O Setubalense, o seu diário da região nº 534 de 11 de Janeiro de 2021

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Câmaras do distrito vão investir 810 M€ em 2021 Setúbal, Almada e Seixal somam quase 50% do orçamento da região p12 DR

O SEU DIÁRIO DA REGIÃO SEGUNDA-FEIRA, 11 DE JANEIRO DE 2021 PREÇO 0,80€ | N.º 534 | ANO III | 5.ª SÉRIE

DIRECTOR FRANCISCO ALVES RITO

A partir de hoje O Setubalense actualiza preço de capa p3

“Só podemos travar esta pandemia quando 50% da população for vacinada” Aos 93 anos, o clínico Mário Moura fala da sua vida em Setúbal. Defende que depois da Covid é preciso construir uma sociedade mundial melhor p8 e 9 SETÚBAL Partido Socialista quer denunciar contrato com Águas do Sado p5 FUTEBOL Vitória cada vez mais primeiro goleia em Aljustrel por 5-1 p14

268 ANOS Homenagem no aniversário de Luísa Todi p4

BONFIM Autarquia avança com limpeza do estádio p2 PUBLICIDADE


2 O SETUBALENSE 11 de Janeiro de 2021

Abertura

SETÚBAL

PENSAR SETÚBAL Giovanni Licciardello

Carta a Carlos Silva

C

aro Carlos Silva Começo por dar-lhe os parabéns e referir-lhe que para a construção da sua lista de consenso foi indispensável o trabalho altamente meritório de Francisco Alves Rito, Helena Parreira e Paulo Oliveira, o que não surpreende uma vez que são três vitorianos prestigiados. Todavia, durante a derradeira reunião onde se foi construindo a referida lista, não respondeu a nenhuma das questões que lhe coloquei, nem mencionou que esta candidatura tem o apoio da Câmara Municipal de Setúbal. Se olhar para a geografia da 1ª Liga fica logo esclarecido. A norte do rio Douro existem nove (!!!) clubes: Porto, Boavista, Guimarães, Braga, Gil Vicente, Paços de Ferreira, Moreirense, Rio Ave e Famalicão. Metade da 1ª Liga numa área cujas localidades distam no máximo 50 Km entre si, com os óbvios benefícios sociais, económicos, desportivos e políticos que daí advêm, para toda uma região. Lisboa, três: Benfica, Sporting e B-SAD; Regiões Autónomas, três: Marítimo, Nacional e Santa Clara; Região Centro, Tondela. A sul do rio Tejo somente dois, Farense e Portimonense. Alentejo, nem um. Uma tristeza. Quanto ao Distrito de Setúbal, foi aquele que nas últimas cinco décadas mais peso perdeu no mapa do futebol, tendo chegado a ter seis (!!!) clubes na 1ª Liga: Vitória, CUF, Barreirense, Montijo, Amora e Seixal. Actualmente, nem um. Aí sim, um deserto, uma tristeza e um forte motivo de reflexão. Se o futebol vai mal, todas as restantes modalidades se ressentem, quer queiramos, ou não. Quanto a si, gostaria de apresentar-lhe a “eterna” tabela (ver caixa). Em vinte cinco anos, o Vitória teve apenas quatro mandatos completos, nove mandatos incompletos e quatro

comissões de gestão, num registo claro e inequívoco de instabilidade directiva. Actualmente, o Vitória encontra-se falido, sem património, com um estádio obsoleto, com 24 milhões de euros em dívidas e agora condenado ao 3º escalão. Desde 2015 que o Vitória tem estado debaixo da alçada dos Planos Especiais de Revitalização (PER), tendo o último sido aprovado em Junho de 2019 e reflecte as dívidas mencionadas atrás. As dívidas ao Estado cifram-se em 5,2 milhões de euros, a fornecedores e a outros credores chega quase ao milhão de euros e os financiamentos obtidos superam os 17,5 milhões de euros. Depois temos a SAD. Dívidas? Quais são? Quantos milhões? Ninguém sabe ao certo. A SAD foi sempre uma entidade intencional e deliberadamente opaca, onde imperou a falta de competência e aproveitamentos pessoais, que depauperaram e fragilizaram o clube, o que constitui um sério obstáculo para a entrada de investidores sérios e credíveis. Sei do que estou a falar. Caro Carlos Silva; desejo-lhe a si e a toda a sua equipa, um óptimo ano de 2021 e as maiores felicidades no desempenho desse árduo e espinhoso cargo.

Professor

Autarquia já retirou vários camiões de lixo debaixo das bancadas do Estádio do Bonfim Maria das Dores Meira define imagem do estádio como lamentável e planeia intervenções imediatas Ana Martins Ventura A presidente da Câmara de Setúbal quer uma nova imagem para o Estádio do Bonfim e depois de a autarquia ter assumido o direito de superfície está determinada a avançar com profundas remodelações. “Os serviços da Câmara já fizeram um regulamento”, para a utilização do espaço, que vai ser agora discutido, afirma Maria das Dores Meira. Mas a primeira intervenção da Câmara já está em concretização, com os serviços municipais a irem “às

terças e quintas-feiras retirar vários camiões de lixo que estava debaixo das bancadas do Estádio do Bonfim”, refere a autarca. Dentro de alguns gabinetes também estão a ser realizadas intervenções para eliminar antigos dossiers, mediante uma triagem para averiguar o que é lixo e dispensável e o que deve ser preservado. Depois, no que diz respeito aos planos para a reabilitação da parte da frente do estádio, a autarca aponta o que considera ser “uma fotografia lamentável do que estava só na parte de fora do estádio. Na frente”. Algo que define mesmo como “uma imagem de terceiro mundo”, com publicidade excessiva que “ninguém sabe se é paga em dinheiro e onde está esse dinheiro”, afirma. Por isso, já está a ser preparada a intervenção em toda a parte exterior, “especialmente na parte da

entrada e nas lojas”. Maria das Dores Meira afirma ainda que a Câmara vai prestar todo o apoio necessário à nova direcção e define-a como um bom grupo de trabalho, “embora esteja claramente assustado”. Mas afirma que “só quem fosse irresponsável não estaria assustado com o trabalho que está por fazer”. Um caminho no qual a Câmara já está presente “com a organização de iniciativas para angariar sócios, mecenato e apoio à criação de novas empresas”, associadas ao clube. Assim como está a apoiar a concretização das actividades das duas modalidades em campeonatos: o andebol e o futebol. Um momento que a autarca define como de “unidade”, essencial entre todos os sócios, recordando que o Vitória Futebol Clube é “um clube nacional que é preciso recuperar”. ALEXANDRE JESUS

A intervenção de limpeza pelos serviços da câmara inclui também alguns gabinetes do estádio


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Vandalismo destrói carros e loja na Tebaida

O início da madrugada de sábado foi de vandalismo na zona da Aranguês até à Tebaida, em Setúbal, com incêndios nos contentores de separação de lixo que provocaram a destruição de quatro carros e danos na loja da Agência Armindo. O incêndio, que se seguiu ao fogo

DR

posto num ecoponto, provocou danos até no interior do escritório da funerária, com um prejuízo de “alguns milhares de euros”, devido ao calor e à água do combate às chamas. As persianas e cabos dos primeiros pisos superiores do edifício foram também atingidos.

A PARTIR DE HOJE

O Setubalense actualiza preço de capa e mostra distrito na TVI Jornal é parceiro do novo programa de televisão ‘País 24’ que estreia em Fevereiro

HOSPITAIS

Mais de cem médicos internos para Setúbal e Barreiro Reforço das instituições de saúde ainda durante a pandemia

Médico, Dra. Susana Marques, “esta notícia positiva reforça a importância e aposta na formação de jovens médicos”.

O Hospital de Setúbal vai receber 58 médicos internos, os quais já foram recebidos através de uma sessão online. Com os hospitais a passarem por dificuldades em tempos de pandemia, surge assim um reforço. Dos médicos internos apresentados, 38 são de Formação Geral e 20 são de Formação Específica, distribuídos pelas especialidades de Anestesiologia, Cardiologia, Doenças Infecciosas, Estomatologia, Gastrenterologia, Ginecologia e Obstetrícia, Hematologia Clínica, Imunoalergologia, Medicina Interna, Nefrologia, Neurologia, Ortopedia, Otorrinolaringologia, Patologia Clínica, Pediatria, Pneumologia e Psiquiatria. De realçar que, este ano, o Hospital de Setúbal obtém pela primeira vez idoneidade para formação específica de 3 especialidades (Hematologia, Otorrinolaringologia e Estomatologia). Segundo a Directora do Internato

Barreiro Montijo recebeu também 58 internos

O Centro Hospitalar Barreiro Montijo deu as boas-vindas aos novos médicos internos, 44 da Formação Geral e 14 da Formação Especializada. Os médicos internos de Formação Geral vão, durante o ano, passar por várias especialidades (Medicina Interna; Cirurgia Geral; Pediatria; Medicina Geral e Familiar e Saúde Pública), que correspondem a estágios obrigatórios. Os internos de Formação Geral têm ainda de frequentar e obter aproveitamento em 7 cursos, também eles de carácter obrigatório. Os internos de Formação Especializada foram distribuídos da seguinte forma: 3 na especialidade de Medicina Interna, 2 na Pediatria, 2 na Psiquiatria, 1 em Cardiologia, 1 em Pneumologia, 1 em Oncologia Médica, 1 em Cirurgia Geral, 1 em Ortopedia, 1 em Ginecologia/Obstetrícia e 1 em Patologia Clínica.

O preço de capa do jornal O SETUBALENSE passa a ser, a partir de hoje, de 80 cêntimos. Uma actualização que pretende aproximar o valor pago pelos leitores do real custo de produção. Recorde-se que, mesmo com este aumento, o seu jornal continua a ser o que apresenta o preço de capa mais económico, uma vez que todos os títulos disponíveis em banca têm já

valores superiores a um euro. Esta é a primeira vez que O SETUBALENSE actualiza o preço, em quase três anos, depois de em Agosto de 2018 ter passado a ser vendido com o valor de 60 cêntimos. O SETUBALENSE, o título mais antigo de Portugal continental, com uma história de 165 anos, é o único diário regional em papel do distrito de Setúbal. Para este ano, o jornal tem previsto o desenvolvimento da sua edição digital, com reforço da produção audiovisual. Neste domínio, destaca-se o início da parceria com a TVI, do grupo

Media Capital, na produção do programa ‘País 24’. O programa semanal, de reportagens das várias regiões do país, será emitido na TVI 24 já a partir de Fevereiro. O SETUBALENSE será responsável pelas reportagens sobre o distrito de Setúbal. Nas edições zero e experimental deste novo programa, o jornal produziu já duas reportagens em vídeo, designadamente sobre o impacto da pandemia na restauração local (jornalista André Rosa) e sobre a vida dos faroleiros nos diversos faróis em actividade na nossa região (Maria Carolina Coelho). PUBLICIDADE

2 TÉCNICOS SUPERIORES (M/F) APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, S.A. admite vir a reforçar o seu quadro de pessoal com 2 Técnicos Superiores

ANUNCIE NO SEU DIÁRIO DA REGIÃO

ALMADA 265 539 691 SETÚBAL 265 520 716 SEIXAL 265 520 716 MONTIJO 212 318 392 MOITA 212 047 599 BARREIRO 212 047 599 PALMELA 265 520 716 ALCOCHETE 212 318 392 OUTROS CONCELHOS 265 520 716

Requisitos obrigatórios ·Ter nacionalidade portuguesa, de um dos Estados-membros da Comunidade Europeia ou Espaço Económico Europeu ou ainda dos países que consagram a igualdade de tratamento com os cidadãos/ãs nacionais, em matéria de livre exercício de atividades profissionais; ·Ter conhecimentos da língua portuguesa, falada e escrita, comprovados, no caso de candidatos/as estrangeiros, por exame prestado por júri a nomear pela APSS, SA; ·Ter idade não inferior a 18 anos; ·Inexistência de impedimento legal comprovado por certificado de registo criminal; Candidatura A .Mestrado pós-Bolonha ou licenciatura pré-Bolonha em Engenharia Civil ou tratando-se de candidato estrangeiro com grau académico superior estrangeiro num domínio da engenharia a que tenha sido conferida equivalência àquele grau, ou que tenha sido reconhecida com esse nível, com inscrição em vigor na Ordem dos Engenheiros como engenheiro efetivo - nível 2; .Experiência profissional mínima de 5 (anos) anos no desempenho de obras de construção de infraestruturas, obras marítimo-portuárias ou engenharia costeira; .Perfeito conhecimento de informática na ótica do utilizador, nomeadamente, na utilização de programas de planeamento de obras, processamento de texto, folhas de cálculo; .Elevada capacidade de trabalho e competência técnica; .Perfeito conhecimento da legislação em vigor e aplicável à fiscalização de empreitadas de obras públicas. Candidatura B .Mestrado pós-Bolonha ou licenciatura pré-Bolonha em Engenharia Civil ou tratando-se de candidato estrangeiro com grau académico superior estrangeiro num domínio da engenharia a que tenha sido conferida equivalência àquele grau, ou que tenha sido reconhecida com esse nível, com inscrição em vigor na Ordem dos Engenheiros como engenheiro efetivo - nível 2; .Habilitação para o exercício da profissão de técnico/a superior de segurança e higiene do trabalho (nível VI a VIII) de acordo com o previsto na lei 42/2012, de 28 de agosto; .Experiência profissional mínima de 5 (cinco) anos no desempenho de obras de construção de infraestruturas, obras marítimo-portuárias ou engenharia costeira; .Perfeito conhecimento de informática na ótica do utilizador, nomeadamente, na utilização de programas de planeamento de obras, processamento de texto, folhas de cálculo; .Elevada capacidade de trabalho e competência técnica; .Perfeito conhecimento da legislação em vigor e aplicável em termos de segurança e saúde no trabalho. sendo que a falta de qualquer um destes requisitos determina a exclusão do processo Métodos de Seleção • Avaliação curricular • Entrevista profissional Remuneração Valor correspondente ao grau de ingresso na carreira de Técnico Superior, no valor de €1.720,20, conforme tabela salarial aplicável aos/às trabalhadores/ as das Administrações portuárias. Resposta até às 17:00h do 15º dia útil, a contar da data de publicação do presente anúncio, para APSS, S.A., Praça da República, 2904-508 Setúbal, ou geral@portodesetubal.pt, com a referência “Candidatura a Técnico Superior – Referência…”, contendo: A. Carta de apresentação B. Curriculum Vitae detalhado e assinado C. Certificado de registo criminal D. Certificado de habilitações Literárias E. Certificado de aptidão profissional válido para o exercício da profissão de técnico/a superior de segurança e higiene do trabalho (nível VI a VIII) de acordo com o previsto na lei 42/2012, de 28 de agosto F. Demais elementos tidos por relevantes A falta de qualquer um dos documentos indicados nas alíneas B), D) para o caso da candidatura A e dos indicados nas alíneas B), D) e E) para o caso da candidatura B determina a exclusão da mesma


4 O SETUBALENSE 11 de Janeiro de 2021

Setúbal

AMBIENTE

“FIGURA MAIOR DA CULTURA SETUBALENSE”

Luísa Todi ‘celebra’ 268 anos com simbólica homenagem da cidade que a viu nascer

Câmara vai recolher resíduos orgânicos

O SETUBALENSE

Comemoração continuou na Igreja do Convento de Jesus com um concerto do cantor lírico Carlos Guilherme Maria Carolina Coelho Considerada por muitos como “a cantora lírica portuguesa mais importante de todos os tempos” e uma “figura maior da cultura setubalense”, Luísa Todi celebraria no passado sábado 268 anos. Apesar das restrições impostas contra a propagação da Covid-19, a Câmara Municipal de Setúbal, na voz de Pedro Pina, vereador com o pelouro da Cultura, não deixou de assinalar “a importante data” com a tradicional deposição de flores na “glorieta” em homenagem à cantora, situada na avenida com o seu nome, no centro da cidade sadina. O momento, que aconteceu ao som de canto lírico, contou com algumas palavras do vereador Pedro Pina, nas quais destacou que é “absolutamente extraordinário aquilo que Luísa Todi fez no seu tempo”, sendo, por isso, “importante assinalar-se o seu nascimento”. “Creio que somos daqueles que acreditamos na cultura e nas figuras maiores, que apresentam, ainda, uma salvaguarda moral e ética do nosso tempo. Mesmo que seja património histórico, património de há alguns séculos, devemos assinalar estas figuras da nossa cidade, com referências significativas como exemplo maior daquilo que nós desejamos para o nosso futuro”, referiu. Para o vereador da Cultura, “apesar do futuro passar por muitas coisas, não pode deixar de ter na cultura e naqueles que a protagonizam, como os seus criadores, os seus artistas e os seus agentes culturais, um pilar fundamental”. “É também ela [Luísa

Nuno Marques, Francisco Borba, Pedro Pina e Nuno Costa participaram na cerimónia

Todi] um garante da nossa condição existencial”, acrescentou. Mesmo em “tempos difíceis” como os que se vivem actualmente, o autarca considera que “não se pode perder a condição essencial humana que é a condição da existência onde está a cultura e as suas condições, como a música em particular, que tem uma dimensão fundamental”. “Acredito que seremos sempre um mundo melhor se essa condição estiver presente nas nossas vidas. É também por essa razão que, mesmo nos tempos de maior confinamento, nós [a Câmara Municipal de Setúbal] nunca abdicámos de ir fomentando a cultura, estimulando os criadores e

criando condições para os pequenos espectáculos, e que, sendo a Luísa Todi uma figura maior da cultura setubalense, não deixámos de assinalar esta data”, concluiu. Na simbólica cerimónia estiveram ainda presentes Nuno Costa, presidente da Junta de Freguesia de São Sebastião, Nuno Marques, vogal da União das Freguesias de Setúbal, e Francisco Borba, presidente da Liga dos Amigos de Setúbal e Azeitão, que homenagearam igualmente a cantora lírica. Em seguida, as comemorações prosseguiram para a Igreja do Convento de Jesus, onde o cantor lírico Carlos Guilherme deu um concerto.

“Deveríamos de ir mais além desta simples cerimónia”

As celebrações do aniversário de Luísa Todi, consideradas por Francisco Borba “como, mais do que um cumprimento, um dever”, deveriam de, na sua opinião, “ter mais projecção na cidade e no País”. “Viemos hoje [sábado] na procura de uma partilha espiritual da figura incontornável e relevante da nossa história e da história da cidade de Setúbal. Nesse sentido, deveríamos de ir mais além desta simples cerimónia, que é igualmente digna. No fim-de-semana mais perto da data da comemoração ou no próprio dia poderíamos fazer algo mais”, comentou.

A separação e recolha de resíduos orgânicos ou biorresíduos vai começar a ser feita porta-a-porta no concelho de Setúbal, através de num projecto piloto que antecipa em três anos a obrigatoriedade deste procedimento no país (prevista para 2024). O projecto que permitirá transformar resíduos em composto surge na sequência de uma candidatura ao Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso dos Recursos e inicialmente chegará a 9600 fogos, Numa primeira fase os resíduos orgânicos vão ser recolhidos nas freguesias de Azeitão, Sado e Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra e da União das Freguesias de Setúbal. Na segunda fase a recolha também chegará aos bairros Afonso Costa, Monte Belo Norte e Sul, Nova Azeda e Vale de Cobro. Este projecto inclui ainda uma campanha de sensibilização já a decorrer e intitulada “Setúbal com.posto tem + valor”, através da qual a autarquia esclarece a população sobre as acções correctas na separação dos biorresíduos, “bem como sobre as mais-valias deste novo sistema”. A primeira fase da campanha incide nas zonas de Pinhal de Negreiros, Casal de Bolinhos, Brejos de Azeitão, Quinta da Várzea, Vila Nogueira de Azeitão, Quinta dos Foios, Aldeia de Irmãos, Oleiros e Urbanização Vinha da Sardinha. A autarquia destaca que a separação de biorresíduos “implica menos deslocações aos contentores por parte dos munícipes e, também, maior comodidade e proximidade para a realização da reciclagem deste tipo de resíduos”. Mas, acima de tudo, o projecto é uma mais-valia para “a diminuição do espaço ocupado em aterros”, para “o aproveitamento de recursos para a produção de adubo e energia” e “redução da emissão de gases com efeito de estufa”. Para aderir à recolha os munícipes abrangidos pelas áreas definidas podem contactar os serviços da autarquia através do telefone 217 977 717, preencher o formulário disponível em http:// setubalcomposto-form.pt/, ou contactar directamente os técnicos especializados nas deslocações que vão realizar porta-a-porta. A.M.V.


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Município requalifica Escola Básica de São Gabriel com novos estores e pintura

A Câmara Municipal de Setúbal concluiu recentemente a intervenção em curso na Escola Básica São Gabriel, na qual procedeu ao “reforço das condições de ensino” com a instalação de novos estores e com a pintura do espaço, referiu a autarquia em comunicado.

Os trabalhos, que representam um “investimento global de perto de 27 mil euros”, foram iniciados em Dezembro, “no período das férias lectivas”. Desta forma, o município procedeu “à substituição dos estores por materiais mais modernos e com características

térmicas de valor acrescido” e ao “tratamento das paredes exteriores, com a reparação de pequenas fissuras”. As obras estão enquadradas “na estratégia de qualificação contínua do parque escolar, com o objectivo de assegurar melhores condições”.

CONCESSÃO DA EMPRESA TERMINA ESTE ANO

Dívida de 30 milhões da Águas do Sado à Câmara e aumento de tarifas leva PS a sugerir denuncia de contrato DR

Câmara afirma que está na altura de fechar a concessão, mas é necessário avaliar as condições para o fazer de forma adequada

Fernando José recorda adendas “vergonhosas”

Ana Martins Ventura A Câmara Municipal de Setúbal aprovou por maioria o aumento da tarifa de venda de água, saneamento e outros serviços, com votos contra do PS e PSD. Os aumentos de 0,8% na tarifa da água, 1,08% no custo do saneamento e 1,09% no custo de outros serviços, votados na sessão do passado dia 6, fazem parte das directivas exigidas anualmente pela Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) à empresa Águas do Sado. Mas, apesar desta obrigatoriedade, o vereador Fernando José (PS) recordou os 30 milhões de euros de dívida da empresa à autarquia e questionou se não será o momento de denunciar o contrato. “A Câmara Municipal de Setúbal já devia ter usado o instrumento de denuncia e feito cessar esse contrato de concessão”, lançou o vereador em debate.

panhar”, avaliando “que condições há para se fechar de forma adequada este contrato”.

Perante o que considera ser uma desculpabilização pelo passado, a presidente da Câmara, Maria das Dores Meira, recorda que “foi o Partido Socialista que fez esta concessão ruinosa para o município”. Uma concessão com uma clausula que diz que “a partir do ano X a renda não é esta é aquela”, afirma a autarca, esclarecendo que a Câmara está em processo contencioso para resolver este valor, “mas não pode chegar ali e apontar uma espada à Águas do Sado”. Além da dívida, Maria das Dores Meira fez questão de esclarecer que os aumentos não são da competência da Câmara e nem mesmo a Águas do Sado os pode

contornar. “É estranho que o Partido Socialista não entenda que, independentemente do que será resolvido em sede própria, há outras clausulas em contrato, ou directivas da própria ERSAR, que dizem que o tarifário tem de ser actualizado anualmente”, refere. Enquanto responsável pelo Acompanhamento do contrato de concessão com a Águas do Sado e acompanhamento da Simarsul, o vereador Carlos Rabaçal (CDU) recorda que após 20 anos está na altura de “fechar a concessão”, que deve terminar em Dezembro. Um processo que a Câmara está a “acom-

Apesar dos esclarecimentos do vereador Carlos Rabaçal e da referência da presidente da Câmara ao contrato celebrado pelo PS, durante a votação Fernando José recordou uma reunião de Câmara do mandato 2009-2013, na qual foi apresentado um projecto de revisão da concessão das Águas do Sado. No documento foi colocada, erradamente, em anexo, “correspondência trocada entre a senhora presidente da Câmara Municipal de Setúbal e empresa”, revela o vereador Fernando José. Uma correspondência com sugestões de adendas que Fernando José classifica como “vergonhosas, pois indicavam, a título de exemplo: “senhora presidente esta é a melhor forma de defender a Câmara Municipal de Setúbal de possíveis obras que possam vir a ser feitas”. Uma reunião que acabou por ser interrompida, tendo a presidente chamado os vereadores a conferência privada e “pedido desculpa pelo erro dos serviços”. No entanto, “a situação que deixou claro que havia um acordo entre a autarquia e a empresa”, afirma Fernando José.

AUTARQUIAS E DIOCESE DEIXAM VOTOS DE PESAR

Figuras locais que morreram nos últimos 15 dias A Câmara Municipal de Setúbal aprovou na última reunião pública votos de pesar por dois nomes da cidade. Um deles pela morte, a 29 de Dezembro, de Maria do Carmo Lopes que exerceu entre 2001 e 2005 o cargo de presidente da presidente da Junta de Freguesia de São Julião. A autarca eleita pela CDU foi ainda dirigente associativa na União Setubalense tendo-se destacado também pela sua carreira profissional ligada ao ensino. Foi professora nas escolas secundárias

de Bocage e Sebastião da Gama. Na reunião da passada quarta-feira foi ainda aprovado o voto de pesar pela morte de Manuel Carlos Zorro, a 26 de Dezembro. Músico e compositor, nasceu em Beja mas viveu sempre em Setúbal, cidade onde colaborou em vários projectos artísticos, com destaque para o Conjunto Típico Xico da Cana. O trabalho realizado em Setúbal em prol da cultura mereceu-lhe a atribuição da Medalha Honorífica da Cidade. No primeiro dia do ano morreu, aos

72 anos, António Fernando Almeida, figura do associativismo sesimbrense e presidente da Associação Cultural e Desportiva da Cotovia ACDC. Era também presidente da Associação de Beneficência, Amizade e Solidariedade e era secretário na Irmandade do Senhor Jesus das Chagas. Foi reconhecido em 2009 pela Câmara de Sesimbra com a Medalha de Mérito Grau Bronze. A autarquia aprovou um voto de pesar àquele que foi ainda colaborador da Sesimbra FM

durante 15 anos e trabalhou como técnico e repórter na Sesimbra TV. Por sua vez a Diocese de Setúbal lembrou a morte, na madrugada de 28 de Dezembro, do salesiano leigo António Manuel Pinto, pertencente à comunidade de Setúbal. Nascido em 1934 em Alfândega da Fé, distrito de Bragança, de entre as actividades a que dedicou a sua vida salientam-se os 45 anos em que trabalhou nas Edições Salesianas e suas livrarias, de 1967 a 2012. H.L.

BREVES RESTAURO

“Mulher Azul” repintada após vandalismo A peça escultórica conhecida por “Boneca Azul”, situada no espaço verde entre a Rua Zófimo Ramos Luz e a Avenida Bento de Jesus Caraça, foi repintada “após ter sido alvo de actos de vandalismo”, explicou a Junta de Freguesia de São Sebastião em comunicado. Os trabalhos na escultura concebida por Edgar Cappellin foram realizados pela autarquia “numa lógica de valorização do património artístico local”. DR

POR DOIS MESES

Nova rotunda condiciona Estrada de Algeruz

A construção de uma nova rotunda na “intersecção formada pela Estrada de Algeruz com a Rua das Caravelas” provoca, desde a passada semana, o condicionamento do trânsito no local, esclarece a Câmara Municipal de Setúbal em nota de Imprensa. A intervenção “sinalizada pelos serviços de trânsito” do município vai decorrer “por um período previsível de dois meses”.


6 O SETUBALENSE 11 de Janeiro de 2021

Setúbal CCDR LVT CONFIRMA

Resíduos do Vale da Rosa com relativa concentração de arsénio devem ser removidos pelo Millenium BCP Câmara de Setúbal aguardava informação da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo sobre o carácter dos resíduos Ana Martins Ventura O resultado das análises ao solo em Vale da Rosa, na zona onde estão depositadas 32 mil toneladas de resíduos de alumínio já são conhecidos. Em declarações ao jornal O SETUBA-

LENSE a presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR LVT), Teresa Almeida, afirma que as concentrações de arsénio encontradas apenas ultrapassam ligeiramente valores limite. E, não sendo possível identificar o autor dos depósitos, avança quem será agora o responsável pela remoção dos mesmos: o Millenium BCP, actual proprietário dos terrenos. O destino da montanha de escórias de alumínio voltou ao debate público em Setúbal depois de o vereador Nuno Carvalho (PSD) ter questionado a presidente da Câmara na sessão pública de 6 de Janeiro sobre o ponto de situação do caso. Maria das Dores Meira, comentou que a autarquia aguardava informa-

ções da CCDR LVT sobre os resultados das análises ao solo. E, na passada sexta-feira, o Gabinete de Apoio à Presidência confirmou a O SETUBALENSE que “a Câmara Municipal não foi informada do resultado de eventuais análises aos resíduos depositados em Vale da Rosa que tenham sido realizadas pela CCDR LVT pelo que não podemos pronunciar-nos sobre as caraterísticas de tais resíduos”. A Câmara estaria ainda a “desenvolver diligências oficiais junto da CCDR para saber se foram já realizadas estas análises e, tendo sido realizadas, quais os resultados”. Resultados que a presidente da CCDR LVT havia garantido para Agosto. Volvidos cinco meses, Teresa Almeida confirmou ter conhecimento

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Município de Alcácer do Sal AVISO Reapreciação e renovação da aprovação da Área de Reabilitação Urbana do Torrão e aprovação da Operação de Reabilitação Urbana Simples Vítor Manuel Chaves de Caro Proença, Presidente da Câmara Municipal de Alcácer do Sal, torna público, nos termos do Regime Jurídico da Reabilitação Urbana, na redação conferida pela Lei n.º 32/2012, de 14 de agosto, que se encontra aberto um período de discussão pública, pelo prazo de 20 dias úteis, contados a partir do oitavo dia seguinte à publicação em Diário da República, relativamente à proposta de reapreciação e renovação da aprovação da Área de Reabilitação Urbana do Torrão e aprovação da Operação de Reabilitação Urbana Simples. O processo poderá ser consultado todos os dias úteis, das 09 às 16 horas, na secretaria da Divisão Planeamento e Gestão Urbanística, sita no Edifício dos Serviços Técnicos, Avenida João Soares Branco, em Alcácer do Sal, ou na página do município, em www.cm-alcacerdosal.pt, podendo todos os interessados apresentar, por escrito, as suas reclamações e/ou sugestões, dirigidas à Câmara Municipal de Alcácer do Sal, Praça Pedro Nunes, em Alcácer do Sal, ou por correio eletrónico para o endereço dpgu@malcacerdosal.pt. Alcácer do Sal, aos 6 de Janeiro de 2021 O Presidente de Câmara Vítor Manuel Chaves de Caro Proença

Resultados das análises ao solo eram aguardados há vários meses. Segundo a CCDR LVT as análises técnicas revelam concentração de arsénio ligeiramente acima de valores referência

de “um estudo de avaliação da contaminação dos solos e águas subterrâneas”, no qual foram identificadas “ligeiras excedências aos valores de referência (VR) do arsénio em três amostras”. Nos resultados referentes à análise das águas subterrâneas verificou-se que “apenas uma amostra regista um valor de arsénio tangencialmente acima do respetivo valor limite”, garante. Nos restantes parâmetros “não se verificaram concentrações acima dos respetivos valores limite”. Também as amostras recolhidas das pilhas de resíduos apresentaram concentrações de arsénio muito semelhantes aos valores obtidos nas amostras recolhidas nos solos, o que leva o depósito “a ser considerado como a fonte da contaminação identificada”. No entanto, Teresa Almeida salienta que, “dado o enquadramento geológico da área de estudo e as concentrações relativamente reduzidas tanto em solos, como em águas subterrâneas, admite-se também a influência do fundo geoquímico natural nas concentrações de arsénio obtidas nas amostras”.

Actual proprietário dos terrenos é responsável pela remoção dos resíduos

Quanto à responsabilidade pela remoção dos resíduos a presidente da CCDR LVT esclarece que “nos termos do Regime Geral de Gestão de Resíduos a obrigação de se proceder à gestão de resíduos cabe ao produtor

inicial, e, na impossibilidade de determinação deste, ao seu detentor”. Motivo pelo qual a CCDR LVT “oficiou a proprietária do terreno, na qualidade de detentora dos resíduos” e em conformidade com “os princípios da hierarquia de gestão de resíduos e da protecção da saúde humana e do ambiente, a assegurar o tratamento/ remoção dos resíduos”. Para confirmar a propriedade dos terrenos a CCDR LVT solicitou “a colaboração da Câmara Municipal de Setúbal, no sentido de obter informação relativa à identificação do proprietário do terreno e informação cadastral do local”, tendo a autarquia confirmado que “o proprietário dos lotes 12 e 13, com alvará de loteamento n.º 3/85, titulado pelo DREGUE com o n.º 7.9.401/82 é o Millenium BCP”. A entidade responsável pela remoção dos resíduos passa a ser a mesma que está a negociar a venda de terrenos em Vale da Rosa com investidores interessados no projecto Cidade do Conhecimento, a ser projectado para a zona de Vale da Rosa pelo The Pitroda Group. Após O SETUBALENSE questionar a autarquia sobre possíveis consequências dos resíduos no projecto da Cidade do Conhecimento, a nota do Gabinete de Apoio à Presidência enviada ao jornal indica que: “está neste momento em elaboração um plano estratégico para a Cidade do Conhecimento e é expectável que seja depois produzido um plano de pormenor, que definirá a utilização do território em causa”. DR


11 de Janeiro de 2021 O SETUBALENSE 7 PUBLICIDADE

EMBAIXADOR JAPONÊS VISITOU O CONCELHO

Autarquia sadina reforça cooperação económica, cultural e desportiva com Japão

Juelsio Xavier

DR

O convite a Ushio Shigeru foi lançado pela presidente da Câmara de Setúbal. Diplomata visitou equipamentos e várias empresas

O ano que agora se inicia poderá ser muito diferente no final, fruto de alterações legislatórias e conjunturais que poderão influenciar o mercado imobiliário.

Humberto Lameiras

Com o objectivo de reforçar a cooperação entre o município de Setúbal e o Japão a presidente da Câmara Municipal, Maria das Dores Meira, recebeu na passada semana o embaixador japonês em Portugal. A visita do diplomata ao concelho pretende estreitar a colaboração nos sectores económico, cultural e desportivo. Ushio Shigeru esteve nos Paços do Concelho de Setúbal a convite de Maria das Dores Meira e, depois de reunirem, o diplomata ficou a conhecer o património do edifício-sede da Câmara Municipal e deixou uma mensagem

Visita permitiu iniciar o estreitamento de relações entre o Japão e Setúbal

no Livro de Honra da Cidade. Seguiram-se visitas à nova Casa do Turismo, na Praça de Bocage, ao emblemático Mercado do Livramento, no qual as bancas de venda de peixe despertaram particular atenção, e à Galeria Municipal do Banco de Portugal, espaço museológico com um valioso conjunto de pinturas quinhentistas. Além dos locais icónicos de inte-

resse turístico e cultural, o embaixador do Japão deslocou-se a empresas da região. “Esta visita permitiu iniciar um processo para a criação de condições que conduzam ao estreitamento de relações entre o Japão e Setúbal em áreas como a economia, a cultura e o desporto”, refere nota de imprensa da autarquia sadina.

TRAVEL & HOSPITALITY AWARDS

Casa da Baía distinguida com prémio Excelência da Marca 2020 O Travel & Hospitality Awards acabou de distinguir a Casa da Baía - Centro de Promoção Turística, em Setúbal, com o prémio Excelência da Marca 2020. Trata-se de um galardão pelo reconhecimento de experiências consideradas “autênticas, únicas, originais e enriquecedoras para a estadia dos visitantes, assim como a descoberta do local de destino turístico”, refere comunicado da autarquia. A categoria na qual a Casa da Baía foi reconhecida “integra empresas, serviços ou produtos comercializados e com capacidade de atrair a atenção do público, conteúdos e informações considerados excelentes pelos utilizadores e que utilizam com êxito as plataformas sociais, adaptando-se a novos desafios e, principalmente, mantendo um elemento de consistência da marca”, indica o mesmo documento.

Perspetivas do Imobiliário para 2021

DR

Espaço de promoção do concelho

O Travel & Hospitality Awards é uma organização constituída por entusiastas do mundo das viagens, bloggers e profissionais do turismo. Os vencedores deste prémio, que conta com os patrocínios da Visit Portugal, Turismo da Áustria, China Airlines e Turismo do Japão, são seleccionados pela avaliação da organi-

zação e dos comentários e apreciação feita pelos hóspedes e utilizadores. A Casa da Baía – Centro de Promoção Turística, equipamento municipal inaugurado em 2011, “tem como principal objectivo a divulgação turística da região e a comercialização de produtos regionais”. Este espaço multifuncional, acolhe, além de serviços municipais, um posto de informação turística, as confrarias do Queijo de Azeitão e do Moscatel de Setúbal, a Associação da Baía de Setúbal, uma área vínica, uma loja de produtos gourmet, uma sala de reuniões e auditório, um espaço de restauração e o Centro Interpretativo do Roaz do Estuário do Sado. “No ano passado, a Casa da Baía foi distinguida com o prémio Travellers’ Choice 2020, atribuído pela plataforma digital TripAdvisor com base em avaliações e opiniões dos viajantes”.

Começando pela mais óbvia, o impacto macroeconómico. Com uma queda de 8,1% do PIB nacional projetada pelo Banco de Portugal para 2020, e uma contração mundial prevista de 3% pelo FMI, constata-se um cenário de maior incerteza para os próximos anos. Digo incerteza, porque nesta fase é demasiado cedo para prever o impacto das medidas que estão a ser, e serão tomadas. De todo o modo, cenários de incerteza adiam decisões de investimento profissional, o que poderá adicionar escassez ao stock de habitação disponível.

ros de adiamentos que serão diluídos nas prestações mensais, o que aumentará o encargo mensal dos portugueses. Este resvalo no orçamento familiar levará inevitavelmente a um aumento da oferta de imóveis, o que por sua vez poderá travar o crescimento dos preços.

Outra das alterações que aconteceram em 2020 e que se vê prolongar-se durante 2021, é a redução da taxa de ocupação do arrendamento de curta duração. Outrora um modelo de negócio apetecível, como alternativa mais rentável face ao arrendamento de longo prazo, mostrou-se pouco robusto quando as viagens ficaram restringidas. Esta leitura sai reforçada pela legislação aprovada pelo estado, que permite converter um estaAs moratórias são outro belecimento de alojamentema quente. Mantendo-se to local em arrendamento o prazo de término deste acessível. regime excecional, as famílias portuguesas comeIncerteza será a palavra çarão a sentir o impacto de ordem. Quer seja comnas prestações dos seus prador ou vendedor, o imcréditos já em Setembro. portante será tomar ações Serão 2 mil milhões de Eu- informadas.

934 611 915 jxavier.bartolomeu@century21.pt www.cdc21.pt


8 O SETUBALENSE 11 de Janeiro de 2021

Entrevista

MÁRIO MOURA MÉDICO, ESCRITOR E PENSADOR

“Depois desta pandemia é preciso voltar à relação próxima entre médico e paciente” Como médico, esteve em muito ligado à Medicina Familiar. Lembra uma Setúbal que era pobre, e fala dos actuais riscos sociais que a pandemia pode implicar a nível mundial, mas também de uma oportunidade para construir uma sociedade melhor Humberto Lameiras Mário Moura, 93 anos feitos a 13 de Dezembro, é um nome incontornável como médico, escritor e pensador das relações sociais e políticas. Em entrevista, lembra a sua chegada a Setúbal em 1953, as suas vivências como clínico e o envolvimento com uma sociedade então pobre e de sobrevivência amarga. Reconhecido com a Grande Oficial da Ordem do Mérito da República, concedida pelo antigo Presidente da República Jorge Sampaio, condecorado com a Medalha de Ouro do Ministério da Saúde, com a Medalha de Honra da Cidade de Setúbal e distinguido com o Prémio Miller Guerra de Carreira Médica, entre outras homenagens, continua a afirmar-se como uma mente desperta e preocupada. Sobre as restrições sociais que a pandemia da Covid-19 a todos obriga, receia que tenham uma influência negativa a nível económico e nas futuras relações sociais, mas também afirma que, por enquanto, esse

condicionamento é incontornável. Por isso, defende que o depois destes dias de medo obriga a novas ideias. Fala mesmo de uma oportunidade para o nascimento de uma nova sociedade, menos virada para o lucro e mais solidária. Nascido em Coimbra e tendose formado em medicina na Faculdade da Universidade de Coimbra, o que o fez vir para Setúbal? Como era bom aluno no liceu tive uma bolsa para estudar medicina na Faculdade de Coimbra. Depois de me formar, em Outubro de1952, fiquei desempregado; por uma questão de dias não pude concorrer ao internato dos hospitais da universidade. Na época, os grandes centros hospitalares eram em Coimbra e Lisboa. Vi então um anúncio num jornal onde o Hospital do Espírito Santo em Setúbal precisava de dois médicos para inaugurar o serviço de urgência, e eu, com o meu primo Rui Moura, que se tinha formado também em medicina no mesmo dia – tal como a sua irmã Maria Amélia Moura – decidimos enviar os nossos dados para a Misericórdia

de Setúbal, e fomos os dois aceites. Mais tarde também a minha prima veio para Setúbal. Curioso como uma família da classe média-baixa de Coimbra forma três médicos e no mesmo dia; todos viemos para Setúbal. O que sentiu quando chegou a esta cidade? Cheguei a 3 de Fevereiro de 1953. Quando sai na estação de Setúbal com dois malões pesados cheios de livros e roupa, olhei à minha volta e não havia casas, eram só laranjais, pensei que me tinha enganado. Perguntei a um senhor de boné se estava em Setúbal, disse-me que sim, mas deveria ter saído mais à frente, no apeadeiro. Tive de ir, eu e o Rui, com as malas pesadíssimas pelo meio dos laranjais até à Misericórdia de Setúbal. Na altura Setúbal era paupérrima. As mulheres, e alguns homens, trabalhavam nas três fábricas conserveiras que aqui ainda existiam – muitas tinham fechado depois da II Grande Guerra Mundial –, muitos outros homens viviam da agricultura e da pesca. De casas, só praticamente no centro da cidade, de resto muitas pessoas moravam

em barracas e acorriam para trabalhar ao apito das fábricas. Tanto eu como o meu primo viemos para cá a pensar na possibilidade de irmos para Lisboa, mas, por razões várias, acabámos por ficar cá. Eu, em muito, porque casei com uma das filhas de um dos proprietários de duas das fábricas conserveiras de Setúbal, António Silva, foi em 1955. Profissionalmente, o que mais o marcou na cidade? Precisamente a pobreza que aqui existia. Quando morreu o médico Álvaro Gomes que trabalhava na Associação de Beneficência Familiar, uma associação que só reunia associados dos bairros pobres, - a qual acabou há uns anos –, fiquei nas suas funções a cuidar das classes mais pobres, isto para além de continuar a exercer clínica

no Hospital do Espírito Santo. Isto agarrou-me ainda mais a Setúbal. Em 2013, aos 85 anos, recebe o Prémio Miller Guerra de Carreira Médica pela sua carreira na medicina familiar. É um prémio criado pela Ordem dos Médicos, e foi-me atribuído na sua primeira edição. Não me candidatei, foi por proposta de doentes que acompanhava, e apreciação do meu currículo. Foi um reconhecimento como médico, pelos livros que escrevi e pelas muitas outras actividades em que me meti. Depois de ter recebido o prémio considerei colocar um ponto final na minha carreira médica, mas mantive-me mais uns anos, até que tive mesmo de parar para cuidar da minha mulher, que durante quatro anos esteve gravemente doente, e


11 de Janeiro de 2021 O SETUBALENSE 9

O depois da pandemia, apesar de ser esperada uma crise económica e social, pode ser uma oportunidade para modificar a estrutura social e política Mário Moura DR

importantíssimo para os ajudar e tratar. Quando diz que a pandemia veio alterar o relacionamento entre médico e paciente considera que chegámos a um termo, ou estamos apenas perante um hiato de tempo? A grande maioria dos doentes não Covid estão a ser seguidos por telefone - eu próprio estou fechado em casa há cerca de um ano -, e embora os médicos dos centros de saúde não esqueçam os seus pacientes, há doenças que estão a ser menos acompanhadas. Depois desta pandemia é preciso fazer um esforço para se voltar à relação próxima entre médico e paciente, acredito que isso voltará a acontecer, mas não sei quando será. Só teremos hipótese de travar esta pandemia quando 50% da população estiver imunizada com a vacina. Portanto, só poderá existir algum recuo destes problemas em 2022. Num dos seus textos de opinião publicado no jornal O SETUBALENSE, refere que as restrições impostas pela pandemia podem, futuramente, influenciar negativamente a formação social das crianças. Como chega a esta conclusão? As pessoas vão construindo-se

si próprias. Nos primeiros três meses de vida estão dependentes da relação com a mãe, depois é através do ambiente familiar que as crianças aprendem a relacionarse. Na escola, para além das matérias lectivas, são ensinadas a sociabilizarem-se, ora a prática desta relação está agora a ser colocado em causa. Para além do uso de máscara, os alunos têm de guardar distância uns dos outros, portanto, o comportamento das crianças passa por serem obrigadas a evitarem os contactos com os outros; o normal convívio social está presentemente condenado. Mesmo com a vacina, os epidemiologistas dizem-nos que temos de continuar a usar máscara e manter distanciamento social, e não sabemos por quanto tempo irá durar. Com isto, a geração que está agora nos primeiros anos de escola não recebe impulso para se sociabilizar, isto vai modificar o seu comportamento. Por agora não há outra solução, tem de ser assim para a protecção de todos, mas se isto durar muito tempo vai ser complicado. Contudo, o depois da pandemia, apesar de ser esperada uma crise económica e social, pode ser uma oportunidade para modificar

Professor As universidades seniores são de “grande importância” veio a falecer. Anos antes, em 1995, recebeu a Medalha de Honra da Cidade de Setúbal. Que significado atribui a essa distinção? Gostamos sempre de ser reconhecidos. É uma Medalha de Paz e Liberdade, não só pela minha função como médico, mas essencialmente pela minha actividade cívica e na área cultural. Foi presidente, durante 12 anos, da Associação Portuguesa de Médicos de Clínica Geral, a qual passou a designar-se Medicina Familiar. Como vê, actualmente, a relação médico paciente? Agora sou membro honorário. Uma das coisas terríveis da situação pandémica que estamos a viver é a Medicina Familiar combinada com a Clínica Geral tender a desaparecer.

É preciso considerar as pessoas no seu ambiente social e familiar, isso não é possível com consultas por telefone, como acontece agora por causa da Covid-19. O fundamental na medicina familiar é a relação pessoal entre médico e paciente. Antes da pandemia, a Ordem dos Médicos em Portugal e organismo similar em Espanha, estavam a considerar propor a Medicina Familiar como matrimónio imaterial da humanidade, agora esse processo está parado. O médico de família necessita sempre de cultivar uma relação afectiva com o seu doente. Com a Covid-19 essa relação acabou, os médicos não têm tempo de conversar com os doentes e conhecê-los no seu contexto social; este conhecimento é

Colaborador, como professor, na UNISETI - Universidade Sénior de Setúbal desde o início desta instituição, em 2003, Mário Moura afirma este ensino como de “grande importância” para o envelhecimento activo, “mais ainda agora em que, por causa da pandemia, temos os velhos isolados, sem convivência”. Mas não só agora nestes tempos, o que estas universidades já proporcionavam antes da pandemia “tem de continuar”. Para além de permitirem uma ocupação para quem tem mais idade, abrem caminhos para “aquisição de mais conhecimentos em diversas áreas e promovem a sociabilização”, por isso reforça: “é importante que assim continuem”.

Depois de um interregno de alguns anos, por necessidade de cuidar da sua mulher, o que o obrigou a ficar em casa, Mário Moura regressou ao ensino na UNISETI mas agora, por causa da pandemia, tem de o fazer a partir de casa, através de tecnologia online. “A minha idade não me permite arriscar saídas”, comenta. Mesmo assim não pára e, já este ano lectivo, também com a universidade obrigada a gerir aulas não presenciais, o médico lecciona a disciplina de Gerontologia, estudo de tudo o que se relaciona com o envelhecimento, tanto do ponto de vista médico como social, “mas falo de muitas outras coisas, histórias e casos clínicos”, e afirma estar “disponível para continuar”.

a estrutura tanto social como política - menos orientada pela necessidade do lucro -, e construir uma sociedade nova que corte com o abismo entre as classes ricas e as pobres, e entre países ricos e pobres. Isto vai levar o seu tempo, haverá muitos opositores, mas os jovens, cansados da falta de oportunidades que lhes são apresentadas, poderão ajudar a um novo pensamento. Sou médico e não um político, apenas analiso. Tem vários livros publicados. O que reflecte na sua escrita? O meu primeiro livro foi uma colectânea de artigos publicados em jornais, depois escrevi livros sobre situações médicas, um outro de contos passados entre médico e pacientes como vistas ao domicílio, escrevi ainda uma autobiografia, isto entre outros. Gosto de escrever, e faço-o também em colaboração com jornais como O SETUBALENSE. Inclusivamente, antes do 25 de Abril de 1974, e por muitos anos, fui director de um jornal ligado à igreja, o Notícias de Setúbal, que reflectia uma linha editorial que não era aceite por alguns. Para O SETUBALENSE escrevo há mais de 40 anos, praticamente foi quando me converti ao socialmente, foi um processo ao longo da vida, uma tentativa de encontrar respostas para problemas e questões iniciais, como se há ou não um criador. São questões que vamos colocando até aceitarmos que existe. Não faz sentido nascermos e depois sermos apenas reduzidos a um fogacho de vapor de água e uma caixinha com cinzas; não faz sentido. Temos de responder a essas interrogações filosóficas e exotéricas que se nos colocam. Quando me converti comecei a escrever e a enviar artigos para os jornais, entre eles O SETUBALENSE. O que significa quando diz ter-se convertido ao social? Quando se é cristão isso é um verdadeiro interesse. Jesus Cristo veio à Terra para nos dizer como devemos viver, como tratar dos pobres e dos doentes; o que a sociedade ainda não aprendeu. Quando os outros nos ajudam na formação pessoal, também nos obrigam a ter interesse pelo relacionamento social, sendo ou não cristão, é uma questão de cidadania.


10 O SETUBALENSE 11 de Janeiro de 2021

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Dra. Anabela Nabais - Neurocirurgia Dra. Nélia Alegria - Medicina Geral e Familiar Dra. Teresa Bertolo - Medicina Geral e Familiar Dra. Maria José Leitão - Psicologia | Hipnoterapia (Acordos) Dr. Mário Godinho - Dermatologia Dr. Norberto Gomes - Medicina Desportiva Tratamento Não Cirúrgico de Varizes (Derrames) - Esclerose, Laser Co2, Laser Vascular, Carboxiterapia

Dra. Maria João Baião - Psiquiatria Dr. Norberto Gomes e Dr. V. Pedro Correia - Tratamento de Obesidade Rua Augusto da Costa, nº 1 - 1 A - 2910-410 Setubal 265 239 390 | 265 419 488 | e-mail: medisete@gmail.com

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CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBAL SANDRA BOLHÃO EXTRACTO ---Eu, SANDRA MORAIS TELES BOLHÃO, Notária com Cartório em Setúbal, na Avenida Bento Gonçalves, número 19-B, CERTIFICO, para efeitos de publicação, que por Escritura de Justificação lavrada neste Cartório no dia trinta de Dezembro de dois mil e vinte, a folhas noventa e sete e seguintes do Livro Cento e Trinta e Oito -A, GERTRUDES MARIA, que também usa, GERTRUDES PRAGANA e GERTRUDES MARIA PRAGANA, viúva, natural da freguesia de Santa Susana, concelho de Alcácer do Sal, residente no Largo da Misericórdia, número 1, Lar da Santa Casa da Misericórdia de Alcácer do Sal, Alcácer do Sal, DECLAROU, que é dona e legítima possuidora, do PRÉDIO MISTO, com a área total de mil setecentos e cinquenta metros quadrados, composta a parte rústica por cultura arvense e composta a parte urbana por edifício para habitação, com a área coberta de oitenta e cinco metros quadrados, a confrontar a norte com Virgílio Almeida, a sul e a nascente com Serra dos Mendes e a poente com Teresa Pinto Correia, sito na Serra dos Mendes, União das Freguesias de Alcácer do Sal (Santa Maria do Castelo e Santiago) e Santa Susana, concelho de Alcácer do Sal, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Alcácer do Sal, inscrito na matriz predial rústica sob o artigo 1, da secção 2V, da União das Freguesias de Alcácer do Sal (Santa Maria do Castelo e Santiago) e Santa Susana e inscrito na matriz predial urbana sob o artigo 14, da freguesia de São Martinho, que proveio do artigo 432 da extinta freguesia de Alcácer do Sal (Santa Maria do Castelo). ------­- Que, o prédio pertencera desde a década de cinquenta a Jacinto José, tio paterno da declarante, irmão de João Domingos, que faleceu precocemente com trinta e três anos de idade. Com a ocorrência do seu falecimento, no dia trinta e um de Dezembro de mil novecentos e oitenta, e encontrando-se pré-falecido o seu único irmão (o referido João Domingos), sucederam-lhe os sobrinhos, Manuel Domingos Pragana, Gertrudes Maria, Isaura Jacinta Pragana e Maria Jacinta.--­ -Que, nesse mesmo ano, realizaram partilha verbal, tendo a totalidade do prédio ora justificado, sido adjudicado na totalidade à declarante Gertrudes Maria, a qual, desde então e até à presente data, exerce posse direta e exclusiva sobre o mencionado prédio misto.----------------------------­ -Que atendendo, a que a duração da sua posse, há mais de vinte anos, se tem mantido continuamente e de forma ininterrupta, já adquiriram o referido imóvel, por USUCAPIÃO, invocando, por isso, esta forma originária de aquisição, para todos os efeitos legais.-----------ESTÁ CONFORME. --------------------------------------------------------------------------------------Setúbal, aos trinta de Dezembro de dois mil e vinte.

Reg. sob o n.º 485

Necrologia

FALECEU A 29/12/2020

FALECEU A 03/01/2021

FALECEU A 04/01/2021

BEATRIZ DELFINA PEREIRA

MARIA FERNANDA CAVACO

RAÚL LIMA GUERREIRO

Sua filha, netas, restante família e amigos cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido cujo o funeral se realizou dia 05-01-2021 para o Cemitério da Paz de Setúbal. Na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que se dignaram acompanhar ou que de outra forma manifestaram o seu pesar.

PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO Seus filhos, genro, nora, netos, restante família e amigos cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido cujo o funeral se realizou dia 07-01-2021 para o Crematório da Quinta do Conde. Na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que se dignaram acompanhar ou que de outra forma manifestaram o seu pesar.

Sua esposa, restante família e amigos cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido cujo o funeral se realizou dia 06-01-202 para o Cemitério da Paz Setúbal. Na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que se dignaram acompanhar ou que de outra forma manifestaram o seu pesar.

AGÊNCIA FUNERÁRIA SADO TELEF: 265 718 605 - 934782861 - 966479242

AGÊNCIA FUNERÁRIA SADO TELEF: 265 718 605 - 934782861 - 966479242

AGÊNCIA FUNERÁRIA SADO TELEF: 265 718 605 - 934782861 - 966479242

N. 21-08-1931 F. 31-12-2020

N. 21-05-1932 F. 06-01-2021

MARIA LA SALETE GOMES DAS CHAGAS PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

ANTÓNIO JOSÉ PINTO

PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

Seus familiares cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido. O funeral realizou-se dia 04-01-2021 pelas 15:30 h para o Crematório de Setúbal. Agradecendo a todos quanto se dignaram e participaram em tão piedoso acto, bem como a todos que de qualquer outra forma manifestaram o seu pesar. A Gerência e colaboradores agradecem a compreenção dos familiares e amigos por não se efectuar uma despedida digna resultante das regras que temos que respeitar devido ao estado de calamidade a que todos estamos sujeitos. BEM HAJAM.

Seus familiares cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido. O funeral realizou-se dia 08 de Janeiro pelas 16:30 h no Crematório de Setubal. Agradecendo a todos quanto se dignaram e participaram em tão piedoso acto, bem como a todos que de qualquer outra forma manifestaram o seu pesar. A Gerência e colaboradores agradecem a copreenção dos familiares por nõ se efectuar uma depedida digna resultante das regras que temos que respeitar devido ao estado de calamidade a que todos estamos sujeitos. BEM HAJAM.

FUNERÁRIA SETUBALENSE - 265 550 045 / 265 238 528 ( SERVIÇO PERMANENTE )

FUNERÁRIA SETUBALENSE - 265 550 045 / 265 238 528 ( SERVIÇO PERMANENTE )

PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO


11 de Janeiro de 2021 O SETUBALENSE 11 PUBLICIDADE

MARIA FERNANDA VERDELHO MARQUES NEVES (1935 – 2021) Participação e Agradecimento

A funerária Armindo lamenta informar o falecimento de Maria Fernanda Verdelho Marques Neves. A família vem por esta via agradecer a todas as pessoas que se dignaram a acompanhar o funeral ou que, de qualquer outra forma, manifestaram as suas condolências.

Você sabia?

Você sabia?

... que é possivel fazer a cremação das ossadas resultantes do levantamento dos restos mortais do seu ente querido? Para mais informações e garantia de melhores preços dirija-se à funerária Armindo ou telefone para...

... que um funeral de cremação, considerado todos os custos envolvidos, é tipicamente mais barato que o funeral para sepultura?

Necrologia

FALECEU A 04/01/2021

MARIA PRUDÊNCIANA RODRIGUES O’NEILL

PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

A família tem o doloroso dever de participar o falecimento da sua ente muito querida e de agradecer reconhecidamente a todos os que se dignaram acompanhá-la à sua última morada, bem como aos que das mais diversas formas lhes manifestaram pesar. AGÊNCIA FUNERÁRIA COSTA TELEF: 265 523 496

FALECEU A 07/01/2021

ERMELINDA DE JESUS ROCHA PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

Seus filhos, noras, genro, netos e restante família têm o doloroso dever de participar o falecimento da sua ente muito querida e de agradecer reconhecidamente a todos os que se dignaram acompanhá-la à sua última morada, bem como aos que das mais diversas formas lhes manifestaram pesar. AGÊNCIA FUNERÁRIA COSTA TELEF: 265 523 496


12 O SETUBALENSE 11 de Janeiro de 2021

Região

ORÇAMENTOS MUNICIPAIS

Distrito fez contas à vida e somou 810 M€ para deitar mãos à obra em 2021 Setúbal, Almada e Seixal são as únicas autarquias que atingem os 3 dígitos na casa dos milhões. Totalizam 369 M€ Mário Rui Sobral Cerca de 810 milhões de euros é o montante global estimado com que o Distrito de Setúbal deverá governar-se este ano. A verba representa o somatório dos orçamentos dos 13 municípios desta região para 2021. A Câmara Municipal de Setúbal – presidida por Maria das Dores Meira (CDU), que cumpre o último ano à frente da autarquia por força da lei de limitação de mandatos – continua a ser a que apresenta o orçamento mais gordo: 139 milhões e 492 mil euros. Seguem-se Almada com 128 milhões e 45 mil euros – maior verba orçamental da história da autarquia, liderada por Inês de Medeiros (PS) – e Seixal com 101 milhões e 500 mil euros, sob a presidência de Joaquim Santos (CDU). Estes são os três únicos municípios do distrito com orçamentos que atingem os três dígitos na casa dos milhões. Juntos representam quase metade do bolo orçamental da região (45,57% do total de 809 milhões e 752 mil euros). Pela primeira vez com uma verba superior a um milhão de euros para a área da cultura, o município do Barreiro – com gestão camarária liderada por Frederico Rosa (PS) – apresenta o quarto valor orçamental mais elevado do distrito: 74 milhões e 635 mil euros. Este foi, de resto, o município da região a registar maior crescimento nas verbas inscritas nos documentos previsionais para 2021, em comparação com o ano anterior – mais 19,6 milhões de euros. Logo atrás surgem as autarquias de Sesimbra e Palmela, presididas

de euros e 38,9 milhões, respectivamente, enquanto Alcácer do Sal, sob a presidência de Vítor Proença (CDU), regista 33,9 milhões e Grândola, com gestão camarária a cargo de António Figueira Mendes (CDU), 31 milhões. Fernando Pinto preside ao município de Alcochete, que conta apenas com pouco mais de 19 milhões de euros de orçamento para este ano.

45,57 % Câmaras de Setúbal, Almada e Seixal detêm 45,57% do bolo orçamental da região

Nove com mais, três com menos e um na mesma

810 M€

MUNICÍPIOS / M€ 139,5 128

SETÚBAL ALMADA SEIXAL

101,5

BARREIRO SESIMBRA PALMELA SINES MOITA MONTIJO SANTIAGO DO CACÉM ALCÁCER DO SAL GRÂNDOLA ALCOCHETE

74,6 59 54,8 46,9 43 39,6 38,9 33,9 31 19

Barreiro e Almada foram os municípios a crescer mais em termos de orçamento: 19,6 e 18,5 M€

Alcochete é a autarquia do distrito que tem menor valor orçamental (19 M€). Sines é o município do litoral alentejano com maior orçamento (46,9 M€).

respectivamente por Francisco de Jesus e Álvaro Balseiro Amaro (ambos eleitos pela CDU), com orçamentos de 59 milhões de euros (a primeira) e 54,8 milhões (a segunda). Os municípios de Sines e Moita apresentam, respectivamente, previsões orçamentais de 46,9 milhões de euros e 43 milhões: a câmara siniense, liderada por Nuno Mascarenhas (PS), é a que tem maior orçamento no litoral alentejano; Rui Garcia (CDU) gere os destinos da

autarquia moitense que, para 2021, aposta num dos maiores registos orçamentais dos últimos anos. Mais limitados são os orçamentos do grupo dos cinco restantes municípios – quatro deles com verbas que ultrapassam a casa dos 30 milhões de euros e um, único, que não chega sequer aos 20 milhões. Montijo, cujo executivo camarário é liderado por Nuno Canta (PS), e a autarquia de Santiago do Cacém, presidida por Álvaro Beijinha (CDU), apresentam 39,58 milhões

Em nove municípios do Distrito de Setúbal os orçamentos deste ano crescem em relação a 2020. Em três sofrem decréscimos e num único o registo orçamental mantém-se idêntico ao do ano anterior. Barreiro e Almada são os municípios a registar maior crescimento orçamental, com aumentos muito próximos das duas dezenas de milhões de euros: o primeiro cresceu 19,6 milhões e o segundo 18,5 milhões. Muito significativos são também os registos de Moita e Palmela, cujos orçamentos aumentam, em cada um destes municípios, mais de 7,5 milhões de euros. Em Setúbal, capital do distrito, o crescimento orçamental ultrapassou os três milhões de euros. Um aumento semelhante ao apresentado pelo município de Sesimbra e pouco acima do verificado em Alcácer do Sal (mais 2,9 milhões). Montijo, com mais 1,4 milhões, e Grândola, com mais meio milhão, fecham o lote destes nove municípios. Em sentido inverso, Seixal (menos cerca de quatro milhões de euros), Santiago do Cacém (baixa meio milhão) e Sines (com ligeiro decréscimo de 160 mil euros) compõem o trio que apresenta diminuição do registo orçamental para este ano, face a 2020. Alcochete, município do distrito com menor orçamento, mantém praticamente o mesmo valor apresentado no ano anterior.


11 de Janeiro de 2021 O SETUBALENSE 13

Substituição de telhado de “Os Penicheiros” leva a corte de rua no Barreiro

A Rua Dr. Eusébio Leão, no concelho do Barreiro, estará interdita ao trânsito automóvel esta quarta-feira, entre as 8 e as 17 horas, devido a obras de substituição do telhado da Sociedade de Instrução e Recreio Barreirense “Os Penicheiros”,

PUBLIREPORTAGEM

Agência Decisões e Soluções Setúbal Arrábida celebra 5.° aniversário

Num curto espaço de tempo a agência de Setúbal conseguiu destacar-se num mercado altamente competitivo No passado dia 7 de Janeiro, a Decisões e Soluções Setúbal Arrábida celebrou o seu 5.º ano de existência. Em cinco anos de actividade, os 27 colaboradores ajudaram a tornar a agência numa referência na cidade. De acordo com Nuno e Fernanda Afonso Gonçalves, directores da agência situada no número 96C da Avenida Dr. António Rodrigues Manito, o foco desta imobiliária “é contribuir para o desenvolvimento de uma sociedade sustentável, prestando um serviço de elevada qualidade aos seus clientes em todas as áreas de negócio, assente na atitude positiva e proactiva e na elevada capacidade técnica e experiência relevante de todos os colaboradores”.

Ao nível dos serviços que oferece, a Decisões e Soluções Setúbal Arrábida define-se como uma empresa “diferenciadora no mercado”. “É única a apresentar um serviço em 5 áreas de negócio de forma integrada ou em separado”, salientam os responsáveis. “Um cliente que recorra aos nossos serviços para comprar ou construir um imóvel, terá também ao seu dispor, para além de consultores especializados no imobiliário e construção, gestores de crédito e consultores de seguros na hora de contratar o crédito e os seguros”. A Decisões e Soluções Setúbal Arrábida é uma empresa nacional “que presta um serviço de aconselhamento personalizado e independente”, a particulares e empresas, com soluções 360º ao nível da compra, venda e arrendamento de imóveis, bem como ao nível do crédito bancário, seguros, obras de remodelação e construção. O grupo Decisões e Soluções, conta actualmente com cerca de 300 agências a nível nacional.

anunciou a Câmara Municipal. A intervenção inclui “a elevação de material com camião grua”, motivo pelo qual a autarquia alerta a população para o não estacionamento nesta zona do concelho, durante o período de execução dos trabalhos.

Acção climática: da lei de bases à construção de um futuro

N

o passado dia 7 de janeiro ocorreu o debate referente à apresentação de várias propostas para a criação de uma Lei de Bases do Clima. A lei de Bases do Clima que o Grupo Parlamentar do PSD apresentou foca o futuro e estabelece uma trajetória fundamental para as gerações presentes e futuras. Estão presentes nesta lei instrumentos fundamentais para cumprir a política ambiental que o país precisa. Entre as quais a economia circular. A economia circular pode e deve ser promovida pelo estado. As compras do estado ascendem a valores que equivalem a cerca de 9% do PIB. Não existe mais nenhum consumidor desta dimensão e com músculo para influenciar as práticas do mercado, desde a produção à compra. Produtos mais duráveis, que consomem menos energia e que permitem a sua reutilização ou reincorporação na produção geram um menor impacto ambiental. Geram menos resíduos e consomem menos recursos. O estado tem de promover estas práticas se quiser promover uma política ambiental. Por essa razão ação climática, que compõem o nome do Ministério do Ambiente, tem de atingir as compras do estado. Para que cada vez que o estado esteja a comprar, esteja a consumir, esteja simultaneamente a agir para proteger o ambiente. A economia circular e resíduos é um dos programas setoriais da

OPINIÃO Nuno Carvalho

As 30 toneladas de escórias no Vale da Rosa, em Setúbal, ou o aterro que funciona (...) em Sesimbra são exemplos de que os resíduos (...) têm de ser diminuídos

Lei de Bases do Clima apresentada pelo PSD. A transformação do mercado para que se proporcione um aumento da oferta de bens e serviços com critérios que promovam a economia circular pode ser acelerada pelo Estado. As compras do Estado que equivalem a 9% do PIB podem ser a “mola” para influenciar o consumo privado. O estado deve ser o farol para que os bens e serviços consumam menos recursos e gerem menos desperdícios. O distrito de Setúbal sofre com o passivo ambiental que herdou do passado. As 30 toneladas de escórias no Vale da Rosa, em Setúbal ou o aterro que funciona há ano e meio sem licença em Sesimbra são exemplos de que os resíduos não têm apenas de ser geridos melhor, têm de ser diminuídos. O próprio processo referente às dragagens no rio Sado teve erros inaceitáveis, com uma consulta pública deficiente e inúmeros perguntas que ficaram por responder quanto aos danos provocados. Em particular as pradarias marinhas, que desempam um papel fundamental na captura de carbono como apontou a Ocean Alive num trabalho notável que têm realizado ao longo dos anos. A lei apresentada pelo Grupo Parlamentar do PSD lança as bases para o combate às alterações climáticas, mas todos somos necessários para construir um futuro melhor e “fazer as pazes com o planeta”. Deputado do PSD

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14 O SETUBALENSE 11 de Janeiro de 2021

Desporto

VITÓRIA SEGUE DESTACADO NA LIDERANÇA DA SÉRIE H DO CAMPEONATO DE PORTUGAL

Entrada demolidora vale uma mão cheia de golos em Aljustrel DR

Aos 20 minutos de jogo, os sadinos já venciam por 3-0 Ricardo Lopes Pereira O Vitória Futebol Clube continua imparável na série H do Campeonato de Portugal, prova que lidera destacado com 26 pontos em 30 possíveis. A atestar a excelente campanha da equipa setubalense está a goleada, 5-1, obtida ontem no reduto do Mineiro Aljustrelense, 10.º classificado, em partida a contar para a 11.ª jornada da competição. Num jogo em que os comandados de Alexandre Santana já venciam por 3-0 aos 20 minutos de jogo, João Serrão, Marcos Raposo, Diogo Martins, Kamo Kamo e o inevitável Zequinha, que lidera a lista de melhores marcadores da prova, foram os marcadores de serviço no encontro em que o tento de honra dos alentejanos foi apontado por Felipe Guzmán. O Vitória cedo mostrou o que pretendia. Uma entrada fortíssima no Estádio Municipal de Aljustrel, permitiu inaugurar o marcador, logo aos três minutos, na primeira ocasião que criaram junto da baliza do Mineiro. Com um cabeceamento certeiro, na sequência de um pontapé de canto, o defesa João Serrão foi o autor do 1-0 para o conjunto setubalense. Os vitorianos mantiveram o pé no

a todo o custo, sem o conseguirem, voltar a marcar para reentrar na discussão do resultado. Apesar do assalto dos algarvios à área do conjunto verde e branco, antes do intervalo, aos 36 minutos, foi a vez de Zequinha, após assistência de Bruno Luz (que foi substituído ao intervalo por André Sousa), tentar facturar. O remate saiu prensado e o avançado, que celebrou o 34.º aniversário na passada quinta-feira, não pôde celebrar um golo seu no primeiro tempo.

Kamo Kamo e Zequinha também facturam

Vitória goleou Mineiro por 5-1

acelerador e, ainda antes do primeiro quarto de hora, aos 14 minutos ampliaram a vantagem para 2-0. Desta vez foi Marcos Raposo a inscrever o seu nome na lista de marcadores. O jogador, depois de uma primeira defesa do guarda-redes contrário, rematou com sucesso para o fundo da baliza do emblema de Aljustrel. O Mineiro tentou sacudir a intensa pressão inicial dos sadinos e, aos 16 minutos, viram o guardião João Valido negar-lhes o golo numa excelente defesa ao remate do colombiano Felipe Guzmán. A resposta do Vitória à ameaça não tardou e foi categórica. Aos 20 minutos, Diogo Martins, na sequência de um lance rápido de

ataque, rematou cruzado para o 3-0. A eficácia demonstrada na zona de finalização foi determinante para os setubalenses construírem uma vantagem folgada. Talvez por isso, o guarda-redes João Valido, que minutos antes tinha evitado o tento do Aljustrelense, cometeu um erro e permitiu que o avançado sul-americano Felipe Guzmán, aos 24 minutos, reduzisse para 3-1. O tento deu ânimo aos alentejanos que redobraram esforços nas incursões que fizeram à baliza vitoriana. A reacção colocou várias vezes em dificuldades a defesa que na recta final da primeira parte procurou sacudir a pressão dos mineiros que procuraram

O descanso fez bem à equipa de Alexandre Santana que assentou o seu jogo, controlou as operações e geriu, sem dificuldades, a vantagem construída nos primeiros 45 minutos. Depois de meia hora de toada morna e sem ocasiões de perigo junto de nenhuma das balizas, o Vitória deu o golpe que permitiu chegar à goleada nos últimos 15 minutos do jogo. O primeiro aviso de que algo iria mudar foi dado por Nuno Pinto num livre directo. Aos 76 minutos, um pontapé desferido em zona frontal com o pé esquerdo só não deu golo porque o guarda-redes Fábio Reis fez uma boa defesa, desviando a bola para canto. Nesse lance, já aos 77, resultou o 4-1 dos vitorianos, uma vez que depois de a defesa do Aljustrelense não ter conseguido afastar o perigo, Kamo Kamo rematou para o golo. O Vitória não se deu por satisfeito e continuou com os olhos colocados

na baliza contrária. Numa jogada rápida de contra-ataque, em que Kamo Kamo assistiu Zequinha, o goleador da equipa e competição correu em direcção da baliza dos alentejanos e, só com Fábio Reis pela frente, rematou fora do alcance do guardião contrário, fazendo o 5-1 final, quando o cronómetro assinalava 81 minutos. Até ao final do encontro, o Vitória ainda se acercou um par de vezes da área contrária, mas, ao invés do que sucedeu nos primeiros 20 minutos de jogo, em que a equipa sadina revelou uma grande eficácia na zona de finalização, faltou a clarividência necessária para engordar ainda mais o marcador naquela que foi a maior goleada dos setubalenses na prova em que levam 25 golos em 10 jornadas disputadas.

Equipas perseguidoras

Além do jogo entre o Mineiro Aljustrelense e o Vitória, a jornada de ontem da série H do Campeonato de Portugal ficou também marcada pelo empate (0-0) entre o Lusitano de Évora e Olhanense. Na classificação, os sadinos, com 10 partidas realizadas, lideram com 26 pontos. Na perseguição ao primeiro lugar estão o Louletano, 2.º com 15 pontos e menos um jogo e Amora, Olhanense e Esperança de Lagos, todos com 14 pontos. Neste lote é importante frisar que os amorenses têm apenas sete jornadas disputadas, enquanto os algarvios de Olhão e Lagos têm, respectivamente, oito e nove jogos cumpridos.

AF SETÚBAL

Campeonatos distritais adiados devido ao estado de emergência Os jogos dos campeonatos distritais de futebol e futsal que estavam programados para o último fim-de-semana, dias 9 e 10 de Janeiro, foram adiados pela Associação de Futebol de Setúbal em virtude das medidas impostas pela Resolução do Conselho

de Ministros de 07/01/2021 que prorrogou o estado de emergência decretado pelo Presidente da República e restringiu a circulação entre concelhos, em todo o território continental, no período entre as 00h00 do dia 8 de Janeiro de 2021 e as 23h59m do

dia 15 de Janeiro. Na 1.ª Divisão estavam agendados três encontros para acerto de calendário, o Charneca de Caparica – Grandolense, o Moitense – Palmelense e o U. Santiago – Alcochetense e no escalão secundário foi de novo adiada a

primeira jornada da competição que esteve inicialmente marcada para o dia 1 de Novembro e posteriormente agendada para 10 de Janeiro. A Associação de Futebol de Setúbal ficou de comunicar nos próximos dias os ajustamentos de calendarização

referente aos jogos não realizados e às próximas jornadas mas o panorama apresenta-se muito complicado devido ao confinamento previsto que poderá colocar em causa a continuidade da prova nas próximas semanas.

J.P.


11 de Janeiro de 2021 O SETUBALENSE 15

Barreirense suspende actividades da formação até ao fim do mês

O Futebol Clube Barreirense atento aos últimos desenvolvimentos relacionados com a pandemia de Covid-19 e às recentes decisões tomadas pelo Governo e grupos de emergência da Direcção-Geral da Saúde, decidiu suspender todas as actividades de formação até ao

dia 31 de Janeiro. “Temos a total consciência que é uma decisão sensível, mas o nosso clube vai, desta forma, não só priorizar a saúde e bem-estar dos nossos atletas e restante staff, como também ajudar a proteger a saúde pública e tentar que a propagação

do covid-19 seja combatida da forma mais eficaz possível”, refere a direcção do clube que promete continuar atenta aos desenvolvimentos sobre a matéria. Pelo que sabemos esta é uma decisão que está a ser seguida pela maioria dos clubes do distrito.

CAMPEONATO DE PORTUGAL

Competição continua a ser disputada a conta-gotas Das seis equipas da região apenas três estiveram em acção. As outras viram os seus jogos ser adiados devido a casos positivos de Covid-19 José Pina O Campeonato de Portugal continua a ser disputado a conta-gotas devido aos constantes casos de jogadores infectados com o novo coronavírus, nos mais diversos clubes. Na jornada do passado fim-de-semana, que foi a última da primeira volta mas tem ainda muitos jogos em atraso, na Série G não se disputou o Desportivo Fabril – Sporting Ideal, que foi adiado para o dia 3 de Fevereiro e na Série H apenas se realizaram dois encontros, o Lusitano de Évora – Olhanense e o Aljustrelense – Vitória FC, todos os outros foram adiados. Foi o que aconteceu com o Amora – Moncarapachense

e o Pinhalnovense – Moura que serão jogados no dia 27 de Janeiro, o primeiro às 20 horas no Campo do Serrado, em vez da Medideira, e o segundo, em princípio às 15 horas, no Campo Santos Jorge. Com o adiamento destes jogos há equipas que estão sem competir há demasiado tempo. É o que acontece, por exemplo, com o Pinhalnovense que não joga desde o dia 20 de Dezembro, quando defrontou o Esperança de Lagos e com o Amora que recebeu o Louletano no dia 23, do mesmo mês. Facto que não é nada bom porque lhes retira ritmo competitivo.

Olímpico volta a perder em casa

Nos jogos em que estiveram envolvidas equipas da região há a registar mais um desaire do Olímpico do Montijo, que depois de uma carreira bastante promissora na Taça de Portugal de onde foi afastado pelo Sporting de Braga, está a desiludir no Campeonato de Portugal. A equipa montijense reforçou recentemente o seu plantel com as entradas de Leandro Morais (ex-Pinhalnovense) e Pipas (ex-1.º Dezem-

bro), mas teima em não se encontrar sendo derrotado nesta jornada pelo Oriental, que obteve no Montijo a sua primeira vitória e por números bem dilatados (3-0). Forbs, médio guineense de 28 anos, que se transferiu do Pinhalnovense no início deste ano, abriu o activo aos 42 minutos na sequência de um livre cobrado do lado esquerdo do seu ataque e na segunda parte Rafa Santos (63’) com um remate à entrada da área e depois (71’) a encostar após cruzamento do lado direito, com um bis, carimbou a vitória da equipa de Marvila que passou a lanterna vermelha para a posse do Desportivo Fabril e relegou o Olímpico do Montijo para o penúltimo lugar,

embora tenha os mesmos seis pontos que os lisboetas.

Oriental Dragon derrotado com autogolo

Derrotado foi também o Oriental Dragon na partida que disputou com o Fontinhas no Juncal Desportos. Um autogolo de Diogo Branco, mesmo ao cair do pano para o intervalo (42’), acabou por dar os três pontos à equipa açoriana que até então tinha feito pouco por isso. Um livre cobrado por João Peixoto do lado direito do seu ataque para a grande área do Oriental Dragon obrigou o defesa da equipa da casa a intervir mas a intercepção foi defeituosa e a bola só parou no fundo da sua baliza.

Na segunda parte, mesmo a jogar contra o vento, o Oriental Dragon foi à procura do golo do empate, teve mais posse de bola e jogou mais tempo no meio campo adversário mas revelou-se ineficaz na vertente ofensiva e saiu penalizado do encontro. Luís Manuel ainda tentou dar sangue novo à equipa com a inclusão de novos jogadores mas de nada valeu sofrendo assim a segunda derrota consecutiva e a quarta na competição. Apesar do desaire sofrido, o Oriental Dragon manteve a sua posição no terceiro lugar da tabela classificativa com 17 pontos, mais três que o Fontinhas, que tem três jogos em atraso. PUBLICIDADE

Olímpico do Montijo, surpreendido em casa, cai para o penúltimo lugar

Município de Alcácer do Sal AVISO DR

Revogação do Plano de Urbanização do Barrancão Vítor Manuel Chaves de Caro Proença, Presidente da Câmara Municipal de Alcácer do Sal, torna público, nos termos e para os efeitos previstos no artigo 89.º do Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial (RJIGT), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 80/2015, de 14 de maio, que se encontra aberto um período de discussão pública, pelo prazo de 15 dias úteis, contados a partir do oitavo dia seguinte à publicação em Diário da República, relativamente à proposta de revogação do Plano de Urbanização do Barrancão. O processo poderá ser consultado todos os dias úteis, das 09 às 16 horas, na secretaria da Divisão Planeamento e Gestão Urbanística, sita no Edifício dos Serviços Técnicos, Avenida João Soares Branco, em Alcácer do Sal, ou na página do município, em www.cm-alcacerdosal.pt, podendo todos os interessados apresentar, por escrito, as suas reclamações e/ou sugestões, dirigidas à Câmara Municipal de Alcácer do Sal, Praça Pedro Nunes, em Alcácer do Sal, ou por correio eletrónico para o endereço dpgu@malcacerdosal.pt. Alcácer do Sal, aos 6 de Janeiro de 2021 O Presidente de Câmara Vítor Manuel Chaves de Caro Proença


00:43 ~ 2.7 m ~ Preia-mar 06:53 ~ 1.2 m ~ Baixa-mar 13:12 ~ 2.8 m ~ Preia-mar 19:27 ~ 1.2 m ~ Baixa-mar

ALMADA

00:44 ~ 2.7 m ~ Preia-mar 06:54 ~ 1.2 m ~ Baixa-mar 13:12 ~ 2.9 m ~ Preia-mar 19:27 ~ 1.2 m ~ Baixa-mar

SESIMBRA

01:05 ~ 2.8 m ~ Preia-mar 07:13 ~1.2 m ~Baixa-mar 13:32 ~ 2.9 m ~ Preia-mar 19:45 ~ 1.1 m ~ Baixa-mar

SINES

SETÚBAL TRÓIA

MARÉS

01:29 ~ 3.0 m ~ Preia-mar 07:06 ~ 1.2 m ~ Baixa-mar 13:56 ~ 3.2 m ~ Preia-mar 19:35 ~ 1.2 m ~ Baixa-mar

FICHA TÉCNICA REGISTO DE TÍTULO n.º 107552 | DEPÓSITO LEGAL n.º 8/84 PROPRIETÁRIO Outra Margem – Publicações e Publicidade, NIF 515 047 325 (detentores de mais de 10% do capital social: Gabriel Rito e Carlos Bordallo-Pinheiro) Sede do proprietário: Travessa Gaspar Agostinho, 1, 1.º, 2900-389 Setúbal EDITOR Primeira Hora – Editora e Comunicação, Lda, NIF 515 047 031 (Detentores de mais de 10% do capital social: Setupress Lda, Losango Mágico, Lda, Carla Rito e Gabriel Rito) Sede do Editor Travessa Gaspar Agostinho,1, 1.º, 2900-389 Setúbal Conselho de Gerência Carla Rito, Carlos Dinis Bordallo-Pinheiro, Gabriel Rito e Carlos Bordallo-Pinheiro REDACÇÃO Travessa Gaspar Agostinho, 1, 1.º, 2900-389 Setúbal DIRECTOR Francisco Alves Rito Redacção Mário Rui Sobral, Humberto Lameiras, Ana Martins Ventura Desporto Ricardo Lopes Pereira, Miguel Nunes Azevedo Secretárias de Redacção Teresa Inácio, Graciete Rodrigues PUBLICIDADE Direcção Comercial Carla Sofia Rito, Carlos Dinis Bordallo-Pinheiro Coordenação Ana Oliveira (Setúbal), Carla Santos (Moita e Barreiro) Publicidade Lina Rodrigues, Rosália Baptista, Célia Félix, Mauro Sérgio IMPRESSÃO Tipografia Rápida de Setúbal, Lda - Travessa Gaspar Agostinho, 1, 1.º, 2900-389 Setúbal geral@tipografiarapida.pt DISTRIBUIÇÃO VASP - Venda Seca, Agualva - Cacém Tel. 214 337 000 Tiragem média diária 9000 exemplares Estatuto Editorial disponível em www.osetubalense.com

15 Euros


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