de temática e a Arte. O trabalho mento e a Era Moderna. Alguestudo consistiu na apresentação de mas descobertas notáveis, que Pede uma cópia impressa na um projeto de Mural sobre o podem ser identificadas na rereprografia. tema “A Matemática em União presentação das civilizações, Se pretendes ver publicado o teu com …” e a sua descrição. incluem o Teorema de Pitágoartigo ou trabalho no jornal da Entre os trabalhos submeti- ras na civilização grega, o priescola, envia-o para o email: dos a concurso, o trabalho dos meiro documento a represeno.pregao@esmsarmento.pt alunos da turma do 12º CT2, tar o Triângulo de Pascal e a David José Ribeiro, José Al- Derivação no Renascimento. berto Ribeiro e José Diogo FerProf.ª Maria Lúcia Pinto nandes, foi selecionado e integrou a exposição, inaugurada


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→ Visita a Lisboa

Mulheres de Coragem No passado dia 2 de novembro, as turmas 11ºLH3 e 11ºLH4 partiram em viagem, com destino à capital, para assistir a uma palestra do programa “Mulheres de Coragem no Palácio de Belém”, que decorreu no antigo Museu dos Coches, após a professora Ana Ferreira ter inscrito as turmas no dito programa. A viagem até Lisboa decorreu calmamente, com leveza e sorrisos, de modo que as cinco horas dentro do autocarro passaram num ápice, com o acompanhamento das professoras Ana Ferreira, Susana Ribeiro, Maria João Freitas e Anabela Frade. Chegados ao destino, as turmas puderam disfrutar da palestra liderada por Zia Soares, atriz e diretora artística do Teatro GRIOT, na sala principal do museu. A apresentação foi dinâmica, cativante e educativa, com bastante espaço para os alunos satisfazerem a sua curiosidade e fazerem perguntas à artista. Contudo, o ponto alto do evento foi certamente a visita do Presidente da República, professor Marcelo Rebelo de Sousa, que fez um pequeno discurso a elogiar a oradora e agradecer a presença de todos. No fim da palestra, os alunos puderam tirar fotografias com Zia Soares e com o Sr. Presidente, disfrutar de pastéis de Belém, cortesia da organização do evento, e dar um pequeno passeio pela cidade, antes de partir rumo a Guimarães. Esta visita a Lisboa proporcionou, para além do convívio tão precisado após dois anos sem atividades deste género, uma experiência educativa, que mostrou aos

alunos uma história de sucesso com origens diferentes da realidade a que estão habituados. Laura Vale, 11º LH4

→ Projeto de Cidadania e Desenvolvimento

Atividade “Natal Sustentável” No âmbito do Projeto de Cidadania e Desenvolvimento, a turma 10º SE2 e a Diretora de Turma, a professora Raquel Araújo, decoraram um pinheiro de Natal que foi exposto na Reprografia da Escola. Para tal, todos os alunos elaboraram enfeites com materiais reciclados, como por exemplo, cartolina e cápsulas de café. Os enfeites que sobraram foram colocados no pinheiro exposto na entrada da escola. Com esta atividade, os alunos pretenderam sensibilizar a comunidade escolar para a reciclagem, a reutilização de materiais e a preser-

vação do ambiente, apelando ao desenvolvimento de estratégias de prevenção de práticas desadequadas. Bárbara Mota, Bruna Fernandes e Susana Alves, 10º SE2

O ponto alto do evento foi a visita do Presidente da República, professor Marcelo Rebelo de Sousa, que fez um pequeno discurso a elogiar a oradora e agradecer a presença de todos.


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→ Cidadania, 11º SE2

Concurso Minho Young Chef Awards 2021 O Curso Profissional de Técnico de Cozinha e Pastelaria participou no Concurso gastronómico MYCA 2021. Este concurso é uma iniciativa de âmbito regional, que pretende valorizar a gastronomia minhota e classificar os seus protagonistas, elegendo o Chef mais jovem. A nossa escola participou, no dia 9 de fevereiro, nas meias-finais com os alunos Simão Regufe, na categoria de pastelaria, com o doce Bolinhol de Vizela, e Abu Sayed, na categoria de cozinha, com o prato Bacalhau à Moda de Braga. Os nossos alunos representaram, de forma exemplar e com profissionalismo, a nossa escola, tendo o aluno Abu Sayed passado à final, que decorreu no dia 10 de fevereiro. O vencedor, na categoria de cozinha, foi o aluno Tomás Marques da Escola de Hotelaria e Turismo de Viana do Castelo; na categoria de sala e bar, a vencedora foi a ex-aluna da ESMS, Joana Pereira; na categoria de Pastelaria, a vencedora foi a aluna Beatriz Coelho da ETAP Escola Profissional e vai representar Portugal à Noruega. Foi uma final muito intensa e, desde já, as nossas felicitações aos nossos alunos Abu Sayed e Simão Regufe e ao nosso Chef Luís Costa pelos seus brilhantes desempenhos. Prof.ª Paula Rocha

→ C&D

Women's Day Celebration 2022 Ladies First It was 28th February 1909, when the first International women's day was celebrated in the United States. And, it was only during 1975 when the United Nations started celebrating this day on 8th of March. Women’s Day designated by the United Nations is not just focused on spreading social and political awareness of women’s struggles around the world, but also on empowering the women fraternity, and appreciating and augmenting the role of women in the society. We invite you to meet some women who faced challenges and achieved their goals: Queen Elizabeth II, Jacinda

Ardern, Christine Lagarde, Marta Ortega, Maria Ressa, Ursula Van der Lyen, J K Rowling, Alexandria Ocasio-Cortez, Joana Carneiro, Simone Biles, Vivienne Westwood, Angelina Jolie, Paula Rego, Meryl Streep, Ana Botín, Cristina Ferreira, Leonor Beleza, Angela Merkel, Patrícia Mamona, Donna Strickland, Oksana Zabuzhko, and Olga Golodets, by watching the video “Ladies First” available on the ESMS FB and on Youtube. Pay more attention to gender equality and women’s rights, and mobilise people to play their role. 2ºPGSI


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→ 12º LH1

Visita de Estudo ao Porto No âmbito das disciplinas de Geografia C, História A e Sociologia, a turma do 12º ano LH1, da escola Martins Sarmento, no passado dia nove de dezembro, visitou a cidade do Porto, com o objetivo não só de conhecer os diversos espaços históricos e culturais, mas também de mobilizar conhecimentos adquiridos em sala de aula. A visita começou, na paragem de comboio, no Porto, com a observação da arquitetura da estação e compreensão da evolução dos meios de transporte ao longo da história. De seguida, a turma visitou o Café Majestic, um espaço onde se respira a história da cidade, nos anos vinte, e que deu palco a tertúlias políticas, a debates de ideias, a reuniões de diversos intelectuais. Uma visita que teve como principal objetivo, o conhecimento de um local histórico e cultural, reconhecendo a importância da globalização na visão de novas dinâmicas espaciais. Continuando o trajeto planeado, a turma passeou pela Rua de Santa Catarina, fazendo uma paragem não planeada no Starbucks. Seguindo o roteiro, os alunos visitaram o mundialmente conhecido Café Hard Rock, percebendo a ênfase dada aos artistas musicais através de uma coleção de recordações musicais que conta com mais de oitenta e seis mil peças, incluindo guitarras autografadas, peças de roupa, fotografias, … De salientar, a guitarra de Paul McCartney, a bota da Madona e uns óculos do Steve Aoki. Um espaço onde se reconhece a globalização. Na praça dos Aliados, os alunos almoçaram no McDonald's, observando simultaneamente a decoração contemporânea e histórica do edifício. Por fim, e após alguns quilómetros de caminhada, os alunos visitaram o Museu do Holocausto, localizado na Rua do Campo Alegre. Um museu que tinha inauguração agendada para o Dia Internacional de Memória das vítimas do Holocausto, vinte e sete de janeiro, mas devido à situação pandémica, apenas abriu portas ao público no dia cinco de abril de 2021. Este espaço, criado pela Comunidade Judaica do Porto, oferece aos visitantes, numa sala de cinema, uma curta-metragem alusiva à chegada de diversos membros desta comunidade ao nosso país. Disponibiliza, ainda, uma sala com o nome das vítimas, uma exposição de “acervos”, isto é, documentos referentes aos

refugiados que passaram pela cidade durante o Holocausto e a recriação dos dormitórios dos campos de concentração, assim como a visualização do testemunho de uma mulher que vivenciou a situação. Um local que recorda o surgimento dos direitos humanos, mais concretamente o direito à liberdade, à vida, … Em suma, os alunos puderam, na companhia dos seus professores, visitar a cidade do Porto, consolidando as aprendizagens das aulas das diferentes disciplinas. Luana Dias, Pedro Abreu, Miguel Gonçalves, Ana Silva, 12º LH1

A visita de estudo ao Porto foi promovida no âmbito das disciplinas de Geografia C, História A e Sociologia do 12º LH1, no passado dia 09 de dezembro.


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→ Visita de Estudo 1º PM

Primeiro ano de multimédia na Rota do Românico Antes de contextualizarmos o que é realmente importante, que é a visita de estudo do primeiro ano de multimédia, queríamos vos informar que o império bizantino resultou da fusão de três culturas: a cultura greco-romana, recebendo influências das origens da antiguidade clássica; a cultura oriental, recebendo influências das tradições orientais devido à proximidade geográfica; a cultura cristã que foi a base religiosa da sua sociedade. Mas, qual é a importância do que parece ser uma informação irrelevante? Pois bem, esta informação "irrelevante" é o tema da nossa visita de estudo, que irão conhecer um pouco mais para à frente. Então, no âmbito do Projeto de Cidadania e Desenvolvimento e Os Originais, a nossa turma, no dia 26 de novembro de 2021, partiu com destino à Rota do Românico, na região do Tâmega e Sousa. Na parte da manhã, visitamos o Mosteiro de Santa Maria do Pombeiro, que fica localizado em Riba Vizela, concelho de Felgueiras, e, na parte da tarde, visitámos o Centro de Interpretação do Românico, que fica localizado na vila de Lousada, distrito do Porto. No nosso primeiro destino, fomos ao encontro do guia que partilhou e apresentou um pouco da história deste monumento quase milenar cuja origem remota ao século XI e XII. Começamos por esmiuçar as colunas que constituem o pórtico de entrada para a igreja. Os capitéis do portal principal são um notável exemplo de escultura românica. Foi interessante perceber a simbologia por detrás dos animais que decoram as aduelas. Dois exemplos: o coelho representa as conceções de outrora sobre o sexo, e o porco simboliza encarnação dos pecados dos homens. Segundo o guia, a entrada para a igreja faz a separação entre o mundo terreno (profano) e o universo celestial (sagrado). Já dentro do mosteiro, no claustro, pudemos observar uma réplica de uma fonte, um marco importante em qualquer mosteiro pertencente à Ordem de São Bento. Aí, também reparámos nos mosaicos que ainda estavam "expostos", pois muitos deles foram roubados no período em que o mosteiro foi abandonado, após a extinção das ordens religiosas em Portugal. Ficámos impressionados quando sou-

Para além do Mosteiro de Santa Maria do Pombeiro, que fica localizado no concelho de Felgueiras, a turma visitou o Centro de Interpretação do Românico, um museu que tem como objetivo divulgar o Património Histórico e Cultural através de múltiplas experiências interativas.

bemos que estávamos a calcar as sepulturas dos monges, enterrados nos passeios que circundavam o claustro. De seguida, o nosso guia levou-nos à igreja do mosteiro. Lá, tivemos a possibilidade de observar as paredes interiores que serviam de suporte à pintura e, claro, à estrutura, expostas com a função pedagógica de ensinar e orientar os fiéis para as verdades da fé. Ainda na igreja, tivemos o prazer de conhecer o impressionante Coro-Alto, onde se situam os dois impressionantes órgãos de tubos da Igreja, hoje completamente restaurados. E, com isto, voltamos ao início da notí-

cia, a razão pela qual o império bizantino resulta da fusão de três culturas. Como o guia do mosteiro nos explicou, o presente é o resultado de uma herança recebida ao longo de muitas centenas de anos. A visita a este monumento é como uma “viagem no tempo”, ao longo de variados séculos, culturas e sociedades. Chegamos à hora do almoço, tempo de descanso e alguma descontração para alunos e os professores. Na parte da tarde, partimos com destino a Lousada até ao Centro de Interpretação do Românico (CIR). Falámos de um museu muito recente, aberto ao público em


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2018, com o objetivo de divulgar o Património Histórico e Cultural, através de múltiplas experiências interativas proporcionadas pelos seus conteúdos museográficos. O edifício distingue-se pelo arrojo da sua arquitetura contemporânea. Para além dos espaços de receção e a biblioteca, o CIR é constituído por um amplo átrio central que liga as suas seis salas temáticas: “Território e Formação de Portugal”; “Sociedade Medieval”; “O Românico”; “Os Construtores”; “Simbolismo e Cor”; “Os Monumentos ao Longo dos Tempos”. A primeira sala cruza a geografia e a história dos 12 concelhos da rota do românico, nos Vales de Sousa, Douro e Tâmega, com um recurso a uma cronologia, uma maqueta interativa e um filme do território. No segundo espaço, o tema principal é a “Sociedade Medieval”: Povo, o Clero e a Nobreza, e está fortemente marcada pela presença cenográfica de três cones, que projetavam

pequenos filmes de animação dedicados ao papel daqueles grupos sociais na Idade Média. Na terceira sala, percebemos as origens do “O Românico” com o auxílio de um mapa da europa. De seguida, interagimos numa mesa que projetava imagens e datas num cronograma interativo. A quarta sala tratava o tema de “Os Construtores” e representava um estaleiro de obra de uma igreja medieval complementado com a presença de uma mesa interativa e de elementos escultóricos românicos recolhidos em alguns imóveis da Rota do Românico. A quinta sala dedicava-se ao “Simbolismo e Cor”. Aqui encontramos vários lápis coloridos presos a uma plataforma onde colocávamos a mão. O objetivo era o de selecionar o lápis correspondente à cor destacada nas pinturas a fresco que estavam a ser projetadas. Finalmente, a sexta sala estava reservada aos “Monumentos ao Longo dos Tempos”. Neste espaço, fomos coloca-

dos na presença de imagens antigas dos monumentos, bem como de diversas ferramentas e materiais de obras que serviam de mote para o debate em torno da evolução das políticas, estratégias e ações de intervenção no património cultural. Por fim, podemos concluir que, no CIR, podemos obter vários conteúdos importantes para a nossa aprendizagem sobre o Românico e foi uma boa fonte de inspiração para a intervenção que faremos no Museu de Geologia da escola. Em suma, esta atividade foi interessante, e ficamos felizes por, finalmente, ter a possibilidade de ter novamente visitas de estudo depois de dois anos de pandemia.

Ana Beatriz e Rui Lima, 1º PM

→ Visita de Estudo

Alunos de Multimédia em visita pelo Porto No passado dia 17 de março, o 2º e o 3º anos do Curso Profissional de Técnico de Multimédia visitaram, no Museu de Arte Contemporânea de Serralves, a exposição "ÁGORA" de Mark Bradford. Centrada na produção artística dos seus últimos três anos deste artista, para quem a mitologia da Antiguidade tem sido desde sempre uma fonte de inspiração, a exposição apresenta pela primeira vez uma nova série de pinturas, tapeçarias e trabalhos sobre papel baseados em ‘A Caça do Unicórnio’, um conjunto de tapeçarias produzido nos Países Baixos por volta de 1500, e Cérbero, o cão de três cabeças que guarda a entrada para o Inferno e o mundo subterrâneo, sugerindo assim um paralelismo entre questões atuais e a Idade Média (o período em que a arte caiu refém da peste, o mais medieval de todos os perigos). Mark Bradford (Los Angeles, 1961) é atualmente reconhecido como um dos nomes que melhor definiu a pintura das duas últimas décadas, concebendo a sua própria linguagem pictórica para falar de temas universais, como a distribuição do poder nas estruturas sociais e o seu impacto

no indivíduo ou a relação entre arte e envolvimento comunitário. Os alunos aproveitaram ainda a visita para conhecer os jardins de Serralves inteirando-se da diversidade do seu património arbóreo e arbustivo assim como a história e a origem do parque de Serralves. Na parte da manhã, a turma conheceu a zona histórica da cidade do Porto, através da realização de um peddy paper fotográ-

fico e aplicação online. O percurso incluiu uma visita às exposições fotográficas no Centro Português de Fotografia. As visitas vieram reforçar e complementar as aprendizagens adquiridas no curso assim como consciencializar para a importância da criatividade e da sensibilidade artística no processo de criação de um produto multimédia. Prof. Jorge Faria


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Atletas UAARE em destaque Guilherme Cruz, 11º CT2 O Aluno/Atleta, pertencente ao projeto UAARE da ESMS, Guilherme Cruz, inserido na turma 11º CT2, participou entre os dias 19 de janeiro e o dia 3 de fevereiro no torneio internacional “ITF EAST Africa – Júnior Circuit”, realizado na cidade de Nairobi, no Quénia. Durante a participação realizou 6 jogos Internacionais. Parabéns Guilherme.

Eduardo Leite, 12º CT7 É com grande orgulho que se informa que o nosso Aluno/ Atleta UAARE, Eduardo Leite, da turma 12º CT7, esteve presente entre os dias 2 e 7 de novembro, no Torneio Internacional Scandibérico em representação da Seleção Nacional de Andebol, escalão Sub16 que se realizou em Espanha, tendo a sua equipa obtido um excelente 4º Lugar. Parabéns Eduardo Leite.

Francisca Ferreira, 12º CT5 A nossa Aluna/Atleta UAARE, Maria Francisca Mirra Ferreira, da turma 12º CT5, esteve presente entre os dias 22 e 28 de novembro, no Torneio Internacional Scandibérico em representação da Seleção Nacional de Andebol, escalão Sub18 que se realizou na Cidade da Guarda, tendo a sua equipa obtido um excelente 3º Lugar. Parabéns!

Maria João Correia, 12º CT4 A nossa Aluna/Atleta UAARE, esteve presente entre os dias 25 e 29 de novembro, na taça do Mundo UWSKF que se realizou em Budapeste – Hungria, em representação da Seleção Nacional de Lohan Tao Kempo (FPLK), tendo obtido excelentes resultados (60 kg): 1º Lugar em Viadal -C 2º Lugar em Point-Starring 3º Lugar em Viadal – B. Parabéns Maria João.

Leonor Rodrigues e Constança de Jesus Silva, 11º CT1 As Alunas/Atletas, Leonor Rodrigues e Constança de Jesus Silva, inseridas na turma 11º CT1, estiveram presentes no Campeonato Distrital de Ginástica Acrobática, que se realizou nos dias 26 e 27 de fevereiro, na cidade da Maia. Os resultados alcançados

foram excelentes, tendo a AA Leonor Rodrigues alcançado o 1º lugar em Grupo Feminino (Base) e a Constança de Jesus o 1º Lugar em grupo Feminino (1ª Divisão). Estes resultados permitiram o apuramento dos dois grupos para o Campeonato Nacional de Ginástica Acrobática. Parabéns Leonor!

Eduardo Martins Leite, 12º CT7 O Aluno/Atleta, da turma 12º CT7, participou entre os dias 14 a 21 de março de 2022, em representação Seleção Nacional de Andebol, escalão Sub18, no Torneio Internacional que se realizou na cidade de Balatonboglár (Hungria). Esta competição teve como principal objetivo a preparação para o Europeu da categoria, que se realizará em agosto deste ano. Estiveram presentes no torneio as Seleções Nacionais da Hungria, de Portugal, da Eslovénia e da Croácia. Parabéns Eduardo.

Nuno Correia, 10º LH2 O Aluno/Atleta, Nuno Correia, pertencente ao projeto UAARE da ESMS, inserido na turma 10º LH2, esteve presente no estágio de Seleção Nacional de Futebol, escalão sub-16, entre os dias 6 e 15 de fevereiro. Durante este estágio foram realizados dois jogos internacionais. Um contra a equipa da Alemanha e outro contra a equipa da Inglaterra. Este estágio de preparação foi realizado no complexo desportivo de Vila Real de STª António. Parabéns Nuno.

Leonor Rodrigues 1º Lugar Grupo Feminino (Base)

Constança de Jesus Silva 1º Lugar Grupo Feminino (1ª Divisão)


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→ Conciliar estudos e desporto de alta competição

"Competências e Metodologias de Estudo" para alunos/atletas UAARE A Psicóloga UAARE, Anabela Mendes, da Escola Secundária Martins Sarmento (ESMS), visitou, no passado dia 16 de fevereiro, as instalações da Academia do Vitória Sport Clube (VSC), com o objetivo de dinamizar uma sessão, com o tema “Competências e metodologias de Estudo”, para todos alunos/ atletas (AA) que fazem parte do projeto UAARE da ESMS e integram a academia de futebol de formação do VSC. A sessão teve a colaboração e participação do psicólogo e interlocutor desportivo do VSC, Filipe Teixeira. O objetivo da sessão foi, assim, munir os AA de novas fer-

ramentas e métodos de estudo que lhes permitam rentabilizar e potenciar o tempo que têm disponível para o estudo, bem como promover uma reflexão sobre as competências necessárias na conciliação da sua carreira dual, que lhes permitam obter um melhor rendimento, tanto académico como desportivo. Prof. Adelino Carvalho, Coordenador UAARE ESMS

À conquista dos teus sonhos A UAARE da Escola Secundária Martins Sarmento dinamizou, no passado dia 17 de dezembro, uma atividade de final de trimestre com o tema “À conquista dos teus sonhos” para os alunos-atletas da escola. A atividade contou com a abertura, via zoom, do Coordenador Nacional UAARE, Victor Pardal, que reforçou a importância do papel do psicólogo UAARE e do apoio psicopedagógico na conciliação da carreira dual dos atletas, enaltecendo o esforço e a dedicação de todos os envolvidos no projeto UAARE. A atividade contou ainda com a presença e participação da diretora da escola, Dra. Ana Maria Silva, do professor acompanhante da ESMS, Prof. Adelino Carvalho, da psicóloga UAARE, Dra. Anabela Mendes e do psicólogo convidado Dr. Filipe Teixeira do Vitória Sport Club.

Estiveram presentes na atividade 35 alunos-atletas. Os alunos-atletas mostraram grande recetividade e entusiasmo na ação, foram participativos e empenhados nas dinâmicas realizadas. A atividade teve como objetivo primordial reforçar o espírito de união entre alunos-atletas UAARE, bem como, em época natalícia, abordar o tema dos sonhos, metas e objetivos e a sua importância no rendimento académico e desportivo. Prof. Adelino Carvalho, Coordenador UAARE ESMS


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→ Desporto

ESMS conquista bronze no CortaMato Distrital Realizou-se no dia 15 de março de 2022 o Corta-Mato Distrital – Fase CLDE, junto às Pista Gémeos Castro, tendo a nossa escola participado com uma equipa feminina e outra masculina no escalão de juvenis. A equipa feminina composta pelas alunas, Magda Gonçalves - 11 CT6, Gabriela Couto 10 CT7, Diana Pereira - 12 SE2, Margarida Lima - 12 CT1 e Matilde Oliveira - 12 CT1, obtiveram um honroso 3º lugar por

equipas, conseguindo a medalha de bronze. A salientar o excelente desempenho da aluna, Magda Gonçalves - 11 CT6, conseguindo conquistar o 5º lugar na classificação geral individual. A equipa masculina composta pelos alunos, João Costa 3º PR, Diogo Gonçalves - 10CT1, José Apolinário - 10CT1 e Dinis Fernandes - 10 CT4, obteve um honroso 6º lugar por equipas. Parabéns os nossos alunos. Prof. Rui Faria

edição online em www.esmsarmento.pt

→ 1º PC

Viva, A Benedita! A nossa turma, 1º ano Profissional de Comércio, aceitou entrar no projeto "A planta da nossa sala", tendo sido a nossa diretora de turma, a professora Joana Silva, a incentivar-nos para aceitarmos o desafio. A Benedita, assim “abençoada” por nós, chegou à turma no passado dia 19 de outubro e permanece até hoje connosco. A nossa Benedita já desabrochou, brindando-nos sucessivas vezes com flores de várias cores. Neste momento, as suas pétalas pintaram-se de rosa. O nosso delegado de turma, o Igor Miguel, juntamente com o subdelegado, o Pedro Guimarães, têm-na vigiado, regado e adobado. Todos nos sentimos responsáveis, até mesmo durante as férias zelamos pelo seu bem estar, para que, no nosso regresso, continue viçosa!

A Benedita não gosta de apanhar muito sol senão fica murcha, o que significa que não precisa de muita luz natural para realizar a fotossíntese. A Benedita, que já faz parte da nossa vida, vai acompanhar-nos neste percurso de três anos. Se tudo nos correr bem, deixaremos, através dela, o nosso testemunho, aos alunos que entrarem para o nosso curso em setembro de 2024. A Benedita conhece-nos por dentro e por fora. É uma grande observadora! E que peripécias ela tem observado, sempre em silêncio! Mas a lançar-nos, constantemente, o seu olhar apaziguador. Gostamos muito de ti, Benedita! Continua assim formosa e frondosa! 1º PC


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→ 12º CT2

A importância da Atividade Física na Saúde e Bem-Estar No âmbito do projeto de Cidadania e Desenvolvimento, a turma do 12º CT2 organizou e dinamizou um torneio de Badminton 1x1 em colaboração com o grupo disciplinar de Educação Física e Projeto Voluntariado Martins Sarmento. Esta atividade procurou sensibilizar a comunidade escolar para a importância da prática do exercício físico na promoção do bem-estar físico, social e mental e promoveu a cooperação e espírito de entreajuda, dado que os alunos se envolveram ativamente na sua consecução. A iniciativa contou também com a recolha de bens de higiene para os reclusos do estabelecimento prisional de Guimarães, uma ação que fomentou o sentido de responsabilidade social e promoveu a cidadania ativa de todos os participantes. A concretização do projeto de cidadania foi realizada em conjunto e com a colaboração de toda a turma, algo que proporcionou um impacto positivo na consciência sobre como preparar um torneio e ainda possibilitou o desenvolvimento das relações interpessoais. Estas relações foram ainda impulsionadas pela ligação do projeto/torneio com um objetivo em comum ligado ao voluntariado. Lucas Oliveira, 12º CT2

A organização do torneio de badminton, no âmbito do projeto de cidadania, foi algo que envolveu toda a turma, desenvolvendo assim a capacidade de trabalhar em grupo. Também nos ajudou a ter uma ideia do que é organizar um torneio e todo o trabalho que isso envolve. A articulação deste projeto com o voluntariado contribuiu também para a nossa realização pessoal. Ricardo Silva

Na minha opinião, esta atividade teve um impacto positivo em mim, pois desenvolveu a minha capacidade de organização, permitiu-me colaborar num evento solidário e contribuiu tanto para o meu entretenimento, como para o entretenimento da comunidade escolar. José Diogo Fernandes

O torneio foi realizado no âmbito do projeto de Cidadania e Desenvolvimento da turma do 12º CT2 em colaboração com o grupo disciplinar de Educação Física e o Projeto Voluntariado Martins Sarmento.

Esta atividade mostrou o meu lado competitivo, já que participei no torneio e foi giríssimo! Acho que a componente solidária deixou toda a gente envolvida a sentir-se melhor consigo mesma.

Esta atividade teve um impacto positivo, pois permitiu compreender aspetos importantes a ter em conta na organização de um evento.

Pedro Oliveira

Eduardo Vieira

A atividade realizada permitiu-me compreender que a organização de um torneio de badminton não é algo que se consiga fazer de um dia para o outro. Apesar de todas as dificuldades encaradas, conseguimos desenvolver uma atividade bem planeada, que apenas foi possível através da entreajuda e colaboração de todos.

A organização desta atividade foi importante para o desenvolvimento da nossa capacidade de realização e organização de um projeto.

Ana Luísa Cruz

Ricardo Faustino

Este torneio melhorou as minhas aptidões de trabalho em grupo, orientando cada um


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Esta atividade foi muito positiva, pois pude perceber o que é necessário para a organização e dinamização de um torneio, enquanto foi reforçada a minha solidariedade, algo que levarei para o futuro. Gonçalo Cunha

Esta atividade, apesar de exigir uma certa responsabilidade, deu origem a um dia divertido e dinâmico.

tante e valeu muito a pena fazer esta atividade. Dinis Ribeiro

No desenvolvimento desta atividade, as minhas competências de trabalho de grupo, organização e planificação evoluíram e fez-me conhecer a dificuldade de realizar uma atividade como esta. Contudo, levo aprendizagens para a vida. Afonso Santos

Vítor Ribeiro

Este projeto de cidadania foi para mim uma experiência incrível, a capacidade de organização e cooperação demonstradas por todos os participantes não foi nada menos que excelente e só prova o que um grupo de pessoas consegue realizar com o objetivo comum de ajudar alguém.

David Leite

Esta atividade teve um impacto bastante positivo, não apenas nos outros, mas também em mim, pois ajudou-me a evoluir a nível de responsabilidade e organização, porque houve um número de inscrições maior do que o previsto, o que obrigou a uma organização mais eficaz e mais cuidadosa. Marcelo Silva

Esta atividade teve um impacto positivo em mim, criando uma disponibilidade para a entreajuda, organização de grupo e comunicação. José Ribeiro

A atividade teve um impacto positivo em mim, pois deu-nos

a entender que tudo o que se faz exige uma grande capacidade de trabalho e organização. Guilherme Canha

A atividade de cidadania teve um impacto positivo em mim e em toda a gente envolvida. Por nos incentivar a praticar desporto, que é algo que devia fazer parte da rotina diária de toda a gente, por nos incentivar a ajudar as pessoas que mais precisam e por nos ensinar que todos os projetos que vemos em escolas/associações envolvem muito trabalho. João Janeiro

A atividade de cidadania teve um impacto muito positivo em mim, ajudou a perceber o quão importante é a questão da organização e do esforço na realização de uma atividade destas, também ajudou a perceber que o trabalho em equipa é muito importante. João Fernandes

Gonçalo Freitas

Com esta atividade, aprendi o quão longe é possível ir quando se trabalha em grupo de uma maneira organizada.

Esta atividade ensinou-me o quão importante é a organização e trabalho em grupo, pois para esta atividade correr bem, foi preciso muito empenho, dedicação e cooperação de todas as pessoas envolvidas.

João Tavares

Gonçalo Fernandes

A realização da atividade teve o intuito de ajudar quem precisa e penso que influenciamos a comunidade escolar para a prática do exercício físico. Espero que a atividade tenha tido influência também para a participação em projetos de voluntariado.

Esta atividade não foi só um dia, mas sim meses de preparação e trabalho árduo, dando-nos uma visão de como é organizar um evento desportivo.

José Costa

dos meus colegas, mantendo o torneio a funcionar impecavelmente. Também a reunião dos donativos para o estabelecimento prisional de Guimarães foi um sucesso, tendo um grande número de participantes.

Esta atividade trouxe-me alegria e alguma satisfação: alegria por poder conhecer mais pessoas da escola e conviver com os meus amigos, satisfação por conseguir arbitrar alguns jogos e organizar, juntamente com os meus colegas, um torneiro a partir do zero.

Hugo Lemos

Esta atividade fez-me perceber que organizar um evento é uma tarefa desgastante e requer muito trabalho, entrega e atenção para que tudo esteja em ordem para que quem participar se sinta bem. Também me apercebi que jogo muito bem badminton hahah. Eurico Coelho

Esta atividade teve um impacto positivo em mim, pois fez-me cooperar com os meus colegas e a desenvolver um valor acrescido de responsabilidade. No fim de tudo diverti-me bas-

Helena Cunha


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→ Cidadania Ativa

Torneio da Retórica entusiasma alunos da ESMS De 24 de janeiro a 10 de março, decorreram, na sede da Associação Artística Vimaranense, com um magnífico cenário do quadro de Delacroix “A liberdade Guiando o Povo”, as duas primeiras fases do Torneio de Retórica da Escola Secundária Martins Sarmento, integrada no Torneio de Retórica de Guimarães, uma iniciativa da Associação Artística Vimaranense (ASMAV), da Câmara Municipal de Guimarães e das quatro escolas secundárias do concelho. Este torneio, que visa colocar os alunos do 11.º ano de todas as escolas secundárias de Guimarães em situação de debate público competitivo, tomando como temas alguns dos assuntos mais prementes do nosso tempo, articula-se diretamente com os conteúdos curriculares de várias disciplinas do ensino secundário e dá a palavra aos alunos, num contexto de educação cívica e para a cidadania ativa, obrigando-os a estudar, sustentar e a defender temas complexos e exigentes. Com enquadramento pedagógico e alguma ajuda dos professores, 54 alunos representando as 18 turmas do 11.º ano da nossa escola (14 turmas CCH e 4 turmas CP) debateram temas como os da pertinência ou não da existência de quadros de mérito nas escolas, do uso de telemóveis nas salas de aulas, da existência de uns Estados Unidos da Europa, da liberalização do consumo de drogas, do casamento dos padres católicos, da legalização da prostituição, da proibição das touradas, da legalização da eutanásia ou do acesso das mulheres ao sacerdócio na igreja católica, entre outros. Organizado de modo a estabelecer dualismos fortes, cada grupo representante (três alunos) de cada uma das turmas respetivas defendeu o “sim” ou o “não” face ao tema que foi sorteado, independentemente da opinião pessoal de cada debatente. Um júri independente, constituído por professores da ESMS e membros da Associação Artística, decidiu quem passaria à segunda-fase e, posteriormente, apurou as seis turmas que passaram à terceira fase do Torneio. A final do Torneio da ESMS, entre as turmas entretanto apuradas, ocorrerá a 31 de maio ou 1 de junho, no palco do novo Teatro Jordão.

Este torneio, que visa colocar os alunos do 11.º ano de todas as escolas secundárias de Guimarães em situação de debate público competitivo, tomando como temas alguns dos assuntos mais prementes do nosso tempo, articulase diretamente com os conteúdos curriculares de várias disciplinas do ensino secundário e dá a palavra aos alunos, num contexto de educação cívica e para a cidadania ativa, obrigando-os a estudar, sustentar e a defender temas complexos e exigentes.


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Em finais de setembro ou início de outubro (já no próximo ano letivo), ocorrerá uma finalíssima entre as equipas vencedoras de cada uma das escolas secundárias de Guimarães, também no palco do novo Teatro Jordão. Independentemente das equipas que irão competir na 3.ª fase do Torneio de Retórica, o que se manifestou claramente nos debates foi o altíssimo empenho e preparação das turmas e dos alunos debatentes, tendo produzido debates de qualidade e entusiasmo que em nada desmerecem dos debates dos mais variados fóruns de comunicação e vida cívica, local e nacional. Alunos preparados, entusiasmados e profundamente empenhados em dar a sua visão do mundo e da socie-

dade, mostraram que a educação para a cidadania passa, sobretudo, por dar a palavra aos mais jovens, aliciando-os com o prazer do debate livre e vivo. Até ao momento já se realizaram 14 debates (1ª e 2ª fases), a expetativa para as fases seguintes é enorme, sobe o grau de responsabilidade das turmas e dos alunos apurados e o entusiasmo é manifesto. Professores responsáveis pela organização na ESMS, Cristina Soares Carvalho e Eurico Silva

(...) o que se manifestou claramente nos debates foi o altíssimo empenho e preparação das turmas e dos alunos debatentes, tendo produzido debates de qualidade e entusiasmo que em nada desmerecem dos debates dos mais variados fóruns de comunicação e vida cívica, local e nacional. Alunos preparados, entusiasmados e profundamente empenhados em dar a sua visão do mundo e da sociedade, mostraram que a educação para a cidadania passa, sobretudo, por dar a palavra aos mais jovens, aliciando-os com o prazer do debate livre e vivo.

Retórica, mais que uma arte, mais que um ofício Desde o dia 17 de janeiro, os jovens vimaranenses que frequentam o 11º ano têm vindo a participar num torneio de retórica, promovido pela Câmara Municipal e pela associação ASMAV. Em cada fase, são sorteados pares de turmas que, após elegerem três alunos que as representarão, tomam partes contrárias num debate, subordinado a um atual e complexo tema que é sorteado. A implantação do federalismo na Europa, a utilização de animais em experiências científicas, a eutanásia, as claques de futebol organizadas, o casamento dos padres católicos foram alguns dos temas já abordados nos debates que têm vindo a decorrer. A retórica é uma habilidade cujo incalculável valor remonta à época da Grécia Antiga, onde nasceu a Filosofia. Nesta situação específica, foi um modo de cada aluno desenvolver a sua consciência cívica e pensamento crítico. Além disso, todos fomos levados a pensar acerca de temas que talvez não fizessem parte do nosso quotidiano e, assim, desenvolver a nossa capacidade argumentativa, principalmente quando a tese a defender não correspondia à nossa opinião, quando essa mesma tese não correspondia a uma ideia politicamente correta ou quando o tema transcendia o nosso conhecimento. Este projeto está intrinsecamente ligado à disciplina de Filosofia, na medida em que esta disciplina foi a mais utilizada para for-

mular argumentos sólidos e contra-argumentar devidamente quando confrontados com a perspetiva da equipa adversária. Nesse sentido, deixo uma palavra de agradecimento a todos os professores que Filosofia da ESMS, especialmente à minha professora e Diretora de Turma Ana Paula Martinho, por todo o apoio, pelo auxílio prestado e por nos permitirem participar num evento desta natureza. Apresentando finalmente a minha perceção acerca deste torneio, só posso afirmar categoricamente que tem sido uma aventura que nunca pensei viver. É uma experiência muito positiva, já que me tem ajudado a aprimorar a minha capacidade ar-

gumentativa, a crescer bastante enquanto aluna e cidadã e, de certa forma, a ganhar alguma confiança no momento de enfrentar um público, visto que a minha turma me elegeu para integrar a equipa do torneio e nunca de absteve de nos apoiar em momento algum, mesmo perante as adversidades. Para mim, a retórica, e tudo o que com ela se relaciona, sempre foi uma preciosa capacidade, a forma mais encantadora de expressar a minha arte. Num momento difícil como a crise sanitária que vivemos, a realização deste torneio também permitiu, indubitavelmente, a criação de uma excelente dinâmica de grupo, que claramente aproxi-


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mou e fortaleceu laços entre alunos no sentido de cada turma alcançar um objetivo comum, que, a meu ver, não é a vitória final, mas a possibilidade de participar em cada debate, com um novo tema, uma nova posição, uma nova maneira de pensar, uma nova linha de argumentação; em suma, um novo desafio e uma nova oportunidade de demonstrar o nosso valor enquanto cidadãos e alunos da ESMS. Em jeito de conclusão, esta iniciativa trouxe, sem espaço para dúvidas, diversos benefícios a vários níveis e deveria, sem dúvida, ser mantida ao longo de muitos e longos anos e talvez alargada a outros anos de escolaridade. Beatriz Melo, 11º CT6

Comentários dos Alunos Participantes - 1ª Fase Embora tenha sido uma experiência de grande ansiedade, para mim valeu, sem dúvida, a pena e deveria ser continuado. Patrícia Oliveira, 11º CT7

O tema da primeira fase auxiliou na facilidade ao argumentar, porém penso que a própria ação de argumentar durante o debate seja estimulante para o nervosismo e junto ao frio do ambiente, acabando por dificultar na organização mental dos artigos e metáforas a serem ditas em público. Com tudo penso que seja uma ótima forma de incentivar os alunos a conhecerem mais sobre determinados assuntos e assim se questionarem de que lado estão…

A realização destes debates tem sido uma experiência sumamente benéfica, aumentando a nossa sabedoria sobre certos assuntos, ajudando-nos a criar uma opinião mais fundamentada sobre estes e, libertando-nos assim do dogmatismo. Acho que seria uma experiência ainda mais benéfica se pudéssemos alterar os membros da equipa de debate para debate. Ana Castro, Cristina Guimarães e Maria João Cunha, 11º CT5

"Tudo vale a pena se a alma não é pequena"

Foi uma experiência diferente. Espero que continuem o torneio abrangendo ainda mais gente, e que possa participar noutros anos. Deu-me a possibilidade de ter e perceber outras perspetivas, além de me abrir os olhos para problemas que não pensava existirem. Considerando tudo, adorei a experiência e gostava de repetir.

Nuno Silva, 11º CT7

Beatriz Bastos, 11º CT2

Sinto que foi uma experiência extremamente enriquecedora a nível pessoal, mostrei uma faceta minha que sabia que tinha mas que nunca tinha conseguido revelar. No final do debate senti-me super orgulhosa de todo o trabalho que fiz juntamente com os meus colegas. A participação e a consequente vitória neste tão dinâmico torneio, abriu-me horizontes, quebrou diversas barreiras e até me orientou relativamente ao que poderá ser uma vocação no futuro.

Adorei a experiência e acho que é uma ideia que definitivamente deve continuar nos próximos anos porque além de ser uma forma de os alunos desenvolverem as suas capacidades de argumentação, também nos ajuda a estar mais informados dos problemas do nosso quotidiano. Só não estou de acordo com o facto de que o moderador possa esclarecer conceitos, pois ,a meu ver, isso devia de ser feito pelas equipas que estão a debater.

Costanzo Annichini, 2º PGSI

Lara Lima, 11º LH3

Maria Gomes, 11º CT7

Adorei a experiência. É um projeto bastante motivador gostaria de voltar a repetir pois foi uma experiência única e de grande motivação para um sentido crítico aberto. Daniel Freitas, 2º PS

Consideramos que esta é uma experiência bastante enriquecedora, uma vez que permite o desenvolvimento de diversas capacidades essenciais, nomeadamente do poder de argumentação, bem como nos abriu os horizontes para problemáticas controversas, porém pertinentes. Reiteramos que esta é uma atividade a repetir e a alargar a mais faixas etárias. Ana Sofia Meireles, António Tavares e Filipe Boído, 11º CT3

É uma experiência muito diferente ao que estamos habituados na escola, mas acho que foi uma ótima iniciativa e que deveria ser mantida nos próximos anos, incluindo os outros anos também. Catarina Mesquita, 11º SE1

notícias da esms em: www.esmsarmento.pt


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→ Dia do Diploma

Premiar o esforço e a dedicação O dia em que reconhecemos publicamente aqueles que se distinguem na sua passagem pela Martins Sarmento tem sido, ano após ano, um dos momentos mais simbólicos da vida da nossa comunidade educativa. É nossa convicção que a ESMS fica mais rica com o empenho destes alunos que se torna visível com o seu mérito escolar e académico, com as suas atitudes exemplares, com o seu mérito desportivo e artístico e com o seu envolvimento na vida da escola. A pandemia não nos tem possibilitado celebrar nos tempos e espaços habituais, mas nada nos pode impedir de reconhecer o empenho e o contributo dos nossos alunos para o desenvolvimento da ESMS. Em conjunto continuamos a fazer comunidade e não podemos deixar de dar os parabéns a todos os alunos que concluem o ensino secundário na ESMS e a todos os que, pelo seu trabalho e dedicação, se destacam ao longo de cada ano letivo. No dia 14 de maio de 2021 reconhecemos o trabalho dos alunos de 2019/2020. Este ano, no dia 8 de abril de 2022, vamos reconhecer o trabalho dos alunos referente ao ano letivo

de 2020/2021. Todos estes alunos viveram tempos muito distintos, mas nada os fez vacilar no seu percurso de sucesso e na sua ânsia de ir sempre mais além.

→ Projeto de Cidadania e Desenvolvimento

Parabéns a todos! Ana maria Silva, Diretora ESMS

Caminhada solidária pela preservação dos linces-Ibéricos Como cidadãos, temos o dever de proteger o meio que nos envolve. A recuperação e conservação do Lince-Ibérico já acontece há vários anos. A espécie está ameaçada desde o século passado e os esforços no sentido da sua preservação têm de continuar. Como tal, a turma 10º SE3, no âmbito do projeto de Cidadania e Desenvolvimento, vai organizar uma caminhada solidária, envolvendo a comunidade escolar (alunos, professores e encarregados de educação/pais), A inscrição na caminhada tem o custo de 3€, valor que inclui um kit (T-Shirt com crachá alusivo ao Lince, peça de fruta

e garrafa de água). A quantia angariada reverterá integralmente para a Liga para Proteção da Natureza (LPN), nomeadamente para o Projeto Lince. Assim, no dia 2 de abril, às 9h30, com ponto de partida no Parque da Cidade de Guimarães (entrada principal) e com destino ao Santuário da Penha, realizar-se-á a Caminhada Solidária “Os Linces”. Toda a comunidade escolar está convidada a participar. Sigam-nos no nosso Instagram @caminhada_linces. Tanto a nossa turma como “Os Linces” esperam pela vossa presença e ajuda! :) 10º SE3


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→ Poesia

Arte com Chá Desde novembro de 2021, o grupo de Filosofia, em colaboração com a Biblioteca da Escola e docentes dos grupos disciplinares de Artes e Português, tem vindo a dinamizar o projeto “Arte com Chá”, que tem por objetivo a motivação dos alunos para a escrita através da poesia. No mês de novembro, o tema sugerido foi a “Solidão” e a vencedora foi a aluna Beatriz Melo (11º CT6). Em janeiro, com o tema “Esperança”, ficaram apurados dois alunos: Carla Ribeiro (12ºLH3) e Rafael Félix (10ºLH1). A divulgação dos poemas à comunidade educativa decorreu na biblioteca da escola, onde, após a degustação de chá, bolo e biscoitos, num ambiente intimista, os alunos declamaram as suas poesias para os colegas da turma e professores, contando também com a presença da Diretora. A atividade decorrerá mensalmente até ao mês de maio, com exceção do mês de abril. Todos os trabalhos selecionados serão ilustrados pelos alunos da turma de Artes (10º AV1). O projeto “Arte com Chá”, culminará numa exposição dos trabalhos finais a toda comunidade escolar. Prof.ª Ana Paula Martinho, Prof.ª Rosa Proença

Todos os trabalhos selecionados serão ilustrados pelos alunos da turma de 10º AV1 de Artes Visuais. A ilustração escolhida para o tema "Solidão" foi da autoria de Cláudia Machado.

ETERNAMENTE SÓ Sei que me perdi Não soube dizer não Sei que me rendi E ganhou a solidão. Sempre estive aqui Cada dia sem exceção Fui sempre eu que cedi Sempre quis o teu perdão. Tão amargo tormento Cada passo penetrante É contínuo o meu intento E tu aí tão distante O meu fado é este enfim Dolente castelo sem dó Sem te ter eu fico assim Eternamente só. Este poema, intitulado “Eternamente só”, foi elaborado no âmbito do concurso “Arte com Chá”, promovido pela ESMS, que consistia na elaboração de um poema subordinado ao tema da “Solidão”. Com grande orgulho, fui vencedora desse concurso e

gostaria de dedicar este poema à minha turma, 11CT6, porque, sem os meus colegas e amigos, nada seria possível. Esta vitória é minha, mas é principalmente deles, porque qualquer bom escritor escreve por amor à escrita, contudo, sem o apoio

de quem está ao seu redor, os resultados podem não ser os esperados. Obrigada a todos os que admiram o meu trabalho, obrigada a todos os que me apoiam, obrigada 11º CT6! Beatriz Melo, 11º CT6


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Esperança

Esperança Portuguesa

Esperança eu não te sei descrever pois não é algo que eu poderei alguma vez ter.

A esperança consigo sentir E algo forte vindo de mim E não consigo impedir Mais, como irei viver assim?

Minha Esperança onde estás? Que eu procuro e não te encontro neste momento sagaz!

De canto em canto, Só avisto a euforia da tristeza! Parece que perdeu o seu encanto, Mas porque desapareces, alma portuguesa?

Esperança não posso viver sem ti neste mundo tão cruel com a força de uma folha de papel. Minha Esperança não me deixes sozinho neste poço sem fundo tão vasto e tão vazio. Carla Ribeiro 12°LH3

O verão é inverno em Portugal! Antes o inverno era o verão, Agora é comida é sem sal, Mas porque ainda esperas na escuridão? Eu tenho esperança portuguesa! Em te ver de novo connosco, Sem aparecer essa tua fraqueza Para nos tirar este olhar fosco. Rafael Félix 10°LH1

"Esperança", ilustração de Catarina Silva, 10º AV1

"Esperança Portuguesa", ilustração de Catarina Silva, 10º AV1


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→ Biologia e Geologia

Voltamos aos laboratórios de Biologia e Geologia! Depois de tanto tempo em pandemia, em que devemos manter a distância física, ter cuidado redobrado com a higiene pessoal e do local de trabalho e em que não pudemos realizar as atividades laboratoriais, que nos permitem pôr em ação a ligação entre os conteúdos lecionados nas aulas de Biologia e Geologia e o nosso dia-a-dia, este ano pudemos lentamente, e com todos os cuidados, voltar ao laboratório. Sempre de bata vestida, cabelo preso e mesas, materiais e mãos higienizados, voltamos ao laboratório. Os alunos de Biologia e Geologia do 11º CT6 pensaram, pesquisaram e elaboraram os protocolos para a aplicação dos processos de fermentação estudados nas aulas nas atividades humanas e fizeram pão de alfarroba (delicioso) (figura 1) e iogurte. “Professora é muito mais interessante sermos nós a planificar e a pôr em prática o que estudamos”, como diz o João Nuno. Também aplicaram os conhecimentos sobre a constituição da célula para extrair e visualizar o DNA de células de banana e de kiwi (figura 2), assim como os conhecimentos sobre os ciclos de vida dos seres vivos para analisar estruturas de plantas como os fetos que embelezam

as nossas casas e perceberem como se disseminam na natureza. Os alunos do 10º CT7 aprenderam e puderam, finalmente, praticar a elaboração de preparações microscópicas (Figura 3) e a respetiva observação ao microscópio ótico composto (MOC), o que exige cuidado no manuseamento, assim como Figura 1: Pão de Alfarroba prática na focagem (figura 4). Também observaram a importância da água na manutenção do equilíbrio das células e, portanto, de cada ser vivo, através da realização de trabalhos sobre osmose com pétalas de diferentes flores (figuras 5 e 6). No primeiro período, simularam a influência da diferença de temperatura e da viscosidade em materiais como o mel (figura 8), para procurarem Figura 2: Extração de DNA de banana perceber melhor os fatores que influenciam a viscosidade da lava numa erupção vulcânica. Parabéns jovens pelo vosso trabalho, empenho e organização.

Figura 3: Observação microscópica

Prof.ª Frederica Sampaio

Figura 4: Células em equilíbrio

Figura 5: Células após perda de água por osmose

Figura 6: Células em equilíbrio

Figura 7: Do que depende a viscosidade de uma substância.

A sabedoria dos homens é proporcional não à sua experiência, mas à sua capacidade de adquirir experiência. George Bernard Shaw


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Filosoarte A apreciação de uma obra de arte ou a definição do que é arte é, sem dúvida, indissociável da Filosofia. Esta área do saber procura dar resposta a perguntas que podem ser respondidas de modos distintos, segundo diferentes pontos de vista. Neste caso, é patente que a simplicidade de respostas e noções imediatas esbarram com a problemática da indefinibilidade do conceito de arte e consequente necessidade de recorrer à Filosofia da Arte. Assim, para melhor compreender o que é a arte e as teorias a esta associadas, foi, indubitavelmente, muito importante a realização de uma visita de estudo ao Museu Alberto Sampaio. Esta visita foi promovida no âmbito da disciplina de Filosofia das turmas 11.º CT5, CT6 e CT7. No museu, tivemos a oportunidade de visualizar várias obras, datadas de diversos períodos históricos, essencialmente desde o século XVII até à atualidade. Chegado o momento de apreciar e interpretar as obras selecionadas pela guia do museu, e depois de identificados os acontecimentos retratados e as técnicas utilizadas nas mesmas, verificamos que existiam técnicas e estilos muito variados consoante o período histórico em questão. Contemplamos uma pintura a fresco do século XVI, a “Degolação de São João Batista”, e compreendemos que os estilos de vida se alteraram muito desde a época a que a obra remetia. Observamos ainda pinturas a óleo, ligeiramente mais recentes que a anterior, mas um pouco mais expressionistas e menos convencionais, tais como “São Miguel e Santa Margarida” ou “Tríptico da Lamentação” (obras do “Mestre Delirante”). Fomos, então, convidados a relacionar aquilo que visua-

lizávamos com os conteúdos abordados desde o início do ano na disciplina de Filosofia e verificamos que muitas das obras se enquadravam em duas das teorias essencialistas estudadas: a teoria da arte como representação e a teoria da arte como expressão. Estas duas teorias têm em comum o facto de definirem a “arte” atendendo às suas caraterísticas intrínsecas. A teoria da arte como representação defende que algo é arte se representar/imitar algo real. Por seu turno, a teoria da arte como expressão designa a arte como um meio de expressão e experiência de sentimentos e emoções. Além disso, muitas daquelas obras referiam-se a acontecimentos religiosos e/ou históricos, existindo, portanto, a possibilidade de as apreciar e interpretar com base na teoria histórica, não essencialista, que considera que a arte é necessariamente retrospetiva, uma vez que a criação artística estabelece uma relação com a atividade e o pensamento humanos presentes ao longo da história da arte. É a intencionalidade de o artista em inserir a sua obra na história da arte, numa dada tradição, que define a obra de arte. Quase a terminar a visita, fomos convidados a apreciar uma exposição de arte contemporânea de jovens vimaranenses - Guimarães Project Room - em que os seus autores pretenderam enriquecer algumas das salas do Museu Alberto Sampaio com as suas instalações / produções de som e vídeo. As obras foram vistas e discutidas pelos alunos, sendo que a perplexidade inicial, considerando a sua diferença face às obras observadas até ao momento e a apropriação por parte dos artistas de materiais e objetos do quo-

Tríptico da Lamentação, Século XVI

Guimarães Project Room

tidiano, deu lugar à reflexão e ao questionamento – podemos considerar estes artefactos obras de arte? Relembramos, então, o abordado sobre a teoria institucional da arte. Esta teoria, também não essencialista, define uma obra de arte como um artefacto que adquire estatuto de obra de arte se uma instituição do mundo da arte (artistas, críticos, galeristas, diretores de museus) o considerar como arte. Basta relembrar, por exemplo, o urinol do francês Marcel Duchamp, no início do século XX, ou a cama desarrumada de Tracey Emin. Estas obras são consideradas obras de arte porquanto foram acei-

tes como tal pelo mundo da arte enquanto instituição. Algumas obras contemporâneas não têm como objetivo expressar sentimentos ou imitar a realidade, tal como se verificava em algumas obras dos séculos XVII ou XVIII. Têm, por outro lado, o objetivo de provocar o espectador, com uma arrebatadora originalidade. Além de todos os aspetos já considerados, que consolidaram os conhecimentos adquiridos nas aulas de Filosofia, foi igualmente relevante o desenvolvimento de uma dinâmica de grupo, justamente após um período tão difícil como está a ser o da pandemia. Beatriz Melo, 11º CT6


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Caros leitores... Bem-vindos ao espaço da nossa escola, o espaço onde passamos uma boa parte da nossa vida e, nos últimos anos, sem direito a contacto físico, nem a sorrisos, que se encontram escondidos atrás das máscaras, em que aperfeiçoamos a comunicação através do olhar e onde as nossas atitudes se Figura 1 tornam cada vez mais importantes para o bem-estar de todos. A escola continuou a trabalhar. Alunos, professores e assistentes continuaram a procurar fazer da nossa segunda casa um espaço de aprendizagem, partilha e crescimento pessoal. Foi possível descobrir e viajar nas exposições elaboradas pelos alunos com os seus professores (figura 1), descobrir os fósseis nas paredes dos nossos edifícios, receber bem (figura 2) e assistir a palestras presencialmente, com os devidos Figura 3 cuidados, assim como permitir a participação de mais alunos em streaming (figura 3). E depois… pudemos regressar aos recreios, a um convívio mais alargado, mas que pede também mais cuidado, mais respeito pelo outro (figura 4). No entanto, ficam alguns pontos menos bons da forma de estar de alguns de nós: as máscaras pelo chão (figura 5) – não, isto não devia acontecer -, o lixo no chão das salas (figura 6)… Nós somos capazes de melhor! Mas continuamos a ter os nossos arFigura 5 tistas a preparar iguarias (figura 7), a ajudar na manutenção dos computadores, a dinamizar lojas temáticas, a lembrar a importância da saúde física, mental e social e… a registar discretamente cada momento da nossa atividade (figura 8). Continuação de bom ano letivo e muito sucesso para todos.

Figura 2

Figura 4

Figura 6

Mrs Happy Sunglasses

Figura 7

Figura 8


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Sonhar, criar, ilustrar nas aulas de Desenho "A arte consiste em fazer os outros sentir o que nós sentimos, em os libertar deles mesmos, propondo-lhes a nossa personalidade para especial libertação."

Bernardo Soares, in “Livro do Desassossego”

Foi assim, que nas aulas de Desenho sonhamos, criamos, ilustramos,vivemos,nos apaixonamos e "levamos a linha a dar um passeio". A ligação entre as aulas de Português e Desenho deu palco à criação do " nosso" Ramalhete (in Maias, Eça de Queirós) recriado pela imaginação de cada aluno. Apesar da descrição estudada ser igual para todos, foram obtidos Ramalhetes muito distintos, sublinhando a subjetividade da arte e a criatividade de cada um. Porque a arte não é limitadora, para além de criar, foram nos dadas asas para nos inspirarmos em grandes artistas, portugueses e estrangeiros, como foi o caso de Almada Negreiros, que homenageou o "nosso" Fernando Pessoa e nos inspirou a homenageá-lo novamente. Nesta cadeia artística, Fernando Pessoa influencia Almada Negreiros e este influencia-nos a nós,... Ora nós, também temos o objetivo de chegar ao coração do próximo. Já com Van Gogh, continuamos com o mesmo material, mas usamos uma técnica diferente.O pastel de óleo permitiu-nos cores dramáticas e vibrantes, para recriar pinceladas impulsivas e expressivas. A exposição da "nossa" arte motiva-nos e deixa-nos também acreditar que poderemos motivar o outro, num lugar como a escola, que é o berço dos nossos sonhos e aspirações. "A música embala, as artes visuais animam, as artes vidas, a dança e o representar entretêm".

Bernardo Soares, in “Livro do Desassossego” (Fernando Pessoa) Sofia Barroso, Lara Castro, 12º AV1


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↘ Mobilidade Sustentável

Uma Vida com Pedalada Vou de Bicicleta para quase todo o lado! Companheira assídua de múltiplas jornadas, sempre disponível para `conversas´ mais ou menos banais ou profundas reflexões, mostra-se uma boa confidente. Se Ela não me leva, trago-a na minha cabeça e guardo muitas das emoções e sensações (boas e más) que me provoca. Com Ela o caminho revela-se. Seja em meio urbano, a caminho da escola, ou numa linda paisagem junto ao mar, a expectativa é deveras promissora. A imprevisibilidade é o nosso lema, pois quando partilhamos a estrada, seja ela de terra batida, empedrada ou de alcatrão, nunca sabemos o que nos espera. Um súbito aguaceiro, a buzinadela de um automobilista impaciente, o fumo e o barulho de uma “panela furada”, um furo inesperado, ou então um raio de sol outonal, o respeito de um motorista bondoso, a fragância de um jardim de alfazemas, ou melhor ainda, o lindo sorriso de uma pessoa solidária perante um infortúnio da viagem. Será exagero ou mania aos olhos dos outros, é muito real para mim. É de Bicicleta que verdadeiramente me ´faço à estrada`, que aprendo a respeitar os fluxos e ritmos de cada dia, a saber confiar no meu instinto e a aceitar que nem todos os dias são bons para pedalar. Com a sua ajuda também aprendi a respirar, a ir ao fundo dos meus pulmões e a libertar o ar aprisionado, dando oportunidade

ao oxigénio de fazer o seu trabalho. Ela sintoniza-me com a rotação da terra e exalta o presente, numa dimensão muito pessoal do tempo e do espaço. O que importa está aqui e é agora, numa visão de que “o mundo gira sempre no sentido certo” numa delicada e incessante pedalada. Para me conhecer melhor, para me compreender melhor, para fazer escolhas e levar o estritamente necessário recorro à minha Bicicleta. Em cima dela vejo mais longe e tudo se torna mais simples. Concentro-me na viagem, na sua beleza e nos seus perigos. Foco-me no essencial, na energia que me faz prosseguir. Apercebo-me que ao pedalar “preciso de cada vez menos, para ser cada vez mais". Sigo o meu rumo incerto, na certeza que avanço. Com Ela “vou onde for preciso ir” (onde o destino me levar). Ela permite-me seguir ligeiro na suave brisa matinal ou então firme para enfrentar a forte ´nortada` tardia, que se quer pelas costas. Todos os dias pedalo a acreditar que a melhor viagem está para acontecer, preparado para os desafios que valem a pena ´trilhar` e outros que mais vale contornar. “Ter coragem não é igual a não ter medo”. Como a maioria de nós, também sinto ansiedade e insegurança quando, de bicicleta, enfrento os perigos de um trânsito intenso, repleto de automobilistas apressados ou então

Enquanto professor, tento pedalar para uma vida com sentido e preenchida de momentos significantes e partilhados, numa atmosfera (trans) formadora. Espero que façam parte do meu ou de outro qualquer ´pelotão` capaz de vos inspirar, apoiar e tornar em melhores pessoas.


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desiludido com a falta de vias planas e desimpedidas. São muitos os argumentos que poderia invocar para abdicar desta vida com pedalada. Contudo, é legítimo o meu desejo por um transporte mais ativo e estimulante, por trajetos carregados de experiências sensoriais que me despertem para outras emoções, sendo claras para mim os proveitos (pessoais e ambientais) desta opção em duas rodas. Por mais vigorosa que seja a subida e por mais que me tremam as pernas, o importante é persistir e acreditar que o que se segue irá tornar-me melhor. A frase entusiasticamente repetida pelo meu saudoso amigo Orlando: - “É SEMPRE A DESCER ATÉ LÁ CIMA!” começa a fazer sentido. Hoje entendo a grandeza dos seus gestos e da sua mão estendida nas costas de um qualquer ciclista em dificuldade, dizendo num tom amistoso: - Vai ao teu ritmo, o importante é chegares! Agora percebo a razão de ser sempre dos últimos à chegada, senão para desfrutar e partilhar da vitória alheia, quando os seus atri-

butos físicos e mentais lhe permitiam gozar uma chegada precoce e tranquila. Foi sempre um prazer partilhar a estrada com ele e principalmente subir na sua companhia, pois nenhum sofrimento era em vão. A sua presença era notada por todos e a sua proximidade uma injeção de energia positiva, onde raramente ou nunca lhe víamos o dorso da sua jersey (camisola ciclista), a não ser para nos rebocar pela ribanceira acima. Gosto do que faço e de quem sou quando pedalo. Sinto gratidão pela oportunidade de seguir leve o rumo que a vida me reserva e sem desatino, procuro carregar apenas aquilo que me faz falta. Peço forças para me aguentar firme no meu selim e energia para perseguir esta viagem admirável. Ter sensibilidade para este prazer sem fim e perseverança para contagiar os que comigo pedalam nesta vida de esperança. Sensibilidade para este prazer sem fim e perseverança para contagiar os que comigo pedalam nesta vida de esperança. Enquanto professor, tento pedalar para uma vida com sentido e preenchida de mo-

mentos significantes e partilhados, numa atmosfera (trans)formadora. Espero que façam parte do meu ou de outro qualquer ´pelotão` capaz de vos inspirar, apoiar e tornar em melhores pessoas. “Quatro rodas movem o corpo, duas libertam o espírito” Velorution Prof. Ricardo Lopes, Coordenador do Projeto Escola com Pedalada

Texto produzido no âmbito do projeto de Cidadania da turma 12ºCT4, inspirado da obra de Sofia Castro Fernandes, DESCOMPLICA 11 verbos que vão transformar a tua vida. Texto baseado no verbo ENTREGAR (pág. 122) e DESAPEGAR (pág. 131 a 143).


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1984, de George Orwell 1984, de George Orwell, é um romance distópico, ou seja, passa-se num futuro em que o regime é totalitarista e opressivo. A obra fala-nos de uma sociedade que é monitorizada vinte e quatro horas por dia (o que dizem, o que fazem, como agem, e até os seus pensamentos tentam ser analisados), através de “telecrãs” (um género de televisão, que para além de emitir som e imagem, também os capta), implementados pelo “partido” em todo lado. O “partido” é o regime totalitarista que governa, tendo como líder “o grande irmão”. Para além das pessoas, o partido também controla o passado, reescrevendo-o sempre que vê necessidade. O protagonista é Winston Smith, um funcionário do partido que começa a desenvolver ideias contrárias àquelas que o partido defende e impõe. O que mais me impressionou nesta obra foi o facto de, apesar de ser do século passado, se manter bastante atual. Atualmente, pelo menos em Portugal vivemos em democracia, todavia estamos constantemente a ser monitorizados quer pelos nossos amigos, através das nossas publicações nas redes sociais, quer pelas empresas de publicidade que analisam os nossos interesses para nos fornecerem o melhor tipo de publicidade. No fundo, o que é temido e criticado na obra, é o que acontece nos dias de hoje, e isso é assustador! Nós vivemos, inconscientemente, sem liberdade, ao contrário do que acontece no romance. Eu escolhi esta obra, pois gostei muito das críticas que li acerca dela, e agora, após tê-la lido, concordo com a maioria delas. George Orwell escreveu uma obra à frente do seu tempo, e, se ao invés de 1984, o título da obra fosse “2021”, poder-se-ia até conspirar que a obra era um presságio. Em suma, considero que toda a gente deveria dar uma oportunidade a esta obra, pois após a sua leitura damos mais relevância à liberdade. João Fernandes, 10º CT7

(...) O que mais me impressionou nesta obra foi o facto de, apesar de ser do século passado, se manter bastante atual. Atualmente, pelo menos em Portugal vivemos em democracia, todavia estamos constantemente a ser monitorizados quer pelos nossos amigos, através das nossas publicações nas redes sociais, quer pelas empresas de publicidade que analisam os nossos interesses para nos fornecerem o melhor tipo de publicidade.

edição online em www.esmsarmento.pt


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Apreciação crítica da crónica “Amor e batatas”de Ricardo Araújo Pereira Com esta crónica, Ricardo Araújo Pereira comenta sobre um assunto comum, o amor. Contudo, numa maneira diferente da usual, associando o tema às “batatas moles” que a avó lhe fazia. Na sua infância, sentia o profundo amor que recebia da sua avó, não através do contacto físico, mas sim pelos pequenos gestos que ela realizava no seu quotidiano. O costume da avó que mais o marcou foi a fritura de batatas que, pela antecedência com que eram cozinhadas, ficavam moles. Esta antecipada preparação do almoço pela avó era um gesto de amor, pois tinha como objetivo assegurar a sua finalização a tempo do neto comer e garantir que nada lhe faltasse. Com efeito, quando terminei a leitura do texto e o analisei devidamente, uma certa admiração pelo cronista surgiu em mim. Este sentimento deveu-se à discreta, mas valorosa

consciencialização, de que não existe uma única ação que não transcenda e conecte os corações das pessoas, por mais trivial que ela possa parecer. Além disso, também concordo inteiramente com a sua posição sobre as múltiplas formas de manifestação do amor, visto que todos nós nos manifestamos de maneira diferente e peculiar. Por esta razão, creio que é necessário conhecermos propriamente uma pessoa, para desvendarmos a sua forma de exteriorizar as emoções. Concluindo, a ponte estabelecida entre um ato tão banal como fritar batatas e um conceito tão grandioso quanto o amor, é digna de apreciação! Ao longo deste texto, vemo-nos obrigados a navegar pelas nossas memórias, a fim de pescar uma lembrança que exemplifique a moral deste texto, o que nos proporciona uma terna nostalgia.

Leonor Abreu Fernandes, 10º CT7

My justice Today it's cold. Actually, it's cold and dark everyday in this place. It has been a while since I saw the sun and felt the chilly air of the night. Honestly, I don't know how many days have passed since I was locked up here. “Why? Why are you here?”. That's what they asked me when I came to this prison. I could have lied or refused to answer, but I didn't feel like it was necessary to hide it, so I was honest and told them. “Well, that's an easy question. I murdered someone. Actually, I murdered a lot of people.” They all look at me like I'm a monster, but they forget that they are also here for some reason, and I doubt it's a good one. It all goes back to some years ago, when I was a teenager. My father worked as a cop and my mother wasn't even in the picture.

I was an average student, but one day I heard my dad talking about a case in which some man stabbed a woman because he was drunk. It was a normal case, but there was something special about the man. He was a powerful person and after talking with some cops, he was able to erase that case from the police files and that made my blood boil. I understood that day that I couldn't trust justice, not even my father who was a cop. I could only rely on myself. So I did it, I did justice with my hands and that's how everything began. I became a cop and started doing the dirty job no one besides me could do. And now, I'm here. I was finally caught, at least that's what they think. The truth is that I'm here to do my last job, since I'm already old. After all, I want to use everything I have learnt, no-

thing is useless and I learnt about bombs for some reason… Bárbara Mota, 10ºSE2


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Uma turma difícil e... Exemplar No dia 27 de janeiro, para comemorar o dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, a nossa turma, acompanhada pela professora de Português, Joana Silva, visionou o filme “Uma Turma Difícil”, disponível para escolas na plataforma de filmes do PNC. Trata-se, a meu ver, de um filme educativo, onde os valores da cidadania estão presentes. Aborda os problemas sociais, raciais e religiosos, promovendo uma homenagem e uma perspetiva histórica a Auschwitz e ao Holocausto. O título, “Uma Turma difícil”, foi o que nos despertou a atenção, deixando-nos intrigados e perplexos. Que relação haveria entre O dia em Memória das Vítimas do Holocausto e Uma turma difícil?! Quando ouvimos o título, “Uma Turma difícil”, associamos rapidamente a turmas complicadas, recheadas de alunos desmotivados, indisciplinados e onde cada aula se torna um desafio mesmo para os professores mais persistentes e determinados. À medida que a ação do filme avançava, percebemos a razão. Foi justamente com uma destas turmas difíceis que a professora de História decidiu tentar algo diferente das estratégias habituais, propondo aos alunos um daqueles desafios (que geralmente se reservam às turmas mais res-

ponsáveis), a participação num concurso nacional das memórias da deportação e do Holocausto. Ao longo do filme, pudemos ver como a participação dos alunos no projeto, de início quase impossível, acabou por envolver os alunos, construindo laços de amizade, solidariedade e cooperação entre os jovens e como constituiu uma bem-sucedida tarefa escolar. No fundo, este filme revelou-se uma experiência transformadora na vida dos in-

tervenientes e teve um impacto profundo nas nossas vidas, não só enquanto alunos, mas também enquanto pessoas, pois fez-nos embarcar numa realidade atual, recordar a História, e a importância de refletirmos sobre os nossos comportamentos e nos questionarmos sobre os preconceitos sociais. Esperamos que a professora nos continue a mostrar filmes que, tal como este, nos façam refletir e crescer. Ana Monge, 1º PM

O Deus das Moscas”, William Golding Em “O Deus das Moscas”, William Golding convida-nos a entrar num mundo fictício que, infelizmente, espelha a nossa realidade. Um grupo de meninos, entre os seis e os doze anos, encontra-se numa ilha após um trágico acidente de avião, do qual são os únicos sobreviventes. Ralph, que simboliza a civilização, é nomeado líder pelos rapazes e julga necessário estabelecer uma sociedade enquanto esperam por um possível resgate. Este frágil equilíbrio foi facilmente quebrado por Jack Merridew, representante do caráter selvagem. Este quer governar o grupo e, demonstra, persistentemente, a sua natureza bélica, desde o momento em que transforma o coro em caçadores até à tentativa de caçar um companheiro. De todas as persona-

gens, esta foi a que mais me cativou, pois representa a obscuridade da mente humana, assunto que me desperta a curiosidade. William Golding possui o dom de esconder a genialidade da sua escrita com simplicidade, como no uso recorrente de analogias. A meu ver, a parte mais importante da obra é quando, no capítulo IV, o autor nos revela a perversidade dentro da mente de Merridew, revelando os seus pensamentos durante a matança do porco. Esta passagem surpreendeu-me, porque foi aí que percebi o quão atípica esta obra é, que alude a características e problemas da sociedade através de crianças. Golding transmite que o instinto de civilização é algo forçado pela coletividade e não uma qualidade natural. Por essa razão, se reti-

rarmos as regras da sociedade retornaremos a seres primitivos, saturados de ferocidade. Apesar de recomendar profundamente esta obra, não concordo totalmente com a sua mensagem, visto que sempre existirão pessoas intocadas pelas trevas, como o inocente Simon, cuja bondade é uma aptidão inata. Estas pessoas representam a pequena esperança de que a Humanidade pode ser boa e não repleta de crueldade. Leonor Fernandes, 10º CT7


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Poesia A minha Maria Eduarda,

Tu

A minha atenção tiveste desde o primeiro instante, Quando os meus olhos em ti se focaram. Como as correntes do mar revolto, As tuas belas formas me acorrentaram. E, para meu grande tormento, Soube que era teu desde esse momento.

Homem sabido das ciências, Espírito boémio ao madrugar, Apenas interessado nas aparências, Sedutor, um encanto para elas! Mas o seu coração, esse, parece não saber amar!

Nunca vi tamanha elegância e delicadeza! Cabelos loiros, luminosos como o sol, Olhos vivos que brilham como estrelas, Voz suave como o canto do rouxinol. E as tuas tentadoras carícias! Oh! Como aspiro perder-me nelas!

Até apareceres tu…. Uma deusa, maravilhosamente bem feita, Inteligente cujo sorriso fê-lo questionar, Estarei pronto para amar? Não! Impossível existir uma pessoa tão perfeita!

Não restam em mim forças para o negar, Que o sangue que corre nas minhas veias É tão encarnado e desgraçado como o teu! Oh! Triste e cruel destino, Que arrancas o meu coração, A minha alma, a minha dama! Que tiras de mim, com enganos e tormenta, A minha Maria Eduarda! Poema de Carlos da Maia a Maria Eduarda, a partir da leitura de Os Maias, de Eça de Queirós. Vânia Lopes, 11ºAV1

Solidão

Até apareceres tu… Mas porquê tu? Logo tu para me perder nesta paixão! Porquê tu? Isto não pode resultar! Tinhas de ser tu? Poema de Carlos da Maia a Maria Eduarda, a partir da leitura de Os Maias, de Eça de Queirós. Alexandra Mesquita Alves 11ºAV1

Solidão Uma escuridão em um dia de verão. O sol queima, mas não brilha! Uma tristeza de emoção, Rodeada de pessoas, mas sozinha.

São as gotas a bater no chão, Uma alma só na escuridão, Que por mais que anseie por alguém igual Sozinha deve ficar no final.

Distante do mundo, sentimento frio e gelado, Esperança bem lá no fundo, Um coração apertado.

São as noites passadas a chorar Todos os gritos que deseja libertar Mas a cada lágrima que cai Mais tristeza ela atrai.

Desespero e medo, Medo de morrer só! A insónia domina, O corpo não respira.

São os amigos que não existem As falsidades que persistem Mas por cada sorriso rasgado Há um preço a ser pago.

Morto por dentro, Todo o dia uma luta. Depressão profunda, Uma morte dura.

É numa noite de luar A última vez que a ouvimos cantar Pois esta alma ignorada Vai partir de vez, de madrugada. Matilda Rocha, 10ºLH1

(à parte) Uma frieza vinda do coração. Sentir um vazio profundo, Uma alma em busca de emoção. Sentir-se distante do mundo, Muitos sentimentos maus! Paula Rocha, 10º LH


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Universo ESMS

Dead Poets Society, ensina-me a sonhar “Uma criança, um professor, uma caneta e um livro podem mudar o mundo.”, Malala Yousafzai “Dead Poets Society”, o “Clube dos Poetas Mortos” é um filme de 1989, que conta com Peter Weir enquanto realizador e com os brilhantes atores Robin Williams, Robert Sean Leonard e Ethan Hawke no elenco principal. A ação ocorre durante o ano de 1959, num Liceu para rapazes, de nome Welton Academy, que é conhecido pelas suas rígidas tradições e pelo seu grande prestígio, por ser o berço dos futuros líderes da América. Em Welton, a aprendizagem de cada aluno é regida por 4 pilares – tradição, honra, disciplina e excelência – que são meticulosamente seguidos e assertivamente aplicados por cada professor, até ao dia em que um novo professor de Inglês entra na vida dos estudantes de Welton para desafiar a tradição e as regras e ensinar-lhes algo muito mais importante do que aquilo que está escrito nos livros. Conjugando o sentido de humor tão característico do grande Robin Williams com o romantismo típico de um professor de Inglês, John Keating capta facilmente a atenção de cada aluno que passa pela sua sala de aula, mas particularmente de um grupo de sete rapazes – Neil Perry (Robert Sean Leonard), Todd Anderson (Ethan Hawke), Knox Overstreet (Josh Charles), Charlie Dalton (Gale Hansen), Richard Cameron (Dylan Kussman), Gerard Pitts (James Waterson) e Stephen Meeks (Allelon Ruggiero) –, que, posteriormente, viriam a reerguer o tão aclamado Clube dos Poetas Mortos, fundado por John Keating, enquanto aluno da Welton Academy. A partir daí, qualquer espetador fica encantado ao observar o modo como cada um dos sete rapazes consegue absorver perfeitamente e aplicar os ensinamentos de John Keating aos seus problemas pessoais e, assim, lutar contra eles. Keating ensinou estes alunos, outrora dominados pela rigidez da sua escola, a deixar de ser tímidos, seguir os seus sonhos e aproveitar cada dia como se fosse o último, compreendendo qual o significado de realmente estar vivo. Foi precisamente com este objetivo que o Clube dos Poetas Mortos foi restaurado. Cada um daqueles jovens teve a oportunidade de aprender e

ensinar, ser filósofo, ser orador, ser poeta, exatamente como era o seu ídolo, o seu “oh captain, my captain!”, o professor John Keating, que começou por ensinar Inglês e, no final, mudou o destino destes rapazes para sempre. O “Clube dos Poetas Mortos” é, e sempre será, sem dúvida, o meu filme preferido, e, a meu ver, é aquele filme que qualquer aluno, independentemente de qualquer fator, deveria ver. Este filme transmite uma fortíssima lição de vida: acreditar nos nossos sonhos até ao fim e aproveitar a vida ao máximo. Algumas épocas de maior incerteza ao longo da História vieram demonstrar que, de facto, é essencial que aproveitemos o presente, porque o futuro pode nunca chegar. Nenhum ser humano é capaz de prever o momento em que dará o seu último suspiro, logo não devemos dar demasiada importância àquilo que não a merece. Devemos, pelo contrário, procurar levar alguma coisa positiva deste planeta e deixar também uma obra que possa marcar a vida das gerações seguintes. Esta comédia dramática demonstra, ainda, queiramos ou não admiti-lo, o quão determinante é o papel de um professor na vida de um aluno, em todas as suas facetas e não só na académica. É indiscutível que todos nós já tivemos bons e maus professores, mas talvez até estes últimos tenham a capacidade de mudar o nosso des-

tino. A meu ver, um bom professor é alguém que nunca será esquecido e eu já tive a sorte de me cruzar com alguns que se enquadram neste perfil. Por vezes, ainda que não se aperceba, um professor pode mudar completamente a nossa maneira de pensar com uma simples palavra, desde que esta seja assertiva e dada no momento certo. Repare-se que, no filme, entre Keating e os seus alunos, especialmente Neil Perry, foi construída uma relação de enorme proximidade, que viria a dar lugar a uma grande amizade. Para mim, enquanto aluna, é maravilhoso ver um professor pela primeira vez e sentir, tal como este rapaz sentiu, desde o primeiro momento, que, tanto a nível pessoal como académico, a nossa relação nunca poderá correr mal e eu sei que já tive a sorte de me ver perante esta situação, pelo menos, uma vez. Em suma, deste filme retira-se que é muito importante aproveitar a nossa curta passagem pela vida terrena e que, para nós jovens, é imperativo valorizar cada segundo em que nos é dada a oportunidade de aprender com alguém que tem mais experiência de vida e também de lhe ensinar algo. Carpe Diem! Para a melhor professora do mundo, Beatriz Melo, 11º CT6


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(IR)Racionalidade A razão é definida como aptidão para raciocinar, compreender e julgar e, segundo vários estudos científicos, todos os seres humanos a possuem. Apesar de a razão ser uma característica universal dos homens, é, contudo, notórios que estes nem sempre lhe dão o devido uso. Como referido anteriormente, a razão pode ser definida como capacidade de raciocinar. Assim, todos os seres humanos deveriam ser capazes de refletir acerca das situações e de agir segundo uma decisão muito ponderada e nunca/raramente impulsiva. Todavia, este processo de ponderação e deliberação pode, em alguns casos, ter consequências prejudiciais à ordem e ao bom funcionamento da sociedade, sendo necessária a aplicação de alguma medida que, nos casos mais extremos, poderá passar pela privação da liberdade. Ora, quando um ani-

Flávia Machado, 1º SE1

mal (que é um ser irracional) não se comporta tranquila e ordeiramente, é também comum privá-lo da liberdade através de trelas, gaiolas ou jaulas, dependendo do tipo de animal em questão. Verifica-se, assim, uma incongruência: os homens, dotados de razão, e os animais, que não o são, têm comportamentos semelhantes e são punidos de modos semelhantes. Além disso, a razão é a capacidade de compreender. Os homens deveriam, portanto, ser capazes de acatar ordens e/ou conselhos, o que nem sempre se verifica na sociedade atual. Esta compreensão pode igualmente entender-se como tolerância, cuja ausência se verifica em vários movimentos e atos xenófobos e/ou racistas que têm vindo a ocorrer. Por fim, a razão é definida como capacidade de julgar. Na minha opinião, esta competência está intrinsecamente ligada à de ra-

ciocinar, já que um bom raciocínio deve ser precedido de um bom julgamento. Mais uma vez, os homens nem sempre se julgam uns aos outros da melhor maneira, o que poderá igualmente conduzir a movimentos e atos xenófobos e/ ou racistas, confirmando que as definições de razão estão correlacionadas.

Em suma, parece que o Homem tem uma tendência natural para ser irracional, mesmo estando cientificamente comprovado que a realidade deveria ser a oposta. (realizado na aula de Português Beatriz Melo, 11º CT6

Rodrigo Lopes, 1º SE1

PRAIAS; ESCOLA; RELA; I; S; ALAR; OSI; AM; PC; AMO; AT; CBU; ORA; IM; SERIAL; ROMANA; SIBUTRAMINA; C; MALA; DIGO; C; AS; RAN; ITA; VA; TIA; RE; CE; FIM; ALGA; ACA; AIDA; ROUBAM; MAREAR; A; ARTE; EDIL; A; TA; ION; NUA; AD; AMA; UT; TA; PIA; SEIO; ELE; FIOS.

SOLUÇÕES DAS PALAVRAS CRUZADAS N.º 26


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Universo ESMS • Portfolio

O Diário Gráfico, 10º AV1 Ana Maria Faria Ana Maria Faria Catarina Silva

Ana Maria Faria Antônia Ávila

Ana Maria Faria Cláudia Machado Catarina Silva


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Universo ESMS

Ana Maria Faria Catarina Silva

Antônia Ávila

Catarina Silva Antônia Ávila Cláudia Machado


Jornal ‘O Pregão’ Número: 26 online: issuu.com/opregao impresso: biblioteca e sala de estudo Pede uma cópia impressa na reprografia. Se pretendes ver publicado o teu artigo ou trabalho no jornal da escola, envia-o para o email: o.pregao@esmsarmento.pt

Equipa de ‘O Pregão’ Ana Maria Silva Beatriz Melo (11ºCT6) Fátima Caldas Jorge Faria José L. Faria

26

www.esmsarmento.pt Palavras Cruzadas 26

Calendário Escolar: 2021 2022 1.º período: Entre 14 e 17 de setembro 2021 a 17 de dezembro de 2021 2.º período: 3 de janeiro de 2022 a 8 de abril de 2022 3.º período: 19 de abril de 2022 a 7 de junho de 2022

1

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Prof. António Costa H

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E S M S

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2

Armadilha para pássaros; levantar.

3

Modelo de rede de computador referência da ISO dividido em camadas de funções; amerício (s.q.); sigla de computador pessoal (“personal computer”); patrão.

4

Ástato (s.q.); “Controlo Bibliográfico Universal”; discursa; “Interesses Minoritários”.

5

Posto em série; natural de Roma.

6

Remédio usado para tratar a obesidade, pois aumenta rapidamente a sensação de saciedade, reduzindo a vontade de comer e evitando que sejam ingeridos alimentos e calorias em excesso.

7

Carteira de mão; exprimo por palavras, por escrito ou por sinais.

8

Aquelas; “Reserva Agrícola Nacional”; rochedo; caminhe.

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E S M S

E S M S

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1.ª: 20 de dezembro de 2021 a 31 de dezembro de 2021 2. ª: 28 de fevereiro de 2022 a 2 de março de 2022 3.ª: 6 de abril de 2022 a 18 de abril de 2022

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E S M S

Calendário de exames finais nacionais do ensino secundário 1.ª Fase: 17 de junho a 06 de julho 2.ª Fase: 21 de julho a 27 de julho

Afixação dos resultados dos processos de reapreciação 12 de agosto (1ª fase) e 29 de agosto (2ª fase)

Lugar aprazível, muito procurado no verão (pl.); estabelecimento de ensino.

5

Interrupções das atividades educativas e letivas

Afixação de pautas 19 de julho (1ª fase) e 5 de agosto (2ª fase)

1

V

Sugestões web (Prof. José Faria) https://edpuzzle.com O Edpuzzle permite utilizar um vídeo como um recurso de avaliação. É possível editar o vídeo escolhido e integrar pontos de paragem ao longo do mesmo, onde podemos adicionar notas áudio e/ ou questões de escolha múltipla ou de resposta longa para serem respondidas pelos alunos.

9

Solteirona; acusada; cério (s.q.); cessação.

10

Vegetal clorofilino sem raízes nem vasos, que vive na água do mar, na água doce, ou pelo menos no ar húmido; fedor; nomede uma ópera famosa.

11

Arrebatam; orientar convenientemente as velas em relação ao vento, para que a embarcação navegue.

12

Expressão de um ideal estético através de uma atividade criativa; vereador.

13

Tântalo (s.q.); o mesmo que ião; despida; antiga coligação política.

14

Estima; nome antigo da nota musical que hoje se chama dó e que é a primeira palavra do hino de São João; “Tradução Automática”; carlinga do navio.

15

Glândula mamária da mulher; pronome pessoal que designa a terceira pessoa do singular; encadeamentos.

1

Parte dianteira do navio (pl.); opacidade parcial ou total do cristalino ocular (pl.).

2

Utensílio do jogo do bilhar em que se apoia o taco quando está longe a bola que se vai impelir (pl.); reservatório, em forma de torre, destinado à armazenagem de cereais, cimento e outras substâncias sólidas; goste.

3

Naquele lugar; víscera-dupla; líquido incolor e transparente, insípido e inodoro, composto de hidrogénio e oxigénio, de fórmula química H2O; momento.

4

Passeava; alimentar; inaugurei.

5

Dar ou tomar forma de baú; amarrou.

6

Ao mesmo tempo.

8

Poucas vezes e de modo aleatório.

9

Mineral constituído por óxido de crómio e ferro, que cristaliza no sistema cúbico e é minério de crómio; pastagem comum.

10

Aqui; aliada; andamento orquestral ou peça instrumental de expressão cantabile.

11

Remoinho de água; período de tempo; que cumpre os compromissos assumidos; letra grega, usada em Matemática e Geometria.

12

Pedaço chato e fino de metal ou de outro material sólido; existência; escudeiro.

13

Fragrância; tratamento entre militares e entre filiados de certos partidos políticos.


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