Vitória joga manutenção com Sporting B na 4.ª feira
Triunfo sobre o Real (1-0) relançou a luta pela permanência na Liga 3, mas o jogo com os leões, que estão um ponto à frente, é crucial p14
SETÚBAL
Filme 'Itinerário: O meu percurso até Sebastião da Gama' é apresentado sexta-feira p8
Fornecimento de leite às escolas vai a concurso por quase 400 mil euros p4
Nuno Canta Autarca do Montijo em entrevista p12 e 13
RAMPA DA ARRÁBIDA
Toy promete um concerto com 30% de loucura p7
O SEU DIÁRIO DA REGIÃO DIRECTOR FRANCISCO ALVES RITO SEGUNDA-FEIRA, 10 DE ABRIL DE 2023 PREÇO 1€ | N.º 1050 | ANO VI | 5.ª SÉRIE contactos: 800 217 217 / 265 523 515 (chamada rede fixa nacional) / www.funeraria - armindo.com 5173 PUBLICIDADE 5477 6055 PUBLICIDADE PUBLICIDADE
"As pontes com o Barreiro têm de ter comboio"
O SETUBALENSE
"As pontes com o Barreiro têm de ter comboio"
Abertura
PENSAR SETÚBAL
Giovanni Licciardello
Presidente da República concede o Alto Patrocínio ao projecto artístico da Associação Setúbal Voz
“ Espírito alto. Energia contagiante. Entrega. Força. Estamina. Tudo o que é preciso. Valeu muito a pena ir a Setúbal. Transmite a todos os meus protestos de admiração porque com três letrinhas apenas se escreve a palavra “bem”; das palavras pequenas a maior que o mundo tem. Abraço amigo.”
Eurico Carrapatoso
Na semana passada a Associação Setúbal Voz recebeu a seguinte missiva da Presidência da República: “Encarrega-me Sua Excelência o Presidente da República de acusar a receção e agradecer a mensagem de correio eletrónico de V. Exa., recebida a 14 de fevereiro de 2023, e informar que, conforme solicitado, Sua Excelência o Presidente da República concede o seu Alto Patrocínio ao projeto Tetralogia Operática Sobre 4 Constituições Portuguesas, a realizar em 2023/2024.
Mais informo V. Exa. que a respetiva divulgação deverá ser acompanhada da publicação do selo presidencial através do modelo digitalizado que enviaremos para os vossos serviços.”
Longe já vão os tempos em que este projecto Setúbal Voz teve início, no início de 2016 em que, provenientes e originários de uma outra dimensão, deixámos abrupta e dolorosamente o lar original e lançámo-nos corajosa e resolutamente neste novo projecto, pela mão emocionada gentil e empenhada da nossa maestrina Gisela Sequeira.
A maestrina Gisela Sequeira foi quem conseguiu iniciar esta aventura de operacionalizar o Coro Setú-
OPINIÃO
Paula Santos
bal Voz que foi a primeira entidade desta trilogia da Associação Setúbal Voz (coro, ateliê e companhia de ópera), nos seus primeiros importantes, decisivos e fundamentais anos de vida.
Temos todos, portanto, um débito de gratidão, reconhecimento e amizade para com a maestrina, bem como para os primeiros órgãos sociais, liderados de forma corajosa e resoluta por Rui Águas Trindade. Seguiram-se outros órgãos sociais, liderados por Manuela Palma Rodrigues e actualmente por Adalberto Petinga.
Seguiu-se na direcção artística, o maestro Jorge Salgueiro. Este veio introduzir novos conceitos artísticos, alicerçado num novo paradigma.
A produção artística da Associação Setúbal Voz que inclui para além do Coro Setúbal Voz, a que se lhes juntaram posteriormente o Ateliê de Ópera de Setúbal e a Companhia de Ópera de Setúbal, possui a referida matriz conceptual que promove o contacto e o diálogo com outras dimensões, tendo sempre subjacente a própria identidade, bem como a contemporaneidade artística.
Nesse sentido, a Associação Setúbal Voz assume-se como charneira para um novo modelo, no que diz respeito aquilo que se pretende que seja e um novo estímulo para uma nova aproximação do público à arte erudita contemporânea.
A Associação Setúbal Voz evoluiu para uma sistematização e aprofundamento de uma determinada tipologia de linguagem artística, através de um conceito radical, inovador, singular, desconcertante e apaixonante, com um novo dimensiona -
mento espacial. Nesse contexto, os cantores são sempre uma presença estrutural em qualquer espaço artístico que deve ser explorada e optimizada. Com os novos conceitos implementados, os cantores ocupam, de facto, um espaço real que pode e deve ser “preenchido”, com a consciência de uma pesquisa constante, para se procurar atingir uma plenitude física e artística em palco.
No nosso caso, a ousadia musical e interpretativa, quando alicerçada numa filosofia própria e coerente, rompe barreiras, esbate conformismos, altera as percepções e proporciona-nos entrar em dimensões artísticas completamente diferentes e desconhecidas.
E é precisamente aqui, dentro destes novos conceitos, que sobressai a enorme qualidade daquilo que temos vindo a realizar, de forma sustentada e integrada.
Daí que esta distinção concedida pelo senhor Presidente da República, professor Marcelo Rebelo de Sousa, sob a forma de Patrocínio seu Alto Patrocínio ao Projecto Tetralogia Operática Sobre 4 Constituições Portuguesas.
Esta atribuição altamente honrosa e prestigiante é o justo reconhecimento pelo trabalho sério, honesto, coerente e de qualidade que paulatinamente vamos conseguindo. É uma sensação de júbilo e emoção indescritíveis.
É, sobretudo, gerador de uma responsabilidade acrescida.
Estou perfeitamente convicto que estaremos à altura dos desafios, indo resolutamente ao encontro dos nossos sonhos.
Escrevo ainda a propósito da reunião de Conselho de Ministros que decorreu no distrito de Setúbal.
Tudo não passou de uma enorme operação de propaganda do Governo PS. O Governo foi ao distrito dizer que iria fazer o que já prometeu e que durante todos estes anos não fez.
O distrito de Setúbal tem enormes potencialidades e riquezas, dos Estuários do Tejo e do Sado, à magnífica Serra da Arrábida e à espetacular frente Atlântica. As populações sabem-no bem, os sucessivos Governos é que parece que não, dado o significativo desinvestimento no distrito.
Foram precisos sete anos, na sequência da ação e luta de toda a região, das autarquias, dos sindicatos, das diversas entidades, para o Governo assumir as suas responsabilidades e avançar com o processo para a reposição da NUT III Península de Setúbal, extinta por PSD/CDS, essencial para a informação estatística da região e para a criação da NUT II Península de Setúbal, para possibilitar o acesso a mais fundos comunitários.
O Governo aprovou uma Resolução do Conselho de Ministros “que define um conjunto de medidas tendo em vista a concretização do projeto Arco Ribeirinho Sul, que visa a requalificação urbanística de importantes áreas da margem sul do estuário do Tejo, contribuindo para a valorização e competitividade da Área Metropolitana de Lisboa”. É razão para perguntar, onde já vimos isto? Se recuarmos cerca de 15 anos até 2008, encontramos a Resolução do Conselho de Ministros n.º 137/2008, de 12 de setembro que “Lança o Projecto do Arco Ribeirinho Sul, visando a requalificação urbanística de importantes áreas da margem sul do estuário do Tejo e contribuindo para a valorização e competitividade da área metropolitana de Lisboa”. Em 15 anos os Governos PS e PSD/CDS muito pouco fizeram, de facto, para a dinamização deste projeto, tão relevante para revitalização e o desenvolvimento destes territórios. 15
anos é mesmo muito tempo! Anunciou novamente a expansão do Metro Sul do Tejo e a construção de novas ligações rodoviárias, designadamente entre o Barreiro e o Seixal. Será que é desta que não ficarão pelos anúncios! Registamos que para a Terceira Travessia do Tejo, rodoferroviária, investimento estruturante para a região e o País, não houve uma única palavra. Tal como há um conjunto de investimentos comprometidos que tardam em concretizar, como é exemplo a construção do Hospital no Seixal.
A população não precisa de proclamações, mas sim de concretizações. Não bastam palavras, é preciso muito mais do que isso, é preciso que haja ação concreta no terreno, com a realização dos investimentos necessários para a criação de emprego com direitos e com salários dignos, bem como o desenvolvimento da região, no plano económico, social e cultural e a proteção da natureza e do ambiente.
Desenvolvimento que passa pela promoção da produção nacional, na reindustrialização, no apoio aos setores produtivos, na agricultura, na pesca e no apoio às micro, pequenas e médias empresas; pelo investimento em infraestruturas como a construção do Novo Aeroporto de Lisboa no Campo de Tiro de Alcochete, a construção da terceira travessia do tejo, rodoferroviária, entre Barreiro e Lisboa, bem como as ligações rodoviárias necessárias, a expansão do Metro Sul do Tejo; pelo investimento na manutenção das frotas e aquisição de novos navios, comboios e autocarros, para melhorar e alargar a oferta de transporte público, assim como o alargamento do transporte ferroviário entre Setúbal e Lisboa, às Praias do Sado e à Gare do Oriente e pelo investimento na área da saúde, educação e na área social, em particular, a criação de uma rede pública de creches e de lares. Deputada do PCP
2 O SETUBALENSE 10 de Abril de 2023
Professor
A população não precisa de proclamações, mas de concretizações
Duas pessoas, pai e filha, morreram quinta-feira por afogamento na praia da Foz, na zona do Meco, concelho de Sesimbra, confirmou à agência Lusa o capitão do Porto de Setúbal, Marco Serrano Augusto. “O alerta foi dado às 17h32. A filha, de 7 anos, terá ido molhar os pés, foi enrolada
numa onda. O pai, com cerca de 40 anos, tentou salvá-la, mas acabaram por morrer os dois”, disse o capitão do Porto de Setúbal. Segundo Marco Serrano, foi mobilizada de imediato para o local uma lancha semirrígida da estação salva-vidas de Sesimbra, mas não foi possível resgatar as
SETÚBAL
duas vítimas devido às condições de mar. “Os dois cadáveres só foram recuperados com o apoio de um helicóptero que chegou ao local às 18h30. Primeiro foi recuperado o corpo do pai e, cerca das 19h00, foi recuperada a segunda vítima”, esclareceu Marco Serrano Augusto.
Pedreira do Jaspe
Município diz ter ficado “muito contente” com classificação da brecha da Arrábida como “Pedra Património Mundial”
Maria Carolina Coelho
ARRÁBIDA
PAN exige que Governo e autarquia de Setúbal se pronunciem sobre ampliação de pedreiras
O PAN apresentou na quinta-feira no parlamento dois requerimentos a exigir que o Ministério do Ambiente e a Câmara de Setúbal se pronunciem formalmente sobre a pretensão da cimenteira Secil de ampliar duas pedreiras da Arrábida.
A iniciativa do PAN, que defende o fim da exploração das pedreiras na Serra da Arrábida, surge na sequência de um pedido de ampliação de duas explorações, solicitado pela Secil, que se encontra em análise, depois de concluído o período de consulta pública, que terminou em 29 de Março.
“Queremos conhecer as posições do ministério e da autarquia quanto à pretensão da cimenteira de ampliação das pedreiras, o que viola o previsto nos instrumentos de gestão territorial em vigor”, afirma a porta-voz e deputada do PAN, Inês de Sousa Real, citada em nota de Imprensa enviada à agência Lusa.
“Mas, sobretudo, queremos que o Governo, em particular, assuma o pleno cumprimento do Plano de Ordenamento do Parque Natural da Arrábida (POPNA) e determine o fim da laboração das pedreiras nesta área protegida”, acrescenta Inês Sousa Real.
Na nota de Imprensa, o PAN salienta que, conforme consta do próprio Resumo Não Técnico (RNT) do Estudo de Impacte Ambiental (EIA) sobre o pedido da Secil, as pedreiras de Vale de Mós A e B, tal como área de ampliação, estão
dentro da “área classificada do Parque Natural da Arrábida (PNA) e na zona de abrangência da Zona Especial de Conservação (ZEC) Arrábida-Espichel que integra a Rede Natura 2000”.
O PAN refere ainda que o RNT do EIA reconhece que a “pretensão da Secil não é compatível com o uso do solo indicado no Plano Director Municipal (PDM) em vigor nem com a revisão a este realizada (em consulta pública de 25 de Junho a 5 de Agosto de 2020), assim como também não é compatível com as determinações do POPNA ou do Plano de Gestão da ZEC Arrábida-Espichel”.
“A cimenteira pretende assim uma reclassificação do uso do solo para a área de ampliação (18,5 hectares), para compatibilização com a actividade extractiva, por via de uma alteração ao PDM de Setúbal”, conclui o PAN.
Segundo a cimenteira Secil, este novo plano de exploração das pedreiras de Vale de Mós na Arrábida, no concelho de Setúbal, permitiria, na prática, reduzir a área total de exploração das duas pedreiras em 18 hectares, graças à reversão de 36 hectares que já estão ambientalmente recuperados.
Por outro lado, permitiria a criação de um patamar de 27 hectares de área ambiental e paisagisticamente recuperada a uma cota de 80 metros acima do nível do mar, sendo que o actual plano de exploração das pedreiras prevê a formação de um patamar muito mais
reduzido, de apenas sete hectares, e a uma cota de maior profundidade, a 40 metros acima do nível do mar.
A Câmara de Setúbal, embora reconheça que a Secil é uma empresa relevante em termos económicos a nível regional e nacional, aprovou, no passado dia 22 de Março, um parecer técnico em que salienta o facto de não serem permitidas alterações aos instrumentos de gestão territorial em vigor e em revisão, designadamente o POPNA e o PDM, que permitam enquadrar a pretensão da Secil de ampliação das áreas de exploração da pedreira de calcário e marga de Vale de Mós A, na Arrábida.
Na altura, a Câmara de Setúbal recordou ainda que os estudos elaborados em 2020, no âmbito do Plano de Gestão da Zona Especial de Conservação Arrábida/Espichel, confirmaram a classificação atribuída no POPNA à área em apreço, “evidenciando a presença de importantes valores ecológicos e paisagísticos e a existência de conflitos directos muito significativos do projecto com os valores florísticos e de habitat prioritários para a conservação da natureza”.
“É como querer construir um empreendimento em cima de uma zona de praia, onde tal não é viável, mas, apesar disso, promover uma consulta pública”, disse na altura o presidente da associação Zero. Lusa
A Câmara Municipal de Setúbal diz estar disponível para, em articulação com as diversas entidades, trabalhar na recuperação e preservação da Pedreira do Jaspe, que se encontra dentro do território do Parque Natural da Arrábida.
“Vemos isso com muito bons olhos. A Pedreira do Jaspe está no território do Parque Natural. Teremos de articular com essa instituição na perspectiva de fazer a valorização do património”, disse fonte do gabinete da vereadora Carla Guerreiro, em resposta ao desafio colocado por José Carlos Kullberg, geólogo que conduziu a candidatura que resultou na classificação da brecha da Arrábida como “Pedra Património Mundial”.
Para o professor do Departamento de Ciências da Terra da Faculdade Nova School of Science and Technology (FCT Nova), seria importante formar “um grupo de trabalho no sentido da preservação e melhoramento dos afloramentos que estão na pedreira”, onde está “a última e melhor evidência que existe da ocorrência da brecha da Arrábida”.
A autarquia garante que “esse trabalho será para realizar”. “Ainda temos de ver como o faremos. Temos de falar com o professor Kullberg e temos de falar com o ICNF [Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas] para ver as possibilidades que teremos, quer sejam físicas quer seja por meios digitais, para fazer esta valorização”, diz a mesma fonte.
Com o geólogo a mostrar disponibilidade para contribuir com o seu conhecimento, a edilidade diz ser uma oportunidade que “irá agarrar”. “A Câmara de Setúbal tem uma linha de trabalho constante com a academia. Trabalhamos frequentemente com
diferentes especialistas académicos, nas diferentes áreas e havendo esta disponibilidade da parte do professor Kullberg, com certeza que a Câmara de Setúbal irá agarrar”.
Sobre o processo que levou à classificação da brecha da Arrábida como “Pedra Património Mundial” pela Subcomissão do Património Geológico da União Internacional de Ciências Geológicas (International Union of Geological Sciences), a autarquia diz ter ficado “satisfeitíssima”.
“Estamos muito contentes. Isto é muito importante para a valorização do património, seja o natural, uma vez que a brecha da Arrábida é um recurso geológico, ou o cultural, porque [a pedra] foi usada em diversos monumentos a nível nacional e internacional”.
O município explica que sabia que “a candidatura estava a ser desenvolvida” e que apoiou a mesma com a cedência de “fotografias e elementos por parte dos colegas do património”.
Com a classificação de “Pedra Património Mundial”, tradução de ‘Heritage Stone’, a brecha da Arrábida passou a integrar o “restrito leque” das 32 pedras que alcançaram este estatuto a nível mundial, sendo que em Portugal, além da pedra da Arrábida, apenas o mármore de Estremoz e o calcário Lioz de Lisboa conseguiram tal feito.
10 de Abril de 2023 O SETUBALENSE 3
Pai e filha morrem na praia da Foz em Sesimbra
Elemento em brecha da Arrábida
Câmara disponível para trabalhar na recuperação e preservação da
COSTA
JOSÉ
DR
PAN diz que pretensão da cimenteira Secil viola o previsto nos instrumentos de gestão territorial em vigor
Setúbal
PREÇO-BASE DE 393 MIL EUROS
Fórum Luísa Todi recebe homenagem a Chico Buarque
O Fórum Municipal Luísa Todi, em Setúbal, vai receber o espectáculo “Tributo a Chico Buarque – Quem te viu, quem te vê”. Pelas 21 horas de 19 de Abril, os cantores Marcus Lima e Thais Mott, acompanhados pelo piano de Cristóvão Bastos, violão de João Lyra, sopros de
Dudu Oliveira, baixo de Bororó e bateria e percussões de Marcus Thadeu, prometem um momento musical em homenagem ao cantor brasileiro. Os bilhetes têm o valor de 15 euros e podem ser adquiridos no fórum ou na bilheteira on-line BOL.
Fornecimento de leite escolar para os próximos três anos lectivos em concurso público
Interessados têm 30 dias, a contar da data da publicação do anúncio em Diário da República, para apresentação de propostas
A abertura de um concurso público para o fornecimento de leite escolar nos estabelecimentos de educação do pré-escolar e do 1.º ciclo do ensino básico do município para os próximos três anos lectivos foi aprovada na última reunião de câmara.
A proposta, deliberada por unanimidade na quarta-feira, refere que o concurso, com um preço-base de 393 mil euros, “acrescidos de IVA à taxa em vigor”, prevê o fornecimento de leite escolar durante os anos lectivos de 2023/2024 e 2024/2025 e 2025/2026.
O referido valor foi estabelecido tendo em conta “os custos médios unitários contratuais praticados em procedimentos com o mesmo objecto e executados nas mesmas condições” e é “o preço máximo que a Câmara Municipal de Setúbal se dispõe a pagar”.
Enquanto a autarquia “é a entidade pública contratante”, o prestador de serviços “obriga-se a satisfazer o fornecimento do leite escolar trimestralmente”, sendo que a adjudicação vai ser efectuada com base no “critério da proposta economicamente mais vantajosa, tendo o preço como único aspecto da execução do contrato a celebrar”.
O concurso surge “da transferência de competências da administração central para as autarquias na área da Educação”, com os interessados a terem 30 dias, a contar da data da publicação do anúncio em Diário da República, para a apresentação de propostas.
Abertura do concurso público aprovada na reunião de câmara de quarta-feira
Licenças para actividades nas águas balneares aprovadas Também em apreciação na sessão camarária da passada quarta-feira esteve o documento que define as regras e condições para a “atribuição de licenças e autorizações para a realização de actividades nas águas balneares do concelho de Setúbal”.
Significa isto que o executivo municipal aprovou o documento que
estabelece “a forma e os critérios como serão atribuídas as licenças e autorizações para a realização de actividades aquáticas e não aquáticas, nomeadamente a actividade de animação turística, a exploração de apoios balneares, o aluguer de pranchas e outras embarcações, a venda ambulante tipo “saco às costas”, massagens e a realização de eventos pontuais”.
Com a época balnear a decorrer este ano de 3 de Junho a 17 de Setembro, explica a autarquia que as praias de Albarquel, Figueirinha e Creio/Portinho da Arrábida recebem, cada uma, três licenças para a venda ambulante tipo “saco às costas”. Às praias de Galapos e Galapinhos, por sua vez, são atribuídas duas autorizações para o mesmo efeito.
Quanto ao “aluguer de pranchas e embarcações aos concessionários ou apoios balneares existentes”, a Praia do Creio/Portinho da Arrábida recebe três licenças, enquanto vão ser atribuídas duas licenças à Praia de Albarquel.
“Nas praias da Figueirinha e de Galapos é permitida uma licença a cada uma para aluguer de pranchas e embarcações”. Já as praias de Albarquel e da Figueirinha recebem, cada uma, uma licença para a realização de massagens, enquanto “as licenças para a realização de eventos pontuais são avaliadas casuisticamente por ordem de chegada”.
Distribuição de panfletos merece críticas do Partido Socialista Já no período antes da ordem do dia, a bancada do Partido Socialista (PS) criticou a distribuição de “milhares de flyers”, com o título “O que o Governo Central tem de fazer em Setúbal”, por
Matérias perigosas PSD questiona actuação do comandante dos Bombeiros Sapadores
Na reunião pública de quarta-feira, Sónia Martins (PSD) questionou o presidente da câmara sobre quais os fundamentos para a decisão do comandante dos Bombeiros Sapadores, face às notícias de que este terá recusado, a 30 de Março, a saída de uma viatura para responder a um acidente com um camião que transportava matérias perigosas.
O presidente da autarquia, André Martins, disse que a informação que lhe foi dada foi
que se tratou “de um pedido de trasfega de fardos de fertilizante, não sendo considerado socorro, mas uma prestação de serviços à companhia de seguros da viatura”.
Contudo, a social-democrata, depois de ler a Directiva Operacional Nacional n.º 3 sobre Dispositivo Integrado de Operações Nuclear, Radiológico, Biológico e Químico, disse ter “muita dificuldade em compreender a decisão que foi tomada”. “Qual é a definição
de socorro? Acha razoável vir um dispositivo que está a 60 quilómetros se há um a 18 quilómetros? A viatura estava disponível? Haviam elementos disponíveis?”, perguntou.
Com o presidente da autarquia a revelar não ter mais informações sobre o sucedido, tendo recebido um “documento escrito do comandante e do chefe que estava de dia”, a vereadora do PSD informou que vai levantar as questões “através de requerimento”.
parte da Câmara Municipal.
“Os vereadores do PS consideram um abuso de poder e uma utilização indevida do erário público naquilo que foi a elaboração de um flyer onde o senhor presidente [da Câmara] e o seu executivo CDU elencam uma série de questões de investimento que o Governo, na sua opinião, deverá fazer em Setúbal”, explicou o socialista Fernando José.
Para o eleito do PS, o panfleto contém “uma matéria político-partidária”. “É a posição da CDU. Não é uma posição que tenha sido decidida pela Câmara Municipal, que tem um executivo. Este executivo não tomou qualquer posição sobre esta matéria”, afirmou.
Em resposta, o presidente da edilidade disse tratar-se de “um documento que está no âmbito das responsabilidades de quem ganhou as eleições na câmara”. “Cabe-nos lembrar às populações as responsabilidades que cabem à administração central. No nosso entendimento é fundamental informar as populações”, explicou André Martins.
De acordo com o edil, o panfleto contém “questões e compromissos que têm anos e que continuam a arrastar-se”. “Estes assuntos não são desconhecidos de ninguém. Quando o Governo vem a Setúbal nós distribuímos na casa das pessoas porque é uma responsabilidade nossa informar as pessoas”, acrescentou.
Contudo, para o vereador Fernando José, “o que está em causa não são os problemas identificados”. “O que a Câmara Municipal, através do senhor presidente, fez foi criar um flyer onde critica o Governo e toma uma posição. Os vereadores do Partido Socialista não se revêem naquilo que está aqui espelhado. É um documento em que a Câmara vem dizer o que falta o Governo fazer em Setúbal. Mas a Câmara não diz o que é o Governo já fez. O objecto deste flyer não é a informação. É propaganda político-partidária”, disse, frisando que os eleitos socialistas “já fizeram a participação às entidades competentes”.
4 O SETUBALENSE 10 de Abril de 2023
Maria Carolina Coelho
JOSÉ COSTA
10 de Abril de 2023 O SETUBALENSE 5 5636
CONTRA CERCA DE CEM ESTUDANTES
Aluno da Sebastião da Gama
conquista ouro em jogo matemático nacional
Depois de ganhar o bronze nas Olimpíadas Portuguesas de Matemática em 2020, Duarte Caldeira, de 15 anos, alcançou o 1.º lugar
Duarte Caldeira, estudante do 10.º ano da Escola Secundária Sebastião da Gama, ficou no 1.º lugar do pódio do “Produto”, um jogo incluído no 16.º Campeonato de Jogos Matemáticos, que decorreu no mês de Março. O jovem sadino de 15 anos, que já tinha participado nestes jogos quando frequentava outra escola, deslocou-se ao distrito de Aveiro no passado dia 24 de Março e triunfou ao vencer um dos três jogos incluídos no campeonato, prova que classificou como muito competitiva.
“O jogo tem alguma complexidade, exige alguma preparação e algum raciocínio estratégico. Muito dificilmente fica tudo decidido no início,
muitas vezes é competitivo até ao final e pode dar muitas voltas”, disse o aluno, citado em comunicado da autarquia setubalense.
Segundo Duarte Caldeira, terão participado entre 90 e 118 jogadores no “Produto”, prova que é realizada num tabuleiro e onde os jogadores podem mover as próprias peças, ou até as dos adversários. O jogo inicia com uma fase de grupos onde existem nove mesas, compostas de 10 a 12 jogadores, onde apenas passará um elemento, tendo a fase final de ser disputada por nove alunos.
O desafio não é directamente feito com números, mas o estudante destaca o "raciocínio matemático" que os participantes têm de desenvolver estrategicamente para chegar ao final do jogo.
Como prémio pela conquista do 1.º lugar, o jovem ganhou um livro sobre os centros de ciência viva portugueses e outro sobre a história dos jogos matemáticos, mas o que destaca como maior recompensa foi ter ganho “vontade de continuar a participar
neste tipo de actividades”.
Mas este campeonato não foi a estreia do jovem de 15 anos em competições desta envergadura. Em 2020, venceu a medalha de bronze nas Olimpíadas Portuguesas de Matemática, uma prova a nível nacional que junta cerca de 90 participantes, distribuídos entre as categorias Júnior, do 6.º e 7.º anos, A, do 8.º e 9.º anos, e B, do 10.º, 11.º e 12.º anos.
O evento, cujas deslocações foram apoiadas pela Câmara Municipal de Setúbal, levou a terras aveirenses alunos das escolas básicas Barbosa du Bocage, Luísa Todi e da Bela Vista, as escolas secundárias D. Manuel Martins e de Bocage e o Colégio do Centeio.
Destaque também para Joana Alves e Guilherme Rodrigues, alunos da Escola Secundária du Bocage, que passaram às finais dos jogos “Dominório” e "Produto", respectivamente. E ainda Melis A., do Colégio do Centeio que disputou as finais do jogo “Rastros”, também incluído no Campeonato de Jogos Matemáticos.
Investimento de 12 mil euros vai ser distribuído por seis agrupamentos e estabelecimentos de ensino não agrupados
A Câmara Municipal de Setúbal vai conceder um apoio de 12 mil euros aos seis agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas do concelho no âmbito de um programa de literacia da protecção dos oceanos.
A medida foi aprovada na passada quarta-feira em reunião pública da câmara sadina onde ficou também decidido que vão também ser concedidos apoios logísticos aos estabelecimentos de ensino “no âmbito do programa, de modo a implementarem a estratégia de comunicação delineada pela coordenação nacional, a nível local, e adaptada à realidade e necessidade do concelho e das escolas”, explica a autarquia em comunicado.
A deliberação camarária que obteve aprovação refere que o projecto "distingue e orienta as escolas que trabalham em temas ligados ao mar, criando uma comunidade de literacia do oceano que aproxima escolas, professores, alunos, sector do mar, municípios, universidades e outras
entidades com papel activo na educação marinha".
Tem ainda o objectivo de estimular "as escolas a trabalhar o oceano de um modo estruturado, interdisciplinar e vertical, sem se restringir ao contexto de sala de aula, e com reflexo a nível social, quer a partir do envolvimento das comunidades locais, quer na participação de diferentes parceiros".
A iniciativa em questão tem o nome de “Escola Azul” e descreve-se como um "programa educativo do Ministério da Economia e Mar, que tem como missão promover a literacia do oceano e criar gerações mais responsáveis e participativas, que contribuam para a sustentabilidade".
Na verba estão abrangidos os agrupamentos de escolas Barbosa du Bocage, Lima de Freitas, Luísa Todi, Ordem de Sant'Iago e Sebastião da Gama e Escola Secundária D. Manuel Martins, que receberão "em pares iguais de dois mil euros por cada um dos envolvidos", explica a mesma nota.
Desde 2020 que o executivo camarário tem uma equipa formada para trabalhar com as escolas aderentes na realização e divulgação destes projectos na comunidade educativa, estabelecimentos de ensino e parceiros locais.
6 O SETUBALENSE 10 de Abril de 2023
Setúbal
Duarte Caldeira, de 15 anos, diz-se motivado para continuar a participar em iniciativas matemáticas
DR
Escola Secundária D. Manuel Martins é uma das abrangidas na verba autárquica
APROVADO EM REUNIÃO CAMARÁRIA Escolas vão receber verba para programa que promove literacia sobre oceanos
DR
TOY CANTOR, MÚSICO E COMPOSITOR SETUBALENSE
meu concerto vai ser
alinhamento e
loucura e nem eu sei o que vai acontecer”
Icónico artista partilhou com O SETUBALENSE o porquê de ter apadrinhado a 32.ª edição da competição Rampa Pêquêpê Arrábida
Organizada pelo Clube de Motorismo de Setúbal (CMS), a competição Rampa Pêquêpê Arrábida traz à cidade de Setúbal um espaço de divertimento durante o fim-de-semana de 21 a 23 de Abril. Além das provas motorizadas no asfalto da Serra da Arrábida, também se pode visitar o evento. Toy, o padrinho do evento, convida todos os cidadãos a irem ao Fanzone Festival e demonstra uma grande expectativa para esta 32.ª edição. Porque é que decidiu ser padrinho da Rampa Pêquêpê Arrábida?
O convite foi feito pelo presidente do Clube de Motorismo de Setúbal, Fernando Matias, porque sou uma figura de Setúbal e porque nasci aqui. Quem me conhece sabe que eu não o escondo e faço até questão de dizer sempre. Devemos defender os nossos valores, amigos, região, país e as nossas coisas, principalmente aquilo que é positivo e o que dá à nossa sociedade um pouco mais de optimismo. Quando o Fernando me convidou, explicou-me que tinha uma ligação à Arrábida, que eu também tenho e acho que todos os setubalenses têm. Desde a minha praia de infância que faço o caminho pela Albarquel e ia sair ao pé de Sesimbra e Azeitão. Além disso, gosto muito do desporto motorizado. Tenho sempre muito pouco tempo, mas como não há uma necessidade muito forte de estar presente, a não ser durante aquele fim-de-semana, onde irei dar um concerto, também pude juntar o útil ao agradável. Assim, além de ser padrinho, também dou
trabalho aos meus músicos porque não podia “abandonar” a minha equipa para fazer parte de qualquer projecto. Aqui, estamos juntos e fico muito feliz que isso tenha acontecido. Foi muito fácil aceitar o convite.
Assim sendo, gosta de carros?
Sim, mas já fui mais louco por condução, já tive carros quase desportivos e com velocidades fortes, sempre gostei, mas isso são coisas que com o tempo mudam. Hoje prefiro mais o conforto. Antigamente dizia que os carros automáticos eram uma porcaria,
Rampa da Arrábida Fernando Matias lança desafio a Toy em directo
Fernando Matias, presidente do Clube de Motorismo de Setúbal, lançou um desafio ao artista Toy, em directo, durante a entrevista.
“Venho deixar aqui o desafio ao Toy de fazer uma subida ao lado de um piloto profissional, com os cintos bem apertados e com o capacete. É este ano que o Toy vai perceber o que é subir a rampa com adrenalina pura e, portanto, acredito que o Toy não
vai dizer que não”. A resposta não desiludiu. “Eu estou pronto para tudo, quem anda em cuecas na rua no Taskmaster (programa onde o cantor participa) faz qualquer coisa. Com certeza que vou. Tenho muita curiosidade, inclusivamente antes de ir ainda quero dar uma voltinha para experimentar o volante”, diz Toy, aceitando o desafio.
só queria veículos com mudanças, agora acho muita piada aos carros automáticos porque poupa muito os meus tornozelos, mas continuo a gostar muito de carros, com certeza, e continuo a gostar muito do desporto motorizado.
Já experimentou algum dos carros que vai competir nesta edição da Rampa Pêquêpê Arrábida ou, em anos anteriores, algum carro de rally clássico?
Não, carros de rally clássico nunca experimentei nenhum, sendo que eu tive um carro que quase poderia ser de rally clássico, mas nunca conduzi carros com aqueles números e aquelas preparações todas “xpto”. Não tenho muito conhecimento, mas para conduzir é preciso talento e eu acho que tenho algum.
Vai subir a palco no dia 22 de Abril, no Fanzone. O que é que as pessoas vão poder ouvir e o que está planeado?
Se calhar vamos ter um novo tema chamado “Rampa da Arrábida”, não sei… é capaz! Eu gosto muito de inventar. As pessoas vão ouvir a panóplia de cantigas da minha vida, claro, com a minha banda ao vivo. Eu costumo dizer que o meu concerto é 70% alinhamento e 30% de loucura, portanto 70% são estas canções que as pessoas conhecem e os outros 30% nem eu próprio sei o que é que vai acontecer. Quero dizer que o Fanzone Festival é uma zona gratuita. Depois de passearem e comerem algo, se quiserem, podem assistir aos espectáculos e aí sim haverá um custo de 10 euros por bilhete, ou de 15 euros para passe de dois dias (sexta-feira e sábado, domingo é gratuito). É preciso vincar que não se paga para visitar o festival, só depois para o concerto é que tem de se comprar o bilhete. Não se pode vir a Setúbal sem cantar a música Manuel Maria… Sim, Manuel Maria Barbosa du Bocage, que é uma das grandes referências desta cidade e que tem uma autobiografia que eu gosto muito. Um poeta que atravessa o século XVIII para o XIX, teve uma curta vida, viveu 30 e poucos anos,
mas é uma referência que eu gosto de vincar até porque tem uma ligação forte com a cidade. Quando dou concertos em Setúbal, gosto sempre de a cantar.
Não podemos falar de si sem falar de António Ferrão… o seu nome. Como é que se construiu a sua carreira? Quem é o Toy? Somos fruto daquilo que é um ambiente familiar. Eu recordo o meu pai, que foi toda a vida um músico amador. Quando se estabeleceu em Setúbal, como alfaiate, nunca deixou a música e eu já tocava bandolim, violino…. Acompanhei o meu pai quando ele ia para os bailes e o meu primeiro instrumento foi bateria. Comecei a tocar bateria com cinco anos e comecei a cantar pela primeira vez. Aos 12 anos, sou convidado a integrar a Sociedade Musical Capricho Setubalense e fiz teatro revista até aos 15. Fui para a Alemanha com 17 anos e há muitas coisas que aconteceram na música, que sempre foi a minha paixão. Não tive pais que me pudessem sustentar esse sonho, tive de trabalhar para os sustentar e talvez por isso a minha carreira tenha começado um bocadinho mais tarde, porque, objectivamente, comecei a viver da música aos 25 anos.
Quais vão ser os próximos concertos?
Até ao final do ano, tenho cerca de 82 concertos marcados.
O Toy dá quase a volta ao mundo, mas volta sempre a casa… Sempre. Às vezes vou cantar, por exemplo, a Mirandela e venho dormir a casa. Tenho de sentir a família, a casa, a terra… somos aquilo que nos rodeia.
E novos projectos?
Tenho dentro da cabeça duas coisas muito interessantes, que vão surgir e ser gravadas assim que possível. Vou ter de arranjar um dia para ir ao estúdio e começar a debitar as minhas ideias para dentro do computador, para depois dividir pelos músicos e para começarem a fazer cada um a sua gravação e interpretação daquilo que eu vou construir.
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Entrevista a Nuno Canta, presidente da Câmara do Montijo p12 e
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NUNO RIBEIRO
Filipa Isabel Pereira Tiago Alexandre
PRODUÇÃO SYNAPSIS
Filme “Itinerário” traça caminho de descoberta do poeta Sebastião da Gama e da sua obra
Apresentação tem
lugar sexta-feira, 14 de Abril, no Salão Nobre da Câmara Municipal
A descoberta de um livro de Sebastião da Gama, Serra-Mãe, num banco de jardim por alguém que não conhece o poeta nem a sua obra é o ponto de partida para o filme “Itinerário – o meu caminho até Sebastião da Gama”, a estrear esta sexta-feira, 14 de Abril, pelas 21h30, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Setúbal.
“Após produzirmos e realizarmos um filme sobre Frei Agostinho da Cruz, apresentado em 2022, considerei que havia outro grande vulto da Arrábida, no que diz respeito a poesia, que era Sebastião da Gama, sobre o qual não existia nada em termos de cinematografia”, conta o realizador do filme, Alberto Pereira, a O SETUBALENSE.
“Propus a ideia ao Salvador Peres, autor do argumento, que nunca diz que não aos meus desafios e aceitou de imediato e a partir daí começámos a trabalhar”, acrescenta, destacando que “o processo inerente à produção do filme foi uma experiência bastante enriquecedora”.
O filme, inserido no âmbito das comemorações do aniversário dos 70 anos sobre a morte de Sebastião da Gama, é uma produção Synapsis e enquadra a obra do poeta em quatro eixos fundamentais: a poesia, a natureza, a música e a pintura.
“Viemos a descobrir que estes dois poetas são dois gigantes da Arrábida, é a própria Arrábida a falar pela boca deles e também eles a falarem da Arrábida. A nossa serra precisa de ser falada, cantada, pintada e fotografada”, considera o realizador.
Ao longo destes processos, Alberto Pereira conta ter descoberto que existem “pessoas de Setúbal e do concelho que nunca foram à Arrábida e nunca ouviram falar destes dois nomes”. “Este filme, além de ser o percurso que cada um de nós faz até ao poeta, até à serra, é mais um percurso que o poeta e a serra fazem até nós".
Nas suas palavras, é necessário
este encontro, “para as pessoas conhecerem o poeta e a serra” e foi isso que o inspirou a fazer este filme, “que ficará disponível para a cidade e para as escolas, no sentido de dar a conhecer o poeta”.
A narrativa do filme é feita pela voz do declamador João Completo, que interpreta a personagem principal,
enquanto Dina Barco dá voz à poesia de Sebastião da Gama e Maria Helena Fragôso de Mattos e Alberto Pereira são os responsáveis pela tradução para língua inglesa e legendagem.
A banda sonora, por sua vez, foi trabalhada em conjunto por Alberto Pereira e Salvador Peres, membros da banda e-Vox, que fará a sua interven-
ção musical na cerimónia de estreia do filme. Fundada em 2004, tem como foco a composição de música sobre grandes poetas portugueses. “Cantamos os grandes poetas e também os da Arrábida, Frei Agostinho da Cruz e Sebastião da Gama, a que se junta Bocage no nosso espectáculo ‘Triângulo mágico da Arrábida”, dizem.
Aniversário Projecto Synapsis completa 13 anos
O filme “Itinerário” é uma produção Synapsis, um projecto cultural abraçado por Alberto Pereira e Salvador Peres. Ontem, dia 9 de Abril, o projecto Synapsis completou 13 anos de actividade.
“Somos um grupo cultural muito informal, que tem na sua composição um conjunto de pessoas ligadas às artes, às mais
diversas formas de expressão artística, num conceito muito particular, livre e aberto que resulta da disponibilidade, voluntariado e desejo de fazer coisas dos seus 29 membros”, explica Salvador Peres.
“Desde 2010, ano em que o grupo foi criado, temos vindo a desenvolver uma actividade contínua em Setúbal, com o
objectivo de que tudo o que fazemos será partilhado com a comunidade”, adianta.
O MAEDS, a Câmara Municipal de Setúbal, a Liga dos Amigos de Setúbal e Azeitão, a Casa da Poesia de Setúbal, o Arrábida Legend e os Amigos da Paróquia de São Sebastião são os principais parceiros do projecto.
Também no momento da estreia, que tem a Câmara Municipal de Setúbal como anfitriã e a Casa Ermelinda Freitas como parceira, Dina Barco e João Completo declamarão poemas do poeta da Arrábida.
A O SETUBALENSE, Salvador Peres, autor do argumento do filme e também um dos responsáveis pela banda sonora, partilha que o desafio feito por Alberto o levou a viajar até às “muitas vivências” que o podiam ajudar a fazer este filme.
“Sebastião da Gama entrou na minha vida enquanto cidadão e poeta nos anos 90, altura em que a banda da qual fazia parte, In Situ, decidiu começar a compor música sobre a sua poesia”, revela.
“Ao receber este convite, foi uma alegria muito grande porque era uma oportunidade de voltar ao poeta, à sua vida, obra e percurso enquanto pessoa”, prossegue.
Este é o segundo filme de Alberto Pereira que aborda grandes figuras da poesia ligada à Arrábida e à região de Setúbal. Em 2020, realizou o filme “A serra de Agostinho”, um documentário biográfico sobre a vida de Frei Agostinho da Cruz, que ganhou uma menção honrosa no Cannes Shorts - Festival de Curtas Metragens de Cannes, e o primeiro prémio na categoria de longa metragem em documentário no festival de cinema TokioFilmAwards.
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DR
O filme ficará disponível para a cidade e para as escolas, no sentido de dar a conhecer o poeta Sebastião da Gama
Este filme, além de ser o percurso que cada um de nós faz até ao poeta, até à serra, é mais um percurso que o poeta e a serra fazem até nós Alberto Pereira
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CONVOCATÓRIA
Nos termos do disposto nos artigos 12º, al. a), 13º, 14º, n.º 2, 15º, n.º 1 dos Estatutos, convoco todos os membros efetivos da Academia de Música e Belas Artes Luísa Todi, que se encontrem no pleno exercício dos seus direitos, a reunir em Assembleia Geral ordinária para eleição dos órgãos sacias da Academia de Música e Belas Artes Luísa Todi para o triénio 2023-2026: Mesa da Assembleia Geral, Direção e Conselho Fiscal.
A Assembleia Geral terá lugar no dia 22 de maio de 2023, pelas 18:00 horas na sede da Academia. Caso se verifique a circunstância prevista no artigo 10°, nº3 dos Estatutos fica marcada reunião da Assembleia Geral para as 19:00 horas desse mesmo dia.
A apresentação de propostas de candidatura, perante o Presidente da Mesa da Assembleia Geral, deverá ter lugar até às 18:00 horas do dia 17 de abril de 2023, na sede da Academia de Música e Belas Artes Luísa Todi.
A Assembleia de voto funcionará na sede da Academia entre as 14:00 horas e as 18:00 horas do dia 22 de maio de 2023.
É permitido o voto por correspondência desde que seja rececionado na sede da Academia, até ao dia 21 de maio de 2023, dobrado em quatro, dentro de um envelope, fechado e anónimo, o qual deverá ser remetido num outro envelope, endereçado e remetido por correio, devidamente acompanhado do nome, número e validade do Cartão de Cidadão. Desta convocatória fazem parte integrante o Calendário Eleitoral e os Requisitos exigidos para a apresentação de candidaturas, o qual poderá ser consultado na sede da Academia.
Setúbal, 5 de abril de 2023
O SEGREDO DAS CARTAS
TARÓLOGO e ASTRÓLOGO FRANCISCO GUERREIRO
Resolva todos os seus problemas sentimentais, profissionais, financeiros e de saúde, marcando uma consulta pelo número 96 377 05 04 (Chamada Rede Móvel Nacional). Após a 1.ª consulta efectua tratamentos espirituais. Consultório: Rua Serpa Pinto n.º 127 - 3.º Esq. - Montijo
E-mail:francisco_astrologo@hotmail.com
CARNEIRO 21.03 a 20.04
No plano amoroso – não rejeite a possibilidade de se envolver um novo relacionamento. Poderá ser surpreendido, muito favoravelmente, com as atitudes e gestos de alguém que entrou há pouco na sua vida. No plano profissional – poderá entrar numa nova fase profissional, comece a pensar em novos projetos ou novas aplicações financeiras. Carta da semana – O SOL – semana muito luminosa e feliz para Peixes. Vai sentir-se com muita vontade de viver a vida e demonstrar a força das suas emoções e sentimentos.
TOURO 21.04 a 21.05
No plano amoroso, sente-se muito apaixonado e tem receio de mostrar os seus sentimentos. No plano profissional, terá algumas propostas, mas não se iluda com as mais vantajosas. Carta da Semana – A Lua, esta carta mostra que você estará sensível e um pouco frágil, mas ao mesmo tempo estará com um grande poder de análise.
GÉMEOS 22.05 a 21.06
No plano amoroso – poderá travar novos conhecimentos, embora deva amadurecer bem as ideias antes de lançar num novo romance. Poderá ter de enfrentar oposições familiares para poder levar em frente uma relação. No plano profissional – deve manter a calma em todas as circunstâncias, até porque esta semana tudo está ao seu alcance. Carta da semana – O CARRO – a conjuntura anuncia progressos.
CARANGUEJO 22.06 a 22.07
No plano amoroso – possibilidade de os seus sentimentos serem completamente renovados. Numa situação inesperada ou mesmo sem estar disponível pode sentir novas emoções. No plano profissional – se estiver envolvido em atos de representação ou de cariz público, sair-se-á muito bem. Carta da semana – O AMOROSO – esta carta define uma semana intensa em que todos os comportamentos estão marcados pela paixão.
LEÃO 23.07 a 23.08
No plano amoroso – não aceite opiniões ou que se metam demasiado na sua vida, o seu coração é o seu melhor amigo e só poderá arrepender-se do que não fizer. No plano profissional – todos os negócios ou investimentos em que se envolver, desde que estruturados e calculados darão bons resultados. Carta da semana – O IMPERADOR – está muito lúcido, objetivo e eficaz marcando pontos em todas as situações que se envolver.
VIRGEM 24.08 a 23.09
No plano amoroso – não permita que o orgulho atrapalhe ou ponha em causa em relação. No plano profissional – alguns colaboradores podem interferir ou pôr em causa as suas opiniões, mas é aconselhável que não baixe os braços e faça persistir as suas ideias. Carta da semana – A FORÇA – fomenta novas ideias confere rapidez de raciocínio e força de vontade não permitindo que se instalem na sua vida indecisões ou qualquer tipo de medo. BALANÇA 24.09 a 23.10
No plano amoroso – é uma semana adequada a que faça alterações na sua forma de vida; pode iniciar uma fase mais límpida e intensa. No plano profissional – algumas situações podem assumir contornos que não esperava e perante os quais terá de tomar uma posição. Carta da semana – A MORTE – é uma carta forte que permite conduzir a sua vida de forma objetiva e eficaz. Fim de uma etapa e inicio de uma nova etapa próspera.
ESCORPIÃO 24.10 a 22.11
No plano amoroso – não entregue o seu amora quem não o merece, corre o risco de deceções. Nem todas as promessas serão cumpridas esta semana. No plano profissional – dê atenção a um negócio ou a um projeto que pode esconder problemas, procure novos apoios. Carta da semana – A LUA – a conjuntura leva-o para o mundo dos sonhos em que é difícil ser racional, tente manter-se lúcido para não ser enganado.
SAGITÁRIO 23.11 a 20.12
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No plano amoroso, relações são correspondidas e regidas por si e pelos seus interesses. Controle o seu feitio pois numa relação toma decisões a dois. No plano profissional, mostre-se mais activo e mais empenhado com trabalhos que lhe são solicitados. Carta da Semana – O Mundo, esta carta mostra que as conquistas e os seus êxitos estão ao seu alcance, basta que consiga reunir todas as suas potencialidades para atingir os seus fins.
CAPRICÓRNIO 21.12 a 20.01
No plano amoroso – escute o que lhe dita o coração sempre que tomar uma decisão ou fizer uma escolha sentimental; todos os gestos deverão ser fruto de reflexão solitária e amadurecida. No plano profissional – está perfeitamente apto a atuar em proveito próprio e fazer bom uso das suas habilitações e conhecimentos. Carta da semana – A PAPISA – a semana promete ser muito importante.
AQUÁRIO 21.01 a 19.02
No plano amoroso, poderá estar a passar uma fase conflituosa, que se deve á indefinição de sentimentos, clarifique-os. No plano profissional, os trabalhos que tem em curso irão sofrer alguns atrasos, devido á falta de recursos. Carta da Semana – O Eremita, esta carta mostra que deve agir com rigor e cuidado em todas as situações.
PEIXES 20.02 a 20.03
No plano amoroso – momento propicio á evolução sentimental; conseguirá compreender alguns gestos e lidar melhor com os afetos. No plano profissional – vida financeira sujeita a flutuações que merecerão medidas adequadas em cima dos acontecimentos. Carta da semana – O JULGAMENTO – traz uma semana marcante pródiga em acontecimentos importantes que lhe possibilitarão análises e iniciativas fundamentadas.
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FICHA TÉCNICA
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Participação, Agradecimento
A funerária Armindo lamenta informar o falecimento de Armando António Safaneta. A família vem por esta via agradecer a todas as pessoas que se dignaram a acompanhar o funeral ou que, de qualquer outra forma, manifestaram as suas condolências.
(1940
Participação, Agradecimento
A funerária Armindo lamenta informar o falecimento de Carlos Eduardo Marques Batista. A família vem por esta via agradecer a todas as pessoas que se dignaram a acompanhar o funeral ou que, de qualquer outra forma, manifestaram as suas condolências.
Necrologia Bloco Clínico 5475 5398 5476 Tem uma Farmácia? ou uma Clínica? Anuncie Aqui! Rua Augusto da Costa, nº 1 - 1 A - 2910-410 Setubal 265 239 390 | 265 419 488 (Chamada Rede Fixa Nacional) | e-mail: medisete@gmail.com Dra. Anabela Nabais - Neurocirurgia Dra. Teresa Bertolo - Medicina Geral e Familiar Dra. Maria José Leitão - Psicologia | Hipnoterapia (Acordos) Dr. Norberto Gomes - Medicina Desportiva Tratamento Não Cirúrgico de Varizes (Derrames) - Esclerose, Laser Co2, Laser Vascular, Carboxiterapia Dra. Maria João Baião - Psiquiatria Dr. Norberto Gomes e Dr. V. Pedro Correia - Tratamento de Obesidade Medisete - Centro Médico, Lda. Direcção Clinica – Dr. Norberto Gomes 5235 10 de Abril de 2023 O SETUBALENSE 11
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ARMANDO ANTÓNIO SAFANETA
NUNO CANTA PRESIDENTE DA CÂMARA DO MONTIJO
“As duas pontes com o Barreiro devem ser rodoferroviárias”
O autarca diz que as ligações vão ter, cada uma, um quilómetro e defende a inclusão de ferrovia em ambas. E realça a importância dos investimentos, que contribuem para “atrair empresas, criar emprego e aliviar os movimentos pendulares”
Um terminal fluvial para a Moita, para transporte de passageiros, a expansão do Metro Sul do Tejo até Alcochete, duas pontes a ligar o Barreiro ao Montijo e ao Seixal, um corredor entre Almada e Alcochete e a descontaminação dos solos dos antigos territórios industriais. Estes são investimentos que integram o Projecto Arco Ribeirinho Sul e que foram anunciados no âmbito do “Governo Mais Próximo”. No rescaldo da iniciativa, em entrevista à Popular FM e a O SETUBALENSE, Nuno Canta, presidente da Câmara Municipal do Montijo, analisa a jornada e as intenções do executivo de António Costa para a região. Elege como prioritária a recuperação dos terrenos da Baía do Tejo para habitação – ao mesmo tempo que defende como solução para a construção habitacional a utilização de áreas cedidas aos municípios para equipamentos – e realça as pontes de ligação ao Barreiro como fundamentais. Mas, sublinha, com a inclusão de ferrovia. O autarca debruça-se ainda sobre o aeroporto, a terceira travessia sobre o Tejo, que lembra estar prevista apenas no plano ferroviário, os novos barcos da Transtejo e a saúde no Montijo. Deixando de fora o terminal
fluvial da Moita, todos ou quase todos investimentos agora anunciados não são novos. A oposição lembrou os anúncios feitos desde 2009. Estivemos perante uma operação de maquilhagem do Governo ou há aqui o mérito de ressuscitar estes investimentos?
É sempre natural que as oposições queiram desvalorizar as iniciativas dos governos locais ou nacionais. Têm sempre uma atitude pouco coerente e nem sempre conducente com uma coisa muito importante: procurarmos todos um consenso político para desenvolvermos as regiões. Aqui,
parece-me que há uma atitude bastante positiva do Governo, que é vir ao local, comprometer-se politicamente com os eleitos e as populações para termos um sentido correcto do desenvolvimento da Península de Setúbal. Para termos uma maior capacidade de atracção de empresas, de famílias, de desenvolvimento económico e, sobretudo, de termos emprego para as pessoas, suficiente e qualificado. Esta ideia do Governo também poderá resolver o problema de quase 300 mil pessoas atravessarem a ponte para irem trabalhar para Lisboa. O Governo ao propor estas infra-estruturas vem dizer que está atento a este problema e acho mesmo que tem de estar atento. Qual destes investimentos lhe merece maior destaque?
Damos maior destaque à reconversão dos terrenos da Baía do Tejo. São terrenos que estão, há muito tempo, pouco aproveitados. É necessário criarmos maior atractividade desses terrenos, reconvertermos tudo isso em pólos de atractividade de empresas, de famílias e de emprego. Isso foi sempre o que sublinhámos junto do Governo, antes do “Governo Mais Próximo”. São questões fundamentais. Para o concelho do Montijo é claro que é muito importante a ligação da ponte ao Barreiro, liga logo à antiga CUF,
liga a Base Aérea n.º 6 (BA6) ao Lavradio. Hoje temos de fazer 22 quilómetros entre os hospitais de Montijo e Barreiro e isso cria imensas dificuldades à resposta em saúde, mas também a cada uma das pessoas que faz a vida nos dois territórios.
E com essa ponte essa distância será encurtada...
… Esta ponte é de apenas 1 quilómetro, mas da BA6 ao Montijo são 4 quilómetros. Portanto, passamos de 20 para 5 quilómetros, o que é verdadeiramente revolucionário do ponto de vista da proximidade.
E para o Seixal, com o Barreiro, a ponte também será de 1 quilómetro e pouco, o que permitirá também ficarmos a 10 quilómetros do Seixal. Hoje, para irmos ao Seixal são 30 e tal ou 40 quilómetros,
só de ida. Se somarmos a vinda dá 80 quilómetros. Isto ao longo da história fez com que todas as terras do Arco Ribeirinho Sul tenham uma relação mais próxima com Lisboa do que entre elas. Estas pontes vêm encurtar as ligações e dar uma maior escala urbana à Península de Setúbal. Isto são velhas aspirações. Há muito tempo que existe a ideia na região de Lisboa de termos uma cidade de duas margens. A calendarização e o volume de verbas para a concretização destes projectos dependerá apenas dos efeitos da criação da NUTS II Península de Setúbal, em termos de acesso a fundos comunitários?
O que nos foi transmitido pelo ministro das Finanças é que iríamos ter fundos comunitários, é verdade, e também, porventura, alguma
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para Lisboa
Com a ponte Barreiro-Montijo passamos de 20 para 5 quilómetros, o que é revolucionário do ponto de vista da proximidade
Mário Rui Sobral
Golo de Camilo Triana ao cair do pano mantém Vitória na luta pela manutenção p14
completar toda aquela localidade do Lavradio. E aí há a ideia do Governo, penso eu, de poder fazer um plano que permita essa reutilização.
Outra solução é comprar-se loteamentos. Temos, porém, uma solução que transmitimos aos ministros, em particular à ministra da Habitação. Ao contrário do que alguns mais de direita defendem – a desclassificação de áreas de reserva ecológica ou agrícola nacional para se fazer mais casas, o que é um erro –, nós vemos é a possibilidade de se usar parte dos terrenos de equipamentos, que são cedidos às câmaras pelos urbanizadores. Esses terrenos nunca serão utilizados na totalidade para infra-estruturas, como centros de saúde, escolas... Uma parte ficará sempre por utilizar, diria que nos próximos 50 anos. Ora, como estão já infra-estruturados e em alguns deles sem se densificar nada em termos urbanísticos, podia haver a possibilidade legislativa de se autorizar a construção de habitação para custos controlados. E isto ainda tem a vantagem de permitir integrar todos numa mesma malha urbana. Isto foi transmitido e espero que esta política seja adoptada pelo Governo do PS. Quais dos investimentos anunciados considera que podem avançar mais rapidamente?
Penso que a questão dos terrenos para habitação será uma coisa que o
Governo vai ter com muita urgência. Depois penso que temos de avançar com rapidez com as pontes [Barreiro-Montijo e Barreiro-Seixal], a conectividade é fundamental. Também está pensada a expansão do Metro Sul do Tejo. Estas primeiras necessidades de mobilidade são fundamentais para depois trazerem atrás de si os investimentos que se querem, a fixação de empresas, que tragam emprego de qualidade e com isso evitar que as populações tenham de se deslocar para Lisboa para trabalhar, os movimentos pendulares que são um problema para toda a Península de Setúbal. Temos, por exemplo, grandes problemas com as travessias [fluviais] do Tejo, com supressão de carreiras. Esperávamos que os tais navios eléctricos viessem resolver o problema, embora para o Montijo nos tenham transmitido que esses barcos não têm autonomia [ver caixa].
Ao olhar de todos não escapou que ficou de fora um projecto estruturante para a região e o País: o novo aeroporto. Também podemos juntar um outro: a terceira travessia sobre o Tejo. Por que acha que isso aconteceu?
O Governo não quis misturar as coisas. Houve um revés na decisão [da localização do aeroporto] que estava a ser tomada, por razões que tiveram a ver com câmaras da CDU que emitiram pareceres negativos. Seixal e Moita. A Moita ,
entretanto, mudou [da CDU para o PS] e já tem parecer positivo, mas o Seixal continua com essa posição negativa. Foi criada uma comissão de acompanhamento da decisão aeroportuária, pertenço a essa comissão, tenho acompanhado as reuniões todas, foram discutidas várias questões e apresentadas outras soluções e apareceu até uma nova: Santarém, que é um “lobby” ali de alguém, mais de terrenos privados, mas no fundo nada tem a ver com as decisões que já tinham sido tomadas, que são em terrenos públicos (seja na BA6, seja no Campo de Tiro de Alcochete).
E o Governo não quis misturar. Fez bem. Mas acho que isto é um elefante no meio da sala, porque para termos uma certa coerência de pensamento na estruturação do Arco Ribeirinho Sul, e na atractividade que se quer, tem todo o sentido o aeroporto na BA6, porque é o motor disso tudo. Se for no Campo de Tiro, não?
É também motor para Setúbal. Nunca serei contra isso, nunca serei contra um aeroporto a sul.
O que defendo é que, dentro da Área Metropolitana de Lisboa [AML], a próxima infra-estrutura aeroportuária tem de ser feita a sul. Pena é pessoas que dizem ser grandes defensoras da Península de Setúbal só defenderem uma localização a sul, não duas ou três. A primeira decisão começou em 1972 por ser Rio Frio, eu, se for para aí outra vez, também defendo. Mas é muito diferente fazermos o aeroporto no coração da AML [na BA6] ou fazermos a 30 ou 40 quilómetros [no Campo de Tiro].
E quanto à terceira travessia sobre o Tejo a ligar Lisboa a Barreiro?
aeroporto (se vier [ali] a ser feito), e que tenha uma estação, por exemplo, em São Francisco, Alcochete. Do meu ponto de vista as duas pontes, Barreiro-Montijo e Barreiro-Seixal, devem ser rodoferroviárias, sendo certo que a ferrovia na de Barreiro-Montijo é mais crucial. Esteve com Manuel Pizarro. O que lhe prometeu o ministro da Saúde, tendo em conta os milhares sem médico de família no Montijo?
O que temos falado com o senhor ministro e que falámos [antes] com o CEO da Saúde [Fernando Araújo] foi que temos um problema gravíssimo de falta de médicos de família. E tem de ser resolvido. Do lado da Câmara temos a intenção de construir mais centros de saúde, que poderão ser novas Unidades de Saúde Familiar. Estamos disponíveis para podermos ter um espaço para uma “Via Verde”, para resolver o problema de quem não tem médico de família. O que nos interessa, além de médicos e infra-estruturas de saúde, é que os utentes não deixem de ter uma porta de entrada no SNS. Da parte do senhor ministro tivemos o compromisso na construção dos novos centros de saúde, de alguma comparticipação financeira, o compromisso relativo à melhoria do número de médicos de família para tentarmos ter uma capacidade maior nos cuidados de saúde primários.
Que balanço faz à Ponte Vasco da Gama, que assinalou no passado dia 29 o 25.º aniversário? E tendo em conta que está no seu último mandato à frente da Câmara do Montijo o que pensa fazer no futuro? Vai seguir pela via política?
coisa de mobilização do PRR. Sobretudo iríamos ter também fundos comunitários que serão no futuro discriminados pela NUTS II. Temos muita urgência nestas infra-estruturas para darmos resposta à questão de emprego, qualificado, e sobretudo estes terrenos [do Estado] poderem ser usados para a construção de habitação urgente – o senhor ministro também falou disso. A construção de habitação obedece à existência de terrenos, mas em alguns municípios talvez não existam assim tantos. Como é que se resolve esse problema?
Uma forma é esta, utilizarmos os terrenos do Estado. Ou as câmaras ou o Estado compram terrenos de novo ou utilizam os que já existem. A Baía do Tejo, neste caso na antiga CUF, tem espaço que pode até
A nova frota de 10 navios eléctricos adquirida pela Transtejo está apenas talhada para dar resposta a travessias curtas, por questões de autonomia. O edil montijense volta a frisar que esta foi a informação transmitida pela Transtejo e que as carreiras para Montijo continuarão a cargo dos actuais catamarãs, apesar de estar previsto um posto de carregamento eléctrico para esta zona. Disse que lhe foi transmitido que os novos barcos eléctricos não poderão chegar ao Montijo. Facto é que, por aquilo que foi comunicado, está prevista a instalação de um posto de carregamento eléctrico no Montijo.
O problema é que o barco eléctrico consegue mais ou menos fazer a navegação de Lisboa para o Montijo, chega ao Montijo tem de
ficar a carregar umas horas. Não tem condições de, imediatamente a seguir, fazer a travessia contrária. Não há hipótese de se ter a nova frota no Montijo...
… A única hipótese que há é de travessias mais curtas, por exemplo Trafaria-Lisboa, Cacilhas-Lisboa, essas permitem a ida e vinda do barco. Mas mesmo assim quando chegar a Lisboa tem de ficar também umas horas a carregar. Esta logística muito centrada numa questão de descarbonização, que considero interessante e o caminho do futuro, precisava do dobro dos barcos. A expectativa é que havendo [esses barcos eléctricos] para os outros lados, os outros barcos que sobram [os actuais catamarãs] façam a travessia do Montijo e aumentemos a disponibilidade.
Está prevista no plano ferroviário nacional, mas não sei por que o Governo não quis colocar em cima da mesa.
Sublinhou ferroviário...
… Só ferroviária. Acho que não há a questão rodoviária. A Europa também tem imposto algumas regras mais limitativas e o ministro anterior, Pedro Nuno Santos, tinha transmitido a todos os presidentes de câmara que essa ponte seria meramente ferroviária. É uma questão polémica. Esperamos é que a ponte Barreiro-Montijo tenha rodovia e, sobretudo, ferrovia. É importante ter ferrovia para ligar o comboio do Barreiro a Montijo e Alcochete. Podermos ter um comboio que vai ligar ao Barreiro e que possa depois ligar à Fertagus e à terceira travessia sobre o Tejo, desde que tenha um ramal que venha ao Montijo, à base aérea, no caso ao
A Ponte Vasco da Gama é, numa palavra, sucesso. Para os territórios de Montijo e Alcochete, e outros numa menor intensidade, foi de uma total revolução urbanística, resolvendo o problema do inverno demográfico. Até à ponte estávamos a perder população. Hoje em dia duplicámos a população. Acho que isto diz tudo. Criou-nos uma grande proximidade com Lisboa e sempre que, ao longo da história, isso acontece, com transportes, ligações, etc., a cidade do Montijo cresceu. Sempre que se afastou, fomos perdendo atractividade, capacidade. Quanto à minha vida, ainda estamos indefinidos. Vamos ver, mas acho que a política é sempre um “bichinho que morde”.
* Esta entrevista pode ser ouvida na íntegra no canal YouTube POPULARFM
10 de Abril de 2023 O SETUBALENSE 13
O SETUBALENSE
Transtejo “Os novos barcos eléctricos não são hipótese para Montijo”
TRIUNFO 1-0 SOBRE O REAL NA FASE DE PERMANÊNCIA DA LIGA 3
Golo de Camilo Triana ao cair do pano mantém Vitória na luta pela manutenção
Avançado colombiano marcou, aos 87 minutos, o golo que pôs os adeptos em festa no Estádio do Bonfim
Camilo Triana, avançado colombiano do Vitória, foi o herói do jogo de sexta-feira ao apontar, nos derradeiros instantes da partida (87 minutos), o único golo no duelo em que os sadinos ganharam ao Real, por 1-0. Com os três pontos alcançados na 2ª jornada da série 3 da fase de manutenção da Liga 3, o conjunto setubalense está agora na 3.ª posição a um ponto de distância do Sporting B, adversário que vão enfrentar quarta-feira.
Apesar das dificuldades criadas pelo emblema de Queluz, que tal como os verdes e brancos sabiam da importância do encontro realizado no Bonfim para se manterem no terceiro escalão, o Vitória soube sofrer frente a um oponente que hipotecou praticamente as suas esperanças em salvar-se da descida. Apoiados no estádio pelo 12.º jogador, os comandados de Luís Loureiro foram premiados por nunca terem desistido de procurar o golo.
Em relação à jornada anterior, diante do Sporting B, o timoneiro dos setubalenses efectuou apenas uma alteração no onze: Lourenço Henriques regressou à posição de latera-direito por troca com o francês Kanda. Mesmo sem fazer uma boa exibição, o Vitória dominou a primeira parte, mas não conseguiu materializar em golo nenhuma das (poucas) oportunidades criadas nesse período. A primeira vez que os verdes e brancos desceram à área contrária e visaram a baliza de Iuri Miguel, aos seis minutos, foi num disparo com o pé esquerdo, de fora da área, do médio Filipe Oliveira, que viu a bola ser defendida com segurança pelo guarda-redes. Mais difícil de suster
foi, aos 12, o desvio de primeira com o pé esquerdo de Zequinha que, após assistência de David Santos, obrigou o guardião a aplicar-se para evitar o golo.
Já depois de os vitorianos terem, aos 18 minutos, contestado uma decisão da equipa da arbitragem liderada por Sérgio Jesus, que interrompeu um contra-ataque por pretenso fora-de-jogo quando Gabriel Lima ia em direcção da baliza, André Santos (22 minutos) rematou do meio da rua para as nuvens quando tinha dois colegas em boa posição para recepcionar a bola.
Ainda antes do intervalo, Gabriel Lima e Camilo Triana, aos 38 e 45+1 minutos, respectivamente, desperdiçaram oportunidades para adiantar o Vitória no marcador. Mais perigosos foram os forasteiros, aos 45+2, na única ocasião que tiveram para marcar na primeira vez em que visaram a baliza sadina. Rafa Santos trabalhou
bem no interior da área e rematou para defesa de Mika, que ainda travou a recarga de Pedro Rosas.
Após o intervalo – já com Diogo Sequeira e Daniel Carvalho em campo (substituíram Lourenço Henriques e Filipe Oliveira, respectivamente) –, o Vitória entrou mais acutilante. A prová-lo está o facto de terem levado perigo à baliza do Real por intermédio de Gabriel Lima (47 minutos), Zequinha (50) e Camilo Triana (53), sendo que a protagonizada pelo capitão, que falhou o remate à boca da baliza, foi a mais flagrante.
Aos 60 minutos, Malam Camará e Gabriel Lima também visaram, sem sucesso, a baliza defendida por Iuri Miguel. Obrigado a vencer para não se afundar mais na tabela, o Real arriscou mais à entrada dos últimos 20 minutos do jogo. Aos 70, Paulinho rematou em força e viu a bola a desviar num defesa, antes de ir à malha
lateral. No minuto seguinte, Pedro Farrim tentou o remate artístico no coração da área levando a bola a passar sobre a trave.
Numa altura em que o discernimento estava longe de ser o ideal, o Vitória começou a apostar em remates de meia distância. Mário Mendonça, que rendeu David Santos (72 minutos), fê-lo num livre lateral na direita que passou sobre a baliza por cima e num cruzamento remate, aos 77, que quase teve correspondência após Camilo Triana ter simulado um cabeceamento e obrigar Iuri Miguel a uma defesa por instinto.
Após os avisos, o Bonfim explodiu finalmente de alegria, aos 87 minutos, quando o atacante colombiano fez o 1-0. Depois de cruzamento na direita de Diogo Sequeira, Zequinha simulou e Pedro Pinto desviou subtilmente a bola para Camilo Triana que aproveitou a sobra para, no coração
da área, desferir um remate forte para o fundo da baliza do Real, que nada pôde fazer para evitar o tento dos sadinos ao cair do pano.
Até ao apito final, os forasteiros tentaram chegar ao golo que impedisse o desaire, mas nem os sete minutos de compensação foram suficientes numa fase em que Mika guardou a sua baliza a sete chaves, acabando o Vitória por ganhar e relançar-se na luta pela permanência e praticamente condenando o conjunto de Queluz ao regresso ao Campeonato de Portugal.
14 O SETUBALENSE 10 de Abril de 2023 Desporto
Ricardo Lopes Pereira
DR
CLASSIFICAÇÃO LIGA 3 - MANUTENÇÃO J V E D M-S P 1 FC Oliv. Hospital 2 2 0 0 3-1 12 2 Sporting B 2 0 1 1 2-3 9 3 Vitória FC 2 1 1 0 2-1 8 4 Real SC 2 0 0 2 0-2 2
Camilo Triana marcou do coração da área, depois de Zequinha ter simulado após cruzamento, na direita, de Diogo Sequeira
Amora e Racing Power são finalistas da Taça AF Setúbal de Futebol Feminino
TAÇA AF SETÚBAL Alfarim e Moitense
Racing Power e Amora são os finalistas da Taça AF Setúbal de futebol feminino. Depois de no dia 19 de Março, a RPower ter goleado o Vitória FC por 6-0, em jogo realizado no Complexo Municipal de Atletismo de Setúbal, agora foi a vez de o Amora carimbar o
passaporte no confronto com o Barreirense. A equipa do Barreiro até foi a primeira a marcar por Soraia Aperta, aos sete minutos, mas o Amora empatou aos 37 com um golo de Carlota Cristo e o intervalo chegou com o marcador em 1-1.No regresso dos balneários
a equipa amorense, que é de um escalão superior, surgiu mais forte e deu a volta ao marcador com dois golos de Mafalda Marujo, marcados em apenas um minuto (54’ e 55’), assegurando desta forma a sua presença na final, que será disputada com a Racing Power.
foram os tomba gigantes dos
quartos-de-final
O Alfarim eliminou o Comércio Indústria e o Moitense afastou o Barreirense
O Grupo Desportivo de Alfarim, que disputa a 2.ª Divisão Distrital, garantiu a passagem às meias-finais da Taça AF Setúbal após a vitória obtida no Campo da Bela Vista, em Setúbal, sobre o Comércio Indústria, no desempate por penáltis.
A equipa de Alfarim foi a primeira a marcar mas a formação sadina conseguiu chegar à igualdade ainda no decorrer da primeira parte, atingindo-se o intervalo com o resultado em 1-1. Na segunda parte o Alfarim voltou a colocar-se na frente do marcador, obrigando o segundo classificado da principal competição do futebol setubalense a correr atrás do prejuízo. O encontro aproximava-se do fim e o Alfarim estava com a eliminatória na mão mas aos 90+2’ o Comércio Indústria acabou por estabelecer a igualdade (2-2) que levou o jogo para prolongamento.
Nos 30 minutos suplementares não se registaram golos havendo por isso mesmo necessidade de se
recorrer ao desempate por penaltis onde o Alfarim foi mais competente ao marcar quatro golos contra três do Comércio Indústria que acabou por ser eliminado de forma surpreendente por uma equipa da divisão inferior.
A propósito, recorda-se que depois de ter garantido o apuramento na fase de grupos, o Alfarim já havia causado sensação ao eliminar na primeira eliminatória, no Campo da Liberdade, o Olímpico do Montijo.
Quem também esteve muito bem nos quartos-de-final foi o Moitense que eliminou o Barreirense no Campo da Verderena, vencendo por 2-0, com um golo marcado em cada parte por Amieiro (37’) e Ary (67’). A melhor eficácia dos jogadores da Moita foi determinante para a conquista da vitória e consequente passagem às
POR MAU COMPORTAMENTO COLECTIVO
CAMPEONATO DE PORTUGAL Oriental Dragon sai dos lugares de despromoção mas ainda corre perigo
cobrado outra vez por João Pinto, ao minuto 90+2’. Como se costuma dizer foi uma vitória arrancada a ferros que permite continuar a sonhar.
meias-finais da competição onde vai defrontar o Alcochetense.
No Campo do Cassapo, onde se jogou o dérbi entre Charneca e Costa de Caparica, quem levou a melhor foi a equipa da casa que venceu com um golo solitário que valeu a passagem à próxima eliminatória.
A outra equipa apurada para as meias-finais é o Alcochetense que venceu o Trafaria num jogo muito disputado em que esteve a perder por 1-0. A equipa visitante foi de facto a primeira a marcar mas depois o Alcochetense empatou e logo a seguir deu a volta ao marcador, vencendo por 2-1.
As meias-finais realizam-se no dia 25 de Abril, com os seguintes encontros: Moitense – Alcochetense e Charneca de Caparica – Alfarim.
Zambujalense e Melidense considerados derrotados no jogo que disputaram
Zambujalense e Juventude Melidense foram ambos punidos pelo Conselho de Disciplina da Associação de Futebol de Setúbal com derrota no jogo que disputaram no dia 2 de Abril, a contar para a 6.ª jornada da Taça Distrital de Seniores da 2.ª Divisão. O castigo foi aplicado com base na alínea a) do n.º 1 do art.º 65 do Regu-
lamento de Disciplina (mau comportamento colectivo). Para além deste castigo foi aplicada também uma multa de 200 euros, a cada um dos clubes, sendo agravada em mais 60 euros no caso do Zambujalense, por comportamento incorrecto do público.
Os cinco jogadores expulsos, dois do Zambujalense e três do Melidense,
foram todos suspensos por dois jogos: André Pinto e João Coelho (Zambujalense) e Gonçalo Valente, Lucas Santos e Rafael Lopes (Melidense).
A decisão daquele órgão associativo está a gerar grande descontentamento nos clubes que lamentam o sucedido mas responsabilizam o árbitro pelo facto de o jogo não ter prosseguido.
O Oriental Dragon venceu o Praiense por 2-1, em jogo a contar para a 25.ª e penúltima jornada do Campeonato de Portugal, voltou a sair da zona de despromoção mas ainda não está livre de perigo porque a diferença pontual em relação às equipas que estão próximo, é mínima.
A vitória obtida sobre o Praiense foi fundamental mas também muito sofrida porque só foi consumada em tempo de compensação. A equipa sabia que a vitória era o único resultado que interessava e foi exactamente com essa intenção que entrou em campo mas a primeira parte terminou sem golos.
Na 2.ª parte a equipa ficou reduzida a 10 unidades por expulsão de Bruno Figueiredo (48’) mas pouco depois (56’) João Pinto inaugurou o marcador na cobrança de um penalti. Os açorianos empataram aos 78 minutos e as coisas ficaram mais complicadas mas como a esperança é a última coisa a perder os pupilos de Toni Pereira conseguiram chegar à vitória marcando o golo que valeu os três pontos, novamente de penalti
Neste momento, o Vasco da Gama da Vidigueira tem 36 pontos, o Oriental Dragon 35, o Praiense 34 e o Serpa com 33, e é exactamente deste lote que sairão duas a despromover. Na última jornada, que se realiza no dia 16 de Abril, o Oriental Dragon desloca-se a Albufeira para defrontar o Imortal (já livre de perigo), o Serpa recebe o Angrense e o Praiense joga em casa com o Vasco da Gama da Vidigueira.
Fabril assegura a manutenção
Quem se despediu em beleza esta época do Estádio Alfredo da Silva foi o Desportivo Fabril que venceu o Esperança de Lagos, por 3-0, assegurando definitivamente a sua permanência na competição contrariando a tendência do sobe e desce.
A vitória da equipa orientada por Sérgio Bóris não merece qualquer tipo de contestação porque foi claramente superior ao adversário. Diogo Ramos com um bis (42’ e 90’) e André Pimenta (80’) foram os marcadores dos golos da equipa do Lavradio que manteve a sua posição no quinto lugar da tabela classificativa com 39 pontos.
A equipa fabril termina o campeonato em Évora onde defronta o Juventude que segue na classificação à sua frente.
10 de Abril de 2023 O SETUBALENSE 15
José Pina
DR
Vitória arrancada a ferros sobre o Praiense foi fundamental mas a permanência ainda não está assegurada.
A última jornada será decisiva
DR
João Pinto marcou os dois golos de penalti
Alfarim está a ser a grande sensação da taça associativa
MARÉS TEMPO
HOJE 27º 27º 11º 11º AMANHÃ 06:18 - 3.2 m - Preia-mar 12:16 - 0.9 m - Baixa-mar 18:37 - 3.2 m - Preia-mar 00:42 - 0.9 m - Baixa-mar SETÚBAL | TRÓIA SINES 05:49 - 3.1 m - Preia-mar 11:48 - 0.9 m - Baixa-mar 18:07 - 3.1 m - Preia-mar 00:16 - 0.9 m - Baixa-mar SESIMBRA 05:49 - 3.1 m - Preia-mar 11:49 - 0.9 m - Baixa-mar 18:09 - 3.1 m - Preia-mar 00:17 - 0.9 m - Baixa-mar ALMADA 06:32 - 3.5 m - Preia-mar 12:18 - 1.0 m - Baixa-mar 18:50 - 3.5 m - Preia-mar 00:43 - 1.0 m - Baixa-mar
Céu pouco nublado Céu pouco nublado 0000