Jornal O Setubalense

Região

PÁG. 09

[ DR

Desporto

PÁGS. 10 e 11

Râguebi vitoriano Bombeiros quer ganhar força combatem múltiplos com a formação incêndios Dezenas de bombeiros do distrito têm combatido diversos incêndios nos últimos dias. Depois do incêndio de grandes proporções em Rio Frio e Lagoa da Palha, os bombeiros estiveram envolvidos num fogo na Quinta da Alegria, na sexta-feira e num outro entre Canha e Pegões, no sábado.

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SEGUNDA-FEIRA 18.AGOSTO.2014

N.º 72 | Ano I | 4.ª Série www. issuu.com/osetubalense

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Setúbal presta última homenagem à “madrinha” Paula Costa Cidade

PÁG. 07

Família e amigos, anónimos e notáveis, reuniram-se, na passada quinta-feira, para o último adeus a Paula Costa. A antiga vereadora da cultura do município de Setúbal, que havia completado 77 anos em Junho, faleceu, deixando a cidade consternada por ver partir a sua eterna “madrinha das madrinhas”. Última Hora PÁG. 12

Porto de Setúbal impressiona Ministro da Economia

DR

Desporto PÁG. 08

O Ministro a Economia, Pires de Lima, visitou, na quinta-feira, o Porto de Setúbal, e apreciou a dimensão e capacidade operacional do terminal de contentores que, até Julho deste ano, obteve um crescimento de 75%, em relação ao mesmo período de 2013.

Cidade PÁG. 07

Inauguração do renovado Largo José Afonso Terminadas as intervenções de melhoria e requalificação no Largo José Afonso, está criada a plataforma técnica para apoio à realização de eventos, inaugurada na quinta-feira, que inclui pontos de acesso à rede eléctrica, e um novo sistema de abastecimento de água.

Estreia sem bom fim na casa da má sorte

C/ 0053

Os responsáveis da secção de râguebi do Vitória querem reforçar a aposta nos jovens atletas. A modalidade é das mais importantes no seio do emblema vitoriano e ambição competitiva é grande. A equipa sénior vai começar a luta na I divisão já em Setembro.

VER BEM NÃO CUSTA NADA

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BLOCO CLÍNICO

SEGUNDA FEIRA 18.AGOSTO.2014

Dores de Cabeça de Tipo Tensional

N

as diversas dores experienciadas pelo ser humano, as dores de cabeça são bastantes prevalentes. Existem múltiplos tipos de dores de cabeça, com padrões sintomáticos e etiologias diversas, contudo são muito comuns as cefaleias do tipo tensional, também denominada cefaleia de origem cervical, acometendo, pelo menos uma vez, cerca de 90% da população em geral em algum momento da vida! Caracteriza-se como "qualquer dor referida na região da cabeça, geralmente unilateral e por vezes irradiando para a região ocular do mesmo lado". Diversas investigações apontam a cefaleia como a dor que mais prevalece em jovens trabalhadores, caracterizando-se como um importante problema de saúde pública com forte impacto

DR

socioeconómico. É muito comum, na prática clínica do fisioterapeuta, ter que lidar com este tipo de problema. Verifica-

-se quase sempre dor ou disfunção associadas na coluna cervical e ombros.

Nestes casos, verifica-se que após o tratamento

das disfunções cervicais e ombros, os pacientes relatavam que suas cefaleias tinham diminuído ou mesmo desaparecido.

Instituto de Cardiologia de Setúbal

Existem diversos tipos de abordagem terapêutica dentro da Fisioterapia que podem ser indicados no tratamento das cefaleias do

tipo tensional, sendo frequente o recurso a formas de eletroterapia, a acupunctura e técnicas manuais.

Os objectivos do tratamento passam pelo equilíbrio da função muscular cervical e do craneo/face e educação/ conselhos ergonómicos a ter durante a actividade laboral. A electroterapia e acupunctura podem servir de forma eficaz para elevar o limiar de percepção de dor do paciente, permitindo maior liberdade de movimento e actividade muscular livre de dor.

O recurso exclusivo a medicação para enxaquecas não apresenta eficácia no controlo da dor nos casos de cefaleias do tipo tensional. Se pensa padecer deste problema procure aconselhamento junto de um Fisioterapeuta.

Eurico Gonçalves Fisioterapeuta iClinics

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OPINIÃO

SEGUNDA FEIRA 18.AGOSTO.2014

Política

À luz da verdade

As contas da autarquia

S

ão cada vez mais evidentes e preocupantes os sinais de rutura financeira na Camara municipal de Setúbal. Ainda a semana passada, um dos maiores órgãos de comunicação social do país, colocava Setúbal na liderança de um grupo restrito de autarquias, que não reduziram as dívidas em atraso aos fornecedores. Este facto vem dar razão ao Partido Socialista que há muito vem alertando o executivo para as consequências que poderão daí resultar. O endividamento a fornecedores que, recorde-se, aumentou de 29 para 39 Milhões de euros em apenas dois anos (2011/2013), poderá ser fatal para a economia local e população. O incumprimento da autarquia com as

empresas locais poderá levar a mais falências no Concelho e empurrar mais setubalenses para o desemprego.

Por outro lado, a nossa autarquia corre o risco de multas pesadíssimas por incumprimento e de ver os destinos de Setúbal e Azeitão serem tragicamente geridos a partir do ministério das finanças.

O Estado poderá legitimamente reter as verbas da autarquia para saldar dívidas em atraso aos fornecedores. Para além da humilhação pública do município sadino, esta atitude poderá defraudar de forma objetiva a opção dos setubalenses, que deram a vitória á CDU nas últimas autárquicas e que acreditaram que as contas do município estavam controladas.

Outra consequência que

poderá durar vários anos será a perda da capacidade de investimento da autarquia. É que uma nova organização territorial, determinada pela União Europeia, limitou o acesso aos fundos comunitários dos Concelhos da Península de Setúbal ao incluí-los na área territorial da grande Lisboa. Assim sendo, o investimento que cada autarquia possa empreender no seu território ganha especial importância. Perdendo capacidade de investimento, Setúbal poderá perder o comboio do desenvolvimento regional (Litoral alentejano e margem norte) isolando-se de forma irremediável de uma estratégia conjunta supramunicipal.

A preocupação de uma autarquia terá que ser a melhoria da quali-

Voltando à festa de Nª. Sª. de Tróia

N

Manuel Fernandes Membro do Partido Socialista dade de vida das populações e a relação com as instituições do Concelho, mas a situação financeira em que se encontra a Camara de Setúbal tenderá a desviar as atenções para os problemas da gestão e sustentabilidade, afastando-se dos cidadãos e da sua principal missão.

FAZER A CIDADE

Dois homens simples Que ninguém se engane, só se consegue a simplicidade através de muito trabalho.

Clarice Lispector

O

Vitória Futebol Clube não é apenas o maior clube de futebol de Setúbal, mas também de todo o país abaixo do rio Tejo. Possui um museu digno de ser visto, que reflecte os feitos desportivos do passado, numa terra que não é especialmente rica e que tem atravessado muitas dificuldades económicas até agora, e em especial desde o último quartel do século passado.

Apesar disso o clube tem-se constituído como autêntico viveiro de grandes jogadores que depois são projectados nos grandes.

Mas Setúbal tem ainda tradição ao nível de grandes treinadores.

Basta citar José Mourinho, mas podíamos fa-

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lar de outros monstros que por aqui passaram, como José Maria Pedroto ou Fernando Vaz. Vem isto a propósito dos recentes feitos de dois antigos jogadores do Vitória e presentemente treinadores. É o caso de Hélio Sousa, antigo internacional com quem a equipa contou na conquista da sua última Taça de Portugal, em 2005, e que a levantou no Jamor, enquanto capitão.

Pois o Hélio levou a sua selecção à final do Europeu de Sub-19, tendo perdido por 1-0 contra a poderosa Alemanha. Um feito. Hélio é um caso sério de anti-vedetismo. Quem o conhece sabe que é a humildade em pessoa, o que não o impediu de ter sido um

médio de referência, enquanto jogador, um líder (era quase sempre capitão de equipa), internacional em diversos escalões da competição, e de agora se estar a afirmar como treinador competente.

O outro caso é o de Mário Narciso, que ganhou recentemente o Mundialito na modalidade de futebol de praia.

Um homem simples, terra a terra e muito autêntico. O técnico, que em 2008 se sagrou campeão nacional de futebol de praia com o Vitória de Setúbal, clube que treinou nas seis últimas épocas, e que venceu igualmente com os “sadinos” a divisão de elite em 2010, em boa hora foi chamado para seleccionador nacional.

Qualquer destes homens comprova que não é necessário ser desagradável para os adversários, mal-educado, usar e abusar dos chamados mind games ou portar-se como sendo superior.

Limitam-se a ser o que são, a manter os pés bem assentes na terra, a colocar em prática os conhecimentos adquiridos e recorrer à sua experiência na formação e preparação das suas equipas. Os resultados estão à vista.

Talvez vendam poucos jornais, mas certamente não é isso que os preocupa. Têm mais no que pensar. Isso é para as madonas do futebol, que acham que merecem ser reverenciadas pelos mortais comuns.

José Brissos-Lino

os dias 9, 10 e 11 de Agosto, os nossos pescadores celebraram a multicentenária festa de Nª. Sª. de Tróia, na Caldeira daquela península. Terminadas as fainas de montagem e de desmontagem das estruturas, assim como chegados ao fim das celebrações, impõe-se uma reflexão necessária.

Esta festa, actualmente à responsabilidade dos pescadores de S. Sebastião de Setúbal e com um historial de séculos, é vivida também por elevado número de habitantes da cidade. Basta ver, na tarde do último dia, durante a procissão fluvial de regresso, o número de doentes nas varandas do Hospital do Outão e a elevada aglomeração de habitantes de Setúbal que se junta na borda de água do rio Sado, acenando à multidão de barcos e, sobretudo, à imagem de Nª. Sª. de Tróia.

Por outro lado, as autoridades de Setúbal e de Grândola, acorrem aos festejos e partilham com o povo simples a alegria que lhes vai na alma, mostrando, desse modo, que também os governantes dos vários quadrantes sabem admirar no povo simples, mesmo em tempos difíceis, a alegria de viver e a força da fé. Deste modo, a humilde capelinha da Caldeira de Tróia converte-se num amplo santuário que domina plenamente as areias da península, as águas do Sado e o piso urbano de Setúbal.

Um outro aspecto a sublinhar é o apoio, económico e logístico, que as mesmas autoridades, assim como as sucessivas empresas turísticas de Tróia e outras entidades outorgam à Comissão de Festas para o pleno êxito destas jornadas.

Este ano, o jornal OSETUBALENSE associou-se também, dum modo muito significativo, a estas celebrações.

E interessa sublinhar

Pe. Álvaro Teixeira

a entrega devotada da Comissão de Festas e de muitos homens e mulheres que se associaram a ela, durante dias e dias, para que os aspectos logísticos pudessem permitir o êxito almejado.

"os pescadores testemunharam quanto lhes vai na alma, mas interessa também tirar bem a limpo os diversos aspectos que exigem uma reflexão" O rio Sado veste-se de gala, nestes três dias de festa, singrado pelos barcos de pesca, pelas naves daquela faina que já fez de Setúbal, anos atrás, uma das cidades piscatórias mais importantes do país e uma das alavancas mais fortes da riqueza nacional. Olhando para a realidade presente desta área, a Festa de Tróia é uma denúncia ao estado a que os pescadores foram votados pela governação central.

A festa foi bonita, a população vibrou, os pescadores testemunharam quanto lhes vai na alma, mas interessa também tirar bem a limpo os diversos aspectos que exigem uma reflexão que vá do simples cidadão às autoridades do país mais ligadas ao mundo piscatório.

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CULTURA

SEGUNDA FEIRA 18.AGOSTO.2014

38 anos da Festa do Avante em retrospectiva em Setúbal

Uma exposição sobre a Festa do Avante, inaugurada na semana passada, no Edifício Arrábida, transporta os visitantes numa viagem pelas 38 edições da festa “da fraternidade”, que todos os anos atrai milhares de pessoas.

O SETUBALENSE

POR VERA GOMES

C

erca de trinta pessoas estiveram presentes na inauguração da exposição da Festa do Avante, na passada quarta-feira, no Edifício Arrábida, sito no número 35 da Avenida 5 de Outubro Naquele espaço podemos observar e folhear uma panóplia de materiais, tais como cartazes, programas das várias actividades (bienal de artes plásticas, festival de música “Cantar a Liberdade”, Avanteatro, gastronomia, etc.), excertos do jornal Avante, troféus, cassetes áudio e vídeo de actuações de artistas que participaram na festa, entre outros.

José Pereira, membro do Comité Central do PCP e responsável pela 38ª edição da Festa do Avante, este

ano subordinada ao tema dos 40 anos do 25 de Abril de 1974, explica a ideia por detrás da mostra. “Como tínhamos muitos materiais no arquivo, pensámos: porque não ocupar este espaço (sala no r/c do edifício) e divulgar a nossa festa, que comemora os 40 anos da Revolução de Abril!?!”. “É de valorizar esta iniciativa!”, referiu José Pereira, que considera a Festa do Avante “uma conquista de Abril, por tudo aquilo que ela representa e significa para os trabalhadores, para o povo e para o regime democrático”.

Recordando a sua génese, o dirigente comunista alega que a Festa do Avante “deu ao povo português um espaço único de convívio, de amizade, de solidariedade, de camaradagem, de afirmação, de liberdade e de democracia. Permitiu

Festa do Avante assinala 38ª edição com exposição em Setúbal

acesso à cultura, à música, ao teatro, ao cinema, às artes plásticas, à literatura”.

De acordo com José Pereira, “esta festa da fraternidade, desde logo conquistou muitos milhares de pessoas, comunistas e não comunistas”, algo que continua patente, actualmente, nas jornadas de trabalho

para a construção da festa, onde participam militantes e não militantes do PCP. A festa iniciou-se na FIL, e, passou por outros locais, nomeadamente: Jamor, Ajuda e Loures; “até conquistar o nosso espaço na Atalaia, a muito custo”, expressou o organizador da 38ª edição, que se realiza

de 5 a 7 de Setembro.

O tema dos 40 anos do 25 de Abril vai estar presente em todas as vertentes da festa, desde o teatro ao cinema, passando pela poesia e pela música.

Os espectáculos musicais da Festa do Avante têm início no dia 5 de Setembro, pelas 22 horas, com o Concerto para Cravos e Orquestra – “Opus 40”, pela Sinfonietta de Lisboa, sob a direcção do Maestro Vasco Pearce de Azevedo, que abre o palco 25 de Abril.

Já no Espaço Setúbal, vai ser debatido, às 15 horas de sábado (6 de Setembro), o tema das nacionalizações, com o objectivo de “realçar e defender a sua importância no futuro de Portugal”.

Já no domingo (7 de Setembro), à mesma hora, a defesa do poder local democrático será o tema, com enfase na “exigência de devol-

ver as freguesias ao povo”, dado que, segundo o PCP, “a população já está a sentir na pele situações causadas pela extinção de freguesias”. Destaque ainda para o Espaço Ciência, onde vai ser abordado o tema da sexualidade, que, como lembra José Pereira, “era tabu antes da Revolução de Abril”.

Camané, A Naifa, Sérgio Godinho, Jorge Palma, Buraka Som Sistema, Mind da Gap, The Legendary Tigerman, são alguns dos artistas que actuam nesta edição. Toda a informação sobre a programação da Festa do Avante pode ser consultada no site http://www. festadoavante.pcp.pt/.

A exposição, que faz uma retrospectiva dos 38 anos da festa, com início em Setembro de 1976, vai estar patente até ao fim da festa, de 2ª a 6ª feira, das 9 às 18 horas.

“Marisco no Largo” promove sabores do mar sadino [ A-GOSTO.COM

POR ROGERIO MATOS

A

segunda edição do “Marisco no Largo” traz novamente ao Largo José Afonso iguarias do mar, num local onde cinco restaurantes de Setúbal estão responsáveis pela dinamização do evento, que conta ainda com cervejas artesanais, sessões de cozinha ao vivo e animação musical. Âncora e Serrano, Martróia, Rius, Rius Vip e Solar do Marquês são os restaurantes presentes, com experiência na confecção de marisco.

Para Maria das Dores Meira, presidente da Câmara Municipal de Setúbal, este tipo de eventos não é possível sem a parceria entre várias entidades com um objectivo comum: “promover a gastronomia da melhor maneira possível e fazer com que este chegue ao maior número de pessoas”. “Devido às grandes dificuldades económicas por que a autarquia passa, nunca seria

viável organizar sozinha este evento”, prossegue.

A Essência do Vinho, responsável pelo certame, entende que o mesmo veio para ficar, na cidade de Setúbal, e estima, pela voz do seu director Nuno Pires, receber a visita de cerca de dez mil pessoas, tal como no ano passado. Por seu lado, Rui Freire, administrador de marketing da Unicer, vê nesta iniciativa a oportunidade de “sofisticar a percepção de novas cer-

vejas, através da promoção da gastronomia local”.

O “Marisco no Largo” integra o roteiro deste ano dos festivais “Super Gastronómicos”, iniciativa de âmbito nacional, com eventos temáticos em Leiria, Lisboa, Vilamoura, Bragança e Porto. Inaugurada na passada quinta-feira, a iniciativa decorre até à próxima segunda-feira e a entrada custa 3 euros, com a oferta de uma cerveja.

SEGUNDA FEIRA 18.AGOSTO.2014

Economia

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AGENDA GASTRONÓMICA

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Preços Especiais

Devem os ricos, pagam os pobres

N

a nossa actual III República, a promiscuidade entre os políticos, os administradores públicos ou de anteriores empresas públicas, os banqueiros e as grandes empresas nacionais é de tal forma, que se consentem verdadeiras atrocidades e atentados à economia nacional, com a conivência de todas as partes.

A situação do BPN, do BPP e do BES, já não falando da intervenção camuflada no BANIF e no Millennium BCP, por parte do Estado, são bons exemplos daquilo que se tem passado ultimamente no sector bancário, com a conivência do Banco de Portugal e dos respectivos governos.

Será possível que o

BES apresente resultados negativos na ordem dos 3570 milhões de euros (recorde nacional absoluto por parte da banca em Portugal), com cerca de 1500 milhões de euros apresentados ou retirados na última quinzena, antes da demissão do Dr. Ricardo Salgado e que o Governador do Banco de Portugal, dizendo publicamente que já tinha o BES sob suspeita há cerca de 8 meses, permitisse estes resultados e essas eventuais retiradas de capital?

Para que é que existe uma entidade reguladora chamada Banco de Portugal com ordenados principescos comparados com a média praticada no país, que é incumbida de fa-

zer auditorias regulares à banca e só actua depois das burlas estarem consumadas?

A situação do Novo Banco também não convence ninguém, uma vez que as várias empresas do Grupo Espírito Santo detêm um património fabuloso em hotéis, hospitais, propriedades privadas e participações em outros sectores, que podem responder com uma parte bastante significativa da dívida das várias empresas do Grupo ao BES. Ainda não vimos a preocupação do Governo ou do Banco de Portugal em quantificar esse activo e retê-lo para amortização da dívida, nem tão pouco com a responsabilização fi-

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Classificados Francisco Carriço Presidente da Direcção da ACISTDS nanceira e criminal por gestão danosa por parte de todos os administradores do BES. Sabemos bem, em última instância, quem irá pagar todo este prejuízo. Serão os mesmos que pagaram o prejuízo do BPN, que é como quem diz, os contribuintes.

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PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

Sua Família, vem por este meio agradecer à equipa dos Cuidados Intensivos do Hospital S. Bernardo de Setúbal, Médicos , Enfermeiros, Auxiliares de Acção Médica e restantes funcionários, a dedicação e carinho prestado à nossa doente.

A todos um bem ajam

Seu marido, irmão, primos e restante família, participam o falecimento do seu ente querido, cujo funeral se realizou no dia 14/07/2014.

Vêm por este meio e na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, agradecer a todas as pessoas que se dignaram a acompanhar ou que de outra forma lhes manifestaram os seus sentimentos.

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04:36 11:04 17:30 23:44

31º 16º

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29º 16º

Céu pouco nublado

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ACTUALIDADE/ RÚBRICA

SEGUNDA FEIRA 18.AGOSTO.2014

Prova de avaliação dos professores

Nota final desafinada POR JOAQUIM GOUVEIA

P

arecem alarmantes, à partida, os números divulgados

pelo Ministério da Educação, relativos à Prova de Avaliação de Conhecimento e Capacidade dos novos professores: 1473 reprovaram e 63

por cento dos examinados deram erros ortográficos.

Perante estes números pensa-se na própria preparação dos professores

formados e credibilizados pelos seus cursos e, por outro lado, será razoável pedir explicações às escolas que formaram estes docentes

Ouvimos a opinião de dois professores (um reformado, outro no activo) e de um antigo sindicalista sobre esta matéria. As opiniões, de

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Número considerável

Reduzir os efectivos

Escreve-se muito mal

Para Justino Marques, antigo professor, a questão merece um comentário cauteloso: “No meu tempo não tínhamos este tipo de avaliação que era feita através de um relatório crítico de cada professor, analisado por uma comissão da própria escola e validado pelo Conselho Directivo. Hoje a prova é diferente. Não sei se é mais difícil.

No entanto, o número de reprovados é considerável tendo em conta a própria preparação dos professores que deve ser mais cuidada. Isto revela que faltará alguma preparação mas,

José Maria Dias, professor no activo não sujeito à prova, acredita que estes números “não seriam esperados”, mas, mesmo assim, considera que é um número de reprovações baixo. “Para mim o que está em causa é a própria prova, porque estão a avaliar professores que já estão formados e a descredibilizar as instituições de ensino que lhes deram a formatura. Sobre os erros ortográficos, José Maria Dias não tem dúvidas:

Benjamim Carvalho é um antigo sindicalista. Crítico relativamente à prova diz que “o número de reprovados acaba por ser relevante”, embora não conheça a prova em si e os resultados finais, e considera que esta é “uma prova despropositada”. “Na minha opinião a prova deveria ser realizada no final dos cursos de cada professor”. Relativamente à percentagem de erros ortográficos o antigo sindicalista diz que “pode, na

se calhar, até por um certo nervosismo estes números disparam a estes níveis”.

Quanto à questão dos erros ortográficos, Justino Marques está convencido de que “foram motivados por causa do novo acordo ortográfico”.

“Isso teve a ver com o novo acordo ortográfico. Eu próprio também os dou no mesmo texto que chego a escrever das duas maneiras.

Os números, neste caso e por esta razão, não são relevantes”.

Clientes do BES em Setúbal revoltados com Ricardo Salgado O SETUBALENSE

POR ROGÉRIO MATOS

R

epúdio, desprezo, surpresa e até revolta são os sentimentos que os clientes setubalenses do Banco Espirito Santo demonstraram ao nosso jornal sobre a actuação fraudulenta da administração liderada por Ricardo Salgado ao longo de anos. Situação que levou o Banco de Portugal a anunciar a separação entre os activos tóxicos e os bons, no Novo Banco. Esta forma de proteger os depositantes do BES não foi suficiente para acalmar os nervos dos clientes que O Setubalense contactou.

José Espada, cliente há 30 anos, não perdeu qualquer poupança que tinha, mas perdeu sim a esperança que sempre teve na idoneidade da antiga administração liderada por Ricardo Salgado.

“Não estava nada a espera que a situação se desenrolasse desta forma”, admite José Espada, para quem as explicações e a tentativa de assegurar a paz de espirito

certa forma convergem e tentam minimizar os estragos que, afinal, uma prova realizada sobre enorme pressão sempre provoca.

3 Reparos

verdade, ter a ver com o novo acordo ortográfico. De qualquer forma acho que hoje, com ou sem acordo, se escreve muito mal no nosso país”.



Reparámos que, na Rua Olímpio Moreira dos Santos, o estacionamento abusivo em cima de um passeio, que já é um pouco estreito, condiciona a circulação pedonal. A situação é ainda mais complicada para quem tem de circular com carrinhos de bebé ou para pessoas com mobilidade reduzida.

Reparámos que, na Travessa de Jorge D’Aquino, entre a Rua Arroches Junqueiro e o Terreiro de Santa Maria, existem alguns cabos de electricidade que estão parcialmente a descoberto. A parte inferior dos cabos está protegida por um tubo, mas a parte superior está “solta” e afastada do edifício. Dado que existe alguma circulação de veículos nesta artéria, para cargas e descargas, seria importante proteger melhor os cabos, “não vá o diabo tecê-las”.

Setubalenses com contas no BES insatisfeitos com actual situação do banco

dos depositantes por parte de Vitor Bento, Governador do Banco de Portugal, “não foram suficientes”.

Retirar o dinheiro que tem depositado no banco nunca foi uma opção ponderada por este cliente, ao contrário de Maria Cristina. “Na semana passada, quis tirar o dinheiro todo que tinha no BES e passar para outra instituição com mais estabilidade, porque tive medo de perder todas as poupanças ao fiz ao longo da vida”, explica Maria Cristina, que espera que “as pessoas que trabalham todos os dias no banco não

sejam prejudicadas com as falcatruas de Ricardo Salgado, porque não têm culpa nenhuma, mas são o alvo mais fácil das pessoas que se sentem enganadas”.

Cerca de 200 milhões de euros em contas deste banco foram transferidas para a Caixa Geral de Depósitos num só dia, apesar de o Fundo de Garantia dos Depósitos continuar a garantir um máximo de 100 mil euros a cada depositante, mesmo num cenário extremo de insolvência.

Angelina da Conceição, outra cliente do banco, diz mesmo que fica mal dis-

posta quando vê a cara de Ricardo Salgado na televisão. “É um vigarista que pôs em cheque tudo o que o BES fez de bem ao longo dos anos e espero que tenha uma condenação adequada”. No mesmo sentido, Albino Tomás deseja que a situação do Novo Banco seja resolvida o mais rapidamente possível e os culpados entregues à justiça.

“Duvido mesmo muito que o dinheiro dos contribuintes não seja utilizado para tapar o buraco que os corruptos causaram, algo que é recorrente em Portugal”, prossegue Albino Tomás.

O SETUBALENSE

Reparámos que, já foram novamente repostos os pilaretes do Largo Joaquim António de Aguiar, junto à Rua Arronches Junqueiro. A intersecção entre as duas artérias do centro histórico estava desimpedida há cerca de uma semana. A situação já se arrastava há cerca de um mês, sendo que os pilaretes já tinham sido repostos uma vez. Esperemos que ninguém se lembre de arrancar os pilaretes novamente.

CIDADE

SEGUNDA FEIRA 18.AGOSTO.2014

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Setúbal viu partir a “madrinha” das marchas populares

Faleceu Paula Costa, aos 77 anos, vítima de doença prolongada. O pesar chegou de todos os quadrantes, políticos e públicos, num adeus à antiga vereadora da cultura do município setubalense, cargo que exerceu ao longo de 12 anos. [ FOTOS: DR

POR JOAQUIM GOUVEIA

M

ulher popular, decidida, honesta, risonha e muito afável.

Deixa uma saudade que os próximos tempos jamais apagarão, transversal a tudo e todos pelas suas iniciativas e pela sua forma de estar e comunicar, numa cidade que a viu nascer, brincar, ser mulher e, agora, partir para sempre numa derradeira viagem que saiu da Capela do Socorro, em direcção ao Crematório da Quinta do Conde, na passada quinta-feira.

Jorge Costa, o seu marido, o homem a quem dedicou 54 anos da sua vida, estava, naturalmente, abatido pela perda, mas orgulhoso da mulher que Setúbal soube, uma vez mais homenagear, levando inúmeros familiares, amigos, companheiros de partido e anónimos a endereçar sentidas condolências e a elogiar o papel fundamental que Paula Costa desenvolveu a bem da nossa comunidade A reedição das marchas de Setúbal, a ela se deve pelo que muitos lhe chamam, carinhosamente, de madrinha das madrinhas. Também as “Noites de Setúbal”

e outros eventos culturais, desportivos e lúdicos que soube promover, colocando os agentes das artes, do desporto e as colectividades numa permanente e profícua actividade, são exemplo do seu intenso trabalho no executivo camarário.

Foi dirigente na Sociedade Capricho Setubalense e no seu Vitória de Setúbal. Deixa uma obra de mérito e valor na cidade e uma postura humana de relevo, aplaudida e reconhecida por todos. Consensual!

Mulher popular e de consensos Foram várias as figuras públicas setubalenses que estiveram presentes nas cerimónias fúnebres.

Maria das Dores Meira foi presença notória, até pelo facto de representar um município onde Paula Costa ganhou maior notoriedade. Para a chefe do executivo camarário “Paula Costa representa a história da cidade. Foi uma mulher que não deixou cair a tradição, a memória e a identidade de Setúbal, que lhe fica a dever muito. Foi, ainda, uma mulher com simpatia, amor à vida e alegria de viver. Vai deixar muitas saudades”.

Félix Mourinho (pai do

conhecido treinador José Mourinho), amigo de Paula e Jorge Costa, não faltou ao derradeiro adeus.

“Passei a conhecê-la quando vim para Setúbal. Ela e a minha mulher andaram à escola e eram muito amigas. Oxalá o Jorge recupere bem desta perda. Foi uma vida em conjunto. A Paula foi uma grande mulher e creio que teve um bom desempenho enquanto vereadora na Câmara de Setúbal.

Soube lidar com toda a gente. É uma grande perda para a cidade”.

Fernando Tomé, conhecida figura do Vitória de Setúbal vestiu o fato oficial do clube, que representou no funeral. Emocionado, desabafou: “Paula Costa foi uma pessoa que muito me marcou, mesmo antes de ser dirigente desportiva. Foi uma pessoa que passei a admirar ao longo de todos estes anos. Vejo este seu desaparecimento com uma enorme tristeza. Sempre lutou pelos seus ideais e pelos da sua terra. Como autarca marcou positivamente a nossa cidade. Desejo que descanse em paz”.

Também Fernando Paulino, presidente da Associação dos Socorros Mútuos Setubalense e camarada de

As bandeiras do Vitória e da Capricho cobriram o caixão de Paula Costa

Paula Costa estava visivelmente emocionado. “Perdi uma grande amiga. Setúbal perdeu uma das suas mais populares figuras. Falava a linguagem dos setubalenses e dizia de forma frontal o que pensava. Como autarca, a cidade perdeu uma das vereadoras que soube inter-

pretar os sentimentos de todos os setubalenses e azeitonenses. Foi uma mulher responsável que a todos soube ouvir. Vamos sentir a sua falta”. À família enlutada endereça O Setubalense sentidas condolências e votos de pesar.

Maria das Dores e Jorge Costa assistiram à cremação do corpo da ex-vereadora

Nova plataforma logística já está em funcionamento no Largo José Afonso As intervenções de melhoria e requalificação no Largo José Afonso acabaram, e está criada a plataforma técnica para apoio à realização de eventos, inaugurada na passada quinta-feira. [ A-GOSTO.COM

POR ROGÉRIO MATOS

O

investimento de 150 mil euros da Câmara Municipal de Setúbal inclui pontos de acesso à rede eléctrica, equipamentos para deposição de resíduos sólidos urbanos, gerados nos eventos, e um novo sistema de abastecimento de água e de recolha de águas pluviais.

As intervenções, que tiveram início a 10 de Abril, ao longo da lateral poente do Largo, com uma extensão de perto de uma centena de metros, permitem agora que o espaço seja

Autarcas inauguraram novas valências do Largo José Afonso

utilizado para a dinamização de iniciativas de cultura e lazer, devido às operações de reforço da iluminação pública e de alargamento da área de circula-

ção pedonal, desenvolvendo assim as condições de utilização e fruição do local. Alguns atrasos, inerentes à realização deste tipo de obra, adiaram a fi-

nalização da mesma, que estava planeada para o passado mês de Junho.

O primeiro evento a usufruir das melhorias é o “Marisco ao Largo”, que decorre até à próxima segunda-feira, mas pode não ser o único, já que foi também reconhecida, pela organização do “Fest’asso”, a necessidade de um espaço mais central na cidade, ao contrário do Cais 3. Maria das Dores Meira, presidente da Câmara Municipal de Setúbal reconhece o esforço financeiro da obra como uma mais valia para a cidade. “Este é mais um espaço requalificado

que vai servir para melhorar a qualidade de vida da população”, explica a autarca, para quem “a dinamização turística do espaço surge exactamente nesse sentido, como mais um passo tomado na via do turismo”.

Neste local há varias décadas, e já sendo um ponto de referência para a gastronomia em Setúbal, o restaurante Duarte dos Frangos já tinha admitido guardar grandes expectativas para a dinamização do novo espaço, com a nova esplanada, mas apenas se queixou do ‘timing’ da obra, que ocupou o terreno

na altura de maior movimentação de pessoas e turistas, e da falta de espaço para os clientes do ‘take-away’ estacionarem.

O Setubalense teve ainda conhecimento da criação de um novo restaurante no espaço convertido, junto ao Duarte dos Frangos, mas, até ao momento, mais nada foi adiantado.

Os trabalhos englobaram ainda a reabilitação de passeios e a execução de acções de pavimentação na rodovia, a qual passa a funcionar com um sentido único de trânsito, na ligação da frente ribeirinha com a Avenida Luísa Todi.

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DESPORTO

SEGUNDA-FEIRA 18.AGOSTO.2014

«Queremos continuar a absorver mais jovens da formação na equipa sénior» Râguebi Além do desejo de repetir a presença na final-four, no campeonato da 1.ª divisão que arranca em, Setembro, o director João Viegas frisa a importância de reforçar a aposta na formação e integrar mais jovens na equipa senior. [ DR

Proximidade a Lisboa prejudica

U

m dos problemas que a secção de râguebi tem sentido prende-se com o facto de muitos jovens, ainda antes de entrarem no ensino universitário, trocarem Setúbal por Lisboa. “Como a capital tem mais clubes acaba por atrair muitos dos nossos jogadores que vão estudar para lá. Para nós a proximidade a Lisboa é prejudicial. Mesmo quando estão na formação, com 16/17 anos, os clubes tentam atrai-los antevendo a fase em que vão estudar para Lisboa”, diz João Viegas, compreendendo que desse modo os jogadores podem chegar mais rápido às equipas de topo.

Para combater a fuga e fixar mais jovens, o também jogador que está à frente da secção há 4 anos tem uma estratégia. “ Temos de apostar mais na formação. Em vez de subirem 10 sobem 20, em vez de ficarem cinco na equipa sénior ficam 10. Temos protocolos com várias instituições da cidade, como o Centro Jovem Tabor e o Colégio do Centeio, para promover a modalidade e atrai-los ao râguebi”, recorda, revelando que “cerca de cinco jovens promessas da formação deverão integrar a equipa principal” esta época.

O râguebi é uma das modalidades emblemáticas do Vitória. O clube conta actualmente com mais de uma centena de praticantes em sete escalões etários

POR JOAQUIM GUERRA

D

epois do 4.º lugar alcançado na época anterior no segundo principal escalão do râguebi nacional, a equipa sénior do Vitória FC, que começa 2014/15 em Setembro, pretende, mais uma vez, entre os primeiros classificados. “Conseguimos ir à final-four no campeonato nacional da 1.ª divisão composto por 10 equipas.

O objectivo passa por manter o nível e continuarmos a lutar pelos lugares cimeiros”, lembra João Viegas, director da secção.

A O Setubalense, o responsável sadino sublinha que os objetivos traçados vão além dos êxitos desportivos. “Temos uma estratégia de continuidade. Há duas época fizemos uma grande transformação, que foi a aposta nas camadas jovens, e estamos agora a tentar colher os frutos disso. Queremos na próxima época continuar a absorver mais jovens da formação na equipa sénior. Temos conseguido fazê-lo com êxito”.

Com cerca de 120 praticantes divididos pelos escalões de Sub-8, 10, 12, 14 , 16, 18 e seniores, João Viegas, de 31 anos, espe-

Ex-capitão do Vitória Sandro vai treinar seniores do Alcacerense S

[ DR

andro Mendes, antigo capitão do Vitória, vai liderar a equipa técnica do Alcacerense, no campeonato distrital da 2.ª divisão da AF Setúbal, em 2014/15. O ex-coordenador da formação dos sadinos, de 37 anos, vai ter pela primeira vez a missão de comandar uma equipa sénior. Os alentejanos consideram Sandro a escolha ideal para um projecto que pretende promover a formação em Alcácer do Sal.

No regresso do Alcacerense à competição de seniores, Sandro Mendes dá mais um passo na sua já longa carreira no futebol.

Formado no Vitória, o jogador foi presença assídua no meio-campo da equipa principal sadina mais de uma década.

Hércules, Villarreal, Salamanca e Ceuta (Espanha) e Manisaspor (Turquia) também fazem parte do currículo de atleta do agora timoneiro dos alentejanos.

Sandro vai estrear-se a liderar seniores

ra que os jovens da formação se desenvolvam para “dentro de três ou quatro anos o Vitória ter a equipa sénior a lutar pela subida à Divisão de Elite”. Para o fazer os sadinos esperam o regresso a casa de antigos vitorianos. “Há dois anos vários jogadores nossos saíram para clubes da Divisão de Elite. o nosso objetivo é que, mais tarde ou mais cedo, esses atletas voltem ao Vitória para nos ajudarem a ser muito mais competitivos”.

O director lembra que foi por essa via que José Guerreiro, que partilha a responsabilidade da liderança técnica com Pedro

Bastos, se tornou treinador da equipa. “José Guerreiro é mais um exemplo da nossa aposta na formação. Foi um grande jogador que há quatro anos ajudou o Vitória a ir à final com a Académica de Coimbra. Era um dos principais jogadores e foi convidado a ir para o Direito, da Divisão de Elite, onde se sagrou campeão nacional. Passado uns anos voltou a casa como treinador”.

Director aplaude ida para a Várzea A mudança do local de treinos do Vale da Rosa que continuará a ser pal-

co dos jogos - para a Várzea só trouxe vantagens para a modalidade, garante João Viegas. “A alteração foi muito importante e benéfica para nós. O Vale da Rosa fica na periferia da cidade, enquanto a Várzea está no centro e permite um acesso fácil aos praticantes mais jovens que não têm viatura própria”, explica.

A presença de Benfica e Sporting no campeonato nacional da 1.ª divisão també tem, admite, espevitado, a prova em que o clube está inserido.

“Benfica, Sporting e Vitória, três clubes com tradições históricas no futebol, é mais aliciante para os adeptos. Não nos tem faltado apoio nos jogos que fazemos”, refere, enaltecendo o apoio dos adeptos vitorianos ao râguebi.

O director gostaria que,ao nível dos patrocinadores, a modalidade tivesse um maior suporte.

“Era importante ter mais apoios. Temos competição de Loulé a Arcos de Valdevez e isso acarreta custos elevados ao nível do transporte. Com mais apoios e mais investimento conseguiríamos fazer mais. Temos espalhado a palavra, mas não temos conseguido atrair os patrocinadores”, lamenta, frisando que o râguebi do Vitória tudo continuará a fazer para levar o nome da cidade de Setúbal ao país”.

Edi Maia e Susana Costa em 8.º lugar no Europeu

E

di Maia, no salto com vara, e Susana Costa, no triplo salto, alcançaram o o 8.º lugar nos Europeus de Atletismo de Zurique, Suíça. Ambos os saltadores começaram as respectivas carreiras no Grupo Desportivo o Independente. O setubalense Edi Maia, recordista nacional de 26 anos, alcançou o melhor resultado de sempre para Portugal no salto com vara com a marca de 5,60 metros ao terceiro ensaio, ficando a

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Edi Maia saltou para lugar histórico

dez centímetros do seu recorde pessoal. A prova realizada anteontem foi ganha pelo francês Renaud Lavillenie com 5,90 metros.

Susana Costa fez história na sua estreia em finais numa grande competição ao saltar 13,78 metros (vento -1,0 metros por segundo).

A atleta assegurou, no seu terceiro ensaio, com 13,77 m, o direito ao top-8 e a fazer os dois saltos finais, melhorando ainda para 13,78 m. A sua sequência de saltos foi nulo, 13,72, 13,77, 13,78, nulo e 13,40. A final foi ganha pela ucraniana Olha Saladukha, com 14,73 metros.

DESPORTO

SEGUNDA FEIRA 18.AGOSTO.2014

A tradição manteve-se em tarde desnorteada

1ª Liga O Vitória teve uma boa oportunidade para acabar com o ‘fantasma’ dos Arcos, mas a história não mudou. Zéquinha e Manú foram expulsos na estreia do campeonato. [ FOTOS: DR]

RESULTADO

2 0 Rio Ave

VITÓRIA

O extremo setubalense Manú estreou-se com uma boa exibição. Além de integrar bem o ataque foi ajuda importante a defender

POR JOAQUIM GUERRA

S

e é que há bons dias para a equipa do Vitória quebrar malapatas, o jogo de ontem foi propício a isso. Todavia, a malfadada força da tradição manteve-se e os sadinos saíram, mais uma vez, de Vila do Conde sem conseguir vencer.

No arranque da Liga, o primeiro desaire da equipa liderada esta época por Domingos Paciência foi carimbado com dois golos a abrir a fechar a segunda parte de um jogo que ficou marcado por três expulsões – duas para os sadinos.

O treinador sadino gostou da actuação da equipa no primeiro tempo, apontou o dedo à exibição menos conseguida segunda parte e não poupou críticas ao árbitro do desafio (ver caixa ao lado).

Perante um Rio Ave ‘uefeiro’, mais ritmado, os sadinos, com seis reforços na equipa titular, a que soma-

ram mais três, fruto das substituições, apresentaram-se com a lição bem estudada e tiveram, aos 3 minutos, no pé direito de Manú o primeiro remate do desafio, aplaudido pelos cerca de cem adeptos vitorianos presentes na bancada.

Os locais não perderam tempo em querer dar nas vistas e logo de seguida Lukas Raeder foi posto à prova. O guarda-redes alemão desviou por cima da barra, com a ponta da luva, um remate forte de Tarantini. Um aviso dos locais que, quase, ficou por aí, até ao intervalo.

O Vitória ocupava bem os espaços no meio-campo, defendia com acerto e lançava o contra-golpe em velocidade. Foi numa destas iniciativas ofensivas, que aos 29 minutos, os sadinos tiveram a melhor oportunidade para inaugurar o marcador. Zéquinha, pelo centro, isolou Manú, mas o extremo sadino per-

mitiu a defesa a Cássio.

Forbes ainda fez a recarga mas a bola saiu por cima.

Era a melhor fase do Vitória no jogo, que sucedeu a um livre directo cobrado por Miguel Pedro, para Cássio defender com aperto e a um lance duvidoso (penálti?) sobre Forbes.

A equipa sadina mostrava equilíbrios e cimentava confiança que deveria ter ficado reforçada quando aos 41 minutos, surge a primeira expulsão do jogo.

Vermelho directo para Filipe Augusto por agressão a Forbes. Puro engano.

45 minutos de desacerto Os primeiros cinco minutos da etapa complementar ainda fizeram acreditar que o Vitória, mais tarde ou mais cedo chegaria à vantagem, mas foram os locais, com dez, a surpreender. De um lançamento de linha lateral o resultado foi o primeiro golo, com a bola a ser cabeceada à bar-

ra e na recarga, mais lesto que os defesas sadinos, Diego facturou. Um ‘balde de água fria’ para a ambição vitoriana, que mexeu com os jogadores e a equipa não mais se encontrou.

Domingos lançou todos os trunfos para o ataque, mas o Rio Ave, galvanizado, fez esquecer que jogava com menos um, e foi mais perigoso.

O jogo caiu de qualidade, e arrastou-se para o final, sem que antes Zéquinha visse o vermelho directo, por alegada agressão a Lionn, e Manú o segundo amarelo, deixando o Vitória sair do campo com apenas nove.

A 12 minutos do fim, canto, a defesa vitoriana pregada ao relvado e o central Marcelo cabeceou para sentenciar a partida.

A equipa mostrou qualidades para fazer sorrir os adeptos, mas há que arrepiar trabalho e renovar a confiança. Até porque isto ainda agora começou.

Prémios O Setubalense para o futebol profissional do Vitória temporada 2014/15 Melhor Marcador

Melhor em Campo

Classificação Golos 1º

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2º

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3º

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0 0 0

Classificação Citações 1º

Manú

2º

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3º

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Declarações do mister Domingos Paciência

“Falhou fazermos golos. Depois de uma primeira parte bem conseguida, em que tomamos conta do jogo e na qual podíamos ter marcado, não marcámos” “Depois o jogo entrou numa situação que é má.

Começar assim é mau.

Com três expulsões e más decisões”.

“Temos de assumir a nossa responsabilidade por não termos feito aquilo que devíamos, que era marcar golos para ganhar o jogo. Cometemos o erro de sofrer um golo ainda contra dez e de boa parada.

Aliás, foram os dois de bola parada”.

“Não estou satisfeito com a minha equipa, mas

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também o árbitro não deve estar satisfeito com o que fez. Logo aos 10 minutos, o Diego deu um ‘cachaço’ no Hélder Cabral, o assistente viu, chamou o árbitro à atenção e nem um cartão amarelo levou. O Zéquinha foi expulso e eu não vi qualquer agressão”.

“O Rio Ave, com dez, acaba por vencer o jogo com duas situações de bola parada e temos de nos culpar pelo que não conseguimos fazer, mas há que analisar bem todas as incidências do jogo que levou a equipa a perder confiança, estabilidade e organização”.

“Para a segunda parte, o que mais pedi aos jogadores foi para serem inteligentes, que não fizessem nada que levasse o árbitro a expulsar alguém. Pelos vistos não chegou avisar os meus jogadores”.

“O campeonato vai ser longo. Há que ter cuidado como se fazem as coisas. Não quero ser beneficiado, mas também não quero ser prejudicado”.

Classificação Estádio dos Arcos, Vila do Conde 1ª Jornada, Liga, 16 horas Cerca de 2000 espectadores Rio Ave Cássio (GR), Prince, Marcelo, Tiago Pinto, Lionn, Tarantini, Filipe Augusto ■ 41 m, Boateng (Vilas Boas, aos 90+2), Diego (Bressan, aos 86 m), Ukra, Del Valle (Pedro Moreira, aos 46 m).

VITÓRIA Lukas Raeder (GR), Pedro Queirós, Frederico Venâncio ■ 22m, Marcos Vinícius, Hélder Cabral, Dani, João Schmidt (Pelkas, aos 69 m), Miguel Pedro ■ 51 m (Lupeta, aos 57 m), Manú ■ aos 83, ■■ aos 89 m, Zéquinha ■ aos 71 m, e Forbes (Giovani, aos 66m). Árbitro Nuno Almeida (AF Algarve) GOLOS 1-0, Diego, aos 54 m; 2-0 – Marcelo, aos 78 m.

Jornada 1 FC Porto-Marítimo 2-0 Gil Vicente-Guimarães 1-3 Académica-Sporting 1-1 Rio Ave-VITÓRIA 2-0 Nacional-Moreirense 0-1 Penafiel-Belenenses 1-3 Braga-Boavista 3-0 Benfica-P. Ferreira 2-0 Arouca-Estoril Hoje, ás 20H00 Braga Belenenses Guimarães FC Porto Rio Ave Benfica Moreirense Académica Sporting Arouca Estoril Nacional Gil Vicente Penafiel VITÓRIA Maritimo P. Ferreira Boavista

J 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 1 1 1 1 1 1 1

V 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

E 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0

D M-S P 0 3-0 3 0 3-1 3 0 3-1 3 0 2-0 3 0 2-0 3 0 2-0 3 0 1-0 3 0 1-1 1 0 1-1 1 0 0-0 0 0 0-0 0 1 0-1 0 1 1-3 0 1 1-3 0 1 0-2 0 1 0-2 0 1 0-2 0 1 0-3 0

Zéquinha inconformado O extremo sadino não encontra explicação para a atitude de Lionn, o jogador do Rio Ave sobre quem o árbitro terá visto uma agressão cometida por Zéquinha. “A minha expulsão é injustíssima. Não fiz nada. O que me deixa mais chateado é que o Lionn, que foi meu colega (Olhanense) fez um teatro sem que eu lhe tocasse. O 4.º árbitro disse que não viu nada, mas o árbitro decidiu daquela forma. Não esperava uma atitude daquelas do Lionn, que não é de profissional”. Disse o atleta a o Setubalense, que não

deixou de vincar a atitude exagerada do juiz na mostragem de cartões amarelos, facto que deixou os jogadores receosos.

Sobre o jogo, Zéquinha disse que “não foi a melhor estreia porque perdemos”.

“A equipa esteve bem, mas depois tivemos dois erros fatais que penalizaram a nossa ambição”. “Na primeira parte fomos melhores. Mas, no arranque da segunda parte, fruto de um lançamento que acabou por dar o golo, a equipa sentiu um pouco e apesar de tentar ir à procura do empate, não conseguiu”.

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REGIÃO

SEGUNDA FEIRA 18.AGOSTO.2014

Lagoa da Palha sofre três incêndios numa semana J

á lavraram três incêndios, no espaço de uma semana, na Lagoa da Palha. A falta de limpeza dos terrenos dos herdeiros de Xavier Lima continuam a mobilizar a acção dos bombeiros.

Este terceiro incêndio teve maior impacto, com a destruição de 20 hectares de feno e sobro.

O incêndio começou junto à ETAR da Simarsul, mas devido ao vento forte que se fazia sentir, propagou-se ao montado de sobro da Herdade de Rio Frio. O fumo negro provocou a falta de visibilidade, que se estendeu à A 12, acabando por

provocar dois acidentes, um deles com um motociclista, que teve necessidade de ser internado no Hospital de S. Bernardo.

O trânsito acabou por ser interrompido durante algumas horas, em ambos os sentidos, entre o nó de Pinhal Novo e o nó de Palmela.

O incêndio foi combatido por 51 operacionais e 15 viaturas dos Bombeiros de Pinhal Novo, Palmela, Moita, Montijo, Alcochete, Barreiro, Sul e Sueste e Salvação, elementos da GNR e duas máquinas disponibilizadas pela Herdade de Rio Frio. [ FOTOS: DR

A viatura que se envolveu no acidente com o motociclista voou durante vários metros

Montijo assinala Dia da Cidade com assinatura de protocolos

O Dia da Cidade do Montijo foi assinalado com a assinatura de protocolos entre a Câmara e as Juntas de Freguesia. Nuno Canta, presidente da autarquia montijense, considerou que “o acordo que fizemos com as juntas representa os valores do Montijo e da nossa história”.

[ DR

O presidente da Câmara, os vereadores e os presidentes de junta quiseram assinalar a assinatura dos protocolos no Dia da Cidade do Montijo

O

Montijo comemorou os 29 anos da cidade, na passada quinta-feira, dia 14 de Agosto.

Nuno Canta, presidente da Câmara do Montijo, destacou os acordos com as juntas de freguesia, que “vão ter enorme im-

pacto na cidade e nas freguesias, que irão desenvolver um trabalho eficaz mais próximo das pessoas”. Para o edil “teremos oportunidade de melhorar claramente o desempenho das actividades em prol das populações”.

O autarca lamentou no entanto, que o presidente

“Morreu uma grande mulher”

N

uno Canta não deixou de lamentar o falecimento da ex-vereadora socialista Paula Costa, “é com profunda tristeza e consternação que vejo a Paula Costa partir. Foi

sempre uma grande mulher e uma pessoa muito viva nas suas posições”.

Nuno Canta solidarizou-se com a família de Paula Costa e com todos os socialistas de Setúbal.

da Junta de Freguesia de Sarilhos Grandes, “tenha estado ausente da assinatura dos acordos” e acrescenta “é pena que o presidente esteja de férias e não se tenha feito representar” e conclui “mas a ausência do autarca de Sarilhos não diminuiu a celebração dos acordos”.

O Dia da Cidade incluiu ainda a inauguração de uma exposição e um espectáculo com artistas montijenses, porque como destacou “queremos unir as pessoas através da cultura e celebrar o que é montijense, porque a cultura continua a ser cada vez mais a nossa aposta”.

“Temos as contas em dia com os fornecedores”

A

Câmara do Montijo não aparece na lista dos municípios que têm dívidas a fornecedores, revela Nuno Canta. “Temos as nossas contas em dia. Vamos continuar a garantir que teremos

sempre as nossas contas em dia, porque somos extremamente rigorosos com a nossa gestão”.

O autarca conclui “não existem, nem vão existir contas em atraso no Município do Montijo”.

[ DR

O fogo ardeu mais de 20 hectares de feno e sobro

O fumo tapou a visibilidade na A2

Sesimbra promove Sabores da Nossa Terra

A

Câmara de Sesimbra associada com os produtores locais estão a organizar a iniciativa Sabores da Nossa Terra, que se realiza aos sábados e aos domingos, na Moagem de Sampaio.

A autarquia sesimbrense tem como objectivo salvaguardar a tradição agrícola do concelho, onde se destacam o pão, o queijos, as frutas, os legumes, os produtos apícolas e a doçaria.

Os Sabores da Nossa Terra apostam também em estreitar os laços entre produtores e consumidores, dando a conhecer a estes últimos aquilo que de melhor se cultiva e produz no concelho.

O local para implementar a iniciativa, a Moagem de Sampaio, que foi alvo de recuperação pela câmara, foi escolhido por ser um símbolo da ligação de Sesimbra à actividade agrícola.

REGIÃO

SEGUNDA FEIRA 18.AGOSTO.2014

Canha recebeu Feira de Agosto Artesanato, gastronomia, trajes típicos da época, jogos tradicionais, artífices ao vivo, folclore e muita animação marcaram a Feira de Agosto nesta freguesia do concelho do Montijo.

C

anha foi o palco da Feira de Agosto, que se realizou, no passado sábado e atraiu até à vila diversos visitantes. A Feira, organizada pela Misericórdia de Canha e pela Junta de Freguesia quis recriar os anos trinta, quando nesta vila se realizava o evento, que contava com agricultores, sapateiros, artesãos, costureiras e bordadeiras, que aqui vinham para vender os seus produtos.

As dez bancas de produtos regionais antigos espalharam-se no centro de Canha, onde apregoaram os artigos, que foram vendidos usando a moeda de “mil réis” para seguirem o padrão histórico.

As bebidas antigas, os artigos feitos à base de cortiça, as bonecas de pano, as cabaças transformadas em artesanato, os produtos agrícolas, onde não faltaram as cebolas, as abóboras e as melancias também foram atracção. As formas dos sapatos, as alfaias agrícolas e as máquinas fotográficas antigas serviram de atrac-

[ FOTOS: DR

Mais de 2500 crianças participam nas bibliotecas de Praia

A

s bibliotecas de Praia, em Sesimbra, têm registado enorme adesão, sendo que 2500 crianças participam na iniciativa Marlisco que aposta em promover hábitos de leituras, na época de férias, de forma a animar os tempos livres das crianças e jovens.

O balanço do mês de Julho foi bastante positivo, com as bibliotecas nas praias do Ouro, Califórnia, Moinho de Baixo, Lagoa de Albufeira e Parque da Vila a registarem 256 leitores, 583 em-

préstimos, 2279 consultas de livros, jornais e revistas, e 2605 participações em actividades.

O projecto, que existe há três décadas, conta com a colaboração de técnicas da Biblioteca Municipal e de jovens voluntários, que dinamizam os tempos livres e de leitura nos meses de Julho e de Agosto. As actividades desenvolvem-se para a promoção do livro e da leitura, como horas do conto, ateliês e oficinas, destinadas ao público infantil e juvenil. [ DR

Os elementos do Rancho Folclórico usaram os trajes da época

ção a quem se deslocou a esta localidade, que faz fronteira, entre os limites dos concelhos do Montijo e Vendas Novas.

Os jogos tradicionais tiveram como momento alto a actuação dos porcos da India, que escolheram as prendas para os apostadores.

A Feira de Agosto teve como objectivo a angariação de receitas para o Rancho Folclórico, que organizou o Festival, que animou o evento e onde os dançarinos envergaram os trajes típicos de 1933.

Bibliotecas de Praia são sucesso em Sesimbra

Peixe obriga a visita turística à lota de Sesimbra

O

Artigos de cortiça foram um dos pontos de atracção

Bombeiros não param no combate a incêndios O

s Bombeiros da Península de Setúbal não têm descanso. Depois do incêndio de grandes proporsões em Rio Frio e Lagoa da Palha, os bombeiros tiveram que combater um fogo, que ocorreu, na sexta feira, na Quinta da Alegria, junto à Penalva, na zona do Bair-

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Coordenação Região FÁTIMA BRINCA

ro Alentejano.

O incêndio consumiu cinco hectares de mata, sobreiros e pinheiros, mas sem provocar qualquer dano, nas casas que se localizavam perto do local.

As chamas, que atingiram enormes proporções, devido ao vento que se fa-

zia sentir, foram combatidas por 49 operacionais e 14 viaturas dos Bombeiros do Sul e Sueste e Corpo de Salvação Pública do Barreiro, da Moita, Sesimbra e Seixal. O incêndio começou às 13h00 e foi dominado duas horas depois, tendo as operações de rescaldo termina-

do às 23h30.

De referir ainda a propagação de outro incêndio que deflagrou no sábado, durante a inauguração da Feira de Agosto, no Montijo, numa zona de mato, entre Canha e Pegões. O incêndio foi combatido durante duas horas por 62 operacionais.

peixe de Sesimbra foi alvo de uma acção turística desenvolvida pela autarquia, para promover esta riqueza do concelho.

A acção contou com cerca de duas dezenas de participantes, muitos deles turistas espanhóis, que assistiram ao desembarque do peixe e à sua comercialização na lota.

A iniciativa, que decorre às terças e às quintas-feiras, contou com a par-

ticipação dos técnicos autárquicos de turismo, que explicaram as diferentes artes de pesca, bem como os peixes que são capturados pelos pescadores sesimbrenses.

A iniciativa envolveu também os mercados de Sesimbra e de Quinta do Conde, onde os vendedores receberam aventais alusivos, como forma de promover o peixe e a tradição ligada à faina piscatória. [ DR

Ligeiro despista-se e embate em poste da luz U m veículo ligeiro, que circulava na Estrada Municipal 533, em Lagameças, despitou-se, no passado sábado, acabando

por embater num poste da luz, poucos minutos após as 20 horas. Do acidente resultaram dois feridos ligeiros, que foram condu-

zidos ao Hospital de Setúbal, por duas ambulâncias, uma dos Bombeiros de Palmela e outra dos Bombeiros de Águas de Moura.

Os dois feridos ligeiros receberam tratamento hospitalar e regressaram às suas casas.

Os turistas assistiram à chegada do peixe à lota de Sesimbra

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ÚLTIMA HORA

SEGUNDA-FEIRA 18.AGOSTO.2014

Ministro da Economia de visita ao Porto de Setúbal

O

s membros do Governo efectuaram uma visita aos terminais portuários, guiada pelo Presidente e Vogal da APSS, Vitor Caldeirinha e Seixas da Fonseca, respectivamente. A visita incluiu uma paragem no Terminal de Contentores, que apresenta um crescimento de 75%, de Janeiro a Julho, comparativamente com o período homólogo, prevendo-se que chegue aos 100 mil TEU no final de 2014.

Os elementos do grupo apreciaram, de acordo com comunicado da APSS, a dimensão e capacidade operacional do terminal, com uma extensa área ainda disponível (a taxa de ocupação é de cerca de 20% nos contentores) e uma capacidade de expansão única, devido ao pequeno investimento que envolve.

O projecto de melhoria das acessibilidades marítimas, figura em quarto lugar nas prioridades nacionais definidas para os portos, o que vai permitir manter o porto na categoria de Shortsea Panamax.

O Porto de Setúbal registou um movimento total record no primeiro semestre de 4,13 milhões de

[ APSS

Incêndio queima lixeiras no parque da Sapec O

Ministro Pires de Lima (2º à esquerda) fez uma visita guiada ao Porto de Setúbal

toneladas de mercadorias, representando um aumento de 21,4% face a 2013, em especial nas exportações de carga em contentores, papel, cimento e automóveis. As exportações representam 67% do movimento do porto.

No Terminal Roll-on Roll-off, a comitiva ficou a conhecer a infraestrutura que movimenta mais de 90% do tráfego de viaturas ligeiras novas, no universo dos portos nacionais, com cerca de 60% de viaturas exportadas. Este segmen-

to de tráfego configura um crescimento de 21%, até Julho, face a 2013. O projecto de expansão deste Terminal, em mais 5 hectares, em curso, irá permitir a oferta de serviços de valor acrescentado na importação e exportação de veículos, tornando-o um hub ro-ro na ligação entre as rotas do Atlântico e Índico, igualmente potenciando a distribuição de automóveis para Portugal e Espanha, até Madrid e capacitando o porto para o aumento da produção na-

cional prevista.

Foi ainda dada a conhecer a aposta do Porto de Setúbal na vertente do Turismo Náutico, como complemento à actividade portuária comercial, abrindo a zona ribeirinha para usufruto da população e para o turismo, através da requalificação gradual da frente de água, com novas zonas de lazer, restauração, actividades ligadas ao mar e à náutica de recreio, com um retorno muito positivo por parte da população.

Dores Meira diz-se vítima de perseguição por jornal nacional

E

m resposta a uma notícia “exclusiva” avançada pelo Correio da Manhã, no sábado, a presidente da Câmara Municipal de Setúbal publicou, no seu perfil pessoal do facebook, uma declaração com o título “Quando a má fé se alia à ignorância”.

Isto porque o CM alega que a autarca sadina declarou 14 imóveis - quatro apartamentos, cinco escritórios e cinco garagens - ao Tribunal Cons-

C/ 0074

O Ministro a Economia, António Pires de Lima, visitou, na passada quinta-feira, o Porto de Setúbal, acompanhado pelo Secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações, Sérgio Silva Monteiro, e pelo Secretário de Estado do Turismo, Adolfo Mesquita Nunes.

aterro do CITRI Centro Integrado de Tratamento de Resíduos Industriais, localizado no Parque Industrial da Sapec Bay, na Mitrena, foi, mais uma vez, perturbado por um foco de incêndio, que deflagrou ao início da tarde de quinta-feira.

O Comando Distrital de Operações de Socorro recebeu o alerta por volta das 13h44, sendo que, quando os bombeiros chegaram ao local, as chamas, que tiveram origem nas lixeiras, já se tinham propagado para a zona de mato envolvente, apesar da rápida acção dos bombeiros da Portucel, que foram os primeiros a chegar ao terreno.

A principal preocupação dos bombeiros foi, de acordo com o Chefe Carlos do Ó, que as chamas não se aproximassem de um depósito de gás que existe nas instalações. “O vento estava de Norte”, explica o Chefe dos Sapadores de Setúbal, o que terá dificultado

um pouco o trabalho dos cerca de 69 operacionais, apoiados por 19 viaturas.

Além dos Bombeiros Sapadores, estiveram também no local os Bombeiros Voluntários de Setúbal, Pinhal Novo, Águas de Moura, Cacilhas e Sesimbra.

Após circunscreverem o fogo à zona do aterro, com recurso a terra, os operacionais passaram à fase de rescaldo, por volta das 16 horas, tendo permanecido no local três viaturas que foram molhando o terreno, de modo a prevenir qualquer reacendimento.

Apesar do susto, apenas arderam resíduos industriais não perigosos.

A Polícia Judiciária esteve no local, mas, as causas do incêndio não foram divulgadas, ficando a dúvida se terá sido por causas naturais ou por algum erro humano.

O Setubalense tentou, por várias vezes, chegar à fala com o responsável pela gestão do CITRI, mas tal não foi possível até ao fecho desta edição. [ A-GOSTO.COM

titucional, na qualidade de titular de cargo político, insinuando de forma “inadmissível”, segundo Maria das Dores Meira, “que teria enriquecido depois de me tornar autarca”.

No entanto, o jornal "esquece", alega a edil, “ que todos eles foram adquiridos antes de ter sido eleita, em 2001, para os cargos autárquicos que desempenho desde essa data”. Um “detalhe” que “pouco importa ao jor-

nal, aparentemente mais interessado numa caça à autarca Maria das Dores Meira”, conclui.

Na sua declaração, a presidente da autarquia refere ainda que “ao contrário de outros, tive e tenho uma vida profissional que vai muito para lá da política, vida que continuarei a ter depois de ser autarca, porque sempre dependi da minha atividade profissional para ser o que sou. Mas isso, o Correio da Manha não

quis investigar...”.

“Sobre as dívidas da Câmara Municipal de Setúbal que são associadas à notícia sobre a minha declaração de rendimentos, essa será uma questão que será tratada no local próprio, em especial para mostrar que a pouca seriedade profissional deste jornal o impediu de solicitar à Câmara Municipal (…) o devido esclarecimento que, obviamente, contrariaria a informação publicada”, adianta.