[ DR
Especial
PÁGS. Centrais
Cidade
PÁG. 08
Bairro do Xutos e Pontapés Tróino é um e UHF animam ícone da cidade Rock no Sado É já este fim-de-semana que se realiza a segunda edição do Festival Rock no Sado, no parque Sant’iago, em Setúbal, este ano com um momento especial guardado para o último dia com o concerto de Xutos e Pontapés e UHF.
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QUARTA-FEIRA 13.AGOSTO.2014
N.º 71 | Ano I | 4.ª Série www. issuu.com/osetubalense
Preço € 0,50 | Diretor João Abreu
Governo exige diminuição da dívida da Câmara de Setúbal a fornecedores Ùltima Hora PÁG. 12 A Câmara de Setúbal poderá ver retidas as transferências do Estado, caso não seja aceite a contestação entregue pela autarquia à nova medida governamental que prevê sanções aos municípios com pagamentos em atraso a fornecedores. O processo da autarquia sadina ainda está em fase de audiência e só em Setembro será conhecido o resultado, mas na região, Moita, Grândola e Sesimbra já viram a medida ser aplicada.
VITÓRIA
2014/15
• Todos os reforços da nova equipa
• Os nomes do renovado plantel
• Saiba quem são os atletas de saída
• Antevisão do jogo frente ao Rio Ave
A bola vai começar a rolar Fernando Oliveira diz, em exclusivo a O Setublense, que está muito confiante com o renovado plantel do Vitória. O presidente do emblema do Bonfim elogia o treinador Domingos Paciência e aponta a um triunfo sadino no arranque do campeonato. Entretanto, Luis Advíncula é o jogador que vai chegar para fechar o conjunto vitoriano. Desporto PÁGS. 04 e 05
C/ 0053
O bairro da Fonte Nova, ou do Tróino, é considerado um dos mais típicos da cidade. Está em destaque nesta segunda edição do Especial Bairros Típicos de Setúbal.
VER BEM NÃO CUSTA NADA
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BLOCO CLÍNICO
QUARTA FEIRA 13.AGOSTO.2014
Cuidados com medidor de glicemia
I
nfarmed alerta para fiel cumprimento de instruções de manuseamento para evitar valores de glicemia falsamente elevados. O Infarmed - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde lançou um alerta, através de circular informativa, sobre o medidor de glicemia Accu-Chek Mobile, do fabricante Roche Diagnostics GmbH. Segundo o Infarmed, aquele medidor pode apresentar valores de glicemia falsamente elevados se não for correctamente utilizado. De acordo com a circular, o sistema de monitorização daquele medidor utiliza uma tecnologia que não requer a utilização de tiras, sendo a amostra depositada directamente no aparelho. Assim, os doentes têm de seguir um procedimento diferente do dos medidores convencionais, para evitar interferências que podem con-
Farmácia Portugal
duzir a resultados falsamente elevados, administração de doses de insulina superiores ao necessário e, consequentemente aumentar o risco de hipoglicemia. O manuseamento incorrecto pode incluir, por exemplo, mãos sujas e contaminadas com substâncias contendo glucose, a pressão do dedo com demasiada força e durante demasiado tempo contra o campo de teste ou a dispersão da gota de sangue durante a execução do teste.
Cuidados a seguir Assim, o fabricante divulgou um "folheto de treino" para informar os profissionais sobre esta situação e alertar os doentes para a importância de cumprirem rigorosamente as instruções de manuseamento, nomeadamente: Lavar as mãos com água morna e sabão. Secar cuidadosamente as
mãos antes de recolher a amostra de sangue; Formar uma gota de sangue adequada e aplicá-la no centro do cam-
Clínica Vascular Dr. José Falcão
DIRECTOR TÉCNICO Fernando Gamito Rodrigues Av. J ai me Corte são, 77-B Te l . 2 6 5 5 3 9 0 6 0 • Setú bal Horário: 09h00 - 13h00; 14h00 - 20h00 Sábado: 09h00 - 13h00 C/0054
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Enfermagem/ Médicos Dr. José Rabaçal (917 327 985)
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Director Clínico: Dr. Arnaldo Fernandes Dr. Arnaldo Fernandes - Cardiologista Dr. Hugo Pereira - Clínica Geral Dr. Victor Fonseca - Pneumologista Dr. Agostinho Borges - Cardiologista Pediátrico Dra. Leonor Parreira - Cardiologista Arritmologista Dra. Sofia Marcelino - Psicóloga C/0058
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po de teste; Aplicar imediatamente e com cuidado o sangue no campo de teste, depois de se ter formado
a gota de sangue; Não pressionar o dedo contra o campo de teste da cassete; Tocar com o dedo suavemente no campo de teste e retirá-lo imediatamente após ter aplicado o sangue; O dedo deve ser retirado do campo de teste quando ouvir o sinal sonoro e/ou quando a mensagem "teste em curso" aparecer no ecrã. Em caso de dúvida relativamente aos resultados da leitura, devem ser consultadas as possíveis fontes de erro listadas no manual do utilizador e deve ser efectuado um teste com uma solução de controlo. Se ainda assim a dúvida persistir, o doente deverá contactar um profissional de saúde. O Infarmed informa ainda, de acordo com o alerta do fabricante Roche Diagnostics GmbH, que o medidor de glicemia Accu-Chek Mobi-
le não é recomendado a doentes que não estejam aptos a seguir as instruções especificadas, uma vez que a capacidade de realizar o teste com cuidado e com uma mão firme é um requisito importante para a sua utilização.
Para esclarecer dúvidas Pode obter esclarecimento de dúvidas relacionadas com medicamentos e produtos de saúde (dispositivos médicos, produtos cosméticos e de higiene corporal e produtos farmacêuticos homeopáticos), junto do Centro de Informação do Medicamento e dos Produtos de Saúde (CIMI), através de o telefone 217 987 373, do fax 217 987 107, do email cimi@infarmed.pt ou da Linha do Medicamento 800 222 444 (gratuita). Fonte: Portal da Saude
Telefones Úteis Centro de Saúde S. Sebastião Urb. Vale do Cobro, Av. Das Descobertas Tel. 265 708 000 Centro de Saúde Bonfim Praça do Brasil, 14, 1º Tel. 265 525 653 Ext. de Saúde do Sado Rua Manuel Francisco Novo, santo Ovídio Tel. 265 790 460 Ext. de Saúde Bairro Santos Nicolau Rua Prof. Augusto Gomes , 25 Tel. 265 545 200 Ext de Saúde S. Sebastião Urb. Vale do Cobro, Av. Das Descobertas Tel. 265 708 000 Extensão de Saúde Praça da República Praça da República Tel. 265 544 320 Extensão de Saúde Santa Maria Rua Damão, 1 Tel. 265 531 200
Ext. de Saúde Viso Rua Batalha do Viso, 46 Tel. 265 572 572 Ext. de Saúde Azeitão Rua Artur Horta, 18 Tel. 212 199 500 Centro Diagnóstico Pneumológico Urb. Vale do Cobro, Av. Das Descobertas Tel. 265 708 000 Serviço de Saúde Pública Urb. Vale do Cobro, Av. Das Descobertas Tel. 265 708 000 Rua Luís Gonzaga Nascimento, 2, R/C Dto Tel. 265 544 129/7
Clínica de Hemodiálise Quinta de Vanicelos Lote 1 – Estrada da Baixa de Palmela Tel. 265 541 840 Intoxicações Tel. 808 250 143 Linha Verde Tel. 800 212 216 Linha de Saúde Pública Tel. 808 211 311
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Hospital de São Bernardo R. Camilo Castelo Branco Tel. 265 549 000
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Hospital Ortopédico do Outão Tel. 265 543 900
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OPINIÃO
QUARTA FEIRA 13.AGOSTO.2014
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Cronicas do Sado
Política
Os Roazes do Sado
A feira de Sant'iago
A
população residente de roazes no estuário do Sado e na costa de Tróia e Arrábida, é um caso único em Portugal e raro no mundo. Na Europa, para além desta população de golfinhos, conhecem-se apenas outras duas populações residentes em estuários: uma na Irlanda, no estuário de Shannon, e outra na Escócia, em Moray Firth, cada uma delas com um número aproximado de 120 a 130 roazes. Desconhece-se há quanto tempo os roazes vivem no Sado. Tudo nos leva a crer que aqui residam desde há longa data. O registo mais antigo do avistamento de dois golfinhos no Sado, data de 1863, e é do naturalista José Vicente Barboza du Bocage. Outro registo
data de 1890, quando foi capturado um roaz adulto no Sado, cujo esqueleto completo encontra-se exposto no Museu Zoológico da Universidade de Coimbra. Mais recentes são os testemunhos de pessoas idosas que habitam a região. São muitas as que se recordam de observar na infância os roazes por estas paragens. Relatam-nos tê-los avistado em zonas onde hoje já não os encontramos, nomeadamente, sob a ponte de Alcácer do Sal e, surpreendentemente, ainda mais a montante, perto da povoação de Vale do Guizo. Aí, onde as margens do Sado estreitam e a densa vegetação aconchega o curso do rio, o cenário é verdadeiramente diferente e hoje, só podemos imaginar o privilégio que seria avis-
tar os golfinhos em tal lugar. A falta de alimento, o assoreamento e a deterioração da qualidade das águas são algumas das prováveis causas que terão levado os golfinhos a abandonar aquela zona. Os primeiros estudos da população de roazes do Sado datam do início dos anos 80. Nessa altura, contaram-se perto de 40 efectivos, e nas décadas seguintes registou-se um declínio. Chegando-se a contar em 2005 apenas 22 roazes. Alguns animais abandonaram o estuário do Sado, emigraram, e os roazes que permaneceram sofreram problemas na reprodução e na sobrevivência das suas crias. Os principais problemas que estes golfinhos enfrentam, estão associados à degradação do seu habitat, ao enve-
lhecimento de alguns indivíduos e à própria vulnerabilidade deste pequeno grupo. Contudo, e no seguimento de algumas melhorias ambientais neste estuário, o número de golfinhos do Sado actualmente é de 27 indivíduos, dos quais 5 são crias, 5 juvenis e 17 adultos. A população do Sado é pequena e por isso bastante vulnerável. Lembramos que até finais da década de 1960, também se podiam avistar roazes no estuário do Tejo. Pensa-se que também aí terá existido uma população residente, a qual poderá ter desaparecido devido à falta de protecção e à forte destruição do seu habitat. Maria João Fonseca/ Pedro Narra (Vertigem Azul)
Perspectiva
Consultas de ampulheta
S
empre tive grande admiração pela acção do nosso Tribunal de Contas e, especialmente, pelo seu Presidente que sempre vi actuar com uma isenção exemplar e com um acerto pouco frequente nalgumas figuras cimeiras dos organismos que nos tutelam nos seus variados quadrantes. Leio sempre com atenção os documentos dele imanados bem como a rspectiva argumentação das suas decisões. Foi por isso com surpresa e estupefacção que tomei conhecimento dum documento imanado desse tribunal a propósito do nosso Serviço Nacional de Saúde. Reconheço que muita coisa haverá a dizer sobre as contas dum serviço que é para muitos a “joia da coroa” do período democrático da vida do nosso País, dum serviço que muitos dizem estar a ser destruído pelo actual governo, dum serviço que ,certamente, estará sofrendo as inclemências dos apertos financeiros que paralizam todo o nosso país, tanto mais que tem vivido um esforço hercúleo para se man-
ter eficiente num ambiente de reestruturação, de recuperação duma rede de hospitais tecnicamnet falidos e, na parte que me interessa hoje abordar nestas notas, em plena mudança dos seus Cuidados de Saúde Primário. E não vou referirme aos problemas das suas contas mas apenas a algumas considrações feitas para “ajudar” (!) a resolver um problema que afecta uma parte importante da nossa populção, que é a existência de mais de um milhão de portuguess sem médico de família. E resolve o Tribunal de Contas sugerir que “se cada médico de família levasse quinze minutos com cada paciente isso permitiria cobrir toda população do País com acesso aos cuidados de saúde primários com os médicos actuamente existentes”. Matemáticamente este exercício talvez esteja certo mas traduz uma ignorância total, confrangedora, do que são (a) primeiro, os Cuidados de Saúde Primários, (b) do que é uma consulta médica, © terceiro, quais são as necessidades duma pessoa que procura um
médico. Os cuidados de saúde primários e a medicina de família têm por função não apenas passar receitas e exames complementares de diagnóstico aos seus consulentes mas fundamentalmente uma medicina preventiva e uma acção de educação para a saúde que exigem tempo e saber ouvir o paciente. Eu sei que o normal exercício, actualmente, muitos centros de saúde está longe de atingir estes objectivos, mas qualquer entidade com responsabilidades que queira contribuir para a melhoria do nosso SNS, especialmente nos seus CSP, não pode fazer propostas que venham desvirtuar ainda mais os verdadeiros fins que se pretendem atingir. É por isso que propor consultas com um tempo determinado em que ao fim de 15 minutos, quando a areia duma ampulheta se tiver esgotado, o médico diga ao seu paciente “o seu tempo acabou!”, que entre o senhor que se segue, é uma enormidade que demonstra uma ignorância con-
Mário Moura frangedora de quem faz tal proposta, de que hoje a maioria das pessoas sofrem fisicamente de problemas resultantes dos seus prblemas psiquicos, dos seus fantasmas acantonados no seu subconsciente e de problemas de relacionamento – e dar tal conselho limitativo do tempo no ambiente degradado em que hoje vive o nosso povo, isso sim, seria matar de vez a medicina familiar que vive essencialmente da relação “médico / paciente”, uma relação de confiança, uma verdadeira relação de afecto – e isso exige tempo e....disponibilidade não controlada pelo correr da areia numa ampulheta.
D
urante 10 dias decorreu a Feira de Santiago com o tema “ Setúbal1974-2014/ 25 de Abril 40 anos” com uma grande exposição que recuperou momentos históricos da Revolução dos Cravos. A centenária feira, cuja localização foi variando ao longo dos seus 430 anos por exigência, em geral, de crescimento e modernização da cidade, é sempre um importante acontecimento que se tem vindo a mostrar um sucesso em cada ano que passa. Os números deste ano falam por si: em dez dias visitaram a feira 299.502 pessoas, com média diária de 29.950 visitantes, mais 16% do que em 2013; em relação a feirantes e expositores houve um aumento de 15% com um total de 182 participantes que ocuparam 208 stands e espaços enquanto em 2013 estiveram 158 participantes. O orçamento final com IVA foi de 563.583 euros, uma redução de 23% em relação a 2013. As alterações havidas foram positivas, verificando-se uma melhor organização de espaços e a criação de outros como o do Desporto e o do Turismo. O certame apresentou ainda uma zona dedicada às Comemorações dos 500 anos do Foral Manuelino, tendo sido a Feira Quinhentista muito apreciada pelos visitantes. Pelos palcos passaram muitos e bons artistas (inclusivé muitos deles setubalenses) e o Dia das Famílias registou novamente uma grande afluência de público, sinal garantido do apreço dos visitantes. Pode-se, pois, afirmar que este ano foi renovado o sucesso da maior feira a sul do país. As mudanças geram sempres inquietações, resistências, controvérsias, mas contêm também inovação, criatividade, recriação e desenvolvimento. Penso que isto ainda acontece, dez anos após a mudança do
Anita Vilar PCP Setúbal local da nossa feira. Hoje, a Avenida Luísa Todi tornou-se um espaço urbano aprazível, agradável, animado que dificilmente seremos capazes de ver voltar atrás. O Plano Estratégico de Requalificação Pólis, de Outubro de 2001, sendo presidente da Câmara Mata Cáceres, colocou como necessidade para a sua implementação a saída da feira daquela Avenida, pois tornava-se “ um claro elemento de degradação urbana da cidade” (cito palavras do Plano Pólis). O consenso foi de que a zona nascente da cidade seria o local mais indicado onde já habitava cerca de 50% da população e com tendência a desenvolver-se. Encontrou-se nessa zona, ainda bastante central, o espaço amplo e acessível, necessário à concretização de uma Feira com a dignidade que a nossa cidade merecia, mantendo tudo aquilo que eram referências identitárias para as populações. Arronches Junqueira terá razão quando afirmou, para explicar o que ele próprio sentira em relação à feira da sua infância que mudara de local, que acabamos por ter saudades de nós próprios? Não será possível agradar a gregos e troianos que terão todos bons argumentos a esgrimir pró e contra qualquer local para a Feira, mas certamente todos concordamos que a nossa Avenida Luísa Todi se tornou emblemática para quem visita e vive na cidade.
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DESPORTO
QUARTA FEIRA 13.AGOSTO.2014 [ ARQUIVO
Vale da Rosa? "Estamos muito felizes e orgulhosos por termos hoje condições diferentes das que tínhamos (…) A autarquia percebeu quão importante era para o Vitória usufruir do espaço."
POR JOAQUIM GUERRA
A
quatro dias da estreia oficial do Vitória na época 2014/15, O Setubalense dá-lhe a conhecer o estado de espírito do presidente Fernando Oliveira. O dirigente, que não poupa elogios ao treinador Domingos Paciência, frisa que o 7.º lugar da temporada anterior “não foi fruto do acaso”. O líder dos sadinos acredita que o plantel actual lhe dá garantias e que a campanha “não vai ser inferior à época passada”. O Setubalense – Que balanço faz da pré-época do Vitória? Fernando Oliveira – As pré-épocas não contam muito. Há jogadores que vêm à experiência e outros que são contratados, mas não fazem jogos a tempo inteiro. O fundamental é observar os atletas para aferir das suas capacidades. Não representa mais do que isso. Tendo em conta o que observou, sente-se confiante? Muito confiante. Mais importante do que os resultados são as exibições. Fizemos, por exemplo, um jogo fantástico no Algarve contra o Sunderland, uma das equipas revelação da 1.ª Liga inglesa. Utilizámos uma equipa próxima da que irá jogar no campeonato. Estamos convictos de que podemos fazer uma boa campanha com este plantel. Estamos mesmo convencidos que não vai ser inferior à época passada.
«Estamos convencidos de que a época não será inferior à anterior»
Fernando Oliveira apostou esta época em Domingos Paciência para renovar a ambição do futebol vitoriano
"É muito fácil lidar com este treinador. É muito directo, sem subterfúgios e fala olhos nos olhos com os jogadores e toda a gente. É um senhor." Como vê o trabalho do treinador Domingos Paciência? Estou muito satisfeito. Primeiro como treinador e, simultaneamente, como homem. É muito fácil lidar com este treinador. É muito di-
Triagem vai continuar
recto, sem subterfúgios e fala olhos nos olhos com os jogadores e toda a gente. É um senhor. O Domingos tem uma característica: é muito humilde. Isso ajuda-o a catapultar as suas ideias com uma facilidade muito grande. Estamos orgulhosos por o ter cá. O Vitória estreia-se oficialmente domingo em Vila do Conde. Um mau resultado no arranque pode ser prejudicial… Não tem influência o ganhar ou perder. Estamos no princípio da época e o que é certo é que vamos ao Rio Ave para ganhar e não perder nem empatar. A nossa disposição este ano, como nos anteriores, é jogar pa-
ra ganhar. Estamos convictos de que vamos obter um bom resultado na estreia. Com a aquisição do lateral-direito peruano Luís Advíncula, o plantel fica fechado? Pensamos que sim. Cremos que não precisamos de mais alternativas. Com a contratação deste jogador tudo se conjuga para que o plantel esteja fechado. Não deslumbramos que seja necessário mais alguém. O facto de o clube ter acesso ao Vale da Rosa é importante? É um espaço com muito boas condições. Agradeço à senhora presidente da Câmara Municipal e ao senhor
vereador do Desporto a amabilidade que tiveram em nos cederem o campo. Estamos muito felizes e orgulhosos por termos hoje condições diferentes das que tínhamos. Não há dúvida que
"Vamos ao Rio Ave para ganhar e não perder nem empatar (…) Estamos convictos de que vamos obter um bom resultado na estreia." a autarquia percebeu quão importante era para o Vitória usufruir do espaço.
Que mensagem deixa aos adeptos vitorianos no arranque da época? Acreditem que o que fizemos na época passada não foi fruto do acaso. Os clubes vão cimentando as suas equipas com o facto de preservarem o maior número de jogadores de umas épocas para as outras. Esse tem sido o nosso lema. Vamos querer continuar a apostar na formação. Já temos titulares indiscutíveis da nossa formação e vamos querer ter mais. Quem assiste aos treinos tem reparado que já existe uma mescla de juniores a trabalhar com os graúdos. É algo a que estamos muito atentos. Queremos que sejam lançados mais jovens na primeira equipa o mais rapidamente possível. Talvez ainda como juniores. É essa a nossa aposta numa altura em que já começamos a ter algumas condições de infraestruturas para lhes darmos essas oportunidades. É uma aposta que o Vitória tem que continuar a fazer.
Os reforços para a nova temporada
A
s cinco semanas de trabalho que Domingos Paciência leva no Bonfim serviram também para o treinador fazer a triagem dos atletas a dispensar. Depois dos elementos colocados no Pinhalnovense (Gonçalo Santos, Bruno Lourenço, Marlon, Peixinho, Moisés e Hassan), ao abrigo do protocolo de colaboração entre os clubes, o técnico dispensou o central Cohene (a ultimar rescisão), o médio Diogo Rosado (desvinculou-se) e o defesa Jordão Diogo (ao que tudo indica será cedido a um clube grego). Com 29 elementos no plantel, a triagem vai continuar a ser feita para reduzir o grupo para 26/27 atletas.
Nome: Lukas Raeder
Nome: Marcos Vinícius
Nome: João Schmidt
Nome: Giovani
Nome: Forbes
Posição: Guarda-redes
Posição: Defesa-central
Posição: Médio
Posição: Avançado
Posição: Avançado Clube anterior: Sp. Covilhã
Clube anterior: Bayern Munique
Clube anterior: Guarani
Clube anterior: São Paulo
Clube anterior: América
Nome: Ricardo Batista
Nome: Ericson
Nome: Yann
Nome: Manú
Nome: Diego Maurício
Posição: Guarda-redes
Posição: Médio
Posição: Médio
Posição: Avançado
Posição: Avançado
Clube anterior: Nacional
Clube anterior: Tondela
Clube anterior: Juventude
Clube anterior: Ermis Aradipou
Clube anterior: Sport Recife
Nome: Hélder Cabral
Nome: Luis Advíncula
Nome: Pelkas
Nome: Ponce
Nome: Lupeta
Posição: Defesa-esquerdo
Posição: Defesa-direito
Posição: Avançado
Posição: Avançado
Posição: Avançado
Clube anterior: APOEL
Clube anterior: Sporting Cristal
Clube anterior: Apollon
Clube anterior: Alianza Lima
Clube anterior: Videoton
DESPORTO
Internacional peruano reforça a defesa
L
uis Advíncula, de 24 anos, é reforço do Vitória para 2014/15. O treinador Domingos Paciência queria um lateral-direito, a direção do Vitória contratou um internacional ‘A’ peruano, que se vai juntar ao plantel até ao final da semana. O defesa, ex-Sporting Cristal (Peru), está vinculado aos alemães do Hoffenheim e deverá chegar ao Bonfim por empréstimo dos germânicos. Com a aquisição do jogador, o Peru passa a ser, atrás de Portugal e Brasil, o terceiro país mais representado no plantel de Domingos Paciência. Advíncula junta-se aos compatriotas Wilder Cartagena, médio que chegou ao clube em Janeiro, e Júnior Ponce, reforço de ataque oriundo do Alianza Lima, atletas que também chegaram a Setúbal por empréstimo do Hoffenheim. Internacional pelos sub-20 peruanos, esca[ DR
Luis Advíncula
lão em que participou no Campeonato Sul-americano de 2009, a estreia do defesa - tem na polivalência uma mais-valia - pela equipa principal do seu país aconteceu a 4 de Setembro de 2010 num particular diante do Canadá. Daí para cá Advíncula, que participou na Copa América 2011 e na fase de qualificação para o Mundial do Brasil (2014), somou 17 internacionalizações pelos peruanos.
Concorrência a Pedro Queirós Titular indiscutível na defesa nas duas épocas em que está no Vitória (atuou 29 das 30 jornadas em cada uma das temporadas), o capitão Pedro Queirós tem agora um concorrente de peso à posição. Essa era aliás uma das intenções do treinador ao pretender reforçar o lado direito do sector mais recuado para ter uma alternativa forte ao capitão de 29 anos. Refira-se que além dos emblemas peruanos que Advíncula representou - Juan Aurich e Sporting Cristal (sagrou-se campeão da liga peruano pelo emblema de Lima em 2012) – Ucrânia (Tavriya), Alemanha (Hoffenheim) e Brasil (Ponte Preta) também fazem parte do currículo do defesa que chega esta semana ao Vitória.
Dez testes afinaram equipa
O
Vitória fez 10 jogos de preparação na pré-época. Quatro triunfos, três empates e três desaires, com um saldo favorável de golos de 9-7. A estreia diante do Benfica B terminou com uma igualdade 1-1, sendo o golo sadino marcado pelo júnior Valdo Té. Frederico Venâncio marcou o tento sadino no reduto do Covilhã, mas não evitou a derrota (3-1) com os serranos. No estágio em Seia, o grego Pelkas fez o único golo na vitória sobre o Nogueirense. Seguiu-se o Torneio quadrangular da Capital do Móvel, em Freamunde, em que os comandados de Domingos terminaram na 3.ª posição após empate 0-0 com o Boavista (derrota nas grandes penalidades) e triunfo sobre o Sp. Braga, por 2-0 com bis
de Zequinha. No primeiro ensaio em Setúbal, na apresentação oficial aos sócios diante do Belenenses, a equipa baqueou 0-2. Pouco depois, os sadinos defrontaram os ingleses do Sunderland e os marroquinos do WAC Casablança, partidas que terminaram, respectivamente, com um empate (0-0) e uma derrota (0-1). Nos derradeiros testes, que tal como o jogo com os africanos foi realizado no Vale da Rosa, o Vitória bateu o Pinhalnovense (3-0) e o Moura (10), emblemas do CNS. Giovani bisou com o clube do Pinhal Novo e Zequinha, melhor marcador da pré-época com três golos, fechou as contas do marcador. Com os alentejanos, o tento foi apontado pelo médio João Schmidt.
QUARTA FEIRA 13.AGOSTO.2014
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Sadinos estreiam-se com o Rio Ave A
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gora é a sério! 42 dias depois da abertura de portas da oficina do Bonfim, o Vitória estreia-se oficialmente na nova temporada esta domingo, 16 horas, frente ao Rio Ave. Em Vila do Conde, depois do 7.º posto com que terminaram 2013/14, os sadinos prometem tudo vão fazer para entrar com o pé direito na competição. A missão não se avizinha fácil, mas confiança é palavra de ordem. Frente a um adversário com mais tempo de trabalho e ritmo de competição – os vilacondenses somam duas partidas na Liga Europa e o jogo da final da Supertaça de domingo (derrota nas grande penalidades com o Benfica, 3-2) – os setubalenses vão tentar surpreender com uma equipa em que Domingos Paciência vai fazer alinhar várias caras novas. No onze inicial, tendo em conta os últimos jogos de preparação efetuados, o Vitória poderá alinhar com o guarda-redes alemão Lukas Raeder na baliza e um quarteto defensivo composto por Pedro Queirós, Frederico Venâncio, Marcos Vinícius e Hélder Cabral.
A pré-temporada fica para traz, a partir de domingo todos os pontos contam
No meio-campo, Dani, Miguel Pedro e Schmidt poderão ser os eleitos, enquanto no sector ofensivo Zéquinha e Manú deverão alinhar nas alas para apoiar o ponta-de-lança, posição que poderá ser entregue a Forbes ou Giovani.
Estádio maldito À 19.ª tentativa, o Vitória vai tentar quebrar um enguiço que tarde em ter um epílogo. Os sadi-
nos nunca conseguiram triunfar em Vila do Conde em partidas no escalão principal. O melhor que a equipa fez foi regressar, em quatro ocasiões, a Setúbal com uma igualdade na bagagem. Nos restantes 14 confrontos o clube baqueou sempre. O saldo de golos nos 18 duelos também é desequilibrado (27-7). Refira-se que na temporada transacta, os sadinos perderam, ainda
com José Mota no cargo de treinador, por 2-0 no campeonato. Já com José Couceiro ao leme, a equipa não conseguiu levar a melhor sobre o Rio Ave nas taças, uma vez que perdeu (1-0) na Taça da Portugal com um penálti polémico aos 90+2 minutos e empatou (1-1) na fase de grupos da Taça da Liga, partida que também ficou marcada por decisões polémicas da equipa de arbitragem.
O PLANTEL DO VITÓRIA 2014/15 Hélder Cabral Kiko João Schmidt Cartagena
Manú Ponce Miguel Pedro
François Marcos Vinícius Dani Ericson Ney
Lukas Raeder Ricardo Batista Miguel Lázaro Frederico Venâncio Miguel Lourenço
Pedro Queirós Luis Advíncula Fábio Pala
Yann Tiago Terroso Paulo Tavares
Lupeta Giovani Diego Maurício Forbes
Zequinha Pelkas
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BAIRROS TÍPICOS DE SETÚBAL
QUARTA FEIRA 13.AGOSTO.2014
Fonte Nova (Tróino) [ FOTOS: DR
Monumentos Igreja do Outeiro da Saúde
F
Bom peixe, animação e culto POR JOAQUIM GOUVEIA
O
bairro da Fonte Nova, ou do Tróino, será o mais típico dos bairros da cidade. Muitos estão convencidos que Setúbal começou precisamente ali, o que não corresponde à verdade já que a fundação da cidade remonta há vinte e sete séculos atrás e teve o seu primeiro pólo habitacional, no final da era pré-histórica, nos terrenos do bairro de Santa Maria. Mas quando se fala em pescadores e em peixe as atenções viram-se para este bairro que reúne o maior número de restaurantes de toda a cidade. Quer seja no seu largo principal, nas ruas contíguas, ou na Avenida Luisa Todi a oferta é imensa e a qualidade reconhecida para além das nossas fronteiras.
cage. Enfim, um assunto a aguardar a melhor das atenções por parte do município. Mas a Fonte Nova é ainda lugar de culto, onde se edficam duas igrejas: Senhora da Saúde e Anunciada, para além do Outeiro da Saúde, onde se encontram as missionárias da irmandade de Madre Teresa de Calcutá. A Casa da Baía é outro pólo referencial e turístico a ter em conta. De resto muitos cafés e tabernas, algum comércio e zonas de lazer (Largo da Fonte Nova e Largo das palmeiras), que chamam a atenção e despontam num bairro envelhecido não só nas edificações mas, também , na sua população. Alguns prédios devolutos ou em estado de degradação, de que é mau exemplo o antigo Palácio Feu, dão uma nota triste ao bairro.
A sua proximidade com a lota e a doca dos pescadores emprestam ao bairro um ar pitoresco apreciado quer pelos setubalenses, como pelos que nos visitam. A regra do bairro é que impere a calma e a pacatez durante o dia e uma constante animação nas noites de fim semana. É que, também, por aqui se localiza a chamada área de bares de Setúbal, por onde passam milhares de jovens em constante ruído e rotina de boa disposição e alegria. Aqui nasceu Luisa Todi, num prédio praticamente devoluto, pintado, recentemente, com cores vivas e alegres fazendo lembrar que o espaço poderia dar lugar a uma casa de cultura com o nome da cantora de onde se destacaria um programa de actividades atractivas á semelhança, por exemplo da Casa Bo-
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oi mandada edificar em 1958 por promessa dos devotos desta zona da então Vila de Setúbal, tementes à grande peste de ameaçava as populações. A Igreja da Nossa Senhora da Saúde, é também conhecida por “Capela de Recolhimento de Nossa Senhora da Saúde”.
Igreja Anunciada
C
onta-se que, por volta de 1250, a imagem de Nossa Senhora apareceu a uma pobre mulher que procurava fragmentos de madeira para a fogueira, dando origem, em 1368, à criação da Confraria da Anunciada. A crença neste milagre e a devoção à santa levaram à construção da Igreja da Confraria, no local onde, supostamente, aconteceu o milagre, e que mais tarde serviu de igreja paroquial.
Palácio Feu
É
um palacete, construído em meados dade arquitectónica, com alguns mot mo o brasão da família e quatro gárgul dado e abandonado.
BAIRROS TÍPICOS DE SETÚBAL
dos do séc. XVIII, com enorme simplicimotivos de ligeira magnificência, tais corgulas. Hoje está completamente degra-
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Fonte Nova (Tróino) Centro de Bem Estar dos Idosos
“É a solidariedade que nos move” O
Centro de Bem Estar Social dos Reformados e Idosos de Setúbal tem sede no bairro da Fonte Nova e funciona com duas valências distintas, a social e a lúdica. Gilberto Graça é o presidente da direcção deste centro e explicou á nossa reportagem a actividade que por ali é mantida todos os dias para o bem-estar da comunidade que usufrui dos seus serviços. “Servimos 60 refeições ao almoço todos os dias aos nossos associados que apenas pagam uma pequena quantia monetária conforme as suas reformas. Temos um acordo com a Segurança Social que disponibiliza uma
verba mensal destinada a custear estas refeições. Infelizmente não conseguimos servir mais que estas 60 refeições porque temos uma enorme lista de espera”, explica o presidente para depois enunciar outros serviços ali prestados. “ Servimos 30 lanches todos as tardes e, às terças-feiras medimos a tensão arterial aos nossos associados. Por outro lado organizamos passeios todos os meses a diversos pontos do país onde se inclui almoço, lanche ajantarado e muita animação. Promovemos ao longo do ano várias festas temáticas. No nosso aniversário é realizado um programa especial todos os anos. Além
disso oferecemos aos nossos utentes torneios de jogos de mesa”, elucida. O centro tem duas salas em edifícios distintos, como explica Gilberto Graça: “Temos esta onde servimos as refeições e realizamos várias actividades e outra que serve apenas para os jogos e que é custeada pelo município”. Neste momento a direcção do centro, em conjunto com a Câmara Municipal e a União das Freguesias de Setúbal, está a realizar as démarches necessárias para a aquisição de uma nova sede social “dado que a existente – esclarece o presidente – já não responde às necessidades dos mais de mil associa-
dos que temos”. O centro conta com quatro funcionárias, três cozinheiras a tempo inteiro e uma auxiliar de limpeza, que trabalha a tempo parcial, todas inscritas
no quadro e remuneradas. Para Gilberto Graça, “o que move esta direcção de gente disponível é precisamente a solidariedade para com a pessoas idosas”, concluiu.
Grupo Desportivo da Fonte Nova
Uma mão cheia de actividades F
undado há mais de três décadas o Grupo desportivo da Fonte Nova é hoje uma referência daquele típico bairro setubalense oferecendo animação em noites e tardes concorridas onde o fado e o baile juntam muita gente num convívio que faz jus à actividade desta agremiação. José Pina é o presidente da colectividade, homem disponível, desde sempre para dinamizar a acção de um clube que entrou nos hábitos dos moradores locais e mantém a admiração de toda a cidade. “Temos sempre actividades para oferecer aos
nossos associados. Todas as semanas contamos com muita animação na nossa sede. Alternamos os bailes com o fado e a casa está sempre cheia”, diz José Pina, para continuar: “Nós é que fomos os pioneiros da realização do Grande Concurso do Fado Amador do Distrito de Setúbal. Mas como toda a gente, inclusivé, o município de Setúbal, também começou a organizar achámos por bem deixar de o fazer. Não queremos mal entendidos com ninguém”, confirma. Para além dos baile e dos espectáculos de fados e variedades, o Gru-
po Desportivo da Fonte Nova tem duas equipas de futsal em competição e um coro infanto-juvenil dirigido pela jovem Sandra Porfírio. Para além de outras actividades pontuais a sede oferece aos sócios um bar onde são servidas pequenas refeições e espaço para os chamados jogos de mesa como o dominó, as cartas e as damas, por exemplo. Refira-se que pelo natal, o grupo, pela mão do seu presidente abre portas aos sem-abrigo da cidade que são convidados para uma ceia em convívio e aconchego familiar num gesto que merece o
maior respeito e consideração. Em agenda continua toda a actividade do grupo que se reparte entre a música e o desporto e a realização de um torneio
de futsal com 12 equipas, nos dias 14 e 15 de Setembro, próximo, a disputar no pavilhão Carlos Santos, no Viso e integrado nas comemorações das Festas Bocageanas.
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CIDADE/ CLASSIFICADOS
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Necrologia
Classificados
Carlos Fragoso Rocha
Filipe Duarte Correia Frazão FALECEU 15/08/2013
AGRADECIMENTO A Família de Carlos Fragoso Rocha falecido a 14-07-2014 agradece à equipa dos CUIDADOS PALIATIVOS de Setúbal a dedicação e carinho com que o trataram durante a sua doença. Um especial agradecimento à enfermeira Carla Palmeirinho. Chama-se a isto profissionalismo com amor. Bem Hajam. OP/ 0297
ANÚNCIOS DE NECROLOGIA
1 ANO DE PROFUNDA SAUDADE Sua esposa, filhos, netos e restante família, vêm por este meio recordar com saudade o seu ente querido. Mais informa que será celebrada missa no dia 15 de Agosto, sexta-feira, pelas 10h00, na Igreja de Aires, pelo que agradecem, desde já, a quem se dignar participar no acto religioso.
OP/ 0301
Contacte o Jornal O Setubalense
ASSEMBLEIA-GERAL CONVOCATÓRIA Por proposta da Direção, em cumprimento do estabelecido no artigo 22ºdos Estatutos do Clube, é convocada para o próximo dia 19/08/2014, pelas 21h00, a Assembleia Geral a realizar-se no auditório da Biblioteca Municipal de Palmela, no largo São João, em Palmela, com a seguinte ordem de trabalhos:
HOJE Hora
3.64 0.30 3.83 0.28
Preia-mar Baixa-mar Preia-mar Baixa-mar
3.54 0.43 3.65
OP/ 0299
OP/ 0280
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PALMELENSE FUTEBOL CLUBE
Antigo Compro
Preia-mar Baixa-mar Preia-mar
25º 17º
Céu limpo
1. Apresentação e votação do relatório e contas da época 2013/2014; 2. Eleição dos Orgãos Sociais época 2014/2015. Segundo o nº 2 do mesmo artigo 22º dos Estatutos, não estando presentes 2/3 do número de associados na primeira convocatória, a Assembleia Geral reúne em segunda convocatória 30 minutos após a hora da primeira. Palmela, 09 de Agosto de 2014 O Presidente da Assembleia-Geral
SEXTA Hora
SEXTA
Altura (m)
00:42 06:57 12:59 19:19
0.48 3.36 0.63 3.40
Baixa-mar Preia-mar Baixa-mar Preia-mar
27º 16º
Céu limpo
EUROMILHÕES
7•16•19•22•33 + 2•6 LOTARIA CLÁSSICA
1º 49190 2º 61392 3º 25931
Vítor Borrego
Richie Campbell abre Rock no Sado esta Sexta-Feira POR VERA MARIANO
R
ichie Campbell e Klepth abrem esta Sexta-feira a segunda edição do Festival Rock no Sado, que se realiza até Domingo, no Parque Sant’Iago, nas Manteigadas, e ficará marcado pelo concerto de encerramento que junta no mesmo palco Xutos e Pontapés e UHF. O festival, promovido pela CJP Eventos, em parceria com a Maya Eventos e com o apoio da Câmara de Setúbal, aposta exclusivamente na música nacional, pelo que to-
dos os 27 cantores e bandas que vão actuar são portugueses. Assim, logo a começar, na Sexta-feira, dia 15, no palco principal – palco Arrábida -, Richie Campbell com um estilo mais reggae é o cabeça de cartaz, com destaque também para a actuação dos Klepth. No dia 16, será a vez de o hip hop estar em destaque com a actuação de Boss AC, mas também dos Lemm Project. A fechar com chave de ouro será então o tão esperado concerto dos pais do rock português, Xutos e Pontapés e UHF, cujo vocalista António Manuel Ribeiro
é padrinho do evento. Destaque ainda para a actuação dos Alcoolémia. Já o segundo palco, o palco Sado, abre com Borge, Million Dollars Lips, Zop, Get a Dog, Gente Estranha, Ol’Jolly Roger, Electric Divinity e os Stone Dead, vencedores da edição deste ano do Concurso de Bandas de Garagem de Setúbal. No Sábado, dia 16, será a vez de Switchtense, Fokker, Hills Have Eyes, Low Torque, Quartet of Woah e os Phazer. No Domingo, actuam a União das Tribos, Karpe Diem, Um Zero Azul, Booster e Rysko. Todas as noi-
tes, após os concertos, haverá sempre música para dançar até mais tarde com a DJ Joana. De salientar ainda a realização da Festa do Seagull, na Sexta-feira, e a Festa do Absurdo, no Sábado, dia 16, bem como as tasquinhas de gastronomia e o espaço dos motards. Quanto aos preços das entradas para o festival, que estão à venda no jornal O Setubalense, um dos parceiros do evento, o passe de três dias tem o custo de 30 euros e inclui acampamento e estacionamento, e o preço de um dia é de 15 euros.
3 Reparos
Reparámos que na Avenida D. João II, à entrada da urbanização Chesetúbal, existem duas passadeiras que quase não se vêem, uma vez que a tinta está a desaparecer. A situação tem causado alguns constrangimentos aos peões e houve até já o caso de uma senhora que quase foi atropelada, uma vez que para além de quase não se verem no alcatrão, não existe sinalização vertical a indicar a aproximação de passadeiras, segundo os moradores. Reparámos que na Rua Afonso Castro, na Reboreda, existe estacionamento abusivo em cima do passeio numa grande anarquia, ao lado de um antigo parque infantil abandonado, que atrapalha a circulação pedonal e condiciona a entrada nos prédios. Alguns moradores estão cansados da situação e até já pediram à câmara que aproveite ao antigo parque infantil e o requalifique, de forma a torna-lo num parque de estacionamento. [ DR
Reparámos que em alguns locais do concelho, como é o caso do Alto da Guerra, continua a ser feita a recolha de lixo sem que os contentores sejam lavados com a regularidade necessária, o que provoca cheiros nauseabundos, sobretudo nesta época de Verão em que os cheiros se acentuam mais. Há moradores que desistem mesmo de abrir os caixotes para não sentirem o cheiro e depositam os sacos de lixo fora do contentor.
REGIÃO
QUARTA FEIRA 13.AGOSTO.2014
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Mercado do Pinhal Novo é o maior centro comercial do concelho
O
Mercado Mensal do Pinhal Novo, o maior da Península de Setúbal, continua a atrair milhares de pessoas, que ali vendem os seus produtos ou que procuram comprar de tudo a preços mais económicos. O Mercado realiza-se no segundo domingo de cada mês e ali pode encontrar-se de tudo, desde produtos agrícolas, roupas, calçado, plantas, mobílias, antiguidades, alfaias, queijos, enchidos, doçaria, aves de capoeira, pássaros, cd’s, dvd’s, artesanato em barro, verga, vime, cobre, etc. Ainda mal a manhã aparece, o Mercado inicia a actividade, com os agricultores a montar as suas bancas, pois sabem que as gentes oriundas das zonas rurais vêm cedo, porque “bem cedo começa o dia”. A zona das árvores, plantas agrícolas, pintos e patos é a que recebe clientes mais cedo. Manuel vende no Mercado há mais de 40 anos e explica: “Tenho clientes já certos e que vêm muito cedo, pois ainda vão plantar o que compram”. O negócio, confessa, “despertou nos últimos meses, pois há mui-
[ FOTOS: DR
As roupas são vendidas a custos baixos e são um dos principais atractivos do mercado
ta gente a fazer pequenas hortas, para terem couves, cenouras, courgettes, cebolas e ervas aromáticas, pois a vida não está fácil”. Mas também as árvores de fruto e as videiras, revela “vendem-se muita bem”. O vendedor conclui que “as pessoas estão a voltar às origens e tratam dos terrenos que herdaram dos pais”. No outro lado, os compradores esperam para que os pintos sejam acondicionados. Júlia Carreira aguarda com uma caixa de cartão para acondicionar os 12 pintos que comprou. “Vão ser criados com farinha de milho e com legumes para mais tarde os comermos. Os frangos criados
desta forma não têm nada a ver com aqueles que se compram no supermercado”. Mas esta compradora leva também pequenas galinhas poedeiras que “vão ser criadas para darem ovos caseiros”. “Assim sabemos o que comemos”. Mais à frente surgem os corredores de roupas. De megafone em punho, um miúdo com pouco mais de oito anos anuncia: “É tudo a cinco euros. Escolha as calças da moda”. Diversas pessoas viram e reviram o monte das calças de ganga, onde se misturam camisolas e camisas. O pregão do pequenito parece dar resultado, pois os sacos enchem-se rapidamente. Mas também as alfaias
agrícolas estão concorridas. Enxadas, machados, pulverizadores e até a rede são procuradas por clientes, que aderiram “à reforma agrária”. Já na zona das mobílias as vendas estão paradas. Júlio confessa que “não há dinheiro para móveis e apenas se vendem pequenas coisas”. Mas não deixa de mostrar algum optimismo: “Dantes era pior, porque o espaço era em terra batida, enchia tudo de pó no Verão e salpicava de lama no Inverno”. As barracas de comes e bebes não se queixam. As sandes de couratos e as bifanas não param de sair. A hora do almoço chegou e, em alternativa, ao frango assado, há
sempre uma entremeada a sair quentinha do fogareiro. Mas o Mercado é um mundo, que se transforma num cenário de
alegria para os mais pequenos, que não saem de lá sem comer uma fartura ou um pedaço de algodão doce.
Mercadinhos continuam no sábado
O
s "Mercadinhos de Palmela" estão de regresso, no próximo Sábado, dia 16 de Agosto, entre as 10h00 e as 18h00, ao terraço do Mercado Municipal de Palmela, com diversos produtos locais e de produção biológica. A iniciativa da autarquia de Palmela irá prolongar-se até 18 de Outubro. Os visitantes terão oportunidade de desfrutar de um conjunto diversificado de mostras e mercados temáticos quinzenais, com destaque para os produtos locais, velharias, coleccionismo, artesanato e artigos em segunda mão. A Câmara de Palmela aposta nos “Mercadinhos” para contribuir para a di-
namização comercial e turística do núcleo mais antigo da vila, o Centro Histórico.Para além das diversas actividades de vendas, os Mercadinhos contam com um programa de animação com o envolvimento de agentes económicos locais, que integra oficinas dinamizadas pelos participantes, apresentação de produtos, realização de artesanato ao vivo, show cookings, atelier infantis e visitas guiadas ao Centro Histórico. Este projecto visa complementar outras medidas, desenvolvidas pelo Município, com o propósito de incentivar a reabilitação urbana por parte dos proprietários e a dinamização social e económica.
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REGIÃO
QUARTA FEIRA 13.AGOSTO.2014
Coordenação Região FÁTIMA BRINCA
Largo de S. João “veste-se” de branco
[ DR
A Sociedade Humanitária volta a realizar a “White Party”, que terá como momento alto o desfile de todas as candidatas a Rainha das Vindimas, em Palmela.
A
Sociedade Filarmónica Humanitária promove no próximo dia 30 de Agosto mais uma edição da “White Party”. Com a chegada do Verão e com vista a antecipar a Festa das Vindimas, a emblemática colectividade da vila de Palmela promete voltar a animar o Largo de S. João, a partir das 22h00,
transformando-o num Lounge Disco Bar, onde os visitantes podem contar com muito glamour, música e animação a cargo de DJ´s de renome. A iniciativa contará, também, com a presença das candidatas a Rainha da Festa das Vindimas deste ano. Com esta edição da “White Party” a Sociedade Filarmónica Humani-
tária aproveita, ainda, para dar continuidade às comemorações dos seus 150 anos, contribuindo assim para uma maior divulgação de Palmela, dos seus vinhos, gentes e tradições, auxiliando financeiramente a Comissão das Festas de Palmela. A Humanitária irá doar parte das verbas angariadas a favor da organização da Festa das
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Vindimas.
A White Party mobiliza centenas de participantes
A
exposição Catapultas e Máquinas de Cerco (séc. V a.C. – séc. XV d.C.) está patente ao público até ao dia 2 de Novembro, na Igreja de Santiago, no Castelo de Palmela. A mostra, que contempla reproduções de catapultas, gruas, arietes, torres de assalto e peças de artilharia, pretende dar a conhecer a tecnologia e a engenharia bélica da Antiguidade, de acordo com as perspectivas dos sitiados e dos sitiadores. Na exposição, organizada por blocos históricos, com especial destaque para as civilizações grega e romana, e para a Idade Média, apresenta-se a forma como es-
Exposições animam Palmela
tente em Palmela, no Cineteatro S. João, é de Carlos Martins “Viagens no tempo”, onde os painéis e esculturas cerâmicas podem ser vistas até ao dia 27 de Setembro. A exposição propõe uma viagem pelos períodos mais marcantes da vida do autor: a infância e adolescência, passadas na Beira Alta, sete anos em África e o regresso a Portugal, com a Revolução de Abril e episódios da vivência em Setúbal e Palmela, com destaque para a Festa das Vindimas, o peixe assado na brasa, personagens familiares e o casario típico perpetuado em painéis cerâmicos de alto e baixo relevo.
tas máquinas se constituíram como veículo através do qual os cientistas de cada época aplicaram os seus conhecimentos. Outra exposição que pode ser vista em Palmela por estes dias é a do artista plástico Nikolay Amzov, residente em Azeitão, que conjuga pintura e cerâmica, e que está patente na Galeria da Biblioteca Municipal de Palmela até 20 de Setembro. Nicolay Amzov homenageia a herança dos trácios, transpondo para a sua obra a expressividade cromática presente no folclore e na mitologia deste povo. Mas não há duas sem três e outra exposição, pa-
As linhas com que o repórter se cose…
Festas da Nossa Senhora Porcos possuídos pelo demónio da Conceição animam O aldeias de Azeitão
A
s aldeias da Portela, Piedade e S. Pedro vão comemorar as Festas de Nossa Senhora da Conceição, nos dias 14,15, 16 e 17 de Agosto. O evento começa amanhã e traduz-se num grande sucesso de visitantes, com o ano passado a registar cerca de 18 mil pessoas. As festas decorrem junto da Capela de S. Pedro, onde se realizam actividades de cariz religioso e a gastronomia marca sempre presença. A animação e a quermesse são também pontos relevantes dos festejos, que têm mais de um
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As Festas da Nossa Senhora da Conceição começam amanhã
século de existência. Os bailes, a fanfarra, as missas, os produtos regionais e os petiscos fazem das festas um palco de alegria e convívio, entre moradores e visitantes. No programa das festas destacam-se even-
tos como o tríduo a Nossa Senhora da Conceição, na noite de inauguração, a missa campal, na segunda noite, enquanto na terceira noite o fado será rei. A missa e a Banda Prestige são os momentos altos da última noite.
meu amigo José sempre foi apreciador do belo sexo e conseguiu uma enorme lista de namoradas. Uma delas deixou-lhe lembranças que por certo não esquecerá. Luísa era uma bela jovem, filha de vendedores ambulantes, que aproveitava a distracção dos pais, para se perder em encontros amorosos com o José. Ainda o mercado se realizava ali, junto à linha, perto do antigo matadouro do Pinhal Novo, quando os pais montavam a tenda, o José altas horas da noite, ia trocar carícias amorosas, aproveitando o sono dos progenitores da amada. Naquele ano a tenda
ficou junto ao vagão dos porcos, que iam para abate no matadouro do Montijo. O barulho dos porcos terá despertado o sono dos pais da Luísa, que foram até ao local onde a filha dormia e o José teve que abandonar rapidamente os braços da amada, sem ter tempo para se vestir e refugiando-se no vagão dos porcos. Três indivíduos escolheram aquela noite para roubar alguns dos porcos, cobertos pela escuridão da noite, onde apalpavam o traseiro dos suínos, para escolherem os mais gordos. A escuridão era total e enquanto apalpavam o rabo dos suínos iam separando os mais gor-
dos, para os carregarem numa camioneta de caixa aberta. O pobre José sentiu as mãos ásperas dos gatunos no traseiro e gritou “tenham calma que eu não sou nenhum porco”. Os gatunos assustados lançaram o alerta “vamos embora que os porcos estão amaldiçoados”. Na sua fuga deixaram para trás a camioneta, poupando ao roubo os pobres animais, que acabaram por lançar o alerta. O José aproveitou a confusão para fugir na bicicleta a pedal, chegando sem mais percalços a casa, mas tiritando de frio, porque a roupa ficara no improvisado ninho de amor.
HUMOR/ LAZER
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Humor AH, POIS É!...
PASSATEMPOS - SUDOKU Soluções
Farturas da Luisinha
A
minha Alzira é que tinha razão. Aliás, ela tem sempre razão. Parece que tem um dedo que adivinha. Dizia-me ela, “ó homem olha que a feira são só dez dias”. Dizia e bem, pois. Mas eu que não lhe dei ouvidos. No fundo eu só gosto de ir à feira na segunda semana. Parece que as coisas me sabem melhor e que até as próprias pessoas e os feirantes estão mais contentes. E ela “ó homem vê se te despachas que são só dez dias”. Pois, bem que ela podia pregar aos peixinhos que nunca lhe dei ouvidos. “Quais dez dias? – respondi-lhe eu – Isso é o que falta para acabar, mulher”. Foi assim que na segunda-feira, dia 4 de Agosto, nos aperaltámos e fomos à feira. Peguei na minha Zundap, antiguinha mas veloz e nos fizemos à estrada até às Manteigadas. Na verdade estranhei tanto estacionamento vago à minha espera. Desmontámos da moto e fomos em direcção à porta de entrada. Mas os portões estavam fecha-
dos. Mau Maria, que é lá isto? Chamei o guarda de serviço e pedi que abrisse os portões que queríamos visitar a feira ao que ele me respondeu: “tenho muita pena meu amigo mas a feira acabou ontem”. Epá, ia desmaiando. Ainda me agarrei à minha Alzira, mas não caí. Diz-me ela com soberba “eu não te disse, homem, eu não te disse?”. E pronto, lá tive que a ouvir. Ah, mas ainda tentei dar a volta ao guarda. “Oiça lá, já percebi que hoje é segunda-feira e é o dia de descanso da feira. Amanhã voltamos, ok?”: O tipo fartou-se de rir e lá me convenceu que a feira tinha mesmo acabado. Ora mais esta, hein?... E agora? “Oiça lá – disse-lhe eu – e porque é que a feira já acabou?”. Respondeu-me com sabedoria: “acho que os feirantes pediram para que fosse menos tempo para poderem ir para outras feiras”. “Quais outras feiras? – retorqui – Mas há outras feiras melhores que a nossa? Onde é que se compra vinte e quatro meias e doze cuecas por cinco
euros, ãh? Ah, pois ninguém sabe, não é verdade? Há dez anos fui à inauguração da feira na Avenida Luisa Tódi e afinal já lá não havia feira e agora chego a esta e já está fechada? Logo este ano que tinha comprado Fenistil, para as picadas dos mosquitos.”. Bom, visto que não levava nada dali peguei na Alzira, montei-a na motorizada e zarpámos numa calma até ao Largo da Misericórdia. Sentámo-nos numa esplanada e disse á minha mulher: “Olha Alzira, este ano não comes uma fartura da Luisinha, mas toma lá este geladinho da Valenciana, que é oferecido com muito amor”. E ela lá se deliciou com o gelado de dois sabores. Fiquei com a sensação de que para o ano vou estar mais atento não vá o diabo torcê-las e passarem a feira apenas para uma semana. No fundo a tradição já não é o que era. E já agora: a Luisinha vai à festa das Vindimas? É que se for vou ser o primeiro da fila. Ah, pois é!...
Ernesto Sadino
Como se diz por cá... O “dicionário” setubalense está repleto de expressões e frases que só quem é de cá sabe o que significam. Ora vejam se sabiam estas:
Arroles – pessoa que usa óculos Aua! Abe já a boca! – Era o que faltava! Que peixe é? - O que é que se passa? "Salga isse!" –Esquece lá isso! Sóce - Amigo; senhor; gajo. Encharroques - Charrôcos (peixe). À babuje - À mercê, disponível para apanhar. Bêces - Boca. Bessiclete a motorr - Motorizada. Caminête - Autocarro. Fega – Pessoa que é muito chata. Enhagórra! - Expressão que indica espanto ou usada para espicaçar. Barraquerre - Pessoa que gosta de armar confusão, de dar “barraca” (um barraqueiro).
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ÚLTIMA HORA
QUARTA-FEIRA 13.AGOSTO.2014
Câmara de Setúbal corre risco de ficar sem transferências do Estado POR VERA MARIANO
A
Câmara de Setúbal poderá ver retidas as transferências do Estado, caso não seja aceite a contestação entregue pela autarquia à nova medida governamental que prevê sanções financeiras a 42 municípios que não reduzam os pagamentos em atraso a fornecedores. Segundo a lista divulgada na semana passada pelo Correio da Manhã, Setúbal é, entre os 42 municípios, o que tem a maior fatia em atraso, ou seja, 4,4 milhões de euros. O objectivo é que as câmaras diminuam em pelo menos dez por cen-
to as dívidas a fornecedores, o que, no caso de Setúbal, corresponde à realização de pagamentos de 440 mil euros, ou então não receberá as transferências mensais do Estado. O valor retido será entregue aos credores para diminuir os montantes em atraso e evitar maiores encargos com juros de mora. Para verificar o incumprimento, o Governo analisou as contas de 2012 e 2013, bem como a evolução até Junho de 2014. No entanto, “a Câmara de Setúbal apresentou uma contestação”, segundo disse fonte do gabinete da presidência a O Setubalense, e só em Setembro haverá uma decisão sobre o que acontecerá às transferências
mensais para o município sadino. Até lá, segundo a mesma fonte, a presidente da Câmara Municipal, Maria das Dores Meira, só “abordará a questão na primeira reunião pública de câmara de Setembro”, já que, por se tratar de um período de férias, não haverá mais nenhuma reunião em Agosto. Quanto aos vereadores da oposição, o socialista Paulo Lopes recorda a O Setubalense que, há alguns meses, quando surgiu a situação de uma eventual penhora às contas da câmara devido às dívidas à Amarsul, o PS pediu um relatório completo dos fornecedores em dívida e dos processos em contencioso ou pré-conten-
cioso. “Até agora não recebemos qualquer informação e quando questionei o porquê, a senhora respondeu que a informação estava ainda a ser processada. Soube agora, através da notícia do Correio da Manhã, que a autarquia tem 4,4 milhões de euros em atraso a fornecedores”. No entanto, uma vez que o processo está em fase de audiência devido à contestação da autarquia sadino, Paulo Lopes prefere esperar pelo resultado para tomar uma posição mais definitiva. “Estamos com alguma expectativa quanto à decisão. Se as transferências ficarem retidas será uma medida que estrangula a câmara, mas em rigor deveria ser indife-
rente, já que esse dinheiro será utilizado para pagar aos fornecedores em atraso, algo que deveria ser a câmara a fazer. Mas vamos esperar”. Também o vereador da coligação PSD-CDS/ PP, Luís Rodrigues, prefere esperar pela decisão do Governo antes de se pronunciar com mais detalhe sobre o assunto, mas adianta que, “infelizmente, esta notícia só vem confirmar aquilo que a coligação vem afirmando há muito sobre a situação financeira da Câmara de Setúbal”. “A câmara deveria olhar bem para o que anda a fazer. Toda a gente conhece a situação e própria maioria conhece, mas faz ouvidos de mercador. Não é possível a
situação financeira continuar tal como está”, sublinha. Setúbal faz parte do lote de oito câmaras municipais que estão ainda em fase de audiência e entre as quais se encontram outras duas do distrito de Setúbal, ou seja, Alcochete, com uma dívida de mais de 862 mil euros, e Palmela, com uma dívida de cerca de 157 mil euros. Entretanto, já foram retidas as transferências para 27 municípios, entre as quais, Grândola, Moita e Sesimbra, no distrito de Setúbal. Os restantes sete municípios da lista já estão “em situação de ruptura” e estão obrigados a aceder ao Fundo de Apoio Municipal (FAM).
Escarpas de Santos Nicolau acolhem Festanima D
urante os próximos cinco dias as Escarpas de Santos Nicolau vão receber mais uma edição da Festanima com a alegria típica deste certame. Espectáculos musicais, bailes e mais de uma dezena de stands gastronómicos, dinamizados pelo movimento associativo local, funcionam todos os dias a partir das 18 horas. Madalena Costa, responsável máxima da Associação de Festas Populares de S. Sebastião, reflecte sobre a imensa dificuldade que foi montar este ano a festa, “algo que nunca foi sentido nos passados 12 anos”. “Desde a redução dos patrocínios à cobrança de serviços que no ano passado eram cedidos,
as dificuldades causaram imensas dores de cabeça”. Neste sentido, o apoio financeiro da Junta de Freguesia de São Sebastião aumentou dos 2,5 para os 4,5 mil euros. O presidente da autarquia, Nuno Costa entende que a Festanima nasceu pela vontade das dez colectividades e cresce com o ímpeto e dinamismo do movimento associativo, sempre apoiado por câmara municipal e junta de freguesia. “Esta festa permite que muitas actividades das colectividades sejam possíveis de ser implantadas no terreno”. Por parte da câmara, que fornece “o indispensável apoio logístico”, o vice-presidente André Martins
guarda “grandes expectativas em relação aos resultados financeiros da festa, numa edição marcada por dificuldades nunca antes vistas”. Hoje actua Jorge Guerreiro e há um baile com Luís Rosa, enquanto amanhã realiza-se a Noite das Madrinhas das Marchas Populares, seguida de um baile com Luís Rouxinol. A 15 há um espectáculo por Catarina Castanhas e um baile com música oferecida por João Tendeiro. Um espectáculo de Susana Almeida e baile com Fátima Dias são as propostas de dia 16. A última noite das festividades conta com um espectáculo de Paulo Ribeiro e um baile por Manuel Marques.
Passatempo Politeama
O
Setubalense e o Teatro Politeama oferecem hoje mais dez bilhetes duplos para a mais recente revista de Filipe La Féria, “Portugal à gargalhada”. Ao comprar a edição de
hoje do jornal O Setubalense, terá de apresentá-la depois nas nossas instalações, na Travessa Gaspar Agostinho, nº1, 1º andar, por detrás da Igreja de Santa Maria, para ganhar um bilhete duplo pa-
ra o espectáculo de 20 de Agosto, às 21h30. No entanto, mesmo que volte a não ter sorte desta vez, fique atento, pois nas próximas semanas iremos oferecer mais bilhetes duplos para este espectáculo.