BG Magazine #17 Brasil

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Estilo e comportamento para Bad Girls e Bad Boys no Second Life Edição 17 - Fevereiro/Março 2009

Briga, confusão, bate-boca, quiprocó

BARRACO!

os conflitos e o Second Life




índice

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6 8 18 32 52 60 65 72 74 76 93 96 98 100 104 106

Editorial Aconteceu & Acontece Entrevista — Colete Jacobus Não sabemos viver sem brigar? AD Recomenda - Lugares Imperdíveis AD Recomenda - Galeria Agenda Bad Girl Good Guy Killer Babe Leaders of the society Perfil — Loglady Loon aMigos da Alyne 74 Diálogos da Picaretagem Linden Lag


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Edição 17 - Fev./Mar. 2009

Editora Chefe: Alyne Dagger Editora de Estilo: Lucrecia Slade Projeto Gráfico: Alyne Dagger e Lucrecia Slade Fotos: Alyne Dagger e Lucrecia Slade (exceto onde creditado) Comercial: Marcello Winston Equipe de apoio: Design Gráfico: Alessa Glas Tradução: Roddrigo Rossi

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A BG Magazine é independente e não publica opiniões conflitantes com o ideal da revista nem por todos os Lindens do mundo. Quando falamos bem, somos ótimas. Quando falamos mal, somos muito melhores!

Site: www.bgmagazine.com.br Grupo: Bad girls go everywhere Flickr: A Lucrecia that is not Borgia http://www.flickr.com/photos/16115209@N06/

Alyne Dagger http://www.flickr.com/photos/alynedagger/


Editorial Boa noite, moços! – Isso é o que diz toda pomba-gira quando chega no terreiro; e este mês eu e Lucrecia resolvemos homenagear essas entidades da religião afro-brasileira na nossa foto do editrorial porque conflito e pomba-gira tem tudo a ver: pomba-gira que se preza se dá o luxo de só brigar pelo que vale a pena, e não por picuinhas ridículas. A edição desse mês não se limita a fazer um apanhado das brigas e confusões em que um avatar pode se meter: nosso principal questionamento é: vale a pena brigar dentro do metaverso? Por que tem tanta gente lavando roupa suja virtual no Second Life e em todos os seus desdobramentos (Flickr, MySpace, Orkut)?Até onde um barraco virtual pode afetar a sua vida real? Sem precisar quebrar o barraco, essas duas pombas-giras aqui foram atrás da boa briga de fazer nossos leitores darem boas risadas enquanto refletem sobre a diferença entre uma briga de galos (ou de galinhas) e o bom combate. Beijos e saravá sua banda!

Aline Dagger Editora de conteúdo e Maria Sete Saias


Bom dia, pra quem é de bom dia. Boa noite, pra quem é de boa noite. Nesta edição, mostramos a briga que é a criação no SL. Avatares com originalidade, avatar copiador, os sem-noção que acham que brasileiro devia sumir do Grid, e pessoal que não se toca que copia da RL marcas famosas e rostos de celebridades e tem lucro com isso — imagina se a Angelina Jolie e o Brad Pitt (só pra ficar no barato) cismassem de cobrar direitos pelo uso de imagem do povo no SL? Ia ter gente vendendo o penico pra pagar. E a Apple? Ia ser uma festa... E eu gosto de festa, moço bonito! ^^ No mais, um editorial de moda mostrando as meninas matadoras, que seduzem, têm atitude, são divertidas, mas são duras na briga. E um Estilos Imbatíveis que vai onde os chiques, über cool e super ricos vão começar a fazer suas andanças — Glitterati é o nome que se dá aos famosos e intelectuais que ditam os rumos da moda, da arte e do comportamento. Pomba-gira é charme, formosura, inteligência. E um gênio forte também. Que digam os pernasde-calça que adoram nossa companhia e sabem que podem contar com a gente na batalha. XD

Lucrecia Slade Editora de estilo e Pomba Gira Sete Rosas


Aconteceu & acontece



Aconteceu & acontece: Carnaval das Bad Girls Colete Jacobs

Dj thiagoaugusto

Vick Spiteller


Alessa Glas

Weber Yiuan & Lucrecia Slade


Aconteceu e Acontece - Brasil Mares do Sul

É sol, sal e Sul!!! Em fevereiro, a Ilha Brasil Mares do Sul escolheu aquela que será sua Garota, representando a ilha com graça, elegância e beleza: Tricia Huldchinsky. O evento organizado por Luciana Gufler, Sabina Gufler, Lilica Amaterasu e Hugoj Arai contou com uma grande audiência de avatares, bem como a participação de vários avatares ligados à moda brasileira.


Juri do concurso

Catwalk


As vencedoras: Tricia Huldchinsky, Jadhe Saeed e Sofie Msarko


Lilica Amaterasu, Tricia Huldchinsky, Sabina Gufler e Hugoj Arai Hugoj Arai e o auxĂ­lio luxuoso de Dascar Brokoton




Bad Girls Entevistam/ Colete Jacobus

Brasil Real no universo virtual Residente desde 2007, a antropóloga Colete Jacobus tem procurado, ao longo desses quase dois anos, entender a cabeça do brasileiro que frequenta o Second Life e a internet de um modo geral através da forma como nossos residentes relacionam-se com o metaverso e viceversa. Para facilitar suas observações e estudos e graças a uma certa insatisfação pela forma como os SIMs brasileiros eram configurados, ela acabou por tornar realidade o Okatu, primeiro SIM construído por brasileiros com a preocupação de ter “cara de paisagem brasileira”. Com todo seu conhecimento e experiência sobre a observação de residentes, ela nos concedeu uma longa entrevista tendo como cenário a bela paisagem do Okatu.



Alyne Dagger:

Quando você começou a acreditar que o metaverso podia ser interessante do ponto de vista antropológico?

Colete Jacobus:

Como antropóloga sempre me interessei por estudar as sociedades complexas, não exatamente as chamadas sociedades primitivas. Em relação às sociedades complexas, sempre me interessei pelo estudo da Indústria Cultural, mídias e comecei pela televisão. Em dado momento, passei a me interessar muito pela cibercultura, embora ainda estivesse muito envolvida com pesquisas sobre televisão e outros assuntos. Com o tempo, comecei a querer juntar os pauzinhos – por que não trabalhar com este campo? Inicialmente comecei a explorar as listas de discussão do Yahoo, depois as comunidades

sobre TV no Orkut, blogs e, mais adiante, os fansites dedicados às séries de TV. Tudo isso me convenceu de que a rede era um campo vastíssimo para se trabalhar e se pesquisar. Em um dado momento, um amigo meu falou sobre o universo dos games, me apresentou ao GTA, The Sims e ao Second Life. No caso do 3º, isso coincidiu com o boom do SL no Brasil, várias matérias pipocando na mídia e muita gente entrando. Já havia aberto minha conta e decidi entrar para fazer uma pesquisa para valer. Ela poderia completar minhas observações e experiências anteriores como usuária da rede e sustentar melhor algumas hipóteses que já vinha elaborando. Alyne Dagger:

Depois da imersão sua impressão sobre o que seria o Second Life mudou muito?

Colete Jacobus:

Alguma coisa sim, mas não a ponto de mudar minha atitude básica em relação ao SL. Nada como a experiência para a gente ter de relativizar as impressões iniciais. Acho que existe realmente uma diferença grande quando observamos as coisas de fora, sem uma relação subjetiva profunda com elas e quando as observamos com esta experiência acumulada. Continuo mantendo minha perspectiva inicial de que o SL é uma fronteira avançada da


virtualidade e de certa forma representa e antecipa o nosso futuro em muitos sentidos, porque afeta todos os nossos conceitos tradicionais (ocidentais) sobre o humano, sobre o sujeito psicológico, social, subjetividades, identidades, reafirma a natureza cada vez mais frágil de todos aqueles dualismos do tipo corpo/ mente, natural/cultural, etc que o pensamento ocidental impôs aos nossos corações e mentes. É claro que tem muita gente apavorada com isso e para quem essa mudança de paradigma constitui um verdadeiro escândalo, uma aberração! Eu me divirto com os “apocalípticos” porque todas essas reações negativas dizem respeito a um legado intelectual que ainda se faz muito presente. A sensação de escândalo nesse caso é perfeitamente justificável. Há cinqüenta anos, por exemplo, os intelectuais tinham uma atitude similar em relação à televisão. Alyne Dagger:

Como surgiu a ideia do Okatu? Fale mais sobre o projeto

Colete Jacobus:

Logo assim que entrei no SL, as ilhas brasileiras me causaram má impressão. Com raras exceções, aqui e ali, elas eram pouco criativas, eu diria nada bonitas. A maioria era muito parecida entre si, estereotipadas. Buscando entender esse padrão, busquei relacionar isso com a forma

pela qual o grande público fora apresentado ao SL – como um espaço de consumo apenas. Embora interessada na questão do consumo, venho de outra praia, e comecei a ver outras possibilidades para o programa em relação aos modos de apresentação do Brasil. Assim, logo surgiu a vontade de construir “um lugar” onde eu pudesse apresentar outras paisagens do Brasil, um lugar onde eu pudesse brincar (como os gringos fazem) com outras representações históricas e culturais e que servisse como uma alternativa ao padrão de ilha então predominante. Nessa época eu conheci o BrunoLisboa Oh, ele se apaixonou pela idéia do projeto e demos início a nossa amizade e colaboração que tem essa discussão damattiana (de Roberto DaMatta) como traço de união: o que pode fazer o brasil, Brasil no SL em termos estéticos e visuais? Como construir


uma visualidade própria e ser identificada por ela nos metaversos? Na verdade, eu queria saber até que ponto o programa e o ambiente responderiam a essas formas de singularização cultural, além de criar um lugar que ao mesmo tempo expressasse minha/nossa visão do Brasil, carnavalizada, idealizada, utópica. Naquela época não sabia ainda fazer nada e, assim, no primeiro Okatu contei muito com os serviços de builders experientes e profissionais. Mas no segundo Okatu eu praticamente fiz tudo e o desenho todo da ilha saiu da minha cabeça numa madrugada. É claro que a maior parte dos objetos não foi feita por mim, aproveitei muita coisa do Okatu antigo e do acervo que fui acumulando em minhas andanças no próprio SL. Mas os arranjos e a concepção visual é toda minha baseada nas conversas com o Bruno. Costumo dizer que o Okatu é o meu mapa mental e como sou brasileira ali está um Brasil que carrego comigo e que tem a ver com minhas leituras de clássicos como Euclides da Cunha, Gilberto Freyre, Sérgio Buarque de Holanda, Antonio Cândido, Guimarães Rosa e meu mestre querido, Roberto DaMatta. Ali está reunido de forma sintética, visual, minha biografia pessoal e intelectual. Como ainda estou vivendo e pretendo viver muitos anos, sei que posso mudar, então eu acho

fantástico poder traduzir esse work in progress digitalmente, em 3D. Em dado momento me surpreendi fazendo algo como uma antropologia do design, ou mesmo uma antropologia visual em outros termos. Alyne Dagger:

Como o Okatu se integra ao seu trabalho de pesquisa sobre o metaverso?

Colete Jacobus:

De fato, o Okatu é uma parte do projeto, não é o projeto como um todo. Em relação ao sim propriamente dito, confesso que estou um pouco em compasso de espera aguardando como ficará este ano a política da LL em relação ao acesso a terras, tiers etc. Eu tive um baque grande no final do ano porque eu havia acabado de trocar as terras de Brunswick por duas OS e com o aumento dos tiers tive de devolver uma. As decisões da LL afetaram totalmente meus planos de expansão e desenvolvimento do Okatu. Eu gostaria de fazer muito mais coisas, avançar em meus experimentos sobre o tema da identidade nacional, representações da brasilidade nos mundos virtuais, por exemplo. Tenho pensado muito em desenvolver um RPG nacional – nada a ver com saci pererê ou mula sem cabeça, mas algo que venho pensando e que tem a ver com o Brasil. Enquanto isso continuo mantendo o Okatu como um sim para visitação, agora estou


incluindo as lojinhas e quero desenvolver uma programação cultural em 2009. Lucrecia Slade:

Como vc encara a presença brasileira no metaverso atualmente?

Colete Jacobus:

Pois é, o meu trabalho mudou bastante por conta dessa confusão toda em torno da presença brasileira. Inicialmente minha intenção era fazer um mapeamento da participação brasileira em termos demográficos, atividades, expertises, conteúdos, enfim, uma espécie de gestão do conhecimento no metaverso produzido pelos brasileiros,

uma coisa bem mais light onde eu pudesse detectar algumas tendências, fazer um mapa delas e pensar em conteúdos a partir disso. De todo o modo eu fiz esse mapeamento, mas aí aconteceram todas aquelas acusações de pirataria, vieram os blogs contra os brasileiros e tudo isso me deixou, além de chateada, muito preocupada. Quando são eles, a coisa é tratada individualmente, ou seja, são certos indivíduos inescrupulosos que precisam ser punidos e o comportamento deles não é estendido de forma alguma ao país/nacionalidade como um todo. Quando é um americano que copia, que


pratica um crime não se responsabiliza os EUA e nem os americanos em geral, certo? Agora no nosso caso, a lógica mudou, foi invertida e o país inteiro, o coletivo plural “brasileiros” passou a ser usado com freqüência! Por que? Isso me chamou muita atenção porque, afinal de contas estamos numa época em que preconceitos desta ordem são moralmente condenáveis. Então por que o Brasil foi escolhido como bola da vez? O que permitiu ou vem permitindo essas acusações de lá para cá? Nesse momento, percebi que a geopolítica não só está presente na rede, mas que devido a este fato, o futuro poderá ser bastante incerto para alguns grupos que estão nela. De alguma forma os metaversos podem vir a se prestarem a usos inconfessáveis, caso não fiquemos absolutamente atentos. Por isso, venho defendendo que a Política terá de fazer parte da vida digital, não teremos como escapar dela na rede. Lucrecia Slade:

juntando à outra pergunta, como continuação: Brasileiro gosta do Okatu? Colete Jacobus:

Boa pergunta. Eu acho que sim e não, depende muito de quais brasileiros estamos falando. No primeiro Okatu, tive mais tempo e pessoal disponíveis para fazer um acompanhamento qualitativo da recepção e das respostas do público. O Bruno fez um Sky-

observatório onde podíamos ficar observando o movimento lá embaixo, havia um contador etc. Vinha muita gente e eu mesma recebi pessoas que não apenas teciam muitos elogios, comentários, mas se emocionavam, ficavam mandando IM e notes com várias sugestões. Eu acho que no quesito ambiente, paisagem, tratamento visual, o Okatu foi um tremendo sucesso na época em que surgiu. Ele era um sim realmente diferente dos demais sims brasileiros, único. Várias vezes ouvi o comentário do tipo: - Finalmente, um lugar bonito sobre o nosso país...Alguma coisa diferente que sai do esquema shoppings, festas e bolinhas. A maior parte do público entendeu a diferença que queríamos sinalizar com o Okatu e creio que ele cumpriu muito bem a função de levantar a lebre no SL de como a paisagem e a cultura brasileira podem ser trabalhadas para agregar mais valor aos empreendimentos, tal como os gringos fazem há mais tempo. Coincidência ou não, isso começou a se fazer mais presente, nos temas e motivos de outros sims brasileiros. Cada um começou a buscar algo relacionado ao Brasil, à vida brasileira. Agora, havia quem torcia o nariz, ou porque não conhecia o projeto, ou porque não queria fazer nada relacionado ao Brasil. Tinha um pessoal que se referia ao Okatu como uma ONG, ou seja, para um grupo de brasileiros


que estava atuando de uma determinada forma no SL, ele foi percebido como uma ONG e isso realmente tinha uma conotação pejorativa. Mas é interessante, a ONG ficou e esse pessoal saiu do SL. Colete Jacobus:

Em relação ao segundo Okatu, ainda não tive tempo e equipe para fazer o acompanhamento, mas tenho tido um tráfego razoável para uma land que não tem divulgação quase nenhuma. Já houve situações em que conversei com pessoas que estavam lá visitando e elas me disseram que estavam indo por indicação de outras e estavam encantadas, curtindo.

Lucrecia Slade:

Qual a receptividade dos estrangeiros em relação ao Okatu? Colete Jacobus:

Eu diria que é muito boa, excelente! Os gringos entendem porque, primeiro eles fazem muito isso com suas respectivas culturas de origem no SL, e, segundo, porque o Okatu transmite para eles uma imagem positiva do Brasil, além de uma poética, acolhimento, hospitalidade, tranqüilidade, algo que falta em outros sims brasileiros. Em Brunswick isso ficou muito claro em relação aos meus vizinhos de ilha, o quanto eles curtiam a land porque ela era tranqüila e acolhedora. Apesar das confusões que eles

me criaram, dos sustos que me deram, eu sabia que eles adoravam e viviam no Okatu e alguns chegaram a me enviar propostas para comprar o sim através da Officer deles. Várias vezes eu chegava lá e encontrava alienígenas na aldeia ou na praça brincando. O Okatu de certo modo foi incorporado ao RPG deles. Eles usaram bastante o Okatu, o que me trouxe alguns problemas, mas isso mostrou para mim que eles agiram desse modo porque gostaram do sim e acabaram se apropriando dele, a partir de suas próprias referências.Teve um episódio engraçado envolvendo o meu índio. Era o índio baixar e sempre vinha um avatar de criança (e o dono tinha voz de criança) azucrinar o dito cujo para brincar com ele. O garoto que devia ser um garoto de verdade ficava logado esperando o índio aparecer para brincar de índio, caçadas, brincar de arco e flecha etc. Era um deus nos acuda porque muitas vezes (era eu quem pilotava o índio), precisava trabalhar, fazer alguma coisa e não estava nem um pouco a fim de ser babá de criança, mas chegamos a brincar algumas vezes e isso me deu muitas idéias sobre o potencial do Okatu. Alyne Dagger:

Você tem testemunhado muitos conflitos aqui no Second Life? Na sua opinião, por que eles ocorrem?


Colete Jacobus:

O que não falta é conflito no SL. Acho que todos nós já tivemos alguma forma de conflito interpessoal lá dentro. Mas eu acho inevitável isso, não tem como evitar. Acho bastante normal, não vejo demérito algum em haver conflito. Aliás, para mim, muita coisa só é passível de ser compreendida depois que tem o conflito. Então ele é fundamental, porque

é através dele que as diferenças afloram, vêm à tona. Para mim, eles ocorrem como efeito mesmo da plataforma que propicia muitos mal entendidos relacionados às identidades que os avatares assumem, gerando conflitos de interesses e objetivos. Essa história de avatar é complicada mesmo! Achar que ter um avatar é algo normal, é uma forma simplória de lidar com


o SL. Aliás, já estive pensando o quanto essas criaturas, avatares são encrequeiros mesmo, adoram armar um barraco. Isso me faz pensar que são todos filhos de Exus! LOL. Aliás, eu venho trabalhando com esta hipótese em um artigo que estou escrevendo, de que no caso dos brasileiros no SL, os avatares podem ser assumidos um pouco ao estilo das entidades e a questão da possessão não está fora de propósito. Acho que é válido trazer para o SL esse legado do sincretismo afro-brasileiro para explicar, em parte, as relações que estabelecemos com os nossos avatares. Eu comecei a pensar seriamente nessa hipótese a partir de um conflito que eu mesma tive com uma pessoa/avatar no SL. Até hoje eu tenho dúvidas com quem exatamente o conflito aconteceu, se foi com a pessoa RL ou com o avatar. Fiquei sem saber quem estava realmente no controle quando o conflito aconteceu, se a pessoa RL ou o boneco. Então, diante disso, me assusta e me preocupa muito certas soluções dadas para a resolução dos conflitos. Soluções que não levam em conta justamente este caráter de complexidade da questão, eu diria de liminaridade, portanto, singularidade que o ambiente SL possui. Não somos totalmente racionais ou lógicos como pensamos ser! Nem sempre possuímos controle sobre as coisas; as coisas podem nos possuir e exercer o controle sobre nós.

Alyne Dagger:

E os conflitoes entre usuários e a linden? Você acha que a filosofia da empresa tem criado um abismo entre ela e o usuário?

Colete Jacobus: Com certeza, os conflitos e as

divergências de interesses se acentuaram muito nos últimos tempos entre a LL e nós. Veja o meu caso. Eu havia acabado de fazer a troca de uma metade de ilha full por duas OS e fiquei a ver navios, tive um prejuízo grande. A LL resolveu fazer uma mudança na sua política de acesso a terras sem se dar ao trabalho de saber o que estava acontecendo com o conjunto dos residentes. Levou em conta apenas o seu prejuízo financeiro e ponto. Em muitos momentos, o prejuízo financeiro é uma forma de investimento para não se perder aquilo que é fundamental em qualquer empreendimento: a confiança do cliente. Tudo bem, o momento é todo de crise e retração, mas eu acho que a partir daí houve uma quebra de confiança séria em relação a LL. O fato é que de lá para cá ela vem me passando uma sensação de que está perdida, sem saber direito que rumo tomar. Esse grau de incerteza é péssimo. Em outros momentos acho que ela está forçando a barra para impor um padrão de gestão do jogo que não contempla nem um pouco os interesses comuns dos residentes, especialmente os não-americanos.


Lucrecia Slade:

Como vc encara a evolução de culturas dentro do sl daqui pra frente? Colete Jacobus:

Em parte essa evolução vai depender muito dos rumos que a LL vai dar ao SL, não poderia ser de outro jeito. Alguém escreveu em um blog que a LL havia tirado a famosa frase da página principal do site, ou seja, o SL não é mais um mundo criado por seus habitantes. Isso sinaliza uma baita mudança de cultura. Não por acaso, percebo que está todo mundo meio travado, muita coisa sumiu, acabou e quem tem projetos está em compasso de espera para ver o que vai acontecer. Felizmente, para alguns, a possibilidade de coisas legais acontecerem no SL não está esgotada. Esses dias, Bruno e eu

acompanhamos mais um ciclo de renovação de Tableau. Primeiro, eles fizeram uma nova invasão da ilha e foi lindo ver aqueles ratos enormes, fogueiras por toda a parte, uma festa com a turminha toda reunida, papeando pelo voice, brincando, um verdadeiro luxo de entrosamento virtual, enquanto deletavam o sim antigo. Fecharam a ilha por uns dias e, depois houve a festa de reabertura. Nós acompanhamos todo o processo e ficamos muito felizes com esse desfecho, porque a gente sabe que esse é um grupo muito ativo, criativo e se eles continuam apostando no SL, refazendo um sim que deu super certo é porque há luz no fim do túnel. Então são eles e não a LL que estão nos incentivando a continuar. Isso é um dado importante: a gente tem de começar a prestar mais atenção em quem finalmente está conseguindo permanecer no SL, quem após esses anos todos continua a fazer coisas legais, manter seus sims e empreendimentos no SL com criatividade. São essas pessoas, ou melhor, esses arranjos/processos criativos que precisamos ter em mira. Eu me pauto muito por Tableau, não apenas pelo conceito de sim que eles desenvolveram, mas pela forma como trabalham e como conseguem ser um grupo coeso e amigo. Acho que eles são um exemplo a ser seguido.




APÓS FREAK SHOWROOM, UM NOVO EVENTO DE ARTE ALTERNATIVA NO

SL.


2001: A Space Odissey - Warner Home Video 2007

N達o sabemos Porque, mesmo no Second Life, a paz mundial parece um sonho distante.


Capa

viver sem brigar? Por Alyne Dagger


Capa

O estudo de esqueletos de homens primitivos mostra que entre eles a morte violenta era muito comum. Como outras espécies, nossos antepassados eram vítimas de predadores naturais, mas, recentemente, vários especialistas concluíram que, já na pré-história, o maior inimigo do homem era o próprio homem. Muitos dos esqueletos de nossos ancestrais e até mesmo uma das múmias inteiramente preservadas pelo gelo conhecidas mostram que suas mortes não foram produto do ataque de feras superiores fisicamente, mas de outros homens primitivos, em conflitos no qual o vencedor era aquele que estava em grupo ou tinha armas para tal - uma vez que o homem não é dotado de força física natural suficiente para matar com facilidade outro homem sem uma arma adequada. Se, por um lado, isso faz cair por terra a idéia romântica que muitos têm de que nossos ancestrais viviam em pequenas aldeias pacíficas, voltados para a coletividade; por outro, nos mostra que não é verdade a afirmação de que a violência vem aumentando no mundo nas últimas décadas: o homem é um animal que pode ser violento com os próprios semelhantes desde que estamos nesse mundo, conforme mostram as cenas

que abrem o filme “2001, uma odisséia no espaço”. E interesse é interesse, seja no mundo real ou no universo virtual, onde provavelmente todo residente antigo já presenciou ou esteve envolvido em pelo menos um conflito que pode ter sido banal ou sério, provocado por qualquer motivo, de dinheiro à aparência do, avatar, passando pelas brigas amorosas e desentendimentos com vizinhos. Muita gente defende a máxima “estou no SL para relaxar, não me estressar mais”, o que é perfeitamente coerente, uma vez que o propósito do SL, primordialmente é ser um ambiente de interação social e um exercício de criatividade, como diz o slogan criado pela Linden Lab (“Seu mundo, sua imaginação”), mas é fato que, desde a pré-história, quando duas pessoas se esbarram, ainda que virtualmente, pode acontecer um conflito. Sua chance de envolver-se em conflito no SL começa no exato instante em que o seu avatar nasce: há relatos de problemas com residentes que invadem as ilhas de orientação, pasmem, para fazer graça e se divertirem à custa de noobies. Alguns mentores relatam que também existem noobies que já chegam tirando a roupa para chamar atenção — o que a gente até perdoa, todo mundo já foi noobie


Evolution of Man, por Milo Manara


e sabe que quem nasce no SL tem sua bela dose de falta de noção e assim como alguns perguntam como se dança, outros mostram um lado paranóico ou sentem-se seguros para mostrar seu pior lado, muitas vezes soltando declarações racistas e/ou fascistas, o que, de forma nenhuma, pode ser aceito nem no real nem no virtual — seja qual for a idade do avatar. Os novos residentes, mais ingênuos, podem também envolver-se sem querer com um dos maiores “dramas” que geram conflitos no metaverso: sempre aparece alguém disposto a “ajudar” o noobie com skins, cabelos e shapes “novos em folha” que nada mais são do que produtos de copybot, o que na maioria das vezes o noobie desconhece. O problema é que isso pode gerar report e perda do avatar: nenhum criador quer saber se a pessoa recebeu a skin de um amigo e a difusão dessa prática tem aumentado a terrível fama que temos de copiadores/ clonadores. Cabe a nós frear essa prática imediatamente para evitar mais manifestações xenofóbicas como as que mostramos no suplemento especial após a matéria. O preconceito contra o noobies também é um grande gerador de conflitos, e há relatos de pessoas que simplesmente largaram o SL porque sentiram-se mal recebidos. Reportagens das revistas Veja e Claudia em 2007 mostraram as agruras de dois repórteres que passaram algum tempo como

Os primeiros sites do SL no Brasil: jornalistas não se sentiram à vontade no mundinho virtual.

noobies no Second Life, ainda na época do boom da Kaizen (ambas podem ser lidas em http://www.abril.com.br/second_life/) e hoje é hilário reler as reportagens e vê-los reclamando que não conseguiam dançar e não sabiam como vestir o avatar, entre outras coisas. Há informações de que a repórter da Cláudia continuou no Second Life, já o seu colega da revista Veja não se interessou mais porque se sentiu rejeitado. Muita gente diz que os melhores amigos são feitos na sua época de noobie e o fato é que, se sobreviver bem a esse período espinhoso e conseguir aprender de alguma forma a interagir com o metaverso, o noobie vira um residente, digamos assim, “de verdade” (entre 15 dias e um mês, dependendo do interesse da pessoa e do tempo que ela consegue


ficar online), e é então que a probabilidade de envolvimento em conflitos realmente aumenta, em vez de diminuir: quando começa a interação maior com outros residentes, o entendimento do SL faz a pessoa sentir mais confiança atrás do avatar, e que ela pode se atrapalhar ou dar de cara com o pior tipo de avatar: o aproveitador. Não existe canalha mal vestido nem mal falante, e o canalha do SL não é diferente. Seu avatar normalmente é ultra bem montado e seu papo agradável. Atrai e conquista a confiança com o papo de que “pode ser uma grande ponte para negócios e dinheiro dentro do Second Life” e assim, muitas vezes, coloca as pessoas em furadas que podem resultar até mesmo na perda do avatar. Vejam esse depoimento de uma residente que prefere

não se identificar: “Quando somos pessoas “do bem” confiamos facilmente nos outros. Foi nessa que eu me ferrei dentro do SL, porque vendia lindens e levei um calote de uma conhecida figura. Mas não foi só a mim que ele prejudicou: também enganou várias outras pessoas. Ao reportá-lo para a Linden, nada foi feito, nenhuma resposta nos foi dada e o pior de tudo foi aguentar o atrevimento dele, que fazia ameaças e ofensas a mim e às outras vítimas e ainda debochava de nós. Ele criou vários avatares, cada vez que um avatar era descoberto ele criava outro, e atuava principalmente no Orkut, onde encontrava suas vítimas, usava um belo avatar, ostentava riqueza e status. Não sei que fim ele levou, creio que continue por aí fazendo mais gente de idiota. Depois desse lamentável episódio, mudei minha postura com relação à SL, me tornei mais anti-social, não confio e não abro minha vida pra qualquer um, me pergunto todo dia como me deixei enrolar tão facilmente – ele tem ótimo papo. Essa foi a pior experiência que vivi no SL, e espero que seja a única, pois sou uma pessoa tranquila, e detesto me envolver em confusões.” O que mais surpreende nesse depoimento é a falta de postura da Linden diante desse tipo de conflito, que está longe de ser um caso isolado: descobrir vigaristas quando eles já deram o golpe é mais fácil que evitar o envolvimento com eles, e a falta de capacidade da empresa para gerenciar esse tipo de


processo investigativo acaba bloqueando até mesmo avatares inocentes, como no caso que nos relatou nosso velho amigo Thundera Rau; que teve vários amigos e parceiros de negócios bloqueados de uma vez por causa de uma falsa vendedora de lindens que deu golpe usando cartões roubados. A ilha da Tribo Brasil quase desapareceu por conta dos mais de 10 dos seus game masters bloqueados injustamente sem direito a defesa: todos compraram lindens da golpista, que se apresentou como alguém com contatos para conseguir lindens baratos e que, provavelmente, ainda está por aí na ativa, na pele de outro avatar, enganando outras pessoas, já que o procedimento padrão do avatar estelionatário é fazer diversos clones, mascarados por programas que camuflam o IP do computador e permitem quebrar o bloqueio da Linden. O cúmulo do absurdo está na lentidão e na falta de habilidade da empresa em lidar com os lesados pelo avatar golpista: mesmo comunicando-se em inglês e tendo um Mentor (Thundera) na sua defesa, todos os envolvidos foram tratados antecipadamente como culpados e bloqueados. Antes que alguém pergunte, todos do grupo eram avatares com contas Premium em dia com suas obrigações e sem itens copiados ou clonados no seu inventário. A julgar pelos relatos, a Linden estava muito mais preocupada em recuperar seu prejuízo (o golpe

Tribo Brasil: residentes, Mentor e Game Masters acusados de um roubo cometido por outro avatar, que fraudou cartões de crédito na RL.


Capa chegou à casa dos milhares de DÓLARES, não lindens) do que atender satisfatoriamente clientes que pagam por um serviço. Até o fechamento desta edição, a história permanecia sem solução alguma. É importante desconfiar sempre daqueles que oferecem muitas coisas “de graça”. Como dizia o economista Milton Friedman, não existe almoço grátis! Quem te cerca muito de gentilezas pode ser legal, mas se a pessoa começar a perguntar demais sobre o quanto você tem RL para investir, por exemplo, fique esperto. Mutar um potencial vigarista sai muito mais barato que correr atrás do prejuízo depois. Cuidado com avatares novos que dizem “Estou no Second Life há X anos, mas perdi o avatar por causa de uma pessoa que me perseguiu”. Isso realmente acontece, mas também é um discurso clássico dos picaretas do SL. Vigaristas costumam cortar relações com quem pertence ao passado, ou seja, testemunhas de algum golpe anterior, e fazer uma nova rede de relacionamentos cada vez que planejam um novo golpe. E desconfie de quem se oferece para multiplicar seus lindens do nada. Mesmo que seja alguém extremamente bem intencionado, colocar dinheiro em um

investimento com quem você acabou de conhecer é, no mínimo, insensatez. Insensatez nas relações também pode gerar uma série de conflitos no campo amoroso. Já discorremos sobre tipo de problema em revistas anteriores, mas vale falar agora de como é preciso ter cautela no momento em que o relacionamento do SL chega ao fim. Muitas pessoas vivem relações amorosas que estão restritas ao Second Life, por motivos que não convêm questionar, e em um determinado momento descobrem que aquele relacionamento não é mais interessante. Nessa hora, infelizmente, o conflito e inevitável, mas, muitas vezes, seja pelo fato do casal ter construído um patrimônio no SL ou por comodidade (o que também acontece na vida real, como sabemos) um dos parceiros vai empurrando o momento de cortar a relação e começam a acontecer coisas desagradáveis, como traições, mentiras e tudo que destrói até mesmo a possibilidade daquele relacionamento virar uma bela amizade. A melhor saída ainda é a velha e boa conversa. Sem rodeios e com sinceridade, nada de colocar panos quentes, diga que acabou, e diga os motivos delicadamente, para não magoar o outro. Evite críticas ao


comportamento do parceiro e, acima de tudo, evite escândalos e constrangimentos. Não há nada mais feio do que acabar uma relação e catar todos os amigos, jogando eles contra o parceiro. Lavar roupa suja no Orkut, no Flickr, no MySpace ou no Orkut só fica feio para você. É como ter seu próprio momento revista de fofocas, o que fatalmente atrai mais antipatia do que faz as pessoas te levarem a sério. Quando sentir vontade de dar uma de Drama Queen, por favor, imagine aquela plaquinha “Drama free zone” e conte até dez. Você vai ser bem mais respeitado e levado a sério se souber se respeitar. Leia no box ao final desta matéria uma história completa sobre como o fim de um relacionamento pode magoar pessoas que não têm culpa alguma no cartório. Se o relacionamento foi para a vida real, pelo amor de Deus, seja corajoso e tenha

pelo menos a dignidade de terminar tudo pessoalmente. Lembre-se que se todo mundo bate na tecla de que RL é RL e SL é SL não é à toa. Você não termina um relacionamento sério pelo telefone ou pelo MSN, termina? Então, amigo, se a coisa migrou para o real, a coisa tem que acabar numa conversa cara a cara. Se não tinha certeza que ia dar certo na RL, você não é o primeiro e não será o último, mas se quer manter a razão e a dignidade, seja digno e não se esconda atrás de um avatar para dar fim à relação. Além desse tipo de problema, é comum também ver pessoas reclamando que tiveram seu avatar imitado ou copiado. Não estamos falando de cópia com copybot, mas de simples imitação, sabe-se lá porque motivo. Multiplicam-se, principalmente entre mulheres, o relato de pessoas que compraram shape, skin e, de repente, deram de cara com


Os clones: quase uma síndrome de Agente Smith no metaverso.

uma “amiga” que virou sósia. Nós sabemos que, para uma mulher principalmente, ser imitada é a morte, mas, infelizmente, ninguém pode controlar a aparência dos outros. Vale aqui também a máxima do “Drama Free Zone”: chegue em particular em quem está “te imitando” e dê um toque de que você percebeu a cópia e não gostou, sem escândalos e sem exposição. Muitas vezes quem faz esse tipo de coisa está procurando justamente esse tipo de “publicidade” ridícula. Na boa? Você realmente quer bater palma para maluco dançar? Imitar é tática de segundo colocado, de quem não tem personalidade para desenvolver o próprio avatar. Seja maior que as cópias e busque ser original de outra forma. Edite shape, desenvolva-se em outras áreas e veja os imitadores ficarem sempre em segundo plano — vendo que não estão chamando atenção eles fatalmente vão procurar a sua turma. Além do SL, um residente pode acabar se metendo em confusões na internet em outros meios de discussão, como fóruns e sites de relacionamento (Orkut, MySpace) ou compartilhamento de fotos (Flickr). No Orkut volta e meia estoura um “barraco” numa comunidade do SL, motivado, na maioria das vezes, por grandes bobagens. Todas as situações anteriormente descritas são

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levadas a público e discutidas em comunidades à exaustão, com gente se exaltando, xingando e esquecendo as regras da boa civilidade e o direito que o outro tem de ter uma opinião divergente. Ok, somos humanos, sujeitos a isso mesmo. Mas pare e pense quando perceber que está se estressando por causa de um simples tópico de discussão. Na maioria das vezes, quando a discussão radicaliza é porque já desceu ladeira abaixo e não vale a pena piorar. No Flickr há uma questão a mais: recentemente houve uma onda de “reports” de residentes do SL, subitamente marcados como “conteúdo impróprio”, seguida de uma imensa desconfiança de que outros residentes pudessem ter sido os responsáveis por essa caça às bruxas. Peguem leve, pessoas. Lembrem-se que o Flickr é um site com regras baseadas em uma ética diferente da do SL. Censura não é algo que ninguém goste, mas além de todos os residentes do SL você vai ver que existem milhões de tiazinhas octogenárias usando o Flickr. Em vez de achar que é algum outro residente que quer “tirar você do mercado”, saiba que quem te reportou pode nem te conhecer. E por falar em report, vamos falar sobre essa suposta ferramenta de defesa que a Linden prega ser a maior arma dos residentes contra o abuso. Quando podemos ou devemos reportar uma pessoa? De antemão, vamos defender que o report não deve ser usado

Bjorn Nordlicht

por motivos pessoais. Brigar com o ex ou com a ex não justifica reportá-lo porque ele traiu sua confiança. O report não parece ser uma ferramenta muito justa e menos eficaz ainda em casos gravíssimos como alguns de racismo e homofobia largamente divulgados. Sinceramente, em casos de racismo e estelionato, o crime é real e o mero report insuficiente. Vale coletar provas e aí sim, fazer escândalo e até mesmo encaminhar para autoridades da RL (no Brasil, o Ministério Público). A Linden só corre atrás do prejuízo dela. Se o prejuízo é em moral ou dinheiro de verdade, colete provas e procure um bom advogado.


Já casos de copybot, na opinião desta revista, devem ser resolvidos apenas pelo próprio criador com a Linden. Se dizem que um report não basta, mande vários e documente quem roubou sua criação, porque nesse caso específico o contrato da Linden é soberano, e o uso está sendo feito dentro do SL por outro residente, não há como tomar providências num âmbito externo. Há quem reporte qualquer coisa, do comportamento idiota à ofensa besta do tipo “puxa, como seu avatar é feio”, mas, evidentemente, como um report desse tipo dificilmente será levado a sério, o melhor a se fazer é usar a abençoada tecla mute. Calar a boca do panaca pelo menos para você. Como ensina o avatar furry Bjorn Nordlicht, freqüentador de Waggytails que relatou ter tido vários problemas antes de aprender o segredo: “com o tempo, aprendemos que basta evitar os idiotas”. Há ainda os conflitos da RL trazidos para o SL por residentes. No seu blog New World Notes (http://nwn.blogs.com/nwn/), o residente Wagner James/Hamlet Au, um dos melhores cronistas do metaverso atualmente, relata casos de conflitos entre residentes que foram protestar no SIM Israel contra a guerra na Palestina no final do ano passado, ignorando o fato de que os donos do SIM não eram necessariamente simpáticos ao governo de Israel; além de outro curioso caso de residentes não-muçulmanos que

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criaram lands de inspiração Islâmica “para entender o mundo muçulmano” e acabaram sendo criticados por praticantes da religião por desconhecer muitos dos preceitos e deixar, por exemplo, que avatares entrassem calçados nas mesquitas virtuais. O blog vale como sugestão de leitura também para reflexão sobre estas e outras questões profundas sobre esta nebulosa fronteira SL/ RL e sobre muita coisa que costumamos discutir na revista, mas com outro enfoque, afinal é outra visão.


Finalmente, terminamos essa reportagem com uma citação e um relato. Se refletirmos profundamente sobre o que é o Second Life e como ele gera conflitos, podemos acabar acreditando que ele é como a Matrix descrita pelo Agente Smith no primeiro filme da série homônima:

The Matrix, Warner Bros.

Capa

A MATRIZ ORIGINAL ERA PARA SER UM LUGAR ONDE TODOS FOSSEM FELIZES. FOI UM ´ ACEITOU O PROGRAMA, DESASTRE. NINGUEM PERDEMOS SAFRAS INTEIRAS. ALGUNS - TINHAMOS ´ ACREDITARAM QUE NAO A LINGUAGEM DE PROGRAMACAO APROPRIADA PARA PROJETAR ´ SEU MUNDO PERFEITO. MAS ACREDITO QUE, ´ COMO ESPECIE, O SER HUMANO DEFINE SUA ´ DO SOFRIMENTO E DA REALIDADE ATRAVES ´ ´ UM SONHO DO MISERIA E O MUNDO PERFEITO E ^ QUAL VOCES TENTAM SEMPRE ACORDAR”.


2001: A Space Odissey, Warner Home Video 2007

É verdade que se você caçar conflitos, os conflitos irão até você. Não estamos livres no SL da lei da ação e reação, porém, há residentes que levam uma vida tranqüila, baseando suas relações na colaboração, não no conflito, como é o caso de Nano Yip, que nos revela: “Bom eu nunca me envolvi em conflitos, ou barracos, no SL; por conseguir identificar pessoas e situações desagradáveis com certa antecedência, acho que tenho sensibilidade aguçada para ler nas entrelinhas, sou muito reservado e ouço muito antes de dar minhas opiniões, e quando faço isso procuro ser extremamente claro no que digo, não sou de usar meias palavras, sou sincero, e quando percebo que alguém do circulo de pessoas que freqüento está enfrentando problemas seja porque motivo for,eu interfiro e tento junto com ela compor um quadro claro e objetivo da situação,pois se é meu amigo ou alguém da minha intimidade sei que de alguma forma o problema vai chegar em mim ,e como sou muito prático, não fico

remoendo e lamentando isto ou aquilo; busco soluções que sejam definitivas e satisfatórias se possível para ambos os lados de uma questão, faço um trabalho diplomático com bastante eficiência.” “No geral não aceito qualquer pedido para adicionar, é preciso no mínimo estabelecer algum tipo de contato anterior, e sempre esclareço o meu interesse antes de pedir a pessoa que me adicione. Tb não nem entro em grupos que não são do meu interesse só pra ser gentil, minha postura é de integridade, o nome do meu AV no SL é o mesmo da RL, e qualquer um que queira saber mais sobre quem sou pode visitar meus sites MSN, Orkut, You Tube, enfim sou um cara pacato e sem frescuras, e talvez por isso as confusões passem sempre longe de mim”. Fica a lição do Nando de que a transparência das relações é essencial para evitar o conflito, o barraco e tudo mais que pode tornar a segunda vida menos agradável.


Quando o vira

amor doença

Eu fui perseguida no SL! Não deve ser difícil de se adivinhar o motivo... A segunda vida nada mais é do que uma extensão da primeira, mesmo ressalvando-se sempre que aquela deveria ser pautada pela diversão. Por que uma mulher com um avatar tranquilo seria perseguida? A resposta é óbvia: por causa de outro homem. O relacionamento entre mim e o avatar tão disputado (o qual doravante será denominado por “X”), era antigo e quase impossível. Tanto pelas impossibilidades que a primeira vida nos impõe, quanto pelas da segunda vida. “X” tinha como objetivo principal realizar-se profissionalmente utilizando as ferramentas do game e, para tanto, era preciso concentração suficiente pra manter o seu foco. Em virtude disto, o tal relacionamento arrastou-se na impossibilidade, na proibição, tornando-se a cada dia mais forte e mais sigiloso. Os caminhos do SL nos levam a inúmeras direções e cada um procurou o seu caminho. Nessa jornada, “X” conheceu uma pessoa, a qual chamaremos de “Y”, e, para surpresa de todos, começaram um relacionamento. É preciso ressaltar que tudo no SL é rápido demais e, na maioria das vezes, efêmero. Assim se dá também com os “relacionamentos”, principalmente o que havia entre “X” e “Y”, visto que havia um amor impossível por trás disto tudo. Assim, “X” rompeu

com “Y” e nos reaproximamos, agora desimpedidos e com os corações abertos. Aconteceu o inevitável: nossa aproximação tinha de se tornar pública desta vez, porque o sentimento era muito nobre e estava aceso durante todo o tempo. O medo maior era mesmo a reação de “Y”, que, inconsolada, poderia não aceitar tal situação. O que não supúnhamos, era que “Y” levasse sua indignação, sua insatisfação, seu orgulho ferido, sua “doença” para a RL... Sua vingança começou no âmbito SL, com ameaças, assédios, xingamentos etc. Como tudo isso só nos unia ainda mais, “Y” resolveu se utilizar da arma maior de todas as pessoas: a RL do oponente. Não se sabe como, nem por quem foi feito, mas meus dados REAIS foram apostos no perfil de um avatar fake, utilizando, inclusive, meu nome e endereço. Sim, (pasmem!!!) foto e dados reais foram utilizados por um avatar fake, travestido de mulher, que saía por aí se portando mal, na intenção de desqualificar tanto meu avatar (conhecido por algumas pessoas), quanto minha pessoa na RL, já que possuía modos insuportáveis pra uma pessoa saudável. O que fazer, então? Banimentos, reports e mute foram utilizados, a fim de aquietar a balbúrdia que se instalou. Os prejuízos foram vários: tensão cotidiana (RL/SL) e pena, muita pena, por ver uma pessoa se deixar levar pela doença instalada e agravada pelo sentimento de vingança. Embora essa situação tenha se prolongado por muitos meses, o tal relacionamento durou o tempo que deveria durar, sempre lembrando que tudo na segunda vida é efêmero e que não vale a pena nutrir outro sentimento que não o da alegria. Posso dizer que não me arrpendo de nada, nada, nada... Porque sempre fui consciente, lúcida e paciente... Sobretudo paciente... Estranho ter paciência num mundo onde as horas voam.


Clamor por justiça ou puro preconceito? Vamos a alguns fatos. O blog “Shopping Cart Disco” (http:// shoppingcartdisco. com) dedica-se principalmente a dar dicas de moda e compras. OK, é só mais um entre milhares de blogs que se dedicam a isso. Mas parece que alguns colaboradores resolveram que nós, os brasileiros, de um modo geral, não merecemos confiança. No ano passado, em meio a uma série de posts pretensamente engraçadinhos sobre “desejos secretos dos residentes do SL”, assinada por Iris Sealle, havia uma ilustração que dizia “Não oferecer mais serviços ou suporte a ninguém do Brasil. Se eu pudesse, baniria TODOS da minha loja. Ou, melhor ainda, de todo grid do SL”. O debate que esse post provocou, envolvendo brasileiros e estrangeiros surpreende pela virulência com que o SL Brasil é atacado, muitas vezes depreciando os interlocutores

brasileiros que pedem para não haver a generalização do todo pela parte – dizendo que brasileiros “só usam o seu talento para copiar”. Na raiz dos motivos que geram esta atitude absurda, está o horrendo hábito que muita gente aqui no Brasil tem de adquirir produtos copiados através de copybot, ou mesmo distribuí-los de graça. Não vamos tapar o sol com a peneira: se você usa roupa, skin ou cabelo clonados, a culpa desse tipo de atitude é sua! Se você tem um pingo de vergonha na cara, apague agora todo e qualquer item roubado/clonado do seu inventário. Ou aguente ser chamado de ladrão com todas as letras, como os honestos têm aguentado por sua causa. E não adianta reclamar que custou um tempão para achar aquela skin X de graça: o designer que chama copiador de textura de ladrão está


certo. Errado é chamar todas as pessoas de uma comunidade dessa forma sem conhecêlas, sem saber quem faz esse país: pode toda uma nação pagar pelo erro de algumas pessoas? A resposta é simples: NÃO, O JUSTO NÃO PODE PAGAR PELO PECADOR.

absurdo de dizer que entendem que alguns designers tenham vergonha de dizer que são brasileiros – nós da BG graças a Deus não conhecemos nenhum.

Nossa oposição é à acusação de que todos os brasileiros são necessariamente copiadores, porque sabemos que não existe estatística que comprove a dita “atitude criminosa da maioria dos brasileiros no SL” (sic) e pelo fato de haver muitos designers brasileiros TALENTOSÍSSIMOS engajados em fazer um bom trabalho, ao contrário do que pregam alguns (não todos) colaboradores do blog, que chegam ao

uma pessoa. O mais terrível é que, em principio, o fato da primeira denúncia vir de uma brasileira foi convenientemente ignorado – afinal, “somos todos um bando de copiadores”. Mesmo quando tentaram consertar essa falha de postagem eles foram lamentavelmente infelizes: o comentarista blahblahblahwhatever acrescentou a informação dizendo que a menina era “um farol de luz numa seara de gente muito, muito ruim”

A maior prova do preconceito explícito é comparar dois outros posts do mesmo blog: Poderíamos aqui falar que uma conhecida loja no primeiro, assinado por Tenshi Valle, que de skins também não merece ter lindens de pode ser visto no link http://shoppingcartdisco. brasileiros, porque, ao serem clonados por com/?p=823, eles acusam frontalmente: “uma UM brasileiro, usando vários avatares ridícula quantidade de coisa roubada como diferentes, eles sentiram-se no direito de freebie, adivinhe, num grupo do Brasil!”. invadirem uma ilha brasileira com placas Conversei com uma das donas do grupo dizendo “Fora, Brasil!”. Mas que me disse que o despejo somos contra a generalização, não teve anuência delas e Perguntei se alguém e não vamos nos rebaixar, que muita gente reclamou do blog procurou os na hora da distribuição por tendo com a loja a mesma atitude podre que eles tiveram, não concordar com a atitude donos do grupo e a precisamos separar o joio do membro, posteriormente do trigo – embora sabendo resposta, obviamente, expulso do grupo por ter que, particularmente, nunca distribuído material ilegal. foi NÃO. Que feio compraremos skin dessa – acusaram o grupo Perguntei se alguém do blog loja, afinal, há outras que não procurou os donos do grupo dizem que brasileiros são todo pela atitude de e a resposta, obviamente, foi ladrões e têm trabalho tão NÃO. Que feio – acusaram o uma pessoa. bom ou melhor que o deles. grupo todo pela atitude de


– além de injusto, ainda usa um clichê de mau gosto – tentando depois se explicar, com a justificativa de que “nenhum outro grupo de pessoas faz isso, só os brasileiros”.

não menciona a nacionalidade da dona da loja, que não, não é uma brasileira. Talvez a cautela seja marca da colaboradora em questão, mas é meio impossível não acreditar, pelo tom geral dos posts contra os brasileiros, que se a dona da loja fosse daqui eles seriam muito mais contundentes e os comentários muito mais radicais.

Devo dizer que ele ou ela também já comentou os “aspectos negativos dos brasileiros”, falando que nós só somos capazes de falar nosso próprio idioma, “o espanhol”. A pergunta é: se o cara nem sabe que língua se fala É esse uso desigual do benefício da dúvida aqui, como pode se sentir a vontade em acu- que nos entristece mais. Será que só os ditos sar TODOS os brasileiros de cidadãos de primeiro mundo serem copiadores e ladrões? têm direito a ampla defesa e Será que é só desinformação contraditório, só os brasileiÉ esse uso desigual ou há alguma maldade contra ros são criminosos a priori? do benefício da dúvida uma das mais numerosas Não queremos aqui comprar que nos entristece comunidades do Second briga com esse blog. Somos Life? todos profissionais de mídia mais. Será que só envolvidos e apaixonados Será que o que os motiva os ditos cidadãos pelo SL. O que queremos é é só gana de caçar quem uma visão mais justa e menos de primeiro mundo copia? Porque será que o preconceituosa da nossa copost de Kimberly Mirabeau têm direito a ampla munidade. Por isso mesmo, confrontando duas skins, defesa e contraditório, nossa publicação não apóia uma supostamente roubada, usa itens copiados (http://shoppingcartdisco. só os brasileiros são quem e não aceita que isso seja com/?p=842) é tão cautecriminosos a priori? considerado normal. loso? Dezenas de fotos mostram que se não é uma cópia, a skin realmente é muito parecida com a supostamente copiada. Qualquer um que tenha um pouco de entendimento, percebe que a ripagem de texturas é uma possibilidade seriamente considerável no caso, mas, bem, não se pode acusar sem provas: o post, que termina falando algo como “seja você mesmo o juiz”

Quem quer se vestir bem e barato pode: há freebies para todos os gostos, de todos os tipos, disponíveis por aí, e blogs, como o Bonita e o Freebie Telegraph, que mostram como é fácil se vestir gastando muito pouco ou nada. Nós pregamos o respeito porque assim queremos ser tratados. E se queremos respeito é porque nos damos ao respeito.




Alyne Dagger Recomenda Para contrapor-se ao tema desse mês, fomos atrás de lugares onde o grande atrativo é a paz. Pequenos ou grandes SIMs que são pequenos oásis de tranquilidade no meio da confusão normal de lands de combate e RPG. Na galeria, Tryndolin Beck e seu realismo fantástico e o surrealismo mítico de Desidelia, uma inquieta artista e skin maker.


AD recomenda - Lugares ImperdĂ­veis

Era de Aquarius Lugares onde a proposta principal ĂŠ a busca da paz, seja aprendendo com o passado ou pensando no futuro. Buscamos seis lugares para aqueles que acreditam que mesmo vivendo num mundo sempre em guerra podemos chegar a uma nova era de paz.


O sonho não acabou Quer casar que nem um hippie? Em FREEMIND isso é possível. Uma vila para eventos com lojas para alugar e praça para a realização de festas e casamentos no melhor estilo da velha e boa Woodstock é a proposta desse SIM dedicado à paz e a alegria de viver dos anos 60/70. Free mind (Long Beach - 170,21,24)


Filosofia Kung Fu Baseado nos templos do Nepal e do Tibete, o SHAOLIN TEMPLE nasceu como um lugar para meditação e busca do tão almejado conhecimento profundo do seu Deus interior. Tire os sapatos antes de entrar! Shaolin Temple (Mystical Mastery - 54,114,114)


Onde Bilbo vive em paz Lugar fofíssimo e apaixonante, o SHIRE tem áreas comuns para se fazer turismo SL, praça para festas e deliciosas casinhas de hobbit para quem quiser viver no estilo das criaturas de J.R.R. Tolkien. Hobbit Land (Natura Suprema - 201,158,33)


Paraíso para Furries Cansado de sofrer preconceito, um grupo de furries fundou o SIM WAGGYTAILS num open space. Com a crise, mudaram para um pedaço de land onde matém o espírito selvagem e conseguem ter sua área para festas ou simplesmente para um papo com qualquer um, seja ou não peludo. Só não carregue com você nenhum drama ou preconceito bobo, porque isso eles não aturam (com toda razão). Waggytails Sanctuary (Kitsune Valley - 40,112,22)


“Nenhum homem é uma ilha” A Frase de John Donne é o slogan do Learning Experience, um projeto educacional que tem usado com sucesso o SL como base em diversos SIMs, acad um com um tema. A proposta do seu MUSEUM OF WAR é, estudando as guerras pelas quais passou o homem buscar uma solução para os conflitos do mundo. Curiosamente, o SIM é mantido com o aluguel de placas que formam um memorial no Sl de mortos em guerras da RL. Learning experience Museum of War (Ileina Cove - 90,204,22)


Esquecer, jamais Já falamos muito da beleza e apuro de construção do SIM New York, mas nada é mais impressionante que o WTC MEMORIAL, construído para lembrar sem rancor a maior tragédia americana da atualidade. World Trade Center Memorial(NYC -181,14,23)


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http://www.flickr.com/photos/desidelia/

Desidelia Vella Para mim, fotos são como crianças, apenas as crio e elas então dependem de si mesmas para sobreviverem ou morrerem. Não espero falar por elas, ou ser ligada a elas, elas são fortes o suficientes para falarem por si mesmas. Também não pretendo explicá-las; a maiora das pessoas julga como se elas tivessem só pornografia e violência, mas elas vão muito além disso: a maioria tem uma reflexão profunda, outras são apenas o que são. No fim, o que importa é despertar alguma emoção em quem vê, não importa qual, desde que isso aconteça.



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http://www.flickr.com/photos/37204013@N00/

Trindolyn Beck

Minha forma preferida para incorporar minha arte ao Second Life é fazendo retratos personalizados de avatares num programa chamado Poser. Pessoas do SL vêm a mim e, por uma pequena remuneração, eu duplico seu avatar e crio uma cena cheia de coisas que eles gostam, ou duplico o cenário da sua casa. Passo a maior parte de minha vida criando e expondo meus trabalhos em várias exposições no SL. Também tenho uma galeria com Alax Petrov chamada India Ink Gallery (Crab Meadow Beach - 36,19,63), disponível para artistas do SL .




Agenda

Garotas más têm bons amigos!

Para ser parceiro das BG, basta ter um totem nosso em seu evento/ loja/ilha. Mande MI para nós e também ganhe um belo desconto nos anúncios da revista.

Confira a agenda dos locais e sites que apóiam a BG Mag.


caos comunicação Caos Village, Tsering (187, 34, 94) A Caos Comunicação e a Alt Mídia Alternativa anunciam o lançamento do projeto Ilha Serra Gaúcha Brasil em breve. O empreendimento já tem definidas suas plantas com relevo, pontos turísticos e belezas naturais que serão representadas no universo virtual, exibindo a cultura e as atrações turísticas da região serrana do Rio Grande do Sul para todo o mundo por meio do Second Life, além de projetos especiais para o público do metaverso que incluem cultura, informação e entretenimento.

cineclube alexandria Paradox Valley (105, 175, 24) Entre para o grupo das pessoas descoladas que assistem ao melhor da animação mundial. Em breve, a Mostra do Filme Livre 2009, com sede no Rio de Janeiro RL, contará com a Mostra Pílulas no Cineclube Alexandria. Em 2008, mais de 500 avatares assistiram à Mostra. Este ano, o Cine promete repetir a dose com muito mais avatares. Particpe!


universidade brasil virtual Vestibular Brasil W (223, 210, 22) Fortes Perez Cultural (212, 125, 31) Espaços de arte, cultura, RPG, games, design e muito mais. Foi inaugurado o espaço dedicado ao Design, numa skybox temática com o início dos primeiros cursos. Foi também inaugurado um espaço para a música: os amantes do jazz e de boa música podem curtir uma bela jam session num local muito agradável. É o AVATAR JAZZ LOUNGE, e fica em Fortes Perez Cultural (212, 125, 31).

a.c. store Glox City (78, 118, 23) Design, criatividade, ousadia e qualidade extrema — esta é a a.C. Store, de CheerNo Destiny. Junte-se ao grupo da loja e fique por dentro de todos os lançamentos em moda masculina, skins e acessórios.


hippie market Sled (182, 73, 93) Roupas, jeans, skins e acess贸rios dos coloridos anos 70!

samba brazil Brasil Connection (184, 29, 22) A loja do Carnaval e do folclore Brasileiros. Roupas e acess贸rios para ocasi玫es de festas tradicionais e nem t茫o tradicionais assim.


tribo brasil Tribo Brasil (127, 90, 511) Um espaço para um RPG pósapocalíptico onde humanos, lycans, vampiros, sobrenaturais, nekos, anjos e demônios lutam pela supremacia. Além disso, lojistas podem ter sua loja numa ilha de tráfego excelente. Junte-se ao grupo e viva grandes aventuras!

happy clam Happy Clam Island (127, 127, 32) Sustentabilidade, modernidade, criatividade — é pouco para descrever a ilha deliciosa de Happy Clam onde música ao vivo, exposições, lojas e as mais maravilhosas festas eletrônicas acontecem.





Bad Girl do mĂŞs

Model lady Vanessa Knoller Modelo


BG boy

Fastolph Fredriksson Freebie hunter


Good Guy do mês


Moda

Quando se fala em conflito, pensamos logo em guerras, armas, homens em traje de combate. Mas vamos combinar — em todas as espécies predadoras, a mais mortal é sempre a fêmea. Portanto, voltarei minhas lentes para aquelas que sabem usar suas armas de sedução, fetiche e, por que não, irreverência e atitude. Se você é uma delas, então você é uma....

KILLER BABE Fotos, styling, modelo: Lucrecia Slade



Skin, shape e olhos Cabelo Lingerie e Bracelete Sapatos Beretta 950 Jetfire

Sakurako Naughty Blacklace Stiletto Moody Cobra Weapons, by Nizzy Lusch




Skin, shape e olhos Cabelo Oiran kimono Naginata

Sakurako Jyuku Sosako-Kobo Milky House Inverted Horizon Studios


Skin Grim Bros. Shape e olhos Sakurako Singing Saw Siren Metal Dress GrimBros.


Skin Grim Bros. Shape e olhos Sakurako Iron Maiden Dress GrimBros.


Skin, shape e olhos Cabelo Cyber armadura Botas Leque de combate

Sakurako Bewitched Hair Bitter Thorns Oralune Bitter Thorns



Skin, shape e olhos Sakurako Cabelo Ingenue Sexy Doll outfit Le Petit Prince



Skin, shape e olhos Cabelo Top Calça Botas Pulseiras Colar Óculos Cartucheira Beretta 92FS

Sakurako Bewitched Hair Grim Bros. Alyne Dagger’s Hippie Market G0th1co Action Jyuku Sosako-Kobo Tonktastic Black Operations Joz, by Michael Sullivan



Skin, shape e olhos Sakurako Cabelo ETD Stripper outfit, sapatos e emissor de partĂ­culas Summer Seale




The leaders of society

Lucrecia fotografa

Por Lucrecia Slade

Glitterati é uma empresa RL, sediada em Miami, e marcou sua presença no metaverso inaugurando em fevereiro o SIM Glitterati Plaza. O segundo estágio do projeto já está em construção, o Glitterati Palace. O projeto é ambicioso e pretende instalar 16 ilhas (ao menos) com eventos de moda, luxo, games, desfiles, contests, hotel para lua de mel, marina e muitas outras atrações para a elite do SL. O Glitterati Team é formado por Px Smit (CEO), Bell Decosta (CFO), JhonnyVi Balut (Chief Building Officer), Guddu Rehula (Chief Manager) e Pinkie Fellini (Chief Sales Manager).


O lounge

Praรงa central


Hall de eventos

Parque

Catwalk, no Hall de Eventos


Perfil/ Loglady Loon

Rezzday:

O que você mais gosta no SL?

8 de junho de 2007

o potencial, especialmente para o mundo artístico. Amo organizar exposições, o SL me dá a oportunidade de algo impossível na RL: com poucas ferramentas, você cria o que quiser, depende apenas de você. Se você quiser, nada pode te impedir. E amo pessoas de mente aberta que tentam criar algo novo. O difícil do SL é que tudo é cópia, e as notícias correm

Como você veio para o Second Life?

Um amigo me mostrou uma foto feita inworld e disse: Meu Deus, aqui você pode fazer o que quiser, há lojas, casas, trabalho, poses... mesmo que a parte gráfica não seja das melhores, aí pensei: por que não?


muito rapidamente. Por isso adoro quem pensa de forma original. O que você odeia mais que lag e crash?

Gente mentirosa. Pessoas que tentam censurar seus pensamentos, por causa de suas mentiras. Como na RL é impossível mostrar “a” verdade. Ah, e odeio noobies, obviamente. :D

dos nossos corpo bizarros, mas por causa de nossas mentes esquisitas. Sempre além das idéias pre-concebidas de normalidade, politicamente corretas. Mostramos o que pensamos, não o que as pessoas querem ver. Queremos expor todas as partes do ser humano. Lugares favoritos:

Fale sobre seus projetos mais recentes no SL e suas expectativas sobre eles.

Meses atrás criei um espaço de exposição e chamei-o de Freak Show. Quis dar ao espaço aosartistas para criar sem regras, onde cada um pudesse sentir-se livre para criar a imagem que bem entendesse. Um lugar sem censura, preço ou juízes. Organizamos até agora duas exposições: a primeira, sobre o conceito de “freak” (estranho, bizarro, N.T.), e a segunda sobre pornografia. As reações foram incríveis. Somos um grupo de mais de 50 artistas que lutam contra a idéia de arte “comum”, somos contra a paranóia da beleza, a censura e todo aprisionamento de idéias. Somos estranhos, não por causa

Os feitos pelo AM Radio (avatar famoso pela criação de lands surrealistas. N.T.), os SIMs do Jacopo Perenti : ItaliaSL, ModaSL - onde localiza-se o Freak Show, e Eraserland - gdr SIM, você precisa conferir que coisa incrível! Tem pessoas favoritas no SL?

Sim, meu marido e todos os amigos incríveis e próximos.. Não sou nada sem eles. Uma mensagem para os residentes?

Estamos cantando, dançando nessa droga de mundo e só quando perder tudo você vai ser capaz de fazer o que quiser. Venha à minha exposição se quiser ver como a mente humana pode ser perversa!


Leu absurdos no chat, recebeu MI sem noção? Mande um MI para a Ly!

aMIgos da aLYne

Eu não mereço I Tulio Aldrin: oiii Alyne Dagger: oi Tulio Aldrin: tudo bem? Alyne Dagger: sim, e com vc? Tulio Aldrin: de boa Tulio Aldrin: bora vim aki na bolinha rosa aki??? Alyne Dagger: vem cá, eu ye conheço, por acaso??

Eu não mereço II Chack Carnell: oi, td bem? Chack Carnell: posso ser seu escravo?Rs Alyne Dagger: hã? Chack Carnell: isso rs Alyne Dagger: eu não curto essas paradas não Chack Carnell: ah ta desculpa

Como assim? Akita Landar: FIQUEM COM DEUS E OS ANJINHOS POIS A VAMPIRINHA AQUI VAI MIMI Eurismarcio Spyker: bju no coração Eurismarcio Spyker: Bju no coração

Akita Landar: RSRSRSR momo Levenque: boa nt akita CHRISs Menna: bjão no coração Alyne Dagger: vampiro mandando beijo no coração? Akita Landar: DEPOIS QUE EU ARRANCA-LO SIM

Sim, tem eterno outra vez! eternoapaixonado Ferraris: “A consciência de amar e ser amada traz um conforto e riqueza à vida que nada mais consegue trazer.” Alyne Dagger: e desde quando vc é AMADA eterno? Nicolla Pinazzo: venha ter conforto, riqueza e viver momentos maravilhosos na blue moon village......rssssss AgnesCristhie Magic: olha o spaaaaammmmm Alyne Dagger: leia a bg magazine Nicolla Pinazzo: isso não foi spam....rsss Laster Vlodovic: “Se em meio a 2 rochas nasce uma flor, Por Que entre 2 amigos não nasce um amor !?” Alyne Dagger: veja o eterno na sessão das mis eternoapaixonado Ferraris: issu vao ler bg eternoapaixonado Ferraris: tem eu pelado la eternoapaixonado Ferraris: alyne num tem mais uma conf minha nao ne


Alyne Dagger: agora tem essa eternoapaixonado Ferraris: tira foto de eu e poe o mais sexy do mes Alyne Dagger: aí Alyne Dagger: eterno todo oferecido querebndo sair na revista Alyne Dagger: pelado não, minha revista é decente eternoapaixonado Ferraris: eu ponho sapato e roupa

Alyne e G - piores amigos GeorgeI Writer: adoro isso, cada um com uma dança diferente p a mesma música Alyne Dagger: eu não acredito que vc está com essa dança de noobie GeorgeI Writer: :P. não vou me arriscar a abrir outras animações Alyne Dagger: tá com medo de dançar dança da bundinha, gege? GeorgeI Writer: e outras coisas piores... ^^ (...) Alyne Dagger: sou a pessoa maluca que não é nunca levada a sério [15:05] Alyne Dagger: seu avatar parece um adoloescente japonês GeorgeI Writer: (ok, a dança é brega, mas tá faltando os olhos puxados para ser japa) Alyne Dagger: gostei do seu sapato

GeorgeI Writer: ¬¬ GeorgeI Writer: tá brincando, tanta coisa cara para vc elogiar e vc fala do sapato Alyne Dagger: esse terno é da alpha? GeorgeI Writer: yes Alyne Dagger: mas nem todo mundo é bom em se vestir na alpha male GeorgeI Writer: a lucrecia diz que os italianos adoram, então tudo bem :P Alyne Dagger: o fast comprou uma jaqueta de bad boy lá (...) Alyne Dagger: o fast não se conforma com a quatidade de gente ridícula que eu consigo fotografar, todo mês sobra coisa que eu não ponho no lag Alyne Dagger: dá um close naquela criatura ali de cabelo acaju e me diz com sinceridade: ele não parece o clovis bornay com 30 anos? GeorgeI Writer: muito! muito parecido!! E nem precisa ser com 30 anos

E Lucrecia leu no chat! Lucrecia Slade: Fellippe Follet: caraca povo.. vcs nao entendero -.-.... eh muito facil basta olha o histórico q vcs vao entender certinhu -.Lucrecia Slade: entendero? Alyne Dagger: Poizé, jozé XD


Alyne Dagger comenta

Algumas pessoas estavam reclamando que minha coluna estava ficando “muito mas em algum momento eu deixei de fazer isso? Para todos aqueles que sentira

DIÁLOGOS DA

Ou: o velho corolário das trapaças, falcatruas e cambalachos do Metaverso O amigo do casal Ele: 58 anos Ela: 35 anos fingindo que tem 22 Ele: Dono de ilha, aposentado, com grana e querendo fingir que não precisa de pílula azul Ela: Avatar com 6 meses de uso financiado por 3 ex-namorados e histórico de 25 a 30 peguetes Ele: Carente Ela: Cheia de amor para dar... (aliás, dá até sem amor mesmo) Diálogo com um amigo dois dias depois do casamento: – Aderbal! Descobri que a Marina tem mais dois avatares e um deles transa com o próprio primo! – Meu Deus, Adamastor... E qual o nome dos avatares? – LicaLilica e Marinatodaboa. – E esses avatares são que nem ela?

– A Lilica é mais ou menos, mas a Marinatodaboa é a cara da Camila Pitanga! – Que salafrária! E eu que peguei ela numa tal de Nigostosa que parecia uma noobie! – Aderbal! – Desculpa, Adamastor, eu ia te contar... tava só vendo se ela não prestava mesmo pra te avisar.

Machimina mambembe – Rapaz... me dei muito mal, sabe? – Ah, é? Por que? – Eu tava um dia rodando com a câmera e descobri o vizinho transando com um avatar que era a maior gata, mas não era a mulher dele. Peguei minha machimina, liguei e fiz o maior filme pornô. Todo dia ele ia lá e pimba, ia lá e pimba... e eu só filmando...


complexa” e pediram a volta ao velho estilo “vamos sacanear o SL”. Ok, gente, m falta das velhas colunas com fotos sem noção e balõezinhos...

PICARETAGEM Vendo prazer por apenas 2 lindens. Ou 1,99, na promoção!

– E como foi que você se deu mal então? – Bom, eu fui atrás do vizinho numa de me dar bem falando que tinha filmado ele traindo a mulher e que queria 25K pra liberar a filmagem. – E aí? – Ele me mostrou um vídeo da minha mulher transando com um cara vestido de gari. Pelo jeito todo dia ele ia lá e pimba, ia lá e pimba...

Menina recalque – Me ajuda a arrumar alguma coisa para reportar a Elizabeth! – Por quê? – Porque ela ta pegando meu ex! Não admito isso! – Peraí, eu soube hoje que teu ex está bloqueado! – Tá sim, eu reportei ele por racismo! – Racismo? – É. Ele não quis namorar comigo porque eu sou loura!


Megaempresário Genial – Você não sabe como eu aumentei o tráfego da minha ilha! – Como? – Coloquei um camp que paga 10 L por 15 minutos, mas loguei 60 bots nele... to mantendo 3 pcs e um laptop ligados dia e noite e agora estou tendo um lucro razoável. Com isso, o tráfego foi lá em cima e eu aumentei o preço do aluguel para caramba. Estou quase conseguindo manter todas as lojas alugadas! Parei de perder dinheiro no SL! – Posso fazer uma pergunta? Quanto você está pagando de conta de luz? – ...

Avatar comunista – O SL é uma exploração! É um absurdo que nós tenhamos que pagar tanto por coisas que qualquer idiota faz no photoshop! – É mesmo... ta tudo caro... – Por isso que eu digo, a verdadeira democracia só vai existir o dia que todas as texturas forem desapropriadas! Abaixo o consumismo do SL! Ninguém precisa ficar com a cara do Brad Pitt para ser feliz! – Por isso que seu avatar é tão feio? – Feio, eu? Eu sempre achei que eu era o maior gostosão?

– Nada, essa tua skin aí saiu de moda em 2007. E essa camisa aí já anda sozinha pelo grid! – Meu Deus, e agora? Eu não sabia que meu avatar tava desatualizado! Sabe onde tem uma skin bonita e bacana? Eu pago quanto for!

Choque de realidade – Mor, me diz uma coisa? – O que é, Violeta? – Como você acha que ia ser nosso romance se fosse RL em vez de SL – Tá maluca? Olha só: eu já vi sua foto na RL, que trem feio, sô! Você parece um cruzamento entre a Monique Evans e o Eri Johnson, eu também sou feio pra burro e não tenho nem 20 dentes na boca. Você é pobre, eu não tenho dinheiro, eu moro no Mato Grosso, você em Alagoas. Você gosta de micareta, eu gosto de pagode sertanejo, eu tenho faculdade de agropecuária mas estou desempregado, você trabalha mas ganha uma mixaria e não sabe nem escrever o com certeza separado... você já disse que pra você o marido ideal tem que aturar a tua mãe e eu não aturo nem a minha, quanto mais a dos outros... O máximo que ia acontecer entre a gente era uma transa no Carnaval porque só ia sobrar a gente no bloco como última opção. – Seu grosso! – Sabe o que é pior, Violeta? Nem isso... nem isso. Não chega nem a 4 centímetros!


Os avatares do mal – Então, pessoas, estamos nos reunindo mais uma vez para avaliar como vai a Associação de Avatares Escrotos. Cada um de nós se comprometeu a fazer uma sacanagem muito grande por semana com alguém. Felisberto, conta aí o que você fez: – Eu tinha uma ilha, peguei o aluguel de todo mundo, recolhi as tiers e pedi pra sair. Desloguei o avatar antigo e deixei a ilha sumir. Teve gente que teve preju de 25K – Genial! E você, GataSacana? – Ah, eu dei mole para um noivo no dia do casamento, peguei ele no dia seguinte, fotografei tudo e mandei pra mulher dele. Ela ta internada com depressão na RL agora! – Essa é a minha garota, você não me decepciona! E você, RobertuJustus? – Eu copiei 200 texturas com copybot, peguei a senha da minha namorada e abri uma loja de skin com ela. Quando os donos da loja vieram, só reportaram a otária! – Putz! Essa foi de mestre! E você, Maradona? – Eu distribuí 50 objetos scriptados para roubar lindens dos outros, consegui limpar mais de 20 contas Premium! – Essa foi a campeã até agora... E você, scroutman, toda semana fala que vai fazer, vai fazer, vai fazer e serviço que é bom, você

não mostra. Vai me dizer que não sacaneou ninguém, ficou só na conversinha. – Fiz sim, sacaneei e muito! – Ah é? O que a mocinha fez? – Acabei de reportar todos vocês!

Puxa... me deu uma peninha desses avatares. Vou ficar tão “triste” de ver essa galera do mal defenestrada...

Eu também. O SL precisa tanto deles quanto um burro precisa de uma tomada...


Alyne Dagger

Linden

Amigos, irmãos, camaradas e parceiros. As Bad Girls agradecem àqueles que tornam a segunda vida menos monótona! Para ocasal ultra mega fofo Brida McMillan e Enfermeiro Zipper. Adoro quando eles aparecem numa festa assim, “combinandinho”.

O DJ do mês é o Corey, que tem animado as noites do Shoping Belém com seu estilo alegre e descontraído que agita a galera e não deixa a peteca cair! Grande Corey, Valeeeeu!


Linden para a inestimável iniciativa de Patou Dumont de fazer um fórum especialmente para os residentes de língua portuguesa. Acessem: http://www.forum.second-news.net/index.php Para os incríveis TonyEMS Heying e Sunset Quinnel, que administram com toda competência o Alpine Center, uma land antiga e que já foi destaque na revista duas vezes com todos os méritos e justiças possíveis!

Para todas as pessoas que entraram e agitaram o movimento “Light a Candle” (acenda uma vela) em solidariedade ao meu companheiro de SL Fastolph Fredriksson. Seria impossível agradecer nominalmente a cada um que compareceu à foto

coletiva e todos que postaram fotos no grupo do Flickr, mas o agradecimento especial TEM que ser para a Niekol Bade, amiga RL do Fast que começou tudo e à Taylor Malibu, que fez com que o movimento ganhasse dimensão e visibilidade.


Alyne Dagger

LAG A roupa de mulhergato da Boxed Heroes é sempre bonita, mas com esse shape vindo diretamente da travecolândia e esse AO muquirana que parece que a moça está apertada para ir ao banheiro dá uma pena total. E isso ainda por cima era um concurso de fantasias. Dá para imaginar coisa mais manjada que roupa de vilã da Boxed Heroes em qualquer concurso como esse?

Tem curso para tudo no SL, será que não podiam ter a caridade de fazer um curso de edição de bunda gigante para acabar com essa coisa de saia que não cobre nada?


Que combinação cavernosa de shape estranho com roupa feia e pulseira com glow... Nem o gatinho da tatuagem da moça entendeu nada.

Eu tenho a ligeira impressão de que meu conceito de “Sexy” é bem diferente do da grande maioria dos residentes do SL...

ACOMPANHE A SEQUÊNCIA:

Venhamos e convenhamos: não tem cara de malvado que salve a reputação de avatar de vampiro que chega em festa todo paramentado e começa a dançar que nem um John Travolta alucinado. As fotos não fazem justiça ao tamanho do mico que esse moço aí estava pagando num baile de carnaval.



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