O Pregão, nº 20

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Propriedade: Escola Secundária Martins Sarmento Alameda Prof. Abel Salazar - 4810-247 Guimarães Tel.: 253 513 240 Código da Escola: 402187 Diretora: Ana Maria Silva Coordenação Geral: Joana B. Silva Grafismo e paginação: José Faria Email: o.pregao@esmsarmento.pt nº 20

Jornal da Escola Secundária Martins Sarmento, Guimarães

Abril 2019

MAÇÃZINHAS

Editorial No passado mês de junho, lia um tuite que muito me fez refletir. Dizia assim “Agradecemos a todos aqueles que ensinam nas escolas. Educar é um ato de amor, é como dar a vida” (@Pontifex_pt). Sim, é verdade! Educar é ajudar os jovens a crescer em direção à idade adulta. Mas, ajudá-los a crescer, de que forma? Como pessoas competentes, conscientes, comprometidas e criativas. A nossa sociedade precisa de jovens com pensamento crítico, capazes de responder às necessidades de um mundo globalizado em permanente mudança. E, nós, professores, estamos lá para os ajudar. Mas como podemos ajudar os jovens a crescer, se não o fizermos com o coração? A dedicação, a disponibilidade permanente, o gosto pelo trabalho que executamos, é isto que faz de nós professores dedicados a ensinar com o coração. Nós nunca fechamos a nossa porta, pois sabemos que há sempre um aluno que precisa de nós. E, assim, ajudamos a crescer! E estamos a meio de mais um ano letivo, com novos alunos e com novos desafios. Alunos que queremos ajudar a crescer e a ser felizes. Mas a felicidade é fruto do esforço diário, porque só com trabalho e rigor, conseguimos aquilo que pretendemos. Sem trabalho, muito trabalho, nada se consegue. “No sweat, no gain”! E o nosso jornal divulga o trabalho que vamos realizando, bem como os projetos em que nos envolvemos. E vemos como os nossos alunos crescem… Ele é a voz dos alunos e dos professores. E a voz da ESMS e do seu esforço na formação integral dos seus alunos. A todos, obrigada!

Um tributo à 75ª Comissão p. 02

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Nicolinas 2018: Testemunho do Nicolino José Pedro Saraiva p. 04

Foto: Gabinete de Imagem da ESMS

Ana Maria Silva, Diretora

Notícias: Franscisca Miranda ganhou concurso para a criação da imagem das Jornadas da ESMS

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Universo ESMS: 30 A Bicicleta: uma opção de mobilidade sustentável

edição online em www.esmsarmento.pt

Reportagem fotográfica: 51 Casting Liceu's Got Talent 2019

Notícias: Erasmus + Delegação da Secundária Martins Sarmento na Turquia

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Universo ESMS: Camilo, Camilo Castelo Branco, aos meus olhos

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Diários Gráficos: Artes Visuais da ESMS

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Em destaque • Tradições Nicolinas

Maçazinhas:

Um tributo à 75ª Comissão

Contar de onde veio a ideia dos retratos: da Renata Mendes, aluna do décimo segundo ano de Artes Visuais, a primeira pessoa de que me lembrei quando me sondaram com o desafio. Estávamos em finais de setembro. Recordo-a sempre como uma entusiasta das Festas Nicolinas. No décimo ano, no dia do Pregão, lá veio toda entusiasmada com a sua caixa para ir tocar... o irmão André era um antigo

Nicolino. Ela aqui estava para continuar a tradição. O carro alegórico que representou a Martins Sarmento nas Maçãzinhas integrava, este ano, um conjunto de retratos. Alguns interrogaram-se acerca do tema. Um pouco alheados do conjunto, não repararam nos outros elementos, talvez não estivessem na praça quando, surpreendidos, observamos o momento mais bonito da tarde. Um antigo

e já idoso Nicolino subiu ao carro e ofereceu à esposa a tradicional maçã. Estou convencida de que viveram uma história bonita num dia igual àquele, anos atrás. Era um dos retratados, José Luís Xavier Fernandes, elemento que integrara a primeira comissão eleita, enquanto primeiro secretário, estávamos em 1943. Foi surpreendente encontrá-lo na praça. O nosso tema foi o tributo - aos que, anualmente, se dispõem a

O carro alegórico das Maçãzinhas, número romântico das festividades Nicolinas, brilhou no cortejo arrecadando o primeiro lugar, por unanimidade, pelo segundo ano consecutivo

integrar o grupo que celebra a vida dos estudantes. São eles que nos recordam que ser Nicolino é ser estudante toda a vida. E, pelos vistos, também manter a chama do romantismo. Ao sabermos que, em 2018, se assinalava a comemoração da eleição da 75ª Comissão das Nicolinas, ficou resolvido. Juntámos jovens e velhos Nicolinos e apresentámos onze retratos, além do


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Em destaque

velho Nicolino, os elementos da comissão de 2018: Francisco, José Augusto, Miguel, Luís, Nuno, José Pedro, Alexandre, João Paulo, Pedro e Gil. Os onze retratos foram pintados digitalmente pelos alunos de Artes Visuais. Organizámos um pequeno workshop de pintura digital para aprender a técnica. É verdade, conseguimos iludir algumas pessoas menos atentas. Com efeito, as molduras eram falsas, pois também eram digitais. Foram escolhidas, propositada e minuciosamente, para assinalar a importância do momento. Douradas, como convinha à ocasião, tradicionais e cerimoniosas, para contrastar com a técnica da pintura. Dividimo-nos em grupos. Uns pintaram digitalmente, outros construíram centenas de caixas e bombos em papel e cartolina. Outro grupo criou os números e o suporte que forrou a carrinha, feito com incontáveis bolas de papel, pintadas com tinta em spray. Assinala-se que acrescentamos ao cenário caixas e bombos verdadeiros. Encaixamos o puzzle na manhã do cortejo. Apesar de toda a azáfama, deu ainda tempo para os alunos trocarem entre si presentes de Natal. Ao fim da manhã, tínhamos cumprido o objetivo. E estas ideias de onde surgiram: da experiência de outras ocasiões e do cinema. Lembram-se dos arbustos do Eduardo Mãos de Tesoura? Tão perfeitos e arranjados. Não estou convencida de que o prémio servisse de motivação. Melhor do que receber qualquer recompensa, será agradecer e enaltecer aos que ainda dispõem do seu tempo para desenvolver estes projetos. Para os alunos e também para os professores, são ricos os momentos em que partilhamos uns com os outros aprendizagens e em que conseguimos comunicar e complementar ideias e sugestões. Por isso, obrigada, alunos, Vasco, Filipe, José e Jorge. Prof.ª Raquel Silva

Um antigo e já idoso Nicolino subiu ao carro e ofereceu à esposa a tradicional maçã. Estou convencida de que viveram uma história bonita num dia igual àquele, anos atrás. Era um dos retratados, José Luís Xavier Fernandes, elemento que integrava a primeira comissão eleita, foi primeiro secretário, estávamos em 1943.


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Opinião # Reflexão

Nicolinas 2018 As Nicolinas são a verdadeira representação da cidade de Guimarães. São a representação da força dos estudantes e do sentimento que estes têm pela sua terra natal. Mas, estas festas são muito maiores do que eu imaginava. Quando ingressei na Comissão das Festas Nicolinas 2018, não fazia ideia do que me esperava, nem tinha a noção do trabalho necessário para a realização e a concretização das festas. No dia 28 de setembro, foi a eleição da Comissão de Festas Nicolinas de 2018, no Largo do Toural, com a participação de um elevado número de estudantes das escolas secundárias da nossa cidade. A partir dessa data, eu e os outros 9 membros da Comissão estivemos embrenhados num trabalho constante para que os estudantes e a cidade tivessem as melhores festas possíveis! Foram 2 meses (de início de outubro ao final de novembro) em que a Comissão esteve a labutar, todos os dias, até ao culminar da semana de festas (29 de novembro a 7 de dezembro). Posso dizer que foi a melhor experiência da minha vida e daria tudo para voltar aos tempos em que fiz parte da Comissão! Fiz 9 amigos para a vida, que considero como minha família, pois superamos todos juntos as dificuldades que foram aparecendo. Pois se há coisa que aprendemos, é que nós somos todos um e é este sentimento de união e de partilha que nos fez meter mãos à obra para a realização de umas grandes festas! E não há melhor sensação do que ver uma enorme multidão a viver cada número das festas, o Pinheiro, as Posses, o Pregão e as Maçãzinhas, e sentir o dever cumprido quando as pessoas nos deram os parabéns pelo sucesso das mesmas, nomeadamente os Velhos Nicolinos (que nos ajudaram todos os dias!). É um sentimento de inigualável satisfação em prol das festas Nicolinas e da cidade de Guimarães. Concluo, reforçando que esta experiência muda a vida de toda gente que por cá passa, para melhor! Conhecemos pessoas incríveis, vivemos momentos espetaculares que vamos recordar para o resto da nossa vida! José Pedro Saraiva, 12ºCT2

Posso dizer que foi a melhor experiência da minha vida e daria tudo para voltar aos tempos em que fiz parte da Comissão! Fiz 9 amigos para a vida, que considero como minha família, pois superamos todos juntos as dificuldades que foram aparecendo. Pois se há coisa que aprendemos, é que nós somos todos um e é este sentimento de união e de partilha que nos fez meter mãos à obra para a realização de umas grandes festas



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• Conciliar sucesso escolar e desportivo

ESMS na Videoconferência Nacional das UAARE No dia 23 de janeiro, decorreu uma videoconferência nacional com a presença das 16 escolas UAARE, que contemplam cerca de 500 alunos neste projeto. O ‘streaming’ para a zona norte decorreu a partir da sala de estudo "Aprender+" na academia do Vitória SC, com as presenças da vice-presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Adelina Pinto, do vice-presidente do Vitória SC, Pedro Coelho Lima, do diretor da delegação regional do Norte do IPDJ, Vítor Dias, da Diretora da Escola Secundária

Martins Sarmento, Ana Maria Silva, do Adjunto da Direção da Escola João de Meira, António Bessa, do aluno UAARE- Martins Sarmento, Marco Sampaio e ainda do embaixador do projeto, o futebolista Tarantini. Da Escola Secundária Martins Sarmento, que é uma escola de REDE UAARE, são 29 os alunos integrados neste projeto, com destaque para a parceria pioneira estabelecida com um clube desportivo, o Vitória Sport Clube que conta com uma extensão de sala de estudo "Aprender+" Martins Sarmento,

o Município de Guimarães, e ainda o Agrupamento de Escolas Prof. João de Meira como escola associada UAARE. Esta videoconferência contou ainda com a intervenção do Secretário de Estado da Juventude e Desporto, João Paulo Rebelo, do responsável nacional pelas UAARE, Victor Pardal e dos embaixadores UAARE, Tarantini (futebolista), Inês Henrique (atletismo) e Nuno Delgado (judo). Prof. Adelino Carvalho

A Martins Sarmento foi uma das dezasseis Escolas que participou na 1ª Videoconferência Nacional UAARE, a partir da Sala de Estudos da Academia do VSC. Para além da participação da Diretora da nossa escola, o evento contou com a presença do atleta Tarantini, embaixador UAARE da Zona Norte, de Adelina Paula Pinto, vice-presidente da Câmara Municipal de Guimarães e vereadora da Educação, de Pedro Coelho Lima, vice-presidente do VSC e do Secretário de Estado da Educação.

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• Certificados e Prémios de Mérito

Premiar o compromisso e o trabalho

No passado dia 12 de outubro de 2018, a comunidade educativa da ESMS reuniu-se para celebrar o sucesso dos alunos. Foi um momento para felicitar todos os alunos e alunas pelo seu percurso académico na nossa escola e orgulharmo-nos pelos que o terminaram, findo o 12º ano. Foi na nossa escola que eles consolidaram os pilares fundamentais do conhecimento. Foi aqui que eles complementaram o saber académico com o qual aprenderem a ser pessoas. Acreditamos que ajudamos a formar seres competentes com capacidade de intervir no mundo, de forma consciente, comprometida, crítica e criativa. Foram atribuídos prémios a todos os alunos que, com muito trabalho, se conseguiram distinguir pelos seus resultados escolares, pela sua participação em projetos de valor no âmbito do empreendedorismo e pelas suas aptidões artísticas, dignas de apreço, que contribuíram para a excelência das atividades culturais que vão acontecendo, a cada momento, na escola. Parabéns a todos! Ana Maria Silva, Diretora

• Comunidade ESMS

O Natal acontece na ESMS

Tempo de celebrar e agradecer solidariedade e amizade. No dia 14 de dezembro, realizou-se mais uma Ceia de Natal da ESMS. Ela já faz parte das nossas memórias coletivas. São estas memórias que nos ajudam a criar a nossa identidade e a unir-nos como comunidade. A Comunidade Educativa da ESMS. E foi em comunidade que celebramos e agradecemos a alegria dos valores que tentamos viver durante o ano: a solidariedade e a amizade. São estes princípios que nos fazem caminhar e abraçar projetos em conjunto e a unir as nossas inteligências para melhorar, de forma contínua, a ESMS enquanto instituição educativa. Mais uma vez, a ceia foi preparada e servida pelos alunos do Curso Profissional de Restauração. A cobertura do evento esteve a cargo do Curso de A ceia de Natal foi preparada e servida pelos alunos do Curso Profissional de Restauração da ESMS. Multimédia. Ana Maria Silva, Diretora


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• Ensino Superior

“Inspiring Future”: Feira de Orientação Vocacional na ESMS Realizou-se, mais uma vez, na nossa escola, no dia 24 de janeiro, a feira de orientação vocacional “Inspiring Future”, desenvolvida em parceria com o projeto Yorn Inspiring Future. A atividade mobilizou toda a comunidade escolar e teve como objetivo principal preparar os alunos para o seu futuro escolar e profissional, trazendo, assim, à escola, algumas das maiores instituições de ensino superior do país. O evento, organizado pela Direção e pelo Serviço de Psicologia e Orientação, incluiu sessões de esclarecimento acerca do acesso ao ensino superior, apresentações das instituições de ensino superior e workshops orientados para o desenvolvimento de competências de tomada de decisão, empreendedorismo e proatividade. As sessões de esclarecimento sobre o acesso ao ensino superior, dirigidas a todos os alunos do 12º ano que mostraram muito interesse com a sua participação, incidiram sobre questões relacionadas com o processo de candidatura a esse grau académico. Foram, ainda, realizadas atividades pelas instituições presentes nas áreas da saúde e do desporto, da gestão e da economia, das artes, das ciências e engenharias e das ciências sociais e humanas e dos cursos técnicos superiores profissionais, nas quais os alunos tiveram a oportunidade de conhecer os respetivos planos de estudo, de clarificar questões relacionadas com bolsas de estudo, médias de acesso, provas de ingresso, entre outras. Foram, também, concretizados três workshops, subordinados aos seguintes temas: “Amigos, Amigos… Decisões à parte!”, “Como sobreviver de salto alto e gravata” e “Sai da bolha ou a vida faz-te a folha”. Simultaneamente às apresentações mais dirigidas aos alunos do 12º ano,

no polivante da escola, apresentaram-se vários expositores. Nesse espaço, 35 instituições de ensino superior marcaram presença, onde todos os alunos da Martins Sarmento tiveram a oportunidade de as contactar de perto, tiraram-se dúvidas específicas, indo ao encontro das suas expetativas e perspetivas para o futuro. A dinâmica e a adesão dos alunos, durante o dia, foi extremamente positiva, como revela a avaliação efetuada

nas turmas e pelos depoimentos colhidos durante o evento. Os cursos profissionais da nossa escola garantiram o apoio técnico na área de informática e de multimédia. Agradecemos este sucesso ao empenho de toda a comunidade educativa, à colaboração da equipa Inspiring Future e dos seus parceiros, desejando que a feira, no próximo ano letivo, tenha o mesmo êxito. Prof.ª Sónia Torrinha, Sub-Diretora


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Testemunhos •

"Foi esclarecedor, a palestra deu-me informação útil e até já utilizei o site da Inspiring, ao mesmo que apresentaram de forma agradável, acessível e até engraçada."

"Os expositores, as sessões e workshops foram bastante úteis para nos ajudar nas escolhas do nosso futuro e nos orientar neste momento que estamos a terminar o ensino secundário."

"Na minha opinião, a Feira Inspiring Future é algo necessário pois todos os estudantes têm alguma dificuldade de se inscreverem nos exames."

"Houve uma interação incrível connosco, a exposição dos assuntos foi feita de uma forma mais relaxada e cativante. Gostei muito."

"Para além de informativa e útil, a palestra de acesso ao ensino superior demonstrou-se muito interativa, interessante e divertida."

"As sessões foram esclarecedores e muito úteis. Obrigada à escola e à Inspiring por nos terem proporcionado esta oportunidade."

Simão 12º CT1

Diogo 12º CT1

Afonso 12º CT1

12º AV1

12º AV1

12º AV1

• Feira do Livro 2018

Aprender mais e melhor na Biblioteca Escolar Decorreu, entre os dias 6 e 17 de dezembro de 2018, mais uma edição da feira do livro na biblioteca escolar, cumprindo-se assim um dos objetivos do plano de ação desta estrutura, o da promoção da leitura, do autor e do livro. Contando com a colaboração da livraria Minho, a feira teve uma afluência significativa de professores e alunos, que se traduziu no número de livros vendidos. O apuramento da feira reverterá para a compra de livros para a coleção da biblioteca, sendo, assim, uma ação para a aquisição de novos livros. Este ano, o produto da feira permitiu adquirir 2 obras: Cristiana Lopes, Professora Bibliotecária

Edição/reimpressão:05-2014 Editor:Porto Editora Coleção:Cozinha para Todos


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• Simulacro

Segurança em situação de emergência As medidas de autoproteção visam reduzir a probabilidade de ocorrência de incêndios e facilitar a evacuação e o salvamento dos ocupantes de um edifício, bem como a intervenção dos meios de socorro externo em caso de emergência. Assim, as medidas de autoproteção incluem medidas a adotar para evitar o acidente, designadamente simulacros. No âmbito do Plano de Prevenção e Plano de Emergência da Escola foi realizado, no dia 22 de janeiro, pelas 10h e 50 minutos, um simulacro que decorreu com aviso prévio. A operacionalização do simulacro teve como objetivo a realização de um simulacro parcial, com evacuação do edifício F. Para tal, foi simulado um incêndio no laboratório de Biologia. Participaram na evacuação 412 alunos - 15 turmas. Não houve intervenção dos meios de socorro externos - a equipa de 1º socorros foi constituída por alunos do 3º PS (curso de Saúde). Estes alunos fizeram uma simulação em que aplicaram os seus conhecimentos perante uma situação de ansiedade/pânico de um aluno decorrente de uma situação de emergência. A evacuação, se bem que não tenha sido extraordinariamente rápida, decorreu de forma calma (talvez porque se tratava de um simulacro do qual todos estavam informados); - As equipas de 1º socorro

e controlo/contagem foram rápidas na chegada ao ponto de encontro. Os alunos e professores envolvidos na evacuação, de uma maneira geral, foram decididos na evacuação do edifício e cumpriram as normas adequadas Houve da parte dos intervenientes no simulacro a assimilação do exercício como necessário à organização escolar. Do ponto de vista da comunidade escolar, pensar a segurança é o mínimo exigível para poder agir face ao acidente. Nesta matéria, a população escolar, de uma forma geral, reconheceu essas necessidades e foi muito colaborativa. Prof.ª Manuela Nuno, Delegada de Segurança

A equipa de 1º socorros foi constituída por alunos do 3º PS (curso de Saúde). Participaram na evacuação:

0412 alunos 0015 turmas


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• Dia Internacional da Rádio

Infantário Nuno Simões de visita à rádio da ESMS No dia 12 de fevereiro, assinalou-se mais um dia internacional da rádio, dia escolhido porque, em 1946, a United Nations Radio emitiu pela primeira vez um programa para um grupo de 6 países. Para celebrar esta efeméride, a rádio da ESMS recebeu a visita das crianças do infantário Nuno Simões que participaram numa emissão especial conduzida pelos nossos radialistas Amadeu Almeida e Paulo Soares, alunos do 12º AV. O programa de rádio contou também com a colaboração da Diretora da Escola, a professora Ana Maria Silva, que também contribuiu para que os participantes tivessem um contacto com a realidade de uma rádio. No programa, ouviram-se as crianças, muitas entrevistas e músicas, sempre ao ritmo de boa disposição e conversa animada. A rádio escola da ESMS é um projeto dinamizado pelo Gabinete de Imagem onde os alunos e professores têm a oportunidade de produzirem registo de áudio das várias iniciativas realizadas na escola, a fim de serem tratados e posteriormente emitidos. Prof. José Faria O programa de rádio contou também com a colaboração da Diretora da Escola, a professora Ana Maria Silva, que também contribuiu para que os participantes tivessem um contacto com a realidade de uma rádio.

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A emissão especial foi conduzida pelos nossos radialistas Amadeu Almeida e Paulo Soares, alunos do 12ºAV.


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• Recursos pedagógicos

Renovar, modernizar a nossa escola é realidade! Já há mais projetores Multimédia nas salas de aula. O Projeto Educativo da Escola identifica como um dos seus pontos fulcrais a melhoria “a atualização, manutenção e modernização dos equipamentos informáticos e audiovisuais” e a “rentabilização de protocolos existentes para dotar a escola de equipamentos”. O projeto de intervenção da diretora referia como estratégias de intervenção, “a afetação de verbas do orçamento privativo da escola para fazer face às necessidades relacionadas com os equipamentos” e a “cooptação de parceiros estratégicos, com a intenção de apetrechar a escola com alguns equipamentos necessários à prática letiva, proporcionando-se, deste modo, um melhor trabalho na sala de aula e em diferentes espaços da escola”.

No ano letivo 2017/2018, foi possível colocar 11 novos projetores multimédia nas salas de aula, sendo que duas destas tiveram de ser adaptadas. No início deste ano letivo, ainda tínhamos 9 salas sem computadores e sem projetores. No ano letivo 2017/2018, foi possível colocar 11 novos projetores multimédia nas salas de aula, sendo que duas destas tiveram de ser adaptadas. No início deste ano letivo, ainda tínhamos 9 salas sem computadores e sem projetores. Foi indispensável fazer uma intervenção e preparar essas salas para receber projetores multimédia, considerando que, aquando das obras de requalificação da Parque Escolar, essas mesmas salas estavam

preparadas para receber quadros interativos que nunca chegaram. Desde fevereiro de 2019, todas as salas da escola (à exceção de cinco salas específicas) dispõem de computador e já temos mais quatro dessas salas com projetores, dois adquiridos pela escola e dois oferecidos por um parceiro da comunidade, o Rancho Folclórico da Corredoura. Acreditamos que, até ao final do presente ano letivo, todas as salas de aula possuirão equipamentos informáticos e audiovisuais imprescindíveis para que os professores possam desempenhar a sua ação educativa. Estamos, desta forma, a criar as condições de contexto para que todos possamos trabalhar para a missão da ESMS: proporcionar equidade e qualidade em termos de oportunidades de educação a cada um dos seus alunos. Ana Maria Silva, Diretora

Até ao final do presente ano letivo, está previsto que todas as salas de aula possuirão equipamentos informáticos e audiovisuais imprescindíveis para que os professores possam desempenhar a sua ação educativa.

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• ESMS pela Europa

A nossa Escola na Turquia em Erasmus+ Uma delegação de três professores da nossa escola, composta pelos docentes António Costa, Brigitte Gomes e João Paulo Santos, esteve em outubro na Turquia, na cidade de Antalya, num contexto de trabalhos relativos ao projeto “Erasmus+”, sob o tema “Integrated Curriculum Educational Renaissance STEM-PHASE“. Este projeto inclui, além de Portugal, escolas da Áustria, Espanha, Finlândia, Holanda e Turquia. A delegação da escola participou, em conjunto com os países referidos, em workshops que permitiram a troca de experiências das diferentes delegações, numa formação sob o tema “Integrated Curriculum: Two Birds and One Stone”, promovida pelo professor universitário Mustafa Caner e em diversas atividades letivas, no Sinav Coleji, que foi a sede de acolhimento aos trabalhos desenvolvidos. Neste curto e intenso espaço de tempo, houve ainda tempo ao nível social para uma receção oficial do Mayor de Antalya, para assistir ao espetáculo de dança “Fire of Anatolia Dance Show”, no Gloria Aspendos Arena, um surpreendente recinto, com o palco coberto e as grandes bancadas ao ar livre, apresentada por uma conceituada companhia turca e para uma visita guiada a pontos de referência, no centro histórico da cidade. Inserido no mesmo projeto, a cidade de Guimarães irá acolher os restantes países no próximo mês de maio, durante uma semana, tendo a tecnologia como tema primordial a explorar, estando previstas diversas atividades letivas, formativas, lúdicas e culturais, cujos trabalhos de planeamento estão já em plena marcha, com a finalidade de beneficiar os alunos das escolas envolvidas no projeto e, se possível, com alargamento a outras instituições de ensino. Guimarães saberá acolher bem quem nos visita no âmbito deste projeto, sendo importante que a escola e a comunidade local saiam com uma boa imagem destas atividades. Equipa Projeto Erasmus

a cidade de Guimarães irá acolher os restantes países no próximo mês de maio, durante uma semana, tendo a tecnologia como tema primordial a explorar, estando previstas diversas atividades letivas, formativas, lúdicas e culturais

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• Projeto Erasmus Líderes em Ação

Centro de Formação Martins Sarmento pela Europa Ao longo deste ano letivo, irão decorrer 4 visitas de estudo a escolas do estrangeiro por elementos das direções das 8 escolas do CFAE Martins Sarmento. A Sessão de assinatura do protocolo foi realizada na ESMS com presença de elementos da CIM, da Câmara e das 8 escolas.

O Centro de Formação Martins Sarmento tem estado envolvido em vários projetos de formação para as Escolas Associadas. Assim, destacamos este ano o PROJETO ERASMUS LÍDERES EM AÇÃO – com visitas de estudo direcionadas para professores, no sentido de poderem conhecer escolas de outros países. Ao longo deste ano letivo, irão decorrer 4 visitas de estudo a escolas do estrangeiro por elementos das direções das 8 escolas do CFAE Martins Sarmento, num projeto em articulação com a CIM- Comunidade Intermunicipal do AVE. Esta é uma oportunidade para se abrir portas para outras realidades, mas também para aprofundar e estreitar a colaboração entre escolas. Em Barcelona, foi possível acompanhar o processo de mudança e melhoria contínua das escolas promovido, quer pela Fundação Escola Nova 21, quer pela FJE – Fundação Jesuítas

Educação. Num e noutro caso, a melhoria das escolas verifica-se logo pela criação e/ou readaptação dos espaços mais ajustados às novas realidades e aspirações do ensino. Com efeito, são amplos, versáveis, com paredes de vidro, sendo que as salas destinam-se a mais do que uma turma, onde vários de grupos de trabalho podem partilhar conhecimentos e aprendizagens em simultâneo. No caso dos Jesuítas, em específico, quer seja no ensino regular, quer seja no ensino profissional, o currículo passou a contar com uma dimensão pessoal e espiritual (com reuniões diárias e momentos de reflexão), muito trabalho de projeto, mantendo cerca de 20% de aulas tradicionais. As escolas a liderar a inovação, juntamente com a F. Escola Nova 21, focam-se muito na construção de planos de melhoria por todos os docentes e alunos, sendo que a tutoria ocorre a 100% dos alunos. Também há uma

visão articulada do currículo que surge no centro do ato pedagógico assente no trabalho de projeto; disciplinas de oferta de escola como ética e novas tecnologias; horário ajustado semanalmente; trabalho de competências pessoais de base como a resiliência, autonomia e iniciativa; colaboração de docentes na sala de aula; envolvimento dos pais e da comunidade. A maioria das aulas tem dois professores (uma média de 1,7 professores por aula) numa colaboração partilhada. As três escolas visitadas, em Inglaterra, permitiram ver realidades educativas muito ricas e diversas. A escola Oldfield Park Junior School (com alunos até ao 6.º ano) possui um forte projeto de promoção da leitura, com envolvimento dos pais, uma assembleia diária de alunos, código de conduta muito bem definido, que estruturam a vida diária de toda a escola como comunidade. A definição e tarefas, com


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Professores da direção da Escola Secundária Martins Sarmento irão participar numa “visita de estudo” à Alemanha, para conhecer o ensino profissional deste país e à Finlândia. tempo definido para o seu cumprimento, assumem um papel primordial na promoção da autorregulação e da autonomia dos alunos. Estes mudam todos os anos de turma e de professor para que desenvolvam competências de trabalho em diferentes equipas e para que consigam integrar-se em contextos sociais diversos. Os discentes trabalham todos em grupo. Não se verifica retenção de alunos; a escola paga o material escolar e os alunos, com dificuldades, são retirados da sala para apoio individualizado, em qualquer espaço da escola. A Escola Fosse Way School é uma instituição especial para autistas, com um modelo de Educação Especial distinto da inclusão total, mas com a vantagem de ter um impacto e condições de trabalho muito boas, com uma perspetiva de inclusão dos alunos no mercado de trabalho, este altamente personalizado e com um grande investimento na independência no futuro. Nesta escola, existe uma sala para acalmar; estações de trabalho individualizadas; ginásios com aparelhos para a exercitação física e materiais e recursos diversos para a expressão e comunicação além da oralidade. Também, aqui, verificam-se mensagens visuais com grafismos e simbologia para aqueles que não

Uma das reuniões de acompanhamento do projeto e discussão dos resultados.

conseguem verbalizar as suas ideias. As aulas são preparadas para a particularidade específica de cada aluno, daí um grande investimento na diferenciação pedagógica, pois as aulas têm uma curta duração e muitas atividades práticas (experiência de Biologia, exercícios de física). Além disso, registam-se muitas visitas de estudo à comunidade para conseguir integrar e desenvolver o seu perfil de funcionalidade. Em termos organizacionais, destacam-se a pouca burocracia e rápida gestão das substituições de docentes, bem como uma planificação conjunta de atividades a decorrer. Professores da direção da Escola Secundária Martins Sarmento irão participar numa “visita de estudo” à Alemanha, para conhecer o ensino profissional deste país e à Finlândia. Prof.ª Manuela Nuno, Centro de Formação Martins Sarmento

• Recursos pedagógicos

Orçamento Participativo das escolas: Dá voz aos alunos! Pelo 3º ano consecutivo, os alunos da ESMS decidiram o que queriam melhorar no âmbito do Orçamento Participativo do Ministério da Educação. Trata-se de um processo democrático, com várias etapas, que pretende fomentar o espírito de participação e de cidadania, valorizando a opinião dos estudantes em decisões que os afetam diretamente. O OPE pretende, sobretudo, estimular as escolhas responsáveis, familiarizar os alunos com os mecanismos do voto e a sua participação na execução das seleções efetuadas. Assim, a Associação de Estudantes apresentou, mais uma vez, uma

proposta para a aquisição de 4 projetores multimédia, um bem que, na sua perspetiva, vai ajudar para o enriquecimento dos processos de ensino aprendizagem. O projeto foi submetido na plataforma eletrónica disponibilizada pelo Ministério da Educação e apresentado em sessão pública pelos proponentes. O ato eleitoral realizou-se no dia 25 de março e obteve 250 votos. Os alunos viram, assim, garantida a possibilidade de participarem e, com o projeto apresentado, contribuírem para uma melhoria da ESMS. Mais uma vez, cooperaram para a redução das desigualdades pedagógicas, fruto

do ainda insuficiente nº de projetores existentes na escola, sentidas por alunos e professores, no seu dia a dia. Ana Maria Silva, Diretora

Proposta


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ESMS participa no “EEG Business Day”, na Universidade do Minho No dia 21 de novembro de 2018, a convite da Escola de Economia e Gestão da UM, a docente Engrácia Bastos e a Psicóloga da ESMS, Carla Rodrigues, participaram no “EEG Business Day”. Da parte da manhã, a docente Engrácia Bastos esteve presente numa sessão de intercâmbio com as escolas secundárias, presidida pela Vice-Presidente da Escola de Economia e Gestão e Presidente do Conselho Pedagógico, Professora Doutora Ana Carvalho, a qual divulgou a missão da EEG, os diversos cursos de Licenciatura, Mestrado e Doutoramento, bem como os projetos pedagógicos, designadamente o “EEG Generating Skills”; o Erasmus+ e os obstáculos subjacentes à adesão dos alunos - associados ao parco domínio do idioma inglês, tendo adiantado que diversas UC (Unidades Curriculares) são lecionadas em inglês, a partir do 2º ano, a fim de preparar os alunos para a sociedade atual e poder acolher alunos estrangeiros na universidade. Partilhou, ainda, as múltiplas iniciativas – mais de 150 por ano -, implementadas pela EEG, com vista a aproximar os alunos do mercado de trabalho, nomeadamente a dinamização de workshops/ palestras que versam variadíssimas temáticas (CV, entrevistas de emprego, competências transversais, palestras com ex-alunos, visitas de estudo a empresas, gestão de carreiras, entre outras). O “EEG Bussiness Day” é apenas um exemplo dessas ações que visando apoiar os alunos na sua abordagem ao mercado de trabalho e a sua aproximação à realidade do mundo empresarial. A responsável da EEG solicitou aos convidados das escolas secundárias que sugerissem formas de a universidade cooperar, tendo demonstrado total disponibilidade para colaborar connosco, designadamente através do

Gabinete de Gestão de Carreiras afeto à EEG, onde as psicólogas Ângela Cardoso e Rita Sá demonstraram recetividade em deslocar-se à ESMS com o propósito de elucidarem os nossos alunos acerca das expectativas da universidade em relação aos que nela ingressam nos vários cursos e da preparação que proporciona, de modo a garantir o perfil de profissional exigido pelo universo empresarial - altamente competitivo e exigente. Neste evento, mais de 20 empresas de renome (Bosch, Sonae, Mota-Engil, IKEA, KPMG, INOV Contacto, EDP Renováveis, Jerónimo Martins, Banco Carregosa, Hays, Hilti, …) participaram em conferências destinadas aos alunos da EEG, nas quais fizeram a respetiva apresentação institucional e divulgaram a política de desenvolvimento de carreiras, bem como as oportunidades de recrutamento que oferecem e as competências que procuram e valorizam nos candidatos detentores de grau académico superior. Após o almoço, que decorreu com pompa e circunstância no restaurante panorâmico da UM, seguiu-se uma Mesa Redonda moderada pela Prof.ª Carolina Machado, subordinada ao tema “Desafios na construção de uma carreira de sucesso”, cuja abertura esteve a cargo do Presidente da EEG, Prof. Francisco Ferreira, e contou com a presença de várias individualidades (António Raab, Diretor Geral da Hilti Portugal; Maria Amélia Ferreira, Prof.ª Catedrática da FMUP; e Raquel Vieira de Castro, membro do Conselho de Administração da Vieira de Castro, SA). A Professora Amélia Ferreira considerou que a única certeza que os indivíduos têm aquando da construção da sua carreira é a mudança operada pela transformação tecnológica vertiginosa

Neste evento, mais de 20 empresas de renome (...) participaram em conferências destinadas aos alunos da EEG, nas quais fizeram a respetiva apresentação institucional e divulgaram a política de desenvolvimento de carreiras, bem como as oportunidades de recrutamento que oferecem e as competências que procuram e valorizam nos candidatos detentores de grau académico superior. e, como tal, é crucial a educação e a aprendizagem contínua, bem como aproveitar as oportunidades que a sociedade proporciona. Para responder às exigências do mercado atual é fundamental que a pessoa detenha um conjunto de competências essenciais ao nível da gestão da informação, saber pensar e comunicar, não descurando a necessidade de devolver à sociedade aquilo que ela nos dá. O Dr. António Raab pautou o seu discurso pelo mesmo diapasão da oradora que o precedeu, tendo frisado que a educação é a base de qualquer carreira, sendo a mudança a única constante da empresa Hilti, e a flexibilidade um aspeto decisivo no desenvolvimento da sua carreira, que passou por 8 países.


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Destacou, como fatores-chave do sucesso de qualquer profissional, valores como a integridade, compromisso com a empresa, trabalho em equipa, coragem para a mudança – ainda existem muitas barreiras -, por exemplo, em relação à digitalização. Acrescentou que a sua empresa assegura um ambiente feliz para se trabalhar, pelo que assume uma política de desenvolvimento de pessoas, onde a componente salarial é apenas uma parte dos benefícios dos colaboradores, pois oferece o pequeno-almoço, fruta, e não existe horário de trabalho. As boas condições de trabalho fazem com que os funcionários tratem bem os clientes, fidelizando-os. Por outro lado, a empresa aplica a cada colaborador um inquérito confidencial, com o propósito de conhecer os seus anseios e sugestões, que conduzem à busca de melhorias. A máxima deste CEO é “todo o Homem deve

sorrir”, ou seja, deve estar satisfeito com o seu trabalho, identificando-se com os compromissos da organização. Na opinião da Dra. Raquel Castro, os ingredientes para o êxito de uma carreira passam pela paixão com que nos entregamos aos projetos, abertura de espírito, capacidade para a mudança, crescer com os outros e ajudar os outros a crescer, atitude proativa face aos desafios e flexibilidade. Salientou que o capital humano é essencial para a mudança nas organizações, sendo estas cada vez mais horizontais, pressupondo trabalho em equipa, carecendo de recursos humanos multidisciplinares/polivalentes. Defendeu que as dificuldades inerentes à conjuntura de mudança devem ser colmatadas com formação, sobretudo para lidar com a indústria 4.0; a progressão deve ser por mérito, e enfatizou valores como o respeito e o compromisso.

Na sequência de uma pausa para o lanche, o Consultor/Trainer/Coach da IHAVETHEPOWER, Abel Pereira, fez uma intervenção em torno da temática “Condicionamento para o sucesso: Por que é que uns conseguem e outros não?”. Este especialista centrou a sua intervenção em algumas ideias essenciais que tiveram a proeza de pôr as centenas de participantes a refletir e a fazer uma introspeção. Assim, começou por afirmar que o êxito de uma carreira passa pelo “palco”, ou seja, falar em público, liderar equipas, gerir bem o tempo e a relação com os outros. É importante descobrir como a mente funciona, o subconsciente sobrepõe-se ao consciente, pelo que este é frágil; devemos atender ao diálogo interior. Os resultados conscientes advêm de objetivos claros, esforço, humildade para aprender sempre, visualizar – verbalizar – fazer. Do seu ponto de vista, há mais mimo (incapacitante) do que medo. Aconselhou os estudantes a optarem por percursos que não possam ser substituídos por máquinas e a fazer a parte deles, que Deus fará a melhor. “Ter êxito é concretizar uma intenção e um resultado”. Por fim, fomos brindados com um momento musical muito interessante. Consideramos que a abertura da UM, em particular da Escola de Economia e Gestão, às escolas secundárias é uma mais-valia para a aprendizagem em rede, permitindo a transferência de conhecimentos e a aproximação dos dois níveis de ensino entre si e ao mundo empresarial, favorecendo, também, o trabalho em equipa e a qualidade da educação. Assim, estamos muito gratas por esta oportunidade, bem como pela forma gentil com que fomos acolhidas e felicitamos os responsáveis da EEG por esta fantástica iniciativa. Dr.ª Carla Rodrigues e Prof.ª Engrácia Bastos


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• Atividades do projeto

Voluntariado Martins Sarmento O projeto voluntariado da Secundária Martins Sarmento corporizou no dia 27 de outubro, sábado (8:30 às 18:30), em colaboração com a Cruz Vermelha, uma recolha de alimentos no supermercado Continente. Nesta atividade de voluntariado participaram alunos do 12º AV1, 10º AV1, 12º LH1, 12º SE2 e 2º PAS. Ainda, salientamos que, no dia 17 de outubro, as alunas dos 10º SE2 e SE4 colaboraram na afixação de cartazes alusivos ao projeto OIKOS. O Voluntariado MS tem continuado a trabalhar em parceria com a Cruz Vermelha e as nossas voluntárias participaram com as ações de Embrulhos e Alimentação Saudável. As nossas voluntárias que cooperaram foram as seguintes: No projeto "Embrulhar uma Causa" - Leonor Ferreira, Mafalda Fernandes, Ana Raquel Silva, Rafaela Fernandes, Bárbara Gonçalves, Sara Ferreira e Margarida Lopes; No projeto "A Brincar

e a Jogar Descobre como te Alimentar" - Beatriz Silva, Carolina Vitória, Daniela Coelho e Ana Rita Abreu; Com a União de freguesias de S. Sebastião, na campanha de recolha de alimentos - Mariana Sousa , Beatriz Silva, Helena Cardoso, Carolina Teixeira e Fátima Batista. Com estas iniciativas e as vindouras, desejamos que os nossos alunos que se tornam voluntários para estes atos de solidariedade tenham motivação, disponibilidade e vontade de colaborar com o desenvolvimento e a sua plena integração no mundo social. Com a capacidade de capitalizar estas experiências, vejam, assim, crescer o seu papel não só no exercício da cidadania no domínio da educação, como também na aquisição e desenvolvimento de competências complementares à sua formação académica. Projeto Voluntariado Martins Sarmento

• A ESMS solidária

Campanha de recolha de alimentos Mais uma vez, os nossos jovens do Voluntariado da Escola Secundária Martins Sarmento mostraram a sua motivação, vontade em colaborar e contribuir para a melhoria da qualidade de vida das famílias mais carenciadas da cidade de Guimarães. Participaram numa campanha de recolha de alimentos, momento que proporcionou uma oportunidade para o exercício de uma cidadania ativa e desenvolvimento de virtudes cívicas. O trabalho voluntário, além de ter importância social, promove nos nossos jovens uma maior maturidade, sentimento de pertença à comunidade e responsabilidade social. O Projeto de Voluntariado

Martins Sarmento tem desenvolvido várias atividades em parceria com organizações e instituições da cidade de Guimarães, fortalecendo a aprendizagem de valores éticos dos nossos alunos, promovendo a ideia de que enquanto cidadãos, somos sujeito de direitos fundamentais, mas também temos o dever de ser solidários e participar na construção de uma sociedade melhor e mais justa. Projeto Voluntariado Martins Sarmento


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• Projeto 'Ontem Alunos, Hoje Notáveis'

O que é o design de comunicação? O que é o design de comunicação? O que faz? Como evoluiu? O que é necessário para se ser um profissional de multimédia? Que importância têm as artes visuais na área do design? Como ser bem-sucedido nesta profissão? Como devemos lidar com clientes? Qual a metodologia de um projeto de design? Estas foram algumas perguntas e pontos de partida para uma reflexão que juntou os designers e professores José Faria e Jorge Faria e alunos da ESMS, numa conferência realizada no último dia 06 de fevereiro, organizada pelo projeto Ontem Alunos, Hoje Notáveis. Chegados ao 12º ano, é a altura de um aluno fazer escolhas, de planear o passo seguinte, de decidir o que quer fazer no futuro. Dentre as muitas possibilidades, a área de design de comunicação e audiovisuais é, sem dúvida, uma das saídas mais aliciantes. Como referiram os profissionais, o “... design consegue unir a arte, a criatividade e a tecnologia para comunicar e informar”. Não é, portanto, surpreendente que os futurologistas escolheram esta profissão como sendo uma das mais importantes das próximas décadas, sobretudo por causa dos avanços tecnológicos ligados à interação entre homem e máquina, que irá, segundo alguns, dar um salto quântico. Os alunos mostraram-se muito atentos e interativos, colocando questões e comentários. Ficaram particularmente sensibilizados com as duas principais mensagens transmitidas pelos designers: nesta, como noutras áreas criativas, o sucesso de um profissional passa muito pelo gostar daquilo que se faz e do aprender que nunca acaba, porque a mudança vai ser constante. Estas ideias foram relacionadas com vários estudos de caso, com clientes, dilemas e soluções reais ligadas à profissão. Os designers terminaram a sua intervenção, elogiando a iniciativa de trazer à escola, ex-alunos, hoje profissionais, pois com este contributo proporcionou-se a todos os presentes uma nova e renovada visão sobre o papel das artes-visuais na sociedade civil, indústria e mercado. Prof. José Faria

José Faria Licenciado em Design de Comunicação e Publicidade pelo Instituto Politécnico do Porto, com mestrado em pedagogia e multimédia. Fundou a agência de comunicação ‘Tamanho Real’ em 2004, onde foi diretor criativo até 2009. Desde então, concilia a docência de design e multimédia na Escola Secundária Martins Sarmento, na Academia de Design e Calçado e na Lisbon School of Design, com o design freelancer, audiovisuais e consultoria. Durante o seu percurso, criou e ainda cria marcas para clientes tão diversos como municípios, projetos editoriais e pequenas empresas. Terminou o Secundário no ‘Curso Tecnológico de Artes e Ofícios’ da Escola Secundária Martins Sarmento em 2000.

Jorge Faria Terminou o Secundário no “Curso Tecnológico de Artes e Ofícios” da ESMS em 2000 e é licenciado em Design Gráfico e Publicidade pelo Instituto Politécnico do Porto, com mestrado em Ensino das Artes Visuais. Foi Designer Gráfico na Triple Design, Diretor Criativo na PME-Portugal e Ideia-Atlântico e Consultor de Comunicação no IESF. Foi um dos fundadores da agência de comunicação ‘Tamanho Real’ em 2004, onde trabalhou até 2009. Desde então, concilia a docência de design e multimédia na ESMS, na Academia de Design e Calçado e na Universidade do Minho, com o design freelancer, audiovisuais e consultoria. Durante o seu percurso, criou e geriu a imagem gráfica e comunicação de entidades diversas.


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• Artes-Visuais

Francisca Miranda ganha concurso de criação da imagem gráfica das Jornadas Culturais 2019 Os alunos do 12º ano de Artes Visuais foram desafiados a criar uma ilustração original para figurar nos suportes de promoção das X Jornadas Culturais da nossa escola. As Jornadas, realizadas todos os anos no final do segundo período, consistem num conjunto de iniciativas dirigidas a alunos, professores e encarregados de educação, como exposições, workshops, laboratórios, visitas guiadas à escola, torneios desportivos e outros espetáculos. Desafio aceite! Os alunos aderiram em massa ao concurso e apresentaram trabalhos de grande qualidade que foram ajuizados pelos professores António Costa, Jorge Faria, José Faria, Raquel Silva e Vasco Bastos. A escolha do vencedor revelou-se muito difícil pelo que foi decidido atribuir seis menções honrosas. A ilustração vencedora é da autoria da aluna Francisca Miranda que apresentou três variações, todas tendo como base a fachada da nossa escola. Segundo a aluna, os trabalhos, mais que mostrarem o edifício, remetem diretamente para a diversidade e riqueza de eventos realizada no âmbito das Jornadas Culturais. As experiências foram realizadas a partir de esboços espontâneos em folha de papel kraft com tubo de tinta da china preta. No desenho dos restantes elementos gráficos foram utilizados tinta acrílica, marcador e recortes de papel. Este trabalho será a base gráfica dos cartazes das nossas Jornadas e a versão original será mostrada numa exposição com os restantes trabalhos apresentados. Parabéns a todos os vencedores!

A ilustração vencedora é da autoria da aluna Francisca Miranda que apresentou três variações, todas tendo como base a fachada da nossa escola.

A qualidade dos trabalhos apresentados mereceu o reconhecimento do júri do concurso com a atribuição de seis menções honrosas.

Prof. Jorge Faria Menções Honrosas: Michael Correia, Carolina Mendes, Francisca Correia, Amadeu Almeida, Diogo Lopes, Francisca Correia


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• Visita de estudo

3º PTM visita exposição "I'm Your Mirror" de Joana Vasconcelos No passado dia 1 de março, o 3º ano do Curso Profissional de Técnico de Multimédia visitou, no Museu de Arte Contemporânea de Serralves, a exposição "I'm Your Mirror" de Joana Vasconcelos. Esta exposição reune mais de 30 peças, datadas de 1997 até à atualidade, cobrindo duas décadas de prática artística e analisando o seu desenvolvimento como artista. Inclui muitas das suas obras mais conhecidas, como a Cama Valium (1998); A noiva (2001– 05); Burka (2002); Coração independente vermelho (2005); Marilyn (2011) e Lilicoptère (2012), assim como novos trabalhos criados para esta mostra, como Finisterra; I’ll Be Your Mirror ou Solitário (todos de 2018). A exposição estende-se até aos jardins do Parque de Serralves através de monumentais esculturas de exterior. Joana Vasconcelos: I’m Your Mirror é organizada pelo Museo Guggenheim Bilbao, em parceria com o Museu de Arte Contemporânea de Serralves e a Kunsthall Rotterdam, Roterdão, e é comissariada por Enrique Juncosa. Os alunos beneficiaram, ainda, de uma visita pelos jardins de Serralves, inteirando-se da diversidade do seu património arbóreo e arbustivo, assim como da sua história e origem. Na parte da manhã, a turma visitou a 12ª edição da Qualifica, Feira de Educação, Formação, Juventude e Emprego, na Exponor. A Feira contou com a presença de 115 expositores que ofereceram, ao longo do dia, um animado programa de atividades que permitiu aos alunos conhecer uma vasta oferta educativa, nacional e internacional. As visitas vieram reforçar e complementar as aprendizagens adquiridas no curso, assim como o consciencializar-se para a importância da

criatividade e da sensibilidade artística no processo de criação de um produto multimédia. Prof. Jorge Faria

A exposição está patente no museu de Serralves, no Porto, até 24 de junho, estendendo-se pelo Parque de Serralves e até pela avenida Marechal Gomes da Costa


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• Visita de Estudo

Turma 11º SE1 visita empresa de calçado “AMF Safety Shoes” No dia 13 de dezembro de 2018, no período da tarde, os alunos da turma 11ºSE1, acompanhados pelas professoras Engrácia Bastos e Paula Ferreira, participaram numa visita de estudo, com a duração de cerca de 3 horas, no âmbito da disciplina de Economia A, à empresa de calçado “AMF Safety Shoes”, em Tabuadelo, com o objetivo de aprofundarem os seus conhecimentos sobre os processos produtivo e logístico, os custos e a estratégia comercial desta empresa inovadora do setor do calçado técnico “bonito” de segurança do nosso concelho, cuja marca própria “ToWorkFor” já tem presença em vários mercados internacionais. A empresa AMF é uma potência exportadora de Guimarães, ganhando o prémio do município de Guimarães, em 2017, na categoria de exportação. Atualmente, está presente em 35 mercados, dispersos por todo mundo, sendo a Europa (Holanda, Alemanha, Áustria, Espanha, Bélgica) o mercado mais promissor e que gera mais lucros, mas abarca mercados como Rússia, Cazaquistão, Canadá, Chile, Uruguai, Austrália, Estados Unidos da América, entre outros. A visita de estudo foi dividida em três partes, sendo que a primeira foi conduzida pelo Eng. Rui Moreira, que nos fez a apresentação institucional, na qual nos deu a conhecer o historial da empresa e elucidou acerca das estratégias de diferenciação, de exportação e de internacionalização que estiveram na base do crescimento célere (dois dígitos/ano) do volume de negócios da empresa entre 2005 e 2018, sendo que os Recursos Humanos passaram de 28 para 140 pessoas. Este quadro técnico da empresa cativou-nos pelo seu discurso apelativo, recorrendo a uma forma incrível de comunicação. A marca foi criada em 1999, mas o calçado técnico de segurança apenas foi lançado no mercado em 2004, sendo

o principal produto da AMF. Este tipo de calçado evoluiu ao longo dos anos, através da inovação de produto, sendo a Infinity Collection o modelo mais recente, contudo, no período 2005-2018, foram lançados seis modelos distintos. Em 2015, foi criada uma linha de calçado em parceria com a Michelin e foi introduzida uma tecnologia patenteada para a produção de calçado sem costuras, em 2018, “a Infinity Collection”. Este modelo pode não ser utilizado apenas por trabalhadores que desempenham tarefas mais complexas e pesadas mas, também, no nosso dia a dia, uma vez que é um calçado com design disruptivo e moderno. Antes de 2005, esta unidade produtiva era de pequena dimensão/escala, tinha dificuldade em impor a sua marca própria, inseria-se num nicho de mercado: calçado técnico. Para além disso, era um segmento de calçado deficiente em inovação e tecnologia. No entanto, após 2005, a empresa começou a crescer significativamente, apostando cada vez mais em I&D. Está no DNA da AMF o foco constante na investigação e desenvolvimento. As principais áreas de estudo são a podologia e

a inovação ao nível dos materiais e das técnicas. Para isso, a AMF conta com parceiros importantes como a UM, o Centro Tecnológico do Calçado de Portugal, INESC/TEC, entre outros. Graças a esta política de parcerias com outras entidades estratégicas, a empresa que, em 2005, apenas produzia 100 mil pares de calçado, agora, em 2018, produziu 580 mil pares. Em 2015, a AMF tem a iniciativa de criar a empresa “Aloft” com o encargo de ser fornecedora de solas para o calçado da mesma. Em 2016, assumem mais uma iniciativa de marca, na qual criam a “ToWorkFor (2w4)”, que visava a criação de um modelo de segurança mais juvenil e moderno, com as mesmas características e a mesma segurança dos modelos iniciais. O calçado técnico de segurança apresenta proteção contra a perfuração e contra o impacto. Tem elevada performance e é confortável, sendo de elevada durabilidade. A AMF aposta numa metodologia holística: conceito, desenvolvimento, produção e serviço. São especializados em produção de calçado técnico colado, sendo líder europeu neste


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A AMF aposta numa metodologia holística: conceito, desenvolvimento, produção e serviço. São especializados em produção de calçado técnico colado, sendo líder europeu neste segmento; preocupam-se com a sustentabilidade ambiental empresarial que é associada ao produto com foco na diminuição da pegada ambiental segmento; preocupam-se com a sustentabilidade ambiental empresarial que é associada ao produto com foco na diminuição da pegada ambiental, ou seja, a empresa está a tentar produzir calçado sustentável. A exportação também é uma componente muito importante para a AMF, pois representa uma quota de 85% do seu volume de negócios. Para que os objetivos sejam cumpridos, esta aplica algumas estratégias: Estratégia de Distribuição por Mercado, Estratégia de Marcas Próprias: ToWorkFor & Too’L, Estratégia Comercial de Marketing direcionada a cada mercado, são alguns exemplos. No entanto, a estratégia mais importante é a Private Label, ou seja, a empresa produz também para outras marcas, tendo sido a rampa de lançamento da AMF e também a razão pela qual esta cresceu tanto. É muito importante que a empresa consiga equilibrar a produção para outras empresas com a produção da sua própria marca, nomeadamente com a ToWorkFor, tendo uma taxa de produção própria de 45% e 55% de produção alheia. Esta estratégia tem associados aspetos positivos e negativos, como o reconhecimento da empresa e os problemas da marca que podem afetar a empresa produtora, respetivamente. A estratégia de internacionalização passou pela constituição de uma Joint-Venture com uma empresa francesa líder no segmento criando: ToWorkFor France, acrescendo o estabelecimento de parcerias de produção em novos países com a nova tecnologia

patenteada 3D Bonding. A AMF trabalha com empresas distribuidoras diretas, lojas como drogarias e lojas especializadas em material técnico de segurança. Além de se poder adquirir o calçado desta empresa nessas lojas, também é possível através do site da mesma algum do seu calçado. O preço mínimo, no site da AMF, ronda os 30€/ 70€ e o preço máximo corresponde a uma bota lenhadora que regista o valor de 120€. A segunda fase da nossa “incursão” passou pela visita às instalações da fábrica. Dividiu-se, então, a turma em dois grupos, sendo que um foi guiado pelo CEO da empresa/Diretor Financeiro (Dr. Domingos Almeida) e pelo Dr. José Carlos Fonseca (responsável da Contabilidade) e o outro pelo Eng.º Rui Moreira. Primeiramente, fomos a um espaço fabril com três unidades de produção: duas correspondentes à montagem e colagem, e uma outra reportando-se ao acabamento, incluindo etiquetagem e embalamento. Apresentavam uma ordem de produção/plano de encomenda que incluía processos relacionados com a gáspea, o contraforte e colocação da calcanheira, sendo que utilizam microfibra. De seguida, visitámos um espaço que continha nova tecnologia e apenas emprega duas pessoas: montagem de injeção de sola e entressola. Consistia numa máquina que realizava cardagem (colocava a pele mais macia) e produzia o sapato completo. Posteriormente, fomos ao laboratório onde eram realizados os testes aos produtos, nomeadamente à biqueira do sapato. Testava-se o impacto, a compressão e rasgamento. Entretanto, acedemos ao departamento de design de desenvolvimento, no qual se avaliava o consumo das várias componentes, e onde se faziam e testavam/ensaiavam novas maneiras de cortar as componentes da pele, de modo a evitar o desperdício de matéria-prima, isto é, otimizar os recursos materiais e economizar custos de produção. A seguir, passamos pelos departamentos de contabilidade, comercial e de informática, responsável

pelas operações, ou seja, compras e planeamento. Por fim, antes de regressarmos à sala inicial, visitámos o armazém de produtos acabados já embalados que, depois seriam transportados para os camiões, estavam prontos a ser expedidos. Na terceira e última fase da visita, o gestor da empresa explicou-nos um pouco sobre os custos gerais da mesma. Aprendemos e revimos conteúdos que adquirimos no âmbito da disciplina de Economia A. Enquanto os custos salariais que englobam o vencimento base, o subsídio de alimentação, o subsídio de Natal e de férias, a TSU, o seguro de trabalho e a higiene e segurança (fardamento) são fixos, os custos variáveis correspondem à atividade da empresa (produção e vendas), por exemplo, matérias-primas que integra o preço de compra, custo de transporte, impostos aduaneiros e, por vezes, o fator cambial. Os custos híbridos, por exemplo, a energia que inclui o consumo de energia multiplicado pelo preço por W/h e a parte fixa (potência contratada). Para nos mostrar a realidade da sua empresa, o gestor exibiu uma folha real de cálculo de custos variáveis, custos fixos e a custos híbridos respeitantes às diversas fases de fabrico. No cálculo de preços a custos variáveis, pudemos constatar que existem componentes como a sola e corte que são contabilizados à unidade e componentes como colas, fitas, massas e escovas que não podem ser contabilizadas à unidade, designados como custos consumíveis de produção. O cálculo de preços a custos fixos corresponde à capacidade por hora ou por ano dos vários processos de produção, por exemplo montagem, que incluem amortizações ou depreciações de equipamentos. O cálculo de preços a custos híbridos remete para a soma da parte fixa (potência contratada) e da parte variável (consumo de energia). A apesar de todos estes gastos, a empresa ainda disponibiliza viagens com destinos ao estrangeiro (Londres, por exemplo) como recompensa pelo trabalho dos colaboradores da empresa


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e pagamento mensal de prémios de assiduidade; promove jantares de Natal com os colaboradores e filhos; proporciona momentos de convívio no futebol; formação em inglês e muitas outras regalias, que denominam de salário emocional, tudo isto num ambiente de trabalho humanizado e acolhedor, onde se pretende que os colaboradores assumam os compromissos da empresa, sentindo-se como uma parte integrante na sua evolução.

Em suma, esta visita contribuiu para aprofundarmos os nossos conhecimentos a nível económico e para percebermos melhor o funcionamento das empresas, alargando os nossos horizontes para o mundo empresarial através de novas experiências que contribuem, de forma positiva, para o nosso crescimento como estudantes e profissionais. Esta visita não só ampliou os nossos conhecimentos na área do curso que frequentamos, mas teve um

propósito moral, pois foi-nos transmitido que podemos aspirar a um futuro risonho se trabalharmos as nossas competências e experiências com muito esforço e dedicação. Não podemos deixar de agradecer aos proprietários da AMF a oportunidade que nos proporcionaram, a forma acolhedora como nos receberam e a atenção e disponibilidade que nos dispensaram. Bruno Fernandes e Inês Guimarães, 11º SE1

• Visita de Estudo

Alunos do 11º CSE visitam a Empresa Somelos Tecidos, S.A. Ao longo do 1.º período, a Prof.ª Engrácia organizou toda a visita de estudo, anunciando-nos, no fim do mês de novembro, a realização desta atividade de assimilação de conhecimentos importantes no âmbito da micro e macroeconomia. Demonstramo-nos, desde então, entusiasmados por, num futuro próximo, irmos conhecer esta grande empresa do nosso concelho, que completou 60 anos de vida, inserida numa estratégia de verticalização, num grupo de 12 empresas sob a mesma holding – Somelos SGPS. Saímos da Escola às 14:00 horas e chegamos pontualmente ao local por volta das 14:30 horas. Fomos recebidos pela Dra. Alberta Marimba, que nos liderou ao encontro das nossas guias. Dividimo-nos em dois grupos conforme as duas guias. O meu grupo ficou a cargo da Sra. Engenheira Têxtil Ana Filipa. Formalizadas as apresentações, iniciamos a nossa visita de estudo ao conhecer o departamento de designer têxtil da Somelos No meio de desenhos, revistas de moda, estudos, previsões de moda e cores, as criadoras trabalhavam freneticamente com o objetivo de inovarem e de elevarem a empresa minhota através da originalidade incessante. O trabalho dos designers têxteis baseia-se em ensaiar graficamente padrões e desenhos que serão incorporados nos têxteis da empresa. Por ano são produzidas duas

coleções que serão, mais tarde, apresentadas em feiras internacionais, tais como a de Milão, a de Frankfurt, a de Munique e a do Japão. Neste momento, os designers da Somelos estão prestes a terminar a coleção de 2020. Esta empresa tem clientes disseminados por todo o Mundo, entre os quais, Victoria Beckham, DolceGabbana, Burberry (esta exige que os restos dos seus tecidos sejam destruídos para evitar imitações) e a JCrew, sendo os EUA o principal mercado. O mercado nacional representa apenas 15% de quota, sendo a marca portuguesa Wesley a que mais contribui para o volume de negócios no mercado interno/doméstico. Os desenhos dos criadores têxteis serão convertidos em ficha técnica e num sistema digital e automatizado para os teares executarem os tecidos. Este trabalho de conversão é realizado num departamento anexo do departamento do designer têxtil. Concluímos a visita ao departamento administrativo/planeamento ao observarmos uma enorme confusão de monitores de computadores organizados. Estes monitores, perfeitamente automatizados e em harmonia plena com os teares industriais da secção produtiva, indicam o trabalho e o desempenho dos teares, prevendo prazos de entrega de encomendas, patentes em complexos diagramas de Gantt, e facultando informações aos clientes

sobre quando terão pronta a sua encomenda têxtil. Em seguida, entregaram-nos uns tampões para ouvidos devido ao barulho ensurdecedor do trabalho das máquinas. Entramos na secção produtiva, a fábrica dos tecidos. Primeiramente, fomos ao encontro de uma máquina de nome engomadeira. Esta transforma a teia em goma, através de um processo em que a teia é mergulhada em amido e, depois, é seca em grandes tambores, tornando-se mais resistente e sofrendo menos quebras. Explicitando sucintamente o processo da indústria têxtil, o tecido é o resultado da combinação da teia (constituída por um grande número de fios dispostos horizontalmente) com a trama (fios na vertical). Ou seja, um tipo de fio é unido e interligado e forma um espesso conjunto de fios, a teia. Esta irá ser interligada com um tipo de fio, a trama. Formar-se-á o objetivo máximo da produção, o tecido. Depois, fomos conhecer o Armazém da Fiação. Os fios são a base da teia e da trama. Na Somelos S.A, alguns fios são produzidos lá, contudo uma grande parte, decorrente da vantagem qualidade/preço, é comprada ao Resto do Mundo, nomeadamente à Turquia, China e Egito. Em situações excecionais recorrem à Mundifios – Comércio de Fios, SA. Na fábrica, os fios são tingidos, conforme as encomendas. O Departamento da Somelos responsável


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Os alunos do 11º SELH e do 11º SE2 da ESMS visitaram a Empresa Somelos, em Ronfe, Guimarães

pela tinturaria denomina-se “Somelos Acabamentos”. No armazém, o fio é separado consoante a sua qualidade (separado por padrões e cores). Existe, por exemplo o Fio Lisboa, o Filho Coimbra, o Fio Cuba e o Fio Porto. Finda a apresentação do armazém dos fios, passamos por um laboratório onde são efetuados ensaios físicos acerca da qualidade dos fios e dos tecidos. Depois, dirigimo-nos para uma zona da fábrica onde máquinas, que se encarregam da criação e elaboração da teia, operam. Estas máquinas denominam-se urdideiras. Derivado ao grande consumo de energia de todas estas e outras máquinas, a Somelos SA., tem um departamento responsável pela produção de energia. Todos os desperdícios resultantes destas máquinas são vendidos, procurando maximizar as margens de distribuição e promovendo a reutilização. Regressando à atividade das urdideiras, que enrolam os fios provenientes de bobinas em órgãos. Estes órgãos assemelham-se a grandes “carrinhos de linhas” e os órgãos irão transportar a teia até aos teares. Seguiu-se a exploração de uma secção fabril onde o fio da trama é revisto. Chegamos ao cerne da produção têxtil, os teares têxteis. Nesta zona, tivemos obrigatoriamente de colocar os tampões inicialmente oferecidos, devido ao alto ruído produzido pelos teares, constituindo estes tampões para

ouvidos um EPI (Equipamento de Proteção Individual), crucial para evitar lesões no sistema auditivo. Mais de 90 teares encontravam-se naquela zona. O papel dos teares é interligar a teia com a trama e formar o objetivo último de produção: a criação do tecido. Esta empresa dispõe de três tipos de teares, mas os mais rápidos são os Dortier e Itma. A nossa guia partilhou connosco que há 10 anos os teares exigiam 4 trabalhadores e, atualmente, apenas um, sendo que a produção e a qualidade aumentaram, proporcionando uma maior produtividade. Mal saímos da secção dos teares, fomos para o armazém do produto final onde diversos caixotes e rolos de tecido amontoados encontravam-se dispostos numa desorganização ordenada. A Somelos, SA é uma grande máquina de produção têxtil em que três turnos de trabalhadores, por cada 24 horas, produzem diariamente cerca de 15000 metros de tecido e faturam, anualmente, cerca de 70 milhões de euros. Uma estatística que orgulha o concelho vimaranense pelo facto de dentro das suas fronteiras integrar uma grande empresa têxtil que honra e dignifica a tradição da indústria do Vale do Ave, bem como a tradição têxtil de Guimarães. Antes de sermos conduzidos para a conversa com a Eng.ª Gabriela Melo, a pedido especial do aluno Pedro Xavier Almeida do 11ºSELH, fomos ao

Departamento comercial/exportação e alfandegário chefiado pelo pai do nosso colega de turma. Elucidou-nos um pouco acerca do seu trabalho, que consiste em tratar de documentos aduaneiros necessários à realização do comércio internacional, onde abordamos as eventuais consequências do Brexit para uma empresa deste calibre. Aproximou-se a “cereja no topo do bolo”, a agradabilíssima conversa com a Eng.ª Gabriela Melo, mulher do Empresário da Somelos, o Dr. Paulo Melo. Começou por realçar o objetivo da Somelos SA: “vender coleções”. Disse-nos que para vender coleções e torná-las num enorme êxito e sucesso é necessário “pensar fora da caixa”, ou seja, sermos extremamente criativos. Para sermos inovadores, devemos buscar inspiração através de viagens dentro e fora do país e devemos ver e ler muito, de modo a entrarmos em contacto com diversos pensamentos e culturas. A Eng.ª Gabriela Melo confidenciou-nos que, para criar coleções originais, o arquivo da empresa assume um papel importantíssimo, pois deve ter um preço de difícil negociação. No momento em que estávamos a visitar a fábrica Somelos, a Eng.ª. Gabriela Melo e a sua competente equipa estavam a organizar o arquivo de uma empresa que faliu, sendo-lhes o arquivo oferecido. A Eng.ª Gabriela Melo também nos informou que a Empresa Somelos tem, há 42 anos, uma creche integrada nas suas instalações, frequentada por mais de 100 crianças, sendo que a maioria são filhos dos colaboradores. Assim, pudemos perceber que a política de sustentabilidade e de responsabilidade social desta empresa é visível em várias dimensões, nomeadamente social e ambiental. Considerei o diálogo com a Eng.ª Gabriela Melo simplesmente extraordinário e fantástico. Através de um discurso claro e simpático, cativou-nos com o seu vanguardismo e modernismo, características que tornam as coleções da Somelos Tecidos, S.A., das melhores a nível mundial. Além disso, disponibilizou-se para nos acolher em estágios profissionais na sua empresa.


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Muito obrigado Professora Engrácia por tal magnificente visita! No decorrer desta visita de estudo, no âmbito do programa de Economia A, deparamo-nos com objetivos bem claros desta disciplina, nomeadamente a compreensão do Processo Produtivo de Empresas, o conhecimento das Matérias-Primas e dos Processos

Logísticos, bem como os mercados de origem e destino. Enalteço a frase da aluna Inês Costa do 11º SE2, no fim da visita, às 17.30h.: “Foi a visita de estudo mais interessante que já fiz”. E, de facto, considero a visita deveras interessante, motivadora e fundamental para a assimilação de conhecimentos de vital importância económica. Para

mim, foi um enorme orgulho conhecer esta grande Empresa Têxtil com cerca de 1300 clientes espalhados por todo o Mundo. Muito Obrigado Somelos, SA., pela oportunidade! Desejo-vos muito sucesso e que continuem a dignificar a tradição têxtil vimaranense. José Alexandre Marques, 11ºSE

• Projeto 'Os Originais'

Visita de estudo a uma horta pedagógica Na passada quarta-Feira, dia 20 de fevereiro de 2019, no âmbito do projeto Ideias Empreendedoras – “Os originais”, a turma do 1º ano do curso profissional de Restauração, acompanhados pelos professores António Ribeiro, Gloria Ceia, Miguela Carriço, Rosário Sampaio e Chefe Pereira, deslocou-se ao Agrupamento de Escolas João de Meira, com o propósito de visitar a horta pedagógica dessa instituição, sob a tutela e olhar atento da dr.ª Maria João Cotter (mentora desse empreendimento). Tal como esperávamos, fomos muito bem recebidos pela docente Maria João que nos guiou pela horta pedagógica que criou. Como o nosso projeto assenta em vários objetivos, que se prendem com a sementeira e o cultivo da terra; a disposição das várias plantações; a criação de adubo/ fertilizante natural, usando para tal o processo de compostagem; a colheita e conservação dos produtos cultivados, esta visita foi a voz da experiência para a exploração de hortas na nossa escola. Com efeito, e dentro da dinâmica e do perfil

de saída do nosso curso, sonhamos produzir plantas aromáticas. A plantação de “aromáticas sustentáveis” pretende dar alimento à nossa cozinha pedagógica, preservando o meio ambiente envolvente, casando as cores, os cheiros e os sabores. Esta ideia empreendedora visa também, de modo transversal, interdisciplinar uma partilha de saberes entre alunos, professores e projetos da escola. Esta visita pedagógica permitiu-nos abrir horizontes, recolher informações preciosas para a implementação do projeto e para o nosso crescimento pessoal e profissional. Interessou-nos especialmente a reciclagem de embalagens de plástico – garrafões – como fantoches ou espantalhos das aves curiosas; a venda dos frutos produzidos para angariação de fundos para visitas de estudo, mas também para a aquisição de novas sementes; a construção de ninhos de pássaros, promovendo e proporcionando uma biodiversidade mais rica e diversificada essencial à multiplicação da natureza e a utilização de máquinas

A horta pedagógica situa-se na escola sede do agrupamento de Escolas João de Meira e é coordenada pela Professora Maria João Cotter.

artesanais que reguem gota a gota minimizando o desperdício da água. Como se pode constatar, apesar de perto geograficamente, esta nossa viagem num universo mais verde e mais saboroso foi extremamente elucidadora e enriquecedora. De tão perto se pode

ir tão longe! Assim faremos para que a obra nasça. A todos quantos nos proporcionaram esta aprendizagem, especialmente à Dr.ª Maria João Cotter, o nosso bem-haja! 1º PR


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• Visita de estudo, 12º CT2, 12º CT5 e 12º CT6

Deambulando pelo Universo fictício de Fernando Pessoa A madrugada do dia 28 estava cerrada. Era fevereiro. Contudo, a malta aprontou-se a horas e, ainda antes do sol nascer, deixou, alegre, para trás a Escola, rumo à grande cidade. Esperava-a uma longa deambulação, lembrando as de Bernardo Soares, aparentemente perdida, pelo labirinto dentro. Descendo a Rua Nova do Almada, também se avistou o homem de fato negro. Depois, na Rua do “Século”, imaginou-se o bodo distribuido aos pobres, do romance de Saramago. Ao olhar de Ricardo Reis, o supremo deambulante, mirámos de diferentes perspetivas o Tejo, confirmando a beleza do “Rio mais belo que o rio que corre pela minha aldeia”. Também a enormidade do Adamastor nos impressionou naquele imponente pedestal do Alto de Santa Catarina. Tal como Reis, na incursão do seu novo criador, fixámos o olhar noutras estátuas da cidade. Eça, com a sua deusa real mostrando o “manto diáfano da fantasia”; Camões, altivo e distante, no centro do Largo, com o eterno e sobranceiro olhar sobre os cidadãos errantes. Na Brasileira, com Pessoa fixando o seu olhar por todos e tudo o que passa naquele tão clássico e inalterável Rossio, fixámos as “Grandes cidades paradas nos cafés”. Com ele, apreciámos a “Fraternidade com todas as dinâmicas! / Horas europeias, produtoras, entaladas/Entre maquinismos e afazeres úteis!”. Não podíamos deixar de estagnar no Teatro de S. Carlos, centro da atividade cultural

incontornável da sociedade lisboeta, fazendo frente à casa que foi berço do nosso anfitrião. “A criança” que foi, que “chora na estrada”, cresceu com o campanário altivo da Igreja da Misericórdia e deixou-nos mais uma bela memória: “Ó sino da minha aldeia/ Dolente na tarde calma/Cada badalada tua/ Soa dentro da minha alma...”. Terminámos a descida da colina no Martinho da Arcada. O chapéu permanece aí; a mesa intocável; trazendo a presença deste inesquecível autor até à nossa impressionante deambulação e memória. Já no Cais das Colunas, observámos o Tejo mais de perto e relembrámos o “mar anterior a nós”, o “Mar salgado” e as incontáveis “mágoas de Portugal”, prosseguindo como ele por esta labiríntica cidade, revisitada em misteriosos cantos e recantos. Percebemos, como Álvaro de Campos, que “Afinal, a melhor maneira de viajar é sentir” e tentámos também “Sentir tudo de todas as maneiras”. E sentimos a cidade azafamada e frenética, com os seus “Grandes trópicos humanos de ferro e fogo e força —" em que num espasmo de violência “Canto, e canto o presente, e também o passado e o futuro”. Complementando a visita literária que percorreu a obra poética de Fernando Pessoa, apreciando as “Luzes e febris perdas de tempo nos bares, nos hotéis,/ Nos Longchamps e nos Derbies e nos Ascots,/E Piccadillies e Avenues de L’Opéra...” deixámos que o drama “A Mentira”, de Florian Zeller, nos entrasse “Pela

minh’alma dentro!”. Afinal, as hesitações amorosas não encerraram com Marcenda e Lídia! E, complementando as incertezas da alma humana, numa certeza de que o ser humano não se definirá nunca, o Doutor José Paulo Viana mostrou-nos as Impurezas da Matemática. Através das Aplicações Informáticas, num olhar sobre os “maquinismos em fúria”, procurámos ainda confirmar a nossa localização exata, definir o nosso espaço. Afinal, viajar nem sempre é “Ser outro” e “perder países!”. Também a Psicologia nos fez entender que os processos mentais, nas suas diferentes manifestações, nos permitem, enquanto leitores, conhecer, sentir e agir sobre a obra pessoana.

E assim, na companhia dos professores Ana Paula Martinho, Ana Paula Mesquita, Dulce Silva, Glória Machado e José Manuel Teixeira, os alunos do 12º CT2, 12º CT5 e 12º CT6, percorreram o labirinto da capital, aproximando-se de Fernando Pessoa, também na certeza de “Tudo vale a pena” e com ele confirmando a alegria de cada um se sentir “nascido a cada momento para a eterna novidade do mundo”. Prof.ª Glória Manuela Machado NB: As citações, intencionalmente cortadas, pertencem à vida e obras de autores estudados no 12º ano, na disciplina de Português: Fernando Pessoa, ortónimo; semi-heterónimo Bernardo Soares e heterónimos e, ainda, José Saramago, “O Ano da Morte de Ricardo Reis”.


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Camilo, aos meus olhos Camilo Castelo Branco foi romancista, escritor, cronista, dramaturgo, crítico, poeta, historiador e tradutor, e grande parte do sucesso das suas obras deve-se precisamente à sua vida atribulada, ao seu sofrimento e aos seus episódios de vida romântica, tornando-o assim o primeiro escritor português que viveu exclusivamente das suas obras. • Literatura Portuguesa

"Maria Moisés" de Camilo Castelo Branco É com admiração e orgulho que afirmo que um dos mais ilustres e prestigiados escritores é filho da nação portuguesa, ele é Camilo Castelo Branco. Foi romancista, escritor, cronista, dramaturgo, crítico, poeta, historiador e tradutor, e grande parte do sucesso das suas obras deve-se precisamente à sua vida atribulada, ao seu sofrimento e aos seus episódios de vida romântica, tornando-o assim o primeiro escritor português que viveu exclusivamente das suas obras. De entre as obras escritas, destaco “Maria Moisés”, publicada em 1876. Inicialmente, Camilo apresenta-nos a história de Josefa da Lage, para, depois, com a trágica morte desta, nos narrar a vida da sua filha, Maria Moisés. Foi sentados a escutar atentamente o Sr. Reinaldo com as suas sábias palavras e o seu conhecimento infindável que ouvimos a inigualável história de Maria Moisés, que muito me cativou. A ação passa-se em Ribeira de Pena e conta a história de dois eternos apaixonados tal como em "Amor de Perdição".

Nesta, temos Simão Botelho e Teresa de Albuquerque, naquela António de Queirós e Josefa da Laje, em ambas nos deparamos com histórias de amores contrariados, motivados pelo preconceito das diferenças sociais. Os amantes encontram-se sempre às escondidas nas bermas do rio Tâmega e Josefa acaba por engravidar. Combinam, então, fugir, pois era a única forma de escaparem ao casamento imposto pelos pais. Contudo, nasce a criança, um parto prematuro de oito meses, e, tentando avisar António Queirós, Josefa embrulha a criança no “saiote”, pô-la numa “canastrinha de verga” e vai ao seu encontro. Pelo caminho, tem que, de pedra em pedra e com a criança no regaço, atravessar o rio Tâmega, para poder chegar à outra margem. A corrente estava muito forte, Josefa escorrega e cai, acabando por morrer no local. Mas e a criança? pergunta-nos o Sr. Reinaldo. A criança salvou-se porque vai na “canastrinha de verga” a flutuar à tona da água. Moisés já lá estava

a chegar... Mais à frente, estava um velhinho, chamado Francisco Bragadas, a pescar, e quando ouviu o choro abafado da criança, foi ver o que se passava e avistou-a: - “Oh! Pobre menina! Atiraram-te ao rio!? […] Anda cá pequena que eu vou levar-te comigo!”. Recolheu a criança do rio e foi levá-la para casa de umas senhoras ricas de Arco de Baúlhe. Estavam as duas solteironas a jogar cartas com o padre da paróquia, quando apareceu o velhinho a dar notícia do achado. - “Oh minhas senhoras! Eu trago aqui uma criança que eu pesquei no rio! Aqui está tal e qual a encontrei engasgalhada num salgueiro!”. Acolheram, então, a criança e batizaram-na com o nome de Maria Moisés. -“Mas há de acrescentar-se-lhe, um sobrenome indicativo da circunstância em que foi encontrada, justamente Moisés foi achada no rio, parecia-me portanto que a menina se chamasse, Maria Moisés". E, assim, ficou.


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Passados vinte anos, Maria Moisés herdou a quinta de Santa Eulália, das senhoras ricas, ficando então com a função cuidadora de “enjeitados”, crianças abandonadas. Mas eram tantas as crianças que ela não tinha condições financeiras para as sustentar. Decidiu, então, colocar a quinta à venda e, numa grande coincidência da vida, regressa um senhor riquíssimo, vindo do Brasil, com patente de general do Império Brasileiro, mas nascido naquela terra, e que quer comprar a quinta. Mas quem será este senhor? Volta a perguntar o Sr.

Reinaldo. É o pai dela! É o António de Queirós! No entanto, nem ele, nem ela sonham da relação familiar que os une! O general vai-se encontrar com o padre que lhe disse que a dona da quinta, que está à venda se chama Maria Moisés e é filha de Josefa da Lage que morreu afogada no rio Tâmega. Aí, percebeu que ela era a sua filha perdida. Comprou a quinta, e, diante de todas as crianças e de Maria Moisés, declarou-se pai dela e ficam todos a viver felizes na quinta de Santa Eulália. Apesar da história começar com uma tragédia, tem

um final feliz. Esta é uma técnica do autor com o objetivo de prender a atenção do

leitor. E, realmente, funcionou comigo! Celina Barbosa, 11º CT5

CT5 de Visita à Casa de Camilo Camilo Castelo Branco, um nome que já me era familiar, porém ganhou um novo significado. Nesta visita de estudo, senti que viajei para uma realidade totalmente distinta da que eu me deparo diariamente, senti que segui as pegadas de um ilustre escritor português como se a história se tivesse a repetir e, estranhamente, cresceu em mim uma proximidade empática com a vida deste revolucionário da literatura portuguesa. No dia em que se realizou a visita, a sua vida foi apresentada como uma autêntica novela mexicana, quanto mais ouvia sobre os seus dramas, mais floria em mim uma curiosidade insaciável. Efetivamente, quando lemos um livro e olhamos para a sua capa, deparámo-nos com um simples nome sem vivacidade ou emoção e associamo-lo a um ser inatingível colocado num pedestal incomparável. Todavia esse nome possui um rosto,

uma identidade, pois por trás dele está um ser humano repleto de experiências e aventuras, mais do que uma história escrita, ele tem a sua própria história. Curiosamente, após esta constatação, abracei a pessoa e a vida de Camilo de uma forma inesperada, dado que tomei consciência de que este era uma alma devorada de irregularidades e erros, ou seja, um ser humano como eu que, apenas, utiliza esses colapsos em prol da criação da sua arte, refletindo o seu talento nato. Ao longo da atividade pedagógica, inúmeras curiosidades e factos sobre Camilo marcaram a minha memória, porém o que realmente ficou gravado na minha mente foi a disposição curiosa do quarto de Camilo, que tive oportunidade de visitar em Seide. Com efeito, este estava diretamente interligado com o seu escritório, o refúgio da sua imaginação que funcionava como

um caminho para a sua criatividade. Esse espaço, recheado de pontos e letras, emanava uma voragem literária e um conforto intelectual. Tenho de acrescentar a minha profunda admiração pela relação que o escritor tinha com a escrita, pois senti que era verdadeiramente, a sua paixão. Camilo foi, na verdade, abalado por muitas tempestades que ele transformou em variadíssimas riquezas no mundo das letras. Destaco que, no final da vida, o romancista, com o

agravamento da sua visão que o impossibilitava de escrever, sentiu o seu coração arrancado e a última gota para completar o seu vazio interior foi o suicídio. Em suma, esta atividade pedagógica clarificou e aumentou a minha opinião em relação a Camilo Castelo Branco. Além disso, aprendi que, por detrás de um livro, está um ser humano e que os escritores não são apenas compositores, são pessoas tal como eu e como tu. Joana Fernandes, 11ºCT5


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Universo ESMS • Visita de estudo

Casa de Camilo e antiga cadeia do Porto No dia 13 de fevereiro, participamos na visita de estudo à casa de Camilo em Seide e à antiga cadeia da Relação do Porto, no âmbito da disciplina de Português. Antes de arrancarmos para a visita propriamente dita, estivemos numa pequena palestra que versava sobre a vida e obra de Camilo Castelo Branco e, por volta das 9.45 h., dirigimo-nos em direção aos autocarros. No nosso autocarro, para além das nossas professoras: Fátima Caldas e Manuela Martins, iam as turmas dos 11º CT2 e CT5. No outro veículo, seguiam as turmas dos cursos profissionais dos 2º PR e PGSI, com as professoras acompanhantes Helena Teixeira e Joana Silva. A primeira paragem foi em Seide para visitar a Casa de Camilo; a guia que nos acompanhou explicou-nos o que víamos e forneceu informações, algumas muito curiosas e engraçadas, sobre a vida de Camilo Castelo Branco. O percurso iniciou-se pelo rés-do-chão da casa, onde tivemos a

oportunidade de ver alguns objetos pessoais do referido escritor, nomeadamente óculos (que o caracterizam), uma chapeleira, várias edições antigas da obra “Amor de Perdição” e a “suposta” arma com a qual se suicidou. Através de escadas íngremes, acedemos ao primeiro andar e deparámo-nos com várias divisões, entre elas, uma sala de estar, onde havia uma mesa de jogos e uma secretária dupla, partilhada com Ana Plácido, com o objetivo desta o auxiliar aquando da sua cegueira. No quarto de Camilo e de Ana Plácido, surgiram duas camas bem pequenas, pois dormiam em camas separadas, e recostados porque tinham medo da morte. Vimos, ainda, uma cadeira que tinha um recorte propositado para aliviar uma ferida que o escritor tinha nas costas. Contígua, a casa de banho, com uma banheira que tinha uma gaveta para lenha, com o propósito de manter a água do banho aquecida. Em seguida, fomos até ao centro comercial Alameda,

Alunos Centro de Aprendizagem

em frente ao estádio do Dragão, onde comemos no Mcdonald’s e, depois do almoço e de uma agradável visita pelo recinto, fomos jogar o “ air Hockey.” Logo a seguir, seguimos para a antiga cadeia da Relação, hoje Centro Português de Fotografia. Aí, foi-nos explicado que a cadeia antigamente era dividida em duas grandes áreas: uma, a enxovia, para as pessoas pobres, que dormiam em cima de palha, e outra, para os abastados, nos andares superiores com celas pagas para homens e mulheres. Nesse espaço, viveu Ana Plácido (enquanto aguardava pelo seu julgamento), o seu filho e uma criada. Camilo, por sua vez, também esteve numa dessas celas. Nesse período de aprisionamento, Camilo escreveu as obras: Amor de Perdição e Memórias do Cárcere. Retivemos algumas respostas curiosas dadas ou recebidas pelo Camilo, que não gostava de “levar desaforo para casa”, nomeadamente: “O burro vai bem e vai a cavalo” – resposta dada a um

A Casa de Camilo, residência do escritor Camilo Castelo Branco na Quinta de S. Miguel de Seide, é uma casa-museu reconstituída localizada no concelho de Vila Nova de Famalicão. Depois do incêndio que o devastou em 1915, o imóvel foi reconstruído e transformado, em 1922, em Museu Camiliano. Seriam as obras realizadas nos anos 50 a restituir-lhe a sua traça original, recriando com grande fidelidade o ambiente que ali se vivera no séc. XIX

morgado da aldeia (que ia a cavalo), quando este o interpelou a propósito de ele andar de burro; e numa outra ocasião, obteve a seguinte réplica de uma peixeira que o deixou, desta vez, sem voz “ Cala-te para aí sua cara de areia mijada”. Depois desta visita, fomos explorar as traseiras da cadeia onde nos deparamos com um Miradouro cuja vista da cidade do Porto proporcionou muitas e belas fotos. No final da tarde, regressamos à escola e, durante a viagem, viemos a ouvir música e a cantar. Foi um dia espetacular com um convívio saudável e alegre com toda turma e as professoras acompanhantes. Adoramos a visita!! Ana Araújo, Bruna Silva , Maria Teixeira, 11º CT2


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Universo ESMS • Camilo Castelo Branco

O passado O homem por detrás de Camilo da obra No passado dia 8 de fevereiro, participámos numa visita de estudo cujo tema principal era conhecer o passado de Camilo Castelo Branco e a sua obra. Tivemos a oportunidade de visitar a Cadeia da Relação do Porto e a casa de Camilo. Antes de partirmos, tivemos uma palestra onde pudemos conhecer melhor alguns aspetos pessoais do escritor. Após esta sessão, iniciámos a visita com a ida à Cadeia da Relação do Porto, onde agora se situa o museu de fotografia. Lá, pudemos observar as condições a que os reclusos eram sujeitos consoante o seu estatuto social. Quem tinha menos condições financeiras ia para as enxovias (no rés do chão ou cave), enquanto que as pessoas com um nível social mais elevado podiam escolher onde desejavam instalar-se, usufruindo, assim, de mais regalias. Camilo pagou para ter acesso a mais privilégios instalando-se na cela de S. João. Conseguiu, também, arranjar um advogado que o defendeu a si e à sua amada, Ana Plácido, uma das únicas mulheres que se encontrava no patamar superior do edifício. De seguida, visitámos a casa de Camilo, em S. Miguel de Seide, onde viveu os seus últimos anos com a família. Tivemos acesso ao interior da casa que nos possibilitou um contacto mais intimista com o seu quotidiano. Para nós, os locais mais relevantes foram o seu escritório e a sala de estar, tendo-se suicidado neste último. Com esta visita, percebemos que o romancista não teve uma vida fácil e que toda a sua escrita se baseava em memórias, criando em nós, também, uma memória. Marta Freitas, Patrícia Moreira, Mariana Machado, 11ºCT3

No dia 13 de fevereiro, durante uma visita de estudo, apresentaram-me um autor muito reconhecido: Camilo Castelo Branco. E, à medida que a visita ia decorrendo, apercebi-me da existência de dois Camilos: o Camilo trágico e romântico, autor de algumas das obras mais célebres e populares da Literatura Portuguesa; e o Camilo homem, que nasceu, viveu e morreu num Portugal muito diferente do de hoje, mas que, mesmo assim, me parece muito próximo da minha realidade. No início do dia, ainda na escola, contaram-me que Camilo é um dos heróis trágicos nacionais: ficou órfão muito novo; o seu tutor roubou-lhe a herança e esteve preso duas vezes na Cadeia da Relação do Porto. Diverti-me com a romantização desta personalidade, no entanto, não deixou de me sensibilizar toda a desgraça que o perseguiu durante a vida. E, à medida que a apresentação avançava, ficava cada vez mais envolvido na sua história e curioso em saber como ia terminar esta novela digna de um filme. Refletindo, ainda, sobre esta existência atribulada durante a viagem de autocarro, cheguei a Seide, à casa onde Camilo passou os últimos anos da sua vida. Aí, deparei-me com uma situação muito diferente da esperada. É um lugar pacato, onde se parece ter vivido uma vida calma e feliz. Mas foi,

sobretudo, dentro de casa, que comecei a sentir que este autor não está assim tão distante de mim. Vi a mesa onde comia, a sala onde passava o seu tempo e a cama onde dormia. E, à medida que eu me ia apercebendo do seu quotidiano, Camilo ganhava vida e tornava-se humano como qualquer um de nós. Então, com a ajuda do Sr. Reinaldo, o simpático guia, comecei a ver uma outra faceta desta personalidade. A sua melancolia em relação ao filho com problemas psíquicos, o seu desgosto relativamente aos familiares e amigos que tinham partido ou afastado, e o seu sofrimento provocado pela cegueira que não o deixou ver nem a família, nem a escrita. Toda esta mágoa culminou na sala de estar, mais precisamente, na cadeira e no

espelho que, ambos, testemunharam o deterioramento do seu bem-estar mental e, por fim, o seu último momento de vida. A partir daquele momento, consegui unir o herói trágico à pessoa real. E compreendi as duas perspetivas. Camilo viveu uma vida de comum mortal, mas a sua tragédia esteve sempre presente. Aquele espelho preserva a imagem do culminar da tragédia e da melancolia, embora camuflada por uma aparente tranquilidade familiar, que só se revela através da escrita deste grande homem que foi Camilo. Sinto-me, agora, preparado para ler as suas obras e estarei certamente atento a toda a tragédia e emoção que se esconde por detrás das suas palavras. Francisco Silva, 11ºCT5


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• Estratégia de Educação para a Cidadania

A Bicicleta

Uma opção de Mobilidade Sustentável para a Escola As deslocações para a escola são cumpridas, na sua maioria, num registo de corrida contra o tempo, desprovidas de estímulos ou sensações agradáveis. Este destino diário e rotineiro (monótono) imposto pelo ritmo frenético em que nos deixamos enredar poderia ser substituído por um percurso estimulante e apreciado? Como se de uma viagem se tratasse?

“Escola com Pedalada”, enquanto projeto escolar de cariz ecológico, pretende incutir nos alunos o uso regular da bicicleta como opção de transporte ativo e sustentável. Uma análise mais atenta desta proposta de mobilidade suave para a escola pode, se bem aproveitada, induzir mudanças no exercício de uma cidadania mais responsável, combatendo o abuso das deslocações em automóvel, tão prejudicial ao

nosso ambiente e saúde. Ninguém pode ficar indiferente ao problema do trânsito rodoviário excessivo nas cidades, proveniente das nossas escolhas de mobilidade. A comunidade educativa pode e deve refletir sobre o assunto e apresentar soluções para este problema, aproveitando esta oportunidade para aplicar uma estratégia de educação para a cidadania na escola (EECE), orientada para

ações importantes e autênticas, promotoras de um estilo de vida mais sustentável e saudável. As ações acima sugeridas estão por todo o lado, principalmente no grau de atenção que dispensamos em cada momento da nossa vida: Nos transportes que utilizamos, no local onde residimos e estudamos, nos alimentos que comemos, na roupa que vestimos, na forma como nos relacionamos, nas


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coisas que aprendemos diariamente, nas nossas poupanças e investimentos, no modo como ocupamos o nosso tempo livre e muitos outros. No exercício da minha atividade docente, o exemplo tem-se revelado uma boa ferramenta de ensino e persuasão para a aprendizagem, muito para além da sala de aula. Quando chego à escola de bicicleta, são muitos os olhares incrédulos, mas certamente são mais aqueles que se questionam sobre o cenário, obrigando-os a pensar sobre o assunto, sobretudo nas virtudes deste transporte do ponto de vista da saúde e bem-estar, ambiente, económico e do espaço público. A bicicleta permite uma perspetiva original de cidadania (ética e estética), onde emergem fortes valores de identidade territorial “exploração do lugar” e proporciona múltiplas experiências sensoriais (ver, escutar, cheirar e tocar). Em cima da bicicleta, o aluno é protagonista da sua viagem. Faz-se ver/ouvir e é valorizada a sua posição social enquanto condutor porque está subjacente uma intencionalidade na sua opção de mobilidade independente e, também, porque existe um forte vínculo afetivo ao lugar que se torna cada vez mais apreciado e valorizado. No âmbito da cidadania, o desafio passa por avaliar os nossos comportamentos quotidianos e ponderar as escolhas de transporte para a escola, percebendo onde podem ocorrer algumas mudanças capazes de simplificar as nossas vidas. Simplificar passa por optar pelo modo de deslocação que proporciona valor às coisas realmente importantes, onde se aprecia mais o percurso, sem prejuízo do tempo para chegar ao destino. Também a família, os amigos, os vizinhos, o lugar (bairro) e a cidade (elemento agregador) deveriam ser considerados em cada decisão que tomamos, pois as nossas preferências em termos de mobilidade interferem na nossa qualidade de vida e na de toda a comunidade que apreciamos. (Agir no local para uma transformação global!) A dimensão humana da escola pode ser sustentada numa genuína estratégia de educação para a cidadania, onde

se prepara os alunos para a vida, na direção de um futuro incerto e de escolhas difíceis. A bicicleta transforma a cidade num território de múltiplas experiências sensoriais diárias quando proporciona ao aluno-cidadão uma mobilidade livre e ponderada, numa perspetiva mais autêntica do que a do automobilista e menos passiva do que a de um passageiro. O projeto “Escola com Pedalada” desafia a comunidade educativa para atitudes mais sustentáveis quando fomenta uma mobilidade humanizada. Prof. Ricardo Lopes

No exercício da minha atividade docente, o exemplo tem-se revelado uma boa ferramenta de ensino e persuasão para a aprendizagem, muito para além da sala de aula. Quando chego à escola de bicicleta, são muitos os olhares incrédulos, mas certamente são mais aqueles que se questionam sobre o cenário, obrigando-os a pensar sobre o assunto, sobretudo nas virtudes deste transporte do ponto de vista da saúde e bem-estar, ambiente, económico e do espaço público.


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Universo ESMS • Matemática

Comemorações do dia do π (pi), UMinho, no Campus de Gualtar Dia 14 de março, comemora-se internacionalmente o dia do π. Esta data deve-se à notação norte-americana 3/14 (mês, dia) que equivale a 3,14, a aproximação mais conhecida para o valor de π. A primeira comemoração do dia do pi ocorreu em 1988, no museu Exploratorium de São Francisco e o fundador foi o físico Larry Shaw.

No dia 11 de março de 2019, no âmbito das comemorações do dia do π (pi), as turmas do 10º CT2 e CT7 da escola secundária Martins Sarmento, deslocaram-se à Universidade do Minho, Campus de Gualtar, acompanhados pelas professoras Maria Lúcia Pinto e Ana Paula Martinho, com o propósito de participarem na construção de um Fractal designado pela Esponja de Menger, em origamis, e visitarem uma exposição interativa. Com esta visita de estudo, foi possível proporcionar aos alunos o contacto com o ambiente do ensino superior como motivação para o desenvolvimento do conhecimento científico; possibilitar –lhes a manipulação de materiais, de modo a ajudar na compreensão de alguns conteúdos da matemática; aplicar o saber científico teórico ao conhecimento prático e motivar os alunos para o gosto e empenho nas suas aprendizagens, indispensáveis para uma escolha fundamentada da área de prosseguimento de estudos. Os alunos mostraram-se entusiasmados

e participaram, de forma ativa, quer quando visitaram a exposição interativa, quer quando construíram, com origamis, pequenos cubos que, encaixados uns nos outros, levariam à concretização do projeto da construção de uma Esponja de Menger de nível 3, formada por vinte Esponjas de Menger de nível 2, sob a orientação de professoras da universidade. 10º CT2 e 10º CT7, Prof.as Maria Lúcia Pinto e Ana Paula Martinho

pi - π ?

Uma vez que falamos da comemoração do dia do π, vamos, então, conhecer um bocadinho sobre este número tão “importante” que, por este facto, possui um dia só para ele, para ser festejado internacionalmente. “[…]este misterioso 3,14159…. Que se esgueira por todas as portas e janelas, que desliza por qualquer chaminé.” Augustus de Morgan

O que é ao certo o pi - π ? O π é uma constante matemática que se obtém pela razão entre o perímetro de uma circunferência e seu diâmetro. Esta constante é considerada um número irracional, ou seja uma dízima infinita não periódica. Em 2010, Fabrice Bellard, um programador francês, determinou uma aproximação do valor de π com 2.699.999.989.951 dígitos. O número π é o mais conhecido da história, o mais famoso, o mais estudado… Na Bíblia, em I Reis (7:23), é feita uma descrição que leva o leitor a considerar π=3. No papiro egípcio de Rhind, uma das

fontes matemáticas mais antigas, que os especialistas datam de cerca de 1650 a.C., encontra-se também uma referência indireta ao valor de π, como sendo, π=256/81. Arquimedes de Siracusa (287-212 a.C.),considerado o cientista mais importante da antiguidade e um dos cérebros mais iluminados da história, usou processos geométricos bastante complexos obtendo, para a época, uma excelente aproximação para o valor de π que estaria entre 223/71=3,140845…. e 22/7=4,142857…. Ptolomeu, que viveu em Alexandria, aproximadamente no


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século III d.C., calculou π baseado nos processos de Arquimedes, obtendo para π o valor aproximado de 3,1416. A procura pelo valor de π chegou até à China, onde Liu Hui, um copiador de livros, conseguiu obter o valor 3,141592104…. Alguns séculos mais tarde, Zu Chongzhi (429-500), um cientista e matemático, obteve uma aproximação de π, a que hoje daríamos a nota de muito bom, 3,1415926<π<3,1415927. Em 1424, Jamshid al-Kashi (1380-1429), persa, determinou uma aproximação correta de π com dezasseis dígitos. A história do número π não termina aqui, muito haveria para dizer, e tudo seria pouco sobre este número que despertou e continua a despertar a curiosidade de muitos matemáticos, físicos, cientistas (…). Em pleno século XXI, já foi encontrada uma utilidade incontestável para o desenvolvimento decimal de π, pois, quando se deseja testar o funcionamento de um supercomputador, dá-se-lhe como tarefa uma coisa muito difícil de calcular, mas cujo resultado seja bem conhecido e as casas decimais de π são a solução ideal. 10º CT2 e CT7, com a colaboração da Prof.ª Maria Lúcia Pinto

• Passatempo

Desafio Matemático O Sr. António Felisberto da Silva Malaquias tem nove cavalos bravos guardados no interior de uma cerca quadrada. Os cavalos são tão bravos que estão sempre a lutar uns com os outros, provocando ferimentos e traumatismos devido às dentadas e coices. Como é que o Sr. António Felisberto da Silva Malaquias pode construir duas novas cercas quadradas, no interior da cerca original, conseguindo deste modo que os cavalos se mantenham todos separados? Grupo de Matemética

Solução na página 56

A Saúde Mental e os Jovens Não há saúde física sem saúde mental, sendo fundamental um equilíbrio entre ambas. É uma pena que nos dias de hoje falar em saúde mental seja ainda um tabu. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a saúde mental é definida como um estado de completo bem-estar físico, mental e social. Como se vê, não se trata apenas da ausência de doença, mas sim um bem-estar que nos permite responder, de forma positiva, às adversidades. Trata-se, pois, de nos sentirmos bem connosco e com as pessoas que nos rodeiam. Sabemos que a adolescência é a fase mais crítica do crescimento humano. É um processo de transição entre a infância e a idade adulta, uma idade de descoberta, de busca da identidade e de experimentação. Nesta etapa, mais de metade dos jovens sofre perturbações de ansiedade, de abuso de substâncias e mesmo de depressão, sendo esta última a manifestação mais preocupante. Portugal é o país da Europa com a taxa de depressão mais elevada e o segundo do mundo (cerca de 400000 pessoas sofrem de depressão por ano). Motivo de maior preocupação é sabermos que a depressão não é temporária, não é um mero mal-estar ou stress, nem uma simples perturbação psicológica, consiste antes numa doença multifactorial, que pode afetar o nosso cérebro e o nosso corpo. Qualquer jovem pode ser vítima de uma depressão, causada por fatores hereditários ou provocada pelo meio. A perda de um ente querido, um trauma do passado, problemas com relacionamentos, bullying ou solidão, são algumas das causas mais comuns que podem

conduzir a um estado depressivo. A depressão traz consigo pensamentos negativos acerca de si próprio e do futuro, limitam o funcionamento interpessoal, profissional e social. Interfere com o funcionamento diário e impede a pessoa de desfrutar de alguns momentos de prazer. O jovem precisa de aceitar que não é perfeito, mas que é o suficiente. É necessário proteger a sua paz, afastar-se de pessoas e acontecimentos perturbadores, evitar a comparação com os outros e procurar aceitar a sua individualidade. Tendo em conta a definição atual de saúde física e psicossocial, sabe-se que é essencial manter-se um estado nutricional equilibrado, a exercitação do espírito e da mente e a prática de exercício físico, porque cuidarmos do nosso corpo também aumenta os nossos níveis de autoestima. No entanto, será sempre importante o jovem centrar-se em si próprio e menos na sociedade que o rodeia, entendendo que a busca da felicidade deve sobretudo ser centrada na própria pessoa antes de procurar esse sentimento em alguém. Infelizmente, procurar ajuda é visto como sinal de fraqueza na sociedade “moderna” em que vivemos. Porém, pedir auxílio deve ser o primeiro passo a ser tomado como um sinal de lucidez perante a situação que está a ser vivida. Por isso, é importante que ajudemos quem se encontra à nossa volta; que se aborde mais este assunto e se procure ajuda, se necessária, porque quem se preocupa com alguém nunca o irá julgar. Rodeiem-se de quem vos faz feliz, e não de quem vos faz sentir menor, e vos inibe de ser a vossa melhor versão. Maria Rodrigues, 12ºLH1


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• Ambiente e Sustentabilidade

Eu reciclo Com Portugal obrigado pela UE a recolher 90% das garrafas de plástico descartáveis até 2025, é urgente mudar a nossa atitude quanto à separação e reutilização destes resíduos. Nesse sentido e dando continuidade ao esforço que a nossa escola tem vindo a fazer para se tornar mais sustentável, integramos o Projeto “Eco Friendly Plastic” do Núcleo de Polímeros da Universidade do Minho, que assenta em 3 fases: 1ª Recolha de garrafas plásticas usadas; 2ª Reciclagem das mesmas; 3ª Criação de um novo produto em plástico reciclado que será oferecido à escola. De forma a incentivar a devolução das garrafas de plástico usadas, no ato de compra de uma nova garrafa de água, a entrega de uma garrafa de plástico usada dá agora direito a um desconto de 5 cêntimos. Este projeto, integrado no plano de ação do Projeto EcoEscola, trabalha em parceria com a Casa de Juventude de Guimarães, a CERCIGUI e o 10º CT7. As tampas recolhidas são oferecidas a esta entidade e têm contribuído para a aquisição de materiais adequados aos utentes desta instituição. Convidamos, assim, toda a comunidade educativa a participar neste desafio comum, tão simples e tão difícil de atingir. Projeto EcoEscola

• Projeto de Empreendedorismo Social de de Cidadania

Os ECO5 ecológicos Porque nunca é demais apelar à reciclagem e ao hábito de reciclar, nós, alunos do 1ºPM, lançamo-nos num desafio empreendedor, com um cariz social e voltado para a Cidadania. Assim, enveredamos pelo tema da reciclagem do plástico. O nosso grupo chama-se “ECO5”, nome cujo significado representa respetivamente: “ECO” ecologia e “5”, pois cada 5 garrafas depositadas representa a oferta de uma garrafa de água. Resolvemos atacar este problema pela acumulação de plástico na nossa comunidade escolar, pois o nosso projeto baseia-se na diminuição dessa prática e no aumento da reciclagem de garrafas de plástico nas escolas. Um dos nossos objetivos visa a sensibilização de todos para a redução do consumo de plástico. Além disso, pretendemos reutilizar o plástico para colaborar com causas sociais e divulgar

o nosso produto para a sua aplicação noutras instituições. Para o concretizarmos, iremos construir um ecoponto inspirado no Monstro das Bolachas onde se fará o depósito das garrafas. Para cada participação, utilizar-se-á um sistema de identificação, um Qrcode, de modo a podermos identificar o aluno através do seu cartão escolar e a garrafa de água a partir do código de barras. Até à data, já executamos cartazes, flyers, rifas e t-shirts. Pretendemos, ainda, participar no concurso de ideias Escolas Empreendedoras, organizado pela IN.AVE, onde iremos defender esta nossa visão ecológica. Joana, Judite, Marcelo, Catarina e Rui, 1ºPM


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• Projeto de Cidadania e Desenvolvimento

Campanha “Papel por alimentos” No âmbito da operacionalização do projeto de Cidadania e Desenvolvimento dinamizado pela turma CT8 do 10º ano de escolaridade, consta a participação na Campanha “Papel por Alimentos”. Esta recolha vem ao encontro de uma ação promovida pela Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares, com contornos ambientais e de solidariedade, pois todo o papel recolhido é convertido em produtos alimentares a distribuir pelos mais carenciados. Assim, pelo papel recolhido, são entregues produtos alimentares básicos aos Bancos Alimentares Contra a Fome, por empresas certificadas de recolha e tratamento de resíduos. A turma CT8, nesse sentido, apela a toda a comunidade educativa, no sentido de participar ativamente, doando papel de natureza vária (Jornais/revistas; Fotocópias; Papel de rascunho; Impressos e folhetos publicitários; Envelopes; Papel de fax; Papéis timbrados e Arquivos mortos). Esse papel deve ser entregue no PBX e, posteriormente, será transportado para o Banco Alimentar Contra a Fome. Bem hajam pela vossa ajuda! 10º CT8

• Projeto de Cidadania e Desenvolvimento

"Mural de post it" Para a operacionalização do projeto de Cidadania e Desenvolvimento, a turma CT8 do 10º ano de escolaridade, elaborou um mural de post it, exposto na reprografia, visando a sensibilização de toda a comunidade escolar para a preservação do ambiente. Com esta iniciativa, os alunos pretendem alertar para a necessidade de reciclar e reutilizar, com responsabilidade, os detritos que se vão acumulando em alguns locais da

escola. Assim, solicitam a todos que façam uso de boas práticas, nomeadamente colocar nos ecopontos próprios ou no indiferenciado, todo o lixo que produzam. Todos somos responsáveis pela nossa Escola e por um ambiente limpo e saudável! 10º CT8


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• Projeto de Empreendedorismo Social de de Cidadania

PUMA e a reciclagem No âmbito do projeto de Empreendedorismo Social e da Cidadania, fomos desafiados a criar uma campanha relacionada com a sustentabilidade ou educação ambiental. Dentro deste tema, optamos pela reciclagem, porque, sobretudo nos intervalos, deparamo-nos com muito lixo, deixado pelos alunos, espalhado pelo refeitório e por outros espaços da nossa escola. Este comportamento revela uma enorme falta de civismo que importa contrariar. O nosso projeto chama-se PUMA (Por Um Melhor Ambiente) e é constituído pelos alunos, José Carvalho, Luís Macedo, Telmo Paiva, Tiago Abreu e Vítor Lopes do primeiro ano do Curso Profissional de Multimédia. Esta iniciativa tem como objetivo apelar a que a comunidade estudantil da ESMS aumente os seus hábitos de reciclagem através de uma campanha de sensibilização original e de muito impacto entre os alunos. A campanha consiste em usar

um mimo, como sendo o rosto da nossa campanha, que, para além de apelar à reciclagem através de cartazes e flyers, irá atuar numa participação surpresa, na escola no 3º período. Até ao momento, já realizamos os logótipos, cartazes e flyers para publicitar o nosso projeto de Empreendedorismo Social e da Cidadania. Para o completar, conforme referido, pretendemos realizar um evento de sensibilização com a participação de um Mimo. Com este empreendimento, iremos participar num concurso de ideias Escola Empreendedoras, organizado pela IN.AVE, onde, junto com outros projetos da escola e do concelho, defenderemos a nossa proposta perante um júri. Os Puma, 1ºPM

• Projeto de Cidadania

Política dos 5 R’s + 1 A turma 10º CT7, no âmbito do projeto de cidadania e desenvolvimento, Política dos 5 R’s + 1, em colaboração com a Direção, o Projeto Eco-Escolas, a Universidade do Minho, a Cercigui e com os seus professores, implementou uma medida com objetivo de reduzir a quantidade de garrafas de plástico utilizadas na escola, bem como a respetiva reciclagem e, assim, reduzir o impacte do plástico no meio ambiente. Esta medida visa um desconto de 5 cêntimos na compra de uma garrafa de água na troca da entrega de uma vazia no bar. Neste espaço, existem dois contentores, um para as garrafas que serão entregues à universidade do Minho para a reciclagem, idealizada pelo projeto ReciFlakes, e outro para as tampas que serão remetidas à Cercigui. Os alunos distribuíram-se em grupos e foram pelas salas de aula, junto da comunidade educativa, divulgar esta iniciativa, que se revelou interesseante pelo facto de

já terem tido bastante sucesso. Continuem a participar. Outras iniciativas estão a caminho. Nós agradecemos a vossa colaboração e o planeta também. 10º CT7

Esta medida visa um desconto de 5 cêntimos na compra de uma garrafa de água na troca da entrega de uma vazia no bar da escola


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• Projeto de Empreendedorismo Social e de Cidadania

LiceBike, as bicicletas na escola No âmbito do projeto de Empreendedorismo Social e de Cidadania, o nosso grupo decidiu investir no tema da Mobilidade Sustentável. A nossa equipa intitula-se “LiceBike”, sendo que Lice representa liceu e Bike, a bicicleta, e pretendemos divulgar e incentivar o uso da bicicleta, enquanto meio de transporte alternativo para os alunos se deslocarem para a escola. Iremos juntar as nossas forças ao projeto ”Escola com pedalada”, já dinamizado e implementado na nossa escola, por uma mobilidade sustentável e mais saudável. Para tal, partimos do

seguinte problema: Guimarães é uma cidade com dificuldades de circulação automóvel e isso torna-se ainda mais visível nos dias de aulas e às 08h30, horário de entrada da maioria dos alunos nas escolas do nosso concelho. Para além dos problemas associados à poluição ambiental, essa questão levanta, ainda, entre outros inconvenientes, a falta de estacionamentos e muitos atrasos nos compromissos a cumprir. Até ao momento, já terminamos de fazer as rifas, o logótipo e a apresentação desta nossa iniciativa. Pela pertinência e

atualidade do tema, pretendemos também participar no concurso de ideias Escolas Empreendedoras, organizado pelo IN.AVE, onde iremos, com outros projetos da escola e do

concelho, defender a sustentabilidade de locomoção através da bicicleta. João Faria, Leonardo Mendes, Nuno Costa, Rui Costa, 1ºPM

• Projeto de Empreendedorismo Social e de Cidadania

Os PAV na sala de aula Empreendedorismo Social e Cidadania remetem, todo e qualquer cidadão, para práticas de intervenção social, no sentido de cooperarmos para a construção de uma sociedade mais solidária e justa. O nosso contributo nesta causa visa trabalhar o tema da reciclagem. Assim, o nome do nosso grupo é “PAV”, sigla que representa o Papelão, o Amarelo e o Vidrão. Pretendemos realizar uma campanha de sensibilização para promover a reciclagem dentro da sala de aula. A nossa motivação partiu da falta de reciclagem em todo o lado, por exemplo, nas ruas, nas escolas, nas empresas e, até mesmo, nas nossas próprias casas. Perante este cenário, consideramos que seria uma boa opção começar com a reciclagem nas salas de aula, espaços que partilhamos, invariavelmente, no dia-a-dia. Resumidamente, o nosso projeto consiste em trazer a reciclagem para

papelão amarelo vidrão dentro das salas de aula, para que os seus utentes/ alunos mais jovens fiquem mais sensibilizadas e, pela sua aprendizagem, a possam transmitir ao mundo exterior, pois consideramos que se partirmos de uma minoria, alargando o nosso círculo de acção, conseguiremos obter uma maior participação/cooperação por parte da comunidade escolar e da população em geral. Até ao momento, já criamos 5 versões para o logótipo, o principal, o secundário, nominativo, a preto e um em branco. Também elaboramos um cartaz, um flyer e 2 tipos de T-Shirt.

Para angariar fundos, de modo a sustentar a nossa iniciativa, vendemos rifas e contamos com a colaboração da escola, com os recipientes (colocados na sala de aula) que permitirão essa reciclagem. Pelo seu interesse e sentido de oportunidade ajustados às inquietações de um ambiente sustentável, iremos participar no concurso de ideias Escolas Empreendedoras, organizado pelo IN.AVE, onde debateremos, com outros projetos da escola e do concelho, a nossa estratégia ambiental. Ana Filipa, Ana Gonçalves, Andreia Mendes, Bárbara Teixeira, Bruno Fernandes, 1ºPM


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• Projeto de Empreendedorismo Social

Os ESMS+VERDE e a construção da estufa Martins sarmento Reflorestar, mais do que plantar árvores, é reconstruir, substituir, fazer nascer o que morreu ou foi destruído. Assim, e no âmbito do nosso Projeto de Empreendedorismo Social e de Cidadania, decidimos trabalhar o tema da reflorestação. Dentro deste assunto, optamos por colaborar com o projeto de construção de uma estufa, ainda em implementação, cedendo a verba angariada para a aquisição de equipamentos ou plantas. O nosso grupo apelida-se de ESMS+VERDE, que representa as iniciais da nossa escola e o símbolo “+” simboliza a melhoria e enriquecimento de espaços. Para a sua divulgação, dinamizar-se-á uma

campanha com a venda de kits. Estes contêm sementes e bastantes informações acerca das mesmas (nomeadamente as suas propriedades, benefícios para a saúde (…)). O seu custo será de dois euros. O nosso ponto de partida deu-se com a necessidade de apetrechar a estufa pedagógica em construção da escola. Deste modo, a nossa iniciativa consiste em colaborar com esse projeto, cedendo a verba angariada, para a aquisição de equipamentos ou plantas, dando, assim, o nosso contributo para a enriquecer, diversificando-a. Até à presente data, elaboramos cartazes, panfletos, rifas, t-shirts e um logótipo, imagem

deste nosso empreendimento. Além destas iniciativas, iremos apresentar o projeto no concurso de ideias Escolas Empreendedoras, organizado pelo IN.AVE, no qual,

• Projeto de Empreendedorismo Social

junto com outros projetos da escola e do concelho, defenderemos este nosso propósito ambientalista. 1º PM

Cork Team na reciclagem da cortiça O Projeto de Empreendedorismo Social e de Cidadania fez-nos reflectir sobre a importância da reciclagem, mas queríamos ser originais, fugir da reciclagem mais comumente tratada. Assim, decidimos trabalhar a da cortiça. Então, em consonância com o tema, apelidamos o nosso grupo de Cork Team, que representa a equipa de cortiça e cujo objetivo principal passa pela realização de uma campanha de recolha desse produto. Para tal, partimos do seguinte problema: as pessoas não têm iniciativa própria para recolher a cortiça e, talvez, não saibam o quão importante

pode ser a reciclagem da mesma. Deste modo, nós, como equipa, predispusemo-nos a tomar as rédeas do assunto, para mostrar à comunidade escolar, em primeira estância, o quão importante pode ser saber reciclar a cortiça. Assim, o nosso projeto consiste em promover a reciclagem da cortiça, baseado no logótipo da Câmara Municipal de Guimarães – Capital Europeia da Cultura (do qual todos se devem lembrar, o coração com a letra G – inicial da nossa cidade). Numa estrutura feita em acrílico transparente com o símbolo acima referido, pretendemos que todos a encham

com rolhas, independentemente da sua proveniência (especificamente de cortiça). Até ao dia presente, conseguimos angariar uma parte do dinheiro necessário para o desenvolvimento deste empreendimento. 1º PM


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• Projeto de Empreendedorismo Social

“Aromáticas sustentáveis” Queremos sabores, desejamos cor, procuramos cheiros para ver bailar magia no olhar e no paladar. Assim nasceu “As aromáticas sustentáveis”, projeto, ideia empreendedora do 1ºPR. Não o afirmava já Pessoa “Deus quer, o homem sonha e a obra nasce”, pois “tudo é possível quando a alma não é pequena”. Com efeito, e para responder ao desafio do concurso Ideias empreendedoras In-Ave 2019, projetamos e reinventamos as hortas pedagógicas da nossa escola. A obra nasce não sem apoio que desejamos referir porque a ingratidão não nos serve. À Dr.ª Ana Morais, do Laboratório da Paisagem, à dinâmica contagiante da engenheira agrónoma Ângela Pereira, à Dr.ª Maria João Cotter, pelos seus preciosos ensinamentos, ao Centro de Formação Martins

Sarmento, a toda a equipa do 1ºPR, professores e alunos e, não menos importante, ao Miguel Coelho, do 3ºPM, o criativo logótipo que nos retrata, o nosso grato apreço. Há muitas ervas daninhas a desbravar, terra a remexer, mas queremos acreditar que podemos produzir alimentos de alta qualidade recorrendo às práticas defendidas pela Agricultura Biológica, respeitando, ao mesmo tempo, a saúde do Meio Ambiente e do Ser Humano e protegendo, preservando e melhorando os recursos naturais (como água, ar e solo), tão necessários para as gerações vindouras. É primavera, vamos vê-la florir e verdejar de forma planeada e sustentada nos nossos jardins. Prof.ª Fátima Lopes

• Nicolinas

A sustentabilidade também é promovida pela Associação dos Antigos Estudantes do Liceu de Guimarães Aquando do início das comemorações dos 50 anos da Associação Dos Antigos Estudantes Do Liceu De Guimarães, a AAELG decidiu que, todos os anos, no final das Festas Nicolinas, seriam plantados alguns pinheiros em substituição do, então, oferecido pelos proprietários da Quinta de Aldão. Assim e desde da época, todos os anos, a AAELG Velhos Nicolinos promove, num sábado, em fevereiro, a plantação de alguns pinheiros, da espécie Pinus pinaster, na Quinta de Aldão, local de onde, desde

há muitos anos, por vontade dos seus donos originais e sucessores, é retirado um pinheiro desta espécie para o cortejo das Festas Nicolinas. Nesta iniciativa participam os velhos Nicolinos ajudados pelos jovens da Comissão de cada ano. Além de promover a reflorestação daquele espaço, tem também como objetivo o primeiro encontro anual informal entre Nicolinos. E este ano lá estive a contribuir também e pela 2ª vez. Prof.ª Frederica Sampaio

AAELG decidiu que, todos os anos, no final das Festas Nicolinas, seriam plantados alguns pinheiros em substituição do, então, oferecido pelos proprietários da Quinta de Aldão. O momento também é aproveitado para se realizar o primeiro encontro informal entre Nicolinos


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Universo ESMS • Cantinho da Cozinha Pedagógica

Beringela

Alimento de poucas calorias, a beringela é uma excelente opção para quem quer perder peso. Com uma beleza particular, graças à sua cor roxa, apresenta pouca gordura saturada e não potencia o aumento do colesterol. É um alimento de fácil digestão, pois cada 100 gramas deste vegetal cru tem cerca de 26 Kcal.

Os benefícios da beringela: • • •

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Contém vitamina A, vitaminas do complexo B (B1, B2 e B5), vitamina C, vitamina K e minerais (cálcio, fósforo, ferro, potássio e magnésio); As propriedades minerais da beringela mantêm a saúde da pele, dos nervos e do aparelho digestivo; Tem a capacidade de diminuir o colesterol, especialmente o LDL (conhecido como mau colesterol), a glicose no sangue, sendo por isso indicada para casos de diabetes, e a pressão sanguínea, contribuindo assim para a redução da tensão arterial; É recomendada para quem sofre de artrite, gota, reumatismo, diabetes e inflamações da pele; É muito nutritiva e tem características laxativas, sendo indicado em casos de desnutrição e prisão de ventre; Por conter elevadas quantidades de potássio, apresenta efeito diurético e combate a retenção de líquidos, sendo utilizada no tratamento de inflamações de rins, bexiga e uretra, sobretudo quando bebida como sumo; Induz o catabolismo lipídico, inibindo o armazenamento da gordura e favorecendo a sua oxidação; Rica em fibras solúveis, confere saciedade ao longo do dia, ajudando dessa forma no controlo do peso.

BERINGELA À PARMEGIANA INGREDIENTES • 500g Beringelas • 400g Queijo Mozarela • 300ml Molho de Tomate “Pomodoro” • 3 Ovos • 200g Farinha de Trigo • 5g Orégãos • 10g Sal • 5g Pimenta fresca moída na hora Molho de Tomate “Pomodoro” • 500g Tomate pelado • 50g Cebola • 30g Cenoura • 20g Talo aipo • 1g Folha de louro • 20ml Azeite • 200ml Água • 10g Sal MODO DE PREPARAÇÃO Molho de Tomate “Pomodoro” 1. Leve ao lume a cebola picada com azeite até dourar. 2. Adicione a água, a cenoura ralada, o talo de aipo ralado, a folha de louro e o tomate pelado. 3. Depois de os vegetais estarem cozidos, retire a folha do louro, triture tudo com a varinha mágica e verifique os temperos.

Dica: Quando muito grande, a beringela costuma ter um sabor amargo, o qual pode ser removido colocando as rodelas de beringela no sal e deixando atuar por 20 a 30 minutos. Após esse tempo, lavar e secar as rodelas que podem depois ser cozinhadas normalmente.

Notas: • O molho deve apresentar uma consistência espessa, similar a uma sopa. Se necessário for, engrossar o molho com farinha maisena, diluindo-a em água fria antes de adicionar ao molho. • Caso considere o sabor do molho ácido, adicione uma pitada de açúcar. Beringela à Parmegiana 1. Corte as beringelas em fatias no sentido do comprimento e tempere com sal e pimenta. 2. Passe as fatias das beringelas na farinha de trigo (panar), depois nos ovos ligeiramente batidos e frite em óleo bem quente até dourar (óleo deve cobrir totalmente a fatia). Reserve. 3. Coloque as fatias das beringelas em camadas alternadas com o molho de tomate “Pomodoro” e o queijo mozarela, repetindo esta ação por três vezes (beringela-tomate-queijo x 3). Coloque os orégãos sobre a última camada de queijo. 4. Leve ao forno a 200ºC durante 10min até dourar e o queijo estar derretido. 5. Sirva com salada. Chefe António Freitas e Prof.ª Miguela Carriço


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Universo ESMS • Poesia

• Poesia

“Mar, Metade da minha alma é feita de maresia”. Sophia de Mello Breyner Andresen 100 anos | 1919-2019

rença. A sua magia do sonho, num constante diálogo incompreendido com o real, torna-o num mistério intrigante em que as palavras se esvaziam de sentido para um “leitor” pouco ou demasiadamente alerte. Numa fuga ao tipificado e academicamente instituído, o 3º PM, sob um olhar muito seu, sem presunção, decidiu animar Pessoa, partilhando as técnicas adquiridas em Multimédia e a cumplicidade da nossa língua portuguesa. Eis alguns exemplos desta iniciativa criativa Profª Fátima Lopes

Homenagem a Sophia Pessoa com animação Fernando Pessoa, um dos ícones incontornáveis da Literade Mello Breyner tura Portuguesa, mais do que lido, é alvo de múltiplas interpretações e encenações literárias. Nas escolas, ora é detestaAndresen do, ora idolatrado, mas, por muito poucos, passa pela indife-

Sophia é sempre o regresso À plenitude Ao mundo onírico dos seus versos Que se misturam com a espuma Das ondas azuis que se espreguiçam Na areia que sobe até às dunas Onde se avista a luz Que atravessa todos os tempos Amaciando a realidade E afastando todo o nevoeiro Até se verem os canteiros verdes Do jardim que silenciam todo o ruído para só se ouvir o canto da sereia enredando o pescador adormecido no seu barco para sempre cercado pela ninfa em que se transformou Sophia… Profª Adelaide Archer

https://issuu.com/opregao/docs/fernando_pessoa_tatiana_n27_v_nia_n https://youtu.be/zUCT6I_XnJI

• Poesia Tudo que eu escrevo é verdade. Cada dia, falo, escrevo e tudo faço para o amor! Amor significa dar carinho, dar alguns presentes e ajudar nos bons e nos maus momentos o meu grande amor. Estou apaixonado por uma rapariga da minha turma, cada dia que passa, gosto mais dela. Mas, neste momento em que eu ando e escrevo, é o tempo que perco por não estar falar com ela. Nunca esqueça: as raparigas são um tesouro para nós rapazes! Paulo, Centro de Aprendizagem

ACRE; D; A; PORO; IRA; RE; BR; SOL; AI; SEN; RAM; NE; SAPUPO; ALIADO; MATAM; CARTA; C; SARI; ARAR; R; AM; REN; DAR; PE; MAR; IA; AS; SAP; ATAR; RAB; COLA; REMETI; REATAS; O; AVIA; IRIA; S; EU; IAM; SEU; IA; IMO; SO; TO; LAR; RARA; SUA; MATA; ORADA; M; PAREM.

SOLUÇÕES DAS PALAVRAS CRUZADAS N.º 20


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Universo ESMS • GPDE

O Clube de Programação e Robótica da Escola Martins Sarmento O Clube de Programação e Robótica (CPR) da Escola Secundária Martins Sarmento (ESMS) foi criado em 2004, no âmbito do Curso Tecnológico de Informática, mantendo a sua atividade e o seu compromisso profissional, sem interregno, até ao presente, com o Curso Profissional de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos. É um centro de interesses educativos e científicos, de inovação e tecnologia, na área da automação e robótica criativa e competitiva, que estabelece a união entre a vertente académica e prática, garantindo competências gerais no crescimento académico, pessoal e humano dos jovens. Ambiciona, assim, que a Escola ganhe, cada vez mais, um lugar de destaque na comunidade, em termos tecnológicos e de engenharia. Neste sentido, objetivamos que o Clube apresente sempre, e de forma renovada, um potencial de construção de mecanismos robóticos, com utilidade e aplicabilidade em trabalhos de laboratório, no desenvolvimento das Provas de Aptidão Profissional (PAP’s) e no investimento em experiência mais especializada, de modo a adequá-los aos projetos de Formação em Contexto de Trabalho (FCT). Numa perspectiva de projeção do interior (escola) para o exterior (comunidade) e vice versa, procuraremos e desenharemos, como é nossa prática, uma dinamização e participação em competições e eventos. De modo a alargar o nosso raio de ação, protocolamos diversas parcerias empresariais e institucionais com variados objetivos de cooperação e de interação. Salienta-se que, ao longo do presente ano letivo, os alunos do 1º ano do Curso Profissional de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos (PGSI) estiveram muito positivamente envolvidos no “Projeto Interdisciplinar de Turma”, com a dinamização de um “Torneio de Robótica” em quatro provas, Corrida de Obstáculos, Luta, Seguimento de Linha e Dança, devidamente documentado e divulgado.

Concretizou-se durante a “Mostra de Projetos da Escola”. E ainda, alunos do 3º ano que tiveram como desafio principal o desenvolvimento de PAP’s, num diversificado e interessante conjunto de trabalhos relacionados com o “Robô Licelino”. Com este robô projetado e trabalhado no Clube, pretende-se incorporar e automatizar a mascote da escola. Um desses alunos, Diogo Alexandre Vale, com o trabalho “Tratamento de Imagem do Robô Licelino”, foi o vencedor do concurso “Melhor Projeto PAP”. Os resultados mais ambicionados remetem-nos para a conquista de competências dos alunos que são atraídos para o clube. A efetiva evolução das suas capacidades de autoconhecimento leva-os a serem responsáveis e agentes do seu próprio processo educativo, na versatilidade que passamos a elencar: na comunicação; na agilidade; na adaptação; na interacção; na partilha colaborativa; na diversidade e interesse na aprendizagem e trabalho em equipa; num espírito competitivo, criativo, curioso, imaginativo,

inovador e no pensamento crítico. Entenda-se que tudo é arquitetado e pensado numa perspetiva de construção e projeção no futuro. Além disso, destaca-se, no presente ano letivo, o projeto do concurso “Melhor Projeto PAP da Escola”. Por ter sido a sua primeira edição neste evento foi especialmente acarinhado e objeto de um sucesso notório e visível. Com efeito, envolveu todos os alunos de todos os cursos profissionais e contou com a participação de um júri externo, com diversas individualidades empresariais e representativas de instituições da comunidade. Ressalva-se que, em anos anteriores, conquistou-se o 2º lugar no Festival Nacional de Robótica 2011, o 3º lugar no Festival Nacional de Robótica 2012 e participou-se no Mundial de Robótica 2012, no México. Realidades que muito nos regozijam e, como tal, queremos partilhar com toda a Comunidade Escola! Prof.ª Luísa Vieira, Coordenadora do projeto


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Universo ESMS • Roboparty Universidade do Minho

Curso Profissional de Informática conquistou 2º lugar em concurso de robôs! Os alunos do Curso Profissional de Informática (PGSI) e do Clube de Programação e Robótica conquistaram o 2º lugar num concurso de robôs, aquando da sua participação no evento Roboparty, promovido pela Universidade do Minho e que decorreu entre sete e nove de março. Com um programa diversificado, a Roboparty proporcionou o ambiente ideal para a construção e programação de um robô autónomo e capaz de competir, que ficará para a escola, no Clube de

Programação e Robótica, e que será utilizado em aprendizagens experimentais com os alunos. Foi mais uma experiência muito interessante que pretendeu facultar a oportunidade de aproximação dos estudantes à investigação científica e tecnológica num ambiente universitário. Além disso, potenciou fortemente o intercâmbio de conhecimentos e experiências entre os participantes. Para todos, muitos parabéns! Prof.ª Luísa Vieira

A Roboparty permitiu uma aproximação dos estudantes à investigação científica e tecnológica num ambiente universitário

• Palestra

Educação sexual na escola No passado dia 13 de março, tivemos a oportunidade de assistir a uma palestra apresentada por duas médicas, cujo propósito visava abordar e tratar a temática da Educação Sexual, enquanto projeto na escola. Durante a palestra, pudemos aprender mais acerca da gravidez na adolescência, sobre como a podemos evitar e sobre as muitas consequências que dela advêm. Ficamos a saber que o número de gravidezes na adolescência está cada vez mais a diminuir devido, sobretudo, à diversidade de informação que existe, hoje em dia. Soubemos ainda que, de acordo com a lei, em Portugal, o aborto só é permitido até às dez semanas. Esta palestra foi também muito útil, pois tratou de pormenores tais como a altura

em que as mulheres têm mais probabilidade de engravidar a meio do ciclo. Durante o período fértil, o corpo feminino prepara-se para a fecundação de muitas formas, entre elas, dá-se o revestimento do útero que se torna mais espesso, garantido pela quantidade de estrogénios. É exatamente por isso que as mulheres ficam tão preocupadas quando a menstruação não vem. Isto porque quando não ocorre fecundação, a camada do útero volta ao normal, havendo hemorragia, chamada vulgarmente menstruação. Para concluir, esta aula foi muito dinâmica e especialmente esclarecedora para o nosso conhecimento, como adolescentes. Inês Reis e Francisca Ribeiro, 11º CT4

Todos os dias há seis adolescentes que são mães em Portugal. O número tem vindo a descer mas está ainda longe dos mínimos registados na União Europeia (UE). Portugal é o 12º país a nível europeu com mais mães adolescentes.

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Wait till you hear it! Day one. She opened her eyes and smiled. It was going to be grand, she thought. Poor cricket… if she only knew… “Get up! It’s time”, he said. I’m up, I’m up. Get dressed, quickly, quickly… Yogurt and bread, water for the road. Coats! Snacks, don’t forget the snacks! Time for Q&A: do you have everything? Did you eat? Drink your milk! Where are your gloves? Tie your shoes! Away, away! And off they all went, the 10. Up and down the windy road, looking out through the window, ooooohing and wowing and laughing together, one happy family. When they got where they were going, up the road still they went, this time on foot, to the rental office. “Number?” she was asked. “37, please”. ”Here, let’s try these…. They are good.” Eyes incredibly big, she gets up and walks away. Clip clop, clip clop, clop clopclopclopCLOP1 FA-THUD2! One. OUCH3. Up you go, missy. Shuffle, shuffle, shuffle4. Clip clop clip clop…. “Where to, now?”, she asks the niece-turned-teacher-for-the-day. “There.” the kid says, “that one is easy!”. More shuffling... Ok, it was more like shuffling and grunting5 and huffing6 and puffing, but she managed. Barely. Sheesh! she thought, we haven’t even started! Looking around her at the nephews and nieces and son, all laughing and joking… she really hated their youth. She was grumbling between her teeth when one of them hugged her. “Ok”, maybe I’ll let them live a little while longer”, she thought, while waiting for her turn for the escalator. Wait a frekkin’ moment, she thought, looking ahead. How the heck am I getting into THAT? And all the while, the chairs whizzed7 by and clanked8 and banged9 and the people plopped10 on them with amazing efficiency. Until it was her turn. Get to the front, wait for it… wait for it… waaaait… NOW! And fumbling with the sticks and the long feet and the weight, she clumsily grabbed the post and fought into the seat. OMG! She did it! She did it! Looking down as it climbed, she sighed happily, Ok, up is done, let’s take care of coming down. At the top, she realized that would be a problem. But she was out of the chair in no time and …. Fa-THUD! Two. Aaaaand there, it all went downhill. Literally. “How the heck do I get up?”, she asked the niece. The kid explained once, twice, three times, until she was sick of hearing it and the girl of saying it. “I just can’t do it! Just let me breathe, sheeeEESH!”. Oh, how it cost to get up! But – eventually, after three, four and five – she did it. And then the fun part began. The niece says “Do like I do. Follow me”. Ok, I can do that. Totally. NOT! Down they all went, her mind mad, going round and round, cannibalizing itself OMG OMG OMG OMFG, how do I stop!!! Swish, SWISH11, STUMBLE, STUMBLE, FLAP, FLAP12, Sh**************T…

SPLAT13! Six. At least it’s soft, she thought. She got up. Eventually. Seven Eight Nine Ten A hundred and one Three hundred and thirteen Four thirty. Time to stop. By this time, she was a proficient faller and she could get up in 5 seconds tops. Gracefully and with great panache. She had also managed to learn how to break, which was a good thing for her backside. There had been a funny moment there, in the afternoon (liar, there were many, and all at her expense): she was sliding, hunched down like the old hag she felt. She lost her footing (the damn things had a life of their own) and suddenly she was sliding on one foot. Oooohh, Sh*********t. She whimpered and then squealed when she saw where the other foot was headed. And just before she splattered14 herself against the bank, she squawked15 and thought, Thank God it’s fluffy! Time to go home. Time to heal the ouches of the day. Yay, she muttered16 to herself. It was grand, she grumbled while shuffling towards the car. Actually, she couldn’t wait for day two. She opens one eye. It’s morning. Can she move?, she wonders. She can. And after the routine of the morning there they go again. “I’m going to train my turns”, she told them. “I can’t turn to the right. I’ll watch the little munchkins and see how they do it. I’ll be at the tube”. The tube was a conveyor about 5 metres long, with an inclination of 5%, tops. The runts using it to learn were all about 3 or 4 years old. And then there was her, a middle-aged woman, at least a 1,20m taller than the rest of them. Parents at the sidelines looked and smiled. Some shook their heads but she didn’t give up. And even when – oooh, the humiliation – she fell on a 5% incline – she got elegantly (she thought) up and kept going. Soon there were other adults there, having noticed that the track wasn’t closed to the fumblers. That was the name she had for all those who were convinced they could still learn to walk with the long shoes but were clumsy, fearful and – all in all – joyfully made fools of themselves. There was noise all around – instructions and cries and advice not followed. Suddenly, this critter – couldn’t have been more than 4 – comes up to her and asks “How old are you?” “42” she says. “That many?”, the brat finished. The little chit! She had great fun that second day, getting mad at the knees sometimes, when they refused to do what she asked and “turn.the.heck.to.the.right!”. She left the tube and went on to greener pastures and didn’t fall. In the afternoon, she


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got cheeky and went to the blue line of the first day. She could get out of the chair quite easily and didn’t bumble17 around, so she had her fun. Less, when the son whizzed18 past her, all confidence and bluster. The nerve of the spawn! Sixteen years since he’s seen snow, and there he goes. Shuush, shuuush19, his long feet sang perfectly. There came a time when she felt she could redline the things. Oh, the conceit! The slant was sharp and the people many. They zipped20 and zapped from all quarters, making her gasp21 in fright every three seconds. Gulping22, she committed herself, thinking she could do it. And she could. Just not standing. She twirled to the right, twirled to the left, bent at the waist waving the sticks in the air (as if THAT would help), one foot up, then the other, thinking “I have to turn, I have to turn” but the knees were weak with fright and down she went, head over feet (or was it feet over head?), tumbling and sliding and wailing23 and screeching24 till she came to a stop and there she stayed, wheezing25 and spitting out whatever had got into her mouth. No more, she thought. Too tired to think, she saw herself remembering her days as a skater as she used the long feet to roller-blade out of there. Swish, swish… swish, swish, the long feet went. And took her to the beginning where she sat and waited for the others to arrive. One heck of an adventure! • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Profª Carla Maria Menezes 1 Clip-clop: sound of a shod horse 2 Someone hitting the floor after falling 3 Sound of pain 4 Someone who does not fully lift feet off the ground while walking (old / injured) 5 The deep short sound characteristic of a hog 6 Sound of exhaling, blowing 7 To pass by very quickly 8 Badly oiled metal gears engaging one another 9 Metal hitting metal 10 To sit by letting go of the legs 11 When moving through air or water 12 Noise of a bird's wing in motion 13 To land with a smacking sound 14 To spatter (something), especially to soil with splashes of liquid 15 High bird sound 16 To speak almost inaudibly with closed lips 17 To blunder 18 Humming, hissing sound 19 Sound of sliding 20 To travel with a sharp hissing or humming sound 21 Sound produced by victim of punch in the stomach

• • • •

22 The sound of swallowing greedily 23 Prolonged sound in crying 24 High shrill piercing cry usually expressing pain or terror 25 To breathe with difficulty usually with a whistling sound


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Creative writing

The Three Stooges Pigmee

Hello! My name is Pigmee. I’m the most deadly, cold-blooded and ruthless detective of all times. Recently I solved the most stupid crime of my career. Even though my life is full of dangerous and exciting crimes, I decided to tell you this one, because everyone likes a funny story. So, shall I get started? It was a cold day in Moscow, Russia (my hometown), when my phone rang. It was my boss calling me to let me know that I’d been chosen for a new mission in Portugal. Sarah, the farmer’s daughter had been kidnapped. I flew to Portugal and I started to collaborate with the Portuguese police to find that poor little girl. The Portuguese detectives had three suspects and they were all quite peculiar. It’s important to mention that they were all foreigners. First, we had Toad, a small mushroom that was in Portugal visiting his parents. During the night of the crime, Toad claimed that he had woken up at 4 a.m. craving corn flakes and he went to the convenience store to get them. But when I checked the security cameras of the aisle where the cereals were, there was no sign of Toad. Next, we had Many the rabbit, a polish explorer that came to this country to study the Portuguese flora and fauna. It was very convenient that he spent the night of the crime alone in the woods watching owls, but he had photos to prove it. Last but not least, we had a famous TV star called Spongebob, but I excluded him from the list, because after talking to him I realized he was too stupid to commit a kidnap. I mean, who wears squarepants? And not to mention that his best friend was the dumbest sea star ever, that lived under a rock! I could continue talking about this for hours, but that’s not important for the story. I started interrogating the two main suspects. I began with Toad.

-So, Toad, did you enjoy your corn flakes? Were they tasty? - I asked. -Can you repeat the question please? -stuttered Toad. - Nervous Toad? Why? Are you hiding something from me? - N-No! Yes! I’m so sorry -cried Toad. - I knew it! Where’s the farmer’s daughter, you bastard! – I screamed. - What are you talking about?! – said Toad confused. - I checked the security cameras and there was no one in the cereal aisle! – I shouted anxiously. - That’s because I wasn’t in the cereal aisle! I was buying something else… said Toad ashamed. - What were you buying then? - I-I-I was buying a pregnancy test! I think I might be pregnant! - What? Hahaha – I laughed. - Don’t make fun of me! Mushrooms are incredibly fertile. - Female mushrooms may be, but I don’t think you are Toad. After this hilarious conversation I checked the cameras in the pregnancy aisle and Toad was telling the truth, so I let him go and advised him to go to a psychiatrist ASAP. Then I realised there was just one suspect left! So, I knew it was him! After a long interrogation, Many finally confessed and explained his motivations: Basically the girl’s father owned the tastiest carrots in the whole world. Many was broke, so he couldn’t afford them, and he was planning on trading the girl for ten thousand carrots. However, Many was the worst kidnapper of all time, because he sent the letter, threatening the farmer, to the wrong address, so the girl’s dad didn’t know about the blackmailing. The little girl came home and Many died in prison, because he couldn’t survive without his precious carrots. Beatriz Araújo e Bruna Freitas, 10º CT3


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Universo ESMS

An amazing tale There was a time, long, long ago, when reality and fantasy often collided, creating amazing stories and tales where the border line between what’s real and what’s unreal was so thin that you could barely distinguish them apart. What you are going to read is one of these formidable tales, which took place right here, in our very own country: Portugal. This story follows Bob, a small, yellow sponge, gifted with the ability to talk, hear and think like a human. Although he had lived all his life in Bikini Bottom, he was starting to find his birthplace dull and uninteresting, and so he decided to settle home somewhere else. The location that astonished him the most were the shores of Portugal, with its warm waters and beautiful beaches, carved from the rocks by some kind of artisan of the Heavens. During his stay, Bob made contact with two odd, yet friendly, creatures. One of them was Toad, a human--looking mushroom, who was visiting relatives from the city of Oporto and shared the same intent as Bob that was learning English during his stay in

Portugal. The other one was Manny, a white rabbit, who claimed he was the twin brother of the Polish King’s pet rabbit. However, unlike his sibling, Manny hated living in court due to his very curious nature, instead dedicating his whole life to exploring countries and discovering more about other cultures and peoples. In his belief, in order to be happy, he needed to visit and see, for himself, every single corner of the world. As they got to know more about each other, they began to form a solid and durable friendship. It seemed like everything was going perfect for our three friends. But things were going to take a sudden turn for the worse, with the arrival of the fearsome Pigmy, a famous bounty-hunter, known for his efficiency in catching his targets and bringing them to Justice. Rumors even circulated that he was the only one able to accomplish certain capturing missions while everyone else would simply fail at them. News of this arrival quickly spread among fantasy creatures and fear took over all of them. “It must be a very

Spongebob Spongebob is a world known-pedophile who lives in Bikini Bottom. One day he decided to go on vacation to Russia, where he violated Toad. Since that day, Toad's father became obsessed with the idea of murdering Spongebob. He was afraid of getting caught so Bobby decided to run away to Portugal with his BFF Pa-trick Daniels who couldn't live without him because he obviously had no brain. CIA was already searching for Bob and one month later they discovered that he had landed in Vitória Sport Club's airport in Guimaraes, Portugal. Both Boby and Daniels visited Vsc's stadium and unfortunately for them Pigmy ( Toad's father) saw them on TV. Two days later Pigmy and Many were already in Portugal, thinking that they had to find the two criminals. When they discovered that, Daniels and

Bobby knew they must hide in Martins Sarmento. They managed to trick teacher Graça Pacheco saying they wanted to learn english. Of couse she couldn't deny their access to culture so she enrolled them in her class 10°CT3. Next morning Pigmy tried to kill Bobby in front of the school but he was able to escape. While he was running, Pigmy was arres-ted for attempted murder. CIA agent Many followed the bread crumbs left by Patrick's bread with nutella and pineapple to room no C1.17 where he found Eduardo helping Bob and Daniels. The 3 were arrested and even though Eduardo was inocent he spent his whole life in pri-son. Vasco Vaz e Bruna Sousa, 10º CT3

severe issue”, they thought, although no one was able to guess for sure who was being hunted. In their minds, it could be anyone! Bob, Toad and Manny also shared this feeling of insecurity, but they needed to continue on with their lives. Fear alone couldn’t stop them! However, one day, while the three friends were visiting Oporto, the Pigmy surprised them. He demanded: “Manny, you must hand yourself over for the crime of treason!”. The rabbit sighed and let the authorities arrest him, without offering any resistance. Bob and Toad watched helpless as Manny was taken away. From that day on, fantasy characters decided that they should cease all interactions with the real world, in order to prevent such terrible things from happening again. And so, the gate between fantasy and reality was closed, who knows, forever. According to legend, only a chosen human can break this isolation and revive the old relationship between worlds once again. You might be the one. Carlos Oliveira e João Dias, 10º CT3


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Clube de Teatro na ESMS O Clube de Teatro foi criado no presente ano letivo na nossa escola. Está inserido no Grupo de Projetos de Desenvolvimento Educativo, por iniciativa do Serviço de Psicologia e Orientação, em articulação com o Projeto Tabu e o Município de Guimarães. É dinamizado por atores profissionais e dirigido aos alunos mediante inscrição prévia, possibilitando o desenvolvimento de capacidades artísticas e a perceção do processo criativo, tendo como principais objetivos: - Abordar temas como a identidade e violência de género, combatendo esta problemática social; - Facilitar um espaço de partilha e criação no sentido de sensibilizar a camada jovem para uma empatia coletiva, impulsionando a intervenção social; - Promover o gosto pelas artes cénicas, utilizando-as como um veículo de expressão, prevenção, informação e educação; - Trabalhar a comunicação verbal e não-verbal no aluno, de modo a que ele se sinta capaz de se exprimir com clareza e assertividade; - Fomentar o gosto pelo processo artístico, tanto ao nível individual como em equipa. O Clube funciona à quarta à tarde e, para além das sessões semanais de teatro, estão previstos ensaios abertos, criação de espetáculos personalizados e participações pontuais em eventos escolares. Permite desenvolver as competências psicossociais dos alunos, tais como a autoconfiança e segurança necessária para uma boa expressão em

público ou individual; o gosto pela cultura, teatro e a expressão dramática; entender o processo criativo desde a sua raiz até à execução do mesmo; o gosto pela atividade e intervenção social, consciencializando-o para as infames situações de injustiça social e a importância de praticar uma cidadania ativa. Apresentam-se, de seguida, relatos /testemunhos dos alunos que frequentam o Clube: “Acho muito interessante. Conseguimos expressar vários sentimentos e demonstrar várias facetas.” - Estela “É uma experiência marcante e divertida. Nunca tinha experimentado algo como o teatro.” - Carolina “Estou a achar muito interessante. Foi uma ótima escolha ter vindo para o clube. Adoro os professores, são mesmo incríveis.”- Beatriz “É uma ótima maneira de aproveitar o meu tempo livre e pôr à prova as minhas capacidades e estabelecer relação com as outras pessoas.” - Margarida “Está a ser uma boa experiência. Considero o clube importante para o autoconhecimento e desenvolvimento de capacidades.” - Zé O lema do Clube “Adere ao teatro e faz da tua expressão um ato” está patente nas sessões desenvolvidas com os alunos. Essa partilha pretende ser um momento de contacto com uma variedade de contextos e situações, debatendo temas da atualidade e permitindo uma visão mais alargada do mundo e da sociedade em que os jovens se inserem.

Carla Sofia Rodrigues, Serviço de Psicologia e Orientação

O Clube de Teatro está inserido no Grupo de Projetos de Desenvolvimento Educativo, por iniciativa do Serviço de Psicologia e Orientação, em articulação com o Projeto Tabu e o Município de Guimarães. É dinamizado por atores profissionais e dirigido aos alunos mediante inscrição prévia


2019

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Universo ESMS

• Reportagem fotográfica

Liceu's Got Talent

Finalistas da edição de 2019 do Liceu's Got Talent

• Gabinete de Imagem


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Universo ESMS

• Reportagem fotográfica

Corta-mato 2019

• Gabinete de Imagem


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2019

Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão

Universo ESMS

• Artes Visuais

Diário gráfico

Célia Vieira, 12º AV2 Maria Inês Ferreira, 12º AV2 Vera Lua, 12º AV2

Sofia Carmo, 12º AV2 Célia Vieira, 12º AV2 Vera Lua, 12º AV2 Célia Vieira, 12º AV2


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Universo ESMS

• Diário Gráfico

Maria Inês Ferreira, 10º AV


2019

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Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão

• Maria Inês Ferreira 10º AV

Universo ESMS


Equipa de ‘O Pregão’ Joana B. Silva Jorge C. Faria José L. Faria M. Fátima Lopes Raquel Silva

Jornal ‘O Pregão’ online: issuu.com/opregao impresso: biblioteca e sala de estudo Pede uma cópia impressa na reprografia. Se pretendes ver publicado o teu artigo ou trabalho no jornal da escola, envia-o para o email: o.pregao@esmsarmento.pt

20

www.esmsarmento.pt

Palavras Cruzadas 20

Prof. António Costa H

Exames 2018-2019 1ª fase: 17 de junho a 27 de junho 2ª fase: 18 de julho a 23 de julho

Afixação pautas: 12 de julho (1ª fase) 05 de agosto (2ª fase)

Breves

1 1 2 3 4 5 6 7 8

2

3

4

5

6

7

8

9 10

11 12 13

E R T A A S M U S +

9 10 11 12 13

A nossa escola venceu o concurso Máscaras e Caretas, promovido pelo Laboratório da Paisagem. A máscara a concurso foi totalmente feita com materiais reutilizados ou reciclados e resultou do trabalho conjunto de todos os alunos com medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão.

edição online em www.esmsarmento.pt

14 15 V

Sugestões web (Prof. José Faria) www.piximperfect.com PiXimperfect é um projeto fundado por Unmesh Dinda, um especialista indiano no ensino do Photoshop, que oferece gratuitamente técnicas avançadas de edição fotográfica. www.petermckinnon.com Peter McKinnon é um videógrafo canadiano mundialmente conhecido pelo seu canal youtube, com mais de 3 milhões de subscritores. O canal é dedicado ao ensino da fotografia e de vídeo.

Amargo; pequeno orifício cutâneo que atua como canal de saída das secreções das glândulas sudoríparas e sebáceas.

2

Cólera; acusada; bromo (s.q.); resplendor.

3

Nesse lugar; “seno”; memória de computador; néon (s.q.).

4

Tarolo de milho; cúmplice.

5

Assassinam; documento oficial que contém despacho, provisão ou licença.

6

Traje típico das mulheres indianas, constituído por uma peça de tecido comprida que é enrolada à volta do corpo, formando uma das pontas a saia e a outra atravessando o tronco e pendendo sobre o ombro ou a cabeça; ferir.

7

Amerício (s.q.); “Rede Elétrica Nacional”; conceder; chispe.

8

Oceano; atravessava; aquelas; “Serviço de Atendimento Permanente”.

9

Amarrar; “Rendimento Anual Bruto”; pessoa maçadora.

10

Deitei para trás das costas; restabeleces.

11

Providencia; caminharia.

12

Egoísmo; passeavam; que lhe pertence; seguia.

13

Íntimo; isolado; porco; casa de habitação.

14

Pouco densa; transpira; terreno cheio de árvores silvestres.

15

Ermida fora do povoado; estacionem.

1

Damas de companhia; sinal que se iça em lugares próprios para indicar temporal aos navegantes.

2

Inventam; lance final no xadrez; humedecer.

3

Rádio (s.q.); apanhadeiras; conjunto das barbas de uma pena; fala em público.

4

Ajustar uma peça a outra; examinei cuidadosamente; antiga coligação política.

5

Recuperei; solteironas.

6

Designaríamos.

7

O primeiro dos números naturais.

8

Pessoa que faz uso das crenças relacionadas com o abracadabra.

9

Trituraras; feito de bronze, cobre ou arame.

10

Espreitar; tombou; madrasta.

11

Eles; “acidose tubular renal”; dama nos jogos de cartas; parte inferior do pão.

12

Cinto; proteção; barco de recreio.

13

Gordura; penetraram.

Solução desafio matemático

No âmbito da Semana Concelhia da Leitura, o músico apresentou o seu novo projeto "Diogo Piçarra em Pessoa", no dia 11 de março, no Pequeno Auditório.

E S M S

1

A tua escola no facebook: esmsarmento.pt


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