co nt a ct o s: 80 0 2 1 7 2 1 7 / 2 65 5 2 3 5 1 5 / www. fu n e r ari a - arm i nFOTÓGRAFO d o.c om
Todos de acordo com fundos europeus para a península Governo garante que vai corrigir injustiça. Falta palavra de António Costa e início da acção p12 a 15 MÁRIO ROMÃO
“Queremos Setúbal como a terceira cidade do país” Pedro Conceição Candidato pelo CDS-PP em entrevista p8 e 9
O SEU DIÁRIO DA REGIÃO SEGUNDA-FEIRA, 7 DE JUNHO DE 2021 PREÇO 0,80€ | N.º 637 | ANO III | 5.ª SÉRIE
DIRECTOR FRANCISCO ALVES RITO
Novo modelo da Liga 3 aumenta chances de Vitória FC subir à II liga nacional
Até domingo
Prova conta também com Amora e Oriental Dragon. Tem duas subidas directas p23
‘Semana do choco’ em Setúbal p20 e 21
HOMENAGEM Município sadino aplaude jogadores, treinadores e dirigentes do Vitória p22
PUBLICIDADE
ESTADO DA NAÇÃO Deputados do PS visitam Navigator para avaliar apoios à economia e emprego p3
SETÚBAL Nova Casa da Bicharada em Poçoilos p6
ARRÁBIDA Raposa ferida preocupa milhares p6
2 O SETUBALENSE 7 de Junho de 2021
Abertura
Recital de ópera na Igreja do Convento de Jesus
A soprano Carina Matias Ferreira, com João Malha ao piano, protagonizou, no sábado, o primeiro dos recitais de ópera que a Associação Setúbal Voz promove com o patrocínio da Câmara de Setúbal. No dia 3 de Julho é a vez da setubalense Juliana Telmo.
O REPARO
PENSAR SETÚBAL Giovanni Licciardello
Mário Soares: uma falha muito grave na toponímia setubalense
Esforço dos profissionais sadinos no combate à covid-19 reconhecido em monumento
N O esforço e empenho dos profissionais de saúde no combate à covid-19 foi reconhecido pela Câmara Municipal de Setúbal, que inaugurou um monumento em sua homenagem frente ao Hospital de São Bernardo. A peça, composta por “uma cruz cinzenta com um coração vermelho no meio”, foi inaugurada na passada terça-feira. Na cerimónia, Maria das Dores Meira, presidente da autarquia sadina, enalteceu o trabalho dos profissionais no último ano, que “nunca regatearam esforços para que tudo possa acabar bem”.
CARTAS DO LEITOR Comandante dos Bombeiros de Águas de Moura cessa funções
ESCREVA-NOS. Envie-nos a sua carta ou comentário para correiodoleitor@ osetubalense.com, para a morada Travessa Gaspar Agostinho, n.º 1, 1.º - 2900-389 Setúbal, ou liguenos pelo telefone 265 094 354. Os textos não devem ultrapassar os 750 caracteres e o jornal reserva-se o direito de seleccionar ou cortar. Não devolvemos originais.
Quase 27 anos depois, chegou o momento. Em 29 de Janeiro de 2021, solicitei o meu ingresso no Quadro de Honra do corpo de Bombeiros de Águas de Moura, com efeito no final de 31 de Maio de 2021. Sempre afirmei que uma comissão de cinco anos como comandante era manifestamente insuficiente para concretizar o que fosse, duas comissões seria o ideal e três o máximo. E assim foi. Concluí a minha terceira comissão em Setembro, que culminaria com as comemorações do Dia da Unidade, em Outubro. A pandemia roubou-me a oportunidade de findar este ciclo da forma que tanto gostaria, mas a vida é mesmo assim. Estes meses nesta quarta comissão, renovada pela direcção, serviram para me trazer a certeza daquilo que eu já sabia: é fundamental revitalizar as instituições, deixar surgir e emancipar novos talentos. Em consciência, afirmo que
não nos devemos eternizar nos cargos, evitando tornarmo-nos naquilo que sempre quisemos contrariar. Termino a minha missão como comandante com pleno sentimento de missão cumprida, com consciência que muito fica por fazer, reflexo de uma constante dinâmica que sempre imprimimos na instituição e nas pessoas. Foram centenas de projectos concretizados e outros tantos que ficam lançados. A associação e o corpo de bombeiros têm um extraordinário potencial, humano e estrutural, que permite desempenhar um papel imprescindível no âmbito da sua missão e das actividades de protecção civil e socorro em Portugal. Agradeço a todas as entidades e pessoas com quem tive o prazer de trabalhar ao longo deste anos, por toda a colaboração e disponibilidade. O meu 2.º comandante assegurará o comando do corpo de bombeiros no período de transição entre a minha saída e a tomada de posse de um novo comandante, entretanto nomeado. Rui Laranjeira, Palmela
as minhas deambulações pela nossa cidade de Setúbal, sempre que passo pela Av. Álvaro Cunhal, reitero o meu profundo desacordo com o nome atribuído àquela avenida imensa, que começa na Praça 25 de Abril, que só termina na rotunda do Alto da Guerra e que basicamente homenageia um comunista, com todas as reservas democráticas que me merece, historicamente falando. Recentemente estava a ver fotos relativas à sua inauguração, ocorrida em Novembro de 2018, onde surgiam responsáveis locais do Partido Socialista (PS), junto dos dirigentes comunistas. De repente, ocorreu-me uma dúvida. Conheço muitos nomes de ruas em Setúbal e não tinha conhecimento de nenhuma artéria que tivesse o nome de Mário Soares, falecido quase dois anos antes, em Janeiro de 2017. Confirmei-aulteriormente,nãopodendo evitarumafortesensaçãodeincredulidade; não existe, de facto, nenhuma toponímia associada a Mário Soares, em Setúbal. A Comissão de Toponímia da Câmara Municipal de Setúbal deveria ter uma metodologia e procedimentos para acautelar estas situações, dando primazia natural, numa avenida daquele tamanho, com aquela centralidade e visibilidade, a uma personalidade de referência como Mário Soares, de dimensão nacional e internacional, suprapartidária, de tolerância e exemplo democráticos, de amplo consenso, primeiro-ministro e Presidente da República, e não a um dirigente partidário, ainda por cima nada consensual, como é o caso de Álvaro Cunhal. Durante todo este tempo, deveria ter ocorrido ao PS, formalizar uma proposta toponímica com o nome de Mário Soares. Passados quase quatro anos e meio sobre a sua morte, parece que ainda ninguém se lembrou disso. Em Abril de 1973, na localidade de Bad Münstereifel, na Alemanha, Mário
Soares, Maria Barroso, Fernando Valle, Emília, Carolina, João e Manuel Tito de Morais, Marcelo Curto, Beatriz e Mário Cal Brandão, Salgado Zenha, Teófilo Carvalho dos Santos, Vasco da Gama Fernandes, António Arnault, Vítor e Teresa Cunha Rêgo, e muitos outros, contribuíram para a fundação daquele que viria a ser um partido estruturante na democracia portuguesa: o Partido Socialista, tendo sido escolhido Mário Soares como o seu primeiro secretário-geral. Mário Soares foi um democrata, um homem corajoso, que fez frente à ditadura fascista,antesdo25deAbrileàditaduracomunista,imediatamenteaseguir,noPREC. Recordo-o em 1975, no famoso comício da Fonte Luminosa, na Alameda D. Afonso Henriques, em Lisboa, completamente repleta de gente, onde, perante a ameaça comunista de manutenção indevida no poder, Mário Soares efectuou um discurso muito forte e contundente; “nós não temos medo”, bradou firmemente, insurgindo-se contra os dirigentes do PCP que queriam “amordaçar o povo”, lembrando os dois milhões de portugueses que tinham votado PS, na ocasião. Este comício, pela enorme influência que teve, é considerado um dos momentos-chave para a consolidação da democracia em Portugal. Em 1985, Mário Soares foi o primeiro-ministro que liderou a comitiva portuguesa formalizando, no Mosteiro dos Jerónimos, a entrada de Portugal na actual União Europeia. Foi um dos mais importantes presidentes da República. Homem de grande prestígio nacional e internacional. O que me leva à questão mais importante, nesta minha crónica. A necessidade absoluta de Mário Soares ser devidamente homenageado, através da atribuição de uma artéria (no mínimo, uma avenida grande, larga, central e importante), na nossa cidade de Setúbal. Professor
7 de Junho de 2021 O SETUBALENSE 3
Piloto almadense Miguel Oliveira vence Grande Prémio da Catalunha de MotoGP
O almadense Miguel Oliveira, piloto da KTM, venceu ontem o Grande Prémio da Catalunha de MotoGP, depois de ter partido da quarta posição para a sétima prova da temporada do Campeonato do Mundo, em Barcelona. Em declarações após
cortar a meta, na zona mista do pódio da corrida espanhola, o piloto de Almada, assumiu que fez “a corrida perfeita” e considerou que esta foi “uma das melhores corridas” da sua carreira. Oliveira bateu o francês Johann Zarco (Ducati) por 0,175
DR
segundos, com o australiano Jack Miller (Ducati) a terminar na terceira posição, a 1,990s do português. Esta é a terceira vitória do piloto de Almada no Mundial de MotoGP, depois de ter vencido os grandes prémios da Estíria e de Portugal, em 2020.
SETÚBAL
Municípios e outras organizações reafirmam compromisso pela paz Encontro que começou no Fórum Luísa Todi terminou com homenagem a antifascistas, na avenida
PÉRIPLO
Deputados do PS visitam Navigator para avaliar apoios à economia e emprego Um ano após o início da pandemia, socialistas fazem périplo para perceber efeito das respostas públicas Vários deputados do PS estiveram sexta-feira em Setúbal num roteiro de preparação das jornadas parlamentares, marcadas para 15 e 16, e do debate sobre o estado da Nação, agendado para dia 22 deste mês. A visita do grupo parlamentar centrou-se na fábrica da The Navigator Company, na Mitrena, onde os deputados procuraram perceber a importância das medidas de apoio às empresas e ao emprego, no âmbito da pandemia. A presidente da bancada socialista no Parlamento, Ana Catarina Mendes, disse que o apoio estatal ao lay-off na Navigator ficou “acima dos três milhões de euros”, o que permite “perceber como o emprego foi suportado por este apoio”. Para este périplo que estão a fazer a vários distritos, um ano após o início da pandemia, os eleitos socialista escolheram visitar a fábrica de papel de
Setúbal pela importância da empresa, enquanto uma das maiores exportadoras nacionais mas também como exemplo da aposta que o país deve seguir. “A Navigator concilia duas coisas decisivas para o futuro; recuperar a economia e preparar o futuro”, disse Ana Catarina Mendes, num encontro com os jornalistas, depois da visita. A líder parlamentar apontou ainda a multinacional do papel como “uma das empresas do concelho em que a transição digital garante competitividade e preocupação com a componente ambiental”. A deputada, que é a primeira dos noves eleitos pelo PS no distrito de Setúbal, recorda que o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) tem verbas de milhões para as áreas da competitividade e da eficiência ambiental e afirma que “a Navigator é uma das empresas que está a contribuir para uma economia mais sustentável e competitividade no emprego”.
Fundos extra para Setúbal
A líder parlamentar do PS garante que a necessidade de correcção da injustiça no acesso da península de Setúbal aos fundos europeus “finalmente tem a disponibilidade do Governo”, refe-
rindo-se ao que a ministra da Coesão tinha dito de manhã na conferência promovida pela AISET (ver páginas 12 a 15) e que a criação de uma NUT III para Setúbal vai ser formalmente solicitada, a Bruxelas, até dia 1 de Fevereiro de 2022. Entretanto, até que estas alterações produzam efeitos na chegada de fundos comunitários à região, vão passar vários anos, pelo que Ana Catarina Mendes defende que o investimento deve ser assegurado por outras fontes. “Que até lá se concentre no Orçamento de Estado, no PRR e nos fundos disponíveis [verbas não executadas do Portugal 2020], para atenuar esta divergência entre norte e sul da AML”, disse a presidente da bancada socialista, que promete “tudo fazer para esbater esta assimetria”. Entre os deputados presentes em Setúbal estiveram Eurídice Pereira, André Pinotes Batista, Maria Antónia Almeida Santos, Clarisse Campos, Fernando José e vários dirigentes partidários da região, que se juntaram num almoço no restaurante ‘O Novo 10’ em que participou também o líder da Federação Distrital, e secretário de Estado, António Mendonça Mendes.
Setúbal recebeu no sábado o Encontro pela Paz 2021, que juntou, no Fórum Luísa Todi, mais de uma dezena de organizações num dia inteiro de contributos e reflexões para a construção de uma sociedade mais justa e pacífica. A iniciativa foi promovida pelo Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) em conjunto com doze entidades, entre as quais a Câmara de Setúbal. Na sessão de abertura, a presidente da autarquia, reafirmou o compromisso do município para com a paz. “Em Setúbal, trabalhamos incessantemente para assegurar uma vivência comum e pacífica. Fazemo-lo acolhendo da melhor forma todos os que nos procuram, seja porque fogem da pobreza, seja porque é aqui que procuram encontrar melhor vida.”, disse Maria das Dores Meira. A autarca acrescentou que a paz constrói-se com inclusão. “Constrói-se na procura permanente da integração e não da artificial imposição e valorização das diferenças entre homens e mulheres”, afirmou. A autarca comunista defendeu ainda que “não é com o silêncio” que se consegue combater os novos fascistas. “Falemos deles para mostrar o disparate que defendem, a estupidez do que afirmam e o absurdo das
ideias que uma vez mais muitos deles querem impor violentamente”, atirou Dores Meira. Ilda Figueiredo, presidente do CPPC, sublinhou que o encontro teve a participação de “cerca de 300 pessoas, representando não só as 12 organizações da convocatória, mas mais cerca de 90 outras organizações e instituições”. A responsável alertou para uma conjuntura que agravou desigualdades, “onde forças retrógradas, xenófobas e fascistas se procuram afirmar, pondo em causa a democracia, a liberdade e a paz”. Joaquim Santos, presidente da Câmara do Seixal, coordenador do Movimento dos Municípios Pela Paz, que inclui 36 municípios de norte a sul do país, declarou que defender a paz é defender os valores do 25 de Abril e “saber acolher e integrar”. “É trabalhar a consciencialização social para a diversidade cultural e riqueza do seu potencial. É a rejeição, individual e colectiva, da violência que tantas vezes é parte integrante das nossas sociedades.”, disse. O autarca concluiu que, por isso, os municípios são “actores fundamentais neste processo de transformação social para uma cultura de paz enquanto defensores dos princípios plasmados na Constituição da República Portuguesa, promovendo políticas locais e reforço dos valores da paz, da solidariedade e da cooperação.” O encontro terminou com um desfile, desde o Fórum Luísa Todi ao Monumento aos Resistentes, na placa central da Avenida Luísa Todi. DR
Autarcas Joaquim Santos e Dores Meira participaram no encontro
4 O SETUBALENSE 7 de Junho de 2021
Setúbal
PLANO DE PORMENOR PARA FRENTE NORTE
BELA VISTA
Estabelecimentos que prejudicam saúde pública não vão ter lugar na Avenida Luísa Todi DR
Pretende-se que espaços sejam “deslocalizados paulatinamente”, para que a cidade fique “organizada de forma equilibrada e lógica”
Maria Carolina Coelho
Maria Carolina Coelho Com o objectivo de garantir que a saúde dos munícipes é assegurada, ao mesmo tempo que contribui para que a cidade fique “organizada de forma equilibrada e lógica”, o novo instrumento urbanístico definido para a frente norte da Avenida Luísa Todi determina que os “estabelecimentos que, de forma geral,” coloquem em causa “as condições de salubridade urbana” sejam “deslocalizados” desta área para espaços mais apropriados. “O que discutimos foi numa lógica de ir deslocalizando as actividades que não sejam ajustadas [à frente norte da Avenida Luísa Todi]. A lógica é ir paulatinamente, conversando com as pessoas, ajustando as actividades à categoria de espaço. Por exemplo, não faz sentido uma oficina de automóveis estar ao lado de um restaurante”, explicou Carlos Rabaçal, vereador das Obras Municipais, a O SETUBALENSE. Neste sentido, o Plano de Pormenor para a Frente Norte da Avenida Luísa Todi prevê que os estabelecimentos “de tipo 1 e 2 e usos que dêem lugar a ruídos, efluentes gasosos, fumos, cheiro e resíduos” abandonem esta área, assim como os espaços que “perturbem as condições de trânsito e de estacionamento” e que “apresentem riscos de toxicidade, incêndio e explosão". A ideia, garante Carlos Rabaçal, “não é prejudicar ninguém, mas sim requalificar a cidade de Setúbal”. Em seguida, explicou: “desde o restaurante O Miguel até à beira-mar está já feito um acordo com todos os proprietários, em que aquilo vai tudo abaixo e refeito. Vai ser feita uma nova frente
Oficinas apoiam moradores a conseguir trabalho
Instrumento é o resultado “de uma necessidade apontada no Plano Director Municipal (PDM) de 1994”
ribeirinha, com sobretudo habitação, restauração e serviços”. A referida estratégia de gestão urbanística, a primeira delineada para uma das áreas mais importantes de Setúbal, determina “as regras a que obedecem a ocupação, uso e transformação dos espaços urbanos [por si abrangidos] e define as condições de urbanização, edificabilidade e transformação dos edifícios, permitindo a sua requalificação e transformação integrada”. Apresentado na passada quarta-feira, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, o instrumento é o resultado “de uma necessidade apontada no Plano Director Municipal (PDM) de 1994”, tendo avançado também porque “alguns proprietários têm demonstrado interesse em desenvolver operações urbanísticas em imóveis da área de intervenção”. “O PDM de 1994 obrigava a que, nesta zona da cidade, para a realização de obras de transformação do edificado urbano, houvesse a necessidade de se concretizar um plano de
pormenor específico nesta área nobre, servida por equipamentos e serviços públicos”, esclareceu Vasco Raminhas, chefe da Divisão de Planeamento Urbanístico da autarquia. No total, o plano de pormenor, em desenvolvimento desde 2009, “diz respeito a uma área de intervenção com 6,55 hectares, incluindo edifícios e parcelas do centro histórico com frente para a avenida”. “No fundo, a área corresponde apenas à linha da frente dos quarteirões e quase não contém espaço público”. Esta selecção “não é por acaso”, uma vez que em “todo o espaço que separa [a avenida] do rio foi recentemente realizada uma intervenção profunda de reabilitação, no contexto de um Programa Pólis”. Já a sua execução é da responsabilidade dos proprietários, assim como é o seu financiamento. Para a autarquia, “a requalificação urbana irá reforçar a atractividade da cidade e a sua posição como principal polo urbano da Margem Sul do Tejo, capaz de se assumir como um dos “espaços motores” da Área Metropolitana de Lisboa”.
Estratégia urbanística define futuro de 181 parcelas
Desde os tipos de acabamentos às caixilharias permitidas, passando pelos logradouros, a estratégia para aquela que “já foi a frente de Setúbal” define “qual o edificado a preservar e o que pode ser transformado”. Depois de realizado “um levantamento de rua sobre as características urbanísticas de ocupação”, o município registou um total de 181 parcelas. A partir destas, “estabeleceu-se um sistema de classificação”, designado “Valor Patrimonial Urbanístico, ou seja, uma avaliação da relevância urbanística do edificado de cada parcela”. “No fundo, quando aqui falamos de valor patrimonial, não nos referimos ao estado de conservação do edifício, mas sim à sua valia cultural e potencial urbanístico”, refere o documento, aberto a consulta e submissão de sugestões até amanhã. Esta designação permitiu à autarquia classificar os “diferentes tipos de intervenção no edificado, os quais estão divididos em quatro graus”.
A comunidade local envolvida no programa municipal “Nosso Bairro, Nossa Cidade”, desenvolvido desde 2012 no território da Bela Vista, vai ter a oportunidade de participar no projecto “Oficinas de Organização e Acção”, iniciativa a partir da qual será divulgada “a oferta de serviços” por si prestada, “com vista a estruturar e qualificar a oferta de trabalho nos bairros”. Em comunicado, a Câmara de Setúbal explica que “no âmbito desta acção é criada uma plataforma digital, pelo Instituto Politécnico de Setúbal (IPS)”, também com o objectivo de “divulgar a prestação de serviços e saberes à comunidade em geral”. Para a realização deste projecto, foi “aprovada pelo Programa Nacional de Bairros Saudáveis” uma candidatura no valor de 50 mil euros. As oficinas, realizadas “ao longo de um ano, são dinamizadas pela ACM/YMCA de Setúbal, em parceria com a autarquia, Junta de Freguesia de São Sebastião, Agrupamento de Centros de Saúde Arrábida, IPS, Cruz Vermelha – Delegação de Setúbal e Leroy Merlin, neste caso com a doação das cozinhas necessárias às oficinas”. Vão também ser “instaladas lojas de bairro para implementação de actividades pré-económicas e promovidas acções de capacitação de voluntários do projecto “Férias no Bairro”, no apoio a moradores isolados e idosos”. Estas acções formativas pretendem apoiar “a concretização de actividades comunitárias e económicas” e melhorar “o acesso ao mercado de trabalho, o uso de plataformas online e a familiaridade com tecnologias digitais”. “As “Oficinas de Organização e Ação”, a funcionar em espaços cedidos pelo município, procuram dar resposta aos compromissos e metas que os moradores, colectivamente, assumiram em 2017”.
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Cidade sadina dá “passo rumo à mobilidade sustentável” com novas trotinetas eléctricas
A cidade de Setúbal deu “mais um passo rumo à mobilidade sustentável”, ao colocar à disposição da população três centenas de trotinetas eléctricas da Bolt. Os veículos, apresentados no passado sábado, no Jardim do Bonfim, no âmbito da iniciativa
“Há Festa no Parque”, “têm preços e condições especiais durante as duas primeiras semanas de funcionamento, concretamente viagens com um custo de cinco cêntimos por cada minuto de utilização e desbloqueio gratuito”, esclareceu a Câmara Municipal
em comunicado. O novo serviço, “integrado na aplicação da Bolt, disponível para dispositivos móveis com sistemas Android e iOS”, pretende ser uma “alternativa ao uso do transporte individual, sobretudo em deslocações de curta distância”.
QUINTA DA AMIZADE
Amigos de quatro patas ganham parque canino para brincarem e praticarem exercício físico DR
Maria Carolina Coelho Os amigos de quatro patas têm agora à sua disposição um novo parque canino, na Quinta da Amizade, onde podem brincar e praticar exercício físico, num espaço que conta com uma pista de obstáculos para o efeito. O recinto, inaugurado no passado sábado, representa um investimento de 50 mil euros, onde se podem aventurar “seis animais em simultâneo”. “Circunscrito com uma cerca de madeira”, possui “uma papeleira e sacos para apanha de dejectos, assim como
Recinto tem à disposição dos animais uma pista de obstáculos
um bebedouro acessível a animais”, esclareceu a Câmara de Setúbal em comunicado. “Com um total de mil e duzentos metros quadrados”, o novo parque canino, situado na freguesia de Gâmbia, Pontes e Alto da Guerra, “fica integrado naquele que vai ser o futuro Parque Urbano da Quinta da Amizade”. A sua construção decorreu “em cerca de um mês e meio, numa resposta directa da junta de freguesia a uma necessidade apontada pelos munícipes daquele bairro habitacional”. Na cerimónia, José Belchior, presidente da junta de freguesia, explicou
que a área envolvente ao equipamento vai ainda “ser beneficiada com um arranjo paisagístico, incluindo zonas ajardinadas e reforço da estrutura arbórea”. Já Maria das Dores Meira, presidente da autarquia sadina, disse que o parque canino "é mais um dos muitos e criativos contributos que as juntas de freguesia dão". No local estiveram também presentes “outros elementos do executivo municipal”, assim como “o presidente da Assembleia Municipal de Setúbal, André Martins, e os presidentes das juntas de freguesia de São Sebastião e do Sado, respectivamente Nuno Costa e Manuel Véstias”. PUBLICIDADE
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6 O SETUBALENSE 7 de Junho de 2021
Setúbal
Governo O SETUBALENSE
PATA DIANTEIRA ESTÁ FRACTURADA
Milhares de munícipes unidos para ajudar raposa ferida no Parque Natural da Arrábida População teme que animal selvagem não sobreviva por não conseguir “capturar presas por si próprio” Maria Carolina Coelho
INSTALADO NO PARQUE MUNICIPAL DE POÇOILOS
Centro de Recolha Animal renasce como Casa da Bicharada em investimento de 140 mil euros Equipamento conta agora com dois gatis, um espaço para cavalos, um outro para ovinos ou caprinos e um pombal Maria Carolina Coelho
O Centro de Recolha Oficial de Animais de Companhia (CROAC) de Setúbal, baptizado agora de Casa da Bicharada, ganhou uma nova vida, depois de a Câmara Municipal sadina ter vindo a realizar nos últimos meses um projecto de requalificação, orçado em 140 mil euros. O restaurado espaço, instalado no Parque Municipal de Poçoilos, foi inaugurado no passado sábado, com vista à disponibilização “de condições mais condignas” aos “amigos de quatro patas acolhidos em Setúbal”. "Este é um espaço de respeito e valorização do bem-estar animal", começou por sublinhar Maria das Dores Meira, presidente da autarquia sadina, na cerimónia. Em seguida, fez questão de “relembrar o que era o antigo CROAC”. “Era constituído por dois pavilhões, que entraram ao
serviço em Outubro de 2010. Funcionavam numa lógica de alojamento temporário, pois era ainda praticada a eutanásia de animais não reclamados”. Contudo, a “legislação entretanto mudou”, e com ela mudou “todo o paradigma na gestão de animais de companhia”. “Foi abandonada a eutanásia, sendo que agora os animais podem passar, no limite, toda a sua vida no CROAC”, garantiu a edil. Foi este o motivo que levou o município a avançar com as obras, que contaram com uma comparticipação financeira de 15 mil euros da Direcção-Geral das Autarquias Locais. “Passou a haver a necessidade, e a vontade, de olhar para este equipamento como um espaço que ofereça melhores serviços aos que aqui vivem”, explicou. Além de “criada uma área com 14 casinhas de madeira para alojamento de grupos de quatro a seis cães”, a Casa da Bicharada conta agora com “dois gatis”, assim como com “espaço para dois cavalos, outro para cem ovinos ou caprinos, um pombal para 300 pombos e uma sala de banhos e tosquias”. Já “a antiga vacaria” foi totalmente transformada, para acolher não só “80 cães”, como também “um espaço polivalente que forneça condições
logísticas aos trabalhadores”. Para Maria das Dores Meira, “o que é muito importante neste centro é a instalação de uma sala cirúrgica, que garante a realização da campanha municipal Capturar-Esterilizar-Devolver”.
Mérito de três funcionários distinguido com diploma
Na cerimónia de inauguração da Casa da Bicharada, Maria das Dores Meira enalteceu o esforço de três homens “que se empenharam na parte dura que foi fazer de um lugar inóspito um lugar de bem-estar animal”, distinguindo-os com um diploma de mérito. “Estes homens [Tolentino Sardo, Eusébio Hilário e Vítor Hugo] nem sempre tiveram uma relação amigável com a administração municipal, mas foram eles que puseram o interesse destes bichos e daquilo que é o interesse público naquilo que hoje está aqui”, afirmou, a concluir. No local marcaram igualmente presença outros elementos do executivo municipal, assim como o presidente da Assembleia Municipal de Setúbal, André Martins, e os presidentes das juntas de freguesia de São Sebastião e de Gâmbia, Pontes e Alto da Guerra, Nuno Costa e José Belchior, respectivamente.
No Parque Natural da Arrábida, mais precisamente “perto das antenas, no final da subida pelo lado da Secil”, reside actualmente uma raposa que tem preocupado milhares de munícipes, uma vez que se encontra ferida numa das patas dianteiras, onde tem uma fractura já cicatrizada. Entre comentários, partilhas e assinaturas numa petição criada para o efeito, os setubalenses, em conjunto com pessoas espalhadas pelo País e até além-fronteiras, têm-se unido e apresentado diversas sugestões. O caso foi partilhado por Vítor Guerreiro através da sua página de Facebook, com a publicação “a ter um alcance brutal e inesperado”, segundo explicou a O SETUBALENSE. Apesar de a população ter conhecimento de que, ao percorrer a Arrábida, existe a possibilidade de vir a “dar de caras com raposas”, este animal em particular tem captado a atenção de “muitas pessoas e associações” por “se encontrar debilitado”. Contudo, não se sabe há quanto tempo está a raposa ferida. “Por aquilo que me disseram, há mais de
um ano”, referiu. Já outros cidadãos afirmam, com recurso à publicação de Vítor Guerreiro, que os ferimentos surgiram há mais anos, como é disso exemplo o comentário de Rui de Sousa, no qual afirma que o mamífero “já tem a pata partida desde 2014/2015”. Este foi também um dos motivos que levou Vítor Guerreiro a expor a situação, com o objectivo de encontrar uma organização que capture o animal, que diz ser “muito dócil”, e que o leve para tratamento. “Esta raposinha continuará a sobreviver graças à comida oferecida por pessoas, uma vez que não deve conseguir capturar presas por si própria. Temo que não consiga sobreviver caçando”, sublinhou.
Petição pede recolha do animal para centro próprio
Além da publicação de Vítor Guerreiro na rede social Facebook, que tem movido milhares de cidadãos a tentar arranjar uma solução para a raposa ferida, foi ainda lançada uma petição, que conta actualmente com 1 304 assinaturas, onde se pede que “o animal seja recolhido para um centro de recuperação próprio para a espécie”. Uma vez que tem “a pata esquerda dianteira com uma fractura já cicatrizada”, a petição sublinha que a raposa está “impossibilitada de ser auto-suficiente e de se poder alimentar devidamente”. “Assim sendo, procura por comida junto à estrada na esperança de que quem passa e de quando passa, pare e lhe ofereça algo”. VÍTOR GUERREIRO
Há quem garanta que "raposa tem a pata partida desde 2014/2015"
7 de Junho de 2021 O SETUBALENSE 7 PUBLICIDADE
compromete-se com NUT III para a região p12 PALAVRAS QUE LEVANTAM RUMOS “As palavras entontecem quando dispersas levantam rumos vários” José Afonso, “As palavras”, Textos e Canções
A primeira tradução do sueco assinada por João José da Silva Duarte Como o terramoto de Lisboa de 1755 se intrometeu num carregamento de sal nas salinas setubalenses Fátima Ribeiro de Medeiros Em 1939, um grupo de eminentes iberistas fundava em Gotemburgo, na Suécia, o Instituto Ibero-Americano, empenhado em divulgar junto dos estudantes e do público em geral alguns aspetos literários, históricos, culturais e económicos dos países ibéricos e ibero-americanos, organismo ligado à Faculdade de Ciências Económicas daquela cidade, tendo como finalidade aprofundar as relações entre o povo sueco e os povos de língua portuguesa e espanhola. Nove anos mais tarde, o setubalense João José Pereira da Silva Duarte (5.06.1918-23.10.2011) começa a interessar-se pelas literaturas escandinavas, nomeadamente a sueca, entrando, a partir de então, em contacto epistolar com diversos escritores suecos, entre eles Nils Hedberg, que, em 1957, conhece pessoalmente em Lisboa e que ao tempo era o diretor do Instituto Ibero-Americano de Gotemburgo. Em 1958, com o patrocínio do Instituto e o apoio do seu diretor, Silva Duarte publicará a sua primeira tradução de um texto sueco, 1755 Breve Testemunho dum Sueco, de Fredric Christian Sternleuw, relato redigido quarenta anos após a catástrofe. Trata-se de uma brochura bilingue de 32 páginas, com introdução de Nils Hedberg, bastante significativa por ser a relação de um “mareante”, F. C. Sternleuw, “única autêntica testemunha ocular sueca do grande cataclismo”, que testemunhou no rio Tejo o terramoto de 1755, do convés da nau Sverige, em rota por Lisboa para descarregar “carga trazida da Suécia”, mas que se dirigia a Setúbal onde devia carregar sal. O porto de Setúbal era então chamado de Sanct Ybes pelos navegantes estrangeiros
João José Silva Duarte
de diferentes países, designação que se manteve, segundo Hedberg, até ao século XIX. Depois de carregado o sal, a Sverige levantou âncora em Setúbal e regressou a Estocolmo, voltando a transportar mercadoria com destino ao Mediterrâneo. O navegante refere também que “algumas horas antes [do terramoto] começou o mar a crescer com uma rapidez incrível. […] A maior parte das embarcações desprendeu-se das âncoras e lançou-se à deriva. […] Cresceu o mar de tal modo que logo que o terramoto começou a sentir-se muitos barcos foram arrastados para terra, dos quais um, por mais estranho que pareça, só veio a parar na antiga praça da cidade.” Anos depois, em 1769, F. C. Sternleuw regressa a Sanct Ybes (Setúbal) para carregar sal. “À minha chegada todos os depósitos de sal estavam vazios. Fui assim constrangido a esperar por quatro meses a nova produção sal.” Durante esse período decidiu empreender “uma viagem por terra” a Lisboa. “Tive aí a extrema alegria de encontrar esta cidade bastante reconstruída, guarnecida de belos palácios e casas confortáveis.” Passado o período de espera, “carregado completamente o meu brigue, tomei rumo para Esto-
colmo e tendo a viagem corrido bastante bem cheguei aí em outubro de 1769.” Com esta frase termina este breve relato de duas vindas a Setúbal para carregar sal destinado à Suécia, feito por um dos tripulantes da nau Sverige. Em nota final é dito que a tradução deste texto é uma “pequena contribuição para o encadeamento histórico e cultural entre os dois povos”. O título dado ao texto outra coisa não é senão “o fruto duma adaptação recente e propositada.” Esta tradução, entregue a Silva Duarte directamente por Nils Hedberg, denota a confiança do diretor do Instituto no tradutor setubalense, que com este título inaugurará uma série de traduções de textos suecos, publicando, logo em 1961, na Portugália (coleção “Antologias Universais”) Antologia de Contos Suecos, a que se seguirão vários volumes de poesia, estes com o apoio do Instituto Ibero-Americano de Gotemburgo. Mais tarde, em janeiro de 1969, seguindo o modelo, os pressupostos e intenções do Instituto sueco, Silva Duarte funda a Sociedade Ibero-Alemã, integrada como instituto independente na Universidade de Wurtzburgo, onde então lecciona. Mas essa é já outra história. Nota: todas as citações são do livro em referência. Investigadora do IELT, NOVA-FCSH
Tania Ghercov
Um desvio no caminho e uma relação amorosa acontece Explico melhor. Em 2018 decidimos fazer uma viagem exploratória, com a intenção de conhecer lugares onde gostaríamos de viver em Portugal. Iniciamos a viagem pela Invicta, cidade que nos encanta, mas que nos espanta pelos invernos rigorosos para brasileiros acostumados com poucos dias de frio. Passamos por Aveiro e Figueira da Foz e o frio e vento nos acompanhou na viagem, deixando a certeza de que não conseguiríamos nos habituar a dias mais cinzentos. Em Lisboa recebemos a indicação de um primo para um passeio até Porto Covo para conhecer esse lugar especial na Costa Vicentina. No caminho fizemos um desvio para conhecer Sesimbra, passamos por Azeitão e chegamos à Setúbal. O dia estava ensolarado e a Av. Luísa Todi, com suas árvores de um verde primaveril em contraste com o céu azul nos conquistou. Além disso tem rio, mar e montanha? Perfeito, que
cidade bonita! Paramos na Casa da Baía e ficamos intrigados com a beleza e sofisticação despretensiosa do lugar. Junte-se a isso a simpatia das pessoas que lá nos atenderam e tivemos a certeza de que era Setúbal onde gostaríamos de viver. E não nos arrependemos da decisão. No processo de procura da nossa casa tivemos a ajuda essencial de uma consultora imobiliária da Century21 Contacto Directo. Ela foi fundamental no processo para nos orientar, acabou se tornando minha primeira amiga local e me convidou para trabalhar na sua equipe. Hoje, além do meu trabalho como Consultora Imobiliária na Century21 Contacto Directo, divulgo a cidade através das minhas redes sociais. No meu blog e canal de YouTube – Portugal para Principiantes (em youtubetghercov.cdc21. pt) esclareço dúvidas para brasileiros e outros estrangeiros que tenham interesse em viver ou investir em Portugal.
915763988 tania.ghercov@century21.pt tghercov.cdc21.pt
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Entrevista PEDRO CONCEIÇÃO CANDIDATO A SETÚBAL
“O nosso objectivo é tornar Setúbal a terceira cidade do país” Concorre pelo CDS-PP mas como independente e apresenta um plano para modernizar a cidade, em dois mandatos Francisco Alves Rito (Texto) Mário Romão (Fotografia)
Engenheiro informático pela FCT da Universidade Nova, trabalhou vários anos em multinacionais de tecnologias de informação. Aos 50 anos, é empresário com actividade em Setúbal, França e Inglaterra. Estudou na cidade até ao ensino secundário e reparte a sua vida entre Setúbal, Troia e Lisboa. É casado e pai de duas filhas. Porque aceitou ser candidato pelo CDS-PP e como independente? É em puro espírito de missão. Sou um produto da cidade de Setúbal. Nasci em Setúbal, fiz cá a escola, nas escolas do Bocage, Comercial e Camarinha e depois entrei na Faculdade Nova de Lisboa, em Almada. Comecei a trabalhar na IBM e daí para a frente passei por vários países e conheci várias realidades que, penso, agora serão importantes. Voltei a Setúbal para a actividade empresarial em 2012 e deparei-me com uma cidade pior do que aquela que conhecia e senti logo, desde essa altura, a necessidade de devolver algo à minha cidade de coração e que resulta nesta candidatura. É uma candidatura por Setúbal, pela modernização da cidade, com uma missão, não é uma candidatura de ideologia ou partidária. A condição de independente é essencial para si? É, porque não sou um político. Não tenho aspirações políticas, não quero ser ministro, Presidente da República, nem, sequer, comentador televisivo. Estou aqui pela cidade e, não querendo fazer carreira política, penso que traz mais-valia para o projecto esta minha condição de independente. Até porque irá permitir que, mais à frente,
se criem condições de conversação com todas as forças vivas da cidade. Diz que a candidatura nasce de um plano de modernização da cidade. Que plano é esse? Temos um plano em que, em primeiro lugar, assumimos um objectivo. Aliás, desafio, desde já, todos os outros candidatos a assumirem qual é o seu objectivo. O nosso objectivo, em dois mandatos, é tornar Setúbal a terceira cidade mais rica do país. A cidade tem vindo a empobrecer e a decrescer nesse ranking. Para chegar a este objectivo, assentamos o nosso projecto em quatro pilares principais. Um é a indústria, algo que já cá está e de que não podemos prescindir. Temos algumas indústrias de qualidade mundial, estou-me a lembrar da Navigator que é líder mundial no papel, e a Secil que é um player importante. Indústrias que temos que estimar e integrar neste projecto. O desafio é que em futuros
O IMI deve estar alinhado com a riqueza da cidade. Se formos a 20.ª cidade mais rica, devemos ter a 20.º IMI mais alto
investimentos continuem a fazer um esforço para se tornarem mais verdes e o mais invisíveis possível, em termos de impactos visual e ambiental. O segundo pilar é o turismo, uma peçachave, em que o crescimento é o desafio mais importante. Conheço várias cidades por todo o mundo e Setúbal tem efectivamente um potencial que muito poucas têm. Esse potencial é reconhecido, toda a gente fala nele, e está na altura de o transformar em realidade. Para isso são necessárias algumas premissas e penso que essa experiência que tenho a nível internacional será importante. Setúbal tem condições naturais muito relevantes, tem de conseguir integrar a capacidade industrial com os investimentos turísticos que pretendemos trazer para a cidade. E os outros dois eixos? O terceiro é o pilar do conhecimento. O mundo empresarial evoluiu de uma componente de indústria pesada, como a que temos, e queremos manter, para uma baseada no conhecimento. O Google e o Facebook, todas as tecnológicas, são baseadas em conhecimento puro e que pode ser feito a partir de uma cidade como Setúbal. O Politécnico de Setúbal tem de passar a ser um ponto-chave que não sirva somente as pessoas próximas, mas com atractividade para ser a primeira opção quando um aluno de Viseu, ou de qualquer parte do território português, tem de escolher o seu futuro. O último, que é o primeiro patamar deste projecto, são as pessoas, que são o mais essencial. A Câmara Municipal tem componentes em que pode agir directamente, mas tem outras em que pode inspirar as forças vivas da cidade e as pessoas a criarem projectos. Se as pessoas não acreditarem - a dada altura havia
um grande descrédito dos próprios setubalenses na cidade -, esse espírito negativo faz com que nada aconteça. Qual é o papel do município na área da indústria? O município tem dois contextos; o de inspiração, influenciar as indústrias, e o do que são os padrões de investimento e de apoios a essas indústrias. Estou a falar, especificamente, da famosa questão das NUTS, por exemplo, que é um factor importante, iminentemente político e que, neste momento, muito prejudica a cidade de Setúbal, o concelho a região. Como vê a acção da Câmara na última década relativamente a esta temática da integração de Setúbal na região da Grande Lisboa? Se formos ver a evolução dos padrões das NUTS, desde o início, reparamos que houve um erro estratégico importante que foi incluir Setúbal
na região de Lisboa. É importante explicar o que significa esta questão das NUTS, que tem três níveis. NUT I, Portugal Continental, Madeira e Açores; NUT II, as regiões Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve: as NUT III, em que as regiões se subdividem. Nos últimos 20 anos, na região de Lisboa e Vale do Tejo, o Oeste conseguiu negociar e integrar-se na região Centro, a Lezíria conseguiu sair e integrar-se no Alentejo, e Setúbal, pelo contrário, que era uma NUT III, uma subdivisão da região de Lisboa, em 2013 deixou de ser. Deixou de se diferenciar entre Setúbal e Lisboa. Isto significa que, para atrair um investimento para Santarém, posso dizer ao empresário que 60% do seu projecto é financiado pela União Europeia, enquanto se vier para Setúbal provavelmente tem de pagar 100% do investimento. Vivemos num mundo aberto, existe
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Veja a entrevista completa, em vídeo, no site ou nas redes sociais d'O Setubalense
concorrência entre regiões e entre municípios, e, quando temos esta desvantagem, não conseguimos atrair investimento, nem ajudar a nossa indústria a receber esses fundos para se modernizar. O que pode a autarquia fazer para mudar esse estado de coisas? A autarquia tem de influenciar o Governo. Setúbal deveria ser uma NUT III e ter a ambição de, inclusivamente, conseguir sair da região de Lisboa e passar para a região do Alentejo, que, até geograficamente faz sentido, e onde teríamos benefícios importantes. Lisboa é o nosso maior concorrente, muitos dos recursos são desviados para Lisboa. Dou um exemplo: A Região de Turismo Costa Azul foi extinta e integrada no Turismo de Lisboa e isso não trouxe nada de bom para a região. Recordo-me de ver anúncios, no estrangeiro, a promover Lisboa,
mostrando as praias de Setúbal sem referir a marca Setúbal. E a marca Setúbal é importante, é o que pode fazer evoluir esta região e, portanto, esse tipo de abordagem é o que torna a margem sul no tal deserto. Como prevê estruturar o potencial turístico em produto? Temos que ter uma estratégica para a cidade e criar ou trazer infra-estruturas âncora. Setúbal tem que cativar investimento de dois ou três hotéis de referência, tipo resort. É importante que existam e há locais onde podem ser implementados. Tem que haver algumas componentes de diversão, que é muito importante para cativar as pessoas a virem a Setúbal não só para restauração. Há uma grande ausência de alternativas à restauração. Não retiramos o potencial do capital que essas pessoas trazem e poderiam gastar na cidade, para criar uma onda de dinamismo. Já pensou em locais para esses resorts? Já. Há alguns espaços, onde já existem infraestruturas, em que o impacto ambiental, por exemplo, na serra da Arrábida já lá está, porque é uma questão de reconversão desses espaços. Não queria abrir muito esse jogo porque há uma componente de concorrência e nós já estamos a falar com alguns operadores. Falo em resorts mas também estamos já à procura de investimentos na área do entretenimento, numa lógica de parque temático. Daí este projeto ser muito entusiasmante. Temos de criar estruturas que prendam o turista a Setúbal e, por isso, não é irrelevante para nós a localização do aeroporto. Faz diferença ser no Montijo ou Alcochete? Faz muita diferença porque o aeroporto do Montijo é falado como ‘Lisboa mais um’ mas Lisboa não lhe passa pela cabeça perder o aeroporto da Portela por causa das taxas turísticas e porque o aeroporto dentro da cidade motiva o turista a ficar nos hotéis de Lisboa que, por si, também têm taxas de turismo. Dai a aposta em Alcochete ser muito importante. A aposta no turismo é uma excelente alternativa para Setúbal porque, se calhar, em vez da base orçamental ser o IMI, passa a ser as taxas turísticas. Hoje, quando o turista chega a Lisboa, está vinculado àquela cidade, fica lá num hotel e, quanto muito, visita Setúbal para fazer um passeio, ver os golfinhos ou almoçar. Depois volta a Lisboa, vai dormir e deixa tudo o que é receita no lado de lá. Se o aeroporto for em Alcochete, o turista, quando sai do avião, passa a ter duas opções: vai para Lisboa e visita Setúbal ou escolhe fazer turismo de praia, ficar num hotel da região, e visitar Lisboa um dia ou dois.
Qual é a sua estratégia para o IMI? Não faz sentido sermos uma das regiões mais pobres e ter um IMI dos mais ricos. A questão orçamental tem que ser acautelada e isso faz parte desta dinâmica de fazer crescer a cidade e torná-la mais rica, mas temos que ter em atenção a justiça fiscal. A proposta que deixo é que a taxa de IMI deve estar alinhada com a posição de Setúbal no ranking das cidades em Portugal. Se formos a vigésima cidade no ranking de riqueza, deveremos ter também o vigésimo IMI mais alto e gerir esse equilíbrio. Ouvi o candidato da CDU dizer que o IMI não poderia baixar porque, no fim de contas, era um imposto de proprietários. Essa é a abordagem errada porque os proprietários de casas, em Portugal, não são obrigatoriamente ricos. Defende que a concessão da água deve continuar ou passar para a esfera pública? Não tenho qualquer tipo de questão ideológica nisso. Temos de analisar o esforço de investimento de que a infra-estrutura de água necessita, perceber se a autarquia tem ou não capacidade financeira ou de endividamento para cumprir esse objectivo. É uma questão de ver qual é a melhor solução para os munícipes e, portanto, o cenário que nos der uma infra-estrutura de maior qualidade a um menor preço - seja numa perspectiva pública como privada -, deve ser o decidido. O contracto de concessão para o estacionamento parece-lhe uma boa solução? Apoiei a presidente Dores Meira nas últimas eleições porque achei que era a solução com mais condições de continuar um trabalho e de fazer evoluir Setúbal - digo-o sem nenhum problema - mas acho que essa é, provavelmente, uma mancha no seu mandato. Mais do que a decisão ser tomada no fim de mandato, esse contrato tem um enquadramento errado. Inicialmente, previa fazer três estacionamentos subterrâneos e, a meio, foi corrigido, retirando o parque de estacionamento da praça de touros, junto ao hospital. Isto foi uma espécie de desconto ao concessionário que, dentro das mesmas condições, já tem que fazer um parque a menos. E há uma contrapartida, que me parece inaceitável, em que quebramos a lógica do utilizador-pagador. O contrato diz que é feito o parque do Quartel do Onze e, só depois de atingir uma capacidade, é que o concessionário tem a obrigação de construir o segundo parque, junto ao mercado. Não são os dois ao mesmo tempo, mas já está como contrapartida o estacionamento total da baixa da cidade. É uma espécie de
O contrato de estacionamento é uma mancha no mandato de Dores Meira taxa ou de imposto, para a população, uma vez que esses estacionamentos foram feitos com os seus impostos e pagam uma taxa para estacionar que serve para financiar uma infraestrutura que podem não usar. Mas vão ter que pagar a taxa durante 40 anos. E passamos de mil e qualquer coisa lugares pagos para nove mil e tal. E há ainda uma cereja no topo desse bolo: o concurso público prevê que, passados os 40 anos de concessão, se o concessionário provar que teve prejuízo, a Câmara terá de pagar a diferença. Ou seja, o concessionário faz um negócio sem risco. Creio que a Câmara tinha muito desejo de fazer aqueles parques subterrâneos, eram promessas eleitorais antigas, e arranjou esta forma de se financiar, mas com uma espécie de parceria público-privada daquelas que a CDU mais critica, quando são feitas noutros contextos ou noutros locais. A política de acesso às praias da Arrábida, parece-lhe necessária e adequada? Não tenho coragem de criticar a decisão tomada, perante uma situação em que havia um risco efectivo de não poderem passar carros de emergência médica ou de bombeiros. Não havia outra opção, porque tinha que reagir-se depressa com base na prevenção. A partir dai e numa perspetiva mais pensada, temos de ter consciência que as praias – algumas são pérolas - têm uma capacidade limitada e um acesso limitado. Acho importante que exista abertura de espirito para criar também acessos por via marítima, mas, mais do que isso, temos que pensar nas praias no global e ter uma solução para todos. Continuo a acreditar que a solução é Troia, que sempre foi o local de praia dos setubalenses, e temos que lutar para voltar a ser uma opção. Mas há um operador turístico que quer manter reserva sobre aquele território e tem domínio do transporte fluvial. O preço do transporte fluvial é feito à base do custo da alternativa, que é dar a volta de carro. Temos de criar uma infraestrutura em que essa volta seja mais curta, e isso é possível. Existe
uma ponte ferroviária que foi feita há uns seis anos, no local onde o rio estreita mais. Se baixarmos o custo de dar a volta, pomos pressão económica no operador para baixar preços. Por outro lado, é preciso também negociar com Grândola, porque há benefícios de parte-a-parte em que esta ligação seja mais fluida. Há muita gente que não vive em Troia devido à falta de infraestruturas, nomeadamente acesso ao hospital. Tenho muita dificuldade em classificar o projecto privado de Troia como um sucesso. Acho que também é do interesse do operador turístico criar uma dinâmica diferente porque, mesmo no Verão, Troia tem muitas caras conhecidas de Setúbal e vive muito à conta dos setubalenses. O município tem algum papel a desempenhar no futuro do Vitória? O município têm que apoiar os clubes da terra em geral e o Vitória de Setúbal em particular. Tendo este projeto uma componente turística importante, o Vitória é uma bandeira muito relevante. Acredito que estará na primeira divisão, neste projeto, em dois mandatos. Temos uma visão para essa recuperação, que discutiremos em privado com a direção do Vitória, e uma coisa lhe digo: não pretendemos fazer uma solução tipo TAP ou tipo BES. Não faz sentido que sejam os contribuintes a pagar a divida da SAD do Vitória. O CDS não costuma eleger vereadores e nestas eleições tem a concorrência da IL e do chega. Não sente falta de espaço? Não, pelo contrário. O CDS vive um momento muito desafiante mas também de oportunidade, porque o PSD fez uma deriva à esquerda e abriu espaço para uma direita mais moderada. Acho que o CDS pode ter esse espaço. O Chega é uma direita mais radical, de protesto. O meu maior desafio será fazer com que as pessoas não vejam a política como o futebol, presas àquela lógica de “sempre votei vermelho ou sempre votei rosa ou laranja”. O que deve contar é o projecto, e, se reparar nestas entrevistas, os candidatos independentes são os únicos que têm projeto para a cidade enquanto os candidatos de carreira apresentam-se a eles próprios como uma mais-valia. Se for eleito vereador tenciona aceitar pelouros? Tenciono aceitar o que a população achar por bem, com a força que achar que me deve dar. Quando concorremos é para ganhar e tenho consciência dos desafios que existem para um cenário desses, mas estarei disponível sempre para Setúbal, não vou me embora. Apoio à produção: B&B Hotel Sado Setúbal
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Setúbal PUBLIREPORTAGEM
‘A Padaria Portuguesa’ quer ser lugar de eleição para os setubalenses Marca lisboeta tem três lojas no distrito e 58 no país Desde terça-feira, Setúbal passou a ter uma loja ‘A Padaria Portuguesa’, que abriu na Avenida Luísa Todi. André Campino André, da equipa de marketing da marca, sublinha que o novo espaço é uma oferta para qualquer momento do dia. “Para além da nossa oferta gastronómica temos salas confortáveis, com internet gratuita, as pessoas podem vir para cá tra-
balhar, estudar ou ter reuniões. Tal como aconteceu nas outras lojas, queremos também aqui em Setúbal, ser um lugar de eleição para os setubalenses.”, diz. A lisboeta ‘A Padaria Portuguesa’ existe desde 2010 e, agora, acaba de inaugurar a sua loja mais distante da capital. A sul, depois de duas unidades em Almada, uma na zona histórica e outra no Almada Fórum, a equipa responsável deste espaço espera marcar a diferença com os seus produtos tradicionais, como o croissant brioche ou o pão de deus, mas também com criações inova-
DR
O novo estabelecimento abriu na Avenida Luísa Todi, junto ao Fórum Municipal Luísa Todi
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ALMADA 265 539 691 SETÚBAL 265 520 716 SEIXAL 265 520 716 MONTIJO 212 318 392 MOITA 212 047 599 BARREIRO 212 047 599 PALMELA 265 520 716 ALCOCHETE 212 318 392 OUTROS CONCELHOS 265 520 716
doras que mostram o compromisso e enorme vontade de integração na comunidade sadina. Desde logo com o cachorro de choco frito em pão de brioche com tinta de choco. “Nós sabemos que temos um modelo um pouco diferente do comercio tradicional aqui da zona, chegamos com a nossa oferta, com os nossos produtos, mas fomos mais longe, desenvolvemos produtos específicos para esta loja em Setúbal. Para além do cachorro de choco frito desenvolvemos também um croissant com calda de moscatel e um pudim de nozes de receita conventual de Setúbal”, explica André Campino. Setúbal, justifica, “surge como um desafio, mas também como motivo de orgulho de poder trazer o nosso conceito um pouco mais para fora do universo de Lisboa, e ter a oportunidade de ter uma loja na Avenida Luísa Todi é para nós um grande orgulho e marca claramente o início da nossa expansão para fora de Lisboa até numa óptica de retoma após covid”. ‘A Padaria Portuguesa’ começou com uma pequena loja na Avenida João XXI, com o objectivo de melhorar a oferta de pequeno-almoço aos lisboetas, e que ainda se mantém como o seu produto basilar: conjunto de croissant, ou sandes mista, sumo de laranja e café, por 2,99€. A padaria foi evoluindo, percebeu que podia estar em mais momentos do dia e da teoria
passou à prática.” Começámos a fazer sandes para o almoço, também saladas, e refeições caseiras da marca Brando que se vendem normalmente congeladas, mas nós preparamos todos os dias para as pessoas consumirem aqui”. Com o passar do tempo e com a procura, a oferta foi evoluindo e agora existe a opção, ao pequeno-almoço, de ovos mexidos em vez de sandes, uma fatia de pão artesanal produto próprio, sumo e café, também por 2,99€. Para além de uma pastelaria própria variada a padaria, tem uma vasta oferta de pão, desde o artesanal, pão grande, pão regional de Mafra, alentejano, bola de água, padeira bola, bola com sementes, tudo produção dafábrica que possui em Marvila.
Promoções de abertura
Até 7 de junho os novos clientes, terão direito ao já habitual cafezinho, mediante apresentação de um folheto distribuído pela cidade. ‘A Padaria Portuguesa’ preparou também uma edição especial de produtos inspirados em Setúbal. Em exclusivo na nova loja, os clientes poderão provar um cachorro de choco frito (5,95€ ou 6,95€ com bebida + batatas fritas), um croissant com calda de Moscatel (1,30€), um pudim de nozes do Convento de Jesus de Setúbal (2€ ou 2,99€ com copo de Moscatel) ou mesmo desfrutar de um copo de Moscatel Roxo (2€).
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‘Semana do choco’ está na ementa até domingo p20 e 21
Setúbal, uma cidade do século XXI com problemas do século XX manos – está em causa a manutenção de algumas especialidades médicas que são determinantes para o tratamento e prevenção de doenças dos seus utentes. Recentemente, Setúbal foi notícia pelo facto de ser a segunda cidade da Europa onde a taxa de esforço das famílias para o pagamento da renda de casa é maior. Há muito que o problema da habitação se tem vindo a acentuar, houve um aumento de procura de casa no concelho e consequentemente os preços aumentaram, devido à escassez de oferta. É necessário construir mais habitação, termos mais oferta, caso contrário corremos o risco sério de termos muitas famílias na rua. Temos a obrigação de estar ao lado das famílias e de as apoiar a ultrapassar as dificuldades que têm no acesso à habitação, uma das medidas que pretendemos implementar junto das famílias setubalenses é a devolução de 5% de IRS durante 10 anos e a redução do IMI. Setúbal tem de se preparar para enfrentar os tempos que aí vêm, não é novidade para ninguém, que o pós-Pandemia nos trará tempos difíceis, quer sociais, quer económicos, por isso, temos de
OPINIÃO Fernando Negrão
preparar o concelho para que tenhamos condições de competitividade para atrair investimento nacional e estrangeiro, pois, só através desse investimento é que conseguiremos criar postos de trabalho. Temos de criar condições para que os mais jovens possam iniciar os seus negócios e conseguirem proporcionar emprego mais digno para todos. Setúbal tem todas as condições para se afirmar no plano económico e contribuir para a criação de postos de trabalho. Somos favorecidos pelas condições naturais, como a localização geográfica, a que se juntam os recursos humanos altamente qualificados, com a particularidade da presença do Instituto Politécnico de Setúbal, que desenvolve um trabalho de excelência, e a disponibilidade de espaços altamente competitivos na localização, preços e acessibilidade. Reúnem-se as condições para criarmos incubadoras, que fomentem o empreendedorismo, sobretudo nos jovens de Setúbal. Com a criação de uma Incubadora de Startups conseguiremos a criação de postos de trabalho qualificados, novos investidores, aumento do número de transações,
melhoria da tesouraria das empresas e criação de novas áreas de negócio. Por último, e não menos importante, porque poderia ser o primeiro aspeto aqui referido, prende-se com a interação da Câmara Municipal de Setúbal com os seus cidadãos, como se costuma dizer, ainda é um conceito à moda antiga. Temos de implementar a transformação digital, que como sabemos é um meio para ultrapassar alguns problemas tradicionais, como por exemplo, a produtividade, a eficácia, a agilidade e até para a diminuição dos custos da autarquia. O Município tem o dever de se transformar digitalmente e de chegar de forma mais rápida e eficaz aos seus munícipes. Atransformaçãodigitalirápermitiraeliminaçãodeduplicações,erros,tarefasrotineirasoudesperdícioderecursosecriarserviços maistransparentesedeproximidadecoma população, tornando-nos mais eficientes. Setúbal tem de ser palco de crescimento económico, desenvolvimento sustentável e de transformação digital. Deputado do PSD PUBLICIDADE
1947
S
ituada a sul do rio Tejo, Setúbal é uma cidade privilegiada, nasceu de entre valores imensuráveis que são a serra, o rio e o mar. A cidade de Setúbal tem atrativos difíceis de igualar, a natureza, a história, a localização e a gastronomia. Quem cá vive e quem nos visita não fica indiferente à sua beleza e às suas gentes. Nos últimos 20 anos temos testemunhado o embelezamento da nossa cidade. No entanto, em pleno Século XXI, o concelho de Setúbal continua a deparar-se com problemas que já deveríamos ter ultrapassado há muito, problemas concretos do século passado. O concelho de Setúbal tem atualmente locais das suas freguesias sem acesso à rede de águas públicas e sem saneamento básico – em pleno Século XXI, numa cidade que quer ser apelativa para viver, visitar e investir. Vive problemas sérios, na sua resposta de saúde, o Centro Hospitalar de Setúbal atravessa atualmente enormes dificuldades, quer ao nível das infraestruturas, quer ao nível dos recursos hu-
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Setúbal MINISTRA ASSUME COMPROMISSO
Reclassificação da Península de Setúbal como NUTS III é para propor já a Bruxelas MÁRIO ROMÃO
Ana Abrunhosa garantiu que o Governo vai também estudar a criação de uma NUTS II para a região, sem condicionar a reflexão à regionalização Mário Rui Sobral Humberto Lameiras O Governo vai “iniciar de imediato” o processo para (re)constituição da NUTS III Península de Setúbal. A garantia foi dada pela ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, durante o forum promovido na última sexta-feira pela Associação da Indústria da Península de Setúbal (AISET), para debater o futuro da região e um justo acesso a apoios comunitários. “O Governo está do vosso lado, disponível desde já para propor essa alteração à Comissão Europeia”, disse a governante, que interveio na sessão de abertura do evento realizado no Instituto Politécnico de Setúbal (IPS), com empresários, deputados parlamentares, actuais e antigos autarcas, entre outros. A ministra alertou, no entanto, que “uma NUTS III autónoma não resolve tudo per si“. Isto porque, explicou, “a taxa de apoio de uma NUTS III é sempre definida pela NUTS II a que pertence”. Ou seja, a alocação de fundos europeus é determinada pelas NUTS (Nomenclatura das Unidades Territoriais para Fins Estatísticos) II. Daí que, juntou Ana Abrunhosa, “o Governo assume também a disponibilidade para estudar a viabilidade da criação de uma NUTS II” para a região, “sem condicionar essa reflexão à regionalização”. Todo esse processo, que estará em marcha, apenas terá depois de ser “considerado na regionalização”, a qual ajudará “a resolver muitos dos problemas” existentes nos territórios, esclareceu. Até porque permitirá “evidenciar as especificidades dos territórios” e ajudará “de forma mais subsidiária a encontrar soluções mais específicas”. “A tratar diferente o que é diferente, que é no fundo o que a Península de Setúbal aqui exige”, salientou a ministra.
Ana Abrunhosa alertou que uma NUTS III autónoma não resolve tudo per si
A possibilidade de negociação para a criação de uma NUTS III “ficou fechada em 2019” e qualquer alteração a partir de agora “só produzirá efeitos após 2027”, lembrou.
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As assimetrias e vulnerabilidades a
que a Península de Setúbal está votada foram reconhecidas, mas a governante salientou que a região não deixa, ainda assim, de estar incluída em processos de beneficiação de fundos comunitários ou do próprio Orçamento do Estado. E frisou: “É possível uma estratégia específica
Elisa Ferreira “Os fundos europeus são um meio, não um fim" “Os fundos europeus são um meio, não são um fim”, disse a Comissária Europeia Elisa Ferreira, que interveio, por videoconferência, na sessão de encerramento do forum. O fim, esclareceu, “é o desenvolvimento económico, social, territorial, as empresas e as condições de vida das pessoas”. As NUTS, lembrou, “são responsabilidade dos estados-membros”. Esta organização estatística é definida pelo Eurostat que, de três em três anos, anuncia “a possibilidade
de alterações”, pelo que Portugal “terá de aproveitar a segunda metade deste ano” para fazer a proposta de criação da NUTS III Península de Setúbal e apresentá-la “até [1 de Fevereiro de] 2022”. A Comissária Europeia considerou que o mais importante, neste momento, dadas as circunstâncias excepcionais, é que Setúbal “defina a sua própria estratégia de desenvolvimento e que haja reflexão de quais os investimentos que podem materializar esse plano de desenvolvimento”.
para a Península de Setúbal, integrada na própria estratégia da Área Metropolitana de Lisboa”. Fundamental, adiantou, é “trabalhar no terreno desde já, porque no Plano de Recuperação e Resiliência [PRR] há espaço para os investimentos que a Península de Setúbal queira fazer”. Ana Abrunhosa realçou os mecanismos disponíveis de apoio como “as agendas mobilizadoras para a inovação empresarial” e alertou para a importância de se construir no território “nem que seja uma agenda mobilizadora”, já que as verbas “são significativas”. “Estamos a falar de mais de 500 milhões de euros. O objectivo é acelerar a incorporação do conhecimento nas empresas para que sejam mais competitivas e ambientalmente mais sustentáveis”, focou. Os apoios destinados ao sector das empresas podem ser encontrados ainda noutras medidas. “As agendas verdes para inovação empresarial, para adaptação das empresas às alterações climáticas. Só nestas agendas temos 362 milhões de euros. Vamos ter também uma linha específica de 652 milhões de euros para a digitalização das empresas. Não deixem de
preparar as candidaturas”, apelou a governante, que indicou ainda a existência de “um programa específico de 715 milhões de euros para a descaracterização da indústria”, a pensar na eficiência energética. Além dos apoios dirigidos às empresas, a ministra assinalou também a existência de medidas para os municípios. Apontou a área da saúde e a da habitação, a custos acessíveis, antes de indicar que para respostas sociais estão garantidos “250 milhões de euros exclusivamente para comunidades empobrecidas nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto”. E ao nível das infra-estruturas evidenciou “a variante à Estrada Nacional (EN) 4 da Atalaia, garantindo ligações rodoviárias do Montijo ao IP1, Ponte Vasco da Gama, o acesso à linha do Sul e ao Porto de Setúbal, e também a requalificação da EN 10-4 Setúbal-Mitrena”. Projectos “a executar pelos municípios”, que irão “alavancar outras dinâmicas e sectores empresariais”, indicou.
AISET quer ouvir da boca de Costa
O anúncio da ministra de que o Governo vai avançar de imediato para a (re)constituição da NUTS III e estudar a viabilidade de uma NUTS II para a região deixou o director-geral da AISET, Nuno Maia, satisfeito mas não descansado. “É tempo de o primeiro-ministro vir a público assumir este compromisso com a Península de Setúbal, pois ele é que tem toda a autoridade política para nos dar esta garantia", disse, na sessão de encerramento, o dirigente da associação industrial, que admitiu preocupação pela morosidade do processo que tem de passar por “quatro ministérios". “É agora totalmente consensual que estas NUTS nos vão trazer mais convergência económica e coesão social”, adiantou, para reforçar de seguida: “É imperativamente necessária a reformulação das NUTS, instituindo de forma transparente, linear e urgente as NUTS II e III Península de Setúbal.” A Península de Setúbal tem sido prejudicada no acesso aos fundos europeus desde que, em 2013, por decisão do Governo PSD/CDS, passou a integrar as NUTS Área Metropolitana de Lisboa.
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Setúbal FOTOS: MÁRIO ROMÃO
AISET promoveu conferência com vários decisores regionais e governantes
CAPTAR FUNDOS COMUNITÁRIOS
Todos de acordo com NUTS III para a Península de Setúbal, mas falta definir como e quando Os nove da península aguardam compromisso público de António Costa, e alertam que é urgente captar fundos europeus Humberto Lameiras Mário Rui Sobral A criação da NUTS III da Península de Setúbal é assunto aceite por todos, desde governantes a decisores locais. A questão agora é como e quando. Esta foi a conclusão que saiu do debate na passada sexta-feira na conferência organizada pela AISET - Associação da Indústria da Península de Setúbal, que decorreu, ao longo do dia, no Instituto Politécnico de Setúbal. Empresários, autarcas, académicos, igreja, deputados, a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, e a Comissária Europeia, Elisa Ferreira, foram alguns dos intervenientes que participaram no fórum “Devolver o Futuro à Península de Setúbal”, onde esteve em cima da mesa a necessida-
de - que alguns defenderam urgente - de recolocar a região no mapa dos fundos europeus. O encontro teve por base sensibilizar o Governo para a necessidade de criar uma nova NUTS II e III, no âmbito da Área Metropolitana de Lisboa (AML), para que a região de Setúbal possa voltar a beneficiar de investimentos co-financiados por fundos comunitários. A ministra Ana Abrunhosa garantiu que o Governo vai iniciar “de imediato” o processo para (re)constituição da NUTS III Península de Setúbal (ver página 12), e a líder parlamentar do PS, Ana Catarina Mendes, afirmou que a Nomenclatura das Unidades Territoriais para Fins Estatísticos
Em 2013 a Península de Setúbal passou a integrar a NUTS da AML e perdeu acesso a fundos comunitários
(NUTS) adequada à Península de Setúbal é para ser ‘devolvida’ até “até Fevereiro de 2022”. Mas, como afirmava no encontro o director-geral da AISET, Nuno Maia, é preciso que o primeiro-ministro, António Costa, assuma esse compromisso publicamente. Aliás, a presidente da Câmara de Setúbal, Maria das Dores Meira, que participou no painel de abertura da conferência, lembrou que a Península de Setúbal foi prejudicada no acesso aos fundos comunitários quando o governo (PSD/CDS) de Passos Coelho, em 2013, decidiu que os nove concelhos da margem sul (Alcochete, Almada, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela, Seixal, Sesimbra e Setúbal) passavam a integrar a NUTS da AML. A isto, o presidente do conselho directivo da Associação de Municípios da Região de Setúbal, Rui Garcia, acrescentava que o executivo de António Costa tem-se envolvido em “contradições”, pelo que “não bastam as intenções anunciadas pelos grupos parlamentares”. Certo é, que a NUTS para a Península de Setúbal ainda está em fase de processo para andar, e corre o risco de não apanhar o comboio do Portugal 2030.
Antoine Velge afirma que Portugal já perdeu dois mil milhões de euros
Presidente da Câmara de Setúbal acusa Governo de impasse
Na conferência sobre “Devolver o Futuro à Península de Setúbal”, o presidente da AISET afirmou que este território e Portugal está a perder milhões por má definição da NUTS. “Já se perderam dois mil milhões de euros de fundos comunitários adicionais do PT2020 e outro tanto do PT2030”, afirmou Antoine Velge, presidente da AISET – Associação Industrial da Península de Setúbal, pelo facto da Península de Setúbal estar enquadrada na NUTS (Nomenclatura das Unidades Territoriais para Fins Estatísticos) da Área Metropolitana de Lisboa (AML). Na sua opinião, se nada for feito, tanto a Península de Setúbal como o País vão “continuar a perder fundos comunitárias”. A solução para o evitar, defende, passa por uma AML como entidade administrativa com duas NUTS, sendo criada a NUTS III para a Península de Setúbal. Para o presidente da AISET, a Península de Setúbal “deveria ter sido organizada em termos de NUTS dentro da AML ainda antes da entrada em vigor do PT2020”, isto de forma a “permitir que [este território] tivesse acesso a fundos comunitários”. Referindo-se ao sector industrial instalado na região de Setúbal, Antoine Velge focou que os fundos comunitários são “absolutamente prioritários”, para que as empresas consigam modernizar-se e serem competitivas no mercado internacional. E foi bastante claro ao dizer que a actual situação “é grave”, e mais ainda quando “há discriminação na distribuição dos parcos fundos comunitários na AML do PT2020”, isto com “prejuízo para os concelhos da Península de Setúbal. O resultado tem sido o “encerramento de empresas e mais desemprego, tudo isto porque os nove concelhos da península “foram indevidamente colocados numa NUTS estatisticamente rica”. Conclusão: “não tem acesso aos necessários fundos comunitários”.
Maria das Dores Meira diz que tem de se acabar com as assimetrias dentro da Área Metropolitana de Lisboa e atrair mais fundos comunitários para a Península de Setúbal, para dar mais fôlego à economia local. “Temos de estar todos de acordo com a criação da NUTS III para a Península de Setúbal”, afirmou a presidente da Câmara Municipal de Setúbal na conferência organizada pela AISET, onde não perdeu a ocasião para acusar o Governo de impasse na decisão de criar a NUTS para este território. Lembrou a autarca que a ministra Ana Abrunhosa disse ser “urgente a Península de Setúbal ser NUTS III”, e mais tarde o secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, Carlos Miguel, veio dizer que “criar a NUTSIII [para este território] nada implicará [que o mesmo] tenha acesso a fundos comunitários, se esta região permanecer integrada na Área Metropolitana de Lisboa” (AML). E sobre isto, defende a autarca, que a península “tem de continuar na AML”. Maria das Dores Meira apontou ainda o dedo ao Partido Socialista por “demonstrar insegurança” nesta matéria sendo que por vezes está de acordo e outras nem por isso, e também não esqueceu a crítica ao PSD que se mostra agora “grande paladino desta causa”, mas “ainda não fez acto de contrição” por ter sido o “governo PSD/CDS que, em 2013, alterou a definição das NUTS”. Considera Dores Meira que o que tem estado em cima da mesa é uma política com medida eleitoral, - “uma manobra de diversão” -, mas o certo é que “todos reconhecem a injustiça da situação”, sendo que “os grupos parlamentares” consideram que tem de ser criada a NUTS para a Península de Setúbal “com carácter de urgência”. Na sua opinião o que se está a assistir é a uma “assimetria que tem de ser resolvida”, dai que na AML passem a existir duas NUTS que “optimizem Portugal no acesso a fundos comunitários da União Europeia”, e isto implica a “criação da NUTS III para a Península de Setúbal”.
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Setúbal aplaude dedicação do plantel do Vitória p22
Rui Garcia não dispensa plano estratégico de desenvolvimento O presidente da Associação de Municípios da Região de Setúbal (AMRS) não ficou descansado com a garantia da ministra da Coesão Territorial sobre o Governo ir avançar de imediato com a NUTS direccionada à Península de Setúbal. Na conferência, Ana Abrunhosa afirmou que o Governo está disponível para propor à União Europeia a constituição da NUTS III para a Península de Setúbal e estudar a viabilidade de criar a NUTS II, ou seja, redefinir a Nomenclatura das Unidades Territoriais para Fins Estatísticos (NUTS) dentro da Área Metropolitana de Lisboa, por forma a travar um desenvolvimento a duas velocidades entre territórios. A ministra disse, e vem ao encontro de uma antiga luta dos nove municípios da Península de Setúbal que, embora não estejam dispostos a sair da estrutura da Área Metropolitana de Lisboa, defendem que seja criada a NUTS III para os enquadrar e, assim, captarem fundos comunitários, o que não tem sido possível pela agregação com a rica região da capital do País. Mas a palavras de Ana Abrunhosa não deixaram o presidente do conselho directivo da Associação de Municípios da Região de Setúbal descansado. Para Rui Garcia, apesar da ministra ter assumido que existe consenso em torno da criação da NUTS III, “não é suficiente” para garantir à península o acesso aos fundos comunitários “no quadro comunitário que vai começar agora”, isto, a menos que, “se estude muito rapidamente e se apresenta já uma proposta para a definição da NUTS II”, caso contrário, “vamos ver adiado por mais uma década o acesso aos fundos comunitários”. E acrescenta: “O Plano de Recuperação e Resiliência [a bazuca europeia como referiu o primeiro-ministro, António Costa], não resolve as assimetrias da Península de Setúbal”. Para o também presidente da Câmara Municipal da Moita, para além da criação da NUTS III para os nove da península, o equilíbrio socio-económico do território só pode começar a tomar boa direcção se for implementado, com “urgência” um Plano Estratégico de Desenvolvimento para a Península de Setúbal, e para isso, afirma: “basta vontade política”. Esta é a medida para “ultrapassar os atrasos e dar potencial à região”, acredita.
Teresa Almeida diz que a AML não pode abdicar do potencial da península
Catarina Mendes revela que NUTS III na península avança até Fevereiro de 2022
Teresa Almeida, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDRLVT), considera que “a Área Metropolitana de Lisboa (AML) não pode abdicar do que a Península de Setúbal pode fazer pela região e pelo País”. “Margueira, Siderurgia e Quimiparque são espaços de grande dimensão que podem contribuir para diferenciar a região”, exemplificou a responsável, sobre a capacidade que estes espaços de grandes indústrias do passado podem ter enquanto “aceleradores” na reindustrialização do futuro. A responsável, que falava na conferência organizada pela AISET, apontava o potencial da região com o que tem em infra-estruturas portuárias de Setúbal, e também de Lisboa, o qual será reforçado “pelo novo aeroporto, novas rodovias e pela ligação ferroviária Badajoz-Sines”. Vantagens a aproveitar, já que confirmada está há mais do que muito “uma falta de capacidade financeira para vir ao encontro das necessidades não só da Península de Setúbal mas de toda a AML”, que “carece de apoios” para responder às assimetrias que apresenta. “Há pobreza, há dificuldades, há necessidade de apoios…”, frisou. Daí a importância de uma “resposta robusta” como a proporcionada pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que “pode não ser cabal mas que pela primeira vez identifica as áreas metropolitanas de Lisboa e Porto para apoios específicos em áreas que nunca foram apoiadas: a habitação e as pessoas mais desfavorecidas”. Teresa Almeida deixou, todavia, um alerta: “É importante que haja transparência e regras claras no acesso aos fundos do PRR. Não estão ainda claras as formas como as empresas podem ter acesso. As respostas têm de ser dadas também na Península de Setúbal”, finalizou.
Ana Catarina Mendes, deputada à Assembleia da República eleita pelo PS, afirmou na conferência da AISET que criação de uma NUTS III para a Península de Setúbal é para ser concretizada “até Fevereiro de 2022”. A socialista, eleita pelo distrito de Setúbal, avançou a data, que decorre do limite imposto pela Comissão Europeia para apresentação da proposta de alteração, e “reforçou” assim o anúncio feito no fórum pela ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, de que o Governo irá propor de imediato à Comissão Europeia a alteração necessária para efectivar o processo, de forma a garantir um maior acesso da região aos fundos europeus. Antes já o deputado parlamentar eleito pelo PSD, Nuno Carvalho, justificara os motivos que há oito anos levaram o Governo do PSD/CDS-PP a decidir a desclassificação da Península de Setúbal enquanto NUTS III. “Os instrumentos para poder aplicar planos majorados na Península de Setúbal sempre existiram, mas não como regra”, defendeu, depois de vincar que “o contexto na altura era outro” e que a ideia era que “as regiões com maior índice de riqueza pudessem contribuir paras as que têm menos”. Pelo Bloco de Esquerda, a deputada Joana Mortágua, afirmou que a decisão então tomada “foi absurda”. Mas adiantou que “a desvantagem por a Península de Setúbal pertencer [agora] à NUTS II Área Metropolitana de Lisboa não justifica tudo”. “Há um conjunto de investimentos, de políticas públicas, que deixaram de ser feitos e que muito teriam contribuído para o desenvolvimento da região”, atirou, numa crítica ao Governo socialista. Já Paula Santos, parlamentar do PCP, lembrou que os comunistas já apresentaram um projecto de resolução sobre a matéria e apontou o dedo ao facto de os socialistas, desde há oito a esta parte, terem deixado passar a oportunidade de avançar para a reversão da classificação da Península de Setúbal. A deputada do PCP salientou ainda a disponibilidade do partido para discutir “um novo desenho das NUTS II, que tenham em atenção a realidade do território”. Até lá, “é preciso tomar as medidas que permitam o reforço [dos apoios] à Península de Setúbal”, concluiu.
OPINIÃO André Martins
NUTS: Governo tem de agir rapidamente
A
ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, numa conferência realizada no IPS, no dia 4 de junho, por iniciativa da AISET, voltou a manifestar a disponibilidade do Governo para criar uma NUT III para a península de Setúbal para que, assim, possa haver uma avaliação estatística da atual situação destes concelhos. Sendo esta uma condição necessária, não é, contudo, a condição suficiente para que a região tenha acesso a fundos comunitários de forma majorada. Para isso é necessário também criar uma NUT II, que é a forma de garantir o acesso a estes fundos necessários à correção das assimetrias territoriais existentes. Quanto à criação desta NUT, a senhora ministra apenas se disponibilizou a estudar o assunto, tendo ficado claro que, mesmo com a sua criação, ela só terá efeito a partir de 2027. Na verdade, tem havido manifesta falta de vontade política dos sucessivos governos em matéria de investimento, não criando melhores condições para maior atratividade de investimento particular na península e, pelo que vemos hoje nos discursos dos responsáveis no poder, não se vê luz ao fundo do túnel. Sabendo o Governo da penalização que a nossa região está a ter em matéria de disponibilidade de apoio ao investimento público e de apoio ao investimento através de fundos comunitários, coloca-se, naturalmente, a exigência de explicar como
Tem havido manifesta falta de vontade política em matéria de investimento na Península de Setúbal
pensa ultrapassar esta penalização de que somos alvo, face à cada vez maior urgência de investimento público na península de Setúbal. Por isso, exige-se do Governo medidas rápidas e concretas. Presidente da Assembleia Municipal de Setúbal
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CARNEIRO 21.03 a 20.04 No plano amoroso – não deixe que fantasmas prejudiquem a sua relação atual, mostre-se entusiasmado com o seu parceiro e verá todos os seus sentimentos consolidados. No plano profissional – momento ótimo em que terá inspiração aliada á concretização dos seus projetos. Carta da semana – O SOL – esta carta mostra que terá as energias que precisa para se manter forte e otimista. TOURO 21.04 a 21.05 No plano amoroso – se tem alguma relação pendente ou mal terminada, é altura indicada para esclarecer os mal entendidos e arrumar o assunto de uma vez por todas. Se chegar á conclusão que a relação terminou reserve um tempo para si, mas não se feche ao amor. Viva a vida de uma forma alegre e descontraída. No plano profissional – terá algumas decisões importantes a tomar mas sentir-se-á confuso, por mais que lhe custe deve esfriar a cabeça para que consiga tomar decisões. Carta da semana – O AMOROSO – esta carta mostra que esta semana sentirá uma forte insegurança. Confie na sua intuição para conseguir tomar decisões. GÉMEOS 22.05 a 21.06 No plano amoroso – se está interessado em alguém aconselha-se que se aproxime dessa pessoa de forma prudente e só vá mais longe se essa pessoa lhe enviar algum sinal de consentimento. Não invada o território da pessoa de forma brusca. No plano profissional – esta semana talvez a rotina se altere e terá de fazer algum trabalho extra, isto devido ao grande afluxo de trabalho. Carta da semana – A PAPISA – esta carta mostra que a semana corre muito bem, mas deverá estipular muito bem todos os passos que tem para dar. CARANGUEJO 22.06 a 22.07 No plano amoroso – está muito seguro de si o que fará com que alcance progressos neste plano. Provocará bem estar em todos os que se aproximem de si. No plano profissional – vai realizar os seus projetos pessoais. Faça investimentos. Carta da semana – O IMPERADOR – esta carta mostra que esta semana estará com energias que farão com que seja bem sucedido em todos os planos. LEÃO 23.07 a 23.08 No plano amoroso – dias de intenso romance, de proximidade, o que o fará muito bem disposto e alegre. Nada nem ninguém conseguirá quebrar a sua boa disposição. No plano profissional – sucesso e muito trabalho são as duas máximas desta semana. Alcançará os seus objetivos. Carta da semana – A ESTRELA – esta carta iluminará o seu caminho. As suas capacidades e os seus atributos estão no auge. VIRGEM 24.08 a 23.09 No plano amoroso – reforce laços familiares, use de bom senso para aliviar ambientes tensos. No plano profissional – se não está satisfeito, repense a sua situação, pode seguir por outros meios para atingir os seus fins. Carta da semana – O PAPA – esta carta mostra que esta será uma semana tranquila em que deve aproveitar para ler e desenvolver a sua vida intelectual. BALANÇA 24.09 a 23.10 No plano amoroso – semana de conquista, aproveite e dê o melhor de si na arte de seduzir, mas não se deixe influenciar pelo passado e aproveite o melhor da vida. No plano profissional – este plano está brilhante consegue convencer tudo e todos do seu poder, pode ter acesso a um cargo de liderança. Carta da semana – O IMPERADOR – esta carta mostra que consegue dominar todos os acontecimentos e controlar agitações. ESCORPIÃO 24.10 a 22.11 No plano amoroso – se está só dê uma oportunidade a si mesmo de voltar a amar sem receios. Se mantém uma relação estável dê a sim mesmo a oportunidade de repensar a situação, o que o mantêm preso a essa pessoa e valorize-a. No plano profissional – este plano da sua vida está mais claro do que nunca para si e poderá agir de uma forma mais segura pensando no futuro. Carta da semana – A MORTE – esta carta mostra que irá conduzir a semana da forma que mais lhe agradar e conseguirá tomar as melhores decisões nos momentos certos. SAGITÁRIO 23.11 a 20.12 No plano amoroso – está muito apaixonado e inseguro. Confie na sua cara metade e não tenha receio de dar mais do que recebe. No plano profissional – não é altura indicada para correr riscos, situação financeira estável, se possível faça algumas economias. Carta da semana – A LUA – esta carta mostra que a semana será muito desgastante, pois as preocupações que terá serão constantes. CAPRICÓRNIO 21.12 a 20.01 No plano amoroso – deverá dedicar mais tempo ao amor e o resultado será uma semana repleta de paixão e de harmonia. No plano profissional – arrisque, tente ir mais além pois tem todas as hipóteses de triunfar. Carta da semana – O MUNDO – esta carta mostra que deve aproveitar todas as oportunidades que tem para mostrar aquilo que vale. Bons resultados em todas as áreas graças á sua determinação e garra. AQUÁRIO 21.01 a 19.02 No plano amoroso – irá desenvolver de forma harmoniosa o seu relacionamento, desde que seja claro e sincero sobre os seus sentimentos. No plano profissional – esta semana terá êxito no trabalho e nas suas finanças. 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A funerária Armindo informa que subiu o nível de contingência para o nível máximo, uma vez que a quantidade de óbitos atingiu níveis absolutamente inéditos. Como sempre, a funerária Armindo tem todos os recursos aplicados ao serviço da sociedade e pede a compreensão de todos para eventuais atrasos ou incómodos que possam resultar desta situação de exceção.
... que a Funerária Armindo está disponível todos os dias do ano, a quaquer hora, para o apoiar em caso de emergência funerária?
Apelamos a toda a população para que respeite, com o maior zelo, as regras definidas ao abrigo do atual estado de emergência, para que a situação se possa normalizar o mais rapidamente possível.
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Necrologia
F. 07-06-2016
N. 24-09-1945
F. 04-06-2021
FALECEU A 30/05/2021
MANUEL OLIVEIRA JORGE
MERCÊS MARIA SALDANHA CAPELO
ANTONIO MARIA PEREIRA
PALAVRAS SENTIDAS Há cinco anos que partiste Nem respeitam a MEMÒRIA Deus como o tempo corre De quem tudo na vida lhes A desosnetidade persiste deu Depois que a gente morre De tudo se apropiaram DESCANÇA em PAZ Como se fosse só seu Filho, nora, netos e bisnetos.
Seus familiares cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido. O funeral realizou-se dia 05-06-2021 pelas 15h00 do Hospital do Barreiro para o Crematório de Setúbal. Agradecendo a todos quanto se dignaram e participaram em tão piedoso acto, bem como a todos que de qualquer outra forma manifestaram o seu pesar. A Gerência e colaboradores agradecem a compreensão dos familiares e amigos por não se efectuar uma despedida digna resultante das regras que temos que respeitar devido ao estado de calamidade a que todos estamos sujeitos.BEM HAJAM.
Sua esposa, filhos, noras, restante familia e amigos cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido cujo o funeral se realizou dia 02-06-2021, para o Crematório de Setúbal. Na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que se dignaram a acompanhar ou que de outra forma manifestaram o seu pesar.
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Gastronomia NO ÂMBITO DO “SETÚBAL TERRA DE PEIXE”
‘Semana do choco’ decorre em Setúbal até ao próximo domingo
A “Semana do Choco de Setúbal” está de regresso e envolve mais de 60 restaurantes do concelho. O evento, que arrancou na passada sexta-feira, prolonga-se até dia 13, domingo. O último dia desta iniciativa no âmbito do “Setúbal Terra de Peixe”, da Câmara Municipal de Setúbal, inclui um passeio pedestre pelo Estuário do Sado e uma degustação comentada. O passeio “O choco e o Estuário do Sado” tem ponto de encontro no Parque de Merendas da Mitrena, vai durar duas horas e meia, e desa-
fia os participantes a “conhecerem pormenores relacionados com o segundo maior estuário nacional e um dos maiores da Europa”, a “deixarem fascinar-se pela biologia e história de vida do choco”, adianta a autarquia em comunicado. No mesmo dia 13, às 18h00, na Casa da Baía, decorre uma degustação comentada conduzida por André Sengo e Rafael Frota, estudantes da Escola de Hotelaria e Turismo de Setúbal e vencedores da 9.ª edição do concurso nacional “Jovens Talentos da Gastronomia”. A mesma é acompanhada por uma prova vínica com a participação da António Saramago Vinhos. A participação nos eventos é gratuita, mediante inscrição prévia, limi-
tada, até dia 8 de Junho, terça-feira, a qual deve ser feita pelo endereço de correio electrónico gape@mun-setubal.pt. A edição da “Semana do Choco de Setúbal” conta com a participação de 62 restaurantes, e constitui a segunda semana gastronómica do ano no âmbito da marca municipal “Setúbal Terra de Peixe”, que inclui um conjunto de iniciativas até ao final do ano, “com o objectivo de valorizar a restauração e a gastronomia regional”, refere o mesmo comunicado. O certame é organizado pela Câmara Municipal de Setúbal, com os apoios da Docapesca, Escola de Hotelaria e Turismo de Setúbal e António Saramago Vinhos.
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RESTAURANTES PARTICIPANTES Nesta edição da Semana do Choco participam os restaurantes 490 Taberna STB, Anzol, A Barreira, A Casa do Peixe, A Vela Branca, Adega do Zé, Adega dos Garrafões, Água Salgada, Antóniu’s, Bombordo, Cais 56, Capitão Cook, Casa Lagarto, Casa Morena, Churrasquinho do Sado, Copa D’Ouro, Estrela do Sado, Ferribote, Flórida, Forno da Lotta, Leo do Petisco e Mar Azul. Da lista fazem ainda parte o Restaurante Martroia, Nova Taberna O Pescador, Novo 10, Novo Capote, O Alface, O Batareo, O Convés, O Douradinho, O Pescador II, O Petisco, O Praxedes, O Ramila, O Saveiro, O Tavira, Oficina do Peixe, Peixe no Largo, Petisqueira do Manel, Pinga Amor 2, Pizzaria Veneza e Rebarca. Completam este rol dos 62 restaurantes o Rei Cook, Barmar, O Jacques, Restaurante Ó Manel, O Migas, Restaurante O Sonho, Xtoria, Restaurante Velho Lídia, Restinguinha, Ribeirinha do Sado, Sem Horas, Solar do Marquês, Taberna de Azeitão, Tasca da Avenida, Tasca da Fatinha, Tasca do Choco, Tasca do Toninho, Tasca do Xico da Cana, Tasca Kefish e Verde e Branco.
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Ex-libris da gastronomia sadina vai estar em alta durante uma semana
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7 de Junho de 2021 O SETUBALENSE 21
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22 O SETUBALENSE 7 de Junho de 2021
Desporto
DR
5-1 SOBRE MONTIJENSES DO AMODIN
Vitória FC conquista título de campeão distrital de futsal Ricardo Lopes Pereira
HOMENAGEM REUNIU AUTARCAS E VITORIANOS
Município sadino aplaude esforço e dedicação do plantel do Vitória “A cidade orgulha-se de todos vocês, jogadores, equipa técnica e dirigentes”, disse a edil Ricardo Lopes Pereira Numa época desportiva marcada por muitas dificuldades, a Câmara Municipal de Setúbal fez questão de reconhecer todos aqueles que trabalharam em prol da equipa principal do Vitória Futebol Clube, que venceu a série H do Campeonato de Portugal e terminou a época no terceiro lugar na zona Sul da fase de acesso à II Liga. Na recepção à equipa, treinadores, staff e dirigentes do emblema sadino, que decorreu na Casa da Baía, a presidente do município, Maria das Dores Meira, reconheceu o esforço e dedicação demonstrados. “Quem veste a camisola do Vitória veste a camisola de Setúbal. A cidade orgulha-se de todos vocês, jogadores, equipa técnica e dirigentes. Faltou pouco, muito pouco mesmo, para alcançar o tão desejado objectivo de disputar a II Liga”. Os elogios aos jogadores não se ficaram por aqui. “Vocês são uma equipa de primeira divisão. Foram vencedores incansáveis para conseguirem chegar
ao fim depois de tantos momentos difíceis”, disse, não hesitando em enumera-los. “A entrega e a dedicação demonstrados num ano particularmente difícil, com salários em atraso e renegociações de contratos, agravado pela pandemia de covid-19”. As palavras da autarca durante a acção de reconhecimento, que decorreu quinta-feira na Casa da Baía, encheram de orgulho a equipa vitoriana liderada pelos capitães José Semedo, Zequinha, Nuno Pinto e Mano, que agradeceram em uníssono as palavras proferidas pela presidente da Câmara Municipal de Setúbal, que esteve acompanhada do vereador com o pelouro do Desporto na Câmara Municipal, Pedro Pina. Maria das Dores Meira salientou a gestão efectuada pela direcção liderada por Carlos Silva desde que assumiu o clube em finais de Dezembro de 2020. “Com um trabalho sério,
honesto e abnegado, não deixaram cair, definitivamente, o nome do Vitória Futebol Clube, o Vitória que não é grande, é enorme”, exaltou, arrancando aplausos aos presentes na cerimónia, entre eles o presidente da SAD do clube, Nuno Soares. Na recepção, que foi seguida de um almoço na Casa da Baía, o plantel sadino foi agraciado com ofertas da Câmara Municipal de Setúbal alusivas ao município, gesto retribuído com a oferta de camisolas autografadas à presidente Maria das Dores Meira e ao vereador Pedro Pina. Recorde-se que o emblema sadino, que na época desportiva 2021/2022 vai disputar a Liga 3, viu recentemente atribuída a licença para participação naquela competição, depois de cumpridos os critérios previstos no Regulamento de Licenciamento de Clubes para as Competições da Federação Portuguesa de Futebol.
Após vencer os montijenses do Amodin – Associação Desportiva Nacional, por 5-1, a equipa sénior masculina do Vitória sagrou-se este fim-de-semana campeã distrital de futsal. Apesar de terem começado a perder o encontro, os setubalenses de forma categórica ao golo sofrido e operaram a reviravolta no marcador, que permitiu à equipa sagrar-se vencedor da edição 2020/2021 do Campeonato Distrital da AF Setúbal de Futsal. O jogo da final do play-off, que decorreu quinta-feira no Pavilhão Multiusos do CDR Águias Unidas, ficou marcado pela grande prestação competitiva e pelo Fair Play exibido pelas duas equipas. O Amodin ADN foi mais eficaz e festejou a seis minutos do intervalo, o primeiro golo. Os vitorianos não demoram a anular a desvantagem, com a igualdade a ser registada no derradeiro minuto da primeira parte. No segundo tempo do desafio de atribuição do troféu, o Vitória operou a reviravolta e com quatro golos
marcados sem resposta justificou o triunfo na partida e a consequente conquista do título distrital da AF Setúbal. Nos momentos que antecederam a festa de consagração dos setubalenses, cujo troféu foi entregue pelo presidente da direcção da AF Setúbal, Francisco Cardoso, nota de destaque para a atitude de Fair Play demonstrada pelos jogadores e técnicos do AMODIN ADN ao fazerem a ‘guarda de honra’ aos novos campeões distritais numa final em que todas as regras decretadas pelas autoridades de saúde, no âmbito da pandemia, foram cumpridas. Numa nota emitida na sua página oficial, a direcção da AF Setúbal “felicita o Vitória FC pela conquista do título distrital, numa saudação extensível a dirigentes, atletas, técnicos e associados do emblema setubalense, bem como reconhece a formação do AMODIN ADN pelo meritório percurso competitivo realizado e todos os demais clubes que contribuíram para a realização de mais um campeonato distrital de reconhecida qualidade e que muito honram o futsal associativo”. DR
Andebol Sadinos despedem-se da época com empate A equipa de andebol sénior do Vitória terminou o Campeonato Nacional da I Divisão com uma igualdade (26-26) frente ao ABC. Após o empate na 30.ª e última jornada da competição, numa
partida realizada no Pavilhão Antoine Velge, os sadinos alcançaram os 50 pontos na classificação, fasquia que permitiu à equipa concluir na 13.ª posição da tabela.
Campeões do futsal vitoriano posaram para a posteridade
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Comércio Indústria vence Pescadores e FC Setúbal perde com o Seixal
Comércio Indústria, Charneca de Caparica e Seixal foram as equipas vitoriosas na 10.ª jornada do Campeonato Distrital da 1.ª Divisão. Os setubalenses levaram a melhor sobre os Pescadores da Costa de Caparica (1-0), o Charneca de Caparica somou a segunda
vitória consecutiva vencendo desta vez o Palmelense (4-2) e o Seixal derrotou o FC Setúbal no campo municipal Júlio Adrião, por 4-3. Na outra partida da jornada disputada no municipal de Grândola, registou-se um empate (2-2) entre Grandolense e U. Santiago. Na 2.ª
divisão registaram-se os seguintes resultados: Série A - Comércio Indústria B 3 Samouquense 0; Vitória FC 1 Botafogo 0; Sonho XXI 3 Brejos de Azeitão 2. Série B: Banheirense 2 Ginásio de Corroios 0; Monte de Caparica 5 Zambujalense 0; Quinta do Conde 3 Almada 1.
LIGA 3
Vitória Futebol Clube, Oriental Dragon e Amora serão os representantes da região DR
A nova prova contemplará duas subidas directas à Liga SABSEG e um play-off com o antepenúltimo deste escalão José Pina Vitória Futebol Clube, Oriental Dragon e Amora serão os três representantes da região na Liga 3, a nova prova organizada pela Federação Portuguesa de Futebol que arranca no dia 15 de Agosto, com a realização da primeira jornada. Porque se trata da primeira edição da prova e muitos se interrogam sobre a forma como vai ser disputada, deixamos aqui todos os detalhes. Numa primeira fase, as 24 equipas participantes são divididas em duas séries - norte e sul - e jogam entre si num campeonato a duas voltas. No final, os quatro primeiros classificados apuram-se para a fase de apuramento de campeão, e os oito últimos (do 5.º ao 12.º) vão disputar a fase de permanência/descida de divisão. A fase de apuramento de campeão será dividida em duas séries: o 1.º e o 4.º da zona norte jogam com o 2.º e o 3.º da zona sul; e o 1.º e o 4.º da zona sul jogam com o 2.º e o 3.º da
No novo modelo da Liga 3 aumentam as probabilidades de subida à segunda liga nacional
zona norte. Aqui, disputa-se um mini-campeonato a duas voltas e, no final, os dois vencedores de cada grupo sobem à Liga SABSEG. Os segundos classificados disputam um play-off e o vencedor mede forças com o antepenúltimo da Liga SABSEG, abrindo a possibilidade de haver três subidas e três descidas entre os dois escalões. Nesta fase, há ainda uma nota: os dois vencedores da série 1 e 2 sobem de divisão e também disputam
uma final, a duas mãos, para decidir quem é o primeiro vencedor da Liga 3. A fase de permanências e descidas será disputada por 16 equipas, distribuídas por quatro grupos de quatro clubes cada - série 3 e série 4 referentes ao norte e série 5 e série 6 referentes ao sul. Aqui, tal como acontece na fase de apuramento do campeão, também haverá uma mini competição a duas voltas e, no fim, o último classificado
de cada uma das quatro séries desce ao Campeonato de Portugal. Todos os outros garantem a continuidade no terceiro escalão. De registar, entretanto, que no início da fase de permanência e descida, haverá uma bonificação de 1 a 8 pontos. Ou seja, o 5.º classificado da fase regular, entra na permanência/descida com oito pontos; o 6.º com sete pontos; o 5.º entra com seis pontos e assim sucessivamente.
Participantes Séries definidas mas ainda por oficializar Se nenhum problema existir com o cumprimento do licenciamento e das regras de participação impostas pela Federação Portuguesa de Futebol para a Liga 3, as duas séries (A, a série mais a norte e B, a série mais a Sul) de 12 clubes cada, que compõem a fase regular do campeonato, serão definidas de acordo com a sua localização geográfica. Ou seja, tudo indica que deverão agregar os seguintes clubes: Série A (Norte): Oliveirense, Anadia, Pevidém, SC Braga B, Montalegre, Felgueiras, V. Guimarães B, Fafe, São João de Ver, Leça, Lusitânia de Lourosa e Canelas. Série B (Sul): Vilafranquense, Torreense, Vitória FC, União de Leiria, Caldas, Oliveira do Hospital, Alverca, União Santarém, Sporting B, Oriental Dragon, Amora, Real.
CAMPEONATO NACIONAL DA 2.ª DIVISÃO DE ANDEBOL
Alto do Moinho é líder com cinco pontos de vantagem sobre o segundo O Alto do Moinho venceu o Sporting B, em jogo relativo à 16.ª jornada da Série 3 do Campeonato Nacional da 2.ª Divisão, continuando assim na liderança do campeonato com cinco pontos de vantagem sobre o segundo classificado, Marienses, que tem menos dois jogos. O resultado de 25-23 é o espelho de uma partida disputada de forma algo equilibrada mas com algum ascendente do Alto do Moinho na
primeira parte (14-10). Na segunda metade do encontro os leões estiveram melhor como revela o parcial de 11-13, mas feitas as contas finais a vitória acabou por sorrir à equipa da casa. Diogo Abadia (5), João Henrique Veloso (4), Afonso Puga (4), Bruno Silva (3), Rui Gonçalves (2), Francisco Felício (2), Miguel Queluz, Vítor Patrianova, Tiago Costa, João Gonçalo Veloso, Gilson Correia foram os mar-
cadores dos golos do Alto do Moinho. Menos bem nesta jornada esteve o Almada que foi surpreendido no Pavilhão Adelino Moura, pelo Mafra que venceu por dois golos de diferença (27-29). O equilíbrio foi a nota dominante do desafio que terminou com a vitória da equipa mafrense, com um golo de vantagem em cada parte (1514 e 14-13). Pela equipa almadense marcaram: Artur Pereira (7), Duarte Pereira e
João Salavessa (6), Guilherme Lima (3), André Lourenço e João Guerreiro (2) e Jorge Pereira (1). Resultados: Alto do Moinho 25 Sporting B 23; Camões 24 Marienses 28; Lagoa 26 Sassoeiros 27; Vela de Tavira 30 Évora AC 32; Almada 27 Mafra 29; Oriental – 1.º Dezembro (adiado para 23 de Junho). Classificação: 1.º lugar, Alto do Moinho, 42 pontos (16 jogos); 2.º lugar, Marienses, 37 pontos (13 jogos); 3.º
lugar, Almada, 36 pontos (16 jogos); 4.º lugar, Sassoeiros, 34 pontos (16 jogos); 5.º lugar, Camões, 32 pontos (15 jogos); 6.º lugar, Sporting B, 29 pontos (14 jogos); 7.º lugar, Évora AC, 27 pontos (15 jogos); 8.º lugar, 1.º Dezembro, 26 pontos (15 jogos); 9.º lugar, Mafra, 26 pontos (16 jogos); 10.º lugar, Lagoa, 25 pontos (15 jogos); 11.º lugar, Vela de Tavira, 22 pontos (13 jogos); 12.º lugar, Oriental, 16 pontos (11 jogos). J.P.
03:43 ~ 3.7 m ~ Preia-mar 09:55 ~ 0.4 m ~ Baixa-mar 16:05 ~ 3.5 m ~ Preia-mar 22:06 ~ 0.5 m ~ Baixa-mar
ALMADA
03:42 ~ 3.7 m ~ Preia-mar 09:54 ~ 0.4 m ~ Baixa-mar 16:06 ~ 3.5 m ~ Preia-mar 22:05 ~ 0.5 m ~ Baixa-mar
SESIMBRA
04:15 ~ 3.7m ~ Preia-mar 10:24 ~ 0.3 m ~ Baixa-mar 16:38 ~ 3.5 m ~ Preia-mar 22:37 ~ 0.4 m ~ Baixa-mar
SINES
SETÚBAL TRÓIA
MARÉS
04:39 ~ 4.0 m ~ Preia-mar 10:31 ~ 0.3 m ~Baixa-mar 17:01 ~3.8 m ~ Preia-mar 22:43 ~0.4 m ~Baixa-mar
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FICHA TÉCNICA REGISTO DE TÍTULO n.º 107552 | DEPÓSITO LEGAL n.º 8/84 PROPRIETÁRIO Outra Margem – Publicações e Publicidade, NIF 515 047 325 (detentores de mais de 10% do capital social: Gabriel Rito e Carlos Bordallo-Pinheiro) Sede do proprietário: Travessa Gaspar Agostinho, 1, 1.º, 2900-389 Setúbal EDITOR Primeira Hora – Editora e Comunicação, Lda, NIF 515 047 031 (Detentores de mais de 10% do capital social: Setupress Lda, Losango Mágico, Lda, Carla Rito e Gabriel Rito) Sede do Editor Travessa Gaspar Agostinho,1, 1.º, 2900-389 Setúbal Conselho de Gerência Carla Rito, Carlos Dinis Bordallo-Pinheiro, Gabriel Rito e Carlos Bordallo-Pinheiro REDACÇÃO Travessa Gaspar Agostinho, 1, 1.º, 2900-389 Setúbal DIRECTOR Francisco Alves Rito Redacção Mário Rui Sobral, Humberto Lameiras; Desporto Ricardo Lopes Pereira, José Pina Departamento Administrativo Teresa Inácio, Dulce Soeiro, Branca Belchior PUBLICIDADE Direcção Comercial Carla Sofia Rito, Carlos Dinis Bordallo-Pinheiro Coordenação Ana Oliveira (Setúbal), Carla Santos (Moita e Barreiro) Publicidade Lina Rodrigues, Rosália Baptista, Célia Félix, Mauro Sérgio IMPRESSÃO Tipografia Rápida de Setúbal, Lda - Travessa Gaspar Agostinho, 1, 1.º, 2900-389 Setúbal geral@tipografiarapida.pt DISTRIBUIÇÃO VASP - Venda Seca, Agualva - Cacém Tel. 214 337 000 Tiragem média diária 9000 exemplares Estatuto Editorial disponível em www.osetubalense.com