Jornal O Setubalense

Desporto

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[ DR

Cidade

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Formação sadina dá frutos em Ponte de Sôr

O Setubalense inicia hoje uma visita pelos bairros típicos da cidade, como é o caso do S. Domingos, que se ergue numa das colinas da cidade. Os moradores queixam-se do estado de degradação dos edifícios e da “má vizinhança”.

A equipa de futebol sénior do Eléctrico de Ponte de Sôr é, provavelmente, a que mais jogadores integra, oriundos da formação do Vitória. Saiba que são os cinco atletas que vão mostrar os ensinamentos à Vitória.

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SEGUNDA-FEIRA 04.AGOSTO.2014

N.º 67 | Ano I | 4.ª Série www. issuu.com/osetubalense

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Ataque de três cães deixa mulher em estado grave Última Hora

Págs12

Uma mulher na casa dos 30 anos está internada em estado grave no Hospital de São Bernardo, depois de ter sido atacada por três cães, na Sexta-Feira à tarde, no Poço Mouro, em Setúbal. Até ao fecho desta edição não foi possível apurar o verdadeiro estado de saúde da mulher, que ficou com ferimentos em todo o corpo.

Desporto

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[ A-GOSTO.COM

Cidade

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Incêndio assusta na 5 de Outubro Um incêndio lavrou na Sexta-feira à tarde nas instalações de um estabelecimento comercial encerrado há alguns anos, na avenida 5 de Outubro, a “Galinha Gorda”. O fogo destrui um velho armário e afectou também o quadro eléctrico e foi rapidamente extinto pelos bombeiros.

Última Hora Pág 12

Cinco feridos em rixa num bar

Vitória sua na praia para ganhar esperança no título

Cinco indivíduos envolveram-se numa rixa pelas três horas da madrugada da passada Sexta-Feira, na Rua Guilherme Gomes Fernandes, em frente ao bar Dose Certa. Cena de violência envolveu garrafas de cerveja partidas utilizadas como armas, sendo que um dos envolvidos chegou a perder muito sangue.

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S. Domingos queixa-se de degradação

VER BEM NÃO CUSTA NADA

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BLOCO CLÍNICO

SEGUNDA FEIRA 04.AGOSTO.2014

Nutrição funcional Os Superalimentos (II) O

s superalimentos compõem um grupo específico de plantas comestíveis com imenso potencial nutritivo e medicinal. Além de nutrir cada órgão do corpo, eles ativam o nosso sistema imunológico e acabam por nos levar a rejeitar o fast-food e a querer cada vez mais alimentos saudáveis, introduzindo-nos num ciclo virtuoso que inclui a correção dos desequilíbrios e a perda de peso.

Desconhecidos até há poucos anos, os superalimentos como as bagas de Goji, o cacau, a semente de cânhamo, a espirulina e a maca, entre outros têm propriedades extraordinárias – são

apresentam uma saúde precária, os superalimentos nos conclamam a rever os nossos hábitos alimentares para usufruirmos sempre do melhor da vida.

fontes de proteínas, minerais, enzimas, antioxidantes e gorduras saudáveis.

Está na hora de aproveitarmos os benefícios provindo da feira e do supermercado e abrir mão de tantos remédios para cuidar da saúde. Que como o próprio nome já diz: remédio só remedeia!

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OPINIÃO

SEGUNDA FEIRA 04.AGOSTO.2014

Política

PARA ALÉM DAS LARANJEIRAS

Sobre Mulheres na Política

"

O que tem a política para oferecer às mulheres?" é uma questão que demasiadas mulheres se colocam sem encontrar uma resposta que as motive a avançar. No entanto, se a questão fosse : " O que têm as mulheres para oferecer à política?", estou certa que encontrariam outras respostas bem mais interessantes.

Desde crianças que a maioria das Mulheres são habituadas a pensar as suas prioridades e o seu futuro de formas mais ou menos convencionais: para a maior parte das mulheres o dia mais importante das suas vidas é o do casamento, a mais importante conquista ter filhos e o mais desejado elogio " bonita". Tudo o resto vai acontecendo numa esfera secundária: os estudos servem apenas para conseguir um emprego suficientemente bom para ajudar a sustentar a família, esse emprego é muitas vezes escolhido em função dos seus horários compatíveis com a vida familiar e muitas mulheres recusam empregos ou promoções para não prejudicar com ausências mais prolongadas maridos e filhos.

Por educação e tradição a mulher assume com frequência o papel de principal cuidadora do lar, dos filhos, dos en-

fermos e dos idosos, tarefas estas acumuladas com o papel de profissional activa. Por este motivo, sobra às mulheres pouco tempo, energia e incentivo social para investir em actividades fora destas esferas: sempre que uma mulher investe mais do que o esperado noutras actividades que pressupõem dedicação noutras áreas rapidamente é rotulada de "ambiciosa", "pouco feminina", " má mulher" ou "má mãe".

As Mulheres que ao longo da História a muito custo se foram afirmando como capazes, em áreas fora da sua esfera expectável, tiveram vidas particularmente difíceis, mas trilharam caminhos excepcionais que enriqueceram toda a Humanidade.

Mulheres cientistas como Marie Curie, Mulheres escritoras como Pearl Buck, Mulheres exploradoras como Amelia Earhart, Mulheres políticas como Victoria Woodhull ou Emmeline Pankhurst, Mulheres visionárias como Maria Montessori...e tantas, tantas mais que em cada dia das suas vidas e nos tempos que se lhes seguiram, fizeram deste mundo um lugar onde toda a Humanidade, e não apenas metade dela, contribui para o bem-estar de todos.

Homens e Mulheres são tão diferentes quanto complementares e daí a importância fulcral de termos presentes, em todas as circunstâncias da vida, ambos os olhares.

Se os Homens são maioritariamante mais dotados de uma visão racional, de capacidades de orientação espacial e de raciocinio matemático, mais combativos e físicos, as Mulheres são geralmente mais perspicazes e intuitivas, mais capazes de estabelecer relacionamentos de cooperação, dominam melhor a linguagem, a expressão emocional e são também mais eficazes a gerir conflitos interpessoais.

A Humanidade deve aos Homens as suas maiores conquistas na terra e no espaço, mas também lhes deve as suas piores atrocidades humanas, porque lhes falta em sensibilidade humana o que lhes sobra em impulsividade.

As Mulheres por determinante biológica são feitas para gerar e preservar vida e estruturas que permitem à vida perpetuar-se. Sabem gerir e apaziguar conflitos desnecessários, sabem cuidar dos seres mais frágeis, sabem que todas as vidas custam demasiado a gerar e preservar para se destruirem num segundo em impulsos de raiva cega.

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O poder de género

O Teresa Andrade PS Setúbal O que mais falta faz neste Mundo dominado pela intolerância e vazio de valores, é o olhar e a voz de mais Mulheres junto das esferas de poder e decisão. Vemos pelo Mundo fora que quanto mais uma sociedade desvaloriza a participação activa das suas Mulheres na construção do tecido social, mais guerras e retrocessos se observam. A valorização das mulheres é o primeiro barómetro de evolução de uma sociedade.

As Mulheres fazem falta em todas as esferas de poder de uma sociedade e em especial na política. Cabe a todos, e especialmente às Mulheres aproximarem-se da politica. Com coragem, determinação e responsabilidade, para melhorar a sociedade onde vivem, o seu tempo e o tempo de todos e todas que ainda estão para vir.

Apenas com todos e todas podemos realmente transformar-nos em Humanidade.

Poder é aquilo que todos ambicionamos, de uma forma ou outra. Até aqueles que aparentam não o quererem, mas que agem deliberadamente devagar, ou que empatam o serviço. O Poder é a essência dos fortes e a defesa dos fracos.

Os estudos de Género singraram na Antropologia e demais ciências sociais.

Referindo-se primeiramente ao feminino, á sua construção social, actualmente atingem a transexualidade ou outras questões típicas desta época.

Tenho nas mãos o meu livro de Verão, de José Eduardo Agualusa, designado por A Rainha Ginga, (Quetzal: 2014). È um romance notável e que aconselho a todos, sem excepção. Explanando um contexto especifico, o de uma Angola em realização cultural e espacial, apresenta-nos uma figura fascinante, a de uma mulher que se tornou rainha, sucedendo ao seu irmão, depois da misteriosa morte do filho dela, herdeiro do tio, segundo os costumes ancestrais desta parte de África. Uma mulher que em situação de guerra contra os portugueses, se vestia de homem e usava arco e flecha. Uma mulher que atingiu o cume do Poder, para o bem e para o mal. Contado num ritmo cativante e apaixonante, faz-nos entrar na figura de um Padre

Conceição Pereira (Lic. e Mestre em Antropologia–Especialização “Movimentos Sociais”)

que descobre o seu próprio mistério, o de estar naquele local, naquele tempo.

Seria bom, que nesta época em que se escrevem tantas obras sobre rainhas, que se produzissem mais obras como esta.

Não é preciso ser um apaixonado sobre África, ou nascido nela, mas decerto que existem mais figuras por descobrir. Fica um gosto por mais. E quem diz o continente Africano, diz também outras partes do Mundo, onde mulheres excepcionais, ocuparam lugares de destaque na sociedade das suas gerações.

Contudo, e que dizer do trabalho invisível, doméstico e repetitivo, que todas as mulheres têem pela sua frente? Rainhas das suas casas, são sem dúvida igualmente merecedoras do nosso respeito. Que a memória também não as esqueça.

Economia

Os vinhos como essência da Península de Setúbal

R

etomando a temática dos recursos endógenos, potenciadores da região de Setúbal, já anteriormente dissecada, desta feita irei restringir-me aos produtos vinícolas. A vasta diversidade de castas que podem ser utilizadas na produção dos vinhos de mesa e de moscatel da Península de Setúbal proporciona-lhes uma elevada qualidade e características próprias, que vão ao encontro das preferências dos consumidores.

Os números revelam, por si só, a evolução do sector dos vinhos na região. Em 2013, destacouse o cresci-

mento global da certificação, em 17,5%, tendo-se alcançado um marco histórico em todas as categorias de vinho. Foram comercializados 35 milhões de garrafas com D.O. Setúbal e Palmela e Indicação Geográfica (IG) da Península de Setúbal, atingindo-se o máximo de 70% da produção comercializada com as duas certificações. A Península de Setúbal assume, assim, o primeiro lugar no que toca às regiões com melhor relação entre certificação e produção. No que respeita às exportações, foram mais de 5 milhões os litros de vinho escoado, no ano passado, essencialmente pa-

ra os mercados angolano, brasileiro, chinês e canadiano. Por outro lado, o investimento feito na plantação de novas vinhas demonstra a confiança depositada no sector. Entre os anos de 2009 e 2013, investiram-se cerca de 6 milhões de euros na reestruturação das vinhas da região, correspondendo à melhoria de cerca de 700 hectares.

O desafio que se coloca, neste momento, é o de tentar valorizar o produto. Ou seja, é preciso conseguir vender melhor, para que os produtores consigam obter o retorno justo, equiparado à qualidade que lhes é conferida. Em-

penhada na prospecção de oportunidades e parcerias para a realização de investimentos, a Associação do Comércio, Indústria, Serviços e Turismo do Distrito de Setúbal (ACISTDS), em cooperação com a Associação Comercial e Industrial de Vila Nova de Gaia e a Casa de Moçambique em Portugal, integrou, entre os dias 26 de Julho e 03 de Agosto, uma comitiva que visitou terras moçambicanas. Inserido no âmbito do 40.º Ano da Independência de Moçambique, o programa teve como objectivo abordar as relações entre os dois países e encetar a preparação da primeira

Feira Vinícola promovida pelo distrito de Setúbal e pelo concelho de Vila Nova de Gaia, em Moçambique, com o envolvimento das empresas portuguesas do sector.

A actividade vinícola é uma área com elevada potencialidade de implementação no mercado moçambicano. A proximidade histórica e cultural, a partilha de quadros de referência sociais e gastronómicos fazem de Moçambique um importante parceiro comercial. Nos últimos anos, o país tem conseguido atrair um volumoso investimento estrangeiro através do empreendi-

Francisco Carriço Presidente da Direcção da ACISTDS mento de importantes reformas jurídicas ao nível do enquadramento empresarial que consagram mais benefícios e incentivos ao investimento.

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ACTUALIDADE

SEGUNDA FEIRA 04.AGOSTO.2014

Rock no Sado está quase a chegar É já nos dias 15, 16 e 17 de Agosto que se realiza a segunda edição do Festival Rock no Sado que irá proporcionar um momento único, marcado para o último dia do evento. Os pais do rock português, Xutos e Pontapés e UHF, actuam no mesmo palco no dia 17 de Agosto, numa noite que promete ser histórica, no Parque Santiago, nas Manteigadas, em Setúbal.

O

s dois ‘pesos pesados’ da música portuguesa, UHF e Xutos e Pontapés, prometem encerrar em apoteose o Rock no Sado, mostrando 70 anos de rock em cima do palco, já que cada uma das bandas tem mais de 35 anos de história. O festival, que já vai na segunda edição, organizado por Pedro Gomes e Carlos Oliveira, é totalmente dedicado à música portuguesa e conta com a presença de 27 bandas, ou seja, quase o dobro em relação ao ano passado.

Outra novidade este ano é a existência de mais um palco – o palco Sado – que será “mais dedicado à actuação de bandas de música que estão a dar os primeiros passos, nomeadamente bandas do distrito e da cidade de Setúbal.

De salientar ainda que nesta edição foram integrados mais estilos musicais, não apenas o rock, de

DR

forma a “haver música para todos os gostos e atrair mais pessoas”, refere a organização. Assim, logo a começar na sexta-feira, dia 15, no palco principal – palco Arrábida -, Richie Campbell com um estilo mais reggae é o cabeça de cartaz, com destaque também para a actuação dos Klepth.

No dia 16, será a vez de o hip hop estar em destaque

com a actuação de Boss AC, mas também dos Lemm Project. A fechar com chave de ouro será então o tão esperado concerto dos “dinossauros” Xutos e Pontapés e UHF, cujo vocalista António Manuel Ribeiro é padrinho do evento. Destaque ainda para a actuação dos Alcoolémia.

O palco Sado também promete muita e boa mú-

sica ‘made in’ Portugal, logo no dia 15, com Borge, Million Dollars Lips, Zop, Get a Dog, Gente Estranha, Ol’Jolly Roger, Electric Divinity e os Stone Dead, vencedores da edição deste ano do Concurso de Bandas de Garagem de Setúbalm. No Sábado, dia 16, será a vez Switchtense, Fokker, Hills Have Eyes, Low Torque,Quartet of Woah e os Phazer. A en-

cerrar o festival no palco Sado, actuam a União das Tribos, Karpe Diem, Um Zero Azul, Booster e Rysko. Todas as noites, após os concertos, haverá sempre música para dançar até mais tarde com a DJ Joana.

De salientar ainda a realização de duas festas dedicadas a dois espaços emblemáticos da diversão nocturna setubalense, nomeadamente a Festa do Seagull, a realizar na Sexta-feira, dia 15, e a Festa do Absurdo, a realizar no Sábado, dia 16. À semelhança do ano passado não vão faltar também as tasquinhas de gastronomia e o espaço dos motards. Quanto aos preços das entradas para o Festival Rock no Sado, que estão à venda no jornal O Setubalense, um dos parceiros do evento, o passe de três dias tem o custo de 30 euros e inclui acampamento e estacionamento, e o preço de um dia é de 15 euros.

Cinema Fórum Municipal Luísa Todi

1 DOZE HOMENS EM FÚRIA Hoje - 21h00

Sinopse:

O

bra clássica de Sidney Lumet, de 1957, exibida no âmbito da “Lauro António Masterclass”.

Um jovem porto-riquenho é acusado de ter assassinado o próprio pai e vai a julgamento. Doze jurados reúnem-se para decidir a sentença, com a orientação de que o réu não deve ser considerado culpado ao menos que não haja a mínima dúvida. Onze dos jurados, cada um com sua convicção, votam pela condenação. O jurado número 8, o sr. Davis, é o único que duvida da culpa do jovem e, enquanto tenta convencer os outros a repensarem a sentença, traços de personalidade de cada um dos jurados vão sendo revelados.

Que é feito de si?

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DUARTE MACHADO

“Setúbal tem potencial turístico” POR JOAQUIM GOUVEIA

D

uarte Machado é o presidente da delegação de Setúbal da Cruz Vermelha Portuguesa.

Homem ligado ao turismo, foi vereador na Câmara de Setúbal e presidente do Rotary Club da nossa cidade.

Em entrevista, descobre-se como um homem atento e apaixonado aos valores e causas da sua terra.

Que é feito de si?

Vou avançando pelos dias, percorrendo as ruas desta cidade onde fui menino e de onde me ausentei por muitos anos, vivendo memórias desse outro tempo na conversa com velhos amigos, ou na mera observação das coisas que o tempo não mudou. E tento desfrutar das boas condições de alguns dos nossos espaços públicos, nomeadamente junto ao Sado.

Que recordaçõoes guarda dos seus tempos de ve-

reador na Câmara Municipal de Setúbal? Foi uma experiência gratificante?

Guardo boas recordações. Não propriamente do debate político para o qual reconheço não ter apetência. Recordo algum do trabalho efectuado, por exemplo, As Noites do Castelo, o Festival de Artesanato, as Festas do Marisco, da Sardinha, da Cerveja, etc. E também a concretização da iluminação do Castelo de S. Filipe, as Conferências de Setúbal, o percurso efectuado para a candidatura de Setúbal ao Clube das mais Belas Baías do Mundo, concretizada depois da minha saída. Recordo as excelentes relações e colaboração com empresários e técnicos da hotelaria e turismo, o saudoso sr. NorbertoReis, da União dos Comerciantes de Setúbal e os poucos, mas muito competentes, técnicos e funcionários do sector de turismo do Município com quem tive o prazer de trabalhar.

O seu percurso profissional está bastante ligado ao sector do turismo.

Que potencialidades tem Setúbal, nessa matéria?

São bem conhecidas as potencialidades de Setúbal, para o turismo. Indico as que me parecem mais relevantes: urbano, rural, maravilhas da natureza, cultural, bem estar/saúde, romance e náutico. No Turismo Náutico, é de especial importância a existência de um clube náutico forte.

No Turismo Cultural, permito-me destacar as rotas e eventos dos vinhos regionais, os festivais gastronómicos, rotas das aldeias rústicas de Azeitão e visitas guiadas ao património edificado relevante.

Quando se fala num terminal de cruzeiros para a nossa cidade, tal equação poderá, de alguma forma, poder vir a ser encarada num futuro próximo?

O turismo de cruzeiros tem vindo a crescer exponencialmente, muito em

particular os cruzeiros em navios de pequena e média dimensão. Setúbal pode ter algumas possibilidades de receber esses pequenos e médios navios, desde que os preços inerentes sejam concorrenciais, que as condições técnicas de acostagem sejam convidativas, e que a cidade mantenha o nível de embelezamento que a tem percorrido. No entanto, a proximidade de Setúbal à capital é, neste caso, uma desvantagem considerável.

Que trabalho tem desenvolvido como presidente da delegação de Setúbal, da Cruz Vermelha? É meritório? A delegação tem qualidades para potenciar um trabalho aceitável?

Não me ficaria bem classificar o meu trabalho na delegação da Cruz Vermelha de Setúbal.

O que posso dizer é que, tal como nas outras instituições e empresas por onde tenho passado, dou o melhor de mim para o en-

grandecimento da nossa instituição. De referir que gosto e acredito no trabalho em equipa, tendo o prazer e a sorte de contar com colegas de direcção de muita qualidade técnica e humana, o que também sucede a nível dos profissionais e voluntários que compõem as cerca de 110 pessoas que aqui trabalham.

Que imagem tem hoje da nossa cidade?

O governo da cidade tem feito um notável esforço na recuperação do património construído, quer no casco históri-

co, quer em alguns bairros periféricos, nomeadamente na Bela Vista.

O mesmo se passa no arranjo e embelezamento de espaços públicos, apesar do gosto duvidoso de alguns elementos decorativos. Esta é uma matéria de muita importância, contribuindo para a auto-estima dos cidadãos e, desta forma, para um maior amor e orgulho na sua cidade.

Esta pergunta exige uma resposta de pelo menos umas páginas de jornal mas, como isso é impossível, fico-me por aqui.

SEGUNDA FEIRA 04.AGOSTO.2014

AGENDA GASTRONÓMICA

Correio do Leitor

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O meu desabafo

Q

uando na Assembleia Geral da Associação Cultural Sebastião da Gama realizada a 17 do corrente mês, o presidente da direção Prof.

João dos Reis Ribeiro, informou os presentes que tinha uma declaração de voto para informar no final, muito poucos de nós estaríamos à espera de ouvir o que seria o seu pedido de demissão.

Eu terei sido daqueles que aplaudi esta decisão por entender essa atitude e após o resultado da votação ter dado plenos poderes à direção para decidir conforme estabelecido, só foi possível pelo elevado carácter da pessoa em causa. Também confesso que alguns minutos após, já terei tido um sentimento agridoce. A doçura é o reflexo da decisão atrás citada na sua declaração de voto e que não está ao alcance de qualquer pessoa.

A parte amarga é por sentir que o afastamento do Prof. João Ribeiro constitui uma enorme perda para uma associação que ao longo destes oito anos

tem vivido com uma dedicação, um entusiasmo, um amor tão grande, só possível por quem se dedicou de alma e coração a uma causa tão nobre como foi a divulgação da obra do poeta, bem como as invulgares qualidades de pedagogo, espalhando amor e virtudes por onde quer que tenha passado.

Mas para defender essas virtudes daquele nosso patrono, o comportamento do presidente da direção, ultrapassou tudo quanto se poderia esperar.

Um homem que não olhava ao tempo, nem às suas dificuldades, para responder aos convites que lhe eram endereçados; um homem vivendo um permanente entusiasmo para a divulgação e obra do poeta de Azeitão.Um homem que tantas vezes abdicava de parte da sua actividade profissional e do conforto da vida familiar, para estar ao serviço desta nobre causa.

Seriam necessárias muitas páginas deste jornal para divulgar o trabalho efectuado pelo Prof.

João Ribeiro, sem esque-

cer também o apoio de outros colegas da sua direção. Ao acaso diremos o monumento edificado no Largo do Rossio e inaugurado pelo sr.Presidente da República.A placa na casa onde nasceu o poeta. O trabalho “Meu caminho é por mim fora” apresentado em dezenas de escolas; a publicação de alguns livros, durante o seu mandato, a participação em conferências, outras vezes como membro de jurí, envolvendo editoriais, enfim seria um nunca acabar de actividades relacionadas com o que se dedicou de corpo inteiro.

Quem teve, ou tem o previlégio de conhecer o Prof. João Ribeiro decerto terá oportunidade de confirmar tudo isto e acescentar muito mais. Em cada dia, ele teria sempre algo para acrescentar para o bom desempenho desta actividade desenvolvida com tanto amor, que nos levava a perguntar como seria possível meter nas vinte e quatro horas do dia, estes afazeres, mais a sua vida profissional, mais a sua con-

Preços Especiais dição de cidadão e as responsabilidades familiares.

Este meu simples depoimento não é mais do que uma forma singela de enaltecer o seu trabalho ao longo de todos estes anos.

Outros fariam melhor e dissecariam com mais qualidade aquilo que tive o previlégio de observar, no contacto quase diário, sempre com o pensamento nesta actividade que sendo paralele, acabava por ser prioritária em relação a tudo o mais.

Se estas humildes palavras tiveram o condão de enaltecer o valor, o carácter, a dedicação, o amor e muitos mais adjectivos que aqui caberiam, fico feliz, porque foi assim que o meu querido professor Sebastião da Gama me incutiu esses valores de sabermos ser justos e reconhecer as capacidades daqueles com quem tivemos oportinidade de conviver.

Muito obrigado João Ribeiro por tudo o que fizeste pela tua e nossa associação Nicolau da Claudina

TOTOLOTO

EUROMILHÕES

24•44•46•48•50 + 5•10

7•20•22•24•41 + 9

Capitania Porto de Setúbal 265 548 270 CP de Setúbal 265 526 845 GNR de Setúbal 265 540 287 Cruz Vermelha Portuguesa 265 522 578 Intoxicações 808 250 143 Piquete Águas do Sado 265 529 800

TST Setúbal 265 009 721

Polícia de Segurança Pública 265 522 022

LINHA DE EMERGÊNCIA Bombeiros Sapadores de Setúbal 265 522 122

Polícia Marítima 265 548 275 Protecção Civil de Setúbal 800 212 216 Protecção à Floresta 177 Táxis 913 201 015 935 910 222 962 012 727

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06 |

CIDADE

SEGUNDA FEIRA 04.AGOSTO.2014

Bairros típicos de Setúbal - S. Domingos Igreja dos Grilos (Boa Hora)

Quem lhe deita a mão?

ARQUIVO

POR JOAQUIM GOUVEIA

O

bairro de S. Domingos é um dos aglomerados populacionais mais antigos e típicos da cidade de Setúbal. Ergue-se numa das colinas da cidade onde se destaca um miradouro com vista privilegiada sobre o rio, outrora local de romance e convívio.

Ali mesmo ao lado fica o Museu do Trabalho Michel Giacometti, que recebe a visita de muitos interessados e de alunos de todas as escolas da cidade em busca da história que encerra e do conhecimento que proporciona.

Duas igrejas estão sediadas em S. Domingos: a Igreja da Boa Hora ou dos Grilos, frente ao jardim do Quebedo e a majestosa igreja de S. Sebastião, cujo interior é do mais belo e rico de toda a cidade. Neste bairro, nasceu o poeta Manuel Maria Barbosa du Bocage, em casa que tem hoje o seu nome

e onde funciona um museu municipal.

Noutros tempos, S. Domingos foi um bairro de gente ligada ao mar e à indústria conserveira, gente pacata e trabalhadora que fazia do convívio no bairro o seu modo de vida em partilha.

A linha do comboio atravessa o bairro em direcção a um longo túnel que desemboca já nas Fontaínhas.

Hoje a realidade para os habitantes é bem diferente daquela que ainda há pou-

cos anos fazia as suas gentes sentirem um gosto muito especial por habitarem aquela zona citadina. O pequeno comércio fechou portas e restam dois ou três cafés, uma clínica médica, uma mercearia e pouco mais.

Também muitos residentes, os mais antigos, morreram e outros quiseram melhorar as suas condições de habitabilidade e saíram do bairro em busca de melhores casas para viverem. É que maior parte dos pré-

dios apresenta um evoluído estado de degradação ou estão mesmo devolutos.

O abandono é grande e, pelo que se percebe, a resolução deste problema tarda em aparecer.

Alguns moradores garantem que há cerca de seis meses estiveram por ali técnicas da Câmara de Setúbal, a realizar um levantamento às condições do bairro e prometeram uma intervenção para breve. O certo é que “nunca mais ninguém apareceu”,

nem os moradores obtiveram qualquer notícia sobre as conclusões extraídas por aquelas técnicas municipais.

Os moradores não dão a cara às reportagens, têm medo de represálias quando falam da chegada de gente de etnia cigana, brasileiros e africanos que “alteraram o ritmo de boa vizinhança” que se conhecia, dando origem a “balbúcia e desacatos” que trás todos de sobressalto. O que nos dizem tem a ver com a própria insegurança de S. Domingos, que afirmam, é hoje “um local algo mal frequentado e onde os moradores temem pela sua segurança”.

Falta pois uma intervenção de fundo, uma reorganização do bairro e a devolução dos níveis de segurança capazes de devolver tranquilidade e sossego a quem por ali habita.

S. Domingos é hoje um bairro envelhecido que merece, pois, a atenção do município. É que bem vistas as coisas o programa “Setúbal, mais bonita”, por exemplo, nunca por ali passou.

S. DOMINGOS F. CLUBE

“Queremos um clube do povo”

O

S. Domingos Futebol Clube é um dos mais antigos clubes da cidade. Tem sede nova, desde que o município lhe concedeu um pequeno anexo instalado no Jardim do Quebedo. Desde aí, a actividade do clube intensificou-se e, ainda este Verão, os bailes que por ali se têm realizado mostram a vitalidade que os seus dirigentes tentam imprimir para captar as atenções das gentes do bairro e da cidade.

Miguel Aleixo é um presidente atento e tem desenvolvido com os seus pares directivos trabalho meritório a bem do clube e de todos os seus associados.

De que forma estão a ser aproveitados os recursos que a sede proporciona? Como conseguiram o espaço ?

Com esta nova sede o clube cresceu imenso. O São Domingos Futebol Clube (SDFC) é um dos dez clubes mais antigos da cidade, pois foi fundado em

DR

1921 e é um dos clubes fundadores da Associação de Futebol de Setúbal. Em 2012, (por razões que prefiro não comentar publicamente) esteve prestes a fechar as portas e pediram-me para não deixar que isso acontecesse. Se inicialmente respondi negativamente ao convite endereçado pelo Joaquim Santos, a meditação que fiz durante a semana seguinte, fez-me recordar os meus tempos de criança, onde as actividades desportivas no clube eram o “pão nosso de cada dia”, actividades essas que haviam acabado nas últimas décadas. Foi a pensar nas actuais crianças do bairro que me candidatei a presidente e no dia seguinte à tomada de posse, disse aos sócios que algo teria que mudar, pois jamais perderia o meu tempo familiar, apenas e só para ver velhotes a jogar às cartas. E mais, o clube iria deixar de ser propriedade da família “X” ou “Y” e teria que voltar a ser um clube do povo!

Quais as modalidades praticadas?

Durante todo o ano, o futebol jovem (Benjamins e Infantis) participa nos Campeonatos Distritais da Associação de Futebol de Setúbal, algo que não acontecia há mais de 30 anos.

Além dessa modalidade, recuperámos a pesca desportiva (a modalidade que mais troféus deu ao clube), iniciámos a modalidade de Cicloturismo (fomos várias vezes o clube com mais participantes - 60 - nas várias edições do “Setúbal Bike Tour” e “Passeio da Primavera”), e costumamos participar na Corrida da Liberdade em Atletismo Quantos atletas estão inscritos nas várias modalidades?

Cerca de 300.

Os bailes ao fim de semana junto à sede para além de animarem o próprio jardim do Quebedo, são uma fonte de rendimento para o clube?

Os bailes não estavam previstos no plano de acti-

Também conhecida como Igreja dos Grilos, este templo foi edificado em 1566 pela Ordem dos Agostinhos Descalços (Grilos). As paredes da igreja estão revestidas de azulejos neoclássicos com cenas da vida de Santo Agostinho. Integrava o Convento dos Agostinhos Descalços, cujas armas estão inscritas na fachada. Azulejos neoclássicos e escultura do Séc.

XVII - Nossa Senhora do Rosário em prata lavrada.

Igreja de S. Sebastião Igreja de estilo maneirista e pombalino, integrada no convento de São Domingos. Alguns elementos foram alterados com a reforma pombalina, como a fachada, os alçados laterais interiores e a decoração.

Casa Bocage Esta casa-museu tem uma exposição permanente dedicada à vida e obra do poeta Manuel Maria Barbosa du Bocage (17651805), natural de Setúbal. Aqui está recriado um quarto semelhante àquele em que viveu em Lisboa, no fim da sua vida. No piso superior está instalado um centro de documentação e biblioteca Bocagiana. Encontramos também aqui o arquivo fotográfico Américo Ribeiro, com um vasto espólio de imagens ainda não disponíveis ao público que retratam a vida do concelho de Setúbal desde 1927 a 1992. Dispõe de uma galeria para exposições temporárias.

Museu do trabalho Michel Giacometti vidades de 2014 mas sentimos que os devíamos fazer para “dar vida ao bairro”.

Apesar de não termos muita experiência neste tipo de eventos os bailaricos foram um sucesso e não é por acaso que todos os artistas querem voltar para o ano, nem é por acaso que estamos a pensar fazer mais eventos musicais até final do ano, com sessões de fados, música acústica, etc. Ao contrário do que acontecia antigamente, hoje em dia é muito difícil arranjarem-se patrocinadores, pois até a Secil o recusou e só com os bailaricos, rifas, quermesse e quotização nos conseguimos aguentar.

Quais os projectos a curto e médio prazo?

Continuarmos a trabalhar em conjunto com os nossos amigos do Centro Comunitário de S. Sebastião, no Dia da Criança, Dia do Vizinho, São Martinho, e Festa de Natal para as crianças, onde temos também a parceria dos nossos amigos do Moto Clube de Setúbal, pessoas espectaculares que muito têm feito pela cidade e por diversas Instituições.

De resto, continuamos a tentar participar nos Campeonatos Distritais de Futebol jovem e em todos os eventos atrás referidos, mas também no fantástico projecto “Setúbal Mais Bonita”.

Instalado numa antiga fábrica conserveira, do seu espólio constam centenas de instrumentos musicais, fotografias, recolhas de literatura popular e de instrumentos e materiais ligados ao trabalho, fosse na pesca, na indústria conserveira ou na cortiça. Este espaço museológico inovador abriu as portas pela primeira vez em 1987, tendo ganho diversos prémios.

Miradouro Pequeno miradouro com vista para a marina de Setúbal, para Troia e para a Serra da Arrábida, onde se pode avistar o Forte de São Filipe.

CIDADE

SEGUNDA FEIRA 04.AGOSTO.2014

Novo serviço turístico no Sado permite ver fundo do mar [ DR

POR ROGÉRIO MATOS

O

rio Sado vai ter uma nova operadora turística de passeios náuticos que, para além do tradicional avistamento de golfinhos e vistas incríveis proporcionadas pela Serra da Arrábida e Tróia, permite avistar o fundo do mar através duma lente no convés da embarcação. Esta chega a Setúbal em Outubro, com a intenção principal de promover uma melhor consciencialização ambiental juntos dos passageiros, como explica João Gonçalves, mentor do projecto.

“Setúbal possui enormes potencialidades turísticas graças ao Parque Natural da Arrábida, ao Parque Marinho Luiz Saldanha e toda a envolvente e, por isso, a Setwonders vai dar a conhecer todos os valores naturais e ambientais que a região tem para oferecer”. A embarcação com dez metros de comprimentos, 250 cavalos de potência e capacidade para 22 pessoas pode percor-

Rectificação

P

or lapso, na edição de Sexta-Feira, dia 1 de Agosto, na notícia sobre a comemoração dos 138 anos do Mercado do Livramento, houve uma troca no nome da pintora que pintou um quadro ao vivo durante a festa. Como é óbvio, estamos a falar de Lurdes Pólvora e não de

Teresa Pólvora, como por engano saiu na notícia.

Incorrecto estava também o nome da poetisa que declamou um poema e chama-se Andrelina Amado e não Adelina Amado, como por engano foi noticiado. Pelo lapso pedimos desculpa às visadas e aos nossos estimados leitores.

EDP responde a reparos

C

rer uma extensão marítima desde Setúbal ao Cabo Espichel e, dependendo do número de pessoas que leva em cada viagem, há a possibilidade de sair em Sesimbra ou Setúbal.

A ideia de ser apenas mais uma embarcação de recreio com possibilidade de avistamento de golfinhos ou de ser considerada elitista é posta de lado por João Gonçalves, que revela a O Setubalense a intenção de trabalhar com as escolas da região para promover viagens com alunos. “Esta é a melhor forma de trabalhar a sensibilização ambiental no nosso Parque Natural através dos mais novos e mostrando-lhes directamente

aquilo que a poluição pode estragar ao longo do tempo”. O responsável pela Setwonders acrescenta que “o trabalho em parceria com o maior número de entidades na região vai servir para dinamizar da melhor forma uma maior consciencialização ambiental no Sado”.

Aliado à potencialidade do negócio, a inovação anda lado a lado na nova empresa de Setúbal que vai ainda promover viagens em carrinhas na Arrábida, para abranger, assim, todo o potencial turístico que a Serra da Arrábida tem para oferecer ao turismo. O impacto ambiental da embarcação de 250 cavalos

n o rio Sado também é tido em conta pelo responsável da Setwonders, que adianta a implementação duma política sustentável ao nível ambiental no desempenho da actividade turística em zonas protegidas.

O custo das viagens ainda não foi definido pelo responsável, nem o investimento realizado até ao momento. Apenas nos é revelado que algumas dificuldades inerentes a este tipo de projecto impediram que a embarcação já estivesse ancorada em Tróia no início do Verão de 2013.

Incêndio causou estragos em antigo estabelecimento comercial

U

m incêndio que deflagrou na Sexta-Feira à tarde causou estragos na antiga loja “Galinha Gorda”, na avenida 5 de Outubro, no rés-do-chão de um edifício de escritórios, frente à antiga estação de serviço. De acordo com fonte dos Bombeiros Sapadores de Setúbal, o alerta para o quartel foi dado às 15h17 e rapidamente os bombeiros deslocaram-se ao local, tendo dado o fogo como extinto às 15h27.

Embora ainda sejam desconhecidas as causas, o incêndio terá começado num armário velho, com roupas, brinquedos, papéis e outros materiais, que se encontrava perto do quadro eléctrico. O armário e o quaro eléctrico ficaram danificados, bem

| 07

omo sempre atenta aos reparos publicados no jornal O Setubalense, a EDP garante que a iluminação pública da Avenida Álvares Cabral, desactivada desde o início das obras das vias de acesso ao futuro Cen-

tro Comercial Alegro, “é da responsabilidade da Brisa”. O reparo publicado na edição de Sexta-Feira, 1 de Agosto, sublinha a falta de visibilidade nocturna numa via que é muito movimentada, desde que a luz foi cortada

Câmara de Setúbal atenta a reparos

A

Câmara de Setúbal garante que a questão referente a um reparo publicado na edição do dia 16 de Julho, relativamente a uma sacola de detritos colocada na Avenida General Daniel de Sousa, foi resolvida no dia 18 de Julho com a re-

3 Reparos

tirada do saco do local. Segundo o reparo transmitido por um leitor, o referido saco, que tinha sido depositado junto aos ecopontos há mais de uma semana, estava repleto de detritos de obras, nomeadamente fragmentos de tijolos e cimento.



O SETUBALENSE

Reparámos que na Rua da Paz, ao lado do prédio nº 23, existe um edifício abandonado e muito degradado, onde se encontram vários tipos de insectos e animais, como ratos, mosquitos, baratas e moscas, o que constitui um risco para a saúde pública. Uma das moradoras do prédio ao lado diz que bem tenta abrir as janelas, mas é impossível, uma vez que os bichos entram pelas janelas.

Reparámos que na urbanização Jardins do Sado, na Camarinha, há um passeio, no interior da urbanização, perto do prédio nº 9, que apresenta grandes desníveis e pedras soltas, tornando difícil a circulação pedonal. Houve até já alguns moradores que se desequilibraram e fizeram entorses nos pés.

O vidro ficou partido e o incêndio destruiu ainda um armário velho e afectou o quadro eléctrico.

como o vidro do estabelecimento que terá sido partido pelos bombeiros para que pudessem en-

trar no estabelecimento comercial, desactivado há alguns anos, a fim de apagar o fogo.

No local, estiveram quatro viaturas com 13 operacionais dos Bombeiros Sapadores de Setúbal e a PSP.

Reparámos que que na Sexta-Feira passada, nos semáforos da Avenida Bento Gonçalves, havia duas luzes fundidas, o que dificultou a percepção a alguns automobilistas relativamente à cor do sinal. Uma luz estava fundida no semáforo em baixo, perto da Escola da Aranguês, e a outra luz fundida era no semáforo de cima, perto do Hospital, no sentido ascendente.

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DESPORTO

SEGUNDA-FEIRA 04.AGOSTO.2014 FOTOS: DR

Zéquinha será uma das peças fundamentais no ‘onze’

Vitória mostrou que a ‘máquina’ começa a carburar

A

equipa do Vitória empatou, a zero, este sábado, à noite, em Albufeira, diante dos ingleses do Sunderland.

Foi o sétimo jogo particular da pré-temporada para os sadinos, um teste que deixou Domingos Paciência mais satisfeito com que o que viu da evolução dos seus jogadores.

No confronto internacional, os sadinos mostraram que o desaire na festa de apresentação, não reflete o verdadeiro potencial da equipa.

Mais acertados, com especial destaque para o comportamento defensivo, formado no início por Pedro Queirós, Frederico Venâncio, Marcos Vinícius e Ney, o conjunto vitoriano exibiu-se, igualmente, a bom nível nos demais sectores do campo e só não venceu o ‘amigável’, porque a sorte não esteve com os ‘verde e brancos’ na hora do remate final.

Frente ao 12.º classificado da última época na Liga Inglesa, os sadinos já fizeram notar maior solidez colectiva, com João Schmidt a povoar com mérito o centro do terreno, numa noite em que, o lateral Ney foi dos melhores, os extremos Júnior Ponce e Pelkas voltaram a deixar boas indicações. Aliás, os dois reforços para esta época es-

tiveram perto de marcar, tal como o capitão Pedro Queirós, o único a quem Domingos Paciência deu os 90 minutos de jogo.

Uma referência ainda para o avançado brasileiro Giovani, que alinhou a titular, que viu o árbitro anular-lhe um golo, por alegado fora-de-jogo.

O Vitória revelou que o trabalho de afinação da ‘máquina’ está a dar frutos.

Treinador mais satisfeito Domingos Paciência, treinador do Vitória, disse no final da partida, que ficou “mais satisfeito por ver a equipa continuar a crescer”. “Isso foi mais importante que o resultado, que nesta fase pouco interessa. Mas ainda assim, tivemos ocasiões para vencer o jogo”.

No que respeita à análise do comportamento evolutivo da equipa, o técnico sadino foi peremptório: “Estou satisfeito com o comportamento da equipa, que apresentou intensidade, capacidade de circulação, posse de bola e contro do ritmo do jogo”.

Domingos elogiou ainda o sector defensivo, vincou o bom trabalho desenvolvido nas acções ofensivas, mas não hesitou em afirmar que “há ainda muito trabalho pela frente”.

Mão cheia de atletas da formação vitoriana empurra Eléctrico

Futebol nacional São cinco e estão ligados pelos ensinamentos adquiridos na escola do Bonfim. Esta época, em Portalegre, há uma equipa que conta com grande dose de juventude e experiência vitoriana para chegar mais longe.

A

equipa do Eléctrico Futebol Clube, de Ponte de Sôr, será, provavelmente, na temporada que vai arrancar, aquela que vai contar, ao nível do futebol sénior nacional, com um maior número de jogadores formados no Vitória,.

De facto, o emblema portalegrense conta para esta época, para disputar a Série F do nacional de seniores, com cinco jogadores que tiveram passagens, mais ou menos, longas pelos escalões jovens dos sadinos.

Jorge Pereira, 26 anos, defesa que vai cumprir em 2014/15 a sua terceira temporada ao serviço dos alentejanos é aquele que mais tempo vestiu as cores sadinas na formação.

De facto, Jojó, como é conhecido no futebol, esteve ligado ao Vitória durante 10 anos, onde alinhou em todos os escalões formativos.

Quem transita, igualmente, da última época é Tiago Marinheiro, guarda-redes, 20 anos, natural do Montijo, que entre 2010 e 2012 representou os juniores vitorianos.

Portanto, e para contabilizar a mão cheia de jogadores com ligação formativa ao clube do Bonfim, acrescenta-se a en-

Os responsáveis do Vitória consideram esta aposta do Eléctrico como o reflexo da boa formação sadina

Jójó, Tiago Marinheiro, Ricardo Dâmaso, Pedro Batista e Alexandre Dâmaso

trada dos irmãos Ricardo e Alexandre Dâmaso e de Pedro Batista.

Os manos, sadinos de gema, filhos do antigo jogador do Vitória e actual treinador do Pinhalnovense, Quim, estreiam-se com a camisola do Eléctrico. Ricardo, médio, de 23 anos, passou cinco anos no Bonfim, enquanto que Alexandre, avançado, 20 anos, conta seis épocas de aprendizagem na escola vitoriana.

Por sua vez, Pedro Batista, defesa, 22 anos, também nascido à beira-sado, passou cinco temporadas

na formação sadina.

Cinco atletas com genes vitorianos que refletem a tradição da boa escola sadina.

Vitória elogia apostas “É sempre gratificante para o Vitória ver atletas, que cumpriram grande parte da sua formação no clube, a merecerem, depois de entrarem no escalão sénior, a confiança de outros emblemas. É prova da sua qualidade individual e o reflexo de que a formação vitoriana é reconhecida”, registou a O Setu-

balense, João Couto, director para o futebol de formação do Vitória.

O responsável lembra que, naturalmente, não é possível ao clube manter todos os seus formandos ligados ao Vitória, depois de atingirem a idade sénior. “Todavia, o exemplo do Eléctrico é um entre muitos. Quem é formado no Vitória adquire mais-valias competitivas muito relevantes que lhes permite mostrar ao longo da carreira no futebol nacional qualidades que os levam a estar na primeira linha das opções dos clubes”, destacou.

Refira-se que a aposta na juventude vitoriana, no caso do Eléctrico, muito se deve ao treinador actual da equipa portalegrense, Bruno Pinheiro, antigo coordenador técnico da AF Setúbal.

Rectificação

N

a passada edição de 28 de julho de O Setubalense demos conta de uma notícia intitulada “Quarteto vitoriano dá o salto para os mundiais de trampolins” a propósito da presença, em Novembro próximo, de quatro jovens ginastas do Vitória na referida competição. Todavia,

João Schmidt voltou a mostrar qualidades no centro do terreno

[ DR

DR

por lapso, a notícia foi ilustrada com uma foto que não correspondia a Rui Domingos, um dos quatro atletas nomeados, mas sim a Gonçalo Marques. Por esse facto, antecipando, desde já, o pedido de desculpa aos visados, publicamos, agora, a imagem correcta de Rui Domingos (na foto).

DESPORTO

SEGUNDA FEIRA 04.AGOSTO.2014

Carlos Miguel segura a esperança vitoriana

Declarações do Mister

Futebol de praia O Vitória começou por perder com o Sporting mas, no dia seguinte, registou um triunfo suado, que deixa aberta a porta da qualificação para a fase final do campeonato nacional da modalidade.

“A equipa tem sentido a falta de treinos, com todos os atletas presentes.

Pode ser uma justificação para as más entradas nos jogos. Creio que para a última jornada, vamos apresentar-nos melhor”.

Paulo Graça, técnico do Vitória

[ FOTOS: O SETUBALENSE]

“Continuamos a depender de nós para seguir em frente. Temos mais um jogo e vamos querer fazer os cinco pontos, numa partida que será decisiva, frente a um adversário directo na luta pela qualificação”.

“Neste momento só temos dois pontos porque entrámos nos jogos sempre a perder. Muitas falhas defensivas, muitos erros colectivos, que fizeram com que perdêssemos o primeiro jogo e que nos levaram, no segundo, até aos penáltis”.

O avançado vitoriano David Rodrigues (n.º 9) ficou em branco frente ao Sporting, mas marcou três golos ao Loures

POR JOAQUIM GUERRA

A

equipa de futebol de praia do Vitória conseguiu, este fim-de-semana, em Sesimbra, manter-se firme na discussão pelo apuramento para a fase final da edição 2014 do campeonato nacional, o segundo sob a égide da federação.

Depois de uma derrota frente ao Sporting, no sábado, os sadinos entraram este domingo, no areal sesimbrense a necessitar de um triunfo, diante do Loures, para manter acesa a esperança no apuramento da Zona Sul. Foi o que aconteceu, muito por culpa do maior acerto colectivo dos sadinos, em comparação com o que mostraram no jogo frente aos “leões”, e com o mérito do guardião Carlos Miguel, que defendeu a grande penalidade que deu o primeiro triunfo aos vitorianos, nesta 2.ª fase da competição.

Clássico como grande apertivo Sábado, 17 horas, e a bancada do complexo desportivo da praia do Ouro, em Sesimbra, repleta como nunca antes se tinha visto.

No areal, Vitória e Sporting abriram a 1.ª jornada da 2.ª

O guardião Carlos Miguel esteve em bom plano frente aos 'leões' e foi decisivo no triunfo sadino diante do Loures fase da prova, com os ‘leões a saírem a vencer, por 5-2, ao cabo dos três períodos do encontro.

Foi um jogo em que os sadinos exibiram um desacerto defensivo, factor decisivo para que no final do segundo período o marcador já registasse uma vantagem de 3-0 para o Sporting.

A folga no parcial permitiu aos de Alvalade controlarem os últimos 12 minutos, tempo em que o Vitória acabou por marcar os dois golos, assinados por Lojinha. Dois ten-

tos justificados pela melhoria da equipa na recta final do jogo.

Dois pontos mantêm o sonho Ontem, conscientes de que só o triunfo mantinha a equipa na luta pela qualificação – são apurados os dois primeiros classificados -, o conjunto sadino, orientado por Paulo Graça, voltou a entrar mal na partida (0-2, no final do 1.º período), mas o espírito guerreiro dos sadinos veio ao de cima nos dois tempos seguintes.

Classificação CNFP - 2ª Fase - Zona Sul Jornada 1 6-5 Praia Milfontes - Loures VITÓRIA - Sporting 2-5 Jornada 2 Loures - VITÓRIA Sporting - Praia Milfontes Sporting Praia Milfontes VITÓRIA Loures

J 2 2 2 2

V 2 1 1 0

3-3 (5-6) 7-2 D 0 1 1 2

M-S 12-4 8-12 8-10 10-12

P 6 3 2 0

Av. Luisa Todi, 49 (Junto ao Forum Municipal) Reservas: 937 360 061

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David Rodrigues, apontou os dois golos que levaram à igualdade do resultado no segundo parcial.

Ele que veio a fazer, mais uma vez, o gosto ao pé no derradeiro período, garantindo o empate a três, depois dos sadinos terem estado em desvantagem.

E como no futebol de praia não há lugar a empates, foram jogados mais três minutos de prolongamentos sem que nada se alterasse.

Dessa forma, foi da decisão dos penáltis que o Vitória saiu mais feliz. Ao sexto pontapé, depois de João Luís, Nuno Tavares e Lojinha terem marcado para o Vitória, foi a vez do guardião sadino, Carlos Miguel, brilhar, ao defender com garra o remate do jogador do Loures. Uma defesa que valeu, apenas, dois pontos – total de pontos a atribuir a não vence no período regulamentar – e que seguram o Vitória na luta pelo apuramento para a fase final, marcada para Espinho, onde vai ser discutido o título de campeão nacional.

Entretanto, a derradeira jornada desta segunda fase - Zona Sul está agendada para o próximo dia 23 com o Vitória a medir forças com Praia de Milfontes. O Loures enfrenta o Sporting.

“Vamos ganhar confiança para o jogo que ainda falta, o qual confio, plenamente, que vamos vencer para seguirmos para a fase final”.

“Nesta fase as equipas já apresentam uma qualidade competitiva muito maior. Não é por acaso que o Loures perdeu com o Praia de Milfontes, que havia ficado em 4.º lugar na primeira fase. As equipas têm de estar sempre no máximo da concentração para não serem surpreendidas por adversários, teoricamente mais acessíveis.

E isso é bom para o espectáculo desta modalidade”.

Capitão regressa para ajudar equipa

N

uno Tavares, capitão da equipa de futebol de praia do Vitória, esteve de regresso à formação sadina, após ter representado a Lázio de Roma, numa das competições mais importantes da modalidade em Itália, o Super 8.

A O Setubalense, o experiente jogador assumiu que “foi um a experiência fantástica a todos os níveis. A Lázio é um clube de classe mundial e vestir aquela camisola num dos mais importantes torneios por equipas na Europa, foi muito gratificante”, avaliou o atleta, que veio para Setúbal com o vice-título da prova. “O que é muito positivo”, afirmou.

Tavares revelou que vai

voltar no próximo ano a Itália, e diz que representar a cidade e o país além-fronteiras é sempre motivo de orgulho e um reconhecimento da nossa qualidade atlética. “É o reflexo do trabalho que tenho vindo a fazer em prol do futebol de praia”, avaliou o jogador, que em quatro jogos marcou outros tantos golos.

Quanto ao seu Vitória, Nuno Tavares não hesitou em atirar: “Acredito que vamos conseguir chegar à fase final. Temos uma equipa renovada em que todos dão o seu melhor e o resultado só pode ser o apuramento”.

Sesimbra e Charneca seguem em Lisboa

N

esta 2.ª fase, mas na Zona Lisboa, Sesimbra e Charneca de Caparica, os outros representantes da AF Setúbal, também fazem contas à qualificação.

Na primeira jornada, no sábado, a falta de segurança,

inviabilizou a competição da ronda inaugural, mas ontem, os sesimbrenses levaram a melhor sobre os charnequenses (10-5) e estão mais próximos do apuramento. Igualmente a contar para a 2ª jornada o Belenenses venceu, 6-2, ao Nacional da Madeira.

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REGIÃO

SEGUNDA FEIRA 04.AGOSTO.2014

Montijo quer construir porto para pescadores

Nova linha de apoio ao investimento empresarial

J

A autarquia já recebeu “luz verde” da Comissão Europeia para a construção de um cais para os pescadores, na zona ribeirinha da cidade.

A

Comissão Europeia já concordou com a construção de um cais de pesca na zona ribeirinha da cidade do Montijo, junto ao muro da marinha José Leite.

A autarquia, liderada pelo socialista Nuno Canta, concorreu a fundos da Europa em 2010 e recebeu agora a “luz verde” para o ambicionado projecto. A obra fica agora dependente da aprovação dos licenciamentos por parte da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo e da Administração do Porto de Lisboa.

Nuno Canta lembra que o cais de pesca “é uma reivindicação de há séculos” e que a autarquia está disposta a introduzir as alterações que as duas entidades da administração central "considerem essenciais no projecto, para que o mesmo possa avançar rapidamente”. Ainda de acordo com o presidente da autarquia, o projec-

DR

O projecto deverá custar mais de 500 mil euros e terá o apoio do PROMAR

Nuno Canta acredita que o porto de pesca vai ser uma realidade

to desenvolvido “há uns anos” pelo município foi submetido a um programa de apoio comunitário “em 2009-2010” e teve agora uma resposta positiva, mas a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR/ LVT) e a Administração do Porto de Lisboa (APL) “estão a criar dificuldades” ao licenciamento da obra.

Nuno Canta revela que “o programa PROMAR tem a intenção de apoiar o pro-

jecto com uma verba de 500 mil euros, à autarquia cabe custear o valor do IVA da obra”.

A criação de um cais de pesca é um sonho antigo e uma necessidade da classe piscatória local.

A realização de um estudo de impacte ambiental e o facto de a zona integrar a Reserva Ecológica Nacional (REN), têm sido os motivos que têm evitado, segundo Nuno Canta, a aprovação de ambas as entidades na construção

do novo porto.

O edil garante que autarquia está disposta a introduzir as alterações que a CCDR/LVT e a APL considere essenciais no projecto, para que o projecto possa avançar. Em breve, as duas entidades vão encontrar-se, sendo que o autarca até admite “reconfigurar o projecto para que possamos ter uma estrutura de apoio aos pescadores” realçando que “nunca houve um cais de pesca, totalmente dedicado a essa actividade e se vier a ser construído, será um cais gerido pelos pescadores e pela Sociedade Cooperativa União Piscatória Aldegalense, em parceria com a câmara do Montijo”.

Pinhal Novo tem laboratório ao nível do CSI A Labocentro é um laboratório com elevada tecnologia na área técnica e de investigação, em tudo semelhante aos existentes na série CSI, sendo uma referência a nível internacional.

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Labocentro é um laboratório, que nasceu há quatro anos no Pinhal Novo, com a maior área e volume de negócios entre o Tejo e o Algarve. Na área técnica e de investigação é considerado um laboratório de referência internacional, servindo uma média de 700 doentes por dia. A nível internacional o laboratório trabalha para Espanha, Angola e Moçambique.

O Labocentro, explicou Álvaro Amaro, presidente da Câmara de Palmela, “tem uma tecnologia ao nível do CSI”, para além de “ter uma forte componente de apoio social à comunidade”, com destaque para “o apoio do pro-

DR

á está disponível uma nova linha de financiamento ao investimento empresarial, promovida pelo Ministério da Economia e do Emprego. Chama-se INVESTE QREN e é constituída por um montante global de mil milhões de euros de fundos, dos quais 500 milhões provêm do Empréstimo Quadro celebrado entre o Estado Português e o Banco Europeu de Investimento (BEI), e os restantes 500 milhões do balanço dos bancos aderentes.

Amzov expõe em Palmela

E

stá aberta ao público a exposição de Nikolay Amzov “Cor no folclore e na mitologia dos Trácios”. A mostra, que conjuga pintura e cerâmica, vai estar patente na Galeria da Biblioteca Municipal de Palmela até 20 de Setembro.

Povo hindu-europeu, os trácios eram guerreiros formidáveis e lutaram contra os gregos na Guerra de Tróia. Prestavam culto a Dionísio, Europa e Orfeu, e eram

jecto da Junta de Freguesia do Pinhal Novo “Vaivém Social”, que oferece transporte gratuito entre as zonas rurais e o núcleo urbano”.

A instituição vai lançar para breve uma cam-

panha junto dos clientes, de estímulo à devolução de envelopes e pedido de análises, cujo valor será doado à Associação “Raríssimas”. Na visita dos autarcas ao laboratório foi lançada a

ideia para a celebração de um protocolo, a nível da Medicina no Trabalho, que irá beneficiar os associados dos Serviços Sociais e Culturais dos Trabalhadores do Município de Palmela.

grandes artesãos, destacando-se, em particular, no trabalho com metais.

Nicolay Amzov homenageia a herança dos trácios, transpondo para a sua obra a expressividade cromática presente no folclore e na mitologia deste povo. Búlgaro de nascimento, o artista plástico foi director do Museu de Cerâmica de Businci e está em Portugal desde 2001, vivendo, actualmente, em Azeitão.

Palmela promove campanha de recolha de manuais escolares usados

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Laboratório com tecnologias avançadas ao estilo do CSI

Trata-se de um empréstimo dirigido a empresas com projectos de investimento aprovados no âmbito dos Sistemas de Incentivos do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN). Para além das empresas, o protocolo abrange associações empresariais, Centros Tecnológicos e entidades públicas com competências específicas em domínios empresariais, igualmente com projectos já aprovados no QREN, no âmbito de Acções Colectivas.

om o início de mais um ano lectivo à porta, a Câmara Municipal de Palmela apela a todos os munícipes para que contribuam para mais uma edição do projecto “Dar de Volta”. A participação é muito fácil, pois basta doar manuais escolares usados para que possam ser reaproveitados pelas famílias mais carenciadas do concelho.

O projecto conta com a parceria do Grupo de Bibliotecas Escolares do Concelho de Palmela e da Associação de Municípios da Região de Setúbal. Os interessados em

fazer a entrega de manuais escolares em bom estado de conservação, podem e devem continuar a fazê-lo e desde o passado dia 1 de Agosto que o levantamento dos manuais, de acordo com as necessidades e disponibilidades também já está a decorrer, em qualquer uma das Bibliotecas da Rede Municipal.

A reutilização de livros escolares, do 1º ao 12º ano de escolaridade, disponibilizando-os, gratuitamente, a quem deles necessite, é o objectivo desta campanha, que serve propósitos sociais, ambientais e económicos.

REGIÃO

SEGUNDA FEIRA 04.AGOSTO.2014

Mais de 60 escolas com amianto no distrito de Setúbal O

distrito de Setúbal conta com mais de 60 escolas que têm amianto. Depois da região de Lisboa, Setúbal é o distrito que possui mais escolas com amianto.

Várias escolas do distrito de Setúbal estão na lista das que possuem amianto.

Almada com 15 escolas ocupa o topo da lista, seguindo-se Seixal com 11.

Apenas nos concelhos de Sines e Grândola o amianto não marca presença em nenhum estabelecimento de ensino.

A cidade de Setúbal tem três escolas onde foram detectados focos de amianto: EB de Aranguez, EBS Ordem de Sant’iago e

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Coordenação Região FÁTIMA BRINCA

Escola Secundária D. Manuel Martins. Mas também na freguesia de Azeitão existe amianto na ES de Azeitão.

Palmela tem duas escolas onde o amianto foi referenciado, a EB Hermenegildo Capelo, no centro da vila e EB José Maria dos Santos, no Pinhal Novo. Já a cidade do Montijo tem duas escolas com amianto: a EB D. Pedro Varela e a ES Poeta Joaquim Serra.

As escolas EB de Quinta do Conde e EBS Michel Giacometti, juntam-se à EB do Castelo, EB Navegador Rodrigues Soromenho e ES de Sampaio, no concelho de Sesimbra.

Mas nas vistorias realizadas foi detectado

FOTOS:DR

1 amianto ainda numa das escolas de Alcochete (EB El rei D. Manuel I), na escola EB 2,3 Bernardim Ribeiro, em Alcácer do Sal, em nove escolas do Barreiro, sete escolas na Moita e três escolas em Santiago do Cacém.

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Os concelhos do distrito de Setúbal que lideram a lista das escolas referenciadas com amianto são: Almada: EB Trafaria, EB Elias Garcia, EB Monte da Caparica, EB Costa da Caparica, EB D. António da Costa, ES António Gedeão, EB Alembrança, ES Romeu Correia, EB Miradouro de Alfazina, ES Daniel Sampaio, EBS Anselmo de Andrade, EB Carlos Gargaté, EBS Francisco Simões, ES Cacilhas Tejo e ES Fernão M. Pinto.

Seixal: EB Vale de Milhaços, EB Carlos Ribeiro, EB Nun’ Álvares, EB Dr. António A.Louro, EB Pedro E. Lobato, EB Corroios, ES João de Barros, EB Cruz de Pau, EB Paulo da Gama, ES Alfredo R. Silveira, ES Dr. José Afonso e ES Manuel Cargaleiro.

Barreiro: EB Quinta da Lomba, EBS Santo António,

EB D. Luís Mendonça Furtado, ES Padre Abílio Neves, ES Augusto Cabrita, EB Quinta Nova da Telha, ES Casquilhos, EB Álvaro Velho e EBS Alfredo da Silva.

Moita: EB D. João I, EB Vale da Amoreira, EB José Afonso, EB Fragata doTejo, EB D. Pedro II, ES Baixa da Banheira e EB Mouzinho da Silveira.

3 1- E.S. de Hermenegildo Capelo, Palmela; 2- E.S. de Azeitao; 3- Escola José Maria dos Santos, Pinhal Novo

Humanitária assinala 90 anos do coreto em Palmela

DR

O

coreto da Sociedade Humanitária assinalou, ontem, 90 anos de existência. A colectividade festejou o aniversário com a realização de um concerto, que teve a participação do cavalinho da Marcha da Humanitária.

O coreto foi construído em 3 de Agosto de 1924 pelo mestre pedreiro e empreiteiro palmelense Salvador Augusto Camolas. O equipamento é formado por uma base em mármore com estrutura de ferro forjado e uma cobertura em madeira.

Palmela limpa linhas de água do concelho

A

Câmara Municipal de Palmela tem em curso um procedimento para adjudicação de serviços de limpeza de linhas de água, nos troços da sua responsabilidade. A empreitada anual, no valor de quinze mil euros, pretende favorecer a drenagem das águas e o controlo preventivo das cheias, e promover a biodiversidade no concelho.

O conjunto de trabalhos de manutenção e regularização compreendem limpeza, desobstrução, remoção de materiais, desassoreamento e,

em alguns casos, protecção com material de enrocamento. São consideradas prioritárias intervenções nas linhas de água situadas em meio urbano, nomeadamente, na Baixa de Palmela, Lagoinha, Vale de Touros, Pinhal Novo, Venda do Alcaide, Quinta do Anjo, Cabanas, Olival do Corvo, em Aires, e Camarral, na Volta da Pedra, entre outros.

Embora a autarquia garanta que actua “regularmente neste domínio, muitas vezes, além das suas obrigações” admite que os meios internos

são insuficientes para responder a todas as necessidades, e no território extenso do concelho de Palmela, existem numerosas linhas de água fora dos aglomerados urbanos, que há, também, que manter em bom estado de conservação.

Se aos Municípios cabe a limpeza e desobstrução nos aglomerados urbanos, a limpeza e desobstrução fora destes aglomerados é da responsabilidade dos particulares, nos leitos e margens dentro das suas propriedades, e dos organismos da

Administração Central, nos restantes casos. O incumprimento é sujeito a coimas, que podem ir até dois mil euros, no caso de pessoas singulares, e dos 22.500 euros, para pessoas colectivas.

A Agência Portuguesa de Ambiente divulgou, recentemente, um Manual de Limpeza de Linhas de Água que esclarece as medidas a tomar em cada situação e dá conselhos úteis para a manutenção. A limpeza e conservação de linhas de água é uma acção fundamental para a sustentabilidade de uma bacia hidrográfica.

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ÚLTIMA HORA

SEGUNDA-FEIRA 04.AGOSTO.2014

Mulher atacada por três cães está em estado grave O SETUBALENSE

POR VERA MARIANO

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U

ma mulher, que aparenta ter entre 30 e 40 anos, está internada em estado grave no Hospital de São Bernardo, depois de ter sido atacada por três cães, na Sexta-Feira à tarde, no Poço Mouro, em Setúbal. Até ao fecho desta edição não foi possível apurar o verdadeiro estado de saúde da mulher, mas segundo garantem a O Setubalense alguns moradores “ela ia gravemente ferida” e acreditam que até possa perder uma perna, dada a gravidade dos ferimentos que também afectam as costas, a cabeça e os braços.

Tudo aconteceu cerca das 13h00 de Sexta-feira, no pacato bairro do Poço Mouro, quando Sónia Dias, promotora da empresa Endesa, que actua na distribuição de gás e electricidade, estava a vender contratos porta a porta naquela zona do concelho de Setúbal. Numa rua de moradias, a Rua Geraldo e Casquinha, Sónia Dias terá contactado alguns moradores, chamando-os “sempre do lado de fora do portão”, tal como garantem a O Setubalense. Ao chegar ao nº 12, onde mora um casal e a filha, proprietária dos animais, Sónia foi surpreendida por três cães, de raça indeterminada, que estavam à solta no quintal.

Ninguém viu o início do ataque, mas os moradores garantem que quando se aperceberam, a mulher estava aos gritos a ser atacada na rua, pelo que acreditam que os cães poderão ter saltado o muro do quin-

Era no quintal desta casa que os cães se encontravam à solta

tal. “O muro é muito baixo e eles são grandes, facilmente o saltavam”, referem a O Setubalense. Versão que contraria aquilo que terá sido dito por parte dos donos da casa que afiançam que foi a promotora da Endesa que abriu o portão e entrou no quintal, apesar do aviso “Cuidado com o cão” que está no muro. Já os moradores desconfiam desta versão, até porque, tal como já foi referido, Sónia Dias “não entrou em nenhum outro quintal, tendo sempre chamado os donos do lado de fora do portão”.

Certo é que Sónia Dias estava a ser atacada pelos três cães quando os moradores da rua se aperceberam dos gritos e, apesar do receio de um ataque, “um homem conseguiu apanhar um dos cães e atirá-lo para dentro do quintal”. Os populares começaram a chegar perto da vítima e presenciaram um cenário “de horror”. “Só se via sangue e a senhora estava

ferida em várias partes do corpo, mas o mais grave parece ser o ferimento da perna, porque por pouco os cães não lhe arrancaram a perna. Praticamente só se via o osso”, contam. A vítima perdeu muito sangue e foi “muito mal” para o Hospital de São Bernardo, afiançam os moradores.

Quanto aos animais, uma cadela e dois filhos, ninguém parece saber qual a raça ou se têm as vacinas em dia, mas sabe-se que não estão registados. A GNR esteve no local e manteve o trânsito cortado durante algum tempo, até à chegada da viatura do canil municipal que levou os cães, que se encontram agora em quarentena, enquanto o caso é investigado.

Os moradores até comentam que, quando a GNR pediu a identificação à dona dos cães (a filha do casal), “um deles mordeu a dona e houve ainda uma altura em que os militares chegaram a apontar as armas

Qual o destino dos cães?

Para já, os cães que atacaram Sónia Dias estão de quarentena no canil municipal de Setúbal, procedimento legal obrigatório para o despiste de eventuais doenças. Quanto ao que se segue depois, normalmente, após um ataque a humanos com estas consequências, os cães costumam ser abatidos e é isso que tem acontecido em Portugal na maioria

Pancadaria nos bares da Avenida Luísa Todi provoca cinco feridos

destes casos, nos últimos anos. Segundo a legislação portuguesa, as raças de cães consideradas perigosas são Dogue-argentino, Stafforshie Bull Terrier (Brasil), Rottweiller (Alemanha), Pitbull Terrier (EUA), Cão de Fila Brasileiro (Brasil), American Staffordshire Terrier (EUA) e Tosa Inu (Japão). No entanto, os cães do Poço Mouro parecem

não enquadrar-se em nenhuma destas raças, pois resultam de cruzamentos de raças.

Quanto aos donos também poderão ser chamados à responsabilidade, já que a lei determina, entre outros, que os cães considerados perigosos estejam registados e possuam uma licença emitida pela junta de freguesia, o que parece não ser o caso.

aos cães, porque quase foram atacados”. No entanto, contactada pelo jornal O Setubalense, fonte do Comando Distrital refere que a GNR “não tem registo da ocorrência”, pelo que não foi possível obter mais informações sobre o caso. Também não foi possível obter informações sobre o estado de saúde da vítima junto do Hospital de São Bernardo.

“Não é a primeira vez que atacam” Há muito que os três cães do nº 12 da Rua Geraldo e Casquinha amedrontam os moradores e quem passa por aquela rua. Alguns populares referem que os cães são perigosos, já atacaram outras pessoas e só por milagre não aconteceu antes uma situação grave como a de Sexta-Feira.

“Uma vez”, conta uma moradora do Poço Mouro, “um dos cães abocanhou o rabo-de-cavalo de uma rapariga que se encontrava perto do muro da casa”. “A sorte”, acrescenta, “foi mesmo ela ter um rabo-de-cavalo, senão poderia ter mordido a cabeça e seria muito pior”. Também já morderam o braço de um homem, marido de uma das populares que ajudou Sónia Dias, na Sexta-Feira, bem como já assustaram várias crianças. Os moradores não se sentiam seguros, sobretudo porque “o muro do quintal é baixo, não há qualquer protecção, pelo que facilmente os cães podem saltar ou morder quem passa perto do muro”.

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inco indivíduos envolveram-se numa cena de pancadaria com garrafas partidas pelas três horas da madrugada da passada sexta-feira, a Rua Guilherme Gomes Fernandes, em frente ao bar Dose Certa. Pelo que O Setubalense soube através de pessoas que dizem saber o que aconteceu, a cena de violência envolveu garrafas de cerveja partidas utilizadas como armas, sendo que um dos envolvidos chegou a per-

der muito sangue. Os motivos que levaram ao escalar da violência são desconhecidos, pelo que o álcool em excesso pode ter contribuído para esta cena de distúrbios.

No local estiveram presentes a PSP e o INEM, que prestou socorro aos jovens envolvidos na discussão à porta do estabelecimento de diversão nocturna. Dois destes tiveram mesmo de ser assistidos no Hospital de São Bernardo devido aos ferimentos mais graves.

O SETUBALENSE

O bar dose Certa fica na rua Guilherme Gomes Fernandes