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Pesca da sardinha reabre com maior stock em 15 anos
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O SEU DIÁRIO DA REGIÃO TERÇA-FEIRA, 18 DE MAIO DE 2021 PREÇO 0,80€ | N.º 624 | ANO III | 5.ª SÉRIE
DIRECTOR FRANCISCO ALVES RITO PUBLICIDADE
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SEIXAL Município assinala 184 anos com medalhas de reconhecimento p8
PALMELA Álvaro Amaro avisa que não é só dinheiro que falta para legalização de lares p4 SETÚBAL PJ detém suspeito de homicídio que se encontrava em fuga p3
AISET junta Península de Setúbal por acesso a fundos europeus p3
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2 O SETUBALENSE 18 de Maio de 2021
Abertura
Racismo, xenofobia, discriminação Parte 2 OPINIÃO Francisco Ramalho
O Alentejo voltará a cantar
“
Ceifeiras na manhã fria/ Flores na campa lhe vão pôr/ Ficou vermelha a campina/ Do sangue que então brotou (...)Aquela pomba tão branca/Todos a querem p`ra si/Ó Alentejo queimado/ Ninguém se lembra de ti (…) Aquela andorinha negra/ Bate as asas pr`a voar/Ó Alentejo esquecido/Inda um dia hás-de cantar”. Zeca Afonso, em Cantar Alentejano. Dedicado a Catarina Eufémia, assassinada a tiro, à queima-roupa, por reivindicar justiça e pão. Foi assim no Alentejo. Terra farta de pão, de fome, de injustiças, de repressão, onde nasci e de onde aos 6 anos, mais os meus pais e irmãos, tivemos de sair. No dizer do meu pai, “para não morrermos de fome”. Tenho vagas recordações desses já longínquos e tristes tempos, mas bem presente, histórias que o meu pai me contava. Por limitação de espaço, apenas duas. Com outros companheiros, para um dos quatro ou cinco donos de todas as herdades à volta da minha terra (Torrão, Alcácer-do-Sal), andou o meu pai a abrir covas para plantar oliveiras, a já não me recordo quanto, por cada cova. Terra de barro seca, dura como rocha, o resultado ao fim da semana, era uma miséria. Os homens queixaram-se ao feitor que ficou de falar sobre o assunto com o patrão. Este, foi protelando semana após semana, e não chegou a pagar nem mais um tostão. Outra, depois de toda a seara ceifada, transportada para a eira e debulhada, depois da palha arrumada e limpa a eira, depois de muitas semanas de trabalho, pela tardinha, veio o patrão. Altivo, montado no seu garboso cavalo branco, o manageiro e o feitor, solícitos, informaram-no que estava o trabalho
pronto, tudo arrumado, se podiam mandar o pessoal embora. “Embora? A meio da tarde? Vão mas é para o vale ceifar junco!” E para não perderem a magra jorna, depois de lhe meterem no bolso o valor de muitas toneladas de trigo e de milhares de fardos de palha, lá foram ceifar junco até ao pôr do sol. Em relação a imigração, o Alentejo não a conheceu só agora com estes “escravos” asiáticos que a pandemia deu a conhecer ao país e ao mundo. Naquele tempo, eles vinham do centro e do norte do país. Na minha região, tinham a designação de galegos. No Ribatejo, de barrões. Vinham para as colheitas, cavas e outros trabalhos agrícolas sazonais. Ganhavam ainda menos que os trabalhadores locais, viviam em palheiros e a base da sua alimentação, era papas de farinha de milho, às quais juntavam ervas do campo, como saramagos. Portanto, o Alentejo cantou com a Reforma Agrária, mas depois chegaram estes senhores e os que com eles alternam que ainda estão no poder, e disseram que a propriedade privada, mesmo sendo de tão poucos, é sagrada, e que RA tinha excessos. Mas não corrigiram esses alegados excessos. Acabaram com ela. A exploração voltou em força ao Alentejo. Agora, com mais um grave problema: o tratamento das explorações agrícolas intensivas e superintensivas, altera e destrói o próprio meio ambiente. Mas, e o Zeca também o sabia, sempre haverá quem não se conforme e se bata para que ele volte a cantar. Ex-bancário, Corroios
H
á quem defenda que a xenofobia e o racismo são uma praga em Portugal. E citam um estudo europeu de 2018/19. Não sou estatístico, mas permitam-me duvidar da fiabilidade do estudo. Os 1.055 inquiridos (0,0001%) representarão o total dos portugueses? Não creio. E as três questões fechadas, de resposta imediata, seriam as mais apropriadas para a obtenção de resultados credíveis? Não me parece. Trabalhei em cinco empresas industriais, vinte e tal anos, e nunca me apercebi de discriminações de natureza étnica ou relativa a nacionalidades. Nas escolas que me foi dado conhecer – oito, secundárias e dos segundo e terceiro ciclos, durante um quarto de século –, jamais descortinei uma pequena sombra de segregação associada a nacionalidades ou etnias, contra a qual eu, se a constatasse, e porque sou de me bater pelas minhas convicções, me teria insurgido. O que vi, sempre, foi uma grande vontade, carinho e todos os esforços possíveis para integrar e ajudar os alunos nas suas dificuldades. Eu próprio dei aulas de Apoio Pedagógico Acrescido a Língua Portuguesa e lecionei aulas de Português Língua Não Materna, não me poupando a esforços e a afetos na ajuda aos meus alunos estrangeiros e aos portugueses oriundos dos grupos étnicos minoritários ou pertencentes à maioria. A sanha dos que veem em cada português um potencial xenófobo e racista é coisa fabulosa. Insisto: a xenofobia e o racismo não têm nacionalidade, cor, etnia; manifestam-se onde há pessoas, é defeito, é tara da humanidade. Mas os estudos sobre o tema, tendenciosos, apontam sempre na direção das populações ditas brancas. Não cabe no meu entendimento. Como não cabe que 62% dos portugueses (brancos, torno à facciosidade do estudo) sejam racistas. Não somos uma nação degenerada, um povo de biltres – não há disso em parte alguma. Nem somos os EUA. A ausência de razoabilidade e seriedade na defesa das ideias é fanatismo. Há por aí fanáticos a debitar aleivosias e discursos odientos. E uma certa intelectualidade propensa a vin-
OPINIÃO Juvenal José Cordeiro Danado
Certas narrativas antixenófobas e antirracistas abordam só o lado da problemática que convém aos narradores
ganças sem sentido e posta em brios no partidarismo político, apostada na caça ao voto em determinados setores de eleitorado, a qualquer preço. O colonialismo escravizou, rapinou, explorou, feriu de morte a liberdade e a dignidade dos colonizados. Há histórias de abusos, crimes, mágoas e revolta transmitidas de geração em geração, responsáveis pela legítima animosidade contra as maldades do colonizador; os preconceitos e discriminações sofridos na atualidade são
outra fonte de justa revolta. Somos todos humanos (iguais nas nossas diferenças), sensíveis ao mal que nos fazem, necessitados de compreensão e de respeito pela nossa dignidade, da empatia e da compaixão do outro, de amor. A sociedade portuguesa está marcada pelo problema da exclusão, por desequilíbrios diversos e tantas desigualdades e injustiças que urje reparar. Por isso, acho muito bem a atribuição dos milhões para a campanha nacional de prevenção e combate ao racismo. Como considero imprescindível e urgente o apoio aos idosos que sobrevivem de pensões de miséria, aos desempregados, às famílias mais carenciadas, aos empresários honestos que passam por reais aflições, aos quase dois milhões de portugueses que sofrem necessidades que nos contristam e envergonham. A vida dá muito trabalho. A situação de quem não nasceu em berço d´ouro, seja lá quem for, melhorará na medida da sua luta e do seu esforço por melhores condições. O nível de vida melhora-se com trabalho honesto, estudo e formação, cumprindo regras, contribuindo – porque há os direitos, mas também há os deveres. Os poderes públicos têm a obrigação de combater desigualdades, preconceitos, discriminações, por todos os meios possíveis. E de criar as condições necessárias à inclusão dos que pertencem a minorias. Neste particular, o lema é simples: às minorias, os mesmos direitos e as mesmas obrigações. E não há maneira de a inclusão se efetivar e de se ultrapassar as dificuldades, sem a vontade, o empenho e a fraternidade de todos. A intolerância gera intolerância. O ódio cria ódio. Certas narrativas antixenófobas e antirracistas abordam só o lado da problemática que convém aos narradores – não prestam um bom serviço à causa que dizem abraçar. Lamentavelmente, há outras narrativas e atitudes de cariz xenófobo, racista, discriminador, que é preciso erradicar. A perrice a que se apegam uns e outros é multiplicadora de intolerâncias e de ódios que não beneficiam ninguém. Tenham juízo. Professor
18 de Maio de 2021 O SETUBALENSE 3
“Creactivity Bus” estimula criatividade das crianças em Alcácer do Sal
O “Creactivity Bus”, uma unidade móvel transformada num espaço de oficinas, chegou a Alcácer do Sal para desafiar a criatividade das crianças a partir dos seis anos. A unidade, do BPI e da Fundação “La Caixa”, está instalada na Praça Pedro Nunes, local onde
vai permanecer até sexta-feira, permitindo aos mais novos praticar “a arte de pensar com as mãos”, através de “elementos idealizados para impulsionar a criatividade, o espírito empreendedor, a cooperação e a reflexão”, explicou a Câmara
FOTOS: DR
Municipal alcacerense em comunicado. “Além de receber os alunos do 1.º ciclo do concelho, o “Creactivity Bus” está aberto de segunda a quarta-feira, das 15h00 às 19h00, e quinta e sexta-feira, das 14h30 às 19h00”, mediante inscrição prévia.
DIA 4 DE JUNHO
AISET junta Península de Setúbal para recuperar acesso a fundos europeus Encontro vai decorrer no IPS com a presença de Elisa Ferreira, comissária europeia da Coesão e Reformas
Vítima "Já" morreu baleado com um tiro no braço e outro no peito, depois de discutir com o suspeito
TRÁFICO DE DROGA
Polícia Judiciária detém suspeito de 23 anos de matar rival com dois tiros após discussão em Setúbal Jovem foi identificado numa festa ilegal no Seixal, depois de fugir por quase três meses Rogério Matos A Polícia Judiciária (PJ) de Setúbal deteve um jovem de 23 anos no Seixal por suspeitas de ser o autor do assassinato de um homem com 30 anos, durante uma festa ilegal, nas escarpas do Bairro da Bela Vista, no dia 21 de Fevereiro. O suspeito, com residência no Monte da Caparica, estava identificado desde o dia do crime, mas só recentemente, no decorrer de uma festa ilegal em Corroios, foi identificado e detido, depois de ter estado fugido por quase três meses. Será presente ao Juiz de Instrução
Criminal para aplicação de medidas de coacção na terça-feira. O motivo do crime prender-se-á por tráfico de droga. O suspeito e a vítima, conhecida como “Já”, não mantinham qualquer tipo de relacionamento. Contudo, marcaram presença, a 21 de Fevereiro, na mesma festa de aniversário, que decorreu numa discoteca improvisada entre o Bairro Azul e o Porto de Setúbal, e envolveram-se numa discussão. “Já” acabou por morrer baleado com dois tiros, um que lhe atingiu o braço e outro no peito. As autoridades foram alertadas perto das oito horas, mas quando chegaram ao local, já o suspeito se tinha colocado em fuga. O óbito foi declarado no local pela equipa da Viatura Médica de Emergência e Reanimação do Hospital de São Bernardo, para onde o corpo foi transportado. A vítima, com cerca de 30 anos, deixou uma filha. Nascido na Ilha de
Santiago, “Já” mudou-se para Portugal há cerca de três anos e chegou a morar em Coimbra. No local onde decorreu o crime, os ajuntamentos são recorrentes desde o início da pandemia, em Março de 2020, uma vez que os difíceis acessos ao espaço atraem pessoas de toda a região de Setúbal para consumo de droga e álcool. Uma denúncia às autoridades deu conta de um ajuntamento com dezenas de pessoas na noite de 20 de Fevereiro na encosta da Bela Vista, onde foram construídas barracas e arrumos agrícolas pelos moradores do Bairro das Manteigadas. Ao redor do local do crime, inúmeras garrafas de cerveja, de bebidas brancas, vinho e latas de bebidas energéticas estavam espalhadas pelos terrenos em terra batida e enlameado, sinal das inúmeras festas. Algumas garrafas estavam já enterradas devido às torrentes de lama provocadas pela chuva.
Empresários, autarcas, academia e igreja são algumas das entidades que vão participar na conferência 'Devolver o Futuro à Península de Setúbal', desenvolvida com o objectivo de recolocar a região no mapa dos fundos europeus. Na iniciativa, que terá lugar no dia 4 de Junho no Instituto Politécnico de Setúbal (IPS), vai estar presente a comissária europeia da Coesão e Reformas, Elisa Ferreira. O encontro visa sensibilizar o Governo para a necessidade de criar uma nova NUTS 2 e 3, para que a região de Setúbal possa voltar a beneficiar de investimentos co-financiados por fundos comunitários. Na conferência, organizada pela Associação da Indústria da Península de Setúbal (AISET), deverá ser discutida a alteração administrativa ocorrida em 2013, que retirou à região a unidade estatística NUTS3, incluindo a Península de Setúbal numa NUT correspondente à Área Metropolitana de Lisboa, com um nível médio de rendimento muito superior, em especial nos concelhos de Lisboa, Oeiras e Cascais. Segundo nota de Imprensa da AISET, “com essa alteração, a península, base histórica da indústria no País, perdeu já quatro mil milhões de euros de fundos de coesão do PT2020 e PT2030 e poderá perder mais dois mil milhões se não for, entretanto, criada uma nova unidade NUT que a torne apta a receber fundos de coesão”. “A solução é criar uma nova NUTS2 e 3, para beneficiar de investimento co-financiado por fundos comunitários. Caso esta alteração
não seja feita, as empresas da região vão ficar impedidas de aceder aos fundos de coesão, em particular aos do Pacto Verde para a descarbonização e digitalização da indústria e estão condenadas a definhar e encerrar, com o consequente desemprego e falta de coesão social”, lê-se na mesma nota. Segundo a AISET, “se a vontade política existir, o Governo apenas tem de comunicar à Comissão Europeia a decisão nacional de instituir a NUTS2 e 3 Península de Setúbal, uma decisão política e administrativa que terá de acontecer até Fevereiro de 2022”. Além de Elisa Ferreira, está igualmente prevista a presença de deputados eleitos por Setúbal, autarcas e empresários, assim como do presidente e director-geral da AISET, Nuno Maia, e da professora e Investigadora da Faculdade de Ciências e Tecnologia, Elvira Fortunato. Foram também convidados para a conferência o primeiro-ministro, António Costa, a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, e o presidente da Área Metropolitana de Lisboa, Fernando Medina, não estando ainda a sua participação confirmada. A Península de Setúbal continua a ser uma região industrial de grande importância para o País, dado que tem instaladas algumas das maiores empresas exportadoras nacionais, como a Navigator, a AutoEuropa ou a Secil. NUTS é o acrónimo de `Nomenclatura das Unidades Territoriais para Fins Estatísticos´, sistema hierárquico de divisão do território criado pelo Eurostat para harmonização das estatísticas regionais dos vários países da União Europeia e que se subdivide em NUTS1, NUTS2 e NUTS3, sendo as duas últimas as unidades administrativas que autarquias e as principais empresas da região reclamam para a Península de Setúbal. GR / Lusa
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Palmela
ACÇÃO DE PROXIMIDADE
Executivo municipal iniciou ontem périplo pela freguesia de Quinta do Anjo A gestão camarária de Palmela iniciou ontem uma semana de visita à freguesia de Quinta do Anjo. Álvaro Balseiro Amaro lidera a comitiva que, até à próxima sexta-feira, irá percorrer a localidade e desenvolver contactos com munícipes, empresas, movimento associativo e outras entidades locais. Estes cinco dias dedicados à Quinta do Anjo, sucedem à Semana da Freguesia de Marateca que, lembra a autarquia, “decorreu num modelo alternativo, no período de confinamento, devido à covid-19”, tal como a efectuada em Pinhal Novo. Na Quinta do Anjo, este “ciclo anual de trabalho
descentralizado, integrado no projecto “Eu Participo'", retoma um formato idêntico ao habitual. Durante as deslocações aos vários territórios do concelho, autarcas e técnicos do município aprofundam “in loco" o conhecimento sobre as necessidades das freguesias e acompanham o andamento de trabalhos em curso. “A par dos habituais momentos de trabalho entre executivos da Câmara e da Junta de Freguesia e agentes locais, o programa integra a reunião pública descentralizada, a 19 de Maio, às 21h00, na Sociedade de Instrução Musical”, anunciou o município.
ÁLVARO AMARO AVISA
Legalização de lares não se resolve apenas com uma 'bazucada' de milhões O autarca considera que o Governo deve acompanhar investimento com um outro conjunto de medidas de agilização Mário Rui Sobral
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Álvaro Amaro defende que são necessárias alterações a regulamentos e portarias e aponta como solução para o sector dos lares a aposta numa espécie de RERAE
Álvaro Balseiro Amaro, presidente da Câmara Municipal de Palmela, vê com bons olhos o facto de o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) apresentar uma verba de 92 milhões de euros para investimento no aumento da capacidade de resposta dos lares das instituições de solidariedade social. Mas, só o dinheiro não resolverá o problema da carência deste tipo de equipamentos no País, adverte o autarca que tem sido o primeiro a reivindicar um conjunto de soluções para o sector junto de várias entidades e governantes. “Alocar apoios para este desígnio, de ajudar a regularizar a situação de equipamentos, numa resposta onde existe enorme carência no País, parece-me uma medida positiva. Contudo, esta medida poderá apresentar-se incompleta e vir a revelar-se até inconsequente, caso não seja devidamente acompanhada por mais medidas, nas áreas do urbanismo e outras, e pela alteração de várias portarias, que integram um conjunto de requisitos difíceis de cumprir por toda DR
a gente”, disse a O SETUBALENSE. O edil comentava, assim, a possibilidade de o Governo poder investir até 2026, ao abrigo da “bazuca europeia”, mais de nove dezenas de milhões de euros para inovar a rede de estruturas residenciais para idosos, através da reabilitação de equipamentos e também do licenciamento dos que têm estado fora do sistema, conforme notícia avançada pelo Público. “Que venha o pacote dos fundos, mas acompanhado da flexibilidade e agilização dos processos, porque grande parte destas respostas sociais não estão presas apenas por questões de dinheiro. Espero que o dinheiro, que não digo que seja muito ou pouco, chegue àqueles que precisam”, reforçou Álvaro Amaro, que, antes de mais, tem vindo a reivindicar uma rede pública de lares. O autarca não tem, no entanto, deixado de centrar atenções no investimento e num conjunto de acções necessárias – casos da agilização dos processos de licenciamento, entre outras – que contribuam para aumentar quer a quantidade quer a qualidade da reposta existente ao nível das estruturas residenciais para idosos, desde logo as geridas pelas IPSS. A ministra do Trabalho e da Segurança Social, Ana Mendes Godinho, e o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro, têm ouvido o presidente da Câmara de Palmela defender uma espécie de RERAE [Regime Extraordinário de Regularização das Actividades Económicas] para o sector. “É preciso beneficiar de várias medidas e regulamentos como também do próprio ordenamento do território”, acentuou Álvaro Amaro. “Os obstáculos com que parte desses estabelecimentos se deparam para conseguirem a legalização tem a ver com o ordenamento do território.” O que, reforçou a concluir, “só é ultrapassável com a criação de um regime excepcional” idêntico ao RERAE.
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ADREPES acolhe Europe Direct na Quinta do Anjo
A Comissão Europeia decidiu seleccionar mais uma vez a Associação de Desenvolvimento Regional da Península de Setúbal (ADREPES) como estrutura de acolhimento do Europe Direct Área Metropolitana de Lisboa (AML), agora para o período 2021-
2025. Assim, para o próximo dia 28, pelas 11h30, está já agendada a inauguração oficial do Europe Direct AML, que “terá lugar no Espaço Fortuna Artes e Ofícios, na Quinta do Anjo”, anunciou a associação. A cerimónia vai contar com Joaquim Carapeto,
presidente da ADREPES, Elisa Ferreira, Comissária Europeia da Coesão e Reformas, Natália Henriques, directora executiva da ADREPES, Nuno Aragão, gestor do Europe Direct, e Sofia Colares Alves, chefe da representação da Comissão Europeia em Portugal.
“EU PARTICIPO MUNÍCIPES”
Reuniões presenciais para auscultar população regressam às freguesias na próxima semana Primeira sessão realiza-se no Poceirão. Seguem-se Marateca, Palmela, Pinhal Novo e Quinta do Anjo A Câmara Municipal de Palmela volta a realizar, a partir de 24 deste mês, sempre pelas 21 horas, as reuniões presenciais no âmbito do processo “Eu Participo Munícipes” em todas as freguesias do concelho. A primeira sessão vai
ter lugar na próxima segunda-feira no Parque Mário Bento, no Poceirão. Desta forma o referido processo de proximidade com a população “retoma o seu funcionamento nos moldes habituais”, indica a autarquia, que agendou para os restantes dias da mesma semana as sessões a efectuar nas outras freguesias. Assim, seguem-se sessões no Multiusos da Junta de Freguesia da Marateca, no dia 25; na Biblioteca Municipal de Palmela, no dia 26; na Junta de Freguesia do Pinhal Novo, no dia 27; e por úl-
ARQUIVO
Câmara Municipal de Palmela
timo nas instalações da Sociedade de Instrução Musical da Quinta do Anjo, no dia 28. “Este primeiro ciclo de sessões tem como objectivo a discussão e apresentação de propostas. A participação é livre (não é necessária inscrição) e sujeita à lotação das salas, em cumprimento das orientações da Direcção-Geral da Saúde”, explica a edilidade, em relação a esta primeira fase do processo “Eu Participo Munícipes 2021”. As reuniões – que permitem auscultar sugestões dos muníci-
pes – não deixaram de se realizar, porém têm vindo a decorrer em formato diferente, através de plataformas digitais, face ao contexto pandémico, conforme lembra o município. “Depois de em 2020, devido à pandemia, se ter realizado apenas uma reunião presencial, em Setembro, em Palmela, e as restantes fases do processo terem decorrido via Internet e através do preenchimento dos questionários em papel, a autarquia retoma agora o contacto de proximidade com a população”, salienta a edilidade, a finalizar. PUBLICIDADE
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Palmela DR
CULTURA
BREVES
Mural 18 dá fado e teatro no próximo fim-de- -semana
NA BIBLIOTECA
Conferências sobre jardins na cultura ocidental
ASSINADO ACORDO DE PARCERIA
Palmela e Guimarães unem-se para recuperar turismo Autarquias partilham “experiências e saberes” para alavancar sector nos dois concelhos Luís Bandadas Recuperar os indicadores que o sector turístico apresentava em Portugal, em particular em Guimarães e Palmela no ano de 2019, pré covid, é um dos principais desafios no acordo estabelecido entre os dois municípios. Depois de, em 2015, ter feito protocolo semelhante a Sul com Silves, a autarquia palmelense aponta agulhas a Norte e avança com uma parceria
que visa a dinamização turística com acções conjuntas para promover a valorização e atractividade deste segmento em ambos os concelhos. O protocolo assinado numa cerimónia, que teve lugar na Igreja de Santiago, Castelo de Palmela, na passada sexta-feira, tem nesta primeira fase a duração de dois anos sendo renovável por períodos iguais. Álvaro Amaro, presidente da Câmara de Palmela, vê neste acordo “uma oportunidade de partilha de informação e estabelecimento de sinergias que permitam complementar experiências e saberes, acrescentar valor”. O autarca confia que este protocolo ajude a recuperar os bons indicadores que o sector do turismo registava em Palmela no ano de 2019, mas DR
Cerimónia decorreu na Igreja de Santiago, no Castelo de Palmela
deixa um alerta. “Para isso temos de ser sustentáveis e diferenciadores”. É tempo, disse ainda, “de reforçar a aposta no turismo de natureza, no turismo verde e no turismo acessível. É vital atrair públicos qualificados que preferem a tranquilidade, horizontes abertos e o contacto próximo com o mundo natural ao buliço dos grandes centros urbanos”. Sofia Ferreira, vereadora responsável pelo Turismo na Câmara Municipal de Guimarães, salientou a importância deste tipo de parcerias. “Hoje mais do que nunca o trabalho em conjunto é determinante para promovermos o desenvolvimento. Este tipo de aproximação entre municípios é importante para, em conjunto, engrandecermos os nossos territórios”. A autarca minhota realçou a importância que o turismo tem para os dois municípios por isso, neste protocolo, vai merecer uma atenção muito especial. “Vai receber prioridade quase total de ambas as partes. Sendo o turismo transversal a toda a actividade económica acaba por ser vulnerável a situações externas como foi o caso da covid. Até então os níveis de crescimento do sector em Guimarães eram brutais. No início de 2020 previam-se mesmo números ainda melhores mas a pandemia não o permitiu, por isso, a prioridade vai para retomar esse caminho de grande crescimento”, concluiu.
A Biblioteca Municipal de Palmela vai acolher, a 29 deste mês e 9 de Junho, pelas 16 horas, as conferências “Do Paraíso ao Paraíso: História dos Jardins na Cultura Ocidental”. As duas acções vão ser “dinamizadas por Carlos Carrilho, especialista em arquitectura paisagística, jardins e arte e mediador cultural na Fundação Calouste Gulbenkian”, revela a Câmara Municipal. As inscrições devem ser feitas pelo site ou contactos telefónicos da autarquia. DR
MÚSICA
Concurso de bandas amadoras no Poceirão As duas eliminatórias do Concurso de Bandas Amadoras de Palmela 2021 - Warm Up realizam-se a 28 e 29 de Maio, às 19h30, no Centro Cultural do Poceirão. No dia 28, actuam as bandas Pálidos (Almada), Oldways (Palmela), Extended Puppy (Barreiro) e JULIO (Almada). No dia 29, actuam Black Joke (Setúbal), Humana Taranja (Barreiro), Cigarette Vagina e Mary Anne (ambas de Palmela). A final é no dia 30.
Fado e teatro são as duas propostas integradas na programação Mural 18, que estão agendadas para o próximo fim-de-semana no concelho de Palmela. No sábado, 22, a partir das 21h30, os Sepulcros Neolíticos de Quinta do Anjo recebem uma Noite de Fados, que, além de figurar na iniciativa Mural 18, está também inserida no programa municipal “Palmela é Música”, anunciou o município palmelense. Em palco vão estar seis artistas. “Cristina Picado, Inês Pereira e Piedade Fernandes (voz), Freud Mamede (voz e viola), João Vaz (guitarra portuguesa) e Máximo Ciuro (baixo) são os artistas que vão dar brilho a este espectáculo, a realizar num cenário inusitado”, realça a autarquia. No dia seguinte, domingo, será a vez de Teatro O Bando actuar. A companhia vai apresentar, a partir das 17 horas, a peça intitulada “Um Pouco Mais à Frente” – teatro à escuta de histórias de migração. O espectáculo vai ter lugar na Praça de Armas do Castelo de Palmela e conta com as participações de Rita Brito, Laurinda Chiungue, Nylon Princeso, João Neca, Dora Sales, Paula Só, Raul Atalaia, Maria do Ó e Nicolas Brites. Esta é mais uma iniciativa dinamizada no âmbito do Mural 18, que, sublinha a edilidade de Palmela, “resultou de uma candidatura apresentada pela Área Metropolitana de Lisboa (AML) e pelos 18 municípios [que a compõem] no âmbito do Programa Operacional Regional de Lisboa 2020”. O Mural 18 tem estado a ser desenvolvido desde Janeiro deste ano, com “uma programação cultural diversificada, que une agentes culturais, municípios e cidadãos em defesa da comunidade artística e do património cultural, imaterial e material”. Os interessados podem consultar o programa completo do Mural 18 para Maio e Junho no concelho de Palmela na página do município na Internet (www.cm-palmela.pt). A programação está sujeita a alterações face à evolução da conjuntura pandémica.
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Mostra de Trabalhos Eco-Escolas começa hoje na Biblioteca Municipal
Entre hoje e 29 de Maio, decorre na Biblioteca Municipal do Seixal a 6.ª edição da Mostra de Trabalhos Eco-Escolas. Nesta exposição estão patentes trabalhos sobre o tema da ecologia, realizados em algumas das escolas do município do Seixal. O projecto Eco-Escolas resulta de um
programa internacional, da Fundação para a Educação Ambiental, apoiado desde o ano lectivo 1998-1999 pela Câmara Municipal do Seixal, e desenvolvido em Portugal pela Associação Bandeira Azul da Europa, com a qual a autarquia possui um termo de parceria.
AUTÁRQUICAS 2021
PSD divulga todos os nomes às freguesias DR
Os cabeça-de-lista às freguesias foram revelados ontem. Bruno Vasconcelos promete obra logo no primeiro ano de mandato Humberto Lameiras O PSD Seixal revelou ao longo da tarde de ontem, através das redes-sociais do partido, os cabeças-de-lista às juntas de freguesia do concelho. À Câmara Municipal a lista é liderada por Bruno Vasconcelos, e à Assembleia Municipal por Rui Belchior Pereira. A presidência da Junta de Freguesia de Fernão Ferro vai ser disputada pela candidata Tânia Barreira, de 24 anos, onde vive. Licenciada em Gerontologia, é directora técnica de um Apoio Domiciliário para Idosos em Lisboa. À Junta de Freguesia de Amora, o líder da lista social-democrata é David Gonçalves Pereira, actualmente à frente da bancada do PSD na Assembleia de Freguesia na mesma localidade. Formado em Engenharia Civil pela Universidade Nova de Lisboa e pós-graduado em Liderança pela Academia Militar, é quadro do Laboratório Nacional de Engenharia
Bruno Vasconcelos avança à presidência da câmara
Civil no departamento de barragens. Para a presidência da União de Freguesias do Seixal, Arrentela e Aldeia de Paio Pires avança Pedro Guerreiro Cavaco, de 45 anos. Profissionalmente exerce funções na Área Jurídica no departamento de contratação de uma entidade bancária. Advogado desde 2008, tem escritório no Seixal. Luciano Fernandes é o candidato à Junta de Freguesia de Corroios. Com 54 anos, está na reserva Militar da Marinha. Foi eleito em 2017 para Assembleia de Freguesia de Corroios. É Licenciado em Gestão e Administração Pública, com especialização Urbana e Municipal pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas,
DIA INTERNACIONAL DOS MUSEUS
e diplomado em Estudos Avançados - Análise Geográfica e Regional.
Bruno Vasconcelos promete Ponte da Fraternidade
A concorrer pela primeira vez como cabeça-lista à Câmara do Seixal, Bruno Vasconcelos, 36 anos, licenciado em Gestão de Sistemas de Informação pela Escola Superior de Ciências Empresariais de Setúbal, foi decisão unânime da Comissão Política Concelhia do PSD, em Março, estrutura política que dirige, e aprovado pela Distrital e órgãos nacionais do partido. Com o lema de campanha “É agora a mudança”, Bruno Vasconcelos afirma que no concelho “existe o
sentimento de que a CDU está desgastada e não tem visão de futuro para o Seixal”, por isso acredita que a coligação comunista “vai perder o poder no concelho”. O actual vereador social-democrata na Câmara do Seixal está ainda mais convicto que o PSD, nas Autárquicas 2021, vai “ter mais votação do que há quatro anos”, quando entre os dois últimos sufrágios o partido teve uma subida em número de votantes e percentagem – 10,75% em 2013 e 11,84% em 2017. “As pessoas valorizam o trabalho autárquico constante, e é isso que o PSD faz no Seixal. Debatemos e apresentamos propostas; não aparecemos apenas em altura de eleições”, afirma. E adianta já algumas das principais propostas que vai apresentar na campanha eleitoral - “para cumprir”, garante : “Queremos resolver, de imediato, problemas de mobilidade”. Um dos compromissos passa por, “logo no primeiro ano de mandato, construir a Ponte da Fraternidade [entre o Seixal e o Barreiro] e construção da alternativa à Estrada Nacional 10”. A isto acrescenta a “manutenção constante do espaço público, resolver problemas na habitação social” e, “até ao fim do mandato, realizar um contrato programa com o Ministério da Saúde para a construção dos centros de saúde - pelo menos de um – em Foros de Amora e em Paio Pires”. E também, “continuar a exigir a construção do hospital no Seixal”.
CORROIOS
Freguesia de Amora assinala 39.º ano do Ecomuseu
Casa do Povo e Alto do Moinho celebram aniversário
O Dia Internacional dos Museus, que coincide com o 39.º aniversário do Ecomuseu Municipal do Seixal, é assinalado hoje, 18 de Maio, com várias iniciativas comemorativas a decorrem na freguesia de Amora ao longo de toda a tarde. Destaque para a realização de um concerto com alunos do Polo do Seixal da Escola Artística de Música do Conservatório Nacional, no coreto de Amora, marcado para as 16h40.
A Casa do Povo de Corroios celebrou no passado 6 de Maio o 87.º aniversário ao serviço da comunidade, no desporto, na cultura e no apoio a causas sociais. Limitados pela pandemia, órgãos sociais da colectividade, técnicos, professores e outros colaboradores reuniram-se num pequeno momento comemorativo, em que usaram da palavra o presidente da direcção da Casa do Povo, Luís Varela, o presiden-
As duas últimas iniciativas do Maio Património 2021, marcadas para 22 de Maio, pretendem assinalar o Dia Internacional da Biodiversidade, na Fábrica de Pólvora de Vale de Milhaços entre as 10h30 às 12h00, assim como dar a conhecer publicamente, numa sessão marcada para a Sociedade Filarmónica Operário Amorense, às 15h30, o projecto Histórias e Memórias Fotográficas.
te da Assembleia Geral, Francisco Rodrigues, e o presidente da Junta de Freguesia, Eduardo Rosa. Entretanto, a 29 de Abril, foi o Centro Cultural e Recreativo do Alto do Moinho a celebrar o 46.º aniversário. A sessão solene evocativa realizou-se presencialmente no Pavilhão Municipal do Alto do Moinho, mas também online, atendendo às limitações impostas pela situação de pandemia.
Seixal
ASSEMBLEIA
Trabalhadores comunistas da Câmara debateram presente e futuro do PCP José Augusto A formação do novo secretariado da Célula dos Trabalhadores Comunistas da Câmara Municipal do Seixal passa a ser composta por sete mulheres e seis homens, entre assistentes técnicos e operacionais e dois técnicos superiores. Este foi um dos assuntos tratados na XV Assembleia, na manhã de sábado, nas instalações da Sociedade Filarmónica União Seixalense, desta célula que em número de militantes, é a maior do distrito de Setúbal e uma das mais importantes do País. Depois de Delfim Mendes, responsável pela célula e membro da Comissão Concelhia ter apresentado o Projecto de Resolução Política, que viria a ser aprovado por unanimidade, vários militantes usaram da palavra para abordarem aspectos distintos da vida deste órgão e do partido, entre eles André Solha falou das armadilhas do teletrabalho, e Eurico Durão que traçou a situação da Associação dos Trabalhadores das Autarquias do Seixal, de que é director. Na assembleia foram ainda aprovadas várias moções, como sobre as “Conquistas de Abril”, onde se lê que o “PCP não deixará de lutar por uma política conforme a Constituição, visando concretizar o caminho que ela preconiza – a construção em Portugal de uma democracia simultaneamente política, económica, social e cultural”. Também as próximas eleições autárquicas, a realizarem-se entre Setembro e Outubro, foram alvo de uma moção que afirma ser este sufrágio “uma das grandes prioridades” da Célula dos Trabalhadores Comunistas da Câmara Municipal do Seixal. A Assembleia encerrou com uma intervenção de Armindo Miranda, responsável pela Organização Regional de Setúbal e membro da Comissão Política do Comité Central do PCP.
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Seixal MUNICÍPIO FEZ 184 ANOS
Aniversário com medalhas e reconhecimento aos combatentes contra a pandemia DR
Processo de reposição das seis freguesias e ataque à transferência de competências para as autarquias José Augusto O 184.º aniversário do Município do Seixal foi assinalado com uma sessão solene que se realizou na noite da passada sexta-feira, no pavilhão do Clube Desportivo e Recreativo “Águias Unidas”. Na verdade, o aniversário é a 6 de Novembro, mas a comemoração teve que ser protelada para a semana passada devido aos constrangimentos decorrentes da pandemia. Joaquim Santos, presidente da Câmara do Seixal, salientou que a pandemia “exigiu uma resposta sem precedentes”, na qual se evidenciaram, entre outros, o “Serviço Nacional de Saúde de Abril, as corporações de bombeiros, as escolas públicas e os seus profissionais”. O autarca deixou uma palavra de grande apreço aos trabalhadores das autarquias, que hoje “garantem o bom funcionamento dos centros municipais de vacinação”, e agradeceu aos “heróis”, que são os “homens e mulheres que colocaram o bem comum à frente dos seus interesses pessoais”. O eleito enumerou ainda os esforços da autarquia que encabeça, como a construção de centros de saúde e de idosos, da Universidade Sénior, de vários equipamentos culturais e desportivos, como a Piscina de Paio Pires, recentemente inaugurada, e do futuro Centro Náutico. Joaquim Santos lembrou que, apesar de a autarquia ter gasto quatro milhões de euros no combate à pandemia, mesmo assim tem a água mais barata da Área Metropolitana de Lisboa. Por outro lado, lamentou a exiguidade dos investimentos estatais e o arrastamento do processo da construção do hospital do Seixal. “Não tenho dúvidas de que se a construção do hospital tivesse respeitado o protocolo de 2009, a nossa resposta ao covid teria sido muito melhor”, frisou, a propósito.
Joaquim Santos diz que a autarquia gastou quatro milhões de euros no combate à pandemia, e tem a água mais barata da Área Metropolitana de Lisboa
Foi D. Maria II, em 1836, que criou o Concelho do Seixal, aquando da reforma administrativa do liberalismo. Até então, as freguesias do novo concelho faziam parte de Almada
Imponderada desresponsabilização
Por sua vez Alfredo Monteiro, presidente da Assembleia Municipal, salientou a “acção relevante da Câmara do Seixal desde o início da pandemia, quando não existiam conhecimentos, nem recursos”. O autarca atacou a transferência de competências para as autarquias, sobretudo, nos campos do ensino e da saúde. “Cresce a contestação do Poder Local a estas políticas”, reforçou, já que não respeitam a “universalidade e a igualdade de acesso” à saúde e à instrução. Trata-se, adiantou, de uma “imponderada desresponsabilização do Poder Central, que não serve as populações nem o país”. Em nome das seis freguesias do concelho, interveio Manuel Araújo, presidente da Junta de Freguesia de Amora, que afirmou ser o “Poder Local Democrático um manan-
cial na construção de respostas para os problemas da população”, cujo propósito é “fazer mais e melhor”, de forma a tornar os “territórios mais prósperos e elevar a qualidade de vida dos cidadãos”. Verberou, também, o processo de “reposição das freguesias extintas”, que foi empurrado, “premeditadamente, para as eleições autárquicas de 2025”.
Os medalhados
A sessão serviu também para as autoridades municipais distinguirem as instituições ou individualidades, que, nos seus vários campos de acção, se notabilizaram pelo trabalho social, cultural, desportivo ou outro a bem da comunidade. Assim, foram outorgadas medalhas de Bons Serviços Municipais aos empresários Shaid Banji e Kegang Wu; a Medalha de Méri-
to Empresarial à Padaria Panisal; a Medalha de Mérito Desportivo ao basquetebolista João Barata Guerreiro; a Medalha de Mérito Cultural à orquestra “Grupo de Baile”; as medalhas de Mérito Municipal, à Escola Básica do Bairro Novo e à Escola Básica Carlos Ribeiro, aos ex-autarcas Jorge Silva, Augusto das Neves Marques, Manuel Morgado de Almeida e Francisco Pécurto Alves, bem como a Carlos Nabiça, funcionário da Câmara Municipal. A sessão solene prosseguiu sábado de manhã, tendo como ponto alto o reconhecimento dos funcionários com 25 e 40 anos de serviço, bem como aqueles que passaram à reforma. O programa incluiu também um momento cultural, preenchido com música clássica e poemas de Mário Cesariny, ditos por Maria João Luís, do Teatro da Terra.
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O SEGREDO DAS CARTAS TARÓLOGO e ASTRÓLOGO FRANCISCO GUERREIRO
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CARNEIRO 21.03 a 20.04 No plano amoroso – não rejeite a possibilidade de se envolver um novo relacionamento. Poderá ser surpreendido, muito favoravelmente, com as atitudes e gestos de alguém que entrou há pouco na sua vida. No plano profissional – poderá entrar numa nova fase profissional, comece a pensar em novos projetos ou novas aplicações financeiras. Carta da semana – O SOL – semana muito luminosa e feliz para Peixes. Vai sentir-se com muita vontade de viver a vida e demonstrar a força das suas emoções e sentimentos. TOURO 21.04 a 21.05 No plano amoroso, sente-se muito apaixonado e tem receio de mostrar os seus sentimentos. No plano profissional, terá algumas propostas, mas não se iluda com as mais vantajosas. Carta da Semana – A Lua, esta carta mostra que você estará sensível e um pouco frágil, mas ao mesmo tempo estará com um grande poder de análise. GÉMEOS 22.05 a 21.06 No plano amoroso – poderá travar novos conhecimentos, embora deva amadurecer bem as ideias antes de lançar num novo romance. Poderá ter de enfrentar oposições familiares para poder levar em frente uma relação. No plano profissional – deve manter a calma em todas as circunstâncias, até porque esta semana tudo está ao seu alcance. Carta da semana – O CARRO – a conjuntura anuncia progressos. CARANGUEJO 22.06 a 22.07 No plano amoroso – possibilidade de os seus sentimentos serem completamente renovados. Numa situação inesperada ou mesmo sem estar disponível pode sentir novas emoções. No plano profissional – se estiver envolvido em atos de representação ou de cariz público, sair-se-á muito bem. Carta da semana – O AMOROSO – esta carta define uma semana intensa em que todos os comportamentos estão marcados pela paixão. LEÃO 23.07 a 23.08 No plano amoroso – não aceite opiniões ou que se metam demasiado na sua vida, o seu coração é o seu melhor amigo e só poderá arrepender-se do que não fizer. No plano profissional – todos os negócios ou investimentos em que se envolver, desde que estruturados e calculados darão bons resultados. Carta da semana – O IMPERADOR – está muito lúcido, objetivo e eficaz marcando pontos em todas as situações que se envolver. VIRGEM 24.08 a 23.09 No plano amoroso – não permita que o orgulho atrapalhe ou ponha em causa em relação. No plano profissional – alguns colaboradores podem interferir ou pôr em causa as suas opiniões, mas é aconselhável que não baixe os braços e faça persistir as suas ideias. Carta da semana – A FORÇA – fomenta novas ideias confere rapidez de raciocínio e força de vontade não permitindo que se instalem na sua vida indecisões ou qualquer tipo de medo. BALANÇA 24.09 a 23.10 No plano amoroso – é uma semana adequada a que faça alterações na sua forma de vida; pode iniciar uma fase mais límpida e intensa. No plano profissional – algumas situações podem assumir contornos que não esperava e perante os quais terá de tomar uma posição. Carta da semana – A MORTE – é uma carta forte que permite conduzir a sua vida de forma objetiva e eficaz. Fim de uma etapa e inicio de uma nova etapa próspera. ESCORPIÃO 24.10 a 22.11 No plano amoroso – não entregue o seu amora quem não o merece, corre o risco de deceções. Nem todas as promessas serão cumpridas esta semana. No plano profissional – dê atenção a um negócio ou a um projeto que pode esconder problemas, procure novos apoios. Carta da semana – A LUA – a conjuntura leva-o para o mundo dos sonhos em que é difícil ser racional, tente manter-se lúcido para não ser enganado. SAGITÁRIO 23.11 a 20.12 Noplanoamoroso,relaçõessãocorrespondidaseregidasporsiepelosseusinteresses.Controle o seu feitio pois numa relação toma decisões a dois. No plano profissional, mostre-se mais activo e mais empenhado com trabalhos que lhe são solicitados. Carta da Semana – O Mundo, esta carta mostra que as conquistas e os seus êxitos estão ao seu alcance, basta que consiga reunir todas as suas potencialidades para atingir os seus fins. CAPRICÓRNIO 21.12 a 20.01 No plano amoroso – escute o que lhe dita o coração sempre que tomar uma decisão ou fizer uma escolha sentimental; todos os gestos deverão ser fruto de reflexão solitária e amadurecida. No plano profissional – está perfeitamente apto a atuar em proveito próprio e fazer bom uso das suas habilitações e conhecimentos. Carta da semana – A PAPISA – a semana promete ser muito importante. AQUÁRIO 21.01 a 19.02 No plano amoroso, poderá estar a passar uma fase conflituosa, que se deve á indefinição de sentimentos, clarifique-os. No plano profissional, os trabalhos que tem em curso irão sofrer alguns atrasos, devido á falta de recursos. Carta da Semana – O Eremita, esta carta mostra que deve agir com rigor e cuidado em todas as situações. PEIXES 20.02 a 20.03 No plano amoroso – momento propicio á evolução sentimental; conseguirá compreender alguns gestos e lidar melhor com os afetos. No plano profissional – vida financeira sujeita a flutuações que merecerão medidas adequadas em cima dos acontecimentos. Carta da semana – O JULGAMENTO – traz uma semana marcante pródiga em acontecimentos importantes que lhe possibilitarão análises e iniciativas fundamentadas.
OPINIÃO Francisco Cantanhede
A evolução das prisões e das penas
A
sociedade portuguesa tem recusado, na generalidade, as propostas surgidas nos últimos tempos, para o regresso de castigos físicos. Caro leitor venha conhecer a evolução histórica das prisões e das penas. A Idade Média, período histórico que começou em 476, com a queda do Império Romano do Ocidente, e terminou em 1453, com a queda do Império Romano do Oriente, caracterizou-se pelo feudalismo: a economia ruralizou-se e existiam relações de dependência não só entre os grupos sociais, mas também entre os senhores, e em relação à Igreja: «toda a vida da população era comandada pelo tocar do sino da igreja mais próxima». Neste período destacaram-se castigos como a amputação de mãos e braços, a degola, a forca, a morte na fogueira e as queimaduras provocadas com ferro em brasa. Existiam dois tipos de prisões: as do Estado e as da Igreja. As primeiras destinavam-se a manter o individuo preso até à aplicação da pena; as segundas serviam de encarceramento dos membros do clero que se desviassem das regras da Igreja, para que, através da penitência, se arrependessem dos pecados cometidos e se corrigissem. E assim teve origem a palavra «penitenciária». A Idade Moderna, período histórico que se iniciou em 1453 e se prolongou até 1789, com a Revolução Francesa, caracterizou-se pelo absolutismo, regime em que o rei tinha poderes absolutos, sendo considerado um representante de Deus na Terra, e também pela fome e pela miséria do povo. Neste
Com a privação da liberdade, a prisão passou a ter a função de atingir a alma e não o corpo período, a prisão como local onde o preso aguardava a aplicação das penas, manteve-se até ao século XVIII. Foi neste século que se verificaram algumas mudanças que estiveram na origem do sistema prisional e da tipologia de penas atuais, pois, passou-se a aplicar a pena de privação da liberdade. Como as torturas e a pena de morte não impediam os esfomeados de roubar para comer (no passado e no presente o grande criminoso é o que rouba para alimentar o corpo, não o que rouba para alimentar o insaciável desejo de acumular cada vez mais riqueza), concluiu-se que os mesmos deixaram de servir de exemplo aos que não respeitavam a «normalidade», o que, aliado às ideias iluministas, contribuiu para se passar a acreditar na regeneração dos criminosos. Assim, as prisões e as penas passaram a ser vistas como meio de prevenir o crime e de readaptação do criminoso e não tendo como fim a humilhação moral e física. Caro leitor, conheça co-
mo terminou a vida da última mulher condenada à morte em Portugal, em 1772: «Os juízes da relação de Lisboa sentenciaram a infanticida [matou, pelo menos, 28 crianças] a desfilar com baraço e pregão pelas ruas, ou seja, devia caminhar com uma corda de enforcar ao pescoço enquanto um funcionário apregoava em voz alta os crimes e a pena atribuída. Foi condenada a ser atenazada (queimada com uma tenaz em brasa). E o carrasco recebeu ordens para lhe decepar as mãos antes de a matar no garrote, um dos métodos mais cruéis de executar alguém, através de uma perfuração gradual do pescoço do condenado, amarrado a uma cadeira.» O filósofo francês Michel Foucault defendeu que a prisão, passando a ter a função de atingir a alma e não o corpo, (o preso é privado da liberdade e do contacto com familiares e amigos) continuou contextualizada na arte de fazer sofrer. Seriam os ecos das palavras «Liberdade, Igualdade, Fraternidade» gritadas pelos revolucionários franceses em 1789 e que se espalharam pelo mundo, que institucionalizariam a abolição da «tortura, da confiscação de bens, da infâmia, dos açoites, do baraço e pregão, das marcas de ferro quente» e, progressivamente, da pena de morte, pois, como afirmou um clérigo português «a pena de morte, decerto, que não corrige; o cadáver não se corrige.» Este será o assunto do nosso próximo artigo. Professor
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Necrologia
N. 05/ 12 / 1947 - F. 15 / 05 / 2021
N. 19/ 08 / 1938 - F. 12 / 05 / 2021
ANTÓNIO DÂMASO
PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO
LAURINDA DELFINA MENDES DE JESUS SOUSA
PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO
Mulher, enteado, Nora, netos e restante família comunicam dolorosamente o falecimento do seu ente querido, e desde já agradecem a todos os que se manifestarem ou que dignaram a acompanhar as cerimonias fúnebres.
Filhas, netos e restante família comunicam dolorosamente o falecimento da sua ente querida, e desde já agradecem a todos os que se manifestarem ou que dignaram a acompanhar as cerimonias fúnebres.
FP A FUNERÁRIA DA PICHELEIRA, LDA TLM.: 913 906 363 ( SERVIÇO PERMANENTE )
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ACADEMIA DE INSTRUÇÃO E RECREIO FAMILIAR ALMADENSE Rua Capitão Leitão, 64, 2800-133 Almada Tel. 212 729 750
Classificados
ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA AVISO CONVOCATÓRIO Ao observar-se que o actual estado do controlo da epidemia já o permite, venho, nos termos da alínea a) do nº 2 do artº 26º dos Estatutos CONVOCAR A Assembleia Geral a reunir ordinariamente no próximo dia 2 de Junho (quarta-feira), às 17,00 horas, no CineTeatro da nossa colectividade, na Rua Capitão Leitão, nº 64, em Almada, com a seguinte Ordem de Trabalhos 1º - Apresentação, discussão e votação do Relatório e Contas da Direcção do ano de 2020 e respectivo parecer do Conselho Fiscal. 2º - Outros assuntos do interesse da colectividade.
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Nos termos dos nºs 1 e 2 do artº 28º, se à hora mencionada não estiver presente a maioria dos sócios efectivos, a Assembleia Geral funcionará, em segunda convocatória, uma hora depois, no mesmo local e com a mesma Ordem de Trabalhos, qualquer que seja o número de sócios efectivos presentes. Almada,17 de Maio de 2021
A Mesa da Assembleia Geral Presidente Higino José Pereira dos Santos
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Pescas CAMPANHA COMEÇOU ONTEM
Região com o maior stock de sardinha dos últimos 15 anos Pescadores estão satisfeitos com quantidade de peixe disponível, mas receiam preço e queixam-se de limitações. Comissão Europeia esclarece que quota ibérica é fixada por Portugal e Espanha Inês Antunes Malta Esta segunda-feira arrancou a safra da sardinha em águas nacionais e os pescadores voltaram ao mar para pescar até um máximo de três mil quilos por dia, até 31 de Julho. O limite global de descargas de sardinha capturada com a arte de cerco pela frota portuguesa é de 10 mil toneladas. Organizações de pesca de Setúbal e Sesimbra falam em boas quantidades de sardinha neste ano que regista o melhor stock dos últimos 15 mas mantêm preocupação perante situação de incerteza que o sector vive. A Sesibal representa os portos de Setúbal, Sesimbra e Sines e é, no quadro europeu, a cooperativa com mais extensão de mar, de Cascais à Arrifana. A organização de produtores de pesca ArtesanalPesca, por sua vez, aponta “um quadro todo preto sem qualquer vislumbre de luz”. No entender dos dois protagonistas locais, este é um sector “muito resiliente”, mantendo-se quase sempre em actividade. A lota de Sesimbra manteve a posição de lota do país com maior volume de pescado transaccionado e o segundo lugar em valor monetário. Os barcos da Artesanal Pesca pescaram 1022 toneladas de sardinha em 2019 e 1118 toneladas em 2020, em pouco mais de quatro meses em que foi permitida a pesca, entre Junho e Outubro.
Sector com “bom nível de rendibilidade”
No entender da Comissão Europeia, “a ideia de que a pesca da sardinha está amarrada aos ditames de Bruxelas é muito vincada na região, mas poucas pessoas conhecem, com alguma profundidade, o como e o porquê dessa relação” e por isso é importante dar essa explicação.
Segundo acordo provisório, a Portugal correspondem 378,5 milhões de euros do orçamento total do Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos, das Pescas e da Aquicultura Sofia Colares Alves, CE O orçamento total do Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos, das Pescas e da Aquicultura (FEAMPA) para 2021-2027 é de 6,1 mil milhões de euros. Deste montante, 5,3 mil milhões de euros serão disponibilizados através de programas nacionais co-financiados pelo orçamento da União Europeia e pelos seus Estados-Membros. A parte de Portugal corresponde a 378,5 milhões de euros (7%) ao abrigo do acordo provisório. Está a ser preparado um plano de pormenor que define quanto dinheiro do FEAMPA será gasto durante o período de programação e fornece mais informações sobre a dotação financeira para Portugal. Dados disponíveis no sítio web do Mar2020.
De acordo com Sofia Colares Alves, representante da Comissão Europeia em Portugal, “o FEAMPA não impõe medidas predefinidas, pelo que os Estados-Membros podem escolher, em conformidade com a política comum das pescas, o que melhor se adequa às suas necessidades”. Apoiará, em especial, a pequena pesca costeira, promoverá a aquicultura e financiará vários projectos que contribuem para o apoio à sustentabilidade ambiental para investimentos produtivos, inovação, aquisição de competências profissionais, melhoria das condições de trabalho, medidas compensatórias e prestação de serviços críticos de gestão da terra e da natureza. Serão igualmente elegíveis acções no domínio da saúde pública, regimes de seguro das populações aquícolas e acções no domínio da saúde e do bem-estar animal. O fundo continuará ainda a apoiar os grupos de acção local da pesca e, pela primeira vez, inclui disposições sobre o reforço da governação internacional dos oceanos e disposições para ajudar a dar resposta a crises excepcionais que causam perturbações do mercado. Espanha e Portugal fixaram o total admissível de capturas para a sardinha ibérica em 19 100 toneladas para 2020. Sofia Colares Alves refere a O SETUBALENSE que “em Portugal, apesar dos impactos da pandemia, os segmentos da frota na pesca da sardinha conseguiram operar com um bom nível de rendibilidade, com margem de lucro bruta próxima de 20 %, e a frota de pequena escala, abaixo de 12 metros, atingiu níveis de rendibilidade próximos dos 25%” e acrescenta ainda que “a sardinha ibérica é inteiramente gerida por Espanha e Portugal. Não existe total admissível de capturas da UE”. O Conselho Internacional para o Estudo do Mar (CIEM), instituto científico
Bolas de Bruxelas UE obrigou a destruir a frota de pesca nacional? Portugal é o quarto país da UE no que toca ao número de embarcações de pesca e o sexto em capacidade e potência propulsora. A preocupação com a sustentabilidade dos recursos piscatórios levou a Comissão Europeia a promover a redução mediante a atribuição de apoios para destruição dos barcos e a sua substituição por embarcações mais modernas e eficientes. Não se tratou de forçar quem quer que fosse a abater embarcações contra a sua vontade, mas de reconhecer que há muitos barcos a pescar muito pouco peixe e que são necessárias medidas para inverter esta situação. A UE não obrigou à redução da frota de pesca nacional. Contribuiu para a sua redução
e modernização voluntária. E fê-lo estimulando o abate, tendo em conta que se acreditava, e acredita, que havia um excesso de capacidade pesqueira para os recursos disponíveis. “Bolas de Bruxelas” é uma
iniciativa da Comissão Europeia em Portugal que visa desmistificar mitos e contos imaginados em torno da União Europeia.
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André Branco: Treinador dos Sub-22 do Arrentela em entrevista p15 DR
to limitada possibilidade de pesca”. O sector está a aguardar uma revisão do parecer do Comité Científico Internacional, para meados de Junho, com a qual poderá ser dada maior abertura “ao estabelecimento de uma possibilidade de pesca mais relevante”. Esta não é, no entanto, e de acordo com o membro da ArtesanalPesca, a garantia de melhores tempos para a pesca da sardinha: “este é o mesmo comité que há dois anos nos dizia que mesmo que proibida a pesca de sardinha em Portugal demoraria 15 anos até que o stock recuperasse. Dois anos depois, temos o maior stock dos últimos 15. O que dizer mais?”.
Sesibal quer fábrica de conservas
independente, estabelece anualmente o rendimento máximo sustentável para a unidade populacional. Nas palavras da sua representante em Portugal, “a Comissão Europeia espera que os Estados-Membros fixem o total admissível de capturas ao nível do rendimento máximo sustentável, em conformidade com a política comum das pescas”.
Unidade populacional no mar ibérico é a melhor dos últimos 15 anos
Sofia Colares Alves explica que “estudos actuais mostram que a unidade populacional no mar ibérico já recuperou. Tal como demonstrado na avaliação económica da frota portuguesa, o sector está numa situação favorável. O parecer do CIEM para 2021 revela melhorias na recuperação da unidade populacional, que se considerava depauperada desde 2010”. Ricardo Santos, presidente da Sesibal, cooperativa de pesca de Sesimbra-Setúbal-Sines, reitera que
“há este ano uma constatação de muita sardinha. Durante os últimos seis anos, pescámos muito abaixo das possibilidades, com vista à rentabilidade económica e à sustentabilidade do sector da sardinha”. Tal fez com que “os stocks estejam como nunca estiveram nos últimos 15 anos. Isso dá-nos alguma tranquilidade. Não temos neste momento preocupação sobre quantidades, o grande problema é de facto como nos vamos situar nos valores de venda do produto”. Carlos Alexandre Macedo, do conselho de administração da ArtesanalPesca, diz que “muitas vezes, parece que a pesca nacional tem que se adaptar a uma realidade paralela, criada pelas directrizes europeias que não tem correspondência com a realidade no terreno, e a sardinha é disso um bom exemplo”. Perante as “evidências científicas” e os relatos provenientes dos pescadores, a ArtesanalPesca perspectiva “um ano esquisito, com muita sardinha no mar mas ainda mui-
No que diz respeito ao retrato da pesca da sardinha em Setúbal, Ricardo Santos alerta para as dificuldades sentidas e recorda que “Setúbal foi pioneira na indústria conserveira, chegou a ter mais de cem fábricas, com tantas traineiras. Hoje, estamos praticamente órfãos de traineiras, também por falta de adaptação nas infra-estruturas. Devíamos voltar a ter uma fábrica de conservas, de qualidade, com outra realidade. Há que actualizar a história”. As dificuldades sentidas no sector da pesca devem-se, no entender do presidente da cooperativa Sesibal, também ao facto de Setúbal pertencer à NUT II Lisboa e Vale do Tejo: “os colegas do sector da pesca têm entre 75 e 80% de apoio e aqui não passamos de 40%. Continuamos a ser apunhalados diariamente por ter de receber de Lisboa, até no mar”. Por outro lado, Ricardo Santos sente que “a Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra tem apoiado mais fortemente Sesimbra do que Setúbal. Não sei por que razão. Exemplo são as estruturas para congelação, Setúbal não tem uma. Estou aqui há 35 anos e tenho tido com a APSS centenas de reuniões das quais trago uma mão cheia de nada ao fim de tanto tempo”. Também a questão das dragagens no rio Sado é assunto a ter em conta: “prejudicam a cadeia alimentar das espécies, fazem os seus estragos no fundo do mar. Só temos peixe se tivermos cadeia alimentar e se tivermos uma boa cadeia alimentar melhor qualidade tem o peixe. A nossa sardinha é excelente, do melhor do mundo, devido à cadeia alimentar que ingere e às zonas de plâncton que temos nesta linha de costa. O rio é uma maternidade, que se tem vindo a matar continuamente. As espécies de peixe têm vindo a desaparecer, hoje não temos 40”. Em colaboração com a Comissão Europeia em Portugal
SESIMBRA
Ministro do Mar junta-se à comunidade piscatória local Época de pesca da espécie começou esta segunda-feira e decorre pelo menos até 31 de Julho Inês Antunes Malta
O Ministro do Mar, Ricardo Serrão Santos, e a secretária de Estado das Pescas, Teresa Coelho, estiveram este domingo em Sesimbra para assinalar a abertura da época de pesca da sardinha, com passeio a bordo da traineira “Filipa Irmão”. A visita dividiu-se entre o momento da recepção, pelas 17h00, junto ao Largo da Marinha, na vila de Sesimbra, “um dos locais mais emblemáticos para os pescadores sesimbrenses”, e a largada da frota para o primeiro dia de pesca da sardinha deste ano. Ao final da tarde, o grupo rumou ao Porto de Abrigo para acompanhar, com saída a bordo da embarcação “Filipa Irmão”, este arranque de época da pesca da sardinha em Sesimbra, o porto de pesca “com maior volume de
pescado transaccionado e o segundo em valor monetário, a nível nacional, no que diz respeito ao ano de 2020”. O momento contou ainda com a presença do presidente da Câmara Municipal de Sesimbra, Francisco Jesus, de armadores e mestres da pesca do cerco, de organizações de produtores e de representantes de várias entidades ligadas ao mar. Portugal determinou a reabertura da pesca da sardinha a partir das 00h00 horas do dia 17 de Maio, com um limite de capturas de 10 mil toneladas até ao final do mês de Julho para aquela que é uma das espécies com maior relevância na lota de Sesimbra. A dimensão do stock de sardinha evoluiu muito significativamente, devido “ao esforço e ao empenho do sector”. De acordo com avaliação científica publicada em meados de 2020, registou-se um aumento de 179 mil toneladas em 2019 para 344 em 2020. No próximo dia 18 de Junho, o ICES - Conselho Internacional para a Exploração do Mar - divulga nova avaliação do estado do stock, altura em que se determinarão então as quotas de pesca definitivas para Portugal e Espanha em 2021. IAM
A visita, que assinalou o arranque da época da pesca da sardinha, terminou com a saída ao mar da comitiva a bordo de uma traineira
14 O SETUBALENSE 18 de Maio de 2021
Desporto
TREINADOR COMENTA REVIRAVOLTA ÉPICA NA AMADORA
“O ADN Vitória leva-nos a lutar pelo triunfo até ao último minuto” DR
“Resultado foi uma consequência da nossa busca pelos golos na segunda parte” Ricardo Lopes Pereira O triunfo (3-2) obtido anteontem no reduto do Estrela da Amadora veio provar que Alexandre Santana, treinador do Vitória FC, estava certo quando na jornada anterior se recusou a desistir do primeiro lugar após a derrota (2-1) sofrida em casa com o Torreense. Uma reacção extraordinária no segundo tempo permitiu aos sadinos, que perdiam 2-0 ao intervalo, operar a reviravolta no marcador com um golo no derradeiro lance do jogo. Agora com quatro pontos somados em igual número de jornadas, em igualdade pontual com o U. Leiria, os verdes e brancos, quando faltam duas partidas, estão a três pontos dos primeiros classificados E. Amadora e Torreense. Graças ao êxito na Reboleira, o Vitória mantém-se na corrida pela subida lembra o técnico destacando a postura do plantel que dirige. “Independentemente de termos seis pontos de avanço ou seis de atraso na classificação, a mentalidade e o trabalho que se faz tem que levar a este registo”. Após o final do encontro de domingo no Estádio José Gomes, Alexandre Santana considerou que mais do que o triunfo ter representado uma prova de vida, mostrou a fibra do grupo. “Não direi que foi uma prova de vida. O ADN que temos tido desde o início do ano e o ADN Vitória leva-nos a lutar pelo triunfo até ao último minuto e a tentar ser mais fortes a cada jogo e treino que passa”. Depois de uma má primeira parte dos vitorianos, o técnico não hesitou em afirmar que a exibição produzida
Jogadores, equipa técnica e staff celebraram efusivamente o êxito ao cair do pano na Reboleira
após o intervalo justificou o sucesso alcançado com o golo apontado aos 90+5 minutos. “Este registo levou-nos a uma vitória. Houve outros jogos em que não o conseguimos, mas hoje conseguimo-la, pelo que fizemos em campo, de forma justa”, sublinhou. O facto de a equipa ter conseguido manter o foco permitiu que reagisse ao 2-0 com que terminaram os primeiros 45 minutos. “Depois de estarmos a perder conseguimos mantermo-nos serenos e emocionalmente equilibrados. Isso trouxe-nos depois do nosso primeiro golo [apontado pelo capitão José Semedo, aso 56 minutos] uma vontade ainda maior do que a que tínhamos para vencer o jogo”. Volvidos quatro minutos, lembrou Alexandre Santana na sala de imprensa do estádio dos amadorenses, os setubalenses repuseram a igualdade com um cabeceamento certeiro de Gonçalo Batista, aos 60, facto que afectou ainda mais o oponente. “O Estrela desequilibrou-se um bocadi-
nho quando sofreu o primeiro golo e no segundo (empate 2-2) ficou muito intranquilo e nós acabámos por começar a forçar, acabando por fazer o golo no último minuto”. Apesar de o golo do triunfo [auto-golo de Zé Pedro, aos 90+5] ter surgido no último lance do encontro, o treinador frisa que o mesmo não foi obra do acaso. “Não diria que foi uma felicidade porque houve uma procura constante na segunda parte. A vontade e querer dos nossos jogadores e a organização colectiva que tiveram para chegar a esse momento foram essenciais. Fomos felizes por ter sido no último minuto, mas também foi uma consequência da nossa busca pelos golos na segunda parte”. Não obstante o desfecho favorável, o treinador dos verdes e brancos reconheceu que os golos sofridos foram permitidos devido a erros da sua equipa. “Os golos que sofremos na primeira parte foram lances de bola parada. Houve um erro de percepção de ‘timing’ na entrada da
bola que deu o 2-0 ao adversário. O Estrela também teve mérito na colocação de jogadores na zona naquele momento”. No cômputo geral, ficou na retina de quem assistiu à partida entre E. Amadora e Vitória, ao vivo ou através da televisão, uma reacção épica dos atletas que, mesmo com dois golos de desvantagem, acreditaram sempre na reviravolta que veio a acontecer. “Na segunda parte, acho que fomos superiores e criámos, de forma equilibrada, mais situações de finalização e acabámos por ser felizes”. Após as emoções fortes vividas anteontem, os comandados de Alexandre Santana centram já atenções na primeira de duas finais que vão disputar na fase de acesso à II Liga (Zona Sul), A contar para a quinta jornada da prova, o Estádio do Bonfim será no sábado, pelas 20 horas, palco do embate com o União de Leiria. À mesma hora medem forças, no Estádio José Gomes, o Estrela da Amadora e o Torreense.
Formação e modalidades com desfechos distintos
Entretanto, no fim-de-semana, em partida a contar para a segunda jornada do Campeonato Distrital da II Divisão da Associação de Futebol de Setúbal (Série A), os sadinos foram no sábado à tarde ao campo da Bela Vista vencer o vizinho UF Comércio e Indústria B, por 1-0, no dérbi da cidade. Nos escalões de formação, registaram-se os seguintes desfechos: empate (0-0) entre Vitória e Sacavenense (sub-19), derrota (2-0) com o Cova da Piedade em sub-17 e goleada (8-0) ao CD Beja (sub-15). Nas modalidades extra futebol, a equipa de andebol perdeu (41-38) frente ao Águas Santas, em jogo da 27.ª jornada do Campeonato Placard Andebol 1. Em ténis de mesa, em partida da nona ronda do campeonato nacional 2.ª Divisão de Honra (Zona Sul), o Vitória não evitou a derrota (4-1) com o Benfica. No futsal, a equipa masculina venceu 5-0 o FC São Francisco e a feminina perder 4-0 com o Feijó, em partidas do campeonato distrital de seniores.
18 de Maio de 2021 O SETUBALENSE 15
150 atletas no regresso das provas de atletismo ao concelho do Seixal
Numa organização do Clube Desportivo Recreativo Águias Unidas, com o apoio da Câmara Municipal do Seixal e Junta de Freguesia de Amora, realizou-se no passado domingo, dia 16 de Maio, na Quinta do Pinhão, em Belverde, a 39.ª edição do prémio de
atletismo Jovemaio. A prova, que marcou o regresso do atletismo ao concelho do Seixal, inserida no programa comemorativo do aniversário da cidade de Amora, contou com a participação de 150 atletas, em representação de várias equipas, que tiveram de percorrer
ANDRÉ BRANCO TÉCNICO DOS SUB-22 DO ARRENTELA
I DIVISÃO DISTRITAL
Barreirense, Comércio Indústria e Moitense lideram com o mesmo número de pontos
“O objectivo passa pela evolução dos jovens e preparação para o futebol sénior” DR
Competição é extremamente importante porque permite dar continuidade ao trabalho desenvolvido na formação do atleta José Pina O Atlético Clube de Arrentela é um dos clubes participantes no Campeonato Distrital de Sub-22 que vai ser retomado já a partir do dia 22 de Maio com a realização da terceira jornada. Nos dois jogos anteriormente realizados os arrentelenses obtiveram outras tantas vitórias, na primeira jornada sobre os Pescadores (2-0) na Costa de Caparica e na segunda jornada no jogo que disputou com o Amora no Campo da Boa Hora, pelo mesmo resultado. O início foi de facto brilhante e o desempenho dos jogadores não podia ter sido melhor, mas será que agora depois desta longa paragem a atitude e o comportamento vão ser iguais. Foi o que procurámos saber junto do treinador André Branco, de 40 anos, que tem exercido funções nas camadas jovens e também já passou pelo futebol feminino. Sente-se confortável a treinar este escalão? Tem sido uma experiência enriquecedora, este escalão acaba por ser a ponte do futebol juvenil para o sénior, se antigamente muitos atletas acabavam de forma prematura a sua carreira hoje em dia com este escalão proporciona a oportunidade de continuar a evoluir/ crescer no futebol, proporcionando o tempo necessário de maturidade para entrar no escalão sénior. Tem sido um privilégio trabalhar com estes jovens jogadores que sonham
em chegar ao futebol sénior, a sua evolução enquanto homens e jogadores têm sido a nossa maior satisfação enquanto equipa técnica... Antes do campeonato parar o Arrentela tinha feito dois jogos e tinha ganho ambos. É assim que quer continuar, vitorioso? Antes da paragem tinham decorrido duas jornadas, de facto iniciámos bem com vitórias sobre os Pescadores e Amora, no entanto o nosso foco / objectivo passa pela evolução destes jovens, prepara-los para o futebol, acrescentar-lhes maturidade, experiência, para poderem progredir de forma natural, não queimando etapas, como é óbvio sobre vitórias o trabalho desenvolvido flui com mais qualidade, seja no plano motivacional ou competitivo. Qual a sua opinião sobre esta competição. É benéfica para os jogadores? Esta competição não só é benéfica como essencial, ao longo dos anos têm-se perdido grandes talentos por não terem as oportunidades pretendidas no futebol sénior, a ponte que este escalão se propõe a fazer da continuidade ao trabalho
uma distância de 10 quilómetros, sem público e com as normas impostas pela Direcção Geral da Saúde. No próximo domingo, dia 23 de Maio, pelas 9 horas, a modalidade está de volta com a primeira edição do Contra Relógio da Quinta da Marialva, em Corroios.
desenvolvido na formação do atleta. Por vezes basta uma ou duas épocas ao jogador para criar os alicerces necessários que são fundamentais para ser inserido no futebol sénior. Foi difícil gerir o grupo de trabalho neste longo tempo de paragem? Este escalão etário não é propriamente fácil de gerir a nível de personalidade. A actual fase pandémica veio criar desmotivação, pensam em desistir, criam novos hábitos diários, gerir este tipo de emoções, obrigou-nos enquanto equipa técnica estar sempre em alerta com o objectivo de não perderem o foco e a ambição que inicialmente tinham presente. Foi um trabalho extra que tivemos de encarar com bastante seriedade e rigor para não se perder o que se tinha feito até ao momento da paragem. Para concluir, há algo mais que queira acrescentar? Agradecer ao presidente António Cunha por confiar na nossa equipa técnica, e nos ter dado todas as condições necessárias para podermos desenvolver o nosso trabalho com a qualidade pretendida.
Comércio Indústria e Moitense foram as únicas equipas a vencer na 4.ª jornada do Campeonato Distrital da 1.ª Divisão, nos outros dois jogos realizados registaram-se dois empates. A equipa sadina recebeu e venceu o Charneca de Caparica por 3-0 mas o triunfo não foi nada fácil de conseguir porque os golos só surgiram nos últimos minutos do encontro, aos 83, 87 e 90 minutos, sendo dois deles, o primeiro e o último, marcados de penalti. Na Moita, a equipa local venceu o Barreirense por 1-0 com um golo marcado na cobrança de uma grande penalidade, por Alex, aos 17 minutos. Com esta vitória, a equipa treinada por David Nogueira passou a integrar o lote de equipas que lideram a competição, do qual fazem parte também o Barreirense e o Comércio Indústria. No Municipal de Grândola registou-se um empate (1-1) entre Grandolense e Palmelense. A equipa de Palmela foi a primeira a marcar já em período de compensação para o intervalo (45+2’) na cobrança de um castigo máximo. Na segunda parte, o Grandolense foi à procura do empate que acabou por acontecer aos 82 minutos com um golo de Filipe Casaleiro, pouco depois de ter entrado em campo a substituir um companheiro de equipa. Empatado terminou também na Costa de Caparica o jogo entre os
DR
Pescadores e o U. Santiago. Depois de uma primeira parte sem golos a equipa da casa adiantou-se por João Teles (60’) mas cerca de dez minutos depois a equipa de Santiago do Cacém estabeleceu a igualdade por Amândio Ramião. Depois da realização desta jornada, a classificação está assim ordenada: 1.º lugar, Barreirense, Comércio Indústria (menos um jogo) e Moitense, 10 pontos; 4.º lugar, Grandolense e Pescadores, 8 pontos; 6.º lugar, Sesimbra, 5 pontos; 7.º lugar, Seixal (menos um jogo), 4 pontos; 8.º lugar, Palmelense (menos um jogo), 3 pontos; 9.º lugar, U. Santiago (menos um jogo), 2 pontos; 10.º lugar, FC Setúbal (menos dois jogos), 1 ponto; 11.º lugar, Charneca de Caparica (menos três jogos), 0 pontos. J.P.
II DIVISÃO DISTRITAL
Ginásio de Corroios é líder isolado da Série B O Ginásio Clube de Corroios é líder isolado da Série B do Campeonato Distrital da 2.ª Divisão. Nos dois jogos até agora realizados, a equipa comandada por Nuno Casimiro conta com um empate obtido na primeira jornada no Zambujal e agora com uma vitória alcançada sobre o Almada, num jogo muito disputado e com duas cambalhotas no marcador. O Corroios adiantou-se no mar-
cador aos 27 minutos com um golo marcado por Reis, que pouco depois falhou a concretização de um penalti. O Almada empatou mesmo à beira do intervalo e colocou-se em vantagem aos dois minutos da segunda parte, com duas grandes penalidades, mas o Ginásio reagiu e conseguiu dar a volta ao marcador, com mais um golo de Reis (60’) e outro de Ribeiro (67’).
J.P.
00:55 ~ 1.4 m ~ Baixa-mar 07:22 ~ 2.9 m ~ Preia-mar 13:45 ~ 1.3 m ~ Baixa-mar 20:04 ~ 2.6 m ~ Preia-mar
ALMADA
00:48 ~ 1.3 m ~ Baixa-mar 07:16 ~ 2.9 m ~ Preia-mar 13:41 ~ 1.3 m ~ Baixa-mar 19:58 ~ 2.5 m ~ Preia-mar
SESIMBRA
01:09 ~ 1.3 m ~ Baixa-mar 07:36 ~ 2.9 m ~ Preia-mar 13:55 ~ 1.2 m ~ Baixa-mar 20:12 ~ 2.6 m ~ Preia-mar
SINES
SETÚBAL TRÓIA
MARÉS
01:02 ~ 1.4 m ~ Baixa-mar 07:55 ~ 3.2 m ~ Preia-mar 13:56 ~ 1.4 m ~ Baixa-mar 20:34 ~ 2.9 m ~ Preia-mar
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