O Setubalense, o seu diário da região nº 512, 20 de Novembro de 2020

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Parabéns Vitória Clube comemora hoje 110 anos. Figuras vitorianas vão ser distinguidas nos Paços do Concelho.

O SETUBALENSE assinala a data com revista grátis distribuída nas bancas com o jornal p14 DR

EDIÇÃO FIM-DE-SEMANA

O SEU DIÁRIO DA REGIÃO SEXTA-FEIRA, 20 DE NOVEMBRO DE 2020 PREÇO 0,60€ | N.º 512 | ANO III | 5.ª SÉRIE

DIRECTOR FRANCISCO ALVES RITO

Mutualista do Montijo apaga 148 velas e inova no combate à pandemia p6 Orçamento Municipal de Setúbal aprovado pela maioria mas sem convencer oposição Documento previsional aponta valor de 139,4 milhões de euros p4 SETÚBAL Covid-19 já matou 22 idosos em três lares p5

LUÍS VAZ ANJOS ANAU aposta em escola náutica para 2021 p8

ALCOCHETE Casa centenária ganha certificação de interesse municipal p12 PUBLICIDADE

2 O SETUBALENSE 20 de Novembro de 2020

Abertura

DR

OPINIÃO Manuel Fernandes

A

Dejá vu na estratégia local de habitação em Setúbal

habitação é um direito fundamental constitucionalmente consagrado. É a base de uma sociedade estável e coesa e o alicerce a partir do qual os cidadãos constroem as condições para aceder a outros direitos como educação, saúde ou o emprego devendo ser uma prioridade municipal.

Para a nova geração de políticas de habitação (NGPH) o Governo pegou neste princípio e estendeu-o a toda a sociedade. Através da resolução do Conselho de Ministros 50-A/de 2018 de 2 de Maio, pretendeu-se alargar as respostas a novas carências de habitação, prevalecendo o arrendamento e a reabilitação. O velho conceito de habitação social centrada apenas e só nas franjas mais vulneráveis da sociedade terminou.

O programa aprovado pelo Governo visa obter soluções para todos que não conseguem uma habitação digna por via do mercado, quer pela falta de oferta, quer pela desadequação da oferta existente à capacidade financeira dos agregados familiares da classe média, que não suportam o nível de rendas pedidas.

Para aceder aos 700 Milhões, disponíveis nos orçamentos do Estado até 2024, foi pedido às autarquias locais que elaborassem um diagnóstico e uma estratégia local de habitação (ELH) que responda às especificidades de cada concelho.

Apesar da insistência dos eleitos pelo Partido Socialista, em Setúbal, só foi apresentada uma estratégia local de habitação (ELH) dois anos e meio depois da resolução do Conselho de ministros. O tempo perdido reflectiu-se na impossibilidade de acesso a 160 Milhões de euros disponíveis nos orçamentos de 2019 e 2020 para a execução e implementação das políticas de habitação. Tal perda não é compreensível.

O diagnóstico que sustenta a ELH seria o mesmo que em 2018, uma vez que os dados utilizados para o diagnóstico já existiam há muito tempo, aliás, como o executivo municipal em várias ocasiões tem vindo a confirmar, quando refere estar focada na

elaboração Carta Municipal de Habitação.

No entanto, decorridos dois anos e meio, esperava-se que, pelo menos, a estratégia agora apresentada, resultasse de trabalho de campo ou de um estudo preliminar que visasse suprir as necessidades habitacionais efectivas do concelho. Mas tal não aconteceu! O diagnóstico que acompanhou a proposta votada na Assembleia Municipal em Setembro último, tem na sua base os censos de 2011. O documento aprovado pela maioria comunista no município, ignora a crise financeira de 2011 que retirou habitação a muitos agregados setubalenses, esqueceu o boom do alojamento local no Concelho no período seguinte e não considerou a especulação imobiliária na retoma económica. Também não contempla as necessidades emergentes com a crise provocada pela pandemia mundial de COVID-19.

Sem surpresa, o documento aprovado voltou às políticas de habitação social do passado assentes em fogos de habitação unicamente financiados pelo Estado para formação de guetos, onde a política de inclusão é uma miragem.

A maioria conquistada nas autárquicas de 2017 pela CDU não teve como prioridade a recuperação do património habitacional da Câmara. Deixou de fora os agregados familiares com rendimentos intermédios (classe média) e não criou qualquer programa para reduzir os encargos das famílias com a habitação, através do programa “renda acessível” que estabelece parcerias com o sector privado ou cooperativo, presente na NGPH. Também não oferece respostas para a mobilidade habitacional seja por razões familiares, profissionais ou de estudo.

O dejá vu na habitação em Setúbal justifica o esgotamento de uma força política, que não responde ao presente, e que compromete o futuro do concelho com respostas do passado.

Com Patrícia Paz, Sérgio Silva e Ângelo Batista, militantes do PS

SOB O LEMA ‘SUPERAMIGO – LIXO NO ESGOTO, NÃO!’

Simarsul reforça importância da boa gestão dos resíduos individuais Empresa apela a uma maior consciencialização ambiental por parte das populações Luís Bandadas O dia 19 de Novembro, Dia Mundial do Saneamento, foi a data escolhida, pela Simarsul para o lançamento da Campanha de Sensibilização Ambiental “Superamigo – Lixo no esgoto, não”.

Uma iniciativa no âmbito das acções de educação ambiental definidas pela empresa.

O objectivo é sensibilizar a comunidade da península de Setúbal sobre a colocação indevida de resíduos nas redes de saneamento e o seu impacto no processo e nas infra-estruturas que encaminham e tratam as águas residuais.

Numa apresentação online, devido à pandemia, técnicos especializados de vários sectores expuseram e elencaram todos os factores negativos que “os monstros do esgoto provocam”.

Diariamente uma grande quantida-

António Ventura, presidente da Simarsul

de de resíduos são indevidamente, enviados para a rede de saneamento que originam obstruções e entupimentos.

As consequências de trocar o balde do lixo pela sanita “não são visíveis para as pessoas”, mas “causam grandes constrangimentos na nossa actividade”.

Um cotonete, uma toalhita, um penso na sanita ou uma mascara descartável “é inofensivo, mas quando são toneladas tornam-se monstros”. Para lidar com este problema é necessário alocar equipas de operação, limpeza e desobstrução e, no final de cada processo, a manutenção. A resposta tem de ser rápida e por vezes coloca mesmo os trabalhadores em situações de alto risco como desentupimentos em poços de grande profundidade.

António Ventura, presidente do Conselho de Administração da Simarsul, alerta para os efeitos que “esta crescente problemática” está a causar nos nossos recursos e da nossa actividade”.

Esta é, acrescenta, “uma campanha de proximidade para mostrar o problema, para que haja uma consciencialização e envolva a comunidade para a mudança de comportamentos”.

“Este problema causa-nos grandes constrangimentos e adversidades”, lamenta. “A Simarsul é essencial à região para proteger o ambiente e a saúde pública, para promover a eficiência híbrida e energética necessárias, bem como para valorizar e rentabilizar os recursos resultantes do tratamento das águas residuais, promovendo desta forma a rentabilização da água, um bem essencial à vida”.

A Simarsul tem como objectivo a recolha, o tratamento e a rejeição de efluentes domésticos e urbanos, de forma regular, contínua e eficiente, provenientes de cerca de 616 mil habitantes equivalentes, em ano horizonte de projeto, e abrangendo os municípios de Alcochete, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela, Seixal, Sesimbra e Setúbal.

20 de Novembro de 2020 O SETUBALENSE 3

Museu Pedro Nunes apresenta mostra sobre azulejaria

A exposição intitulada “À descoberta das reservas do Museu Municipal Pedro Nunes - A Azulejaria do Século XVII” está patente ao público desde a última quarta-feira. A mostra, promovida pelo sector de Arqueologia, Património e

Museus da Câmara Municipal de Alcácer do Sal, pode ser apreciada no espaço museológico Pedro Nunes, onde estará em exibição até 4 de Dezembro. Depois, a partir de 8 de Dezembro, passará a estar exposta na Cripta Arqueológica do Castelo

de Alcácer do Sal. O horário da exposição será das 9h00 às 12h00 e das 14h00 às 17h00. Em ambos os espaços museológicos “estarão salvaguardadas todas as condições de saúde e segurança dos visitantes”, informou a autarquia alcacerense.

PROJECTO EM FASE DE TESTE

Hospital de Almada recebe inteligência artificial no diagnóstico da Covid-19 DR

Equipamento vai ser testado por investigadores do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência O Hospital Garcia de Orta vai receber, em fase de teste, o primeiro protótipo de utilização de inteligência artificial no diagnóstico do novo coronavírus analisando “ultrassonografias ao tórax” com recurso a técnicas de computação.

A opção pelo Hospital de Almada vem na sequência do mesmo já utilizar as ultrassonografias no estudo de doentes com Covid-19 para efeitos de investigação clínica.

Este equipamento, que vai ser tes-

Hospital Garcia de Orta fica com o protótipo para fase final do projecto

tado por investigadores do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), encaixa-se no projecto THOR, um dos 12 financiados pelo concurso AI 4 COVID-19, da Fundação para a Ciência e a Tecnologia.

Trata-se de um projecto que resul-

ta da colaboração entre o instituto do Porto, o Hospital Garcia de Orta, a FCiências.ID – Associação para a Investigação e Desenvolvimento de Ciência e a Nevarotech, e teve um financiamento de 240 mil euros e a duração de 24 a 36 meses.

“Mais tarde, o Hospital Garcia de

RELAÇÃO ALEGA FALTA DE PROVAS

Juízes não consideram escutas telefónicas como prova e absolvem condenado por tráfico Arguido foi condenado pelo Tribunal de Setúbal por tráfico, mas o Tribunal da Relação absolveu-o Rogério Matos O Tribunal da Relação de Évora absolveu um homem condenado por tráfico de cocaína em Sesimbra e criticou a decisão do Tribunal de Setúbal que baseou a condenação em escutas telefónicas, sem que tivesse sido apreendida droga na posse do arguido.

A investigação intercetou registos telefónicos nos quais o arguido falava sobre cocaína e marcava pontos de encontro para negociar o alegado tráfico mas, nas buscas à sua residên-

cia, a Polícia Judiciária (PJ) encontrou cannabis, não cocaína.

Os juízes desembargadores consideram que “dispor de telemóveis, fazer chamadas por telemóvel, recebê-las, contactar outras pessoas, frequentar os mesmos locais, não são actividades ilícitas. Ser escutado a falar sobre estupefacientes, a referir a sua qualidade e falar na sua aquisição não são igualmente actividades ilícitas. A concretização desses diálogos é que é uma actividade ilícita. E essa concretização não pode ser dispensada e nenhuma jurisprudência a dispensa”.

A Relação vai mais longe e afirma mesmo que as escutas telefónicas não são um meio de prova, mas apenas um meio de obtenção de prova.

“São uma forma de obter prova, não são a prova de tráfico. Mas, ao que parece, está a tornar-se uma actividade que basta por si própria

e dispensa a real obtenção de prova.

Pode ser cómodo, mas de nada serve se não existe qualquer actividade investigatória e instrutória posterior à escuta que comprove a prática de factos criminosos”, assumem os juízes.

O Ministério Público considerou ser irrelevante para a prova do crime de tráfico de estupefacientes a existência de apreensão efectiva de produto estupefaciente. Isto “desde que existam outros elementos probatórios que permitam ao julgador apurar que produtos estupefacientes em concreto eram transacionados pelos agentes”.

Provas que o Tribunal da Relação não confirmou, criticando a sentença. “O que não se pode fazer – e foi isso que se fez – é presumir a posse e tráfico a partir de escutas telefónicas. É a perversão do sistema”, lê-se no acórdão.

Orta será também o local de instalação do protótipo para fases finais do projecto”, avança Filipe González, coordenador médico deste trabalho, que explica que a equipa médica “vai recrutar os doentes com Covid-19, dos quais serão colhidas, anotadas e tratadas as imagens e vídeos que servirão de substrato ao projecto de algoritmia e visão computacional”.

Segundo o INESC TEC, a utilização de ultrassonografias (exame de diagnóstico que utiliza ultrassons para avaliar as estruturas anatómicas do organismo) ao tórax é “particularmente interessante no contexto da Covid-19 já que o sistema de ultrassom é portátil e possibilita uma utilização conveniente”.

Este método, intitulado ‘Point-of-Care Ultrasound -POCUS’, permite, através da “identificação do espessamento pleural e da presença de padrões característicos das linhas

verticais na periferia do pulmão”, o diagnóstico da pneumonia viral associada “à maioria dos casos graves” de infecção pela Covid-19.

Miguel Coimbra, investigador do instituto do Porto, explica que o “uso desta técnica encontra-se limitado pela complexidade operacional de um exame de ultrassom”, isto porque o correcto posicionamento da sonda e a avaliação da imagem requerem “conhecimento especializado e formação diferenciada” para serem eficazes.

“Esta questão cria assim uma oportunidade para explorar o potencial da inteligência artificial, mais concretamente na visão computacional como um potenciador para a utilização do POCUS de forma massiva”, acrescenta Miguel Coimbra, também docente na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.

Lusa

“MURAL 18”

Alcochete adere a programação cultural única para todos os municípios da Área Metropolitana Alcochete une-se ao programa “Mural 18” desenvolvido pela Área Metropolitana de Lisboa (AML), para apoiar o sector da cultura. Este projecto une os 18 municípios da AML na criação de uma programação cultural conjunta e entra em vigor a partir de Janeiro perdurando até Maio de 2021, com várias iniciativas culturais.

A candidatura do programa “Mural 18” conta com uma comparticipação do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional na ordem dos 1,5 milhões de euros. Com este orçamento, que abrange todos os municípios, vai ser possível apoiar os agentes culturais e a comunidade artística, “desde a música ao teatro, passando pela dança e outras formas de expressão”, refere a Câmara de Alcochete em comunicado.

Eventos que devem respeitar as normas de segurança em vigor, “sendo realizados, preferencialmente, ao ar livre e em locais que destaquem o património cultural e paisagístico”.

Quanto à programação, estará disponível em breve no site da Câmara Municipal de Alcochete. A.M.V.

4 O SETUBALENSE 20 de Novembro de 2020

Setúbal

OBRAS EM DESTAQUE

Orçamento Municipal 2021 superior a 139 M€ aposta na requalificação urbana HELENA SERRA

Maria das Dores Meira afirma que o documento é de rigor e foi trabalhado tendo em conta a actual conjuntura económica Rui Salvador No seu último ano de gestão autárquica no concelho de Setúbal, Maria da Dores Meira apresentou as Grandes Opções do Plano 2021 sob o lema “continuaremos a fazer mais Setúbal e melhor cidade”, destacando a conclusão de grandes obras como a construção do Terminal Interface da Praça do Brasil e o Parque da Várzea. Quanto ao Orçamento Municipal fica marcado por um acréscimo de três milhões de euros em relação a 2020, perfazendo um total de 139 milhões 492 mil e 500 euros, tendo sido aprovado com os votos favoráveis da maioria absoluta CDU e votos contra do PS e PSD. De acordo com o executivo comunista, o documento reflecte as “condições da conjuntura económica”, dando seguimento a uma “estratégia de rigor e estabilização das finanças municipais”, que visa a “sustentabilidade” das mesmas a “médio e longo prazo”.

Além de construído não só para “controlo e redução da dívida total, sobretudo a de curto prazo”, a elaboração do Orçamento segue os “grandes objectivos estratégicos definidos no programa autárquico e teve em consideração o cenário internacional resultante da pandemia de Covid-19”.

Segundo Dores Meira, 2020 ficou essencialmente marcado pelo início da construção do novo Terminal Interface da Praça do Brasil, as obras realizadas na Várzea com as bacias de retenção para águas pluviais e o avanço em 2021 para a conclusão do projecto do Parque Urbano da Várzea. É também um ano que fica mar-

O executivo comunista diz que o Orçamento 2021 consolida obras já em curso e tem uma visão estratégica de futuro para o concelho

cado pela despesa acrescida de 2 milhões de euros que o passe Navegante significou para o município.

Sobre o ano que se avizinha, há a destacar as grandes apostas na requalificação urbana, a concluir em 2021, como a requalificação da Avenida dos Combatentes, trabalhos na Rua Camilo Castelo Branco, Bairro das Manteigadas e Rua Miguel Bombarda. Obras sobre as quais a líder da autarquia aponta que “vão ter grande impacto na vida dos setubalenses”.

O último ano de Maria das Dores Meira no comando da autarquia também ficará marcado pela conclusão do Terminal Interface, que “permitirá uma melhor articulação de transportes”.

Sobre as Grandes Opções do Plano para o próximo ano, que constituem uma despesa de 69 milhões, 208 mil e 300 euros, “expressam o modelo de desenvolvimento do concelho”, ao mesmo tempo que, mais uma vez, promovem uma “estratégia de consolidação das contas públicas”, refere o executivo.

Socialistas dizem que o Orçamento 2021 é uma ficção

Para os vereadores socialistas, que votaram contra o Orçamento Municipal 2021, “a exemplo dos de anos anteriores”, este “é uma ficção” e “muito dificilmente a sua execução ultrapassará os 60 a 65%”.

Já quanto à carga fiscal, e tendo em conta os números apresentados pelo executivo CDU, os eleitos pelo PS defendem que esta é “excessiva”, pelo que “deve ser aliviada”.

Para os socialistas, segundo a posição apresentada por Paulo Lopes, “de acordo com o Orçamento, a despesa corrente significa 73% da despesa e existe 27% para investimento. Em 2020 era 71% e 29%”. Perante isto, consideram que a câmara “está a aumentar a despesa corrente e iremos ter, previsivelmente, menos investimento no ano de 2021”.

A bancada PS, em resposta ao Orçamento apresentado pela CDU, referiu ainda que este “reflecte a continuação da política de imagem

que privilegia o acessório do que aparenta ser e não o essencial do que realmente é”. Acrescentam que este é mais um Orçamento construído sob o falso pressuposto de que a Câmara Municipal de Setúbal tem a capacidade de arrecadar perto de 140 milhões de euros de receita e, por isso, tudo lá cabe – mas na verdade pouco se fará”.

PSD exige respostas imediatas para famílias e empresas

Também a votar contra, o PSD considera que o Orçamento apresentado pela CDU não inclui medidas basilares como o aumento dos rendimentos disponíveis através do alívio fiscal, apoio às micro e pequenas empresas e apoio à habitação das famílias.

Para o vereador social-democrata Nuno Carvalho, o rumo para o concelho de Setúbal “terá de ser necessariamente outro”, pelo que apresentou “um conjunto de medidas” que considera “fundamentais para

a melhoria da condição económica e social dos setubalenses e azeitonenses”.

Ao mesmo tempo, apontou que perante a “certeza sobre a evolução da pandemia” Covid-19, “é evidente que qualquer orçamento pode ter que ser adaptado em função dos efeitos sociais e económicos do actual surto epidemiológico”.

Assim, além de pedir uma “resposta imediata para mitigar os efeitos económicos e sociais da Covid-19”, o PSD apresentou ainda uma “linha de medidas que conjuga alívio fiscal e apoio social”.

Entre outras propostas, inscreve a redução da taxa do Imposto Municipal sobre Imóveis de 0,44% para 0,39% e uma redução da participação do IRS de 5% para 4,5%. Além disto, os sociais-democratas defendem medidas de apoio às micro e pequenas empresas, através da dotação do fundo de emergência, medida que propõem também para um Apoio à Renda para Habitação.

20 de Novembro de 2020 O SETUBALENSE 5

Covid-19 provoca 22 óbitos entre o CATI, Paula Borba e Centro Paroquial da Anunciada

O Centro de Apoio à Terceira Idade (CATI) e o lar Paula Borba, instituições da responsabilidade da Santa Casa da Misericórdia de Setúbal, registavam ontem 12 e 4 óbitos entre os utentes, respectivamente, vítimas da Covid-19.

Os dados, avançados a O

SETUBALENSE pela Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), indicam, ainda, que no CATI foram detectados 72 casos activos entre os residentes e 26 entre os profissionais. Já no lar Paula Borba, estavam ontem confirmados 75 utentes infectados

e 19 profissionais.

O surto assinalado no início do mês no Centro Social e Paroquial de Nossa Senhora da Anunciada continua activo, com um total de 35 utentes e 14 profissionais com Covid-19, existindo, ainda, a lamentar seis óbitos.

CRÍTICAS

Dores Meira afirma que as decorações de Natal não são dinheiro mal gasto FOTOS: HELENA SERRA

Decoração dos Paços do Concelho custou este ano, segundo a autarquia, três mil euros PUBLICIDADE

Autarca diz que há quem gostaria de “ter a cidade cinzenta e degradada” Rui Salvador As decorações e iluminações de Natal na cidade de Setúbal, bem como no interior dos Paços do Concelho, têm recebido este ano várias críticas, nas redes sociais, pelo dinheiro que implicam nesta altura de pandemia.

O assunto não passou ao lado da última reunião de câmara, com a presidente da Câmara Municipal, Maria das Dores Meira, a afirmar que esta críticas são reflexo de se estar “em cima das eleições”. A autarca referia-se assim aos comentários que têm surgido nas redes sociais. “Os cidadãos têm a sua opinião, o que é respeitável”. Mas não deixou de apontar existirem “perfis falsos, os que não são falsos, e os que estão ali a fazer actividade partidária”.

Dirigindo-se à bancada do PSD, e ainda no rescaldo da reunião pública anterior, Maria das Dores Meira foi peremptória: “Dizer que este dinheiro resolve o problema da pobreza é demagogia.

Mas isto incomoda os que gostariam de ter a cidade como tínhamos anteriormente, cinzenta, degradada. Nem os setubalenses cá ficavam. As pessoas de fora não vinham visitar Setúbal”.

Referindo-se a uma cidade “atractiva”, a autarca acrescentou que a

Câmara Municipal de Setúbal quer “trazer pessoas à cidade, para que o comércio, a hotelaria e a restauração façam negócio, e para que os setubalenses tenham orgulho”.

“Não consideramos dinheiro mal gasto, as pessoas precisam disto. O ano passado só aos Paços do Concelho vieram 20 mil pessoas, que comeram no concelho, foram ao comércio e muitos até dormiram cá”, acrescentou. Disse, inclusivamente, que apesar da pandemia, há “pessoas a passear na baixa”.

Para a presidente da câmara a iluminação de Natal é “um investimento”, e confrontou que “pobreza foi aquilo que o Governo do PSD fez quando cortou salários e aumentou impostos”, frisou, dizendo ainda que “em cada sítio onde a Câmara faz obras abre comércio e tornam-se âncoras de dinamização de riqueza”.

O ano passado, só aos Paços do Concelho vieram 20 mil pessoas Dores Meira

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ALMADA 265 539 691 SETÚBAL 265 520 716 SEIXAL 265 520 716 MONTIJO 212 318 392 MOITA 212 047 599 BARREIRO 212 047 599 PALMELA 265 520 716 ALCOCHETE 212 318 392 OUTROS CONCELHOS 265 520 716

6 O SETUBALENSE 20 de Novembro de 2020

Montijo

REDEFINIÇÃO DE PROCESSOS CONTRA A PANDEMIA

Mutualista comemora 148.º aniversário com reconhecimento público e inovação DR

Reforço do apoio à comunidade e novas soluções valeram à instituição uma distinção do Prémio Saúde Sustentável 2020 Humberto Lameiras A comemorar 148 anos de existência e de serviço público, a União Mutualista Nossa Senhora da Conceição, Associação Mutualista do Montijo, tem inovado no trabalho que presta à população nestes tempos críticos de pandemia. Assim, tem redefinido processos de actuação, e encontrado soluções reconhecidas tanto a nível nacional como internacional.

Referindo-se ao “compromisso de preparar um futuro cada vez mais sustentável”, o presidente da União Mutualista Nossa Senhora da Conceição (UMNSC), Pedro Santos, afirma a “vontade firme” da instituição de “servir todos cada vez melhor, apesar dos tempos atribulados que vivemos e do árduo trabalho e criatividade que são necessários para encontrar soluções para os problemas com que a instituição e os seus utentes se deparam todos os dias”.

Dentro da capacidade de inovar para combater a contaminação pela Covid-19, tem sido destacada a criação do Túnel de Descontaminação ou a Box das Emoções, que permitem preservar a saúde dos utentes do Lar e da Unidade de Cuidados Continuados. Ao mesmo tempo, a UMNSC “mais do que duplicou nos últimos meses o apoio social”, respondendo assim ao desafio proposto pela Segurança Social.

Do mesmo modo, procedeu ao “alargamento generalizado dos serviços de Apoio Domiciliário a toda a população que deles necessitasse, independentemente de serem utentes ou associados da instituição”.

O trabalho durante este ano, mereceu-lhe não só reconhecimento como foi evidenciado pelo Prémio Saúde

Pedro Santos e Patrícia Soares recebem Prémio Saúde Sustentável

Sustentável 2020 em que a UMNSC se destacou na categoria Experiência do Cidadão.

"A distinção recebida pela nossa instituição no Prémio Saúde Sustentável 2020 traduz-se numa honra e num orgulho enormes, mas, principalmente, num efectivo reforço do ânimo de todos os que lutam diariamente para acompanhar os utentes”, comenta Pedro Santos que entende esta distinção como “reconhecimento do esforço que é feito por todos os trabalhadores da Associação Mutualista, em todas as valências. É um prémio que queremos muito partilhar com os nossos associados, com todas as entidades que nos têm apoiado e com toda a comunidade montijense".

O presidente da instituição desta-

ca ainda que "este prémio tem maior importância em 2020, um ano ímpar nas nossas vidas e na história da instituição, que obrigou a União Mutualista a reinventar-se e a fazer um esforço enorme para poder continuar a acompanhar todos os seus utentes e associados".

Resposta sociais desde a infância até aos seniores

Com cerca de 3 600 associados, a Mutualista do Montijo emprega directamente perto de 200 trabalhadores e presta serviços diários a mais de mil utentes de forma continuada, seguindo a sua missão de base que é “ajudar os mais vulneráveis e fortalecer, por essa via, toda a comunidade”, lê-se em comunicado da instituição.

A Associação Mutualista do Montijo, que começou por apoiar os funerais das famílias mais carenciadas, aquando da sua fundação, veio ganhando valências e tem hoje um papel transversal e estruturante na vida da comunidade, afirmando-se inclusivamente como “um dos mais importantes empregadores do concelho”.

Com valências que vão desde a primeira infância até aos serviços de Lar e Cuidados continuados, a UMNSC tem uma presença “cada vez mais forte e integrada” na vida da comunidade, que desde há muito “vem acompanhando e à qual responde, com serviços de elevada qualidade, às necessidades identificadas”.

Na área da Saúde, para além da Farmácia União Mutualista, onde “todos os associados beneficiam de descontos significativos”, a instituição tem uma unidade de Cuidados Continuados e, na Clínica da União Mutualista, disponibiliza “um vasto conjunto de especialidades médicas, exames de diagnóstico e serviços de enfermagem”.

“A clínica, cuja gestão foi recentemente assumida pelo Grupo Mello Saúde, garante padrões da mais elevada qualidade na prestação destes serviços, e mantém as condições preferenciais de acesso a todos os associados da União Mutualista”.

Referência no concelho do Montijo há mais de 50 anos, é a sua aposta na área da infância através da Casa da Criança, com as valências de Berçário, Cresce e Pré-Escolar. Também o Centro Infantil António Marques tem sido referenciado, este que desenvolve as mesmas valências, num equipamento de maiores dimensões e mais actual.

A todo este vasto leque de serviço público, juntam-se as valências mais direccionadas para a população sénior, as quais são asseguradas pelo Lar Montepio, Centro de Dia e pelo Serviço de Apoio Domiciliário. Figurando ainda entre as valências disponibilizadas a Casa Abrigo e o Centro Comunitário Mais Cidadão para as prestações de intervenção social assumidas pela mutualista do Montijo junto da comunidade.

BREVES ANIVERSÁRIO

Clube de Ténis do Montijo apaga 35 velas O Clube de Ténis do Montijo cumpriu, na última quartafeira, 35 anos de existência.

Instalado na Rua das Camélias, o clube apresenta “courts renovados” e um “recém-construído court de mini-ténis” para a prática da modalidade. E as portas do clube estão “abertas tanto a quem quer iniciar-se como a quem quer levar o ténis mais longe”, lembrou a direcção, em mensagem de aniversário publicada no Facebook.

BAIRRO DO AREIAS

Igreja dos Pastorinhos ganha sino novo A torre da Igreja dos Pastorinhos já passou a contar com um sino. A instalação foi anunciada, na passada quartafeira, pela Câmara Municipal do Montijo. A autarquia atribuiu um apoio financeiro de 20 mil euros à Fábrica da Igreja do Bairro do Areias, que integra a Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, para a aquisição do sino.

20 de Novembro de 2020 O SETUBALENSE 7

Lions promove recolha de sangue e registo de dador de medula óssea em Dezembro

O Lions Clube do Montijo vai promover uma acção de recolha de sangue e registo de dador de medula óssea já no próximo dia 2 de Dezembro. Com o slogan “Dar Sangue é Dar Vida”, a iniciativa tem lugar na sede da Junta da União das Freguesias de Montijo

e Afonseiro, na Avenida dos Pescadores 78, entre as 9h00 e as 13h00.

Para além do apoio da Junta de Freguesia de Montijo e Afonseiro e do Agrupamento de Escolas Poeta Joaquim Serra, a acção, conta ainda, com o parecer do

grupo Eco-Escolas e do Instituto Português de Sangue e da Transplantação – IPST. A Federação Portuguesa de Dadores Benévolos de Sangue – FEPODABES está também entre as instituições que apoiam esta recolha.

PROJECTO ARQUEOLÓGICO

Escavações em ermida revelam sete ossários e vestígios hispano-árabes em Sarilhos Grandes DR

Moedas, azulejos e coroas fúnebres, além de dezenas de enterramentos, integram espólio que está a ser tratado Mário Rui Sobral Sete ossários – um com mais de cem indivíduos –, moedas e azulejos hispano-árabes são parte do espólio arqueológico encontrado em Sarilhos Grandes. Trata-se do resultado das escavações realizadas no interior e no exterior da Ermida de Nossa Senhora da Piedade, no âmbito do projecto SAND. As escavações arqueológicas “terminaram no passado mês de Outubro e, agora, a equipa do projecto está a desenvolver a investigação histórica e bio-antropológica ao espólio encontrado”, anunciou a Câmara Municipal do Montijo, que patrocina o projecto.

De acordo com a autarquia, “foram identificados sete ossários e 21 enterramentos”, na sequência de “duas sondagens” já efectuadas. “O espólio arqueológico recolhido é constituído por moedas, contas de vidro, contas de osso, alfinetes, coroas fúnebres, fragmentos de cerâmica comum, vidro,

As escavações terminaram e agora a equipa do projecto está a desenvolver a investigação histórica

azulejos hispano-árabes completos e em pequenos fragmentos, tecido, fauna (moluscos, peixes, mamíferos), entre outros”, revelou o município.

Os trabalhos levados a efeito no interior da ermida permitiram descobrir também “um rosário que envolvia todo o tronco e braços de um dos enterramentos”. E na sondagem do exterior “foi identificado um ossário de grande dimensão que continha mais de cem indivíduos”.

A autarquia avança que, nesta fase, todo o material encontrado “está a ser limpo, preservado e estudado de forma a ser caracterizada, da melhor

forma possível, a população que viveu em Sarilhos Grandes ao longo dos últimos séculos”. E recorda que, ao que indica uma avaliação preliminar, os “enterramentos no local” podem ser “anteriores” à construção da ermida, que data do início do Século XVI.

Primeira descoberta em 2008

O projecto “SAND – Sarilhos Grandes entre dois mundos" é dinamizado pela Câmara Municipal do Montijo, em conjunto com a Universidade de Coimbra e a Diocese de Setúbal, entre outras entidades.

A primeira fase foi iniciada “em

2008, no âmbito de uma intervenção de salvaguarda de uma empreitada da SIMARSUL, que conduziu à descoberta de 21 enterramentos dos séculos XV-XVII”, salienta a autarquia. “Desde então, uma equipa multidisciplinar tem realizado estudos com o objectivo de obter informações acerca da dieta e das doenças da população de Sarilhos Grandes”, adianta.

A nova etapa em curso que “pretende aprofundar o estudo histórico, arqueológico e bio-antropológico da população ribeirinha de Sarilhos Grandes”, no período compreendido entre os séculos XII e XVIII.

TOPÓNIMO É DESCERRADO ESTA MANHÃ

União das Freguesias passa a ter Avenida dos Direitos da Criança O arruamento na União das Freguesias de Montijo e Afonsoeiro, junto à Estrada Nacional 119 que liga Montijo a S. Francisco, passa hoje a chamar-se “Avenida dos Direitos da Criança".

Nuna Canta, presidente da Câmara Municipal do Montijo, e Rosário Farmhouse, que preside à Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Protecção das Crianças e Jovens, vão descerrar o topónimo esta manhã (11h30) junto à urbanização dos Moinhos. A atribuição do nome – que é feita hoje em cerimónia simbólica pa-

ra assinalar o 31.º aniversário da Convenção sobre os Direitos da Criança – foi decidida na reunião da Comissão Municipal de Toponímia realizada no passado dia 23 de Outubro.

“Devido à pandemia, o evento é restrito apenas às presenças institucionais. Posteriormente será disponibilizado registo de vídeo no site e no facebook oficial do município”, revela a autarquia, em nota de Imprensa.

Ainda hoje, mas a partir das 14h30, a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) do Montijo promove

um webinar subordinado ao tema “Direito a Sonhar - Juntos Protegemos”, para assinalar o aniversário da convenção.

“O evento terá a moderação de André Tavares Rodrigues, autor e coordenador do Projecto Bem-Estar no Sistema de Protecção Português”, anunciou o município. Como oradores vão participar “Ana Barrocas, presidente da CPCJ do Montijo, João da Silva, jornalista e escritor, Katia Guerreiro, médica e fadista, e Mélanie Tavares, coordenadora dos Sectores de

Actividade Lúdica e Humanização dos Serviços de Atendimento à Criança do Instituto de Apoio à Criança”.

A Assembleia Geral das Nações adoptou por unanimidade, em 20 de Novembro de 1989, a Convenção sobre os Direitos da Criança. Portugal ratificcou esta convenção em 21 de Setembro de 1990. “É um tratado que consagra a promoção e protecção de um conjunto de direitos fundamentais tais como civis, políticos, económicos, sociais e culturais para todas as crianças”, lembra a autarquia, a finalizar.

ATÉ DIA 24

Inscrições abertas para webinar sobre notícias falsas “Fake news e desinformação: o ataque às literacias e ao jornalismo" intitula o webinar que os conselhos locais de aprendizagem de Montijo, Grândola e Coruche, da Universidade Aberta, vão promover no próximo dia 26, na plataforma Zoom. As inscrições estão abertas.

A iniciativa, que irá decorrer entre as 17h30 e as 19h30, é gratuita e destinada a todos os interessados no tema, que devem inscrever-se até dia 24 através de preenchimento de formulário em https://forms. gle/9L5RFRjZhujuzmgK8.

Durante a sessão, informa a Câmara Municipal do Montijo, os oradores vão abordar, entre outras, as seguintes questões: “Como trabalhar a questão das literacias, especialmente a literacia para os media? Na sociedade das redes sociais, como se lê e consome notícias na actualidade? Quem são os media e como funcionam? Como trabalham os jornalistas e como respondem ao ataque das fake news?”

O webinar terá como participantes Susana Henriques, professora auxiliar do Departamento de Educação e Ensino a Distância da Universidade Aberta, e Isabel Nery, jornalista, vice-presidente do Sindicato dos Jornalistas e membro do comité executivo do projecto Literacia para os Media e Jornalismo.

“Não basta ter informação, é preciso saber pensá-la para a distinguir de desinformação”, lembra a autarquia montijense, enquanto entidade que apoia a iniciativa.

Na promoção à iniciativa, o município sublinha que, numa conjuntura de “pós-verdade”, “abordar as multiliteracias e os media implica um enquadramento focado não só em competências como também em fluência”.

“Interessa potenciar a utilização esclarecida de fontes de informação diversas e também das tecnologias de informação e de comunicação, em prol de uma educação sustentada em valores cívicos e em que o espírito crítico esteja permanentemente presente”, afirma a edilidade, a concluir

8 O SETUBALENSE 20 de Novembro de 2020

Montijo ENTREVISTA LUÍS VAZ ANJOS ADMITE

Associação Náutica Montijense deve lançar nova escola já no próximo ano DR

Projecto permitirá “tirar” a carta de marinheiro, a de patrão local, entre outras de navegador de recreio, revela o presidente da ANAU

Esta associação tem a particularidade de ter conseguido enriquecer o seu património de forma exemplar

Mário Rui Sobral Com um total de 225 sócios, dos três aos 82 anos, a Associação Náutica Montijense (ANAU) conquistou espaço, património e prepara-se para crescer. Luís Vaz Anjos, 37 anos, preside à direcção desde 3 de Setembro de 2011 e assume que a criação de uma escola náutica está para breve.

Ao mesmo tempo, o dirigente explica porque considera a associação como uma referência regional na formação e promoção dos desportos náuticos. E sublinha que “toda a actividade praticada na ANAU é gratuita”.

Ao fim de apenas 11 anos de existência, a associação já conta com 57 embarcações, uma escola de vela – por onde “passaram cerca de 400 crianças", lembra o presidente – e o grupo de percussão “ANAU a Rufar".

A ANAU cumpriu no passado dia 11 o 11.° ano de vida. Como e onde surgiu a ideia de criar esta associação?

A ANAU surge como resultado da necessidade sentida em fomentar e promover o convívio entre os amantes de barcos típicos do Tejo e do mar. Tudo começou no dia 11 de Novembro de 2009, devido à representação de embarcações típicas do Tejo ser muito reduzida.

Nasceu assim o embrião daquilo que é hoje a ANAU. Na altura foi logo identificada como missão, da associação a constituir, a promoção das actividades relacionadas com náutica de recreio e a defesa dos legítimos interesses dos seus utentes.

No ano transacto foram medalhados todos os sócios que

A actividade praticada nesta associação é gratuita. Temos potencial para muito mais, mas infelizmente as questões financeiras falam mais alto completaram 10 anos de filiação à ANAU. Dos 15 sócios fundadores, 14 foram medalhados e continuam activos, o que nos honra bastante.

Quantos sócios tem actualmente a ANAU? Actualmente tem 225 sócios inscritos, 51 femininos e 174 masculinos. [Por faixas etárias] 23 associados têm entre os três e os 18 anos, 149 sócios têm entre os 18 e os 65 anos e 53 têm entre os 65 e os 82 anos.

Ao olhar para trás, como tem sido a afirmação da associação no concelho? Superou as expectativas iniciais?

Superou a todos os níveis. Esta associação tem a particularidade

de, em 11 anos de existência, ter conseguido enriquecer o seu património de forma exemplar e notável. Começámos sem nada e actualmente temos um património marítimo que nos merece todo o orgulho e divulgação. A ANAU já possui várias embarcações: 27 de classe “Optimist”, 11 de classe “L’Equipe”, sete da classe “Vaurien”, duas de classe “DOT”, uma de classe “420”, duas de classe “470”, além de duas embarcações tradicionais do Tejo (catraios), três embarcações semirrígidas de apoio às actividades náuticas e duas baleeiras.

Contam com uma escola de vela e também com um grupo de

percussão. Quantos praticantes têm numa e noutra actividade?

Estão a funcionar actualmente?

A ANAU neste momento tem na vela ligeira 13 atletas, na escola de vela oito atletas e na vela para adultos nove atletas. Na percussão temos actualmente 18 rufadores.

Ambas as actividades encontram-se suspensas devido à conjuntura [pandémica] que atravessamos.

Disse, numa mensagem aos sócios, que a ANAU é já hoje uma referência regional na formação e promoção dos desportos náuticos. Quer explicar porquê?

Aspiram a ser uma referência nacional?

A ANAU nasce com uma vontade

enorme de promover a vela ligeira no Montijo, mas ao depararmo-nos com a difícil realidade e dificuldade em atingir esse objectivo só conseguimos arrancar com esse projecto há cerca de três anos. Fruto da vontade e da colaboração de alguns membros, rapidamente atingimos vários objectivos, como por exemplo boas classificações em regatas.

Quando assumo que a ANAU é já hoje uma referência regional na formação e promoção dos desportos náuticos, assumo de forma consciente pelos convites a nível regional para participação em vários eventos. O mais recente foi evento “Jogos do Futuro”.

Nos últimos anos passaram por esta escola de vela cerca de 400 crianças, muitas das quais ficaram connosco na escola.

Em relação a ser uma referência nacional, acreditamos que isso será bastante difícil pois toda a actividade praticada nesta associação é gratuita e o desporto em causa é bastante caro. É certo que temos potencial para muito mais, mas infelizmente as questões financeiras falam mais alto.

O que falta para lançar uma escola náutica e em que moldes está perspectivada? Têm algum prazo pensado para o conseguir?

No nosso projecto, seguindo bons exemplos de escolas náuticas de concelhos vizinhos, os moldes do mesmo resumem-se às condições por nós criadas num espaço físico na nossa sede. Serão administrados cursos, tais como carta de marinheiro, carta de patrão local entre outras cartas de navegador de recreio. Esse espaço irá permitir também a realização de outras actividades, como aulas teóricas na escola de vela, aulas teóricas no ensino de percussão e brevemente aulas de música.

O prazo por nós idealizado estava definido para um futuro muito breve. Estava previsto o arranque da escola náutica para este ano, mas devido à pandemia não foi possível. Acreditamos que no próximo ano conseguiremos atingir essa meta.

13 de Novembro de 2020 O SETUBALENSE 9 PUBLICIDADE

10 O SETUBALENSE 20 de Novembro de 2020 PUBLICIDADE

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Edital

N.º 202/DAFRH-DAAG/2020

Proibição de estacionamento de veículos (3 lugares) em Pinhal Novo, por ocasião do Natal 2020 ÁLVARO MANUEL BALSEIRO AMARO, Presidente da Câmara Municipal de Palmela:

Assinaturas PDF Receba o seu jornal na primeira hora da manhã Ligue

265 094 354

No uso das competências que lhe estão atribuídas pelo artigo 35.º, n.º 1, alínea t) do Regime Jurídico das Autarquias Locais, aprovado pela Lei n.º 75/2013 de 12 de setembro e para efeitos do estipulado no artigo 56.º e nos termos da alínea rr) do nº. 1 do artigo 33.º do mesmo regime e artigos 7.º, 8.º e 9.º do Código da Estrada, torna público que, será proibido o estacionamento de veículos automóveis, na Avª.

Alexandre Herculano (parque de estacionamento da REFER), em Pinhal Novo, estabelecendo como limite 3 lugares de estacionamento, para o exercício da atividade de comércio não sedentária, exercida por vendedores ambulantes, por ocasião do Natal de 2020, entre o dia 20 de novembro 2020 e o dia 7 de janeiro de 2021.

UNIÃO MUTUALISTA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO -ASSOCIAÇÃO MUTUALISTAASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA CONVOCATÓRIA A Presidente da Mesa da Assembleia Geral da União Mutualista Nossa Senhora da Conceição, Associação Mutualista do Montijo, vem, nos termos da alínea a) do n.º 1 do art.º 87 do Código das Associações Mutualistas (CAM), convocar os seus associados para a Assembleia Geral Ordinária, que terá lugar no dia 10 de dezembro de 2020, pelas 19:00 horas, nas instalações do Edifício da Galeria Municipal, sito na Rua Almirante Cândido dos Reis n.º 12, em Montijo, com a seguinte ordem de trabalhos.

ORDEM DE TRABALHOS Ponto um -Apreciação, discussão e votação do Programa de Ação e Orçamento para o ano 2021, acompanhados do Parecer do Conselho Fiscal.

Ponto dois - Informações gerais.

Nos termos do n.º 1 do art.º 84 do Código das Associações Mutualistas (CAM), a falta de quórum de funcionamento na hora definida, determina que a Assembleia Geral Ordinária se realize, em segunda convocatória, uma hora mais tarde com os sócios presentes.

O estacionamento em locais não autorizados ou que motive a obstrução de instalação das unidades móveis / estruturas amovíveis, estará sujeito a penalização (reboque e coima).

Montijo, 19 de novembro de 2020

Para constar se lavrou o presente Edital que vai ser afixado nos lugares públicos do costume.

A Presidente da Mesa da Assembleia Geral

Palmela, 19 de novembro de 2020.

O Presidente da Câmara ÁLVARO MANUEL BALSEIRO AMARO

(Maria das Mercês Gomes Borges) Nota: Face aos condicionalismos provocados pelos registos epidemiológicos originados pelo vírus COVID-19, o horário de realização da Assembleia Geral teve de ser ajustado.

Obriga-se ao cumprimento das medidas gerais de segurança recomendadas pela DGS: Uso de Máscara; Etiqueta Respiratória; Distanciamento de segurança; Higienização das mãos.

20 de Novembro de 2020 O SETUBALENSE 11 PUBLICIDADE

MARIA ODILÍA CAMPOS ANACLETO BATEL

Você sabia?

Você sabia?

(1926 – 2020)

... que é possivel fazer a cremação das ossadas resultantes do levantamento dos restos mortais do seu ente querido?

Para mais informações e garantia de melhores preços dirija-se à funerária Armindo ou telefone para...

... que um funeral de cremação, considerado todos os custos envolvidos, é tipicamente mais barato que o funeral para sepultura?

A funerária Armindo lamenta informar o falecimento de Maria Odilía Campos Anacleto Batel. A família vem por esta via agradecer a todas as pessoas que se dignaram a acompanhar o funeral ou que, de qualquer outra forma, manifestaram as suas condolências.

Necrologia

AGRADECIMENTO

FALECEU A 04/11/2020

FALECEU A 16/11/2020

FALECEU A 17/11/2020

JOSÉ MARIA SILVA JESUS

JOSÉ ÁLVARO DE SÃO JOSÉ PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

Sua esposa, filha, netos e restante família, têm o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente muito querido e de agradecer reconhecidamente a todos os que se dignaram acompanhá-lo à sua última morada, bem como aos que das mais diversas formas lhes manifestaram pesar.

Sua esposa, filhos, genro, nora, netos e restante família, têm o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente muito querido e de agradecer reconhecidamente a todos os que se dignaram acompanhá-lo à sua última morada, bem como aos que das mais diversas formas lhes manifestaram pesar.

Sua esposa, filha e netos, têm o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente muito querido e de agradecer reconhecidamente a todos os que se dignaram acompanhá-lo à sua última morada, bem como aos que das mais diversas formas lhes manifestaram pesar.

AGÊNCIA FUNERÁRIA COSTA TELEF: 265 523 496

AGÊNCIA FUNERÁRIA COSTA TELEF: 265 523 496

AGÊNCIA FUNERÁRIA COSTA TELEF: 265 523 496

PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

JAIME MANUEL COELHO

A família de Jaime Manuel Coelho, vem por este meio agradecer reconhecidamente à equipa de INEM e viatura VMER, pelo apoio médico e emocional, à equipa e famílias da Geração Aventura, à equipa e direção do Infantário “Girassol” e a todos os familiares e amigos que nos acompanharam de forma incondicional neste momento de enorme pesar.

A TODOS BEM HAJAM

12 O SETUBALENSE 20 de Novembro de 2020

Alcochete

HISTÓRIA ALCOCHETANA

OFERTA MUNICIPAL

Casa senhorial da rua Ciprião de Figueiredo classificada com Interesse Municipal FOTÓGRAFO

Edifício datado de 1872 pertenceu à família de Manuel da Costa e no final do século XX chegou a servir como creche e centro de saúde

Ana Martins Ventura

Ana Martins Ventura O executivo da Câmara de Alcochete aprovou, por unanimidade, a classificação de Interesse Municipal da centenária casa senhorial situada na rua Dr. Ciprião de Figueiredo n.ºs 24 a 30.

Na sequência desta decisão, Fernando Pinto, presidente da autarquia, destaca a importância da antiga propriedade da família de Manuel da Costa, situada no Núcleo Antigo de Alcochete, referindo que faz parte da “identidade social, cultural” dos alcochetanos, sendo recordada como o local onde em tempos funcionou “o centro de saúde”, embora já tenha sido a sede de outras valências.

O presidente da Câmara de Alcochete acrescenta ainda que, “do ponto de vista técnico, o edifício reúne todas as condições para ser declarado de Interesse Municipal, o que no futuro poderá ser muito útil numa candidatura ao Quadro de Apoio Comunitário”.

O edifício da rua Dr. Ciprião foi construído no final do século XIX, com a data 5 de Julho de 1872 a engalanar a sua

Edifício encontra-se devoluto e serve de arrumos ao Museu Municipal de Alcochete

frontaria, e está integrado em espaço urbano consolidado, onde estabelece uma ligação com o Núcleo Antigo de Alcochete. Mas, à data da construção, encontrava-se fora do aglomerado urbano antigo da vila de Alcochete, que se desenvolveu ao longo das vias, ocupando os limites das quintas.

A casa era envolvida lateralmente por edifícios de rés-do-chão que, posteriormente foram demolidos e substituídos por prédios de habitação colectiva, construídos entre as décadas de 1960 e 1970.

Antiga casa senhorial data do final do século XIX e chegou a ser centro de saúde

Em 1981 a casa senhorial foi adquirida pela autarquia para o funcionamento de serviços e chegou a ser a sede da Instituição Particular de Solidariedade Social Fundação João Gonçalves Júnior, com as valências de infantário e creche. Depois funcionou como Centro de Saúde de Alcochete.

Actualmente. Hoje, o edifício encontra-se devoluto e serve de arrumos ao Museu Municipal de Alcochete.

A proposta do executivo da Câmara Municipal vai agora ser remetida à Assembleia Municipal para aprovação.

HERANÇA GERACIONAL

PS e CDU contra ideia de restringir tauromaquia a menores A Câmara Municipal de Alcochete aprovou duas moções em que condena a intenção do Governo de acolher a proposta do PAN – Partido das Pessoas, Animais e Natureza para a proibição de menores de idade assistirem ou participarem em eventos tauromáquicos.

As moções foram apresentas a 11 de Novembro, sendo uma do presidente da câmara (PS) e a outra dos

Filarmónica Progresso e Labor Samouquense recebe apoio

vereadores da CDU. “Privar crianças e jovens de assistir e participar em eventos tauromáquicos é programar ideologicamente e culturalmente as gerações vindouras com base em estereótipos”, considera o presidente da Câmara de Alcochete, sublinhando esta intenção “desenraizada” daquilo que é a cultura alcochetana.

Na sua moção, o autarca exige “o direito de transmitir às novas gerações

o conjunto de tradições e expressões orais, de artes de espetáculo, de práticas sociais, rituais e eventos festivos e de conhecimentos e práticas relacionadas com a natureza que se encontram, desde há séculos, presentes e vivos no nosso concelho”.

Já os vereadores da CDU consideram na sua moção que proposta do PAN é “uma ameaça à diversidade cultural do país assim como um

atentado aos direitos dos menores”.

Os membros da bancada CDU consideram ainda que a intenção do PAN proposta ao Governo veda a opção de escolha dos jovens para serem ou não educados segundo a “identidade cultural” de Alcochete.

De salientar que o município classificou a tauromaquia como Património Cultural Imaterial de Interesse Municipal em 2012 A.M.V.

A Sociedade Filarmónica Progresso e Labor Samouquense vai receber da Câmara Municipal de Alcochete o apoio de 5 mil euros para a aquisição de uma tuba. Uma oferta que será oficializada a 1 de Dezembro, data em que a colectividade festeja o seu 101.º aniversário.

A partir desta oferta, Fernando Pinto elogiou o movimento associativo que, “ao longo do ano de 2020, se viu privado daquilo que de melhor sabe fazer e que, no fundo, é criar plataformas sociais, culturais e desportivas onde acolhe crianças e jovens e onde cada um de nós pode naturalmente participar como associado”.

O autarca agradeceu especialmente à Sociedade Filarmónica Progresso e Labor Samouquense, destacando o papel importantíssimo que tem desempenhado “na promoção do que de melhor o concelho de Alcochete e a freguesia do Samouco têm para oferecer”, sendo “uma referência no país e no mundo”.

Fernando Pinto endereçou ainda uma mensagem de esperança aos dirigentes associativos e músicos face à actual situação pandémica. “Este é um tempo de acreditar que melhores dias virão, este é o tempo de acreditar que voltaremos a assistir de pé, num aplauso uníssono, à atuação da Banda da Sociedade Filarmónica Progresso e Labor Samouquense, que voltaremos a ver esta banda a atuar na principal praça de toiros do País e em Ayamonte naquilo que são as tradicionais festas de uma localidade espanhola que abraça o concelho de Alcochete”, sublinha.

20 de Novembro de 2020 O SETUBALENSE 13

Junta do Samouco apoia o comércio local no Natal

A

20 de novembro de 1959 proclamou-se mundialmente a Declaração dos Direitos das Crianças e a 20 de novembro de 1989 adotou-se a Convenção sobre os Direitos da Criança.

Trata-se da Convenção mais consensual a nível mundial tendo sido ratificada por 196 países. Portugal fê-lo em 1990.

Representa, mais do que uma declaração de princípios, um vínculo jurídico para os Estados aderentes. Ao ratificar a Convenção, comprometem-se a adequar as suas normas internas de forma a garantir que todas as crianças são protegidas e nenhuma discriminada, que todas as decisões que as afetam se norteiam pelo seu superior interesse, que a todas as crianças é garantida a sobrevivência, condições de desenvolvimento e assegurada a igualdade de oportunidades.

Que a sua opinião é considerada e tida em conta em todos os assuntos que se relacionem com os seus direitos.

Estes direitos, que nunca foram plenamente concretizados por ne-

De 1 a 31 de Dezembro, a Junta de Freguesia do Samouco promove a campanha “Comércio Local, relações de confiança”. Esta iniciativa, à qual já aderiram 45 estabelecimentos, tem como objectivo incentivar o consumo

nhum país e certamente não por Portugal, estão agora, no contexto pandémico que atravessamos, ainda mais longe de se realizarem.

Quando não se assegura a proteção do trabalho e do salário dos pais, está-se a ferir os direitos das crianças. Quando não se assegura as condições mínimas de sobrevivência a quem tudo perdeu, está-se a ferir os direitos das crianças.

Quando não se assegura um Serviço Nacional de Saúde forte, quando não se investe em profissionais de saúde e se compromete o acesso à saúde, está-se a ferir os direitos das crianças.

O mesmo acontece com a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra as Mulheres (CEDAW). Adotada pela Assembleia Geral das Nações Unidas, em 18 de dezembro de 1979, e igualmente com caráter juridicamente vinculativo, visa eliminar todas as formas de discriminação e violência contra as mulheres assim como alcançar a plena igualdade entre mulheres

Não basta enunciar direitos. É preciso concretizá-los

OPINIÃO Sandra Cunha

Trabalho do cuidador informal homenageado com saudação

# Fique em casa

DR

que “o reconhecimento do Cuidador Informal é um grande avanço na promoção da qualidade de sustentação de cada indivíduo, numa perspetiva de inclusão que irá favorecer a capacidade da tomada de decisões e controlo da própria vida”. A.M.V.

D. TERESA

PARAPSICÓLOGA - MÉDIA

e homens em todas as áreas da vida.

Portugal ratificou-a em 1980.

Quarenta anos depois a igualdade entre mulheres e homens continua por acontecer e a violência contra as mulheres acontece demasiadas vezes, todos os dias, tanto em casa como no trabalho, na escola, no desporto ou na rua. A violência e a discriminação são omnipresentes e afetam todas as mulheres, independentemente da sua origem social ou cultural, da sua idade, identidade ou orientação sexual, da sua formação ou profissão.

Na Europa, uma em cada três mulheres já foi vítima de violência física e/ou sexual e 80 % das vítimas de tráfico a nível da União Europeia são mulheres. Nos países em vias de desenvolvimento, uma em cada três raparigas casa antes de atingir 18 anos de idade. Os direitos e a plena participação das mulheres são limitados em todos os aspetos da sociedade político, cultural, social e económico.

A pandemia, mais uma vez, veio dificultar ainda mais a vida das mulheres.

pela Junta de Freguesia.

Posteriormente, os vales podem ser descontados nos estabelecimentos aderentes.

Quantos aos vencedores, são anunciados após a realização de um sorteio, no dia 6 de Janeiro.

Globalmente, a crise afetou de forma especialmente gravosa o bem-estar e os direitos das mulheres e o confinamento exacerbou a violência contra as mulheres e aumentou a sua dependência e vulnerabilidade à dominação machista e misógina.

Por tudo isto e para que sejam eficazes, as políticas de combate à crise sanitária, económica e social têm de ser ancoradas numa perspetiva de género. O Governo Português escolheu não o fazer.

No dia 20 de novembro comemora-se o Dia Internacional dos Direitos das Crianças e no dia 25 de novembro o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres. Ouviremos certamente muitos discursos e declarações sentidas por parte de muitos governantes, mas não serve de nada enunciar ou comemorar direitos sem garantir as condições para que esses direitos sejam realmente concretizados. É essa a reivindicação que devemos fazer. É essa a luta que temos pela frente. Vamos a ela!

Deputada do BE PUBLICIDADE

DESENVOLVIMENTO SOCIAL

A vereadora do Desenvolvimento Social e Saúde apresentou uma saudação em homenagem ao “Dia do Cuidador Informal”, aprovada por unanimidade na autarquia. A saudação destaca o importante papel do Cuidador Informal definido na nova Lei de Bases da Saúde e a criação do Estatuto do Cuidador Informal com a Lei n.º 100/2019.

Na sua saudação Maria de Fátima Soares recorda que, “mais de 800 mil indivíduos cuidam, em casa, das pessoas que estão dependentes de si”. Um trabalho que aponta ser muitas vezes “invisível”, embora seja “absolutamente vital”.

A vereadora socialista afirma ainda que “o trabalho dos que cuidam em domicílio de idosos, de pessoas com demência, com doenças crónicas ou de crianças com doenças graves, representa mais de 300 milhões de euros por mês, para o nosso país”. E

de produtos do comércio local, durante a quadra natalícia e fidelizar clientes.

Por cada 10,00 euros em compras, cada pessoa habilitase a ganhar um “Vale” no valor de 100,00; 75,00; 50,00; ou 25,00 euros, patrocinado

Câmara de Alcochete destaca papel do cuidador informal

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14 O SETUBALENSE 20 de Novembro de 2020

Desporto

O SETUBALENSE HOMENAGEIA 110 ANOS DE HISTÓRIA DO CLUBE SADINO

Salão Nobre da Câmara Municipal de Setúbal recebe cerimónia do 110.º aniversário do Vitória Revista é hoje distribuída gratuitamente nas bancas com a compra do jornal

a confirmação da resiliência de um clube nascido do mais profundo empenhamento da cidade”.

“Incumprimento salarial persiste”

Ricardo Lopes Pereira O Salão Nobre dos Paços do Concelho da Câmara Municipal de Setúbal é hoje, pelas 17h30, dia em que o Vitória Futebol Clube celebra o 110.º aniversário, palco de uma cerimónia em que vão ser distinguidos os que mais se destacaram no clube. Também hoje com a manchete “110 anos de amor a Setúbal” O SETUBALENSE publica a revista que celebra os 110 anos do emblema fundado a 20 de Novembro de 1910. A publicação que está esta sexta-feira nas bancas em toda a região é gratuita para os leitores que comprem o jornal nos locais de venda habituais.

Apesar do actual contexto de pandemia, os promotores da iniciativa que decorre na Câmara Municipal – a Andgerações (Associação de Antigos Praticantes, Dirigentes e Amigos do Andebol), as claques VIII Exército e Ultras Grupo 1910 e a associação em processo de constituição “Voluntários Vitória” – não quiseram deixar em claro a efeméride. “Considerou a organização deste evento que, num aniversário simbólico, em circunstâncias inimagináveis e após um ano vivido no contexto da pandemia Covid-19, não poderiam ficar sem o merecido destaque todos aqueles que se empenharam para que o Vitória mantivesse em funcionamento uma estrutura que cumprisse as suas responsabilidades desportivas, sociais e de representação da região de Setúbal”, lê-se na nota de Imprensa.

Entre os distinguidos estão os nomes do director desportivo e do actual treinador da equipa principal

Aniversário igualmente assinalado com hastear da bandeira e entrega de emblemas aos sócios Diamante, Ouro e Prata

de futebol, que compete no Campeonato de Portugal depois de o clube ter sido despromovido da I Liga ao terceiro escalão. “O momento atualmente vivido pelo futebol profissional e pelo clube também não é esquecido, com atribuição de prémios a atletas dos planteis de futebol e andebol, ao director desportivo do VFC-SAD, Tiago Teixeira, e ao treinador Alexandre Santana. Também a dedicação dos trabalhadores do clube, num contexto de dificuldades financeiras, será

destacada nesta cerimónia”, revelam.

Na lista de 15 galardões, além da equipa de futebol de 1970, a Câmara Municipal de Setúbal, que “ciente da solenidade e importância do momento, cede para o efeito o Salão Nobre dos Paços do Concelho para este evento”, também será homenageada.

A autarquia não deixou passar em claro o aniversário do Vitória, apresentando em reunião pública uma saudação. “Para a autarquia, a celebração dos 110 anos do Vitória representam

O plantel do Vitória revelou ontem em comunicado, assinado pelos jogadores, equipa técnica, equipa médica e staff, que o “incumprimento salarial persiste” no Bonfim. Os profissionais do clube, que foi relegado da I Liga ao terceiro escalão do futebol nacional, revelam no documento que, o presidente Paulo Rodrigues não cumpriu a promessa dada na reunião de 11 de Novembro com os atletas e o Sindicato dos Jogadores de regularizar um mês de salários, até ao limite de 1 000 euros. “Infelizmente, até à data esse pagamento não foi efetuado à totalidade do plantel. Foram poucos os jogadores (e os com vencimentos mais baixos) a receber o referido salário. Numa prova de grande generosidade, carácter e união, na convicção de que uma equipa é feita de todos os seus membros e ninguém deve ficar para trás, os jogadores que receberam um vencimento nos últimos dias decidiram partilhar essa verba com os demais colegas, equipa técnica, equipa médica e restante staff”, refere o texto.

Apesar de ter anunciado, após a reunião com o Sindicato a 11 de novembro, que iria avançar com um pré-aviso de greve na próxima jornada (frente ao Olhanense), o plantel não tomou ainda uma decisão definitiva sobre a matéria. “Aguardando ainda por soluções, a equipa decidirá e dará a conhecer em tempo útil a sua decisão, relativamente à participação no próximo jogo, sem interesses pessoais, voltando a exigir soluções e, sobretudo, respeito”.

O comunicado explica que as intervenções do presidente da mesa da Assembleia-Geral (MAG), Nuno Soares, e da presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira, foram determinantes para

o facto de ainda não terem deliberado. “Recebemos a informação, nas últimas horas, de que o presidente da MAG irá convocar uma AG para decidir o futuro imediato do clube.

A presidente da Câmara Municipal dirigiu, igualmente, o apelo à equipa para que compareça ao próximo jogo, de modo a honrar o clube, os adeptos e a cidade, apesar de compreender o momento muito difícil que estes profissionais estão a atravessar. Comprometeu-se, igualmente, a mover todos os esforços ao seu dispor para encontrar uma solução que viabilize o futuro do Vitória”.

Os signatários do comunicado finalizam o texto com uma alusão ao facto de o Vitória de Setúbal, fundado a 20 de novembro de 1910, celebrar esta sexta-feira 110 anos de existência.

“Todos juntos por um único objectivo, para que amanhã, não seja o último aniversário do enorme Vitória”.

Emblemas entregues no Bonfim

As limitações inerentes ao período que se vive e que impedem de fazer uma festa com a dimensão de anos anteriores, a data será assinalada hoje no Estádio do Bonfim. “Apesar da grave e delicada situação pandémica que vivemos, queremos que seja um dia especial, que sirva para honrar o passado, presente e o futuro do Vitória FC”, anunciou o clube que vai promover os seguintes actos. “Às 9h45, cerimónia do hastear da bandeira na praça Vitória Futebol Clube; imediatamente após o hastear da bandeira, será colocada uma coroa de flores na estátua do emblemático Jacinto João; Das 10h às 12h, junto à porta zero, entrega dos emblemas e diplomas aos Sócios Diamante (75 anos); das 15h às 17h, no mesmo local, entrega dos emblemas e diplomas aos Sócios Ouro (50 anos) e das 18h às 20h, também junto à porta zero, entrega dos emblemas e diplomas aos Sócios Prata (25 anos)”.

20 de Novembro de 2020 O SETUBALENSE 15

Jogos dos campeonatos distritais para este fim-desemana

Os campeonatos distritais de futebol prosseguem este fimde-semana com a realização de mais uma jornada. Na 1.ª Divisão disputa-se a segunda jornada que engloba as seguintes partidas: Barreirense – U. Santiago (sábado); Pescadores da Caparica

– Alfarim; Moitense – Palmelense (adiado); Comércio Indústria – Alcochetense; Vasco da Gama – Águas de Moura; Grandolense – FC Setúbal; Cova da Piedade “B” – Charneca de Caparica (adiado para 27 de Dezembro). 2.ª Divisão (4.ª jornada): Botafogo - Vitória FC;

Banheirense – Brejos de Azeitão; Alcochetense “B” – Ginásio de Corroios; Lagameças – Trafaria; Lagoa da Palha – Samouquense; Monte de Caparica – Alcacerense; Zambujalense – Almada; Quinta do Conde – Santo André; Sonho XXI – Comércio Indústria “B”.

TAÇA DE PORTUGAL

NOVA COMPETIÇÃO

Desportivo Fabril – FC Porto é o prato forte da 3.ª eliminatória

Campeonato Distrital de Sub-22 será disputado por 24 clubes DR

Amora, Oriental Dragon, Desportivo Fabril, Cova da Piedade, Pinhalnovense e Olímpico do Montijo são as equipas da região ainda em competição José Pina Das seis equipas em prova apenas duas jogam em casa, o Oriental Dragon que recebe o Leixões, sábado, às 11h00, e o Desportivo Fabril que defronta o Futebol Clube do Porto, actual detentor do troféu, no mítico Estádio Alfredo da Silva, também no sábado, mas às 14h30.

Este é, sem dúvida, um jogo que está a despertar grande curiosidade para saber qual vai ser o desempenho da equipa fabrilista no confronto directo com uma das maiores potências do futebol nacional. A diferença de valores é enorme e muito provavelmente nem os mais optimistas acreditam numa eventual surpresa, embora os jogos da taça sejam propícios a isso. É muito provável que Sérgio Conceição faça alinhar uma equipa um pouco diferente do habitual mas mesmo assim as hipótese do Desportivo Fabril são remotas. João Miguel Parreira, conhecedor da realidade, irá certamente montar um esquema táctico para tentar retardar ao máximo o golo do adversário e procurar a sua sorte nas abordagens que conseguir fazer à baliza adversária. A motivação extra dos jogadores em confrontos deste género é grande e isso poderá funcionar como uma das armas da equipa fabril mas por outro lado há que contar também com a mais-valia dos dragões que estão de volta ao Barreiro 45 anos depois da última vez.

Oriental Dragon recebe Leixões

O Oriental Dragon que defronta o Leixões, equipa de uma divisão superior, vai fazer tudo para vencer e seguir em frente na competição mas a equipa de Matosinhos não será 'pêra

Jogo desperta curiosidade para saber qual o desempenho da equipa fabrilista no confronto

doce' porque dispõe de mais argumentos. A equipa orientada por Luís Manuel vai ter que trabalhar muito e aplicar-se a fundo para poder tirar partido das características dos seus jogadores. Tudo indica que venha a ser um jogo muito disputado mas com maior dose de favoritismo para a equipa nortenha.

Amora joga em St.ª Maria da Feira O Amora será a primeira equipa da região a entrar em acção, já esta tarde, pelas 17h30, em Santa Maria da Feira, contra o Feirense, uma das equipas mais fortes da II Liga. Prevê-se um jogo complicado para o líder da Série H do Campeonato de Portugal, mas ainda assim reina o optimismo entre os amorenses, como se pode constatar pela antevisão do treinador Bruno Dias: “Vamos procurar a vitória porque o nosso objectivo é claramente chegar à 4.ª eliminatória da Taça de Portugal”. Opinião também partilha-

da pelo médio Tiago Feiteira: “Este jogo é como uma final, ou ganhamos ou saímos. Temos competência para ir lá e obter a vitória”.

C. Piedade na Marinha Grande

O Cova da Piedade desloca-se à Marinha Grande para discutir no sábado, às 15h00, a eliminatória com o Marinhense, líder da Série E do Campeonato de Portugal. Os piedenses, que são de uma divisão superior, têm a obrigação de vencer mas vão ter que superar uma equipa que está a realizar um bom campeonato. Se a condição física dos piedenses, que ficou debilitada com o surto de Covid-19, já estiver muito próximo do normal, poderá regressar à margem Sul do Tejo com o objectivo alcançado.

Pinhalnovense vai à Anadia

No domingo, pelas 11h00, o Pinhalnovense joga na Anadia com a equipa local. Frente a frente vão estar duas

equipas do mesmo campeonato, mas em séries diferentes. A equipa de Pinhal Novo terá com toda a certeza uma tarefa complicada porque vai defrontar um adversário que ainda não perdeu qualquer encontro esta época. Para ultrapassar este obstáculo o Pinhalnovense vai ter que estar ao seu melhor nível e os seus jogadores com uma boa eficácia na finalização.

Olímpico em Vila Verde

O Olímpico do Montijo, que está a fazer um bom campeonato e a ter um percurso notável na Taça de Portugal, joga igualmente no domingo à mesma hora, no Minho, onde defronta o Vilaverdense, 5.º classificado na Série A do Campeonato de Portugal.

Considerando os resultados das duas equipas até esta altura fica a ideia que a equipa montijense tem fortes probabilidades de seguir em frente porque o resultado típico dos minhotos é o empate.

O Campeonato Distrital de Sub-22 afinal vai ser disputado por 24 clubes, distribuídos por duas séries de 12 clubes cada, numa competição por pontos a uma volta para apuramento dos três primeiros classificados, que disputarão a segunda fase.

Os seis apurados disputarão a segunda fase também numa competição por pontos a uma só volta para apuramento do campeão.

O interesse de muitos clubes à última hora ficou a dever-se ao facto da indecisão que existe sobre o início do futebol de formação e à possibilidade dos jogadores juniores poderem ser utilizados nesta competição.

O sorteio realizado no auditório da Associação de Futebol de Setúbal, que foi transmitido em directo no canal da associação, na plataforma Mycujoo, ditou que na primeira jornada se disputassem os seguintes jogos.

Série A: Palmelense – Moitense; Vitória SAD – Seixal “B”; Pinhalnovense SAD – Vasco da Gama; Pescadores ”A” - Sporting Vinhense; Grandolense – Sonho XXI; U. Santiago – Brejos de Azeitão.

Série B: Paio Pires – Seixal “A”; Corroios – Quinta do Conde; Amora SAD – Monte de Caparica; Pescadores “B” – Arrentela; Barreirense – C. Piedade SAD; Alfarim – Charneca de Caparica.

A primeira fase terá início a 12 de Dezembro e termina a 28 de Março, com paragens pelo Natal (26 de Dezembro), Ano Novo (2 de Janeiro) e nos dias 30 de Janeiro, 13 e 20 de Fevereiro, para acerto de calendário.

A segunda fase, que começa a 10 de Abril e termina a 9 de Maio, também já foi sorteada.

Assim, na primeira jornada o 3.º classificado da Série A defronta o 2.º classificado com pior coeficiente, o 1.º classificado da Série A – 3.º classificado da Série B e o 2.º classificado com melhor coeficiente – 1.º classificado da Série B. Os jogos desta competição serão realizados de preferência aos sábados à tarde. J.P.

05:57 ~ 3.1 m ~ Preia-mar 12:20 ~ 1.1 m ~ Baixa-mar 18:38 ~ 2.7 m ~ Preia-mar

ALMADA

05:53 ~ 3.1 m ~ Preia-mar 12:15 ~ 1.0 m ~ Baixa-mar 18:32 ~ 2.7 m ~ Preia-mar

SESIMBRA

06:16 ~ 3.2 m ~ Preia-mar 12:32 ~ 1.0 m ~ Baixa-mar 18:51 ~ 2.8 m ~ Preia-mar

SINES

SETÚBAL TRÓIA

MARÉS

06:33 ~ 3.5 m ~ Preia-mar 12:21 ~ 1.1 m ~ Baixa-mar 19:10 ~ 3.1 m ~ Preia-mar

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