O Setubalense, diario regional de Setúbal nº 272

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QUINTA-FEIRA | 31.OUTUBRO.2019 | N.º 272 | Ano II | 5.ª Série

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ENTREVISTA P.8 e 9

‘O FOCO É ALCÁCER NÃO PERDER O COMBOIO’ Vítor Proença faz balanço a meio do mandato

MOITA P.4

REPORTAGEM BOCCIA DÁ SENTIDO AO DESPORTO PARA 400 ATLETAS ESPECIAIS

P.12 e 13

SETÚBAL P.3 Ordem dos Médicos chama MP à Ecosado

VITÓRIA P.14 Meyong com ambição para hoje à noite

Rui Garcia pede protecção para cultura ribeirinha P.4

Eurídice Pereira eleita presidente da administração da AR P.5

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André Ramos à conquista dos jogos Tóquio 2020

“Vamos aos Açores para ganhar” TODOS OS SANTOS Por ser feriado o jornal não estará amanhã nas bancas.

Voltamos segunda-feira

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FIGURA DO DIA QUINTA-FEIRA, 31/10/2019

MIRADOURO DA ARRÁBIDA

REPARO DO DIA

BRUNO DIAS O deputado do PCP que não tinha sido eleito nas ultimas legislativas volta à Assembleia da República por "cedência" do lugar pelo cabeçade-lista, Francisco Lopes. Uma boa decisão para os concelhos de Almada e Seixal onde o parlamentar tem tido mais actividade, e também para o partido, que fica com um elemento mais jovem e activo na região.

OPINIÃO

MARÉS CARLA CISA Diretora-geral da WeMob

Uma nova cultura empresarial Em Portugal, há ainda um longo caminho a percorrer na relação entre alguns (ainda demasiados) empregadores e os trabalhadores. Trata-se, em muitos casos, de uma relação desigual, em que a forma de exercer o pequeno poder, destrói a autoestima, desmotiva, estimula a subserviência, e conduz à toma de antidepressivos, por parte de quem é mandado.

Em Portugal, para alguns (demasiados) empregadores a conciliação entre a vida profissional e a vida familiar, dos seus trabalhadores, não é sequer uma hipótese. O direito ao descanso, não é um direito.

O medo rege, não raras vezes, a relação entre o empregador e o trabalhador; o medo de represálias, o medo do despedimento fácil. E assim se chega à gestão com base no medo. E assim se chega à tarefa ingrata, e quase impossível, de se encontrar o equilíbrio entre o trabalho, a vida pessoal e a vida familiar, em resultado de horários demasiado longos, e da pouca flexibilidade de muitos empregadores. E assim se chega ao desgaste psicológico e físico, e ao stress crónico, ou burnout.

Uma mudança de cultura e de mentalidades, precisa-se.

Cabe ao empregador dotar a empresa de meios técnicos e humanos, organizar o trabalho, de forma eficaz, promover o diálogo, reconhecer que sem trabalhadores não existem resultados, dotar os trabalhadores da formação necessária ao bom desempenho das funções, estabelecer objetivos, motivar, avaliar, definir regras, exigir qualidade no trabalho e respeitar os tempos de lazer e a necessária conciliação entre os dois ‘mundos’ – a vida pessoal e familiar e a vida profissional, com benefícios claros para todos os intervenientes.

PARA HOJE

SETÚBAL - TRÓIA 04:36 3.5 m Preia-mar 10:42 0.5 m Baixa-mar 16:59 3.3 m Preia-mar 22:59 0.7 m Baixa-mar

SINES 04:09 10:16 16:34 22:33

3.5 m 0.6 m 3.2 m 0.8 m

Preia-mar Baixa-mar Preia-mar Baixa-mar

SESIMBRA 04:10 3.4 m 10:17 0.7 m 16:35 3.2 m 22:33 0.9 m

ALMADA 04:52 3.9 m 10:31 0.6 m 17:17 3.6 m 22:46 0.8 m

Preia-mar Baixa-mar Preia-mar Baixa-mar

Preia-mar Baixa-mar Preia-mar Baixa-mar

Festa de halloween é esta noite Hoje celebra-se a noite das bruxas, o halloween americano, cada vez mais popular também em Portugal. Além de particulares, principalmente crianças, há também já muitos estabelecimentos a organizarem eventos especiais nesta data.

Em Setúbal, na baixa da cidade, em frente ao jornal O SETUBALENSE, o café 'A Rainha do Mar' organiza uma festa de halloween, aberta ao público em geral. A brincadeira, com o espaço decorado a preceito, começa às 18 horas.

OPINIÃO

Continua a politica de remendos Os antigos, conscientes da importância do rio enquanto motor do desenvolvimento do concelho construíram uma porta de água que durante muito tempo serviu para regular o ritmo da entrada e saída de água da caldeira CARLOS ALBINO PS Moita

A história do Concelho da Moita, fruto da sua localização geográfica, está indissociavelmente ligada ao rio Tejo. As questões ligadas ao rio e à navegabilidade, sempre foram factores muito importantes para suas gentes. Os antigos, conscientes da importância do rio enquanto motor do desenvolvimento do concelho construíram uma porta de água que durante

muito tempo serviu para regular o ritmo da entrada e saída de água da caldeira, evitando o assoreamento, garantindo a comunicação entre a caldeira da Moita e o Tejo.

Foi então que se decidiu, ao arrepio dos conselhos daqueles que não tendo conhecimentos académicos, tinham a escola de uma vida de trabalho no rio, avançar para a demolição da porta de água e construção de um dique.

Foram ignorados os avisos de que tal obra mais do que desnecessária era tecnicamente pouco adequada. Uma decisão errada, agravada por uma sucessão de erros técnicos, que fica como exemplo de má gestão dos meios financeiros, que tanta falta fazem para o desenvolvimento do concelho.

Uma obra aliás incapaz de contrariar a degradação da navegabilidade e salubridade deste braço do nosso estuário e que criou expetativas junto da população que nunca se concretizaram, quando a necessidade de valorizar a nossa frente ribeirinha era algo muito desejado.

Perante tamanho erro, restava voltar à solução inicial, demolir o dique, e construir o açude, de forma a recuperar a funcionalidade que tinha a porta de água outrora demolida. Perderam as populações, que viram os recursos do erário público desperdiçados, fruto de incompetência, e viram a capacidade do município realizar investimento reduzida, para que agora tudo volte quase ao início.

Hoje estamos perante mais um

capítulo desta já longa história.

Uma nova fase que pretende dar resposta a mais uma situação que ficou por tratar. E verificamos ao ler esta nova proposta para a valorização da caldeira da Moita, que para além da correção de um erro histórico apenas se pretende dar resposta à erosão das margens, combater o assoreamento, e permitir a pratica de modelismo na caldeira. Contudo, fica ainda muito de fora, talvez o essencial. Fica de fora a promoção da qualidade da água no interior da caldeira, que permitiria que este espaço abarcasse mais actividades náuticas, turismo e lazer.

Ainda não ultrapassámos a fase dos remendos, para que possamos efetivamente ganhar o presente, projetando o futuro."

FICHA TÉCNICA

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SETÚBAL ALMADA SEIXAL PALMELA BARREIRO ALCOCHETE OUTROS CONCELHOS MONTIJO MOITA 212 383 228 265 520 716 265 094 354 265 092 725 212 318 392 212 047 599 212 047 599 212 384 894 937 081 515

Registo de Título N.º 107552 | Depósito Legal N.º 8/84

Propriedade: Outra Margem - Publicações e Publicidade, Lda. Contribuinte: 515 047 325. (Detentores de mais de 10% do capital social: Gabriel Rito e Carlos Bordallo-Pinheiro). Editor: Primeira Hora - Editora e Comunicação, Lda. Contribuinte: 515 047 031 (Detentores de mais de 10% do capital social: Setupress, Lda., Losango Mágico, Lda., Carla Rito e Gabriel Rito) Sede de Administração e Redacção: Travessa Gaspar Agostinho, 1 - 1.º, 2900-389 Setúbal.

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Tel./Fax: 212 318 392

CONCELHO DO BARREIRO Intermarche da Moita - Quinta Santa Rosa Rua Classe Operário - Alhos Vedros - Moita Tel.: 212 047 599 - 939 050 535 CONCELHO DA MOITA Intermarche da Moita - Quinta Santa Rosa Rua Classe Operário - Alhos Vedros - Moita Tel. 212 047 599 / 939 050 535 REDACÇÃO Director: Francisco Alves Rito (CPJ 2292) diretor@osetubalense.com Redacção: Mário Rui Sobral (CPJ 3872 A),

Humberto Lameiras (CPJ 2321 A); Ana Martins Ventura (CPJ 7230 A). Colaboradores: Inês Antunes Malta (CPJ 7226 A); Miguel Nunes Azevedo (TP 2608); Fátima Brinca (CPJ 2574); Rogério Matos (CPJ 9929); Helga Nobre; André Rosa; Ricardo Lopes Pereira e José Pina. Fotografia: Mário Prata, Alexandre Gaspar e Arsénio Franco.

DEPARTAMENTO ADMINISTRATIVO Teresa Inácio, Dulce Lança e Branca Belchior.

PUBLICIDADE Direcção Comercial: Carla Sofia Rito e Carlos Dinis Bordallo-Pinheiro. Setúbal: Ana Oli-

veira, Mauro Sérgio, Célia Felix e Rosália Batista. Montijo: Graciete Rodrigues.PPalmela: Rosália Batista. Barreiro: Carla Santos.

Moita: Carla Santos.

IMPRESSÃO Tipografia Rápida de Setúbal, Lda. - Travessa Jorge d’Aquino, 7 - 2900-427 Setúbal e-mail: geral@tipografiarapida.pt DISTRIBUIÇÃO VASP - Venda Seca, Agualva - Cacém Tel. 214 337 000 Tiragem média diária: 9.000 exemplares

Estatuto Editorial disponível em https://www.facebook.com/pg/ JornalOSetubalense/ about/?ref=page_internal

Edição online www.diariodaregiao.pt Digital Media Officer: José Luís Andrade

Os artigos assinados são da responsabilidade dos seus autores

MOITA QUINTA-FEIRA, 31/10/2019

Novo furo de captação garante água à Barra Cheia Está a decorrer a empreitada de execução de uma nova captação subterrânea de água na Barra Cheia, na Freguesia de

Alhos Vedros. Segundo a autarquia, o novo furo irá “ggarantir a continuidade do abastecimento de água nesta localida-

de, com qualidade e segurança, pois em caso de eventual anomalia na captação já existente, não haverá interrupção do O SETUBALENSE

ACTUAL

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Investimento municipal de 150 mil euros abastecimento”. Esta obra representa um investimento de cerca de 150 mil euros por parte do município da Moita.

MOITA No Fórum Barreiro e no moinho de maré

DIREITOS RESERVADOS

Desfile de moda abraça as diferenças culturais no Barreiro e em Alhos Vedros

SETÚBAL

bastonário reuniu ontem com Administração Regional de Saúde

Ordem dos Médicos pede intervenção do Ministério Público no caso da Ecosado

A

Ordem dos Médicos (OM) pediu ontem a intervenção do Ministério Público para averiguar a questão da clínica que realizou ecografias à mãe do bebé que nasceu com malformações graves e que afinal não tinha convenção com o Estado.

O bastonário da OM, Miguel Guimarães, que esteve ontem reunido com responsáveis da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, indicou que há no caso da clínica Ecosado "m matéria que é complicada e que merece intervenção do Ministério Público".

A mãe do bebé que nasceu com

malformações graves em Setúbal era seguida no centro de saúde e realizou as ecografias na Ecosado através de credenciais passadas pelo SNS, mas afinal a clínica não tinha qualquer convenção com o Estado.

Por esclarecer está ainda a questão de como e a quem o SNS pagou por esses exames.

Em declarações aos jornalistas hoje na Ordem dos Médicos, o bastonário reconheceu que a situação "ppode configurar um crime".

Segundo o bastonário, o Ministério Público já está a ser infor-

mado da situação através da Administração Regional de Saúde, que tem em curso um inquérito interno.

“AAcho que esta investigação [da ARS] não vai ser suficiente e é importante a intervenção do Ministério Público”, insistiu.

Indicando que desconhece os contornos da situação que envolvem a clínica Ecosado, o bastonário colocou a possibilidade de haver uma “cclínica maior que esteja a fazer subcontratação com outras clínicas mais pequenas”.

“Se estiver a ser feito, isso é ilegal”, afirmou.

Lusa

Evento dedicou-se a promover a solidariedade e a interculturalidade

O

evento “Envelhecer está na moda – Um projecto para todas as idades” promovido pelo CRIVA realizou-se esta sextafeira, dia 25 de outubro, no Fórum Barreiro, e terminou ontem, no Moinho de Maré em Alhos Vedros, com um balanço positivo.

Segundo Luiz Mendonça, estilista do evento em parceria com Celisa Carvalho, o desfile apresentou “ppeças autorais e de tecidos tradicionais dos mais variados países da língua portuguesa, dando enfoque nos tecidos africanos”, referiu. “AAlém de peças autorais apresentamos muita reciclagem com o intuito de chamar a atenção para a necessidade de cuidarmos do meio ambiente”, conta.

Luiz Mendonça que na 1ª edição do evento em 2018 também colaborou ao lado de Celisa Carvalho revela que o evento se dedicou principalmente a dar visibilidade a po-

pulação mais envelhecida. “ÉÉ uma população com invisibilidade no mundo da moda e grande parte dos estilistas não tem dado devida atenção”, refere. Acrescenta ainda, “FFoi um desafio muito grande e é sempre necessário dar destaque a todos os públicos, pois a beleza está em qualquer ser, não depende da idade e das limitações físicas”, salienta Luiz Mendonça.

Evento contou com modelos jovens e crianças num tributo a solidariedade e a aceitação das diferenças culturais e de idade. Foram diversas as peças que surgiram durante o desfile ao som de temas musicais de Guiné-Bissau.

Karen Porfiro desfilou com elegância e carisma deixando o público agitado. “O O evento foi muito melhor do que eu esperava”, afirma. “EEstou muito feliz por poder participar de um evento que transmite tantas mensagens boas acerca da aceitação de todas as diferenças”, refere Karen Porfiro.

A modelo destaca que todos os participantes no desfile “ffizeram a sua parte para promover uma sociedade mais equilibrada e solidária”.

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Para embarcações tradicionais do Tejo

APL cede pontos de acostagem a Alcochete, Moita, Seixal e Barreiro

QUINTA-FEIRA, 31/10/2019

REGIONAL MOITA

Alcochete, Moita, Seixal e Barreiro foram os quatro municípios, além de Vila Franca de Xira, com quem a Administração do Porto de Lisboa (APL) assinou protocolos que visam a dis-

ponibilização de pontos de acostagem para embarcações típicas do Tejo.

Os referidos pontos de acostagem situam-se nas docas geridas pela APL: Pontão Achigã na Doca de Alcântara;

Doca de Santo Amaro e Doca de Belém. A ronda de protocolos celebrados com os referidos municípios, que possuem embarcações tradicionais, encerrou neste mês de Outubro com a

assinatura entre Lídia Sequeira e Ricardo Medeiros, presidente e vogal do conselho de administração da APL, e o presidente da Câmara do Barreiro, Frederico Rosa.

Encontro de Culturas Ribeirinhas trouxe a debate taxas cobradas pelo Porto de Lisboa

Soluções financeiras para elevados encargos dos centros náuticos e preservação de técnicas milenares na construção de embarcações tradicionais, dominaram o debate público

DIREITOS RESERVADOS

Rui Garcia quer cultura ribeirinha mais protegida por entidades públicas Centros náuticos com pouca água e muitos custos um estímulo para empresas de tuum tu rismo e operadores a investirem rismo mais e melhor numa região com mais tanto para oferecer tanto

HUMBERTO LAMEIRAS HUMBERTO

Por ANA MARTINS VENTURA

O

IV Encontro de Culturas Ribeirinhas realizado na Moita foi um momento de partilha entre centros náuticos que passaram ao público as suas dúvidas sobre um futuro com “ppouca água e elevadas taxas cobradas pela Administração do Porto de Lisboa (APL)”.

Rui Garcia, presidente da Câmara Municipal da Moita aproveitou o momento para reafirmar a importância de preservar a sustentabilidade destas associações e defendeu mesmo que o ideal seria um futuro com isenção de taxas para as associações sem fins lucrativos.

Uma visita ao Estaleiro Naval de Sarilhos Pequenos, para dar a conhecer a visitantes e moitenses os segredos da construção de embarcações tradicionais e um almoço bordo do emblemático varino “Boa Viagem” celebraram o sucesso do encontro que decorreu na Moita de 25 a 27 de Outubro. O encerramento ficou ainda assinalado pela inauguração de uma exposição sobre embarcações tradicionais, recebido excepcionalmente no Centro Náutico da Moita.

Momento em que Rui Garcia rePUBLICIDADE 0318

TRADIÇÃO. O varino Boa Viagem recebeu almoço convívio do IV Encontro de Culturas Riberinhas

velou conquistas do presente e desafios do futuro na preservação das tradições ribeirinhas, em breve entrevista a O SETUBALESNE-DIÁRIO DA REGIÃO. Encontros inesperados “O Os encontros não têm data marcada porque de acordo com a nossa ideia eles precisam de se realizar quando é oportuno, quando há temas e a possibilidade de juntar associações. Não sabemos quando vamos fazer o último, mas não queremos deixar passar muito tempo”, comenta Rui Garcia.

A vontade de acelerar a realização do próximo encontro surge devido a um sentimento que prevaleceu ao O rio longo de três dias de debate. “O e as embarcações tradicionais, assim

como os centros náuticos, são cada vez mais procurados. E a actividade gerada em torno desse contexto é cada vez maior”.

Uma dinâmica crescente que leva a uma maior atenção na preservação do património marítimo-fluvial. Desafio em que a Moita pode contar com o trabalho e o conhecimento partilhado pelo País Basco, Galiza, Vila do Conde, Murtosa, Estarreja, Sesimbra e Seixal, que se fizeram representar no decorrer do evento. “C Cada um com os seus caminhos próprios, mas com um património cultural muito importante, identitário para estas comunidades e que estamos todos a tentar encontrar soluções para preservar” Entre os temas em destaque durante este encontro, o autarca aponta aquele que foi a centralidade do encontro: “aa construção naval em madeira”.

Uma questão “ffulcral”, reafirma Rui Garcia, justificando que este património não sobrevive se não se preservarem as técnicas de construção destes barcos. “P Principalmente porque os profissionais dedicados a esta área envelheceram e é difícil ter novas gerações a trabalhar nestas áreas”.

Na sustentabilidade esse é um dos factores determinantes, aliado ao desaparecimento gradual dos estaleiros navais dedicados à construção naval em madeira. Na Moita prevalece apenas o de Sarilhos Pequenos, sob a liderança do mestre Jaime Costa.

“O Os problemas são reais na formação de novos trabalhadores mas também na sustentabilidade económica e foi a partir desses factores que debatemos o tema principal deste encontro e propusemos soluções para ultrapassar as dificuldades”.

Outra questão que se revelou central para os centros náuticos do concelho da Moita, participantes neste encontro foi a de que a APL está a cobrar taxas demasiado elevadas para a quantidade de água a que os mesmos têm acesso de modo a poderem desenvolver as suas actividades náuticas. Seja para os que se dedicam à prática desportiva de vela ou para os que também incluem passeios com embarcações tradicionais.

“AAs rendas para utilização de domínio cobradas pela APL são de facto elevadas, porque o porto tem uma visão comercial deste espaço”, comenta Rui Garcia.

Ainda assim, o autarca revela que, fruto de alguma perseverança da Câmara da Moita e de outras, assim como de centros náuticos, “cconseguiu-se junto da APL a concessão de uma taxa reduzida para as associações. Mas, mesmo reduzida, para a realidade dos clubes e para as suas receitas ainda é pesada. O ideal seria que estas associações, sem fins lucrativos, não pagassem taxas”.

Nova exposição é ponto de apoio a navegadores No final desta iniciativa o presidente da Câmara, Rui Garcia, deu a conhecer o conjunto de Painéis Interpretativos “Moita Património do Tejo” que vão ser brevemente colocados junto ao novo Ancoradouro da Moita, “aa grande montra das embarcações tradicionais do Tejo”. A exposição irá funcionar como “um pequeno museu ao ar livre”, com informação sobre as embarcações e o património do Tejo.

QUINTA-FEIRA 31/10/2019

MOITA

REGIONAL

O DIÁRIO DA REGIÃO DE SETÚBAL

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Eleita presidente do Conselho de Administração da Assembleia da República

A nova líder do órgão de consulta e gestão avança que a aposta do seu elenco vai passar por medidas como a eficiência energética do edifício, e dar a conhecer ao público o seu espólio

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Deputada Eurídice vai comandar órgão de gestão da casa da democracia

POR HUMBERTO LAMEIRAS

A

deputada da República Eurídice Pereira, da Moita, acabou de ser votada para presidir ao Conselho de Administração da Assembleia da República (CAAR), um órgão composto por sete deputados, em representação dos sete maiores grupos parlamentares, pelo secretário-geral da Assembleia da República e por um representante dos funcionários parlamentares, sendo presidido pelo deputado representante do maior grupo parlamentar. A eleição contou com 209 votos a favor, 14 brancos e 6 nulos.

“C Como órgão de consulta e gestão,

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EURIDICE PEREIRA.

o CAAR exercerá com vontade e dedicação a sua missão”, comenta Eurídice Pereira que afirma não ter dúvidas deste desempenho.

São assim competências deste órgão pronunciar-se sobre a política geral de administração e os meios necessários à sua execução, elaborar as propostas de orçamento da As-

sembleia da República, o relatório e a Conta da Assembleia da República, as propostas de resolução relativas à estrutura orgânica dos serviços da Assembleia da República, ao quadro do seu pessoal e ao estatuto dos funcionários parlamentares e exercer a gestão financeira da Assembleia da República.

Diz a presidente do CAAR que no início de um mandato “hhá sempre a saudável prática de se fazerem reapreciações, de se desenvolverem reavaliações com o objetivo de, a justificar-se, introduzir melhorias”, é esse trabalho que a nova equipa deste órgão colegial “vvai fazer”, avança a deputada socialista eleita pelo círculo eleitora de Setúbal.

Parte deste trabalho, referente ao ano 2019, passa por vigiar um orçamento global da Assembleia da República de 121 milhões de euros, e um orçamento da Assembleia respectivo a funcionamento e investimento, excluindo Entidades Administrativas Independentes e subvenções de 83 milhões de euros. Veja-se que o número de efectivos na casa da democracia é de 404 postos.

Os deputados que ocupam agora o novo elenco ainda apanham o orçamento anterior mas, em breve, “iiniciaremos a elaboração do primeiro sob a nossa gestão”, aponta Eurídice Pereira que foca desde já a “rreafirmação da transparência orçamental”.

A título de exemplo diz que “ddevem ser aprofundados os dossiers que respeitam a mecanismos e práticas

de segurança e de proteção de pessoas e bens, reconhecendo a sua imprescindibilidade”.

Nos planos da nova composição está ainda o “rreforço da implementação de medidas de eficiência energética em todos os edifícios da Assembleia da República, assim como as práticas de reciclagem dos materiais utilizados”. Desenvolver projetos que “ggarantam a permanente modernização tecnológica, como suporte a uma mais eficaz gestão e garantir os meios adequados para que os trabalhos parlamentares decorram sem constrangimentos”, é outro dos objectivos em mira.

A deputada fala ainda na política merecerá de recursos humanos que “m a devida atenção”, porque “éé através dela que se conseguem graus de satisfação, quer para os trabalhadores, quer para o bom funcionamento dos serviços”. Outra das linhas a cumprir é possibilitar aos cidadãos que “ttomem conhecimento do que é a Assembleia da República, quer no que ao edificado e ao espólio diz respeito, quer no seu modo de funcionamento e, especificamente, a importância deste órgão de soberania”.

PCP troca Francisco Lopes por Bruno Dias no parlamento

QUINTA-FEIRA, 31/10/2019

Bruno Dias, que integrou o quarto lugar da lista do PCP por Setúbal nas últimas legislativas, vai substituir Francisco Lopes, que foi cabeça-de-lista pelo mesmo círculo eleitoral, no Grupo

LOCAL

Parlamentar do partido na Assembleia da República, anunciaram esta terçafeira os comunistas. “FFrancisco Lopes manterá no plano do Secretariado do Comité Central a responsabilidade pelo

trabalho do Grupo Parlamentar do PCP”, indicou o partido, justificando que “oo quadro político, as perspectivas de evolução da situação nacional e a concretização dos objectivos, projecto e papel

do PCP” implicam “aacrescidas exigências ao trabalho de direcção”, “àà intervenção geral do partido”, bem como “aao trabalho do Grupo Parlamentar do PCP na Assembleia da República”.

FOTOS: DIREITOS RESERVADOS

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Cabeça-de-lista por Setúbal mais dedicado à direcção do partido

MOITA Nova adutora vai ligar reservatórios de água

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Câmara reforça segurança no abastecimento a Sarilhos Pequenos

Moradores levam obras na Baixa da Banheira a reunião de Câmara

PS fala em inundações na Rua 1.º de Maio devido a obras

A

Câmara Municipal da Moita está a proceder ao reforço da segurança do sistema de abastecimento de água à Freguesia de Sarilhos Pequenos, com a execução de uma nova conduta adutora ao longo da

Estrada de Sarilhos, numa extensão de cerca de 1km. A nova adutora destina-se a efetuar a ligação entre reservatórios de água, permitindo assim reforçar a rede pública de abastecimento de água a esta freguesia.

Já conhecidos os vencedores do Desafio Fotográfico

Bruno Vilas vence #visitmoita 2019 Meia centena de fotografias concorreram ao prémio para o Desafio Fotográfico #visitmoita 2019, Os trabalhos foram partilhados por mais de 20 concorrentes no Instagram

B

runo Vilas foi o vencedor do Desafio Fotográfico #visitmoita 2019. A entrega de prémios realizou-se na Biblioteca Municipal Bento de Jesus Caraça, no âmbito do programa do IV Encontro de Culturas Ribeirinhas. A concurso estiveram meia centena de fotografias,

partilhadas por cerca de 20 concorrentes no Instagram.

Os resultados do Desafio e respectivos prémios distinguiram Bruno Vilas como vencedor tendo ganho uma máquina fotográfica Canon. A escolha do público, maior número de gostos, foi para Milton Esteves que recebeu como prémio um voucher para um passeio para duas pessoas a bordo do Varino.

As menções honrosas foram atribuídas a Carina Pereira, Daniel Boavida e João Miguel Soeiro que tiveram como prémio um voucher para um passeio para duas pessoas a bordo do Varino.

O 2º #VisitMoita, promovido pela Câmara Municipal da Moita, decorreu no Instagram, entre 1 e 30 de Setembro de 2019. O projecto municipal “Moita Património do Tejo” foi o tema desta edição.

A Câmara procedeu a obras na rede de drenagem na Rua 1.º de Maio e, entretanto, começaram a surgir inundações na zona. Os socialistas foram ouvir quem ali mora ou trabalha e dizem que a intervenção não foi bem feita

POR HUMBERTO LAMEIRAS

A

rede de drenagem de águas pluviais e de edifícios na Rua 1.º de Maio na Baixa da Banheira, concelho da Moita, tem vindo a causar problemas aos comerciantes da zona que falam de cheias e, inclusivamente, do deslocamento de uma tampa de esgoto que já levou à inundação, por duas vezes, de um café.

Em reunião de Câmara, o proprietário do espaço falava em entrada de “ááguas fluviais e esgoto” assim como do “m mau cheiro”; duas situações que o fizeram “pperder clientes”.

Também um outro comerciante se levantou para reclamar sobre problema de cargas e descargas nesta zona, mas ao mesmo tempo reconhecia que as recentes obras vieram embelezar o local, apesar de “ffalta-

rem alguns detalhes”.

Para o presidente da Câmara da Moita, Rui Garcia, há de facto alguns “ppormenores” a tratar na sequência das obras desta rede de drenagem, mas confia que serão “rresolvidos com o teste do dia-a-dia”.

Entretanto, no passado fim-de-semana, os eleitos e dirigentes do PS da Moita estiveram na Rua 1.º de Maio onde ouviram os comerciantes.

Em comunicado da Comissão Política Concelhia, dizem ter “tomado conhecimento dos problemas decorrentes das primeiras chuvas, que provocaram o levantamento de tampas e inundação de espaços comerciais”.

Depois de confirmadas as queixas apresentadas pelos munícipes na reunião de Câmara, os socialistas

comentam que é “iinequívoca a coincidência entre o aparecimento deste problema com as recentes obras da Rua 1º de Maio”. Os autarcas e dirigentes do PS afirmam ainda ter ouvido queixas da população “rrelacionadas uma vez mais com águas pluviais, que ameaçam levantar a calçada no cruzamento da Rua 1.º de Maio com a Rua Jaime Cortesão junto ao Montepio Geral”.

Consideram assim que depois das alterações executadas pela Câmara, “o passeio e as caixas multibanco ficam impossibilitados de utilizar dada a enorme quantidade de água que por ali corre quando chove, sendo que também os caixotes do lixo ficam impossível de ser utilizados dada a acumulação de água em redor dos mesmos”.

QUINTA-FEIRA 31/10/2019

MOITA

O DIÁRIO DA REGIÃO DE SETÚBAL

Teatro no Fórum Cultural na Baixa da Banheira

Há um anti-herói que vagueia pelas ruas entre as carrinhas biblioteca da Fundação Gulbenkian e tenta seduzir lolitas e magalas. Uma história que se passa em tempos de opressão num país cinzento e de violências contidas

DIREITOS RESERVADOS

António Olaio leva “O Libertino” ao palco este sábado

SOMBRAS. O actor André Louro dá vida aos mistérios do poeta Luiz Pacheco

O

palco do Fórum Cultural José Manuel Figueiredo, na Baixa da Banheira, recebe este sábado, às 21h30 a peça de teatro “O Libertino Passeia por Braga a Idolátrica o seu Esplendor”, de Luiz Pacheco, com André Louro.

O anti-herói deste “O Libertino” é o poeta Luiz Pacheco que, em 1961, andou nas carrinhas da biblioteca itinerante da Fundação Gulbenkian, car-

rinhas cheias de livros que percorriam o país real, alimentando mentes sedentas de leitura, principalmente as jovens gerações. É à sombra de uma dessas carrinhas, estacionada em Braga, que o Libertino tenta seduzir lolitas e magalas.

Neste passeio pela cidade, o Libertino não viola nenhuma ética. Pelo contrário, as suas conversas e reflexões

descrevem uma imagem precisa da realidade portuguesa de então, de uma vida acanhada em tempos de opressão num país cinzento e de violências contidas. Ao mesmo tempo, esta é uma história marcada pelo riso, pela sátira, pela (auto)ironia, pelo prazer de viver...

A peça, que transforma o texto de Luiz Pacheco num monólogo interpretado por An-

dré Louro, recria toda a riqueza das situações, ambientes e estados de alma que o Libertino percorre nesta via-sacra rumo à redenção.

A encenação é de António Olaio e no palco vai estar o actor André Louro. Os cenários e figurinos são por conta de Maria Ribeiro e a responsabilidade de assistência de encenação é de Anabela Felício.

MOITA Mês de Novembro recheado de actividades culturais

Desafios para a leitura, peças de teatro e muitas outras actividades de promoção da cultural vão percorrer todo o mês de Novembro. Um programa que abrange adultos e crianças

A

Biblioteca Municipal de Alhos Vedros assinala o seu 26.º aniversário em Novembro, na mesma altura em que passam 50 anos da morte do escritor Alves Redol, considerado um dos expoentes máximos do Neorrealismo português.

DIREITOS RESERVADOS

Biblioteca de Alhos Vedros assinala aniversário e relembra Alves Redol

Com uma obra literária marcada por uma linguagem simples que reflectia as preocupações e anseios do povo, Alves Redol foi um activo impulsionador cultural, incentivando e aproximando pessoas de diferentes estratos socioeconómicos.

O escritor promovia reuniões de leitura, o empréstimo de livros, visitas a museus e tertúlias culturais, contribuindo assim para a comunhão, a amizade e a partilha de ideias, numa época em que a censura dominava.

A Biblioteca Municipal de

Alhos Vedros inclui na sua programação um conjunto de iniciativas gratuitas para vários públicos, com vista a homenagear não apenas a obra literária de Alves Redol, mas também a sua visão, no que diz respeito ao acesso à cultura para todos

LOCAL

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ENTREVISTA

QUINTA-FEIRA 31/10/2019

O DIÁRIO DA REGIÃO DE SETÚBAL

VITOR PROENÇA Presidente da Câmara Municipal de Alcácer do Sal faz balanço de meio do mandato

“Estamos a trabalhar para que Alcácer não perca o comboio” O autarca ergue a bandeira para os próximos tempos – lutar pela recuperação da paragem do comboio de passageiros que a cidade perdeu “com o PS” – para ilustrar o “foco” da gestão CDU na autarquia. Garantir o desenvolvimento do concelho é o objectivo principal e está em curso “o maior ciclo de investimento publico municipal de uma vez só na história de Alcácer do Sal” POR FRANCISCO ALVES RITO FOTO ALEX GASPAR

P

residente da Câmara de Alcácer desde 2013, Vitor Proença (CDU) cumpre o segundo mandato.

Não diz se tenciona recandidatar-se ao terceiro que a lei lhe permite, embora afirme que “nnunca” deixou obras a meio. 2020 é o ano do arranque de um conjunto de obras de milhões e o orçamento cresce de 28 para 32 milhões. Reconhece que é ambicioso, mas afirma ter “expectativas” de aumentar a receita, e rebate as críticas da oposição socialista.

Que balanço faz desta primeira metade do mandato?

Continuamos no caminho certo, num rumo certo, tendo em conta que Alcácer precisa de muito investimento, quer público quer privado, eu direi que por parte dos privados há muito investimento, da parte do município há muitíssimo investimento e por parte da administração central não há investimento.

Por parte do município diz que estamos no maior ciclo de sempre. Que investimento é esse?

Desde logo o Parque de Feiras e Exposições, e a circundante da Praça de Touros, que estava em terra, lama e pó, e era uma vergonha para a população do município, numa degradação total, com o estacionamento caótico. Hoje há redes de drenagem e de água, no final haverá infra-estruturas completas, pavimentação com calçada grossa e uma nova oferta para as pessoas poderem visitar os certames e passear com comodidade. São 4 milhões de euros com financiamento de 85% a fundo

perdido. Uma oportunidade enorme que aproveitamos, e no Interface de Transportes o investimento é também co-financiado. Este ciclo inclui o parque escolar, a maior escola do 1º. ciclo do concelho, a Escola dos Telheiros, com investimento de quase de 1,5 milhões de euros, a Oficina da Criança, com 30 anos de existência, que tem cerca de 150 crianças em ATL, vai beneficiar agora de obras de fundo.

O investimento passa também pelo Plano de Mobilidade do Torrão, com reabilitação de 11 ruas na vila, e que vai promover a renovação de redes de água e de esgotos e toda a repavimentação para as pessoas poderem andar com segurança e comodidade. Há ainda mais 200 mil euros no apoio aos bombeiros, para uma nova equipa de intervenção permanente, desta vez nos Bombeiros Mistos de Alcácer, como a que já existe uma no Torrão. Vamos dar o apoio também a intervenções como o contrato local de desenvolvimento social, para três anos, com enfoque na juventude e no combate à pobreza.

Por isso dizemos que é o maior ciclo de investimento publico municipal de uma vez só na história de Alcácer do Sal. Boa parte desse investimento está no orçamento para 2020, que é de 31 milhões. A oposição diz que é ambicioso mas que se a receita não aparecer ficará a obra por fazer. Há esse risco?

A oposição fez-nos um elogio, ao dizer que é ambicioso. É ambicioso como é ambicioso o nosso programa

e o nosso projecto. Há um aspecto que eu asseguro que temos garantido; é que há muito menos despesa do que receita. Temos uma gestão feita com acompanhamento 12 meses, uma motorização permanente. De 2018 para 2019 transitámos com superavit na ordem de 3 milhões de euros, reduzimos o passivo ao nível mais baixo de sempre e amortizámos completamente dois empréstimos que vinham de trás. A dívida passou a zero.

Mas a receita conseguida em 2018 e 2017 foi de 19 milhões.

Com este ciclo de investimentos, com financiamento comunitário e com activos que estão parados, o município têm espectativa de aumentar a receita. Há activos que estão parados, que não servem para coisa nenhuma, e estamos expectantes. Não incorporámos no orçamento propositadamente mas temos expectativas que possamos realizar [essa receita].

Pode dar um exemplo?

Vamos alienar um terreno em Brejos da Carregueira, que não sabemos se vai ser vendido ou não, cujo preço base é perto de 7 milhões de euros.

Aliás, o PS não votou a favor dessa alienação, portanto, não podem estar permanentemente a criticar. Criticam que não há receita, depois perante uma tentativa de receita, critica-se esse esforço. Mas já estamos habituados a isso.

A oposição critica o peso do encargo com pessoal. 9 milhões de euros é proporção saudável?

O PS diz sempre que qualquer des-

“

O investimento passa também pelo Plano de Mobilidade do Torrão, com reabilitação de 11 ruas na vila, e que vai promover a renovação de redes de água e de esgotos

pesa com pessoal é má. Esse valor tem uma componente muito forte de TSU, e Caixa Geral de Aposentações, com encargos que são significativos.

São estes funcionários que asseguram um município limpo, apoio às escolas - aquilo que o Ministério da Educação não faz -, asseguram a facturação da água, manutenção dos espaços verdes, o funcionamento das bibliotecas, arquivo histórico, dois museus,

as piscinas, e projectos diversos. Portanto, isto não é uma despesa má. É uma despesa para assegurar serviços públicos. Provavelmente porque está habituado a reduzir funcionários, o PS talvez esteja a olhar-se ao espelho quando fala contra a Câmara.

Quando se candidatou pela primeira vez foi dito que poderia estar em risco o habitual equilíbrio das contas municipais. Passados seis anos e com mais um orçamento aprovado, o que diz sobre isto?

Foi muito mais grave. Chegaram a dizer que eu tinha roubado 20 milhões de euros em Santiago do Cacém.

Chegaram ao ponto de escrever isso.

Quando me apresentei pela primeira vez, tive como opositor Torres Couto, que nem se dignou tomar posse.

Quando assumimos funções havia uma obra de grande envergadura, a Reabilitação Urbana de Alcácer do Sal (RUAS) que hoje está nos tribunais por trabalhos a mais, erros e omissões, e que neste momento ascende a 650 mil euros. Está em tribunal porque nos recusamos a pagar esse escândalo. Fomos descobrir 500 mil

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O DIÁRIO DA REGIÃO DE SETÚBAL

euros que estavam escondidos. Esta gestão está cá há seis anos, não há seis dias, reduziu o passivo e termina o ano com um prazo médio de pagamentos de 23 dias. Os números, como o superavit na gestão, falam por si.

O Torrão é uma realidade muito própria, até em termos partidários. A gestão CDU em geral, e este orçamento para 2020 em particular, têm a atenção devida para com o Torrão?

Sempre. Estamos com frequência no Torrão, onde estive no passado fim-de-semana, e foi patente a satisfação e alegria da população perante a Câmara Municipal. Sentimos essa gratidão e valorização do trabalho da Câmara em todas as oportunidades. E para a Câmara Municipal, a população do Torrão vale tanto, nem mais nem menos, do que os da Comporta, Vale de Guizo ou Arez. O Torrão tem a particularidade de estar distante, mas Palma também está e nós estamos a investir 100 mil euros numa unidade para a extensão de saúde que o Ministério da Saúde quer fechar. É a Câmara que vai in-

programa é um privilégio para as sedes de concelho. Inexplicavelmente, o Estado português – a culpa não é de Bruxelas – não está a financiar renovação de redes de água. Essa falta de financiamento aplica-se também à ETAR do Forno da Cal, às renovações de redes de água e esgotos.

Era indispensável que o Governo abrisse a possibilidade de os municípios que quisessem candidatar a renovação de redes de água poderem ter financiamento. Não faz sentido gastar-se milhões no sistema em alta e não haver dinheiro para estas redes. É como tratar o coração e deixar o sistema vascular todo entupido. Fazse reabilitação à superfície, passeios e calçada, e o que está por baixo, as redes, não tem a renovação financiada.

Na actividade económica tem apontado investimento e crescimento sobretudo no turismo. Que valor acrescentou o actual mandato?

Não há muitos concelhos em Portugal que tenham três hotéis de quatro estrelas em construção. O Hotel Palácio do Sal, cuja inauguração está prevista para 2021, o Hotel da Barrosinha, já está concluído e com uma duplicação do número de camas e um restaurante de alto nível, completamente renovado, o Hotel do Vale do Gaio, que passou a quatro estrelas, junto a uma barragem notável, e que, estando perto dos grandes centros, está longe de tudo numa privacidade e beleza natural extraordinária. O novo empreendimento que está a ser desenvolvido pelo grupo Pestana na Comporta, um projecto de grande vulto, e, na aldeia do Barranção, o Cucumbi Hotel que abriu este ano e é já um caso de sucesso. A procura dos restaurantes é crescente, dada a altíssima qualidade da gastronomia e restauração de Alcácer do Sal. E são os números da procura nas Cripta Arqueológica e no novo Museu Pedro Nunes. São também os passeios no galeão, um elemento valioso que tem aumentado imenso a procura.

Em que fase está o empreendimento para o Pego do Altar?

Tem havido várias reuniões entre os empreendedores e a Câmara. Há um investidor, alemão, interessado em localizar em Rio Mourinho um projecto extremamente interessante para Polo, que não há em Portugal.

O processo está a andar e em breve será feito o registo na conservatória do pagamento ao município das taxas urbanísticas que são indispensáveis.

Foi com esta gestão que se conseguiu aprovar o plano de pormenor e isso foi um passo importante.

No sector agrícola que novos investimentos chegaram ao concelho?

O panorama agrícola no concelho está a alterar-se de forma significativa.

Predominava o arroz – 30% da produção nacional é do vale do Sado, que tem também a maior mancha

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De 2018 para 2019 transitámos com superavit na ordem de 3 milhões de euros, reduzimos o passivo ao nível mais baixo de sempre e amortizámos dois empréstimos

vestir o que deveria ser o Estado a pagar. No Torrão fazemos o mesmo.

Levamos uma médica todos os dias ao Torrão para as pessoas terem médico. O Ministério da Saúde não nos paga um cêntimo e isso diz tudo sobre a nossa entrega ao Torrão e à sua população.

Para o Plano de Mobilidade do Torrão foi com muito custo que conseguimos o financiamento porque esse

ENTREVISTA

de pinheiro manso e produz um pinhão de altíssima qualidade -, e, nos últimos três anos surgiram fortes investimentos em pera abacate, em maça, no Torrão, já com maça biológica, cenoura, espargos, alho francês e hortícolas diversos. Vem ai um projecto fortíssimo, com 200 hectares, para mirtilos, com as famílias Filipe Botton e Carrasco, esta última do Chile, que vão produzir apenas para exportação. Há também dois projectos de produção de relva da mais alta qualidade para estádios de futebol, para todo o mundo, um na Comporta e outro à saída de Alcácer.

“

Não há muitos concelhos em Portugal que tenham três hotéis de quatro estrelas em construção

Há um conjunto de investimentos agrícolas que nós desejamos que possam ter Alcácer não apenas como barriga de aluguer, mas que haja cadeia de valor, criando também embalamento, unidades de frio e transformação. É para isso que estamos a trabalhar. É uma nova agricultura, com técnicos altamente qualificados e que conseguem melhores rendimentos.

Que futuro vê para os sectores tradicionais, o pinhão e o arroz?

São situações distintas. O arroz tem um problema a montante, a água, que tem de ser resolvido. Com as alterações climáticas há dificuldades quer em Vale de Gaio, embora esta barragem esteja já ligada ao Alqueva, quer em Pego do Altar, cuja ligação, segundo a EDIA, poderá ser feita com o Portugal 20-30. O arroz é das culturas que mais água exigem, e tem menos rendimento por hectare.

Rende cerca de dois mil euros por hectare, o que é muito inferior a outras culturas. As flores, por exemplo, podem chegar aos 29 mil euros por hectare. Por outro lado, outras culturas já experimentadas não resultam nestas terras, que têm elevado teor de salinidade. Nós queremos valorizar o arroz, que é fundamental para o país reduzir o défice externo, substituindo importações que são significativas, e o arroz português é de alta qualidade. Os produtores tem que ser apoiados para não sermos batidos cá dentro por arroz que vem da Asia.

Alcácer, como outros municípios

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do Litoral Alentejano, queixa-se de défice de serviços do Estado em áreas como a Segurança Interna e a Saúde. Este mandato tem sido melhor ou pior neste capítulo da relação com o Governo?

Não tem havido falta de conversações. Nós falamos, quer individualmente quer no âmbito da CIMAL – que integra três câmaras CDU e duas do PS -, e com posições sempre por unanimidade, com vários ministros, sempre que solicitamos. Não me queixo de falta de diálogo. A questão é que temos insuficiência de resposta do Estado central, dos ministérios, porque há falta de investimento. O esvaziamento do Tribunal de Alcácer é um exemplo flagrante. Apesar da nossa insistência, não foram recuperadas as competências que tinha.

Continua a ser um juízo local de proximidade, tem níveis elevadíssimos de procura para uma série de assuntos. Porque não é elevado a tribunal de competência genérica? Não entendemos. Tal como na Saúde, a falta de médicos, ou, nas escolas, a insuficiência de profissionais. Vai continuar a haver atitude batalhadora em prol do município, por exemplo, relativamente ao comboio de passageiros.

Tem que ter paragem aqui, que foi perdida no tempo do PS na Câmara.

Vamos insistir com o comboio de passageiros até que a voz nos doa.

Nas últimas eleições, sobretudo nas europeias, o PCP perdeu muita votação. Isso preocupa-o?

Eu estou a falar como presidente da Câmara Municipal, não como dirigente do PCP, que não sou. O foco da minha equipa e da gestão CDU é deixar as pessoas felizes e satisfeitas e cumprir os compromissos. Esse é o meu grande objectivo e estamos a faze-lo. Cerca de 70% do compromisso eleitoral está cumprido ou em execução. Nas autárquicas há muita proximidade, empatia pessoal e análise da obra feita. Outro tipo de análises eleitorais deixo aos dirigentes partidários.

Está a meio do segundo mandato, por lei pode candidatar-se a um terceiro. É normal que isso aconteça? É normal o quê? Que a lei permita?

(Risos) Que concorra a um terceiro mandato.

Neste momento essa questão não se coloca. Qualquer autarca no país vai dizer a mesma coisa. É muito cedo. O foco é satisfazer as populações e fazer tudo para que Alcácer não seja conhecida por más razões, porque se atrasou ou porque deixa passar os comboios a 20 quilómetros de distância.

Mas o ciclo de obra que está em curso fica concluído com mais dois anos?

Vamos ver. Vai ficar concluído. Ao longo da minha vida nunca deixei obras a meio.

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QUINTA-FEIRA 31/10/2019

O DIÁRIO DA REGIÃO DE SETÚBAL

EXTRACTO CERTIFICADO Nos termos do art.º 100.° do Código do Notariado, Eduardo Marques Fernandes, notário, com Cartório Notarial em Lisboa, na Rua Rodrigues Sampaio, n.° 97, 5.°, certifica que por escritura lavrada em vinte e nove de Outubro de dois mil e dezanove neste Cartório, a folhas 11. do livro 210-A, foi outorgada escritura de justificação por Maria Perpétua Martins Mendes Palma Água, NIF 145.222.780. natural de Torres Vedras (Santa Maria do castelo e São Miguel), Torres Vedras, nasceu em oito de Maio de mil novecentos e cinquenta e seis, casada com José Avelino Baptista Água, sob o regime da comunhão de adquiridos, Doméstica, residente na Avenida das Acácias, n.° 74, 5.° A, Parede, Cascais, no sentido de que é dona e legítima possuidora com exclusão de outrém, de sessenta de cento e oitenta avos do prédio urbano, composto por pavimento térreo — moinho de vento, localizado em Vale Pedrique, freguesia de Torrão, concelho de Alcácer do Sal, descrito na Conservatória do Registo Predial de Alcácer do Sal sob o número mil, oitocentos e oitenta e cinco, daquela freguesia, inscrito na respectiva matriz sob o número 778, da freguesia de Torão, com o valor patrimonial de 2.775,08€, correspondendo ao mencionado direito o valor patrimonial de 925,03€, a que atribui o mesmo valor.

Que aquele referido artigo matricial proveio do artigo matricial número 918, da mesma freguesia.

Que aqueles avos chegaram à posse dela primeira outorgante nos termos infra descritos.

Que os pais dela primeira outorgante Joaquim Mendes Palma e Maria da Esperança Martins Palma, esta também usou Maria da Esperança Martins Mendes Palma, eram titulares dos mencionados sessenta de cento e oitenta avos do supra identificado prédio: Que os referidos sessenta de cento e oitenta avos do supra identificado prédio, ou seja, um terço, se acham inscritos na respectiva matriz na herança aberta por óbito do referido Joaquim Mendes Palma.

Que na descrição predial daquele prédio se acham registados a favor dos pais dela primeira outorgante Joaquim Mendes Palma e Maria da Esperança Martins Palma: a) um de quinze avos, ou seja, doze de cento e oitenta avos, conforme inscrição relativa à apresentação número quatro, de dezasseis de Março de mil novecentos e sessenta e três; b) um de quinze avos, ou seja, doze de cento e oitenta avos, conforme inscrição relativa à apresentação número quatro, de dezasseis de Março de mil novecentos e sessenta e três; Que assim se encontram registados favor dos pais dela primeira outorgante Joaquim Mendes Palma e Maria da Esperança Martins Palma vinte e quatro de cento e oitenta avos. Que em virtude da distância temporal desconhece quando e como chegou à posse dos pais dela primeira outorgante os restantes trinta e seis de cento e oitenta avos do supra identificado prédio. Que, no dia vinte e dois de Setembro de mil, novecentos e setenta e cinco, na freguesia de Torres Vedras (São Pedro e Santiago), concelho de Torres Vedras, faleceu, o mencionado, Joaquim Mendes Palma, que era natural de Torrão, Alcácer do Sal, e teve a sua última residência habitual na Praceta Afonso Vilela, n.° 5, rés-do-chão direito, Torres Vedras, no estado de casado com Maria da Esperança Martins Mendes Palma, sob o regime da comunhão geral tendo-lhe sucedido como únicas herdeiras por vocação legal o cônjuge sobrevivo, Maria da Esperança Martins Mendes Palma, e as suas filhas Maria Perpétua Martins Mendes Palma Água, a ora primeira outorgante e Maria de Jesus Martins Mendes Palma Matos Correia, como tudo consta da escritura de habilitação de herdeiros lavrada neste Cartório em vinte e sete de Junho de dois mil e dezanove, a folhas 07, do livro 204-A. Que por partilha por óbito do mencionado Joaquim Mendes Palma, que terá ocorrido durante o ano de mil novecentos e setenta e seis, as mencionadas Maria da Esperança Martins Mendes Palma, e suas filhas Maria Perpétua Martins Mendes Palma Água e Maria de Jesus Martins Mendes Palma Matos Correia partilharam verbalmente os sessenta de cento e oitenta avos imóvel supra identificado.

Que na referida partilha foi adjudicado à justificante sessenta de cento e oitenta avos do prédio supra identificado. Que desde a mencionada data de mil novecentos e setenta e seis a ora primeira outorgante, entrou na posse dos sessenta de cento e oitenta avos do prédio supra identificado e a tem vindo a exercer de uma forma pública, pacifica, continua e de boa-fé, nomeadamente, pago todos os impostos e taxas, participado na limpeza e manutenção do prédio na proporção do seu direito com os outros comproprietários do mesmo. Assim, desde a referida data de mil novecentos e setenta e seis a ora justificante Maria Perpétua Martins Mendes Palma Água entrou na posse dos referidos sessenta de cento e oitenta avos do prédio supra identificado, tendo adquirido e mantido a sua posse sem a menor oposição de quem quer que fosse e com conhecimento de todos, agindo sempre por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, pagando todos os impostos e taxas referentes ao mesmo imóvel, tendo por isso uma posse, pública, pacifica, contínua e de boa fé, que dura há mais de vinte anos, pelo que adquiriu os referidos sessenta de cento e oitenta avos do prédio supra identificado por usucapião, não tendo, todavia, documento algum que lhe permita fazer prova do seu direito de propriedade.

Que, desta forma, justifica a aquisição dos aludidos sessenta de cento e oitenta avos do prédio supra identificado por usucapião.

Está conforme o original, Lisboa, 29 de Outubro de 2019 O Notário,

Conta registada sob o n.°

Certifico, para efeitos de publicação que, no dia vinte e nove de outubro de dois mil e dezanove, foi lavrada, no Cartório Notarial no Barreiro do Dr. Carlos José Albardeiro Barradas, a folhas onze, do livro trinta e dois - C, de escrituras diversas, uma escritura de justificação, tendo por justificante: a) Isidro José Farelo, NIF 118715623, viúvo, natural da freguesia do Torrão, concelho de Alcácer do Sal, com residência permanente e domicílio fiscal na Travessa Infante Santo, Vivenda "O Nosso Ninho", Covas de Coina, Coina, portador do cartão do cidadão número 04796169 válido até 16/02/2028, emitido pela República Portuguesa, que outorga POR SI e ainda na qualidade de Procurador e em representação de: António Gilberto Balé Farelo, NIF 118715542, natural da referida freguesia do Torrão, devidamente autorizado para a este ato por sua mulher Gisela das Dores Lima Farelo, NIF 101713100, natural da freguesia e concelho de Vila Real de Santo António, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, com residência habitual e domicílio fiscal na Rua Armando Luís Caleiro Lopes, Bloco 31, 3° esquerdo, Vila Real de Santo António, conforme verifiquei pela procuração, documento que arquivo; b) Mariana Manuela Balé Farelo Barata, NIF 153108053, natural da referida freguesia do Torrão, casada com Vitor Manuel Geraldes Barata Farelo, sob o regime da comunhão de adquiridos, com residência permanente e domicílio fiscal na Rua Padre Himalaya, n° 6, Quinta da Hortinha, Palhais, Barreiro, portadora do cartão do cidadão número 07003338 válido até 13/01/2021, emitido pela República Portuguesa; c) Bruno Miguel Balé Farelo, NIF 217960308, natural da freguesia e concelho do Barreiro, casado com Patrícia Susana de Sousa Pereira, sob o regime da comunhão de adquiridos, com residência permanente e domicílio fiscal na Praceta Ribeiro Sanches, n° 19, 3° esquerdo, Casquilhos, Barreiro, portadora do cartão do cidadão número 11993868 válido até 08/10/2028, emitido pela República Portuguesa.

Que, nessa escritura os justificantes, devidamente autorizados pelos seus cônjuges, declaram: Que eles e o representado são donos e legítimos possuidores, em comum e sem determinação de parte ou direito, e com exclusão de outrém, do seguinte imóvel: Prédio urbano, composto de terreno para fins não destinados a construção, com área de trezentos e setenta e oito vírgula dez metros quadrados, sito na Travessa Infante Santo, Covas de Coina, freguesia de Coina, concelho do Barreiro, a confrontar do Norte com Paula Orneias, do Sul com Franklim Domingos Moleiro, do Nascente com Travessa Infante Santo e do Poente com Júlio dos Santos, ainda por descrever na Conservatória do Registo Predial do Barreiro, inscrito na matriz predial urbana sob o artigo 1674 da união das freguesias de Palhais e Coina.

Que o referido imóvel foi adquirido pelo o aqui justificante, Isidro José Farelo, e mulher Maria da Conceição Paquete Balé Farelo, através de compra verbal efectuada no ano de mil novecentos e setenta e dois, a Júlio dos Santos e mulher Maria dos Santos Almeida, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes que foram em Covas de Coina, - sem que no entanto ficassem a dispor de titulo formal que lhes permita o respectivo registo na Conservatória do Registo Predial mas, desde logo, entraram na posse e fruição do referido imóvel, agindo sempre por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, nomeadamente, vedando-o, quer usufruindo como tal o imóvel, quer suportando o respectivos encargos.

Que, primeiramente, Isidro José Farelo, e mulher Maria da Conceição Paquete Balé Farelo, e depois os aqui justificantes estão na posse do identificado imóvel há mais de vinte anos, sem a menor oposição de quem quer que seja, desde o seu inicio, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente, com conhecimento de toda a gente, com ânimo de quem exerce direito próprio, sendo por isso uma posse pública, pacífica e contínua, pelo que adquiriram o referido imóvel por usucapião, não tendo assim, documentos que lhes permitam fazer prova da aquisição pelos meios extrajudiciais normais.

Está conforme.

Barreiro, vinte nove de outubro de dois mil e dezanove.

O Notário,

Conta registada sob o n° 2/6972/2019

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CARLOS ALBERTO DOS SANTOS DIOGO

JOSÉ JOAQUIM MOREIRA

JOSÉ ANTÓNIO GRILO BATISTA

AMĂ?LCAR FERNANDO BARROCOSO ANDRADE DE SOUSA

(1948 – 2019)

(1957 – 2019)

(1958 – 2018)

(1958 – 2019)

Participação e Agradecimento

Participação e Agradecimento

Participação e Agradecimento

Participação e Agradecimento

A funerĂĄria Armindo lamenta informar o falecimento de Carlos Alberto dos Santos Diogo.

A famĂ­lia vem por esta via agradecer a todas as pessoas que se dignaram a acompanhar o funeral ou que, de qualquer outra forma, manifestaram as suas condolĂŞncias.

A funerĂĄria Armindo lamenta informar o falecimento de JosĂŠ Joaquim Moreira. A famĂ­lia vem por esta via agradecer a todas as pessoas que se dignaram a acompanhar o funeral ou que, de qualquer outra forma, manifestaram as suas condolĂŞncias.

CLASSIFICADOS Vendo terreno vedado 2452 com casas e garagem, bom para actividades agachada.

45.000â‚Ź Tlm.: 926447472 SetĂşbal

ADMINISTRATIVO CONCELHOS DE MOITA E BARREIRO Envio de candidatura para: cr.setubalenseodiariodaregiao@gmail.com

LABORATĂ“RIO DE ANĂ LISES CLĂ?NICAS 0050

DIRECTOR TÉCNICO Fernando Gamito Rodrigues Av. Jaime Cortesão, 77-B Tel. 265 539 060 • Setúbal Horårio: 09h00 - 13h00; 14h00 - 20h00 Såbado: 09h00 - 13h00

A funerĂĄria Armindo lamenta informar o falecimento de AmĂ­lcar Fernando Barrocoso Andrade de Sousa. A famĂ­lia vem por esta via agradecer a todas as pessoas que se dignaram a acompanhar o funeral ou que, de qualquer outra forma, manifestaram as suas condolĂŞncias.

Nissan com capacidade atĂŠ 900 quilos

0060

BLOCO CLĂ?NICO

A funerĂĄria Armindo lamenta informar o falecimento de JosĂŠ AntĂłnio Grilo Batista. A famĂ­lia vem por esta via agradecer a todas as pessoas que se dignaram a acompanhar o funeral ou que, de qualquer outra forma, manifestaram as suas condolĂŞncias.

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ALCÁCER DO SAL

Com conto animado para a criançada

Biblioteca Municipal celebra Dia das Bruxas

QUINTA-FEIRA, 31/10/2019

SOCIEDADE

Aliando as comemorações do Mês Internacional das Bibliotecas Escolares à celebração do Dia das Bruxas, a Biblioteca Municipal de Al-

cácer do Sal repete hoje a acção de animação do conto “Gabriela e a Espreitadela”, de Jim Helmore e Karen Wall, que promoveu na última terça-

-feira. A iniciativa é dirigida a alunos dos jardins-de-infância, ensino pré-escolar e 1.º ciclo e, anteontem, juntou dezenas de crianças.

Seixal André Ramos representará Portugal nos próximos Jogos Paralimpicos com a modalidade Boccia

“Tóquio 2020” Hino ao desporto adaptado, a modalidade de Boccia cresce na península de Setúbal desde 2011. Hoje leva 400 atletas a jogos onde o projecto “Desporto Com Sentido” fez e faz a diferença

POR ANA MARTINS VENTURA FOTOGRAFIA ALEX GASPAR

O

projecto “Desporto Com Sentido” da Associação de Paralisia Cerebral Almada Seixal (APCAS) trouxe a técnica, o saber fazer desporto adaptado nas mãos e nas palavras de professores e alunos.

Depois da técnica, abraçada em todo o país através de um pack de 20 manuais, sobre 20 modalidades desportivas, Ànanciado pela EEA-Grantrs, a garra de chegar mais longe veio com André Ramos e pelas mãos de outros corajosos atletas que, tal como ele, não se deixaram intimidar e criaram novas regras para contornar velhas barreiras do desporto.

Hoje, o atleta paralímpico de 23 anos é federado na modalidade de Boccia e aÀa a pontaria para os Jogos Paralímpicos que a cidade de Tóquio, no Japão, receberá em 2020.

Uma conquista que está apenas à distância de um apuramento, certamente conquistado no próximo Domingo, no Open da Póvoa de Varzim, ou não fosse o André dono de uma certeza que se move além da vontade sobre o corpo.

Do futuro o atleta também não tem dúvidas. Depois de Tóquio, a meta é “Paris 2024”.

André é o reÁexo dos resultados que o projecto “Desporto Com Sentido”, Ànanciado pela EEA-Grants trouxe à península de Setúbal, depois ao país e mais tarde à EuropaNa primeira fase deste projecto os

manuais entraram nas escolas e os professores de Educação Física começarem a contactar com as potencialidades do desporto adaptado.

Seguiu-se formação que a APCAS também colocu no terreno terreno através de um sexteto fasntástico de proÀssionais do desporto que trasbalham a tempo inteiro para a associação. E quando os jovens deixaram as escolas, o associativismo local também abriu portas como parceiro, para receber praticantes de diferentes modalidades de desporto adaptado.

Boccia foi uma das modalidades em que a APCAS apostou, pela sua génese associada a praticantes com paralisia cerebral. E o resultado está claro com as 40 equipas que praticam a modalidade na

península. Cada uma com 10 praticantes, no total constroem um universo de 400 crianças e jovens que praticam Boccia nas escolas e assocaiçõesl locais, com material inteiramente cedido pela APCAS. Desporto uma forma de viver O compasso da jogada é medido pelo tempo que o pé leva a responder à sua vontade. Os outros

jogadores aguardam, em linha, o resultado de cada jogada alheia, mais concentrados no movimento que guia André até aquela pista, do que no jogo. Esta poderia ser uma manhã comum na Escola Básica da Cruz de Pau, mas é dia de receber a APCAS, com uma actividade de sensibilização para a prática de desporto adaptado.

Os alunos são convidados a experimentar tricicletas, cadeiras de rodas e bolas de Boccia, para per-

“Desporto Com Sentido” devolveu a prática desportiva a 400 jovens da península de Setúbal só com a modalidade Boccia

ceberem como será praticar determinada modalidade de forma adaptada. Também os professores que seguiram os “manuais mágicos da APCAS”, tiram dúvidas. A seu lado está o apoio de Ana Barradas, coordenadora da área de Desporto, Educação e Cidadania na APCAS e a experiência do campeão André.

Quando o Boccia surgiu na vida de André há dez anos atrás, braços e mãos ainda respondiam ao comando. A chamada “motricidade fina” como explica. Depois, quando a implacável paralisia começou a pregar partidas ao seu insistente sistema nervoso central, a resiliência do atleta não se intimidou. “Passei para o pé, que também tinha a suas manias, por isso concebi com a ajuda de um artesão um sapato adaptado, com uma plataforma na frente para estabilizar a bola antes da jogada”.

E foi “adaptado” a palavra que moveu o André e a APCAS no Boccia, sem desistirem das metas da inclusão através do desporto.

Este ano André já conquistou o ouro em Itália e de Sevilha trou-

QUINTA-FEIRA 31/10/2019

xe prata, sendo actualmente vice-campeão europeu de equipas.

Aliás, a tradiçãso das conquistas vem de longe.

“Logo no primeiro campeonato em que participei, em Loulé, conquistei apuramento. Daí não parei mais e dediquei-me a praticar e a melhorar o movimento”.

vido ao conhecimento que o projecto “Desporto Com Sentido” veio colocar à disposição de todos”, aÀrma.

“Estamos no topo da Europa, talvez do mundo” Para José Patrício, presidente da direcção da APCAS é claro que

“Com Sentido” nas escolas Ana Barradas revela os desaÀos do desporto adaptado no quotidiano das escolas. “Nós fazemos muitas actividades como a que desenvolvemos hoje na Escola Básica da Cruz de Pau. Desde o primeiro ano ao secundário todas as escolas da península sabem que nós existimos e no início de cada ano lectivo procuram-nos para marcar actividades. Algumas não têm alunos com deÀciência em prática desportiva, mas querem promover esta actividade na escola. Outras têm alunos com deÀciência a praticar desporto e pedem a nossa ajuda”.

Como resultados Ana Barradas destaca a maior receptividade dos alunos que procuram os técnicos da APCAS para tirar dúvidas, sobre como podem ajudar os colegas na prática de determinada modalidade.

“Diria que, neste momento, todos os professores de Educação Física estão envolvidos na prática de modalidades de desporto adaptado de-

SOCIEDADE

O DIÁRIO DA REGIÃO DE SETÚBAL

“dentro de dois anos o Seixal, que recebe a sede da associação e onde a sua actividade incide com maior expressão, será o concelho do país com maior oferta desportiva para pessoas com deÀciência”.

Uma conquista que começou tímida, quando “Desporto Com Sentido” ainda era apenas uma ideia e ganhou forma através de um Ànanciamento da EEA-Grants, para apoio a projectos que têm como objectivo reduzir as disparidades sociais.

“Desporto Com Sentido” cresceu e colocou nas escolas do país 20 pequenos manuais sobre 20 modalidades desportivas possíveis de ser adaptadas a atletas com deÀciência: ciclismo, rugby, voleibol, lutas amadoras, goalball, boccia, andebol, surf, atletismo, jogos tra-

dicionais, natação, orientação, ténis de mesa, slalom em cadeira de rodas, canoagem, futebol, vela, equestre, ténis, dança.

O plano cresceu no país, até chegar a toda a Europa. E, entre parceiros, sem barreiras, chegou ao mundo.

“O principal produto do projecto “Desporto Com Sentido” foram os manuais”, explica José Patrício.

“E, os parceiros unidos em prol da missão deste projecto está a Direcção Geral de Educação, Câmara Municipal de Almada, Câmara Municipal do Seixal, da Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa e a Federação Portuguesa de Desporto Para Pessoas com DeÀciência”.

No total 58 autores foram convidados a participar com o seu conhecimento na produção dos manuais que são o coração de “Desporto Com Sentido” e a partir do saber destes especialistas nacionais nasceu um novo olhar sobre a deÀciência e a prática desportiva.

Depois de distribuir os manuais nas escolas, a APCAS centrou o segundo produto do projecto num desaÀo lançado a professores e alunos: produzir vídeos com a práticas das modalidades adaptadas.

Nesse momento foi criada uma plataforma e-learning, onde todos conteúdos multimédia Àcaram disponíveis para consulta sob a gestão do atleta paralimpico André Ramos.

“Estava concluida a primeira fase de “Desporto Com Sentido”. Com o Ànanciamento do EEA-Grants, 200 packs de manuais tinham sido distribuídos por diferentes instituições ligadas à Educação e ao Desporto em todo o país. Mas queríamos ir mais longe”.

Avançou então a segunda fase do projecto. Produzir mais cinco mil packs.

O Ànanciamento para o novo desaÀo de “Desporto Com Sentido” foi conseguido através do Alto Pa-

trocínio da Presidência da República, Instituto Português da Juventude e Instituto Nacional para a Reabilitação.

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rior, com cursos de desporto. “Estrategicamente os manuais foram também distribuídos em associações da CPLP que têm estruturas governamentais ligadas ao desporto adaptado”, explica o professor.

A partir desta acção surgiu a real internacionalização.

“Começamos a apresentar o pack de manuais do “Desporto Com Sentido” em vários congressos europeus e temos neste momento Croácia, Roménia Espanha, Inglaterra, com grande interesse na tradução destes manuais para inglês”. Esta será a terceira fase do projecto.

“Não será fácil de gerir, uma vez que envolve direitos de 58 autores” aÀrma José Patrício, “mas não será impossível”.

Internacionalização trouxe conclusões inesperadas

Reconhecimento da APCAS é mundial, enquanto precursora de boas práticas no desporto adaptado Parcerias que “vieram aÀrmar o reconhecimento do trabalho desenvolvido pela APCAS e levam José Patrício a lançar a ideia de que, “talvez não exista mesmo outro produto igual em todo o mundo”.

Com os cinco mil packs foi possível levar estes manuais a todos os agrupamentos escolares e câmaras municipais do país e a alguns estabelecimentos de ensino supe-

Hoje, “Desporto Com Sentido” é assumido pela APCAS e pelos seus parceiros como “o início de um percurso para conseguirmos chegar a um conjunto de boas práticas oÀciais de desporto adaptado, deÀnidas a nível europeu”.

E é a partir desta conquista que a APCAS revela novos planos. “A candidatura a um novo projecto, desta vez ao abrigo do programa ERASMUS+, Ànanciado pela Comissão Europeia, para criar o sonhado modelo de boas práticas europeias”.

No grupo de heróis que podem abraçar o novo desaÀo está o Instituto Português do Desporto e Juventude, o Comité Paralímpico Europeu, a UNESCO, a TAFISA - Associação Internacional de Desporto adaptado, e um centro de investigação holandês que desenvolve trabalho na área do desporto. Facto curioso. A APCAS lançou o convite, sem pretensões de que todos participassem. “Todos aceitaram”.

Fica lançada a pedra para os novos desaÀos europeus do desporto adaptado, que começaram um dia com as primeiras jogadas e vitórias de “Desporto Com Sentido”.

“Os nossos alunos ganharam coragem para ajudar” A Escola Básica da Cruz de Pau é uma referência para alunos surdos e com paralisia cerebral. Nas suas salas e pátios, crianças e adultos encontram resposta para muitas questões relacionadas com a deÀciência.

Para Anabela Vicente, professora nesta escola e membro da direcção da APCAS, “muitas dúvidas caíram a partir do momento em que trouxemos o desporto adaptado para a nossa prática diária”.

A presença pontual dos professores da APCAS trouxe, sobretudo, “coragem aos alunos que agora questionam e querem ajudar os colegas a superar barreiras, sem medos”. Um desaÀo que apenas foi possível abraçar “através dos manuais de “Desporto Com Sentido”, que vieram trazer um leque de novas práticas e possibilidades”.

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BAIXA DA BANHEIRA

Escola de Futebol D. João I estabelece acordo com o SL Benfica

QUINTA-FEIRA, 31/10/2019

DESPORTO

O SL Benfica e a Escola de Futebol D. João I estabeleceram um acordo de cooperação, que visa estreitar a relação entre a estrutura do Futebol de Formação benfiquista e o projecto desportivo e social da escola de futebol sediada na

Baixa da Banheira.

A nível desportivo, os contornos da parceria passarão, entre outros factores, pelo intercâmbio de jovens atletas, a partilha de conhecimentos e a realização de jogos-treino e preparação.

Para a Escola de Futebol D. João I este é um momento muito importante na sua história. “AAtravés do nosso trabalho e dedicação diária conseguimos um dos maiores acordos de formação a nível nacional. Vamos criar o Centro de

Treinos e Formação D. João/Sport Lisboa e Benfica e conseguir uma visibilidade e competitividade com mais qualidade, onde todos os atletas da nossa escola e do distrito serão acompanhados de perto pelo Sport Lisboa e Benfica”.

Meyong revela ambição na estreia como homem do leme sadino no duelo de hoje (20:15) com o Santa Clara

O ex-avançado camaronês, detentor do I Nível do curso de treinador, revela não ser sua intenção ficar como técnico principal do Vitória

DIREITOS RESERVADOS

“Garanto que vamos aos Açores para fazer golos e ganhar” POR RICARDO LOPES PEREIRA

C

omo recebeu a notícia de que iria comandar a equipa do Vitória FC nos dias seguintes à saída de Sandro Mendes?

A verdade é que não estava à espera. É uma situação pontual que aconteceu. Tenho contrato com o clube e estou a exercer o cargo de adjunto há quase dois anos. A direcção está à procura de um treinador que vai assumir funções aqui e pediramme que preparasse a equipa para o jogo com o Santa Clara. O resto não sei como vai ser.

De que forma viu a saída de Sandro Mendes do clube?

Não é bom para o treinador. O Sandro é um colega e um amigo.

Foi, é e vai continuar a ser um símbolo do clube. No tempo que esteve cá fez um bom trabalho. Conseguiu a permanência e a equipa, em termos de classificação, não está assim tão mal. É uma opção da direcção que não vou comentar. Enquanto cá esteve o Sandro fez o seu trabalho e deu tudo o que tinha para dar. Não tenho mais nada para comentar.

Vai orientar a equipa com o Santa Clara. Tenciona fazer alterações?

Eu tenho a ideia de ir ao Santa Clara ganhar. O Vitória joga sempre para vencer. Há muitas coisas boas que fizemos desde o início da época e temos de manter. Há algumas coisas a mudar mas não seria bom revelálas aqui para o adversário não saber tudo. Amanhã (hoje) vamos ver.

O clima de indefinição que se vive atualmente por gerar instabilidade na equipa?

O balneário não se pode deixar afectar com esta situação. Somos

todos profissionais e os jogadores sabem qual o seu trabalho e vão continuar a fazê-lo como até aqui.

Pelo que vi nas muitas conversas que tivemos, os jogadores estão bem e estão motivados. Isso é o mais importante para mim.

Dialogou muito com os jogadores nos últimos dias?

A semana foi mais de conversa do que treino. Os processos já nós temos.

Com o tempo que tive também não há tempo para fazer grandes coisas.

O mais importante é o aspecto mental porque a cabeça é que manda no corpo. Se a cabeça estiver bem, ren-

de-se mais. Os jogadores passaramme a ideia de que estão bem e, por isso, estou satisfeito e confiante para amanhã.

Nunca escondeu que Jorge Jesus foi um treinador marcante. Já lhe deu alguma dica para este jogo?

Ainda não falei com ele (risos). Foi Jorge Jesus que fez de mim jogador, aprendi muito com ele na maneira de treinar, pensar e os aspetos táticos.

Fui treinador por ele nos três clubes em que joguei em Portugal. Ele está no Brasil e já sabia que ia ter sucesso porque quando tens qualidade e condições tem tudo para ter sucesso.

Fico feliz por ele. Não falei com ele.

Estou cá só para um jogo ou, no máximo, dois jogos. Não tenho intenção de ficar como treinador principal. Pediram-me para levar a equipa aos Açores. Não sei mais nada. Sou empregado do clube e faço o que me pedem. Gosto muito do Vitória e estou disposto a fazer tudo para honrar este símbolo.

O facto de ser um antigo goleador e estar agora a orientar a equipa no banco pode ser um incentivo para a equipa marcar golos?

Gostava que fosse assim porque só se ganha jogos fazendo golos.

Avançado assinou contrato profissional

Hugo Neves é o mais recente exemplo da aposta na formação Os responsáveis vitorianos continuam a reforçar a aposta na prata da casa. O avançado Hugo Neves, de 16 anos de idade, assinou contrato profissional com o clube, sendo mais um exemplo da política de valorização dos jogadores formado no clube. O elevado rendimento que apresentou nos juniores e nos sub-

23 já lhe valeu diversas vezes a oportunidade de trabalhar com a equipa principal. Tratou-se de mais um passo no crescimento de um atleta em quem recaem grandes esperanças.

Natural de Setúbal, Hugo Neves representa o Vitória desde os seis anos de idade. Com grande mar-

gem de progressão, o extremo, que é visto pela direcção liderada por Vítor Hugo Valente como uma das grandes promessas da formação sadina, fica agora ligado contratualmente ao emblema do Bonfim até 2022, protegido com uma cláusula de rescisão de 10 milhões de euros.

Tem-se falado muito que a equipa tem marcado poucos golos, mas realço que também sofre poucos e é uma das melhores defesas do campeonato. É uma qualidade que não se pode retirar. Nem tudo é mau nesta equipa. Vamos manter essa postura defensiva porque qualquer casa começa com fundações fortes.

Uma boa defesa ajuda a atacar melhor. Esperamos melhorar amanhã (hoje) esse aspecto.

Quero os jogadores alegres e que desfrutem do futebol. Têm uma profissão boa. Quando jogava gostava muito, eles têm de jogar e divertir-se porque só assim podem ter mais rendimento. Queremos conseguir um bom resultado amanhã.

Qual a sua opinião sobre o Santa Clara?

Tem muitos bons jogadores, alguns deles passaram por cá, foram meus colegas e conheço-os muito bem. São jogadores de qualidade, posso falar do Patrick, César, Thiago Santana, Zé Manuel. Têm uma boa equipa, sabemos com quem vamos jogar e estamos bem preparados. Garanto que vamos lá para fazer golos e ganhar.

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DESPORTO

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O DIÁRIO DA REGIÃO DE SETÚBAL

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ALFARIM Nuno Cláudio foi o técnico escolhido

Treinador está de regresso à região onde já treinou a AD Quinta do Conde

N

uno Cláudio, que nas duas últimas épocas treinou o Grupo Desportivo Benavente, na Associação de Futebol de Santarém, é o novo treinador do Grupo Desportivo de Alfarim que ocupa actualmente o penúltimo lugar na 1.ª Divisão da AF Setúbal.

O treinador, de 48 anos, está assim de regresso ao futebol setubalense por onde já passou em 2015/2016 e 2016/2017 como técnico da Associação para o Desenvolvimento da Quinta do Conde (ADQC).

Na sua carreira de treinador passou também pelo Juventude Castanheira e pelo Aveiras, clubes da AF Lisboa, onde contabiliza uma subida de divi-

são.

Como se pode constatar exerceu a sua actividade em três distritos diferentes (Lisboa, Setúbal e Santarém), contabilizando experiências nas principais divisões destes distritos mas, como disse em Agosto ao nosso jornal o seu “ccoração futebolístico está do distrito de Setúbal”.

Nuno Cláudio foi apresentado aos jogadores na terça-feira tendo começado de imediato a trabalhar no sentido de preparar a equipa para o jogo do próximo domingo com o Oriental Dragon, que vai assinalar a sua estreia no campeonato defendendo as cores do Alfarim.

JOSÉ PINA

MOITENSE Juniores são líderes isolados

ANDEBOL

Equipa conta por vitórias todos os jogos disputados

Campeonato Nacional da 2.ª Divisão

Almada empata com Camões e Alto do Moinho vence Zona Azul Equipas da região obtêm resultados positivos na 6.ª jornada e encontram-se bem posicionadas na tabela classificativa. O Almada em segundo lugar a um ponto de distância do líder e o Alto do Moinho em 4.º lugar, com menos dois POR JOSÉ PINA

N

uma jornada repleta de jogos interessantes, onde não faltou emoção, quem mais se destacou foi o Sassoeiros não só porque venceu o Sporting “B” mas também porque se isolou no comando da tabela classificativa, beneficiando do empate registado no Camões – Almada.

O equilíbrio foi a nota dominante deste encontro que terminou com o resultado de 20-20. Na primeira parte foram os almadenses que se superiorizaram ligeiramente, saindo para o intervalo a vencer por um golo (8-9). Mas, na segunda metade, aconteceu precisamente o contrário, foi o Camões que levou a melhor

com o parcial de 12-11, resultando daí a igualdade final, num jogo muito táctico e com relativamente poucos golos. O jogador que mais se destacou em todo o encontro foi João Machuqueiro (Almada) pelos nove golos que marcou.

Excelente foi o resultado obtido nesta jornada pelo Alto do Moinho que derrotou o Zona Azul, em Beja, por dois golos e diferença. Este foi também um jogo pautado pelo equilíbrio em que a equipa alentejana chegou ao intervalo a ganhar por 16-15 e o Alto do Moinho se superiorizou na segunda metade do encontro, fazendo um parcial de 1714, que fixou o resultado final em 32-30 a favor da equipa da freguesia de Corroios. Afonso Puga, com nove golos e Victor Talmazan com seis, foram os jogadores do Alto do Moinho que mais golos marcaram.

Com a conjugação dos resultados desta jornada, o Sassoeiros [que no próximo sábado defronta o Camões] ficou sozinho no comando da tabela classificativa, Camões e Almada seguem em segundo lugar com menos um ponto e logo a seguir surgem o Alto do Moinho e o Sporting “B”.

Resultados da 6.ª jornada: Camões 20 Almada 20; Marítimo 31 1.º Dezembro 24; Zona Azul 30 Alto do Moinho 32; Lagoa 19 Vela de Tavira

19; Sporting “B” 19 Sassoeiros 22.

Classificação: 1.º Sassoeiros, 16 pontos; 2.º Camões e Almada, 15 pontos; 4.º Alto do Moinho e Sporting “B”, 14 pontos; 6.º Zona Azul, 10 pontos; 7.º Marítimo (menos um jogo) e Vela de Tavira, 9 pontos; 8.º Lagoa (menos um jogo), 8 pontos; 10.º 1.º Dezembro, 6 pontos; Próxima jornada (02 de Novembro): 1.º Dezembro - Sporting “B”; Sassoeiros – Camões; Almada - Zona Azul; Alto do Moinho – Lagoa; Vela de Tavira – Marítimo.

A

equipa de juniores do Moitense está na liderança isolada da Série “A” do Campeonato Distrital de Juniores da 2.ª Divisão, posição assumida após a vitória alcançada sobre o Samouquense (4-1) em jogo disputado no Campo do Juncal a contar para a 4.ª jornada da competição.

A equipa da Moita, que conta por vitórias os jogos disputados, segue sozinha na frente da tabela classificativa com nove pontos, mais três que que um trio formado por Samouquense, Alcacerense e Sindicato.

Na próxima jornada desloca-se a Sines para defrontar o Vasco da Gama que está na última posição sem qualquer ponto conquistado.

Quem também realizou uma boa exibição, que não corresponde em nada

com o resultado, foi a equipa sénior que perdeu na sua deslocação a Sesimbra, porque não foi nada feliz. O Moitense adiantou-se no marcador aos 10 minutos por intermédio de Patrick e foi para o intervalo a ganhar por 1-0.

Na segunda parte o Sesimbra chegou à igualdade (75’) mas a equipa orientada por David Nogueira não baixou os braços e foi à procura de novo golo que só não aconteceu porque Ary não aproveitou a cobrança de uma grande penalidade (84’). E, como diz o velho ditado “qquem não mata morre”, dois minutos depois sofreu o golo da derrota.

No próximo domingo, tal como acontece com os juniores, o adversário é o Vasco da Gama de Sines mas, neste caso, o jogo é no Juncal Desportos.

JOSÉ PINA

III Divisão Torrense, Ginásio do Sul e Vitória FC, as equipas da região que participam no campeonato nacional da 3.ª divisão, não jogaram na segunda jornada da zona 6 do campeonato nacional da 3.ª divisão, duas delas porque viram o seu jogo ser adiado e a outra porque folgou. Assim sendo, nos jogos realizados registaram-se os seguintes resultados: Redondo 28 Serpa 32; Évora AC 27 Costa Doiro 19; Vitória FC “B” – Ginásio do Sul (adiado).

No dia 1 de Novembro, às 17 horas, o Ginásio do Sul defronta o Vela de Tavira, no Algarve, e no dia 2, às 15 horas, o Torrense recebe o Évora AC, para a Taça de Portugal.

Subida Internacional do Rio Arade

Clube de Canoagem de Amora vence pelo terceiro ano consecutivo

O

Clube de Canoagem de Amora venceu, pelo terceiro ano consecutivo, a ‘Subida Internacional do Rio Arade’, que se realizou no passado domingo, dia 27 de Outubro, entre Portimão e Silves, num percurso de 12 km.

Entre mais de 400 atletas e 230 embarcações o Clube de Canoagem de Amora mostrou mais uma vez o seu poderio numa prova Internacional, em que para além de ter as melhores equipas do nosso país contou também

com várias equipas espanholas, que perfizeram um total de 23 clubes participantes.

Como reflexo desta vitória colectiva está a conquista de cinco primeiros lugares, três segundos lugares e dois terceiros lugares, e o facto de praticamente todas as tripulações terem terminado no top 10 da classificação por escalões.

Foi assim o culminar da época de 2019, que já vai longa, com a seguinte já a bater à porta.