co nt a ct o s: 80 0 2 1 7 2 1 7 / 2 65 5 2 3 5 1 5 / www. fu n e r ari a - arm i nFOTÓGRAFO d o.c om
PS candidata Fernando José e Ana Catarina Mendes a Setúbal Dores Meira apresentou-se a Almada e Liberal avança com Carlos Cardoso ao concelho do Sado p3 e 4 MÁRIO ROMÃO
“Setúbal continua a ser um dos concelhos mais atrasados do País” Fernando Pinho Candidato do BE à Câmara p8 e 9
O SEU DIÁRIO DA REGIÃO SEGUNDA-FEIRA, 3 DE MAIO DE 2021 PREÇO 0,80€ | N.º 613 | ANO III | 5.ª SÉRIE
DIRECTOR FRANCISCO ALVES RITO
SETÚBAL Praia da Figueirinha volta a içar Bandeira Azul p6 ROTEIRO História dos monumentos de fé sadinos em livro p7
ESPECIAL Semana da Ostra em Setúbal p12 e 13
C. PORTUGAL Vitória perde (2-1) com União de Leiria p14 PUBLICIDADE
2 O SETUBALENSE 3 de Maio de 2021
Abertura
A saúde em Setúbal PENSAR SETÚBAL Giovanni Licciardello
Vitória Futebol Clube: A minha narrativa (Parte I) aros amigos vitorianos. Nestes tempos conturbados, o Vitória precisa de todos e de cada um de nós. Eu cá falo do Vitória sempre por dois motivos: por tudo e por tudo. Desde que me lembro ser gente, a palavra Vitória foi sempre um vocábulo de uso corrente em minha casa e em casa dos meus avós. O meu avô Carlos, alentejano de Vila Viçosa, veio para Setúbal ainda muito novo. Aqui casou com a avó Júlia, setubalense e aqui nasceram todos os seus filhos. Era o tempo em que o Vitória disputava os seus desafios no Campo dos Arcos. Vitoriano indefectível, não perdia uma partida. Após o fim dos jogos, quando o avô Carlos cruzava a Av. 22 de Dezembro, com a Av. Luísa Todi, minha mãe que estava à janela, percebia logo pelo movimento que dava ao seu guarda-chuva, que trazia sempre consigo, se o Vitória tinha ganho, ou não. A primeira manifestação explícita de vitorianismo que presenciei, foi a 4 de Julho de 1965. Tinha 5 anos. O avô Carlos, de repente, desatou aos gritos de alegria. Nunca tinha visto o meu avô agitar-se dessa forma. Agarrou-me, levantou-me no ar, beijou-me repetidamente e fomos para a rua. O Vitória Futebol Clube tinha acabado de vencer aquela que seria a sua primeira Taça de Portugal, vencendo o Benfica por 3-1. O treinador era Fernando Vaz e a equipa era a seguinte: Mourinho, Conceição, Torpes, Herculano, Carlos Cardoso, Jaime Graça, Augusto, Armando, Carlos Manuel, José Maria e Quim. Marcaram pelo Vitória, o inultrapassável José Maria (o avô da minha aluna Beatriz), o “Magriço” Jaime Graça (o pai da querida Aida) e o grande Armando. Foi aí que se deu o clique. Passei a ser um Vitoriano de corpo inteiro. Dois anos depois, 9 de Junho de 1967, o Vitória Futebol Clube venceu a sua segunda Taça de Portugal, derrotando a Académica, por 3-2, numa maratona
C
de prolongamentos. O treinador era, de novo, Fernando Vaz e a equipa era a seguinte: Vital, Conceição, Leiria, Herculano, Carriço, Tomé, Vítor Baptista, José Maria, Guerreiro, Pedras e Jacinto João. Marcaram pelo Vitória, o eterno José Maria, o poderoso Guerreiro e o lendário Jacinto João. Era o tempo do Vitória europeu. Eu ia ver todos os desafios pela mão do sr. André Ferreira, amigo de família, um dos proprietários dos táxis localizados na Praça de Bocage, quando esta ainda tinha trânsito. Ficava ao pé dos seus amigos, velhotes, vitorianos exultantes, infelizmente todos já falecidos. Tinham boas razões para isso. Onze anos consecutivos disputando quase sempre a Taça UEFA. O sr. André levava sempre um saco cheio de amendoins, onde, manuseando e mastigando furiosamente os ditos cujos, procurava ostracizar o seu nervosismo e os demónios do futebol. Eu também os comia. Ao princípio, por gulodice; a seguir, também eu partilhava o mesmo nervosismo. Era o Vitória Europeu, constituído por grandes e lendários futebolistas que representaram o Vitória Futebol Clube: Mourinho, Vital, Joaquim Torres, Conceição, Rebelo, Correia, Herculano, Carlos Cardoso, José Mendes, Carriço, Jaime Graça, Augusto, Armando, Carlos Manuel, Octávio, Matine, José Maria, Vagner, Leiria, Tomé, Vítor Baptista, Guerreiro, Pedras, Figueiredo, Arcanjo, José Torres, Duda, Mirobaldo, Petita, Jacinto João e tantos outros. Futebolistas de altíssima qualidade, que fazia o Vitória Futebol Clube ser temido e respeitado cá dentro e por essa Europa fora. Aos pés do Vitória tombaram equipas de nomeada e gabarito, tais como Leeds United, Anderlecht, Liverpool, Inter de Milão, Spartak de Moscovo, Hadjuk Split, Fiorentina. Continuamos para a semana. Professor
os últimos anos, em Setúbal, temos vindo a assistir a uma degradação dos serviços de saúde, nomeadamente, no Centro Hospitalar de Setúbal (CHS), quer a nível de recursos humanos, de infraestruturas e de financiamento. O problema de recursos humanos preocupa-me particularmente, pois, há utentes do CHS com consultas em espera há mais de 2 anos, situação agravada pela pandemia Covid-19, uma vez que se suspenderam todos os atos não urgentes. Para além da necessária resposta à população que foi infetada com Covid-19, no sentido de acompanhar o seu estado clínico e minimizar as consequências desta doença, é também necessário assegurar todos os outros utentes nas mais diversas especialidades – o que só será possível com mais recursos humanos. Importa frisar que os problemas com a falta de recursos humanos e materiais são estruturais e anteriores ao surto epidemiológico. Em fevereiro de 2020 era pública a preocupação com várias especialidades do Centro Hospitalar Setúbal como a oncologia e obstetrícia onde 5 médicos do Serviço de Urgência informavam que iriam cessar as suas funções por atingir a idade da reforma. No que às instalações diz respeito, o CHS aguarda há 5 anos pela construção de um novo edifício. Apesar da construção integrar o Plano de Investimento na Área da Saúde e estar prevista no Orçamento do Estado para 2021, nada se sabe sobre este investimento que deixou de ser determinante e passou a ser urgente para que possa continuar a dar resposta ao nível dos cuidados de saúde à população, não só de Setúbal, mas de todo o Distrito. É inaceitável que um Hospital Distrital que abrange uma área territorial alargada com uma forte densidade populacional possa vir a perder especialidades médicas tão importantes para os utentes. A sustentabilidade financeira constitui mais um problema grave que o
N
OPINIÃO Fernando Negrão
É inaceitável que um Hospital Distrital que abrange forte densidade populacional possa vir a perder especialidades médicas CHS atravessa, uma vez que a sua atual classificação não corresponde às exigências a que tem que se dar resposta, quer a nível de estrutura, quer ao nível do reforço do número de profissionais de saúde. Não nos podemos esquecer que o sistema nacional de saúde é uma conquista da Democracia. A nossa Constituição consagra, no seu artigo 64.º, que todos, sem exceção, “têm direito à proteção da saúde e o dever de a defender e promover”. É do conhecimento de todos que a resolução dos graves problemas que se vivem no CHS não são da competência direta da Câmara Municipal de Setúbal, no entanto, considero que
a situação é demasiado grave e tem de haver uma tomada de posição por parte do Executivo Camarário junto das Entidades Competentes, nomeadamente, na ARS e no Governo, principalmente nos Ministérios da Saúde e das Finanças. A par disto, a Câmara Municipal tinha o dever de ajudar a população setubalense e azeitonense, agregando também todas as associações e empresas do concelho, a promover o debate público sobre estas matérias, mas até agora o que temos assistido é apenas e só a menções em atos oficias, que em nada se traduziram. Temos de nos questionar sobre o porquê desta falta de proatividade do executivo da Câmara Municipal de Setúbal e do Partido Comunista. Como se sabe, nos últimos 5 anos, houve várias promessas que foram sendo feitas para a ampliação do CHS, mas nada aconteceu. O Partido Comunista, que suporta o Governo Socialista e aprovou todos os Orçamento de Estado não questiona a falta de investimento? A passividade do Partido Comunista e do executivo da Câmara Municipal de Setúbal só pode ser compreendida com o facto de até há bem pouco tempo não considerarem esta situação como grave. A Senhora Presidente da Câmara Municipal de Setúbal e o Partido Comunista lembraram-se este ano, curiosamente, em ano de eleições de apresentar a proposta de alteração ao Orçamento que previa a transferência de 17,2 milhões de euros para o arranque da ampliação do CHS, esquecendo-se de dizer que este problema vem a ser identificado há pelo menos 5 anos. Para o fim, fica sempre o melhor. Maria das Dores Meira, a atual Presidente da Câmara de Setúbal, que tanto defende os interesses dos setubalenses e azeitonenses, estará nessa qualidade, em breve, a fazer campanha eleitoral na sua terra do coração, que como todos sabem, é Almada. Deputado do PSD
3 de Maio de 2021 O SETUBALENSE 3
Morreu ‘Maxinó', referência da forcadagem montijense
O Montijo perdeu uma das maiores referências da tauromaquia. José Luís Horta, conhecido como “Maxinó”, faleceu no último sábado. “É com profundo pesar que a Junta de Freguesia vê partir Maxinó. Pessoa sobejamente conhecida dos montijenses e de todo o mundo da
tauromaquia e da forcadagem, foi uma referência enquanto pessoa e forcado pela sua humildade e bravura”, comunicou a Junta da União das Freguesias de Montijo e Afonsoeiro, no Facebook. O SETUBALENSE endereça as condolências aos familiares e aos Forcados Amadores do Montijo.
AUTÁRQUICAS 2021
1.º DE MAIO
“É nosso dever pôr fim a este período de retrocesso em Almada"
CGTP junta mais de 500 trabalhadores de Setúbal e Palmela em desfile pela cidade
O SETUBALENSE
Dores Meira apresenta candidatura com promessa de desenvolvimento da economia e da autoestima. Maior obra é Metro passar a subterrâneo na cidade Francisco Alves Rito Maria da Dores Meira, ainda autarca de Setúbal, já é oficialmente candidata a presidente da Câmara de Almada. Apresentou a candidatura na sexta-feira ao final da tarde, numa cerimónia na Praça da Liberdade que juntou centenas de pessoas e contou com a presença de Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP. A candidata da CDU promete desenvolver a economia local e a auto-estima dos almadenses, reforçar a proximidade com as instituições e a população e apresenta como “compromisso central” enterrar o troço citadino do Metro Transportes do Sul. “É nossa firme vontade iniciar a expansão da rede do metro de superfície até à Costa da Caparica e ao Seixal e retirar o metro de cima de terra no centro de Almada para que passe a circular debaixo de terra, acabando assim com as dificuldades geradas por este meio de transporte hoje indispensável para todos nós”, afirmou, esclarecendo que se trata de uma “obra que levará mais do que um mandato a concretizar”. Dores Meira recordou que a CDU conhece bem o concelho, onde “fez um intenso trabalho ao longo de 40 anos”, e avançou com as suas prioridades, que são definir uma estratégia de educação e promoção ambiental, “transversal”, lançar um programa de habitação pública, em parceria com o IHRU, para arrendamento acessível
Dores Meira recordou o intenso trabalho feito em 40 anos pela CDU no concelho
e renda apoiada e requalificação dos bairros sociais. A conclusão do novo Plano Director Municipal, a implementação de um plano de acção para a frente costeira e ribeirinha e a reconversão das áreas urbanas ilegais, são outras das prioridades. “É nossa responsabilidade, é nosso dever pôr fim a este período de retrocesso para que Almada foi empurrada nos últimos quase quatro anos” e “te-
mos de corrigir anos de má governação que, de forma grave e inaceitável, provocaram feridas no ambiente”, foi o que de mais directo a candidata CDU disse relativamente à actual gestão socialista, de Inês de Medeiros. Primeiro falou António Matos, actual vereador CDU em Almada, que defendeu a candidatura de Dores Meira como sendo o que “Almada precisa para parar o ciclo de três anos de regressão” e “letargia”.
Jerónimo de Sousa “Quatro anos de gestão PS sobraram” Jerónimo de Sousa, depois de tecer duras críticas à atual gestão socialista, disse que “Maria das Dores Meira transporta consigo o valor indesmentível de uma obra feita em Setúbal” e afirmou-se convicto de que “o trabalho, a honestidade e a competência têm hora marcada para voltar a marcar presença na autarquia de Almada”. “Quatro anos de gestão PS sobraram para ver como Almada andou para trás na sua vida
cultural e popular, nas condições de trabalho e nos direitos dos trabalhadores da autarquia, no apoio ao movimento associativo e às dezenas de coletividades que são a seiva da vida social e coletiva deste concelho”, disse Jerónimo de Sousa que criticou também uma alegada perda na qualidade do serviço público. “Muita propaganda, muita promessa na linha do que o PS nos habitua, mas pouco ou nada feito quando não o inverso do prometido”, frisou. Lusa
Coordenador da União de Sindicatos evocou luta dos trabalhadores em várias empresas da região A manifestação com que a União de Sindicatos de Setúbal, da CGTP-IN, assinalou o 1.º de Maio em Setúbal juntou, no sábado, mais de 500 trabalhadores, segundo a organização. Os manifestantes, oriundos de diversas instituições e empresas dos concelhos de Setúbal e Palmela desfilaram desde a Praça do Brasil até à Avenida Luísa Todi, onde a iniciativa terminou com a intervenção de vários dirigentes sindicais. Luís Leitão, coordenador da União de Sindicatos de Setúbal, evocou a acção dos trabalhadores em diversas empresas da região. “Saudamos todos os trabalhadores que nas suas empresas e locais de trabalho lutam por melhores condições, como é o caso dos trabalhadores da Virog, que estiveram ontem e hoje em greve pelo aumento de salário, os trabalhadores do comércio e da grande distribuição, do [supermercado] Dia de Seixal e Almada e do Lidl da Marateca, os trabalhadores da Visteon, em luta no próximo dia
6 pelo aumento de salário, os da administração pública central e local, em luta no dia 20 de Maio, os da Simarsul, que poderão ir para a luta em Junho, os trabalhadores da Vampro, Fisipe e Rangel, que rejeitaram em referendo os baixos aumentos, os da Autoeuropa que continuam a lutar por aumento salarial.”, disse o sindicalista. Para o responsável, a mobilização deste sábado “demonstra a vontade dos trabalhadores na luta pelos direitos, naquilo que é mais importante neste momento que é garantir a segurança no local de trabalho”. “Não pode haver medo, tem de haver desconfinamento”, defendeu Luís Leitão, em declarações a O SETUBALENSE, acrescentando ainda que “garantir a vacinação para se poder voltar à actividade" deve ser a principal preocupação em Portugal e na Europa. O desfile contou com a participação de vários autarcas de Setúbal e de Palmela, entre os quais, André Martins, candidato da CDU à Câmara de Setúbal. A CGTP comemorou o 1.º de Maio com várias concentrações do mesmo género, em diversas cidades do País. Já a UGT optou pelo digital, com uma conferência em que os oradores foram os antigos governantes Vieira da Silva e Paulo Pedroso. F.A.R. O SETUBALENSE
O desfile contou com a participação de vários autarcas de Setúbal e de Palmela
4 O SETUBALENSE 3 de Maio de 2021
Setúbal
CANDIDATO À AUTARQUIA SADINA PELA INICIATIVA LIBERAL
AUTÁRQUICAS
Carlos Cardoso quer planos estratégicos enquadrados numa visão abrangente para a cidade
PS candidata Fernando José à Câmara e Catarina Mendes à Assembleia Municipal
O SETUBALENSE
Defende um programa “focado no mérito, na transparência e na simplificação de processos” para o desenvolvimento de Setúbal Maria Carolina Coelho Carlos Cardoso, gestor com 59 anos, disse ontem na Praça de Bocage, no decorrer da apresentação da sua candidatura pela Iniciativa Liberal (IL) à Câmara de Setúbal nas próximas eleições autárquicas, ser necessário existirem planos estratégicos enquadrados numa visão abrangente para o desenvolvimento da cidade sadina. Isto porque “durante os últimos 50 anos nunca se pensou em Setúbal com visão. Nunca ninguém parou para projectar a cidade no futuro e com futuro”, afirmou o cabeça-de-lista à autarquia pelo Movimento ‘Viver Setúbal’. Para o gestor, que exerceu “funções em várias empresas” no decorrer da sua carreira, “sempre se aplicaram em Setúbal projectos de curta duração e feitos sem o enquadramento estratégico necessário”. Deu como exemplo a pesca, uma vez que “Setúbal teve dois bairros em que a maioria das gentes era pescadora: o Bairro das Fontainhas e o de Troino”. “Hoje, devido à falta de visão estratégica, contam-se pelos dedos os pescadores que existem”. Contrariamente, o que a cidade “ganhou foram as mais altas taxas de IMI, os mais elevados valores de esforço em arrendamento habitacional do País e o valor da água com as suas taxas, que também são das mais caras de Portugal”. A sua candidatura, explicou, baseia-se “numa frase da autoria de John F. Kennedy: Não pergunte o que o seu País pode fazer por si, pergunte o que você pode fazer pelo seu País”.
Carlos Cardoso diz que durante 50 anos nunca se pensou em Setúbal com visão
“Neste momento é o sentimento que sinto por Setúbal. Pretendemos que o nosso programa autárquico ‘Viver Setúbal’ consiga transmitir a todos a vontade de aproveitar o potencial da cidade”, sublinhou. Para o efeito, disse que “a Iniciativa Liberal tem um plano focado no mérito, na transparência e na simplificação de processos”. “Destaco na minha equipa, para a área da Saúde a Andreia Lima; para a da Segurança e Protecção Civil o Jorge Couto, para a Economia e Finanças a Ana Lança e para as Tecnologias e Finanças o Ricardo Neves”, apresentou.
Flávio Lança oficializa candidatura à Assembleia Municipal Também Flávio Lança, que trabalha na área financeira há mais de 20 anos, oficializou ontem a sua candidatura pela Iniciativa Liberal à Assembleia Municipal de Setúbal, em apresentação onde esteve João Coutim Figueiredo, deputado da IL à Assembleia da República e presidente do partido.
Perante cerca de 40 pessoas, Flávio Lança começou por explicar que é “filho da terra” e que, apesar de nunca ter sido político, aceitou agora ser candidato por acreditar “na proposta e nas ideias que regem a IL”. “Os momentos difíceis que vivemos e a incerteza do que se fará no nosso futuro fizeram-me sentir um dever de participação mais activo na gestão da cidade. Após meses de reflexão, aceitei ser candidato”, revelou. Na sua intervenção, o economista afirmou que “Setúbal precisa de crescer de forma sustentada e deve atrair significativos investimentos”. “Precisamos que as empresas realizem os seus investimentos de forma simples e sem burocracias”, referiu. Para o efeito, salientou ser importante “todos entenderem as taxas, os impostos e as licenças pagos”. “É essencial criar mais oportunidades de emprego para todos, mas em particular para os jovens, que se preocupam com o seu futuro”, concluiu.
Os dois nomes vão ser submetidos a aprovação da concelhia socialista na próxima quarta-feira
Ana Catarina Mendes, que foi secretária-geral adjunta do PS entre Dezembro de 2015 e Outubro de 2019, é actualmente a líder da bancada socialista no hemiciclo. Assumiu pela primeira vez funções de deputada parlamentar em 1995.
Francisco Alves Rito
Seis cabeças-de-lista anunciados
Fernando José, 49 anos, vai ser o cabeça-de-lista do PS à Câmara Municipal de Setúbal, nas autárquicas deste ano. Os socialistas vão avançar ainda com Ana Catarina Mendes, 48, como candidata à presidência da Assembleia Municipal. Os dois nomes foram indigitados em reunião do secretariado da estrutura local do PS, realizada na passada quinta-feira à noite, e vão ser submetidos a aprovação da Comissão Política Concelhia na próxima quarta-feira, conforme avançou em primeira-mão O SETUBALENSE online, na última sexta-feira. Fernando José é deputado socialista à Assembleia da República, eleito pelo círculo de Setúbal, e vereador no executivo camarário setubalense – presidido pela comunista Maria das Dores Meira, que está de saída por ter atingido o limite máximo de mandatos e que agora avança como cabeça-de-lista da CDU a Almada (ver peça na pág. 3). O socialista preside à Comissão de Jurisdição da Federação Distrital de Setúbal do partido e integra a Comissão Política Concelhia.
Já definidos estão outros seis candidatos à presidência da Câmara Municipal. André Martins, do PEV e actual presidente da Assembleia Municipal de Setúbal, é o cabeça-de-lista da CDU. O PSD avançou com Fernando Negrão, actual vice-presidente da Assembleia da República e antigo vereador na autarquia setubalense. Pelo Bloco de Esquerda candidata-se Fernando Pinho, que integrou no 7.º lugar a lista do partido pelo círculo eleitoral de Setúbal às últimas legislativas. Também já apresentados estão Fidélio Guerreiro – que se desvinculou do PS em Março e que vai apresentar-se a votos como independente pelo Movimento Amar Setúbal –, Luís Maurício, presidente da distrital de Setúbal do Chega, que foi anunciado por André Ventura na última terça-feira, e Carlos Manuel Cardoso pela Iniciativa Liberal (ver peça ao lado). O actual executivo camarário de Setúbal é composto por sete eleitos da CDU, três do PS e um do PSD. As autárquicas, ainda sem data definida, devem realizar-se entre Setembro e Outubro deste ano.
Fernando José
Ana Catarina Mendes
3 de Maio de 2021 O SETUBALENSE 5
CDU apresenta candidatura de André Martins na quinta-feira
A candidatura da CDU aos órgãos autárquicos de Setúbal vai ser apresentada na próxima quintafeira ao final da tarde, na Avenida Luisa Todi, numa cerimónia com a participação do secretáriogeral do PCP; Jerónimo de Sousa, anunciou a coligação. O candidato
a sucessor de Dores Meira é André Martins, que foi vereador 15 anos e é presidente da Assembleia Municipal. Na iniciativa, às 18 horas, junto ao coreto, vai ser apresentado também Manuel Pisco, como cabeça-de-lista à Assembleia Municipal.
ENCERRAMENTO ACONTECE DEVIDO À PANDEMIA
ATÉ DIA 8
Proprietário das Escolas de Condução Siiimple declara insolvência por não ter conseguido acesso a apoios
Candidaturas para amarrações fixas no Portinho e Parque Marinho Luiz Saldanha
Carlos Palma afirma ter feito “tudo o que lhe era humanamente possível” para que não tivesse de recorrer a esta alternativa Maria Carolina Coelho Carlos Palma, proprietário das diversas Escolas de Condução Siiimple, presente também na cidade de Setúbal, prepara-se para declarar insolvência do grupo, depois de meses de “enormes dificuldades” devido à pandemia. Em comunicado, o empresário afirma “ter feito tudo o que lhe era humanamente possível” para não ter de recorrer a esta alternativa, justificando a decisão com a falta de apoios para que pudesse continuar com a actividade. As Escolas de Condução Siiimple, que deveriam ter reaberto no passado dia 19, de acordo com a nova fase de desconfinamento implementada pelo Governo, já não mais vão funcionar, apanhando a população de surpresa. Rui Gamito foi um dos cidadãos que não esperava o fecho inesperado
da escola, tendo explicado a O SETUBALENSE na passada quinta-feira que teme perder o dinheiro investido na carta de condução do filho. Na mesma situação encontram-se dezenas de pessoas, que, com recurso às redes sociais e ao Portal das Queixas, têm expressado a sua revolta. O empresário, através da mesma nota, lamentou “todo o sucedido” e disse não ter tido “intenção de lesar os interesses de quaisquer clientes, trabalhadores ou fornecedores”. O problema, recordou, começou a 16 de Março de 2020, dia em que “o Governo determinou a suspensão da actividade das escolas de condução” como medida de prevenção contra a covid-19. “Nesse contexto, apesar de não serem valores preocupantes, o empresário vinha acumulando alguns valores em atraso, pelo que se apressou em subscrever acordos de pagamentos prestacionais junto da Segurança Social e Autoridade Tributária, de modo a preencher os requisitos de acesso aos apoios anunciados pelo Governo”. Foi neste momento que se “começaram a acentuar as dificuldades, dado que a Segurança Social não indeferiu os apoios requeridos, mas também não os concedeu, re-
metendo-se a um profundo silêncio, cuja omissão impediu o empresário de reagir, provocando um vazio impeditivo de aceder a quaisquer apoios imprescindíveis à manutenção dos postos de trabalho”. O período em que as escolas de condução tiveram de permanecer fechadas viria a provocar uma redução “para níveis negativos da disponibilidade financeira do empresário, ficando este sem condições para fazer face aos encargos acumulados, aglomerando também atrasos no pa-
gamento de rendas dos imóveis, bem como todos os restantes encargos inerentes à actividade”. Procuradas outras soluções, Carlos Palma acabou por não conseguir encontrar a desejada, não lhe restando “alternativa senão apresentar-se à insolvência”. Das Escolas de Condução Siiimple, instaladas em Setúbal, Moita, Marinhais, Lisboa e Portalegre, apenas a existente no concelho moitense irá permanecer em funcionamento, uma vez que mudou de gerência recentemente.
Estão abertas as candidaturas para atribuição de amarrações fixas para embarcações de recreio no Portinho da Arrábida e no Parque Marinho Luiz Saldanha. A recepção dos pedidos pelos proprietários das embarcações ou pelos mandatários devidamente habilitados decorre até dia 8 de Maio, na Casa da Baía. A definição dos critérios de atribuição dos pontos de amarração tem em consideração a ordem de entrada dos pedidos de licenciamento. Residentes têm direito a apenas uma amarração por habitação. PUBLICIDADE
O empresário Carlos Palma alega que a Segurança Social náo indeferiu os apoios que requereu, mas também não os concedeu. Com esta omissão, diz que ficou impedido de aceder a quaisquer apoios DR
6 O SETUBALENSE 3 de Maio de 2021
Setúbal GALARDÃO DE QUALIDADE E SEGURANÇA
BREVES
Praia da Figueirinha iça ‘Azulinha’ pelo décimo ano consecutivo Em 2021 a campanha Bandeira Azul tem como tema a “Recuperação de Ecossistemas” Humberto Lameiras Pelo décimo ano consecutivo, a Praia da Figueirinha, em Setúbal, vai içar a Bandeira Azul. Um galardão que apenas é atribuído a zonas balneares que apresentam qualidade ambiental, segurança e permitem conforto dos
utentes, isto com base numa avaliação criteriosa. Em 2021 a campanha Bandeira Azul tem como tema a “Recuperação de Ecossistemas”, tendo sido considerados para efeitos de candidatura um total de 32 critérios, em que 28 dos quais são de cumprimento obrigatório. A Praia da Figueirinha responde “positivamente” a estes critérios abrangidos por quatro grupos distintos: “Informação e Educação Ambiental”, “Qualidade da Água”, “Gestão Ambiental e Equipamentos” e “Segurança e Serviços”, afirma a autarquia em comunicado. A Campanha da Bandeira Azul da
Europa, promovida pela ABAE – Associação Bandeira Azul da Europa para a Educação Ambiental, com o apoio da Comissão Europeia, começou em 1987 e está integrada no programa do Ano Europeu do Ambiente. A iniciativa pretende consciencializar a sociedade para a necessidade de protecção do ambiente marinho e costeiro e incentivar a realização de acções conducentes à resolução dos problemas existentes. Com o tema escolhido para este ano, a ABAE pretende alertar para as consequências da degradação dos ecossistemas que tem um impacto directo no bem-estar de cerca 3,3 mil
ATÉ JUNHO
milhões de pessoas, de acordo com a Assembleia Geral das Nações Unidas, que declarou 2021-2030 como a Década das Nações Unidas para a Recuperação dos Ecossistemas. A Praia da Figueirinha, um dos locais de veraneio da Arrábida, tem vindo a ser alvo de “intervenções e melhoramentos ao longo dos anos, promovidos pela Câmara Municipal de Setúbal, com um conjunto de novos equipamentos que acrescentam valor turístico e conforto àquele espaço e que tornam esta zona balnear mais acessível a todos os utilizadores”, acrescenta o mesmo documento.
A Câmara de Setúbal associou-se à edição deste ano da iniciativa “Hospital dos Pequeninos”, que recorreu ao digital “de forma a que os mais novos possam vivenciar a experiência em casa com segurança”, referiu o município em comunicado. O projecto, que pretende destacar “a educação para a saúde e a redução da ansiedade das crianças quando expostas ao contexto hospitalar”, vai decorrer até Junho.
PONTES
TOPONÍMICA
Salvador Pereira Amália perpetuado na cidade DR
Humberto Lameiras O executivo municipal tem vindo a homenagear grandes nomes do concelho perpetuando-os no topónimo da cidade. A 27 de Abril, o antifascista Salvador Pereira Amália, a título póstumo, passou a dar nome a uma rua localizada entre a Urbanização Chesetúbal, na Azeda, e uma das laterais do Centro Comercial Alegro Setúbal. “Dois dias depois da comemoração dos 47 anos da revolução de Abril, cumprimos o dever de homenagear um setubalense que, por via do seu combate a um regime opressivo e obscurantista, contribuiu, como outros que ao lado dele lutaram, para que, em Abril de 1974, o regime caísse de podre”, disse a presidente da Câmara de Setúbal, Maria das Dores Meira, no descerramento da placa toponímica. Salvador Pereira Amália deixou a escola com cerca de 10 anos para ingressar no mundo laboral, concretamente na construção de estradas. Foi despedido e, pelas suas ideias progressivas, teve dificuldade em arranjar novo emprego. Foi preso pela primeira vez em 1942. Em 1945, foi novamente preso. Quatro anos depois, em 1949, passou à clandestinidade e acabou de novo
Município associa-se ao Hospital dos Pequeninos
Junta oferece capacetes aos bombeiros A Junta de Freguesia de Gâmbia, Pontes e Alto da Guerra ofereceu dois capacetes à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Setúbal. A entrega, feita por José Belchior, presidente da junta, representa “uma forma de reconhecer o serviço humanitário prestado pelos bombeiros” no concelho e na freguesia, explicou a autarquia em comunicado.
AMANHÃ
Trânsito cortado na Avenida do Alentejo Na cerimónia participaram a neta Isabel Maldonado e os autarcas Dores Meira, André Martins, Rui Canas e Nuno Costa
preso em 1962 por denúncia de um infiltrado no PCP. Filiado no PCP desde os 18 anos, casou-se a 20 de Junho de 1936 com Maria Clementina, activista política que também tem o seu nome gravado numa placa toponímica na Azeda. “Juntos na vida que partilharam, juntos nas convicções por que lutaram, estão agora juntos nestas ruas por onde flui a vida de Setúbal, a ci-
dade que era sua e pela qual também lutaram”, sublinhou a presidente da Câmara. No descerramento da placa, onde a neta do homenageado, Isabel Maldonado, agradeceu em nome da família, participaram membros do executivo municipal, os presidentes da Assembleia Municipal, André Martins, da União das Freguesias de Setúbal, Rui Canas, e da Junta de Freguesia de
São Sebastião, Nuno Costa. A filha de Salvador Amália, Sílvia Maldonado, professora, activista política e antiga presidente da antiga Junta de Freguesia de São Julião, também foi homenageada no início do mês de Abril, a título póstumo, pela Câmara Municipal de Setúbal, com a atribuição do seu nome a uma rua, localizada junto da Piscina das Palmeiras.
Um troço da Avenida do Alentejo vai estar encerrado à circulação automóvel a partir das 08h00 de amanhã. O impedimento vai ocorrer na zona abrangente à Rotunda dos Quatro Caminhos e deve-se a trabalhos de reparação do colector de águas pluviais. Os automobilistas devem circular pelas avenidas Pedro Alvares Cabral e Afonso de Albuquerque, pela Praça de Portugal e pela Rua Luís Sá.
3 de Maio de 2021 O SETUBALENSE 7
Semana da Ostra em Setúbal p12 “PATRIMÓNIO RELIGIOSO DE SETÚBAL”
Autarquia lança roteiro sobre histórias e factos dos monumentos de fé
RECORDAR É VIVER Custódio Pinto DR
“Foram as igrejas, capelas e ermidas que determinaram, em muito boa parte, o crescimento do concelho”, diz Dores Meira
A
Humberto Lameiras Em três línguas, português, inglês e francês, o livro “Património Religioso de Setúbal” partilha factos e curiosidades históricas sobre os variados monumentos religiosos do concelho. A obra publicada pela Câmara Municipal de Setúbal, foi apresentada na passada quinta-feira nos claustros do Convento de Jesus. “Contar o que esteve na origem destas casas sagradas, o que determinou as suas configurações arquitectónicas e o que contêm é, acima de tudo, um meio para preservar e dar a conhecer uma memória urbana colectiva”, afirmou a presidente da Câmara Municipal, Maria das Dores Meira, na apresentação do livro-guia. Salientou ainda a autarca que “foram as igrejas, capelas e ermidas que determinaram, em muito boa parte, o crescimento urbano da cidade e do concelho e até a composição social das áreas em que foram construídas”. O guia “Património Religioso de Setúbal”, refere mais de três dezenas de igrejas, capelas, conventos e recolhimentos, de Setúbal e Azeitão, além de imagens e descrições sobre este património, assim como informações com a localização de cada um destes, indicados num grande suporte de plantas. “Através deste itinerário das expressões artísticas e religiosas locais, é possível perceber quão rico e variado é o património arquitectónico religioso setubalense”, indicou ainda Maria das Dores Meira, acrescentando que: “Contar a história é, acima de tudo, relatar a vida que edificou, ao longo de séculos, a nossa comunidade”. Presente no lançamento deste roteiro religioso, o bispo de Setúbal, D. José Ornelas Carvalho, vincou a importância desta nova publicação. “Pensar e cuidar de memórias é um acto humano, de cultura, o qual constitui um desafio, de
1935 - A Comenda - Ontem e Hoje
O roteiro foi lançado nos claustros do Convento de Jesus
conservar, saber respeitar e, também, de criar sentido de interpretação, sobretudo para as gerações mais novas”. Considerou ainda este roteiro como “um testemunho” que faz uma ponte entre o antigamente e a actualidade, fundamental para que “estes espaços não pertençam ape-
nas ao passado, mas que, sobretudo, possam ser usufruídos no presente”. A cerimónia de apresentação do livro, onde estiveram também membros do executivo municipal e vários párocos do concelho, contou com um apontamento musical por João Mendonza e Renato Sousa.
Novo Ofício Maria da Graça Pacheco nomeada Chanceler O Bispo de Setúbal, D. José Ornelas, nomeou Maria da Graça Pacheco como nova Chanceler da Cúria Diocesana de Setúbal. A leiga que integrava a Secretaria-Geral da Cúria da Diocese de Setúbal, sucede assim ao padre Horácio Noronha que exerceu este ofício nos últimos cinco anos. Maria da Graça Pacheco é formada em Teologia e em Direito Canónico pela Universidade Católica Portuguesa. Colaboradora da Cúria Diocesana desde 2004, assumiu também, a 13 de Junho de 2020, a coordenação da Comissão Protecção de Menores e Pessoas Vulneráveis da Diocese de Setúbal. O desempenho das novas funções teve início a 1 de Maio, festa de São José Operário e terá a duração de cinco anos. “Que o Senhor guie, com a luz e a sabedoria do seu Espírito, a actuação desta sua serva no desempenho das funções que
agora inicia, para que, exercendoas com competência e caridade, contribua para a comunhão, a edificação e a missão da Igreja”, disse D. José Ornelas na nomeação de Maria da Graça Pacheco. E, referindo-se ao padre Horácio Manuel da Silveira Noronha, que durante cinco anos exerceu aquele ofício eclesiástico, o bispo de Setúbal exprimiu os seus sentimentos de “profunda gratidão pessoal e a de toda a Diocese, pelo modo ponderado diligente e fraterno como exerceu as funções que lhe foram confiadas”.
colónia balnear na Comenda, em 1935, dos filhos dos operários do Instituto Português do Grémio da Indústria de Conservas de Setúbal, no parque da Comenda, foi um êxito naquela época, livre para o povo. Mas hoje como é? Que maravilha, praia e o ribeiro da ajuda, na maré alta uma autêntica piscina e na maré baixa uma alegria a apanha de caranguejos, que depois de cozidos, ao lanche, era um petisco delicioso. Pena é que a obra no ribeiro iniciada antes do 25 de Abril não tivesse continuação até à data. A colocação de uma pequena comporta à entrada do ribeiro e, no verão, ficaria uma piscina natural de água salgada. Mas sonhar é fácil. A engenharia faz tudo, é preciso as pessoas certas, empreendedoras, nos lugares certos. Estou a lembrar-me que na Lousã, no verão, num ribeiro fizeram uma praia fluvial. O fecho com uma pequena comporta resultou em beleza e num belíssimo cartaz turístico. Mas voltando à colónia balnear de 1935 na Comenda, também a colónia dos filhos da CUF-Barreiro passou alguns anos em Setúbal. Que maravilha! Recordo-me dos meus 15, 20 anos. Estávamos acampados no vale de Armelão, próximo da colónia da CUF, terreno que foi cedido pelo conde D'Armand aos campistas durante alguns anos, onde fizemos sanitários e duches, etc. Ainda tenho na memória o acampamento nacional que era realizado todos os anos em vários locais do país e um deles foi escolhido e realizado em Setúbal, no vale de Armelão, na Comenda, que já lá vão muitos anos e recordar estes tempos da juventude é viver. Mais tarde, com a estadia da família Kennedy no palácio da Comenda, foi encerrado ao público e os trabalhadores da Secil, que residiam na aldeia grande, e atravessavam o interior da Comenda para chegar ao trabalho, passaram a vir a Setúbal. A situação tornou-se
muito difícil e complicada para os trabalhadores e os incêndios surgiram na Comenda, com a família Kennedy no palácio. Enfim, foi uma tragédia a não esquecer. Agora os novos proprietários estão a proibir o acesso aos caminhos que o povo sempre utilizou, aos passeios pedestres, à serra de São Luís e à capela, à qual o povo tem uma grande devoção, às festas que se realizam todos os anos, salvo erro em abril, com procissão, missa ao ar livre, arraial, quermesse, baile, etc. E tudo isto é triste e desumano, mas os homens, os poderosos, são assim. Até quando?... Viva Setúbal
Os novos proprietários estão a proibir o acesso aos caminhos que o povo sempre utilizou, aos passeios pedestres, à serra de São Luís e à capela, à qual o povo tem uma grande devoção, às festas que se realizam todos os anos
8 O SETUBALENSE 3 de Maio de 2021
Entrevista FERNANDO PINHO CANDIDATO A SETÚBAL
“Setúbal tem dois andamentos” Cabeça-de-lista do BE à Câmara de Setúbal diz que há “dois ritmos” no desenvolvimento do concelho. O embelezamento e as infra-estruturas da cidade não chegam às periferias Francisco Alves Rito (Texto) Mário Romão (Fotografia)
Fernando Pinho, de 66 anos, mestre em Educação Artística pela Faculdade de Belas Artes, foi docente da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal durante mais de 30 anos, no curso de Formação Audiovisual. Desde que se reformou ganhou tempo para o voluntariado e agora assume a sua primeira candidatura como cabeça-de-lista à Câmara. Porque aceitou ser candidato? Foi um desafio da organização e anuí com relativa facilidade porque percebia os argumentos da necessidade de se intervir publicamente e de dar o nosso contributo. Também agora estou reformado, tenho mais tempo e isso facilitou a minha disponibilidade. Foi ouvida a estrutura toda da concelhia, os militantes. É militante desde os tempos da UDP, mas, com uma excepção enquanto eleito para a Assembleia Municipal, há muitos anos, não tem sido autarca. Porquê agora? Quase sempre participo nas eleições autárquicas como candidato. Quer pela Junta de Freguesia onde moro, Gâmbia, Pontes e Alto da Guerra até encabeçando essa lista, quer para a Assembleia Municipal, quer mesmo para outros lugares para a Câmara, não ilegíveis. Tenho correspondido às necessidades que o partido define. É um amante da fotografia. Politicamente, qual é a fotografia que faz do concelho? Sou um amante da fotografia talvez há 50 anos. Leccionei fotografia durante muito tempo, criei, aqui há três ou quatro anos, um grupo de fotografia em Setúbal que funciona na
SEIES, no Centro de Cidadania Activa. Já fotografei o Vitória para o jornal Gazeta dos Desportos, em 1980, durante oito anos. Faço fotografia social, de casamentos. Tudo o que mexe com fotografia, mexe comigo. Depois há outra parte que é fazer as minhas fotografias, ligadas à arte. Já fiz cinco ou seis exposições em Setúbal, no Museu do Trabalho, na Casa de Bocage, duas vezes, na Casa da Cultura, o ano passado. Mas qual é o diagnóstico da situação política de Setúbal? Avançou-se alguma coisa nos últimos anos, mas ainda estamos longe de uma cidade desenvolvida. Setúbal continua a ser um dos concelhos mais atrasados do País, do ponto de vista económico, das pessoas. E ainda há muita coisa por fazer. Há algumas questões, sem ser pejorativo, de ordem cosmética no centro da cidade e algumas intervenções esteticamente discutíveis. Está-se a centrar no centro da cidade e acho que há dois andamentos; o embelezamento, para quem nos visita, no centro da cidade, mas depois há uma periferia que não está a andar
Precisamos que os setubalenses não sejam só empregados de mesa ou só pedreiros
ao mesmo ritmo, nas infra-estruturas e no próprio embelezamento. Pode dar um exemplo de intervenção estética discutível? Quando se alinha toda uma decoração pelo mesmo decorador. A decoração da Casa da Baía é igual à Messe dos Oficiais, ao Moinho da Mourisca e por aí fora. Setúbal é mais do que o gosto de uma pessoa ou de uma presidente. Setúbal tem que se posicionar de um ponto de vista estético, para os munícipes todos. Não pode ser tudo ‘chapa cinco’, copia-se, e, seja edifício de 1640, seja do ano passado, todos levam a mesma decoração e parece que estamos em Valência ou Pamplona. Que balanço faz do desenvolvimento de Setúbal? Setúbal virou-se muito para o turismo e a coisa correu mal, porque agora, com a pandemia, o que poderiam ser grandes projectos, estão a falir. Não estou a dizer que sou contra o turismo, até porque Setúbal tem belezas inconfundíveis do rio, da serra, da baía, são coisas a explorar e há que continuar. O problema é quando o desenvolvimento assenta basicamente aí. Não vemos empresas novas, com tecnologia de ponta, que respeitem o ambiente e trabalho remunerando os trabalhadores devidamente. Temos empresas antigas, como a Navigator, Secil e outras, que continuam a prevaricar e precisamos de renovar. Como se captam empresas ao ponto de poder seleccionar? Porque é que Palmela e Oeiras cativam? Tem de haver um trabalho, um estudo muito aprofundado. Tem de se disponibilizar determinados suportes para as empresas se puderem instalar aqui, tem de haver alguns benefícios. A cidade do conhecimento, que agora é apontada para associar o desenvolvimento à academia. É
um passo nesse sentido? Pode ser. Eu não rejeito nada à partida, é tudo bem-vindo. O problema é que há "n" projectos´, como o porto de paquetes, que a autarquia actual, e nos seus mandatos anteriores, anunciou com pompa e circunstância, mas que realmente não se concretizaram. Temos que continuar a insistir nisso, e enquanto Setúbal não conseguir ter um tecido empresarial moderno, actualizado no campo do trabalho, do ambiente e das tecnologias, não se consegue captar nada. Não acho que seja fácil, não estou a dizer que se estalam os dedos e amanhã estão aqui 50 empresas. O problema é que pouco se fez nessa área, e o resultado é que não há praticamente empresas com essas
características. O que pode oferecer? Incentivos fiscais, boas localizações? Tudo isso, um pouco. Temos o Politécnico aqui perto. Podemos incentivar as parcerias num nicho de empresas. Possivelmente, a autarquia já pensou nisso. Não estou a dizer que estamos a descobrir a pólvora, não é nada disso, o problema é que não se concretizou. São quase 20 anos de mandato, desta força política, não se concretizou. Precisamos que os setubalenses não sejam só empregados de mesa ou só pedreiros, ou outro tipo. Precisamos que também haja isso, mas que se consigamos ter outras valências em termos empresarias e há condições para isso.
3 de Maio de 2021 O SETUBALENSE 9
Veja a entrevista completa, em vídeo, no site ou nas redes sociais d'O Setubalense
Quais são outros campos essenciais do seu projecto? Há o problema da habitação, o problema da água. Na habitação o que pode fazer de diferente? Agora foi aprovado, o Plano Local de Habitação, vamos ver a sua concretização. Vamos pôr esperanças nisso, que finalmente, ao fim de 20, anos há um projecto por parte da autarquia para intervir. Porquê só agora? No seu entender, porquê? Eu acho que não foi feito o trabalho necessário pela autarquia para se conseguir desbloquear. Uma cidade como esta não pode estar 20 anos sem praticamente se construir nada, sem se recuperar nada. É por isso que
Setúbal é, no sul da Europa, a segunda cidade mais cara para habitar. Somos o concelho mais pobre, a segunda cidade mais cara para habitar. O BE tem defendido o regresso da água à esfera pública. Claro. Essa é a parte mais importante da questão e, com a dívida que consta, que a Águas do Sado deve à autarquia, se calhar já devia ter havido maneira de reverter o contrato, a privatização que o PS fez. Termina este ano, no final em Novembro ou coisa parecida, mas com a falta de cumprimento por parte da empresa, se calhar, já é motivo mais que suficiente para isto ter acabado há mais tempo. Alguém que responda a essas questões, se aparentemente é tão a favor da privatização da água, porque é que não tomou medidas. Acho que os setubalenses não ganharam nada com a concessão. Outra coisa é a tarifa social da água, que tem sido aprovada noutros concelhos. É preciso acabar com a pobreza. Os setubalenses merecem o que os outros merecem. Temos a Quinta da Parvoíce, que é um escândalo para a cidade. Se o BE puder influenciar a política municipal, a água será mais barata? Mais barata para quem automaticamente prova que não tem rendimentos para pagar. Aliás, como se faz em Lisboa, no Barreiro e noutros concelhos. A água é um bem essencial, tem de ser público, como a electricidade, como os transportes, como uma série de coisas que têm de ser bens públicos como o Serviço Nacional de Saúde, de que toda a gente dizia cobras e lagartos, mas que agora dá muito jeito. A taxa de IMI deve ser mais baixa? Quase que nem merece discussão. Essa coisa do contrato de reequilíbrio financeiro, primeiro não se podia e agora nos últimos dois anos já se pode reduzir uma décima. O problema é que, quando se quer, argumenta-se politicamente, esconde-se o processo. Não tenho dúvidas de que a taxa deve ser a mais baixa possível, desde que mantenha a sustentação das contas da autarquia. É incompreensível que seja um dos mais caros do país quando estamos num concelho que é dos mais pobres. E sobre o estacionamento? A primeira coisa que se tinha que ter feito era o plano de mobilidade interna da cidade. Foi feito um estudo e depois um plano de mobilidade. Onde está, na prática? Promessas os políticos fazem muitas, mas o problema é a prática. Tinha de se praticar, avançar então para outro tipo, uma cidade actual, com menos carros. Os setubalenses vivem e
pagam aqui os seus impostos e vão ter o mesmo tratamento que qualquer pessoa de fora? As pessoas têm direito a ter um desconto por duas viaturas por cada residência, mas se vierem à praça pagam igual aos outros, porque não estão na área de residência. Posso ser acusado de bairrista, não quero saber, em primeiro lugar, vão estar os setubalenses, têm que ser respeitados até ao fim. Parece que a fobia é fazer já a concessão, já começar a sacar e os setubalenses sempre a pagarem. Outra coisa na mobilidade é o problema dos acessos às praias. Como é que os setubalenses são privados de ir à Tróia? E agora, por outro lado, de ir às praias da Arrábida? Estou de acordo que aquela selvageria nas praias da Arrábida era impraticável, mas tem de se estudar o assunto. Tem ideia de modelo melhor? Há ideias, sim. Temos de pensar se podemos alargar a comparticipação dos transportes para a Tróia. Isso podia ser uma forma de devolver a praia de Tróia e não deixar que toda a pressão caía nas praias da Arrábida. Para a Arrábida os novos passes já são usados. Sim funcionam, mas eu acho que ainda há muito para fazer. Aliás aquela intervenção que foi feita agora em Galapos é de ‘pôr as mãos na cabeça’. Porquê? Galapos era um ícone para Setúbal e, naquela entrada, estão a destruir tudo. Nunca foi necessário a ambulância de primeiros-socorros chegar à praia, agora é? Aquilo é destruir por destruir. A quem é querem convencer que era possível um acesso daquela maneira à praia de Galapos? Aquela entrada de Galapos, que toda a gente conhece, de certeza, que tem essas recordações. Foi destruído, já não existe. Isto é, no mínimo, de bradar aos céus. Defende uma forma das pessoas puderem usufruir melhor das praias com mais estacionamento? Os setubalenses pelo menos. Mais estacionamento devidamente enquadrado, possivelmente com a empresa que explora a serra a dar o seu contributo importante e devidamente enquadrado de um ponto de vista paisagístico. Não é para fazer, a céu aberto, um estacionamento em qualquer sítio, de qualquer maneira. Tem de haver soluções para rentabilizar aquelas praias para as pessoas. Concorda que o resultado das dragagens acabou por ser aceitável? Não, de maneira nenhuma. Nós, aliás, fomos a única força política que participámos em todas as manifestações, agitámos, indignámo-nos com a posição da senhora presidente de chamar
O que estão a fazer à entrada de Galapos é de bradar aos céus arruaceiros à primeira concentração de setubalenses que se fez na Praça do Bocage. Achei indigno de uma autarquia e depois criaram uma comissão para empatar, na Assembleia Municipal, que ainda agora não saiu com as conclusões e já as dragagens estão feitas. Para que é uma comissão destas? Para me enganar? A presidente estava de acordo com as dragagens, esteve sempre ao lado da Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra e a senhora [Lídia] Sequeira foi quase galardoada pela Câmara. Mas admite que o melhoramento da acessibilidade ao porto possa ser importante, por exemplo, para atrair mais empresas para Setúbal? Claro que admito. No Bloco, não estamos de olhos fechados em relação ao progresso, pelo contrário. Temos muitas dúvidas se isto vai melhorar assim tanto a cidade ou se, pelo contrário, vai beneficiar um grupo específico que quer explorar o porto em toda a sua dimensão. Sobre o Vitória de Setúbal. É um problema sério há muito tempo. O Vitória e outros clubes, como o Comércio Indústria e ‘Os Pelezinhos’, são instituições que se têm substituído às autarquias e aos governos na educação física a esta cidade. Só isso já era mais do que suficiente para uma intervenção séria e determinada, sem ingerência, na vida associativa do Vitória, para a autarquia ter uma posição muito mais clara, sem qualquer tibieza, desde a primeira hora. Isto não é um problema de promiscuidade entre a política e o futebol. Do que estamos a falar é de como salvar o clube. Vamos ter de estudar conjuntamente com as pessoas. Todo o apoio ao Vitória, não directamente para o futebol profissional, mas subsidiando todas as outras actividades que são, efectivamente, mais-valia para a cidade. Discute-se a criação de uma NUT para a Península de Setúbal.
Acha necessário? Claro. É vergonhoso o que o PSD fez, em 2013. O desastre está à vista, a região, tem sido altamente penalizada. Enquanto Lisboa tem 117% de rendimento per capita, Setúbal tem 55% [da média europeia]. Isto é escandaloso. Estão à espera do quê? Que políticos, para não dizer outra coisa, são estes? Depois admiram-se de que forças mais à direita aproveitem duma forma populista este descontentamento das pessoas. Setúbal está numa situação de carência absoluta. É preciso a autarquia, com determinação, exigir ao poder central outra atitude. Se não houver maioria absoluta está disponível para ajudar a formar o executivo municipal? Desde que seja a favor de Setúbal, dos setubalenses, por propostas concretas. Não vejo grandes possibilidades de coligações. Receia que o caso da deputada Sandra Cunha, que renunciou ao mandato quando se soube que estava a ser investigada por, alegadamente, ter declarado uma morada falsa, possa afectar a sua candidatura? Pacífico. Já renunciou ao mandato, pôs-se em condições da Justiça poder investigar. Não tenho nenhum problema com isso, não nos afecta. Se tiver de ser condenada por isso, por essa omissão ou por outra coisa, será. Quem anda na vida pública, deve ser como a mulher de César, não chega só ser sério, tem de parecer também. O que acha de André Martins como candidato da CDU? Não conheço bem a pessoa. O problema é que ele já se propôs fazer a continuação das políticas anteriores. Posso questionar se não se podia ter feito diferente e melhor. Quanto a Fernando Negrão, do PSD? Esse conheço melhor da vida pública, mas também já teve uns episódios. Vem cá, dá uma bicada, e depois vai comer no prato ao lado. Presta aqui serviço, mas depois vai para Lisboa, depois vai para deputado. Eu defendo que a nossa família é a que está mais bem colocada para nos defender. As pessoas de Setúbal são as que estão mais bem colocadas para defender os setubalenses, são os que sentem, os que cheiram, os que ouviram nos seus avós, nos seus pais e em toda uma vida e toda uma vivência. Para mim, setubalenses são todos os que cá estão, trabalham, vivem, os que amam mais ou menos a cidade. Não me interessa se veio do Senegal ou da Hungria, se é de etnia cigana. Não faço discriminações. Apoio à produção: B&B Hotel Sado Setúbal
10 O SETUBALENSE 3 de Maio de 2021
Bloco Clínico
LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS
DRA. MARIA FILOMENA LOPES PERDIGÃO DR. ALFREDO PERDIGÃO
Horário 2ª a 6ª-feira: 08.00/12.30 - 14/18.00h Sábado: 09.00/12.00h Rua Jorge de Sousa, 8 | 2900-428 Setúbal www.precilab.pt | tel. 265 529 400/1 telm.: 910 959 933 | Fax: 265 529 408
Necrologia
Medisete - Centro Médico, Lda. Direcção Clinica – Dr. Norberto Gomes Dra. Anabela Nabais - Neurocirurgia Dra. Nélia Alegria - Medicina Geral e Familiar Dra. Teresa Bertolo - Medicina Geral e Familiar Dra. Maria José Leitão - Psicologia | Hipnoterapia (Acordos) Dr. Mário Godinho - Dermatologia Dr. Norberto Gomes - Medicina Desportiva Tratamento Não Cirúrgico de Varizes (Derrames) - Esclerose, Laser Co2, Laser Vascular, Carboxiterapia
FALECEU A 23/04/2021
Dra. Maria João Baião - Psiquiatria Dr. Norberto Gomes e Dr. V. Pedro Correia - Tratamento de Obesidade
IVO RIBEIRO MARTINS PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO Sua mãe, filhos, genro, netos, irmão, restante família e amigos cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido cujo o funeral se realizou, dia 26-042021 para o Crematório de Setúbal. Na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que se dignaram a acompanhar ou que de outra forma manifestaram o seu pesar.
Rua Augusto da Costa, nº 1 - 1 A - 2910-410 Setubal 265 239 390 | 265 419 488 | e-mail: medisete@gmail.com
Classificados Precisa-se de Motorista de pesados Contacto: 969 695 946 /265 701 790
Cavalheiro, reformado deseja alugar quarto, peq. apartamento, estúdio ou anexo em Setúbal. Contato 967771502
AGÊNCIA FUNERÁRIA SADO TELEF: 265 718 605 - 934782861 - 966479242
Precisa-se Colaborador(a) de Manutenção para zona do Pinhal Novo Email: campingvasco.gama2@gmail.com
Tel: 212362361
REPOUSO TURISTICO, S.A. SOCIEDADE PROMOTORA DE TEMPOS LIVRES, S.A. Lagoa de Albufeira, 2970-480 Sesimbra Telf.: 212 684 300 / 969 832 374
ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA Dia 26 de Junho de 2021 às 14:00 horas *
CONVOCATÓRIA Nos termos da Lei e dos Estatutos da Sociedade, convoco os Senhores Acionistas do REPOUSO TURÍSTICO - Sociedade Promotora de Tempos Livres, S.A., a reunir em Assembleia Geral Ordinária, a realizar no dia 26 de Junho de 2021, (sábado) pelas 14:00 horas, na Sede Social, sito na Lagoa de Albufeira, Sesimbra, com a seguinte ORDEM DE TRABALHOS 1 – Alteração do Artigo 28º dos Estatutos passando dos atuais 75% de participação de acionistas para percentagem a aprovar nesta Assembleia Geral. 2 - Eleição dos Corpos Gerentes para o biénio 2021/2022 3 - Assuntos Diversos.
Anuncie Aqui!
Lagoa de Albufeira, 23 de Maio de 2021 O Presidente da Mesa da Assembleia
Vítor Manuel Agostinho * Se á hora marcada não se encontrarem presentes mais de 50% de Acionistas, a Assembleia Geral funcionará, em segunda convocatória, 60 minutos depois (15:00 horas), com a presença de qualquer número de acionistas. ** Por motivo de assegurar o distanciamento físico necessário na Assembleia, apenas o acionista ou substituto poderá marcar presença na Assembleia
N. 04-07-1972 - F. 27-04-2021
N.25-12-1956 - F.27-04-2021
MARIA JOÃO PEREIRA GUERREIRO
VITORINO MANUEL VIEGAS MADEIRA
PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO
PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO
Seus familiares cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido. O funeral realizou-se dia 29-04-2021 pelas 12h15 para o Crematório de Setúbal. Agradecendo a todos quanto se dignaram e participaram em tão piedoso acto, bem como a todos que de qualquer outra forma manifestaram o seu pesar. A Gerência e colaboradores agradecem a compreensão dos familiares e amigos por não se efectuar uma despedida digna resultante das regras que temos que respeitar devido ao estado de calamidade a que todos estamos sujeitos. BEM HAJAM.
Seus familiares cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido. O funeral realizou-se dia 27-04-2021 pelas 14h15 para o Crematório de Setúbal. Agradecendo a todos quanto se dignaram e participaram em tão piedoso acto, bem como a todos que de qualquer outra forma manifestaram o seu pesar. A Gerência e colaboradores agradecem a compreensão dos familiares por não se efectuar uma despedida digna resultante das regras que temos que respeitar devido ao estado de calamidade a que todos estamos sujeitos. BEM HAJAM.
FUNERÁRIA SETUBALENSE - 265 550 045 / 265 238 528 (SERVIÇO PERMANENTE)
FUNERÁRIA SETUBALENSE - 265 550 045 / 265 238 528 (SERVIÇO PERMANENTE)
3 de Maio de 2021 O SETUBALENSE 11
COMUNICADO
Em caso de ...
A funerária Armindo informa que subiu o nível de contingência para o nível máximo, uma vez que a quantidade de óbitos atingiu níveis absolutamente inéditos. Como sempre, a funerária Armindo tem todos os recursos aplicados ao serviço da sociedade e pede a compreensão de todos para eventuais atrasos ou incómodos que possam resultar desta situação de exceção. Serviço disponível todos os dias, a qualquer hora!
Apelamos a toda a população para que respeite, com o maior zelo, as regras definidas ao abrigo do atual estado de emergência, para que a situação se possa normalizar o mais rapidamente possível.
3 ALMADA 265 539 691 • SETÚBAL 265 520 716 • SEIXAL 265 520 716 • MONTIJO 212 318 392 MOITA 212 047 599 • BARREIRO 212 047 599 • PALMELA 265 520 716 • ALCOCHETE 212 318 392 OUTROS CONCELHOS 265 520 716
Necrologia
FALECEU A 29/04/2021
FALECEU A 28/04/2021
HORTÊNSIA PEREIRA RODRIGUES
MARIA HELENA CARDOSONUNES
PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO
PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO
Seus filhos, genro, nora, netos e restante familia têm o doloroso dever de participar o falecimento da sua ente muito querida e de agradecer reconhecidamente a todos os que se dignaram a acompanhá-la até à sua última morada, bem como aos que das mais diversas formas lhes manifestaram pesar.
Seus filhas, netos e restante familia têm o doloroso dever de participar o falecimento da sua ente muito querida e de agradecer reconhecidamente a todos os que se dignaram a acompanhá-la até à sua última morada, bem como aos que das mais diversas formas lhes manifestaram pesar.
AGÊNCIA FUNERÁRIA COSTA TELEF: 265 523 496
AGÊNCIA FUNERÁRIA COSTA TELEF: 265 523 496
FALECEU A 28/04/2021
MARIA JULIA SANTOS PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO
Seus filhos, nora, netos e restante familia têm o doloroso dever de participar o falecimento da sua ente muito querida e de agradecer reconhecidamente a todos os que se dignaram a acompanhá-la até á sua última morada, bem como aos que das mais diversas formas lhes manifestaram pesar. AGÊNCIA FUNERÁRIA COSTA TELEF: 265 523 496
ALMADA 265 539 691 SETÚBAL 265 520 716 SEIXAL 265 520 716 MONTIJO 212 318 392 MOITA 212 047 599 BARREIRO 212 047 599 PALMELA 265 520 716 ALCOCHETE 212 318 392 OUTROS CONCELHOS 265 520 716
12 O SETUBALENSE 3 de Maio de 2021
Especial
Semana da Ostra em Setúbal
DE 7 A 16 DE MAIO
Ostra à mesa em Setúbal para dinamizar turismo e apoiar restauração local EXPORSADO
Promoção prévia em Cascais e passeio pedestre são as novidades desta edição da Semana da Ostra Vinte e oito restaurantes setubalenses vão apresentar em cardápio, entre 7 e 16 de Maio, pratos de ostra confeccionados das mais diversas formas. Receitas tradicionais e inovadoras são as propostas lançadas para a mesa em mais uma edição da Semana da Ostra, organizada pela Câmara de Setúbal. O evento gastronómico “integra a estratégia turística municipal” e serve de estímulo à restauração local, lembra a autarquia, que destaca as noviPUBLICIDADE
O molusco do Sado é uma das iguarias tradicionais setubalenses
dades introduzidas na programação deste ano. Desde logo, a realização de uma promoção prévia no Mercado da Vila, em Cascais, que nos últimos três dias permitiu dar a provar ostras e vinhos setubalenses aos visitantes daquele espaço. Outra novidade é o passeio pedestre com prova de ostras, a ter lugar em Setúbal, a partir das 9h30 do próximo dia 9. “A actividade 'Ostras e Aves do Estuário do Sado' tem inscrições a decorrer, com o custo de 22 euros por pessoa”, indica a autarquia. Os interessados devem preencher um formulário em https://tinyurl.com/c6kxzrf6”. Para o último dia do evento, 16 de Maio, está programada uma degustação comentada de ostras e vinhos, com início às 18 horas na Casa da Baía.
Esta iniciativa será “conduzida pela chef Mariana Fernandes, da Escola de Hotelaria e Turismo de Setúbal, e por Carolina Santos, da Quinta de Alcube”, revela o município. A participação “é gratuita, mediante inscrição, até 13 de Maio”, através do mail gape@mun-setubal.pt. A Semana da Ostra “integra um calendário de eventos gastronómicos dinamizado pela autarquia no âmbito da marca 'Setúbal Terra de Peixe', com o objectivo de divulgar sabores e tradições da cozinha setubalense e, em simultâneo, estimular a restauração local e promover o concelho enquanto destino turístico de excelência”. O evento conta com os apoios de Docapesca, Turismo de Portugal, Quinta de Alcube e Neptun Pearl. M.R.S.
3 de Maio de 2021 O SETUBALENSE 13
14 O SETUBALENSE 3 de Maio de 2021
Desporto
Moitense e Grandolense entram a ganhar na retoma da 1.ª Divisão Distrital
Moitense e Grandolense, apesar de jogarem fora de casa, venceram ambos (2-3) na retoma da 1.ª Divisão Distrital. O Moitense foi ganhar ao Seixal, que começou por se adiantar no marcador. A formação da Moita deu a volta e foi para o intervalo a ganhar. Na 2.ª parte, os seixalenses
chegaram ao empate mas os visitantes, de penalti, decidiram. O Grandolense, que se deslocou à Charneca de Caparica, também ganhou, virando um resultado negativo de 1-0 para 1-3 a seu favor, tendo a equipa da casa feito depois o segundo golo, tudo na 1.ª parte.
SADINOS PERDEM INVENCIBILIDADE
Vitória perde jogo em que actuou contra 10 desde os 17 minutos DR
Golo de Bruno Ventura não conseguiu evitar derrota (2-1) em Leiria Ricardo Lopes Pereira
Apesar de ter jogado ontem mais de 70 minutos em superioridade numérica (desde os 17 minutos), o Vitória Futebol Clube perdeu ontem, por 2-1, no reduto da União de Leiria. O desaire colocou um ponto final numa série de 21 jogos oficiais dos sadinos no Campeonato de Portugal sem perder. Os golos dos anfitriões foram apontados aos 71 e 78 minutos, enquanto o tento dos verdes e brancos foi da autoria de Bruno Ventura, aos 88 minutos. Com este resultado, o Vitória, depois de jogadas duas jornadas na fase de acesso (Zona Sul) à II Liga, está agora na última posição da tabela com um ponto, enquanto os unionistas e o Torreense seguem no segundo posto com três pontos, menos um que o líder Estrela da Amadora. Quando entraram ontem à noite em campo no Estádio Dr. Magalhães Pessoa, leirienses e setubalenses já tinham conhecimento que o Estrela da Amadora tinha vencido horas antes o Torreense. Com o 3-0 aplicado pelos amadorenses no Estádio Manuel Marques, em Torres Vedras, União em Vitória sabiam de antemão que só um êxito impediria o Estrela se destacar na frente da tabela classificativa. Em comparação com o jogo da jornada inaugural, que terminou a 22 de Abril com uma igualdade (0-0) no Estádio do Bonfim com o conjunto da Amadora, os comandados de Alexandre Santana fizeram apenas uma alteração no onze. Após falhar o último encontro, Gonçalo Batista entrou para o lugar de João Marques no meio-campo. Nove anos depois de ambos os emblemas se terem defrontado pela última vez no escalão principal – com um triunfo do Vitória (1-0) – o encontro começou com ambas as equipas
a procurarem as balizas contrárias. O primeiro sinal de aviso foi dado pelos anfitriões que, aos quatro minutos, viram Rui Gomes rematar em zona frontal ao lado do poste esquerdo da baliza defendida por João Valido. Do lado do Vitória, o avançado Mendy esteve muito activo no início do encontro, causando várias vezes dificuldades à defesa adversária. Num desses lances, aos 17 minutos, o guineense conseguiu fugir à marcação e, quando se encaminhava para a área leiriense, foi travado em falta pelo central brasileiros Victor Massaia, que acabou expulso na sequência da infracção cometida. Aos 20 minutos, na cobrança do livre directo resultante do derrube a Mendy assinaldo pelo árbitro João Pinho (Associação de Futebol de Aveiro), o defesa esquerdino Nuno Pinto rematou com perigo sobre a trave da baliza do guarda-redes Fábio Ferreira.
Apesar de ter ficado em inferioridade numérica, a União não se atemorizou e continuou a criar oportunidades no sector ofensivo. Maios perigoso, o Vitória criou ainda antes da meia-hora de jogo duas boas ocasiões para inaugurar o marcador. Aos 27 minutos, Zequinha, à entrada da área, desferiu um remate colocado que só não deu golo devido a uma boa intervenção do guardião dos leirienses. Volvidos dois minutos foi a vez de Mendy, após assistência de Gonçalo Batista na direita, rematar para as nuvens quando poderia ter feito muito melhor. Mesmo a actuar com menos um elemento desde os 17 minutos, a U. Leiria também conseguiu colocar em sobressalto a defesa dos verdes e brancos. Os lances mais perigosos ocorreram aos 43 e 45 minutos quando Rui Gomes (rematou cruzado ao lado da baliza) e Perdigão (falhou
emenda depois de uma defesa incompleta de João Valido e mau alívio de François) desperdiçaram os respectivos lances, mantendo-se por isso o 0-0 no final do primeiro tempo. No segundo tempo, a União esteve mais atrevida nos minutos iniciais, mas as melhores oportunidades de golo pertenceram ao Vitória. Aos 55 minutos, Zequinha desmarcou-se na esquerda e rematou para defesa atenta de Fábio Ferreira. No minuto seguinte foi a vez do central João Serrão tentar a sua sorte num remate forte de fora da área que saiu sobre a trave da baliza dos anfitriões. Numa altura em que o Vitória precisava de eficácia, os seus jogadores teimavam em ser perdulários nas várias ocasiões em que se acercaram à baliza contrária. Exemplo disso aconteceu aos 61 e 62 minutos, quando o médio Gonçalo Batista, depois de um bom remate do meio da rua travado
pelo guarda-redes do conjunto unionista, rematou de forma disparatada muito longe do alvo na segunda vez que visou a baliza de Fábio Ferreira. Aos 69 minutos, o Vitória voltou a criar perigo, desta vez num cabeceamento do capitão José Semedo que voltou a ser defendido pelo guarda-redes dos leirienses. Pouco depois o Vitória comprovou o ditado “quem não marca sofre”. Aos 71 minutos, na cobrança de um canto de Andézinho no flanco direito, Babanco cabeceou para Diego Galo que, da mesma forma, rematou para o 1-0 dos anfitriões, lance em que a defesa sadina ficou mal na fotografia. Em desvantagem no marcador e em vantagem no número de jogadores em campo, os comandados de Alexandre Santana procuraram reagir ao golo sofrido. Aos 73 minutos, após assistência de Nuno Pinto, Mendy (claramente em noite desinspirada) cabeceou sobre a trave. Já depois de ter feito um par de substituições, Alexandre Santana viu o cenário complicar-se para a sua equipa quando ampliou o marcador para 2-0. Acabadinho de entrar no encontro, o avançado senegalês Alioune Badara foi 100 por cento eficaz ao chegar ao golo na primeira vez que tocou na bola, aos 78 minutos. O 2-0 dos leirienses, mesmo a actuar com 10 jogadores contra 11 desde os 17 minutos, deitou por terra a esperança do Vitória em reentrar na discussão do resultado. A derrota sofrida, além de ter deixado o Vitória no último lugar da classificação do grupo, pôs fim a uma série de 21 partidas oficiais no Campeonato de Portugal sem derrotas. Ainda antes do final, a confirmar a noite desinspirada dos setubalenses na finalização, François foi à área contrária cabecear ao poste direito da baliza da U. Leiria. Só aos 88 minutos, um remate em arco de Bruno Ventura, que acabou por desviar no guardião Fábio Ferreira depois de embater na trave, o Vitória conseguiu reduzir o marcador para 2-1, que acabou por ser insuficiente para impedir a derrota em Leiria.
3 de Maio de 2021 O SETUBALENSE 15
Olívio Cordeiro coloca ponto final na ligação ao Águas de Moura
Olívio Cordeiro, que havia assumido o cargo de treinador do Águas de Moura neste seu regresso à 1.ª Divisão da AF Setúbal, colocou um ponto final na sua ligação ao clube, após um período de reflexão e análise àquilo que foi esta época.
Sob o seu comando, o Águas de Moura, nesta época atípica, realizou dois jogos no campeonato, derrota em casa na 1.ª jornada com o Cova da Piedade B (1-3) e empate também em casa com o Charneca de Caparica (1-1) em jogo a contar para a 6.ª
jornada. O treinador, de 45 anos, que desta forma fica disponível para abraçar um novo projecto na próxima temporada, nas últimas épocas orientou o Olímpico do Montijo, Moitense e Atlético Alcacerense antes de ingressar no Águas de Moura.
INCUMPRIMENTO SALARIAL NO PINHALNOVENSE
LIGA 2
“Há jogadores que não têm dinheiro para sobreviver nem para regressar aos seus países”
FC Porto B com cinco reforços goleia Cova da Piedade
DR
O último ordenado pago foi em Fevereiro. Quanto ao restante, os jogadores nada sabem porque a SAD nada adianta
José Pina
José Pina O caso não é novo no futebol português, mas é uma realidade. Apesar da Federação Portuguesa de Futebol ter imposto regras mais apertadas aos clubes a verdade é que continua a haver quem não cumpra com as suas obrigações. É o que se está a passar no Pinhalnovense Futebol SAD que ainda não regularizou a situação salarial dos seus jogadores, apesar do campeonato já ter terminado há algum tempo. Os jogadores preocupados com a situação organizaram-se, formaram um grupo e prometem avançar já esta segunda-feira para o sindicato, caso não obtenham resposta às suas pretensões. Um dos elementos do grupo adiantou a O SETUBALENSE que não têm tido “qualquer informação sobre quando os ordenados vão ser pagos. A administração da SAD está sempre a adiar e nós não temos qualquer resposta concreta. Estamos todos nas mãos do investidor”. Os jogadores estão a passar dificuldades e os estrangeiros não têm dinheiro para sobreviver, nem para
Jogadores reclamam salários em atraso e consideram avançar hoje para o sindicato
voltarem para os seus países. “Houve um africano que precisou de dinheiro para enviar para casa para a família e rejeitaram o pedido, dizendo que não tinham condições para pagar e há outros que querem regressar mas não têm dinheiro para as viagens”. O incumprimento está a chegar aos dois meses mas a situação não é nova. “Tem sido assim desde o início, temos andado sempre com os ordenados em atraso mas nesta altura, a situação tornou-se insuportável porque há quem já não tenha dinheiro para pagar a renda da casa, nem a prestação do carro e começa a pedir dinheiro emprestado, o que
não é nada bom”. Outro elemento do grupo de trabalho contou a O SETUBALENSE que um colega de equipa “viajou para o seu país sem um euro no bolso e outro ia viajar no dia seguinte também sem dinheiro, nem os testes de covid pagaram para eles poderem viajar. Os brasileiros pediram a viagem mas ninguém mandou. O contrato que assinámos foi até Maio mas o último ordenado que recebi foi em Fevereiro”. Perante esta situação a maior parte dos jogadores decidiu avançar já esta segunda-feira para o sindicato para tentar receber aquilo a que tem direito. Um dos jogadores com quem falá-
mos fez questão de salientar que “os portugueses conseguem-se orientar minimamente mas para os estrangeiros, que estão longe das suas famílias, isto é problemático. Nós estamos solidários com eles e temos tentado ajudar mas chega a uma altura que já não conseguimos”. Entretanto, pelo que conseguimos apurar infelizmente não são apenas os jogadores que estão em dívida. A equipa técnica só termina o contrato a 30 de Junho mas o último mês que recebeu foi o de Janeiro e continua também sem ter notícias da SAD, acontecendo o mesmo em relação ao restante staff.
ACESSO À LIGA 3
Oriental Dragon derrotado em casa pelo Louletano O Oriental Dragon foi surpreendido em casa pelo Louletano em jogo a contar para a segunda jornada da prova de acesso à Liga 3 que decorreu bastante equilibrado e com poucas oportunidades de golo. Os pupilos de Luís Manuel, que vinham de um empate alcançado
no reduto do Moncarapachense, tinham como objectivo a conquista dos três pontos mas a verdade é que nunca se conseguiram impor perante o adversário que também nunca se aventurou muito na frente. O nulo registado ao intervalo era um resultado adequado ao que se tinha
passado e campo. Na segunda parte a jogar a favor do vento, o Oriental Dragon foi exercendo algum domínio territorial mas não criava grande perigo e o mesmo acontecia com o Louletano nas transições. Com uma melhor ponta final os algarvios acabaram por chegar à vi-
tória com um golo marcado por Yuri de cabeça (78’) e outro de Traouré (88’) marcado em jogada de contra-ataque. No outro jogo da Série registou-se um empate (2-2) entre Moncarapachense e Sporting B.
J.P.
O Cova da Piedade foi goleado (5-1) no Estádio Dr. Jorge Sampaio, em Pedroso, Vila Nova de Gaia, pelo FC Porto B, sofrendo assim o primeiro desaire desde que é orientado por Miguel Leal. O resultado é um castigo demasiado pesado para a equipa piedense embora a vitória dos dragões, que se apresentou reforçada com cinco jogadores da equipa principal [Evanilson, Malang Sarr, Romário Baró, Carraça e João Mário], nunca estivesse em causa. Ainda assim, será de referir que os dois primeiros golos dos dragões foram marcados de penalti e que os piedenses jogaram desde aos 69 minutos em inferioridade numérica devido à expulsão de Simão Júnior, por acumulação de cartões amarelos. O avançado brasileiro Evanilson foi a grande figura do jogo com o bis que conseguiu fazer, aos 20 minutos na cobrança de um penalti a castigar falta cometida sobre si próprio e o segundo já no decorrer da segunda parte. Quatro minutos depois de ter inaugurado o marcador o FC Porto aumentou a vantagem, novamente na cobrança de um penalti, mas desta vez por Namaso, saindo para o intervalo a vencer por 2-0. Na segunda parte, Evanilson (57’) marcou o seu segundo golo, após um contra-ataque conduzido por Baró e Loader e Sarr dez minutos depois com um golpe de cabeça ampliou para 4-0. Pouco depois (69’) Simão Júnior é expulso e os dragões fizeram o seu quinto golo por Mor Ndiaye (83’) antes de João Oliveira marcar o golo de honra da equipa da margem sul do Tejo. Com esta goleada o FC Porto deixa provisoriamente a zona de despromoção e sobe ao 15.º lugar, com 29 pontos e mais um jogo que Oliveirense (28), Vilafranquense (27) e Varzim (27), adversários directos na luta pela manutenção. O Cova da Piedade é 12.º classificado, com 32 pontos.
03:43 ~ 3.7 m ~ Preia-mar 09:55 ~ 0.4 m ~ Baixa-mar 16:05 ~ 3.5 m ~ Preia-mar 22:06 ~ 0.5 m ~ Baixa-mar
ALMADA
03:42 ~ 3.7 m ~ Preia-mar 09:54 ~ 0.4 m ~ Baixa-mar 16:06 ~ 3.5 m ~ Preia-mar 22:05 ~ 0.5 m ~ Baixa-mar
SESIMBRA
04:15 ~ 3.7m ~ Preia-mar 10:24 ~ 0.3 m ~ Baixa-mar 16:38 ~ 3.5 m ~ Preia-mar 22:37 ~ 0.4 m ~ Baixa-mar
SINES
SETÚBAL TRÓIA
MARÉS
04:39 ~ 4.0 m ~ Preia-mar 10:31 ~ 0.3 m ~Baixa-mar 17:01 ~3.8 m ~ Preia-mar 22:43 ~0.4 m ~Baixa-mar
FICHA TÉCNICA REGISTO DE TÍTULO n.º 107552 | DEPÓSITO LEGAL n.º 8/84 PROPRIETÁRIO Outra Margem – Publicações e Publicidade, NIF 515 047 325 (detentores de mais de 10% do capital social: Gabriel Rito e Carlos Bordallo-Pinheiro) Sede do proprietário: Travessa Gaspar Agostinho, 1, 1.º, 2900-389 Setúbal EDITOR Primeira Hora – Editora e Comunicação, Lda, NIF 515 047 031 (Detentores de mais de 10% do capital social: Setupress Lda, Losango Mágico, Lda, Carla Rito e Gabriel Rito) Sede do Editor Travessa Gaspar Agostinho,1, 1.º, 2900-389 Setúbal Conselho de Gerência Carla Rito, Carlos Dinis Bordallo-Pinheiro, Gabriel Rito e Carlos Bordallo-Pinheiro REDACÇÃO Travessa Gaspar Agostinho, 1, 1.º, 2900-389 Setúbal DIRECTOR Francisco Alves Rito Redacção Mário Rui Sobral, Humberto Lameiras; Desporto Ricardo Lopes Pereira, José Pina Departamento Administrativo Teresa Inácio, Dulce Soeiro, Branca Belchior PUBLICIDADE Direcção Comercial Carla Sofia Rito, Carlos Dinis Bordallo-Pinheiro Coordenação Ana Oliveira (Setúbal), Carla Santos (Moita e Barreiro) Publicidade Lina Rodrigues, Rosália Baptista, Célia Félix, Mauro Sérgio IMPRESSÃO Tipografia Rápida de Setúbal, Lda - Travessa Gaspar Agostinho, 1, 1.º, 2900-389 Setúbal geral@tipografiarapida.pt DISTRIBUIÇÃO VASP - Venda Seca, Agualva - Cacém Tel. 214 337 000 Tiragem média diária 9000 exemplares Estatuto Editorial disponível em www.osetubalense.com