O Setubalense, diário da região nº 77

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QUINTA-FEIRA | 13.DEZEMBRO.2018 | N.º 77 | Ano I | 5.ª Série

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ENTIDADES DE TURISMO NO FUTURO DA REGIÃO

CEIA DA SILVA P.16 e 17

VÍTOR COSTA P.8 e 9

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AUTARCAS MOSTRAM ‘POSTAL’ DO CONCELHO MOITA P.10

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SESIMBRA P.11

SEIXAL P.14

SANTIAGO P.14 e 15

GRÂNDOLA P.15

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FIGURA DO DIA

REPARO DO DIA

QUINTA-FEIRA, 13/12/2018

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MIRADOURO DA ARRÁBIDA NOTA DO DIA

ANA RITA CAVACO A Bastonária da Ordem dos Enfermeiros está debaixo de fogo devido à greve destes profissionais. Da ministra que classifica a luta como "cruel" ao líder parlamentar que lança suspeições sobre greve "estranha", são muitos os que pintam Rita Cavaco como "incendiária".

FRANCISCO ALVES RITO Director

Boas notícias para as refeições escolares

Rua menos florida no Vale Ana Gomes, em Setúbal Reparámos que a Rua Manuel Gonçalves Branco, na Quinta da Serralheira, junto ao Vale Ana Gomes e Alto da Guerra, está menos verde.

Os arbustos de Loendro que faziam desta

Uniself, empresa que tem sido noticia por problemas em Palmela e Almada fecha ano com vendas de 86 milhões

artéria uma das mais bonitas da zona, e que tinham sido plantados pela Junta de Freguesia aquando do arranjo dos passeios, foram recentemente cortados, pela mesma autarquia.

OPINIÃO

Conhecem a A33?

A Uniself - Sociedade de Restaurantes Públicos e Privados, a empresa privada que tem concessão do fornecimento de refeições a instituições de ensino, hospitais, clínicas e organismos oficiais, está a crescer.

A sociedade fechou 78 novos contratos, passou a fornecer 280 mil refeições por dia, e prevê fechar o ano com uma volume de vendas de 86 milhões de euros. É um crescimento de 28%.

“O aumento do número de clientes confirma a aposta na qualidade dos serviços prestados. As unidades são abastecidas de matéria-prima e produtos e no próprio local são confeccionadas e servidas as refeições”, diz em comunicado Mateus Alves, presidente do conselho de administração.

Só podem ser boas notícias para os destinatários do serviço, sobretudo para os milhares de crianças, nosso filhos e netos, que comem estas refeições diariamente nas escolas da região.

Esta empresa tem sido noticia por problemas com a alimentação fornecida, designadamente em Palmela - onde um dos almoços chegou cru e em Almada.

Esperemos que este reforço do negócio signifique melhor capacidade da Uniself e mais qualidade para as crianças.

Não estou a ser irónico. É mesmo uma esperança verdadeira.

ROSA DUARTE Mestre em Estudos Portugueses

Desculpem a aparente insignificância deste protesto, mas até o cidadão menos viajado merece ser tratado com respeito em relação a este serviço prestado, em particular

Quando pergunto se conhecem a A33, faço-o por uma razão muito em particular: para saber como pagam a respetiva portagem.

Desculpem puxar um assunto tão materialista, mas se estamos em época de protestos, há que aproveitar a maré. E falo em maré não porque resida perto de um moinho de maré, mas porque acho que alguns protestos, se não todos, até fazem todo o sentido. Também sei que é muito ruído ao mesmo tempo e o efeito não cumpre o seu propósito. E as consequências para a população podem ser pesadas, evitavelmente. E sei ainda que, por vezes, os mais explorados são os que têm menos voz nestas lutas, como os precários no público e também (não esqueçamos) no privado.

Mas voltemos às portagens.

Se são necessárias pagar, paguem-se.

Sobre isso, eu sou daquelas que ainda prefere pagar as por-

tagens aos portageiros. Não tenho nada contra o progresso, devidamente acautelado, mas continuo a gostar do serviço personalizado. Neste e noutros serviços. E é evidente que também gosto de contribuir para a manutenção dos postos de trabalho, embora ache que o mundo tem que evoluir e o direito inalienável de um emprego digno para todos é sempre possível de garantir.

Mas haja cabines nas autoestradas, com ou sem portageiros, nos lanços taxados.

E quando não há, como em lanços no troço Coina-Montijo?

Aí não obriguem toda a gente a comprar a via verde.

Ou seja: 30 cêntimos, por exemplo, de utilização de um lanço da auto-estrada A33, como não foi paga na própria viagem, têm que ser pagos em agentes ou nos CTT mais próximos que não no próprio dia. Só entre o segundo e o quinto dias. Senão a taxa sofre agravamento.

O que é isto?

Protesto!

E não sou a única.

Protestamos!

Desculpem a aparente insignificância deste protesto, mas até o cidadão menos viajado merece ser tratado com respeito em relação a este serviço prestado, em particular.

Até acreditamos que não haja má fé nesta frequente penalização silenciosa, que vai sendo reincidente vezes demais, mas os condutores, em geral, têm direito a um melhor serviço.

As estradas nacionais também são boas opções, sem dúvida.

Mas será, então, para desmotivar os utentes ocasionais da utilização da A33? Queremos pensar que não.

De certeza que esta modesta reivindicação é relativamente fácil de ouvir e responder à altura.

Não é a conversar é que a gente se entende?

FICHA TÉCNICA

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SETÚBAL ALMADA SEIXAL PALMELA BARREIRO ALCOCHETE OUTROS CONCELHOS MONTIJO MOITA 212 383 228 265 520 716 265 094 354 265 092 725 212 318 392 212 047 599 212 047 599 212 384 894 937 081 515

Registo de Título N.º 107552 | Depósito Legal N.º 8/84

Propriedade: Outra Margem - Publicações e Publicidade, Lda. Contribuinte: 515 047 325. (Detentores de mais de 10% do capital social: Gabriel Rito e Carlos Bordallo-Pinheiro). Editor: Primeira Hora - Editora e Comunicação, Lda. Contribuinte: 515 047 031 (Detentores de mais de 10% do capital social: Setupress, Lda., Losango Mágico, Lda., Carla Rito e Gabriel Rito) Sede de Administração e Redacção: Travessa Gaspar Agostinho, 1 - 1.º, 2900-389 Setúbal.

Conselho de Gerência: Carla Rito, Carlos Dinis Bordallo-Pinheiro, Gabriel Rito e Carlos Bordallo-Pinheiro.

CONCELHO DE SETÚBAL Travessa Gaspar Agostinho, 1 - 1.º - 2900-389 Setúbal - Tel. 265 094 354 (geral) / 265092 633 (redacção) / 265 092 725 - 265 520 716 (dep. comercial) CONCELHO DE PALMELA Rua José Saramago, lote 26 - loja direita 2955-027 Pinhal Novo - Tel. 212 384 894 CONCELHOS DE MONTIJO E ALCOCHETE Praça da República, 63, Galerias Comerciais, Lj 18.

Tel./Fax: 212 318 392

CONCELHO DO BARREIRO Intermarche da Moita - Quinta Santa Rosa Rua Classe Operário - Alhos Vedros - Moita Tel.: 212 047 599 - 939 050 535 CONCELHO DA MOITA Intermarche da Moita - Quinta Santa Rosa Rua Classe Operário - Alhos Vedros - Moita Tel. 212 047 599 / 939 050 535 REDACÇÃO Director: Francisco Alves Rito (CPJ 2292) diretor@diariodaregiao.pt Redacção: Mário Rui Sobral (CPJ 3872 A),

Humberto Lameiras (CPJ 2321 A); Ana Martins Ventura (CPJ 7230 A). Colaboradores: Inês Antunes Malta (CPJ 7226 A); Miguel Nunes Azevedo (TP 2608); Fátima Brinca (CPJ 2574); Rogério Matos (CPJ 9929); Helga Nobre; André Rosa; Ricardo Lopes Pereira e José Pina. Fotografia: André Areias; Mário Prata, Alexandre Gaspar e Arsénio Franco.

DEPARTAMENTO ADMINISTRATIVO Teresa Inácio, Dulce Lança e Branca Belchior.

PUBLICIDADE Direcção Comercial: Carla Sofia Rito e Carlos Dinis Bordallo-Pinheiro. Setúbal: Ana Oli-

veira, Mauro Sérgio, Célia Felix e Rosália Baptista. Montijo: Graciete Rodrigues.Palmela: Liliana Santos. Barreiro: Carla Santos.

Moita: Carla Santos.

IMPRESSÃO Tipografia Rápida de Setúbal, Lda. - Travessa Jorge d’Aquino, 7 - 2900-427 Setúbal e-mail: geral@tipografiarapida.pt DISTRIBUIÇÃO VASP - Venda Seca, Agualva - Cacém Tel. 214 337 000 Tiragem média diária: 9.000 exemplares

Estatuto Editorial disponível em www.diariodaregiao.pt Edição online www.diariodaregiao.pt Digital Media Officer: José Luís Andrade Os artigos assinados são da responsabilidade dos seus autores

ALCÁCER DO SAL “O melhor para o seu natal está no comércio local” QUINTA-FEIRA, 13/12/2018

Programa de animação promove compras no comércio local

ACTUAL

A animação da cidade de Alcácer do Sal com diversas iniciativas está na rua, até dia 6 de Janeiro, num programa com que a Câmara Municipal e a União das Freguesias pre-

tendem incentivar os munícipes e os visitantes a adquirirem os seus presentes de Natal no comércio Local.

“O melhor para o seu natal está no comércio local” é o lema da campa-

nha que oferece as carrossel para as crianças, insufláveis, espectáculos infantis e cinema especial no dia de Natal e de ano novo, com entrada livre. Há também deporto, musica e

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dança pelas associações do concelho.

O pai Natal pode ser fotografado no Largo Luís de Camões onde decorre o mercadinho de natal com venda de artesanato.

Docapesca investe 122 mil euros para garantir condições de segurança

Porto de Sesimbra vai ter novo estendal de pesca já em Março na requalificação de um espaço com cerca de 3 600 metros quadrados no porto de pesca e tem um prazo de execução de 90 dias.

“A empreitada pretende melhorar as condições de trabalho e de segurança dos profissionais que se dedicam à actividade de preparação das artes de palangre, realizada actualmente de forma desordenada em toda a área do porto, e inclui também a instalação de um toldo constituído por telas impermeáveis que garantam a protecção a condições atmosféricas adversas”, revela a Docapesca em comunicado de Imprensa. De acordo com a empresa, a intervenção permitirá ainda “a criação de 122 lugares

DIREITOS RESERVADOS

Obra incide na requalificação de um espaço com cerca de 3 600 metros quadrados e permitirá criar 122 lugares de estacionamento

O

Porto de Sesimbra vai contar com um novo estendal das artes de pesca palangre a partir de meados do próximo mês de Março. A obra, promovida pela Docapesca e que representa um investimento de 122 mil euros, incide

SETÚBAL

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Concerto do rock aos clássicos esta sexta-feira

ANTÓNIO VIDIGAL BARROCAS

Arritmias do Amor interpretadas pelo Coro Setúbal Voz

A apresentação num formato contínuo vai permitir ao público mais hipóteses de escolha para assistir aos concertos

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Coro Setúbal Voz vai estar amanhã em palco na Associação de Socorros Mútuos Setubalense, junto ao Largo da Misericórdia, com o concerto “As Arritmias do Amor”.

Trata-se de uma interpretação que se apresenta num formato diferente, uma vez que serão três concertos em sessões contínuas: às 21h, 22h30 e 24h.

O público apenas terá que escolher o horário que mais lhe convém e fazer a reserva do bilhete para o endereço electrónico setubalvoz@gmail.com.

O concerto, com direcção artística de Jorge Salgueiro, contará com obras de Arvo Pärt, Elaine Hagenberg, Érik Satie, João Malha, Jorge Salgueiro e Xutos & Pontapés.

de estacionamento, três dos quais reservados a pessoas com mobilidade reduzida, a utilizar durante os finsde-semana”. Por outro lado, permitirá também “dar resposta a alguns dos constrangimentos de estacionamento na zona ocidental da vila de Sesimbra”, habitualmente verificados durante a época balnear.

A Docapesca – Portos e Lotas, S.A. assume-se como empresa do sector empresarial do Estado tutelada pelo Ministério do Mar. Tem a competência, no continente, de organizar a primeira venda de pescado e apoiar o sector da pesca e respectivos portos. Nototal, a Docapesca dispõe de 22 lotas e 37 postos.

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ALMADA QUINTA-FEIRA, 13/12/2018

REGIONAL MOITA

Modelo anunciado ontem por ministra da Saúde

Hospital Garcia de Orta vai ter autonomia O Hospital Garcia de Orta, de Almada, está entre os onze hospitais do país seleccionados para integrarem um modelo de gestão

autónoma, anunciou hoje a ministra da Saúde. “Estes hospitais, pese embora tenham os seus constrangimentos, registam os

melhores níveis de eficiência e têm um desempenho que permite iniciar” este projecto, que tem como objectivo reforçar a

melhoria das condições de financiamento e a redução expectável do endividamento, explicou Marta Temido.

Permuta entre a Câmara Municipal e o MAI torna possível novo posto da GNR

A Câmara Municipal da Moita tem agora a possibilidade de finalmente conseguir um novo posto para a GNR. O protocolo com o MAI foi assinado no dia 3 e a Secretária de Estado Adjunta e da Administração Interna, Isabel Oneto, garante que ministério vai avançar rapidamente com o projecto

FOTOS: DIREITOS RESERVADOS

GNR da Moita espera novo posto há mais de 20 anos

O

protocolo assinado recentemente entre o Ministério da Administração Interna (MAI) e a Câmara Municipal da Moita (CMM), para a permuta do antigo Quartel dos Bombeiros, propriedade do Estado, por um lote de terreno na Mãe d’Água, na Moita, propriedade do município, vai permitir agora dar mais um passo em direcção à construção de um novo posto para a GNR. Um equipamento que representará o investimento de mais de um milhão de euros.

Neste contexto, Rui Garcia, presidente da autarquia, comenta, “as instalações da GNR na Moita são muito precárias, funcionam há mais de 30 anos num edifício cedido pelo município, adaptado, com poucas condições. Um problema que foi reconhecido por sucessivos governos mas até à data não teve resolução”.

Desde 2010, aquando o da aquisição do antigo Quartel dos Bombeiros pelo MAI foi anunciado que aquele iria ser o local para o futuro posto da GNR. Mas, no decorrer dos anos isso não aconteceu. “E sempre houve dúvidas por parte dos Comandos da GNR e do ministério que aquela fosse a solução mais adequada”, comenta Rui Garcia.

Foi nesse sentido que em 2014 a

do Tribunal de Contas e agora a Moita está mais próxima de solucionar esta situação, no momento em que as instalações da GNR se tornaram incipientes. “Mas este é apenas um passo, o fundamental é que se avance para a construção do novo posto o mais rápido possível”, revela Rui Garcia.

Um contexto em que a Secretária de Estado Adjunta e da Administração Interna, Isabel Oneto, durante a assinatura do protocolo entre o MAI e a CMM, referiu a intenção do ministério para avançar rapidamente com a contracção do projecto.

RUI GARCIA. Presidente da Câmara Municipal da Moita

CMM e o MAI retomaram contacto, com o objectivo de encontrar uma solução mais adequada. “Desde então o caminho que foi apontado foi a disponibilização pela CMM de um

terreno [um lote na Mãe d’Água] por permuta com as antigas instalações dos bombeiros”.

O acordo evoluiu, foi obtido o visto do Ministério das Finanças e o visto

GNR tem resposta desadequada à realidade actual Na década de 1980, quando a GNR deixou de estar instalada no edifício da Câmara Municipal e passou

para o espaço onde se encontra até hoje, “este era um local que se adequava à funcionalidade dos activos”, comenta Rui Garcia. “Mas hoje, com o crescimento dos efectivos e da população, aquelas instalações deixaram de ter condições para o exercício da actividade da GNR”. Contexto em que o autarca avalia, “a espera por um novo edifício estende-se por mais de 20 anos, sem dúvida”.

As instalações actuais são exíguas, “não permitem uma conversa em privado, as pessoas ficam lado a lado enquanto tratam de questões muito pessoais. E todas essas debilidades dificultam o trabalho e a acção da GNR”. A par da falta de condições no atendimento, não existem também condições para os próprios guardas, “quer no exercício da sua actividade quer nos seus cuidados pessoais, com balneários adequados”.

QUINTA-FEIRA 13/12/2018

REGIONAL

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FOTOS: DIREITOS RESERVADOS

O DIÁRIO DA REGIÃO DE SETÚBAL

REGIÃO

Avaria de um dos dois barcos limita travessia Seixal-Lisboa

Autarcas, deputados e utentes alertam para sucessivas supressões dos barcos no Tejo Joaquim Santos, Joana Mortágua e Paula Santos participaram em protesto promovido pela comissão de utentes

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tentes da travessia fluvial entre o Seixal e Lisboa, autarcas e deputados alertaram ontem para a necessidade urgente de reparação dos barcos que fazem o serviço e consideraram “insustentável” para as populações as sucessivas supressões das carreiras provocadas por avarias.

Desde segunda-feira que a travessia entre o Seixal e Lisboa é feita com constrangimentos devido à avaria de um dos dois barcos que deviam assegurar o serviço, situação que provocou protestos dos passageiros.

Uma situação recorrente, segundo a Comissão de Utentes dos Transportes do Seixal, e que diariamente tem impacto na vida das pessoas que usam este meio de transporte para se deslocaram para Lisboa.

Para ontem, foi lançado o repto

para uma ação simbólica de os utentes vestirem um colete laranja semelhante a um colete salva-vidas.

Segundo Anabela Vicente, da Comissão de Utentes dos Transportes do Seixal, o objetivo da iniciativa era alertar para a necessidade de haver um investimento na reparação e manutenção dos atuais barcos, de forma que as populações não sejam diariamente prejudicadas com supressões de carreiras por avarias sucessivas.

Os constrangimentos fluviais foram iguais aos de terça-feira, quando alguns passageiros protestaram num dos barcos do período da manhã e também junto à administração da Transtejo, no Cais do Sodré, mas hoje foram poucos os que aderiram à ação simbólica.

No cais do Seixal, o ambiente era tranquilo, apenas a presença de três pessoas com colete laranja, de jornalistas, de autarcas e de deputados evidenciava a existência de uma acção de protesto.

No local, esteve o presidente da Câmara do Seixal e as deputadas Joana Mortágua, do Bloco de Esquerda (também vereadora da autarquia de Almada, um dos concelhos afetados pelos constrangimentos na travessia fluvial), e a deputada Paula

Santos, do Partido Comunista Português.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara do Seixal, Joaquim Santos, disse estar preocupado com a situação que se arrasta há pelo menos dois anos, com barcos insuficientes e com avarias sucessivas, não só pelo impacto que tem no presente, mas também por colocar em causa o passe social intermodal a baixo custo que deverá ser lançado em abril de 2019.

“Enorme preocupação no presente, mas também no futuro, porque os municípios da Área Metropolitana de Lisboa vão, a partir de abril, lançar um novo sistema de passe social intermodal a baixo custo para todos os operadores, para que as pessoas deixem o automóvel em casa e passem a usar transportes públicos. Mas para isso é necessário que haja transportes públicos”, disse.

“Tememos que a procura crescente que prevemos para abril fique prejudicada com o que se está a passar.

Nos municípios, estamos a fazer o nosso trabalho, gostaria que o Governo também o fizesse”, frisou.

Questionado sobre o concurso para janeiro para a compra de novos barcos, anunciado pelo primeiro-ministro, o

presidente da Câmara disse que esse processo vai demorar tempo e que “as pessoas não podem esperar”.

“Em janeiro, abre o concurso, em abril, recebe propostas, adjudica em outubro, depois vai para Tribunal de Contas, em janeiro 2020 dá parecer, assina contrato, faz encomenda, o barco demora um ano a construir, talvez só em 2022. As pessoas não podem esperar, estamos em 2018”, disse.

Nestes dois anos, sustentou, têm de ser tomadas medidas de curto e médio prazo para resolver um problema que afeta milhares de pessoas.

A deputada do Bloco de Esquerda Joana Mortágua também se manifestou preocupada com a sucessão de falhas que afeta as populações de vários concelhos, considerando ser uma consequência “de um desinvestimento brutal ao longo de anos”.

“Não esquecer que em 2012 se anunciava a privatização da Trastejo Soflusa. Esse desinvestimento teve um objetivo por parte do PSD e do CDS de privatização dos transportes públicos, mas a verdade é que este Governo já tem três anos e o investimento anunciado promete barcos para 2020. A população da margem sul

não pode esperar até 2020”, disse.

A deputada considera que foram feitos avisos ao longo do tempo e que agora é necessário resolver.

“Um transporte fluvial é essencial para esta margem do rio e este desinvestimento é um desinvestimento no direito das pessoas à mobilidade.

Faz com que tenhamos um rio fechado e isso é uma preocupação para as pessoas e para os autarcas também”, disse.

Paula Santos, deputada do Partido Comunista Português, frisou também a necessidade de ser dada resposta imediata aos problemas da frota de barcos, lembrando que o seu partido fez uma proposta, no âmbito do Orçamento do Estado, para garantir a operacionalidade dos navios e que foi rejeitada.

“O que se exige é que o Governo tem de assumir de uma vez por todas o investimento público para garantir a mobilidade das populações”, disse, adiantando que são necessárias medidas eficazes para dar resposta aos problemas identificados.

Para a deputada, este é um grande prejuízo para a população deste concelho e de todos os concelhos da área metropolitana.

Lusa

QUINTA-FEIRA, 13/12/2018

LOCAL SETÚBAL

GNR apreende artigos falsificados no mercado mensal A GNR apreendeu no mercado mensal de Grândola, no distrito de Setúbal, 101 peças de vestuário e calçado contrafeitos, num valor estimado em cerca de três mil euros.

Segundo um comunicado do Comando Territorial de Setúbal da GNR, a apreensão foi feita numa operação de fiscalização no mercado mensal de Grândola, no litoral alentejano,

destinada a detectar infracções no âmbito do regime de bens em circulação e de combate à contrafacção.

Os militares, que fiscalizaram o recinto da feira e as actividades de comércio,

identificaram um homem, de 32 anos, por ter na sua posse artigos contrafeitos. O suspeito foi constituído arguido e sujeito à medida de coação de termo de identidade e residência.

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GRÂNDOLA Roupa e calçado no valor de três mil euros

Seminário debate boas práticas para economia circular

CM SETÚBAL

Executivo quer município como exemplo europeu na área do ambiente

A Câmara de Setúbal afirma estar a implementar várias medidas para proteger o futuro ambiental do concelho.

Ontem, num debate sobre a economia circular, a vereadora do Ambiente afirmou que o executivo está empenhado em ser exemplo n a Europa

A

qualidade ambiental do concelho de Setúbal é uma das preocupações do executivo da Câmara de Setúbal. Quem o afirma é a vereadora do Ambiente, Carla Guerreiro, que esteve presente ontem, num seminário onde foram mencionadas as práticas da Câmara Municipal de Setúbal na promoção do desenvolvimento sustentável, tendo em conta a economia circular.

“Estamos verdadeiramente empenhados na melhoria da qualidade ambiental do concelho e a trabalhar para que Setúbal se torne um exemplo a nível europeu na área do am-

biente”, sublinhou a vereadora neste encontro organizado em parceria pela CCDRLVT – Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo e pelo município de Setúbal.

Foi altura para Carla Guerreiro lembrar que o município de Setúbal aderiu ao Pacto de Autarcas para o Clima e Energia, que contempla medidas de combate às alterações climáticas, e destacar também o projecto “Comunicação e Sensibilização em Cenários de Risco Associados às Alterações Climáticas”, o qual resultou de uma candidatura a fundos comunitários no âmbito do POSEUR. Além disso, a autarquia “assume práticas na gestão que visam a preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável”, refere nota do gabinete de comunicação da Câmara que dá o exemplo da recolha selectiva nos edifícios municipais, a reutilização de materiais em obras, a gestão de resíduos nos mercados municipais e a inclusão de critérios ambientais nos cadernos de encargos de aquisição de bens e serviços.

O esforço da Câmara em prol da qualidade ambiental “foi reconhecido, recentemente, pela Associação Bandeira Azul da Europa, que atribuiu a Setúbal a bandeira verde

ECO XXI, que confere o estatuto de Eco-Município”, acrescentou a vereadora.

O seminário “Economia Circular para a Região de Lisboa e Vale do Tejo” insere-se na preparação da Agenda Regional para a Economia Circular na Região de Lisboa e Vale do Tejo, no período 2020-2030, pela CCDRLVT. “Elaborámos uma metodologia de trabalho que envolve a realização de sessões de reflexão com a participação activa dos atores da região e a auscultação de todas as entidades com competências no território”, explicou a directora de Serviços de Desenvolvimento Regional da CCDRLVT, Ana Ramos.

O Pensamento Estratégico 2030 para a RLTV inclui a economia circular como um dos pilares estratégicos para o desenvolvimento regional, através da implementação de medidas que visem a redução dos consumos e do desperdício, para isso a CCDRLVT está a preparar documentos de apoio às autarquias para que “aproveitem as oportunidades de transição para a economia circular”, sublinhou Gonçalo Rodrigues, investigador da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, responsável pelo projecto no âmbito de um protocolo com a CCDRLVT.

MOITA Iniciativa “Tejo ConVida” recolheu 50 sacos

60 voluntários limpam lixo da Ilha do Rato Para preservar a qualidade ambiental da Ilha do Rato, um grupo de voluntários reuniu-se no passado sábado meterem-se abordo de embarcações tradicionais e apanharam o lixo que encontraram no areal

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Ilha do Rato, no Estuário do Tejo, está mais limpa. O projecto “Tejo ConVida”, com o apoio da Câmara Municipal e da Junta de Freguesia da Moita, Marinha do Tejo e Centro Náutico Moitense, mais de 60 pessoas participaram na iniciativa Ilha Limpa.

O varino “O Boa Viagem”, cedido pela Câmara da Moita, a canoa “Sal-

varam-me” e o catraio “Esperança” asseguraram o transporte dos participantes até à Ilha do Rato, onde decorreu a recolha de plásticos e vidros.

No regresso, os participantes entre crianças, jovens e adultos, trouxeram cerca de 50 sacos de 120lt, com o lixo já devidamente separado que os serviços da Câmara Municipal da Moita recolheram e encaminharam para tratamento.

Esta foi a segunda edição da “Ilha Limpa”, uma iniciativa que é dinamizada pelo Centro Náutico O projecto Tejo ConVida pretende dar a conhecer quem eram os arrais e as embarcações tradicionais que cruzavam o Tejo entre as duas margens transportando produtos hortícolas, pessoas e algumas a arte do cerco. Relembram assim toda uma actividade social ligada a uma realidade fluvial que teve o seu declínio com a construção das pontes no rio e no estuário do Tejo.

QUINTA-FEIRA 13/12/2018

ALMADA

LOCAL

O DIÁRIO DA REGIÃO DE SETÚBAL

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Mercado de Natal Amigo da Terra começou ontem

DIREITOS RESERVADOS

Comprar, comer e pedalar no centro da cidade em época natalícia Muçulmanos e católicos unidos em solidariedade

Comunidade Islâmica organiza almoço para ajudar famílias carenciadas Em momento de “coabitação salutar”, referido por Altaf Siddik da Comunidade Islâmica do Sul do Tejo, o Sheik David Munir lembrou que o nascimento de Jesus é reconhecido numa das passagens do Alcorão “como a chegada de um profeta mensageiro da palavra de Deus”

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Mercado de Natal Amigo da Terra, em Almada, com uma selecção de artigos de designers e artesãos de todo o país, abriu ontem, às 17h00 na Oficina da Cultura e Praça S. João Baptista. Com preocupações ecológicas e sociais, onde até a embalagem conta, “é espaço a visitar para adquirir um presente mais amigo do ambiente”, desafia a organização.

Bem no centro da cidade de Almada, até dia 16, é possível encontra propostas de 70 artesãos e marcas de todo o país. No exterior vão funcionar as tasquinhas com esplanadas onde se pode apreciar iguarias natalícias e também zonas destinadas a

concertos e animações.

Entre os presentes originais pode encontrar-se vestuário feito com matérias naturais, brinquedos de madeira, acessórios de moda upcycle, plantas, cosmética natural, kits para fazer a sua horta ou ter a sua própria criação de cogumelos e casas-ninho.

Em muitas das bancas haverá presentes a partir de 1 euro.

Durante os cinco dias do Mercado de Natal Amigo da Terra vão decorrer mais de 50 oficinas, todas gratuitas, onde se pode aprender a construir presentes, dando vida nova a materiais que iriam acabar no lixo. Também se pode aprender a fazer decorações de Natal mais ecológicas e fazer embrulhos com materiais naturais sem recurso a agrafos, fita-colas ou laçarotes, para baixar a pegada ecológica deste Natal.

Para aprender a fazer receitas saudáveis para o seu Natal e para o diaa-dia, durante este período vai decorrer um Show cooking com várias aulas práticas de cozinha dinamizadas por especialistas reconhecidos na matéria. Não é necessária inscrição prévia. Basta aparecer.

O centro da cidade será ainda ani-

mado por bandas e DJ’s com as suas diferentes sonoridades. Também estão previstas inúmeras actuações dos grupos que participam no programa “Do Natal aos Reis em Coro”, que trazem as músicas tradicionais da quadra a este mercado tão especial. Estão ainda programadas peças de teatro e animação de rua para pequenos e graúdos.

Outro dos pontos de atracção deste mercado será a banca da associação Amor Rafeiro. Aqui vai ser possível adoptar um cão ou um gato, ou simplesmente adquiri propostas de presentes para os seus amigos de quatro patas.

No domingo o desafio proposto pela organização, a Câmara de Almada, aos visitantes, é vestir algum acessório natalício e participar no ciclopasseio solidário Dois Pedais, Mais Natais. Na mochila os participantes podem trazer bens alimentares nãoperecíveis (como enlatados, bolachas, cereais, arroz, e outros alimentos embalados) para entregar à REFOOD de Almada, que os distribuirá por famílias carenciadas do concelho. O ponto de encontro é na Praça S. João Baptista, às 15h00.

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FOTOS: DIREITOS RESERVADOS

A Praça S. João Baptista é centro de animação em tempo de Natal.

A organização diz que que as propostas e surpresas são muitas e a diversão é garantida

comunidade Islâmica de Almada organizou, na passada segunda-feira, 9.º almoço solidário com o objectivo de apoiar famílias que são acompanhadas pelas equipas da Associação de Solidariedade e Desenvolvimento do Laranjeiro. Para além do carácter solidário, esta iniciativa ficou ainda a marcar um momento de “coabitação salutar” entre as várias entidades presentes, salientou Altaf Siddik, responsável pela Comunidade Islâ-

mica do Sul do Tejo.

Para além de membros da comunidade islâmica, estiveram sentados à mesa representantes da Câmara de Almada, caso da presidente Inês de Medeiros, da Polícia de Segurança Pública, de associações de solidariedade e ainda do clero como o Padre Daniel Miguel da Paróquia de Miratejo e o Padre, pároco da Cova da Piedade.

Entre os presentes esteve também o Sheik David Munir, imã da Mesquita Central de Lisboa, que recordou aos presentes que o nascimento de Jesus, momento para o qual caminhamos é reconhecido numa das passagens do Alcorão “como a chegada de um profeta mensageiro da palavra de Deus”.

Por sua vez Inês de Medeiros colocou no centro do seu discurso a palavra “dignidade”. A presidente da Câmara de Almada lembrou que o almoço este ano coincidiu com o dia em que se comemoram 70 anos da Convenção dos Direitos Humanos e que o encontro de partilha promovido pela Comunidade Islâmica de Almada “é uma demonstração plena do que esse conjunto de direitos preconiza”.

SOLIDARIEDADE. Padre Daniel Miguel e Altaf Siddik destacaram a união em prol da comunidade

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ESPECIAL TURISMO

O DIÁRIO DA REGIÃO DE SETÚBAL

QUINTA-FEIRA 13/12/2018

DIÁRIO DA REGIÃO

Vítor Costa, presidente da Entidade de Turismo da Região de Lisboa, aponta estratégia para crescimento

Futuro turístico passa por internacionalização da marca Arrábida com aeroporto no Montijo Estagnação do sector esperada enquanto não for resolvida a questão aeroportuária. Para já, dados indicam que Setúbal foi o segundo município a registar maior subida no turismo da região

POR FRANCISCO ALVES RITO Qual é a situação actual do turismo na região?

Os resultados têm sido bastante positivos. Os dados relativos ao alojamento mostram que, em 2017, a região cresceu bastante, tendo ganho 2,2% de quota de mercado no conjunto nacional. Internamente, todos os municípios cresceram, tendo sido Sintra e Setúbal os que mais subiram percentualmente, 20,8% e 14,4% respectivamente.

No caso de Sintra, estes dados indiciam que a estrutura do turismo se está a alterar, com aumento do

peso dos turistas que pernoitam e não apenas de visitantes diários.

No caso de Setúbal, este indicador aponta para uma cada vez maior relevância do turismo, no contexto da centralidade Arrábida. Outros indicadores, como intenções de investimento privado, desenvolvimento exponencial do alojamento local, interesse crescente por parte de prescritores e consumidores, entre outros, confirmam esta tendência.

Globalmente, a notoriedade e relevância da nossa marca regional “Lisboa” e dos seus conteúdos tem aumentado e o seu prestígio tem sido cada vez mais reconhecido, como o atestam, por exemplo os inúmeros prémios internacionais. Ainda recentemente, nos óscares do Turismo, os World Travel Awards, fomos reconhecidos como o Melhor Destino de Cidade do Mundo e como o Melhor Destino de City Breaks do Mundo, tendo ainda sido premiados os Parques de Sintra e os Hotéis Corinthia e Olissipo Lapa Palace.

Temos também a convicção de que a nossa região deu um contributo decisivo para que Portugal tenha sido distinguido como o Melhor Destino Turístico do Mundo.

Como comenta esses resultados?

Provam que estamos no caminho certo. A nossa região caracteriza-se por incluir a Capital do País e por haver uma distribuição não uniforme do turismo, com grande peso da cidade de Lisboa, além de Cascais, que é um destino conso-lidado, e de Sintra, com gran-

de peso de visitantes diários. O res- duziu resultados. Todos ganharam. to da região tem enormes recursos, Mas o grande mérito tem de ser asmas o peso do turis-mo é tradicio- sacado aos municípios e ao tecido nalmente menor. empresarial. Pode-se dizer que, na Perante esta situação há duas es- região de Lisboa, estamos todos a tratégias possíveis. A primeira, uma remar no mesmo sentido. O cenário estratégia “Robin Hood”, em que se seria perfeito se da parte da admipretende “tirar nistração cenaos ricos para tral houvesse dar aos poo mesmo emCentralidade bres”. Nesta vipenhamento e são, entendeisenção e se os -se que “Lisboa Arrábida, constituída fundos comuniseca tudo à volnão dispor Setúbal, Palmela tários ta” e que a mecriminassem a lhor solução é nossa região, e Sesimbra, tem tido ignorando as não só definir um caminho suas contradium desenvolvimento ções internas paralelo como até divergenem termos de muito significativo. desenvolvimente. Esta estratégia está votato turístico.

Há investimento da ao fracasso.

Foi este o camiA intensidanho seguido ao e projectos em curso de do turismo longo de décaem Lisboa já das, protagoniestá a ser aprozado pela antigas Regiões e Juntas veitada pelos destinos envolvende Turismo e pela Entidade Regio- tes? nal de Lisboa e Vale do Tejo, que anOs resultados obtidos são animatecedeu a nossa. Não só não atin- dores, mas é chegado o momento giu os objectivos, como aprofundou de procurarmos um novo patamar o fosso, e hoje já não tem pratica- de desenvolvimento turístico na remente defensores. gião de Lisboa. Penso que o nosso A alternativa que lançámos há desígnio para os próximos 5 anos cinco anos foi um conceito de “Hub deve ser passar de um destino/marTurístico”. Este conceito parte da ca “Lisboa” de 550 mil habitantes ideia de potenciar internacional- para um destino/marca “Lisboa” de mente a marca “Lisboa” como for- 2,8 milhões de habitantes, que é o ma de atrair cada vez mais fluxos conjunto da Área Metropolitana. Se turísticos, e de definir conteúdos o conseguirmos, teremos mais coemais abrangentes, estruturar pro- são interna e mais desenvolvimento dutos e distribuir esses fluxos. Foi para todas as parcelas do território, assim que definimos as centralida- e passaremos a poder aspirar a indes turísticas, como destinos/mar- tegrar o restrito grupo dos destinos cas a potenciar, a partir das suas urbanos europeus de primeira linha. identidades e recursos turísticos Para atingir este objectivo há três próprios. Neste quadro, demos uma condições base: marca internacionova abrangência territorial à Cen- nal, conteúdos e mobilidade. Destralidade Lisboa, potenciámos de logo, é preciso cavalgar a onda as Centralidades Cascais e e continuar a apostar na atractiviSintra e definimos as cen- dade da marca Lisboa. Continuar a tralidades Arrábida e apostar nas centralidades, avaliar o Arco do Tejo. A conjuga- 'up grade' de algumas das centração destes dois facto- lidades como, por exemplo, passar res – marca regional a considerar a Arrábida como Mare centralidades – pro- ca Internacional. Mas esta estratégia só resultará se forem resolvidas as questões da mobilidade externa e interna. A mobilidade externa passa por resolver a questão aeroportuária, sem a qual estagnaremos.

A mobilidade interna pressupõe a facilidade e qualidade de circula-

ção entre pontos turísticos, nomeadamente entre aeroportos, centralidades e atracções, e a facilidade e qualidade de circulação entre as centralidades. Isto implica investimentos em infra-estruturas e a prioridade absoluta aos transporte públicos em todos os modos: fluvial, terrestre, ferroviário, metros, etc. A isto acresce a necessidade de investimento privado, principalmente no alojamento.

E a situação na Península de Setúbal?

No actual Plano Estratégico considerámos três realidades diferentes na Península de Setúbal. A primeira foi a centrali-dade Arrábida, constituída pelos Municípios de Setúbal, Palmela e Sesimbra, com grande enfoque nos produtos turismo de natureza, enoturismo, Sol e mar e gastronomia. Esta centralidade tem tido um desenvolvimento muito significativo, há uma grande aposta no turismo por parte dos municípios, há investimento e há muitos projectos em curso, nomeadamente na área do alojamento. No próximo Plano Estratégico deveremos equacionar a elevação desta realidade a marca internacional.

A segunda realidade foi a identificação da centralidade Arco do Tejo, constituída pelos municípios do Seixal, Barreiro, Alcochete, Moita e Montijo, a que juntámos Vila Franca de Xira, que tem traços identificadores comuns, baseados no rio Tejo.

Neste território, o desenvolvimento do turismo é mais incipiente e o trabalho começou num estágio mais atra-sado, mas foram dados passos muito importantes. A construção do Aeroporto de Lisboa-Montijo vai ser o elemento catalisador do desenvolvimento acelerado desta região.

Finalmente, o nosso Plano considerou que Almada, pela proximidade e íntima articulação com a Cidade de Lisboa, deveria fazer parte da Centralidade Lisboa.

Que trabalho tem sido feito para que a margem sul aproveite a intensidade de Lisboa?

A nossa primeira prioridade foi definir uma estratégia disruptiva para romper com uma letargia que tinha impedido o crescimento turístico de uma zona com extraordinários recursos. Essa estratégia foi consensualizada e adoptada, não

DIÁRIO DA REGIÃO

QUINTA-FEIRA 13/12/2018

só pela ERT, mas também pelos municípios e pelas empresas, e hoje já está a produzir resultados.

Toda a intervenção directa da ERT foi direccionada nesse sentido. Modernizámos as instalações da nossa delegação de Setúbal e criámos aí um centro de divulgação da Arrábida, o “Ask me Arrabida”, concebemos e consolidámos, em conjunto com as CVRs, um grande evento regular destinado a promover o enoturismo, “Vinhos no Pátio”, fizemos uma parceria com a TAP, no âmbito do programa “Stopover”, incluindo experiências ligadas ao turismo da natureza e enoturismo, estabelecemos uma parceria com a AHRESP no âmbito do conceito Quality, visando a qualificação do alojamento local, desenvolvemos campanhas de promoção no mercado interior alargado, etc.

Como vê a formação profissional para o sector na região?

Esse é um problema nacional, que também afecta a nossa região.

A qualidade das escolas de hotelaria é boa, há mais alguma oferta complementar, mas todos reconhecem que existe um 'déficit' de mão de obra, designadamente qualificada, e isso pode vir a constituir um factor de bloqueio.

Hoje é prestigiante trabalhar no Turismo. O problema agora é conseguirmos ter capacidade de resposta

ESPECIAL TURISMO

O DIÁRIO DA REGIÃO DE SETÚBAL face à procura e de reter os nossos jovens. Um dos problemas que agravam essa situação são as baixas remunerações, nomeadamente face a outros países. Fica caro ao erário público e às próprias empresas estar a investir na formação de bons profissionais para depois eles irem aplicar os seus conhecimentos noutros países, atraídos por melhores salários.

A qualificação é satisfatória? O 'boom' de restaurantes com novos chefs, por exemplo, está ao nível da qualidade e valor que precisamos?

A gastronomia é um dos factores que os turistas mais valorizam nos inquéritos regulares que fazemos. É um dos mais importantes qualificadores da nossa oferta turística.

Mas, nesta matéria como noutras, devemos saber bem o que queremos. Julgo que não temos condições para sermos um destino gastronómico, no sentido de esse ser um produto turístico por si só. Isto não significa dar menos importância à gastronomia, aos inúmeros eventos que se organizam sob esse tema, à renovação e inovação que se está a verificar a nível de restaurantes, à promoção da gastronomia, ao prestígio crescente dos nossos chefs consagrados e ao aparecimento

de outros, etc. A evolução verificada tem sido excepcional e os turistas gostam.

Sobre a sobrelotação do aeroporto de Lisboa; que custos está a ter para o turismo?

Lisboa necessita de ter infra-estruturas aeroportuárias adequadas

A centralidade Arco do Tejo, com Seixal, Barreiro, Alcochete, Moita e Montijo tem desenvolvimento mais incipiente, mas foram dados passos importantes dentro da sua área metropolitana, até porque cerca de 90% da procura turística depende desse meio, dada a sua localização. O aeroporto da Portela está a atingir limites quase inconcebíveis, em virtude dos crescimentos dos últimos anos. Tais crescimentos são motivados essencialmente por dois fatores: cresci-

mento do Turismo e desenvolvimento do Hub da TAP. O problema tem de ser resolvido, adequando-se a oferta aeroportuária às nossas necessidades de desenvolvimento. As soluções concretas para resolver este problema não são consensuais na nossa região e todas as opiniões são respeitáveis. Porém, as soluções do passado, incluindo a opção de construir por fases o novo aeroporto, têm subjacente o encerramento a prazo da Portela, que é um dos grandes factores de competitividade de Lisboa. Se a Portela tivesse sido deslocalizada não teríamos tido o desenvolvimento do turismo que tivemos e não estaríamos hoje a discutir um melhor aproveitamento dos seus benefícios por todo o território mas, provavelmente, debateríamos o que fazer com um elefante branco e com uma enorme crise na oferta.

Por isso, a solução que actualmente está em cima da mesa – melhoria da Portela e construção do aeroporto no Montijo – parece a mais adequada em termos de investimento, de tempo e de competitividade, nomeadamente para a Península de Setúbal.

Há, no entanto, algumas condi-

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ções que devem ser cumpridas. Primeiro, em termos de marketing territorial, as duas infra-estruturas devem ser consideradas no seu conjunto como constituindo o aeroporto de Lisboa, com duas componentes: Lisboa-Humberto Delgado e Lisboa-Montijo. Parece um detalhe, mas não é. Esta solução evitará que os consumidores turistas estrangeiros considerem que, ao aterrarem no Montijo, ficam fora e longe de Lisboa, o que é muito importante.

Outro aspecto é o da mobilidade interna na região. Não só a mobilidade de e para os aeroportos, mas entre os vários municípios da Região, seja na Península de Setúbal, seja na zona Norte, seja entre as duas margens.

O crescimento exponencial do turismo vai manter-se ainda pelo menos a médio prazo?

No imediato esperamos alguma estagnação, pelo menos até à resolução da questão aeroportuária. Mas essa estagnação não será uniforme na região, sendo provável que as zonas menos desenvolvidas cresçam mais, proporcionalmente.

Com a nova resposta aeroportuária e com o aprofundar da estratégia do turismo para a região, é de esperar um novo ciclo de grande crescimento. Mas convém ter sempre presente que o Turismo é sensível a factores imprevisíveis.

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ESPECIAL TURISMO

MOITA

QUINTA-FEIRA 13/12/2018

O DIÁRIO DA REGIÃO DE SETÚBAL

Cultura e tradições ligadas ao rio são a centralidade do turismo no concelho

A aposta na comunicação e divulgação dos territórios a sul do Tejo, a captação de investidores no alojamento local e a cultura ribeirinha, são para Rui Garcia factores essenciais na afirmação turística da Moita perante a região de Lisboa

DIREITOS RESERVADOS

Rui Garcia quer Turismo de Portugal a investir mais no arco ribeirinho sul

POR ANA MARTINS VENTURA

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m entrevista a O SETUBALENSE-DIÁRIO DA REGIÃO, com enfoque nas potencialidades do turismo para o desenvolvimento dos territórios da Margem Sul do Tejo, Rui Garcia, presidente da Câmara da Moita, destaca a necessidade do Turismo de Portugal apostar na comunicação e comenta um futuro voltado para o desenvolvimento, tendo o Tejo como centralidade.

Na abordagem ao turismo como factor de desenvolvimento dos municípios da Área Metropolitana de Lisboa, Rui Garcia destaca os territórios a sul, como donos de potencialidades únicas. Cultura e identidade próprias. “Mas ainda à espera de acções concretas por parte do Turismo de Portugal”.

Para o autarca, “a margem sul, no eixo que vai de Alcochete até Almada, é uma das vertentes que precisa ser tida em conta no crescimento do turismo”.

Um contexto em que a Moita, conjuntamente com os outros municípios do arco – Alcochete, Montijo, Barreiro, Seixal e Almada -, “entende que é possível apostar mais nesta margem e nesta realidade, promovendo uma oferta complementar a Lisboa”.

Sobre a aposta do crescimento económico a nível nacional, tendo como centralidade o turismo, Rui Garcia alerta, “o turismo não pode ser visto como remédio para todos os males, porque algum dia este crescimento vai parar”.

Contudo, apesar da ponderação em relação ao futuro mais longínquo, o também presidente do Conselho

Construção tradicional naval a caminho da UNESCO Rui Garcia destaca 2018, pelo alargamento da época de actividades ligadas ao rio, “passando de um período que iniciava em Julho e acabava em Setembro, para um período que agora inicia em Maio e vai até Novembro”.

Neste contexto de forte culturalidade ribeirinha, a Câmara Municipal da Moita está a preparar uma canDirectivo da Associação de Municípios da Região de Setúbal reforça que, actualmente, “o turismo ainda tem muito para crescer e dar”. E é neste contexto que a actividade turística a ser desenvolvida na Moita, será importante para o crescimento económico do concelho e da região.

Turismo de Portugal continua centrado nas grandes cidades Questionado sobre o que falta aos municípios a sul do Tejo para desenvolver todo o seu potencial turístico, Rui Garcia define duas acções: comunicação e investimento.

“Cremos que é possível que esta sub-região beneficie também de uma expansão de visitantes, oferecendo programas de visita de curta duração,

didatura da construção tradicional naval a património imaterial da UNESCO. Uma iniciativa desenvolvida no âmbito do projecto central “Património Moita, Património Tejo”, que no fim do primeiro trimestre de 2019 a autarquia espera associar a um conjunto de iniciativas e acções que incentivem a visibilidade e vaque possam ser complementares a Lisboa”.

Dinâmicas que, no parecer de Rui Garcia, não dependem só dos municípios. “O Turismo de Portugal é responsável pela promoção do país nos mercados estrangeiros. E tem que haver um alargar daquilo que é mostrado ao potencial visitante estrangeiro”.

Do ponto de vista do plano estratégico para o desenvolvimento do turismo na região de Lisboa, Rui Garcia considera que este é “correcto nas suas linhas fundamentais”, com objectivos traçados para a península de Setúbal. “Mas, depois em termos da acção concreta, da promoção desta região e investimentos, consideramos que continua a haver lacunas graves”.

lorização das actividades ribeirinhas.

A promoção da construção tradicional naval não será assumida pelo município como um ponto de ganhos económicos. “A autarquia mantém o varino Boa Viagem em actividade e a efectuar os seus passeios icónicos pelo Mar da Palha com a mesma razoabilidade que outro município “Faltam grandes investidores e acções por parte do Governo” No modo como estas lacunas poderiam ser colmatadas o presidente da Câmara Municipal da Moita é determinante, “faltam grandes investidores”.

Um contexto em que enumera, “todos os anos abrem muitas unidades hoteleiras em Lisboa e de facto está a faltar que esse investimento se espalhe um pouco mais pelas outras regiões”.

Na Moita, os terrenos para investimentos hoteleiros estão disponíveis, mas o interesse da parte de grandes investidores para a criação de unidades hoteleiras continua a não ser destacado. E essa é uma das apostas do município para os próximos anos.

Para que esse investimento seja uma realidade exequível, Rui Garcia

mantém um museu”.

Para Rui Garcia é isso que o varino é. “Um museu móvel. Um museu vivo. E os museus não são para ganhar dinheiro. Mantêm-se pela representação da identidade cultural”, sendo esse grande potencial de atracção turística na Moita “a identidade, cultura e tradições ligadas ao rio”. considera essencial o arco ribeirinho sul manter a atractividade o ano inteiro, “para que seja interessante para o investidor estar aqui”.

Actualmente, a época forte dos municípios a sul de Lisboa centra-se no Verão, com actividades dedicadas ao rio, eventos e festas tradicionais.

“Não temos uma oferta que se reparta homogeneamente ao longo do ano e precisamos criar factores de interesse no nosso território”.

O rio e a cultura tradicional em torno das embarcações do Tejo têm na Moita “a mais forte expressão de todo o Estuário [do Tejo]”, assume Rui Garcia.

Uma cultura que pode ser e é “um factor de captação de visitantes”, através dos passeios de barco no rio e das zonas ribeirinhas que se estendem ao longo da bacia do Tejo.

DIÁRIO DA REGIÃO

QUINTA-FEIRA 13/12/2018

ESPECIAL TURISMO

O DIÁRIO DA REGIÃO DE SETÚBAL

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(FOTOS: DIREITOS RESERVADOS)

Francisco Jesus, presidente da Câmara Municipal de Sesimbra

“Sesimbra tem registado um crescimento económico muito significativo” Conhecida pelas praias e bom peixe, a vila de Sesimbra tem aproveitado o aumento da procura turística e actividade da pesca para impulsionar a economia local. O presidente da Câmara de Sesimbra, Francisco Jesus, fala das dinâmicas que estão acostadas a este crescimento

POR HUMBERTO LAMEIRAS

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om o turismo a desenvolver-se durante todo o ano, a actividade da pesca consolidada e o Porto de Sesimbra considerado um dos mais importantes do país em termos de volume de pescado e em valor de transacção, o concelho de Sesimbra tem registado “um crescimento económico muito significativo”, interpreta o presidente da Câmara, Francisco Jesus.

O “crescimento” destas duas actividades tem incentivado o surgimento de um conjunto de empresas e investimentos ligados a cada uma delas, que por sua vez “geram emprego”. Ao mesmo tempo tem surgido um conjunto de pequenos negócios relacionados com os produtos tradicionais, “que hoje já têm algum peso na economia local”, acrescenta o autarca.

O aumento de veraneantes que procuram a vila tem atraído um conjunto de projectos hoteleiros que “consideramos muito interessantes”, refere o edil. Na sua maioria são “projectos associados a unida-

des de alojamento desactivadas há alguns anos na envolvente do município”. Estes investimentos são uma “mais-valia, não apenas em termos de turismo, mas também em termos de reabilitação, ordenamento urbano e paisagístico”.

Como exemplos, Francisco Jesus aponta “as Vilas de Sesimbra, empreendimento de grande qualidade, numa localização única, sobre a vila e o mar, que está a ser recuperado pelo IR Group, ou o Sesimbra Shell, um edifício na primeira linha de mar, junto à Praia do Ouro, que não foi concluído por falência do construtor, e que foi adquirido pelo Grupo Turim, que já iniciou os trabalhos de recuperação”.

Junto à mesma praia há ainda “um empreendimento com cerca de 200 apartamentos para o qual se perspectiva uma operação turística a breve prazo, para além de outros investimentos turísticos previstos”.

Quanto ao eixo Lagoa de Albufeira – Meco – Cabo Espichel, ao qual a Câmara está a dar “especial atenção”, existem projectos de grupos internacionais com forte componente ecológica, que poderão contribuir para que Sesimbra “se destaque na rota do turismo sustentável e de natureza a nível europeu”.

Para além do investimento privado já realizado, o presidente chama a atenção que a Câmara continua a prover a atractibilidade do concelho, uma das medidas para captar o interesse de investidores e a criação de emprego consiste na “isenção, por um período de três anos, aos sujeitos passivos que instalem a sede social no concelho, bem como àqueles que já tendo a sua sede social criem e mantenham postos de trabalho efectivos”.

Para manter o negócio do turis-

mo a pulsar no concelho, Francisco Jesus refere a aposta municipal em medidas de requalificação urbana da vila de Sesimbra, com “especial destaque para a marginal e núcleo urbano antigo, o restauro da Fortaleza de Santiago e a instalação do Museu Marítimo no seu interior e a requalificação do Castelo de Sesimbra”. Outro dos casos é recuperação do conjunto arquitectóni-

co do Cabo Espichel para fins turísticos, “embora mantendo a sua componente religiosa”.

Sendo a pesca o outro sector determinante para a economia da vila o edil garante que está atento às condições de trabalho para “os nossos homens do mar”. A construção de uma variante ao Porto de Abrigo, uma obra da Administração Central que “tarda em avançar, embora seja unanimemente reconhecida a sua importância, é determinante para o município e vamos continuar a lutar para que seja uma realidade em breve”.

A promoção dos produtos tradicionais do campo, como a Maçã Camoesa, a Farinha Torrada, o Pão Ca-

seiro em Forno a Lenha, e o apoio aos pequenos produtores “é uma estratégia que tem dado excelentes resultados e que pretendemos reforçar”, acrescenta.

Outra das apostas do executivo municipal é atrair e apoiar novos empresários que pretendem lançar a sua actividade no concelho.

Em 2016 abriu um Centro de Incubação de Empresas que, além de proporcionar negócios, disponibiliza um conjunto de formações, que têm contribuído para qualificar a mão-de-obra e para incentivar o surgimento de novos negócios.

“O lançamento da marca “Sesimbra”, em Maio deste ano, tem contribuído para consolidar a nos-

sa imagem como destino turístico, e para reforçar a atractividade e a imagem do município”, comenta Francisco Jesus que refere ainda o trabalho desenvolvido para a “valorização” do pescado de Sesimbra, lançado em 2013 em parceria com o Turiforum – conjunto de empresários da área do turismo –, “teve um resultado bastante positivo ao nível do consumo de pescado”.

As estratégias desenvolvidas pela Câmara para promover a economia local tiveram impacto também na actividade de mergulho que neste momento é uma das imagens de marca do concelho que “cresceu significativamente quando em 2006 resolvemos fazer uma aposta clara na sua promoção, tanto em diversas feiras e certames, como no apoio ao Réveillon Subaquático”, relembra o presidente.

Ainda na promoção desta actividade de mar, recente o município foi integrado no WAOH! – The Wildsea Atlantic Ocean Heritage Route – A Dive Into Adventure, um roteiro que vai ligar dez destinos de mergulho de excelência ao longo de cinco mil quilómetros da costa atlântica europeia. Destaque também para a intenção de certificar Sesimbra como Estação Náutica.

DIÁRIO DA REGIÃO

QUINTA-FEIRA 22/09/2018

O DIÁRIO DA REGIÃO DE SETÚBAL

LOCAL

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14 ESPECIAL TURISMO

QUINTA-FEIRA 13/12/2018

O DIÁRIO DA REGIÃO DE SETÚBAL

DIÁRIO DA REGIÃO

Joaquim Santos, Presidente da Câmara Municipal do Seixal

“O Seixal é um concelho jovem e dinâmico, que tem vindo a crescer e a desenvolver-se” De 2016 para 2017 o sector do turismo no concelho do Seixal cresceu 65% e o número de dormidas por cidadãos estrageiros atingiu os 51%. São números que o presidente da Câmara, Joaquim Santos, aponta para afirmar um município de investimento

O

Seixal é um dos concelhos da Área Metropolitana de Lisboa que mais se tem desenvolvido nos últimos anos. Com um crescimento demográfico significativo que o coloca, segundo o Censos 2011, como o segundo mais populoso do distrito de Setúbal, está na linha da frente quanto a investimentos decididos e espectáveis. Este quadro económico irá implicar mais postos de trabalho, e mais ainda poderão ser quando o indicar da procura turística revela crescimento.

“O Seixal é um concelho jovem e dinâmico, que tem vindo a crescer e a desenvolver-se, atraindo cada vez mais visitantes, moradores ou potenciais investidores que reconhecem o valor deste território”,

pretende criar novos produtos turísticos assentes na sua potenciação”.

Neste momento moment no concelho estão em ccurso projectos que permit permitirão reabilitar toda a zona zona, entre eles o Hotel Mundet, Mundet o Hotel da Quinta da Trind Trindade, o Porto de Recreio do Seixal – Hotel Largo dos Restauradores, o Eco Resort d Seixal na do restinga da Ponta dos Corvos ou o Hotel e Porto de Recreio de JOAQUIM SANTOS. Neste momento estão em curso vários projectos para a dinami Amora.

No que diz o presidente da Câmara, Joa- no Posto Municipal de Turismo cres- se refere à indústria, logística e serquim Santos. Refere ainda que “há ceu 166%, sendo que em 2017 veri- viços, o município do Seixal “está alguns anos poucos falariam no ficou-se um aumento de 51% no nú- neste momento em condições de Seixal como um destino turístico de mero de dormidas estrangeiras”. receber qualquer projecto, tendo eleição, e hoje são muitos os proO aumento também se fez sen- em conta que no Plano Director Mujectos em desenvolvimento e cada tir no alojamento local, sendo que nicipal publicado em 2015 se afecvez mais os que nos procuram”. “em 2017 existiam no concelho taram mais de 950 hectares a esBoa parte deste resultado advém 63 estabelecimentos e até Julho tes sectores”. Diz ainda Joaquim do “trabalho de promoção que a Câ- de 2018 foram registados 67 no- Santos que “ fruto dessa capacidamara Municipal do Seixal tem vindo vos alojamentos, mais do dobro de de planeamento e da divulgação a desenvolver, em Portugal e no es- daqueles que existiam no final destes territórios, vamos ter em bretrangeiro”, com isto “o número de do ano passado”, cita o presiden- ve no concelho a instalação de uma turistas aumentou de 2016 para te que distingue a Baía do Seixal, indústria da área das ciências da 2017 em 65% e o número de dormi- com quase 500 hectares, como “o saúde, que representará um invesdas por parte de cidadãos estrangei- recurso natural mais valioso do timento de 200 milhões de euros e ros aumentou 51%. Já no 1.º semes- concelho e um dos maiores polos a criação de mais de 200 postos de tre de 2018, o número de visitantes de atracção, pelo que a autarquia trabalho directos”.

No Seixal também se tem feito sentir o “aumento da procura do mercado da habitação e residencial, pelo que estão a surgir no concelho vários empreendimentos de elevada qualidade, como é o caso da Quinta da Trindade, da Herdade do Pinhão ou do Monteverde”.

Outro argumento em favor oferta diversificada existente no concelho são os núcleos do Ecomuseu Municipal que permitem conhecer o património local, bem como a história, “com destaque para o Núcleo Naval, Moinho de Maré de Corroios e exposições da Mundet, e ainda para a Quinta da Fidalga, para a Oficina de Artes Manuel Cargaleiro e para as duas embarcações tradicionais do estuário do Tejo, onde a bordo é possível passear pela Baía do Seixal e conhecer a sua fauna e flora, bem como o património que se encontra ao longo das margens”.

O presidente Joaquim Santos reflecte ainda que ao “longo de todo o ano, o concelho proporciona também programas regulares de actividades culturais e desportivas para todos. Pelos equipamentos culturais passam várias referências da cultura portuguesa e internacional, privilegiando assim os munícipes que não precisam sair do concelho para ter acesso a bons espectáculos, como está a acontecer com o Festival de Teatro ou a Aldeia Natal do Seixal”.

Álvaro Beijinha realça crescimento do sector no concelho com números

“O turismo é o principal motor da economia O presidente da Câmara lembra que este foi o concelho do litoral alentejano que mais cresceu a nível turístico nos últimos anos.

Implementação de PDM de última geração foi factor decisivo

A

entrada em vigor, há dois anos, do Plano Director Municipal (PDM) de última geração foi um dos principais factores que contribuíram para uma mudança de paradigma em Santiago do Cacém, permitindo ao sector turístico assumir-se como primeira mola de impulsio-

namento do crescimento económico do concelho. Álvaro Beijinha, presidente da Câmara Municipal, não tem dúvidas – “O turismo é o principal motor de crescimento da economia do País e, naturalmente, de Santiago do Cacém”, afirma –, sublinhando a vantagem que o instrumento de gestão do território municipal (PDM) aportou, sobretudo, ao investimento turístico no concelho.

Os dados, de resto, são bastante animadores e sustentam a análise do autarca. “Santiago do Cacém tem crescido, indiscutivelmente, do ponto de vista turístico com uma procura cada vez maior do concelho por parte dos turistas quer nacionais, quer estrangeiros. Foi o concelho do litoral alentejano que mais cresceu ao nível do turismo

nos últimos anos”, reforça, ao mesmo tempo que apresenta os indicadores mais recentes.

“Em 2017, segundo os dados do INE, o número de dormidas no município de Santiago do Cacém ultrapassou a barreira das 100 mil. Registando 30,9% a variação do número de dormidas entre 2016 e 2017.

A variação no número de dormidas entre 2014-2017 atingiu os 94,4%, o mais alto em comparação com qualquer outro concelho”, revela, realçando de seguida: “Nos proveitos que as empresas obtiveram, relativamente aos alojamentos, Santiago do Cacém registou em 2017 a barreira dos 5 milhões de euros/ano obtendo um crescimento de 46,1% em relação ao ano anterior e de 126,8% entre 2014 e 2017.”

ÁLVARO BEIJINHA. A Cãmara apresentou uma candidatura a fundos da União Europeia p

DIÁRIO DA REGIÃO

QUINTA-FEIRA 13/12/2018

ESPECIAL TURISMO

O DIÁRIO DA REGIÃO DE SETÚBAL

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António Figueira Mendes realça estratégia municipal e admite crescimento turístico no concelho

“Vamos alcançar resultados bastante positivos” O presidente da Câmara mostra-se confiante face aos indicadores relativos a 2018.

E lembra o trabalho que tem sido desenvolvido pela autarquia nas várias vertentes do sector para potenciar o concelho

O

ano ainda não fechou mas os indicadores apontam para “resultados bastantes positivos” no concelho de Grândola em termos turísticos. Nada de surpreendente, até porque os novos números vêm na senda de um crescimento do sector que se tem feito notar no município nos últimos tempos, conforme afirma António Figueira Mendes, presidente da Câmara Municipal.

“Apesar de ainda não estarem fechados os números deste ano, mas tendo em conta o 'feedback' que vamos tendo dos empresários do sector, tudo indica que o concelho voltará a alcançar resultados bastante positivos, na linha do que têm sido os anos anteriores”, diz o autarca eleito pela CDU. Essenciais para a consolidação e reforço de Grândola enquanto destino turístico, defende, são “a diversificação da oferta e o combate à sazonalidade, a par da estruturação de novos investimentos

acrescenta, sem esquecer o recente lançamento de um site dedicado ao turismo, que pode ser consultado em www.visitgrandola.com, através do qual a Câmara dá a conhecer toda a oferta municipal.

Território único

contribuirão para atrair mais turistas ao Centro Tradicional de Grândola, nomeadamente, a Casa Mostra de Produtos Endógenos, já em funcionamento, e o Núcleo Museológico da Igreja de São Pedro, em fase final de obra”, lembra, destacando que, paralelamente, foram reforçados “alguns dos grandes eventos do concelho”, como a Feira de Agosto e as Comemorações do 25 de Abril, e criados outros novos, como a Ar Puro - Feira de Caça, Pesca e Actividades de Ar Livre, as Semanas Gastronómicas e o Ultra Trail Serra de Grândola. “Ao nível promocional, temos fomentado uma ampla articulação com as entidades responsáveis pela promoção turística do País – designadamente no quadro regional –, de modo a aumentar a visibilidade do destino turístico e a atingir novos mercados”,

Grândola, de resto, apresenta atractivos únicos. “Contempla mar, serra e planície. É um território único, com inúmeras e diversificadas potencialidades. A frente atlântica com 45 quilómetros de praias acessíveis, de areias douradas e águas cristalinas; a cuidada preservação natural e ambiental dos habitats; a genuinidade dos espaços rurais e das pequenas aldeias; a gastronomia rica e diversa, combinando os aromas do mar com os sabores típicos do Alentejo; a enologia, com vinhos que têm conquistado medalhas e apreciadores”, enumera o autarca, destacando ainda outros atractivos a ter em conta. “O património histórico e cultural de relevo, desde a pré-história aos nossos dias, de que as Ruínas Romanas de Tróia são claro exemplo; o património industrial valioso de que a Aldeia Mineira do Lousal, hoje um museu vivo e interactivo da gesta mineira, é paradigma; os alojamentos turísticos de excelência, reconhecidos mundialmente e, fundamentalmente, a fraternidade do seu povo, para sempre associado aos valores da liberdade, democracia e solidariedade resgatados em Abril de 1974”, concluiu.

ta uma enorme variedade de espécies animais e que recebe, anualmente, mais de 150 mil visitantes”.

A concluir, Álvaro Beijinha garante que “a requalificação das cidades, vilas e aldeias do concelho, tornan-

do-as mais atractivas e devolvendo-as às pessoas, é uma área de actuação em que a Câmara Municipal está amplamente envolvida” e que contribui igualmente para os resultados conseguidos.

ANTÓNIO FIGUEIRA MENDES. A diversificação da oferta e novos investimentos são essênciais para o turismo em Grândola

com forte capacidade de atracção, o alargamento da oferta a diferentes públicos e a crescente complementaridade de produtos turísticos”. Isto, sublinha, “aliando Sol e mar ao potencial rural e à oferta cultural, gastronómica e patrimo-

nial que distinguem o concelho” do litoral alentejano.

António Figueira Mendes realça a acção da autarquia de forma a aumentar a atractividade do território. “Temos apostado na criação de novos espaços municipais, que

Herdade da Comporta pode desenvolver concelho O presidente da Câmara Municipal abordou ainda as expectativas do município face à nova realidade da Herdade da Comporta. “Este era um processo complexo, que já se arrastava há vários anos. Esperamos que os novos proprietários concretizem os importantes investimentos previs-

tos para o concelho de Grândola, mais concretamente na freguesia de Carvalhal, contribuindo desta forma para o desenvolvimento, sustentável e harmonioso, do território e para a afirmação e reforço do concelho de Grândola enquanto destino turístico de excelência”, revelou.

de Santiago do Cacém” Estratégia de sucesso

a para a criação de uma Rota por Santiago

Álvaro Beijinha considera que o aumento do fluxo turístico “reflecte a estratégia municipal” ao nível da promoção e, nesse campo particular, aponta vários exemplos. “A participação na BTL, a integração de delegações a nível internacional, a organização de feiras e certames, de festivais gastronómicos (da enguia da Lagoa de Santo André e do tomate em Alvalade), de iniciativas culturais onde a Câmara é organizadora e/ou parceira, a criação da Rota dos Museus, a parceria com a Direcção Regional de Cultura do Alentejo para dinamização das Ruínas Romanas de Miróbriga, bem como a revitalização do património”, enumera, lembrando que recentemente a Câmara Mu-

nicipal “apresentou uma candidatura a fundos da União Europeia para a criação da Rota por Santiago”.

O presidente da autarquia destaca também, como factor relevante para o bom desempenho da actividade turística no concelho, “a dinâmica que tem evidenciado o projecto da Rota Vicentina”, que privilegia “uma integração da oferta e dinâmica turística com a comunidade local e explora como principais factores de atracção a paisagem, o património natural, histórico e cultural, os recursos turísticos e a natureza pública dos caminhos”. E salienta ainda que é neste território que se insere “a Reserva Natural da Lagoa de Santo André e da Sancha e o Badoca Park”, este último “um espaço temático que compor-

Destino turístico competitivo projectado Para o autarca, o trabalho municipal desenvolvido tem “resultado num investimento púbico cada vez maior no território”, o qual tem permitido alavancar o investimento privado “fruto de contactos permanentes com os investidores”. O futuro passa por uma aposta ainda mais forte no sector. “Projectamos construir um destino turístico competitivo no concelho

de Santiago do Cacém, criando condições para o desenvolvimento de um sistema de actividades de turismo e lazer que valorizem os recursos e as identidades locais, de forma a corresponderem às oportunidades do futuro, no prosseguimento de objectivos de desenvolvimento económico, qualidade de vida das populações e sustentabilidade no longo prazo”, aponta.

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ESPECIAL TURISMO

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O DIÁRIO DA REGIÃO DE SETÚBAL

António Ceia da Silva, presidente Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo

O sector do turismo é um dos mais competitivos da economia nacional e também um dos que permite maior variação. Para manter a região do Alentejo em linha ascendente, o presidente da entidade regional de turismo exige “excelência”

FOTOS: DIREITOS RESERVADOS

“A procura turística no Alentejo continua com números macro e micro económicos positivos”

POR HUMBERTO LAMEIRAS

O

Alentejo está cada vez mais consolidado nos roteiros turísticos de Portugal, e resto da Europa. Nos indicadores estatísticos relativos ao sector do turismo nas várias regiões do país, “continua a crescer”, afirma o presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo (ERTAR). António Ceia da Silva vinca que esta “é das poucas zonas do país que continua com números, macro e micro económicos positivos”, relativos ao sector do turismo.

Especificando os indicadores da procura, o Alentejo “além do aumento das dormidas, apresenta aumento dos proveitos acima dos 20%”, o que significa que “o turista de hoje é diferente: tem mais poder económico, é mais exigente e mais qualificado”, interpreta António Ceia da Silva. Tendo por base esta análise, a ERTAR aplica-se em patamares de trabalhar a região com “critérios de exigência e qualificação”.

Uma das evidências da aplicação destes critérios é a região do Alentejo ser “a única a fazer o processo de certificação biosfera em Portugal, o qual é reconhecida UNESCO e Organização Mundial de Turismo”, diz o presidente da ERTAR. “Este ano estamos a certificar o alojamento este ano”, refere.

E o caminho da certificação continua pretendendo a entidade “certificar o turismo em espaço rural já para o

ano, e depois a animação turística e os locais de interesse turístico”, diz o presidente reafirmando que “há de facto uma preocupação nossa pela qualidade e pela excelência dos serviços prestados”.

Outro aspecto de diferenciação da região do Alentejo é ser “a única” com um observatório de turismo sustentável da Organização Mundial de Turismo em Portugal. “O 3.º na Europa

“Há de facto uma preocupação nossa pela qualidade e pela excelência dos serviços prestados”

e o 28.º no Mundo, o que representa a nossa preocupação pelas questões da qualidade e da excelência”.

Nos projectos da ERTAR, e sempre dentro da constante de excelência, está a ser lançado o guia do enoturismo, a ser dado mais enfase no Litoral Alentejano e a ser estruturada a Rota do Património Cultural e Material com o objectivo de dar a conhecer ao turista artes e tradições

do Alentejo. A tudo isto, acrescenta António Ceia da Silva que está a ser implementada a rota dos Caminhos de Santiago que passam pelo Litoral Alentejano que constituem “mais de mil e trezentos quilómetros sinalizáveis”, a serem percorridos em caminhada ou bicicleta.

“Há de facto um trabalho muito profundo no Alentejo, e isso tem feito a diferença naquilo que é a procura

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cada vez mais qualificada pelo território”, afirma o presidente da ERTAR. Uma circunstância que o responsável pela estratégia de turismo para região do Alentejo não perde de vista é que este é um sector em “constante mutação”, considerando que a procura “depende do turista e o seu perfil está sempre a mudar”. Ou seja, se as tendências de mercado mudam, “nós temos de ser cada vez mais exigentes na forma como estruturamos os nossos destinos turísticos de forma a ganharmos competitividade em relação a um mundo cada vez mais global”.

Considerando que o turista hoje tem muitas opções, portanto “nada está garantido. Não podemos dizer que somos os melhores, temos é de lutar para ser sempre os melhores Este é um trabalho contínuo e sempre por fazer”.

Um dado certo para António Ceia da Silva é que se o trabalho for sempre feito com exigência e com objectivos bem desenhados com destinos turísticos “muito diferenciadores”, a Região do Alentejo “pode continuar a crescer”, o que será “estruturante” para o Alentejo e também para Portugal.

E tendo em conta que Lisboa está no epicentro da procura turística internacional, o Alentejo “também pode beneficiar desse incremento”, infere o presidente da ERTAR. PUBLICIDADE

O DIÁRIO DA REGIÃO DE SETÚBAL

ESPECIAL TURISMO

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HORÓSCOPO Pelo Astrológo Tarólogo e Guia Espiritual

Francisco Guerreiro Consultório: 96 377 05 04 MONTIJO E-mail: francisco_astrologo@hotmail.com

CARNEIRO - 21.03 a 20.04

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No plano amoroso, bons momentos adivinham-se. A harmonia é uma constante, mesmo que possam surgir alguns conflitos.

No plano profissional, pode vir ao de cima uma questão antiga e que pode abalar a sua posição no trabalho. Tente parecer que está seguro mesmo que isso não corresponda á realidade.

Carta da Semana – A Temperança, capacidade de adaptação ás evoluções, tente compreender o que o rodeia.

TOURO - 21.04 a 21.05

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c

d e

No plano amoroso, esta semana sente-se um pouco confuso em termos sentimentais. Mas não surgirão grandes problemas.

No plano profissional, estará iluminado, com uma grande capacidade de influência sobre os outros e de resolução de problemas.

Carta da Semana – O Mago, capacidade de escolha, aproveite para tomar decisões e encontrará boas soluções.

Gémeos - 22.05 a 21.06

Morreu Júlio Branco operário fundador da Tipografia Rápida de Setúbal

J

úlio Alves Branco, operário fundador da Tipografia Rápida de Setúbal, morreu no passado dia 11 em Setúbal, terra onde nasceu a 23 de Janeiro de 1935.

O homem a quem tratavam por “Ti Júlio”, atravessou todas as fases de crescimento da tipografia, tendo começado como compositor manual, passando a linotipista e, posteriormente, acompanhou a fase de informatização da empresa.

Para além da tipografia, trabalhou ainda na paginação do jornal “O Setubalense”.

Após o 25 de Abril de 1974 foi delegado sindical do antigo Sindicato dos Tipógrafos, Litógrafos e Ofícios Correlativos, tendo ficado conhecido pela sua “verticalidade” perante a empresa e os trabalhadores, como diz quem com ele trabalhou.

Já reformado, Júlio Alves Branco, é

pai de Paulo Branco, impressor também na Tipografia Rápida.

O corpo de Júlio Alves Branco chega hoje à Igreja do Socorro, junto ao Convento de Jesus, pelas 11h00. A missa será às 16h00. O funeral está marcado para as 17 horas no Cemitério de Algeruz. À família enlutada, nesta hora difícil, a direcção da Tipografia Rápida de Setúbal, assim como os colegas, endereçam as mais profundas condolências.

No plano amoroso, consegue contagiar todos com a sua boa disposição. Excelente período para relacionamento a dois.

No plano profissional, grandes perspectivas de promoção ou até mesmo de se tornar independente.

Carta da Semana – O Imperador, esta carta representa o começo da luta pelo progresso.

CARANGUEJO - 22.06 a 22.07

No plano amoroso, desenvolva uma postura séria e de confiança, ainda que atravesse um período algo complicado, pense que nem tudo o que parece é.

No plano profissional, semana de grandes concretizações embora alguns resultados sejam mais demorados.

Carta da Semana – A Papisa, esta carta aconselha a que seja prudente e não “fale demais”, pois a confidencialidade não será respeitada.

LEÃO - 23.07 a 23.08

No plano amoroso, tendência para desmotivação, mas não se precipite e evite explosões verbais.

No plano profissional, a falta de concentração neste período farão com que surjam muitos problemas além de você achar que algo se passa por trás das suas costas.

Carta da Semana – A Lua, esta carta diz-nos que esta semana não deve arriscar pois a sorte não está aliada a si. Tente gerir-se pela lógica.

VIRGEM - 24.08 a 23.09

No plano amoroso, não se culpe por algo que aconteceu no passado, se surgir oportunidade de amar, siga em frente mas sem grandes expectativas.

No plano profissional, a fase que se aproxima é favorável a associações, no entanto, não é aconselhável que o faça sem que analise correctamente as pessoas em questão.

Carta da Semana – O Amoroso, esta carta diz que deve evitar decisões muito repentinas sem estarem bem definidas.

BALANÇA - 24.09 a 23.10

No plano amoroso, vai ultrapassar a instabilidade sentimental, novos conhecimentos.

No plano profissional, tente conter os gastos, só economizando é que se pode ter resultados positivos.

Carta da Semana – O Mundo, esta carta capta boas influências, que permitem que consiga ter êxito em tudo aquilo a que se propuser fazer.

ESCORPIÃO - 24.10 a 22.11

No plano amoroso, viva o amor com muita intensidade mas respeitando a individualidade de cada um, caso contrário pode correr o risco de se perder, de não saber quem é.

No plano profissional, leve avante novas iniciativas. Aposte em trabalhos pessoais e verá o seu trabalho ser reconhecido.

Carta da Semana – O Sol, esta carta exerce uma influência positiva e protectora, mas você necessita de uma virtude natural sua que é a coragem.

- 23.11 a 20.12 f SNoAGITÁRIO plano amoroso, aumente a tentativa de promover o diálogo e a descoberta de afinidades

para consolidar a sua relação.

No plano profissional, semana de grandes realizações, mas vai correr alguns riscos, mas correrá tudo pelo melhor.

Carta da Semana – A Imperatriz, esata carta define uma semana de boas evoluções, em todas as situações sairá com bons resultados.

g CAPRICÓRNIO - 21.12 a 20.01 No plano amoroso, se continuar a haver uma ausência de apoio e dedicação as relações correm

o risco de se dissolverem. Reflicta e estabeleça prioridades.

No plano profissional, tente dar um equilíbrio á parte profissional, mas tudo está controlado.

Carta da Semana – O Julgamento, esta carta significa que está a ser observado, qualquer passo em falso, cai-lhe tudo em cima, como se tivesse constantemente a ser julgado.

- 21.01 a 19.02 h ANoNoQUÁRIO plano amoroso, semana de recompensas, esteja confiante e tudo correrá como deseja. plano profissional, possibilidades de viagens de negócios, contenha os gastos, está um pouco extravagante.

Carta da Semana – O Papa, esta carta mostra-nos que você tem necessidade de sentir seguro e de conhecer a verdade.

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O DIÁRIO DA REGIÃO DE SETÚBAL

PEIXES - 20.02 a 20.03

No plano amoroso, modifique algumas atitudes para que consiga aliviar tensões familiares.

No plano profissional, momento em que tem algumas dificuldades em controlar situações inesperadas. Carta da Semana – O Dependurado, esta carta diz-nos que você tem que se libertar de algumas situações, mas que só consegue se tiver apoios.

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O DIÁRIO DA REGIÃO DE SETÚBAL

JOSÉ DOMINGOS PEREIRA BRANCO

FERNANDO DE OLIVEIRA PONS GONDRY DE LA ROCHEZOIRE

(1935 – 2018)

(1928 – 2018) Participação e Agradecimento

Participação e Agradecimento

A funerária Armindo lamenta informar o falecimento de José Domingos Pereira Branco. A família vem por esta via agradecer a todas as pessoas que se dignaram a acompanhar o funeral ou que, de qualquer outra forma, manifestaram as suas condolências.

A funerária Armindo lamenta informar o falecimento de Fernando de Oliveira Pons Gondry de La Rochezoire. A família vem por esta via agradecer a todas as pessoas que se dignaram a acompanhar o funeral ou que, de qualquer outra forma, manifestaram as suas condolências.

MANUEL CARLOS FONSECA LIMA

ANA GUERREIRA

(1941 – 2018)

(1920 – 2018)

Participação e Agradecimento

Participação e Agradecimento

A funerária Armindo lamenta informar o falecimento de Manuel Carlos Fonseca Lima. A família vem por esta via agradecer a todas as pessoas que se dignaram a acompanhar o funeral ou que, de qualquer outra forma, manifestaram as suas condolências.

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A funerária Armindo lamenta informar o falecimento de Ana Guerreira. A família vem por esta via agradecer a todas as pessoas que se dignaram a acompanhar o funeral ou que, de qualquer outra forma, manifestaram as suas condolências.

Precisa-se

Ardina MOITA (INFO: 212 047 599) Inscrições: Intermarche da Moita Quinta Santa Rosa -Rua Classe Operário - Alhos Vedros - Moita

Convocação de Assembleia-Geral Nos termos do disposto no artigo 377º do Código das Sociedades Comerciais e do Artigo 10º nº 2 dos Estatutos da S.M. T., «Sociedade Moitense de Tauromaquia, , S.A.», convoco os Senhores Acionistas para a «Assembleia Geral Extraordinária» que vai ter lugar no próximo dia 07 de Janeiro de 2019, pelas 21h15m, na sua sede social, com a seguinte «Ordem de Trabalhos»: Ponto Único: Apresentação por parte do Conselho de Administração de todas as propostas recebidas para exploração tauromáquica da Praça de Touros "Daniel do Nascimento" e fundamentação da sua escolha, em cumprimento do estatutariamente disposto nos Artigos 12.º, n.º 3 alinea e) e 16.º n.º 2 dos Estatutos da SMT. Atenta a alteração de estatutos aprovada no passado dia 6 de Setembro de 2016 têm direito a voto os acionistas titulares de uma ou mais ações cuja titularidade esteja devidamente registada junto da Sociedade.

Nos termos do Artigo 379.º, n.º 2, do Código das Sociedades Comerciais, e do Artigo 9.º, n.º 5 dos Estatutos da S.M.T., os obrigacionistas têm direito de participação e de intervenção nesta assembleia.

Verificando-se a inexistência de quórum, a Assembleia-Geral fica convocada desde já, em segunda convocação, e deliberando nos termos do Artigo 383, n.º 3, para o dia 23 de Janeiro de 2019, à mesma hora.

Moita, 04 de Dezembro de 2018 O Presidente da Assembleia-Geral Ricardo Tavares Rodrigues

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LOCAL

Será com certeza doce e foi pensada para a mesa de Natal, esta sexta-feira se saberá

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Alunos da Escola Técnica da Moita revelam sobremesa desperdício zero Estar à mesa de Natal e saber que as refeições foram pensadas para haver desperdício zero é coisas que não lembraria a muitos, mas há quem se preocupe na sustentabilidade do futuro

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MOITA Dois anos e 217 426 atendimentos efectuados em quatro localidades

Autarquia aplaude eficácia do Balcão do Cidadão O Balcão do Cidadão foi criado para aproximar serviços e instituições da população. Passados dois anos a autarquia diz estar satisfeita com os resultados obtidos

E

m nome da gestão de recursos de alimentos, a equipa de Restauração da Escola Técnica Profissional da Moita (ETPM) vai apresentar algumas ideias com base na Campanha de Combate ao Desperdício Alimentar. “Já Cheira a Natal” é o nome da iniciativa que termina este sábado, com a apresentação do Pudim de Bolo Rei-Desperdício Zero.

Esta ideia no âmbito do Programa de Dinamização do Mercado Municipal da Moita, tem apresentado sugestões para a mesa de Natal como o Polvo Provençal com Bata Doce e Lombo de Porco Recheado com Alhei-

QUINTA-FEIRA 13/12/2018

O DIÁRIO DA REGIÃO DE SETÚBAL

P ra e Castanhas. Agora dia 15 os jovens da ETPM vão apresentar uma sobremesa com desperdício zero.

Esta atividade integra parte de um projecto interdisciplinar que envolve a Área Técnica de Restauração e outras disciplinas como Português, Economia, Área de Integração e Matemática que consiste na minimiza-

ção e combate ao desperdício alimentar na ETPM. Segundo nota informativa da autarquia, os alunos “têm potencializado matérias que eram subaproveitadas na criação e confeção de novas receitas, elaborando ainda um Manual de Dicas e Boas Práticas de Combate ao Desperdício Alimentar”.

ensados para tornando mais simples, célere e eficaz o atendimento prestado à população, os Balcões do Munícipe do concelho da Moita comemoraram ontem dois anos desde que abriram portas. Segundo a autarquia, em dia de aniversário estavam contabilizados “217 426 atendimentos efectuados nos quatros balcões: Moita, Alhos Vedros, Baixa da Banheira e Vale Amoreira”.

Para “aproximar os agentes económicos e sociais da administração local da população e, ao mesmo tempo, melhor a qualidade do serviço” estes balcões congregam, no mesmo

espaço físico, os procedimentos e serviços relativos a várias competências da autarquia.

Em nota informativa, a autarquia realça que no “caminho da desburocratização e da modernização administrativa”, o resultado deste trabalho tem veiculado uma “crescente interacção e comunicação com os diferentes serviços da Câmara Municipal, por forma, por exemplo, a que a um pedido de intervenção ou requerimento corresponda uma resposta cada vez mais qualificada e célere”. Águas e saneamento, actividades económicas, cemitérios, cidadania, habitação, higiene urbana e resíduos, mobilidade, trânsito e transportes, urbanismo são áreas abrangidas pelos Balcões do Munícipe, “onde podem também ser tratados outros assuntos como, por exemplo, a carta de condução ou cartão europeu de saúde no Espaço do Cidadão, no âmbito da parceria com a Agência de Modernização Administrativa”.

DIÁRIO DA REGIÃO

QUINTA-FEIRA 13/12/2018

O DIÁRIO DA REGIÃO DE SETÚBAL

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INICIADOS Na classificação segue à frente de Benfica e Sporting

Cova da Piedade está a ser uma agradável surpresa

QUINTA-FEIRA, 13/12/2018

DESPORTO

A equipa de Iniciados do Cova da Piedade está a ser uma agradável surpresa no Campeonato Nacional, da respectiva categoria. Inserido na Série Sul, onde participam também o Benfica, Sporting e Belenenses, entre outros, a equipa da

Cova da Piedade é, após a conclusão da terceira jornada, o líder da competição com sete pontos, mais dois que o Sporting e mais três que o Benfica. Nos jogos até agora efectuados a equipa piedense começou por empatar com o Real (2-2)

em Masamá, depois venceu o Portimonense (3-0) e no último domingo foi a Évora derrotar o Lusitano (2-1). Agora, na 4.ª jornada, que se realiza no próximo domingo, o Cova da Piedade vai defrontar o Sporting, no Campo da Boa-Hora, em

Arrentela. De registar que na primeira fase da competição o Cova da Piedade foi o vencedor da Série F, depois de luta intensa com o Despertar, [que nesta jornada empatou com o Sporting, em Alcochete], e com o Lusitano de Évora.

Lito Vidigal elogia atitude da equipa antes do duelo de amanhã com o Portimonense

A

derrota com o Benfica na jornada anterior, por 0-1, em nada alterou a opinião que o treinador do Vitória, Lito Vidigal, tem sobre os seus jogadores. Na antevisão à partida de amanhã, 19 horas, no reduto do Portimonense, o timoneiro dos sadinos tece rasgados elogios à equipa e mostra-se optimista na obtenção de um resultado positivo no confronto que inaugura a 13.ª jornada da I Liga.

“Esta equipa nunca fica aquém porque dá sempre o máximo e é generosa. São uns profissionais fantásticos e dão sempre o máximo, mas, por vezes, o máximo não é suficiente para se vencer. O nosso rótulo tem sido entrega e ambição total e intenção constante de vencer. Quando assim é, só temos de ficar felizes com a prestação”, afirmou ontem de tarde na conferência de imprensa que decorreu no Estádio do Bonfim.

Depois de uma semana mais agitada e do jogo com o Benfica, de que forma está a preparar a partida de sexta-feira em Portimão?

Não foi mais agitada. Foi uma semana igual a esta. Todos os adversários merecem respeito, atenção e cuidados. Só podemos vencer mais vezes encarando todos os jogos da mesma forma. O Portimonense tem feitio a maior parte dos seus resultados em casa, onde é muito forte. Já nós, temos de continuar a nossa caminhada, temos vindo a jogar com qualidade e a ter resultados bons.

Fizemos um bom jogo com o Benfica e, agora, queremos aliar essa qualidade aos resultados, vencendo já.

O treinador do Benfica, Rui Vitória, acusou a sua equipa de ser demasiado agressiva. Não receia que a sua equipa passe a ser rotulada dessa forma?

As minhas equipas são leais e, isso sim, muito intensas. Já agressividade, no sentido de maldade, não têm nenhuma.

A equipa sente que podia ter feito

ARQUIVO / ARSÉNIO FRANCO

“A equipa nunca fica aquém porque dá sempre o máximo”

LITO VIDIGAL. Técnico dos sadinos diz que jogadores são uns profissionais fantásticos e dão sempre o máximo, mas, por vezes, o máximo não é suficiente para se vencer

mais com o Benfica para obter outro resultado?

Esta equipa nunca fica aquém porque dá sempre o máximo e é generosa.

São uns profissionais fantásticos e dão sempre o máximo, mas, por vezes, o máximo não é suficiente para se vencer. O nosso rótulo tem sido entrega e ambição total e intenção constante de vencer. Quando assim é, só temos de ficar felizes com a prestação.

Nakajima tem-se destacado no Portimonense. Vai merecer uma atenção especial da parte da sua equipa?

Vamos sempre olhar para o adversário de forma coletiva porque eu também olho dessa forma para a minha equipa. Só conseguimos estar mais próximos de vencer, sendo coletivamente muito fortes. Temo-lo sido e vamos continuar a trabalhar para continuar a sê-lo. Não é nossa prática dar atenção especial a nenhum jo-

gador. Temos de perceber bem a equipa do Portimonense e depois podermos explorar algumas fragilidades que eles também têm.

Nos últimos dias falou-se na possível saída de Luís Castro do comando técnico do V. Guimarães, que não se veio a concretizar. Perante essa possibilidade houve quem mencionasse o seu nome para ingressar no emblema vimaranense. De que forma viu essas notícias?

Não dei importância nenhuma, nem sabia. Estou focado no Vitória de Setúbal. Este é o meu projecto, foi o que trouxe aqui e é nele que tenho de estar focado.

Na próxima terça-feira, o Vitória defronta o Sp. Braga numa partida de tudo ou nada na Taça de Portugal.

Poderá esse jogo já estar no pensamento dos jogadores?

Pensamos num jogo de cada vez.

Aqui ninguém fala nesse, apenas no do Portimonense.

Treinou o Portimonense há cerca de 10 anos [2008/09 e 2009/10]. É especial o reencontro ou é-lhe indiferente?

Tem significado para mim. Foi numa fase de viragem do Portimonense em que o clube tinha praticamente descido de divisão e nós conseguimos salvar o clube, ficando na II Liga. Depois construímos uma equipa, e ainda hoje falo com presidente da altura [Fernando Rocha] sobre isso e fartamo-nos de rir. Dizia-me: ‘mister, mais um jogador da 3.ª divisão?’. Conseguimos fazer uma equipa equilibrada e com jogadores, à data pouco conhecidos. Subimos o Portimonense à I Liga e, a partir daí, o clube estabilizou e é agora um clube muito organizado, boas condições de trabalho e tem jogadores de qualidade.

Alex Freitas é a única baixa em Portimão À excepção do avançado Alex Freitas, que continua a recuperar de lesão, o treinador Lito Vidigal tem todo o plantel disponível a dar o contributo à equipa frente ao Portimonense. O plantel treina hoje de manhã no Bonfim e ruma, pelas 16 horas, para o Algarve, onde vai pernoitar na véspera do encontro.

Entretanto, o sul-africano Kermit Erasmus já não é jogador do Vitória.

O atacante, que só realizou uma partida pela equipa principal (e cinco pelos Sub-23), foi oficializado como reforço do Cape Town City, do seu país natal.

RICARDO LOPES PEREIRA

QUINTA-FEIRA 13/12/2018

DESPORTO

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BREJOS DE AZEITÃO Inferno da Brejoeira voltou a atacar

“Os jogadores que têm sido enormes superam-se quando é necessário” DIREITOS RESERVADOS

DIREITOS RESERVADOS

O DIÁRIO DA REGIÃO DE SETÚBAL

COSTA DE CAPARICA

Em 2.º lugar na série B da 2.ª Divisão Distrital

Pescadores são única equipa sem derrotas O s Pescadores da Caparica são neste momento a única equipa invencível na Série B da 2.ª Divisão Distrital. Nos sete jogos até agora realizados os Pescadores somam quatro vitórias e três empates e na classificação seguem em segundo lugar com menos um ponto que o líder, mas também com menos um jogo.

Na última jornada a equipa da Costa de Caparica deslocou-se à Quinta do Conde onde venceu por 4-2 num jogo que mereceu elogios por parte do treinador dos Pescadores, Nuno Ferreira, “há que dar mérito a quem anda no futebol distrital”.

O técnico começou por falar da equipa adversária. “Apesar de ocupar o último lugar da tabela classificativa, a ambição e a forma como se apresentou em campo deve (na minha opinião) a todos deixar orgulhosos, facto que nem sempre aconteceu nos campos onde jogámos até agora”.

Sobre a equipa de arbitragem Nuno Ferreira disse que “teve a coragem de gerir um encontro intenso, praticamente sempre da forma mais correta, anulando golos a nosso favor quando o teve de fazer, assinalando grandes penalidades quando assim o exigia e admoestando com cartão amarelo quando foi elementar”.

E, por fim falou da sua equipa que considera ter sido a “melhor em campo porque teve uma seriedade tremenda e um respeito enorme pelo trabalho feito diariamente. Vínhamos de um jogo delicado, onde havíamos perdido os três pontos nos últimos 20 minutos mas apresentámos uma equipa forte e confiante a conquista do objectivo. Foi assim que aconteceu e logo aos três minutos colocámonos em vantagem, perante um adversário bastante competente e mantivemos o controlo do jogo, excepção feita a um ou dois lances durante a primeira parte. E foi num desses lan-

ces que nos deixámos empatar”.

“Na segunda parte entrámos fortes e voltámos à vantagem através de um pontapé de penalti mas pouco tempo depois o Quinta do Conde igualou o marcador. Mantivemos o querer e a vontade de vencer e perto dos 80 minutos fizemos mexer de novo o resultado, perante um adversário que continuou sempre a acreditar mas nós num lance fantástico de contra-ataque selámos o jogo”, contou o treinador da equipa da Costa de Caparica com satisfação.

E a finalizar deixou um agradecimento especial aos seus jogadores “pela seriedade com que abordaram a partida. Honrámos mais uma vez o símbolo que trazemos ao peito e isso deixa-nos orgulhosos. No próximo domingo, entraremos com a mesma ambição perante os nossos adeptos que nos têm acarinhado de forma constante”.

JOSÉ PINA

JOÃO GOMES. Treinador do Brejos de Azeitão

U

ma semana depois de ter feito um jogo memorável na Costa de Caparica ao recuperar uma desvantagem de três golos no espaço de 25 minutos o Brejos de Azeitão voltou a estar em evidência agora no jogo que disputou no campo da Brejoeira, com o Seixal a quem impôs a primeira derrota no campeonato.

A equipa dos Brejos de Azeitão esteve a vencer por 2-0, permitiu que o adversário chegasse à igualdade e, depois, mesmo jogando em inferioridade numérica, acabou por conquistar a vitória.

O treinador João Gomes é da opinião que “o inferno dos Brejos de Azeitão voltou a atacar” e passou a explicar porquê.

“Impusemos a primeira derrota ao líder num jogo muito intenso. As equipas estavam separadas por 3 pontos e a nossa com uma estratégia e uma organização defensiva bem definida aproveitou ao máximo a desorganização defensiva do adversário para provocar estragos na primeira parte que chegou ao fim com o resultado em 2-0 que era tremendamente justo pela intensidade colocada em campo pelo Brejos de

Azeitão”.

De acordo ainda com João Gomes “na segunda parte houve maior ascendente do Seixal que praticava um futebol muito directo, mas controlado pelo Brejos de Azeitão. Ainda assim, em dois lançamentos laterais, onde existia superioridade numérica defensiva do Brejos, acabámos por não abordar da melhor maneira a primeira bola no jogo aéreo e acabámos por sofrer dois golos que proporcionaram o empate ao Seixal”.

Depois “com uma grande dedicação ao jogo, um carácter e uma determinação fantástica, como tinha acontecido no último jogo, soubemos reagir de forma enorme e conseguimos chegar ao 3-2 com um golo do Pedro Xavier numa altura em jogávamos com um jogador a menos.

Com a emoção à flor da pele fizemos os últimos minutos com grande coragem, seriedade e competência e, por isso, sentimo-nos orgulhosos por todos os jogadores do Brejos de Azeitão que têm sido enormes e se superam quando é necessário.

Resta-nos continuar a trabalhar para podermos alcançar o objectivo do clube”, referiu.

JOSÉ PINA

MOITENSE Porque o Estádio Municipal de Grândola está em obras

Jogo da próxima jornada com o Grandolense será em Águas de Moura

O

União Futebol Clube Moitense sofreu no último domingo uma derrota bastante pesada no jogo que disputou em casa com o União de Santiago, relativo à 8.ª jornada do Campeonato Distrital da 1.ª Divisão.

Depois do empate conseguido na jornada anterior em Alcochete num

jogo que terminou com nove jogadores nada fazia prever este descalabro mas o futebol é mesmo assim, às vezes o inesperado acontece.

A equipa jogou algo desfalcada por força das condicionantes e outras contrariedades de última hora mas por outro lado há que reconhecer que o adversário foi melhor e foi a

equipa que mais fez para ganhar.

Esta foi uma tarde menos boa da equipa da Moita que foi para o intervalo a perder por 1-0 com um golo sofrido aos 42 minutos.

No início da segunda parte, aos 48 minutos, a equipa alentejana aumentou a vantagem para 2-0 e depois as coisas ainda ficaram mais com-

plicadas quando surgiu o terceiro golo, aos 56 minutos.

A reacção não foi a melhor e a derrota acabou por acontecer por uma margem bastante dilatada principalmente para uma equipa que joga em casa.

Com uma vitória, três empates e outras tantas derrotas a equipa da

Moita segue na tabela classificativa em 14.º lugar com apenas seis pontos.

Na próxima jornada que se realiza no domingo, 16 de Dezembro, o Moitense defronta o Grandolense no Campo do Olival, em Águas de Moura, devido às obras de substituição do relvado que decorrem no Estádio MuJOSÉ PINA nicipal de Grândola.