Revista Hitech

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SUMÁRIO

NOVIDADE - pg 07 Aplicativo revoluciona serviço de cardápio e entrega de comida EDUCAÇÃO - pg 06 Escola em SP inaugura sala no formato Google ENTREVISTA - pg 03 Como a AMD quer reinventar os processadores com as APUs

FICHA TÉCNICA DIREÇÃO / CRIAÇÃO DOUGLAS MONTINO GUILHERME GALLO MATHEUS VINICIUS OSEAS BARBOSA ORIENTADOR: VALMIR TEIXEIRA

ARQUITETURA - pg 11 Arca de Noé contemporânea contra desastres naturais

EDITORIAL SAÚDE - pg 05 Exoesqueleto está pronto para a copa

A Revista HiTech compreende o somatório de esforços coletivos de estudantes que atuam na área de comunicação social, especialmente no curso de Publicidade e Propaganda. A revista pretende discutir e promover a Tecnologia Sustentável e tem como objetivo principal publicar resultados de pesquisas primárias e/ou secundárias, em temas voltados para inovação, tecnologia, gestão, recursos humanos, meio ambientes, educação e áreas correlatas.

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Entrevista

Como a AMD quer reinventar os processadores com as APUs

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ocê sabe o que é uma APU? A sigla vem do termo em inglês Accelerated Processing Unit, que significa Unidade de Processamento Acelerada. O que ela tem de diferente em relação aos processadores normais é que as APUs trazem, no mesmo encapsulamento, CPU e GPU, oferecendo muito mais velocidade de processamento gráfico. Apesar de as APUs trazerem o vídeo integrado, esse tipo de solução é diferente do modelo anterior de chips gráficos onboard em que o chipset gráfico ficava na placa-mãe e tinha algumas de suas funções controladas pelo processador principal. A maior vantagem é a velocidade de comunicação entre CPU e GPU, aumentando significativamente o tempo de resposta e, consequentemente, melhorando o sistema como um todo. Outro diferencial a favor das APUs é a possibilidade de se desenvolver chips mais poderosos e que consomem menos energia, algo primordial para o desenvolvimento de equipamentos móveis atualmente. A AMD está lançando a sua terceira geração de APUs, e com ela uma série de novidades interessantes, como reconhecimento de gestos, reconhecimento facial e muito mais poder gráfico para os games. O Tecmundo conversou com Roberto Brandão, gerente de engenharia da AMD para América Latina, sobre a nova linha de APUs da empresa. Confira quais as principais novidades da nova linha de processadores que já está dando o que falar.

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Fonte: TecMundo

O que é uma APU e qual a diferença principal de uma APU para uma CPU tradicional? As unidades de processamento acelerado (APU) da AMD reúnem em um mesmo chip processador x86 e placa gráfica. Entre os diferenciais providos pela tecnologia, as APUS conseguem atender as necessidades computacionais para cargas de trabalho intenso de vídeo HD, 3D e processamento convencional de dados, possibilitando excelente experiência multimídia e sem esquecer a economia de energia. Para o usuário, a tecnologia traz ganhos de desempenho significativos, especialmente para jogos e outras atividades multimídia.

A maior vantagem é a velocidade de comunicação entre CPU e GPU, aumentando significativamente o tempo de resposta e, consequentemente, melhorando o sistema como um todo. De onde surgiu a ideia de criar uma APU? Após a compra pela AMD da fabricante de placas de vídeo ATI, em 2006, a empresa passou a trabalhar no desenvolvimento de uma tecnologia inovadora. Em 2011, a AMD lançou sua primeira geração de APUs, em plataforma de codinome Brazos, que mostrou ser possível a integração física e funcional de componen-

tes – unindo CPU e GPU em um mesmo chip. As novas APUs Série A da plataforma Richland oferecem ganho em desempenho em GPU e CPU, além de melhor gerenciamento do consumo de energia. O ganho de performance esperado é de cerca de 15% na CPU e 30% na GPU. As novas APUs Richland trazem como diferencial um sensor de movimentos. É necessário algum hardware específico ou o sistema funciona através de uma câmera comum? O sistema de gerenciamento de aplicações por gestos pode ser realizado por meio de um software e uma simples webcam, que monitora os gestos das mãos dos usuários e os converte em comandos para controle de aplicações como tocadores de mídia, navegadores, leitores de livros digitais etc. O novo sistema de reconhecimento facial é executado pela APU ou através de um software tradicional? Qual a diferença em relação aos sistemas já presentes no mercado? Esse recurso é realizado por meio de um software que usa o poder de processamento gráfico da APU para reconhecimento facial. Além de integração com pacotes de software e do simples login no sistema operacional, o recurso pode ser usado para substituir o uso de senhas em websites, jogos etc. [O recurso] Tem o diferencial de perspectiva de maior segurança, já que métodos de falso positivo (foto na frente da câmera, irmão gêmeo etc.) e falso negativo (“cortei meu cabelo e meu PC não me reconhece mais”) tendem a ser minimizados.


Qual a tecnologia empregada pela AMD para diminuir o consumo de energia nas novas APUs? A variação dinâmica de frequências e voltagens independentes de cada componente da APU de acordo com a demanda em cada cenário de uso, além da possibilidade de ter parte dos componentes fisicamente desligados, foi aprimorada para oferecer melhor gerenciamento de energia. É possível realizar Crossfire Hibrido entre APUs e GPUs? Sim, para casos em que a GPU é integrada na APU e uma GPU AMD Radeon instalada em um barramento PCI e com performance de níveis próximos, elas podem operar em modo híbrido, sendo vistas pelo software como apenas uma GPU, mais poderosa. Fica à parte dessa possibilidade o caso em que seja usada uma ou mais GPUs externas de alta performance, quando então a GPU integrada não acrescentaria performance ao sistema. As APUs vão eliminar a necessidade de uma placa de vídeo externa? Certamente não para gamers e entusiastas. Esses vão continuar se beneficiando dos milhares de cores [núcleos] de GPU, os Stream Processors para jogos de engine exigentes de altíssima definição em múltiplos monitores. Já para os gamers ocasionais de alta definição e os que usam GPUs para aceleração de processamento, como no caso do Adobe Photoshop, do Winzip e do antivírus AVG, as APUs oferecem performance excelente. Esse é um ponto importante uma vez que, erroneamente, muitas pessoas desabilitam a GPU inte-

Roberto Brandão, gerente de engenharia da AMD para América Latina grada de uma APU para usar uma GPU discreta de entrada porque o gráfico externo é melhor. Só então percebem que a performance da GPU integrada era melhor. Um caso típico em que o barato sai caro. O termo “discrete-class” usado para as APUs da série A remete exatamente à ideia de obter performance gráfica muito melhor que a de placas gráficas de entrada. A AMD já trabalha com APUs para tablets baseados em Windows 8. Existem planos para a entrada no mercado de smartphones ou para a implementação da tecnologia ARM? A AMD já possui sua tecnologia integrada em dispositivos móveis, como é o caso do Tablet Vizio. No caso da tecnologia ARM, a AMD tem desenvolvido processadores baseados na tecnologia de 64-bits multicore (ARM v8), complementando assim seu portfólio de processadores. O primeiro processador com tecnologia ARM será um SoC (System-on-a-Chip), altamente integrado e otimizado para servidores com consumo eficiente de energia, que agora dominam os grandes data centers e a experiência de computação moderna

baseada em nuvem. Como você avalia o ritmo de evolução do mercado de processadores? No geral, o mercado tem se orientado para desenvolver uma série de soluções voltadas a atender a demanda dos usuários por novas funcionalidades, design e posicionamento de preços específicos. A solução de “um-tamanho-para-todos” não funciona mais e estamos avançando na era de desenhos customizados de forma a possibilitar produtos diferenciados pra cada tipo de cliente. Não há duvida de que a AMD criou uma tendência e as APUs foram a grande revolução recente nesse mercado. Isso porque essa tecnologia garante um maior poder de processamento e qualidade gráfica para os computadores, lembrando que atualmente, e cada vez mais, as aplicações serão visuais, baseadas em imagem. Hoje, o sistema operacional é visual, assim como as aplicações, a internet e até os sistemas de segurança. Essa nova tecnologia ainda vai ao encontro dos requerimentos ambientais, como a otimização no consumo de energia. 5


Exoesqueleto está pronto para a Copa Fonte: InfoExame e TecMundo

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altando menos de duas semanas para o início da Copa do Mundo 2014, as expectativas e o entusiasmo do público com relação à demonstração do projeto Andar de Novo, que o neurocientista Miguel Nicolelis fará na abertura do evento, só aumentam. A curiosidade e as dúvidas da comunidade científica com relação ao que vai ser demonstrado, também. O script vem sendo anunciado há mais de dois anos. Antes de a bola começar a rolar nos pés de Neymar, Hulk e companhia, às 17 horas do dia 12, um brasileiro paraplégico deverá se levantar de uma cadeira de rodas, caminhar sobre o gramado da Arena Corinthians e chutar uma bola de futebol. Para isso, o paciente usará uma veste robótica controlada pelo cérebro, desenvolvida ao longo dos últimos anos pelo neurocien-

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tista brasileiro em seu laboratório da Universidade Duke, nos Estados Unidos, em colaboração com pesquisadores no Brasil e de vários países. A função do exoesqueleto, ou robô, será fazer o que o sistema nervoso do seu usuário perdeu a capacidade de executar: transmitir os comandos de “mova-se” do cérebro até as pernas, utilizando, no lugar da medula espinhal, um sistema de “interface cérebro-máquina” (ICM) capaz de decodificar a atividade elétrica dos neurônios e traduzi-la em sinais eletrônicos digitais, compreensíveis a um robô. Resultado: o cérebro dá a ordem, o computador faz a ligação, e quem se move é o robô - levando a pessoa “de carona” com ele. Uma tecnologia que, segundo Nicolelis, promete transformar as atuais cadeiras de rodas em “peças de museu”.

Em seu perfil no Facebook, o neurocientista Miguel Nicolelis publicou mais uma demonstração do exoesqueleto que será utilizado na abertura da Copa do Mudo de 2014 por uma pessoa com deficiência que ainda não foi definida. O equipamento permite que pessoas paraplégicas consigam controlá-lo com a mente e, com isso, andar novamente. O caminhar ainda não é algo perfeito, até por falta de prática dos usuários e necessidade de ajustes personalizados, mas realmente pode colocar uma pessoa com deficiência novamente sobre seus próprios pés.


Educação

Escola de SP inaugura sala no formato Google O projeto é uma parceria do Colégio Mater Dei com a empresa de tecnologia

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ão Paulo - Espalhados sobre almofadas, bancos coloridos e até cubos mágicos gigantes, os alunos têm olhos atentos às telas - de uma televisão e dos próprios tablets. Na roda de conversa, mal dá para ver quem é o professor. Parece recreio, mas é hora de estudo: esta é a primeira sala de aula no formato Google do mundo, recém-inaugurada em um colégio particular de São Paulo. A nova sala foi aberta há um mês no Colégio Mater Dei, no Jardim Paulista, zona oeste da capital. O projeto é uma parceria da escola com o setor de educação do Google,

que faz amanhã o lançamento mundial do programa baseado na experiência, que ganhou o nome de Google Learning Space. “A escola deve melhorar o ambiente colaborativo, de troca. Buscamos o Google porque é uma empresa que trabalha nesse sentido”, explica o diretor do colégio, Sylvio Gomide. A sala foi montada em seis semanas. Em funcionamento, o espaço, sem carteiras nem quadro-negro, superou as expectativas. “Na sala, podemos debater de igual para igual”, diz Celina Machado, de 17 anos, do 3º ano do ensino médio. Além da relação mais próxima entre professores e alunos,

Fonte: Exame

a aposta tecnológica é forte. Nas classes, os alunos usam projeções multimídia, mapas virtuais, videoconferências internacionais e trabalhos coletivos, com softwares de edição compartilhada de textos. “Nem sempre dava para entender bem só com um desenho do professor no quadro, por exemplo. Agora, temos vários recursos à disposição”, elogia Gabriel Fernandes, de 17 anos, do 2º ano do ensino médio. A “cola” também está liberada: é permitido recorrer à internet para aprofundar pesquisas, ajudar colegas e até corrigir o professor, se necessário.

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Novidade

Aplicativo vira tendência e revoluciona serviço de cardápio e entrega de comida Icarus - Menu e Delivery é um aplicativo para pedir comida pelo celular.

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Projeto Icarus tem como premissa revolucionar o mercado de entrega de alimentos e apresentar uma nova maneira de interação com o consumidor, somando tecnologia, agilidade e praticidade nos serviços de delivery. Onde o usuário poderia conferir os cardápios dos estabelecimentos e fazer seus pedidos através do aplicativo, de maneira prática, cômoda e funcional. Nosso aplicativo conta com uma plataforma completa que agrega funcionalidades úteis e que dê segurança para o fornecedor e para o comprador, conta com um sistema de autenticação única, que utiliza um cadastro através do número do celular onde o cliente tem acesso a todos os estabelecimentos da cidade. As principais características que diferem o Icarus dos concorrentes são; valor nutricional e calórico do alimento no cardápio, obrigatório para todos restaurantes/lanchonetes; programa de fidelização de clientes com sistema de pontos, após cada compra efetuada o cliente receberá pontos que poderão

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ser trocados por descontos e até por refeições gratuitas; um guia de promoções do dia para oferecer descontos aos clientes, acompanhamento da entrega do pedido em tempo real; não é necessário dar a sua localização para que possamos te apresentar os restaurantes/lanchonetes, como nossos concorrentes, dessa maneira você pode conferir todas as possibilidades mesmo não estando na capital sergipana, será possível também ver o cardápio e a localização do restaurante de qualquer lugar do mundo; a função cardápio digital interativo, a possibilidade de utilizar o aplicativo também para fazer o pedido no restaurante, abrindo possibilidades como o uso de tablets cedidos pelos estabelecimentos ou o uso do próprio smartphone do cliente.

um minotauro – foi preso junto com seu pai dentro da sua própria construção. Para poder fugir, Dédalo arquitetou dois pares de asas feitos a partir de cera de vela e madeira velha e os dois voaram para fora do labirinto. Estas são essas as ligações entre o Ícaro mitológico e o Icarus: o movimento e a agilidade. Pelo nome quisemos usar símbolos tácitos que estão diretamente ligados a premissa principal do aplicativo

POSICIONAMENTO DE MERCADO Proporcionar uma experiência de compra sem dificuldades e surpresas na hora de pagar, revolucionar o atendimento dos restaurantes/lanchonetes tanto no serviço de entrega quanto na ida ao estabelecimento, evitando longas esperas, dúvidas sobre o que acompanha cada prato, todas as informações de preço e composição estão disponíveis a qualquer momento e de forma interativa em suas mãos.

DEFINIÇÃO DE MARCA O nome Icarus é uma variação de Ícaro, figura presente na Mitologia Grega. Filho do arquiteto Dédalo – o mesmo que projetou um labirinto famoso por conter

com a imagem ao fundo e o branco foi escolhido para que o estilo sutil da montagem e do design total do aplicativo fosse mantido. Embora o nome esteja dentro do círculo, não se limita somente a esta aplicação. As cores do aplicativo estão relacionadas aos seus significados simbólicos e podem ser resumidas, basicamente, a uma tabela que contem laranja, amarelo, azul, marrom e cinza. O laranja e o amarelo são cores que possuem a mesma matiz, são cores quentes e ambas estão presentes no inconsciente coletivo como índices de alimento; fome. Já o marrom, fugindo um pouco dessa perspectiva alimentícia, exerce uma função de background para o botão da seção de restaurantes por seu uma cor mais etérea; refinada. O azul – que está presente no botão da seção de sorveterias e no botão do facebook – simboliza calma e, de forma mais correlata, frieza.

ESTRATÉGIA DE PRECIFICAÇÃO DO PRODUTO que é delivery; entrega. Quanto à marca, escolhemos um design que ornasse com o restante da interface do aplicativo. A fonte escolhida é uma cursiva de nome Lobster, uma fonte de fácil leitura e que tem sido presente em produções gráficas ultimamente. A aplicação do nome em um círculo foi feita para que o nome, na marca, tivesse uma leitura mais dinâmica na construção do próprio aplicativo. Além de estar dentro das tendências estéticas, o círculo facilita a visibilidade do nome em contraste

Na definição de preço avaliamos a equipe que seria necessário para pleno funcionamento do aplicativo, inclusive com suporte, valor médio dos pedidos mediante a pesquisa mercadológica e ainda os preços cobrados por nossos concorrentes. Diante de uma análise do mercado pudemos notar que seria desinteressante comprar a venda direta do aplicativo para o usuário, portanto seria gratuito para download, seria cobrada uma taxa de 7% do valor total, essa taxa seria cobrada do estabelecimento por toda venda feita através do Icarus. 9


Sustentabilidade

Petrobras reutiliza 24 bilhões de litros de água Relatório da estatal destaca investimento R$ 780 milhões em projetos ambientais, sociais e culturais

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Petrobras divulgou o Relatório de Sustentabilidade 2013. A publicação, que reúne informações sobre seu desempenho operacional, econômico, social e ambiental durante o ano, traz entre os destaques o reúso de 24 bilhões de litros de água; e o investimento de R$ 780 milhões no patrocínio a projetos sociais, ambientais, no último ano. O reúso de 24 bilhões de litros de água em 2013 representa 11% do total de demanda de água doce da companhia no período, e um aumento de cerca de 3% em relação a 2012. Esse volume seria suficiente para abastecer uma cidade de 600 mil habitantes durante um ano. Com a entrada em operação de novas unidades de reúso, até 2015, a Petrobras atingirá a marca de 35 bilhões de

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Fonte: Jornal do Brasil

litros de água doce que deixarão de ser captados anualmente do ambiente. Ao todo, a companhia investiu R$ 780 milhões, em 1.600 projetos sociais, ambientais, culturais e esportivos em todo o país. Em novembro, foi lançado o Programa Petrobras Socioambiental, que iniciará um novo ciclo, com investimentos de R$ 1,5 bilhão, de 2014 a 2018, em projetos sociais, ambientais e socioesportivos, que contribuem com o desenvolvimento sustentável e a promoção de direitos. A Petrobras também apresenta iniciativas de cumprimento da política de conteúdo local para o setor de óleo e gás natural, colaborando para aumentar a geração de emprego e renda no país. Pela primeira vez, estão sendo construídos simultaneamente no Brasil 28 sondas de perfuração marítimas, 88 navios para transporte de produtos de petróleo , 38 plataformas de produção e 146 barcos de apoio. As sondas vão prospectar petróleo em águas ultraprofundas, e serão entregues a partir de 2015 com conteúdo local entre 55 e 65%. As demais embarcações estão sendo entregues no período 2013 a 2020. Todos esses projetos somam mais de U$ 100 bilhões em encomendas colocadas na indústria naval brasileira. No ano de 2013, foram construídas nos estaleiros brasileiros unidades de produção com até 34 meses de fabricação, período alinhado à média mundial.


Educação

Cyberbullying: a violência virtual Fonte: Revista Escola

Na internet e no celular, mensagens com imagens e comentários depreciativos se alastram rapidamente e tornam o bullying ainda mais perverso. Como o espaço virtual é ilimitado, o poder de agressão se amplia e a vítima se sente acuada mesmo fora da escola. E o que é pior: muitas vezes, ela não sabe de quem se defender

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odo mundo que convive com crianças e jovens sabe como eles são capazes de praticar pequenas e grandes perversões. Debocham uns dos outros, criam os apelidos mais estranhos, reparam nas mínimas “imperfeições” - e não perdoam nada. Na escola, isso é bastante comum. Implicância, discriminação e agressões verbais e físicas são muito mais frequentes do que o desejado. Esse comportamento não é novo, mas a maneira como pesquisadores, médicos e professores o encaram vem mudando. Há cerca de 15 anos, essas provocações passaram a ser vistas como uma forma de violência e ganharam nome: bullying (palavra do inglês que pode ser traduzida como “intimidar” ou “amedrontar”). Sua principal característica é que a agressão (física, moral ou material) é sempre intencional e repetida várias vezes sem uma motivação específica. Mais recentemente, a tecnologia deu nova cara ao problema. E-mails ameaçadores, mensagens negativas em sites de relacionamento e torpedos com fotos e textos constrangedores

para a vítima foram batizados de cyberbullying. Aqui, no Brasil, vem aumentando rapidamente os números dessa agressão. - No espaço virtual, os xingamentos e as provocações estão permanentemente atormentando as vítimas. Antes ficava restrito aos momentos de convívio dentro da escola. Agora é o tempo todo. - Os jovens utilizam cada vez mais ferramentas de internet e de troca de mensagens via celular - e muitas vezes se expõem mais do que devem. - A tecnologia permite que, em alguns casos, seja muito difícil identificar o(s) agressor(es), o que aumenta a sensação de impotência. A mensagem maldosa pode ser encaminhada por e-mail para várias pessoas ao mesmo tempo e uma foto publicada na internet acaba sendo vista por dezenas ou centenas de pessoas, algumas das quais nem conhecem

a vítima. “O grupo de agressores passa a ter muito mais poder com essa ampliação do público”, destaca Aramis Lopes, especialista em bullying e cyberbullying. Esse tormento permanente que a internet provoca faz com que a criança ou o adolescente humilhados não se sintam mais seguros em lugar algum, em momento algum. Na comparação com o bullying tradicional, bastava sair da escola e estar com os amigos de verdade para se sentir seguro. Agora, com sua intimidade invadida, todos podem ver os xingamentos e não existe fim de semana ou férias. Pesquisa feita este ano pela organização não governamental Plan com 5 mil estudantes brasileiros de 10 a 14 anos aponta que 17% já foram vítimas de cyberbullying no mínimo uma vez. Desses, 13% foram insultados pelo celular e os 87% restantes por textos e imagens enviados por e-mail ou via sites de relacionamento. 11


Arquitetura

Arca de NoÊ contemporânea contra desastres naturais Fonte: Super Interessante

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egundo a Bíblia, muitos anos antes de Cristo, Noé recebeu mensagem de Deus alertando sobre o grande dilúvio: para sair dessa e salvar sua família e um casal de animal de cada espécie, ele teria que construir uma enorme arca. Foi o que ele fez. Em seguida, durante quarenta dias e quarenta noites, choveu! Crenças à parte, essa história inspirou Aleksandar Joksimovic e Jelena Nikolic, arquitetos da Sérvia, a projetar uma cidade flutuante: a Noah’s Ark*. A ideia é instalá-la no meio de qualquer oceano, com muita segurança e para que seja autossustentável: resistente a desastres naturais e sem depender do resto do mundo. Para aumentar a estabilidade, várias “arcas” são interligadas por meio de cabos submarinos e todas teriam colunas presas com hastes flexíveis no fundo do oceano. Segundo os arquitetos, as laterais da ilha são suficientemente grandes – têm aproximadamente 64 metros – para proteger os moradores de fortes tempestades e até mesmo tsunamis. Mas, em caso de emergência, há um “Plano B”: os possíveis moradores poderão fugir para bolhas de ar gigantes que se localizam em túneis cobertos, não vulneráveis ao clima externo e à prova de enchentes. A energia que mantém o vilarejo flutuante vem do sol, do vento e das marés, enquanto que a água é coletada por meio de sistema de captação que se estende pela ilha inteira. Toda a estrutura do projeto voltada para o mar será revestida por coral artificial, que ao atrair vida marítima estimula o aparecimento de novos ecossistemas. É um verdadeiro mundo paralelo! Noah’s Ark é harmonicamente dividida para reunir moradias, escritórios, áreas de plantio e de lazer e espaço para convivência e criação de animais. A ideia recebeu menção honrosa na competição de Skyscraper eVolo, de 2012 – assim como o projeto Rainforest Guardian. 13


Design

Philco PC volta aos anos 50 Fonte: InfoExame

O Philco PC é mais um daqueles produtosconceito que fazem a gente acreditar que a fórmula (porém já gasta) “nada se cria, tudo se copia”, realmente dá certo.

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aixou um espírito nostálgico no grupo de mentes criativas do estúdio de design SchultzeWORKS e eles criaram este tudo-em-um aí. A inspiração ultrapassa séculos. O monitor segue as linhas curvílineas dos classudos aparelhos de televisão da década de 50 – mais precisamente da linha de tevês Predicta, da Philco, que chegou nas lojas americanas por volta de 1954. Na época, dizem as vozes mais experientes, não havia nada mais futurista. Eu acredito.

O teclado com ares modernosos, contudo, é mais retrô ainda. Ele tenta imitar as teclas das máquinas de datilografia do final do século 19. Quem sabe, assim, a gente não ressuscita novos seguidores do Realismo por aqui? O produto ainda não tem previsão para sair do projeto gráfico. Mas, convenhamos, essa mistura de retrô modernoso tem potencial para desbancar o mais charmoso dos atuais tudo-emum.

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TV

Resolução 4K faz diferença para o olho humano?

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arece que o “Full HD” está virando coisa do passado; a tecnologia evolui rápido e atualmente só se fala em “Ultra HD”, 4K... No início do ano, na CES – a maior feira de tecnologia do mundo –, em Las Vegas, acompanhamos dezenas de lançamentos 4K (o que aponta essa fortíssima tendência). Mas então surgiu uma dúvida: qual é o limite da nossa visão para telas com resolução cada vez maior? O “4K” (ou Ultra HD) tem resolução de 8,3 megapixels, quatro vezes mais que o Full HD. Segundo o doutor Paulo Schor, oftalmologista da Unifesp, a relação entre o olho humano e as telas de alta resolução é muito pequena. Mas ainda assim, alguns parâmetros podem medir mais ou menos quanto a gente enxerga. O primeiro fator é a capacidade de discriminação entre dois pontos; é o chamado mínimo ângulo de resolução visual. Um segundo fator é a luminosidade mínima captada pelo olho humano. E, mais do que isso, é preciso levar em conta o campo visual que nós temos. Um bom exemplo para entender essas variáveis é imaginar duas estrelas no céu. Se elas estiverem muito próximas uma da outra, a gente só vê um borrão. Para enxergar as duas é preciso que elas atendam àquele ângulo mínimo de resolução visual. Se o brilho dessas estrelas for muito fraquinho, a gente também não vai enxergar por mais afastadas que elas estejam... E, por último, essas

estrelas precisam estar no nosso campo visual – parece óbvio, mas para enxergá-las, precisamos estar olhando para elas. Com base nesses dados foi possível calcular a resolução do olho humano. Considerando nosso ângulo de visão de 120 graus, chegou-se ao valor de 576 megapixels – esta seria a resolução máxima que poderíamos enxergar. Mas, de novo, olho não pode ser simplesmente comparado com uma tela. “A definição é uma parte muito inicial na importância da imagem. Ela é importante, mas tem uma importância de 25%, 1/4 da nossa visão vem da quantidade de células que a gente tem na nossa fóvea, que é uma parte muito pequenina da nossa retina”, explica Schor. Se nossa visão fosse baseada apenas pelos olhos, seria fácil. Mas além de ter dois olhos e poder movê-los ao redor da cena,

nosso cérebro é poderoso para combinar os sinais, entender profundidade e montar uma imagem com resolução ainda maior do que é possível com o número de fotorreceptores da nossa retina. “A gente não precisa ter mais resolução para ter uma experiência visual melhor. A gente provavelmente já chegou no limite de resolução que vai fazer algum sentido para o nosso olho”, continua o oftalmologista. Será que o 4K é o limite? Se pararmos pra pensar, na distância que assistimos TV ou mesmo assistimos a um filme no cinema, talvez faça sentido. Afinal, telas com resolução superior a 4K, como é o caso do 8K (que já existe), só conseguimos notar diferença na qualidade da imagem quando nos aproximamos bastante da tela. E aí, assistir ao conteúdo que seja assim, colado na tela, não faz muito sentido.

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