O Setubalense, diário regional de Setúbal nº 323

Fim-de-semana EDIÇÃO

PUBLICIDADE

SEXTA-FEIRA | 31.JANEIRO.2020 | N.º 323 | Ano III | 5.ª Série

PUBLICIDADE

AS MUITAS OBRAS DO AEROPORTO MONTIJO

Construção tem dezenas de medidas directas na cidade e na região

P.8 e 9

NESTA EDIÇÃO

NEGÓCIOS

Every Drill: líder em maquinaria pesada tem sede no Montijo P.16 e 17

ALCOCHETE P.3

50 CUTS AFIRMA-SE COMO PONTO DE ENCONTRO À VOLTA DO GRANDE ECRÃ

SOCIEDADE

P.21

FILIPA CANHÃO “O meu lugar é à frente das câmaras”

Nova rotunda mostra ADN de S. Francisco

P.20

VITÓRIA P.22

Carlinhos acredita em triunfo sobre FC Porto pressionado

Espaço da associação de cinema em Setúbal celebra três anos

PUBLICIDADE

Ver página 12

JOSÉ MARIA FUTRE Leitor de 91 anos partilha vivências P.13

FIGURA DO DIA SEXTA-FEIRA, 31/01/2020

MIRA DOURO DA A RRÁ B IDA

Û

2

REPARO DO DIA

VALA ALI ROHANI Fundador da Data Corner, escolheu a incubadora do IPS direcionada para empreendedores para dar vida à empresa. Uma decisão que se revelou certeira.

SETÚBAL MAIS BONITA

MARÉS CUSTÓDIO PINTO

73.º aniversário do Clube de Campismo de Setúbal O Clube de Campismo festejou o seu aniversário no Parque de Campismo na Gâmbia. O clube nasceu da fusão de alguns grupos de campismo existentes em Setúbal, entre eles As Aves Migradoiras, Grupo de Campismo Estrela do Sado, Troianos, Sadinos e salvo erro, Vitorianos. Ainda me recordo de alguns elementos d’As Aves Migradoiras: Álvaro Dias, Pina, Chora, Joaquim Gonçalves, Ceferino, Jorge Alfaiate, António Gonçalves e Joaquim e do Estrela do Sado: Custódio Pinto, Fernando Belbute, Carlos Máximo Ribeiro, Jorge Raposo, Luís Filipe Gomes, Manique e Fernando Pacheco. Antes da fusão do clube, o parque era no interior da Comenda, no vale de Armelão, terreno cedido pelo Conde D'Armand, onde os campistas construíram instalações sanitárias, etc.

Recordo os célebres passeios pedestres organizados pelo clube, que começaram por 20 pessoas e atingiram uma centena. O guia era o falecido Jorge Alfaiate, o Fernando Picoito, a Dona Manuela (já falecida) e o António Gonçalves. Foi pena o clube ter acabado com estes salutares passeios pedestres. Porquê?

O almoço de aniversário juntou cerca de uma centena de sócios. Mesa de honra: Carlos Cabedal (Presidente), José C. Silvestre (Presidente da Assembleia Geral), Manel Pisco Lopes (Vice-presidente da Camara Municipal de Setúbal), Sérgio Varela (Vogal da Junta de Freguesia de Gâmbia e Pontes e Alto da Guerra), João Queiroz (Presidente da Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal), Mário Perdigão (Coordenador Concelho Regional do Sul da FCMP), Carlos Anjos (Secretário Geral da Federação Distrital de Setúbal), António Raposo (Associação das Coletividades do Concelho de Setúbal).

As mesas estavam ornamentadas com as zonas turísticas da cidade: Pedra da Anicha, Luísa Todi, Bocage, Arrábida, Baía do Sado, Flamingos, Doce de Laranja, Roaz Corvineiro, Gaivotas, Rio Sado, Moinho da Maré da Mourisca, Portinho da Arrábida e Forte de São Filipe. Fiquei nesta, com Carlos Batista, Maria José, Jaime Anjos, Luís Anjos, Manoela Gago da Silva, Alberto Pereira e Cândido Casimiro. Foram homenageados os sócios Carlos Sebastião Santos Lopes, Pedro Santos Marques e Graciete Bárbara Primo (50 anos), Alfredo Mendonça, Cláudia Galrinho, Sílvia Gomes, Helena Labrador e Noémia Camolas (25 anos).

PARA HOJE

O SETUBALENSE é referência na região

SETÚBAL - TRÓIA 00:17 1.1 m Baixa-mar 06:36 2.9 m Preia-mar 12:45 1.2 m Baixa-mar 18:59 2.7 m Preia-mar

SINES 06:14 2.9 m Preia-mar 12:24 1.2 m Baixa-mar 18:36 2.7 m Preia-mar

SESIMBRA 06:16 2.9 m Preia-mar 12:26 1.2 m Baixa-mar 18:38 2.7 m Preia-mar

ALMADA 00:12 1.2 m Baixa-mar 06:59 3.2 m Preia-mar 12:43 1.2 m Baixa-mar 19:23 3.0 m Preia-mar

O SETUBALENSE, único jornal diário que abrange todo o distrito, continua a afirmarse cada vez mais como principal referência no segmento dos media na região, em geral, e no concelho do Montijo, em particular. Exemplo disso: a aceitação entre o público e nas próprias bancas onde é vendido. No centro do Montijo, na Tabacaria Moderna, mais conhecida como Papelaria

dos Jornais – estabelecimento icónico situado na Praça da República há mais de 70 anos –, O SETUBALENSE ocupa diariamente posição de destaque no expositor dos periódicos. Pelas ruas, o cenário não é diferente com O SETUBALENSE nas mãos de quem gosta de se manter informado e não dispensa passar sem actualidade da região.

OPINIÃO O Clima em Madrid, a vergonha em nós, e a esperança neles

ANTÓNIO GUERREIRO Autor literário

Pela manhã bem cedo, pois não seriam todavia as sete e meia, e o dia mal desperto e ainda no seu espreguiçar acabrunhado, e os dois miúdos, com tando de idade como o dia de horas, estendem a mão um ao outro e cumprimentam-se.

São vizinhos, são amigos e só não estão mais felizes com o encontro, do que os dois, que cada um a cada qual traz pela trela, e que usando o nariz em vez das mãos, à sua maneira de cachorro se cumprimentam também. Contam as novidades um ao outro, os miúdos

e dão trela aos cachorros que pedem liberdade em busca do alívio. Olhamnos pelo canto do olho, deixando-os à sua publica privacidade, que aliviados, raspam o chão talvez informando os donos, que recolhendo os dejetos, no saquinho fechado e atado os depositam no contentor.

E correm, perseguem-se à vez, brincam os cachorros e com eles correm e brincam também os donos.

Uns, fingem rosnar, outros riem. Um maior, o outro ligeiramente mais pequeno. Um negro e o outro castanho, um tem pelo curto e o outro comprido e são claramente de raças diferentes, os cachorros. Os miúdos, … não reparei; pois a haver e não tendo qualquer diferença para eles importância, tampouco o tem para mim.

Incómodos, os telemóveis fazem peso e volume no bolso das calças.

Talvez esperando a chamada das mães ditando o regresso a casa, ou, aguardando o seu momento de participar na brincadeira. Mas como possessivo que é, o bichinho eletrónico, querendo sempre a atenção

só para si, de castigo e muito bem, por agora foi posto de lado. É que agora é hora da imaginação, do sonho e dos amigos que se conhecem de verdade e o são, como só as crianças entre si e seus bichos o conseguem. Com o sentimento à flor da pele e grande, maior que a idade. É manhã, bem cedo, passando pouco das sete e meia e eu, do outro lado da avenida no posto de abastecimento de combustível, a caminho de mais um dia de trabalho e reconhecendo por vezes em mim, já algum daquele pessimismo à velho do Restelo, vendo o saudável esbanjar de energia naqueles miúdos, de mãos dadas com o Mundo e a natureza pela trela, correndo na relva do jardim por entre os prédios, por onde, querendo temperar o frio da manhã, o Sol espreita, sorriu.

E sem o querer, o Sol lembra-me o clima alterado, e nele o degelo da Antártida, o rarear da água potável, os lugares em que outros miúdos brincam de máscara, e outros ainda

a onde nem brincam mais. A Amazónia que ardeu e a Austrália que arde, e todas a calamidades resultantes dos nossos ambiciosos erros e da nossa incapacidade de os corrigir, e envergonhado, desvio o olhar.

Perco o sorriso!

O motor a trabalhar, já na faixa de rodagem e ainda os vejo, e digo baixo; alto fosse, … que ninguém ouviria com o barulho da cidade que desperta, talvez o mesmo, que nos tem ensurdecido. Mas digo-o sincero e franco: -Desculpem!

Com os que escolhemos por melhores, reunimo-nos em Madrid, pousámos para as fotos, discutimos e discutimos, comemos e bebemos e de novo, nada decidimos. Como promessa de Ano Novo, feita e não cumprida, para o próximo ano a deixamos, para talvez cumprir.

Na curva, da cidade e do tempo que não pára, já não os vejo, mas estão lá. De costas para ele, não será o Sol, ainda fraco, que me aquece o peito, mas a esperança: Eu sei que vocês farão melhor!

FICHA TÉCNICA

PUBLICIDADE geral@osetubalense.com publicidade.setubal@gmail.com

SETÚBAL ALMADA SEIXAL PALMELA BARREIRO ALCOCHETE OUTROS CONCELHOS MONTIJO MOITA 212 383 228 265 520 716 265 094 354 265 092 725 212 318 392 212 047 599 212 047 599 212 384 894 937 081 515

Registo de Título N.º 107552 | Depósito Legal N.º 8/84

Propriedade: Outra Margem - Publicações e Publicidade, Lda. Contribuinte: 515 047 325. (Detentores de mais de 10% do capital social: Gabriel Rito e Carlos Bordallo-Pinheiro). Editor: Primeira Hora - Editora e Comunicação, Lda. Contribuinte: 515 047 031 (Detentores de mais de 10% do capital social: Setupress, Lda., Losango Mágico, Lda., Carla Rito e Gabriel Rito) Sede de Administração e Redacção: Travessa Gaspar Agostinho, 1 - 1.º, 2900-389 Setúbal.

Conselho de Gerência: Carla Rito, Carlos Dinis Bordallo-Pinheiro, Gabriel Rito e Carlos Bordallo-Pinheiro.

CONCELHO DE SETÚBAL Travessa Gaspar Agostinho, 1 - 1.º - 2900-389 Setúbal - Tel. 265 094 354 (geral) / 265092 633 (redacção) / 265 092 725 - 265 520 716 (dep. comercial) CONCELHO DE PALMELA Rua José Saramago, lote 26 - loja direita 2955-027 Pinhal Novo - Tel. 212 384 894 CONCELHOS DE MONTIJO E ALCOCHETE Praça da República, 63, Galerias Comerciais, Lj 18.

Tel./Fax: 212 318 392

CONCELHO DO BARREIRO Intermarche da Moita - Quinta Santa Rosa Rua Classe Operário - Alhos Vedros - Moita Tel.: 212 047 599 - 939 050 535 CONCELHO DA MOITA Intermarche da Moita - Quinta Santa Rosa Rua Classe Operário - Alhos Vedros - Moita Tel. 212 047 599 / 939 050 535 REDACÇÃO Director: Francisco Alves Rito (CPJ 2292) diretor@osetubalense.com Redacção: Mário Rui Sobral (CPJ 3872 A),

Humberto Lameiras (CPJ 2321 A); Ana Martins Ventura (CPJ 7230 A). Colaboradores: Inês Antunes Malta (CPJ 7226 A); Miguel Nunes Azevedo (TP 2608); Fátima Brinca (CPJ 2574); Rogério Matos (CPJ 9929); Helga Nobre; André Rosa; Ricardo Lopes Pereira e José Pina. Fotografia: Mário Prata, Alexandre Gaspar e Arsénio Franco.

DEPARTAMENTO ADMINISTRATIVO Teresa Inácio, Dulce Lança e Branca Belchior.

PUBLICIDADE Direcção Comercial: Carla Sofia Rito e Carlos Dinis Bordallo-Pinheiro. Setúbal: Ana Oli-

veira, Mauro Sérgio, Célia Felix e Rosália Batista. Montijo: Graciete Rodrigues.PPalmela: Rosália Batista. Barreiro: Carla Santos.

Moita: Carla Santos.

IMPRESSÃO Tipografia Rápida de Setúbal, Lda. - Travessa Jorge d’Aquino, 7 - 2900-427 Setúbal e-mail: geral@tipografiarapida.pt DISTRIBUIÇÃO VASP - Venda Seca, Agualva - Cacém Tel. 214 337 000 Tiragem média diária: 9.000 exemplares

Estatuto Editorial disponível em https://www.facebook.com/pg/ JornalOSetubalense/ about/?ref=page_internal

Edição online www.diariodaregiao.pt Digital Media Officer: José Luís Andrade

Os artigos assinados são da responsabilidade dos seus autores

MOITA

Uma história de despertares

SEXTA-FEIRA, 31/01/2020

O Fórum Cultural José Manuel Figueiredo, na Baixa da Banheira, recebe, a 14 de Fevereiro, pelas 21h30, a peça de teatro “A Rapariga Mandjako”, de Rui

A CTUA L ALCOCHETE

“A Rapariga Mandjako” no Fórum Cultural da Baixa da Banheira Catalão, com Joãozinho da Costa. “A Rapariga Mandjako” relata o despertar de Joãozinho para a consciência de si mesmo e das suas ações, a partir do mo-

mento em que o pai lhe faz uma proposta de noivado com uma rapariga da sua etnia. A sua recusa leva-o a aproximar-se de outra rapariga que conhece no

3

Vale da Amoreira e que lhe é apresentada como “Jennifer Lopez”. Um trabalho com dramaturgia e encenação de Joãozinho da Costa e Rui Catalão

Município vai doar imóvel do antigo posto médico à freguesia

A

inauguração de um monumento que assinala a identidade da freguesia e o anúncio da devolução do imóvel do antigo posto médico para património da Junta marcaram as comemorações do 35.º aniversário de S. Francisco. Em dia de festa, celebrado no passado domingo, 26, houve ainda outro momento alto: a homenagem a António José Silva Soares, antigo presidente da Junta.

A rotunda da Estrada Nacional 119 está agora mais bonita, requalificada que foi, beneficiando de um novo elemento decorativo que representa

SETÚBAL

o ADN da freguesia de S. Francisco.

A inauguração da obra, que apresenta figuras em escala real alusivas à génese da população local, assinalou o início das comemorações de mais um aniversário da freguesia.

Só depois se avançou para a habitual sessão solene, onde se registaram os discursos de João Manuel dos Santos, presidente da Junta de Freguesia de S. Francisco, e Fernando Pinto, que preside à Câmara Municipal de Alcochete.

“EEm ambos os discursos ficou patente

a cooperação e as boas relações entre a Junta e a Câmara”, realçou a Junta de Freguesia em nota de Imprensa.

Relações que terão saído ainda mais reforçadas com o anúncio feito pelo presidente da Câmara durante a sua intervenção: “O Orgulha-nos o facto de ser este executivo municipal a devolver à população de S. Francisco algo que a própria construiu com o seu suor e esforço e que é seu por direito. Refiro-me ao edifício do antigo posto médico, que, por esquecimento, desconhecimento ou falta de vontade,

Demolição adiada por mais um mês

Chaminés da Central Termoeléctrica resistem a Fevereiro Não será amanhã a explosão das duas chaminés da Central Termoeléctrica de Setúbal. Mas é dado como certo que vão mesmo abaixo, muito provavelmente em Março

A

demolição das duas chaminés da Central Termoeléctrica de Setúbal, na zona da Freguesia do Sado, não vai avançar em Fevereiro como chegou a estar previsto. Inclu-

sivamente, falou-se que seria amanhã, mas essa hipótese foi descartada pelo presidente da Junta de Freguesia, Manuel Véstias, em declarações a O SETUBALENSE. Em meados deste mês, de Janeiro, o autarca avançava que estas chaminés com 200 metros de altura iriam abaixo na primeira quinzena do próximo mês, mas a precisão dos trabalhos para uma intervenção desta envergadura levou a uma janela de prevenção mais alargada, pelo que estas ‘torres’ só serão derrubadas, provavelmente, em Março.

Para já Manuel Véstias prefere não avançar com datas, mas mostra estar a par das operações de preparação no terreno, assim como do plano de segurança para o dia da demolição.

Nove anos depois de ter parado a produção na Central Termoeléctrica, quando chegar o dia das chaminés desaparecerem da paisagem de Setúbal, “vvão ser encerradas vias e interditado um perímetro no Sado, onde não poderá haver embarcações”, deu a saber o autarca.

Quanto ao método de demolição será feita com explosivos, daí estarem a ser preparadas várias medidas de segurança. “P Para além das poeiras com a derrocada das chaminés, poderão existir estilhaços”, comenta.

Depois do abate das duas chaminés, o solo será analisado e descontaminado no que for necessário, isto num trabalho que irá decorrer durante o ano.

continuava a pertencer à Câmara Municipal. Serão os actuais executivos, camarário e de freguesia, que, brevemente, irão assinar a escritura de doação definitiva à Junta de Freguesia. A S. Francisco o que é de S. Francisco.”

Homenagem emotiva Fernando Pinto reconheceu igualmente os laços estreitos de colaboração existentes entre a Câmara e a Junta, as únicas socialistas no concelho.

MÁRIO ROMÃO

João Santos e Fernando Pinto trocaram elogios.

Cerimónia ficou ainda marcada pela homenagem a um vulto maior da terra: António José Soares, antigo presidente da Junta, foi distinguido

DIREITOS RESERVADOS

S. Francisco celebra 35 anos com rotunda nova e presente da Câmara “R Reconhecemos e partilhamos do vosso empenho e dedicação, mas não ficamos apenas pelas palavras, concretizamos. A boa articulação entre as duas autarquias é visível na qualidade do serviço prestado à população e nos investimentos realizados e previstos”, elogiou.

Seguiu-se uma emotiva homenagem a António José Silva Soares. “U Um homem da terra que dedicou mais de 40 anos da sua vida à causa pública em variadas áreas com destaque para o desporto, no Futebol Clube São Francisco, e na política, como presidente de Junta”, pode ler-se na nota enviada pela autarquia presidida por João Santos. António Soares foi distinguido com uma lembrança atribuída pela Junta e recebeu ainda, de forma simbólica, o cartão de sócio n.º 1 do Futebol Clube de São Francisco, oferecido pelo actual presidente da agremiação, Pedro Battle y Font.

As comemorações foram ainda abrilhantadas pela actuação artística de Eduardo Espinho e Sandra Pereira (vencedora do programa Ídolos em 2010).

4

SETÚBAL

Inauguração em simultâneo na Casa da Cultura, sábado

Outros olhares em fotografia e ilustração

SEXTA-FEIRA, 31/01/2020

REGIONA L

A Casa da Cultura recebe este sábado a inauguração de duas exposições, uma de fotografia e outra e ilustração.

Actores e Lançadores são interpretados por Jorge Gonçalves que foto-

grafa actores em actividade, que vão pisando as tábuas nas peças dos Artistas Unidos.

Trata-se de uma mostra significativa do trabalho da equipa que Jorge Silva

Melo dirige.

Por sua vez Ricardo Cardoso Coxixo inventou uma actividade, um novo espaço lúdico em que Os Lançadores de Aviões vão arriscar arremessos

no Espaço Ilustração, Ambas as exposições têm abertura simultânea, às 19h00, e estão em exibição durante todo o mês de Fevereiro.

Rui Canas, presidente da União das Freguesias de Setúbal, garante autonomia total do espaço a partir de Fevereiro

Mercado do Rio Azul será porta de entrada na cidade para novos turistas Em 2020 o espaço cuja história está ligada à comunidade piscatória de Setúbal será uma das grandes apostas na promoção do turismo e gastronomia

cado do Livramento ou na lota da Docapesca.

Diversificar a oferta alimentar dentro do Mercado do Rio Azul será também mais um passo deste ano, com a abertura de um talho.

POR ANA MARTINS VENTURA FOTO INÊS KELLEN/ ALEX GASPAR

Segundo Rui Canas o papel deste mercado não é colocar-se em “ppé de igualdade” com o Mercado do Livramento, até porque os seus objectivos fundadores e o seu público são diferenciados. O primeiro é um postal dos produtos da região no mundo e tem o papel de divulgar a gastronomia local.

“EEnquanto o Mercado da Lota, hoje Mercado do Rio Azul, sempre teve um papel de apoio à comunidade piscatória, que encontrava aqui parte do seu sustento com a venda do seu peixe”, explica.

Mas hoje, este modelo começa a sofrer alterações profundas. A par do Mercado do Livramento, o Mercado do Rio Azul também já recebe grupos de turistas que “vvêm conhecer as tradições piscatórias de Setúbal e a história da nossa comunidade”, avança o autarca.

“AA prova maior desse novo papel é a presença semanal de grupos dos EUA, que vêm com um guia ao Mercado do Rio Azul. Uma visita durante a qual é explicada a história do lugar e todas as espécies da região que são pescadas”.

Público americano à descoberta da cultura da pesca em Setúbal

A

celebrar hoje o seu primeiro aniversário desde a requalificação total de que foi alvo, o Mercado do Rio Azul está ser preparado para receber novos turistas e cada vez mais clientes, com uma oferta de serviços diversificada.

Rui Canas, presidente da união das Freguesias de Setúbal, garante “eeste primeiro ano foi muito positivo, num mercado criado para a população. Foi o tempo de consolidar um projecto pelo qual muito se lutou e que deu muito trabalho para concretizar. Agora queremos que os turistas e clientes recebidos todas as semanas no mercado sejam um exemplo do futuro que queremos”.

Afinal, não é por acaso que a entrada principal do Mercado do Rio Azul está voltada para o rio. “D Dali virá o novo turismo de Setúbal e este espaço será uma das suas portas de entrada”, revela o autarca.

A par da aposta no turismo, asse-

RUI CANAS. Presidente da União de Freguesias de Setúbal

gurar a qualidade superior dos produtos também faz parte da estratégia para 2020. Para tal vai contribuir “uuma nova camara frigorifica e uma máquina de gelo”. Serviços que vão estar disponíveis para os comerciantes já em Fevereiro.

No parecer do autarca “eeste é mais um passo para subir o patamar de qualidade e autonomia que se espera do Rio Azul”, tendo em conta que actualmente os comerciantes têm de adquirir o gelo fora das instalações do mercado, nomeadamente no Mer-

O mercado do ‘quinhão’ de peixe Criado na década de 1960 para dar melhores condições de vida à comunidade piscatória de Setúbal, que careia de outros rendimentos para os dias de má faina, o Mercado da Lota nasceu como local onde os pescadores vendiam o seu ‘quinhão’.

“TTodos os dias os pescadores recebiam, quando vinham da faina uma parte do que era pescado.

Esse ‘quinhão’ podia chegar aos 15 quilos mais”, conta Rui Canas, nascido numa família também li-

gada à pesca.

“M Muito desse peixe era vendido ali mesmo na rua, à chegada dos pescadores. Era mais barato, vendido às ‘tecas’, pequenos montes com várias qualidades misturadas. Mas com o passar do tempo a Câmara Municipal de Setúbal quis dar outras condições aos pescadores que encontravam assim uma alternativa para o seu sustento”.

Foi então criado o Mercado da Lota, através de um protocolo com

a Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra.

“P Passadas décadas, o espaço começou a precisar de obras e em 2013 foi mesmo encerrado pela ASAE [Autoridade de Segurança Alimentar e Económica]”, recorda Rui Canas.

As tentativas para fazer reparações de forma gradual não solucionaram os problemas crescentes e em 2017 arrancaram as obras para concretizar o que é hoje o Mercado do Rio Azul.

No futuro, Rui Canas espera ver concretizado o plano no qual a autarquia e a Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra (APSS) têm estado a trabalhar, “nno sentido de trazer actividade permanente ao cais da Docapesca, para além do movimento anual da Semana do Mar”. A estratégia passará por espaços de restauração e actuações culturais.

“Vamos estar sempre aqui para ouvir os comerciantes e melhorar o futuro em conjunto” Sobre as mais recentes queixas de alguns comerciantes, em relação à manutenção e limpeza do espaço, bem como sobre vendas que não estariam a correr de acordo com o regulamento do Mercado do Rio Azul, o presidente garante que todos os comerciantes têm a sua situação regularizada e em dia e que o mercado não podia estar mais acompanhado pela autarquia.

“TTodos os comerciantes que vendem no mercado estão devidamente autorizados e as suas faltas justificadas, ao contrário do que foi alegado recentemente. E não registamos incumprimentos no regulamento, que por sinal foi aprovado apenas há três meses, uma vez que envolveu várias entidades – desde a autarquia, à Docapesca e APSS, proprietária do edifício – para além disso tivemos de aguardar a publicação em Diário da República”, esclarece.

SEXTA-FEIRA 31/01/2020

REGIONAL

O DIĂ RIO DA REGIĂƒO DE SETĂšBAL

5

SESIMBRA Acordo assinado ontem assegura financiamento atĂŠ 100 mil euros

Francisco Jesus e pimenta Machado asseguraram cooperação entre município e APA e o vice-presidente da agência disse que solução encontrada Ê a melhor

DIREITOS RESERVADOS

AgĂŞncia Portuguesa do Ambiente paga abertura da Lagoa de Albufeira

APOSTA. APOSTA.

combinar a combinar governação governação a momo Agênciaparticipada Portuguesa com do Ambienbilidade bilidade a sustentabilidade te eurbana, a Câmara de Sesimbra asecológica, ecológica, a inovação, a conectiviconectivi sinaram ontem um contrato dadea de dade pessoas e serviços públi públipara abertura da Lagoa de Albufeira, cos cos fundamental para assegurar a qualia qualidade de vidaaquídas dade da ågua para actividades populaçþes populaçþes colas e de recreio naquele espaço Em Portugal, hå jå dezenas de ciEm ci natural. dades dades que integram de CidaCida O contrato para aa Rede abertura da des Inteligentes, des com benefícios sig sigLagoa de Albufeira, assinado na Casa nificativos nificativos para na milhares de pessoas. do Governador Fortaleza de SanNo entanto, No sósequência duas cidades portu portutiago, surge na de um meguesas (Castelo guesas de do Vide e Évora) es esmorando de Junho ano passado. tão, tão, a nível mundial, incluídas O memorando estabelece quenas as chamadas chamadas cidades inteligentes, uma obras de abertura da lagoa devem ser executadas pelo município sesimbrense, sendo o financiamento assegurado pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) atÊ ao montante de 100 mil euros.

A

selecção feita pelo ICF – Fórum de selecção Comunidade Inteligente Comunidade

lemóveis capazes de monitorizar o lemóveis estado de conservação das ruas estado

Montijo nĂŁo integra a Rede PorMontijo Por ttuguesa uguesa de Cidades Inteligentes, ponpon do-se Ă margem da modernidade e do-se do futuro, preferindo comportar-se do como uma cidade 'sem rei nem roque', como atrasada tecnolĂłgica e digitalmente atrasada

permite, jå hoje, em muitas permite, cidades gerar informação on-line cidades para a câmara para Poupar ågua, tempo e dinheiro Poupar

de euros ao erårio público de bebedouros e fonbebedouros fon tes públicas de ågua potåvel para tes combater o uso de garrafas de plåscombater plås ttico ico aplicativos móaplicativos mó vveis eis a existência de engarrafaengarrafa m mentos entos assim como alterar o tempo dos semåforos de acordo com o afluxo dos de trânsito de

Garantir aplicaçþes que permitam Garantir receber nos telemóveis avisos, em receber tempo real, sobre o congestionamento tempo ou alteração nos fluxos de trânsito na ou cidade cidade

por aparelhos capazes de fazer a por saber a hora precisa a que saber leitura, em tempo real, do consumo passa leitura, passa o autocarro, bem como adaptar e repassar os dados para uma central automaticamente automaticamente as sinalizaçþes roro municipal e respectivos moradores municipal ddoviĂĄrias oviĂĄrias para evitar filas e ajudar a uma racionauma raciona encontrar encontrar estacionamento ACORDO. Presidente da autarquia, Francisco Jesus, e ointeligente vice-presidente da APA, Pimenta Machado lização lização da ĂĄgua apli apliapli perdas perdas milhĂľes ccaçþes milhĂľes açþes capazes de comunicar, por aplicativos nos teaplicativos te “EEste acordo estabiliza uma relação vaguardar os valores ambientais, e que o entendimento vai permitir “um entre a Câmara Municipal e a AgĂŞncia as questĂľes de ordem econĂłmica e maior acompanhamento dos projetos Portuguesa do Ambiente, e ĂŠ o melhor turĂ­sticaâ€?, sublinhou o presidente da para a LagoaÂť, referindo-se, em conmodelo que encontrĂĄmos garantir a autarquia. creto, Ă solução que estĂĄ a ser estuabertura da Lagoa, por forma a salFrancisco Jesus acrescentou ainda dada pela APA para o desassorea-

mento e abertura de um canal de maior profundidade. o vice-presidente da APA disse que o acordo ĂŠ uma â€œĂłĂłptima decisĂŁo, baseada no princĂ­pio da proximidade e no entendimento entre a Administração Central e LocalÂť. Pimenta Machado acrescentou que a solução encontrada â€œĂŠĂŠ a forma mais sustentĂĄvel e cĂŠlere para que a abertura possa ser efectuada em tempo Ăştil e na altura certa, e enalteceu a disponibilidade da autarquia para executar exemplo, aexemplo, obra.â€? com os contentores do lixo, lixo, forma a saber se os mesmos "AA de Lagoa de Albufeira tende a fechar precisam, nĂŁo, de ser despeja aprecisam, ligação aooumar devido ao despejaassoreados dos veĂ­culos veĂ­culos eco mento, sendo necessĂĄrio procedereficientes, eficientes, assim como criar se Ă abertura artificial", referenovas uma oportunidades oportunidades a mobilidade nota de imprensapara da APA. coletiva, coletiva, nomeadamente do "AA questĂŁo da aberturaatravĂŠs da lagoa usomar uso da bicicleta m ao ĂŠ crĂ­tica para a renovaçãouda Parque dedaCiĂŞncia Parque Tecnologiadas liliqualidade ĂĄgua e eviabilização gado Ă s Universidades gado com vista Ă actividades humanas e econĂłmicas criação deque criação empresas de base tectece presentes aĂ­ se desenvolvem nolĂłgica, nolĂłgica, cientĂ­fica e criativa deste que dependem da qualidade sistema natural", acrescenta o docupode angariar verbas pode mento. europeias europeias nacionaisa Câmara MuEm anos eanteriores, tde ransformação digital nicipaltransformação Sesimbra teve de suportar de dados entre as algumasa partilha vezes todos os encargos organizaçþes organizaçþes com as obras de abertura da Lagoa de Albufeira e, quando necessĂĄrio, tambĂŠm obras de reabertura, situação que foi vĂĄrias vezes criticada publicamente por diversos autarcas sesimbrenses.

ALCà CER DO SAL Vítor Proença presente em reunião na CCDRA com ministra da Coesão Territorial

V

ítor Proença, presidente da Câmara Municipal de Alcåcer, esteve recentemente reunido na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo - CCDRA, em Évora para debater a execução do Programa Operacional Regional e a Estruturação das EstratÊgias Regionais e sub-regionais do programa Portugal 2030.

Presente na reuniĂŁo enquanto pre-

DIREITOS RESERVADOS

EstratÊgias do programa Portugal 2030 em debate no Alentejo sidente da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral - CIMAL, Vítor Proença, participou no debate ao lado da ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, acompanhada do Secretårio de Estado Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Carlos Miguel, da Secretåria de Estado da Valorização do Interior, Isabel Ferreira, e do Presidente da CCDR Alentejo, Roberto Pereira Grilo.

Sabores de SetĂşbal Sabores

PUBLICIDADE

Sabores de SetĂşbal Sabores

igos Bo Aoss nossos Cliente e Am Ao

as Festas

Encerra à segunda-feira Encerra Especialidades 3HL[H H &DUQHV *UHOKDGRV 0DVVLQKD GH 6DSDWHLUD $UUR] GH 0DULVFR &KRFR )ULWR $RV DOPRoRV PHQX GR GLD Morada 7UDYHVVD GR 6HL[DO Q ž U F ¹ 6HW~EDO Contacto:

&

Fessttaass Felizes Fe

REGIONAL

SEXTA-FEIRA 31/01/2020

O DIÁRIO DA REGIÃO DE SETÚBAL

DIREITOS RESERVADOS

6

DIREITOS RESERVADOS

Líder distrital não se recandidata

DEPUTADO MUNICIPAL. Vai ficar na Assembleia de Setúbal

SETÚBAL

Centrista anuncia candidatura n'O SETUBALENSE

João Viegas diz que “sopram ventos de mudança” pelo que aguarda uma “efectiva renovação”

João Merino vai disputar O a distrital do CDS O presidente da concelhia do Montijo diz que o partido “tem estado adormecido” na região e aponta o dedo ao reinado de João Viegas.

“Tem de existir uma renovação forte na liderança do partido em Setúbal”, defende POR MÁRIO RUI SOBRAL

J

oão Merino, presidente da concelhia do Montijo do CDS, vai candidatar-se à presidência da Distrital de Setúbal do partido, nas eleições que vão decorrer no próximo dia 29 de Fevereiro.

Em comunicado enviado a O SETUBALENSE, o centrista – que desempenha também funções de deputado municipal no Montijo e que passou a integrar a Comissão Nacional do partido, eleita no congresso de Aveiro, no passado fim-de-semana – anuncia a candidatura à liderança da estrutura distrital e justifica a decisão.

Os resultados das últimas eleições “O foram muito maus, confirmando uma curva descendente que importa contrariar. Isso não me parece exequível com as mesmas caras de sempre, com as mesmas estratégias de sempre. Tem de existir uma renovação

forte na liderança dos destinos do CDS em Setúbal, com gente nova, nova gente e gente que já deu muito ao partido e é por isso mesmo, com este grito das bases, este grito de renovação que foi iniciado em congresso, que anuncio a minha candidatura à liderança da Distrital de Setúbal, com uma lista forte, plural, de união, mas acima de tudo de construção”, escreveu João Merino.

O democrata-cristão vai mais longe ao afirmar que, a exemplo daquilo que considera que tem vindo a acontecer no plano nacional, “ttambém no distrito o CDS tem estado adormecido”, fruto de uma “lletargia autoimposta pela actual liderança”, apontando assim o dedo a João Viegas, responsável pela distrital nos últimos tempos. “LLiderança esta que terminou mandato no passado dia 27 e, portanto, se encontra em período de transição até às eleições, já anunciadas para 29 de Fevereiro”, faz questão de sublinhar.

“Vamos trabalhar com todos os que venham por bem”, promete João Merino, ao mesmo tempo que realça que o CDS tem de “sser o veículo das soluções para os problemas das populações do distrito de Setúbal” bem como “oo refúgio dos mais desfavorecidos”, defendendo “aas pessoas”, “aa liberdade individual” e “a democracia”.

O centrista deixa ainda uma garantia: “VVamos trabalhar juntos por Setúbal e para que Setúbal volte a acreditar no CDS”.

Congresso 'foi enorme vitória das bases' Na mesma nota, o novo membro da Comissão Política Nacional do CDS destacou também a “m maioria expressiva obtida no resultado final” pelo novo líder do partido, Francisco Rodrigues dos Santos, no congresso de Aveiro.

“FFoi uma enorme vitória das bases.

O congresso decorreu de uma forma correcta, com ampla discussão de ideias e de caminhos diferentes mas com um desfecho muito claro: de um lado todos os actuais e antigos dirigentes nacionais (deputados incluídos) apoiando uma continuidade personificada por João Almeida e do outro as bases, o militante anónimo de norte a sul do País que via em Francisco Rodrigues dos Santos o timoneiro certo para os ventos que se adivinham”, analisou. “JJá se sente uma energia renovada no partido.

São já inúmeras as refiliações e declarações de apoio. O partido volta a acreditar e o País também”, concluiu.

Além de João Merino, três outros nomes do Distrito de Setúbal têm também lugar nos órgãos nacionais do partido: Sara Machado Gomes (presidente da concelhia de Almada) e Hélder Rodrigues (da concelhia do Barreiro) integram igualmente a Comissão Política Nacional; e Linda Oliveira Catarro (da concelhia de Palmela) faz parte da Comissão Jurisdicional.

actual presidente da comissão política distrital do CDSPP não vai recandidatar-se, nas eleições marcadas para dia 29 de Fevereiro, confirmou ontem o próprio, em nota enviada a O SETUBALENSE. “S Sopram ventos de renovação e aguardo uma efectiva renovação”, afirma João Viegas, que esteve quatro anos à frente da distrital. O ainda líder centrista na região recorda que nos seus “llongos anos de dedicação”, o partido conseguiu os “m melhores resultados de sempre” no distrito de Setúbal.

“EEm 2005 para as eleições legislativas; em 2009 para as eleições europeias, legislativas e autárquicas em que concorri a Presidente da Câmara Municipal de Setúbal, tendo obtido o melhor resultado de sempre do CDS-PP sem ser em coligação, e em 2011 com um extraordinário resultado nas eleições legislativas, que permitiu ao CDS-PP eleger dois deputados pelo círculo eleitoral de Setúbal, tendo eu sido o segundo eleito para essas funções”, recorda.

Depois de um período de crescimento regional do CDS-PP, em que “m muitos” eleitores “aacreditaram no projecto de mudança e de proximidade com as pessoas”, as últimas eleições obrigam o presidente da distrital a tomar a esta decisão.

“O Os últimos resultados eleitorais ficaram aquém das expectativas e esta reflexão tem de ser feita”, reconhece João Viegas.

Acresce que, no recente congresso do partido, a o líder nacional eleito não foi João Almeida, que o deputado municipal de Setúbal

apoiava. “P Perante esta nova realidade, entendo que não me devo recandidatar ao cargo de presidente desta estrutura”, conclui.

Concelhias em quase todo o distrito Na hora de sair, o ainda líder distrital destaca o estado em que deixa a estrutura regional do partido.

“AApesar da conjuntura a nível nacional difícil, saio deixando estruturas concelhias eleitas em praticamente todo o território do distrito e um número razoável de autarcas, resultado de um intenso trabalho de preparação dessas eleições”.

João Viegas assegura que vai continuar a estar “ccomo sempre” com o CDS-PP e “aatento para que o partido não derive para um discurso diferente daquela que é a sua matriz” e informa que manterá mandato de deputado na Assembleia Municipal de Setúbal. Nessas funções, garante, promete colocar “oo superior interesse dos setubalenses e do desenvolvimento deste concelho, acima de qualquer estratégica partidária”.

O ainda presidente defende que o CDS-PP “rrepresente uma direita democrática e popular, com uma profunda matriz humanista e que resista à tentação de se tornar numa direita intolerante e meramente populista” e, à próxima liderança distrital, deixa votos de sucesso.

“D Desejo um bom trabalho e que melhore os resultados eleitorais autárquicos no distrito, visto tratar-se das primeiras eleições que vão disputar. Que opere uma efectiva renovação e não se limite a mudar as pessoas de sítio, operando uma mera renovação estética.”, refere.

João Viegas termina com um “eespecial agradecimento a todos que ao longo destes anos” estiveram ao seu lado “nno sucesso e no insucesso, mas sempre com enorme dedicação”.

MONTIJO

Espectáculo de 'stand up comedy'

'Beatriz Gosta' sobe ao palco do Cinema Teatro Joaquim d' Almeida

SEXTA-FEIRA, 31/01/2020

O “stand up comedy” está de regresso à principal sala de espectáculos do Montijo. Na próxima segunda-feira, a partir das 21h00, o Cinema Teatro Joaquim d' Almeida vai receber o es-

LOCA L

pectáculo “Quem Acredita Vai/Beatriz Gosta”. O “show” centra-se numa personagem fictícia (Beatriz Gosta) que, desde 2015, “dá vida a um vídeo blog quinzenal que chega agora ao

palco em formato de 'stand up comedy'”, revela a Câmara Municipal do Montijo. Uma “espécie de diário íntimo”, que tem como temas centrais “a boémia, o sexo, as relações huma-

7

nas e o quotidiano”, adianta a autarquia. O espectáculo é dirigido a maiores de 16 anos e os bilhetes custam 12 euros (plateia), 10 euros (1.º balcão) e 8 euros (2.º e 3.º balcão).

Comandante Américo Moreira realça trabalho desenvolvido

Cerimónia ficou ainda marcada pela inauguração de quatro ambulâncias à corporação

FOTOS: DIREITOS RESERVADOS

Bombeiros do Montijo mostram serviço em dia de aniversário vem aí e isso estava implícito nas palavras dos responsáveis.

Nuno Canta promete mais

POR MÁRIO RUI SOBRAL

M

ais de 26 mil e 500 serviços, entre acções de socorro e outras não urgentes, foi o resultado da actividade em 2019 dos Bombeiros Voluntários do Montijo, que no passado domingo, 26, celebraram 111 anos de existência.

Os números “ffalam por si”, conforme disse o comandante da corporação Américo Moreira durante a sessão solene, que decorreu no quartel da unidade, em discurso que voltou a sublinhar a O SETUBALENSE. “AA população necessita que façamos esforços redobrados, que sejamos criativos e inovadores, para oferecermos dia após dia mais serviços, mais qualidade, mais satisfação”, considerou, adiantando que no ano passado a corporação deu resposta a “1 10 041 serviços de socorro, entre emergências pré-hospitalares e incêndios, e ainda a 16 481 serviços não urgentes”, o que representou “uum aumento na ordem dos 15%” face a 2018.

O comandante alertou para um

aumento, a cada dia que passa, de “ssituações de risco e fragilidade” na cidade do Montijo. “EEste é um dos maiores desafios com que nos deparamos actualmente. Uma instituição como a nossa vive para a comunidade e não pode, de forma alguma, limitar o seu trabalho às rotinas do quotidiano”, afirmou, deixando elogios às

autarquias locais – tal como fez o presidente da direcção, Amável Pires – mas também um aviso para aquilo que o futuro reserva.

“TTorna-se evidente que no nosso trabalho e missão nada seria possível sem a estreita colaboração da nossa Câmara Municipal que, das mais diversas formas, vai sempre dizendo

presente. No entanto, é importante referir que a segurança da cidade do Montijo será cada vez mais exigente e, para fazer face aos novos desafios, contamos com a colaboração da nossa autarquia. Que esta possa estar sensibilizada para o futuro próximo, para a segurança dos montijenses e de todos em geral”, frisou. O aeroporto

A sessão solene ficou, de resto, marcada pela inauguração de quatro ambulâncias atribuídas à corporação.

“S São duas ambulâncias de transporte de doentes e uma de emergência, adquiridas através do apoio financeiro da Câmara Municipal do Montijo, uma das quais no seguimento da renovação do contrato com a Repsol, referente ao posto de abastecimento de combustível localizado na Avenida de Olivença”, explicou a autarquia em nota de Imprensa. A quarta viatura, acrescentou a edilidade, é “dde emergência médica e teve o patrocínio do INEM”.

Coube ao presidente da Câmara, Nuno Canta, encerrar os discursos oficiais e o autarca devolveu os louvores recebidos. “O Os bombeiros mantêm um serviço exemplar de emergência e socorro das populações. Lutam pela protecção civil, partem pelos confins do País, integrados no dispositivo de combate a fogos florestais, convictos que estão a cumprir um dever para com os seus concidadãos”, lembrou, reforçando que “iimporta valorizar e acautelar” a missão dos soldados da paz. A resposta ao alerta lançado veio depois: “S Sabemos que existem dificuldades e novos riscos e desafios. Importa dignificar, reforçar e ampliar a capacidade das nossas corporações de bombeiros. Nesse sentido, estamos atentos e convictos dos apoios necessários, certos também que é essa a vontade do povo do Montijo. Vamos continuar o investimento, como fizemos hoje, em novas ambulâncias, vamos continuar a valorizar os nossos bombeiros, com equipamentos de protecção individual e melhores instalações.”

No decorrer da cerimónia, como é habitual, a Associação dos Bombeiros Voluntários do Montijo distinguiu vários elementos da corporação, bem como instituições, empresas e outras entidades que têm apoiado a unidade.

LOCAL

SEXTA-FEIRA 31/01/2020

O DIÁRIO DA REGIÃO DE SETÚBAL

Condições gerais para cumprir apresentadas na Declaração de Impacte Ambiental

DIREITOS RESERVADOS

8

Aeroporto implica muita obra no Montijo e na região POR FRANCISCO ALVES RITO MÁRIO RUI SOBRAL

O

Aeroporto do Montijo vai implicar um conjunto de intervenções que vão mexer com a região. O SETUBALENSE dá-lhe a conhecer as condições gerais a cumprir constantes na Declaração de Impacte Ambiental (DIA) emitida pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e publicadas no site desta entidade.

Em termos de acesso rodoviário à A12, a ligação apresenta duas alternativas, ambas com mais de três quilómetros e que, em estudo, têm um troço comum nos primeiros 1,5 Km, a iniciar a cerca de 500 metros dentro da BA6. A beneficiação desta estrada de acesso ao Cais do Seixalinho deve “iintegrar a ciclovia e ainda uma zona verde, além dos passeios em ambos os lados”, estando prevista “uuma faixa de rodagem com 7 metros de largura, dotada de duas vias de 3,5 metros, uma em cada sentido”, pode ler-se no documento.

Recomendações à tutela Uma das medidas a cumprir passa pela promoção de um “pplano de desenvolvimento territorial associado ao aeroporto” que englobe “aa concretização de ligações rodoviárias” entre Seixal e Barreiro e entre Barreiro e Montijo bem como a concretização das ligações de comboio

Barreiro-Lisboa e Barreiro-Montijo.

Este plano deve ainda abranger o “rreforço de equipamentos” de saúde, segurança, educação e abastecimento de água e saneamento.

“P Promover a elaboração de um estudo técnico e de um plano de implementação de soluções para abastecimento de combustíveis ao Aeroporto do Montijo por pipeline”, como defende a Câmara do Montijo, é outro dos pontos mencionados.

A juntar a estes há ainda a “ccriação de uma sociedade” que permita implementar medidas de compensação para protecção e conservação da avifauna, como a “aaquisição de salinas [no Montijo] numa área total no mínimo igual à área sujeita a perturbação forte, ou seja 1 467 hectares”.

Condicionantes Entre as condicionantes apresentadas encontra-se a desactivação dos furos de captação de água para consumo humano no Samouco e a criação de dois novos furos de captação e dois novos reservatórios “nna zona da Lagoa da Cheia/Pinheiro da Cruz, no concelho de Alcochete”.

O tráfego aéreo deve ser proibido entre 0h00 e as 6h00.

Elementos a apresentar (planos e estudos em falta) No que toca a elementos a apresentar (planos e estudos ainda em falta) está uma avaliação do cresci-

mento de utilização do Terminal Fluvial do Seixalinho. No documento, defende-se um “pprotocolo de articulação” com a Transtejo que garanta que “oos dois navios a serem adquiridos se encontram operacionais aquando da entrada em exploração do Aeroporto do Montijo”.

A reformulação do programa para protecção ao impacte do ruído em edifícios, como escolas, hospitais ou similares, e habitações é outra das questões apontadas. É entendida a necessidade de determinar “aa efectiva exposição ao ruído” na maior exposição aos sozona de “m brevoos (Moita), nomeadamente EN 11-1 e Av. 1.º de Maio em função do impacte para a saúde”. É também defendido um estudo que “aavalie o nível de serviço de nós rodoviários”, nomeadamente “nnas zonas próximas do novo acesso ao Cais do Seixalinho e vias existentes: zona com o novo acesso ao Cais do Seixalinho, Estrada do Seixalinho, Rua Quinta da Praia, Rua Oceano e EM501, Estrada Real e EN119. Para a Avenida de Portugal, Avenida Capitão Salgueiro Maia e Avenida Garcia da Orta “devem ser identificados e quantificados” todos os casos de sobre-exposição a ruído, para apresentação detalhada das medidas necessárias a implementar.

Medidas de minimização Criar áreas de estacionamento

para trabalhadores do aeroporto, quer na fase de construção quer na de exploração é também outra das obrigações, de forma “a não afetar a capacidade de estacionamento dos residentes locais e utilizadores do transporte fluvial”, em particular no Samouco e no Cais do Seixalinho.

Prevista está também “aa construção de um parque de estacionamento de bicicletas, no Aeroporto do Montijo e no Terminal do Cais do Seixalinho”.

O acesso rodoviário ao Cais do Seixalinho terá de ser alargado e beneficiado, devendo “pprivilegiar o seu desenvolvimento dentro dos terrenos da BA6, evitando expropriações de habitações e terrenos particulares agrícolas e empresariais”.

Já o serviço de shuttle rodoviário entre o aeroporto e o Cais do Seixalinho terá de garantir “aarticulação com a oferta fluvial (horários, período de funcionamento, capacidade)”; “ggratuitidade para os passageiros e trabalhadores do aeroporto que utilizam o serviço fluvial”; e uma “dduração de percurso reduzida (aproximadamente 5 minutos)”.

O documento foca a necessidade de “ccriação de serviços rápidos de autocarros (tipo shuttle), para ligação entre o Aeroporto do Montijo e a Gare do Oriente, com prolongamento ao Aeroporto de Lisboa e com uma oferta de 6 a 8 circulações/hora nas horas de ponta e 3 a 6 circulações

/hora nos restantes períodos. Aponta de igual forma a estação de comboios do Pinhal Novo que deverá ter uma a oferta de 4 a 5 circulações /hora (nas horas de ponta) e 2 a 3 circulações/hora (nos restantes períodos) para ligação à rede ferroviária”.

Terá de ser garantida “aa criação, no futuro, de uma via dedicada no acesso da A12 ao Aeroporto do Montijo”, desde início na nova Praça de Portagem e nos ramos do nó com a A12 orientados para Lisboa. Além disso, reformular a solução de estacionamento dos visitantes ao edifício da Lusoponte, na zona da Praça de Portagem da Ponte Vasco da Gama, e adoptar soluções de redução de iluminação pública à noite sobretudo nas áreas mais próximas do Estuário.

Juntas com atendimento ao público No decorrer das obras, numa fase inicial, terá de ser recuperada e adaptada a vedação da BA6. Durante toda a fase de construção tem de ser garantida “aa saída de veículos das zonas de estaleiros e das frentes de obra para os caminhos internos da BA6”. Para via pública será feita “dde forma a evitar a sua afectação por arrastamento de terras e lamas pelos rodados dos veículos”. Delimitar as áreas das obras e os corredores de trânsito para máquinas

SEXTA-FEIRA 31/01/2020

LOCAL

O DIÁRIO DA REGIÃO DE SETÚBAL

no acesso ao estaleiro, além de garantir “oos limites dos taludes do aterro do acesso” é uma medida a aplicar nas áreas a sul e leste do Bairro da Boa Esperança.

As juntas de freguesia de Samouco, S. Francisco e Montijo/Afonsoeiro vão ter de definir atendimento específico ao público “ppara esclarecimento de dúvidas e recepção de eventuais reclamações”.

Ainda durante a construção, terá de ser elaborado “uum plano de circulação rodoviária” para essa fase, evitando “oo atravessamento de núcleos urbanos, designadamente do Samouco”.

O documento sublinha também que, sempre que seja viável, deve ser feito “rrecrutamento de mão-deobra local”, através de “pprotocolos com o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) do Montijo e Centro de Emprego do Montijo, que abrangem desempregados dos concelhos do Montijo e Alcochete, e com o IEFP do Barreiro e Centro de Emprego do Barreiro, que abrangem desempregados dos concelhos do Barreiro e Moita”. Além disso “ppromover a aquisição de produtos e serviços junto de empresas instaladas em Alcochete, Montijo, Moita e Barreiro”.

PUBLICIDADE

9

Emprego para residentes de Montijo, Alcochete, Barreiro e Moita Na fase de operacionalidade, tem de ser implementada a criação de “uum sistema online ou telefone para reclamações de ruído por parte das populações, com informação à ARSLVT”. De igual modo tem de ser assegurada “uuma adequada gestão dos parques de estacionamento e do preço” para “ppotenciar uma maior utilização do transporte colectivo”.

Ao mesmo tempo, deve-se proceder à “ccolocação de desempregados residentes nos concelhos de Alcochete, Barreiro, Moita e Montijo no âmbito dos postos de trabalho a criar pelo futuro Aeroporto”.

Medidas compensatórias Nas medidas compensatórias será assegurado a aquisição de “tterrenos (salinas, terrenos agrícolas, etc.), através do pagamento pela ANA de 7,2 milhões de euros aquando da assinatura do contrato de concessão, mais uma taxa de 4,5 euros por cada movimento aéreo”.

Além disso, a frota da Transtejo terá de ser reforçada com dois navios de propulsão eléctrica, para a ligação entre o Cais do Seixalinho e Lisboa.

10

LOCAL

MONTIJO

SEXTA-FEIRA 31/01/2020

O DIÁRIO DA REGIÃO DE SETÚBAL

Circuitos anulados e horários encolhidos irritam comunistas

O aumento de passageiros, graças ao Navegante, deveria implicar o reforço de carreiras dos TST, mas a administração decidiu espartilhar o serviço. Os comunistas não gostaram e criticaram a empresa

DIREITOS RESERVADOS

PCP não perdoa à TST corte de carreiras...

A

administração da Transportes Sul do Tejo (TST) decidiu suspender e alterar carreiras, o que mereceu o protesto da Comissão Concelhia de Montijo do Partido Comunista Português. Uma “ccrítica veemente” à empresa, refere esta estrutura do PCP. Em causa estão as carreiras 435, 432, 453, 431, 416 e 413.

Diziam os comunistas que o novo quadro legislativo, que entrega à Área Metropolitana de Lisboa e aos municípios a responsabilidade de gestão dos transportes rodoviários de passageiros no seu território e, acima de tudo, a implementação do novo passe social, “aabriram campo a uma nova fase na política de transportes”.

A consequência do novo passe foi um “aaumento significativo do número de passageiros transportados, em total contraste com o decréscimo

TST NO MONTIJO. Comunistas já fizeram saber à empresa que não aceitam as alterações nas carreiras 435, 432, 453, 431, 416 e 413

que se vinha a verificar ao longo de muitos anos de desinvestimento e aumento de preços”, refere comunicado da Comissão Concelhia, que acrescenta que esta nova realidade “éé incompatível com atitudes unilaterais de uma empresa privada de capitais transnacionais, que desres-

peitando e ignorando o quadro legal e os compromissos de prestação de serviços, demonstra, mais uma vez, a premente necessidade do serviço público de transportes ser prestado por empresas públicas”.

Esta é uma posição alinhada com a defesa e reforço do serviço público

de transportes por parte do PCP, em paralelo com a exigência do fim das concessões a privados. Agora, perante a decisão de corte de carreiras por parte dos TST, dizem os comunistas que a mesma só foi “ttravada e parcialmente revertida, graças à luta e à contestação dos utentes e dos elei-

tos da CDU nas autarquias”.

Perante os acontecimentos, a estrutura do PCP do Montijo afirma que “oos passos que têm sido dados por parte da empresa, não correspondem à real necessidade dos utentes, que deveria passar pelo aumento e não pela redução da oferta”.

... e não aceita taxa de estacionamento no hospital Moção de protesto apresentada na União de Freguesias de Atalaia e Alto Estanqueiro-Jardia vai ser entregue a várias entidades incluindo o Ministério da Saúde. Dizem os comunistas que a decisão da administração do CHBM é um atentado ao Serviço Nacional de Saúde

O

PCP está em desacordo com a decisão da administração do Centro Hospitalar Barreiro – Montijo (CHBM) de taxar o estacionamento público de viaturas aos utentes e trabalhadores desta unidade no Barreiro.

Para os comunistas esta é uma medida “iinaceitável que agrava as condições de acesso à saúde e ao trabalho, do povo e dos trabalhadores”, referem num documento a ser enviado à administração do CHBM, Ministério da Saúde, aos grupos par-

lamentares dos partidos e eleitos na Assembleia Municipal.

Considerando que, como se já “C não bastasse o subfinanciamento no Serviço Nacional de Saúde e a falta de trabalhadores – o que põe em causa o direito à saúde que a Constituição consagra -, vem agora a administração do CHMB tentar agravar a situação”, cita o documento que passou pela Assembleia de Freguesia de Atalaia e Alto Estanqueiro-Jardia.

Refere ainda o PCP que esta me-

dida “vvisa atingir o Serviço Nacional de Saúde e, através dele, o direito constitucional à saúde”, ao mesmo tempo destaca que a saúde “éé um direito e não um negócio”.

A deliberação considera manifestar em nome da população do Concelho do Montijo o “mais vivo protesto contra a tentativa de taxação do estacionamento público do CHBM” e ainda “ddiligenciar por todos os meios ao seu alcance, o impedimento de tão sinistra intenção”.

SEXTA-FEIRA 31/01/2020

O DIÁRIO DA REGIÃO DE SETÚBAL

PALMELA Autarquia exige reparação do que considera de“roubo” feito às populações

Executivo quer separação das freguesias de Marateca e Poceirão antes das eleições de 2021 Foi aprovada em sessão pública descentralizada, realizada numa das freguesias em causa, importante e acutilante Moção com muitas criticas e acusações ao actual (PS) e anterior Governo (PSD/CDS-PP). O documento segue agora para os principais órgãos do poder nacionais POR LUÍS BANDADAS FOTO CARLOS DINIS

O

ponto alto da sessão pública de Câmara descentralizada, que teve lugar na Associação Cultural e Recreativa de Fernando Pó, no âmbito da Semana da Freguesia de Marateca, foi o retomar, com espirito renovado e tom crítico mais agressivo, a luta pela desagregação das freguesias da Marateca e Poceirão.

A iniciativa para apresentar a moção à reunião partiu da CDU que logo nas primeiras linhas do documento deixa a nú algumas contradições que justificam em grande parte. Pode ler-se, “oo impasse e pouca vontade política de quem tem o poder para reverter o processo”. A conjuntura política da anterior legislatura deixava antever a necessária e urgente reversão da agregação “fforçada de freguesias que, no concelho de Palmela, afectou Marateca e Poceirão”. Era expectável, admite-se no documento “ppelo menos a existência de uma maior abertura para um debate amplo e honesto sobre os efeitos práticos da lei 22/2012, decorridos alguns anos da sua implemen-

tação. No entanto, e para surpresa e desânimo de populações e autarquias, este debate e esta abertura não se verificaram a tempo das eleições de 2017, que mantiveram o mesmo mapa administrativo.

Tão pouco se vislumbra, hoje, a cerca de ano e meio das eleições de 2021, interesse por parte do Governo em resolver a situação”. Um Governo, sublinha o documento, “lliderado por um partido que, em 2012, na condição de oposição, rejeitou a agregação das freguesias imposta pelo PSD/CDS-PP”.

Na moção apresentada pelo presidente Álvaro Amaro é enfatizada “aa luta contra a agregação desenhada nos gabinetes a régua e esquadro sem considerar as diferentes realidades e expectativas de cada território” e aponta as principais penalizações que e a medida tomada pelo Governo liderado por Passos Coelho. “AA agregação levou a que a Marateca e Poceirão não fossem consideradas como freguesias rurais, no âmbito do programa de Desenvolvimento Rural e influenciou, também, a sua não inclusão na lista de zonas desfavorecidas”. O executivo lamenta ainda que “nna actualização dessa lista, no início de 2019, se tenha mantido ou devolvido esse estatuto às restantes áreas rurais da Península de Setúbal, deixando de fora o Poceirão e, por força da agregação dos dois territórios, ainda o retirou a Marateca”.

Uma decisão, realça o documento, que não acompanha “aa publicação em Diário da Republica, em Setembro ultimo, de uma Resolução da Assembleia da República, que recomenda ao Governo a integração da União de Freguesias de Poceirão e Marateca na lista de zonas desfavorecidas, foi um sinal positivo, que não gerou ainda os necessários frutos”.

O documento teçe ainda duras críticas ao PS, PSD e CDS-PP “que não têm deixado passar vários projectos de Lei que,

desde 2012, têm procurado a recuperação das freguesias que foram roubadas às populações. A proposta de lei anunciada pelo Governo em meados de 2019, como regime para viabilizar a reposição de freguesias mediante o cumprimento de alguns critérios não trazia novidades que impressionassem Marateca e Poceirão.

Tal como cumpriam os requisitos para manterem a sua autonomia aquando da reforma administrativa, estas duas freguesias continuam a reunir as condições necessárias para a desagregação, pelo que é justo exigir que esta se concretize de imediato, permitindo a preparação atempada do acto eleitoral de 2012.

A moção foi aprovada com os votos favoráveis de CDU, PS e MIM (Movimento Independente pela Mudança) e com a abstenção do PSD. O vereador social-democrata Paulo Ribeiro justificou a sua posição por, na sua opinião, “aainda não estarem cabalmente provados os benefícios ou os contras para se poder optar com plena consciência”. Na resposta, Álvaro Amaro, diz “ccompreender o desconforto de algumas forças políticas neste processo” afirmando claramente que “eeste é um processo que se tornou perverso com claros prejuízos para estas duas freguesias, baseado num pressuposto economicista para poupar dinheiro à custa das populações”.

Por isso reafirma peremptório “sse as forças políticas estiverem de acordo a reversão é simples e imediata. É tempo de fazer a vontade da população. Chega de tantos anos de penalização. Está na hora destas duas freguesias terem a sua autonomia de volta”.

O documento tem como destinários o Presidente da República, Presidente da Assembleia da República, primeiro-ministro, ministro da Administração Interna e grupos parlamentares da Assembleia da República.

LOCAL

11

12

LOCAL

MONTIJO

SEXTA-FEIRA 31/01/2020

O DIÁRIO DA REGIÃO DE SETÚBAL

Dia de festa junta comunidade escolar no Cinema Teatro Joaquim d’ Almeida

Uma “escola viva e feliz”. Foi assim que a directora da Jorge Peixinho se referiu ao envolvimento de alunos e professores na vida diária deste estabelecimento lectivo

DIREITOS RESERVADOS

Escola Jorge Peixinho homenageia alunos e professores

A

Escola Secundária Jorge Peixinho distinguiu os alunos de mérito e de valor referente ao ano lectivo 2018 - 2019, e ainda o jornalista desportivo Nuno Luz, ex-aluno deste estabelecimento de ensino no Montijo. Foi mais um festejo do Dia da Escola, e decorreu no Cinema Teatro Joaquim d’ Almeida.

PUBLICIDADE

MARIA JOÃO SERRA. A directora da escola fala de uma boa dinâmica entre professores e alunos

Esta é “uuma escola viva e feliz.

Hoje, estamos aqui, num momento simbólico onde prestamos homena-

gem aos alunos do quadro de mérito e de valor, a professores, turmas e outros que desenvolveram projectos

e actividades na nossa escola”, dizia a directora da escola, Maria João Serra, na cerimónia a 24 de Janeiro.

Por sua vez o presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, manifestou o seu reconhecimento por todos os que foram construindo a Escola Secundária Jorge Peixinho e a Escola Pública no Montijo.

O nosso futuro colectivo está na “O capacidade de reforçarmos o ensino e valorizarmos o conhecimento. Não temos dúvidas que o princípio organizador das sociedades democratas e que o desenvolvimento cultural e científico da humanidade assenta na Escola Pública. É um tema central na consolidação da cidadania e dos valores democráticos, no respeito pelos direitos humanos e na construção de uma sociedade e de um mundo melhores”, referiu o autarca.

Do Quadro de Mérito e de Valor fazem parte os estudantes, turmas e professores que se destacaram na participação em várias actividades, como o desporto escolar, o concurso nacional de leitura ou acções de solidariedade.

SEXTA-FEIRA 31/01/2020

JOSÉ MARIA FUTRE

LOCAL

O DIÁRIO DA REGIÃO DE SETÚBAL

13

Nasceu nos Pescadores em 1928 e é um dos assíduos leitores mais antigos do jornal

O último dia útil da semana é sagrado. É para meter a leitura em dia.

“Desde os tempos do Jornal do Montijo, que passou a Diário da Região e agora a O SETUBALENSE”, diz o montijense de gema, que hoje veste a pele de leitor e entrevistado

O SETUBALENSE

Entre o ritual das sextas e o embrulho com Salazar O gajo da PIDE com espingarda e a ordem de detenção

POR MÁRIO RUI SOBRAL

A

rotina já vem de há uns tempitos largos e é tão prazenteira quanto infalível. “LLevanto-me, lavome, visto-me e venho para a rua ouvir as asneiras daquela malta”. É assim que José Maria Futre (Zé Maria para os amigos) descreve como começa os dias, a caminho que está das 92 Primaveras.

A malta é a brigada dos compinchas, de uma geração que acumula a sapiência de uma vida. A rua pode resumir-se à Praça da República, na baixa do Montijo, que serve de ponto de encontro e permite descansar os ossos nos banquitos castanhos de madeira, onde se trocam incontáveis dedos de conversa e se relembram histórias antigas.

Mas, às sextas-feiras, o ritual diário de Zé Maria é ainda mais rico e igualmente inevitável. O investimento na leitura é sagrado, logo pela manhã. O homem devora as letrinhas todas – sobretudo as que se conjugam para anunciar as últimas cá do burgo –, de tal forma que até as indispensáveis “lunetas” que o ajudam a ver melhor se devem queixar, não fosse ele um dos assíduos leitores mais antigos do jornal.

“S Sou leitor desde sempre, desde o Jornal do Montijo, que passou a Diário da Região e agora a O SETUBALENSE. E hei-de continuar a ser até morrer.

Gosto de ler, de saber coisas, mais de saber as notícias da minha terra”, confessa, mas com ar surpreso por lhe parecer desajustado ter de responder a algo tão óbvio.

Benfiquista pelas cores do 11 Unidos do Montijo O futebol também lhe atrai a atenção. Confessa-se adepto das águias e avisa logo à cabeça: “FFerrenho não sou, mas gosto do Benfica”. E explica: “P Primeiro fui do 11 Unidos do Montijo, que era vermelho e branco. Mas o clube fez uma fusão com De face bronzeada e sorriso fácil, que traduz dose farta de simpatia e boa disposição, sem barriga e com os costados direitos – de fazer inveja a muito bom jovem –, Zé Maria mostra-se em forma e, acompanhado do inseparável boné amigo que ajuda a aquecer os neurónios e a proteger a já menos generosa trunfa grisalha, não se detém quando toca a relatar a forma como ocupa o tempo.

“G Gosto de dar umas voltinhas e de

o Aldegalense e o Avenida, dando origem ao [extinto] Clube Desportivo do Montijo. Como o Desportivo adoptou as cores da cidade, amarelo e verde, tinha de arranjar outro clube vermelho e branco, mas sem deixar de ser do Montijo. E escolhi o Benfi-

ca”. A festa brava é outra das predilecções. “FFiz largadas de toiros à antiga portuguesa ao pé de onde está hoje o Lidl, para os lados do campo do Olímpico do Montijo”, frisa, juntando a rematar: “C Colocávamos um redondel para fazer as largadas.”

rever as festas, do Montijo, pois, numa aparelhagem que montei para ver aquilo que costumava filmar. O resto é comer, beber e passear”, revela, por entre sorrisos soltos.

Num ápice, o gosto por dar à língua acentua-se e passa rapidamente em revista fases distintas do trajecto que desde sempre percorreu no Montijo.

“N Nasci nos Pescadores [bairro] em 1928. Mudei-me com os meus pais para a Rua Gago Coutinho. Fui para

a escola, arranjei namoro, casei e fui morar para a Rua Miguel Bombarda.

Trabalhei na Câmara, onde comecei em 1953, no tempo do presidente José Leite. Era motorista. Estive lá para aí uns 40 anos. Até me reformar, em 1987”, conta, em jeito de resumo a uma vida, lembrando que ficou viúvo há cinco anos e que é “bbem apoiado” pelo filho, também motorista na autarquia montijense, pela nora e pela neta.

Histórias para contar tem aos molhos, para dar e vender, guardadas numa memória que “jjá não é o que era”, lamenta.

“Q Quando rebentou o 25 de Abril passei para as oficinas municipais. Montei as oficinas, uma de sinalização e outra de serralharia, e fiz uma máquina para [pintar] passadeiras [para peões]. Hoje já não há nada disso”, recorda e volta a soltar nova gargalhada.

A conversa flui e Zé Maria abre mais um capítulo no livro de lembranças, que arruma nos recônditos da memória e aceita contar, ao mesmo tempo que faz jus ao facto de deter um delicioso manancial de episódios experimentados.

“LLembro-me de António Serra, presidente da Câmara [do Montijo], me ter mandado agarrar no carro e dizer-me para levar mais um [colega] comigo para irmos entregar uns embrulhos a Lisboa, onde estava o [António de Oliveira] Salazar”, relata, provocando algum suspense. “JJá não me lembro onde era”, adianta, sem deixar de criticar a memória pela pequena traição antes de prosseguir. “S Sei que, quando chegámos, dirigi-me às traseiras da residência, toquei à campainha e apareceu-nos um gajo da PIDE com uma espingarda, acompanhado por outro homem. Identifiquei-me: Câmara Municipal do Montijo.

Pus o carro lá dentro e já não me deixaram mais mexer na viatura”. Até aí tudo bem, não obstante a arma fazer parte do comité de boas-vindas.

Mas a coisa complicou-se. “EEnquanto estávamos à espera que os homens descarregassem do carro os embrulhos, que nunca soube o que era, espreitei lá para dentro e vi o Salazar a passar no corredor. Era proibido entrar, mas entrei e fui cumprimentá-lo, apertei-lhe a mão. Tudo do melhor”, atalha, antes de sublinhar que o pior estava reservado para depois. “Q Quando vinha a sair tinha ordem de prisão. Mas lá apareceu um senhor que explicou que cumprimentei o presidente com muito respeito e carinho e que ele [Salazar] tinha gostado muito. Lá me safei”, lembra, misturando na expressão um misto de troça e alívio. “EEstive lá [detido] uma ou duas horas. Nem me fale nisso...”, concluiu.

14

LOCAL

SETÚBAL

SEXTA-FEIRA 31/01/2020

O DIÁRIO DA REGIÃO DE SETÚBAL

Incubadora do Instituto Politécnico de Setúbal atrai empreendedores internacionais

Criada para ajudar a desenvolver projectos de empreendedores não portugueses, a incubadora IPStartUp tem já duas empresas instaladas, uma é da Malásia e outra do Irão

DIREITOS RESERVADOS

Empresas instaladas na incubadora do IPS marcam posição no mercado O ambiente académico é um dos atractivos da incubadora do IPS

A

VALA ALI ROHANI. Fundador da Data Corner fala em resultados promissores

vantagens de uma estrutura que faz a ponte entre os mundos académico e empresarial”, refere a administração do instituto.

Em termos de enquadramento, a incubadora IPStartUp, certificada pelo programa nacional StartUp Visa, coordenado pelo IAPMEI – Agência para

Jovem do Gracie Barra Montijo

André Cruz sagra-se vice-campeão europeu de Jiu-jitsu

O

atleta André Cruz, da Equipa Gracie Barra Montijo e residente em Pinhal Novo, sagrou-se, no passado domingo, vicecampeão no Campeonato Europeu de Jiu-jitsu Brasileiro, numa competição que decorreu no Pavilhão Mul-

tiusos de Odivelas.

Aos 15 anos, e no seu primeiro ano de faixa azul, durante 7 dias André Cruz defrontou uma grelha de 9 atletas de topo fazendo 4 lutas para atingir o pódio na categoria Juvenil 1 peso leve.

a Competitividade e Inovação, tem como traço distintivo “aa integração com o ecossistema de investigação e inovação da instituição, interligando docentes, estudantes e alumni, o que proporciona uma rede de alto valor acrescentado”, considera a sua coordenadora, Sandra Pinto.

DIREITOS RESERVADOS

incubadora de ideias de negócios do Instituto Politécnico de Setúbal (IPStartUp), desde que foi certificada em 2018, já recebeu mais de 40 candidaturas de empreendedorismo estrangeiros, dos quais foram acolhidas duas empresas: a consultora de análise de dados Data Corner, vinda da Malásia e entretanto já registada em Portugal, e um projecto de negócio na área do e-commerce, com origem no Irão, que se encontra em desenvolvimento.

Ambos os projectos têm sede no edifício da incubadora, no campus de Setúbal do IPS, e “bbeneficiam das

A isto acrescenta que a proximidade e os acordos de parceria com várias organizações da região são outras das vantagens oferecidas, “ppermitindo que os empreendedores acedam a actores que, de outra forma, dificilmente acederiam, em tão pouco tempo”.

Para Vala Ali Rohani, fundador da Setúbal foi a escolha Data Corner, “S óbvia” entre as cinco incubadoras nacionais que demonstraram interesse no seu projecto. Sobretudo pelo “aambiente académico” em que está inserida e no qual o também investigador se sentiria naturalmente em casa, mas também por ser uma região de forte tecido industrial. “P Percebi que era uma grande oportunidade de ter a colaboração do ensino superior e também da indústria”, comenta o empreendedor, que alcançou “rresultados promissores” ao longo deste primeiro ano de incubação.

Desde 1 de Maio de 2019, data oficial do registo, a consultora já angariou dois importantes clientes, tornou-se membro oficial da rede europeia EEN – Enterprise Europe Network, e planeia, ao longo de 2020, contratar dois colaboradores a tempo inteiro entre os estudantes do IPS que acolheu para estágio.

Recorde-se que o StartUp Visa é um programa de acolhimento de empreendedores estrangeiros que pretendam desenvolver um projecto de empreendedorismo ou inovação em Portugal, prevendo um processo prévio de certificação de incubadoras para que possam ser entidades de acolhimento e apoio na criação e instalação de empresas de base tecnológica.

SEXTA-FEIRA 31/01/2020

LITORAL ALENTEJANO

LOCAL

O DIÁRIO DA REGIÃO DE SETÚBAL

15

Com greve agendada para 28 de Fevereiro, enfermeiros associam-se a manifestação em Lisboa

No final do plenário ontem, dirigente Zoraima Prado afirmou que os enfermeiros decidiram não passar para as novas instalações sem que haja admissão de pessoal

DIREITOS RESERVADOS

Sindicato exige reforço de enfermeiros para nova urgência do hospital

O

Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) exigiu ontem o reforço das equipas de enfermeiros para garantir a abertura das novas instalações das urgências do Hospital do Litoral Alentejano (HLA), em Santiago do Cacém.

Em declarações à agência Lusa, Zoraima Prado, dirigente do SEP, indicou que em causa está a intenção de abertura do novo serviço de urgência (SU) do HLA "ssem que tenha sido contratado nenhum enfermeiro para reforço de equipa, quando está identificado que, para assegurar todos os postos de trabalho, é necessário admitir, no imediato, 15 enfermeiros”.

“O Os enfermeiros tomaram uma posição e disseram que não passam para as novas instalações sem que haja a admissão de pessoal”, acrescentou a dirigente nacional do SEP, no final de um plenário de enfermeiros que se realizou no HLA. De acordo com a sindicalista, a

ALMADA

ZORAIMA PRADO. Dirigente dos enfermeiros portugueses transmitiu decisões do plenário de ontem

equipa “ffoi informada que o novo SU ía abrir e tomou desde logo a posição de que não tinha condições, porque há mais postos de trabalho do que pessoas para trabalhar e perante esta posição a abertura tem sido protelada”.

“EEstas obras são positivas tanto em termos de condições de trabalho como de cuidados a prestar à população, só que ampliando um serviço sem pessoas para trabalhar não se consegue abrir todos os locais onde

os utentes podem receber cuidados”, justificou.

Segundo a dirigente sindical, a falta de enfermeiros, que “jjá obriga a um trabalho extraordinário, não se restringe ao serviço de urgência” da unidade hospitalar, que serve uma população de 100 mil pessoas, sendo “uuma carência geral” da Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano (ULSLA), de que faz parte o HLA. “AAquilo que estão a reivindicar é que haja mais evolução de enfermeiros

na instituição sob pena de se encerrarem mais camas, porque há camas que neste momento estão encerradas por falta de trabalhadores mas também de enfermeiros”, disse.

Por outro lado, segundo Zoraima Prado, os enfermeiros com contrato individual de trabalho (CIT) “eestão profundamente discriminados” devido à ausência de progressão na carreira, que, nesta unidade, “aatinge mais de 60 por cento” destes profissionais.

“Q Quando os outros trabalhadores

da Função Pública já descongelaram, os CIT não têm qualquer perspetiva de evolução na carreira e são já 60% dos enfermeiros da instituição. Não estão disponíveis para continuar a trabalhar nestas circunstâncias e exigem o imediato desbloqueio desta situação para que possam progredir”, afirmou.

Após o plenário ontem realizado, os enfermeiros entregaram uma moção ao conselho de administração da ULSLA a exigir a aplicação “ddos pontos para o descongelamento das progressões e a imediata admissão de enfermeiros”, além de terem decidido avançar com uma greve, a 28 de Fevereiro, caso não obtenham respostas às suas reivindicações.

“EEsta instituição tinha assumido, no ano passado, com o SEP, o compromisso de atribuição de pontos e ainda não o concretizou. Isto cria uma particular insatisfação, porque é uma das instituições que tem mais dificuldade em atrair profissionais.

Tem de criar mecanismos para ultrapassar estas dificuldades e este é um deles”, rematou.

Com a greve agendada para 28 de Fevereiro, os enfermeiros associamse à manifestação convocada pelas Comissões de Utentes do Litoral Alentejano, frente ao Ministério da Saúde, em Lisboa, para exigir "m mais e melhores condições de saúde" para a região.

Lusa

Comissão de utentes reuniu ontem com a ministra e diz que reabertura da urgência pode ser faseada

Garcia de Orta: Ministério vai avançar com contratação directa de cinco pediatras

O

Ministério da Saúde vai avançar com a contratação directa de cinco pediatras para o Hospital Garcia de Orta, em Almada, podendo a reabertura da urgência pediátrica no período nocturno vir a ser feita “por fases”, segundo os utentes.

Em declarações à Lusa no final de uma reunião realizada ontem à tarde com a ministra da Saúde, a portavoz da Comissão de Utentes da Saúde de Almada, Luísa Ramos, adiantou que, no encontro, Marta Temido anun-

ciou a decisão de avançar para a contratação directa dos pediatras, já que o “cconcurso que foi aberto para mais cinco vagas ficou deserto”.

“O concurso ficou deserto como nós de alguma maneira receávamos e o concurso também, ele próprio, permitia uma coisa positiva, que é e hoje fomos informados disso - a contratação directa de médicos”, disse Luísa Ramos, acrescentando que, segundo as informações que foram transmitidas aos representantes

das comissões de utentes de Almada e do Seixal presentes na reunião, neste momento já se estará “aa entrar numa negociação para a contratação directa”.

Ainda de acordo com a porta-voz da Comissão de Utentes da Saúde de Almada, “eem função do ritmo dessa contratação directa”, poderá “hhaver a hipótese” de reabrir a urgência pediátrica do Garcia de Orta. “ÉÉ uma coisa a estudar ainda, não há compromisso, mas admitem a

reabertura por fases”, salientou, explicando que essa reabertura por fases está relacionada com o facto de os cinco pediatras poderem não ser contratados ao mesmo tempo.

Quanto ao prolongamento do horário de funcionamento dos centros de saúde da Amora, no Seixal, e Rainha Dona Leonor, em Almada (a funcionar das 08h00 às 00h00, nos dias de semana, e das 10h00 às 22h00, ao fim de semana), decidido pelo Ministério da Saúde na sequência

do encerramento das urgências pediátricas do Garcia de Orta no período nocturno, Luísa Ramos disse que o reforço mantém-se.

Aliás, acrescentou, as comissões de utentes já sugeriram ao Ministério da Saúde que “aa reabertura na plenitude do serviço de urgência não devia fazer com que acabasse uma reivindicação antiga que é o prolongamento do horário de funcionamento, com mais médicos, dos cuidados primários”.

16

ALENTEJO

Apesar da falta de entrevistadores nalguns concelhos

Um quarto das explorações agrícolas já estão recenseadas

SEXTA-FEIRA, 31/01/2020

NEGÓCIOS

Cerca de 23% das explorações agrícolas do Alentejo já estão recenseadas, no âmbito do Recenseamento Agrícola 2019 (RA2019), cujo processo de recolha de dados conti-

nua no terreno, divulgou o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Segundo o INE, o recenseamento “tem por base um questionário sobre a exploração e práticas agrí-

colas, efectivo animal, máquinas e equipamentos e mão de obra agrícola, a que os produtores agrícolas têm de responder quando forem contactados por entrevistadores”.

O INE realça ainda que alguns concelhos necessitam de um reforço de entrevistadores, nomeadamente Santiago do Cacém, Odemira, Portel, Arraiolos, Elvas, Almodôvar, Nisa e Portalegre

Every Drill – Venda de equipamento pesado

“Alcançámos uma estabilidade que nos satisfaz”

JOÃO CARVALHAIS. Cofundador da Every Drill: “Melhorar sempre a qualidade da nossa oferta a preços cada vez mais competitivos”

Em menos de uma década a empresa, sediada em Fernão Ferro, já conquistou grande parte da preferência do mercado e assume-se como um dos mais importantes players na venda, assistência e reparação de maquinaria pesada no distrito de Setúbal

POR LUÍS BANDADAS FOTOS CARLOS DINIS

A

Every Drill resultou de uma vontade comum de João Carvalhais e José Jorge. O primeiro

empresta a experiência adquirida no ramo da construção como técnico enquanto o segundo trouxe consigo o saber aperfeiçoado ao longo dos anos como mecânico. Uma combinação que se mostra perfeita dado os resultados positivos alcançados até ao presente. Numa fase complicada das suas vidas proÀssionais ambos recusaram ir pelo caminho mais fácil. Desistir não era opção e abraçaram a faceta de empreendedores.

Assim nasceu a Every Drill sediada nas bem localizadas instalações da antiga paniÀcadora Pavil - em Fernão Ferro junto à estrada que liga Quinta do Conde a Sesimbra -. A ainda jovem empresa dedica-se quase em exclusivo à compra, venda, reparação e assistência de maquinaria pesada usada. A excepção é o comércio de equipamento novo devido ao acordo de parceria que mantém com a conceituada marca Dynapac. Actualmente tem o parque bem preenchido com cerca de 40 máquinas até 30 toneladas de capacidade à dispo-

sição do mercado com as mais variadas marcas desde as bem conhecidas Caterpillar, Komatsu, Hitachi, Volvo, Daewoo ou Takeuchi a outras com menor visibilidade mas com igual qualidade como a Ammaan ou Yanmar. Com esta capacidade de oferta a Every Drill assume-se como um dos players, do sector, mais importantes sediados no distrito de Setúbal.

Na conversa que manteve com O Setubalense, João Carvalhais, fala de um crescimento sustentado “sem nunca dar um passo maior do que a perna”. Mesmo em momentos em que o cenário se mostrava favorável a investimentos mais fortes “tivemos sempre o cuidado de analisar as situações para tomarmos as melhores opções”, frisa. “Nascemos em plena crise e temos noção de que ao mais pequeno deslize a margem de manobra é muito pequena”. Também por este pormenor, o cofundador da

Every Drill, acrescenta com orgulho que “o caminho não tem sido fácil.

Já passámos por alturas em que as vendas tiveram um pico interessante mas não tem sido constante”. O segredo deste negócio, revela, não está na venda mas sim na compra.

“Tivemos sempre o cuidado de analisar as situações para tomarmos sempre as melhores opções” “Comprar bem, ter margem para recondicionar, e nalguns casos reparar, com qualidade dá-nos depois margem para vender melhor”. Outros factores para o sucesso, realça,

“é estarmos nesta actividade com seriedade e honestidade. O nome de uma empresa demora muito a construir mas para deitar tudo a perder não é preciso muito. Nós orgulhamo-nos do trabalho que prestamos. No pós-venda o nosso telefone e a nossa porta estão sempre disponíveis para os nossos clientes se por algum motivo for necessário rectiÀcar alguma coisa. Sabemos que trabalhamos com material usado e apesar dos nossos técnicos veriÀcarem, até à exaustão, os equipamentos que adquirimos, pode sempre surgir algum problema. Isso já aconteceu, não com muita frequência felizmente, mas Àco satisfeito por dizer que sempre foram resolvidos com elevação e por isso temos uma carteira de clientes satisfeita com os nossos serviços e produtos”.

Para além do empenho, proÀssionalismo e seriedade outros dois fac-

SEXTA-FEIRA 31/01/2020

tores fazem com que a Every Drill tenha adquirido o seu espaço no mercado; Persistência e resiliência aponta João Carvalhais. ”Desde o inicio tivemos bons períodos mas já passámos por algumas oscilações.

Foi difícil no tempo da Troika, poucos equipamentos novos foram colocados no mercado nessa altura.

As pessoas parece que já se esqueceram mas na altura batemos mesmo no fundo. Por outro lado quando há uma mudança de Governo veriÀca-se uma contracção natural do mercado com as pessoas a esperarem para ver o que aí vem. Mas, e digo isto com orgulho, nunca parámos, fomos sempre à luta com muita força e empenho porque ser empresário neste país não é fácil”.

Quem tem esta atitude de perseverança, inevitavelmente, acaba por ver resultados. E a Every Drill não foge a esse padrão. “Posso dizer que nesta altura, 7 anos depois, encontrámos uma estabilidade que nos motiva para continuar a trabalhar no sentido de irmos sempre crescendo, pouco que seja, mas crescer, não para um patamar muito mais elevado, porque estamos confortáveis com o que já alcançamos. Agora a prioridade, o nosso foco, é manter esta condição que nos satisfaz”.

João Carvalhais recusa assim entrar “em grandes cavalarias em detrimento de um crescimento sustentável”. Uma ÀlosoÀa realista que perPUBLICIDADE

O DIÁRIO DA REGIÃO DE SETÚBAL mite à Every Drill ser hoje detentora de um largo património “todo liquidado” resultante de um planeamento “extremamente cuidado”. Este é um negócio, pormenoriza, “muito à base de capitais próprios. Pontualmente recorremos à banca nomeadamente à Caixa Agrícola da Costa Azul e Novo Banco o que nos permite ter as contas equilibradas”.

“Temos uma carteira de clientes satisfeita com os nossos serviços e produtos” Em termos operacionais a Every Drill acompanhou os novos tempos.

“O mercado mudou muito nos últimos anos”, analisa João Carvalhais.

“Hoje o cliente já está muito mais informado sobre as máquinas e preços, tem uma capacidade negocial maior porque existe muita concorrência e também porque tem mais conhecimento sobretudo através da Internet. Por isso quando chega até nós sabe perfeitamente o que quer e acabamos muitas vezes por ter

uma negociação interessante com ambas as partes a tentarem o melhor negócio possível. O que temos feito é melhorar sempre a qualidade da nossa oferta a preços cada vez mais competitivos. É assim que o mercado está e nós temos tido a capacidade de nos ajustar a esta nova realidade.”

Mercado que se estende por todo o país mas é no Algarve e Alentejo que “temos uma maior procura pelos nossos equipamentos”. A exportação, por outro lado, “já foi uma vertente explorada com algum sucesso mas depois da Primavera Árabe foi um mercado que se fechou quase por completo”.

Em termos estratégicos a empresa está focada na venda mas não descarta totalmente a vertente aluguer, “mas só em casos muito pontuais”, frisa. “Não temos estrutura para sermos verdadeiros especialistas no aluguer”, acrescenta, “e, francamente, não faz qualquer sentido uma aposta nessa área quando aqui à nossa volta temos as maiores empresas de Portugal e até da Península Ibérica, que só se dedicam ao aluguer”.

Para além de não querer entrar nessa ‘guerra’ João Carvalhais realça até a importância de um bom relacionamento com essas empresas. “Ao termos estas parcerias com estas grandes empresas estamos desde logo a adquirir material de qualidade”.

NEGÓCIOS

17

18

PUBLICIDADE

AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO

Francisca Maria Teles Lopes DN: 03/10/1937 DF: 24/01/2020

Maria Lurdes Miranda Coxo Marinheiro

O seu filho, nora e neto, familiares e amigos: Vêm por este meio agradecer a todos os que mostraram a sua solidariedade comparecendo ao acto fúnebre que muito consolou todos os que a Francisca amava.

A sua memória ecoará na bela melodia de que tanto gostava.

Sua Família na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que se dignaram acompanhar o seu ente querido à última morada, bem como aos que de outra forma, lhes manifestaram o seu pesar.

DN: 09/12/1944 DF: 26/01/2020

FUNERÁRIA JACOB TELF.: 21 231 08 00 • TELM: 933 768 797

ALUGO QUARTO A SENHORAS EM SETÚBAL, COM SERVENTIA DA CASA E WIFI TLM.: 911 060 287

SEXTA-FEIRA 31/01/2020

O DIÁRIO DA REGIÃO DE SETÚBAL

FUNERÁRIA JACOB TELF.: 21 231 08 00 • TELM: 933 768 797

ANUNCIE AQUI 265 520 716

Restaurante na Mourisca pretende reforçar equipa de colaboradores Procuramos pessoas dinâmicas, com capacidade de trabalho, e transporte próprio, nas seguintes áreas:

- Copeiras - Ajudantes de cozinha, com experiência Oferecemos: - Integração em empresa referenciada no sector, distinguida com Prémio PME excelência 2018 - Vencimento de acordo com a exigência e o desempenho - Possibilidade de progressão na carreira

MUNICÍPIO DE ALCOCHETE

AVISO ABERTURA DE DISCUSSÃO PÚBLICA Alteração pontual do PDM no âmbito do RERAE – Regime Extraordinário de Regularização de Atividades Económicas Fernando Pinto, presidente da Câmara Municipal de Alcochete, Torna Público que, de harmonia com o disposto no nº2 do artigo 12º do Decreto-Lei nº 165/2014 de 5 de Novembro e da deliberação tomada pela Câmara Municipal na sua reunião pública de 27 de Novembro de 2019, foi aprovado procedimento para Alteração Pontual do Plano Diretor Municipal de Alcochete - Adequação ao Regime Excecional de Regularização das Atividades Económicas (RERAE), e que se encontra aberto o período de discussão pública pelo prazo de 15 dias úteis, a contar da publicação do presente em Diário da República, para alteração do PDM na EN118, Quinta do Passil, Alcochete, na sequência de processo requerido por ALIRAÇÕES, Rações Para Animais, S.A, ao abrigo do Decreto-Lei nº 165/2014 de 5 de Novembro, e da respetiva conferencia decisória realizada em 6 de Novembro de 2019 sob coordenação da Direção Regional de Agricultura e Pescas de Lisboa e Vale do Tejo (DRAP-LVT) Os procedimentos foram objecto de Declaração de Interesse Público Municipal por parte da Assembleia Municipal por deliberação em 23 de novembro de 2015, com Certidão de Interesse Público Municipal emitida em 14 de dezembro de 2015. A alteração ao PDM deverá corresponder ao que foi deliberado em sede de Conferência Decisória realizada nos termos dos artºs 9º, 10º e 11º do Decreto-Lei nº 165/2014 de 5 de Novembro, cuja Ata está juntas aos demais elementos do procedimento de alteração.

Mais torna público que os elementos do procedimento podem ser consultados na Divisão de Administração do Território (DAT) desta Câmara Municipal, nos dias úteis das 9:30h às 12:00h, e das 14:30h às 17:00h, e na página do Município em www.cm-alcochete.pt.

Os interessados podem endereçar, dentro do prazo referido, o objecto da sua participação para a Câmara Municipal de Alcochete, Largo de S. João, 2890-000 Alcochete, ou para o seguinte endereço de e-mail: dat@cm-alcochete.pt.

Para constar, o presente vai ser fixado nos lugares de estilo, procedendo-se à sua publicação no Diário da República.

Alcochete, 27 de Novembro de 2019

Contacto 912719389

O Presidente da Câmara Fernando Manuel Gonçalves Pina Pinto

SEXTA-FEIRA 31/01/2020

PUBLICIDADE

O DIĂ RIO DA REGIĂƒO DE SETĂšBAL

BLANDINA DA CONCEIĂ‡ĂƒO DA CRUZ MATOS GRANADAS

FERNANDO RONDĂƒO PINA

ANTĂ“NIO DA CRUZ

MANUEL PEREIRA DOS SANTOS

(1946 – 2020)

(1938 – 2020)

(1927 – 2020)

(1938 – 2020)

Participação e Agradecimento

Participação e Agradecimento

Participação e Agradecimento

Participação e Agradecimento

A funeråria Armindo lamenta informar o falecimento de Blandina da Conceição da Cruz Matos Granadas. A família vem por esta via agradecer a todas as pessoas que se dignaram a acompanhar o funeral ou que, de qualquer outra forma, manifestaram as suas condolências.

A funerĂĄria Armindo lamenta informar o falecimento de Fernando RondĂŁo Pina. A famĂ­lia vem por esta via agradecer a todas as pessoas que se dignaram a acompanhar o funeral ou que, de qualquer outra forma, manifestaram as suas condolĂŞncias.

JOSÉ MANUEL JOSÉ SILVA SILVA

A funerĂĄria Armindo lamenta informar o falecimento de AntĂłnio da Cruz. A famĂ­lia vem por esta via agradecer a todas as pessoas que se dignaram a acompanhar o funeral ou que, de qualquer outra forma, manifestaram as suas condolĂŞncias.

PRECISA-SE M/F PRECISA-SE M/F

PRECISA-SE M/F PRECISA-SE M/F

Assador, empregado Assador, de mesa e copa de para SetĂşbal. para

Empregado de mesa Empregado e ajudante de cozinha com bastante prĂĄtica com para restaurante em SetĂşbal. para Tlf.: 265 553 247 - 916 377 481 Tlf.:

Tlm.: 918 167 391 Tlm.:

19

A funerĂĄria Armindo lamenta informar o falecimento de Manuel Pereira dos Santos. A famĂ­lia vem por esta via agradecer a todas as pessoas que se dignaram a acompanhar o funeral ou que, de qualquer outra forma, manifestaram as suas condolĂŞncias.

PARTICIPAĂ‡ĂƒO E PARTICIPAĂ‡ĂƒO AGRADECIMENTO AGRADECIMENTO

Farmåcia Portugal DIRECTOR TÉCNICO Fernando Gamito Rodrigues Av. Jaime Cortesão, 77-B Tel. 265 539 060 • Setúbal Horårio: 09h00 - 13h00; 14h00 - 20h00 Såbado: 09h00 - 13h00

CONVOCATĂ“RIA

ANUNCIE AQUI 265 520 716

Instituto de Cardiologia de SetĂşbal

C/0005

Rua dos Comediantes nÂş 9A - SetĂşbal TELF. 265 531 400 - FAX: 265 531 401 Dr. Arnaldo Fernandes - Cardiologista (Director TĂŠcnico) Dr. Agostinho Borges - Cardiologista PediĂĄtrico/ crianças DrÂŞ. Leonor Parreira - Cardiologista/ Arritmologista DrÂŞ. Sara Gonçalves - Cardiologista Dr. DelďŹ m Lopes - Neurologista DrÂŞ. Ivone Fernandes - Pneumologista/ doenças pulmonares Dr. VĂ­ctor Fonseca - Pneumologista/ doenças pulmonares Dr. Hugo Pereira - ClĂ­nica Geral DrÂŞ. Helena ClĂĄudio - Acupuntura - AnĂĄlises ClĂ­nicas -

Nos termos do Art.° 20 e 26 dos Estatutos da Cooperativa Mista de Ensino do Laranjeira, convoca-se a Assembleia Geral Ordinåria da C.M.E.L., CRL, para reunir na sua sede, sita na Rua D. Duarte Blocos V, X, Z — caves, Laranjeira, no dia 14 de Fevereiro de 2020, pelas 14.00 horas, com a seguinte ordem de trabalhos:

LABORAT RIO LABORATĂ“RIO DE AN`LISES ANĂ LISES CLĂ&#x;NICAS CLĂ?NICAS '5$ 0$5,$ ),/20(1$ /23(6 3(5',*­2 '5 $/)5('2 3(5',*­2

Ponto único: Eleiçþes para os Corpos Sociais da Cooperativa Mista de Ensino do Laranjeira para o quadriÊnio de 2020/2023 - cujo ato eleitoral decorrerå entre o inicio da Assembleia e as 21 horas.

Laranjeiro, 13 de janeiro de 2020 O Presidente da Assembleia Geral

+RUiULR Â? D Â? IHLUD K 6iEDGR K 5XD -RUJH GH 6RXVD _ 6HW~EDO ZZZ SUHFLODE SW _ WHO WHOP _ )D[

(Francisco Baptista Godinho)

20

SANTIAGO DO CACÉM

SOCIEDA DE FILIPA CANHÃO

FotograÀas de Vítor Seromenho na Biblioteca Municipal

“Retratos com Alma” em exposição a partir de amanhã

SEXTA-FEIRA, 27/09/2019

A Biblioteca Municipal Manuel da Fonseca, em Santiago do Cacém, recebe no mês de Fevereiro a exposição de fotografia “Retratos

com Alma”, de Vítor Seromenho, divulgou ontem a Câmara Municipal.

“Vítor Seromenho, nascido em Sines em 1976, tem na fo-

tografia a sua grande paixão, desenvolvendo os mais variados estilos e usando diversas técnicas. As suas fotografias têm como fundo os sentimen-

tos e as emoções”, resumiu a autarquia, indicando que a exposição estará patente ao público a partir de amanhã e até 29 de Fevereiro.

Montijense recorda êxito alcançado no concurso televisivo 'La Banda' e aponta ao futuro

“O meu lugar é à frente das câmaras” A jovem fala sobre os principais momentos da experiência artística que viveu na RTP e mostra-se determinada a lutar por um sonho antigo

POR MÁRIO RUI SOBRAL

S

altou do anonimato para a ribalta, fruto da participação na primeira edição do “La Banda”, promovido o ano passado pela RTP. Catapultada pelo talento alicerçado numa voz de encanto, que lhe permitiu integrar o conjunto de 10 Ànalistas no concurso da canção, Filipa Canhão, 16 anos, fez furor no programa. Hoje, mais a frio e em jeito de balanço, recorda o turbilhão de emoções vividas e admite ter Àcado ainda mais determinada a lutar por um objectivo antigo.

“Sonho ter uma carreira artística. Que consiga ganhar a vida a cantar, que consiga chegar ao coração das pessoas, encher plateias e poder transmitir algo único, especial”, diz a jovem montijense, que estuda Humanidades na Secundária Jorge Peixinho, adiantando em tom humilde mas carregado de conÀança e ambição: “Senti-me em casa ao participar no 'La Banda'. Fascina-me o mundo da televisão. O meu lugar é à frente e não atrás das câmaras.”

A jovem promessa da canção não esconde o desejo de “começar a compor originais” e de “ter oportunidade de poder actuar em vários palcos” de norte a sul do País.

“Tenho saudades de actuar perante um grande público. Estou disponível para convites, para poder impulsionar uma possível carreira”, faz notar, por entre uma expressão mais séria e um sorriso tímido, próprio da tenra idade.

Ao mesmo tempo, não descura a importância de prosseguir os es-

tudos e aponta a outras metas que lhe enchem as medidas. “Gostava de tirar Comunicação Social, seguindo a vertente de marketing e publicidade, e de vir a ser apresentadora de programas televisivos”, confessa, estabelecendo de imediato uma possível ponte com o sonho que persegue. “Ser, por exemplo, apresentadora de programas que revelassem novos talentos na área musical.”

A paixão pelo mundo da música, de resto, despertou cedo no coração da montijense. “Desde que me lembro. Talvez desde os três anos”, atira para o ar, lembrando que, muito antes de brilhar na sua mais recente experiência artística, já havia participado em duas edições do “Got Talent”, também na RTP, “primeiro com 12 e depois com 13 anos”.

O “La Banda”, porém, foi diferen-

Regresso de encanto em gala escolar Na última sexta-feira, Filipa voltou aos palcos. Foi convidada a actuar na gala de distinção dos alunos do quadro de mérito e de valor do ano lectivo 2018/19, da Escola Secun-

dária Jorge Peixinho. A iniciativa promovida pela escola teve lugar no Cinema Teatro Joaquim d' Almeida, no Montijo, e a jovem voltou a mostrar predicados, deixando rendida a plateia.

te. “Esta última participação foi a que mais me marcou. Sem dúvida”, assume.

Dias de angústia e felicidade Do concurso retirou, acima de tudo, “uma grande aprendizagem”.

“Conheci pessoas novas com quem aprendi muito. Tive aulas de canto no programa e passei a ter uma noção,

muito maior, do contacto com as câmaras de TV e com o público. Tudo isso intensiÀcou muito mais o meu desejo de seguir uma carreira na área da música”, reforça.

Filipa puxa a Àta atrás e lembra ainda como tudo começou. “Uma amiga falou-me do programa e, depois de pedir autorização à minha mãe, decidi participar. Liguei para lá, enviei um vídeo por WhatsApp e esperei pela resposta. Chamaram-me para ir ao primeiro 'casting' no Centro de Congressos do Estoril e Àquei a aguardar um mês para saber se tinha passado ou não. Foi o mês mais longo da minha vida”, conta. Foram dias de angústia, até chegar a notícia tão desejada. “Tinha um grupo no WhatsApp com alguns dos concorrentes que conheci nessa primeira fase. Durante esse período iam dizendo que já tinham sido contactados e eu, todos os dias, à espera e... nada. Até que, passados três dias, ligaram-me. Foi talvez a chamada mais feliz que recebi. Fiz logo uma festa”, recorda.

O trajecto nunca foi fácil de percorrer. Do primeiro dia até à Ànal, a jovem montijense teve de superar várias etapas. Só a fase de 'castings' envolveu “mais de mil participantes”, mas conforme foi avançando no programa – passando pelas fases de grupo, de videoclipe e de concerto – foi crescendo, brilhando e despertando preferências. “Nas galas fui tendo maior número de votos do público.”

Gravada na memória Àcou a primeira gala. “Foi o momento que mais me marcou. Passei com os votos do público e não por escolha do júri. Foi gratiÀcante ver o esforço de tanto tempo reconhecido pelo público”, aÀrma, desabafando que “foram meses de gravações”, que “sempre têm um custo”, mas “nada de inquietante”. “Sei que quando acabou Àquei muito mais magrinha. O stress era enorme, mas valeu a pena”, completa.

Depois do concurso, Filipa integrou o grupo dos 10 Ànalistas que actuaram em concerto no Campo Pequeno – “esteve lotado”, vinca – e, recentemente, apresentou-se no Porto, no Parque Nascente, onde cantou juntamente com Bárbara Bandeira. E o sonho, para já, vai sendo alimentado através das redes sociais. “Vou fazendo 'covers' que publico no Instagram – Àlipacanhao3 para quem quiser ver – para manter contacto com todos os que me seguem”, concluiu.

SEXTA-FEIRA 31/01/2020

SETÚBAL

SOCIEDADE

O DIÁRIO DA REGIÃO DE SETÚBAL

21

No mês de Fevereiro, a associação exibe três filmes de realizadores portugueses

No próximo dia 7, a 50 Cuts | Associação Cinematográfica celebra o terceiro aniversário do seu espaço com programação que inclui um vídeo de balanço do ano que passou, um jantar convívio e claro… cinema

FOTOS: O SETUBALENSE

Espaço 50 Cuts comemora terceiro aniversário iniciativa “Cinema na rua - cultura em movimento”, também em parceria com a autarquia e com as juntas de freguesia setubalenses, permite levar o cinema às cinco freguesias do concelho durante os meses de Verão.

Depois do sucesso registado no ano que passou, está neste momento a ser elaborada a programação para este Verão.

Tendo como foco principal a exibição de filmes fora do circuito comercial dirigido a todas as faixas etárias, mas tendo sempre como suporte a ideia de que “oo cinema ajuda a pensar o mundo”, a 50 Cuts | Associação Cinematográfica conta actualmente com 58 associados.

Apesar de não ser fácil “ggerir uma associação cinematográfica sem fins lucrativos”, nomeadamente pelas despesas associadas às licenças de exibição dos filmes, Diana ressalva que a 50 Cuts tem contado com o apoio de alguns realizadores, de que são exemplo Margarida Gil, António Pedro Vasconcelos, Filipa Reis e João Miller Guerra, através da cedência de filmes gratuitamente.

POR INÊS ANTUNES MALTA

O

Espaço 50 Cuts faz três anos mas a 50 Cuts | Associação Cinematográfica nasceu em Julho de 2015 “ffruto da vontade de um grupo de jovens em produzir filmes, nomeadamente filmes de terror, género que apreciamos e que ainda é pouco produzido em Portugal”, começa por dizer Diana Lima, da 50 Cuts | Associação Cinematográfica, a O SETUBALENSE - DIÁRIO DA REGIÃO. “AApesar de ser uma jovem associação cultural, a 50 Cuts tem vindo a ser cada vez mais procurada pela população do concelho e também pelos novos realizadores de todo o país que querem mostrar os seus filmes, a que não é alheio, certamente, o facto de termos criado em Março de 2019 o Cine50Cuts, já inscrito na Federação Portuguesa de Cineclubes”, acrescenta.

A associação cinematográfica setubalense, que tem como objectivo principal produzir, promover e apoiar projectos na área do cinema e audiovisual e desenvolver actividades culturais, também dedicadas à música e à poesia, comemora, neste mês de Fevereiro, o terceiro aniversário do seu espaço, situado no número 45 da Rua Pereira Cão, no centro histórico da cidade e por isso, no dia 7, sexta-feira, há programação especial para celebrar a data.

“EEste mês vamos exibir três filmes de realizadores portugueses. O jantar convívio é um encontro de amigos que partilham connosco o gosto pelas ‘coisas da cultura’. E é também uma forma de lhes agradecer o apoio”, continua, desvendando que “uum ví-

DIANA LIMA E OLINDA LIMA. Responsáveis pela associação cinematográfica

Programação e planos para o futuro

ESPAÇO 50 CUTS. Assinala o seu terceiro aniversário com programação especial

deo, que dará conta do que foi feito em 2019, um concurso sobre bandas sonoras famosas e o tradicional apagar das velas farão parte da festa”.

“O cinema ajuda a pensar o mundo”, o cinema ajuda a pensar Setúbal Até Fevereiro de 2017, data em que inaugurou o seu espaço, a 50

Cuts promoveu uma mostra de curtas de jovens realizadores no Pátio do Dimas da Casa da Cultura. Produziu até ao momento três curtas-metragens: “A Fêmea” , “Red Queen” e “Calipso”, que têm sido premiadas em festivais nacionais e internacionais, e desenvolveu diversas actividades de cariz cultural - que se tornaram entretanto parte da sua programação anual.

O ciclo de cinema “Um pintor… Um filme”, o Encontro de Realizadores e Produtores de Cinema”, “Curtas e Caipirinhas”, “As curtas vão à escola”, “Curtas para bebés”, o projecto “Levame ao cinema” e a iniciativa “Conversas com realizadores” em parceria com o Set’Curtas da autarquia são algumas das iniciativas que ao longo destes anos de vida foram dinamizadas pela 50Cuts. Para além disso, a

Para o futuro, Diana Lima garante que a 50 Cuts vai “ccontinuar a trabalhar tendo como foco o cinema, não só na área da produção, onde queremos continuar a produzir filmes de terror, mas também na divulgação do novo cinema português, possibilitando aos novos realizadores mostrarem os seus trabalhos”, sem esquecer a abertura a propostas para a realização de outras actividades, desde que inseridas nos objectivos da associação.

No que diz respeito à programação para 2020, e não esquecendo as já habituais actividades acima mencionadas, a associação estabelece, desde o início deste ano, uma parceria com a Direcção-Geral de Educação que permitirá exibir, no Espaço 50 Cuts, filmes do Plano Nacional de Cinema para os alunos das escolas.

Para além disso, “aa selecção de filmes terá em conta temáticas actuais, do ambiente aos direitos humanos, da igualdade à orientação sexual, que possibilitam o debate e a participação do público”, remata.

22

Selecção distrital sub-14

Preparação para o Torneio Lopes da Silva arranca a 5 de Fevereiro

SEXTA-FEIRA, 31/01/2020

DESPORTO

A Associação de Futebol de Setúbal vai dar início no próximo dia 5 de Fevereiro (quarta-feira) pelas 20h 30m, no Campo do Juncal, na Moita, à preparação da selecção masculina de sub-14 com vista à sua participação

no Torneio Lopes da Silva.

Para o primeiro treino de observação técnica o seleccionador distrital, João Pedro Valente, convocou 32 jogadores de 15 clubes diferentes: oito jogadores do Vitória Futebol Clube, três jogadores

da Associação Desportiva de Almada, U. Santiago e Cova da Piedade; dois jogadores do Desportivo Fabril, Palmelense, Pinhalnovense e Sonho XXI; e um jogador do Barreirense, Arrentela, Escola Básica D. João I, Pelezinhos,

Marítimo Rosarense, Alcochetense e Amora.

A estrutura técnica da AF Setúbal tem prevista a realização de um total de 27 unidades de treino nesta fase de preparação.

Médio Carlinhos mostra-se confiante para o duelo de sábado (18h00) no Estádio do Bonfim

O brasileiro acredita que o Vitória tem condições para vencer o FC Porto que joga sob pressão no Bonfim, estádio onde os sadinos não celebram um êxito sobre os dragões desde 1983.

DIREITOS RESERVADOS

“Temos capacidade para vencer o FC Porto”

POR RICARDO LOPES PEREIRA Ao contrário do FC Porto, adversário no jogo de sábado, o Vitória atravessa um bom momento. Pode a equipa tirar partido de alguma intranquilidade que os dragões possam apresentar no Bonfim?

Estamos a atravessar um bom momento e temos de estar focados nisso e nosso trabalho. Sabemos que no outro lado há pressão esta semana por causa da final da Taça da Liga [derrota no passado sábado na final com Sp. Braga, por 1-0] que não venceram, mas é o FC Porto, é uma equipa grande, e temos de manter as nossas cautelas e procurar fazer o melhor para a nossa equipa.

Em sua opinião qual a melhor estratégia a adoptar para ganhar ao FC Porto?

Acho que não devemos mudar o que fizemos ultimamente. Temos de manter o que temos feito. Cada jogo é diferente. É claro que é uma equipa grande, o FC Porto, mas temos a capacidade de chegar ao jogo e vencer.

O que esperam deste FC Porto? A pressão que podem acusar pode ser favorável?

Não posso falar muito sobre o que se passa no lado do adversário. Não me cabe a mim fazê-lo. Da nossa parte, temos de continuar o nosso trabalho e fazer o que temos feito ultimamente. Quando vêm de uma situação de pressão têm demonstrar o melhor para eles e para os seus adeptos. Nós pensamos em nós. É

CARLINHOS. Jogador admite que FC Porto vem ao Bonfim sob pressão, mas acredita que a equipa sadina, tal como mostrou frente ao Sporting, tem capacidade para disputar o resultado

um jogo à parte. Já jogámos aqui contra o Sporting em condições inferiores ao normal devido à semana difícil que passámos, mas jogámos quase de igual para igual. Contra o

Benfica fizemos também um jogo bom aqui na Taça da Liga. Temos de entrar neste jogo para fazer o nosso melhor.

O que mudou no Vitória para ter

conseguido as boas exibições e resultados nos últimos jogos?

O mister chegou com ideias diferentes. Antes não estávamos a passar uma fase muito boa e aderimos às

Italiano Mirko Antonucci reforça ataque Agora, é oficial. Mirko Antonucci, extremo italiano cedido pela Roma, é reforço do Vitória até ao final da presente época, anunciou ontem de tarde o clube na sua página oficial na internet. Na primeira mensagem que deixou aos adeptos, na sua página pessoal do Instagram, o atacante, de 20 anos, confessou estar feliz. “O Olá, vitorianos. Estou muito feliz por fazer parte desta família. Vou dar tudo por este grande clube”, escreveu.

Formado no emblema romano, o jovem atacante é visto como uma das grandes promessas do futebol

transalpino, tendo sido nomeado recentemente para o prémio ‘Golden Boy’, que distingue o melhor futebolista jovem do mundo. Após uma cedência ao Pescara na última época, onde contabilizou 21 jogos, o

Mirko Antonucci realizou quatro jogos oficiais em 2019/20 sob o comando do treinador português Paulo Fonseca, na equipa principal da Roma.

“R Rápido, tecnicista e forte no um para um, Mirko Antonucci atua preferencialmente nas alas do ataque, mas também pode pisar terrenos mais interiores, funcionando como segundo avançado. É, assim, mais uma opção de ataque para o treinador Julio Velázquez”, escreveu o Vitória na sua página oficial, salientando a importância da nova aquisição.

ideias do mister. Claro que estamos contentes com os resultados que temos tido ultimamente.

O Vitória não ganha em Setúbal ao FC Porto desde Março de 1983. O facto de os adeptos sadinos não celebrarem um êxito em sua casa sobre os dragões há quase 37 anos pode ser um estímulo para a equipa?

37 anos?! Não sabia. Esse é mais um aspecto que podemos levar para dentro do campo. Vamos fazer o nosso melhor para conseguirmos essa vitória e quebrar esse jejum tão grande.

A nível pessoal que balanço faz da sua experiência em Setúbal?

Quando apareceu a oportunidade de voltar a Portugal, não pensei duas vezes. Quando estive no Estoril tive uma meia época boa. Quando apareceu a oportunidade, voltei na hora.

Sinto-me bem e feliz aqui. Espero continuar assim e ajudar o Vitória até ao final da época.

SEXTA-FEIRA 31/01/2020

DESPORTO

DIREITOS RESERVADOS

O DIÁRIO DA REGIÃO DE SETÚBAL

23

II LIGA Com João Alves a ‘música’ tem sido outra

DIREITOS RESERVADOS

Cova da Piedade joga em Santa Maria da Feira com o pensamento na vitória

O CAMPEONATO DE PORTUGAL

Olímpico do Montijo é a única equipa da região a jogar em casa O Pinhalnovense desloca-se a Sintra para defrontar a equipa local, o Amora atravessa o Tejo para medir forças com o Alverca e o Desportivo Fabril joga no Estádio Algarve com o Louletano POR JOSÉ PINA

N

a 20.ª jornada do Campeonato de Portugal, que se disputa no próximo domingo, o Olímpico do Montijo, 11.º classificado com 20 pontos, parece ser a equipa da região com a tarefa mais simplificada não só porque joga em casa mas também porque defronta uma equipa que está posicionada num dos lugares mais baixos da tabela classificativa. Contudo, há que ter em conta o facto da equipa eborense ter obtido na jornada anterior a segunda vitória no campeonato [sobre o Lagos], três meses depois da primeira [1.º Dezembro].

A equipa montijense comandada por David Martins que no passado domingo empatou na Amora (2-2) e antes havia ganho ao Sacavenense (3-1) parece estar mais consistente e mais forte com as chegadas de Roncatto e Zé Lúcio. Por isso, tudo leva a crer que se apresenta com todas as condições para sair vitorioso

deste encontro, com o Lusitano de Évora.

Amora com tarefa complicada em Alverca O Amora, que nos últimos cinco jogos o melhor que conseguiu foi dois empates, um alcançado em Lagos (1-1) e o outro no último domingo na recepção ao Olímpico, desloca-se a Alverca, uma das equipas mais fortes do campeonato, actualmente em 3.º lugar, que tem como grande objectivo o apuramento para o play-off.

A diferença pontual entre as duas equipas é enorme (21 pontos) e por essa razão prevê-se um jogo complicado para a equipa da Medideira que teima em não se encontrar em termos de resultados e também não tem sido muito convincente em termos exibicionais. Analisando aquilo que tem sido a carreira das duas e a posição de ambas na tabela não restam dúvidas que o Alverca se apresenta claramente como favorito. De qualquer forma, será bom não esquecer que a bola é redonda e no futebol tudo pode acontecer.

Pinhalnovense motivado em Sintra Complicada será também a deslocação do Pinhalnovense a Sintra onde se defrontam duas equipas que têm o mesmo número de pontos e um percurso semelhante, embora o Pinhalnovense tenha mais golos mar-

cados e o Sintrense menos golos sofridos.

A equipa de Sintra na última jornada perdeu em Marvila (1-0) com o Oriental e o Pinhalnovense vem de uma goleada (4-1) sobre o Armacenenses.

Ou seja, parece existir maior motivação entre as gentes de Pinhal Novo do que em relação aos homens de Sintra, mas isso não quer dizer que uma seja mais favorita que a outra.

Ainda assim fica aqui um pequeno reparo o Pinhalnovense tem obtido melhores resultados na condição de visitante do que o Sintrense a jogar em casa. No jogo da primeira volta no Pinhal Novo registou-se um empate a zero.

Fabril quer contrariar favoritismo do adversário Quem irá igualmente sentir dificuldades nesta jornada será o Desportivo Fabril que defronta o Louletano, no Estádio Algarve. Frente a frente vão estar duas equipas que lutam por objectivos completamente diferentes, os algarvios que estão em quarto lugar a escassos pontos dos lugares que dão acesso ao play-off de promoção e os homens do Lavradio em 15.º lugar, na zona de despromoção.

A jogar em casa, com uma vantagem de 26 pontos, o Louletano é apontado como favorito mas o Desportivo Fabril que está envolvido na luta pela permanência tudo irá fazer certamente para contrariar esse estatuto.

Cova da Piedade desloca-se no próximo domingo a Santa Maria da Feira, para defrontar o Feirense, no Estádio Marcolino Castro, às 15 horas, em jogo a contar para a 19.ª jornada da II Liga Portuguesa de Futebol Profissional.

A equipa piedense, que parece outra desde que João Alves passou a tomar conta dela, parte para este encontro ferida no seu orgulho e disposta a vingar o golo anulado na última jornada que lhe poderia ter dado o triunfo sobre o Mafra.

Os jogadores sentiram-se injustiçados, a SAD anunciou uma exposição ao Conselho de Arbitragem e o “luvas pretas” pediu respeito pelo clube. E, tem sido com base nestes pretextos que tem decorrido durante a semana o trabalho de preparação para a deslocação ao norte do país.

Os piedenses estão motivados e o seu objectivo passa evidentemente

pela conquista de um resultado positivo embora tenham a noção de que a tarefa se apresenta complicada devido à posição do adversário que ocupa o 12.º lugar na tabela classificativa com mais 12 pontos.

A diferença pontual é grande e a vantagem pertence à equipa de Santa Maria da Feira mas os piedenses, que também têm os seus argumentos, estão finalmente dispostos a inverter a situação para fugirem definitivamente à despromoção e este pode ser um bom jogo para isso.

Sendo o Feirense a equipa que mais empata na II Liga, que em casa tem apenas três vitórias e quatro empates, para além de duas derrotas, e que marca e sofre poucos golos no seu reduto, é muito natural que os piedenses, rejuvenescidos pela mão de João Alves, acreditem no regresso a casa com a missão JOSÉ PINA cumprida.

CAMPEONATOS DISTRITAIS Última jornada da primeira volta

Barreirense – Alcochetense antecipado para sábado

O

Campeonato Distrital da 1.ª Divisão prossegue este fimde-semana com a realização da última jornada da primeira volta que tem um jogo antecipado para sábado na Verderena onde o Barreirense, terceiro classificado, recebe o Alcochetense, que segue em segundo lugar.

No domingo realizam-se os restantes encontros de onde se destaca a recepção do Grandolense [que na última jornada perdeu em Setúbal] ao Oriental Dragon, que na ronda anterior cedeu um empate em casa com o Comércio Indústria.

Eis o quadro completo dos jogos que compõem a 15.ª jornada: Alfarim - U. Santiago; Barreirense - Alcochetense (sábado); C. Piedade “B” – Pescadores; Moitense - FC Setúbal; Grandolense - Oriental Dragon; Comércio Indústria - Charneca de Caparica; Beira Mar de Almada – Se-

simbra; Vasco da Gama - Palmelense.

Na 2.ª Divisão Distrital o grande destaque vai para o confronto entre os dois primeiros classificados com o Águas de Moura (2.º) a receber no Olival a equipa da Quinta do Conde que lidera o campeonato com um ponto de vantagem. Atento a este jogo vai estar o terceiro classificado [Seixal] que se desloca à Quinta do Anjo, assim como o Trafaria que também poderá tirar partido em termos pontuais se vencer o Zambujalense.

Jogos da jornada: Lagameças Monte de Caparica; Águas de Moura - Quinta do Conde; Almada – Samouquense; Santo André – Melidense; Corroios – Banheirense; Quintajense - Seixal; Alcacerense - Brejos de Azeitão; Trafaria - Zambujalense.

JOSÉ PINA