O Setubalense, diario regional de Setúbal nº 277

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Fim-de-semana EDIÇÃO

SEXTA-FEIRA | 08.NOVEMBRO.2019 | N.º 277 | Ano II | 5.ª Série ie e

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‘OPOSIÇÃO METE POLÍTICA À FRENTE DAS PESSOAS’

SETÚBAL P.6

IMI continua no máximo com críticas da oposição

P.8 a P.10

ALCOCHETE

Fernando Pinto faz balanço de mandato

Olaria dos Quatro Caminhos é última da cidade P.16 e 17

Árvore de Natal da Avenida ‘cresce’ dois metros P.11 MONTIJO P.12

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Ver página 13

SETÚBAL P.3

Ecosado fechou portas PUBLICIDADE

Nuno Canta termina segunda-feira périplo pelas escolas da freguesia

ANUÁRIO DOS MUNICÍPIOS P.7 Montijo é melhor do distrito e terceiro no País

Û

2

FIGURA DO DIA SEXTA-FEIRA, 08/11/2019

MIRA DOURO DA A RRÁ B IDA

REPARO DO DIA

ANDREIA SERRÃO A atleta júnior do Clube Judo do Montijo continua a confirmar predicados nos palcos internacionais.

Foi a Espanha duas vezes no espaço de uma semana e trouxe duas medalhas, uma de prata ao serviço da Selecção Nacional e outra de ouro em representação do clube montijense (ver pág.15).

OPINIÃO

CARLOS CUPETO

MARÉS

Escola de Ciências e Tecnologia Universidade de Évora

SETÚBAL - TRÓIA 00:05 2.8 m Preia-mar 06:03 1.2 m Baixa-mar 12:18 3.0 m Preia-mar 18:30 1.0 m Baixa-mar

SINES 05:47 1.3 m Baixa-mar 11:58 2.9 m Preia-mar 18:14 1.1 m Baixa-mar

SESIMBRA 05:50 1.3 m Baixa-mar 11:58 2.9 m Preia-mar 18:17 1.1 m Baixa-mar

ALMADA 00:24 3.1 m 06:03 1.3 m 12:39 3.2 m 18:27 1.1 m

Inovação Há alguns anos que a palavra inovar entrou na conversa do politicamente correto.

Uma moda que, como todas as modas, só serve para gastar o dinheiro que não temos. A mais ridícula de todas as inovações é a bicicleta de madeira. Entretanto abundam os planos e estudos, sectoriais, regionais e locais, de inovação. Até parece mal que uma câmara municipal ou uma região não tenha um plano de inovação.

Qual foi o efeito positivo desses trabalhos, feitos pelos melhores consultores da nossa praça? Como é habitual nesta nossa terra, gasta-se o dinheiro, nada acontece, e ficamos todos amigos como até então, embora mais pobres. Valha-nos a generalizada convicção de que a responsabilidade desta triste realidade nunca é nossa, há sempre alguém para quem olhar. Inovação não pode ser uma palavra vã, antes, terá que ser uma atitude fundamental e necessária à mudança. A inovação não se escreve nem se anuncia, pratica-se. Implementa-se todos os dias, nem que seja nas mais pequenas coisas.

No seu sentido mais puro e objetivo, inovar, são ideias que criam riqueza. Vivemos numa sociedade global mas onde os recursos e os meios continuam a ser locais, sendo nesta dimensão que podemos e devemos atuar. É no local onde vivemos, onde trabalhamos, que podemos, ou melhor, temos que atuar em prol da mudança. Se recusamos a nossa parte alguém vai tomar decisões por nós, e, como se constata, o resultado não tem sido bom. Cada vez mais somos todos responsáveis.

As pessoas, nesta perspetiva, têm que ser consideradas como parceiros atuantes, atores que influenciam a decisão e decidem, e como tal se devem assumir na configuração do seu destino, não apenas como destinatários passivos dos hábeis programas de desenvolvimento com resultados muito duvidosos que todos conhecemos e sentimos.

A cadeia de valor, no seu mais lato sentido, tem que estar presente em todos os nossos recursos. O objetivo é tirar o máximo partido do que temos e respondereficazmente ao mercado. Existem, felizmente, alguns bons exemplos à nossa volta, basta olhar e ver como se faz.

De facto, a inovação existe, o desafio é generalizá-la.

Temos automóveis, imóveis, computadores etc. a mais e pessoas competentes a menos, os melhores fartaramse e foram-se embora. Onde estão os decisores competentes? Podemos confiar nos que decidiram até hoje?

PARA HOJE

Passadeira danificada na Baixa de Setúbal foi removida Reparámos que a passadeira, verde, que estava danificada, nesta rua da Baixa Comercial de Setúbal, foi removida ontem.

Preia-mar Baixa-mar Preia-mar Baixa-mar

No mesmo dia, tínhamos feito o reparo de que o mau estado do tecido já tinha feito tropeçar algumas pessoas.

OPINIÃO

Juntos vamos fazer ainda mais e melhor

Virada a página da austeridade será neste novo ciclo que se devem reforçar as condições para que Portugal vença os desafios estratégicos da próxima década FERNANDO JOSÉ Deputado do PS Vereador do PS na CMS

Após o debate na Assembleia da República, o Programa do XXII Governo Constitucional será executado na sequência de uma legislatura em que a recuperação da confiança e a dinamização da procura interna permitiram relançar o crescimento económico, em convergência com a Zona Euro e em que se verificou a maior série de criação de emprego de que há registo.

Depois de cumprido com êxito o programa de recuperação de rendimentos, da economia e do emprego, bem como a afirmação de contas certas nas finanças pu-

blicas e inerentemente a confiança dos portugueses e a credibilidade internacional do país, abre-se agora um novo ciclo na sociedade portuguesa. Um ciclo de consolidação da recuperação económica, mas, sobretudo, um ciclo em que impera garantir a sustentabilidade do percurso percorrido com sucesso ao longo da última legislatura.

Virada a página da austeridade será neste novo ciclo que se devem reforçar as condições para que Portugal vença os desafios estratégicos da próxima década.

O combate às alterações cli-

máticas; as respostas que se exigem ao desafio demográfico; a construção da sociedade digital, a redução das desigualdades; a melhoraria da qualidade da democracia; o investimento na qualidade dos serviços públicos e a valorização das funções de soberania, sem nunca esquecer as contas certas em convergência com a União Europeia, são desígnios espelhados no Programa de Governo para os próximos quatro anos de legislatura, com a certeza, de que juntos vamos fazer ainda mais e melhor!

FICHA TÉCNICA

PUBLICIDADE geral@osetubalense.com publicidade.setubal@gmail.com

SETÚBAL ALMADA SEIXAL PALMELA BARREIRO ALCOCHETE OUTROS CONCELHOS MONTIJO MOITA 212 383 228 265 520 716 265 094 354 265 092 725 212 318 392 212 047 599 212 047 599 212 384 894 937 081 515

Registo de Título N.º 107552 | Depósito Legal N.º 8/84

Propriedade: Outra Margem - Publicações e Publicidade, Lda. Contribuinte: 515 047 325. (Detentores de mais de 10% do capital social: Gabriel Rito e Carlos Bordallo-Pinheiro). Editor: Primeira Hora - Editora e Comunicação, Lda. Contribuinte: 515 047 031 (Detentores de mais de 10% do capital social: Setupress, Lda., Losango Mágico, Lda., Carla Rito e Gabriel Rito) Sede de Administração e Redacção: Travessa Gaspar Agostinho, 1 - 1.º, 2900-389 Setúbal.

Conselho de Gerência: Carla Rito, Carlos Dinis Bordallo-Pinheiro, Gabriel Rito e Carlos Bordallo-Pinheiro.

CONCELHO DE SETÚBAL Travessa Gaspar Agostinho, 1 - 1.º - 2900-389 Setúbal - Tel. 265 094 354 (geral) / 265092 633 (redacção) / 265 092 725 - 265 520 716 (dep. comercial) CONCELHO DE PALMELA Rua José Saramago, lote 26 - loja direita 2955-027 Pinhal Novo - Tel. 212 384 894 CONCELHOS DE MONTIJO E ALCOCHETE Praça da República, 63, Galerias Comerciais, Lj 18.

Tel./Fax: 212 318 392

CONCELHO DO BARREIRO Intermarche da Moita - Quinta Santa Rosa Rua Classe Operário - Alhos Vedros - Moita Tel.: 212 047 599 - 939 050 535 CONCELHO DA MOITA Intermarche da Moita - Quinta Santa Rosa Rua Classe Operário - Alhos Vedros - Moita Tel. 212 047 599 / 939 050 535 REDACÇÃO Director: Francisco Alves Rito (CPJ 2292) diretor@osetubalense.com Redacção: Mário Rui Sobral (CPJ 3872 A),

Humberto Lameiras (CPJ 2321 A); Ana Martins Ventura (CPJ 7230 A). Colaboradores: Inês Antunes Malta (CPJ 7226 A); Miguel Nunes Azevedo (TP 2608); Fátima Brinca (CPJ 2574); Rogério Matos (CPJ 9929); Helga Nobre; André Rosa; Ricardo Lopes Pereira e José Pina. Fotografia: Mário Prata, Alexandre Gaspar e Arsénio Franco.

DEPARTAMENTO ADMINISTRATIVO Teresa Inácio, Dulce Lança e Branca Belchior.

PUBLICIDADE Direcção Comercial: Carla Sofia Rito e Carlos Dinis Bordallo-Pinheiro. Setúbal: Ana Oli-

veira, Mauro Sérgio, Célia Felix e Rosália Batista. Montijo: Graciete Rodrigues.PPalmela: Rosália Batista. Barreiro: Carla Santos.

Moita: Carla Santos.

IMPRESSÃO Tipografia Rápida de Setúbal, Lda. - Travessa Jorge d’Aquino, 7 - 2900-427 Setúbal e-mail: geral@tipografiarapida.pt DISTRIBUIÇÃO VASP - Venda Seca, Agualva - Cacém Tel. 214 337 000 Tiragem média diária: 9.000 exemplares

Estatuto Editorial disponível em https://www.facebook.com/pg/ JornalOSetubalense/ about/?ref=page_internal

Edição online www.diariodaregiao.pt Digital Media Officer: José Luís Andrade

Os artigos assinados são da responsabilidade dos seus autores

ALMADA

Reutilizar para estimular a diminuição de consumo

SEXTA-FEIRA, 08/11/2019

O Mercado das Torcatas, em Almada, recebe hoje o Swap Market a partir das 19h00. A proposta é a reutilização e circulação de recursos existentes, promovendo um sentido de comunidade e de diminuição do consumo. Aqui pode ad-

A CTUA L SETÚBAL

Hoje, Swap Market no Mercado de Trocas quirir um novo casaco para o inverno, umas botas para a chuva, um romance clássico ou o novo best-seller. Basta trocar um bem por outro. Os bens trocados têm apenas que estar em ótimo estado. Durante o Swap Market haverá

ainda uma área de alimentação vegetariana/vegan. A modalidades de participação no Swap Market implica pagar 2 euros como direito de entrada e troca de 1 a 2 bens. Para o Grande Trocador o custo de participação é de 5 euros, e

inclui entrada para duas pessoas e possibilita a troca de 3 a dez bens. Para stand de trocas o custo passa a ser e 10 euros e inclui entrada para duas ou três pessoas e possibilita a troca de 10 a 20 bens e tem direito a uma banca.

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ObservaNatura começa amanhã e termina domingo

Enquanto no Cais 3 do porto de Setúbal decorre o encontro que reúne mais de duas centenas de operadores de turismo natureza, no Sado vão navegar observadores de aves

DIREITOS RESERVADOS

Dois dias cheios de turismo e natureza voltados ao Sado

A

ser instalada no Cais 3 do porto de Setúbal onde vão estar mais de duas centenas de empresas de turismo de natureza e de animação, associações e organismos públicos, além de produtores locais, com vinhos da região, doçaria, conservas, ostras e artesanato.

Um dos momentos altos do fim-

Clínica funcionava junto ao hospital

Ecosado fecha portas Estabelecimento onde trabalhava médico Artur Carvalho apagou nome e horário e encerrou

A

Ecosado, clínica onde foram feitas as ecografias ao Rodrigo, o bebé de Setúbal que nasceu com malformações graves que poderiam ter sido detectadas pelo médico, encerrou portas, confirmou O SETUBALENSE ontem no local.

O estabelecimento, que funcionava junto ao Hospital de São Bernardo, apagou todas as referências que tinha nas montras ao nome, assim como as informações obrigatórias de horário e denominação legal, e tem a grades da entrada corridas até abaixo.

A clínica ficou tristemente célebre por ser o local de trabalho do médico Artur Carvalho e onde foram feitas as ecografias à criança de Setúbal que nasceu sem parte do rosto e da cabeça.

águias-pesqueiras, pernilongos, colhereiros e garças, isto em passeios de barco, com a duração de uma hora e um custo de 15 euros para adultos, dez euros para jovens dos 11 aos 15 anos e cinco para crianças dos seis aos 10 anos.

O ObservaNatura conta com as

de-semana é a possibilidade de contemplar aves emblemáticas do Estuário do Sado, destino considerado um paraíso para a observação de diversas espécies, atraindo todos os anos praticantes nacionais e estrangeiros de birdwatchinga Setúbal.

Vai ser possível admirar flamingos,

O médico, que também trabalhava no Serviço nacional de Saúde (SNS), no Hospital de São Bernardo, está suspenso e é alvo de vários processos disciplinares na Ordem dos Médicos.

A Ecosado está igualmente a ser alvo de processos, tanto de um inquérito da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, como do Ministério Público, que abriu uma investigação depois de saberse que, alegadamente, a clínica recebia pagamentos do SNS sem ter acordo para isso.

O SETUBALENSE

maior feira de turismo da natureza de Setúbal, a ObservaNatura, começa amanhã e termina domingo, no Cais 3 do porto de Setúbal, na Herdade da Mourisca, na Casa da Baía, rio Sado, Parque Urbano de Albarquel e em Troia. Trata-se de uma iniciativa que proporciona mais de trinta actividades direccionadas para toda a família.

Nesta 11.ª edição, o ObservaNatura, organizado pela Câmara Municipal de Setúbal, pelo Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas e pela TroiaNatura, para além dos passeios, estão programados passeios, workshops, ateliers para crianças, palestras, minicursos, sessões de anilhagem e inúmeras actividades de educação ambiental.

Um dos momentos altos desta iniciativa é a feira, aberta ao público, a

parcerias de Associação Baía de Setúbal, Porto de Setúbal, TroiaCruze, Transportes Luísa Todi, Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, Oceanário de Lisboa, Fundação Oceano Azul, Biotrails, Vertigem Azul, Sado Emotion, Nature Affairs, Rotas do Sal, Zarpa, Dolphin Bay e Mirasado.

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SETĂšBAL Imposto municipal que incide sobre o lucro tributĂĄvel sujeito e nĂŁo isento de IRC

Executivo municipal aprova derrama de 1,5% para 2020

SEXTA-FEIRA, 08/11/2019

REGIONA L REGIĂƒO

O lançamento da derrama em 1,5% para 2020 foi aprovado em reunião pública, pela Câmara Municipal de Setúbal. A derrama Ê o imposto municipal que incide sobre o lucro tributåvel su-

jeito e nĂŁo isento de IRC - Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas gerado no concelho em resultado de uma actividade de natureza comercial, industrial ou agrĂ­cola. A taxa

Ê afecta às despesas de investimento incluídas no Plano Plurianual de Investimentos, no Plano de Actividades Municipais e nas restantes despesas orçamentais. A deliberação vai ser sub-

metida à apreciação da Assembleia Municipal de Setúbal e deve ser comunicada à Autoridade Tributåria e Aduaneira, por transmissão electrónica de dados, atÊ 30 de Novembro.

Na comparação das taxas mÊdias de cada distrito aprovadas em 2018 a serem pagas em 2019

O IMI do distrito de SetĂşbal continua a ser o mais elevado do paĂ­s Apesar da tendĂŞncia da descida dos Ăşltimos dois anos, hĂĄ concelhos que chegam a 2018 com taxas mĂŠdias perto do tecto mĂĄximo permitido. SetĂşbal lidera este ranking, enquanto AlcĂĄcer do Sal regista o valor mais baixo

IMI no distrito: continuar a baixar, ĂŠ preciso!

Manuel Henrique Figueira MunĂ­cipe de Palmela manuelhenrique1@gmail.com

Alcåcer do Sal, Sines, Almada e Grândola estão no bom caminho. As restantes câmaras têm ainda muito a fazer, em especial o Montijo, Sesimbra, Alcochete e Setúbal.

C

aro leitor, vou analisar e comparar o IMI de 2018 no distrito (que estĂĄ a ser pago em 2019; decorre, neste quarto trimestre, a aprovação das taxas de 2019 a pagar em 2020). É um imposto muito importante pelo esforço ďŹ nanceiro que exige a quem tem casa prĂłpria (a maioria das pessoas, a isso obrigadas devido ao dĂŠbil mercado de arrendamento de habitação que existe hĂĄ dĂŠcadas), mas tambĂŠm a quem vive em casa alugada (paga o IMI indirectamente, incorporado no valor da renda). Mas o IMI ĂŠ tam-

bĂŠm importante pela injustiça de recair num bem essencial ĂŽ a habitação ĂŽ consagrado constitucionalmente como um direito universal. E nem por isso este imposto sobre a casa de famĂ­lia (e domicĂ­lio ďŹ scal) goza de discriminação positiva em relação aos restantes prĂŠdios com outras ďŹ nalidades: o que seria de elementar justiça como medida de apoio Ă s famĂ­lias e Ă natalidade, num paĂ­s que tem a taxa de fertilidade mais baixa da UE, e onde mais diminuiu o nĂşmero de nascimentos de 2001 a 2015, tornando o saldo ďŹ siolĂłgico negativo (a diferença entre mor-

IMI NOS 22 DISTRITOS (Continente e Ilhas)

tes e nascimentos). É muito estranho que se aceite como boa a baixa do IMI (às vezes a isenção total) para prÊdios degradados (que pþem em perigo os vizinhos), com a intenção de incentivar a sua reabilitação, quando manter uma habitação conservada e dar-lhe uso social deveria ser uma obrigação moral e legal, e que, ao mesmo tempo, se trate a habitação própria, de que ninguÊm pode prescindir, como um bem sem outro valor a não ser como mercadoria transaccionåvel.

A importância do IMI que referi de-

4XDGUR

Taxas mĂŠdias anuais em cada distrito

1RWD 9DULDUDP DR ORQJR GRV DQRV YHU RV YDORUHV QD EDUUD 'HVGH DSHVDU GH R OLPLWH Pi[LPR VHU DV FkPDUDV FRP JUDYHV SUREOHPDV Âż QDQFHLURV SXGHUDP Âż [DU WD[DV DWp 1RWD 2 YDORU GD WD[D DQXDO GH FDGD GLVWULWR p D PpGLD GDV WD[DV GDV FkPDUDV GHVVH GLVWULWR )RQWH 3RUWDO GDV )LQDQoDV &RQVXOWDU 7D[DV GR PXQLFtSLR (ODERUDGR SRU 0DQXHO +HQULTXH )LJXHLUD PXQtFLSH GH 3DOPHOD

%$,;$ ņ 'LVWULWR FRP D WD[D PpGLD PDLV EDL[D $/7$ ņ 'LVWULWR FRP D WD[D PpGLD PDLV DOWD

verå merecer a melhor atenção dos autarcas ao decidirem as taxas a pagar pelos munícipes, não fazendo dele um mero meio de arrecadar receita, como tem acontecido na esmagadora maioria das câmaras do distrito.

Por nunca ter sido dada a devida atenção à equidade e à justiça social que os munícipes merecem, tambÊm por via do IMI, o nosso distrito tornou-se, desde que este imposto foi criado, em 2003, e atÊ 2018, a lanterna vermelha com o IMI mÊdio mais alto do país (veja o quadro 1).

Mas temos boas notícias: hå uma tendência quase generalizada das câmaras para baixarem as taxas, Alcåcer do Sal, Sines, Almada e Grândola estão perto da taxa mÊdia nacional (0,34), Santiago do CacÊm, Palmela, Barreiro e Moita têm feito um tímido percurso de abaixamento, cabendo ao Seixal, Sesimbra, Montijo, Alcochete e Setúbal um mais sÊrio e determinado esforço para deixarem de ser os carrascos dos munícipes no IMI. É estranho que um distrito que, no discurso dos autarcas, elege as pessoas como alvo das suas preocupaçþes, seja o pior do país neste importante imposto, e que tenha apenas uma câmara com a taxa mínima (0,30): Ê preciso que haja consonância entre a retórica política e a acção pråtica, sob pena de descrÊdito da palavra e intençþes dos autarcas.

Apresento 4 quadros de anålise substantiva e comparativa do IMI: Q1 Ʌ Mostra e compara as taxas mÊdias nos 22 distritos (2003-2018); Q2 Ʌ Mostra as taxas nas 308 câmaras em 2018 e as percentagens; Q3 Ʌ Mostra as taxas nas 13 câmaras do distrito (2003-2018); Q4 Ʌ Mostra o número de câmaras por distrito com IMI Familiar.

Quadro 1 – Dado o elevado número de taxas (308 câmaras em 16 anos), só se pode mostrar Ʌ e comparar Ʌ as taxas mÊdias. Embora elas escondam que nalguns distritos possa haver algumas mínimas (0,30) e algumas måximas (0,45), dão uma boa ideia geral dos distritos. E mostram se as câma-

ras, em geral, são amigas dos munícipes neste pesado imposto. São municípios muito amigos dos munícipes os dos distritos que têm taxas mÊIMI - 2018 4XDGUR (pago em 2019) Taxas aprovadas nas 308 câmaras

Taxas

Número de câmaras % das taxas % por que as em relação às classes aprovaram 308 Câmaras de taxas

7D[D PpGLD QDFLRQDO HP Âą 7D[D PtQLPD

7D[DV DLQGD EDVWDQWH DPLJDV GRV PXQtFLSHV D

7D[D PpGLD QDFLRQDO

7D[DV TXH FRPHoDP D SHQDOL]DU RV PXQtFLSHV D

7D[D Pi[LPD EDVWDQWH SHQDOL]DGRUD SDUD RV PXQtFLSHV 7D[D H[FHSFLRQDO SDUD FkPDUDV FRP JUDYHV SUREOH PDV Âż QDQFHLURV (ODERUDGR SRU 0DQXHO +HQULTXH )LJXHLUD PXQtFLSH GH 3DOPHOD

dias abaixo da mĂŠdia nacional (0,34): Funchal (0,30), Horta e Castelo Branco (0,31); Angra do HeroĂ­smo e Portalegre (0,32); Aveiro, Beja, Braga, Leiria, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu (0,33); por ďŹ m, Bragança, Coimbra e

SEXTA-FEIRA 08/11/2019

REGIONAL

O DIĂ RIO DA REGIĂƒO DE SETĂšBAL IMI NO DISTRITO DE SETĂšBAL

4XDGUR

Taxas das 13 câmaras em cada ano

&kPDUDV GR 3DUWLGR 6RFLDOLVWD &kPDUDV GD &'8

D $SHVDU GH R ([HFXWLYR VHU GD &'8 D WD[D IRL DSURYDGD SHOR ([HFXWLYR GR 36 SUHVLGLGR SRU 3HGUR 3DUHGHV HP $JRVWR DQWHV GDV HOHLo}HV GH 6LPXODomR SDUD XP SUpGLR GH 9DORU 3DWULPRQLDO 7ULEXWiULR 937 GH PLO HXURV PXLWR FRPXP SDUD XPD FDVD GH IDPtOLD GH FODVVH Pp GLD H FODVVH PpGLD EDL[D 9DORU GH ,0, D SDJDU 937 [ 7D[D Âż [DGD SHOR PXQLFtSLR GHQWUR GR LQWHUYDOR HP YLJRU HP FDGD DQR

Âź [ Âź Âź [ Âź Âź [ Âź Âź [ Âź Âź [ Âź &RP RUGHQDGRV H SHQV}HV LOtTXLGRV GH JUDQGH SDUWH GD QRVVD SRSXODomR GH RX Âź ID] PXLWD GLIHUHQoD SDJDU Âź RX Âź

&kPDUD LQGHSHQGHQWH RULJLQDGD SHOR DEDQGRQR GD FROL JDomR &'8 SRU SDUWH GR SUHVLGHQWH H GD VXD HTXLSD LQL FLDOPHQWH HOHLWRV SRU HVWD FROLJDomR

(ODERUDGR SRU 0DQXHO +HQULTXH )LJXHLUD PXQtFLSH GH 3DOPHOD

Ponta Delgada têm a taxa mÊdia nacional. Concluindo, 12 distritos (160 câmaras) têm taxas mÊdias abaixo da mÊdia nacional e outros três (36 câmaras) iguais a essa mÊdia, num total de 196 câmaras. Sete distritos (112 câmaras) têm taxas acima da mÊdia nacional. Destes últimos destaca-se o de Setúbal, que desde 2003 tem tido, todos os anos, a mais alta taxa mÊdia distrital do país: este ano tem 0,38 (com fundo amarelo). Para dar um exemplo pråtico, uma casa de 120 mil ₏ paga 360 ₏ com a taxa mínima, 408 ₏ com a taxa mÊdia, 540 ₏ com a taxa måxima e 600 ₏ com a taxa excepcional (0,50).

Quadro 2 – Mostra as taxas de 2018 organizadas por grupos: 0,30 (mínima); de 0,30 a 0,34; 0,34 (mÊdia nacional: consolidada nesse valor desde 2016); 0,45 (mais alta); 0,50 (excepcional: para municípios com graves problemas Ànanceiros). Têm, respectivamente, cor de fundo verde, cinza, azul, amarela, rosa e vermelha. Hå 155 câmaras (50,32%) com taxa mínima (0,30), e, se lhes somarmos as que têm taxas ainda suaves, atÊ 0,34 (inclusive), då 184 câmaras (59,70%).

Com a taxa måxima (0,45) hå só 18 câmaras (5,84%) e com a excepcional (0,50) hå 1 apenas (0,32%).

Quadro 3 - Mostra as taxas no distrito de Setúbal (sempre as mais altas do país desde 2003), cuja evolução se caracteriza por quatro períodos: 1.º Período: de 2003 a 2007 (0,200,50), em que a crise económico-Ànanceira iniciada em 2008 (com a quebra nas receitas de vårios impostos) ainda não se fazia sentir, como aconteceu, em especial, a partir de 2011 (com a Troica). Neste período, 10 das 13 câmaras aprovaram todos os anos a taxa måxima (0,50). As excepçþes foram o Barreiro, 0,40 todos os anos; Alcåcer do Sal, 0,40 (2007), e Sesimbra, 0,475 (2005 a 2007). Portanto, cai por terra a desculpa de alguns autarcas de que a taxa måxima serviu para compensar a perda de receitas devido à crise.

2.º Período: de 2008 a 2011 (0,200,40), todas as câmaras aprovaram

sempre a nova taxa mĂĄxima neste perĂ­odo, (0,40), excepto Sines, com 0,36, e Seixal, com 0,395, ambas a partir de 2010.

3.º Período: de 2012 a 2015 (0,300,50), em que algumas câmaras começaram, efectiva, mas moderadamente, a baixar as taxas. Baixou signiÀcativamente apenas Alcåcer do Sal (2013) para a mínima, 0,30 (Ê a única com essa taxa); Palmela, de 0,48 (2012) para 0,40 (2015); Montijo, de 0,50 (2012) para 0,45 (2013, 2014 e 2015). Sines manteve 0,36 (desde 2010). Sesimbra, Santiago do CacÊm e Barreiro mantiveram 0,40 (as

IMI FAMILIAR DE 2018 (a) 4XDGUR (BenefĂ­cio recebido em 2019)

CĂ‚MARAS QUE APLICARAM A REDUĂ‡ĂƒO (por distrito) Distritos

Câmaras por distrito

Com IMI Familiar

% por distrito

D Âą %HQHItFLRV GR ,0, )DPLOLDU Âż OKR UHGX] Âź QR YDORU DQXDO GH ,0, D SDJDU Âż OKRV Âź RX PDLV Âż OKRV Âź E Âą GDV FkPDUDV DSURYDUDP R ,0, )DPLOLDU 'DV Fk PDUDV TXH R DSURYDUDP DOJXPDV QmR R Âż ]HUDP QDV WUrV UH GXo}HV %UDJD *XLPDUmHV 9 1 GH )DPDOLFmR 9LOD 9HUGH &RQGHL[D D 1RYD 2GLYHODV 3DUHGHV 3yYRD GH 9DU]LP 3HQHGRQR H 9LVHX QmR DSURYDUDP D UHGXomR GH Âź /RXVD GD 0DLD 3HQDÂż HO (QWURQFDPHQWR H $OPDGD QmR DSURYDUDP DV UHGXo}HV GH Âź H GH Âź 'LVWULWR FRP D PDLV EDL[D GH ,0, )DPLOLDU (ODERUDGR SRU 0DQXHO +HQULTXH )LJXHLUD PXQtFLSH GH 3DOPHOD

duas primeiras desde 2008 e a terceira desde 2003). SetĂşbal manteve a mĂĄxima, 0,50 (desde 2012). Alcochete subiu (2014) para 0,45. Seixal subiu e desceu ligeiramente neste perĂ­oPUBLICIDADE

do. A maior parte das descidas das taxas neste período são insigniÀcantes, o que mantÊm o distrito como o menos amigo dos munícipes.

4.º Período: de 2016 a 2018 (0,300,45). Seis câmaras mantiveram as taxas e sete baixaram. Continua a tendência para abaixamentos cosmÊticos, mais para os títulos de jornais do que para beneÀciarem os munícipes. Apenas Alcåcer do Sal continua com a mínima (desde 2013), e Almada, Grândola e Sines se aproximaram mais um pouco da mÊdia nacional (0,34).

Quadro 4 – Mostra os dados do IMI Familiar por distrito (não Ê possível mostrar os de todas as câmaras).

Em mais um ano, o número de aprovaçþes deste benefício (241 em 308 câmaras: 78%) conÀrma o êxito da medida. Das 241 câmaras apenas 15 não aplicaram as 3 reduçþes simultaneamente (ver a nota b), no Ànal do quadro). Hå distritos que são, simultaneamente, os campeþes das taxas baixas no IMI e da aprovação do IMI Familiar: Funchal, Horta, Castelo Branco, Portalegre, Angra do Heroísmo, Leiria, Braga e Aveiro. A recusa em apro-

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var este benefício mostra a incoerência entre a retórica de defesa dos cidadãos (da natalidade e das famílias) de alguns autarcas e as suas pråticas, assim como uma grande insensibilidade social. O distrito de Setúbal, ao mesmo tempo que tem em muitas câmaras as mais altas taxas de IMI do país, continua, como sempre, a ser um dos dois distritos com o menor número de câmaras com IMI Familiar.

Ouvem-se duas justiÀcaçþes de autarcas para a recusa do IMI Familiar: Î a incomportåvel perda de receita estimada, anunciada tambÊm para o próprio IMI, mas que os relatórios de contas, ano após ano, desmentem (com subidas da receita global ou com a sua estabilização); Î a injustiça deste benefício, por se aplicar, igualmente, a ricos e pobres, problema que a baixa da taxa do IMI por iniciativa desses autarcas não pþe, ao beneÀciar muito mais quem tem um palacete do que quem tem um minúsculo apartamento.

Concluindo, Ê de louvar o percurso de abaixamento encetado por muitas câmaras do distrito, na esperança de que nos tornemos um distrito igual aos restantes do país.

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REGIONAL

SETÚBAL

SEXTA-FEIRA 08/11/2019

O DIÁRIO DA REGIÃO DE SETÚBAL

Taxa de Imposto Municipal sobre Imóveis repete 0,45%

Executivo CDU mantém IMI na taxa máxima e oposição protesta O concelho de Setúbal continua entre os concelhos do país com o IMI mais elevado, e lidera o distrito neste quadro. A taxa foi aprovada pela CDU e votos contra do PS e PSD

POR HUMBERTO LAMEIRAS FOTO ALEX GASPAR

O

Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) em Setúbal a liquidar em 2020 vai continuar na taxa máxima, situando-se em 0,45% para edifícios urbanos. Este índice foi aprovado pela maioria comunista, que gere o município, na última reunião pública de Câmara com os votos contra do PS e PSD, que continuam a defender a baixa desta taxa.

Ao manter o IMI neste patamar, o município de Setúbal destaca-se como o único do distrito a aplicar a taxa máxima e, a nível nacional, considerando os 308 municípios, é um dos 13 que mantêm esta taxa na fasquia máxima. Para os prédios rústicos, esta taxa com incidência em 2019, situa-se nos 0,8%.

Entretanto a autarquia, em nota de imprensa, faz notar que “aas políticas municipais referentes à reabilitação urbana, que incluem o combate à desertificação, o incentivo ao mercado de arrendamento e a promoção da revitalização urbana, contribuíram para o estabelecimento de coeficientes de incentivos e de penalizações”.

No âmbito dos incentivos, para imóveis localizados nas áreas de reabilitação urbana de Setúbal e Azeitão, “m mantém-se a minoração em 30% nos casos de prédios urbanos conservados após obras, considerandose como tais os que subam um nível e obtenham o estado de conservação de Excelente ou Bom".

No caso dos edifícios que, após obras de conservação, mantenham o valor anterior nas avaliações do estado de conservação de Excelente

MAJORAÇÂO. O IMI é agravado fortemente para os prédios que estiverem ao abandono ou mal cuidados

minoração da taxa do IMI é e Bom a “m de 15%”.

O executivo da Câmara prevê ainda uma “m minoração da taxa do IMI que ascende a 50%, caso o estado de conservação do imóvel suba uma categoria e obtenha a avaliação de Excelente ou Bom após obras de reabilitação e, cumulativamente, se encontre arrendado”. O mesmo valor máximo de minoração legalmente aceite, 50%, “ppode ser aplicado a prédios classificados como de interesse público, de valor municipal ou património cultural”.

No caso de prédios urbanos igualmente arrendados e que, “aapós obras de reabilitação, mantenham o nível anterior nas avaliações do estado de conservação de Excelente e Bom o valor do incentivo é de 25”.

Já no caso de prédios urbanos que se encontrem devolutos há mais de um ano ou em ruína, a “m majoração do IMI sofre uma penalização de 200%”. Mas caso os prédios urbanos se encontrem “ddevolutos há mais de

dois anos, quando localizados em zonas de pressão urbanística, a taxa é elevada para 500%”.

Vai ser ainda também aplicada a majorações de 30% nos casos dos prédios urbanos degradados em que o estado de conservação seja avaliado como Péssimo ou Mau e que não cumpram satisfatoriamente a sua função ou coloquem em risco a segurança de pessoas e bens.

A autarquia decidiu ainda prorrogar a isenção do pagamento do IMI por mais cinco anos nos imóveis localizados nas áreas de reabilitação urbana afectos a arrendamento para habitação permanente ou a habitação própria e permanente.

Oposição diz quer a população merece pagar menos IMI Face às alterações previstas no Estatuto dos Benefícios Fiscais em sede do Orçamento do Estado, passaram a ser incentivadas acções de reabilitação urbana e outras inter-

venções de beneficiação de edifícios.

Assim sendo, “hhá isenção de IMI por três anos, com possibilidade de renovação por mais cinco, nos prédios urbanos ou fracções autónomas concluídos há mais de trinta anos ou localizados em áreas de reabilitação urbana desde que, sendo objecto de intervenções de reabilitação específicas, adquiram um estado de conservação de pelo menos Bom e subam dois níveis acima da posição obtida anteriormente”, refere a autarquia.

Apesar do executivo comunista insistir que enquanto o município estiver agarrado ao Contrato de Equilíbrio Financeiro não tem condições para baixar o IMI, a oposição considera que esta taxa deve começar a baixar paulatinamente de ano para ano.

Mas os vereadores socialistas insistem que é necessário defender o desagravamento “pprogressivo” do IMI, e afirmam que tanto a minoração como majoração prevista são apenas um “iinstrumento fiscal de apoio à

regeneração urbana”, portanto, não impactam na generalidade dos cidadãos e não reflectem uma política fiscal mais justa, de alívio dos cidadãos e da classe média e de aproximação à realidade fiscal quer de concelhos limítrofes, quer de outros de dimensão semelhante” ao de Setúbal, referem no direito de resposta apresentado na reunião de Câmara.

Para o PSD não faz sentido o município de Setúbal estar no campeonato daqueles que apresentam o IMI no tecto máximo. “ÉÉ fundamental a [Câmara] dar um sinal de alívio e confiança às pessoas”, diz Nuno Carvalho, vereador, que não esteve presente nesta reunião, e presidente da Concelhia social-democrata de Setúbal.

Adianta o também deputado da República, que o PSD vai apresentar uma proposta, a vigorar ainda este ano, “ppara reduzir o IMI, a qual também considera o IMI familiar a abranger agregados de 3 a 4 descendentes”.

SEXTA-FEIRA 08/11/2019

REGIONAL

O DIÁRIO DA REGIÃO DE SETÚBAL

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Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses

Documento da Ordem dos Contabilistas coloca município montijense entre os melhores de média dimensão no País

DIREITOS RESERVADOS

Montijo é líder no distrito e terceiro no ranking nacional

P

elo segundo ano consecutivo, o Montijo foi apontado como o município financeiramente mais eficiente do Distrito de Setúbal, de acordo com o Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses de 2018, promovido pela Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC) e dado a conhecer no passado dia 30. Além disso, o município montijense foi classificado no terceiro lugar do ranking global dos municípios de média dimensão em Portugal.

O lugar de excelência a nível nacional, entre os municípios de média dimensão, representa uma estreia

para o Montijo no pódio, alicerçada numa subida de seis lugares no referido ranking – no anuário anterior,

de 2017, o município presidido por Nuno Canta ocupou a 9.ª posição.

Para o autarca socialista, a consoPUBLICIDADE

ALMADA Vereadores Nuno Matias e Miguel Salvado apresentam tomada de posição sobre saúde

PSD Almada diz que o Governo virou costas ao Hospital Garcia de Orta Encerramento da Urgência Pediátrica do Hospital Garcia de Orta, falta de incentivos aos profissionais de saúde e excesso de horas extraordinários

O

PSD de Almada afirma que “nnão é aceitável” o que está a acontecer no Hospital Garcia de Orta (HGO) quanto às escalas nas urgências. Para os vereadores Nuno Matias e Miguel Salvado, as equipas de medicina interna definem “ccerca de 450 horas extraordinárias por ano, quando o limite é de apenas 150 horas”.

A posição dos social-democratas foi apresentada através de moção na última reunião de Câmara, onde o Governo é acuado de “ffalta de actuação” em relação a este “ccaos”.

Esta tomada de posição está relacionada com as “rrecentes e conhecidas situações de encerramento da Urgência Pediátrica, que têm posto ainda mais a nu estas debilidades”.

Apontam os social-democratas que ocorreram casos em que “ddoentes pediátricos deslocaram-se ao HGO por estarem demasiado instáveis para se dirigirem às unidades de saúde alternativas, e tiveram de ser atendidos por internistas sem que estes tenham como garantido o apoio de um especialista”.

Na tomada de posição assinada pelos dois vereadores, é referido que o Governo apresenta como solução mais um

concurso para o preenchimenmedida essa que to de vagas, “m já foi tentada e falhou”. A isto acrescentam que “oos médicos em Almada possuem várias ofertas no sector privado”, enquanto “oo Serviço Nacional de Saúde não se apresenta como uma opção favorável para a carreira destes profissionais”.

Acrescentam que a administração do HGO sem a ajuda do Ministério da Saúde “nnão consegue solucionar este problema rapidamente e a resposta do ministério tem sido bastante fraca”.

Para Miguel Salvado, presidente da Concelhia do PSD de Almada, os profissionais de saúde precisam de “iincentivos e melhorias nas carreiras”, uma situação que é transversal a vários serviços.

“H Há um problema de falta de políticas de gestão de recursos humanos”, afirma.

lidação da liderança a nível distrital e a entrada directa para o pódio nacional, no trabalho elaborado pelos

OCC, “ccomprovam a excelência dos compromissos assumidos com a boa gestão municipal, o abaixamento de impostos municipais, a redução do endividamento municipal, o aumento do património dos montijenses, o investimento estratégico, as contas certas e o pagamento na hora”.

Nuno Canta considera ainda que os resultados são o reflexo do “ddesenvolvimento” do concelho.

“D Demonstram que vivemos um tempo de desenvolvimento do Montijo, de proximidade dos serviços públicos aos montijenses. Um tempo de investimento privado e público na cidade e nas freguesias rurais. Um tempo de afirmação da centralidade do nosso território e na dignidade das pessoas”, sustenta o edil.

O Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses resulta de um trabalho da Ordem dos Contabilistas Certificados e do Tribunal de Contas, com um conjunto de universidades. MRS

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ENTREVISTA

FERNANDO PINTO

SEXTA-FEIRA 08/11/2019

O DIÁRIO DA REGIÃO DE SETÚBAL

Presidente da Câmara Municipal de Alcochete

“É difícil termos relação com uma oposição que coloca a política à frente das pessoas” O autarca faz um balanço à primeira metade do mandato e revela investimentos que estão na calha para o concelho. Fala na aposta na requalificação do parque escolar e desportivo, no maior orçamento de sempre da autarquia e não poupa críticas à CDU POR MÁRIO RUI SOBRAL

A

o longo de quase hora e meia de conversa, o edil de Alcochete passou em revista o trabalho já realizado – desde a zona do Passil até à freguesia do Samouco – e focou a obra prevista para o próximo ano.

Admitiu o interesse do município na concretização do empreendimento da Riberalves na zona das secas do bacalhau, revelou as expectativas para a herdade da Coutadinha e o projecto defendido para o espaço da antiga Dragapor. Confessou estar muito atento” ao aeroporto, lem“m brando que a autarquia deu “pparecer favorável condicionado” ao projecto.

Entretanto, a revisão do PDM está em marcha e deverá estar concluída antes do final do primeiro trimestre de 2020.

Metade do mandato está cumprido.

O saldo está de acordo com o previsto ou esperava mais por esta altura?

Está de acordo com as nossas previsões iniciais. Sabíamos que no primeiro ano teríamos de arrumar a casa. Era imperioso repor o equilíbrio das contas. A nossa preocupação fundamental tem sido a requalificação das infra-estruturas existentes, escolares e desportivas.

Começámos por requalificar a escola básica do Passil. Já este ano concluímos a primeira fase do investimento na Escola do Monte Novo, de requalificação e ampliação. A segunda e última fase será concluída

em 2020. Demos corpo à reabilitação e ampliação da Escola da Restauração e vamos requalificar e ampliar a Escola Básica do Samouco (uma obra de cerca de 1,3 milhões de euros).

Estamos agora a requalificar e ampliar a Escola do Valbom (1,9 milhões), que, como a do Samouco, deixará de ter horários duplos. No Centro Escolar de S. Francisco fomos obrigados a abdicar de uma “mezzanine” para criar duas salas de aulas. Vamos também, embora não seja competência do município, apoiando a Escola Secundária e a Escola El Rei D.

Manuel I. Tudo somado, estamos a falar de um investimento de cerca de quatro milhões de euros.

E no parque desportivo?

Requalificámos o piso do Pavilhão Gimnodesportivo de Alcochete, equipamento que será impermeabilizado e pintado em 2020. Já o fizemos no Pavilhão Desportivo do Samouco. No Campo de Futebol da Quinta da Praia no Samouco instalámos piso sintético e sistema de rega e no próximo ano vamos requalificar a bancada e os balneários. Vamos dotar o Polidesportivo de S. Francisco de cobertura.

Estamos a preparar a requalificação do espaço desportivo contíguo à Escola Básica do Samouco. Estamos também numa fase muito adiantada do procedimento para requalificação do Polidesportivo de Alcochete, junto ao pavilhão. A requalificação do Polidesportivo do Passil está concluída.

Foi precisamente no Passil que iniciámos as requalificações dos parques infantis do concelho. Vamos já avançar nestes dias com a requalificação de dois parques infantis em S. Francisco.

Já o fizemos também no Samouco, no parque infantil na Quinta da Cai-

xeira e no existente na praia fluvial.

Em termos orçamentais, qual foi o peso desse investimento no parque desportivo?

Andará à volta de um milhão de euros. Já investimos perto de 400 mil euros; a maior fatia está reservada para as intervenções a executar no próximo ano.

E quanto à área da saúde? A instalação de uma unidade móvel na zona do Passil foi realçada ao fim de um ano de mandato. Está a funcionar em pleno?

O Passil dista cerca de 10 quilóme-

Praia do Samouco recuperada Repavimentação da Estrada Municipal 501 é para concluir no próximo ano

Falou na praia do Samouco. A zona balnear foi alvo de uma acção de limpeza… … Pois foi e no próximo ano vamos lá fazer novo investimento.

Quando aqui chegámos a praia do Samouco estava completamente degradada e abandonada. A reali-

zação desse trabalho não foi fácil, levou um tempo considerável. Mas conseguiu-se, com o contributo precioso de um grupo de pessoas do Samouco que, preocupadas com o estado em que a praia se encontrava, decidiram meter mãos à obra e devolver a praia aos samouqueiros. Desenvolveram, em estreita colaboração com o município, um trabalho de grande limpeza do local, fazendo o que outros não foram capazes de fazer. O resultado está à vista. Temos vindo a acompanhar com um olhar muito atento quer a praia quer o Parque de Merendas.

A repavimentação da Estrada Mu-

nicipal 501 não se estendeu até à freguesia do Samouco. Ficou-se por Alcochete. Porquê?

Uma das primeiras coisas que fizemos quando chegámos à autarquia foi um levantamento sobre as condições da nossa rede viária.

Dois milhões de euros não chegam para proceder às requalificações necessárias em todo o concelho.

Na sequência desse levantamento, definimos prioridades de intervenção sobre as estradas e caminhos mais afectados. A repavimentação da Estrada Municipal (EM) 501 foi programada para duas fases: optámos por começar pela parte de

Alcochete, porque esse troço estava mais degradado. A segunda fase que abrange o Samouco será realizada no próximo ano. Mas não vamos repavimentar apenas a EM 501 até à entrada do Samouco.

Vamos também recriar passeios entre a antiga fábrica da Crisdoce e a rotunda da “Ti Estrudes”.

Neste momento já foram requalificadas mais estradas e caminhos do que nos 12 anos anteriores. Só este ano investimos cerca de 800 mil euros. Até final de Dezembro prevemos ainda requalificar a rua das Hortas na Fonte da Senhora e a estrada do Pinhal do Concelho.

SEXTA-FEIRA 08/11/2019

Bombeiro, director de rádio e bancário com coração de leão Fernando Pinto é alcochetano de gema. Nasceu na vila ribeirinha há 52 anos, é casado, tem dois filhos e profissionalmente desempenhou funções na Caixa de Crédito Agrícola Mútuo. Assume-se “fervoroso adepto do movimento

tros do Centro de Saúde de Alcochete e era importante olhar para essas pessoas. Está a funcionar em pleno.

Além disso, aderimos ao programa do Governo que permitirá dotar o Centro de Saúde de Alcochete de médico-dentista e temos um projecto a vigorar com resultados muitos bons: a teleassistência. Foram identificadas cerca de 20 pessoas idosas com necessidades acrescidas de companhia e de alertas sobre a medicação a tomar. Estamos a pensar alargar este serviço.

Na última reunião de câmara levá-

associativo do concelho”. Já presidiu ao Aposento do Barrete Verde, foi bombeiro durante cinco anos na corporação da terra, escuteiro e director de programas naquela que diz ter sido a menina dos seus olhos, a antiga Rádio Eco Fm.

mos em frente um projecto que visa financiar parte da medicação a idosos com carências económicas. O Estado comparticipa numa parte e o município vai fazer um levantamento exaustivo dos idosos no concelho para poder atribuir, em função do rendimento do respectivo agregado familiar, um apoio financeiro. Sendo esta uma medida de cariz social extraordinária, lamento que não tenha sido aprovada por unanimidade, já que a CDU votou contra, alegando que a saúde devia ser gratuita para todos. Esta medida vai beneficiar pessoas que não podem

Obra do Miradouro esgrime-se em tribunal A requalificação do Miradouro Amália Rodrigues tem suscitado críticas da oposição. Em que pé está o processo?

O Miradouro Amália Rodrigues era um projecto concluído, com concurso finalizado e apenas assinámos o auto de consignação da obra. Tenho alguma dificuldade em ter uma paixão exponencial pela forma como aquele espaço está configurado, mas entendemos que a obra deveria ir até ao fim. Antes dos trabalhos se iniciarem decidimos que não fazia sentido realizar uma intervenção daquela natureza e manter as infra-estruturas de subsolo existentes há mais de 40 anos. Por isso, a Câmara e os seus trabalhadores fizeram um trabalho irrepreensível procedendo à

ENTREVISTA

O DIÁRIO DA REGIÃO DE SETÚBAL

alteração das referidas infra-estruturas no subsolo. Depois a obra arrancou e tinha o seu prazo de conclusão. Mas a empresa responsável foi sucessivamente resvalando nos prazos. Rescindimos contrato com a empresa e estamos a tratar da aplicação das coimas por esse incumprimento. A empresa colocou uma providência cautelar para a qual estamos a preparar resposta adequada no sentido de iniciarmos novo procedimento concursal para concluirmos o que falta da obra.

Tenho muitas dúvidas de que uma obra desta dimensão tenha sido idealizada por um custo de 342 mil euros e o facto é que esse projecto do anterior executivo irá custar o dobro desse valor.

Tem coração verde, de leão, por simpatia ao Sporting Clube de Portugal, embora o rebento mais velho já o tente fintar aludindo, de quando em vez, ao emblema do eterno rival, Benfica, que recolhe a preferência da mãe.

comprar a totalidade dos medicamentos que precisam, muitas vezes apenas conseguem adquirir alguns e mesmo assim...

Como tem sido a relação com a oposição em geral e com o vereador eleito pelo CDS, Vasco Pinto, em particular?

O vereador Vasco Pinto foi convidado por este executivo a fazer parte deste projecto que visa melhorar Alcochete. Aceitou desde o primeiro momento as premissas de estarmos despidos dos preconceitos políticos na defesa intransigente da nossa terra e das nossas gentes. Tem corrido muito bem, conforme o próprio tem manifestado publicamente.

Tenho é alguma dificuldade em perceber quando a política se sobrepõe aos interesses das pessoas que nós temos como missão defender.

Quando isso acontece é difícil termos relação directa com a oposição.

Está a referir-se... … À CDU. Não tem sido uma tarefa fácil. Por força dos partidos que representam, não conseguem despir essa casaca mais pesada que a política nos inflige, no sentido de poderem olhar de forma mais assertiva para aquilo que são as necessidades da nossa gente e da nossa terra.

O PSD tem feito o seu papel, apesar de às vezes ter alguma dificuldade em perceber que para colocarmos em prática alguns projectos necessitamos de ter as contas certas, de ter o equilíbrio orçamental e financeiro que conseguimos. Em 2020, com a inclusão do saldo de gerência, teremos o maior orçamento de sempre na história da Câmara Municipal.

Tem sido também assim com as juntas de freguesia, tendo em conta que duas das três têm executivo CDU? A relação com as juntas de freguesia tem sido positiva. É fácil para um executivo camarário ter essa relação.

Porquê? Porque faz um acordo de execução, no qual ficam plasmadas aquelas que são as competências das juntas. Desde que estas cumpram com os deveres plasmados nesse documento tudo pode e deve correr muito bem. Quando um ou outro tenta resvalar para lá daquilo que está no acordo de execução, então aí temos problemas, mas que têm sido sanados. Porém, aquilo que nos une é superior àquilo que nos separa.

Este executivo está despido de qualquer preconceito e tem apenas um objectivo: melhorar o concelho de Alcochete. Quem não deve, não teme.

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Orçamento a crescer e IMI a baixar Intervenções nas escolas, arranjos exteriores do Fórum Cultural e ciclovia são algumas das obras previstas para 2020. Dívida total da autarquia amortizada em 1,9 milhões O Orçamento Municipal para 2020 foi aprovado na última reunião de câmara, com os votos de PS e CDS e as abstenções de PSD e CDU, e ascende a um valor global de 19 milhões e 261 mil euros. Disse que este é o maior de sempre... … Adicionando o saldo de gerência, será o maior da história da autarquia.

Cresceu mais de 1,1 milhões em relação ao deste ano.

Hoje em dia, a dívida do município a longo prazo é superior à dívida a curto prazo, o que até aqui não acontecia. Quando entrámos na autarquia, a dívida total ascendia a 9 milhões e 800 mil euros. Em Outubro deste ano era de 7,9 milhões, montante onde já estão incluídos os 1,2 milhões de euros para a requalificação da Escola do Valbom. A amortização teria sido ainda maior, nestes dois anos, se não fosse feito esse investimento.

Quais as principais obras previstas para o próximo ano?

As requalificações das escolas de Monte Novo (2.ª fase) e de Samouco, do polidesportivo de S. Francisco (cerca de 450 mil euros), do Campo Municipal Quinta da Praia do Samouco (2.ª fase) e do Albergue da Juventude. Os arranjos exteriores do Fórum Cultural de Alcochete, orçados em cerca de 850 mil euros, quando do anterior executivo não houve a competência necessária para atribuir

esse dever ao promotor da Praia do Sal, a Libertas.

A construção da rede ciclável e pedonal a ligar o núcleo urbano de Alcochete ao Canto do Pinheiro (1 milhão e 700 mil euros), a recuperação da rede viária (mais cerca de 750 mil euros a juntar aos 800 mil de investimento feito este ano).

Temos ainda as requalificações do parque infantil e de merendas da Fonte da Senhora, do Pavilhão Municipal de Alcochete, a aquisição de um autocarro, um projecto que visa a eficiência energética na piscina municipal (na casa dos 530 mil euros), entre outros.

Em termos de impostos, o IMI vai baixar e as taxas de IRS e Derrama vão manter-se no próximo ano.

Tal como no primeiro ano, voltamos a reduzir o IMI que em 2020 passará de 0,425% para os 0,399%. Isto, além do IMI familiar que beneficia quem tem dependentes a seu cargo (deduções de 20 euros para famílias com um dependente, 40 para dois dependentes e 70 euros para famílias com três ou mais dependentes). Significa um benefício perto dos 300 mil euros para os munícipes. Temos também incentivos para a reabilitação urbana.

Mantemos o IRS que sempre existiu, porque baixá-lo teria apenas um impacto residual nos beneficiários.

Preferimos baixar o IMI, que tem um peso muito maior nas famílias.

A Derrama mantém-se em 1,5%, regra geral, e em 1% para as empresas cujo volume de negócios no ano anterior não tenha ultrapassado os 150 mil euros. Desta vez não podemos isentar as empresas que se instalem no concelho, face à alteração da lei que obriga à existência de um regulamento para o efeito, que já estamos a criar.

Recandidatura é “tabu” O discurso adoptado ao longo da entrevista deixa transparecer que Fernando Pinto irá recandidatar-se nas próximas autárquicas. Porém, o autarca não abre o jogo.

“M Mais importante do que falar

da minha possível recandidatura é completar o trabalho que nos propusemos fazer pelo concelho.

Em devido tempo farei essa avaliação e tomarei a decisão que considere melhor para o concelho”, disse o socialista.

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ENTREVISTA

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O DIÁRIO DA REGIÃO DE SETÚBAL

Hotel da Riberalves em banho-maria e “mini Taguspark” para a Coutadinha Espaço da antiga Dragapor vai servir para desportos náuticos e terá uma praça central e um pavilhão de exposições A Riberalves vai ou não levar por diante a construção de uma unidade hoteleira na zona das secas do bacalhau?

Era importante nascer esse projecto, de criação de apartamentos para residência e também de uma unidade hoteleira. Da parte do município, o projecto tem pernas para andar, tal como penso que tem da parte da CCDR-LVT. Mas a APA e o ICNF têm de se pronunciar e têm poder vinculativo. Está a haver um esforço da empresa no sentido de ser ali criado um espaço que dignifique a história do local, mas que nos dê também a oportunidade de prosseguir com o trabalho da frente rio que tencionamos desenvolver. Ao contrário de outros, entendemos que a nossa frente ribeirinha não são apenas 300 metros. Estende-se desde a ponte das enguias até ao Samouco, à volta de oito quilómetros.

E para a herdade da Coutadinha?

Existem alguns investidores interessados em adquirir o espaço. Defendemos para ali a criação de um espaço para emprego qualificado, a implantação de um pólo tecnológico, uma espécie de Taguspark, numa versão mais reduzida, complementada por exemplo com a instalação de um pólo universitário, que pode ser um politécnico como o existente em Setúbal. Poderá comtemplar uma parte habitacional, de apoio por exemplo ao próprio politécnico. Tem sido esta posição que temos manifestado em reuniões mantidas com um conjunto de interessados na aquisição daquele espaço.

Sei o que pretendemos para o local e o que estamos a colocar no PDM, que se encontra em fase de revisão, a qual deverá ficar concluída no primeiro trimestre do próximo ano. O PDM está a ser revisto há meses largos, até porque se essa revisão não for feita até esse período deixamos de poder concorrer aos fundos comunitários, o que seria gravíssimo.

Ninguém acautelou essa situação.

Quando chegámos há dois anos não havia qualquer processo iniciado nesse âmbito.

Já deu entrada na Câmara algum projecto para desenvolver na antiga fábrica de cortiça do Orvalho?

“Aeroporto? Temos de estar muito atentos” A APA deu luz verde ao aeroporto no Montijo. Como vê neste momento esse processo?

Da mesma forma como vi há dois anos. Em primeiro lugar devemos ter a noção daquilo que são as nossas competências. Nesta matéria, zero. O que temos de fazer é estarmos muito atentos.

Enviámos um parecer específico sobre o projecto e respectivas acessibilidades, aprovado por maioria na Câmara. Sei que esse

Muito recentemente deu entrada um pedido de informação prévia sobre o que ali poderá ser feito. É uma zona urbanística e provavelmente dará lugar a um loteamento, uma extensão do que existe no Tagus Bay. O que vai nascer na zona da antiga Dragapor? É um espaço em que podemos intervir e onde será criada uma ligação com a Praia do Sal, em termos de zona pedonal. O objectivo é criar ali um espaço para desportos náuticos, bem como uma praça central que permita ter uns ‘cafés-concerto’ e desenvolver várias iniciativas, um espaço de lazer e restauração que a

parecer foi bastante elogiado por vários organismos inerentes a este processo, porque criámos um caderno de encargos que visa proteger a nossa gente e a nossa terra. Demos um parecer favorável condicionado. Não abdicamos um milímetro na defesa das nossas pessoas e da nossa terra.

A nossa forma de fazer política é colocar as pessoas sempre em primeiro lugar. Quando fazemos isso, se tivermos de entrar em choque

Câmara possa concessionar. Além de um pavilhão de exposições. Quem ficar com a concessão do espaço terá de construir tudo isto.

Para já, na sequência da obra da Praia do Sal, foi criado um passadiço que vai ligar a alguns projectos que temos em mente para a zona compreendida entre esse espaço e o Passeio do Tejo.

Paralelamente, no âmbito da requalificação e ampliação do hotel Alfoz, está previsto ao abrigo das compensações, a ampliação do parque de estacionamento que fica em frente à unidade hoteleira e que é contíguo ao espaço da Dragapor.

com o Governo, seja ele de que cor política for, não temos problema nenhum com isso. Recordo a única coisa que o presidente da Federação Distrital de Setúbal do Partido Socialista e secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, António Mendes, me frisou quando ganhámos a Câmara Municipal de Alcochete. Disse-me que olhasse pelas pessoas.

Eu também não estaria aqui noutras condições.

Não teme, por exemplo, que a

selagem de furos de captação no Samouco obrigue a recorrer ao município vizinho do Montijo para abastecimento de água?

Temos outra solução. Não vemos inconveniente algum na selagem desses furos, desde que seja construído no nosso concelho um furo com maiores dimensões, que possa servir com maior capacidade e qualidade a freguesia do Samouco e também a freguesia de S. Francisco.

Freeport está a cumprir protocolo Como classifica a actual relação do município com o grupo que gere o Freeport? O protocolo rubricado com a autarquia está a ser cumprido?

Assim que tomámos posse constatámos que existiam algumas entidades com dificuldade em relacionarem-se com o município, uma delas era o grupo Freeport, o que me causa alguma confusão, tendo em conta que este é o maior empregador no concelho. Reunimos praticamente com todas as empresas e tentámos ultrapassar esses obstáculos. Temos

uma relação muito estreita com o Freeport. Não fazia sentido que o Freeport não tivesse a obrigação, acordada em protocolo, de requalificar os espaços verdes, na Avenida Euro 2004, na zona onde está implantado.

Era o município que desenvolvia esse trabalho com muitas dificuldades. O protocolo está a ser cumprido. Aquilo que era o espaço verde naquela avenida e o que é hoje não tem comparação possível. Mas há pessoas que dizem mal de tudo, até de si próprias.

MONTIJO

LOCA L SETÚBAL

Universidade Sénior apresenta colóquio sobre economia A sala multiusos da Universidade Sénior do Montijo vai acolher um colóquio sobre a evolução económica, em Portugal e no resto do Mundo, e

Em frente ao arco da Ribeira Velha

os negócios do futuro. A iniciativa está marcada para o próximo dia 15, a partir das 15h30. Os oradores convidados são Miguel Costa Matos, licen-

ciado em Economia pela Universidade de Warwick, ex-assessor do primeiro-ministro António Costa e deputado parlamentar na actual legislatura,

e o empresário Jaime Rodrigues Antunes, licenciado em Economia pelo ISEG e comentador na CMTV. O colóquio é aberto à população.

O SETUBALENSE

SEXTA-FEIRA, 08/11/2019

Com Miguel Costa Matos e Jaime Rodrigues Antunes

Árvore de Natal gigante na avenida cresce dois metros Ícone natalício está a ser montado pelo terceiro ano consecutivo na placa da Avenida Luísa Todi, em frente ao arco da Ribeira Velha, e este ano é um pouco mais alto POR ANDRÉ ROSA

S

etúbal vai ter, de novo, uma árvore de Natal gigante como atracção na época natalícia. A estrutura está neste momento a ser montada na Avenida Luísa Todi, em frente ao arco da Ribeira Velha, e terá mais dois metros de altura que a do ano passado, confirmou Constantino Modesto, empresário do Grupo

SKEP a O SETUBALENSE. A árvore de Natal gigante vai ter 34 metros de altura e uma estrela de Natal luminosa no topo, o que lhe dará 36 metros. Para iluminá-la serão usadas 48 mil lâmpadas LED de cor branca e azul e 240 metros de néon azul, num total de 800 metros de cabo eléctrico envolvido e outros tantos materiais de obra. A construção da árvore de Natal gigante, a cargo do Grupo SKEP S.A., deverá estar concluída em breve.

A notícia foi confirmada a O SETUBALENSE por Constantino Modesto, o mesmo empresário que há dois anos teve a ideia de executar o projecto em Setúbal com o apoio da autarquia e colheu elogios de grande parte dos setubalenses e visitantes da cidade por contribuir, por iniciativa própria, para a dinamização do comércio tradicional no Natal.

Mais mobilidade e melhores acessos

A

União das Freguesias de Setúbal (UFS) realizou uma intervenção no edifício da Piscina das Palmeiras, com o objectivo de melhorar as condições da rampa de acesso existente no exterior.

Durante a intervenção foram construídas placas, posteriormente fixadas no varandim da rampa. Alteração que, segundo a UFS “garante a estabilidade e segurança da mesma”.

O executivo considera este acesso “de grande importância” para pessoas com mobilidade reduzida, sendo esta acção “essencial para permitir o uso da rampa e a utilização do espaço”.

No âmbito desta intervenção também os bancos exteriores junto ao edifício da Piscina das Palmeiras foram reparados e envernizados. AMV

FOTOS: DIREITOS RESERVADOS

União das Freguesias de Setúbal conclui obras nas Piscinas das Palmeiras

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O DIÁRIO DA REGIÃO DE SETÚBAL

MONTIJO e AFONSOEIRO

Comitiva integrou executivos da Câmara e da Junta da União das Freguesias

Périplo arrancou na terça-feira e termina na segunda. Nuno Canta liderou a delegação que foi constatar quais são as principais necessidades existentes no parque escolar dos dois territórios

DIREITOS RESERVADOS

Autarcas vão ao terreno ver estado das escolas básicas

O

s executivos da Câmara Municipal e da Junta da União das Freguesias de Montijo e Afonsoeiro terminam na próxima segunda-feira, com deslocações às escolas básicas Ary dos Santos, Luís de Camões e Caneira, o périplo que iniciaram na passada terça-feira aos estabelecimentos de ensino do 1.º ciclo dos dois territórios.

O conjunto de visitas tem como objectivo “aaprofundar a proximidade com a comunidade educativa e apurar as principais intervenções necessárias em cada escola”, revela o município, em nota de Imprensa.

A Escola Básica (EB) da Liberdade foi a primeira a ser visitada pelos autarcas. O presidente da Câmara, Nuno Canta, garantiu que a escola irá bene-

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ficiar da criação de um espaço sensorial, para as crianças com necessidades especiais, já na pausa lectiva do Natal, conforme solicitado pela coordenação do estabelecimento de ensino. Ao mesmo tempo, anunciou que a escola irá ser requalificada e ampliada “aa curto prazo, estando prevista a criação de mais quatro salas de aulas para o 1.º ciclo e o aumento do espaço de refeitório”, salienta a autarquia.

A comitiva liderada por Nuno Canta passou depois pela EB do Areias. Segundo a edilidade, os eleitos “vverificaram o melhoramento que foi efec-

tuado no espaço exterior e o novo mobiliário colocado no refeitório” e voltaram a auscultar alguns pedidos de melhoramentos. “EEntre outras pequenas intervenções, a coordenadora da escola solicitou a reparação de uma caleira no telheiro de acesso ao edifício principal, para impedir a entrada de chuva no local.”

A deslocação à Escola Básica Integrada do Esteval marcou o fecho do primeiro dia do périplo. Este estabelecimento, indica o município, será beneficiado com “uuma empreitada de trabalhos diversos, na ordem dos

73 mil euros, para reparação de tectos falsos, pintura geral do exterior, substituição de portas, entre outros”.

Aos autarcas foi solicitada a colocação de “uum toldo no acesso entre o refeitório e o auditório”, além de obras de “aadaptação de sala de aula para a unidade de ensino estruturado”.

Visitas a três escolas por dia No dia seguinte, a comitiva visitou a EB Joaquim de Almeida, a EB Rosa dos Ventos e a EB do Afonsoeiro.

“N Na EB Joaquim de Almeida foi

possível verificar, in loco, as obras em curso de requalificação do estabelecimento de ensino, que incluem a ampliação de refeitório e os arranjos exteriores. A previsão é que os trabalhos estejam concluídos no final deste ano”, avança a autarquia.

Já na EB Rosa dos Ventos, a coordenação desta escola solicitou “iintervenções diversas, como a limpeza da horta escolar, a manutenção do piso sintético do polidesportivo, o arranjo de uma casa de banho e pinturas exteriores, em particular do pré-escolar”.

As deslocações na passada quarta-feira ficaram concluídas com a visita à EB do Afonsoeiro, com Nuno Canta a informar que a escola deverá ser requalificada “nno início do Verão de 2020”. “TTrata-se de uma intervenção profunda que vai dotar o estabelecimento de três salas de préescolar, biblioteca, sala polivalente, conferir melhores condições ao edifício de Plano Centenário e reformular o espaço exterior, com um novo polidesportivo e com arranjos exteriores”, explicou o município, a concluir.

A ronda dos autarcas pelas escolas dos territórios de Montijo e Afonsoeiro termina esta segunda-feira, com deslocações a outros três estabelecimentos de ensino.

No Parque de Exposições Acácio Dores

Expocasamento Montijo realiza-se este fim-de-semana Vestidos de noiva, serviços, locais para realização de bodas são algumas das propostas das melhores empresas que vão participar no certame

O

Parque de Exposições Acácio Dores (antiga Montiagri) vai acolher durante este fim-de-semana mais uma edição da Expocasamento Montijo. O certame pode ser visitado entre as 15 e as 21h00 de amanhã e também no domingo das 14 às 19h00.

Vestidos de noiva, quintas para casamentos, fotografia e vídeo, convites e lembranças, entre mui-

tos outros artigos, serviços ou ideias para casamento, poderão ser encontrado no principal espaço de feiras e exposições da cidade montijense.

Segundo a organização, os visitantes vão poder apreciar na Exposacasamento Montijo “aas melhores empresas” que prestam todo o tipo de serviços para o planeamento perfeito do matrimónio. Além disso, o evento costuma apresentar uma outra vantagem. “N Nas feiras de casamentos, por vezes os expositores fazem as suas melhores promoções. A visita a uma feira de casamentos é algo agradável e que pode ser lucrativo.”

A Expocasamento Montijo abre portas já amanhã a partir das 15h00.

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O DIÁRIO DA REGIÃO DE SETÚBAL

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Iniciativa conta com a adesão de 38 restaurantes

Mercado Municipal recebe já amanhã um 'showcooking' com o mais famoso ex-concorrente do 'MasterChef Júnior' ALCOCHETE Até ao próximo dia 17

Mercado de Natal com inscrições abertas “ppara o imaginário da quadra natalícia”.

A edilidade indica ainda que o Mercado de Natal estará aberto ao público às sextas-feiras, entre as 18h00 e as 21h00, e aos sábados e domingos, das 10h00 às 18h00.

As inscrições devem ser efectuadas “aatravés de impresso próprio [ficha de inscrição]”, que pode ser entregue no Posto de Turismo, no largo da Misericórdia, de terça-feira a domingo, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 17h30, ou enviado para o endereço de correio eletrónico: turismo@cm-alcochete.pt. Com a ficha de inscrição, informa ainda a autarquia, “ddevem ser enviadas imagens a cores, ilustrativas dos trabalhos, produtos e actividades a apresentar”.

As normas de participação e a ficha de inscrição estão disponíveis em www.cm-alcochete.pt.

MRS

Iniciativa visa promover o artesanato, a doçaria e o comércio tradicional local

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á estão abertas, e estendem-se até ao próximo dia 17, as inscrições para o Mercado de Natal em Alcochete, que vai decorrer de 30 de Novembro a 22 de Dezembro no largo Almirante Gago Coutinho, anunciou a Câmara Municipal, entidade promotora da iniciativa.

Esta terceira edição do Mercado de Natal, integrada na programação de actividades comemorativas da época festiva, “vvisa fomentar o artesanato, a doçaria e o comércio tradicional e promover as potencialidades turísticas do concelho”, revela a autarquia. Ao mesmo tempo, pretende “ccriar um espaço” que remeta todos

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Alcochete promove semana gastronómica de bacalhau

A

s mais variadas formas de confeccionar bacalhau vão poder ser apreciadas, a partir de amanhã e até ao próximo dia 17, em 38 restaurantes de Alcochete que aderiram a mais uma semana gastronómica promovida pela Câmara Municipal em parceria com Associação do Comércio, Indústria, Serviços e Turismo do Distrito de Setúbal (ACISTDS).

A 2.ª edição da Semana Gastronómica “Bacalhau com Todos” arranca este sábado, pelas 11h00, com a realização de um “showcooking” no Mercado Municipal. A acção será dinamizado pelo pequenote Pedro Jorge que conta apenas 13 anos e que brilhou há quatro no concurso televisivo de culinária “MasterChef Júnior”. Esta iniciativa engloba ainda uma prova de vinhos.

O objectivo desta semana gastronómica, explica a autarquia, passa por “ valorizar o bacalhau como produto gastronómico de grande qualidade e versatilidade”, visando ainda “hhomenagear todos aqueles que a seu modo

e com o seu trabalho contribuíram” para a relação conhecida dos portugueses com o referido pescado.

De resto, segundo a autarquia, “oo bacalhau está ligado à história de Alcochete” em várias vertentes.

“N Na económica com a exploração das marinhas de sal e das indústrias de secagem; na social como elemento identitário; e na religiosa como alimento de quaresma, antecedendo a refeição de carne do dia de Natal”, lembra o município, sem esquecer “aa tradição da quar-

ta-feira de cinzas com a sátira do 'enterro do bacalhau'”.

Em Alcochete, acrescenta a edilidade a concluir, o bacalhau é confeccionado “dde várias formas: assado na brasa, guisado com grão, lapardana de bacalhau, desfiado com pão muito comum nas zonas da bordad’água como alimento habitual dos marítimos”.

Até dia 17 os apreciadores de bacalhau vão poder degustar diferentes receitas nos 38 restaurantes que MRS aderiram à iniciativa.

Segundo número do fanzine inclui contos originais

Novo título teve a participação de autores de Montijo, Alcochete e Barreiro

O

fanzine Outras Bandas, do colectivo informal de banda desenhada Tágide, mostrou-se com uma nova edição antológica no passado dia 1 no 30.º Festival de BD da Amadora. O novo título conta com a participação dos autores montijenses António Coelho, Daniel Maia, Patrícia Costa, Pedro Cruz, Shania Santos e Susana Resende (ilustradora da capa), além de Sérgio Santos, do

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Projecto de banda desenhada do Montijo mostra nova edição no festival da Amadora Barreiro, António Pires, de Alcochete, e Mário André, de Alpiarça.

Depois de um primeiro trabalho apresentado no XV Festival Internacional de BD de Beja, em Maio, e que foi composto maioritariamente por obras curtas feitas pelos talentos locais para concursos de banda desenhada, esta nova edição inclui contos originais, alguns dos quais assinados por outros autores da margem sul que começaram a frequentar os encontros Tágide, que continuam a ocorrer quinzenalmente na sala multiusos na Quinta do Pátio d'Água, no Montijo.

António Coelho, um dos autores, foi distinguido com Menção Honrosa

no Escalão A+ do Concurso de BD promovido pelo AmadoraBD, onde é consagrado um único vencedor. “E Esta menção pelo júri dos Prémios Nacionais de Banda Desenhada, sucedese ao prémio ganho no ano passado pela autora Patrícia Costa, do Montijo, também no Escalão A+, igualmente formada pelo curso Iniciação à Arte Sequencial que a Câmara Municipal do Montijo promove em parceria com a autora Susana Resende”, explica Daniel Maia, um dos elementos que integra o projecto Tágide.

Recorde-se que António Coelho já havia vencido o Prémio de Cartoon no Escalão A+ em '2013.

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Atleta júnior do Clube Judo do Montijo volta a brilhar em Espanha

Andreia Serrão conquista prata por Portugal O êxito agora alcançado em representação da Selecção Nacional veio juntar-se ao ouro conquistado uma semana antes nas Astúrias, onde a companheira de clube Carolina Estevão arrancou o bronze

A

judoca montijense Andreia Serrão conquistou no passado sábado, ao serviço da Selecção Nacional no escalão de juniores, a medalha de prata na categoria -70 Kg no XIX Torneio Internacional Memorial Santiago Ojeda, que decorreu em Las Palmas, nas Canárias.

ALCOCHETE

O segundo posto foi alcançado numa competição que contou com a participação de duas centenas de atletas, em representação das selecções de Espanha, incluindo regiões autónomas desse país, França, Itália e Holanda, além de Portugal.

Esta foi a segunda vez, num curto espaço de tempo, que a atleta do Clube Judo do Montijo brilhou em certames internacionais disputados em Espanha.

Recorde-se que no passado dia 26 de Outubro, Andreia Serrão, ao serviço do clube montijense, arrebatou ainda a medalha de ouro no XIX Torneio Internacional Villa de Avilés, nas Astúrias, também no escalão júnior (sub-21) mas na categoria de peso +63 Kg. Somou por vitórias os quatro combates realizados.

Nessa competição, o clube montijense fez-se representar por mais três judocas,

destacando-se ainda o resultado obtido por Carolina Estevão que, igualmente no escalão de juniores, conquistou a medalha de bronze na categoria de -48 Kg. A atleta Mariana Serrão (irmã de Andreia) e o judoca Miguel Leitão, ambos no escalão de cadetes (sub-18), completaram a comitiva que o Clube Judo do Montijo apresentou na competição.

A primeira alcançou o 7.º posto na categoria -63 Kg, entre 42 atletas, ao passo que o jovem, na categoria -66 Kg, acabou eliminado precocemente, sem possibilidade de ser repescado, não obstante a boa réplica demonstrada em combate.

A competição, dirigida aos escalões de juniores e cadetes, contou no total com a participação de mil atletas, oriundos de seis países: Portugal, França, Holanda, estados Unidos da América e Canadá, além da anfitriã Espanha.

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No Largo de S. João

Câmara promove associações do concelho Dezena e meia de associações vão participar, hoje e amanhã, na I Mostra Associativa organizada pela autarquia

P

romover as associações do concelho, dando a conhecer as actividades que cada uma delas desenvolve, é o objectivo da I Mostra Associativa de Alcochete que a Câmara Municipal leva hoje e amanhã a efeito no Largo de S. João.

“O O concelho de Alcochete regista uma grande diversidade de associações que desenvolvem actividades muito diferentes promovendo a prática desportiva, dinâmicas sociais e culturais, contribuindo de forma clara para o desenvolvimento da comunidade”, afirma a autarquia, em nota de Imprensa.

Ao todo, participam na iniciativa ao longo destes dois dias uma dezena e meia de associações. A saber: Academia Portuguesa de Música e Artes (APMA); Associação Desportiva Samouquense (ADS); Associação Humanitária dos Bom-

beiros Voluntários de Alcochete; Associação “Os Canitos”; Associação de Danças Sevilhanas Rocieras de Alcochete; Aposento do Barrete Verde; Associação de Pais e Encarregados de Educação da EB da Restauração; Associação Gil Teatro; Centro Social de São Brás do Samouco (CENSA); Escoteiros de Portugal – 255 de Alcochete; Grupo Motard de Alcochete; Núcleo Sportinguista do Concelho de Alcochete; Rancho Folclórico “Os Camponeses” de São Francisco; Rancho Folclórico do Grupo Desportivo da Fonte da Senhora; e Ténis Clube de Alcochete.

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MONTIJO Grupo Teatro sem Limites apresenta espectáculo gratuito no próximo dia 17

Revista à portuguesa em cena na Sociedade 1.º de Dezembro

SEXTA-FEIRA, 08/11/2019

SOCIEDA DE SETÚBAL

“De Bicicleta à Prisão” intitula a revista à portuguesa que o Grupo Teatro sem Limites da Universidade Sénior do Montijo

vai levar ao palco da Sociedade Filarmónica 1.º de Dezembro, no próximo dia 17, a partir das 16h00. O espectáculo, que vai

desde Tancos até ao futuro estabelecimento prisional projectado para a freguesia de Canha, é composto por dois actos,

com 12 quadros de revista, e participações de cantora e bailarinas. As entradas são gratuitas.

Turismo e tradição mantêm vivo negócio há décadas na mesma família

A última olaria de Setúbal está viva e de portas abertas Joaquim Mateus herdou do pai os ensinamentos e a olaria que hoje é a única a funcionar na cidade, à vista de todos.

Os filhos já não lhe seguiram as pisadas, mas é com a ajuda de dois irmãos que mantém vivo este ofício antigo transformador do barro em peças utilitárias, ou decorativas, únicas

POR ANDRÉ ROSA FOTO ALEX GASPAR

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oaquim Mateus ainda se recorda como há 50 anos o barro chegava à olaria do seu pai, que surge de pé numa já apagada fotografia a preto e branco pendurada na parede do fundo do armazém. Alinhados no murete que dá acesso à olaria, o pai surge à direita acompanhado de um sócio, do seu irmão mais velho e de mais dois oleiros, descreve Joaquim, de dedo apontado para a imagem.

Em primeiro plano, vê-se “oo carroceiro que ia buscar lenha e barro” para abastecer a olaria, que funciona num armazém centenário, no número 34 da Rua António José Baptista, em Setúbal, desde 1960. “ÉÉ a única olaria” ainda em funcionamento na cidade, afirma Joaquim. Não que isso lhe traga qualquer estatuto, antes razões para lamentar o estado a que chegou este ofício, em tempos muito dinâmico, e que hoje obriga quem nele trabalha a fazer de tudo para subsistir. Mas, graças ao apoio da família e a tudo o que herdou do pai (que o deixou com 94 anos em setembro do ano passa-

JOAQUIM MATEUS. A olaria foi fundada em 1960 e tem sido a profissão de família, mesmo quando se tem um curso de Economia

do), Joaquim tem conseguido manter a olaria de Setúbal de portas abertas – e bem activa, ou não houvessem, felizmente, encomendas para despachar.

A família sempre esteve presente no seu percurso de vida, conta Joaquim, e as paredes de pedra do gigante armazém da olaria guardam histórias e memórias felizes. Por exemplo, desde os tempos em que, com 13 anos, saía das aulas para ir ajudar o pai, O meu pai Francisco Maria Mateus. “O é que fundou esta olaria em 1960. O meu avô já tinha uma olaria em Santo Ovídeo e o meu bisavô também já tinha tido uma na zona de Serpa”, conta. “H Hoje tenho 61 anos, é uma vida no meio do barro”, apercebe-se o oleiro enquanto discorre sobre o seu percurso de vida.

Depois, Joaquim seguiu os estudos, cursou Economia em Lisboa e, mesmo assim, não eram raros os dias em

BREJOS DO ASSA. Era de uma barreia que ali existia que provinha o barro

que saía “aa correr para ir lá abaixo apanhar o autocarro para Lisboa”.

Semana sim, semana não, ia buscar barro a uma barreira nos Brejos do Assa e ramas de eucalipto e pinheiro para servirem de lenha para o forno de cozer as peças (hoje o forno que utilizam é eléctrico). “S Sentia-me na obrigação de ajudar o meu pai, que me estava a suportar os estudos em Lisboa”, justifica.

O irmão mais velho e a irmã desde sempre o ajudaram. Ela, “m mais na parte da pintura” por ter mais sensibilidade para os minuciosos desenhos.

E ainda hoje eles lá estão, na olaria, assim como Manel, um homem que “m morava nas redondezas”, aprendeu tudo com o pai de Joaquim e ficou ali a trabalhar. É ele, por estes dias, que coloca as mãos no barro, moldando-o na roda de oleiro eléctrica.

Antigamente eram cinco rodas, todas a pedal.

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SETÚBAL Acaba de arrecadar principal prémio na categoria de Special Award

ARQUIVO / ARSÉNIO FRANCO

RM Guest House - The Experience volta a ser reconhecida no estrangeiro

MERCADOS. Os produtos da olaria de Joaquim são vendidos e feiras e festivais

Joaquim Mateus explica que “nna olaria não se começa por aprender a fazer a loiça, aprende-se a amassar o barro”, ou seja, a “ttransformar o barro bruto – que chega das barreiras em torrão - numa massa homogénea”, molhando-o dentro de um tanque. Uma vez que tenham aprendido a moldar o barro, os aprendizes passam então para a roda de oleiro, onde a peça, efectivamente, ganha o formato final antes de ser posta a secar ao ar e ir ao forno a temperaturas que podem chegar aos mil graus celcius.

Os anos 1980 foram “uuma época áurea” para o negócio. O barro que utilizavam era melhor que o da concorrência e os clientes, reconhecendo qualidade, “éé que faziam os preços”.

Da olaria e de outro espaço de fabrico que tinham em Lagameças saíam alcatruzes (potes que os pescadores usavam antigamente como armadilha para a apanha do polvo), alguidares (com que muitos amassavam a massa para as filhoses, por exemplo), vasos de jardim e tantas outras peças utilitárias, como assadores de castanhas. A mudança dos hábitos de cozinhar, a falta de tempo para cuidar da casa e a oferta massificada que tomou conta dos hipermercados ditaram, enfim, a quebra na procura até hoje.

Joaquim percebeu então que tinha de começar a apontar agulhas para mercados, feiras medievais e festivais de sopas, estes especialmente bons para vender tigelas personalizadas.

São um campeão de vendas, com até 400 nomes disponíveis, conforme se viu na banca que a olaria teve este ano na Feira de Sant’Iago. Por outro lado, o advento do turismo veio também dar um contributo. Os turistas que visitam a cidade adoram levar para casa os barquinhos a dizer “Setúbal”, por exemplo. Na cidade, essa e outras peças vendem-se nos Paços do Concelho, Moinho de Maré da Mourisca, Mercearia Confiança do Troino e Casa da Baía.

A nova procura de mercado obriga o oleiro a ser inventivo e a idealizar peças que vão ao encontro das necessidades dos clientes, daí estar a fazer, agora, potes para guardar e servir azeitonas. Em pensamento está também a ideia de criar um espaço que funcionasse como loja e oficina no centro de Setúbal, para dar a conhecer este ofício que tanta gente desconhece, ou, no caso dos mais novos, nem sabe que existe.

“AAs pessoas não sabem e não dão valor ao facto de terem uma olaria em Setúbal”, lamenta Joaquim. Mas agora já sabem que ela existe e que está de portas abertas.

MANEL. O que sabe de olaria foi com o pai de Joaquim

Depois de ter brilhado em Bali, no ano passado, ao ser considerado o melhor alojamento local do mundo a RM Guest House – The Experience recebeu mais um prestigiado galardão internacional ao ser considerado um dos mais luxuosos espaços do segmento

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undada há três anos a RM Guest House – The Experience volta a brilhar além-fronteiras ao ser distinguida, no mês passado, com o prémio Seven StarsLuxury & Lifestyle Awards na categoria de Special Award. A cerimónia de entrega do prémio teve lugar no Lago Vouliagmeni, na Grécia.

Na Avenida Luísa Todi, perto da Escola de Hotelaria e Turismo de Setúbal, mora um dos alojamentos mais procurados por turistas nacionais e estrangeiros. Para chegar a esta conclusão especialistas internacionais do mundo das viagens e do lifestyle de luxo, seleccionam unidades exclusivas ao redor do globo para concorrer aos prémios.

Hóspedes e parceiros são chamados a votar para eleger os mais luxuosos do segmento. Rita Martins, CFO (Chief Financial Officer) e Frederica Martins DMT (Digital

Marketing Trainee) representaram a RM Guest House nesta ocasião.

Hóspedes dos 5 continentes, escolheram a RM Guest House - The Experience para a sua casa em Setúbal. 7 suites oferecem conforto com design, serviço personalizado e uma localização privilegiada na principal avenida da cidade são razões mais que suficientes para eleger a RM GuestHouse - The Experience para estadias em Setúbal. Fundada há apenas três anos em Setúbal, a RM Guest House -The Experience já soma vários prémios internacionais. Dois como o melhor na categoria Luxury Guest House. Em 2017 recebeu o World Luxury Hotels Awards Sul da Europa. No ano passado repetiu o reconhecimento mas na versão Global, passando a ser considerado o melhor alojamento do seu género no mundo.

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O DIĂ RIO DA REGIĂƒO DE SETĂšBAL

AGRADECIMENTO

Cavalheiro procura

SAMOUCO - AGRADECIMENTO

companheira livre atĂŠ 40 anos, que possa viver na Florida Estados Unidos.

Tlm.: 969 542 024

GLĂ“RIA FERREIRA DA COSTA ZUZARTE DN: 27/09/1937

DF: 24/10/2019

CARLOS AUGUSTO TALETO DA COSTA CAFUM DN: 09/03/1961 DF: 30/10/2019

Seu esposo, filhos, netos, bisnetos e restante familia na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, vĂŞm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido Ă Ăşltima morada, assim como a todos aqueles que de qualquer modo manifestaram o seu pesar.

F u n e r ĂĄ r i a R a m o s L d a - T. : 2 1 2 3 1 0 5 0 1 - 9 6 2 7 3 2 3 4 3

JOSÉ MANUEL JOSÉ SILVA SILVA

Sua esposa, filho e restante familia na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, vĂŞm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido Ă Ăşltima morada, assim como a todos aqueles que de qualquer modo manifestaram o seu pesar FunerĂĄria Ramos Lda. T. : 2 1 2 3 1 0 5 0 1 - 9 6 2 7 3 2 3 4 3

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Farmåcia Portugal DIRECTOR TÉCNICO Fernando Gamito Rodrigues Av. Jaime Cortesão, 77-B Tel. 265 539 060 • Setúbal Horårio: 09h00 - 13h00; 14h00 - 20h00 Såbado: 09h00 - 13h00

Convocatória Em conformidade com as disposiçþes legais aplicåveis E os Estatutos da nossa Associação, convoco todos os Sócios para se reunirem em Assembleia Geral,na sede Do nosso Clube sito na rua Casal das Figueiras n2 25 Em Setúbal no próximo dia 16 de novembro de 2019 Pelas 18 horas com a seguinte ordem de trabalhos.

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Instituto de Cardiologia de SetĂşbal Rua dos Comediantes nÂş 9A - SetĂşbal TELF. 265 531 400 - FAX: 265 531 401 Dr. Arnaldo Fernandes - Cardiologista (Director TĂŠcnico) Dr. Agostinho Borges - Cardiologista PediĂĄtrico/ crianças DrÂŞ. Leonor Parreira - Cardiologista/ Arritmologista DrÂŞ. Sara Gonçalves - Cardiologista Dr. DelďŹ m Lopes - Neurologista DrÂŞ. Ivone Fernandes - Pneumologista/ doenças pulmonares Dr. VĂ­ctor Fonseca - Pneumologista/ doenças pulmonares Dr. Hugo Pereira - ClĂ­nica Geral DrÂŞ. Helena ClĂĄudio - Acupuntura - AnĂĄlises ClĂ­nicas -

LABORAT RIO LABORATĂ“RIO DE AN`LISES ANĂ LISES CLĂ&#x;NICAS CLĂ?NICAS '5$ 0$5,$ ),/20(1$ /23(6 3(5',*­2 '5 $/)5('2 3(5',*­2 +RUiULR Â? D Â? IHLUD K 6iEDGR K 5XD -RUJH GH 6RXVD _ 6HW~EDO ZZZ SUHFLODE SW _ WHO WHOP _ )D[

Ponto 1 - Apresentação de contas referentes ao BiÊnio 2017/2019 Ponto 2 - Eleição de lista de corpos gerentes para o BiÊnio 2019/2021 Se à hora marcada não estiverem presentes a maioria de sócios a Assembleia reunirå trinta minutos depois O Presidente da Assembleia Geral Rui Manuel Pomar Ferreira

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O DIÁRIO DA REGIÃO DE SETÚBAL

MARIA FERNANDA COSTA CORDEIRO MARQUES

MARIA EMÍLIA DE ALMEIDA COSTA MIRANDA

(1949 – 2019)

(1927 – 2019)

SUZANA WIBORG CARVALHO BRUNO FERREIRA

VITALINO CUSTODIO (1929 – 2019)

(1944 – 2019) Participação e Agradecimento

A funerária Armindo lamenta informar o falecimento de Maria Fernanda Costa Cordeiro Marques. A família vem por esta via agradecer a todas as pessoas que se dignaram a acompanhar o funeral ou que, de qualquer outra forma, manifestaram as suas condolências.

Participação e Agradecimento

A funerária Armindo lamenta informar o falecimento de Maria Emília de Almeida Costa Miranda. A família vem por esta via agradecer a todas as pessoas que se dignaram a acompanhar o funeral ou que, de qualquer outra forma, manifestaram as suas condolências.

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Participação e Agradecimento

Agradecimento

A funerária Armindo lamenta informar o falecimento de Suzana Wiborg Carvalho Bruno Ferreira. A família vem por esta via agradecer a todas as pessoas que se dignaram a acompanhar o funeral ou que, de qualquer outra forma, manifestaram as suas condolências.

A funerária Armindo lamenta informar o falecimento de Vitalino Custodio. A família vem por esta via agradecer a todas as pessoas que se dignaram a acompanhar o funeral ou que, de qualquer outra forma, manifestaram as suas condolências.

C.A.A.S. - Cooperativa Agrícola de Almada e Seixal, CRL

C/0005

NIF: 501 561 390 - Telefones: 21 295 45 44 - 91 387 39 44 - E-mail: caasexpediente@gmail.com

CONVOCATÓRIA

ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA CONVOCATÓRIA

Nos termos do Art. 26 dos Estatutos da Cooperativa Mista de Ensino do Laranjeiro, convoca-se a Assembleia Geral Ordinária da C.M.E.L., CRL, para reunir na sua sede, sita na Rua D. Duarte Blocos V,X,Z — caves, Laranjeira, no dia 22 de novembro de 2019 pelas 18h00, com a seguinte ordem de trabalhos: Ponto um: Apreciar, votar e aprovar a Conta de Exploração Previsional, Orçamento de Investimentos e Desinvestimentos e Linhas Gerais do Plano de Atividades para 2020, da Escola Soeiro Pereira Gomes, do Jardim de Infância "Os Dois Patinhos"( Valências Pré Escolar e Creche) e Centro Sacio Cultural de Apoio à Terceira Idade, (Valências Lar e Centro de Dia).

Ponto Dois: Outros assuntos de caráter premente.

Prevendo-se a hipótese de à hora marcada não haver quórum a Assembleia fica desde já convocada para reunir trinta minutos depois, (18h30) seja qual for o número de sócios presentes, com a mesma ordem de trabalhos.

Laranjeiro, 14 de Outubro de 2019 O Presidente da Assembleia Geral, Francisco Baptista Godinho

Para cumprimento do disposto no número 2 do artigo 23º dos estatutos e na forma como está estabelecido pelo nº2 do artigo 36º da Lei nº 119 de 31 de Agosto de 2015, convoco os Cooperadores para participarem na Assembleia Geral Ordinária que ocorrerá na sede social da Cooperativa, na Rua Alfredo Cunha, Monte de Caparica, às 14 horas do dia 23 de Novembro de 2019 e com a seguinte Ordem de Trabalhos: 1 - Apresentação, análise, discussão e aprovação do Plano de Atividades e do Orçamento para 2020.

2 - Análise, discussão e aprovação da doação do lagar de azeite à Câmara Municipal do Seixal.

3 - Outras matérias de interesse para a Cooperativa Se há hora marcada não comparecer o número legal de Cooperadores no uso dos seus direitos legais e estatutários, ou seus representantes devidamente credenciados, para participar na Assembleia Geral, esta reunirá uma hora depois com qualquer número de Cooperantes, conforme previsto no número 2 do artigo 26 dos Estatutos e no artigo 37º da Lei nº 119 de 31 de Agosto de 2015.

Monte da Caparica, 1 de Novembro de 2019 O Presidente da Mesa da Assembleia Geral, Carlos Heitor Matosa da Fonseca

SOCIEDADE

SEXTA-FEIRA 08/11/2019

O DIĂ RIO DA REGIĂƒO DE SETĂšBAL

DIREITOS RESERVADOS

20

POR JOANA LOPES

O NOSSO PATRIMĂ“NIO

(Licenciada em Artes com especialização em Direito do Património)

Arquivo Distrital de SetĂşbal

Laboratórios de História Uma colecção de 315 fundos documentais que se estende por 5500 metros de História, do sÊculo XV ao sÊculo XXI SETÚBAL Gala final XI Concurso de Fado de Setúbal este såbado

F

ugimos para longe do rebuliço turístico da cidade e afastamo-nos das atraçþes místicas e romanas.

Seguimos atĂŠ Ă Rua Professor Borges de Macedo, onde foi fundado a 4 de maio de 2001 o Arquivo Distrital de SetĂşbal.

Sim, Ă partida pode pensar que vai entrar num laboratĂłrio cientifico, mas depois de um primeiro olhar, observa que no seu interior a Ăşnica realidade que prevalece ĂŠ a memĂłria.

Visando proporcionar aos visitantes uma maior compreensão sobre a salvaguarda e valorização do património arquivístico e do papel que desempenha nas nossas vidas. O Arquivo Distrital de Setúbal acolhe uma vasta coleção de 315 fundos documentais situados no período temporal entre os sÊculos XV e XXI, perfazendo um total de cerca de 5500 metros lineares.

Chegamos Ă conclusĂŁo que sĂł pode ser resultado de muito trabalho e rigor.

Sempre procurando potenciar a liberdade de acesso ao património arquivístico e o seu papel na construção e formação das identidades regionais e outras.

O arquivo reúne coleçþes pessoais e temåticas de enorme importância como vida e obra do Poeta Bocage e do investigador Almeida Carvalho.

Em matĂŠria de portais de pesquisa vale a pena referir que o sistema desenvolvido pelo Arquivo Distrital de Se-

Seis disputam melhor voz do fado

Registo de batismo de Manuel Maria Barbosa du Bocage, nascido a 15 de setembro de 1765 e batizado a 29 do mesmo mĂŞs e ano na freguesia de SĂŁo SebastiĂŁo, em SetĂşbal. 1765-0929, SetĂşbal. Manuscrito, papel, 1 f., 300 x 210 mm PT/ADSTB/PRQ/PSTB05/001/00008 F. 176 v., 3Âş registo

túbal, permite ao leitor usufruir à distancia atravÊs da Internet (World Wide Web) de um conjunto de serviços que apenas são disponibilizados presencialmente no arquivo.

O desenvolvimento tecnológico tem facilitado os estudantes, investigadores e demais interessados no acesso à documentação no arquivo.

Porem existem requisitos que garantem a preservação, segurança, autenticidade, durabilidade e consulta de acordo com as novas tÊcnicas internacionais.

Para preservar os documentos das instituiçþes, as digitalizaçþes, realizadas

garantem a preservação física dos arquivos em risco de se perderem por se encontrarem em mau estado de conservação seja devido à antiguidade seja em virtude de um manuseamento excessivo ou lesivo.

Não perdendo de vista que os PDF´s pesquisåveis são de grande utilidade para quem investiga. É fåcil entender por que razão tem esta instituição uma visão tão coeva do que Ê o Património Cultural.

Selando a importância da humanidade e num olhar desprendido, sem saber, estamos a construir a base para as geraçþes futuras.

Organizado em parceria entre a Câmara Municipal de Setúbal e a Capricho Setubalense, o concurso de fado atribui prÊmios monetårios a todos os participantes finalistas

A

Sociedade Musical Capricho Setubalense recebe este såbado a gala final XI Concurso de Fado de Setúbal. É às 21h30 e tem seis fadistas em competição.

No palco vão estar Maria Passarinho e Tiago Conceição, de Fernão Ferro, Raquel Faria, de Palmela, JosÊ Ferreira, de Setúbal, e Catarina Dionísio e Sara Coito, ambas de Lisboa.

Organizado em parceria entre a Câmara Municipal de Setúbal e a Capricho Setubalense o concurso tem no espectåculo final os concorrentes apurados em semifinais realizadas a 26 de Outubro, no Rancho

FolclĂłrico de Praias do Sado, e a 2 de Novembro, no Grupo Desportivo Independente. Como convidada a gala recebe a fadista Teresa Tapadas.

O concurso de fado atribui prÊmios monetårios a todos os participantes finalistas e distingue o melhor fadista, de acordo com avaliação feita pelo júri, constituído por três elementos a designar pela organização.

O pĂşblico tambĂŠm tem uma palavra a dizer e elege o seu preferido.

O vencedor do XI Concurso de Fado de Setúbal recebe um prÊmio no valor de 600 euros e o convite para a participação na Feira de Sant'Iago 2020. Os fadistas classificados no segundo e no terceiro lugares arrecadam um prÊmio no valor de 400 euros e 300 euros, respectivamente.

Os restantes finalistas recebem, cada um, um prÊmio no valor de 100 euros. O vencedor do PrÊmio do Público tem direito a 150 euros e a actuar na Feira de Sant'Iago 2020. Jå o melhor fadista do concelho de Setúbal Ê distinguido com uma menção honrosa.

Sabores de SetĂşbal Sabores Anuncie aqui o seu restaurante!

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&

PARA ANUNCIAR CONTACTE

Almada 265 520 716 | SetĂşbal 265 094 354 Seixal 265 092 725 | Montijo 212 318 392 Moita 212 047 599 | Barreiro 212 047 599 Palmela 212 384 894 | Alcochete 937 081 515 Outros Concelhos 212 383 228

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SOCIEDADE

O DIÁRIO DA REGIÃO DE SETÚBAL

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HORÁCIO JORGE PENA Historiador

"Brilhante sacerdote e compositor, era irmão do grande benemérito de Setúbal, Dr. Francisco de Paula Borba"

T

omás Vaz de Borba nasceu no dia 23 de Novembro de 1867, em Angra do Heroísmo, Açores.

São passados cento e cinquenta e dois anos.

A que propósito lembramos a efeméride nesta publicação? Qual a importância deste cidadão na História e na Cultura portuguesas? A estas perguntas respondem com profundo saber duas notáveis obras de Duarte Gonçalves Rosa: Tomás Borba, edição Escola Básica e Secundária Tomás de Borba, Angra do Heroísmo, 2008 e Tomás Borba: Composição e Pedagogia, em coautoria com Antero Ávila e Edward Ayres d’Abreu, edição Instituto Açoriano de Cultura e Instituto Histórico da Ilha Terceira, 2019.

Livro biográfico e catálogo de obras musicais de Tomás Borba, por Duarte Gonçalves Rosa

No primeiro dos livros lemos, com amplo desenvolvimento, a biografia do brilhante sacerdote e compositor açoriano, irmão do médico e grande benemérito da população setubalense, Dr. Francisco de Paula Borba (1872-1934). Complementam este volume uma densa coletânea de textos do biografado sobre muito diversos assuntos, testemunhando a plural intervenção cultural e artística a que se dedicou o padre Tomás Borba, também capelão da Basílica dos Mártires, ao Chiado, em Lisboa; o inventário classificado da obra musical de Músico e Pedagogo e, finalmente, um interessantíssimo anexo fotográfico, ilustrativo desta apaixonante biografia.

A segunda das obras referidas (cuja importância fica salientada pelas elogiosas palavras de Ramalho Eanes, Roberto Carneiro ou Rui Vieira Nery) é, como explicam os autores, o resultado de quinze anos de aturada investigação e de estudo sobre Tomás Borba. E nela se retoma o catálogo das obras musicais do autor (com Fernando Lopes Graça [1906-1994] “personalidade musical dominante a partir de finais da década de 20” do século passado e que fora seu aluno), do ainda hoje incontornável “Dicionário de Música” (editado em dois grossos volumes ilustrados, pela primeira vez, entre 1956 e 1958, por Edições Cosmos e, posteriormente, pela Livraria Editora Figueirinhas).

Grande conhecedor da poesia nacional, dos autores mais conhecidos aos menos populares, vemos que do monumental corpus musical erguido por Tomás Borba, fazem também parte composições para textos de poetas setubalenses, como Bocage, Ana de Castro Osório ou Paulino de Oliveira…

O compositor Tomás Vaz de Borba dedicou-se igualmente, com curioso vanguardismo, à recolha e harmonização de muitos temas do folclore nacional. Desde a região natal percorrendo musicalmente todo o País, não deixou de trabalhar algumas canções populares sadinas, como a que foi catalogada sob o número 326, intitulada “É Setúbal!”.

Para além do breve perfil musical de tão ilustre figura da nossa Cultura, não será de passar em claro, a evidente nobreza de carácter, a amável personalidade evidenciada no plural convívio que sempre soube cultivar.

Por isso, certamente, o brilhante musicólogo Rui Vieira Nery, com o texto “Tomás Borba reencontrado” introduz-nos na primeira obra referida,

FOTOS: DIREITOS RESERVADOS

Evocando o nascimento de Tomás Borba

Tomás Borba (1867-1950), pelo pintor Abel Manta (1888-1982). Museu de Angra do Heroísmo (Açores)

de Duarte Gonçalves Rosa, com estas reveladoras palavras: Um exemplo único de tolerância e modernidade na música portuguesa do século XX”.

Noutro passo do mesmo texto, sublinha a qualidade musical das peças de Tomás Borba e exalta, precisamente, “a capacidade de juntar à sua volta num único projeto nomes tão diferentes, com orientações estéticas tão contrastantes entre si, e provenientes de um espectro tão vasto de gerações”. Vieira Nery refere ainda que “a leitura da documentação reunida por Duarte Rosa só veio reforçar ainda mais esta convicção de que estamos perante uma personalidade especial, alguém capaz de congregar respeito de todos os quadrantes e de criar espaços de tolerância e de diálogo que na atmosfera autoritária e repressiva do Estado Novo eram raros e como tal duplamente admiráveis”.

No mesmo sentido se expressa o Autor de ambas as obras aqui mencionadas: “Uma faceta que não me

"Aos 82 anos de idade, no dia 18 de Abril de 1949, celebrou a sua última missa em Setúbal"

canso de exaltar é a da sua tolerância.

Tomás Borba foi sempre um mediador, um homem de pontes. Apesar de a Igreja se sentir acossada pelas investidas liberais e depois republicanas, Borba entendeu sempre que a Igreja tinha uma palavra a dizer.

Assim granjeou um lugar de respeito na sociedade portuguesa, mesmo nos quadrantes mais adversos ao catolicismo, pela sua honestidade e capacidade de diálogo e mediação.

“Como músico e professor, sempre acreditou que a música tem um lado de inspiração e outro de transpiração, de trabalho, de estudo, de preparação.

Ele foi o primeiro professor de História da Música do Conservatório de Lisboa.

Acreditava que era preciso saber, conhecer o passado, para poder produzir com competência profissional […].

Ele é um homem da igreja, um artista da Igreja. Mostra que esta não pode abandonar e tem de estar presente na cultura, tendo uma palavra a dizer na formação integral da pessoa, que inclui, obviamente, uma vertente estética e artística”. – Duarte Gonçalves Rosa, “Tomás Borba. Composição e Pedagogia”, p. 28.

Aos 82 anos de idade, no dia 18 de Abril de 1949, o padre Tomás Borba celebra a sua última missa em Setúbal, na capela privada da Herdade da Gâmbia, propriedade do seu já referido irmão, o muito estimado clínico local Francisco de Paula Borba.

Num domingo, a 22 de Fevereiro do ano seguinte, morre Tomás Borba, em Lisboa, no quarto andar esquerdo, do prédio número um da Travessa do Carmo.

Qualquer obra artística criada pelo espírito humano (um poema, uma pintura ou escultura, por exemplo) só adquire verdadeiro sentido quando lida ou contemplada. No caso da Música, esta precisa expressar-se desabrochando dos pentagramas para materializar-se nas belas sonoridades que elevam e se nos comunicam admirável e impressivamente.

Que maior e melhor homenagem, pois, poderia render-se-lhe que viabilizar-se a audição, entre os melómanos modernos, de algumas obras musicais de Tomás Borba?

Fique, ao menos, o repto que ousamos deixar aos agrupamentos musicais ou a musicólogos setubalenses que saibam e possam apaixonar-se pela empresa – reconhecidamente laboriosa – que apenas a alegria íntima própria e a daqueles que amam o passado que vale a pena preservar e evocar, poderá considerar-se a mais valiosa recompensa.

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FUTEBOL FEMININO

Campeonato Nacional da 2.ª Divisão

Escola de Futebol Feminino de Setúbal recebe Amora no Municipal da Várzea

SEXTA-FEIRA, 08/11/2019

DESPORTO

Depois da realização da 2.ª eliminatória da Taça de Portugal onde Amora, Barreirense, Palmelense e Paio Pires garantiram a sua continuidade na prova, regressa este fim-de-semana o Campeonato Nacional da 2.ª Divisão. Na

Série G, o Barreirense é o único representante da região em competição porque o Almada folga. A equipa do Barreiro defronta o Futebol Benfica, na Vederena, domingo, pelas 15 horas. No mesmo dia, à mesma hora, para a Série H, a

Escola de Futebol Feminino de Setúbal recebe o Amora, no Municipal da Várzea; o Paio Pires desloca-se a Trajouce para defrontar o Estoril e o Palmelense joga com o Guia no Complexo Municipal.

Para o Campeonato Nacional de Junio-

res, no sábado, o Paio Pires viaja até ao Algarve para defrontar o Ferreiras (15h), o Marítimo Olhanense recebe o Quintajense (17h) e no domingo a Escolinha de Setúbal joga em Évora com o Lusitano (10h 30m).

Leandrinho, médio ex-Rio Ave, revela ter passado “algumas dicas” aos jogadores do Vitória para surpreender amanhã em Vila do Conde

Jogador brasileiro, de 26 anos, que chegou a Portugal em 2016/17 para representar os vila-condenses, faz a sua primeira época em Setúbal: “Estou muito feliz no Vitória”, afirma

ARQUIVO / DIREITOS RESERVADOS

“Estamos motivados para ganhar na casa do Rio Ave pela primeira vez”

POR RICARDO LOPES PEREIRA

A

ntes de ingressar no Vitória na presente época representou o Rio Ave. O jogo de sábado é especial para si? É um jogo especial porque estive lá três anos em que fui muito feliz.

Vai ser muito bom reencontrar muitos dos amigos que lá deixei.

O Vitória chega a Vila do Conde num bom momento, após o triunfo sobre o Boavista. Como está a equipa depois da última partida?

Foi um jogo muito difícil. O Boavista tem boa equipa e foi importante para nós termos conseguido a vitória. Estávamos há três jogos sem vencer e o resultado dá-nos confiança para a competição. Os adeptos estiveram connosco até ao fim e isso foi o mais importante.

O êxito da jornada anterior pode significar um ponto de viragem e levar a equipa a conquistar mais vitórias?

Com certeza que sim. Ganhar dános mais confiança para fazer já um bom jogo contra o Rio Ave. É um confronto directo na tabela porque temos o mesmo número de pontos (12). É um jogo importante porque a seguir há a paragem no campeonato e só voltamos a jogar dia 24 de Novembro contra o FC Porto, a contar para a Taça de Portugal, que vai ser um jogo muito importante para nós.

Tradicionalmente jogar em Vila do Conde é muito difícil para o Vitória que nunca conseguiu lá ganhar.

Este dado serve de motivação por saberem que podem alcançar algo inédito?

Eu joguei no Rio Ave e sei que é muito difícil jogar lá. Estamos motivados para de tentar ganhar na casa do Rio Ave pela primeira vez.

Conhece muitos dos jogadores do Rio Ave por terem sido colegas seus na época passada. Já deu conselhos aos jogadores do Vitória

para a equipa surpreender em Vila do Conde?

Sim. Conheço muito bem todos os jogadores que estão lá, por isso, já passei algumas dicas. Não posso partilhar o que lhes transmiti (risos).

Foi titular no último jogo ao ocupar

a posição de Semedo, que cumpriu castigo. Como encara a luta pela titularidade já para este jogo com o Rio Ave? É tranquilo. Sei que o Semedo é um grande jogador, uma referência no clube e o nosso capitão. A luta é sadia, damo-nos super bem. Agora

compete a Meyong decidir quem vai jogar.

Meyong vai fazer o seu terceiro jogo no comando técnico do Vitória.

De que forma lida a equipa com este período de transição em que se fala da chegada de um novo treinador? É uma situação normal para nós.

Estamos apenas focados no jogo, ficando ou não o Meyong. Vamos estar sempre focados nos treinos para fazermos um bom jogo.

Quais os objectivos que tem para esta época?

Espero jogar com o máximo de regularidade e, juntamente com os meus companheiros, fazer uma grande época pelo Vitória. A prioridade é assegurar a permanência na I Liga e depois procurar ir o mais longe possível na competição.

Como surgiu o futebol na sua vida? Começou a jogar onde?

Fiz a minha formação no Santos, clube onde joguei sete anos, quatro na formação e três nos seniores.

Cheguei a Portugal em 2016/17 para representar o Rio Ave, mas infelizmente tive o azar de me lesionar.

Fiquei sete meses parado, por isso, perdi a época toda. Dois anos depois de isso acontecer vim para o Vitória e estou muito feliz aqui. Espero fazer uma grande época.

Como viveu a lesão que teve?

Passa muita coisa pela cabeça nessa altura. Tinha 22 anos quando cheguei do Santos, uma equipa muito grande no Brasil. Estava motivado por jogar na Europa e, 20 dias depois de ter chegado, lesionei-me.

Depois da operação esqueci o que se passou e não me arrependo de nada.

Jorge Jesus, que já foi treinador do Vitória, tem dado nas vistas no Flamengo. Como vê o desempenho da equipa brasileira que é agora orientada pelo português?

Sempre que posso acompanho os jogos. O Jorge Jesus está a fazer um grande trabalho e tem tudo para ganhar o campeonato brasileiro e a Libertadores. Está no caminho certo.

SEXTA-FEIRA 08/11/2019

DESPORTO

DIREITOS RESERVADOS

O DIÁRIO DA REGIÃO DE SETÚBAL

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1.ª DIVISÃO DISTRITAL Segundos classificados jogam na Bela Vista

Visita do Grandolense a Setúbal prende as atenções da jornada

O

s campeonatos distritais de futebol estão de volta este fimde-semana com a realização da quinta jornada que promete muita emoção e alguns golos, como tem sido hábito.

Na 1.ª Divisão, para além da recepção do Oriental Dragon ao U. Santiago, há a destacar a visita do Grandolense [que proporciona a transporte gratuito aos seus adeptos] ao Campo da Bela Vista, em Setúbal, onde defronta o Comércio Indústria naquele que será muito provavelmente o jogo da jornada, pelo facto de se defrontarem duas equipas que repartem o segundo lugar, com o mesmo número de pontos.

Outros jogos que merecem especial atenção são o Sesimbra – Barreirense, por serem dois históricos do futebol distrital; o FC Setúbal – Alcochetense, duas equipas que têm algumas pretensões no campeonato; e, ainda o Vasco da Gama de Sines – Cova da Piedade “B”, para ver se é desta que a equipa do litoral alentejano consegue pontuar.

Eis o quadro completo de jogos da 5.ª jornada: Beira Mar de Almada – Moitense; Sesimbra – Barreirense;

Palmelense – Pescadores; Comércio Indústria – Grandolense; Vasco da Gama – C. Piedade “B”; Charneca de Caparica – Alfarim; Oriental Dragon – U. Santiago; FC Setúbal – Alcochetense.

II Divisão Na segunda divisão os líderes jogam ambos fora de casa e em teoria parece que um (Quinta do Conde) tem a tarefa mais facilitada que o outro (Águas de Moura), mas na prática como será, é esta a dúvida que persiste. Outros jogos que merecem destaque são o Trafaria – Almada pela rivalidade existente entre eles e o Seixal- Lagameças pelo facto da equipa forasteira se apresentar com um registo positivo de três vitórias consecutivas.

Os jogos agendados para esta jornada são os seguintes Trafaria – Almada; Banheirense – Monte de Caparica; Alcacerense – Santo André; Quintajense – Corroios; Zambujalense – Samouquense; Brejos de Azeitão – Águas de Moura; Melidense – Quinta do Conde; Seixal – Lagameças.

CAMPEONATO DE PORTUGAL 10.ª jornada, de 6.ª feira a domingo

Fabril, Olímpico e Amora recebem Loures, Louletano e Pinhalnovense

A

10.ª jornada do Campeonato de Portugal, que começa hoje com o Alverca – Real e prossegue amanhã com o Sintra Football – Sintrense, só termina no próximo domingo com a realização dos restantes encontros, sendo de salientar entre estes o Amora – Pinhalnovense que se disputa às 11 horas da manhã, com transmissão televisiva no Canal 11 da FPF. No Estádio da Medideira, o Amora recebe a visita do Pinhalnovense numa partida que se pode considerar um clássico da região. Em confronto vão estar duas equipas que se encontram separadas por três pontos na tabela classificativa, com vantagem para a equipa de Pinhal Novo. Ambas encontram-se neste momento a atravessar um bom momento de forma e isso poderá ser benéfico em termos de espectáculo porque se o Amora completou no passado domingo uma série de três vitórias consecutivas, todas elas sob o comando de Tuck, o Pinhalnovense vem de uma vitória alcançada em Alverca e outra conseguida na jornada anterior contra o

Sacavenense. Em perspectiva está a realização de um bom jogo de futebol porque tanto de um lado como do outro há muita vontade de vencer.

isso é um bom presságio. Se estiverem ao seu melhor nível os montijenses podem muito bem sair vitoriosos deste encontro.

Montijenses precisam de ganhar

Fabril estreia novo treinador

No Campo da Liberdade, o Olímpico do Montijo recebe o Louletano, uma das boas equipas do campeonato, que actualmente está posicionada no quarto lugar da tabela classificativa. Os montijenses, que se encontram na zona de despromoção, com apenas nove pontos, precisam de vencer para deixarem a zona perigosa mas para conseguirem os três pontos vão ter que trabalhar bastante porque a equipa algarvia está recheada de bons valores, embora os últimos resultados não tenham sido os melhores, dois empates e duas derrotas. A equipa, agora orientada por Paulo Jorge Bento tem vindo a melhorar nos últimos jogos como revelam o empate com o Olhanense, primeiro classificado, e a vitória alcançada na última jornada em Armação de Pera, e

No Estádio Alfredo da Silva vai acontecer a estreia do novo treinador do Desportivo Fabril, Sérgio Bóris, que acontece precisamente contra a sua anterior equipa, o Grupo Sportivo de Loures.

A equipa fabril, que se encontra no último lugar da classificação geral, vai entrar em campo com o objectivo de lutar pela conquista dos três pontos mas o adversário, agora a trabalhar sob o comando de Toni Pereira, embora esteja numa posição mais cómoda, não irá com toda a certeza facilitar. Porque a qualidade existe no grupo de trabalho, porque Sérgio Bóris é um treinador exigente e porque os jogadores se vão querer mostrar para agarrarem um lugar no onze inicial é muito provável que a equipa consiga os JOSÉ PINA seus intentos.

II LIGA

Domingo, na recepção ao Estoril

Cova da Piedade vai ter tarefa bastante complicada

O

Cova da Piedade, que transporta desde a última jornada a lanterna vermelha no Campeonato da II Liga, tem no próximo domingo uma tarefa bastante complicada na recepção ao Estoril, equipa que tem objectivos bem definidos na competição.

Tendo em conta a posição incómoda em que se encontra, ao Cova da Piedade há apenas um resultado que interessa, a vitória, pois só com a conquista dos três pontos pode melhorar a sua posição na tabela classificativa.

Nos quatro jogos até agora disputados no Estádio Municipal José Martins Vieira, os piedenses ganharam dois, ao Feirense e Benfica “B” e perderam outros tantos com o Casa Pia e Farense. Quer isto dizer que tem tido um comportamento inconstante mesmo jogando em casa.

Por isso, é uma incógnita aquilo que a formação treinada por Jorge Casquilha vai fazer nesta partida com os canarinhos que também não podem perder para não hipotecarem

as suas pretensões na luta pela promoção.

A contrastar com as cinco derrotas consecutivas dos piedenses, a última das quais na última jornada em Aveiro com a Oliveirense, está o facto de os estorilistas terem conquistado seis vitórias nos últimos sete jogos. Ou seja, o estado de espírito das duas equipas é completamente antagónico porque enquanto uma delas vem de uma série de resultados positivos, a outra vem de uma onda de resultados negativos.

Portanto, considerando a diferença pontual entre as duas equipas e os objectivos de cada uma delas, não restam dúvidas que o Estoril se apresenta nesta partida claramente como favorito. Contudo, porque a bola é redonda e não há vencedores antecipados, é muito natural que os piedenses também tenham uma palavra a dizer, embora este não seja o adversário ideal para encetarem a tão desejada recuperação.

JOSÉ PINA