O Setubalense, o seu diário da região nº 496

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Nova urgência abre hoje no Hospital do Litoral Alentejano

p3 ALEXANDRE JESUS

Vigilância dos roazes do Sado tem novo barco O SEU DIÁRIO DA REGIÃO

Embarcação oferecida pela Tróia-Natura p4

QUINTA-FEIRA, 29 DE OUTUBRO DE 2020 PREÇO 0,60€ | N.º 496 | ANO III | 5.ª SÉRIE

DIRECTOR FRANCISCO ALVES RITO

Nuno Banza: “Palácio” em Azeitão não tem condições de ser licenciado

FUTEBOL Racing Power FC lidera no futebol feminino p15

Presidente do ICNF esclarece que obras não podem ser legalizadas. "Ponto" p4

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TEATRO FONTENOVA As mulheres e a indústria conserveira do século XX sobem a palco em "A Casa de Emília" p5

ALMADA TAÇA DE PORTUGAL Obras na Quinta Académico de Viseu elimina da Aroeira Vitória FC no Bonfim p14 avançam p9

ANTÓNIO BELIZ Cabeleireiro na Baixa da Banheira há 70 anos p8 PUBLICIDADE

2 O SETUBALENSE 29 de Outubro de 2020

Abertura

A FIGURA

Catarina Filipe

Empossada há poucos meses, a presidente do conselho de administração do Hospital do Litoral Alentejano inaugura hoje as novas urgências da unidade hospitalar. O investimento, cujas obras começaram há dois anos, deixam a missão facilitada à nova administração.

O REPARO DR

OPINIÃO Rui Carvalheira

Trump não pode continuar

H Comandante Santos Pereira é o novo director do ISN

O Comandante Santos Pereira é novo director do Instituto de Socorros a Náufragos. Tomou posse ontem, e sucede ao Comandante Velho Gouveia no cargo.

A cerimónia realizou-se nas instalações do Instituto de Socorros a Náufragos, em Oeiras, e foi presidida pelo director-geral da Autoridade Marítima e Comandante-geral da Polícia Marítima, Vice-almirante Luís Sousa Pereira.

CARTAS DO LEITOR Mau tempo de Setembro causa estragos em Setúbal

ESCREVA-NOS. Envie-nos a sua carta ou comentário para correiodoleitor@osetubalense.com, para a morada Travessa Gaspar Agostinho, n.º 1, 1.º - 2900-389 Setúbal, ou ligue-nos pelo telefone 265 094 354.

Os textos não devem ultrapassar os 750 caracteres e o jornal reserva-se o direito de seleccionar ou cortar.

Não devolvemos originais.

No seguimento do mau tempo que se fez sentir no passado mês, com chuva intensa e ventos fortes, informei a presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira, das condições em que ficou a zona frente à Escola Básica de 2.º e 3.º Ciclos de Aranguez, visto que as grelhas situadas perto das habitações junto ao estabelecimento de ensino entupiram facilmente. A situação deu origem a que as águas escorressem ao longo do caminho de ferro junto ao Restaurante O Quintal, e que entrasse numa loja lá existente.

Informei a presidente da autarquia de que as águas percorreram, ainda, a Avenida Manuel Maria da Portela ao longo de cerca de 100 metros, entrando pela Rua Manuel Livério, o que fez com que o local parecesse um autêntico rio. Tanto eu como

duas empregadas da Farmácia Alice presenciámos a situação, assim como um funcionário do Tribunal de Menores, localizado também nesta rua. Julgo que o tipo de grelhas existentes não são as apropriadas, pois mal chove entopem com facilidade. Nos antigos sumidouros de água das chuvas tal não acontecia.

Leitor devidamente identificado

Falta de obras no Mercado do Livramento

Com a desgraça que aconteceu no Mercado do Livramento, com a morte de operários na parte Sul, questiono se não seria mais fácil facilitarem o acesso ao espaço. Eu ia lá buscar a fruta e o pão diariamente, e quando se deu a desgraça deixei de lá ir. Passei a comprar o pão no café da Rua Baluarte do Socorro e a fruta numa frutaria existente na Avenida 5 de Outubro.

António Tavares, Setúbal

á quatro anos vimos acontecer algo que jamais pensaríamos possível, a eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos da América, sucedendo a Barack Obama um dos mais progressistas presidentes dos EUA desde John F. Kennedy.

Vimos então uma figura controversa e polémica como Trump chegar à Casa Branca e liderar a mais influente democracia do mundo.

Após o choque inicial vários comentadores tentaram tranquilizar a opinião pública, dizendo que o sistema democrático dos Estados Unidos era forte e resiliente e jamais estaria em perigo por uma deriva mais ou menos extrema de um presidente louco.

No entanto durante estes quatro anos constatamos que isso não é totalmente verdade. Durante o seu primeiro mandato assistimos a constantes atropelos à liberdade de imprensa com a expulsão de jornalistas correspondentes na Casa Branca por fazer perguntas incómodas e comentários menos abonatórios ao presidente. Vimos uma constante manipulação dos factos fazendo com que a fronteira entre a verdade e a mentira fosse flutuando à mercê dos desvarios de uma mente conturbada. Assistimos a um ataque às políticas implementadas por Obama não só ao Obama Care que permitiu a milhões de cidadãos terem protecção médica gratuita, à luta contra o acesso a armas de fogo que constantemente coloca escolas americanas nas notícias internacionais, mas também à reversão de políticas de apoio aos imigrantes e à lei que permitia a obtenção da cidadania a crianças nascidas em solo americano independentemente da origem dos seus progenitores. Não

nos podemos esquecer das imagens deploráveis de crianças afastadas de seus pais e presas em jaulas aguardando deportação. Durante estes quatro anos assistimos também, a reboque de teorias negacionistas e contra toda a comunidade científica, ao abandono de todas as leis criadas para protecção do meio ambiente e de espécies ameaçadas e ao infame abandono do Acordo de Paris.

Durante a campanha fomos surpreendidos com a possibilidade de Donald Trump não aceitar os resultados eleitorais se estes não lhe forem favoráveis, acicatando grupos extremistas e milícias armadas para uma guerra civil em sua defesa.

A importância económica, militar e geo-estratégica dos EUA fazem das eleições presidenciais neste país um acontecimento que tem impactos a nível global. Por todos os argumentos atrás descritos as eleições deste ano são ainda mais importantes. Teremos de travar as políticas de destruição do planeta com o objectivo do lucro fácil que Trump e os seus acólitos, como Bolsonaro, estão a levar a cabo um pouco por todo o mundo.

Temos de erradicar em todo o mundo a discriminação de seres humanos com base na sua origem, tom de pele, religião ou orientação sexual. O discurso baseado no medo e no ódio tem sido ao longo dos tempos o maior inimigo da evolução e do progresso do ser humano. Não podemos ceder ao populismo e a discursos que cavalgam os nossos receios e dão falsas ilusões de segurança. Já o vimos antes com o nazismo e sabemos qual o seu resultado.

Trump não pode continuar.

WeMob | Mobilidade de Almada E.M.S.A.

29 de Outubro de 2020 O SETUBALENSE 3

Jogo do Oriental Dragon deve ser cancelado devido a um caso de Covid

O jogo entre o Oriental Dragon e o Rabo de Peixe relativo à 5.ª jornada da Série G do Campeonato de Portugal, agendado para o próximo domingo no Campo do Juncal, na Moita, está em risco de não se realizar como estava previsto, devido a um caso positivo

de Covid-19. O caso foi detectado no plantel do Oriental Dragon que accionou de imediato o plano de contingência. A situação foi comunicada à Federação Portuguesa de Futebol mas o clube ainda não foi contactado pela Direcção Geral de Saúde para

DR

esclarecer a ocorrência e dar todas as indicações necessárias para que a decisão possa ser tomada. Tendo em conta situações semelhantes já ocorridas o mais provável é que o jogo venha ser adiado e que todos os jogadores fiquem em período de confinamento.

PROJECTO NO VALE DA ROSA

Plano Estratégico da “Cidade do Conhecimento” apresentado hoje ao conselho consultivo Reunião pretende identificar quais “as áreas adequadas aos objectivos e à realidade de Setúbal e da região”

LITORAL ALENTEJANO

Nova urgência médico-cirúrgica do hospital abre hoje Novo serviço, começou a ser construído em 2018 e custou 1,6 milhões de euros A Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano (ULSLA) abre hoje o novo Serviço de Urgência Médico-Cirúrgica do Hospital do Litoral Alentejano (HLA), em Santiago do Cacém,num investimento de 1,6 milhões de euros.

“Vamos ter um serviço com muito mais espaço do que o actual e vamos passar a receber os utentes com muito melhores condições quer de privacidade, como de segurança”, referiu à agência Lusa a directora do conselho de administração da ULSLA, Catarina Filipe.

As actuais instalações do serviço de urgência datam da constituição do Hospital do Litoral Alentejano, em 2004, e “foram pensadas na altura para dar resposta à população de Santiago do Cacém”.

“Entretanto, houve um aumento da população e, mesmo com a existência dos Serviços de Urgência Básico (SUB) de Alcácer do Sal e de Odemira, é para aqui que os utentes se dirigem e estas novas instalações, que são maiores, têm melhores con-

dições de conforto e de trabalho para os profissionais”, realçou.

As obras de ampliação arrancaram em Janeiro de 2018 para melhorar as condições de atendimento dos utentes da urgência médico-cirúrgica do HLA, instalada em Santiago do Cacém, que serve uma população de cerca de 100 mil pessoas dos cinco concelhos de Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém, Sines e Odemira (no distrito de Beja).

Em Janeiro deste ano, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) exigiu o reforço das equipas de enfermeiros para garantir a abertura das novas instalações das urgências do HLA tendo identificado que, “para assegurar todos os postos de trabalho, seria necessário admitir, no imediato, 15 enfermeiros.

Para a abertura do novo serviço de urgência “houve um reforço das equipas de enfermeiros e de assistentes operacionais”, indicou a presidente do conselho de administração da ULSLA referindo que o reforço “cumpre os requisitos necessários para assegurar a segurança dos doentes e dos profissionais”.

“Tivemos várias reuniões com as equipas de enfermagem onde foram identificados todos os constrangimentos e, em conjunto, encontrar

uma solução para conseguir que esses constrangimentos deixassem de existir e, neste momento, de acordo com as equipas, reunimos o número necessário” para a abertura do serviço, explicou.

As novas instalações garantem “mais camas de observação, uma sala ampla para tratamento fisioterapêutico, duas salas de pequena cirurgia, totalmente equipadas, uma sala para a área de ortopedia, gabinetes de consulta e um espaço para o serviço social”, disse.

Até aqui “tínhamos os dois circuitos, o da urgência normal e urgência Covid-19, que estavam a funcionar nas novas instalações do serviço de urgência. Agora vamos transformar a “urgência covid”, na urgência médico-cirúrgica, e a urgência “velha” vai ser transformada na “urgência covid”, acrescentou.

Devido ao “complexo processo de mudança”, a ULSLA solicita a todos os utentes que, em caso de doença aguda não urgente, se dirijam, preferencialmente, ao seu centro de saúde.

Para tal, em cada unidade dos concelhos de Alcácer do Sal, Grândola, Odemira, Santiago do Cacém, Santo André e Sines, estará disponível uma equipa constituída por médico e enfermeiro. Lusa

O conselho consultivo da “Cidade do Conhecimento” vai-se reunir hoje no Salão Nobre da Câmara Municipal de Setúbal, pelas 15h00, para ficar a conhecer o Plano Estratégico do projecto da empresa The Pitroda Group LLC, a desenvolver na zona do Vale da Rosa. O encontro pretende definir “como será feita a articulação funcional e urbanística com a cidade e identificar as áreas de conhecimento adequadas aos objectivos e à realidade de Setúbal e da região”, explica o município em comunicado.

Esta será a segunda reunião do conselho executivo, constituído “pelo The Pitroda Group, autarquia, cinco juntas de freguesia do concelho, Assembleia Municipal, Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, AICEP Portugal Global, AISET – Associação da Indústria da Península de Setúbal e Área Metropolitana de Lisboa”. Integram igualmente o conselho executivo a “BlueBiz Global Park, o Centro de Emprego e Formação Profissional de Setúbal, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo, a Fundação Escola Profissional de Setúbal e o Instituto Politécnico de Setúbal”.

O plano, dado hoje a conhecer a todos os seus parceiros, “está a ser elaborado pela consultora CEDRU –

Centro de Estudos e Desenvolvimento Regional e Urbano”. “Este segundo encontro destina-se, ainda, a recolher contributos das entidades que o compõem e a fazer um ponto de situação do projecto inovador idealizado pelo grupo liderado pelo empresário Sam Pitroda”, refere a mesma nota.

A “Cidade do Conhecimento” “prevê a edificação de infra-estruturas modernas, numa área de 180 hectares, próxima de um importante polo industrial e de serviços do concelho”, num investimento que poderá ascender a mais de 700 milhões de euros. Também o campus do Instituto Politécnico de Setúbal se encontra abrangido no projecto que “pretende assumir-se como um local onde pessoas e empresas vão viver, trabalhar, cooperar e inovar em conjunto”.

“A criação de uma plataforma capaz de concentrar geograficamente os stakeholders de um determinado sector, potenciando a troca de conhecimentos de modo eficaz” é igualmente um dos objectivos a atingir.

De acordo com a Câmara Municipal, “pretende-se construir escritórios, área residencial, hotel, centro de conferências, hospital, escolas e universidades, zonas comerciais e parques de estacionamento, assim como polos de lazer, arte e cultura”.

Para o efeito, ao município “compete elaborar um Plano de Pormenor que permita a implantação das infra-estruturas previstas, fase que ocorrerá apenas depois de o The Pitroda Group LLC assegurar a sua sustentabilidade económica e financeira, nomeadamente através da angariação de investidores”.

4 O SETUBALENSE 29 de Outubro de 2020

Setúbal

NATUREZA

Roazes espreitaram no Sado novo barco que os vai vigiar ALEXANDRE JESUS

COMENTÁRIO Francisco Alves Rito

O show off em Tróia

A Nuno Banza, presidente do ICNF e João Paulo Catarino, secretário de Estado, estiveram no baptismo de mar

O ASA foi adquirido pela Tróia-Natura e vai ser usado pelo ICNF Rui Salvador Os roazes do Sado mostraram-se ontem para ‘abençoar’ o baptismo de mar da nova embarcação que está agora ao dispor das equipas do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) para monitorizar e investigar aqueles animais.

Adquirida pela Tróia-Natura para funcionar nas mãos do ICNF, a embarcação ASA passeou um pouco pelo estuário com vários responsáveis a bordo, entre os quais Pedro Bruno, administrador da Tróia-Natura, Nuno Banza, presidente do ICNF e João Paulo Catarino, secretário de Estado da Conservação da Natureza, das Florestas e da Ordenação do Território.

Antes do passeio, Pedro Bruno admitiu que “os roazes do Sado são, sem dúvida, uma das principais atracções da península de Tróia”, acrescentando que “desde o arranque do projecto turístico” existe a convicção de que “o património natural e cultural de Tróia e da área envolvente” é a “maior riqueza” do local.

Nuno Banza, presidente do ICNF, disse que esta nova aquisição cria “melhores condições” para que a “função do Estado” seja exercida de maneira a “manter o equilíbrio entre os interesses

directos dos operadores e os interesses gerais da população, que são os interesses da conservação da natureza”.

“Todas as medidas que permitam aumentar a capacidade do Estado de acompanhar e intervir através dos vigilantes, dos técnicos superiores e dos outros investigadores que acompanham a vida no rio, ou no estuário, são objectivamente ganhos para toda a gente”, disse ainda.

A representação governamental ficou a cargo de João Paulo Catarino que, questionado por O SETUBALENSE, frisou que este “reforço de meios materiais, que será complementado com meios humanos”, é uma “aposta clara do Governo” para as referidas áreas protegidas e, “no caso concreto”, para Tróia.

“O capital ambiental é hoje um activo diferenciador, até na perspectiva do turismo. Para nós é muito importante este capital natural e que possa ser valorizado, mas para isso temos de criar regras, monitorizar, fiscalizar. Para isso são preciso meios”, acrescentou.

O secretário de Estado regozijou-se ainda com o facto de haver cada vez mais a consciência da população em como a “biodiversidade tem um potencial enorme, não só para a vida humana e sustentável, mas também numa perspectiva turística”.

“Isto para uma região que aposta claramente no turismo, e com este potencial turístico, pode ser também uma forma de captar este nicho de turistas que é tão importante para o país”, finalizou.

entrega de um barco por parte da Tróia-Natura ao ICNF insere-se na política de aparência que a empresa-capa da Tróia Resort desenvolve para ir dando a ideia de que faz muito pela Natureza.

O barco, cujo valor não foi revelado (não ultrapassará os 15 mil euros), é a última acção relevante conhecida, em muitos anos, por parte da empresa. E repare-se que o barco foi entregue ao ICNF, para ser esta entidade pública a operá-lo, não vá o encargo com a manutenção de uma equipa ficar como despesa permanente para a empresa.

A Tróia-Natura, do universo da Sonae Capital, que detém a Tróia Resort e a Atlantic Ferries, foi criada para promover a protecção ambiental em Tróia e, para esse efeito, recebe 10 cêntimos por cada bilhete dos barcos.

O ano passado, para justificar o “roubo” do preço dos bilhetes para Tróia, a Atlantic Ferries dizia que, com essa comparticipação nas tari-

Nuno Banza “Palácio” de Berardo em Azeitão não tem condições de ser licenciado nem com PDM Em declarações a O SETUBALENSE, Nuno Banza falou ainda sobre a da obra do empresário madeirense Joe Berardo, em Azeitão, que mereceu parecer negativo do ICNF. Depois de Maria das Dores Meira, autarca sadina, ter dado a entender que a revisão do Plano Director Municipal (PDM) corrigiria o problema, o responsável do ICNF diz nem

perceber a “discussão”.

“Não é uma questão de PDM. Nós aplicamos o plano de ordenamento do parque [POPNA]. E aquela obra não tem enquadramento no âmbito do POPNA. Portanto, aquilo que nós dizemos é; no plano de ordenamento do parque aquela obra não tem condições de ser licenciada, ponto”, frisou.

E foi ainda mais claro: “Se todos

os portugueses começarem a conduzir aos 16 anos, o Estado não muda a idade da carta de condução para os 16 anos. A solução para os incumprimentos da lei não é mudá-la. A lei pode mudar em função de fundamentos para isso acontecer, não em função dos incumprimentos. Não é pelo facto de a obra não se adaptar ao POPNA que este tem de mudar.

Está fora de questão.”

fas, tinha sido “já entregue [à Troia-Natura] mais de um milhão de euros de contrapartidas ambientais”.

Alguém sabe em que foi usado esse dinheiro?

Um barco, como o de ontem, e mesmo a iniciativa “Proteger os Golfinhos”, que a Tróia-Natura desenvolve no Verão (um barco a sensibilizar navegadores de recreio e turistas), não custam “mais de um milhão”.

Quanto recebe a Tróia-Natura de contrapartidas? Onde aplica essas verbas? Quantos funcionários tem?

A empresa não presta essas contas publicamente (nem site tem) e as entidades públicas também não fiscalizam.

Acresce que, alguma coisa que a Tróia-Natura possa fazer, de estruturação do Turismo da Natureza, por exemplo, nada aproveita aos setubalenses e grandolenses. O usufruto está destinado exclusivamente aos milionários das casas que a Tróia Resort vende, e aos turistas. Alguém conhece uma promoção feita em Setúbal para que os locais vão a Tróia usufruir da natureza? As escolas, por exemplo, vão lá a convite da Tróia-Natura?

Antes pelo contrário. A estratégia é a de afastar os locais. Daí a exorbitância do preço dos bilhetes e o ter deixado, no ano passado, de haver desconto para crianças e idosos.

E assim, com estes números para a foto e algumas migalhas dadas aos municípios de Setúbal e Grândola, que mascaram uma estratégia de aproveitamento particular de algo que é um bem público, a Tróia Resort vai gerindo Tróia a seu belo prazer e arrecadando milhões.

Director

29 de Outubro de 2020 O SETUBALENSE 5

Câmara Municipal investe 50 mil euros no parque escolar do concelho

A Câmara Municipal de Setúbal procedeu recentemente à requalificação do espaço de recreio da Escola Básica Luísa Todi, através da “colocação de um novo equipamento lúdico”, bem como à “instalação de doze quadros interactivos nas escolas básicas da

Bela Vista, Peixe Frito, Amoreiras, Luísa Todi, Arcos, Santa Maria, Monte Belo, Brejoeira, Vila Nogueira de Azeitão e Casal das Figueiras”, refere a autarquia em comunicado.

As intervenções representam um investimento de cerca de 50 mil euros e têm como objectivo

“beneficiar o lazer das crianças” e “proporcionar melhores condições de trabalho”. Os vigilantes receberam, ainda, fardamento novo e “aos elementos da equipa de manutenção do parque escolar” foram entregues equipamentos de protecção individual.

DR

BREVES QUEBEDO

Túnel fechado hoje e amanhã para limpeza

Peça de teatro teve como base o texto dramatúrgico de Luísa Monteiro, autora “bem conhecida e acarinhada”

TEATRO ESTÚDIO FONTENOVA

As mulheres e a indústria conserveira do século XX sobem a palco em "A Casa de Emília" Espectáculo tem estreia marcada para dia 6 de Novembro no Fórum Municipal Luísa Todi A vida das trabalhadoras das indústrias conserveiras de Setúbal, nas décadas de 1920 a 1960/1970, serviu de inspiração à peça “A casa de Emília”, espectáculo que o Teatro Estúdio Fontenova estreia, em 06 de novembro, no Fórum Municipal Luísa Todi. Na base do texto dramatúrgico, escrito por Luísa Monteiro para a companhia teatral, esteve um estudo dos investigadores Jaime Pinho, João Pedro Santos e Vanessa Amorim sobre a vida e os contextos sociais das mulheres conserveiras de Setúbal, disse à agência Lusa o encenador da peça.

“A casa de Emília” não é um "trabalho documental", acrescentou José Maria Dias, que também é director artístico do Teatro Estúdio Fontenova. É "antes uma tragicomédia", na qual se entrecruzam universos de mulheres conserveiras de várias

localidades. A acção da peça gira em torno de Emília, uma personagem inventada, que rondará os 70, 80 anos, e que vai discorrendo sobre a vida das conserveiras naquelas datas passadas.

A decadência, e mesmo o encerramento que algumas fábricas de conservas atravessaram até à actualidade, são também mencionadas pela personagem, assim como os polos da indústria que ainda se mantêm em Portugal, nomeadamente nas zonas de Aveiro e Olhão. "A violência do trabalho – que ia do escamar, amanhar, escorchar e salgar – inerente ao dia-a-dia a encher latas com comida que às vezes lhes faltava ao estômago e ao filhos, que viam partir para a guerra [colonial]" é tema que perpassa na peça, referiu o encenador.

O universo das mulheres conserveiras algarvias - sobretudo de Olhão e de Vila Real de Santo António, onde, segundo historiadores, terá sido instalada a primeira fábrica conserveira em meados do século XIX – estão também presentes na peça, já que a autora do texto reside no Algarve.

Luísa Monteiro, natural de Famalicão (1968) e residente no Algarve desde

1998, exerceu jornalismo durante 17 anos e tem obra publicada em vários registos literários. Trata-se de uma autora “bem conhecida e acarinhada” pelo Teatro Estúdio Fontenova, disse José Maria Dias.

Com música original de Jorge Salgueiro e participação do Coro Setúbal Voz, “A casa de Emília” é interpretada por Eunice Correia, Fábio Nóbrega Vaz, Graziela Dias e Sara Túbio Costa.

O vídeo é de Eduardo Dias, os figurinos de Maria Luís e o espaço cénico, desenho de luz e 'voz off' de José Maria Dias. “A casa de Emília” vai estar em cena até 15 de Novembro, num total de oito representações.

Um dia depois da estreia, na galeria da Casa da Avenida, também em Setúbal, será lançado o livro da peça que inclui um texto sobre o estudo dos três investigadores na sua origem. O encenador e a autora da peça, assim como a investigadora Vanessa Iglésias Amorim, estarão na apresentação desta obra. O lançamento conta ainda com a presença da socióloga e museóloga Isabel Victor, que foi directora do Museu do Trabalho Michel Giacometti durante os seus primeiros 15 anos da existência. Lusa

A circulação automóvel no Túnel do Quebedo, em Setúbal, vai estar condicionada entre as 20h00 de hoje e as 05h00 de amanhã devido à execução de “uma operação de limpeza dos poços de bombagem e câmaras de grades de estações elevatórias”, explica a Câmara Municipal de Setúbal através de comunicado.

18 DE NOVEMBRO

Casa do Largo recebe aula sobre ilustração A Casa do Largo – Pousada da Juventude de Setúbal preparase para receber no dia 18 de Novembro uma aula aberta dedicada à ilustração, dada pela ilustradora portuguesa Sílvia Rodrigues. A iniciativa, organizada pela Divisão de Juventude da Câmara Municipal de Setúbal, começa às 21h30, existindo o limite máximo de 20 participantes.

NOVA AZEDA

Junta de São Sebastião limpa espaço verde A Junta de Freguesia de São Sebastião procedeu à limpeza e manutenção “da placa ajardinada da rotunda da Avenida Mestre Lima de Freitas, junto aos acessos para o Atlantic Park”, tendo sido retirados do local “materiais inertes degradados”, substituídos “por uma camada de casca de pinheiro”, revela a autarquia em nota de Imprensa.

ATÉ DEZEMBRO

Peixe e marisco tornam-se ‘reis’ dos pratos da cidade Maria Carolina Coelho A gastronomia sadina vai estar representada nos fins-de-semana dos meses de Novembro e Dezembro em diversos restaurantes da cidade, onde o peixe e o marisco vão ser os ‘reis’ dos seus pratos de tacho. O “projecto inédito”, denominando Olh’Ó Peixe e Olh’Ó Marisco, arranca no fim-de-semana de 6 a 8 de Novembro, “com um dos pratos típicos de Setúbal, a Caldeirada à Setubalense, a ser apresentado nos mais de vinte estabelecimentos participantes, por um valor de 30 euros para duas pessoas”, explica a autarquia em nota de Imprensa.

Aderiram a esta primeira acção os restaurantes “A Casa do Peixe, Adega do Zé, Antóniu’s, Café com C, Churrasquinho do Sado, Copa d’Ouro, Flórida, Hotel do Sado, Nova Taberna O Pescador, Novo 10, O Alface, O Cantinho dos Petiscos, O Convés e O Douradinho”. Também os estabelecimentos “O Pescador II, O Tavira, Oficina do Peixe, Peixe no Largo, Restinguinha, Ribeirinha do Sado, Sab’Amar e Sangue na Guelra” vão integrar no seus menus a Caldeirada à Setubalense.

Por sua vez, o programa gastronómico “prossegue nos dias 20 a 22 de Novembro num fim-de-semana dedicado ao Arroz de Tamboril, servido pelo valor de 25 euros a dose para duas pessoas, em estabelecimentos aderentes a anunciar”. Já o “terceiro fim-de-semana da iniciativa, denominado de Olh’Ó Marisco, acontece entre 4 e 6 de Dezembro com a Massa de Sapateira a destacar-se nas mesas dos espaços participantes, ainda a anunciar, com doses a 25 euros para duas pessoas”.

O projecto nasceu pelas mãos da Câmara Municipal de Setúbal com o objectivo de “divulgar a restauração local e dar continuidade ao trabalho desenvolvido no âmbito da marca Setúbal Terra de Peixe”.

6 O SETUBALENSE 29 de Outubro de 2020

Moita

FÓRUM NACIONAL DE SAÚDE MENTAL

ESPECTÁCULO

Rui Garcia destaca gestão municipal inclusiva Autarquia emprega 46 trabalhadores com deficiência Luís Geirinhas O presidente da Câmara da Moita, Rui Garcia, participou recentemente como orador do Fórum Nacional de Saúde Mental, que decorreu em Lisboa, no Auditório do Alto dos Moinhos.

Subordinado ao tema “Cooperação entre respostas: Desafios Actuais e de Futuro”, o convite da organização para a participação do autarca moitense naquele evento, ficou a dever-se às boas práticas de gestão inclusiva praticadas nesta autarquia da península de Setúbal.

No encontro, dirigido a todos os profissionais da saúde e da área social, e aos utentes e suas famílias, o edil referiu que “são actualmente 46 os trabalhadores com deficiência ou incapacidade integrados no mapa de pessoal” da câmara, tendo salientado ser “evidente

Autarca da Moita foi orador no Fórum Nacional de Saúde Mental, em Lisboa

em cada um deles a progressiva melhoria das suas competências profissionais, mas também relacionais, comportamentais e sociais, modificando a vida do próprio e da família”.

Recorde-se que no âmbito da formação em contexto de trabalho, em parceria com a CERCIMB e a RUMO, o município da Moita acolhe regularmente mais de duas dezenas de for-

mando e cerca de 35 jovens/adultos em estágios curriculares do Ensino Profissional e Secundário.

Por sua vez, a câmara garante apoio psicológico através do Serviço de Saúde Ocupacional/Psicologia, para “garantir estabilidade emocional, e acompanhamento por parte do Serviço de Formação Profissional e Valorização Socioprofissional, no

âmbito do apoio social e inclusão”.

São ainda proporcionadas práticas implementadas e estratégias facilitadoras de inclusão laboral aos trabalhadores com reduzida capacidade de trabalho.

A dotação de competências que permitem autonomia e capacidade para a resolução de problemas referentes a necessidades básicas, tais como pagar a renda, luz ou água, bem como o cuidado com a saúde, promovendo a autoestima, é outra das garantias asseguradas a este nível.

Promovido no âmbito do Programa Nacional de Saúde Mental da Direcção-Geral de Saúde, o encontro realizado na capital serviu ainda para lembrar aos presentes o reconhecimento do trabalho desenvolvido no concelho, dentro desta área. Acrescente-se que a edilidade foi distinguida pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional, com a atribuição da Marca Entidade Empregadora Inclusiva, atribuída normalmente à entidades empregadoras que fomentem práticas de gestão abertas e inclusivas.

CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS EM ANÁLISE

Bloco de Esquerda reuniu com director do ACES Ribeirinho A Comissão Política Concelhia do Bloco de Esquerda (BE) da Moita, reuniu na passada segunda-feira com o director executivo do Agrupamento de Centros de Saúde do Arco Ribeirinho, Miguel Lemos, com vista a debater alguns aspectos que mais preocupam o partido, referentes ao funcionamento destes espaços a nível concelhio.

No encontro, segundo o BE, foram abordadas as situações com que se debate a população, que é utente destes cuidados de saúde, nomeadamente, a “falta de médicos de família, que ainda deixa em aberto mais de 20 mil habitantes na área geográfica das freguesias da Baixa da Banheira, Alhos Vedros e Moita”.

Os bloquistas lamentam em comunicado que, no último concurso “para o preenchimento de vagas de médicos, das 17 vagas a concurso, apenas se ter conseguido o preen-

chimento de sete, e para o concelho apenas três, todas para a Unidade de Saúde da Moita”. Os representantes desta força política registaram ainda “uma grande necessidade de médicos para as outras freguesias, situação com tendência a agravar-se com a passagem à reforma de alguns médicos”, destacam. “Mesmo que estes continuem a trabalhar, apenas absorvem 50% dos seus doentes actuais”, acrescentam.

Relativamente à marcação de consultas para a “vaga do dia”, que obriga muitos dos utentes com ou sem médico de família, a deslocarem-se de madrugada para a porta dos Centros de Saúde, com vista a conseguirem uma consulta, a comitiva do BE considerou que “esta situação poderá estar a caminho de resolução, alterando-se o horário e o funcionamento deste procedimento”.

DR

Concelhia da Moita do BE foi recebida por Miguel Lemos

Quanto às longas filas que por vezes são observadas junto a estas unidades de saúde, “ocupando passeios e vias públicas, sem quaisquer condições de comodidade”, o responsável do ACES Ribeirinho terá informado o BE de que “esta situação é motivada pelas limita-

ções impostas à presença no interior dos centros, devido à pandemia Covid-19 e que tal situação está em fase de resolução, através da montagem de estruturas de apoio, de forma a garantir alguma comodidade e dignidade à população que ali se dirige”. LG

Fórum Cultural acolhe coreografia baseada em José Saramago Luís Geirinhas A obra “Ensaio Sobre a Cegueira”, baseada no livro do escritor português José Saramago, serve de inspiração ao espectáculo com o mesmo título, que a Companhia de Dança Contemporânea de Évora vai trazer à Baixa da Banheira, no próximo dia 7 de Novembro, ao auditório do Fórum Cultural José Manuel Figueiredo.

Criada por Nélia Pinheiro, esta apresentação resulta do culminar de “um percurso de experimentação coreográfica em torno do comportamento do corpo humano perante situações de crise e de violência”. Os conflitos interiores, o medo e o individualismo, enquanto forma natural de existir, as questões éticas e morais associadas ao comportamento em sociedade, elencam a natureza temática e comportamental dos bailarinos Gonçalo Almeida Andrade, Miguel Ramalho e Nélia Pinheiro, responsável também pela cenografia desta apresentação.

Com um formato que se aproxima da instalação artística, coreográfica, a criação apresenta “uma linguagem experimental, tanto ao nível visual, como ao nível do posicionamento do corpo no movimento e na cena”. Os elementos-chave da obra de José Saramago vão surgindo como “indutores da linguagem dramatúrgica, que desenvolve uma metáfora acerca do comportamento humano individual e colectivo, um discurso contemporâneo sobre a condição humana”.

Ao longo de uma hora, este espectáculo, que conta com os figurinos do estilista cascalense José António Tenente e direcção de produção de Rafael Leitão, destina-se a maiores de seis anos, sendo obrigatório o uso de máscara de protecção. A lotação do auditório está ainda limitada, de acordo com as regras estabelecidas pela Direcção-Geral de Saúde em relação à pandemia, podendo as reservas serem efectuadas por telefone, no horário de funcionamento da bilheteira daquele equipamento cultural do concelho da Moita.

29 de Outubro de 2020 O SETUBALENSE 7

Ginásio Atlético Clube acolheu assembleia para formar nova Plataforma Cívica

O Ginásio Atlético Clube da Baixa da Banheira, acolheu na última semana, por iniciativa da “Plataforma Cívica Aeroporto BA6 – Montijo Não!”, a assembleia para constituição da associação sem fins lucrativos “Plataforma Cívica As Pessoas Primeiro”, altura em foi eleita a

presidente da direcção da Cooperativa Cultural Popular Barreirense, Carla Marina Santos, como dirigente da Comissão Instaladora.

Do grupo de 16 membros que integram esta comissão, fazem parte Jéssica Pereira, uma das responsáveis pela Comissão de

HIGIENE HABITACIONAL

Projecto Eco-Lar ajuda 24 famílias

Utentes dos Serviços Públicos do Barreiro, Luís Chucha, Capitão aposentado da Força Aérea Portuguesa, o piloto Vítor Silveira e, entre outros, Nuno Cavaco, presidente da União de Freguesias da Baixa da Banheira e Vale da Amoreira.

BREVES VALE DA AMOREIRA

Os diversos parceiros que integram o projecto Eco-Lar, no concelho da Moita, voltaram a reunir esta segunda-feira, nas instalações da Santa Casa da Misericórdia de Alhos Vedros, para fazerem a avaliação anual do número de agregados familiares que são acompanhados, nas manutenções mensais do município, por cada localidade ou União de Freguesias.

O plano, refira-se, tem como principal objectivo manter “a higiene habitacional em domicílios em condições de insalubridade, que representem uma problemática para a saúde pública, ou em domicílios, cujos os utentes se encontrem em situação de dependência elevada”.

De acordo com os dados disponíveis relativos ao ano passado, a União de Freguesias da Baixa da Banheira e Vale da Amoreira é a zona mais abrangida por este projecto, seguida das

DR

Reunião dos parceiros do projecto

freguesias da Moita e de Alhos Vedros, com a União de Freguesias do Gaio-Rosário e Sarilhos Pequenos a

ocupar o último lugar deste ranking.

Durante o ano de 2019, foram 80 o total de beneficiários atingidos com o projecto, tendo sido sinalizadas 47 situações, com 48 intervenções em termos de Média de Manutenções Mensais. Um total de 24 agregados necessitaram ainda de acompanhamento mensal, tendo se registado o mesmo número de novas intervenções.

Nuno Cavaco, presidente da União de Freguesias da Baixa da Banheira e Vale da Amoreira, em declarações a O SETUBALENSE, afirmou que “este é um projecto que resulta e que é muito importante a nível concelhio”. O encontro anual contou com a presença de representantes das entidades parceiras, entre as quais, a Santa Casa da Misericórdia de Alhos Vedros, a Câmara Municipal da Moita e as juntas de freguesia do concelho. LG

ENTREGA DE PROPOSTAS “FORA DOS PRAZOS LEGAIS”

Vereação socialista acusa autarca eleito pela CDU de “desrespeitar repetidamente a lei” Socialistas acusam presidente da Câmara de não entregar documentos a tempo Luís Geirinhas Os vereadores do Partido Socialista (PS) eleitos na Câmara da Moita, afirmam que parte dos membros daquele executivo “passaram desde há algum tempo a uma nova fase”, que dizem consistir na “tentativa” de “não facilitar a vida” ao partido que representam, adoptando uma estratégia que passa por “desrespeitar repetidamente a lei, no que diz respeito à entrega das propostas e documentação fora dos prazos legais”, para posterior apreciação nas reuniões públicas da autarquia.

Para os socialistas, esta prática pode “possibilitar a nulidade das deliberações tomadas”, seja uma proposta

administrativa considerada banal ou uma operação “para contrair um empréstimo de milhões de euros que, naturalmente, requer um estudo muitos atento”, sublinham.

Os eleitos garantem que “foi isso que aconteceu recentemente”, com o presidente Rui Garcia (CDU) a marcar uma reunião extraordinária, onde, no entanto “não fez chegar aos vereadores os documentos no prazo legal”, denunciam. A exemplo de outros alertas feitos por estes vereadores, sobre esta matéria em reuniões anteriores, referem que “voltaram a fazer uma chamada de atenção ao presidente da Câmara para a ilegalidade cometida”, disponibilizando-se, ainda assim “para os votar de forma excepcional dada a importância” da mesma.

“O presidente ignorou a boa vontade demonstrada, tendo antes optado, por entre acusações violentas e recorrentes, acabar por dar por encerrada a reunião de forma abrupta, remarcando-a para outro dia”, afirmam em comunica-

do tornado público esta terça-feira. “O nosso voto a favor desta proposta de empréstimo bancário, para obras, de mais 3 milhões e 250 mil euros, manteve-se igual aquele que teria sido se a primeira reunião não fosse interrompida, embora nos preocupe o crescente endividamento municipal e alguns dos projetos nos levantem fundamentadas reservas”, acrescentam.

A vereação socialista garante que “sempre assumidos o compromisso de trabalhar para fazer da Moita um concelho melhor, colocando-nos mais próximos das pessoas e das pessoas e das suas preocupações, defendendo o progresso e o desenvolvimento”, adiantam.

A este propósito acusam o vereador do PSD, Luís Nascimento, de ser a “correia de transmissão do actual grupo comunista”, bem como o autarca que representa o Bloco de Esquerda, que desta forma “garantem a continuidade deste estado de coisas, permanecendo calados perante os factos”.

Oficinas de artes visuais formam jovens e adultos O Centro de Formação Artística do Vale da Amoreira acolhe até 7 de Novembro, um conjunto de oficinas de artes visuais com Catarina PéCurto, no âmbito do Projecto “Meio no Meio”, desenhado para um período de três anos (2019/2021), que visa a inclusão social através das práticas artísticas. O objectivo passa por continuar a “juntar

jovens e adultos do concelho para diferentes experiências de formação” na área das artes. Para além da actividade realizada no âmbito da dança, que teve lugar nos inícios do corrente mês, com o director artístico do projecto, Victor Hugo Pontes, ainda estão previstas mais oficinas de artes visuais, três vezes por semana.

(CON)VIVÊNCIAS SÉNIOR

Sessões de teatro continuam durante mês de Novembro No âmbito do projecto municipal “(Con)Vivências Sénior” 2020 e após a realização, ontem, da sessão de teatro “Recordar é Viver, Fado e Melodias de Sempre”, na Associação de Reformados, Pensionistas e Idosos da Zona Norte da Baixa da Banheira, a iniciativa da Câmara da Moita vai prosseguir com mais

dois eventos em Novembro. Para dia 11, data em que se celebra o Dia de São Martinho, está prevista uma nova sessão, pelas 14h30, na sede da SFRUA – “A Velhinha”, na freguesia de Alhos Vedros. No dia 24, à mesma hora, o Pavilhão Municipal de Exposições da Moita, recebe a terceira reunião promovida neste sentido.

DR

SENSIBILIZAÇÃO

Moita associa-se a exercício de risco sísmico “A Terra Treme” A Câmara da Moita vai este ano associar-se ao exercício público de sensibilização para o risco sísmico “A Terra Treme”, no próximo dia 5, pelas 11h05. A iniciativa, promovida anualmente pela Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil, decorre em colaboração com diversas entidades públicas e

privadas. Na sua oitava edição, o exercício irá coincidir com o Dia Mundial de Sensibilização para o Risco de Tsunami, uma efeméride que foi instituída pela Organização das Nações Unidas.

“A Terra Treme” pretende alertar e sensibilizar a população sobre como agir antes, durante e depois da ocorrência de um sismo.

8 O SETUBALENSE 29 de Outubro de 2020

Moita CABELEIREIRO HÁ MEIO SÉCULO

ALHOS VEDROS

António Beliz: “Cheguei a atender mais de 300 clientes por mês”

Misericórdia de Alhos Vedros aposta em nova identidade e reforça comunicação DR

Aos 82 anos, o barbeiro continua a trabalhar na Baixa da Banheira

Com 520 anos de existência a Santa Casa aposta na modernização e numa maior interactividade

Luís Geirinhas António Beliz, com 82 anos de vida, setenta dos quais dedicados à arte de cortar o cabelo a homens, continua a exercer o seu ofício na Baixa da Banheira com o mesmo gosto de antigamente, altura em que iniciou a sua profissão numa Barbearia da sua terra natal. Mesmo depois de se reformar, o cabeleireiro nascido em Castelo de Vide recorda os tempos em que, apenas com 12, começou a aprender a trabalhar numa área onde, na altura, as oficinas estavam cheias de aprendizes e de gente com o sonho de ir mais longe.

Foi por sugestão de seu pai que se dedicou a esta arte. Passados os primeiros tempos, conseguiu “fazer alguns trabalhos com maior perfeição”, mas um problema de saúde interrompeu o seu percurso, o que acabaria por o afastar de uma tarefa que sempre lhe agradou durante alguns meses.

Ao ficar livre de prestar o serviço militar, o Sr. António – como é tratado nas redondezas –, pegou nos seus primeiros instrumentos de trabalho e rumou a Lisboa, em 1958, onde trabalhou no Beco do Cascalho, na zona do Martim Moniz, e já ganhava 180 escudos por semana. Mais tarde, foi na Barbearia “Tentador”, situada junto ao Largo de S. Paulo (que já possuía manicura, serviço de graxa, para além dos cortes de cabelo), que viria a “receber boas instruções”, onde conta “ter aprendido qualquer coisa neste ramo”. No início da década de 60, regressa ao Alentejo e quatro anos depois acaba por começar a trabalhar por conta própria.

“Como tinha um primo em Luanda e depois de uma troca de conversas em família, decidi alugar um espaço no estrangeiro – a Barbearia Elite –, tendo começado uma nova aventura” por terras de África. Nessa altura, adianta, “cheguei a cortar o cabelo a mais de 300 clientes por mês, o que era bastante invulgar”, relatou a O SETUBALENSE. Ao fim de cinco anos deixa Angola e regressa a Portugal para se aventurar numa nova etapa da sua vida. “Lembro-me de nesse período já ganhar quatro contos ao mês”, recorda. Um dia, acrescentou, recebeu “um contacto de um

António Beliz sempre a postos na loja alugada há decadas

familiar que vivia na Rua dos Açores, na Baixa da Banheira, que me disse que existia uma pessoa que queria emigrar para França, e perguntou-me se estaria interessado no trespasse da sua loja”.

Fechado o negócio por 10 contos, António Beliz lembra que “quando vim para aqui reparei que não faltavam cafés e tabernas, todos cheios de gente e perguntava-me se esta gente não trabalhava”. Um amigo ajudou a esclarecê-lo sobre esta questão. “Aqui a maior parte das pessoas trabalha por turnos, tendo desde logo percebido que teria clientes durante todo o dia”, disse. Desde então e há mais de meio

Comunidade Dirigente associativo Na comunidade banheirense integrou uma Comissão de Moradores, a Associação de Geminação daquela vila com Ville Plaisir e Pinhel, tendo desempenhado a função de director do Centro de Reformados e Idosos da Baixa da Banheira (CRIBB), entre o período de 1981 e 83.

Inicialmente foi primeiro secretário da Mesa da Assembleia Geral, Tesoureiro e presidente do Conselho Fiscal. Ligado ao centro há 40 anos, o Sr. António é ainda o segundo secretário da Mesa da Assembleia, tendo ajudado a instalar o monumento existente no exterior da instituição.

século, continua a abrir a sua porta diariamente.

“Nunca tive dúvidas de que este seria o meu ofício”

Afirma que nunca quis fazer sociedades ou ter empregados, mas ao longo da sua carreira, reconhece que sempre preferiu cortar cabelos a homens. “Desde o início, nunca tive dúvidas de que este seria o meu ofício, pelo que desde cedo comecei por tirar a minha carteira profissional”, frisou.

António Beliz não dispensa a companhia diária do pente e da tesoura, das máquinas manuais que guarda religiosamente e das navalhas para fazer a barba, para além do pincel, da taça e até dos antigos recipientes onde se guardava a laca. Em exposição estão ainda as seis tesouras que foi usando ao longo de décadas.

Apesar de reformado, o cabeleireiro afirma que “vou continuando a fazer o que sempre fiz, mesmo com um menor número de clientes, até porque não sou capaz de passar o dia inteiro em casa, para mim isso seria um sacrifício, são muitos anos de convívio e acabamos por ganhar amigos”.

Para além disso, é “aqui que gosto de ler o meu jornal ao início do dia”.

Antigamente, lembra, a Baixa da Banheira “era uma família, mas nos dias de hoje ninguém se respeita”, pelo que “qualquer dia, a diversidade criada pelas gentes vindas do Alentejo, do Algarve ou do norte do país tende a desaparecer”, lamenta. Em relação à nova geração de cabeleireiros, considera que se vivem tempos complicados.

“No meu caso, tenho a minha reforma e vou vivendo, mas alguns colegas de profissão estão a atravessar momentos muito difíceis com esta pandemia”.

Com mais de 400 trabalhadores e mais de 800 utentes diários, a Santa Casa da Misericórdia de Alhos Vedros é a segunda maior Misericórdia do distrito de Setúbal e o segundo maior empregador do concelho da Moita, “contribuindo activamente para estarmos acima da média dos índices sociais nacionais”, sublinha em comunicado a administração desta secular instituição.

Com esta visão de olhar sempre para a frente, sem esquecer tudo o vem de trás, “criámos uma nova identidade, uma nova forma de comunicar e uma nova organização da Misericórdia de Alhos Vedros. Adaptada a estes tempos em que temos de estar cada vez mais atentos à importância central da área social e para fazer frente a um dos momentos mais negros da nossa história recente.Que ataca particularmente os mais fracos, os mais vulneráveis e os mais idosos.

Os que estão ao nosso cuidado hoje e que somos nós amanhã”, destaca o documento.

Com esta nova identidade mais Misericórdia, mais casa, mais motivadora, mais moderna e mais interativa, símbolo de acolhimento e empatia, de esperança e harmonia, e organizados em quatro grandes áreas de actuação, seniores, crianças, saúde e comunidade, “estamos a valorizar ainda mais os nossos equipamentos e serviços, assim como as nossas tra-

balhadoras, trabalhadores e utentes”.

Com centros de dia “sempre de braços abertos, um serviço permanente e dedicado de Apoio Domiciliário e as três estruturas residenciais para pessoas idosas, mais conhecidos como Lar Pedro Rodrigues da Costa, Lar Abrigo do Tejo e Lar São José Operário, aos Seniores dizemos, “nesta casa, há uma resposta social para todos”. Às crianças, “prometemos que “nesta casa, todos aprendem a brincar”. Com Creche, Jardim Infantil e Centro de Actividades de Tempos Livres, O Charlot e O Varino estão sempre prontos para a brincadeira, mas também para educar, ensinar e dar muitas alegrias aos mais pequenos”.

Na área da Saúde, a Unidade de Cuidados Continuados Integrados Francisco Marques Estaca Júnior “é um exemplo em termos de dimensão e modernidade ao nível do distrito de Setúbal e do país, que garante que nesta casa, todos os cuidados são poucos”, realça a instituição.

Ao nível da comunidade, a Misericórdia de Alhos Vedros “está sempre atenta a quem mais precisa, pois nesta casa, todos damos e recebemos.

Seja através da troca e reutilização de bens na Loja Solidária, o empréstimo de material ortopédico no Banco de Ajudas Técnicas, ou a intervenção em domicílios em condição de insalubridade grave com o Projeto Eco-Lar”.

A finalizar a administração salienta ainda que “este é o espírito e o trabalho que une e motiva a Misericórdia de Alhos Vedros: solidariedade e ação social, sempre ao serviço das pessoas. Pois se é para as pessoas que existimos, a todas elas, e a si em particular, continuamos a garantir que nesta casa, está em sua casa”.

DR

29 de Outubro de 2020 O SETUBALENSE 9

Fórum desafia famílias para começarem já a fazer compras de Natal

O Almada Forum, devido à actual situação pandémica, está a convidar as famílias para começaram a completar a sua lista de compras de Natal com antecedência e, ao mesmo tempo, aproveitarem para visitar as ilhas de Natal, este ano dedicadas

ao tema tudo por um “Natal em Bom Ambiente”. O Natal chega ao centro comercial já no dia 31, mas este ano o Pai Natal não vai estar fisicamente, no entanto terá presença virtual com o apoio de dois duendes que o vão passear pelo centro até 24 de Dezembro.

ACORDO ENTRE A AUTARQUIA E SILGOLF

Obras na Urbanização da Quinta da Aroeira avançam em Dezembro DR

Visão e esforço comum resolvem conflito com vários anos e respondem a interesses dos moradores Humberto Lameiras As obras na urbanização da Quinta da Aroeira, Charneca da Caparica, vão começar na primeira semana de Dezembro, e incluem todos os equipamentos e infra-estruturas integrados no espaço público, nomeadamente arruamentos, espaços exteriores, redes de saneamento, telecomunicações, electricidade e gás.

O acordo de colaboração foi assinado na passada terça-feira, entre a Câmara de Almada e a Silgolf, promotor que vai tomar a intervenção em mãos.

“Ao assinar este protocolo, estamos a cumprir um compromisso feito na campanha eleitoral”, lembrou a presidente da Câmara de Almada durante a assinatura do protocolo. “É muito importante cumprir com-

O entendimento entre as partes vem responder às queixas dos moradores

promissos e, neste caso, só possível com a articulação de todos”, referiu Inês de Medeiros.

O documento foi rubricado, na Associação de Proprietários e Residentes da Herdade da Aroeira (APRHA), pela presidente socialista da Câmara de Almada e pelo gerente da Silgolf, Pedro Silveira, que sublinhou este

RECEPÇÃO

acordo pela “visão e objectivos comuns”, com a autarquia e restantes interessados.

Na altura, Inês de Medeiros manifestou ainda a sua satisfação por se ter chegado à resolução de um “conflito que se vinha a arrastar há vários anos, e que envolvia diversas matérias”, e sublinhou a boa articulação e o

compromisso entre todas as partes”, para se chegar à concretização deste acordo que procura “responder às necessidades dos moradores da Quinta da Aroeira” e dar cumprimento “à vontade expressa do executivo municipal de sanar o impasse existente que, até à data, não tinha sido possível resolver”.

“Um dia histórico”, acrescentou o vereador Miguel Salvado, eleito pelo PSD, e responsável pela Divisão de Infra-estruturas Viárias e Iluminação Pública, referindo-se a este acordo entre a autarquia e a Silgolf que permitiu “finalizar esta situação” e “progredir para outras”.

Carlos Mocho, presidente da direcção a APRHA, afirmou, por sua vez, que este acordo, após a sua execução no terreno, vai “permitir resolver uma série de questões urbanísticas e outras associadas dentro da herdade”, relembrando que “estas obras e melhorias já eram esperadas há muito tempo”.

O acordo prevê a limpeza e reparações em 18 arruamentos e a instalação de sinalização rodoviária vertical, conforme plano aprovado pela Câmara de Almada.

MOSTRA DE TEATRO

João Couvaneiro reafirma o trabalho São 31 dias e 23 peças representadas da comunidade na “cidade educadora” por 22 grupos amadores e profissionais A Recepção à Comunidade Educativa de Almada, para assinalar a abertura solene do ano lectivo 2020-2021, decorreu no passado domingo, na Academia Almadense, cerimónia em que o vice-presidente da Câmara Municipal de Almada, João Couvaneiro, aproveitou para reafirmar que Almada continua a ser “uma cidade educadora”.

O autarca referia-se assim, numa saudação pelo trabalho desenvolvido por “todos os professores e professoras, todos os profissionais não docentes que estão nas escolas do concelho, dirigentes das associações de pais e encarregados de educação

e a todos os que trabalham para que o normal funcionamento dos estabelecimentos de ensino seja possível”.

Durante esta recepção, assistiu-se ao primeiro de dois concertos, com “Para um Homem Comum”, pela Orquestra Académica Metropolitana, tendo sido interpretadas obras de Aaron Copland.

A Recepção à Comunidade Educativa é uma iniciativa promovida pela Câmara de Almada, que “visa homenagear todos os que, dia a dia, exercem as suas funções nas escolas e estabelecimentos de ensino do concelho, mas também às famílias dos estudantes almadenses”.

A 24.ª edição da Mostra de Teatro de Almada vai estar em vários palcos do concelho de 31 de Outubro a 29 de Novembro. São 31 dias e 23 peças representadas por 22 grupos de teatro, entre amadores e profissionais.

Adaptada às circunstâncias actuais de pandemia, a estrutura desta edição foi pensada de forma a “garantir a segurança do público, artistas e técnicos”, afiança a organização, que afirma que esta Mostra “não desilude e leva à cena uma programação diversificada, onde convivem diferentes propostas, destinadas aos mais variados públicos”.

Almada reafirma assim, “através de uma duradoura parceria entre a Câmara Municipal e os Grupos de Teatro do concelho”, um programa que “têm a oportunidade de continuar a fazer do concelho um espaço onde a arte e a cultura, em particular o teatro, se continuará a mostrar”.

Esta edição da Mostra abre com a exibição, às 21h30, no Teatro-Estúdio António Assunção, do espectáculo “Mythos”, uma criação original do Teatro Extremo com direcção artística de Joseph Collard e interpretação de Bibi Gomes, Fernando Jorge Lopes e Rui Cerveira.

Almada

BREVES PREVENÇÃO

Atendimento na Urbanística com acesso limitado Face à situação epidemiológica de Covid-19, e de forma a salvaguardar a segurança dos trabalhadores e munícipes, a Câmara de Almada tem os serviços de atendimento ao público do Departamento de Administração Urbanística com acesso limitado, sendo nesta altura privilegiado o atendimento telefónico ou o atendimento electrónico.

ECONOMIA

Autarquia e Comércio assinam acordo A Câmara de Almada e a Delegação de Almada da Associação de Comércio, Indústria, Serviços e Turismo do Distrito de Setúbal, assinaram um acordo de colaboração para a realização de iniciativas que visem dinamizar o tecido económico do concelho, como por exemplo a Tour do Pitéu, que está a decorrer até dia 1 de Novembro e envolve 28 restaurantes, tascas e tabernas.

DIA DE FINADOS

Cemitérios com horários alargados

Nos dias 31 de Outubro e 1 e 2 de Novembro, os Cemitérios Municipais de Almada e de Vale Flores, no Feijó, terão, por ocasião da celebração do Dia de Finados, horário alargado.

O horário vai ser das 8h00 até às 18h00, e visa descongestionar a afluência habitual nestes dias, tendo em conta o período pandémico.

10 O SETUBALENSE 29 de Outubro de 2020

O SEGREDO DAS CARTAS TARÓLOGO e ASTRÓLOGO FRANCISCO GUERREIRO

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CARNEIRO 21.03 a 20.04 No plano amoroso – não rejeite a possibilidade de se envolver um novo relacionamento.

Poderá ser surpreendido, muito favoravelmente, com as atitudes e gestos de alguém que entrou há pouco na sua vida. No plano profissional – poderá entrar numa nova fase profissional, comece a pensar em novos projetos ou novas aplicações financeiras. Carta da semana – O SOL – semana muito luminosa e feliz para Peixes. Vai sentir-se com muita vontade de viver a vida e demonstrar a força das suas emoções e sentimentos.

TOURO 21.04 a 21.05 No plano amoroso, sente-se muito apaixonado e tem receio de mostrar os seus sentimentos. No plano profissional, terá algumas propostas, mas não se iluda com as mais vantajosas.

Carta da Semana – A Lua, esta carta mostra que você estará sensível e um pouco frágil, mas ao mesmo tempo estará com um grande poder de análise.

GÉMEOS 22.05 a 21.06 No plano amoroso – poderá travar novos conhecimentos, embora deva amadurecer bem as ideias antes de lançar num novo romance. Poderá ter de enfrentar oposições familiares para poder levar em frente uma relação. No plano profissional – deve manter a calma em todas as circunstâncias, até porque esta semana tudo está ao seu alcance. Carta da semana – O CARRO – a conjuntura anuncia progressos.

CARANGUEJO 22.06 a 22.07 No plano amoroso – possibilidade de os seus sentimentos serem completamente renovados. Numa situação inesperada ou mesmo sem estar disponível pode sentir novas emoções. No plano profissional – se estiver envolvido em atos de representação ou de cariz público, sair-se-á muito bem. Carta da semana – O AMOROSO – esta carta define uma semana intensa em que todos os comportamentos estão marcados pela paixão.

LEÃO 23.07 a 23.08 No plano amoroso – não aceite opiniões ou que se metam demasiado na sua vida, o seu coração é o seu melhor amigo e só poderá arrepender-se do que não fizer. No plano profissional – todos os negócios ou investimentos em que se envolver, desde que estruturados e calculados darão bons resultados. Carta da semana – O IMPERADOR – está muito lúcido, objetivo e eficaz marcando pontos em todas as situações que se envolver.

VIRGEM 24.08 a 23.09 No plano amoroso – não permita que o orgulho atrapalhe ou ponha em causa em relação. No plano profissional – alguns colaboradores podem interferir ou pôr em causa as suas opiniões, mas é aconselhável que não baixe os braços e faça persistir as suas ideias.

Carta da semana – A FORÇA – fomenta novas ideias confere rapidez de raciocínio e força de vontade não permitindo que se instalem na sua vida indecisões ou qualquer tipo de medo.

BALANÇA 24.09 a 23.10 No plano amoroso – é uma semana adequada a que faça alterações na sua forma de vida; pode iniciar uma fase mais límpida e intensa. No plano profissional – algumas situações podem assumir contornos que não esperava e perante os quais terá de tomar uma posição.

Carta da semana – A MORTE – é uma carta forte que permite conduzir a sua vida de forma objetiva e eficaz. Fim de uma etapa e inicio de uma nova etapa próspera.

ESCORPIÃO 24.10 a 22.11 No plano amoroso – não entregue o seu amora quem não o merece, corre o risco de deceções. Nem todas as promessas serão cumpridas esta semana. No plano profissional – dê atenção a um negócio ou a um projeto que pode esconder problemas, procure novos apoios. Carta da semana – A LUA – a conjuntura leva-o para o mundo dos sonhos em que é difícil ser racional, tente manter-se lúcido para não ser enganado.

SAGITÁRIO 23.11 a 20.12 No plano amoroso, relações são correspondidas e regidas por si e pelos seus interesses. Controle o seu feitio pois numa relação toma decisões a dois. No plano profissional, mostre-se mais activo e mais empenhado com trabalhos que lhe são solicitados. Carta da Semana – O Mundo, esta carta mostra que as conquistas e os seus êxitos estão ao seu alcance, basta que consiga reunir todas as suas potencialidades para atingir os seus fins.

CAPRICÓRNIO 21.12 a 20.01 No plano amoroso – escute o que lhe dita o coração sempre que tomar uma decisão ou fizer uma escolha sentimental; todos os gestos deverão ser fruto de reflexão solitária e amadurecida. No plano profissional – está perfeitamente apto a atuar em proveito próprio e fazer bom uso das suas habilitações e conhecimentos. Carta da semana – A PAPISA – a semana promete ser muito importante.

AQUÁRIO 21.01 a 19.02 No plano amoroso, poderá estar a passar uma fase conflituosa, que se deve á indefinição de sentimentos, clarifique-os. No plano profissional, os trabalhos que tem em curso irão sofrer alguns atrasos, devido á falta de recursos. Carta da Semana – O Eremita, esta carta mostra que deve agir com rigor e cuidado em todas as situações.

PEIXES 20.02 a 20.03 No plano amoroso – momento propicio á evolução sentimental; conseguirá compreender alguns gestos e lidar melhor com os afetos. No plano profissional – vida financeira sujeita a flutuações que merecerão medidas adequadas em cima dos acontecimentos. Carta da semana – O JULGAMENTO – traz uma semana marcante pródiga em acontecimentos importantes que lhe possibilitarão análises e iniciativas fundamentadas.

500 PALAVRAS João Reis Ribeiro

História(s) do Bairro de Troino

E

m 10 de Janeiro de 1867, no “Distrito de Évora”, Eça de Queirós escrevia: “Na história, o povo deve ser tudo; as individualidades, pouco.” E justificava: “O que nós queremos saber é o espírito das gerações. O que a nossa curiosidade pede é ver como o passado compreendeu as coisas vitais da humanidade: a família, o trabalho, a educação, as instituições.” A questão relacionava-se com aquilo que era (é) designado por “história oficial”, versão de que Eça convidava a desconfiar.

Vem esta evocação a propósito do mais recente livro de história local dedicado a Setúbal, “O Bairro de Troino - Contributos para a sua História”, assinado pelos historiadores Diogo Ferreira e João Pedro Santos e pelo “troineiro” Eduardo Silva, que também patrocinou a edição.

A obra, fortemente ilustrada e sobre um acervo bibliográfico vasto, assenta em dois vectores: o primeiro, de investigação histórica, em cinco capítulos, apresenta a narrativa do bairro desde a origem toponímica, passando pela sua ligação e inserção na urbe, pela estrutura social, por episódios da resistência política do século XX e pelo património construído, e tem a assinatura de Diogo Ferreira e de João Santos; o segundo, de cunho eminentemente memorialístico, assente numa visão emotiva e vivida, traz o testemunho de Eduardo Silva, nascido no bairro no final da década de 1930.

O leitor pode assistir à evolução e papel daquele território na construção da cidade, desde o tempo em que era considerado um espaço mais ou menos marginal, de arrabalde, até ao momento em que se impôs como espaço privilegiado de uma comunidade ligada à pesca, chegando à identidade administrativa de freguesia, desenvolvendo-se industrial e comercialmente. Interessante se torna visualizar o “caleidoscópio social”, abordando as áreas profissionais predominantes e a sua identidade: a indústria do mar (o pescador e a sua comunidade, condições de vida, ope-

O leitor pode assistir à evolução daquele território na construção da cidade, desde que era considerado um arrabalde, até que se impôs como espaço privilegiado de uma comunidade ligada à pesca

rariado conserveiro, construção naval - havendo espaço para um dos autores homenagear um seu antepassado que na construção de embarcações se destacou), o pequeno comércio (com destaque para a mercearia “Confiança”, hoje recuperada e funcionando como mostra musealizada, ou para espaços de convívio como os cafés, alcançando particular interesse testemunhal e evocativo o texto sobre os matraquilhos na “Taberna do Luciano”, devido a Paulo Anjos), a religiosidade (presente no historial e registo de vivências da festa de Nossa Senhora da Arrábida). Igualmente importante é o capítulo dedicado àqueles que foram incomodados por defenderem mudanças e ideias, sempre com a perseguição policial no seu encalço: de grevistas ou libertários a revolucionários ou heróis, os seus nomes saltam de uma consciência de classe e de humanidade com a qual nem sempre o poder concordou.

Sobre o património arquitectónico, percebe-se que a Anunciada (freguesia a que pertence Troino) é rica de história e detém marcos que configuram a identidade setubalense, haja em vista referências como a igreja da Anunciada, a Fonte Nova, o Convento de Jesus, a Casa dos Pescadores ou o Orfanato Municipal, entre outros, em descrições que englobam a história e as histórias que lhes estão associadas.

Finalmente, a escrita mais memorialística de Eduardo Silva percorre muitos dos aspectos que forjaram a infância e juventude do autor, indiciando forte ligação ao bairro - por ali passa um sentido de pertença muito visível, a informação toponímica, os jogos infantis, alguns naturais do bairro que se têm destacado em diversas áreas, bem como diversas profissões entretanto desaparecidas.

Esta obra consegue aliar o que existe em anteriores investigações a novas histórias e juntar o rigor pretendido na informação histórica e a emoção dos que a escrevem, regendo-se por uma leitura acessível, levando o leitor a estar muito próximo do mundo e da história de que se fala.

29 de Outubro de 2020 O SETUBALENSE 11 PUBLICIDADE

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Necrologia

FALECEU A 27/10/2020

FRANCISCO JOAQUIM RATO

FALECEU A 28/10/2020

MARIA ADELAIDE AJUDA DO ROSÁRIO

PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

Sua esposa, filha, neta, e restante família, têm o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente muito querido e de agradecer reconhecidamente a todos os que se dignaram a acompanhá-lo à sua última morada, bem como aos que das mais diversas formas lhes manifestaram pesar.

Seus sobrinhos e restante família, têm o doloroso dever de participar o falecimento da sua ente muito querida e de agradecer reconhecidamente a todos os que se dignaram a acompanhá-la à sua última morada, bem como aos que das mais diversas formas lhes manifestaram pesar.

AGÊNCIA FUNERÁRIA COSTA TELEF: 265 523 496

AGÊNCIA FUNERÁRIA COSTA TELEF: 265 523 496

Bloco Clínico LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS

DRA. MARIA FILOMENA LOPES PERDIGÃO DR. ALFREDO PERDIGÃO

Horário 2ª a 6ª-feira: 08.00/12.30 - 14/18.00h Sábado: 09.00/12.00h

Rua Jorge de Sousa, 8 | 2900-428 Setúbal www.precilab.pt | tel. 265 529 400/1 telm.: 910 959 933 | Fax: 265 529 408

(13/6/1938 - 22/10/2020)

JOSÉ MANUEL JORGE PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

Sua esposa e restante família, vêm por este meio na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, participar o falecimento do seu ente muito querido.

Agradecem a todos os que se dignaram acompanhá-lo no dia 24/10/2020, assim como aos que das mais diversas formas manifestaram o seu pesar.

Descansa em Paz

12 O SETUBALENSE 29 de Outubro de 2020

Região

CONCURSO JÁ PUBLICADO

SURTO

Distrito está na linha dos estudos de viabilidade do projecto de regadio para o Tejo DR

Setúbal tem considerados 20 mil hectares de terrenos agrícolas no estudo de regadio A Direcção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural lançou um concurso de 400 mil euros para os primeiros estudos de viabilidade de um projecto de regadio no Tejo.

O concurso tem como objectivo "avaliar o potencial hídrico e hidroagrícola do Vale do Tejo e Oeste através do regadio, com a captação, armazenamento, transporte e distribuição de água, com delimitação de regiões potencialmente irrigáveis, e análise dos impactos socioeconómicos e ambientais", refere o anúncio, publicado na terça-feira em Diário da República.

Os estudos, a decorrerem durante um ano, depois de consignados, vão abranger o distrito de Setúbal, concelhos da Área Metropolitana de Lisboa, assim como do Médio Tejo, Baixo Alentejo, região Oeste, Beira Baixa, Serra da Estrela Lezíria do Tejo e Baixo Alentejo.

O Projecto Tejo prevê regar com águas do rio Tejo 300 mil hectares de terrenos agrícolas, dos quais 20

Humberto Lameiras

Projecto visa combater a seca e os efeitos das alterações climáticas, que têm reduzido o caudal do rio no Verão

mil em Setúbal, 240 mil no Ribatejo e 40 mil no Oeste.

Os especialistas acreditam que o Tejo poderá ter águas em permanência em quantidade e qualidade suficientes para satisfazer os vários usos, através da construção de açudes ao longo do rio e dos seus afluentes, de novas barragens, além das já existentes, de uma rede de distribuição, de reservatórios e de estações elevató-

rias e de bombagem.

Os açudes seriam rebatíveis no Inverno, para não causar inundações e permitir a circulação de embarcações.

O aproveitamento da água seria sobretudo para a agricultura, a produção de energia, para a pesca e aquacultura e para o turismo, ao tornar o Tejo navegável e com uma aposta no transporte fluvial.

O projecto visa combater a seca e

os efeitos das alterações climáticas, que têm reduzido o caudal do rio no Verão.

A Confederação dos Agricultores de Portugal apoiou o projecto, tendo em conta as necessidades de água que os agricultores daquelas regiões têm, e demonstrou preocupação por não ter sido incluído no Plano Nacional de Investimentos 2030.

Lusa

LITORAL ALENTEJANO

Reforço na saúde para casos de doença aguda não urgente O novo Serviço de Urgência Médico Cirúrgica da Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano, começa a funcionar hoje, e “representa um passo determinante para a melhoria da prestação de cuidados à população”, avança fonte desta unidade local.

Neste sentido, a Urgência Médico Cirúrgica da Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano, lança um apelo para que todos os utentes que, "em caso de a doença aguda não urgente, se dirijam, preferencialmente, ao seu Centro de Saúde".

Com 42 novos casos de Covid-19 Misericórdia de Sines avançou ontem para 300 testes de despiste

DR

Para assegura esta resposta profissional, em cada unidade, ou seja, Alcácer do Sal, Grândola, Odemira, Santiago do Cacém, Santo André e Sines, estará disponível uma equipa constituída por médico e enfermeiro que irá atender cada um dos utentes.

O conselho de administração Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano para além de solicitar a “colaboração de todos os utentes”, manifesta o seu “agradecimento público” relativamente ao empenho e dedicação de todos os profissionais desta unidade.

Cerca de 300 utentes e funcionários do Lar Prats da Santa Casa da Misericórdia de Sines foram ontem testados ao vírus da Covid-19, depois de ter sido identificado um surto de infectados na instituição.

Isto acontece quando, na terça-feira, mais 42 pessoas deste lar foram identificadas como infectadas, surto que já registava uma vítima mortal e um utente hospitalizado.

Destes novos casos no lar de idosos, 35 são utentes e sete são funcionários, isto segundo conferência de imprensa conjunta da Câmara e da Santa Casa da Misericórdia de Sines e da Unidade de Saúde Pública do Litoral Alentejano.

Ontem, a delegada de Saúde Sines, Fernanda Santos, não considerava a possibilidade de deslocar pessoas do Lar de Prats, mas deixava a situação em aberto. “Importante, para já, é conter o [surto] dentro da Santa Casa da Misericórdia e na comunidade”, visto que “há pessoas na comunidade que trabalham na Santa Casa”.

O mesmo dizia, também ontem, o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Sines, Eduardo Bandeira, que garantia ter o lar “condições para separar os doentes com Covid dos não infectados”, pelo que se “optou por não transferir as pessoas para fora do lar e mantê-las nas melhores condições físicas e psicológicas”.

O surto de Covid-19 no Lar Prats, neste momento fechado à comunidade, foi identificado no sábado, com os primeiros dois casos de utentes infectados, um deles uma mulher que morreu na segunda-feira no Hospital do Litoral Alentejano, em Santiago do Cacém, onde está também internado um outro idoso. No total, no Lar Prats da Misericórdia de Sines, que tem 200 residentes, até ontem eram conhecidas 44 pessoas infectadas, nomeadamente 37 utentes – incluindo a vítima mortal e o idoso internado -, e sete funcionários. Com Lusa

29 de Outubro de 2020 O SETUBALENSE 13

DECO promove Webinar sobre finanças pessoais em tempo de crise

No âmbito da Semana da Formação Financeira 2020, a associação DECO, em parceria com o município de Alcácer do Sal, promove amanhã, às 12h00, um webinar através da plataforma Zoom, subordinado ao tema

“Finanças pessoais em tempo de crise”.

Este evento irá abordar de forma simples e clara várias questões relacionadas com o equilíbrio das finanças pessoais numa altura em que, mais que nunca, os

ARQUIVO

consumidores precisam de saber planear o seu orçamento, gastar bem o seu dinheiro e encontrar formas de poupar.

Os interessados em participar devem inscrever-se através do e-mail decoforma@deco.pt.

Sobre o Orçamento do Estado para 2021

OPINIÃO A solução de transporte rodoviário até, e de, Cacilhas durante as obras no cais não é aceite pelos utentes

OBRA VAI DURAR 45 DIAS

Utentes apontam incompetência à Transtejo por falta de alternativa fluvial durante obras no pontão Reparação do cais está a ‘empurrar’ cerca de 2 400 passageiros para o comboio da Fertagus Os utentes do Seixal defendem que a Transtejo devia implementar uma “alternativa fluvial” para fazer face ao encerramento do terminal do concelho, até porque a solução rodoviária criada não é "viável”.

“Não dizemos que as obras não são necessárias, mas não há uma alternativa, não há uma solução credível ou viável para uma empresa que tem responsabilidades sociais como a Transtejo, que tem técnicas para avaliar e minimizar este impacto com uma alternativa fluvial”, disse à Lusa António Freitas, membro da Comissão de Utentes de Transportes do Seixal.

“Não percebemos como é que alguém é responsável por todo este processo que está em curso, demonstra uma total falta de organização, falta de planeamento, desrespeito pela população e, num período de pandemia, desrespeito para com a saúde dos cidadãos. Isto demonstra que os técnicos e as pessoas responsáveis

por esta área são de uma incompetência atroz. Lamento dizer isto, mas é a única coisa que eu vejo”, frisou.

No final da passada semana, a Transtejo anunciou que a ligação fluvial entre o Seixal e Lisboa passaria a estar suspensa a partir desta segunda-feira, por 45 dias, devido a uma obra de melhoramento marítimo, criando um serviço especial de transporte rodoviário até ao terminal de Cacilhas, em Almada.

No entanto, para os utentes, a empresa devia ter pensado em “soluções técnicas possíveis de ser implementadas faseadamente”, como a criação de um pontão provisório.

“Temos uma Ponte 25 de Abril que foi intervencionada, alargada e colocado um tabuleiro, mas os períodos de paragem nunca existiram, nunca ninguém cortou a ponte, tirando nos períodos de mau tempo, foi sempre possível construir uma solução técnica, portanto, não acredito que não exista outra solução”, considerou.

Segundo o responsável, os utentes da ligação fluvial do Seixal estão descontentes com a alternativa rodoviária apresentada, até porque “corresponde a uma hora e meia de viagem até Cacilhas”, mais o tempo da travessia do barco, quando ante-

riormente demoravam apenas entre 15 a 20 minutos para chegar a Lisboa.

“Se isto é uma alternativa, não me parece que seja utilizada pela maioria das pessoas. Pelo menos é a informação que tenho. Ninguém quer uma hora de viagem para um transporte que não lhe serve”, relatou.

De acordo com António Freitas, desde segunda-feira os utentes do Seixal têm optado por “pôr em risco a sua saúde e ir para dentro de um comboio que já está cheio e lotado”, referindo-se à ligação ferroviária sobre a ponte 25 de Abril, operada pela Fertagus.

“Esta foi a alternativa posta à disposição pela Transtejo no âmbito da saúde púbica. Certamente irá aumentar o risco de contágio, porque se está a colocar 2 400 pessoas dentro de um transporte ferroviário que todos nós já sabemos que tem grandes dificuldades em manter os afastamentos sociais e sanitários para a contenção e propagação do vírus”, referiu.

Para a comissão, não faz sentido que a obra e a solução rodoviária apresentada “ocorra em cima deste período em que houve um desconfinamento de pessoas” devido à pandemia da Covid-19, pelo que já apresentou uma reclamação à administração da empresa. Lusa

C

José Luis Ferreira

omo afirmamos desde o início do processo, para Os Verdes, seria absolutamente determinante que o Orçamento do Estado (OE) para 2021, por um lado não promovesse qualquer recuo relativamente aos avanços que se conseguiram nos últimos anos e por outro lado, que assumisse um combate determinado à pobreza. Um reforço substancial ao nível dos serviços públicos, em particular na saúde, educação e justiça.

Uma aposta forte na nossa produção, com particular destaque para a agricultura familiar e a canalização de meios para garantir a sobrevivência das Micro e Pequenas Empresas. E por fim uma resposta séria à crise climática que enfrentamos.

E se é verdade que, a nosso ver, este Orçamento, não promove recuos relativamente aos avanços que se foram construindo, também é verdade que o que se perspetiva, tanto ao nível do reforço dos serviços públicos como no combate à pobreza, fica muito longe dos mínimos desejáveis.

Quanto ao combate à pobreza, falamos dos milhares de trabalhadores que no texto da proposta ficam sem acesso a qualquer apoio social, sobretudo trabalhadores precários e todo o universo de trabalhadores informais.

Mas falamos também dos aumentos dos salários dos trabalhadores da Administração Pública e dos valores das reformas.

E aqui teremos de ter presente alguns dados com muita relevância nesta matéria: Por um lado, o facto da devolução de direitos e rendimentos às famílias, ter sido decisiva para o desempenho da economia e, por outro lado, o facto dos salários dos trabalhadores da Administração Pública terem estado congelados

durante mais de uma década, terem “levado” umas migalhas este ano, mas com a promessa de um aumento mais justo em 2021, assumida pelo Governo na discussão do OE para 2020.

Quanto ao reforço nos serviços públicos, os investimentos previstos não se mostram capazes de garantir o necessário, muito em particular ao nível da Saúde, da Educação e da Justiça.

Feito o balanço, a leitura que Os Verdes fazem, é que este Orçamento está longe de responder aos problemas que persistem no País e que os Portugueses continuam a sentir.

E embora reconhecendo que este Orçamento, tal como foi apresentado pelo Governo, está longe de responder ao conjunto de problemas que temos pela frente Os Verdes decidiram-se pela abstenção na generalidade.

Mas esta abstenção e esta postura de abertura agora manifestada pelos Verdes, tem um propósito muito claro, dar mais uma oportunidade ao PS, para também assumir uma postura de abertura para outras preocupações dos Verdes, que ficaram mais que identificadas, durante a discussão na generalidade. É certo que a abertura do PS para acolher esses contributos, não tornaria o OE, num bom Orçamento, mas torná-lo-ia menos insuficiente nas respostas aos problemas que o País vive.

Mas que não restem dúvidas, esta abstenção na generalidade, em nada compromete e em nada condiciona o sentido de voto dos Verdes no que diz respeito á votação final global, cuja avaliação será feita na devida altura e em função do texto final que resultar da especialidade.

Deputado do PEV

14 O SETUBALENSE 29 de Outubro de 2020

Desporto

GANÊS AYONGO MARCOU AOS CINCO MINUTOS O GOLO QUE DEU O TRIUNFO AOS BEIRÕES

Derrota com o Académico de Viseu dita adeus do Vitória à Taça de Portugal DR

Sadino João Marques ficou perto do empate aos 90 minutos, momento em que acertou no ferro da baliza contrária Ricardo Lopes Pereira O Vitória Futebol Clube foi ontem afastado da Taça de Portugal ao ser derrotado, no Estádio do Bonfim, por 0-1, pelo Académico de Viseu, da II Liga. Apesar da réplica que deram no jogo, os sadinos não conseguira evitar a queda na competição na partida de estreia, a contar para a segunda eliminatória da prova rainha. Paul Ayongo, aos cinco minutos, foi o autor do golo que deu a passagem aos beirões à próxima fase da prova, onde vão agora defrontar o Montalegre.

A jogar frente a um adversário de um escalão superior ao Campeonato de Portugal, os sadinos sentiram muitas dificuldades em suster a boa entrada do adversário. Logo aos dois minutos, o guarda-redes João Valido foi posto à prova num remate de Yuri Nascimento, que quase inaugurou o marcador para os forasteiros.

Depois do aviso, o emblema da II Liga não tardou a fazer a festa, aproveitando as facilidades concedidas pela defesa vitoriana. Aos cinco minutos, o avançado ganês Paul Ayongo finalizou uma jogada rápida de ataque ao rematar cruzado, desta vez não dando colocando a bola fora do alcance do guardião sadino.

A perder por 1-0, os comandados de Alexandre Santana conseguiram travar o ímpeto do Académico, que, moralizado pelo triunfo obtido no sábado no campeonato diante do Benfica B, viu o Vitória ameaçar a sua baliza, aos 17 minutos, momento em que Mathiola, no interior da área, não conseguiu emendar depois de uma boa assistência de um colega.

Num estádio vazio devido à pandemia de Covid-19, gritou-se golo no

o jogo baixou ainda mais de qualidade devido ao facto de se ter tonado mais faltoso e de alguns atletas terem entrado em picardias.

Já depois de ambos os treinadores terem efectuado várias alterações, o Vitória dispôs da sua melhor oportunidade em todo o jogo para marcar. Aos 90 minutos, o recém-entrado João Marques (substituiu Bruno Ventura aos 87) desferiu um remate forte que acertou em cheio na base do poste esquerdo da baliza do Académico de Viseu. Na sequência do lance Mathiola rematou cruzado ao lado do alvo.

Com o Vitória a pressionar, o empate voltou a estar perto no último dos cinco minutos de compensação dados pelo árbitro. André Sousa, após cruzamento ao segundo poste, surgiu a rematar com perigo num lance em que um defesa contrário tirou a bola próximo da linha de golo, esfumando-se desta forma a derradeira hipótese que a equipa setubalense teve para chegar à igualdade e levar a decisão da eliminatória para o prolongamento.

Ficha de jogo banco de suplentes do Vitória, aos 24 minutos, mas a jogada foi anulada.

O árbitro, indiferente aos protestos vitorianos, entendeu que o lance em que a Kamo-Kamo introduziu bola na baliza é precedido de falta atacante.

O médio Mathiola, que tinha sido o autor do golo do triunfo (0-1) do Vitória diante do Moncarapachense (partida da terceira jornada da série H do Campeonato de Portugal), foi o mais inconformado dos sadinos junto da área contrária. Aos 27 minutos, o brasileiro disparou uma ‘bomba’ de fora da área que só não deu golo e o respectivo empate devido a uma excelente intervenção do guarda-redes Ricardo Fernandes.

Na baliza contrária, volvidos dois minutos, assistiu-se a uma intervenção ainda mais extraordinária e com um grau de dificuldade superior.

André Carvalhas cobrou um livre directo a cerca de 25 metros da baliza

de João Valido, jovem guarda-redes de 20 anos que voou para evitar que a bola entrasse junto do ângulo superior direito da baliza dos setubalenses.

Antes do árbitro João Pinto, da Associação de Futebol de Lisboa, apitar para o intervalo, há a destacar mais uma jogada de perigo, desta vez protagonizada pelo ataque vitoriano. Aos 35 minutos, o médio Bruno Ventura, que tinha sido o autor do golo que deu no sábado a igualdade (1-1) na recepção ao Esperança de Lagos, errou o alvo num remate do ‘meio da rua’.

Depois do reatamento, o Vitória entrou mais dinâmico e veloz nas transições ofensivas, acercando-se da área contrária e dando indícios de poder criar maior perigo junto da baliza de fendida por Ricardo Fernandes.

Depois das dificuldades que sentiu nos primeiros 10 minutos do segundo tempo, o Académico de Viseu resistiu

e começou novamente a ter o ascendente no encontro.

Apesar da reação, dos beirões, o Vitória não deixava de visar a baliza do adversário sempre que possível. Aos 62 minutos, depois de assistência de Zequinha da esquerda, Kamo-Kamo cabeceou ao lado do poste esquerdo da baliza de Ricardo Fernandes.

Com os sadinos balanceados no ataque na tentativa de repor a igualdade, o Académico tentaram explorar o contra-ataque. Num desses lances ganharam um livre directo em zona frontal que, aos 69 minutos, quase permitiu que André Carvalhas, num remate à malha lateral da baliza, ampliasse a vantagem.

Aos 72 minutos foi a vez de o Vitória criar perigo de bola parada. Após canto na esquerda, o defesa João Serrão foi à área viseense cabecear com perigo ao lado da baliza. À entrada para o último quarto de hora do jogo,

Vitória FC-Ac. Viseu, 0-1 Vitória FC: João Valido, Mano (Diogo Martins, 85), Marcos Raposo, João Serrão, Nuno Pinto, José Semedo, Mathiola, Bruno Ventura (João Marques, 87), André Sousa, Kamo-Kamo (João Marouca, 68) e Zequinha.

Treinador: Alexandre Santana Ac. Viseu: Ricardo Fernandes, Joel Monteiro, Fábio Santos, Félix Santos, Jorge Almeida, Paná, Diogo Santos, Yuri Nascimento (Tiago Mesquita, 87), André Carvalhas (Fernando Correia, 74), João Vasco (Bruninho (68) e Paul Ayongo (Anthony Carter, 86).

Treinador: Pedro Duarte Estádio do Bonfim, Setúbal. Árbitro: João Pinto (AF Lisboa).

Auxiliares: Daniel Santos e Vanessa Gomes.

Ao intervalo: 0-1.

Marcador: 0-1 Paul Ayongo (5’).

Disciplina: cartão amarelo para João Vasco (7’), Nuno Pinto (19’), Marcos Raposo (68’), Jorge Almeida (75’), Mathiola (77’) e Ricardo Fernandes (88).

29 de Outubro de 2020 O SETUBALENSE 15

HCP Grândola recebeu taça de vencedor do Torneio de Abertura

O presidente da Associação de Patinagem de Setúbal, Ricardo Santos, e o vice-presidente para o Comité de Hóquei em Patins, Hugo Nogueira, entregaram no passado sábado, dia 24 de Outubro, no intervalo do HCP Grândola – HC Sintra, da 2.ª Divisão Nacional,

a taça de vencedor do Torneio de Abertura relativa à categoria de seniores masculinos, época 2020/21, ao clube grandolense.

Para além do HCP Grândola participaram também na competição as equipas do Hóquei Clube Vasco da Gama, Grupo

FUTEBOL FEMININO

BOTAFOGO

Racing Power Football Club já é líder mas continua a reforçar o plantel

João Gomes tem dúvidas que o campeonato comece este domingo DR

Às sete brasileiras que já faziam parte do plantel juntam-se agora mais duas, Karoline Lima e Godoi José Pina O Racing Power Football Club recebeu e venceu a equipa B do Amora, por 4-0, em jogo realizado no Campo Pepita, na Trafaria, a contar para a segunda jornada do Campeonato Nacional da 3.ª Divisão que ficou incompleta devido ao adiamento do Palmelense CA Cultural, para o dia 14 de Novembro.

A vitória do Racing Power não merece contestação porque tem jogadoras de qualidade e algumas internacionais brasileiras mas não foi tão fácil de conseguir como o resultado pode deixar transparecer devido à excelente réplica dada pela equipa amorense, que se apresentou com um plantel bastante jovem.

Manaus abriu o activo aos 12 minutos, Juliana Santos fez o segundo golo aos 27 e o terceiro marcado por Janaina Weiner surgiu mesmo à beira do intervalo (45’).

Na segunda parte a equipa treinada por Ricardo Miguel Vieira não rendeu aquilo que seria desejável e apenas conseguiu marcar mais uma vez por Janaina Weiner, que bisou aos 63 minutos.

Nos outros jogos da jornada o Almada foi à Verderena derrotar o Barreirense e no Estádio Francisco Lázaro, as equipas “B” do Futebol Benfica e do Sport Lisboa e Benfica empataram a duas bolas.

A vitória do Almada no Barreiro foi obtida através de um lance infeliz de Sandra Pires que introduziu a bola na sua própria baliza, a cerca de 15 minutos do fim da partida.

Na frente da tabela classificativa segue o Racing Power com duas vitórias nos dois jogos que disputou e seis pontos, em segundo lugar está

Desportivo Fabril do Barreiro e Juventude Azeitonense, que se classificaram por esta ordem. De referir que a competição surgiu num contexto de início de época com o propósito de elevar os níveis competitivos das equipas filiadas na Associação.

João Gomes, treinador do Botafogo, duvida que o Campeonato Distrital da 2.ª Divisão comece no próximo domingo, devido às restrições de circulação entre concelhos, e adianta que está à espera de um comunicado da AF Setúbal a dar conta do adiamento da primeira jornada.

“Temos vindo a trabalhar bem e estamos preparados para entrar bem no campeonato mas penso que ainda não será desta, uma vez que entre 30 de Outubro e 3 de Novembro não se pode circular entre concelhos. Neste sentido, aguardamos um comunicado da AF Setúbal a adiar a primeira jornada”, começou por referir ao Setubalense, o treinador da equipa João Gomes que realçou também o facto de se tratar de um projecto completamente novo.

“O projecto do Botafogo para a participação no Campeonato Distrital da 2.ª Divisão começou completamente do zero. Fomos crescendo e neste

momento temos as condições necessárias para fazer um campeonato que nos irá permitir honrar a camisola do clube em cada jogo. Existe uma mescla de idades entre jogadores mais experientes que irão ajudar os mais jovens. Estando o plantel neste momento praticamente fechado, o objectivo será superarmo-nos jogo a jogo à procura da melhor classificação possível”.

Sobre o modelo competitivo que vai ser colocado em prática, João Gomes não concorda com o que foi decidido pela Associação de Futebol de Setúbal mas vai acatar a decisão, como é evidente. Ainda assim, adianta o que em sua opinião deveria ter sido feito.

“Penso que a melhor solução seria realmente um campeonato dentro destes moldes mas disputado em duas séries com apuramento dos três ou quatro primeiros para uma segunda fase”. J.P.

MONTE DE CAPARICA

“Campeonato não vai ter o mesmo grau de dificuldade para todos” Janaina Weimer bisou frente ao Amora

o SL Benfica “B” com quatro pontos, depois está um trio composto por Almada, Palmelense e Barreirense todos com três pontos, Futebol Benfica “B” com um ponto e CA Cultural e Amora “B” ainda sem qualquer ponto conquistado.

Na 3.ª jornada, que se disputa apenas no dia 7 de Novembro, o CA Cultural recebe o Almada, o Amora “B” joga no Parque do Serrado com o Barreirense, o Futebol Benfica será anfitrião do líder, o Racing Power, e no Campo Cornélio Palma, o Palmelense recebe a equipa “B” do SL Benfica.

Entretanto, de referir que o Racing Power, candidato assumido ao título, continua a reforçar o plantel. Na passada semana chegaram ao clube, que joga na Trafaria, mais duas atletas brasileiras, Karoline Lima, defesa central, de 18 anos, que jogava no Criciuma, e tem o sonho de vingar na Europa

e a internacional brasileira Daiane "Godói”, de 23 anos, ex-Cruzeiro, que joga na posição 10.

Escolinha de Setúbal joga em Alverca para a Taça

No próximo domingo, dia 1 de Novembro, realiza-se a primeira eliminatória da Taça de Portugal que vai contar com a participação de quatro representantes da Associação de Futebol de Setúbal.

De acordo com o sorteio realizado o Palmelense recebe o Atlético (14 horas) e a Escola Futebol Feminino Setúbal desloca-se a Alverca (15 horas). O Almada, que vai jogar em casa nesta eliminatória, desconhece ainda o seu adversário que será o vencedor do Meirinhas / Ponte de Frielas. Apurado para a eliminatória seguinte está o Racing Power Football Club que ficou isento.

O Monte de Caparica surge esta época com uma nova equipa técnica e um plantel bastante renovado em relação à época anterior. Dos 25 jogadores que compõem o grupo de trabalho 20 são provenientes de outros clubes.

Na breve conversa que tivemos com o treinador António Mendes que vai fazer a sua estreia como responsável máximo de uma equipa sénior ficámos a saber que a equipa fez uma boa pré-época e que até existe alguma ansiedade para voltar à competição.

Quanto aos objectivos a ideia que foi passada é que a equipa vai jogar sempre para conquistar os três pontos, encarando o campeonato jogo a jogo.

Em relação ao modelo competitivo, António Mendes não concorda com ele porque não tem o mesmo grau de dificuldade para todos e considera que o ideal seria haver pelo menos uma fa-

se final a duas voltas.

A equipa está preparada para o arranque do campeonato?

Sim estamos preparados para o arranque do campeonato. Entre todos nós existe até um pouco de ansiedade devido à longa e boa pré-época que fizemos.

Quais são os objectivos?

Os nossos objectivos passam por preparar a equipa em cada semana da melhor maneira possível para tentar garantir sempre os três pontos.

Concorda com a realização do campeonato a uma só volta?

Não concordo com os moldes em que o campeonato vai ser disputado por não ser justo e de igual dificuldade para todos, mas como foi a forma que a AF Setúbal encontrou, temos que competir. Em minha opinião, o ideal seria haver pelo menos uma fase final a duas voltas. J.P.

01:05 ~ 3.0 m ~ Preia-mar 07:06 ~ 1.0 m ~ Baixa-mar 13:15 ~ 3.2 m ~ Preia-mar 19:27 ~ 0.9 m ~ Baixa-mar

ALMADA

01:05 ~ 3.0 m ~ Preia-mar 07:03 ~ 1.0 m ~ Baixa-mar 13:15 ~ 3.2 m ~ Preia-mar 19:25 ~ 0.8 m ~ Baixa-mar

SESIMBRA

01:25 ~ 3.1 m ~ Preia-mar 07:24 ~ 0.9 m ~ Baixa-mar 13:37 ~ 3.2 m ~ Preia-mar 19:45 ~ 0.8 m ~ Baixa-mar

SINES

SETÚBAL TRÓIA

MARÉS

01:45 ~ 3.4 m ~ Preia-mar 07:20 ~ 1.0 m ~ Baixa-mar 13:22 ~ 3.5 m ~ Preia-mar 19:11 ~ 0.9 m ~ Baixa-mar

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