JA_Fev_2011

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FEVEREIRO2011 · Tel. 241 360 170 · Fax 241 360 179 · Av. General Humberto Delgado - Ed. Mira Rio · Apartado 65 · 2204-909 Abrantes · jornaldeabrantes@lenacomunicacao.pt

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jornal abrantes

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Director ALVES JANA - MENSAL - Nº 5481 - ANO 111 - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

O AZEITE É A ESTRELA Encontro Ibérico em Abrantes junta produtores de todo o país entre os dias 25 e 27 de Fevereiro. página 4

Sardoal celebra gastronomia regional páginas 9 a 16

Antena Livre lança CD Escuta Bandas regionais estão integradas neste CD. Um lançamento que vem celebrar os 30 anos da rádio. página 21

À conversa com Isabel Coimbra É a empresária dos Segredos da Aldeia e pretende construir um hotel rural em Santana do Mato. página 3


2 ABERTURA

SUGESTÕES

FOTO DO MÊS

de

jornal abrantes

FEVEREIRO2011

FICHA TÉCNICA Director Geral Joaquim Duarte

Director Alves Jana (TE.756) alves.jana@lenacomunicacao.pt

Sede: Av. General Humberto Delgado – Edf. Mira Rio, Apartado 65 2204-909 Abrantes Tel: 241 360 170 Fax: 241 360 179 E-mail: info@lenacomunicacao.pt

HÁLIA SANTOS

Redacção Jerónimo Belo Jorge (CP.1907

IDADE 43 anos

jeronimo.jorge@lenacomunicacao.pt

Joana Margarida Carvalho

RESIDÊNCIA Alferrarede.

joana.carvalho@lenacomunicacao.pt

André Lopes

Publicidade Rita Duarte (directora comercial) rita.duarte@lenacomunicacao.pt

Miguel Ângelo

PROFISSÃO Professora (do ensino superior, ESTA).

Vai da auto-estrada a Tancos. Já esteve pior. Mesmo assim está num estado para que não se encontra justificação. Foi praga, de certeza, e eficaz, lá isso foi.

UMA POVOAÇÃO Valhascos, Sardoal. UM CAFÉ Qualquer um à moda antiga, com aquelas mesas e cadeiras de madeira maciça.

miguel.angelo@lenacomunicacao.pt

Andreia Almeida andreia.almeida@lenacomunicacao.pt

INQUÉRITO

Design gráfico e paginação António Vieira

Impressão

UM BAR O Labirinto, perto da Rotunda da Boavista, no Porto.

O que tem feito para superar a crise?

UM PETISCO As pataniscas da minha mãe.

Imprejornal, S.A. Rua Rodrigues Faria 103, 1300-501 Lisboa

Editora e proprietária

UM RESTAURANTE Ghandi Palace, na Rua dos Douradores, em Lisboa.

Jortejo, Lda. Apartado 355 2002 SANTARÉM Codex

PRATO PREFERIDO Carne de porco à alentejana.

GERÊNCIA Francisco Santos, Ângela Gil, Albertino Antunes

Departamento Financeiro Ângela Gil (Direcção) Catarina Branquinho, Celeste Pereira, Gabriela Alves e João Machado info@lenacomunicacao.pt

Artémia Oliveira

Fábio Rodrigues

José Praia

Maria Celeste Praia

Sardoal

Abrantes

Sardoal

Sardoal

Costumo vir para o Centro de Dia do Sardoal, onde lancho e passo uma boa parte da tarde. Para mim sempre se viveu em crise, mas antigamente era pior, a crise era mais sentida.

Tenho evitado as refeições fora de casa e nas alturas em que estou em estágio preparo a comida em casa. Tenho saído menos vezes à noite e quando o faço consumo o menos possível. Uso transportes públicos e no supermercado tomo atenção aos preços e promoções tentando optar pelos produtos que reúnam qualidade e preço baixo.

Vivo da reforma, que não é muita, mas não deixo de ir ao café todos os dias. Não podemos poupar o pouco que temos.

Quando era criança a crise era bem mais visível do que a que estamos a viver agora. Em vez de ir estudar, cheguei a ir apanhar azeitona para ganhar algum dinheiro. Agora vamos vivendo com o que temos, poupo a fraca reforma que tenho e não gasto muito dinheiro. Por vezes vou à carteira e vejo que não tenho dinheiro nenhum.

Marketing Patricia Duarte (Direcção), Catarina Fonseca e Catarina Silva. marketing@enacomunicacao.pt

Recursos Humanos Nuno Silva (Direcção) Sónia Vieira drh@lenacomunicacao.pt

Sistemas Informação Tiago Fidalgo (Direcção) Hugo Monteiro dsi@enacomunicacao.pt Tiragem 15.000 exemplares Distribuição gratuita Dep. Legal 219397/04 Nº Registo no ICS: 124617 Nº Contribuinte: 501636110

Sócios com mais de 10% de capital Sojormedia 83%

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EDITORIAL

UM LUGAR PARA PASSEAR A praia do Baleal. UM RECANTO PARA DESCOBRIR Um qualquer miradouro de Lisboa. UM DISCO ‘The dog on wheels’, dos Belle and Sebastian. UM FILME O primeiro que me marcou: Delicatessen. UMA VIAGEM Cuba, em 1993, durante três semanas, sem agências de viagem nem estadias garantidas em hotéis. UM LEMA DE VIDA Quem boa cama fizer nela se há-de deitar.

ALVES JANA

Pensar Glocal Nós, os humanos actuais, começámos a habitar o planeta há cerca de 50.000 anos. Em 1750, no início da Revolução Industrial, éramos apenas mil milhões. Em 1930, éramos já dois mil milhões, ou seja, duplicámos em 180 anos. Em 1970, ou 30 anos depois, éramos três mil milhões. Em 1999 éramos seis mil milhões. Neste ano de 2011 vamos atingir o total de sete mil milhões. E prevê-se que em 2050 seremos nove mil milhões. A população no mundo está, portanto,

a aumentar a uma velocidade acelerada, alguns dizem “assustadora”. Mas nos países desenvolvidos, tanto na Europa como em Portugal, a taxa de fecundidade tem vindo a descer. A ponto de, a valores actuais, não ser sequer possível repor a população existente. Ou seja, a manterem-se os valores demográficos actuais, estamos condenados a desaparecer a não muito longo prazo, não sem antes termos atravessado graves problemas sociais, económicos, políticos

e culturais. A fertilidade em Portugal era de 84,6 em 1971 e de 38,7 em 2009. E a taxa de fertilidade em Portugal era de 3 nascimentos por mulher em 1960 e de 1,4 em 2008. Em 1750, apenas 3% do milhar de milão de pessoas vivia em cidades, mas em 1900 eram já 12%, em 2000 eram quase 50% e em 2050 prevê-se que sejam 60%. A que propósito vem isto? Vem dizer que podemos olhar para o buraco na nossa rua. Mas temos de ver a

mais duas dimensões, a longo prazo e a longa distância. Por mais que nos custe, o mundo não é apenas o local. Ele é um sistema global, do qual o local é só parte integrante. Por isso, há que pensar glocal, pensar local e global ao mesmo tempo.


À CONVERSA 3

FEVEREIRO2011

ISABEL COIMBRA, EMPRESÁRIA

“A Albufeira do Castelo de Bode pode ser a futura Miami portuguesa” O projecto para o Hotel em Carreira do Mato como está? O projecto está aprovado. É só levantar a licença e começar a construir, mas ainda não há verba de momento. A nossa aposta, agora, é requalificar e colocar de pé a Estalagem de Vale Manso. Depois vamos pensar no hotel.

JOANA MARGARIDA CARVALHO

Já tinha em mãos a Praia Fluvial de Aldeia do Mato, a que deu uma vida nova. Agora, como o JA noticiou, comprou em hasta pública a Estalagem de Vale Manso num projecto arrojado, não só pelo montante do investimento exigido como por ser a recuperação de um insucesso anterior. Numa altura de crise, era imperioso ouvi-la.

Como veio parar a Abrantes? Eu sou natural da Carreira do Mato. Há quatro anos atrás, quando ponderámos apostar aqui na região surgiu logo a vontade de regressar às origens. Em 2009, quando ganhámos a concessão da praia fluvial de Aldeia do Mato, acabei por voltar para Abrantes. Foi nessa altura que iniciámos com a concessão Segredos da Aldeia. O que a fez lançar-se neste tipo de projectos no concelho? Primeiro que tudo porque é o meu concelho. Para fazer benfeitorias e projectos diferentes, aposto sem dúvida na minha zona. Depois, porque acho esta região lindíssima, sobretudo esta zona da Albufeira de Castelo Bode tem paisagens fenomenais. E por último, porque é uma região ainda desconhecida que tem muito para dar e criar. Numa altura de crise, lançou-se

Afinal, há crise ou não há crise? Há crise. Verifica-se sobretudo em relação ao aluguer dos bungalows. Por esta altura, o ano passado já tínhamos uma adesão maior relativamente a este ano. Além disso, o crédito bancário está muito difícil. É preciso ter uma “boa conta”, isto é, que o banco tenha muita confiança no cliente.

num projecto que já tinha fracassado. Não é uma loucura? Eu não sei porque é que fracassou, pois tem tudo para dar certo. A nossa intenção é criar uma nova filosofia para não fracassar. Apostar em novas actividades, desde jantares temáticos, baptizados, aniversários, casamentos, reuniões entre outras. E, muito importante, requalificar o espaço. O que já começámos a fazer. Neste momento, temos a intenção de criar um ginásio na estalagem, estamos a arranjar as piscinas exteriores, que vão ser de água salgada. Vamos proporcionar ao visitante um espaço agradável para re-

laxar com espreguiçadeiras, e um spa para tratamento corporal. Também estamos a implantar o equipamento para a prática de mini golfe. Estas valências ficam abertas à comunidade em geral e não vamos praticar preços muito elevados. O objectivo é não baixar a qualidade do serviço prestado, é esquecer o passado e começar a fazer o nosso projecto. Que em números já vai em cerca de um milhão e setecentos e cinquenta mil euros de investimento. A praia fluvial de Aldeia do Mato é um sucesso. Qual o segredo?

Continua a ser o mesmo (risos). É aquele espaço fantástico. Começámos por ter uma oferta de comida com qualidade e diversificada desde baguetes, tostas, hambúrgueres, etc. Criámos uma serie de condições para que a praia pudesse ser acessível a todos. Colocámos novas rampas, novos equipamentos balneares, construímos uma zona de lazer com relva e puffs. Este ano vamos criar mais uma zona relvada. Além disso, continuamos a gerir os bungalows, com a capacidade para 4 pessoas, com Kitchinete, fogão, frigorífico, casa de banho e ar condicionado, para quem quiser ficar.

O que é que pode ser, no futuro, a albufeira de Castelo de Bode? Pode ser a futura Miami portuguesa. Onde as pessoas com um certo poder de compra podem vir passar as suas férias e investir. De momento, esta região precisa de ser divulgada. Precisa de uma boa divulgação para atrair turistas com poder de compra, portugueses e de outros países. Qual é a sua filosofia de vida? Criar novos projectos, descobrir alternativas inovadoras, tornar os projectos conhecidos junto do público-alvo e acima de tudo colocálos em prática.

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4 ACTUALIDADE

FEVEREIRO2011

Encontro ibérico de azeite em Abrantes Abrantes vai ser palco do Encontro Ibérico do Azeite, nos dias 25 a 27 de Fevereiro.A organização é da Câmara Municipal e da Associação Centro Comercial Ar Livre, e tem a participação de várias outras entidades.

O objectivo do Encontro é “debater o sector através da mobilização de agentes económicos a ele associados – agricultores, olivicultores/produtores de azeite, entre outros – de Portugal e de Espanha e o estabelecimento de parcerias que potenciem o desenvolvimento desta fileira no espaço ibérico”. Além disso, “afirmar Abrantes como a capital do azeite”. O Encontro Ibérico do Azeite organiza-se em duas vertentes, uma mais técnica e outra mais popular. O Simpósio Técnico realiza-se no cine-teatro S. Pedro, nos dias 25 e 26, e será um espaço de debate profissional que contará com a presença de oradores portugueses e espanhóis. O Fórum do Azeite é para o grande público. Realiza-se nas instalações

da antiga rodoviária, de 25 a 27 de Fevereiro, e reune um conjunto de iniciativas sobre a temática do azeite nas suas diferentes dimensões. Apresenta uma exposição interactiva sobre o processo de fabrico; uma outra sobre as marcas da cultura do azeite no concelho de Abrantes; uma loja de produtos regionais; um espaço de provas de receitas; venda de produtos cosméticos elaborados com azeite e um espaço de olivoterapia (massagens com azeite). Neste espaço decorrem ainda várias oficinas temáticas, por exemplo sobre a análise sensorial do azeite ou a produção de sabão com azeite usado. Recorde-se que Abrantes é um importante centro produtor de azeite, com algumas marcas de clara notoriedade e um importante papel na economia regional. As mais conhecidas são o azeite Gallo, o Cabeço das Nogueiras e o Ourogal, de que nestas páginas temos dado conta. Mais informação sobre o programa e inscrições em www.cm-abrantes.pt

O Encontro visto pelos produtores O JA esteve à conversa com alguns produtores de azeite da região que vão estar no Encontro Ibérico do Azeite. Quisemos saber o ponto de vista dos produtores, que apresentam diferentes opiniões mas têm um objectivo comum, marcar presença da melhor forma na iniciativa.

André Luís Lopes Enpresa: OUROGAL André Luís Lopes, responsável pela empresa OUROGAl, vai moderar alguns painéis de comunicação. No evento vai levar para a prova a gama OUROGAL DOP. O produtor afirmou que “a expectativa para o evento é sempre uma incógnita”. Mas para os representantes do sector, o objectivo “é dar uma imagem de inovação do azeite português”. Inovação que, segundo André Luís Lopes, não está a ter o feedback que devia ter. E explica. “Portugal ganhou tudo o que tinha a ganhar em prémios internacionais de azeite. Nos últimos dez

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anos, Portugal tem vindo a ter um posicionamento em qualidade de azeite a granel, igual ou superior aos grandes azeites italianos. Isto devese a um posicionamento do olival bem feito e às variedades autóctones. No azeite virgem extra, que é o produto recomendado, nós temos feito um bom trabalho. Mas lá fora não se fala no nosso produto. Vamos ver notícias na Internet sobre azeites, Portugal ganhou muitos prémios, mas os nossos produtos não são referidos, não são falados. Não temos uma imagem de marca para podermos objectivar sequer um pequeno posicionamento nestes mercados internacionais. Sem isso é impossível valorizar os azeites nacionais”. André Luís Lopes afirma que a solução para o problema passa por uma aposta política no sector do azeite. “Enquanto os nossos políticos não perceberem que é necessário haver um trabalhado interprofissional, com técnicos especializados na área do marketing, da comercialização, da divulgação dos produtos e da transformação a garantir o encontro entre as várias zonas produtoras do país, vamos apenas marcar passo… não vale a pena”. Relativamente ao Encontro Ibérico do Azeite, André Luís Lopes destacou um painel que vai incidir na divulgação e no futuro do azeite português. Onde vai estar como moderador um representante do ICEP, a agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal.

Situação que André Lopes não concorda. “Esta entidade não devia moderar, que é um papel em que não lhe cabe falar. Devia, sim, dizer o que pensa fazer e responder às questões dos produtores e isto na prática não vai acontecer, infelizmente” explicou.

Paula Lopes Empresa: VITOR GUEDES Sediada há quase um século em Abrantes, a Vítor Guedes é uma das empresas que está envolvida na organização do encontro. Paula Lopes, directora de qualidade da empresa, afirmou que “este é um encontro emblemático para a região e sobretudo para a cidade de Abrantes, logo não podíamos deixar de marcar a nossa presença”. A Vítor Guedes tem trabalhado em colaboração com a Câmara Municipal de Abrantes. “Nestes dias do encontro, o objectivo está centrado em atrair à cidade os produtores e as pessoas que trabalham no azeite, de forma a promover um

debate de assuntos sobre o azeite desde o seu fabrico à sua comercialização” afirmou. Relativamente às expectativas para o evento, a directora de qualidade refere que o mais importante é a promoção do conhecimento e o debate de ideias entre os vários intervenientes convidados, ligados ao sector. “Nós somos quase auto-suficientes na produção de azeite. Nos últimos anos têm-se feito investimentos muito importantes no sector e a intenção é falarmos sobre estes avanços”. Alberto Serralha Empresa: SAOV A Sociedade Agrícola Ouro Vegetal é uma das empresas que está na organização do Encontro. Esta participação garantiu um contributo importante na escolha dos principais temas que vão ser apresentados ao público durante os simpósios. Alberto Serralha, sócio gerente da SAOV, enumerou alguns dos temas que vão ser debatidos. “Optámos por temáticas relacionadas com o olival, as tecnologias que integram um lagar, os custos de produção e a comercialização. O objectivo passou pela escolha de assuntos actuais de elevado interesse e que ao mesmo tempo conseguissem fugir dos temas standard abordados neste tipo de eventos, que acontecem pelo país”. As expectativas para o evento são boas, afirmou. “Eu estou convencido que este encontro vai ter uma

adesão muito forte dos produtores nacionais e alguns espanhóis, uma vez que, vamos ter um programa rico nos simpósios. Iremos ter, certamente, uma assistência muito elevada e espero que a iniciativa seja um sucesso”.

José Bairrão Empresa: ZÉ BAIRRÃO Através de uma exposição organizada pela TAGUS, alguns produtores de azeite do concelho de Abrantes e concelhos limítrofes vão ter em mostra os seus azeites. A marca Zé Bairrão vai estar presente com a gama azeite virgem extra Zé Bairrão. O produtor José Bairrão explicou ao JA que o seu azeite é feito num lagar tradicional ainda com mós de pedra e de prensas e que o produto é confeccionado com azeitona galega. As expectativas para o Encontro Ibérico do Azeite são as melhores afirma José Bairrão. “Penso que vai resultar, pelo menos verifico que as pessoas já falam no assunto… e isso é bom”.


ACTUALIDADE 5

FEVEREIRO2011

“Projecto Amar” faz-se à estrada O “Projecto Amar” vai lançar-se à estrada no Encontro Ibérico do Azeite, a 26 de fevereiro, na qualidade de convidado musical. Recorde-se que o “Projecto Amar” se estreou na V Gala Antena Livre, em Maio de 2010 em resultado de uma aposta daquela rádio. Na ocasião, superou as expectativas, pois agarrou o público com novas versões de eternos clássicos da música portuguesa. As solicitações começaram depois a surgir e, depois de algumas apresentações públicas em 2010, o Projecto avan-

ça agora “para a estrada” com a sua homenagem à música portuguesa. Depois de algumas apresentações, o Projecto Amar apresenta-se este ano ao vivo com uma banda composta por doze músicos, assim distribuídos, 5 sopros, bateria, teclas, viola baixo, guitarra e 3 vozes. Alguns dos melhores temas da história da música portuguesa surgem neste espectáculo com novos arranjos e inovadoras interpretações a três vozes, em sonoridades fortes e vibrantes. Uma apresentação que se pretende cheia

de glamour, a provar que, afinal, as músicas podem mesmo ter várias vidas! Os temas “Pomba Branca”, de Max, “Sol de Inverno”, de Simone, ou “Depois do Adeus”, de Paulo de Carvalho, entre vários outros, não têm deixado indiferente o público. No “Projecto Amar”, reúnem-se por amor à música portuguesa, músicos de Castro Verde, Estarreja, Ourém, Torres Novas, Abrantes, Sardoal e Constância. Contactos para concertos: 961 736 350 ou projecto.amar@hotmail.com

Uma Mulier sedutora Uma cidade não é uma aldeia muito grande. É outra coisa. Por isso, na cidade encontra-se o que não se encontra numa aldeia, ou numa vila.

Podemos até adoptar este critério para medir o índice de urbanidade de uma povoação. Em Abrantes abriu em Outubro uma loja de lingerie que é uma aposta de urbanidade. Clara Real, a empresária, quis “apresentar uma oferta que não havia em Abrantes. Um produto mais sofisticado, no sentido de mais ousado. Não no senti-

do de chocante, mas no de sedução e de um certo glamour.” O público-alvo é sobretudo as mulheres, lê-se no nome da loja, Mulier, que é mulher em latim. Mas os homens e as crianças a partir dos cinco anos também ali têm por onde escolher. E “para não excluir ninguém, praticamos todos os preços”. A decoração da loja ilustra ou comunica o conceito que dá alma ao negócio. E, diz Clara Real, o negócio está a correr bem. “Apesar de haver ainda muito a fazer, estou muito satisfeita.” Mas não está sentada à espe-

ra. Ainda no fim-de-semana de 5 e 6, esteve na Expocasamento, em Tomar. E foi um sucesso. “Éramos a única loja de lingerie, o que nos deu um natural destaque. Correu muito, muito bem.” A ideia era, como é natural, levar sugestões para a noite de núpcias. “Mas esta época é muito má para nós, porque as colecções só começam a chegar no mês de Março. Por isso, levei uma proposta para os noivos, mas aproveitei e expus alguns outros produtos. Como havia muitas pessoas, foi muito bom.”

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6 ACTUALIDADE

FEVEREIRO2011

NERSANT

Uma associação empresarial sempre a crescer NERSANT significa Núcleo Empresarial da Região de Santarém e foi fundado em 1988 como delegação da Associação Industrial Portuguesa.

Em 1989 adquiriu autonomia jurídica passando a NERSANT – Associação Empresarial da Região de Santarém. Por isso se ouve dizer “o”, de Núcleo, e “a”, de Associação. Mas hoje é “uma” associação de empresas, cerca de 1.400. A NERSANT iniciou a actividade com sede em Santarém, com um pequeno número de sócios. Depois criou os núcleos de Abrantes (1995), Benavente (1995), Cartaxo (1997), Ourém (2000), Santarém e Sorraia (1999), com a sede em Torres Novas desde 2003. E foi esta organização por núcleos que lhe deu uma maior proximidade às empresas e lhe permitiu uma tendência contínua de crescimento, que se tem mantém até aos dias de hoje. Isso e o trabalho que faz, é claro. A actividade de maior visibilidade pública da NERSANT são as feiras, desde 1990. Mas não é isso o que mais importa. O decisivo é o tipo de serviços que a Associação presta às empresas e o trabalho públi-

Nersant vai ter novo presidente A próxima presidente da Direcção da NERSANT vai ser Salomé Rafael. Empresária no ramo da educação e directora da Escola Profissional do Vale do Tejo, em Salvaterra de Magos, tem 53 anos e é a candidata da única lista às eleições que estão marcadas para 28 de Fevereiro. Conforme o JA noticiou, na edição de dezembro passado, José Eduardo Carvalho, actual presidente da NERSANT, vai deixar a direcção. co de parceiro de desenvolvimento económico da região que assumiu. Quanto aos serviços que presta, eles são um catálogo cheio. Os principais, porém, podem dizer-se em menos palavras. O projecto Auditec“tem como principal objectivo promover a inovação nas empresas da região e irá permitir que estas tenham acesso a apoios a fundo perdido para a realização de Diagnósticos Tecnológicos e de Inovação, Diagnósticos Energéticos e

Diagnósticos Ambientais”. A formação de empresários é outra linha de trabalho continuado. Tem como objectivo “reforçar e desenvolver as competências dos empresários de micro, pequenas e médias empresas, através da realização de acções de formação e aconselhamento adequada às suas necessidades, visando a melhoria da sua capacidade de gestão e o aumento da competitividade, modernização e capacidade de inovação das

respectivas empresa” e ainda “promover as Tecnologias de Informação e Comunicação nas empresas”. O IntPME significa internacionalização das pequenas e médias empresas e pretende o que o seu nome indica, apoiar e promover o processo de internacionalizção das empresas associadas e assim contribuir tanto para a sustentabilidade das ditas empresas como da economia portuguesa que tem nas exportações

NOTARIADO PORTUGUÊS

CARTÓRIO NOTARIAL

CARTÓRIO DE SANTARÉM

Joana de Faria Maia, Notária

A CARGO DA NOTÁRIA ISABEL MARIA RAIMUNDO DE OLIVEIRA FILIPE BATISTA MARQUES

ESCRITÓRIO/ /CONSULTÓRIO ARRENDA-SE/ VENDE-SE No centro da cidade, em prédio novo Rua Luís de Camões – 11- 1.º Abrantes CONTACTAR:

241 372 831 jornaldeabrantes

a sua tábua de salvação. Assim, em 2011, estão previstas missões aos seguintes países: Timor, em Janeiro; Moçambique, em Fevereiro e em Março; Angola, em Abril; Tunísia, em Maio; Roménia, em Junho; Angola, em agosto e setembro; Moçambique, em setembro; Marrocos, em Outubro; e Cabo Verde, em novembro. E desse modo se percebe a rede de contactos já lançada. Por outro lado, além de ir, a NERSANT também recebe as delegações desses países. Outra das linhas de acção da NERSANT, tida como fundamental, tem sido a de organização de parcerias para apostas estratégicas na região. É o caso, por exemplo, da constituição de uma empresa para distribuir gás natural na região, a Tagusgás. Ou dos parques de negócios, incluindo aqui o Tecnopolo do Vale do Tejo, ou da GARVAL – Sociedade de Garantia Mútua da região de Santarém. Ou ainda uma sociedade de mediação de seguros. Ou um Centro de Novas Oportunidades. É assim que a NERSANT se afirma como “parceiros de desenvolvimento”e uma“prestadora de serviços às empresas associadas”. Além disso, é uma das poucas associações empresariais do país com Certificação de Qualidade.

Eu Isabel Maria Raimundo de Oliveira Filipe Batista Marques, Notaria do Cartório Notarial de Isabel Marques, na cidade de Santarém, CERTIFICO, para efeitos de publicação que por escritura de trinta e um de Janeiro de dois mil e onze, lavrada de folhas treze a folhas catorze, no livro de notas para escrituras diversas número duzentos e sete – A. IDALINA MARIA LOPES JORGE, contribuinte fiscal 104 307 110, viúva, natural da freguesia de Santiago de Montalegre, concelho do Sardoal, residente em Rua Eça de Queiroz, n.º 16, c/v, em Mem Martins, Sintra, outorgou uma escritura de JUSTIFICAÇÃO na qual com exclusão de outrem se declara única dona e legítima possuidora do seguinte: - Prédio rústico, composto de cultura arvense e construção rural, sito em Lobata, freguesia de Santiago de Montalegre, concelho de Sardoal, com a área de setecentos e vinte metros quadrados, a confrontar do norte com Fernando António Daniel Fernandes, do sul com Daniel dos Santos, de nascente com caminho público e do poente com Herdeiros de Ramiro Dias, OMISSO na Conservatória do Registo Predial de Sardoal e inscrito na matriz cadastral respectiva em nome de Raul Jorge Pereira sob o artigo 199 da secção L, com o valor patrimonial tributário para IMI de 3.88€ e para IMT de 10.55€. - Que possui o referido prédio há mais de VINTE ANOS, tendo o mesmo vindo à posse dela justificante por volta do ano de mil novecentos e oitenta e seis, por compra verbal a Raul Jorge Pereira e mulher Maria Angélica Pereira, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes na Rua 16 de Abril, n.º 112. Jardim de Cima, Santarém, não tendo no entanto reduzido a escritura publica a referida compra verbal, mas posse essa que vem exercendo sem a menor oposição de quem quer que seja, desde o seu inicio, sem interrupção e ostensivamente, à vista e com o conhecimento de toda a gente, traduzida em actos de fruição, cultivando-o, pagando a respectiva contribuição e impostos, tudo isto por um lapso de tempo superior a vinte anos, sendo portanto uma posse contínua, pública, pacífica e de boa fé, pelo que adquiriu o referido prédio por usucapião, não tendo todavia documento que lhe permita fazer prova do seu direito de propriedade pelos meios extrajudiciais normais. -Estando assim impossibilitada pelos meios normais, de comprovar a aquisição do identificado imóvel, invoca, por esta forma a USUCAPIÃO, como meio aquisitivo do direito de propriedade suprindo a ausência de título com vista ao registo de aquisição a seu favor. ESTÁ CONFORME. Cartório Notarial de Isabel Marques, trinta e um de Janeiro de dois mil e onze. A Notária, Isabel Maria Raimundo de Oliveira Filipe Batista Marques (em Jornal de Abrantes, edição 5481 – Fevereiro de 2011)

EXTRACTO Joana de Faria Maia, Notária deste concelho, com Cartório sito à Avenida 25 de Abril, número 248, rés-do-chão, na cidade de Abrantes, CERTIFICA, narrativamente para efeitos de publicação, que, por Escritura de Justificação, lavrada em vinte e quatro de Janeiro de dois mil e onze, no Livro de escrituras diversas número Dezassete – G, iniciada a folhas trinta e nove, deste Cartório, Manuel de Matos Martinho e mulher Olinda Joaquina Luiz, casados sob o regime da comunhão geral de bens, naturais, ele, da freguesia e concelho do Gavião, ela, da freguesia de São Miguel do Rio Torto, concelho de Abrantes, residentes na Rua do Valongo, numero 79, rés-do-chão, dita freguesia de São Miguel do Rio Torto, contribuintes fiscais números 110 995 031 e 110 995 040, declararam: Que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores do seguinte prédio: Rústico, composto de figueiras, olival e cultura arvense em olival, denominado “Fonte do Outeiro”, sito na freguesia de São Miguel do Rio Torto, concelho de Abrantes, com a área de quatrocentos e quarenta metros quadrados, inscrito na matriz a favor do justificante marido, sob o artigo 111, secção G, com o valor patrimonial IMT de 103,61, €, a confrontar do Norte, com Carlos Lopes Alves, do Sul, com Celestino António Luís, do Nascente, com o próprio, e, do Poente, com José Maria d’Almeida, omisso no Registo Predial, a que atribuem valor igual ao patrimonial; O certo porém é que os justificantes não possuem título formal que legitime o seu domínio sobre o indicado prédio, o qual veio à sua posse por compra e venda não titulada a João Hipólito e mulher Isabel Maria, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes em São Miguel do Rio Torto, já falecidos, em dada que não podem precisar, sensivelmente cerca do ano de mil novecentos e sessenta e dois; Não obstante isso, vem o referido prédio, a ser possuído pelos ora justificantes, há mais de vinte anos, dele retirando todas as utilidades e pagando todos os impostos com ânimo de quem exerce direito próprio, fazendo-o de boa fé, por ignorarem lesar direito alheio sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu início, posse essa que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente, com conhecimento de toda a gente, sendo por isso uma posse pacífica, contínua e pública; e Que, dadas as enunciadas características de tal posse, os justificantes adquiriram o citado prédio por usucapião, titulo este que, por natureza, não é susceptível de ser comprovado pelos meios normais. Está conforme o original. Abrantes, vinte e quatro de Janeiro de dois mil e onze. A Notária, Joana de Faria Maia (em Jornal de Abrantes, edição 5481 – Fevereiro de 2011)


ACTUALIDADE 7

FEVEREIRO2011

www.antenalivre.pt

Antena Livre tem novo site A página da rádio Antena Livre na Internet está de novo activa. Encontra-se ainda em processo de reconstrução, mas é já possível encontrar ali as notícias que alguém não possa ouvir às horas da informação. Mas é também o lugar onde os ouvintes de todo o mundo podem ouvir a Antena Livre. O endereço é o mesmo: www.ante-

nalivre.pt No “rosto” desta página digital podem os leitores ter acesso também à edição do Jornal de Abrantes em PDF. É outra forma de atingirmos potenciais leitores que não têm acesso à edição impressa. A reactivação desta página é uma das medidas que a rádio está a adoptar num processo de adaptação aos novos tempos.

• Escola secundária Dª Maria II VILA NOVA DA BARQUINHA

Escolas em obras Os dois espaços de ensino de Vila Nova da Barquinha estão em construção. Na escola do 1º ciclo, o novo edifício vai conter 12 salas de aulas, biblioteca, refeitório e ginásio, equipamentos totalmente novos. Integrado no mesmo espaço de ensino vai ficar o Centro Integrado de Educação em Ciências que tem como objectivo promover o estudo de conteúdos experimentais inseridos em práticas locais. Fernando Freire, vereador na Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha, deu alguns exemplos destas práticas. “Como é realizada a travessia de barco no rio Tejo, como é feita uma ponte romana, como foi construído o Castelo de Almourol, como é que funciona o pára-quedismo, como é que se eleva um balão de ar quente no sentido vertical, entre outros temas. São experiências que

vamos estudar e colocar em prática. Este Centro de Ciência Viva vai estar disponível para os alunos, mas também para a comunidade em geral”. A escola do 1º ciclo e o Centro são equipamentos avaliados em 5 milhões de euros e prevê-se estarem prontos no final de Março próximo. Relativamente à Escola Secundária D. Maria II, Fernando Freire afirma que o objectivo foi a “requalificação, substituição em 80% e ampliação” do que era a escola. O antigo pavilhão desportivo e um edifício que é sobretudo constituído por salas de aulas são equipamentos que se vão manter. Quanto aos restantes espaços, desde salas de aula, refeitório, biblioteca, sala de docentes, pátios, etc, estão a ser construídos de novo. É uma obra que está avaliada em 3,5 milhões de euros e que vai estar pronta no próximo trimestre de 2011.

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8 ACTUALIDADE

FEVEREIRO2011

Quinta do Lago mostra serviço a noivos O dia casamento é o dia mais importante de um casal. O dia especial. Mas a decisão de casar não implica apenas um pedido de casamento e um conjunto de formalidades legais ou burocracias. Aliás, isso pode ser o mais fácil. Preparar o banquete, a festa, pode dar muitas dores de cabeça. E é usual ver um casal a pensar, que ementa, que flores, que bolo, que decoração. Ah. E as fotos, e a música… Foi para dar resposta a estas dúvidas que a Quinta do Lago, em Alferrarede, promoveu no último sábado de Janeiro um dia de provas e exposição para 42 casais que vão contrair matrimónio em 2011. A maior parte dos casais fez-se acompanhar de familiares. Cerca de 600 pessoas estiveram neste espaço durante todo o dia. A ideia de juntar todos ou quase todos os casais que vão

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passar este ano pela Quinta do Lago foi a de “lhes facilitar as escolhas”, explicou Carlos Marçal, da empresa que gere este espaço. Normalmente há sempre muitas dúvidas, assim “quisemos proporcionar a degustação dos pratos que podem ser escolhidos, entre entradas, sopas, peixes, carnes e sobremesas, mas

ao mesmo tempo juntar outros serviços essenciais para o banquete e para os quais muitas vezes os noivos não têm contactos, como fotógrafos, músicos ou até a decoração das mesas”. Carlos Marçal salientou que ao final do dia grande parte dos noivos tinha escolhido as ementas e as decorações,

ficando apenas pormenores por limar, até ao dia das respectivas cerimónias. Por outro lado também quatro adegas, uma da região, a Quinta Vale do Armo, fizeram uma prova dos vinhos, para que noivos e familiares pudessem escolher também os néctares que vão acompanhar as iguarias dos

banquetes. Mas este evento foi fechado apenas a casais que já fizeram as reservas. Carlos Marçal revelou a ideia mais arrojada de, em Março, poder realizar durante dois ou três dias uma feira ou expo-casamentos, mas aí já com o intuito de levar potenciais clientes à Quinta, onde poderão ver o

espaço físico e tratar de todos os pormenores de uma cerimónia. Quanto a este dia de provas, depois do almoço, o espaço mais requisitado foi a decoração das mesas e da sala, e a empresa de flores. Ou seja, numa tarde, puderam deixar praticamente tudo tratado. Rita e Artur, têm casamento marcado para 23 de Julho. Foram acompanhados neste dia pela Antena Livre, sobre os quais a estação fez uma reportagem especial. Apesar de terem na ideia os pormenores para o “dia especial”, a degustação das ementas e a decoração da sala ficou decidida, pelo que consideraram o dia como importante, mais que não seja para tirar dúvidas que pudessem existir. Afinal, o objectivo foi aliviar os pormenores de preparação da festa do casamento, num único dia. Jerónimo Belo Jorge


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ABRANTES 99 especial sardoal

A promoção do património do Sardoal A 1.ª Mostra da Cozinha Fervida e Vinhos do Sardoal consiste na inclusão deste prato tradicional nas ementas diárias dos Restaurantes locais, “A Fragata”, “As Três Naus”, “Dom Vinho” e “Quatro Talhas”, acompanhado pelos excelentes vinhos tintos produzidos na Quinta do Côro e Quinta Vale do Armo, a preços especiais. Vai decorrer entre 1 de Fevereiro e 6 de Março de 2011, terminando no fim-de-semana de 4, 5 e 6 de Março, por ocasião da 5.ª Feira Nacional do Fumeiro, Queijo e Pão, cujas tasquinhas presentes nesse certame, Associação Recreativa da Presa e Centro Social dos Bombeiros Municipais, também terão Cozinha Fervida e Vinhos do Sardoal ao dispor do público. Pretende-se com estas iniciativas promover a gastronomia típica enquanto vertente cultural e patrimonial, valorizar os factores regionais de produção e atrair pessoas ao Sardoal numa época considerada “baixa”. Em nome da Câmara Municipal de Sardoal, “motor” destas acções, cumpre-me salientar e agradecer penhoradamente o apoio, a cooperação e o envolvimento efectivo da TAGUS e da nossa Associação Comercial. Sem estas parcerias não seria possível levarmos este barco a bom porto. Uma palavra, também, para os responsáveis dos Restaurantes e das Quintas, Associação da Presa e Centro Social dos Bombeiros, que desde a primeira hora se mostraram receptivos à ideia, e à Paróquia de Santiago e São Mateus, na pessoa do Padre Carlos Almeida e de outros elementos da comunidade cristã, que, de pronto, se disponibilizaram para colaborar com entusiasmo, permitindo as visitas guiadas diárias à Igreja Matriz e aos Quadros do Mestre de Sardoal, como complemento da vertente gastronómica. A união de muitas pessoas e entidades permitiu esta 1.ª Mostra e a Feira do Fumeiro. Esperamos sinceramente que venham e que voltem sempre. No Sardoal ninguém é de fora! Ah, e bom apetite!...

Sardoal convida-nos a sentar à mesa A 1ª mostra de Cozinha Fervida e Vinhos, em fevereiro,, e a Feira Nacional do Fumeiro, Queijo e Pão, a 4, 5 e 6 de Março são o desafio que nos chega do Sardoal. Neste caderno, o JA abre-lhe o apetite. te. Fotos: Paulo Sousa

Fernando Constantino Moleirinho (Presidente da Câmara Municipal de Sardoal)

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FEVEREIRO2011 JANEIRO2011

ASSOCIAÇÃO COMERCIAL E SERVIÇOS DE SARDOAL

• Pedro Saraiva, técnico gestor

A aposta nos comerciantes

da Tagus.

A Associação Comercial e Serviços de Abrantes, Sardoal, Constância e Mação é uma das parceiras na primeira Mostra da Cozinha Fervida e Vinhos do Sardoal e na Feira Nacional do Fumeiro, Queijo e Pão.

Tagus traz o Mestre Gil à Feira do Fumeiro A Tagus – Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Interior é parceira na organização da Mostra de Cozinha Fervida e de Vinhos e da Feira de Fumeiro, Queijo e Pão.

Para Pedro Saraiva, técnico gestor da Tagus, “faz todo o sentido a participação da Associação na Mostra da Cozinha Fervida. Para além de ser o tema da gastronomia, é uma gastronomia muito específica daquele concelho, que mostra aquilo de que também é feita a nossa identidade. Não tem as honras das grandes mesas, mas é uma cozinha popular, feita com aquilo que as pessoas comuns tinham para cozinhar. Além disso, durante um mês está a promover-se a feira do Fumeiro, onde a Tagus tem um papel mais activo.” A Feira continua a ser uma iniciativa da Câmara Municipal, em parceria coma Tagus e a Associação Comercial. A Tagus foi quem, com a Câmara Municipal, iniciou a Feira e detém a experiência e a responsabilidade da sua organização desde a primeira edição. A Câmara Municipal assume a responsabilidade de parte da divulgação e a animação cultural do espaço da Feira. Segundo Pedro Saraiva, as quatro edições anteriores decorreram em duas etapas. “Uma que abrange as três primeiras, em que a Tagus era a entidade financiadora. Conseguiu-se uma dinâmica muito positiva, com muita adesão e em que as pessoas reconheciam a Feira como um momento alto

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do calendário anual do concelho. Depois houve um interregno, de cerca de três anos, se não me engano. No ano passado deu-se o arranque desta fase, quer se queira quer não com o prejuízo de se ter parado aqueles anos.” No ano passado, “tivemos a grande maioria dos produtores que tínhamos tido connosco. Do público é que não foi tão grande a adesão como nos anos anteriores”. Para este ano, “as primeiras indicações é de que todos os produtores do ano passado vão voltar a estar presentes. Espera-se agora que o público volte a responder à chamada”. Também há o pormenor da data, que este ano é mais cedo. “Estas feiras do fumeiro costumam ser feitas nesta altura, Fevereiro, Março, a altura do frio e das fogueiras. No ano passado, por ter sido decidida já tarde, foi feita em Maio, o que deve ter contribuído para uma menor adesão do público. Este ano voltamos a fazê-la mais cedo, e esperamos que o público adira aos níveis dos primeiros anos. Estamos a trabalhar para isso.” Paralelamente à Feira, vamos insistir na figura do Mestre Gil. Em Abrantes lançámos o Palhinhas [e em Constância a Tágide]. No Sardoal, já no ano passado lançamos o Mestre Gil junto das crianças das escolas. E este ano vamos reeditar a exposição dos trabalhos das crianças das escolas e vamos lançar a banda desenhado do Mestre Gil, “O mistério do Sardoal”. A Tagus investe nestes dois eventos cerca de 10.000 euros.

António Gonçalves, presidente da associação explicou que “estas iniciativas são apoiadas pelo projecto MODCOM”, um programa que visa a modernização e revitalização da actividade comercial, em especial em centro urbanos ou rurais. Os dois certames que vão acontecer em Sardoal representam um forte contributo para os comerciantes da Vila Jardim, sobretudo os que trabalham ao nível da hotelaria. Segundo o presidente da Associação, “a intenção é fazer com que as pessoas se dirijam à vila e provem a boa gastronomia que se faz na região. Assim, os comerciantes vão conseguir mais clientes durante este mês, que é considerado uma época baixa para os sardoalenses”. O papel da associação é o apoio na divulgação do evento, bem como o financiamento concedido que “é de 60 %, ao abrigo do MODCOM”. O presidente da Associação acrescentou ainda que, a primeira mostra da Cozinha Fervida e a Feira Nacional do Fumeiro vão promover “ um maior dinamismo da actividade económica e turística sardoalense. É o meu desejo”.

“Os momentos que correm não são fáceis para ninguém” António Gonçalves afirma que com esta crise que se faz sentir no país, todos os comerciantes estão a passar por um período cinzento. “Não sabemos o que vai acontecer”. Por sua vez, o papel da Associação passa por tentar encontrar mecanismos para que os associados tenham ferramentas para dar resposta ao mercado. Exemplo destes meca-

• António Gonçalves, presidente da Associação. nismos é o Programa Dinamizar, em que a Associação vai apostar novamente ao longo deste ano 2011. O Dinamizar é promovido pela Confederação do Comércio de Portugal no âmbito do Programa Operacional do Potencial Humano. “Tem como objectivo facultar aos comerciantes associados um conjunto de acções de formação e consultadoria que visam, a curto, médio e longo prazo proporcionar um melhor desempenho dos mesmos. E é totalmente gratuito”, afirmou António Gonçalves. O ano passado, o Programa Dinamizar abrangeu 35 empresas da região, este ano o objectivo é superar este número. Para além desta iniciativa, a Associação Comercial e Serviços está a promover algumas formações para empresários que tenham interesse em ter formação na área do marketing, liderança, contabilidade e recursos humanos. Para os trabalhadores das

próprias empresas, o presidente explicou que “estão a decorrer formações na área comercial, de higiene e segurança no trabalho, inglês e informática”. No ano passado a Associação promoveu aproximadamente três mil horas de formação, onde estiveram presentes comerciantes de Abrantes, Sardoal, Mação e Constância, um número de horas a superar para este ano. Porque, segundo o presidente, “a formação especializada é a nossa aposta do momento”.

“Ganec é a novidade de 2011” O programa Ganec é outro desafio da Associação para o ano 2011. Segundo António Gonçalves, trata-se de um “programa destinado a empresários que desejem abrir o seu negócio de raiz na área do comércio e serviços. O Ganec ainda está em fase de preparação mas nós já estamos a preparar a nossa candidatura”.


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A “verdadeira” cozinha fervida Para sabermos como era “naquele tempo”, fomos ouvir Maria Emília, de 86 anos, natural e toda a vida residente no Sardoal. Prefere a expressão “ferver as couves com pão”, mas é do mesmo que fala. Assim. As couves, para se fazerem, levam umas voltinhas. Eu aprendi com a minha mãe e a minha avó. Era assim que elas as faziam, e eu ainda as faço. Porque é preciso serem feitas como deve ser para terem o sabor daquele tempo. É preciso umas trempes e panelas de barro e lume de lenha. As couves são de corte, não é couve lombarda, e tem de levar uma migadela ou duas, consoante a porção que se faz, de couve ratinha. Se não levar a couve ratinha, não tem vida nenhuma. Além disso, as couves com feijão têm o feijão adequado, que é o feijão catarino, mas comprido, ou mocho, não é do redondo, o de embarrar. O feijão tem de ser deitado de molho à noite e cozido no outro dia. Então confeciona-

se as couves com feijão para mais tarde as poder ferver com o pão. Quando as couves com feijão estão prontas, eu tiro logo um tacho delas ‘estas são para ferver com pão’. Pode ser logo no outro dia, ou posso deixar para depois, congeladas. Para cozinhar as couves com feijão, faço assim. Depois de ter deixado o feijão de molho de véspera, cozo os feijões numa panela de barro, e noutra as couves. Depois delas cozidas, cozidas!, não é engroladas, escorro a água, mas guardo-a num tacho, e deito nas couves o feijão cozido com a água de cozer o feijão. Deito-lhe duas ou três batatas, consoante a panela que seja, uma cabeça de nabo tenrinha e cortada muito miudinha que vai desfazer-se e dar um bom paladar à couve, e deixo cozer as batatas. Esmago as batatas num prato com um garfo e voltam para dentro da panela. Vê-se se estão boas de sal e se estiverem muito secas deito-lhes um pouco da água da couve, não da torneira nem do cânta-

ro. Deixo ferver e quando já está tá quase pronto deito o azeite e deixo ferver só um bocadinho, porque se ferve ve muito o azeite desaparece. E estão prontas rontas as couves com feijão. Mas tudo em panela de barro, numa fogueira,, com as trempes e a panela em cima. Isto são as couves com feijão, que mais tarde se vão ferver. Para ferver as couver ver com pão, começo por preparar o pão de milho, do bom, não é de algum que para aí há que parece serradura. As côdeas partidas à mão, e não ão à faca, para um lado e o miolo esboroado para outro. Numa tigela de fogo, de barro, de preferência do barro o da Flor da Rosa, deito as couves com m feijão, uma folhinha de louro, uns dentinhos entinhos de alho miudinhos, azeite e ass côdeas do pão de milho, e fica um bocadinho cadinho a ferver. Quando as côdeas já estão moles, deita-se o miolo e ferve rve mais um bocadinho. E pronto, não tem em mais tempero nenhum. O tempero que dá o gosto é a panela, o lume, é tudo do isso.

MARIA DE LURDES GRÁCIO

No tempo das couves fervidas com pão A cozinha fervida não pode ser entendida apenas a olhar para o prato que nos servem. Fazia parte de um modo de vida e é nesse contexto que pode ser compreendida. Fomos ouvir Maria de Lurdes Grácio, de 71 anos, que nasceu e sempre viveu no Sardoal e nos explicou como era. A minha mãe num dia fazia as couves com feijão e, com o que sobejava, no outro dia fazia as couves fervidas com pão. Era assim que se dizia, não se falava em cozinha fervida. Naquela altura comia-se com sardinha assada ou bacalhau, que era barato. Era a comida dos pobres. Eu nasci em 39. A minha mãe era uma pessoa pobre e ela, coitada, o que é que dava aos filhos? Era feijão com massa, ou com arroz, naquele tempo usava-se muito. Ou grão. E também as couves com feijão e depois as couves fervidas com pão. Era assim. Os condutos eram poucos, a sardinha, que era barata, e o bacalhau. A vida, naquele tempo, era melhor do que agora. Não tínhamos tanto medo. Vivemos sempre aterrorizadas com as coisas que dizem na televisão e nas que acontecem por aí. Naquele tempo, a gente não tinha medo de nada, nada. Eu gostava mais da mocidade de antes. Eu nunca fui muito festeira. A minha mãe mandava-me ir aos bailes, mas eu… Já

a minha irmã, o que queria era bailes e festas. Fazíamos as festas à nossa porta, na rua. Faziam uns bailaricos na Praça Nova, e no Pelourinho, e nós íamos para ali com os rapazes. Não havia tanta maldade como há agora. Esta coisa de as raparigas agora terem liberdade e andarem por lá até muito tarde… As festas dantes acabavam à meia-noite. E agora é quando começam. É tudo muito diferente. Nas festas daquele tempo, tocava música do Sardoal, a nossa banda. As raparigas iam dançar e os rapazes tiravam o bilhete no dancing. Agora é tudo dife-

rente. Nos outros dias, de dia trabalhava-se no campo, sachava-se e desbastava-se milho, ceifava-se trigo… Havia muito trabalho, toda a gente semeava. Era a nossa vida, e à noite íamos para casa. Não havia televisões. No meu caso, passávamos os serões no patim da prima Maria, a ouvir contos, histórias que os mais antigos contavam à gente, até perto da meia-noite. Eu às vezes até ia cheia de medo para casa. Era aí que passávamos os nossos serões. Namorávamos só à quarta-feira à noite e ao domingo à tarde. E à porta. Era assim a vida naquele tempo.

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Restaurantes e quintas do Sardoal RESTAURANTE

A FRAGATA “A Fragata” fica sedeada na Estrada Municipal 548, em frente à Escola Dra. Maria Judite Serrão Andrade. Nas especialidades destacam-se o frango no churrasco, bife à casa e diversos grelhados na brasa. Francisco Baptista é o proprietário do espaço de hotelaria e possui 25 anos de experiência ligados ao ramo. O restaurante tem capacidade para 30 lugares e um parque de estacionamento. Este mês pode sentar-se e saborear “a cozinha fervida com bacalhau assado, espetadas, costeletas e bifes grelhados” afirmou o proprietário. Fecho semanal: Domingos. Contactos: 241 855 443 / 966 279 738.

RESTAURA

DOM VIN

Encontra-se situado tividade em Junho d assado no forno, bac ro e bife à Dom Vin res, é de fácil acesso Fernando Alves, pro Vinho vai ter como bacalhau assado, com por exemplo a petin Fecho semanal: Terç

RESTAURANTE

QUATRO TALHAS

RESTAURA

Localizado em pleno centro histórico, com paredes meias com o fontanário e o painel alusivo a Gil Vicente instalado na parede exterior da capela do Espírito Santo, este espaço abriu em Junho de 2004. Entre as diversas especialidades destaca-se cozinha fervida, carne de vaca com molho de bruxa, picanha, porco preto, bacalhau com carne e couves à D. Prior. Tem capacidade para 55 lugares sentados e 30 em pé. Joaquim Ramos, proprietário, explicou que ao longo deste mês vai juntar com a cozinha fervida diferentes pratos. “bacalhau assado, torresmo de cabinho, feito com um tempero especial proveniente dos Açores e preparado na banha do porco. Também, os redanhos, prato feito com a gordura que envolve as tripas do porco, e qualquer grelhado desde que seja solicitado”. Fecho semanal: Segundas-feiras. Contactos: 241 855 860 / 962 085 915 / web: www.quatrotalhas.com.sapo.pt.

AS TRÊS

O restaurante “As Trê Estrada, logo a segu tam de Julho de 1996 calhau assado com c lhado à moda do Ch capacidade para 200 serve casamentos, b tário, contou ao JA q disponível ao cliente do, secretos e abaniq Fecho semanal: Qui / fax. 241 851 520.

QUINTA

CÔRO QUINTA

VALE DO ARMO Fica situada a quatro km da vila em direcção ao do Tejo, perto de Entrevinhas. O projecto nasceu em 2004, com 27 hectares de vinha. Actualmente, tem 60 hectares. Utiliza as castas tintas Touriga Nacional, Aragonez, Syrah e Trincadeira. Nas brancas predominam as Fernão Pires, Syria e Arinto. O engarrafamento é feito na quinta e a adega está equipada com sistemas modernos e tecnologias sofisticadas. Tem ainda laboratórios próprios para controlo de qualidade. Os vinhos Vale do Armo já conquistaram diversos prémios em certames nacionais e internacionais. A quinta conta com um espaço para provas e vendas. Recentemente lançou um espumante. Tiago Alves, enólogo responsável pela propriedade, referiu ao JA que na mostra da Cozinha Fervida vão estar disponíveis ao público dois vinhos, “a gama Vila Jardim branco, com Syria e Arinto, e um tinto com quatro castas, Touriga Nacional, Aragonez, Trincadeira e Syrah, também da gama Vila Jardim”. Contacto: 241 852 276

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Fica situada na extre 20 hectares com exp tas e por florestas de castas tintas são: Tou tas brancas são: Encr prémios nacionais e tecnologia mais mod sala para provas de v azeite. Nestas instala casas rústicas, com q produzidas também Cozinha Fervida, Ant nho para acompanh 2007. É um vinho com cadeira. Um vinho en Contacto: 241 855 3


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: a arte de saber fazer

ANTE

NHO

junto às bombas de gasolina da GALP. Iniciou a acde 2002. Como especialidades, destacam-se cabrito calhau assado com cozinha fervida, polvo à lagareinho . O restaurante tem capacidade para 90 lugao e possui um parque de estacionamento privativo. oprietário, contou que ao longo deste mês o Dom especialidades, “cozinha fervida acompanhada com m qualquer tipo de carne assada e com peixe, como ga”. ça-feira. Contacto: 241 855 026.

ANTE

S NAUS

s Naus” fica situado no lugar denominado Fonte da ir às piscinas municipais. As actuais instalações da6. Como especialidades apresenta, entre outras, bacozinha fervida, bacalhau à serrador, camarão grehefe, entrecosto com migas e bife à Café Paris. Tem 0 pessoas, parque de estacionamento privativo e baptizados e outros eventos. José Quintas, proprieue ao longo da 1ª Mostra da Cozinha Fervida vai ter e “cozinha fervida acompanhada de bacalhau assaque de porco preto”. ntas-feiras. Contactos: 241 855 333 / 968 560 500

ema nascente da vila de Sardoal. As vinhas ocupam uma área de posição a Sul, estando protegidas a Norte pelo declive das encose pinheiros, carvalhos e sobreiros. O terreno é argilo-calcário. As uriga Nacional; Trincadeira; Syrah e Cabernet Sauvignon. As casruzado, Arinto e Verdelho. Os seus vinhos já conquistaram vários internacionais. A nova adega, inaugurada em 2002, beneficia da derna para a produção de vinhos. Por sua vez, a quinta tem uma vinho, tendo sido aproveitadas as instalações do antigo lagar de ações, servem-se refeições sob marcação. Existem também duas quatro quartos, preparadas para Enoturismo. Na propriedade são m compotas e marmelada, há mais de 30 anos. Nesta 1ª mostra da tónio Anacleto, responsável pela propriedade explicou que “o vihar a cozinha fervida vai ser o Quinta do Côro, reserva, colheita de mposto por quatro castas, Cabernet, Syra, Touriga Nacional e Trinncorpado, ideal para acompanhar com pratos mais pesados”. 302.

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Uma herança cultural A Cozinha Fervida tem origem nos hábitos alimentares das camadas mais desfavorecidas do povo, num tempo em que o Sardoal era um meio de extrema ruralidade. Era um aproveitamento de sobras, neste caso, das sobras da Sopa de Couves com Feijão, que fazia parte da base alimentar da população, dado que tais produtos eram facilmente acessíveis nas pequenas hortas, quintais e franjas de terrenos amanhados por cada um. Segundo reza a tradição oral, ao fim de alguns dias as grandes panelas de sopa iam ficando sem caldo, tornando-se necessário aproveitar o entulho, acrescentando-lhe mais água, alho, cebola, louro e azeite. Esta mistura era apurada nas fogueiras das chaminés (nem todos possuíam fogão) e a seguir era-lhe adicionada outras sobras, as do pão de milho, esfareladas. Sem qualquer rigor científico ou académico, apenas fazendo fé em testemunhos de pessoas idosas, esta espécie de migas teria chegado ao Sardoal por volta dos anos 20 do século passado, trazida pelos “Capuchos”, como eram designados os grupos de pessoas que vinham das Beiras para a nossa região, em grande número, organizados em “Ranchos” para a apanha da azeitona, actividade vasta e lucrativa nessas épocas. Pela substância, este seria o seu alimento principal e era acompanhado com enchidos. A receita ficou, mas por via das precárias condições económicas da população local, os enchidos ficaram de fora, sendo substituídos por azeitonas, e em alguns casos, por cebola crua. Apenas em dias especiais, a Cozinha Fervida podia ser guarnecida com uma ou duas sardinhas fritas em azeite, que eram repartidas em pequenos pedaços pelos membros do agregado, ficando a parte maior e melhor do peixe para o chefe de família (o que labutava para o sustento colectivo). Embora a expressão Cozinha Fervida já fosse utilizada por algumas pessoas, o seu uso apenas se generalizou depois da Revolução de 25 de Abril de 1974, beneficiando da valorização e divulgação deste tipo de gastronomia tradicional, enquanto património cultural. Também a progressiva melhoria das condições de vida das famílias levou a que o seu consumo fosse enriquecido com outros acompanhamentos, em especial bacalhau assado e entrecosto grelhado. Deste modo, a Câmara Municipal de Sardoal, nessa ocasião, iniciou um processo de publicitação deste prato junto das estruturas da Região de Turismo do Ribatejo, e depois dos Templários, que a incluíram em alguns livros de receitas ribatejanas e em certames de gastronomia. Esta é a história possível da saborosa Cozinha Fervida. Quem souber mais que se manifeste. Nós agradecemos… Mário Jorge Sousa

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Banda desenhada apresenta “Mestre Gil”, de Sardoal A banda desenhada é um mundo de ficção e fantasia onde o processo de criação ganha asas e levanta voo, em busca das liberdades. Foi assim que surgiu “Mestre Gil”, a personagem sardoalense que dá vida ao álbum “O Mistério do Sardoal”, uma história em quadradinhos escrita e desenhada por Ricardo Cabrita. O livro vai ser lançado em 4 de Março próximo, durante o Desfile de Carnaval das Escolas, com cerimónia simbólica, na Praça da República, a partir das 10 horas. Será oferecido um exemplar a cada criança participante no cortejo. Um actor do GETAS vestirá a pele de “Mestre Gil” e estará presente na distribuição. O Agrupamento de Escolas também colabora. Esta iniciativa integra-se na 5.ª Feira Nacional do Fumeiro, Queijo e Pão, que vai decorrer no Sardoal, em 4, 5 e 6 de Março, em tendas gigantes instaladas junto aos Bombeiros Municipais. “Mestre Gil” é uma personagem virtual que mistura as figuras de Gil Vicente com o Mestre de Sardoal, ambas com ligações históricas à Vila Jardim. Gil Vicente, criador do Teatro em Portugal, visitava o Sardoal acompanhando a Corte Real

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de D. Manuel I e cita o Sardoal explicitamente em, pelo menos, três das suas obras, a “Tragicomédia Pastoril da Serra da Estrela”, “Auto do Juízo da Beira” e “Auto da Barca do Inferno”. O “Mestre do Sardoal” identificado como Vicente Gil, pintor coimbrão, que por volta de 1495, pintou o retábulo com as sete tábuas em madeira de carvalho, presente na Igreja Matriz da Vila. Estes quadros, segundo o consenso que existe entre especialistas e historiadores de arte, são as principais peças de referência que marcam a transição estética da pintura portuguesa do século XV para o século XVI. “Mestre Gil” surgiu no âmbito do projecto de promoção turística InSITU, levado a efeito pela TAGUS – Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Interior, à semelhança de outros “bonecos”. Em Abrantes é o “Palinhas” e em Constância a “Tágide”. A produção e edição da obra são, também, da responsabilidade da TAGUS. “Mestre Gil” chega ao Sardoal, ao cair da noite, numa Quinta-feira Santa… Que irá acontecer?... Qual será o mistério?.... N.R. – Texto da organização


ESPECIAL SARDOAL 15

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CENTRO SOCIAL DOS BOMBEIROS

Comprar uma ambulância é o próximo objectivo O Centro Social dos Bombeiros de Sardoal vai estar representado com uma tasquinha, para servir os pratos tradicionais da região e outras especialidades, na Feira Nacional do Fumeiro, Queijo e Pão.

Edgar Branco, vogal da direcção e bombeiro, explicou que a participação na Feira Nacional do Fumeiro se deve a vários motivos. “Uma vez que é feita na nossa casa, achámos que faria todo o sentido dinamizarmos o próprio certame. Além disso, darmos a conhecer o que somos e como é a nossa actividade e, por último, tirar algum lucro. Assim, durante os dias da feira garantimos a nossa tasquinha”. Para este ano, o objectivo do Centro Social é oferecer à Câmara Municipal de Sardoal, por ocasião da Feira, uma ambulância de socorro, da qual toda a região vai beneficiar.

“O Centro Social é uma preciosa ajuda para a nossa sede” Os Bombeiros Municipais de Sardoal foram fundados no dia 1 de Outubro de 1983, com uma estrutura totalmente voluntária. Actu-

almente, a casa reúne 19 bombeiros profissionais e 50 voluntários. Todos ao serviço do concelho de Sardoal e da região. A Câmara Municipal de Sardoal é quem suporta os encargos da sede, bem como, é quem paga as remunerações para os bombeiros profissionais. Situação que não agrada aos bombeiros, que se encontram de mãos e pés atados. Pois, com o estatuto de bombeiros municipais não se podem candidatar a subsídios, que os voluntários podem. Foi devido a esta situação que os bombeiros sardoalenses criaram uma associação, o Centro Social, cujos associados são apenas os bombeiros. Segundo José Curado, comandante dos Bombeiros, “pensámos em criar uma associação para darmos a nossa contribuição no pagamento de alguns equipamentos de serviço e alguns bens para a sede. É uma forma de ajudar a Câmara Municipal”. O comandante deu exemplos ao JA. “ O Centro Social desenvolve actividades de forma a garantir a compra de algum material para a sede, como televisores e equipamento de primeiros

socorros, como os monitores de parâmetros vitais” (equipamento que mede a pressão arterial, realiza avaliação do pulso entre outras operações). As actividades do Centro Social passam pela organização de passeios pedestres e de BTT, concursos de pesca e a participação na Feira Nacional do Fumeiro. Por último, ainda mantêm um bar aberto dentro da sede, cujos lucros revertem a favor do Centro Social.

Novo veículo florestal chega no mês de Março Apesar das dificuldades económicas que os Bombeiros Municipais de Sardoal atravessam, nem tudo é mau. A casa vai receber já no próximo mês de Março um veículo florestal de combate a incêndios. Segundo o comandante um veículo que lhes foi atribuído pela Autoridade Nacional de Protecção Civil. “Ao longo deste mês, a Câmara Municipal também já se candidatou através do QREN para um segundo carro com as mesmas valências”acrescentou José Curado. Joana Margarida Carvalho

• Grande Noite Mágica na Presa. ASSOCIAÇÃO RECREATIVA DA PRESA

Para “fazer o que não seria feito se...” À mesa da Feira do Fumeiro vamos ter a Associação Recreativa da Presa, da freguesia de Alcaravela. Com cerca de 300 associados, está nesta Feira desde o início.

E vem sobretudo porque é convidada. Segundo o presidente da direcção, Jorge Gaspar, “quando nos convidam, só não participamos se não pudermos, desde que não tenhamos prejuízo”. Como por exemplo, no Festival Hípico, que a associação organiza nas Festas do Concelho. A Associação Recreativa da Presa assume-se e é reconhecida como parceira do desenvolvimento local, da freguesia e do concelho. Algum resultado financeiro, se o houver, será aplicado no desenvolvimento das suas actividades. Mas não é esse o principal objectivo de estarem na Feira. “No ano passado, só por um triz é que não tivemos prejuízo”, informa. Com efeito, em 2010 houve dois contratempos, a Feira tinha sido interrompida alguns anos e nos mesmos dias houve uma feira medieval em Torres Novas. Este ano há uma esperança renovada nos resultados. E, é claro, em algum proveito financeiro, que as actividades bem precisam. O seu plano anual de actividades é marcado pelas festas de Verão

na freguesia e pela Grande Noite, no início de Dezembro, que pode ser de teatro, de fado, de danças de salão ou até de magia. Ao longo do ano, a associação vai desenvolvendo múltiplas actividades com crianças, jovens e idosos. E, na sede do concelho, as já referidas participações nas Festas do Concelho e agora na Feira Mostra. A filosofia que preside à sua acção é, sendo Jorge Gaspar, “fazer o que não seria feito se não existíssemos”. Por isso a sua acção é reconhecida como decisiva no processo de desenvolvimento de uma freguesia do interior. Não só para não deixar morrer como para alimentar o processo de vida. Foi para “não deixar morrer” a festa do Verão – já com cerca de 120 anos - que em 2002 se juntou um grupo de pessoas. Em poucas semanas, a festa fez-se e foi um êxito surpreendente. O lucro inesperado ficou-lhes nas mãos e, com ele, a responsabilidade sobre o que fazer. Em 1976, com a revolução ainda quente, tinha nascido a Associação Recreativa da Presa. Tinha nascido, mas logo hibernado. Foram ressuscitá-la e continuaram (ou começaram?) um projecto que já leva quase uma década. E que agora podemos espreitar à mesa na Feira do Fumeiro.

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16 ESPECIAL SARDOAL

Mostra de Cozinha Fervida promove o património do Sardoal O Mestre do Sardoal não pode vir provar a cozinha fervida aos restaurantes da vila, mas os apreciadores da boa mesa são convidados a fazer uma visita aos quadros do Mestre do Sardoal. Fazem parte do património da igreja paroquial do Sardoal, por isso nem sempre estão acessíveis a quem os quer ver. Por isso, todos os dias, incluindo sábados e domingos, às 15h00, quem desejar pode participar em visitas guiadas gratuitas à Igreja Matriz de Sardoal. Para lá do próprio templo e do altar-mor, ali se pode apreciar o retábulo com as sete tábuas do Mestre do Sardoal, as principais obras de referência que marcam a transição estética da pintura portuguesa do século XV para o século XVI. A concentração dos interessados é na Praça da República, junto ao Posto de Turismo e ao Pelourinho, às 15h00. Se dez minutos depois não se registarem inscrições, a visita não se realiza nesse dia. De igual modo, se a igreja, por motivos imprevistos, como missa de funeral ou outro, não estiver disponível nessa hora a visita também não se efectua. A iniciativa é organizada pelo Município e tem o envolvimento da Paróquia de Santiago e São Mateus e dos representantes da comunidade cristã local.

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FEVEREIRO2011 JANEIRO2011

A visita à matriz do Sardoal Nas palavras do P. Carlos, pároco do Sardoal, embora caiba à paróquia “gerir e velar” pelo património cultural religioso, a verdade é que ele “é das pessoas, de quem está, de quem o visita, de quem o aprecia”. Por isso, quando a Câmara Municipal decidiu incluir o património cultural no programa da Mostra da Cozinha Fervida, “a paróquia aceitou colaborar e nem tem que se pôr fora disso”. Tanto mais, diz o pároco, que “o património cultural e turístico do Sardoal passa quase na totalidade pelo património religioso”. Importa, por isso, saber um pouco mais do templo que somos convidados a visitar e da “jóia da coroa” que são os “quadros do Mestre do Sardoal”. Quem no-los apresenta é João Soares, técnico de restauro da autarquia sardoalense.

A igreja matriz É um templo de origem gótica, do sec. XIII-XIV. Os únicos elementos góticos que nos restam são a nave, de arquitectura tipicamente gótica, o pórtico de entrada e a porta lateral e ainda a rosácea, que tem aqui uma função sobretudo decorativa por fazer uma entrada de luz que cria um ambiente propício à interiorização. Temos, além disso, uma pietá, que eu coloco nos sec. XV-XIV, apesar de haver quem a coloque um pouco antes. “O templo foi sofrendo alterações ao longo do tempo. Os retábulos laterais, de pedra calcária, são maneiristas. Em talha, temos desde o barroco até ao neoclássico. Só os dois painéis de azulejo, na capela-mor, merecem uma visita. São

do Gabriel del Barco, do sec. XVIII, e são a última obra em vida dele, por isso já não chegou a vê-los colocados. São a maturidade da obra do Gabriel del Barco, o que lhes dá ainda mais valor.* São fantásticos. O retábulo barroco do altar-mor é tão importante que, quando eu andava a estudar, saiu-me em duas frequências, porque é um exemplar do barroco português. É excelente de execução, apesar de estar a precisar de uma intervenção. Estamos, aliás, para reunir com a Direcção Regional de Cultura para iniciarmos um projecto de recuperação global na igreja matriz. Mas antes deste retábulo es-

tava, no sec. XVI, um retábulo gótico, donde provêm as famosas tábuas do Mestre do Sardoal.

As tábuas do Mestre do Sardoal Provêm do retábulo da igreja, que foi desmontado para a instalação daquele que ainda hoje lá se encontra. Este retábulo provavelmente foi executado por um grande mestre flamengo, Olivier de Gand**, que foi quem também executou o retábulo para a igreja de Sta. Maria do Castelo, em Abrantes, e que estava a trabalhar no Convento de Cristo, em Tomar. As tábuas do Mestre do Sardoal eram

pinturas retabulares. O tríptico, com S. Paulo, S. Pedro e o busto de Cristo estariam na perdela, em baixo portanto, e as outras estariam colocadas lateralmente e eram rematadas com um calvário flamengo que é uma escultura de importação e hoje está no largo do Cruzeiro. Ao falar das Tábuas, não nos podemos desviar dos Almeidas. Devem ter sido encomenda de D. Francisco de Almeida, que tinha a comenda do Sardoal e de Abrantes. Segundo Candeias Silva, roía-lhe na consciência não ter dado mais ao Sardoal. O seu irmão, D. Jorge de Almeida, era bispo-conde de Coimbra na altura e tinha lá Manuel Vicente e Vicente Gi, pai e filho,l a trabalharem para ele. Certamente a pedido de D. Francisco de Almeida, têlos-á mandado para cá e executaram estas tábuas. São eles os famosos Mestres do Sardoal, que afinal eram de Coimbra. Um estudo de raios-x, já referido num trabalho publicado na revista Zahara, revelou que o desenho de todas as tábuas é do Mestre. Já a pintura é do Mestre apenas no tríptico, ou seja, a obra maior, era assim nas oficinas, a obra maior era do Mestre. As outras são dos discípulos, o seu filho e os aprendizes. Nota-se, ao pormenor, que o tríptico está ao nível do melhor que se fazia no mundo, enquanto nos outros quadros há alguns erros anatómicos na pintura que se sobrepõe ao desenho. A importância desta tábuas é que elas fazem a transição da pintura com alguma influência italiana e bizantina para uma pintura genuinamente portuguesa. Por isso é que se chamam “primitivos”.


ACTUALIDADE 17

FEVEREIRO2011

Produtores e Restaurantes promovem azeites da nossa terra Cinco produtores do concelho de Abrantes, por iniciativa da Tagus, vão estar disponíveis, de 18 de Fevereiro a 24 de Abril, para provas em 13 restaurantes dos concelhos de Abrantes, Constância, Sardoal e um da Barquinha. SAOV, Ourogal, Casa Anadia, Val Escudeiro e Zé Bairrão são os produtores de azeites embalados que aderiram à iniciativa. A mecânica é simples. A Tagus fornece aos restaurantes pequenos recipientes para colocar o azeite e os produtores entregam o azeite. Os restaurantes terão, nestes dias, os azeites disponíveis para os clientes provarem. Pedro Saraiva, técnico coordenador da Tagus, salientou, na apresentação da campanha, a importância “de promovermos os produtos da nossa terra”. No ano passado foram os vinhos, este ano é o azeite.

CORRECÇÃO

Ponte de Constância

BARQUINHA

Lixeira removida Neste local, perto de Tancos, havia uma lixeira, que aqui mostrámos (JA set 2009, aliás então referida como sendo no Arrepiado). Entretanto, foi removida e colocados obstáculos para evitar que se reproduzisse. Temos

de referir mesmo estes pequenos (?) progressos. Contudo, ali perto, mesmo à beira da estrada, parece estar a nascer outra. É mesmo uma questão de educação e cultura, não é?

Na última edição, um erro de recolha no nosso banco de imagens deu bota. A informação sobre a reabertura da ponte de Constância dentro de um mês saiu ilustrada com a imagem da ponte da Chamusca ”antes das obras”, realçou o leitor que nos apontou o erro. Deixamos o nosso pedido de desculpa nossos leitores, e o nosso obrigado ao leitor que nos alertou.

Tagus prolonga prazo de candidaturas ao ProDeR O período de recepção de candidaturas aos apoios do Programa de Desenvolvimento Rural (ProDeR) para projectos a serem implementados em Abrantes, Constância ou Sardoal foi prolongado. O Prazo de apresentação de candidaturas, que deveria terminar a 31 de Janeiro, foi alargado até 4 de Março para as candidaturas que se incluam na promoção da qualidade de vida das populações (acção 3.2. do ProDeR).

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18 CULTURA

FEVEREIRO2011

LUGARES COM HISTÓRIA

O Convento de Nossa Senhora da Graça No local onde hoje está instalada a Escola Superior de Tecnologia de Abrantes (E.S.T.A) e durante muitos anos estiveram sediadas as Repartições Públicas e também o Tribunal, existiu anteriormente um convento de freiras dominicanas, que tiveram como padroeira Nossa Senhora da Graça.

Deste já nada resta, pois foi destruído, por ordem da Câmara Municipal, no princípio do século XX, para no mesmo local ser construído o presente edifício, que data de 1904. A toponímia ainda não o esqueceu por completo, pois se repararmos na placa que dá o nome a esta rua, podemos constatar que o antigo nome era precisamente rua da Graça. O Convento de Nossa Senhora da Graça ficou concluído em 1548, tendo, para a sua construção, o próprio rei D. João III feito importantes doações, bem como sua mulher, D. Catarina, também a ele muito afeiçoada. As freiras instalaram-se ali no próprio dia do seu padroeiro, S. Domingos e segundo refere Manuel António Mo-

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• Neste local existiu o Convento de Nossa Senhora da Graça.

rato fez-se“ uma formosa procissão a que ocorreu todo o povo da vila e seu termo; seguiam-se os frades de S. Domingos com a Cruz; entre eles caminhavam as religiosas por suas antiguidades, acompanhadas das senhoras mais nobres da vila, de suas parentes e amigas; no remate da procissão a prioresa e subprioresa e no meio delas a senhora D. Joana de Meneses,

mulher do alcaide-mor, D. António de Almeida, filho do terceiro conde desta vila. Cerrava a pompa o provincial, frei Francisco de Bovadilha, revestido com capa de brocado, com diácono e subdiácono e atrás a Câmara, os ministros da justiça, nobreza e povo”. As freiras vinham de um mosteiro mais antigo, que fora fundado sob a evocação de Nossa Senhora da Con-

solação e que, segundo a tradição, se situara nuns terrenos entre a Rua da Palma e a Rua Nova, estendendo-se até à parte oriental da Rua Grande. Mas as instalações eram pequenas e começaram a ficar velhas e com poucas comodidades, pelo que as freiras pediram e obtiveram licença do rei, para construir uma casa nova “em sítio mais apropriado e mais chegado à

vila” O novo Convento de Nossa Senhora da Graça esteve em funcionamento pleno de 1548 a 1834, altura em que foram extintas as Ordens Religiosas em Portugal, mas, embora não entrassem novas freiras, as que lá estavam foram autorizadas a ficar, havendo notícia de que a última prioresa faleceu em 1891 e só depois desta data a igreja e o convento foram cedidos à Câmara, que no ano seguinte mandou fazer o arrolamento e avaliação dos bens. Passados poucos anos, o próprio edifício foi destruído, como se disse atrás e ao recheio, que era de considerável valor, foi-se-lhe perdendo o rasto. Hoje em dia, são muito poucos os vestígios que dele se encontram em Abrantes, apenas uma tábua no museu do Castelo, alguns, poucos, documentos no Arquivo Histórico e dois bonitos altares na Igreja Paroquial do Rossio ao Sul do Tejo. Bibliografia: Morato, Manuel António,” Memória Histórica da Notável Vila de Abrantes”, edição da Câmara Municipal de Abrantes, 1981


SOCIEDADE 19

FEVEREIRO2011

Contra a crise, saber viver contentores é uma forma de ajudar a economia portuguesa de vários modos. Podemos aproveitar o momento para irmos nessa direcção. 2 – Ir a pé nas curtas distâncias. Sabemos que muitos dos quilómetros que fazemos são escusados. É só por comodidade. Mas a nossa factura energética é alta e andar a pé faz bem à saúde, e ao ambiente. E quanto se poupa? 3 – Comprar português. Sim, é uma repetição. Mas é de tal modo importante que vale a pena. Comprar produtos estrangeiros, quando os há produzidos em Portugal, é deitar fora dinheiro e empregos.

O ano de 2011 está a cumprir o que prometeu, um ano de crise, de dificuldades. Já sabemos que há problemas reais. E aos problemas, o melhor é… resolvê-los.

Há o nível da política nacional para enfrentar a crise. A esse nível, cabe-nos conhecer as propostas e quer exigir, quer apoiar aquelas que mais caminham para a verdadeira solução. Mas há um outro nível, aquele que aqui nos interessa, o nível das nossas decisões e acções pessoais. Porque também aí há muito a fazer, não só para enfrentar a crise nacional, como para aliviar a crise das nossas carteiras familiares. Algumas ideias, ou segredos, são por isso preciosos.

Algumas medidas familiares

a falta de poupanças. É sempre possível poupar alguma coisa (salvo casos extremos, de que não falamos aqui). Se entre menos dinheiro, o melhor é sair menos e, se possível, ainda poupar algum. São três medidas de fundo, que nos podem ajudar a fazer desta crise uma oportunidade. Nada é sempre só mau, excepto aquilo que mata. E a esta crise havemos de sobreviver.

1 – Desligar as luzes que não estão a fazer falta e os aparelhos que não estão a ser utilizados. Mesmo em “stand by”, os aparelhos gastam, deitam dinheiro fora. 2 - Menos carne às refeições faz bem à saúde e à carteira. Boa altura para apostar na dieta mediterrânica, que é excelente para a saúde, é de produção local e mais ecológica. É tudo a ganhar. 3 – Produzir em casa. Há, nas cidades, que produza as ervas da cozinha em vasos na varanda. Muitas das nossas casas têm muito mais terra que isso. Às vezes até um bom quintal. Tudo o que se produza não precisa de ser comprado. Há que fazer contas, é claro, mas não é difícil ficar a ganhar.

Algumas medidas públicas

Algumas medidas pessoais

1 – Separar para reciclar. Fazer a separação dos resíduos e colocá-los nos respectivos

1 – Tome o café da manhã em casa. Basta fazer as contas.

Três medidas 1 – O primeiro segredo é adoptar uma atitude positiva face à crise. Não nos colocarmos no papel de vítimas, mas no lugar de quem tem a tarefa de enfrentar e resolver a crise. Os grandes problemas são para os grandes homens e mulheres. Se a crise é grande, há que estar à altura das circunstâncias. Corações ao alto. E fazer o que precisa de ser feito. 2 – Comprar português. As nossas empresas em dificuldade precisam de produzir e vender e os níveis de desemprego pedem empresas saudáveis. Comprar português, em vez de dar o nosso dinheiro a ganhar aos outros lá de fora é, de mil modos, enfrentar a crise que atravessamos. 3 – Poupar. Já sabemos que é difícil poupar quando o dinheiro falta. Mas um dos problemas do país é tanto o excesso de gastos como

2 – Compare preços antes de comprar. Até as promoções enganam. E enganam mais ainda se compramos sem precisar. As marcas brancas são, em geral, mais baratas e não são necessariamente de pior qualidade. 3 – Não compre a crédito. Gastar é fácil, pagar é que é difícil e o dinheiro está caro embora não pareça. Pague em notas e moedas sempre que possível, porque sente melhor quanto custa. Se é do tempo do escudo, faças as contas de euros em escudos para sentir melhor o preço. 4 – Vigie a sua saúde. Os problemas de saúde são fonte de muitos outros problemas, desde os económicos aos emocionais. Prevenir é a melhor solução. Vigiar o colesterol e a tensão, fazer uma alimentação mais cuidada, andar a pé… são formas de cuidar de si e da sua carteira. 5 – Deixe de fumar. Um maço de tabaco custa 3€. Vezes trinta dá 90€, vezes doze dá 1.080€ por ano. E melhora a saúde. Esta é uma boa oportunidade para a decisão que anda a adiar, não?

E ainda… 1 - Faça experiências positivas. Cada um sabe de si. Dançar? Um passeio ao fim do dia? Uma noite mais romântica? Uma tarde a ler um bom romance? Um jantar de família, que não precisa de ser caro, como há muito não fazemos? Um passeio a pé pelo campo? Ou de bicicleta? 2 – Ria, ria várias vezes ao dia. Nem que seja por encomenda, que também faz efeito. O riso dá calor à vida e cor à alma. Que se lixe a crise! Nós continuamos vivos!

Faleceu Luís Bairrão Guardo dele sobretudo o sorriso. O sorriso de um homem bom. Um sorriso por vezes apenas esboçado, outras vezes aberto e quente. Vejo-o, ainda e sempre, como um nobre agricultor. Agricultor de actividade, engenheiro agrónomo de profissão. E nobre de carácter. Não uma nobreza apenas hereditária, mas aquela que dá uma forma superior à mente e ao comportamento. Por isso, sempre o vi comprometido com a vida e com a sua terra. Foi vereador na Câmara de Abrantes, antes do 25 de Abril. Foi responsável pela herdade de Alcolobra e nessa qualidade

soube preservar e dar a conhecer a preciosa estação romana. Foi um dos responsáveis pela criação da Associação de Agricultores de Abrantes (1985). E da Caixa Agrícola do Tramagal (1988), e não é por acaso que leva esse nome. E o mais, sem dúvida, que eu não sei. Mas sei que é alvo de muita admiração e respeito no Tramagal, o que diz logo que era um homem acima do ditado de que “santos da terra não fazem milagres”. Ele fez. E sãolhe reconhecidos. Obrigado por ter sido quem foi entre nós. Alves Jana

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20 CULTURA

FEVEREIRO2011

AGENDA DO MÊS

Francisco Moita Flores apresenta livro

Abrantes Até 31 de maio - Exposição - Memória dos sítios nas colecções do Museu D. Lopo de Almeida - Museu D. Lopo de Almeida - Castelo de Abrantes Até 11 de março - Exposição - Eça de Queiroz - Marcos Biográficos e literários 18451900 - Biblioteca António Botto Até 18 de março - Exposição - Enciclopédia, um projecto de desenho - Pintura de Engrácia Cardoso - Galeria Municipal de Arte 18 de fevereiro a 4 de março -Feira de São Matias - Alferrarede 20 de fevereiro - Concerto de aniversário do Orfeão de Abrantes - Igreja da Misericórdia, às 17h00 24 de fevereiro – Francisco Moita Flores apresenta o livro - Mataram o Sidónio - Biblioteca António Botto, às 21h30 26 de fevereiro - Encontro Ibérico do Azeite e concerto com o projecto AMAR - Instalações da Antiga Rodoviária

A actividade “Entre nós e as palavras” de Fevereiro acolhe Francisco Moita Flores. O escritor, investigador e actual presidente da Câmara de Santarém vem a Abrantes apresentar o seu mais recente livro “Mataram o Sidónio” (Ed. Casa das Letras). Esta obra, lançada em 2010, trata do assassínio de Sidónio Pias, Presidente da República de Portugal em 1918, envolto em muito mistério. Apesar de a polícia ter prendido um suspeito, este nunca foi julgado. A tragédia ocorreu quando Lisboa estava a braços com a pneumónica, a mais mortífera epidemia que atravessou o séc. XX. Autor de “Filhos do Vento”, “Polícias sem Histórias”, entre outros, Moita Flores vai estar na Biblioteca de Abrantes dia 24 de Fevereiro às 21h30.

Engrácia Cardoso na Galeria de Arte de Abrantes A Galeria de Arte de Abrantes tem patente ao público até 18 de Março uma exposição de desenhos de Engrácia Cardoso. Intitulada “Enciclopédia, um projecto de desenho”, a mostra é composta sobretudo por desenhos com figuração de animais, por vezes em convívio com a figura humana. No conjunto nota-se alguma familiaridade com a pintura de Paula Rego. A artista apresenta assim esta exposição. “Dei o título de “Enciclopédia” a esta exposição porque, no fundo, é um conjunto de conhecimentos, vivências, experiências, aqui trabalhadas no papel e na tela. As obras expostas revelam sobretudo relações espaciais entre diferentes espécies animais, incluindo o homem. O meu processo de trabalho consis-

Memória dos Sítios no Museu D. Lopo de Almeida O Museu D. Lopo de Almeida tem patente, até 31 de Maio, a exposição “Memória dos Sítios nas Colecções do Museu D. Lopo de Almeida”, que pretende reavivar a “memória de lugares desaparecidos”. A mostra é constituída por materiais provenientes de uma escavação no Castelo, mais propriamente no Palácio dos Governadores, de uma escavação em S. Facundo, e ainda por um conjunto de objectos com origem em igrejas e conventos da então vila de Abrantes. O material em exposição, algum dele nunca antes apresentado a público, pertence ao acervo do Museu. Esta mostra integra-se na opção de divulgar o património histórico-arqueológico do Município que está disponível para o projectado Museu Ibérico de Arqueologia e Arte.

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te numa primeira fase no estudo e na análise, e depois vem o desenho, vêm os riscos, as formas, que culminam na composição e depois na exposição. Estes diferentes trabalhos fazem parte de um estudo da forma plástica, o que inclui todo o meu percurso, pois eu sou completamente apaixonada pelo desenho e a minha formação é em desenho. E essa minha paixão sugere-me uma procura de formas sempre diferentes de registar em desenho. E também formas aliciantes de me ver no desenho. Os animais foram uma dessas formas. Quis trazê-los para o papel numa forma muito relacionada com verdade anatómica, para que não parecessem desenho animado ou BD.”

Eça de Queirós na Biblioteca Na Biblioteca Municipal António Botto está em exposição marcos biográficos e literários de Eça de Queiroz. Esta mostra foi produzida pelo Instituto Caimões no ano de 2000, quando foram realizadas as comemorações do centenário da morte do escritor. A exposição tem como objectivo dar a conhecer o percurso realizado e as trocas culturais que Eça de Queirós vivenciou entre os anos de 1845 a 1900. Pode ser visitada até 11 de março.

CINEMA Espalhafitas - Teatro São Pedro, às 21h30: 16 de fevereiro – “Lola” 23 de fevereiro - “A Poeira do Tempo”

Barquinha Até 28 de fevereiro - Mostra Bibliográfica de António Mota – Biblioteca Municipal 18 a 28 de fevereiro - Exposição - 10 anos de atelier, pintura dos alunos do Atelier de desenho e pintura – Centro Cultural, das 14h00 às 17h30 e sábados das 15h00 às 18h00

Constância Até 26 de fevereiro - Exposição - Janelas de Luz - Pintura de Luís Gonçalves - Posto de Turismo, das 9h30 às 13h00 e das 14h30 às 17h30 Até 28 de fevereiro - Mostra Bio-bibliográfica de Catherine Andersen, escritora americana – Biblioteca Alexandre O’Neill, 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 18h30 Cinema 19 de fevereiro – “Um Homem de sonho” 26 de fevereiro - Tom e Jerry: Colecção 11.

Mação 15 de fevereiro - Concerto de guitarra Clássica por Quitó de Sousa Antunes - Igreja da Misericórdia, às 21h00 - Entrada livre

Sardoal 26 de fevereiro - Música - Grupo Coral da Sociedade Artística Tramagalense - Centro Cultural Gil Vicente, às 17h00 - Entrada livre, sujeita ao levantamento de bilhete 4, 5 e 6 de março – Feira Nacional do Fumeiro, Queijo e Pão - tasquinhas, exposição e música - Junto ao Quartel dos Bombeiros CINEMA Centro Cultural Gil-Vicente, às 16h00 e 21h30: 19 de fevereiro – “A Cidade”


CULTURA 21

FEVEREIRO2011

GUERRA PENINSULAR

Há 200 anos havia guerra em Abrantes No jardim do Castelo, em Abrantes, uma placa lembranos que a Guerra Peninsular foi há 200 anos. Em 2007, assinalámos o segundo centenário da chamada 1ª Invasão Francesa, comandada por Junot, que tomou a praça de Abrantes e os sapatos dos abrantinos. Em 2011 cumprem-se os 200 anos sobre o termo da 3ª Invasão Francesa que se integra na chamada Guerra Peninsular. O exército francês, comandado por Massena, entrou por Almeida em Julho de 1810, com 65.000 homens e penetrou em Portugal a caminho de Lisboa. O seu exército acabou por ser detido nas Linhas de Torres, em Torres Vedras. Em Abril de 1811, Massena retirou para Ciudad Rodrigo, tendo perdido cerca de 25.000 homens. Esta terceira invasão foi “a mais violenta e de consequências mais desastrosas”. No Verão de 1810, os estrategas ingleses que prepararam a “recepção” ao exér-

cito francês adoptaram a “política da terra queimada”. Era necessário “abandonar as casas e os campos, destruir os haveres e as culturas” para que os franceses não pudessem abastecer o seu exército. “Massena não devia encontrar um país vivo, mas um deserto sem habitantes nem víveres.” Quem não cumprisse seria considerado traidor. Abrantes foi no contexto das Invasões Francesas uma importante plataforma logística para os exércitos, nas suas movimentações por todo o país. Não admira, por isso, que em Abrantes e na zona rural circundante tenham sido muitos os mortos nesta altura. Houve povoações rurais em que o número de óbitos registados nos assentos paroquiais aparece nesta época multiplicado por nove e, por isso, não admira que na memória popular tenha ficado uma imagem muito negativa da passagem dos franceses. Alves Jana

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Agradecimento Os familiares participam o falecimento da D. Leonor de Jesus Serra Fernandes, no dia 31 de Janeiro de 2011, esposa do Sr. Humberto Marrafa Paulo Fernandes, e gostariam de agradecer a todos os que prestaram a última homenagem e que apoiaram a família nesta hora.

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Faz um ano que nos deixaste mas para os teus entes queridos estás sempre presente. A sua família participa que será celebrada Missa pelo seu eterno descanso no dia 13 de Março na Igreja Matriz do Sardoal. Desde já agradecem a todos aqueles que queiram estar presentes.

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Agradecimento Seu filho, nora e netos, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada. A todos um Bem Haja. A cargo de: Funerária Momentos Solenes Rua 5 de Outubro, 54 A-2230 Sardoal • Telem. 964 589 223 - 968 887 137

José Marques da Cruz

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Isidro Alves Pombo

Beatriz Lourenço

Nasceu a 04 de Maio de 1926 Faleceu a 23 de Janeiro de 2011

N. 28-11-1916 • F. 01-02-2011

N. 08-01-1920

Agradecimento A sua família, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente vêem por este meio agradecer a todas as pessoas que lhes manifestaram solidariedade nos momentos dolorosos que viveram e a todos os que acompanharam o seu ente querido até à sua última morada. A todos um muito obrigado.

Agradecimento

F.12-01-2011

Agradecimento

Sua família, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada. A todos um Bem Haja.

Sua filha, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam a seu ente querido à sua última morada. A todos um Bem Haja.

A cargo de: Funerária Momentos Solenes Rua 5 de Outubro, 54 A-2230 Sardoal • Telem. 964 589 223 - 968 887 137

A cargo de: Funerária Momentos Solenes Rua 5 de Outubro, 54 A-2230 Sardoal • Telem. 964 589 223 - 968 887 137

Amândio Fernandes N. 24-12-1943 • F. 07-02-2011

Agradecimento Sua esposa, seus filhos, genro, nora vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada. A todos um Bem Haja. A cargo de: Funerária Momentos Solenes Rua 5 de Outubro, 54 A-2230 Sardoal • Telem. 964 589 223 - 968 887 137

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SAÚDE 23

FEVEREIRO2011

SAÚDE É ...

Secção da responsabilidade da Unidade de Saúde Publica do ACES do Zêzere

Activo SIM, parado Não! A inactividade física tem sido identificada como o quarto factor de risco principal para a mortalidade global (6% das mortes no mundo).

Tem sido demonstrado que a actividade física regular reduz o risco de doença coronária e acidente vascular cerebral, diabetes, hipertensão, cancro do cólon, cancro de mama e depressão. Além disso, a actividade física é um factor determinante no gasto de energia e, portanto, é fundamental para o balanço energético e controle de peso. Na faixa etária dos 5 aos 17 anos, a fim de melhorar a aptidão cardiorespiratória e muscular, a saúde óssea, cardiovascular e metabólica, e reduzir os sintomas de ansiedade e depressão, recomenda-se o seguinte: As crianças e jovens devem acumular pelo menos 60 minutos de actividade física diária de intensidade moderada a vigorosa. Mais de 60 minutos diários de actividade física, proporcionará benefícios

adicionais de saúde. A maior parte da actividade física diária deve ser aeróbica. Actividades de intensidade vigorosa devem ser incorporadas, pelo menos 3 vezes por semana, incluindo aquelas que fortalecem músculos e ossos. Uma sugestão para as famílias: GEOCACHING, é um jogo de caça ao tesouro dos tempos modernos, jogado no mundo inteiro por aventureiros equipados com GPS. A ideia base é encontrar ”caixinhas” escondidas ao ar livre, chamadas “geocaches” e depois partilhar as experiências online. Qualquer pessoa pode praticar geocaching e encontrar geocaches, usando as coordenadas publicadas no site Geocaching.com. Podem começar pelas geocaches do projecto geocaching em saúde escolar que tem como objectivo principal difundir mensagens de saúde através do geocaching. BOAS CAÇADAS. João Paulo Palrilha Coordenador do PNSE da USP dos ACES do Médio Tejo II – Zêzere

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