O Setubalense, diário regional de Setubal nº 307

Fim-de-semana EDIÇÃO

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SEXTA-FEIRA | 20.DEZEMBRO.2019 | N.º 307 | Ano II | 5.ª Série e

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‘ALMADA ULTRA-INOVADORA FOI-SE AQUILOSANDO’

P.9 a 11

Inês Medeiros em entrevista

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SETÚBAL P.5

Comboio da Fertagus pode chegar a Praias do Sado REPORTAGEM P.22 a 27

A história centenária da Sociedade Samouquense PUBLICIDADE

VOTAÇÃO É HOJE

P.2

Dragagens na Assembleia da República

ACIDENTE EM CANHA

Mau tempo faz um morto no Montijo e estragos em toda a região P.3

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ALMADA

Mercado das Torcatas em festa este fim-de-semana

SEXTA-FEIRA, 20/12/2019

O Mercado das Torcatas, em Almada, vai ter mais um fim-de-semana de actividades lúdicas e culturais. No final da tarde de hoje, há momentos de dança com o Baile

ACTUAL SETÚBAL

Morgado, Carla Chambel e Luís Simões de Forró dinamizado pelo Espaço Baião.

Sábado e domingo, à tarde, vai poder assistir a uma conversa sobre representação em Portugal, com

os actores Diogo Morgado, Carla Chambel e Luís Simões. Também o músico Noiserv e a escritora Sarah Lemonnier estarão presentes com um ´consultório’ de musicoterapia

e biblioterapia, respectivamente.

Há ainda o concerto com o duo Museum Museum, workshops, showcooking de sushi com o chef João Figueiredo.

Dragagens em debate na Assembleia da República

Setubalenses querem manifestação no Sado à volta da draga Dentro e fora da Assembleia da República, ontem foi dia de debate sobre as dragagens no Sado. Hoje é dia de votar propostas para a suspensão do projecto.

Os setubalenses prometem não desistir POR ANA MARTINS VENTURA FOTOGRAFIA ALEX GASPAR

F

rente à Assembleia da República (AR) cerca de 100 manifestantes apresentaram ontem as suas opiniões contra as dragagens no rio Sado. E a próxima acção já está delineada com uma manifestação planeada em barcos, ao redor da draga, impedindo a continuidade dos trabalhos.

Representantes de grupos de cidadãos, ambientalistas e deputados não se deixaram intimidar pela tempestade e fizeram ouvir as suas palavras de ordem enquanto na AR, se preparava a apresentação de petições do BE, PAN e PEV contra as dragagens. Propostas que se unem ao parecer que o PSD já havia submetido à AR. “Custe o que custar, doa a quem doer o Sado vamos defender” fez-se ouvir mais do que a chuva e entre os manifestantes, André Silva, deputado e líder do PAN - Pessoas, Animais e Natureza - declarou a O SETUBALENSE que, irá votar “ffavoravelmente todos

NUNO CARVALHO. Deputado do PSD eleito por Setúbal apresentou iniciativa do partido

PINOTES BATISTA. Deputado do PS trocou argumentos com Nuno Carvalho

os projectos que visem revogar esta autorização [de dragagens]. Incluindo as propostas do PSD”.

André Silva lamenta apenas que as propostas apresentadas pelo PSD Setúbal, em torno das dragagens, e pelos órgãos centrais do mesmo partido “ssejam diferentes por estratégia, talvez para agradar à opinião pública local”, alega. Contudo, o deputado afirma que “nneste momento é determinante deixar interesses ideológicos de lado e intenções capitalistas”.

Na defesa do Sado, André Silva avança que “eessa deve ser a nossa única preocupação. Este é um ecossistema único que ficará afectado sem que se conheçam as reais dimensões destes impactos. Seja no ambiente, na pesca ou no turismo”.

necessidade dos partidos assumirem posições “cconscientes sobre as causas envolvidas neste projecto”.

Em declarações a O Setubalense na AR, o deputado do PSD referiu que o resultado da votação marcada para hoje, sobre a proposta de suspensão das dragagens, “eestá à vista, uma vez que o PS mantém a sua posição e não está disponível para repensar as suas decisões sobre o Porto de Setúbal”.

Referindo que é “uuma pena”, a exposição do deputado André Pinotes Batista, “ccentrada em interesses políticos e económicos”, sem reconhecer que “nninguém sabe se as medidas mitigadoras defendidas pelo seu partido vão funcionar”.

Quanto ao facto de o PAN e o Bloco

A posição de André Silva vem agora responder a um desafio que Nuno Carvalho já havia lançado na reunião de Câmara de Setúbal, realizada a 11 de Dezembro. Momento em que apresentou uma moção sobre a suspensão das dragagens no Sado e desafiou os partidos que se têm revelado contra o projecto - PAN e BE - a “ffazerem o trabalho de casa”, para que no dia 19 pudessem “ddebater de forma consciente sobre as dragagens e tudo o que as mesmas implicam”.

Nuno Carvalho quer dragagens em debate europeu Em dia de debate sobre as dragagens na Assembleia da República, Nuno Carvalho voltou a reafirmar a

de Esquerda assumiram que vão manter a sua posição contra as dragagens, Nuno Carvalho assume que não esperava outra decisão. Mas, em resposta às insinuações do deputado André Silva (PAN) sobre as diferenças entre o PSD local e nacional, Nuno Carvalho aponta, “oo PAN é um partido temático, se não está disposto a defender o ambiente acima de qualquer ideologia política, então é porque também precisa de um Estudo de Impacte Ambiental”.

Sobre o futuro Nuno Carvalho está confiante que “sserá sempre possível parar o projecto, desde que haja vontade para tal” e não coloca de parte a possibilidade de voltar a levar a proposta de suspensão do projecto “aa instâncias europeias”.

FICHA TÉCNICA

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SETÚBAL ALMADA SEIXAL PALMELA BARREIRO ALCOCHETE OUTROS CONCELHOS MONTIJO MOITA 212 383 228 265 520 716 265 094 354 265 092 725 212 318 392 212 047 599 212 047 599 212 384 894 937 081 515

Registo de Título N.º 107552 | Depósito Legal N.º 8/84

Propriedade: Outra Margem - Publicações e Publicidade, Lda. Contribuinte: 515 047 325. (Detentores de mais de 10% do capital social: Gabriel Rito e Carlos Bordallo-Pinheiro). Editor: Primeira Hora - Editora e Comunicação, Lda. Contribuinte: 515 047 031 (Detentores de mais de 10% do capital social: Setupress, Lda., Losango Mágico, Lda., Carla Rito e Gabriel Rito) Sede de Administração e Redacção: Travessa Gaspar Agostinho, 1 - 1.º, 2900-389 Setúbal.

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CONCELHO DE SETÚBAL Travessa Gaspar Agostinho, 1 - 1.º - 2900-389 Setúbal - Tel. 265 094 354 (geral) / 265092 633 (redacção) / 265 092 725 - 265 520 716 (dep. comercial) CONCELHO DE PALMELA Rua José Saramago, lote 26 - loja direita 2955-027 Pinhal Novo - Tel. 212 384 894 CONCELHOS DE MONTIJO E ALCOCHETE Praça da República, 63, Galerias Comerciais, Lj 18.

Tel./Fax: 212 318 392

CONCELHO DO BARREIRO Intermarche da Moita - Quinta Santa Rosa Rua Classe Operário - Alhos Vedros - Moita Tel.: 212 047 599 - 939 050 535 CONCELHO DA MOITA Intermarche da Moita - Quinta Santa Rosa Rua Classe Operário - Alhos Vedros - Moita Tel. 212 047 599 / 939 050 535 REDACÇÃO Director: Francisco Alves Rito (CPJ 2292) diretor@osetubalense.com Redacção: Mário Rui Sobral (CPJ 3872 A),

Humberto Lameiras (CPJ 2321 A); Ana Martins Ventura (CPJ 7230 A). Colaboradores: Inês Antunes Malta (CPJ 7226 A); Miguel Nunes Azevedo (TP 2608); Fátima Brinca (CPJ 2574); Rogério Matos (CPJ 9929); Helga Nobre; André Rosa; Ricardo Lopes Pereira e José Pina. Fotografia: Mário Prata, Alexandre Gaspar e Arsénio Franco.

DEPARTAMENTO ADMINISTRATIVO Teresa Inácio, Dulce Lança e Branca Belchior.

PUBLICIDADE Direcção Comercial: Carla Sofia Rito e Carlos Dinis Bordallo-Pinheiro. Setúbal: Ana Oli-

veira, Mauro Sérgio, Célia Felix e Rosália Batista. Montijo: Graciete Rodrigues.PPalmela: Rosália Batista. Barreiro: Carla Santos.

Moita: Carla Santos.

IMPRESSÃO Tipografia Rápida de Setúbal, Lda. - Travessa Jorge d’Aquino, 7 - 2900-427 Setúbal e-mail: geral@tipografiarapida.pt DISTRIBUIÇÃO VASP - Venda Seca, Agualva - Cacém Tel. 214 337 000 Tiragem média diária: 9.000 exemplares

Estatuto Editorial disponível em https://www.facebook.com/pg/ JornalOSetubalense/ about/?ref=page_internal

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Os artigos assinados são da responsabilidade dos seus autores

SEXTA-FEIRA 20/12/2019

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O DIÁRIO DA REGIÃO DE SETÚBAL

MONTIJO

Condutor seguia no sentido Pegões-Infantado

Árvore cai sobre cabine de camião e mata motorista de 52 anos Mau tempo que ontem se fez sentir teve piores consequências na região, com o registo de uma vítima mortal.

Pesado de mercadorias ainda andou cerca de 400 metros após ter sido atingido por pinheiro de grande porte. Óbito foi declarado no local

O

mau tempo, causado pela depressão Elsa que varreu o País, provocou ontem uma vítima mortal na zona de Canha, concelho do Montijo, bem como vários danos materiais em diversos pontos do distrito sadino. Um mo-

torista, de 52 anos, que conduzia um camião de transporte de mercadorias, foi vítima da queda de uma árvore que atingiu a cabine do veículo pesado pouco antes das 16h00.

“FFomos alertados pelas 15h59. O mau tempo provocou a queda de uma árvore de grande porte, que se encontrava no lado oposto ao que circulava o camião. O pesado seguia no sentido Pegões-Infantado, ao quilómetro 83,3, logo a seguir às Taipadas, quando foi atingindo. A árvore, um pinheiro, caiu sobre a cabine do veículo pesado, que ainda andou cerca de 400 metros para a frente sem sair da sua faixa de rodagem”, disse a O SETUBALENSE Urbano Emídio, Comandante dos Bombeiros Voluntários de Canha.

A vítima acabaria por morrer no local. “O O homem, de 52 anos, estava em paragem cardiorrespiratória quando chegámos ao local. Tentámos vá-

rias manobras de reanimação até à chegada da VMER, mas sem sucesso. Quando a Viatura Médica de Emergência e Reanimação chegou, confirmou o óbito”, revelou o comandante da corporação de Canha, que fez deslocar para o local quatro viaturas e nove operacionais.

O acidente obrigou ao corte do trânsito automóvel “nnos dois sentidos da via”, adiantou o responsável, acrescentando que “ssó a partir das 18h20 é que foi retomada a circulação mas apenas numa das faixas de rodagem”. O corpo da vítima foi transportado para a morgue do Hospital do Barreiro.

Até ao final da tarde, a Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil já havia registado cerca de três mil ocorrências. Inundações, quedas de árvores, danos em habitações que provocaram desalojamentos, foram algumas das situações registadas. MRS

Barcos parados e camiões com lona e motos sem andar na 25 de Abril O mau tempo obrigou também à suspensão das ligações fluviais entre a Península de Setúbal e Lisboa durante a tarde de ontem. A Transtejo/Soflusa justificou o corte das carreiras “fface ao agravamento das condições at-

mosféricas”, por motivos de segurança. Recorde-se que a Transtejo assegura as ligações fluviais entre o Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão a Lisboa, enquanto a Soflusa garante a travessia entre o Barreiro e o Terreiro

do Paço (Lisboa).

Na Ponte 25 de Abril, a circulação de veículos pesados de mercadorias com lona e de ciclomotores foi interditada pelas 18h00. Já a circulação ferroviária fez-se de forma alLusa ternada.

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ESPECIAL NATAL

O DIÁRIO DA REGIÃO DE SETÚBAL

SEXTA-FEIRA 20/12/2019

SEXTA-FEIRA 20/12/2019

Comboio da Fertagus pode chegar até Praias do Sado

O

diploma que prorroga até Setembro de 2024 o prazo do contrato de concessão da travessia ferroviária do Tejo à Fertagus já foi publicado em suplemento do Diário da República. O documento foi aprovado pelo Conselho de Ministros a 12 de Dezembro e promulgado pelo Presidente da República na terça-feira. Ontem foi publicado.

O decreto-lei prorroga por quatro anos e nove meses, até 30 de Setembro de 2024, o prazo da concessão da exploração do serviço de transporte ferroviário de passageiros do eixo norte-sul da região de Lisboa à Fertagus e revê as bases da exploração do serviço.

São introduzidas alterações ao regime jurídico desta concessão, "dde modo a acomodar as alterações contratuais que asseguram a reposição do equilíbrio económico e financeiro, e a implementação do novo sistema tarifário da área metropolitana de Lisboa na concessão".

O Governo explicou que a decisão foi tomada "ppor forma a não gerar o aumento da despesa pública" e a manter "aa continuidade do serviço público prestado pela empresa".

Em nota do Conselho de Ministros de 12 de Dezembro, é salientado que este período, até ao final e Setembro de 2024, é o “m mínimo necessário à reposição do equilíbrio económico e financeiro da concessão".

No final de Novembro, o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, afirmou que uma nova concessão ferroviária sobre o Tejo implica que seja lançado um concurso, indicando que antes é preciso fazer o reequilíbrio financeiro da concessão à Fertagus.

“CComo foram impostas obrigações à empresa [Fertagus] que não estavam previstas no contrato inicial, precisamos de fazer o reequilíbrio financeiro. Isso pode implicar alguma extensão do prazo, mas o objetivo é, quanto à nova concessão, de lançarmos um concurso”, afirmou nessa altura em declarações aos jornalistas.

Segundo o diploma agora publicado, caso num determinado ano a Fertagus tenha proveitos no serviço ferroviário e no serviço complementar de transporte rodoviário superiores aos previstos no modelo financeiro anexo ao contrato de concessão, terá de entregar a diferença ao Estado.

Por outro lado, se os proveitos forem inferiores ao previsto, será o Estado a entregar essa diferença à empresa.

O diploma estabelece ainda que a Fertagus terá de proceder à actualização tarifária que vier a ser definida pela Área Metropolitana de Lisboa ou por outra autoridade de transportes competente, em cada ano civil, aplicando-se a todos os seus títulos.

Institui ainda que a concessão só pode ser resgatada a partir de 28 de Fevereiro de 2023, mediante comunicação escrita do concedente, que terá de pagar à empresa o valor financeiro correspondente ao período remanescente da concessão.

A concessão prevê a exploração pela Fertagus, “eem regime regular e contínuo”, do serviço de transporte ferroviário suburbano de passageiros no eixo ferroviário norte-sul, entre as estações de RomaAreeiro, Entrecampos, Sete Rios, Campolide, Pragal, Corroios, Foros de Amora, Fogueteiro, Coina, Penalva, Pinhal Novo, Venda do Alcaide, Palmela e Setúbal, e ainda do serviço complementar de transporte rodoviário.

“PPor acordo entre o concedente e o concessionário, pode ser alterado o ponto extremo do serviço concessionado, estendendo-se a concessão, na margem norte, até à Gare do Oriente, e/ou, na margem sul, até Praias do Sado”, acrescentou.

Por outro lado, foi acordado que a Fertagus "não tem direito a qualquer compensação pelos prejuízos resultantes de eventuais alterações verificadas no sistema de transportes da Área Metropolitana de Lisboa, designadamente a abertura de novas infraestruturas de travessia no rio Tejo ou o incremento ou modernização dos serviços do transporte público rodoviário ou do transporte fluvial para a travessia do rio Tejo".

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SETÚBAL

O DIÁRIO DA REGIÃO DE SETÚBAL

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REGIONAL

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SETÚBAL

Estrutura distrital do partido fala de uma maioria que “não respeita a população”

Iniciativa Liberal condena adiamento da compra de barcos para a Transtejo

SEXTA-FEIRA, 20/12/2019

ta-feira, os liberais condenam a suspensão da compra de novos navios para a travessia do Tejo. “O Os utentes do distrito de Setúbal não podem continuar à mercê dos humores de uma maioria que não

respeita a população”, afirma o partido, que defende “aa subconcessão da Soflusa e a abertura da travessia do Tejo a entidades privadas”. “AAcreditamos no mercado, com a abertura do transporte

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REGIONAL

O anunciado adiamento do concurso para aquisição de 10 novos barcos para a Transtejo mereceu reacção da estrutura de Setúbal do partido Iniciativa Liberal (IL). Em comunicado divulgado esta quar-

fluvial a novos agentes o preço das viagens diminui e a qualidade aumenta”, considera o IL, sublinhando que recusa “oo papel do Estado como único fornecedor de serviços de transporte”.

SETÚBAL Natal Solidário no Hospital São Bernardo

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Autarquia leva sorrisos e brinquedos a jovens e crianças

MONTIJO

Um voto em branco impediu unanimidade

Pedro Santos eleito na União Mutualista Dirigente recolheu 95 votos entre um total de... 96. Certificação de qualidade ISO 9001 atribuída a todas as valências e áreas da instituição

P

edro Santos, 46 anos, foi eleito, na passada terça-feira, presidente do Conselho de Administração da União Mutualista Nossa Senhora da Conceição do Montijo.

As eleições para o triénio 2020-2022 dos órgãos associativos decorreram nas instalações da farmácia da instituição, entre as 17h00 e as 20h00, registando a participação de 96 votantes.

O dirigente recém-eleito – que já havia assumido o cargo no decorrer do mandato que agora ficou para trás – encabeçou a única lista submetida a sufrágio e ficou a apenas um voto de recolher unanimidade, já que no universo de votantes só não contou com uma escolha (um voto

em branco).

Juntamente com Pedro Santos foram ainda eleitos Maria das Mercês Borges, presidente da Assembleia Geral, e António Manuel Fortunato, presidente do Conselho Fiscal.

Apesar de agradado com o resultado, o presidente da União Mutualista preferiu destacar que a instituição “cconseguiu obter no passado dia 12 a certificação de qualidade ISO 9001, atribuída pela Empresa Internacional de Certificação (EIC), para as sete valências e para as quatro áreas de suporte – recursos humanos, armazém, compras e transportes – que a associação apresenta”.

O responsável lembrou que esta “eera uma questão fulcral” para o Montepio, que, assim, passou a ser “aa primeira mutualista no País a ter todas as valências/áreas certificadas”.

A conquista, frisou, resulta de “uum esforço muito grande realizado no último ano e meio” de trabalho. A certificação, reforçou, “vem acrescentar um cuidado redobrado que garante o melhor serviço a clientes, associados e utentes”. Além disso,

deixa a instituição “m melhor preparada para o futuro”, uma vez que a administração que vier a suceder a actual “iirá encontrar uma missão muito mais facilitada ao nível da organização e do funcionamento”.

“EEstão de parabéns todos os trabalhadores, pois sem o seu envolvimento nada disto teria sido possível”, concluiu o responsável.

Continuar “aa estabilizar” a União Mutualista e “aa honrar o PER que foi feito há dois anos tendo em vista a regularização de um passivo na ordem dos 10 milhões de euros que a instituição então apresentava” são alguns dos principais objectivos para este novo mandato, conforme já havia garantido anteriormente Pedro Santos.

Para o próximo ano está também prevista a concretização da instalação da nova clínica da CUF, em parceria com a União Mutualista, que permitirá aos associados manterem todos os benefícios que actualmente usufruem.

A construção do equipamento deverá iniciar-se já no próximo mês, junto à rotunda das tertúlias, perto da Praça MRS de Toiros.

O serviço de pediatria do Hospital de Setúbal viveu momento mais alegres com a entrega de brinquedos. “São pequenos gestos que fazem grandes sorrisos”, comentou Dores Meira

O

s jovens e crianças que estavam em internamento no Hospital São Bernardo na manhã da passada quarta-feira, foram surpreendidos com presentes oferecidos pela Câmara de Setúbal.

Foram treze os que estavam no Hospital de Dia e dezoito os internados no Serviço de Pediatria.

Tratou-se da iniciativa Natal Solidário, dinamizada pela autarquia, que este ano tocou crianças a partir os 29 dias até jovens de 17 anos de idade.

Na sala lúdica daquele serviço, a animação para as crianças que estavam no Hospital de Dia chegou pela música de Jorge Nice, que interpretou um conjunto de temas infantojuvenis, e pela animadora Zingarela, que distribuiu balões moldados e pinturas faciais.

Tiago, de 8 anos, foi o primeiro a receber uma prenda do vereador com o pelouro da Saúde na autarquia, Ricardo Oliveira. Com 3 anos, David recebeu um carro telecomandado, Joana de 22 meses recebeu um peluche e o mesmo

aconteceu a outras crianças, e a distribuição de brinquedos continuou com a presença da presidente da Câmara de Setúbal, Maria das Dores Meira.

As ofertas, brinquedos diversos e artigos de puericultura, foram angariadas graças “aao apoio mecenático das farmácias da cidade” que se associaram ao município nesta iniciativa, “uum gesto que também agradece o empenho dos profissionais do Serviço Nacional de Saúde”, comentou o vereador Ricardo Oliveira.

“S São pequenos gestos que fazem grandes sorrisos”, afirmou a autarca sobre a iniciativa do município que, ano após ano, mais do que presentes, “ppartilha afectos, carinho, alegria e esperança” com aqueles que, por motivos de saúde, se vêem obrigados a passar esta quadra festiva em meio hospitalar.

Na visita, com acompanhamento, entre outros, da directora do Serviço de Pediatria, Isabel Raminhos, e do presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar de Setúbal, Manuel Roque, nem todas as crianças puderam conviver com os autarcas por se encontrarem em isolamento.

Ao Serviço de Pediatria do Hospital São Bernardo, a iniciativa Natal Solidária promovida pela Câmara Municipal de Setúbal levou uma nova cadeira articulada, uma resposta directa, destacou a presidente da autarquia, “aa uma das necessidades deste serviço do Hospital de São Bernardo”.

SEXTA-FEIRA 20/12/2019

REGIONAL

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FOTOS: DIREITOS RESERVADOS

O DIĂ RIO DA REGIĂƒO DE SETĂšBAL

SETÚBAL 6ª Edição do Concurso de Vinhos do CrÊdito Agrícola

Vinhos da região arrecadam seis medalhas Depois de avaliar vinhos oriundos das principais regiþes vitivinícolas do país o Júri decidiu premiar os produtores locais de Setúbal pela qualidade dos seus vinhos com atribuição do prestigiado galardão Tambuladeira de Ouro

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EDITAL 1ž

VeriďŹ cação periĂłdica de instrumentos de Mediação

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A Câmara Municipal de Montijo _______ )D] VDEHU TXH DV ¿ UPDV TXH XWLOL]HP LQVWUXPHQWRV GH PHGLomR QR H[HUFtFLR GH FRPpUFLR H LQG~VWULD GHYHP SURPRYHU j YHUL¿ FDomR SHULyGLFD GRV LQVWUXPHQWRV GH GH -DQHLUR D GH 1RYHPEUR GH FDGD DQR SDUD R TXH D R¿ FLQD GRV VHUYLoRV GH DIHULomR VH HQFRQWUD DEHUWD jVBBBBBBBBBB 4XLQWDVBBBBBBBBBBBBB IHLUDV GXUDQWH DTXHOH SHUtRGR $ YHULILFDomR SHULyGLFD SDVVDUi D VHU UHTXHULGD HP LPSUHVVR SUySULR Vy QRV VHJXLQWHV FDVRV H[FHSFLRQDLV

A

iniciativa do Grupo CrÊdito Agrícola, em parceria com a Associação dos Escançþes de Portugal, pretende apoiar o sector vitivinícola e o desenvolvimento das economias locais, especialmente as Cooperativas e os Produtores, promovendo e colocando à prova a qualidade dos vinhos nacionais.

A cerimónia de entrega de prÊmios do 6º Concurso de Vinhos CrÊdito Agrícola decorreu na Casa do Douro, Peso da RÊgua. Contou com a presença de Licínio Pina, Presidente do CrÊdito Agrícola, JosÊ Manuel Gonçalves, Presidente da Câmara Municipal do Peso da RÊgua, e Manuel Cardoso, Vice-Presidente do Instituto da Vinha e do Vinho, entidade que, desde a primeira edição, certifica o Concurso. Marcaram ainda presença cerca de duas centenas de convidados entre produtores, representantes de cooperativas, enólogos, escançþes e responsåveis do CrÊdito Agrícola de todo o país.

Dos 244 vinhos brancos, tintos e espumantes colocados à prova por 145 produtores nacionais das vårias regiþes vitivinícolas do país, o júri distinguiu, durante as provas cegas realizadas no AUDIR – Auditório Municipal de Peso da RÊgua, 76 vinhos com a Tambuladeira dos Escançþes de Portugal, 3 com a Grande Medalha de Ouro, 35 com medalhas de ouro e 38 com medalhas de prata. Entre o painel de Júri, destaque para Andres Rosberg, escanção argentino e actual Presidente da ASI – Association de La Sommellerie Internationale.

Nesta 6.ª edição foram distinguidos vinhos oriundos das regiþes vitivinícolas dos Vinhos Verdes (3 medalhas), Douro (13 medalhas), Beiras (3 medalhas), Dão (5 medalhas), Bairrada (3 medalhas), Tejo (9 medalhas), Lisboa (12 medalhas), Península de Setúbal (6 medalhas), Alentejo (18 medalhas) e Algarve (4 medalhas).

A Caixa de CrĂŠdito AgrĂ­cola

Mútuo de Entre Tejo e Sado regista com particular regozijo a atribuição do prÊmio de Tambuladeira de Ouro aos vinhos da Península de Setúbal produzidos pelos seus parceiros Casa Ermelinda Freitas, Casa Agrícola Assis Lobo, Adega Cooperativa de Palmela e Cooperativa Agrícola Sto. Isidro de Pegþes, cujos medalhados foram os seguintes: A lista de vinhos da Península de Setúbal premiados Ê a seguinte: Adega de Pegþes Grande Reserva Vinho Regional Península Setúbal Tinto 2016; Cooperativa Agrícola Sto. Isidro de Pegþes; Dona Ermelinda Reserva DOC Palmela Branco 2018/Casa Ermelinda Freitas – Vinho; Lobo Mau Reserva DO Palmela Tinto 2013/Casa Agrícola Assis Lobo; Quinta da Mimosa DOC Palmela Tinto 2016 /Casa Ermelinda Freitas – Vinhos e Villa Palma Reserva DOC Palmela Branco 2016/Adega Cooperativa de Palmela. Os restantes vinhos premiados estão acessíveis no sítio www.creditoagricola.pt

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Os utilizadores deverão conservar os instrumentos de medição em bom estado de funcionamento e manter os documentos comprovativos do controlo metrológico junto dos respectivos instrumentos.

Pela veriďŹ cação periĂłdica sĂŁo devidas taxas, qualquer que seja a entidade interessada, pĂşblica ou privada, pagas contra recibo.

Todos os utilizadores cujos instrumentos nĂŁo forem submetidos a veriďŹ cação periĂłdica incorrem em contra-ordenaçþes que, mediante auto de notĂ­cia levantado pelo serviço competente estarĂŁo sujeitos Ă coima de â‚Ź 49,88 e o mĂĄximo de â‚Ź 1.496,39 quando a contra-ordenação for praticada por pessoa singbular e de â‚Ź 498,80 a â‚Ź 14.964,00 quando praticada por pessoa colectiva e podendo aqueles ser apreendidos e perdidos a favor do Estado.

Para que ninguĂŠm possa alegar ignorância, se publica o presente edital e idĂŞnticos, que vĂŁo ser aďŹ xados nos lugares mais pĂşblicos do Concelho.

E eu, Nuno Filipe Alves Garrete chefe de Divisão da Câmara Municipal, o subscrevi.

Paço do Concelho de Montijo, 11 de Dezembro de 2019 N. B. - Conforme o disposto na Portaria n.Âş 100/86 a veriďŹ cação de pesos ĂŠ obrigatoriamente efectuada na oďŹ cina de aferição deste concelho.

O Presidente

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ESPECIAL NATAL

O DIÁRIO DA REGIÃO DE SETÚBAL

SEXTA-FEIRA 20/12/2019

SEXTA-FEIRA 20/12/2019

INÊS DE MEDEIROS

ENTREVISTA

O DIÁRIO DA REGIÃO DE SETÚBAL

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Presidente da Câmara Municipal de Almada

“O grande desafio tem sido dar mais transparência à gestão da Câmara”

“

A aquisição de novas viaturas para o serviço de Higiene e Limpeza é um dos grandes investimentos que Inês de Medeiros destaca.

A autarca realça também a requalificação de trabalhadores e a melhoria no atendimento ao cidadão POR HUMBERTO LAMEIRAS FOTO ALEX GASPAR

E

m dois anos de mandato a socialista presidente da Câmara de Almada diz já ter detectado vários casos em que o trabalho da CDU, que geriu a autarquia durante 41 anos, não estava adequado a um concelho de grande pressão urbanística e exigência de território. Diz ter encontrado uma rede informática quase autista, verificou existirem fa-

lhas nos procedimentos para a entrega de apoios financeiros a instituições do concelho e outros problemas como falta de critérios para a entrega de habitações.

Inês de Medeiros fala do trabalho quase invisível de alguns trabalhadores para dotarem a Câmara das ferramentas necessárias para acabar com um sistema que se foi anquilosando.

Diz que faz um balanço positivo destes primeiros dois anos de mandato. Refere-se a sectores específicos ou ao funcionamento global da Câmara de Almada?

Refiro-me ao balanço global e relativo à articulação de todas as áreas.

Neste conjunto englobo sectores onde está a ser feito um trabalho que, diria, menos visível mas muito importante, na preparação e consolidação de instrumentos essenciais para darmos o salto de mudança. É o caso da habitação onde os profissionais da autarquia fizeram um trabalho extraordinário no levantamento do estado da habitação municipal – não tinha sido feito –, em criar o regulamento de atribuição de casas – que não existia -, e também preparar a estratégia municipal de habitação – onde nada estava feito.

Depois do trabalho dessa equipe, temos os instrumentos necessários para apresentar candidaturas à reabilitação e realojamentos, através do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana [IHRU].

Praticamente invisível foi também o trabalho na área dos apoios financeiros; que estava completamente fora de normas. Não só conseguimos regularizar este sistema, como criar uma periodicidade e ainda melhorar os funcionamentos; tudo isto sem nunca a Câmara deixar de atribuir apoios e, ao mesmo tempo, obrigando as instituições a cumprirem com os seus deveres.

Disse que antes do seu mandato não existiam regras para a atribuição de apoios financeiros. Que situações detectou?

Para além de instaurar medidas para cumprir a lei, foi necessário resolver problemas de funcionamento dos serviços

Não existiam critérios muito definidos, por isso instaurámos métodos de avaliação. Detectámos uma situação complicada na atribuição de apoios financeiros pelo mandato anterior [CDU}. Ou seja, tinha sido aprovado pela Câmara uma espécie de norma em que as colectividades deixavam de ser obrigadas a entregar os comprovativos dos apoios que recebiam, só tinham de os guardar em caso de auditoria. Isso levantou-nos dúvidas sobre a legalidade do processo, estamos a falar de dinheiro público.

Esta decisão deixou algumas colectividades em situação complicada, porque atirou-se para cima delas o cumprimento da lei, é a Câmara

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ENTREVISTA

que tem obrigação de fiscalizar.

Nesse sentido, quando chegámos verificámos que alguns beneficiários de apoios não tinham entregado os comprovativos e, por lei, estavam inibidos de poder receber mais apoios financeiros.

Diz que que Câmara tem um novo modelo de funcionamento. Que métodos têm sido aplicados para diferenciar o mandato socialista quanto ao dos 41 anos de gestão da CDU? Para além de instaurar medidas para cumprir a lei, foi necessário resolver problemas de funcionamento dos serviços, coisas como existirem várias plataformas informáticas que não falavam entre si. Tivemos que reorganizar sem que a actividade da Câmara parasse, e estamos a conseguir fazê-lo.

As instituições, quando não há mudança, acabam por enquistar-se nas formas de funcionamento. De alguma forma fecharem-se sobre si próprias e, aos poucos, a curiosidade vai-se esmorecendo. Houve uma Almada que foi ultra-inovadora, mas foi ficando para trás. Exemplo disso é o site da Câmara Municipal de Almada que recebeu o prémio de inovação em 1993, mas desde então não mudou, foi-se anquilosando.

Por isso vamos renová-lo.

Diria que a Wemob, ex-ECALMA, é também um dos exemplos do novo paradigma?

Sim! A ECALMA tinha uma função quase exclusivamente fiscalizadora, enquanto a Wemob, para além de ter essa função de impor regulação no estacionamento em Almada, é também uma empresa com meios para criar mais parques de estacionamento e melhorar o espaço público. Outro caso é na gestão do Flexibus, agora no seu domínio, onde pode aumentar a oferta de transporte público, não em concorrência com os que existem, mas criar outra opção de transporte.

Quanto à Costa da Caparica em que, com a transferência de competências do Governo a Câmara passou a gerir todos os parques de estacionamento da zona Sul, a Wemob vai fazer grandes investimentos nesses espaços, em articulação com os operadores, quer passam a ser geridos em conjunto.

Entretanto, foi feito um estudo sobre a pressão automóvel no concelho para termos uma noção global das necessidades existentes, e temos vindo a criar soluções tanto ao nível de circulação viária como de estacionamento.

Que outras decisões do executivo considera emblemáticas?

Uma foi o grande investimento em equipamento para a limpeza urbana. A frota que existia estava obso-

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Estamos à volta de 60% de execução.

Também encontrámos situações que não esperávamos e tivemos de dar resposta

leta e os trabalhadores não tinham boas condições de execução, por isso foram adquiridas dez viaturas de recolha de resíduos, sete viaturas pesadas de mercadorias, dois tractores agrícolas para limpeza de praias e desmatação de terrenos e uma máquina de praia para limpar o areal.

Foi ainda reforçado o efectivo com 64 novos assistentes operacionais e avançámos com a formação de 13 novos motoristas de recolha de resíduos.

Outra das decisões foi o programa Qualifica para a formação profissional de trabalhadores, numa parceria com a Escola Cacilhas-Tejo, em que as aulas são dadas nas instalações da Câmara para garantir melhor articulação entre o tempo laboral e o de estudo; um programa que está a ter grande adesão.

Também desbloqueámos a mobilidade intercarreiras atendendo ao legítimo anseio de mais de uma centena de pessoas em serem recolocadas no quadro, atendo às suas qualificações académicas que fo-

ram adquirindo.

Destaco ainda os investimentos na área da Protecção Civil. Entre o muito que foi feito em planos de acção e segurança, estamos a lan-

çar os projectos de novas instalações para este serviço, para além de uma central única para as nossas três corporações de bombeiros. De registar também que foram

criadas três equipas de intervenção permanente.

Outro sector em que considerámos importante agir foi no bem-estar animal. Para além da colocação de

Costa da Caparica prepara-se para atrair turistas todo o ano Alinhada na frente atlântica do concelho de Almada, a cidade da Costa da Caparica recebe mais de oito milhões de visitantes na época balnear. Mas no inverno, apesar do muito que proporciona em desportos de mar, pouco turismo consegue captar. Resolver esta ‘falência’ em tempo frio é uma das preocupações dos autarcas da freguesia. Inês de Medeiros afirma estar atenta e já ter um plano de acção.

A Câmara de Almada está a pro-

videnciar a criação de um gabinete para a gestão do litoral atlântico do concelho. Trata-se do programa “Costa todo o ano”, e envolve todo o território do concelho. Para Inês de Medeiros é preciso “aaumentar a oferta hoteleira em todo o município” para sustentar a criação de diversas actividades no território e, por sinergia, chamar turistas à Costa da Caparica em qualquer altura do ano.

Para uma política de turismo “P sustentada, temos de ter progra-

mas que acompanhem esse sector.

Não chega criar eventos, é preciso uma boa articulação entre infraestruturas”, diz Inês de Medeiros. É aqui que a presidente da Câmara de Almada não dispensa a Operação de Reabilitação Urbana para a Costa da Caparica, neste momento em adiantada fase de estudo, que além de dar nova cara ao edificado, pretende criar zonas de atracção cultural, e uma delas incide nos alvéolos dos pescadores.

Avança a presidente que estes abrigos de apetrechos de pesca vão ser requalificados para serem também um museu vivo da Arte Será criado um espaço Xávega. “S turístico onde os pescadores da Costa da Caparica poderão vender produtos tradicionais [não peixe].

Será ainda criado um percurso da Xávega deste a Costa da Caparica à Fonte da Telha”. Para a autarca este é “uum bom exemplo sobre projectos estruturantes que actuam em diversas áreas”.

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Como é possível a Câmara de Almada não estar totalmente envolvida em toda a preparação do projecto Cidade da Água?

Jáá reabilitámos á nove escolas. A programação para a nossa rede de estabelecimentos escolares é um trabalho continuado, posso dizer que vamos lançar já a extensão da Escola Carlos Gargaté, [na Charneca da Caparica] para incluir o ensino secundário. Entretanto, fizemos o levantamento das necessidades nas escolas da responsabilidade do Estado no concelho, e vamos apresentá-lo ao Governo.

abrigos para colónias de gatos, criámos a provedoria do animal que faz a ligação entre a Câmara Municipal e as associações de animais. É um serviço com autonomia e capacidade para articular campanhas.

Quantos espaços do cidadão foram instalados?

Foram criados cinco espaços do cidadão, um em cada freguesia, ou união. Na Freguesia da Costa da Caparica está junto ao Mercado Municipal, na União de Freguesias da Caparica e Trafaria fica na Biblioteca Municipal Maria Lamas, na União de Freguesias Charneca de Caparica e Sobreda é no Solar dos Zagallos, na União de Freguesias Laranjeiro e Feijó está na loja 8 do Mercado Municipal e na União de Freguesias Almada, Cova da Piedade, Pragal e Cacilhas fica no centro da cidade junto à Oficina da Cultura.

E quanto aos estabelecimentos de ensino na alçada da autarquia, o que foi feito?

ENTREVISTA

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Do programa eleitoral autárquico que apresentou aos almadenses, qual o actual índice de execução?

Estamos à volta de 60% de execução. Também encontramos situações que não esperávamos e tivemos de dar resposta. O grande desafio tem sido mudar, organizar, tornar mais eficiente e dar mais transparência à gestão da Câmara; e ao mesmo tempo, não parar.

Por exemplo, só posso estar contente pela capacidade que tivemos para pôr pequenas obras viárias no terreno, sendo que todas partiram de um estudo sobre a rede de estradas para detectar quais as vias onde o trânsito estava mais bloqueado, ou havia mais questões de segurança. Para além estarmos a dar mais fluidez à circulação de trânsito, estamos também a zelar pelo ambiente, porque o ‘pára-arranca’ gera grande poluição.

Para além destas obras, fizemos muitas outras mais pequenas em espaço público, como recuperação de muretes e jardins; coisas que, por vezes de pequena execução, mas essenciais para as pessoas.

O problema é que antes de deste executivo chegar à Câmara não havia grande preocupação com a manutenção do espaço público, e muito no caso do edificado.

Almada tem sido apontada pela nova política de habitação para famílias vulneráveis. O que está concretamente a ser feito?

Fizemos um protocolo com o IHRU, em que o instituto vai construir 3 500 fogos para rendas acessíveis, por outro lado, há um sistema de candidaturas que vão começar a entrar no instituto para reabilitação e realojamento. Por fim, vamos ter de pensar em construção para habitação social. O ideal é fazer coexistir a habitação social, a de renda acessível e ter mercado normal a funcionar; isto é o ideal para o bom funcionamento de uma cidade e evitar guetos.

Mas para uma cidade equilibrada é preciso criar novos regulamentos e…, até aqui a Câmara não tinha sequer uma clara divisão de habitação. Reforçar este departamento é um dos nossos maiores desafios.

Veja-se o Plano de Realojamento (PER), em Almada só foi cumprido a 60%, e tem mais de 20 anos, as habitações no âmbito deste programa já necessitam de intervenções muito urgentes porque ao longo destas duas décadas nada foi feito. Não digo que nos próximos quatro anos vamos conseguir resolver todo o problema da habitação no concelho, mas estamos a fazer um esforço colossal, estes dois primeiros anos foi para criar os instrumentos necessários, e legais, para que todo o trabalho nesta área entre num ritmo sustentável.

Num nível habitacional claramente diferente, em que ponto está a requalificação do Cais do Ginjal?

Quando chegámos à Câmara estava a decorrer a consulta pública do plano de pormenor do Ginjal, foi necessário incorporar os contributos e agora está pronto para ser aprovado, o que vai acontecer em conjunto com o contrato urbanístico a ser negociado com o promotor, a AFA, que tem à sua responsabilidade esse plano pormenor. Tenho esperança que no início do próximo ano o promotor comece a fazer obra.

Já a ouvimos criticar o Governo por o projecto Cidade da Água, nos terrenos da antiga Lisnave, estar no “segredo dos deuses”. O que quer dizer com essa afirmação? É algo que nos preocupa muito.

Como é possível a Câmara de Almada não estar totalmente envolvida em toda a preparação deste projecto, até para dar segurança aos investidores? Temos estado à espera; chegou a falar-se em criar um grupo de trabalho, mas nunca tivemos resposta sobre o mesmo.

Estamos a falar do maior empreendimento do país nos próximos 20 anos, este é um projecto fulcral para Área Metropolitana do Tejo, portanto não percebemos este silêncio, quer da Baia do Tejo quer do Ministério das Finanças. Por isso estamos bastante preocupados.

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“Todos os vereadores eleitos devem trabalhar, por isso ofereci pelouros a todas as forças políticas” Durante 41 anos a Câmara de Almada viveu em gestão comunista. Nas autárquicas de 2017 o PS venceu mas com maioria muito relativa. Com quatro eleitos socialistas e outros tantos pela coligação PCP-PEV, Inês de Medeiros teve de captar o apoio dos dois eleitos pelo PSD, uma vez que a eleita pelo Bloco não alinhou em coligação pós-eleitoral.

A partilha da governação da Câmara com o PSD foi uma oportunidade política ou revelou-se uma boa solução de gestão”?

Sou muito crítica sobre a lei eleitoral para as autarquias. É um modelo que está obsoleto, mas o Governo retirou essa revisão do seu programa. Quando falamos em descentralização de competências, falamos em regionalização e o que é preciso é criar mais e melhor democracia que dê aos eleitos os instrumentos necessários para desempenharem a sua função.

Se temos vereadores eleitos, então todos devem trabalhar, por isso, há dois anos ofereci pelouros a todas as forças políticas, só o PSD é que aceitou. E, por enquanto, a colaboração tem sido boa no sentido da lealdade a que nos devemos enquanto partilha de uma governação em Almada.

Tenho pena de, por vezes, não poder contar mais com os vereadores da CDU e da vereadora do Bloco de Esquerda, porque para mim a figura de vereador não executivo não faz sentido; seis vereadores com funções, não é demais para todo o trabalho que há a fazer. Mas a situação é a que é. Hoje, voltaria a propor a todas as forças políticas eleitas cargos de vereação, e será assim se daqui a dois anos isso se proporcionar.

Quando diz que “os vereadores não executivos são desafiantes para a nova exigência” da Câmara, é ironia?

Não, não há ironia alguma. A única função de um vereador

não executivo é pôr a Câmara em causa, isto é desafiar. O que eu acho estranho é esta fiscalização dentro do executivo camarário, eu sou adepta de um reforço muito substancial dos poderes das assembleias municipais, ou seja, tal como funciona a Assembleia da República que, para além de outras competências, é o órgão fiscalizador do governo. Sou a favor do modelo governo da cidade.

“

O poder político não deve ser o início e o fim de tudo, porque isso abre portas a coisas que ninguém gosta

Como não é esse o modelo vigente nos municípios, então o papel dos vereadores não executivos é o de fiscalizar a acção da câmara. Poderiam propor, têm toda a liberdade para o fazer, mas não tem acontecido.

Da vereadora do Bloco de Esquerda têm vindo algumas propostas, da parte da CDU, não.

O poder político não deve ser o início e o fim de tudo, porque isso abre portas a coisas que ninguém gosta. É verdade que em Almada a Câmara era o Alfa e Omega de tudo, a minha sensibilidade de esquerda diz-me que esse não é bom caminho. A Câmara está aqui para apoiar, para ajudar e para fortalecer as estruturas locais no total e estrito respeito pela independência destas.

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LOCAL

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MONTIJO

No âmbito da acção 'Natal Solidário'

Raporal brinda 10 instituições com produtos alimentares FOTOS: DIREITOS RESERVADOS

DIREITOS RESERVADOS

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SARILHOS GRANDES

Com casa cheia

AMUT comemora 121 anos Laços entre as autarquias locais e a associação estão mais fortalecidos, admitiu o presidente da direcção

A

Academia Musical União e Trabalho de Sarilhos Grandes (AMUT) assinalou, na passada quarta-feira à noite, 121 anos de existência numa cerimónia marcada pelo concerto da banda e pelos discursos oficiais da praxe, perante uma plateia lotada.

A tónica comum nas intervenções foi “oo papel preponderante” que a

MONTIJO

AMUT tem “nna promoção da música e da cultura junto da comunidade”, revela a Câmara Municipal do Montijo, em nota de Imprensa, sublinhando ao mesmo tempo algumas das passagens dos discursos de Fernando Machado, presidente da Junta de Sarilhos, Nuno Canta, presidente do município montijense, e Carlos Alcaide, que preside à direcção da colectividade.

“AA AMUT é um pilar da nossa cultura... funcionando como elemento aglutinador de vontades da comunidade, mantendo vivo o nosso movimento associativo”, disse o autarca de Sarilhos Grandes.

O presidente da Câmara também destacou a acção da associação que “eengrandece o Montijo”, distin-

guindo o contributo de “m músicos, maestro, dirigentes e associados” na construção diária da colectividade. O município ofertou à AMUT “uum clarinete, novas estantes para pautas e os fardamentos da Banda Académica” da instituição.

Já Carlos Alcaide admitiu o actual “ffortalecimento da relação com a Câmara e com a junta” e lembrou: “S Somos uma instituição de referência no concelho, apostando num ensino musical de excelência, assente no empenho e motivação dos nossos alunos e músicos”.

Após as intervenções teve lugar o concerto da Banda da AMUT, que mereceu forte aplauso de todos os presentes que encheram o salão da associação.

Nuno Penedo conquista a prata

O

s atletas Rui Alves e Nuno Penedo, em representação da Associação Kenshin Ryu Jujutsu do Montijo, sagraram-se, respectivamente, campeão e vicecampeão nacional de Newaza no passado dia 14 no pavilhão municipal de Santarém.

Rui Alves conquistou o título no escalão de sub-21, na categoria 56 Kg, ao vencer os dois combates disputados na prova organizada pela Federação de Ju-Jitsul e Disciplinas Associadas. O novo campeão nacional bateu os seus opositores por submissão.

Já Nuno Penedo conseguiu, no escalão de sub-16, na categoria inferior a 55 Kg, subiu ao segundo lugar do pódio, fruto de dois triunfos e de uma derrota nos combates realizados.

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Rui Alves sagra-se campeão nacional de Newaza

Empresa promoveu a iniciativa de solidariedade social pelo quinto ano consecutivo

D

ez instituições do concelho do Montijo receberam, no passado dia 13, a doação de produtos da marca STEC ofertados pela Raporal, no âmbito da iniciativa “Natal Solidário” que a empresa promoveu pelo quinto ano consecutivo. A sede da Junta de Montijo/Afonsoeiro serviu de palco à cerimónia de entrega de vouchers simbólicos às entidades contempladas.

Segundo Cristina de Sousa, presidente do Conselho de Administração da Raporal, citada em nota de Imprensa do município montijense, a acção de solidariedade é realizada com “eenorme prazer”, porém o desejo na empresa ligada ao sector da transformação de carnes era outro, mais nobre. “P Preferíamos não estar aqui neste momento, era sinal que as pessoas não precisavam”, revelou a responsável, adiantando: “C Como assim não é, dentro das nossas possibilidades, fazemos esta entrega com enorme prazer e sentido de responsabilidade perante a nossa comunidade.”

A iniciativa colheu os elogios do presidente da Câmara Municipal, Nuno Canta, e do presidente da Junta da União das Freguesias de Montijo e Afonsoeiro, Fernando Caria, que marcaram presença na cerimónia. Os autarcas, salienta o município na mesma nota, realçaram “oo exemplo empresarial e de responsabilidade social” dado pela Raporal com a promoção da iniciativa, que veio permitir um Natal mais confortável às instituições beneficiadas e a várias famílias.

Foram contempladas e as seguintes instituições: Santa Casa da Misericórdia de Montijo, Centro Social de S. Pedro do Afonsoeiro, Associação Caminho do Bem Fazer, Associação Pontes de Afecto, Centro Paroquial e Acção Social Padre Manuel Gonçalves do Montijo, Grupo Sócio Caritativo N. Sra. da Conceição do Afonsoeiro, Centro de Convívio dos Reformados, Pensionistas e Idosos do Montijo, Comissão Social da Freguesia de Sarilhos Grandes, Comissão Social da Freguesia de Alto Estanqueiro-Jardia e Cáritas Paroquial Nossa Senhora da Atalaia.

A cerimónia foi ainda abrilhantada com a actuação do Grupo Contratempo da Escola de Artes Sinfonias & Eventos.

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O DIĂ RIO DA REGIĂƒO DE SETĂšBAL

ANTĂ“NIO CALADO

JOSÉ GREGÓRIO DA SILVA

NATĂ LIA MARIA DA CUNHA

ANTÓNIO DA SILVA GONÇALVES

(1927 – 2019)

(1937 – 2019)

(1942 – 2019)

(1936 – 2019)

Participação e Agradecimento

Participação e Agradecimento

Participação e Agradecimento

Participação e Agradecimento

A funerĂĄria Armindo lamenta informar o falecimento de AntĂłnio Calado. A famĂ­lia, sua esposa, filhos e netos vĂŞm por esta via agradecer a todas as pessoas que se dignaram a acompanhar o funeral ou que, de qualquer outra forma, manifestaram as suas condolĂŞncias.

A funerĂĄria Armindo lamenta informar o falecimento de JosĂŠ GregĂłrio da Silva. A famĂ­lia vem por esta via agradecer a todas as pessoas que se dignaram a acompanhar o funeral ou que, de qualquer outra forma, manifestaram as suas condolĂŞncias.

JOSÉ MANUEL JOSÉ SILVA SILVA

A funerĂĄria Armindo lamenta informar o falecimento de NatĂĄlia Maria da Cunha. A famĂ­lia vem por esta via agradecer a todas as pessoas que se dignaram a acompanhar o funeral ou que, de qualquer outra forma, manifestaram as suas condolĂŞncias.

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Farmåcia Portugal DIRECTOR TÉCNICO Fernando Gamito Rodrigues Av. Jaime Cortesão, 77-B Tel. 265 539 060 • Setúbal Horårio: 09h00 - 13h00; 14h00 - 20h00 Såbado: 09h00 - 13h00

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Rua dos Comediantes nÂş 9A - SetĂşbal TELF. 265 531 400 - FAX: 265 531 401 Dr. Arnaldo Fernandes - Cardiologista (Director TĂŠcnico) Dr. Agostinho Borges - Cardiologista PediĂĄtrico/ crianças DrÂŞ. Leonor Parreira - Cardiologista/ Arritmologista DrÂŞ. Sara Gonçalves - Cardiologista Dr. DelďŹ m Lopes - Neurologista DrÂŞ. Ivone Fernandes - Pneumologista/ doenças pulmonares Dr. VĂ­ctor Fonseca - Pneumologista/ doenças pulmonares Dr. Hugo Pereira - ClĂ­nica Geral DrÂŞ. Helena ClĂĄudio - Acupuntura - AnĂĄlises ClĂ­nicas -

LABORAT RIO LABORATĂ“RIO DE AN`LISES ANĂ LISES CLĂ&#x;NICAS CLĂ?NICAS '5$ 0$5,$ ),/20(1$ /23(6 3(5',*­2 '5 $/)5('2 3(5',*­2 +RUiULR Â? D Â? IHLUD K 6iEDGR K 5XD -RUJH GH 6RXVD _ 6HW~EDO ZZZ SUHFLODE SW _ WHO WHOP _ )D[

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A funeråria Armindo lamenta informar o falecimento de António da Silva Gonçalves. A família vem por esta via agradecer a todas as pessoas que se dignaram a acompanhar o funeral ou que, de qualquer outra forma, manifestaram as suas condolências.

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HISTÓRIA. Cem anos de história separam estas imagens, que mostram a primeira Banda da Sociedade Filarmónica Progresso e Labor Samouquense e a actual

Filarmónica Progresso e Labor Samouquense

UM SÉCULO, UMA BANDA, UMA SOCIEDADE Uma história centenária feita de fibra, talento, coragem, resistência e muita arte

POR MÁRIO RUI SOBRAL FOTOS PEDRO BATALHA

A

farda é azul, mas antes foi castanha e recuando aos primórdios ficava-se apenas pelo boné.

Entre a manhã daquela segundafeira carregada de nevoeiro, em que os músicos debutaram em desfile pelas ruas da povoação, e os chuviscos tímidos que abençoaram a matina do passado dia 1, domingo, na agora vila, passaram cem anos de vida da Banda e da Sociedade Filarmónica Progresso e Labor Samouquense.

Na génese da Sociedade – designação como é conhecida localmente a instituição, que ganhou estatuto de utilidade pública em 1989 – está a criação da sua filarmónica.

“AA banda surge com a Sociedade e a Sociedade surge com a banda”, diz Dário Moura, 30 anos, que preside à direcção da colectividade desde 2014. “S Saiu à rua pela primeira vez no 1.º de Dezembro de 1919, com instrumentos em segunda mão e da farda os músicos apenas tinham o boné. Cada um saiu com a sua indumentária. Só dois anos depois conseguiram ter casacos iguais para to-

dos. Isto mostra-nos um pouco daquilo que eram as dificuldades na época e o que era a força de vontade das nossas gentes para que se conseguisse formar esta casa”, adianta o responsável, sem esquecer que o historial – levantado e apresentado por José António Pinheirinho na sessão solene de aniversário (ver caixa pág. 26) – começou a ser escrito no 45 e no 46 da Praça José Coelho, onde a Sociedade nasceu e ainda hoje se mantém.

Os ensaios começaram a funcionar “O num barracão de um dos sócios-fundadores que, depois de várias obras, se tornou no edifício que hoje conhecemos como sede velha, sempre arrendado à colectividade”, aponta, revelando o peso que a instituição foi ganhando, assumindo também um papel de coesão social. “AAli se fizeram bailes, serviço de bar, ali apareceu a primeira televisão no Samouco, onde as pessoas se juntavam para assistir às emissões, ali se fez sala de ensaios da banda, ali se subiu a sede para um primeiro andar com o aproveitamento do sótão, para sala de ensaios e sala da direcção.

Hoje em dia, com essas obras reali-

zadas nos anos de 1980, temos ali uma sede polivalente, com bar no rés-do-chão, sala de ensaios, que era para a banda e actualmente é para ensaios do Grupo Coral, e uma sala para a escola de música.”

Sede nova com história antiga O bar da sede velha – concessionado a Etelvina Matias (exemplo de simpatia e solidariedade...) – serviu de ponto de encontro para a conversa com Dário Moura, em vésperas de mais um aniversário (o do centenário), que se celebra no mesmo dia em que se comemora a Restauração de Portugal. Do rés-dochão decorado por antigos instrumentos no branco das paredes e por um número apreciável de troféus alusivos a vários capítulos de um trajecto meritório exibido numa vitrina lateral ao fundo da sala, a viagem pela vida da Sociedade transferiu-se para a sede nova.

Localizada na rua que recebeu o nome do “ssaudoso e eterno” Maestro Francisco Domingos Taneco – um dos maiores trompetistas da Europa, que assegurou a batuta no ressurgi-

mento da banda –, a sede nova fazse anunciar a alguma distância, quer pela imponência do edifício quer pela inscrição das iniciais da colectividade (SFPLS) na calçada do passeio que beija a porta principal.

“AA sede nova nasceu numa parte de um terreno doado à Sociedade por José Coelho, que foi um benemérito do Samouco e presidente da Junta. Foi construída nos anos de 1960 e beneficiou de obras de remodelação e ampliação em 2002, concluídas em 2004”, conta, circundado pelo espólio que transpira a nobreza da história da instituição ou não se estivesse agora em pleno museu no piso superior da nova sede.

Um apelido, dois maestros Surge uma primeira pausa que propicia uma reflexão. O nome diz tudo.

Estamos a falar da Sociedade, instituição, que no último século ajudou a moldar uma outra sociedade, a civil, numa freguesia que não chega ainda a uma mão cheia de milhares de habitantes e que foi elevada à categoria de vila a 28 de Janeiro de 2005, conforme publicado em Diário

da República – embora os eleitos locais tenham adoptado 9 de Dezembro como data comemorativa. Mas o ADN da Sociedade é a Banda e a conversa volta a resvalar, inevitavelmente, para a filarmónica, até porque nem tudo foi um mar de rosas. Houve tempos difíceis, de angústia até – “aa Banda teve um período de 13 anos de inactividade”, abrevia Dário Moura –, mas que acabaram por ser ultrapassados com determinação, tenacidade, coragem, competência e boa dose de filantropia, como aconteceu aquando da sua fundação.

“O O ressurgimento da Banda deuse em 1971. No princípio de 1970 havia o sentimento forte de muita gente nesse sentido... Samouco tinha músicos de qualidade, como Francisco Taneco que dava cartas no mundo da música, a nível nacional e internacional, e que era samouqueiro.

Deu os primeiros passos de aprendizagem na Sociedade e viria a ser o Maestro nesse ressurgimento. Juntamente com a direcção de então colocaram de pé a Banda”, revela o dirigente, sublinhando que Taneco deu enorme “pprojecção” à filarmónica samouquense. “N Não raras as vezes

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passava a regência da Banda ao contramestre, Luciano Rodelo, assumindo ele próprio os solos de trompete.”

O apelido tem, porém, mais história.

“M Mais tarde, o filho Jorge Taneco veio a assumir as mesmas funções. Por duas ocasiões. A primeira vez, pela morte do pai e noutra altura, posterior, também de grande dificuldade, quando a meio de uma época a Banda ficou sem maestro e com a responsabilidade de serviços para cumprir, como em Ayamonte (em Setembro) e outros até final do ano. Disponibilizou-se em 2011 e continuou como maestro até 2017”, realça.

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Armando Rodelo é o elemento mais antigo do grupo e revela desejo

“Quando morrer quero que a Banda vá a tocar atrás” Estreou-se a tocar na inauguração do antigo Estádio da Luz. Promete continuar até não poder mais. O futuro da Banda, garante, está assegurado pelos jovens que também já têm o “bichinho da música”

De Ayamonte à residência no Campo Pequeno Outra pausa e agora com direito a contemplação de fotos, documentos e alguns recortes de jornais antigos, tudo devidamente emoldurado e exposto, com brilho, no museu que funciona também como sala de visitas, antes de se fazer nova ponte para aquele que tem sido o trajecto da Banda. Uma jornada com ligação directa à principal praça de toiros de Portugal e passagem por Espanha.

“AA partir de 1978, a Banda foi a Ayamonte durante vários anos, marcando presença, assídua, nas Festas em Honra de Nossa Senhora das Angústias até 1985. Depois houve um interregno e voltou, anualmente e de forma ininterrupta, àquela localidade espanhola em 1996. Tem sido, desde essa data, a única banda portuguesa a marcar presença nas celebrações”, vinca o presidente da direcção da Sociedade, antes de destacar o brilhantismo de outra conquista.

“AA Banda tem sido reconhecida pela execução de 'pasodobles', sobretudo pela qualidade dos solos de trompete, e tem já dois CD gravados”, observa, adiantando: “C Conquistou o seu espaço no mundo tauromáquico.”

Prova disso: “AA ligação ao Campo Pequeno, que tem contribuído bastante para a projecção da Banda, como outras praças. É um orgulho muito grande. Já íamos constantemente, desde há muitos anos, abrilhantar os espectáculos tauromáquicos ao Campo Pequeno, mas desde a reinauguração da praça que passámos a ser a banda residente.”

Fernando Ramos, 40 anos, que toca com a Banda desde 2008, é o novo Maestro e tem à disposição quase meia centena de músicos.

Mas há sempre mais prestes a entrar. “TTemos a Escola de Música, que é gratuita e funciona como fonte de alimentação da Banda, composta hoje por cerca de 50 elementos. Desses, 45 são prata da casa e a Escola de Música tem à volta de 20 [aprendizes]”, reforça Dário Moura, a concluir.

A

rmando Rodelo, 81 anos, é o elemento mais antigo da Banda da Sociedade. Estreou-se a tocar em 1 de Dezembro de 1954, na inauguração do antigo Estádio do Sport Lisboa e Benfica. Conhecido localmente e entre o grupo como “Armando Gato”, foi homenageado em 2014 por ter completado seis décadas ao serviço da filarmónica. Hoje já lá vão 65 anos.

Tantos que nem se lembra quantos ao certo.

“EEles já fizeram essas contas, mas não sei bem. Para aí uns 60”, atira para o ar, meio desinteressado.

Importante mesmo é poder continuar. “EEnquanto puder vou cá andando. Deixando a música... é a morte”, afirma, confessando um desejo que já manifestou à direcção da colectividade. “Q Quando morrer, quero ser cremado e quero que Banda da Sociedade vá atrás [do cortejo fúnebre] a tocar a 'Nossa Senhora do Carmo', com partida daqui da sede nova”.

Na colectividade já executou todo o tipo de funções que se possam imaginar. “VVivi a minha vida na Sociedade, como músico e director.

Toquei todos os instrumentos. Conforme ia morrendo um elemento, era eu que ia substituindo a sua função na Banda, mudando de instrumento”, conta.

“IIsto dá vida. Não tenho outras coisas. Já passei por muitas situações aqui e adoro conviver com esta juventude. Sei que a minha mulher tem sido muito prejudicada com isso. Não lhe dou razão, mas sei que a tem”, admite o músico, que até tem um “pasodoble”, feito especialmente à sua medida por Fernando Ramos, para o homenagear, e que se intitula “El Gato”.

A comemoração de um século de existência da Sociedade enchelhe o coração. “ÉÉ uma coisa de todo o tamanho”, afirma, sem esconder emoção. “É uma alegria maior, chegar à minha idade e ver os cem anos da colectividade”, reforça, fazendo de seguida uma retrospectiva. “Q Quantas bandas [do

Dário Moura e Armando Rodelo na homenagem a Luciano Rodelo, o único elemento que resta da 1.ª Banda

Samouco] estão no cemitério [da freguesia]! Centenas de músicos, com quem convivi, passaram por aqui. Davam para fazer várias bandas, se todos estivessem vivos”, destaca.

Quanto ao futuro, Armando Rodelo tem uma certeza. “EEstá assegurado. Actualmente, a Banda está bem. Tem boas estacas”, remata.

Mais novos falam como gente grande No polo oposto encontram-se Eduardo Fontes e Nuno Monteiro, os mais novinhos que têm o futuro nas mãos e em quem Armando deposita total confiança.

Eduardo é o mais jovem. Tem apenas 11 anos e entrou oficial-

mente para a Banda em 1 de Dezembro de 2018. Toca um instruGostei mento de percussão, caixa. “G de começar a tocar com as baquetas e aos nove anos fui para o Conservatório Regional de Artes do Montijo.

Sempre gostei de tocar e vim para cá porque esta é a Banda da minha terra”, começa por dizer o jovem que é filho de outro elemento da Banda, José Emídio Fontes.

E porquê a opção por um instrumento de percussão? A resposta está na ponta da língua. “AApaixonei-me. Somos nós que marcamos o ritmo”, justifica o petiz, que responde ainda mais rápido quando questionado com o que quer ser quando for grande. “Q Quero ser músico profissional.”

O colega Nuno Monteiro, 15 anos,

entrou para a Banda no mesmo dia e optou pela mesma linha instrumental. E não é esquisito, desde que falemos de... percussão. “TToco caixa, pandeireta, bombo, o que me derem para a mão”, diz, sem esforço, antes de explicar as razões pela escolha. “S Sempre gostei de ouvir o meu irmão tocar percussão e também porque há uma maior variedade de instrumentos. Posso sempre tocar também xilofone, pandeireta, caixa... mas prefiro o bombo”, confessa, salientando a importância da Sociedade no seu quotidiano. “ÉÉ como uma segunda casa para mim. Passo aqui muito tempo”, revela, a terminar.

Continua nas págs. 26 e 27

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Inauguração em dia de centenário

Monumento perpetua grandeza da colectividade A celebração de Missa, pela manhã, e a sessão solene, à tarde, foram outros dos momentos de destaque nas comemorações de aniversário

assente em plena Praça José Coelho, frente à sede velha da Sociedade.

A banda tocou o Hino da Restauração e o Padre Jorge Almeida – tal como os leves e espaçados chuviscos – abençoou o novo património, iniciando de seguida os discursos da praxe, perante as forças vivas locais, de onde se destacava o executivo camarário presidido por Fernando Pinto. Dário Moura salientou a homenagem que ficou “m manifestada

Momentos marcantes O historial da colectividade foi apresentado por José António Pinheirinho, durante os habituais discursos de honra proferidos na sessão solene do passado dia 1.

O autor e investigador destacou dois dos “pprincipais momentos” na vida da instituição: o ressurgimento da Banda da Sociedade Filarmónica Progresso e Labor Samouquense, após um interregno de 13 anos, conseguido “ppor um grupo de sócios liderado por Mário Delgado Sobral” em 1971; e a inauguração da obra de ampliação da sede nova da colectividade

em 1 de Dezembro de 2004, marcada ainda pela apresentação da Saudação da Sociedade, com “lletra da autoria de Prim Margal e adaptação musical de António Onofre”.

O investigador salientou ainda o nome e o ano em que a colectividade deu um exemplo da hoje tão em voga igualdade de género: Júlia Vespeira Pereira foi a primeira mulher a tocar na Banda. Toccava trompete e corria o ano de 1972.

A foto ilustra elementos da Banda e da direcção que conseguiram reactivar a filarmónica.

HL

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esde a manhã do passado dia 1 que o nome da instituição está perpetuado no espaço público, inaugurado que foi um monumento de homenagem, mandado erigir pela Junta de Freguesia do Samouco, a assinalar o centenário da colectividade. Pedro Ferreira, presidente da autarquia, e Dário Moura desataram a fita prateada e descerraram o pano azul que cobria a edificação negra de formato triangular,

para a eternidade” e Pedro Ferreira lembrou que a obra foi “uuma promessa eleitoral cumprida”, que marca o reconhecimento e a gratidão pelo serviço desde sempre prestado pela colectividade à terra.

De seguida rumou-se à sede nova, onde foi celebrada a Missa Dominical pelo pároco, em cerimónia abrilhantada pela Banda e pelo Grupo Coral da colectividade – que contou com a participação especial de alguns ele-

mentos do Coro do CCDT do Metropolitano de Lisboa. A ocasião permitiu ainda a apresentação e benção do novo estandarte da Sociedade, ofertado por Maria João Rodelo e Manuel Teixeira, presidente e vice-presidente da Assembleia Geral da colectividade, respectivamente.

As comemorações prosseguiram à tarde com a habitual sessão solene ainda na sede nova, completamente lotada. Além dos habituais discursos,

houve concerto, bolo de aniversário, integração de mais dois novos músicos na Banda – Joaquim Ganhão e Cristina Assunção – e a entrega de alguns presentes à instituição. A Câmara de Alcochete ofereceu dois bombardinos, a Junta do Samouco entregou uma réplica em miniatura do monumento inaugurado pela manhã e a Associação Desportiva Samouquense presenteou a Sociedade com uma placa alusiva ao aniversário.

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REPORTAGEM JORGE RESENDE

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Parlamento Europeu e Alemanha receberam actuações

Grupo Coral tem sido embaixador lá fora Além do coro, a colectividade dinamiza ainda as actividades de zumba e hip hop.

Bailes continuam a ser tradição

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om cerca de 700 associados, mas apenas 500 pagantes face a isenções por idade, a Sociedade tem vindo também a distinguir-se pela qualidade do Grupo Coral.

O coro, que conta actualmente com 26 elementos, tem assumido um papel de embaixador não só da colec-

tividade como também dos traços culturais da região e até mesmo do País. Exemplo acabado disso mesmo foram as recentes prestações registadas em Estrasburgo, França, no Parlamento Europeu, no passado dia 5, e na Alemanha, num festival realizado em Baden-Baden, dois dias depois, que contou ainda com a participação de dois coros italianos.

Em Estrasburgo, o Grupo Coral da Sociedade apresentou “uuma pequena amostra do trabalho que é feito, de temas populares portugueses e outros natalícios, como ‘Noite Feliz’, interpretado em quatro línguas”, revelou a Maestrina Ana Vale de Gato, 34

anos, que assumiu a função desde 2010.

No festival em solo germânico, o repertório assentou também em “ttemas tradicionais”, onde couberam até interpretações “aa simbolizar o cante alentejano”.

Em termos internacionais, o grupo, de resto, já conta no currículo com actuações em cidades como Praga, Viena de Áustria e Paris.

Dinâmica forte Além do Grupo Coral, a Sociedade desenvolve ainda as actividades de zumba e hip hop semanalmente na sede nova.

“P Paralelamente, às sextas-

feiras mantemos desde há 10 anos a tradição dos bailes populares, com animação musical ao vivo de conjuntos, que têm registado grande afluência de pessoas de vários pontos, como Barreiro, Almada, Mafra, Sacavém entre outras localidades vizinhas”, sublinha Dário Moura.

O dirigente destaca ainda a dinâmica da charanga da colectividade e as comemorações do Carnaval, com “qquatro dias de bailes que há muito são imagem de marca”, além da recuperação dos “ttradicionais bailes da pinha”. A hospitalidade samouqueira “ttem sido sempre uma grande vantagem”, sublinha, a finalizar.

Composição 2019 - Banda e Coro BANDA Flautas Magda Reis Rita Sobral Cristiana Assunção Oboé Jorge Costa Clarinetes Luís Vargas Catarina Reis Pedro Moura Simão Amorim Susana Correia Pedro Rodelo Carlos Reis Luana Costa(?)

Ana Condelipes Carla Vargas Rita Vargas António Ramos Joaquim Ganhão Saxofone Soprano Ana Santos Saxofones Altos João Bexiga

Sílvia Jordão Bruno Oliveira Saxofones Tenor Luís Rodelo Sérgio Matos Saxofone Barítono José Vespeira Trompas Tiago Labreca Duarte Pereira Paulo Heitor Emanuel Sousa Trompetes Pedro Carvalho José Emídio Fontes Valter Vila Cova Rúben Supelos Gonçalo Lúcio João Pessoa Jaime Monteiro Isaurinda Matos Rui Costa Trombones Luís Lemos Ricardo Pereira Ivo Calhau

Luís Issa Bombardinos Arnaldo Bernardo António Labreca Filipe Madrugo João Baldeiras Tubas/Baixos Armando Rodelo Fernando Barradas Augusto Benjamin Percussão Miguel Monteiro Beatriz Heitor Eduardo Fontes Nuno Monteiro Bernardo Ramos Joaquim Carrapato Vítor Sousa Maestro Fernando Ramos CORO Sopranos Alice Faria Almerinda Viegas Ana Maria Pinta

Lídia Rodrigues Maria da Luz Vicente Maria de Lurdes Santos Manuela Rodelo Maria Manuela Tátá Olga Leal Paula Cardoso Contraltos Albertina Maceira Ana Caria Fernanda Vila Cova Luísa Pelengana Maria de Jesus Pelengana Maria João Rodelo Maria Judite Caetano Maria M. Galante Manuela Dias Tenores Francisco Godinho José Vilhena Tiago Labreca Baixos António Valente João Lourenço Maestrina Ana Vale de Gato

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O DIĂ RIO DA REGIĂƒO DE SETĂšBAL

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FUTEBOL FEMININO Taça de Portugal – 3.ª eliminatória

Paio Pires, Barreirense, Palmelense e Amora em competição

SEXTA-FEIRA, 20/12/2019

DESPORTO

Este fim-de-semana realizase a terceira eliminatória da Taça de Portugal que engloba já as equipas da 1.ª Divisão Nacional, também denominada

Liga BPI. Em competição estão ainda quatro equipas representativas da Associação de Futebol de Setúbal: Paio Pires, Barreirense, Palmelense e

Amora.

Nesta eliminatória, o Palmelense recebe o Gil Vicente, no Campo Cornélio Palma e o Amora defronta o Meirinhas,

no Campo do Serrado, às 15 horas. Também no domingo, mas hora mais cedo, Paio Pires e Barreirense defrontam-se no Campo Vale da Abelha.

Zequinha, avançado do Vitória, não hesita na hora de revelar a prenda que gostaria de receber

Extremo revela ambição de dar amanhã, 20:00 horas, na recepção às águias a contar para a Taça da Liga, sequência ao bom momento da equipa. Questionado sobre a crise diretiva, Zequinha é peremptório: “Estamos com o presidente da mesma forma que ele está connosco”

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“Ganhar ao Benfica para irmos mais felizes paras as férias de Natal”

POR RICARDO LOPES PEREIRA

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e que forma está a equipa do Vitória a encarar a partida de sábado, no Estádio do Bonfim, frente ao Benfica, a contar para a Taça da Liga? É um jogo que qualquer equipa e jogador gosta de fazer. É um clube grande e respeitamos bastante o Benfica. Estamos focados na vitória e queremos dar continuidade à boa fase que atravessamos. É essa a mentalidade que temos de ter no jogo no sábado.

Considera que a equipa está a viver o melhor momento da época?

Podemos dizer que sim. Vimos de duas vitórias seguidas, uma fora (Paços de Ferreira) e outra em casa (Aves), que nos permitiram dar um salto na tabela [ascendeu do 13.º ao sétimo posto]. Estamos numa boa fase e a dar uma boa imagem do que é o Vitória. Estamos a tentar fazer da melhor maneira o que o mister quer. Temos de ter ambição e querer sempre mais.

Já pensam na Europa?

Não. Todos sabem que o Vitória luta pela manutenção. O campeonato é muito longo e jogamos jogo a jogo.

Queremos assegurar a manutenção

o mais cedo possível, depois logo se vê. Temos jogadores com vontade de vencer, temos uma família, um treinador ambicioso com as suas ideias.

Retira motivação à equipa o facto de já não terem hipóteses de apuramento na Taça da Liga?

Quando começámos a competição queríamos estar na final-four. Infelizmente, não conseguimos, mas continuamos focados e com a ambição de ganhar. Só assim podemos crescer dia após dia. Vamos dar tudo para alcançar os três pontos e deixar uma boa imagem.

O que é preciso fazer para ganhar este jogo e que Benfica esperam encontrar?

Independentemente do onze que jogue, o Benfica é sempre uma equipa forte. Esperamos uma entrada forte e pressionante do adversário para resolver o jogo e ver se consegue passar à fase seguinte. Sabemos também as debilidades que têm e vamos tentar aproveitar isso ao máximo para tentar ganhar. É a segunda vez que defrontam o Benfica esta temporada. Esperam um jogo muito diferente do que tiveram no campeonato, no Estádio da Luz? Sim, obviamente será diferente. O Benfica está obrigado a ganhar para passar na competição. Fizemos um bom jogo no campeonato (derrota 10). Agora temos um treinador com um estilo diferente de jogo. Estamos confiantes no processo que o mister tem vindo a trabalhar connosco. Certamente vamos ter sempre bons resultados e esperamos já no sábado conseguir os três pontos.

O Natal está perto. Que prenda gostaria de receber?

Ganhar o jogo de sábado ao Benfica para depois irmos mais felizes para as férias de Natal. Continuar com esse foco de vitória, ter vontade de ganhar, sempre.

As recentes demissões na direcção do clube criam instabilidade na equipa?

Não. Continuamos focados. O nosso presidente foi ao balneário falar connosco. Explicou-nos a situação. Até hoje, desde que o presidente está no comando do Vitória, tem cumprido sempre connosco em tudo, até antes do dia que temos de receber temnos pago. É um vitoriano que quer o bem do Vitória. Estamos com ele da mesma forma que ele está connosco.

O que aconteceu são coisas normais no futebol, umas vezes são treinadores, jogadores e outras dirigentes.

Temos de conviver com isso, estamos completamente tranquilos porque o presidente está aqui para nos ajudar e nós a ele.

Como sócio e adepto do clube, sente-se preocupado?

Quem é sócio do Vitória há tantos anos como eu sabe que estas são situações normais. O que sei é que desde que o presidente Vítor Hugo (Valente) está ao comando o Vitória tem estado melhor. Temos todas as condições para treinar. Como adepto estou contente com o que o presidente tem feito. Não sei o que vai acontecer, mas estou convencido que o presidente está a fazer tudo para o bem do Vitória. Quando assim é estou contente.

Reacção do presidente Vítor Hugo Valente às demissões na direcção

“Quando entrei o clube e a SAD estavam um caos financeiro”

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ítor Hugo Valente, presidente da direcção vitoriana, recusa as críticas que foram dirigidas à forma como tem gerido a SAD pelos 10 dirigentes (cinco deles eleitos para a direcção) que apresentaram na terça-feira a renúncia do cargo.

Recorde-se que os signatários, entre eles o vice-presidente Paulo Gomes, que, ao que tudo indica, será candidato às eleições que vão ser agendadas até 18 de Janeiro, disseram no documento emitido que tinham sido “eesgotadas todas as possibilidades de diálogo” e que o “pprojecto

estava ferido na sua essência” “N Não consigo perceber isso. O que leio dessa espécie de comunicado é uma crítica direccionada à gestão da SAD”, refere Vítor Hugo Valente. “Q Quando entrei, o clube a SAD estavam num caos financeiro.

Deu-me muito trabalho, criar estabilidade no clube e na SAD, por isso podem contar que lutarei sempre contra quem criar instabilidade no Vitória. Já li muitas críticas à gestão da SAD, a maioria, não todas, mentiras, falsidades, insinuações e difamações”.

Como exemplo do trabalho realizado desde que assumiu a liderança do clube a 21 de Dezembro de 2017, o presidente dá o exemplo O Vitória antes era dos salários. “O sempre o primeiro nome a aparecer nos comunicados da Liga como incumpridor! Agora foi o primeiro clube a apresentar a sua declaração a atestar o cumprimento rigoroso dos salários aos jogadores e técnicos.

Se isto não é sinónimo de estabilidade e boa gestão, não sei o que é. O Vitória anda há meses a pagar antes do prazo aos jogadores e aos

técnicos e entregar antecipadamente os comprovativos de regularização salarial”.

Com o objectivo de evitar danos no plantel, Vítor Hugo Valente revelou ter já conversado com os jogadores para os tranquilizar sobre o momento actual. “AA primeira coisa que fiz na quarta-feira foi falar no balneário.

Reuni toda a estrutura do futebol, jogadores e técnicos, para tentar passar a mensagem de estabilidade. Não é fácil e espero que a instabilidade que resulta sempre deste tipo de ações não venha influenciar os pró-

ximos resultados. Foi isso que fui pedir aos jogadores. Espero que não se deixem levar pela instabilidade”.

Apesar de já ser dada como certa a recandidatura de Vítor Hugo Valente ao acto eleitoral, o dirigente mantém o tabu sobre o assunto. “AA seu tempo informarei os sócios da decisão que vier a tomar”, disse, manifestando a sua preocupação pelos efeitos que a crise diretiva pode ter na reabertura do mercado de Janeiro. “Num clima destes não há jogadores nenhuns que assinem contrato com o Vitória”.

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SESIMBRA Nuno Moreira (ex-Futebol Benfica)

Chegou um reforço para o ataque

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Grupo Desportivo de Sesimbra, sexto classificado no Campeonato Distrital da 1.ª Divisão, acaba de assegurar mais um reforço para a sua equipa de futebol sénior, liderada pelo treinador Pedro Amora.

Nuno Moreira, avançado de 31 anos, chega proveniente do Futebol Benfica, depois de ter representado entre outros emblemas, o Louletano, Operário dos Açores, Armacenenses, Moura, Lourinhanense e Oriental Dragon, tendo feito a sua formação nos Pescadores da Costa da Capa-

rica e no Cova da Piedade.

Nuno Moreira, já está á disposição da equipa técnica, podendo ser opção para o jogo da próxima jornada a disputar frente ao Oriental Dragon, no Estádio da Vila Amália, em Sesimbra, no dia 29 de Dezembro (domingo), pelas 15 horas.

A equipa sesimbrense, que está a realizar um campeonato bastante positivo, tem, nos 10 jogos até agora efectuados, uma derrota sofrida na primeira jornada com o Comércio Indústria, quatro vitórias e cinco JOSÉ PINA empates.

II LIGA Equipa vai ser orientada por Luís Tralhão

Cova da Piedade joga amanhã em Matosinhos CAMPEONATO DE PORTUGAL

Olhanense joga no Pinhal Novo

Campo Santos Jorge vai ser palco do jogo mais importante da jornada Fabril joga sábado em Massamá. No domingo, Pinhalnovense recebe Olhanense, Amora desloca-se a Armação de Pera e Olímpico do Montijo defronta Sintra Football, em Oeiras POR JOSÉ PINA

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15.ª jornada do Campeonato de Portugal vai ser repartida por dois dias com 4 jogos a serem disputados no sábado e os restantes no domingo. No que respeita às equipas da nossa região apenas o Desportivo Fabril joga no sábado, em Massamá, onde defronta o Real, às 10h 30m, devido à transmissão televisiva. No domingo, o Pinhalnovense recebe o Olhanense, o Amora desloca-se ao Algarve para o confronto com o Armacenenses e o Olímpico do Montijo viaja até Oeiras para medir forças com o Sintra Football.

No Campo Santos Jorge realiza-se o jogo mais relevante da jornada com o Pinhalnovense, terceiro classificado a receber o primeiro. As equipas estão separadas apenas por quatro pontos com vantagem para o Olhanense, por isso tudo indica que vai ser um jogo equilibrado e de difícil prognóstico. A equipa algarvia vem de um empate

em Loures e o Pinhalnovense de uma vitória claríssima, obtida no terreno do 1.º Dezembro. Olhando para estes resultados fica a ideia que a equipa orientada por Luís Manuel está melhor mas como não há jogos iguais e como no futebol tudo pode acontecer, tudo será de esperar. O Olhanense não vai ter vida fácil porque a equipa de Pinhal Novo em casa está invencível e sofreu apenas três golos. A coesão defensiva é um dos seus pontos fortes e se a isto se juntar a velocidade de Nico e a perspicácia de Diego Zaporo o Pinhalnovense pode muito bem vir a ser feliz.

Conseguirá o Fabril cometer uma preza?

A visita do Fabril, último classificado, a casa do Real, não se prevê nada fácil porque a equipa de Massamá, que reparte o comando da tabela classificativa com o Olhanense, não vai querer perder a posição que ocupa. A jogar em casa o Real consentiu apenas um empate, tudo o resto são vitórias e para além disso leva já 22 golos marcados contra quatro sofridos dados que contrastam totalmente com aquilo que a equipa do Lavradio tem feito até agora em terreno alheio, derrotas em todos os jogos com apenas três golos marcados e 23 sofridos. Os números falam por si e pela lógica os três pontos não devem escapar ao

Real a não ser que o Fabril consiga cometer uma proeza.

Amora acredita em resultado positivo O Amora motivado pela vitória alcançada na última jornada sobre o Oriental desloca-se a Armação de Pera que tem um registo negativo nos jogos disputados em casa com seis derrotas e apenas uma vitória. Isto pode jogar naturalmente a favor da equipa agora treinada por Rui Narciso que fora de casa obteve duas vitórias, quatro empates e sofreu apenas uma derrota.

Considerando o histórico de resultados e tendo em conta que as equipas se encontram igualadas na tabela classificativa parece-nos que o Amora tem fortes razões para acreditar que pode regressar a casa com um resultado positivo.

Olímpico procura terceira vitória consecutiva O Olímpico do Montijo, que venceu os últimos dois jogos, pode muito bem alcançar a terceira vitória consecutiva neste jogo que disputa com o Sintra Football, no Estádio Municipal de Oeiras, porque se encontra a atravessar um bom momento enquanto com o seu adversário [que se encontra na zona de despromoção] acontece precisamente o contrário com cinco derrotas nos últimos cinco jogos que disputou.

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Cova da Piedade, último classificado do Campeonato da II Liga Profissional de Futebol, desloca-se este sábado a Matosinhos, para defrontar às 17 horas, no Estádio do Mar, a equipa do Leixões que se encontra em sexto lugar na tabela classificativa.

Os piedenses, que vão ser orientados nesta partida por Luís Tralhão, chamado para ocupar o lugar deixado vago por Jorge Casquilha, demitido do cargo após a goleada sofrida em Viseu, precisam urgentemente de pontuar para tentarem fugir do lugar incómodo em que caíram mas este parece não ser o adversário ideal para encetarem a tão desejada recuperação porque o Leixões não costuma facilitar nos jogos efectuados em casa, onde apenas perderam uma vez e ao mesmo tempo porque os homens da Cova da Piedade na condição de visitantes ainda não conquistaram qualquer ponto porque têm apenas derrotas.

A diferença pontual existente entre as duas equipas é de 15 pontos facto que coloca a equipa de Matosinhos como favorita. Os piedenses, como é natural, tudo vão fazer para contrariar o que parece mais lógico mas a sua missão, embora não seja impossível de conseguir, apesentase muito complicada.

Contudo, há a curiosidade de ver como a equipa da Cova da Piedade se vai adaptar às ideias implementadas por Luís Tralhão que já vai poder contar com os cinco jogadores que haviam sido relegados para a equipa de Sub-23, nomeadamente, André Carvalhas, Rodrigo Martins, Lima Pereira, Sami e Celso Raposo, que foram reintegrados no plantel principal na passada terça-feira, após a saída de Jorge Casquilha.

Terá Luís Tralhão conseguido motivar os seus jogadores para que estes se apresentem em campo capazes de discutir o resultado? O efeito psicológico nestas situações JOSÉ PINA é essencial.

1.ª DIVISÃO AF SETÚBAL

União de Santiago ganha em Grândola e deixa último lugar da tabela classificativa

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m jogo antecipado da 11.ª jornada do Campeonato Distrital da 1.ª Divisão, realizado na noite de quarta-feira, o U. Santiago foi ganhar a Grândola, por 3-1.

O Grandolense foi a primeira equipa aos 7 minutos por Filipe Casaleiro mas o U. Santiago acabou por dar a volta ao marcador que ao intervalo registava 1-2, com Jeffrey (26’) e João Raposo (28’) a marcarem os golos da equipa de Santiago do Cacém.

Na segunda parte foi marcado

apenas um golo e de novo para o U. Santiago, por João Monteiro (62’), jogador que se encontra convocado para a selecção distrital que este fim-de-semana vai disputar a fase zonal da Taça das Regiões.

Com esta vitória, a equipa orientada por Álvaro Mendes [que tem mais um jogo] passou a ter oito pontos deixando assim o último lugar da tabela classificativa que passou agora a ser ocupado pelo FC Setúbal, com seis.