O Setubalense, o seu diário da região nº 539, dia 18 de Janeiro de 2021

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Os guardiões da luz

O SETUBALENSE

Reportagem Faroleiros do distrito apelidam-se de "mestres de tudo e oficiais de nada", numa vida dedicada a iluminar o horizonte de quem entra na barra p7, 8 e 9

O SEU DIÁRIO DA REGIÃO SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JANEIRO DE 2021 PREÇO 0,80€ | N.º 539 | ANO III | 5.ª SÉRIE

DIRECTOR FRANCISCO ALVES RITO

Vitória Triunfo sofrido no Bonfim frente ao Moura p14

SETÚBAL Vacinação à Covid-19 arranca hoje nos lares p4

ERASMUS+ IPS distinguido pela Comissão Europeia p6

REGIÃO Hospitais com recursos esgotados transferem doentes para Alfeite e norte do país p3 e 12 PUBLICIDADE


2 O SETUBALENSE 18 de Janeiro de 2021

Abertura

PRESIDENCIAIS 2021

PENSAR SETÚBAL Giovanni Licciardello

A destruição dos ecopontos na Tebaida e em Aranguês

E

sta crónica vem na sequência da destruição provocada por incêndios deliberados dos ecopontos localizados nos bairros da Tebaida e Aranguês, bem como viaturas automóveis, uma loja e a fachada de um prédio. Desde há alguns anos a esta parte, têm vindo a ser colocados ecopontos em múltiplos locais da nossa cidade, que constituem estruturas especialmente concebidas para permitir que os munícipes efectuem em casa a separação dos seus resíduos, essencialmente em papel/cartão, plástico e vidro. Tais estruturas surgiram devido à cada vez maior preocupação das nossas sociedades com o Ambiente, e daí que temos de ensinar às crianças e aos jovens (e também aos adultos), a correcta utilização dos ecopontos. Verifica-se que as pessoas colocam nos espaços um pouco de tudo, indiciando ainda pouca sensibilidade para estas questões. Mas esse é o menor dos males. Através da educação, consubstanciada em pedagogia, chegamos lá. O problema aqui é outro, bem diferente, muito mais grave e já do foro criminal. Quando tive conhecimento das lamentáveis ocorrências, desloquei-me aos locais onde se verificaram os incêndios. É um espectáculo perfeitamente desolador. Tudo queimado, destruído, retorcido, lixo espalhado por todo o lado, as pedras da calçada ficam irreconhecíveis, o asfalto fica colado com os restos dos ecopontos, as viaturas destruídas a loja e a frente do prédio afectado, parecem saídas de uma cena de guerra. Como é lógico, o plástico, o cartão e o papel contidos dentro dos ecopontos, são materiais altamente inflamáveis e de elevada perigosidade. E até o vidro, a determinadas temperaturas. Tais ocorrências constituem indicadores de barbárie, de incivilidade, de selvajaria,

de vergonha pelos seres humanos que somos, e que nem parece que o somos, de facto. Existe gente que não merece nem sequer o ar que respira. Muito embora este seja um problema que já se vem registando de há algum tempo a esta parte, o facto é que nestes últimos anos, o prejuízo que tal destruição representou para os cofres da autarquia traduziu-se em vários milhares de euros, relativamente ao custo associado aos ecopontos que foram danificados, ou completamente destruídos. Por outro lado, e para além destes prejuízos materiais, devem ser também contabilizados os encargos com o trabalho realizado pelos bombeiros no combate a estes incêndios, limpeza posterior, substituição de ecopontos, as viaturas destruídas, assim como a fachada do prédio localizado na Tebaida, que poderão não ter seguros que cubram este tipo de sinistros. Tais acontecimentos levam, como sempre, às questões centrais subjacentes nas minhas crónicas. O Estado tem de ser forte, para não ter de ser violento. A nossa Democracia deve ser firme com quem prevarica e para isso temos que dotar de força moral, legal e material quem a utiliza: Juízes, PSP, GNR, PJ, etc. O exercício da autoridade deve ser compreendido e respeitado por todos. Quem não respeita estes pressupostos e comete estes actos inqualificáveis de barbárie, tal como queimar intencional, malévola e deliberadamente um ecoponto, deve ser punido. Nunca devemos permitir que se interiorize o sentimento de impunidade, muito comum nestes nossos tempos que correm. A Democracia é um bem cada vez mais precioso. Não podemos desperdiçá-la com quem não a respeita. Professor

Candidatos percorreram península de Setúbal em acções de campanha Marcelo Rebelo de Sousa aproveitou um momento de campanha, no Barreiro, para apelar ao bom senso dos portugueses no comprimento das regras do Estado de Emergência Com a sexta-feira e o sábado marcados por acções de campanha das Presidenciais 2021 em vários concelhos da península de Setúbal, Marcelo Rebelo de Sousa e João Ferreira aproveitaram para deixar mensagens sobre a actualidade que o país enfrenta, no combate à Covid-19, e o futuro que o espera, com o planeamento de projectos estruturantes, como é o caso do novo aeroporto. Em visita a instalações da Santa Casa da Misericórdia do Barreiro, Marcelo Rebelo de Sousa, apelou aos portugueses para que levem o confinamento a sério e não o encarem como leve ou facultativo, evitando sobrecarregar ainda mais os serviços de saúde. "Não é de mais apelar a todos para que não vejam este estado de emergência e este confinamento como um confinamento suave, um confinamento leve, um confinamento facultativo, um confinamento que não é para levar a sério", afirmou o chefe de Estado e recandidato ao cargo, perante os jornalistas. O candidato presidencial apoiado por PSD e CDS-PP realçou que se o dever de recolhimento domiciliário que vigora desde sexta-feira não for respeitado "a primeira consequência imediata é o aumento da pressão sobre as estruturas de saúde, que ninguém deseja e que é mesmo muito indesejável". "A segunda consequência é alongar o confinamento", acrescentou.

Um cenário que levou Marcelo Rebelo de Sousa a apelar para os portugueses fazerem um esforço e “levarem a sério este confinamento, como se leva a sério noutras sociedades europeias, porque ele existe porque é necessário", insistindo que é preciso evitar "situações de stresse, de ambulâncias à espera" nos serviços de saúde. Questionado se considera que é o Governo que está a passar mal a mensagem ou se são as pessoas que estão a desvalorizar a situação, respondeu: "provavelmente, como em tudo na vida, são as duas coisas. Quer dizer, nós, responsáveis políticos, devemos ainda insistir mais e passar melhor a mensagem, e as pessoas devem levar a sério". No seu entender, não se trata de haver "excepções a mais", o que está em causa é "as pessoas não interpretarem com latitude excessiva as excepções, não facilitarem". "Por exemplo, em higiénicos andarem sem máscara, isso tem acontecido em muitos casos", apontou.

João Ferreira insiste na construção de novo aeroporto em Alcochete

Já o candidato à Presidência da República João Ferreira insistiu na construção do novo aeroporto de Lisboa em Alcochete como a melhor opção, face ao Montijo, considerando que não pode ser uma multinacional a determinar os investimentos do país. “Não podem ser os interesse de uma multinacional, que ficou com os aeroportos nacionais aquando da privatização da ANA, a determinar as opções de investimento neste país”, afirmou o candidato comunista numa acção para debater o futuro da península de Setúbal, que decorreu na Baixa da Banheira. Para João Ferreira, a Vinci, concessionária francesa que agora gere os aeroportos portugueses, “não pode ser desresponsabilizada da

construção de um novo aeroporto, propondo-se, em vez disso, a construção do tal apeadeiro, o terminal aeroportuário no Montijo" complementar ao aeroporto da Portela. “Esta não é a opção de futuro que o país precisa, seja pelo horizonte de saturação desta solução, seja pela forte penalização que implica para as populações” de ambas as margens do rio Tejo, referiu o eurodeputado. De acordo com o candidato comunista, a construção do aeroporto no Montijo “não é sequer a opção mais barata”, nem a mais segura, “bem pelo contrário” e prosseguiu: “É por tudo isto urgente travar este erro ambiental, económico, social e político”. João Ferreira disse ainda que parecia que a solução para a de construção do novo aeroporto de Lisboa parecia ter sido “finalmente” encontrada em 2007, quando se previa que o novo aeroporto fosse “construído por fases em terrenos públicos no campo de tiro de Alcochete”. O candidato encerrou as acções de campanha com um encontro com trabalhadores da recolha de resíduos em Palmela. As eleições presidenciais realizam-se em plena epidemia de Covid-19 em Portugal, no próximo domingo, 24 de janeiro. Esta será a 10.ª vez que os cidadãos portugueses escolhem o chefe de Estado em democracia, desde 1976. A campanha eleitoral termina a 22 de Janeiro. Há sete candidatos: o incumbente Marcelo Rebelo de Sousa (apoiado oficialmente por PSD e CDS-PP), a diplomata e ex-eurodeputada do PS Ana Gomes (PAN e Livre), o deputado único do Chega, André Ventura, o eurodeputado e dirigente comunista, João Ferreira (PCP e “Os Verdes”), a eurodeputada e dirigente do BE, Marisa Matias, o fundador da Iniciativa Liberal Tiago Mayan e o calceteiro e ex-autarca socialista Vitorino Silva (presidente do RIR - Reagir, Incluir, Reciclar).

MAD // SF // IEL // JPS (Lusa)


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M1lhão desta sexta-feira saiu no distrito de Setúbal

O prémio do concurso M1lhão, dos Jogos Santa Casa, sorteado na passada sexta-feira, saiu a um apostador do distrito de Setúbal. O vencedor fica agora com um prémio de um milhão de euros

para reclamar, no âmbito do sorteio 003/2021, sendo o código sorteado o HVS 37034, segundo anunciou o Departamento de Jogos da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

HOSPITAIS NO LIMITE

Garcia de Orta perto do estado de pré-Catástrofe, São Bernardo e Nossa Senhora do Rosário transferem doentes ARQUIVO / DR

Apesar de já ter investido 400 mil na reorganização de serviços para receber doentes Covid e não Covid, o Garcia de Orta está com recursos esgotados Ana Martins Ventura Este fim-de-semana ficou marcado por um cenário em que os hospitais da região esgotaram os seus recursos de resposta a urgências e internamentos Covid-19, com doentes a serem transferidos do Hospital de São Bernardo para Braga e para o Hospital das Forças Armadas, na base do Alfeite. Uma situação que se repete no Barreiro, com a administração do Hospital Nossa Senhora do Rosário também a encaminhar doentes para hospitais localizados no norte do país. Já no Hospital Garcia de Orta para além da transferência de doentes entre centros hospitalares, a administração coloca em cima de mesa a opção de accionar o Estado de pré-Catástrofe. No sábado, o Garcia de Orta registava um total de 169 doentes internados com infecção por Covid-19, segundo a administração anunciou em comunicado. Destes casos 148 correspondiam a doentes internados em enfermaria, 18 em Unidade de Cuidados Intensivos e três em Unidade de Hospitalização Domiciliária. Números que segundo a adminis-

No limite, hospital espera que alargamento das Urgências permita sobreviver aos próximos meses de pandemia

tração estão a causar “enorme pressão assistencial”, não só para casos Covid, como não Covid. Uma situação que “dura há mais de 10 semanas, tendo o hospital de recorrer a transferências para outros hospitais do país”. Até ao momento o Garcia de Orta conseguiu manter-se “no nível III do seu Plano de Contingência”, mas o facto de ter atingido no sábado uma taxa de ocupação superior a 250%, “relativamente ao que previa o Plano de Contingência”, nomeadamente com 66 camas em enfermaria e 9 em cuidados intensivos destinadas a doentes Covid-19, leva agora a administração deste hospital a revelar

que, a manter-se, esta situação “coloca o hospital em cenário de pré-catástrofe”.

Novas áreas para doentes Covid-19 são insuficientes

Para responder à pressão assistencial exigida devido à elevada procura de cuidados médicos por parte de doentes Covid e não Covid, o Hospital Garcia de Orta já realizou várias “reafetações sistemáticas de circuitos e espaços, como a conversão de camas de enfermaria cirúrgicas, em camas médicas”. Só na última semana, o total de camas reafectadas foi de 35. Contudo, mesmo com as sucessi-

vas reorganizações e com “o elevado esforço e dedicação dos seus profissionais”, a administração do Garcia de Orta considera determinante que, até final do presente mês, a Área Dedicada ao Atendimento de Doentes Respiratórios (ADR) do Serviço de Urgência Geral seja expandida. Um plano que responderá também ao facto de o Garcia de Orta ser um dos hospitais da Região de Lisboa e Vale do Tejo a receber “maior volume de doentes infectados por SARS-COV-2, internados em enfermaria”, tendo já investido 400 mil euros na maximização da sua capacidade de resposta, desde o início da pandemia.

Cenário actual Números aumentam Os últimos números publicados pela Direcção Geral da Saúde no boletim de situação epidemiológica sobre a Covid-19, indicam que a Região de Lisboa e Vale do Tejo tem 184 063 casos activos e 3 174 óbitos confirmados. Na Região do Alentejo confirmamse 18 200 casos e 400 óbitos, sendo estas áreas que afectam os treze concelhos do distrito de Setúbal. No concelho de Setúbal, o Serviço Municipal de Protecção Civil e Bombeiros confirmou este sábado 2 649 casos de Covid-19 activos, 6 245 casos acumulados desde Março de 2020, 96 óbitos e 3 500 recuperados. Em Palmela, a Protecção Civil também disponibilizou no site oficial do município os últimos números da Covid-19 no concelho. São 1 078 casos activos, 2 597 acumulados, 72 óbitos e 1 447 recuperados. No litoral alentejano, o município de Alcácer do Sal confirma 238 casos activos, 309 recuperados e quatro óbitos. Grândola confirma 69 activos, 449 acumulados, 375 recuperados, 106 casos em vigilância e cinco óbitos. Também segundo informação municipal disponibilizada, Santiago do Cacém tem 86 casos activos confirmados, 280 recuperados e três óbitos. Já em Sines, o cenário é de 54 casos activos, 307 recuperados e oito óbitos confirmados.

VÍTIMAS ASSISTIDAS NO HOSPITAL DE SÃO BERNARDO

Incêndio numa habitação em Palmela causa um ferido grave e outro ligeiro Um incêndio numa habitação em Palmela causou, na noite de sexta-feira, um ferido grave e outro ligeiro, disse à Lusa o comandante dos Bombeiros Voluntários de Águas de Moura, Rui Laranjeira.

Os residentes na habitação atingida pelo fogo, vítimas “na casa dos 80 anos”, foram transportados para o Hospital de São Bernardo, em Setúbal, depois das chamas terem

queimado dois compartimentos do edifício situado na União de Freguesias de Poceirão e Marateca, acrescentou a fonte. Face ao alerta, dado pelas 20h36,

os Bombeiros Voluntários de Águas de Moura deslocaram-se ao local, juntamente com uma viatura médica do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), e meios da GNR do

Poceirão e da Polícia Judiciária, numa operação que, segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, envolveu 14 operacionais e sete viaturas. TYME // JLS (Lusa)


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Setúbal

SOLIDARIEDADE

Universidade Sénior avança com campanha de sócios para ajudar a fortalecer o Vitória O SETUBALENSE

A UNISETI vai convidar a sua comunidade a solidarizar-se com Vitória. A própria universidade vai inscrever-se como sócia do clube

Humberto Lameiras

Para além de instituição de ensino, a UNISETI afirma-se como um parceiro para alavancar o concelho de Setúbal

Apoio ao Sem Abrigo, através de uma campanha de mobilização da comunidade que, no último Natal, conseguiu doar mais de mil euros para ajudar ao funcionamento desta instituição. Entretanto, com a pandemia a obrigar que as aulas decorram em regime não presencial, a universidade tem investido em recursos tecnológicos para, através de plataformas digitais, “assegurar” não só as aulas, mas também outras iniciativas. Iniciativas como colóquios, transmitidos por videoconferência, sobre o tema “Entre a Batalha e os Jeróni-

mos: Singularidades da Igreja de Jesus de Setúbal”, que tiveram como palestrante o professor José Custódio Vieira da Silva, autor do livro “A Igreja de Jesus de Setúbal”, edição que “já ultrapassou mais de uma centena de exemplares subscritos”, refere o presidente da universidade. Nos colóquios promovidos pela UNISETI participaram ainda nomes relevantes da docência e investigação como Viriato Soromenho Marques, professor catedrático da Faculdade de Letras de Lisboa, Pedro Simas, conhecido virologista e professor na

Faculdade de Medicina de Lisboa e Rita Figueiras, professora associada da Universidade Católica e investigadora do Centro de Estudos de Comunicação e Cultura. “A pandemia trouxe, inesperadamente, um desafio que tem mobilizado todas as energias. Ela é o grande paradoxo do presente. Estamos perante um tempo de transição que traz consigo inquietação e angústia e que suscita uma questão vital: a vontade de fazer parte do novo lugar”, analisa Arlindo Mota.

EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Crianças e jovens do município fazem mergulho virtual para descobrir fundos marinhos O projecto Kids Dive Virtual, dedicado à educação ambiental, arranca hoje em Setúbal. Uma iniciativa dirigida a jovens dos 8 aos 17 anos, que podem agora conhecer os fundos marinhos portugueses, desde os ecossistemas às problemáticas da poluição, através de um mergulho virtual. O Kids Dive existe desde 2018,

Começa hoje o processo de vacinação nos lares do concelho Vacinação é assegurada por oito equipas de profissionais de saúde do Agrupamento de Centros de Saúde Arrábida

Humberto Lameiras A UNISETI – Universidade Sénior de Setúbal vai juntar-se ao movimento de apoio ao Vitória de Setúbal, uma instituição “prestigiada a viver um momento de graves dificuldades que exige a união de todos os setubalenses”, comenta Arlindo Mota, presidente do conselho de administração da universidade. Com esta acção, a UNISETI “diz estar presente” através de uma “intensa campanha de sócios junto dos seus professores, alunos e colaboradores”. E, para dar o exemplo, a própria instituição de ensino “vai desde já inscrever-se como sócio colectivo do renovado Vitória de Setúbal”, avança o professor. Diz Arlindo Mota que a Universidade Sénior de Setúbal, para além da sua função educadora e promotora do envelhecimento activo, “não esquece a sua vocação solidária”, e, um dos casos mais recentes, foi o apoio canalizado para o CASA – Centro de

1800 DOSES

tendo sido criado pelo MARE-ISPA e cofinanciado pelo Fundo Azul da responsabilidade da Direcção-Geral de Política do Mar do Ministério do Mar, com o objectivo de alertar para a urgência de proteger o meio marinho e a biodiversidade. O início deste novo conjunto de iniciativas virtuais, que também vão

passar por escolas de Santiago do Cacém, assinala-se pelas 10h00 e conta com a presença de especialistas nacionais e internacionais na abordagem a temáticas como a conservação do oceano, a biodiversidade e os habitats. Entre os especialistas participantes está Ricardo Serrão Santos, ministro

do Mar; Frederico Almada, biólogo, professor universitário e coordenador do projeto Kids Dive; e Emanuel Gonçalves, professor e investigador que integrou o grupo de trabalho nacional dedicado aos Assuntos Marítimos, sendo responsável pela criação da Estratégia Nacional para o Mar.

A.M.V.

Começa hoje, durante a tarde, a campanha de vacinação contra a Covid-19 em estruturas residenciais dedicadas a pessoas idosas no concelho de Setúbal. Trata-se de uma medida que está inserida na primeira fase do plano nacional de vacinação, a qual está a decorrer desde 27 de Dezembro do ano passado, e que vem contemplar a inoculação de grupos considerados prioritários, caso de profissionais e residentes em lares. Segundo refere comunicado da Câmara Municipal de Setúbal, esta campanha de vacinação no concelho “é conduzida em todas as estruturas residenciais para pessoas idosas legalizadas e em situação ilegal que não tenham surtos activos de Covid-19”. A vacinação, com “um total de 1800 doses de vacinas disponíveis, a realizar entre segunda e quarta-feira, vai abranger um total de 32 lares em todo o território do concelho de Setúbal”. A execução desta tarefa, explica ainda a autarquia, “é assegurada por oito equipas de profissionais de saúde do Agrupamento de Centros de Saúde Arrábida, formadas por 32 enfermeiros e oito médicos”. A estas equipas que estão no terreno, acresce um conjunto de profissionais com responsabilidade de registo de todos os utentes vacinados ao longo dos três dias nos lares de Setúbal.


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Próxima reunião de câmara decorre à porta fechada devido ao Estado de Emergência HELENA SERRA

A reunião pública ordinária da Câmara Municipal de Setúbal agendada para o dia 20 de Janeiro, na Sala de Sessões dos Paços do Concelho, realiza-se à porta fechada, sem a presença de público ou elementos da

DR

comunicação social. Segundo a autarquia esta medida “dá seguimento às directrizes estabelecidas no âmbito do actual Estado de Emergência decretado pela pandemia de Covid-19”.

CONFINAMENTO

Autarquia promove restaurantes e comércio local com serviço de entregas ao domicílio ou take away

Sete funcionários da escola estão em isolamento profiláctico

COVID-19

Secundária Sebastião da Gama suspende aulas presenciais para alunos mais velhos até dia 26

Com o segundo Estado de Emergência declarado pelo Governo e novo confinamento, a Câmara de Setúbal decidiu reactivar a campanha “O que é de Setúbal vai parar à sua mesa”, através da qual promove o comércio ligado à área alimentar que disponibilize entregas ao domicílio, ou take away. Com esta iniciativa, que teve a sua primeira expressão durante o confinamento de Março do ano passado, a autarquia pretende “apoiar o comércio tradicional”, e, ao mesmo tempo, “facilitar à população o acesso a bens essenciais

durante o actual período de isolamento, essencial para que o País supere a crise de saúde pública criada pela pandemia Covid-19”, refere em comunicado. Além de divulgar estabelecimentos de comércio tradicional ligados à área alimentar, como restaurantes, mercearias e pastelarias, a campanha “O que é de Setúbal vai parar à sua mesa” pretende “contribuir para a contenção da propagação da Covid-19, com entregas seguras ao domicílio, e assim evitar a circulação de pessoas nas ruas”. Actualmente, cerca de três centenas

de comerciantes locais ligados à área alimentar com serviços para entrega ao domicílio ou take away já estão incluídos na lista publicada no site e Facebook da Câmara de Setúbal, listagem esta que está em permanente actualização. A adesão dos empresários é gratuita, e depende apenas do preenchimento de uma ficha que se encontra disponível online através do site da autarquia. Um dos requisitos é os negócios cumprirem todas as normas e indicações da Direcção-Geral da Saúde para a confecção de produtos. H.L. PUBLICIDADE

Sete funcionários da escola em isolamento profiláctico obriga a alunos dos 11.º, 12.º e ensino nocturno a terem aulas em casa Humberto Lameiras

Os alunos dos 11.º e 12.º anos do Ensino Regular dos Cursos Científico- Humanísticos, assim como os do ensino nocturno, da Escola Secundária de Sebastião da Gama, em Setúbal, estão com as aulas presenciais suspensas até 26 de Janeiro. Trata-se de uma medida preventiva e de funcionamento da escola decidida pela direcção deste estabelecimento de ensino na sequência do isolamento profiláctico de sete dos seus funcionários. A decisão de suspender as aulas nestes graus de ensino está “de acordo com as orientações do Ministério da Educação e Direcção-Geral da Saúde que foram enviadas para as escolas no início deste ano lectivo”, refere a directora da Sebastião da Gama, Maria Fernanda Resende Oliveira. A suspensão das aulas presencias

começou no passado dia 15 deste mês, e chegou a ser comunicado que também as turmas do 10.º seriam abrangidas por esta medida, contudo a determinação do Ministério da Educação considera que este nível de ensino “deverá manter o regime presencial”, lê-se na página oficial da escola no Facebook. Também em regime presencial mantém-se as actividades lectivas dos alunos do 3.º Ciclo do Ensino Básico e dos Cursos Profissionais. Quanto aos alunos cujas aulas presenciais só serão retomadas a 27 de Janeiro, passam a ter acesso às mesmas por via online, através da plataforma Teams, no horário respectivo. Sem qualquer dúvida de que a frequência da actividade lectiva no ambiente escolar é “sempre a mais indicada”, a directora Maria Fernanda Resende Oliveira comenta que os alunos mais velhos “têm mais autonomia para a recepção de aulas à distância”, assim como “mais capacidade para estudarem sozinhos”. Relativamente a meios para permitirem a realização de aulas síncronas, afirma a directora que a Escola Secundária de Sebastião da Gama está equipada, “desde o ano lectivo passado”, e, quanto aos alunos, os mais carenciados “têm recebido, através da Acção Social Escolar, equipamentos informáticos”.

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ALMADA 265 539 691 SETÚBAL 265 520 716 SEIXAL 265 520 716 MONTIJO 212 318 392 MOITA 212 047 599 BARREIRO 212 047 599 PALMELA 265 520 716 ALCOCHETE 212 318 392 OUTROS CONCELHOS 265 520 716


6 O SETUBALENSE 18 de Janeiro de 2021

Setúbal DR

BREVES ÁREAS PEDONAIS

Substituição de pavimento na Rua da Camarinha A Junta de Freguesia de São Sebastião está a repavimentar duas áreas pedonais na Rua da Camarinha, entre os números 1 e 3 e 20 e 24, com o objectivo de melhorar a segurança e mobilidade de peões. A intervenção consiste na remoção de lajetas em pedra mármore e a sua substituição por blocos de

pavê. Uma requalificação que a Junta de Freguesia de São Sebastião “justifica devido à desadequação do piso em mármore à via pública, uma vez que o mesmo não oferece as melhores condições de segurança, nomeadamente no que respeita à qualidade de aderência, propiciando algumas quedas durante as estações mais húmidas”. DR

Intercâmbio renovado até 2027, tem como metas a inclusão, interculturalidade e investigação

METAS IPS 2021-2027

Europa reconhece Politécnico de Setúbal com pontuação máxima para abraçar programa Erasmus+ Nova Carta Erasmus revalida, com distinção, a participação do instituto no programa internacional de intercâmbio académico

Ana Martins Ventura

A Comissão Europeia aprovou a Carta Erasmus para o Ensino Superior (ECHE) do Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) com pontuação máxima, numa escala de 100 pontos. Com este documento o IPS fica habilitado a continuar a participar no programa europeu ERASMUS+ de intercâmbio académico e profissional, entre 2021 a 2027. Uma conquista alcançada devido às estratégias “de internacionalização e modernização institucional do IPS” que, de acordo com o relatório da Comissão Europeia, se

revelam “completamente alinhadas com os princípios do programa europeu, cumprindo na íntegra os três grandes critérios estabelecidos, nomeadamente a relevância da Declaração de Política Erasmus (EPS – Erasmus Policy Statement) proposta; a adesão aos princípios da ECHE e respectiva implementação prática; e a qualidade da estrutura de gestão de suporte às acções de mobilidade e de cooperação previstas”, revela o Politécnico de Setúbal em comunicado. O IPS compromete-se assim a prosseguir com a sua meta de afirmação enquanto “comunidade aberta e internacional, apostada no fortalecimento da interculturalidade, internacionalização e alianças internacionais como via para a formação dos seus estudantes e transformação da região”, em que se insere. Esta habilitação permite também dar continuidade à estratégia de desenvolvimento da “investigação aplicada, metodologias educativas activas e apoio à inovação, num ambiente internacional, interdisciplinar, intercultural, intersectorial e inclusivo”.

De acordo com a sua Carta Erasmus, o IPS também assume ainda o compromisso de participar em todas as acções Erasmus+ previstas para 2021-2027, nas áreas de mobilidade internacional; digitalização e educação à distância; internacionalização em casa, parcerias e projectos internacionais; formações conjuntas; e competências linguísticas. Para o cumprimento destes objectivos, o IPS assume que a sua participação na aliança Universidade Europeia E 3UDRES 2 (Engaged European Entrepreneurial University as Driver for European Smart and Sustainable Regions) foi determinante. Um consórcio de instituições de ensino superior que inclui a Áustria, Bélgica, Hungria, Letónia e Roménia, além de Portugal e deu os primeiros passos em Outubro passado. Este consórcio tem como objectivo fomentar o “desenvolvimento inteligente e sustentável das regiões de influência de cada uma das instituições de ensino superior envolvidas, através do desenvolvimento de investigação aplicada”.

EM TEMPO CONFINAMENTO

Setubalenses já podem visitar museus online O projecto “Museu ao Seu Encontro”, colocado em prática pela Câmara de Setúbal, permite aos setubalenses, e população em geral, embarcar numa visita virtual a vários museus do concelho. Uma alternativa de acesso à cultura em tempo de confinamento, à qual os utilizadores podem aceder através do site oficial do

município. Todas as terças e quintas-feiras são também publicadas curiosidades sobre peças em exposição e edifícios das entidades culturais aderentes. Na lista das entidades aderentes está o Museu de SetúbalConvento de Jesus, o Museu do Trabalho Michel Giacometti e o Arquivo Fotográfico Américo Ribeiro. DR


18 de Janeiro de 2021 O SETUBALENSE 7 O SETUBALENSE publica hoje uma reportagem que descreve como é ser faroleiro nos faróis do distrito, instalados nos concelhos de Setúbal, Sesimbra e Sines. Esta produção conta com os testemunhos dos faroleiros João Pires,

responsável pela balizagem do Porto de Setúbal, João Coutinho, pelo Farol do Forte do Cavalo, em Sesimbra, Marcelo Serrasqueiro, chefe do Farol do Cabo Espichel, e de Jorge Estêvão, chefe do Farol do Cabo de Sines.

Reportagem

FARÓIS DE SETÚBAL, CABO ESPICHEL, FORTE DO CAVALO E SINES

Os guardiões da luz O SETUBALENSE

“Mestres de tudo e oficiais de nada”, os faroleiros são considerados os profissionais dos ‘sete ofícios’. João Coutinho, João Pires, Marcelo Serrasqueiro e Jorge Estevão são actualmente os vigilantes das portas marítimas de acesso ao distrito de Setúbal Maria Carolina Coelho As portas marítimas de acesso ao distrito de Setúbal têm em si olhos postos durante as 24 horas do dia, não fosse a região ter uma forte ligação à actividade piscatória. Considerados como os guardiões da luz, são os faroleiros quem guiam as navegações para terra em segurança, estando de serviço durante todo o ano nos faróis de Setúbal, do Cabo Espichel, do Forte do Cavalo e do Cabo de Sines. Em comum têm uma importante missão: não deixar a luz apagar. É este o lema de João Pires, faroleiro subchefe responsável pela balizagem do Porto de Setúbal, há 24 anos, cinco dos quais passados na cidade sadina. A seu cargo, “se tiver de contabilizar”, tem mais de cem assinalamentos marítimos, divididos entre “os faróis da Azeda e do Outão, os farolins da Docapesca e do Pinheiro da Cruz e as dezenas de bóias actualmente em funcionamento, incluindo as que delimitam o Parque Marinho Luiz Saldanha”, começa por explicar a O SETUBALENSE. O seu dia começa cedo, “bem antes de entrar ao serviço, com alguma actividade física”. Da sua actual residência, construída no antigo Farol da Amêijoa – o primeiro da cidade de Setúbal -, tem o privilégio de ter uma vista para o Estuário do Sado de cortar a respiração. Chegada a hora de se fardar, é tempo de “ver se alguma das infraestruturas apresenta anomalias”, trabalho que vai planeando “semanalmente”. “Como estou só, no fundo tenho de garantir que os

faróis e os farolins estão sempre operáveis. Os mais importantes são o da Azeda e o da Docapesca, que estão acesos durante todo o dia, uma vez que estamos a falar no enfiamento da entrada da barra do rio Sado”, refere. Ao fim-de-semana aproveita para estar com a sua família, que reside em Lisboa, mas mantémse “sempre contactável”. “Estou sempre disponível para não deixar os equipamentos desligar. Como é lógico não tenho capacidade para controlar todos os assinalamentos em simultâneo e, nesse sentido, conto com o apoio de quem está no mar para lançar o alerta”. Também sozinho trabalha o faroleiro João Coutinho, responsável pelo Farol do Forte do Cavalo, em Sesimbra, há cerca de um ano e meio. Ao abrir o portão da sua actual ‘casa’ a O SETUBALENSE, num dia que descreveu como “espectacular”, esclarece de imediato que “o nome correcto é Farol de S. Teodósio, que foi quem o mandou construir”. Só depois começa a contar como é a sua rotina. “Preencho em primeiro lugar o livro de serviço, no qual tudo deve ficar apontado. Posteriormente vou fazer pequenas vistorias ao farol no que diz respeito às baterias e à lâmpada. O meu trabalho, que é prevenir eventuais avarias que possam surgir, repartese em rotinas diárias, semanais, quinzenais e mensais de apoio à balizagem do Porto de Sesimbra. Tenho perto de 20 assinalamentos marítimos, que incluem, além do Farol do Forte do Cavalo, os farolins do Molho, situado na zona da doca, e os dois da Fortaleza de Santiago, que servem para os navios

Os mais importantes [faróis de Setúbal] são o da Azeda e o da Docapesca João Pires

entrarem no Porto”. Os materiais que o faroleiro de 53 anos utiliza nas suas reparações, “guardados na torre de vigia do Forte, a única estrutura que se manteve de pé depois do sismo de 1755”, têm de “ser pedidos à Marinha com um ano de antecedência”. É este prévio

planeamento que lhe permite usufruir “dos fins-de-semana com a família”, que o visita de Alverca. “Eu só lá vou praticamente uma vez por mês. Apesar de ter residência, como a minha vida é estar sempre nos faróis, não conheço lá ninguém”, revela. Contudo, esta não foi a sua primeira opção “dentro da Marinha”. “Eu gostava mesmo era de andar nos navios, mas chegada a uma certa altura foi tempo de pensar se queria, ou não, formar uma família e criar alguma estabilidade. Optei por ficar em terra, mas até aos meus 27 anos aproveitei essa vida no Navio-Escola Sagres, que foi espectacular. Estive desde 1988 até 1994 a navegar, e tive a oportunidade de conhecer muitos países que, de outra forma, não me seria possível”. No farol vizinho, instalado no Cabo Espichel, o quotidiano já é um pouco diferente, com a guarnição a ser composta por três faroleiros. Apesar de os dias nunca serem iguais, há práticas que, segundo Marcelo Serrasqueiro, chefe do

Farol do Cabo Espichel, se repetem: o retirar de cortinas quando o sol se põe, para permitir que a luz alcance o mar, e o colocar de cortinas ao amanhecer, para não queimar os cabos eléctricos. Com um toque delicado, o faroleiro de 1.ª classe manuseia o aparelho óptico com cuidado “para não oxidar o material”, isto depois de subir os 150 degraus que levam ao cimo da torre. Lá no alto, descreve como tudo funciona. “O Farol do Cabo Espichel tem duas lâmpadas, em que a que está mais na vertical é a que está de serviço, enquanto a outra está de reserva. Actualmente são motores que fazem rodar o aparelho. Existem dois, mas funciona um de cada vez”. Só assim é possível fazer com a que a luz seja vista a uma distância de 26 milhas, o que equivale a 48 quilómetros. O aparelho, limpo duas vezes ao ano, demora 12 segundos a dar uma volta completa. Neste tempo lança três fachos de luz invertidos. No entanto, ao apontar para uma estrutura que faz lembrar um relógio, acrescenta


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Reportagem O SETUBALENSE

Não me via a desempenhar outras funções. Preencheme bastante, principalmente ao saber que há pessoas que estão a depender do meu trabalho João Coutinho Em território alentejano é Jorge Estevão, faroleiro de 51 anos, quem "veste a camisola" de chefe do Farol do Cabo de Sines

que “antigamente não funcionava assim”. “Nos tempos em que não havia electricidade, era utilizada uma máquina de relojoaria, o que obrigava a que o faroleiro tivesse de subir mais ou menos de duas em duas horas para vir dar à manivela. Por isso é que neste farol estavam de serviço em simultâneo sete ou oito faroleiros”. No outro lado do distrito, em território alentejano, é Jorge Estêvão, faroleiro de 51 anos, quem “veste a camisola” de chefe do Farol do Cabo de Sines. O faroleiro, juntamente com dois camaradas, tem “uma área muito grande para controlar, que vai da zona do Cabo Espichel até Porto Côvo, onde se encontram mais de quatro dezenas de assinalamentos”. Os dias são semelhantes, enquanto que as noites “são mais um estado de prontidão para o caso de algo falhar”. A única certeza que dá é que “aos fins-de-semana e feriados há certos afazeres que não são realizados, apesar de estar sempre um faroleiro de serviço”. “Todos estes equipamentos requerem reparações com um grau elevado de precisão. Não é qualquer um que procede à sua manutenção”, descreve, enquanto percorre as instalações. O Farol do Cabo de Sines, segundo esclarece, “acaba por ser diferente dos outros por causa da construção que tem”. “Temos actualmente tecnologia do século XX com tecnologia de finais do século XIX, e tudo funciona na perfeição. O farol funciona com um sistema de rotação de um

aparelho relativamente novo – da década de 90 - com um efeito electromagnético, que faz rodar o prato onde está o aparelho óptico. Assim, abrange uma área perto dos 360 graus e tem um alcance de 26 milhas, perto de 42 quilómetros”.

Da sorte do destino à herança de família

Sem se aperceber, o rumo da vida de Jorge Estêvão, natural de Vila do Bispo, no Algarve, levou a que também se tornasse faroleiro, seguindo as pegadas do seu pai e do seu irmão. A herança de

família chegou em 1993, quando concorreu para o curso de faroleiro, depois de perceber que não conseguiria prosseguir com o seu desejo de se formar em jornalismo. “Eu não fazia contas de vir para esta profissão. No entanto, o meu pai é destacado para Peniche, e como a minha mãe sempre o acompanhou, lá fui eu com o meu irmão. Cheguei convicto de que iria para jornalismo. Porém, o curso só havia numa escola longe e acabei por desistir da ideia”. Ao ponderar qual seria, então, o caminho que deveria de seguir, percebeu que a sua

“outra aptidão era a electricidade”, mas com as bases do curso superior focadas na matemática, acabou por “enveredar para os faróis”. No caso de Marcelo Serrasqueiro, actualmente com 49 anos, a escolha foi deixada um pouco ‘à sorte’ faz 26 anos. Enquanto concorria para faroleiro, não descartou as hipóteses de se “tornar Bombeiro Sapador ou GNR”. “Das três opções esta veio em primeiro lugar. Mediante isto não estou nada arrependido, pois sempre gostei da vida marítima. Defino-me como feliz, porque O SETUBALENSE

Temos actualmente tecnologia do século XX com tecnologia de finais do século XIX, e tudo funciona na perfeição Jorge Estêvão

Marcelo Serrasqueiro é o chefe do Farol do Cabo Espichel

gosto do que faço”, reconhece. Com o mesmo tempo de serviço, João Coutinho mergulhou no cargo de faroleiro depois de ter cumprido o serviço militar obrigatório. Apesar de ter ficado surpreendido, visto que “a Marinha é um pouco diferente”, considera que esta foi a sua melhor opção. “Não me via a desempenhar outras funções. Preenche-me bastante, principalmente ao saber que há pessoas que estão a depender do meu trabalho para estarem em segurança”. Contrariamente, João Pires, faroleiro de 45 anos, admite ter-se sentido desde cedo cativado pela profissão, “por ser desafiante e de muita aventura”. “Era jovem quando fiz a recruta da Marinha. Quando entrei para os faróis, comecei precisamente no farol mais complicado de Portugal Continental, que é o Farol da Berlenga. Foi uma experiência interessante, que acabou por representar o que é ser faroleiro, porque estamos num sítio isolado, onde somos rendidos semanalmente”. No entanto, não colocou de parte a sua outra paixão, a arquitectura, considerando que as duas se complementam, uma vez que “os faróis são monumentos arquitectónicos muito interessantes”. Hoje, depois de se ter licenciado “na Faculdade de Arquitectura de Lisboa”, só lhe falta “praticamente a tese para concluir o mestrado”.

“O faroleiro é um mestre de tudo e um oficial de nada”

No currículo de um faroleiro devem vir descritos ‘os sete ofícios’, uma vez que este desempenha um pouco de todas as funções. Desde carpinteiro, electricista e pintor a pedreiro, serralheiro ou mecânico, o faroleiro é responsável por todas as pequenas intervenções que são necessárias fazer na infra-estrutura que suporta a luz. Segundo o responsável pela balizagem do Porto de Setúbal, “é praticamente como se vê nos filmes”. “São indivíduos que estão isolados, sendo este também um bocado do preço a pagar por continuar com a profissão”, revela. Já o faroleiro João Coutinho classifica a profissão de uma forma particular. “O faroleiro é um mestre de tudo e um oficial de nada”, afirma, acrescentando que “é uma pessoa que tem de estar disponível para desempenhar qualquer tarefa”. Na opinião de Marcelo Serrasqueiro, chefe do Farol do Cabo Espichel, “nos faróis em


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Vitória sofre até ao fim para segurar triunfo diante do Moura p14 que há mais do que uma pessoa é melhor, visto que se entreajudam, tanto a nível de motivação como de auxílio”. “Embora eu antes de vir para a Marinha trabalhasse em construção civil, havia luzes que eu não tinha. Acabei por me juntar a um camarada que estava preparado a nível da mecânica e a outro que era electricista. As nossas mais-valias vão-se, assim, complementando”.

“ajuda à habituação da família”, desabafa Jorge Estevão, uma vez que conhece bem essa sensação. “É complicado porque acabamos por estar sem nos vermos durante vários dias, mas antigamente era mais complicado porque não havia internet nem nada do género. Nos últimos tempos a minha mulher optou por começar a andar comigo, também porque o seu emprego assim o permite”.

Relações familiares centradas na profissão

Solidão ultrapassada entre convívios e passatempos

A profissão de faroleiro simboliza quase que ser-se nómada forçosamente. Os profissionais, que são destacados para um novo serviço a cada quatro anos, colocam a ‘casa às costas’ e rumam em direcção ao novo desafio. Por este motivo, as suas relações familiares florescem já centradas no ofício. O que facilita a aceitação da instabilidade “é a oportunidade de vivenciarem também a experiência”, conta João Pires. A sua família “habitou-se desde cedo porque tudo começou no início da relação”. “Estamos a falar de 24 anos de serviço, em que também já estiveram comigo a viver em faróis. Já está enraizado no nosso dia-adia”, esclarece. Enquanto isso, a família de João Coutinho acabou por compreender que esta é a sua “paixão”. “Fazemos os possíveis para tentar coordenar a minha atividade profissional com a vida pessoal. O mais importante é nós gostarmos daquilo que fazemos”. O facto dos faroleiros se habituarem também ao sítio onde são colocados

Em nome da profissão, os faroleiros chegam a abdicar de muitos objectivos a nível pessoal, uma vez que não conseguem criar horários fixos ou rotinas. No entanto, a sensação de proteger a população prevalece. O tempo, que por vezes teima em querer passar devagar, é ocupado entre o convívio entre camaradas e a realização dos mais diversos passatempos. Nestes momentos, o isolamento quase que desaparece. O faroleiro João Pires tira proveito da sua formação académica em arquitectura, ao desenvolver “maquetes dos faróis em latão, cobre e madeira”. “Tenho uma maquete do Farol do Cabo Espichel na Direcção de Faróis, e outra do Farol da Guia de Cascais. Qualquer dia hei-de fazer uma do Farol do Outão. Já o mosaico que está à entrada da minha residência no Farol da Amêijoa também fui eu que fiz, inspirado na forma como era suposto ser visto do mar, com um muro à volta”. Também o faroleiro do Forte

O SETUBALENSE

Responsável por mais de cem assinalamentos em Setúbal, João Pires considera que seria um erro a profissão acabar

do Cavalo aprecia desenvolver trabalhos manuais, nomeadamente “restauros de peças muito minuciosas”. “Já estive destacado na Direcção de Faróis, onde estive no Polo Museológico com um senhor que me ensinou muito sobre restauro. Com ele acabei por ganhar o gosto pela ocupação”. O isolamento e a monotonia são precisamente os defeitos que Marcelo Serrasqueiro aponta à rotina. “Prefiro levantar-me e pensar em ir à sala de serviço, onde já devem estar os camaradas para começar o dia de trabalho, do que

estar sozinho”. Em Sines, o tempo livre de Jorge Estevão é passado “a ouvir música ou a passear”, enquanto que “os outros faroleiros têm ocupações diferentes”.

“Os faróis nunca deixarão de existir”

A opinião é unânime: apesar da evolução das tecnologias, a profissão nunca deixará de existir. Existe, sim, uma adaptação aos novos tempos. “O assinalamento marítimo tem de acompanhar esta mudança, para poder continuar a satisfazer os seus utentes”, afirma, O SETUBALENSE

Prefiro levantar-me e pensar em ir à sala de serviço, onde já devem estar os camaradas, do que estar sozinho Marcelo Serrasqueiro

No Farol do Forte do Cavalo reside um único profissional, posto ocupado por João Coutinho há um ano e meio

com toda a certeza, o faroleiro João Coutinho. “É essencial porque se existir uma falha num navio, por exemplo, o farol nunca falhará, continuando a ser fundamental para a navegação e para todo o tráfego marítimo que se faz na nossa costa”. Seria um erro a profissão acabar, considera João Pires, visto que “os faróis são uma referência geográfica para quem anda no mar”. “No mar temos de ter pontos de referência, que são as luzes dos faróis, que dão alguma esperança a quem lá anda de poder chegar a porto seguro”. Neste sentido, o importante é que esta seja “ajustada aos dias de hoje, como tem acontecido com tudo”, reforça, dando como exemplo o facto de as lanternas dos faróis antigamente “serem de madeira”. “Há muitas evoluções que os faróis sofreram ao longo dos tempos, até ao nível da própria luz, uma vez que inicialmente era utilizado o azeite, depois passou para o óleo de baleia, depois para o petróleo e, por último, para a fonte de energia”. Seguro de que as máquinas são falíveis, Marcelo Serrasqueiro comenta, igualmente, que é necessário manter alguém nos faróis. “Não é possível passar a ser 100% autónomo”. Esta ideia é replicada por Jorge Estevão, que afirma que “a manutenção está sempre presente na sinalização marítima”. “Nenhum navio entra num Porto se os assinalamentos estiverem apagados. São tudo factores de segurança que não podem ser ultrapassados”, conclui.


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O SEGREDO DAS CARTAS

Necrologia Bloco Clínico

TARÓLOGO e ASTRÓLOGO FRANCISCO GUERREIRO

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ALMADA 265 539 691 SETÚBAL 265 520 716 SEIXAL 265 520 716 MONTIJO 212 318 392 MOITA 212 047 599 BARREIRO 212 047 599 PALMELA 265 520 716 ALCOCHETE 212 318 392 OUTROS CONCELHOS 265 520 716

No plano amoroso – não entregue o seu amora quem não o merece, corre o risco de deceções. Nem todas as promessas serão cumpridas esta semana. No plano profissional – dê atenção a um negócio ou a um projeto que

Necrologia

pode esconder problemas, procure novos apoios. Carta da semana – A LUA – a conjuntura leva-o para o mundo dos sonhos em que é difícil ser racional, tente manter-se lúcido para não ser enganado.

Farmácia Marques

SAGITÁRIO 23.11 a 20.12 No plano amoroso, relações são correspondidas e regidas por si e pelos seus interesses. Controle o seu feitio pois numa relação toma decisões a dois. No plano profissional, mostre-se mais activo e mais empenhado com trabalhos que lhe são solicitados. Carta da Semana – O Mundo, esta carta mostra que as conquistas e os seus êxitos estão ao seu alcance, basta que consiga reunir todas as suas potencialidades para atingir os seus fins. CAPRICÓRNIO 21.12 a 20.01

Bloco Clínico

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De Segunda a Sexta das 9h às 19h Sábado das 9h às 13h Ru a Arronche s J u nqu e i r o , 1 0 9 Te l. 265 522 783 • S e t ú b al

No plano amoroso – escute o que lhe dita o coração sempre que tomar uma decisão ou fizer uma escolha sentimental; todos os gestos deverão ser fruto de reflexão solitária e amadurecida. No plano profissional – está perfeitamente apto a atuar em proveito próprio e fazer bom uso das suas habilitações e conhecimentos. Carta da semana – A PAPISA – a semana promete ser muito importante. AQUÁRIO 21.01 a 19.02 No plano amoroso, poderá estar a passar uma fase conflituosa, que se deve á indefinição de sentimentos, clarifique-os. No plano profissional, os trabalhos que tem em curso irão sofrer alguns atrasos, devido á falta de recursos. Carta da Semana – O Eremita, esta carta mostra que deve agir com rigor e cuidado em todas as situações. PEIXES 20.02 a 20.03

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melhor com os afetos. No plano profissional – vida financeira sujeita a flutuações que merecerão medidas ade-

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quadas em cima dos acontecimentos. Carta da semana – O JULGAMENTO – traz uma semana marcante pródiga em acontecimentos importantes que lhe possibilitarão análises e iniciativas fundamentadas.

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Seus familiares cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido. O funeral realiza-se (hoje) dia 18 de Janeiro pelas 16:30 h no Crematório de Setubal. Agradecendo a todos quanto se dignaram e participaram em tão piedoso acto, bem como a todos que de qualquer outra forma manifestaram o seu pesar. A Gerência e colaboradores agradecem a compreensão dos familiares por não se efectuar uma despedida digna resultante das regras que temos que respeitar devido ao estado de calamidade a que todos estamos sujeitos. BEM HAJAM. FUNERÁRIA SETUBALENSE - 265 550 045 / 265 238 528 ( SERVIÇO PERMANENTE )

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MARIA LUISA DA SILVA MADALENO PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO E MISSA DE 7.º DIA

Seus famíliares cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido. O funeral realizou-se dia 11-01-2021 pelas 09:00 h para o Crematório de Setubal. Agradecendo a todos quanto se dignaram e participaram em tão piedoso acto, bem como a todos que de qualquer outra forma manifestaram o seu pesar. A Gerência e colaboradores agradecem a compreensão dos familiares por não se efectuar uma despedida digna resultante das regras que temos que respeitar devido ao estado de calamidade a que todos estamos sujeitos. BEM HAJAM.

PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

Sua esposa, mãe, filhos, genro, nora, netos e restante família, têm o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente muito querido e de agradecer reconhecidamente a todos os que se dignaram a acompanhá-lo até á sua última morada, bem como aos que das mais diversas formas lhes manifestaram pesar.

A família, têm o doloroso dever de participar o falecimento da sua ente muito querida e de agradecer reconhecidamente a todos os que se dignaram a acompanhá-la até á sua última morada, bem como aos que das mais diversas formas lhes manifestaram pesar.

Seus sobrinhos e restante família têm o doloroso dever de participar o falecimento da sua ente muito querida e de agradecer reconhecidamente a todos os que se dignaram acompanhá-la à sua última morada, bem como aos que das mais diversas formas lhes manifestaram pesar. Mais informam que será celebrada missa de 7.º dia na igreja da Boa Hora (Grilos) dia 21/01/2021 pelas 17,30 horas, agradecendo desde já a quem se dignar participar neste ato religioso.

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AGÊNCIA FUNERÁRIA COSTA TELEF: 265 523 496

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12 O SETUBALENSE 18 de Janeiro de 2021

Região

DR

BREVES

COVID-19

S. Bernardo transfere ALCÁCER DO SAL Estacionamento doentes para Hospital reforçado na aldeia da das Forças Comporta Armadas

PARQUE DE CAMPISMO CAPARICA

Fundação Inatel procura resposta para famílias que vão ser despejadas Francisco Marcelino diz que as pessoas vão ter de sair. Mas não neste período de confinamento. E alerta para acções de indemnização A Fundação Inatel está, em articulação com a Segurança Social, a procurar uma resposta para 12 pessoas com carências económicas que vão ser despejadas do Parque de Campismo Caparica, em Almada, devido às obras de requalificação do espaço. Em declarações à Lusa, o presidente da Fundação Inatel, Francisco Madelino, explicou que das 320 unidades de alojamento campista existentes no parque, só faltam desocupar 11 locais. “Do trabalho que tem vindo a ser feito com a Segurança Social, foi verificado que não têm residência ou pelo menos há dificuldade em arranjar residência fora do parque. Dessas 11 unidades, há cinco ocupadas por pessoas com rendimentos e seis unidades em que é identificada alguma

carência económica”, explicou. O Parque de Campismo Inatel Caparica fechou portas em 30 de Novembro para obras de requalificação, tendo sido alargado até 13 de Janeiro o prazo para os utentes retiraram os seus equipamentos das unidades ocupadas. Segundo Francisco Madelino, a Fundação Inatel tem estado a trabalhar com as pessoas e com a Segurança Social, “embora não tenha qualquer responsabilidade, porque se trata de um parque de campismo e não de residência”, de forma a encontrar uma solução num programa de inserção que seria apoiado transitoriamente. “As pessoas não podem ficar no parque”, disse, acrescentando que a fundação prontifica-se a apoiar, “não indefinidamente, mas num período que poderá ser de seis meses”, quem está à procura de residência. Num esclarecimento posterior, a Fundação Inatel explicou que no total ainda se encontram 17 pessoas no parque, das quais 12 têm carências económicas. Segundo Francisco Madelino, os residentes “vão ter de encontrar solução", lembrando que “quando se

instalaram assumiram compromissos [com o parque], incluindo aquele de que não se trata de local de habitação, havendo obrigatoriedade de sair nas condições definidas”. As unidades de alojamento campista são os equipamentos utilizados pelo campista para acampar e que pode ser constituído por tendas, atrelados-tenda, caravanas, autocaravanas, 'bungalows', residenciais, casas abrigo e outras. “As obras estão a ser feitas porque foram exigidas pela lei nacional, para garantir a segurança de todos”, frisou. O responsável adiantou também que vão avançar “processos de despejo" e que poderão também ser desencadeados "processos de indemnização por cada dia de obra em atraso”. Em relação a prazos, sublinhou: “Tendo em conta o período que estamos a viver [novo confinamento] e assim que a situação do País permitir, será desencadeada essa situação [despejos]”. As obras não serão inferiores a um milhão de euros e há o objectivo virem a estar concluídas o próximo Verão.

RCP // MLS / Lusa

O estacionamento automóvel na aldeia da Comporta, concelho de Alcácer do Sal, foi reforçado com mais duas novas áreas. Os parques para estacionar localizam-se na Rua das Laranjeiras, junto ao Centro Paroquial da Comporta, e na Rua Manuel da Fonseca. A Câmara Municipal procedeu, na última semana, ao asfaltamento das duas áreas, depois de ter identificado a necessidade de reforçar o número de lugares de estacionamento naquela localidade.

SANTIAGO CACÉM

Festival da Enguia de Santo André cancelado

Face ao novo quadro de confinamento, a Câmara Municipal de Santiago do Cacém cancelou a realização do Festival da Enguia da Lagoa de Santo André – Mostra de Gastronomia, que estava previsto decorrer de 29 de Janeiro a 14 de Fevereiro. A iniciativa estava programada para os restaurantes aderentes da freguesia de Santo André, com a garantia de cumprimento de todas as medidas determinadas pela Direcção-Geral da Saúde.

O Hospital São Bernardo, em Setúbal, transferiu na última quinta-feira dois doentes infectados com Covid-19 para o Hospital das Forças Armadas – Polo de Lisboa. A informação foi confirmada a O SETUBALENSE pelo Gabinete do Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, que, em comunicado, anunciou ter recebido naquela unidade hospitalar militar um total de 10 doentes com Covid-19, “provenientes de hospitais da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT)". De entre esta dezena de doentes transferidos, apenas foram registados os dois casos como oriundos de unidades hospitalares da Península de Setúbal. Os 10 doentes infectados com Covid-19 foram recebidos no Hospital das Forças Armadas por “uma equipa médica” e encaminhados “para as enfermarias de isolamento”, onde estão a ter acompanhamento clínico. “Este apoio é realizado no âmbito do protocolo de colaboração estabelecido entre o Hospital das Forças Armadas – Polo de Lisboa e a ARSLVT, tendo o transporte sido realizado por ambulâncias da região”, informou a mesma fonte. No polo de Lisboa desta unidade hospitalar encontram-se “52 doentes internados”. As Forças Armadas disponibilizaram ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) “62 camas de internamento e 5 camas de Cuidados Intensivos”, no polo de Lisboa. Desde o início da pandemia, em Março passado, “mais de 600 doentes com Covid-19, provenientes de hospitais civis do SNS", foram acolhidos pelo Hospital das Forças Armadas, que engloba também um polo no Porto.

M.R.S.


18 de Janeiro de 2021 O SETUBALENSE 13

Montijo define estratégia para garantir direitos a comunidades migrantes

DR

A sede da União das Freguesias de Pegões acolheu, na passada quinta-feira, a realização de uma reunião operacional que visou definir uma estratégia para garantir os direitos humanos dos migrantes residentes no concelho do Montijo. A reunião

Coragem e confiança – Um horizonte de esperança

DR

H Intervenção no Largo do Descarregador já arrancou

MOITA

Requalificação do Largo do Descarregador arranca na freguesia de Alhos Vedros Obra tem prazo de execução contratual de cerca de seis meses Luís Geirinhas Arrancaram na última semana em Alhos Vedros, no concelho da Moita, os trabalhos de requalificação paisagística do Largo do Descarregador, situado na zona central da freguesia, numa intervenção do município neste espaço público ribeirinho que inclui o ordenamento da área de estacionamento, a criação de um parque infantil e de novas zonas verdes, além de funções de apoio às actividades náuticas e de lazer. As obras, integradas no Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano da autarquia e co-financiadas pelo FEDER, no âmbito da candidatura ao Programa Operacional Regional de Lisboa, estão a decorrer numa área com seis mil metros quadrados e têm um valor estimado de investimento de cerca de 403 mil e 700 euros.

Recorde-se que os trabalhos agora iniciados têm por objectivo “a melhoria da circulação e a aproximação ao rio” da população, e contemplam o acesso dos reboques das embarcações ali existentes até à zona do guincho. Ao melhorar o espaço, a câmara municipal adianta que passam a existir mais condições para que os munícipes possam usufruir desta área privilegiada do concelho, que está rodeada de edifícios históricos de grande importância. No local será dada especial atenção à circulação pedonal, com o pavimento “revestido a calçada portuguesa”, cujo desenho “remete para as antigas cartas de navegação, onde a rosa-dos-ventos se une por linhas orientadoras a outros pontos de referência”. O desenvolvimento desta intervenção está agora dependente da actual situação da pandemia e do estado de emergência em vigor, para já, até 30 de Janeiro, no entanto, de acordo com informações inicialmente avançadas pela autarquia, a obra tem um prazo contratual de seis meses para a sua execução.

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juntou representantes da GNR de Palmela e Canha, do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, da Autoridade para as Condições do Trabalho, da Autoridade Tributária e Aduaneira e da Segurança Social, além das juntas de Pegões e Canha e da Câmara Municipal do Montijo.

á dias, num contacto com os pescadores de Sesimbra, João Ferreira avançava a passo decidido – e, nisto, ouviu-se a voz de um pescador: “é o único que sabe o caminho para a doca”. É verdade: João Ferreira conhece bem, de muitas lutas e trabalhos, aquela doca, aqueles pescadores. Ele próprio havia de dizer: “local que conheço bem e que é testemunha das agruras e das dificuldades que os pescadores enfrentam no mar e em terra, mas também da sua bravura.” Recebeu nesse dia a expressão de muitos apoios desses homens do mar que ali quiseram dar mais força à força que sempre os apoiou e defendeu. Assim tem sido com o apoio de tanta gente que tem vindo a juntar a sua voz a esta voz que de norte a sul do País tem afirmado com tanta clareza, determinação, dignidade, os valores de um Portugal que está por cumprir – e que se cumprirá com a Constituição da República. Os comentadores do costume mantiveram a sua tentativa desesperada de sentenciar uma espécie de confinamento político a este candidato, apregoando à exaustão que estaria limitado ao espaço político de um partido. Mais do que um problema de noção da realidade, houve ali um problema de noção do ridículo… É que, a cada dia que passa, observamos a evidência do que tem sido o crescimento, o alargamento, a diversidade a todos os níveis, das pessoas que manifestam publicamente o seu apoio a João Ferreira. Gente de diferentes quadrantes políticos, que reconhecem que a importância destas eleições presidenciais coloca no centro do debate e do combate a exigência da afirmação de valores e de princípios na ação política – os valores e os princípios que João Ferreira tem protagonizado de uma forma verdadeiramente exemplar. A candidatura de João Ferreira é a candidatura de todos os que se em-

OPINIÃO Bruno Dias

Vou votar em João Ferreira porque este é o voto mais seguro e consequente na derrota de projetos antidemocráticos e de confronto com a Constituição da República e no aprofundamento da democracia

penham na valorização do trabalho e dos trabalhadores, na justa distribuição da riqueza, na defesa dos serviços públicos e das funções sociais do Estado, na garantia de coesão territorial, na defesa do ambiente e dos ecossistemas, no combate a todas as discriminações. A única candidatura que os portugueses puderam e podem encontrar do lado dos jovens, dos reformados, dos micro, pequenos e médios empresários, dos pescadores, dos agricultores, sem artifícios nem duplicidades. Uma candidatura que afirma que é preciso pôr um travão e inverter a parasitação do SNS pelos grandes interesses instalados, pondo fim à transferência de centenas de milhões de euros de recursos públicos para a acumulação privada. A candidatura dos que não aceitam o Portugal das desigualdades e das injustiças e que lutam e aspiram à concretização em Portugal de uma democracia simultaneamente política, económica, social e cultural. É por isso que vou votar em João Ferreira e apoio a sua candidatura. Porque este é o voto verdadeiramente útil, antes de mais para quem vota, para a construção de um Portugal desenvolvido, de justiça e de progresso. Vou votar em João Ferreira porque este é o voto mais seguro e consequente na derrota de projetos antidemocráticos e de confronto com a Constituição da República e no aprofundamento da democracia, que não se esgota no ato de votar, seja neste domingo seja nas batalhas que se seguirão. O voto que influenciará o rumo da vida nacional no sentido do desenvolvimento, do progresso e da justiça social. Mais do que nunca, é preciso defender esse horizonte e esperança na nossa vida coletiva, na vida do nosso País. Assumir em pleno essa coragem e confiança. É por isso que no domingo vamos votar João Ferreira. Deputado do PCP


14 O SETUBALENSE 18 de Janeiro de 2021

Desporto

Cova da Piedade – Vilafranquense adiado devido a casos de Covid-19

KAMO KAMO E MARCOS RAPOSO FIZERAM OS GOLOS DOS SADINOS

Vitória sofre até ao fim para segurar triunfo diante do Moura Equipa de Alexandre Santana segue invicta na liderança da série H do Campeonato de Portugal Ricardo Lopes Pereira O Vitória Futebol Clube venceu ontem o Moura Atlético Clube, por 2-1, em partida da 12.ª jornada da série H do Campeonato de Portugal. O triunfo obtido graças aos golos de Kamo Kamo e Marcos Raposo, ambos na primeira parte, permite aos sadinos seguirem invictos na prova que lide-

ram destacados com 29 pontos, mais 12 que o 2.º classificado Olhanense que tem menos dois jogos realizados. Apesar de terem dominado praticamente todo o encontro, os comandados de Alexandre Santana tiveram de cerrar fileiras na recta final da partida em que os alentejanos tomaram de assalto a baliza de João Valido. Depois de Siriki Camará ter, aos 74 minutos, reduzido para 2-1, os alentejanos acreditaram que poderiam sair do Estádio do Bonfim com um empate, que seria um excelente presente de aniversário para o clube que ontem celebrou o 79.º aniversário. Em relação ao jogo, o defesa Nuno Pinto fez as duas assistências para os golos do Vitória que, em ambas as

ocasiões, marcou através de lances de bola parada. Nota ainda para o Moura, conjunto treinado pelo setubalense Bruno Ribeiro, que conseguiu uma boa reacção na segunda parte depois de fazer alterações que permitiram chegar com mais homens à frente de ataque. O conjunto alentejano, que segue na última posição da competição, só conseguiu esgrimir argumentos com os sadinos nos últimos 20 minutos da partida. Apesar de terem pela frente o líder destacado da competição, o Moura não se coibiu de tentar a sua sorte logo nos minutos iniciais do encontro. João Valido foi mesmo o primeiro guarda-redes a intervir na partida quando, aos 13 minutos, dePUBLICIDADE

ALMADA 265 539 691 SETÚBAL 265 520 716 SEIXAL 265 520 716 MONTIJO 212 318 392 MOITA 212 047 599 BARREIRO 212 047 599 PALMELA 265 520 716 ALCOCHETE 212 318 392 OUTROS CONCELHOS 265 520 716

fendeu com segurança um cabeceamento de Vasco Teixeira. A reacção do Vitória, que aos 11 minutos já tinha reclamado uma alegada falta no interior da área sobre Kamo Kamo, aconteceu no lance imediato. O avançado Zequinha tentou a sua sorte num remate desferido de fora da área que foi travado pelo guarda-redes Diogo Arreigota, que, aos 17 minutos, brilhou ao impedir que um disparo de André Sousa inaugurasse o marcador. Assistido por Bruno Ventura, o esquerdino do Vitória rematou forte obrigando o guardião a aplicar-se. Numa fase em que o domínio do emblema setubalense já era total, o golo surgiu com toda a naturalidade no Bonfim. Segundos depois de ter disparado ao poste direito da baliza do Moura, Kamo Kamo, aos 19 minutos, fez o 1-0 numa jogada de insistência dos sadinos em que foi assistido co precisão por Nuno Pinto. O moçambicano, de 21 anos, surgiu de forma fulgurante junto do segundo poste a finalizar de cabeça para o primeiro da partida. Aos 27 minutos, os comandados de Alexandre Santana tiveram uma excelente ocasião para ampliar a vantagem, mas Zequinha, em posição privilegiada, após assistência de cabeça de João Serrão, disparou para as nuvens. No minuto seguinte, o Moura, através de Pedro Diniz, quase aproveitou uma desatenção da defesa vitoriana para repor a igualdade. O aviso espicaçou os setubalenses que não tardaram a celebrar novo golo. Mais uma vez num lance de bola parada, em que Nuno Pinto voltou a estar na assistência, desta vez na cobrança de um pontapé de canto na direita, encontrou o defesa Marcos Raposo no interior da área que cabeceou para o 2-0 quando o cronómetro assinalava 38 minutos. Antes do intervalo, o Vitória, que era dono e senhor do jogo, dispôs de mais uma oportunidade para facturar quando, aos 42 minutos, o rei das assistências Nuno Pinto colocou a bola na área onde surgiu o central João Serrão a cabecear para defesa atenta do guarda-redes Diogo Arreigota. A perder por 2-0, o treinador do Moura, o setubalense Bruno Ribeiro, fez uma alteração após o intervalo,

lançando em campo Joseph Amoah para o lugar de Ibrahima Baldé. Apesar da mexida, o ascendente do Vitória no encontro continuou a ser evidente. Aos 48 minutos, os anfitriões dispuseram de uma boa ocasião para dilatar a vantagem quando, após cruzamento de Gonçalo Batista, Zequinha cabeceou para defesa de Diogo Arreigota. Aos 64 minutos, o Vitória sofreu uma contrariedade devido à lesão de Diogo Martins, defesa que acabou por ser substituído por Mendy, avançado que entrou em campo volvidos três minutos. Com uma vantagem de dois golos, os sadinos procuram gerir a vantagem até ao final, enquanto o Moura, sem nada a perder, arriscava cada vez mais em incursões ofensivas, acercando-se com perigo da área sadina. Num desses lances, o conjunto alentejano, aos 74 minutos, conseguiu reentrar na discussão do jogo. O golo de Siriki Camará, que tinha substituído Amar Boissy quatro minutos antes, foi um prémio para o Moura que não atirou a toalha ao chão numa partida em que foi dominado em quase todos os momentos do encontro. No lance em que João Valido foi batido, o costa-marfinense Siriki Camará rematou para o 2-1, após assistência de Pedro Diniz. O golo deu ânimo ao Moura que passou a acercar-se com cada vez mais perigo da baliza vitoriana. Num desses lances, aos 80 minutos, Joseph Amoah fugiu à defesa sadina e rematou à figura do guarda-redes dos setubalenses. Aos 82, o Vitória respondeu num lance em que Mendy escapou na esquerda e deixou em sobressalto a defesa do emblema do distrito de Beja. Até ao final, tanto o Vitória como o Moura tiveram oportunidades para marcar. Aos 86, o médio sadino Bruno Ventura disparou para defesa do guardião Diogo Arreigota e, aos 90+2, foi a vez dos alentejanos quase chegarem à igualdade num lance em que João Valido afastou para zona perigosa e Siriki Camará rematou ao lado do poste esquerdo. Apesar do susto e dos momentos de aflição vividados na recta final do jogo, o Vitória segurou a vantagem de 2-1 que lhe permitiu conquistar os três pontos.


18 de Janeiro de 2021 O SETUBALENSE 15 Contrariamente ao que estava programado o jogo entre o Cova da Piedade e o Vilafranquense, relativo à 16.ª jornada da II Liga de Futebol Profissional, não se realizou pelo facto de terem sido detectados casos positivos de covid-19 no plantel da equipa de

Vila Franca de Xira. O jogo, que estava agendado para sábado, dia 16 de Janeiro, foi adiado para 17 de Fevereiro, às 15 horas, por entendimento entre os clubes. Desta forma, ficou também adiada a estreia do novo treinador do Cova da Piedade, que chegou ao

clube no início da semana passada. Assim sendo, Mário Nunes, de 40 anos, que foi adjunto do saudoso Vítor Oliveira, durante seis anos, vai ter que esperar pelo jogo com o Casa Pia, que se realiza no dia 25, para dar início à sua carreira de treinador principal.

CAMPEONATO DE PORTUGAL

Oriental Dragon vence Belenenses SAD B em Odivelas DR

Três vitórias e duas derrotas foi o saldo das equipas da região na primeira jornada da segunda volta José Pina A 12.ª jornada do Campeonato de Portugal, a primeira da segunda volta, teve mais um jogo adiado por questões relacionadas com o covid-19 na Série H, foi o Amora - Esperança de Lagos, devido a casos positivos na equipa algarvia comunicados ao final da tarde de sábado, vésperas do jogo. O Olímpico do Montijo que goleou (4-0) o Praiense, o Oriental Dragon que foi a Odivelas derrotar o Belenenses SAD “B” (2-0) e o Vitória FC que ganhou ao Moura (2-1) foram as equipas da região em destaque. Pela negativa há a registar os desaires do Desportivo Fabril em casa (0-2) com o Real e do Pinhalnovense em Évora com o Lusitano (2-1).

Fabril sofre dois golos na compensação

O Desportivo Fabril, que havia dado boa conta de si no jogo da jornada anterior na Amadora, tinha grande esperança na conquista de um resultado positivo na recepção ao Real mas as coisas não correram bem e acabaram por somar mais uma derrota com golos sofridos já em período de compensação, num jogo em que foi superior à equipa de Massamá mas não conseguiu concretizar. O Real, que fez muito pouco para ganhar, acabou por conquistar os três pontos que caíram do céu, numa altura (90+3’ e 90+6’) em que já poucos acreditavam que o nulo fosse desfeito. Sorte para o Real e infelicidade para o Desportivo Fabril que continua assim no último lugar da tabela classificativa, sem qualquer vitória conquistada no campeonato.

Oriental Dragon obteve a quarta vitória fora de casa

Pinhalnovense derrotado em Évora

Oriental Dragon vence Belenenses SAD “B”

Quem também não teve a sorte pelo seu lado foi o Pinhalnovense que foi

derrotado em Évora onde defrontou o Lusitano. A equipa de Pinhal Novo, que se apresentou já com os novos reforços, entrou bem na partida e aos 9 minutos colocou-se em vantagem com um golo marcado por João Bandeira na conversão de uma grande penalidade. O Lusitano respondeu da mesma maneira e aos 40 minutos chegou à igualdade por Sócrates Pedro, também da marca dos 11 metros. Na segunda parte a equipa eborense deu a volta ao marcador por Zé Lúcio, que fez o 2-1, aos 55 minutos. Apesar do esforço desenvolvido pelas equipas o resultado não sofreu mais qualquer alteração, tendo terminado com a vitória do Lusitano.

O Oriental Dragon obteve, na partida que disputou no campo n.º

2 do Complexo Desportivo de Odivelas com o Belenenses SAD “B”, a sexta vitória no campeonato, que foi também a quarta alcançada fora de casa. Com o êxito alcançado a equipa orientada por Luís Manuel passou a somar 20 pontos, segurando assim de forma isolada a terceira posição na tabela classificativa. Este foi um resultado extremamente importante para a equipa orientalista porque colocou um ponto final numa série de duas derrotas consecutivas e vem dar mais ânimo ao grupo que tem vindo a desenvolver um trabalho verdadeiramente meritório no ano de estreia na competição. A vitória alcançada nesta partida por 2-0 foi construída no decorrer da primeira parte com golos marcados aos 30 e aos 44 minutos por João Guilherme e Martim Águas.

SOCIEDADE DE NOTÁRIOS NO BARREIRO

EXTRACTO ----- Certifico, para efeitos de publicação que no dia catorze de janeiro de dois mil e vinte e um, que foi lavrada por Aniana Coelho Serra Bilimória, em substituição de Carlos José Albardeiro Barradas, com Cartório Notarial sito no Barreiro, a folhas trinta e um, do livro sessenta e um - C, de escrituras diversas, uma escritura de justificação, tendo por justificante ---------------------------------------------------------------------------------- a) José Manuel Guilherme de Abreu, NIF 113626312, natural da feguesia de Meruge, concelho de Oliveira do Hospital, casado sob o regime da comunhão de adquiridos com Maria Isabel Lagos Correia de Abreu, com residência habitual e domicílio fiscal na Praceta do Poder Local, número 9, rés-do-chão, na Pontinha, Odivelas, portador do cartão de cidadão 02523645, válido até 20/06/2021, emitido pela República Portuguesa: --------------------------------------------------------------------------------- b) Maria Emília Guilherme de Abreu Correia Marques, NIF 120092964, natural freguesia de Meruge, concelho de Oliveira do Hospital, casada sob o regime da comunhão de adquiridos com Francisco José Correia Marques, com residência habitual e domicilio fiscal na Azinhaga das Carmelitas, nº 23, 11º esquerdo, em Lisboa, portadora do cartão de cidadão 04243385, válido até 02/07/2022, emitido pela República Portuguesa.---------------------------------------------------------------------------------------------- Que, nessa escritura, os justificantes, devidamente autorizados por seus referidos cônjuges, declararam: ------------------------------------------------------------------- Que são donos e legítimos possuidores, em comum e sem determinação de parte ou direito e com exclusão de outrém, dos seguintes imóveis: ---------------------------------- a) Prédio urbano, composto de edifício de rés-do-chão para habitação e logradouro, sito na Penalva, hoje freguesia de Santo António da Charneca, antes freguesia de Palhais, concelho do Barreiro, descrito na Conservatória do Registo Predial do Barreiro sob o número mil novecentos e sete, da freguesia de Palhais, com aquisição a favor de Abel Fernandes Pereira de Carvalho e mulher Maria dos Santos Ribeiro, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes na Penalva, Palhais, Barreiro, apresentação seis, de nove de setembro de mil novecentos e sessenta e seis: e ------------------------------------- b) Prédio urbano, composto de parcela de terreno para construção, sito na Penalva, hoje freguesia de Santo António da Charneca, antes freguesia de Palhais, concelho do Barreiro, descrito na Conservatória do Registo Predial do Barreiro sob o número mil trezentos e oitenta, da citada freguesia de Palhais, com aquisição a favor dos referidos Abel Fernandes Pereira de Carvalho e mulher Maria dos Santos Ribeiro, pela apresentação nove, de cinco de abril de mil novecentos e setenta e três: ------------------ Que estes imóveis, muito embora constituam dois prédios na Conservatória do Registo Predial do Barreiro, os mesmos hoje encontram-se fisicamente anexados, que são confinantes e fazem ambos parte e têm a composição constante do artigo matricial 169 da freguesia de Santo António da Charneca, pelo que as mencionadas descrições deverão ser anexadas, harmonizando-se, assim, a realidade tabular à realidade matricial e física, ficando, após a anexação, com a seguinte composição: ---------------------------------- Prédio urbano, destinado a habitação, sito na Penalva, atualmente freguesia de Santo António da Charneca, antes freguesia de Palhais, concelho do Barreiro, composto de edificio de um piso, para habitação e logradouro, com a área total de oitocentos e quarenta metros quadrados, com a superfície coberta de cento e quatro metros quadrados e descoberta de setecentos e trinta e seis metros quadrados, que fixam como correta, a confrontar, do Norte com Armando Rocha e Francisco Bexiga Gordo, do sul com a rua projectada, a nascente com Francisco Bexiga Gordo e Júlio Jorge Martins e a poente com José Geraldo Brito, inscrito na matriz sob o artigo 169 da freguesia de Santo António da Charneca, (anterior artigo 573 da freguesia de Palhais), com o valor patrimonial tributário de €32.987.50 ---------------------------------------------------------------- Que atribuem aos imóveis, após a anexação, o respectivo valor patrimonial de €32.987.50 ---------------------------------------------------------------------------------------------- Que os dois referidos imóveis foram adquiridos, pelos pais dos aqui justificantes João Madeira de Abreu e mulher Lusitana Antunes Guilherme, casados sob o regime da comunhão geral de bens, através de compra verbal, efetuada no ano de mil novecentos e setenta e quatro, aos titulares inscritos atrás identificados Abel Fernandes Pereira de Carvalho e mulher Maria dos Santos Ribeiro, como dois prédios distintos, - o descrito sob o número mil novecentos e sete, da freguesia de Palhais que constituía a parte habitacional e o descrito sob o número mil trezentos e oitenta, da citada freguesia de Palhais adquirido para ampliação do logradouro daquele outro, - sem que no entanto ficassem a dispor de título formal que lhes permitisse o registo na respetiva Conservatória do Registo Predial, mas desde logo entraram na posse dos referidos imóveis, que imediatamente anexaram fisicamente, agindo sempre por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, nomeadamente, utilizando-os para habitação e logradouro da mesma, quer usufruindo como tal os imóveis quer suportando os respetivos encargos. ------------------------ Que, entretanto, no dia vinte e seis de outubro de mil novecentos e oitenta e nove, na freguesia e concelho de Oliveira do Hospital, faleceu, aquela Lusitana Antunes Guilherme, no estado de casada, em primeiras núpcias, de ambos e sob o regime da comunhão geral de bens com João Madeira de Abreu, não fez testamento ou qualquer outra disposição de última vontade, tendo deixado como seus únicos herdeiros seu referido marido, João Madeira de Abreu e os filhos José Manuel Guilherme de Abreu e Maria Emília Guilherme de Abreu Correia Marques, já referidos e identificados. ------------- Que, mais tarde e já no dia dez de março de dois mil e um, na freguesia e concelho de Oliveira do Hospital faleceu, aquele, João Madeira de Abreu, no estado de viúvo de Lusitana Antunes Guilherme, não fez testamento ou qualquer outra disposição de última vontade, tendo deixado como seus únicos herdeiros seus filhos José Manuel Guilherme de Abreu e Maria Emília Guilherme de Abreu Correia Marques, já referidos e identificados. --------- Conforme tudo resulta da escritura de habilitação e herdeiros, de vinte e oito de julho de dois mil e quatro, lavrada a folhas vinte e quatro, do livro quinhentos e oitenta e quatro - H. de escrituras diversas, do Sexto Cartório Notarial de Lisboa. -------------------- Que, primeiramente, João Madeira de Abreu e mulher Lusitana Antunes Guilherme, e depois os aqui justificantes, estão na posse dos identificados imóveis - entretanto já fisicamente anexados - há mais de vinte anos, sem a menor oposição de quem quer que seja, desde o seu inicio, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente, com conhecimento de toda a gente, com ânimo de quem exerce direito próprio, sendo por isso uma posse pública, pacífica e contínua, pelo que adquiriram os referidos imóveis, por usucapião, não tendo assim, documentos que lhes permitam fazer prova da aquisição pelos meios extrajudiciais ------------normais. -------------------------------------------------------------------------------------------------Está conforme. -------------------------------------------------------------------------------Barreiro, catorze de janeiro de dois mil e vinte e um, A Notária,

Conta registada sob o nº 3/175/2021


00:55 ~ 1.4 m ~ Baixa-mar 07:22 ~ 2.9 m ~ Preia-mar 13:45 ~ 1.3 m ~ Baixa-mar 20:04 ~ 2.6 m ~ Preia-mar

ALMADA

00:48 ~ 1.3 m ~ Baixa-mar 07:16 ~ 2.9 m ~ Preia-mar 13:41 ~ 1.3 m ~ Baixa-mar 19:58 ~ 2.5 m ~ Preia-mar

SESIMBRA

01:09 ~ 1.3 m ~ Baixa-mar 07:36 ~ 2.9 m ~ Preia-mar 13:55 ~ 1.2 m ~ Baixa-mar 20:12 ~ 2.6 m ~ Preia-mar

SINES

SETÚBAL TRÓIA

MARÉS

01:02 ~ 1.4 m ~ Baixa-mar 07:55 ~ 3.2 m ~ Preia-mar 13:56 ~ 1.4 m ~ Baixa-mar 20:34 ~ 2.9 m ~ Preia-mar

FICHA TÉCNICA REGISTO DE TÍTULO n.º 107552 | DEPÓSITO LEGAL n.º 8/84 PROPRIETÁRIO Outra Margem – Publicações e Publicidade, NIF 515 047 325 (detentores de mais de 10% do capital social: Gabriel Rito e Carlos Bordallo-Pinheiro) Sede do proprietário: Travessa Gaspar Agostinho, 1, 1.º, 2900-389 Setúbal EDITOR Primeira Hora – Editora e Comunicação, Lda, NIF 515 047 031 (Detentores de mais de 10% do capital social: Setupress Lda, Losango Mágico, Lda, Carla Rito e Gabriel Rito) Sede do Editor Travessa Gaspar Agostinho,1, 1.º, 2900-389 Setúbal Conselho de Gerência Carla Rito, Carlos Dinis Bordallo-Pinheiro, Gabriel Rito e Carlos Bordallo-Pinheiro REDACÇÃO Travessa Gaspar Agostinho, 1, 1.º, 2900-389 Setúbal DIRECTOR Francisco Alves Rito Redacção Mário Rui Sobral, Humberto Lameiras, Ana Martins Ventura Desporto Ricardo Lopes Pereira, Miguel Nunes Azevedo, José Pina Departamento Administrativo Teresa Inácio, Dulce Soeiro, Branca Belchior PUBLICIDADE Direcção Comercial Carla Sofia Rito, Carlos Dinis Bordallo-Pinheiro Coordenação Ana Oliveira (Setúbal), Carla Santos (Moita e Barreiro) Publicidade Lina Rodrigues, Rosália Baptista, Célia Félix, Mauro Sérgio IMPRESSÃO Tipografia Rápida de Setúbal, Lda - Travessa Gaspar Agostinho, 1, 1.º, 2900-389 Setúbal geral@tipografiarapida.pt DISTRIBUIÇÃO VASP - Venda Seca, Agualva - Cacém Tel. 214 337 000 Tiragem média diária 9000 exemplares Estatuto Editorial disponível em www.osetubalense.com


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