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Seixal aprova contas com saldo de 8,2 M€ Maioria CDU aprovou relatório de gestão com redução de 4,6 milhões de euros da dívida. 2020 foi décimo ano com exercício positivo p10 MÁRIO ROMÃO
“As obras estruturantes são todas do Governo”
O SEU DIÁRIO DA REGIÃO TERÇA-FEIRA, 15 DE JUNHO DE 2021 PREÇO 0,80€ | N.º 642 | ANO III | 5.ª SÉRIE
Raul Cristóvão Cabeça-de-lista do PS à Câmara de Palmela p8 e 9
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PALMELA Município investe mais de 8,2 milhões para melhorar transportes públicos p7 DRAGAGENS Clube da Arrábida acusa ministro do Ambiente de mentir p4
SETÚBAL Habitação pública acima da média do País p3
PANDEMIA Pinhal Novo fez festas em segurança p6 PUBLICIDADE
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DIRECTOR FRANCISCO ALVES RITO
2 O SETUBALENSE 15 de Junho de 2021
Abertura
O REPARO DR
OPINIÃO Paula Santos
Pelo acesso da Península de Setúbal aos fundos comunitários
A Palmela subscreve Manifesto pelo Direito a Brincar
O Município de Palmela associou-se ao Manifesto pelo Direito a Brincar, promovido pela Associação de Municípios da Região de Setúbal (AMRS). O manifesto, aprovado a 21 de Maio, no Encontro “O Tempo de Brincar é o Tempo de Crescer”, incita os municípios a criarem as condições para que a Convenção dos Direitos da Criança passe do papel à prática.
CARTAS DO LEITOR Cooperativa de habitação com projecto para Palmela
ESCREVA-NOS. Envie-nos a sua carta ou comentário para correiodoleitor@osetubalense.com, para a morada Travessa Gaspar Agostinho, n.º 1, 1.º - 2900-389 Setúbal, ou ligue-nos pelo telefone 265 094 354. Os textos não devem ultrapassar os 750 caracteres e o jornal reserva-se o direito de seleccionar ou cortar. Não devolvemos originais.
Conheço a força da comunicação social isenta e estou agradecido ao 'O Setubalense' porque estou convencido que teve um papel determinante, há 3 ou 4 anos atrás, na existência de toponímia no Vale da Rasca, onde resido. De facto, a entidade própria, apesar da minha insistência, só ligou ao assunto quando o mesmo foi exposto nas páginas do vosso jornal. Agora o tema é outro. Um velho grupo de companheiros de caminhadas, unidos pela amizade forte e genuína dos que enfrentam muitas dificuldades em conjunto, decidiu fundar uma cooperativa de habitação e de solidariedade social para levar avante o "Projecto Envelhecer com os Amigos de Oxigénio & Sol (PECAOS). Este projecto é inclusivo e não se destina só a caminheiros nem a "velhos" (começamos todos a envelhecer logo que nascemos).
A cooperativa foi criada em Fevereiro do ano passado e portanto é contemporânea da pandemia. Tem sede em Palmela e chama-se Aldeia do Caos - Cooperativa de Habitação e Construção e de Solidariedade Social, CRL. e tem um problema: Precisa de notoriedade! A verdade é que que temos necessidade de marcar reuniões com autarquias e outras entidades e tem sido muito, muito difícil. O nosso projecto não é (nem poderia ser) mercantilista e pode ser uma bandeira para nós e para qualquer concelho que o acolha, porque pelas suas características e dimensão é pioneiro em Portugal. Pedimos a 'O Setubalense' que nos ajude a ter notoriedade. A notoriedade faz parte da massa crítica necessária para mover as coisas pela ladeira acima, e faz com que nos recebam e nos ouçam. Precisamos de cooperação mas também temos muito para oferecer. Francisco José Duarte Marques, Palmela
discussão em torno da reconstituição da NUT 3 Península de Setúbal e do acesso aos fundos estruturais tem marcado os últimos dias, destacando-se a intervenção da Associação de Municípios da Região de Setúbal e dos diversos agentes da região. PSD e CDS são os partidos responsáveis pelo apagão estatístico da Península de Setúbal, que acentuou a dificuldade no acesso aos fundos comunitários, com a eliminação da NUT 3 Península de Setúbal em 2013. Por outro lado, em seis anos de governos minoritários, PS nunca demonstrou disponibilidade para repor a NUT 3 Península de Setúbal e quando confrontado pelo PCP, vários membros do Governo foram desvalorizando o problema e até tomando posições divergentes. Mais recentemente PSD e PS, atropelam-se em intervenções sobre as injustiças que afetam a Península de Setúbal, procurando recuperar o tempo perdido. O PCP não acordou hoje para este problema e ao longo deste período é o partido que tem mantido uma intervenção consequente e coerente na exigência da reposição da NUT 3 Península de Setúbal e no acesso da região aos fundos comunitários. Na semana passada foi aprovado por unanimidade o Projeto de Resolução n.º 1165/XIV/2.ª - Reconstituição das NUTS 3 Grande Lisboa e Península de Setúbal no âmbito da NUTS 2 AML, que dá resposta às reivindicações da região. A iniciativa recomenda ao Governo “que promova, com carácter de urgência, a diferenciação estatísti-
ca da Península de Setúbal, traduzida através da reposição da NUTS 3 nesse território, bem como no correspondente da Grande Lisboa, repondo-se a coerência organizacional e territorial existente até 2013”. A reconstituição da NUTS 3 sendo determinante para acabar com as injustiças na Península de Setúbal, não é suficiente, por isso a iniciativa recomenda também ao Governo que “que dê início a uma revisão mais ampla dos instrumentos estatísticos para informação regional, tendo em conta o atual referencial vigente no Eurostat, e, designadamente, que contemple a criação de um desenho de NUTS 2 que potencie os FEEI aplicáveis no território nacional.” E recomenda ainda “que enquanto não estiver concretizada a modificação registada na alínea anterior, a administração central do Estado, sob a coordenação do Governo, estude e diligencie o apoio junto das estruturas da UE e aplique, já no QFP 21-27 medidas que assegurem a não diminuição do financiamento a toda a AML e propiciem acrescentados fluxos compensatórios para a Península de Setúbal através de todos instrumentos de financiamento disponíveis, designadamente do PRR – Programa de Recuperação e Resiliência, e de outras eventuais operações integradas.” O Projeto de Resolução do PCP foi o único diploma aprovado na Assembleia da República sobre esta matéria. É importante a aprovação desta proposta, tal como é importante continuar a intervenção para que o Governo dê concretização ao que foi aprovado. Deputada do PCP
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BE candidata Bruno Candeias à Câmara de Santiago do Cacém
O técnico de operações industriais Bruno Candeias é o candidato do Bloco de Esquerda (BE) à Câmara de Santiago do Cacém, nas próximas eleições autárquicas, anunciou ontem o partido. Em comunicado, a concelhia de
Santiago do Cacém do BE indicou que Bruno Candeias, de 34 anos, reside no concelho de Santiago do Cacém, “onde cresceu e estudou”, e desempenha atualmente funções de técnico de operações industriais no complexo industrial de Sines.
A candidatura, com o lema “Por uma resposta Social e Económica”, visa “lutar pela melhoria das condições de vida das populações” e rejeita “todas as formas de austeridade”, disse a estrutura local partidária.
DR
AZEITÃO
Moradores de cooperativas preocupados com leilão das suas casas
ESTADO E AUTARQUIAS LOCAIS EM PARCERIA
Futuro da habitação pública passa por políticas integradas e continuadas Fórum de Habitação contou com a secretária de Estado Marina Gonçalves Inês Antunes Malta O I Fórum de Habitação Pública Municipal de Setúbal, que decorreu ontem no Fórum Luísa Todi, foi um dia de reflexão sobre habitação pública, numa altura em que o Governo e as autarquias preparam uma estratégia para, através do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), responder às carências habitacionais. “A habitação é uma necessidade básica, com um papel fundamental para a melhoria da qualidade de vida das pessoas, a competitividade das cidades e vilas e a coesão social e territorial, que nunca teve, porém, uma política pública continuada mas sim orientada para os benefícios do mercado, da especulação imobiliária e da banca”, começou por dizer a presidente da Câmara de Setúbal, Maria das Dores Meira, na conferência de abertura, para depois acrescentar que, “mesmo com a habitação consagrada como
direito constitucional, esteve-se demasiado tempo sem nada se fazer para o cumprir.” Para a autarca, “ter direito à habitação é ter direito à cidade e a todas as formas de acessibilidade, mobilidade e urbanismo. As políticas de habitação exigem mais participação do governo central e articulação estreita com o governo local, planeamento e debates como este". "Em Setúbal estamos a avançar rapidamente nesta área, já aprovámos a nossa Estratégia Local de Habitação, integrada na visão de qualificação do
concelho, procurando responder a problemas complexos de agregados que vivem em condições indignas há décadas”. Neste sentido, em Setúbal estão em curso acordos com o Instituto da Habitação e Reabilitação Urbano (IHRU), um no âmbito do programa 1.º Direito, para reabilitar edifícios de oitos bairros de habitação pública municipal no valor de 22 milhões de euros; e o outro, no âmbito do Porta de Entrada, para alojamento urgente e temporário de 73 agregados residentes na Quinta da
No País Setúbal acima da média No painel que contou com a participação de Sofia Martins, da Associação de Municípios da Região de Setúbal (AMRS), Carlos Rabaçal, vereador da Habitação da Câmara de Setúbal, fez um ponto de situação no concelho: “Setúbal tem 3,5% de resposta pública, acima da média nacional". "Com todos os fogos construídos, ficaríamos acima dos 8% de resposta pública, valor muito significativo”. O vereador
definiu o direito à habitação como o “parente pobre” dos direitos sociais. “Temos 2% de resposta pública, 98% de privada, isto não é normal. Na saúde e educação não é assim que funciona. Falhou o investimento”, referiu, considerando que “o PRR, sendo um instrumento importante, não é a solução para todos os problemas” e que “é preciso que o IHRU se aproxime da realidade, dos municípios”.
Parvoíce. Foram identificados 338 agregados prioritários para realojamento, 1100 famílias para atribuição de habitação pública municipal e o plano de urbanização Setúbal Nascente prevê a construção pelo IHRU de 1500 fogos de renda acessível numa primeira fase e de mais 2500 numa segunda fase, sem esquecer as 20 propostas apresentadas ao PRR, num total de 336 milhões de euros de investimento, que englobam a construção nova de habitação, alojamento temporário e urgente para pessoas sem abrigo e vítimas de violência doméstica e reabilitação do parque habitacional municipal. Marina Gonçalves, secretária de Estado da Habitação, definiu como fundamental “a estreita ligação entre as autarquias e o Estado central” e reconheceu “a falha ao longo de muitas décadas” no desinvestimento verificado na habitação pública: “nunca fomos capazes de criar uma política de habitação transversal e adequada para responder a todos os problemas que encontramos no nosso país”. Por último, sublinhou: "Setúbal é “um bom exemplo de como devemos promover as políticas de habitação de forma articulada com as políticas centrais”.
Os moradores da Cooperativa de Habitação e Construção Económica Bairro dos Trabalhadores, em Azeitão, foram recentemente surpreendidos com a informação de que as suas casas se encontram em leilão desde 25 de Maio. Fizeram-se representar no I Fórum de Habitação, na manhã de ontem, para chegar ao contacto com a secretária de Estado da Habitação. Marina Gonçalves, apesar de desconhecer a situação, mostrou-se disponível para receber a informação. A situação remonta a 2013, quando a cooperativa declarou insolvência e todo o seu património passou a constituir massa insolvente, afectando 41 famílias que não tinham ainda conseguido realizar as escrituras das suas casas, que pagaram durante 25 anos. Estiveram em risco de perder as suas habitações que, de acordo com os moradores, “na sua maioria foram pagas com muito sacrifício” e “para surpresa de todos e com absoluto desprezo por quem nelas habita, foram colocadas em leilão público". "Recebemos há dias nas nossas caixas de correio um folheto acompanhado de uma carta da leiloeira a dar conta de que algumas casas se encontram em leilão electrónico”. Neste momento, os moradores dizem ter no IHRU “a única salvação a quem podem recorrer, uma vez que o tribunal já decidiu que todo o património da cooperativa iria para leilão”. Maria das Dores Meira assegurou que o IHRU está com uma “enorme sensibilidade” para o problema. “A Câmara Municipal tem estabelecido contacto neste sentido e o Estado tem estado a dar um grande apoio a esta situação, que não era da sua responsabilidade”, disse a autarca. Em seguida, acrescentou: "é preciso continuar com este diálogo no sentido de conseguirmos que o IHRU tire da massa insolvente aquela propriedade, praticamente paga por quase todas as pessoas. Há uma pequena margem que não pagou, mas mínima. A generalidade está tudo pago”. I.A.M.
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Setúbal
ESTUÁRIO DO SADO
Clube da Arrábida acusa ministro do Ambiente de mentir em declarações sobre as dragagens da Secil DR
Associação defende que João Matos Fernandes não disse a verdade ao afirmar que não existiu “impacto ambiental” do acidente que destruiu pradaria marinha Maria Carolina Coelho O presidente do Clube da Arrábida, Pedro Soares Vieira, acusou o ministro do Ambiente de “mentir” sobre não ter havido “qualquer impacto ambiental” do “acidente ocorrido no início do ano no Estuário do Sado, em que o rebentamento de uma bacia de contenção de lamas contaminadas oriundas de umas dragagens da Secil destruiu uma importante pradaria marinha”. A acusação de Pedro Soares Vieira vem no seguinte de João Matos Fernandes ter dito no passado domingo à agência Lusa, em resposta às declarações transmitidas por Catarina Martins na apresentação de Fernando Pinho, candidato bloquista à Câmara Municipal de Setúbal, que se tratou de “um acidente de pequena dimensão, que foi rapidamente corrigido e que está a ser investigado pelo ICNF”. Isto, depois da coordenadora do Bloco de Esquerda afirmar que o ministro do Ambiente é “mais rápido a defender negócios do que recursos naturais”.
Ambientalista relembra dragagens no Porto de Setúbal
Em comunicado, o ambientalista re-
Dragagens da Secil em nada estão relacionadas com dragagens no Porto de Setúbal
lembrou as obras de dragagens no Porto de Setúbal, sobre as quais o Clube da Arrábida “deu entrada de uma providência cautelar junto do Tribunal Administrativo de Almada em Setembro de 2018, que se dirigia contra a Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra (APSS), Mota Engil e Agência Portuguesa do Ambiente (APA)”. O líder da associação ambientalista deu conta de que João Matos Fernandes não terá dito também a verdade quando “afirmou que, afinal, não eram lamas que estavam armazenadas nessa bacia, mas sim areias
destinadas à colocação nas praias do Estuário do Sado, e que essa deposição de areias não teria sido feita porque houve uma providência cautelar interposta por um grupo afecto ao Bloco de Esquerda que impediu a deposição das mesmas”. "Eu direi que a responsabilidade é dela [Catarina Martins], porque, de facto, uma associação ambientalista, com o alto patrocínio do Bloco de Esquerda, colocou uma providência cautelar que inibiu que fossem colocadas areias nas praias. Portanto, a responsabilidade é mesmo toda dela", defendeu o ministro do Ambiente.
Contudo, Pedro Soares Vieira, garante que “não é verdade”. “Trata-se de uma mentira colossal! O Clube da Arrábida, associação de moradores, proprietários, comerciantes e utentes do Portinho da Arrábida, sem fins lucrativos, nada tem a ver com o Bloco de Esquerda”. Em seguida, acrescenta: “Esta providência cautelar tinha por objectivo a empreitada da obra de melhoria das acessibilidades ao Porto de Setúbal, que previa as dragagens em duas fases, num total de 6,5 milhões de metros cúbicos de areia do Rio Sado”. No entanto, “o Tribunal Administrativo de Almada não decretou a providência cautelar, tendo o Clube [da Arrábida] recorrido para o Tribunal Central Administrativo, que viria a dar razão parcial [à associação] em meados de 2019”. Já “a APSS recorreu da decisão para o Supremo Tribunal Administrativo, o qual acabou por revogar a decisão do Tribunal Central Administrativo, dando assim “carta branca” ao início das obras de dragagem do Rio Sado, entretanto lamentavelmente já concluídas”, referiu. Através da mesma nota, o presidente da associação dá conta de que apresentou “a referida providência cautelar” porque “o Estudo de Impacto Ambiental da obra, que nunca teve uma verdadeira discussão pública, apontava, entre outros danos colaterais, para a existência de um efeito sumidouro que faria desparecer as praias da Arrábida”. Referiu igualmente, por via do comunicado, um relatório publicado em 2018 pelo Laboratório Nacional de Energia e Geologia sobre o desasso-
reamento do Portinho da Arrábida, onde aponta para uma perda de 70% do seu areal ao longo das últimas décadas, motivada por várias causas naturais, mas também pelo impacto das obras de dragagens de manutenção de acesso ao Porto de Setúbal, realizadas no Estuário do Sado”. “Este relatório aponta ainda que a recuperação deste desassoreamento apenas é possível através de enchimento artificial de areia. Contudo, o ICNF [Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas], tutelado pelo ministro do Ambiente, não permite esse enchimento sem primeiro se fazer um Estudo de Impacto Ambiental, estudo esse que nunca fez”, descreveu. Por último, Pedro Soares Vieira deu conta de que “no final do Verão passado, o Clube da Arrábida escreveu uma carta aberta ao ministro do Ambiente, à APA, ao ICNF e à Câmara Municipal de Setúbal, alertando para o grave desassoreamento das praias”, à qual “não recebeu qualquer resposta oficial”. “Entretanto, no passado mês de Maio, o Clube da Arrábida acabou por desistir da acção principal que correria no tribunal por constatar de que pouco ou nada vale continuar a demanda jurídica, já que os verdadeiros efeitos imediatos que se pretendia evitar são já uma realidade consolidada e irreversível. O que movia o Clube, com o recurso aos tribunais, era evitar o “descalabro” ambiental que mais cedo do que tarde será uma realidade por todos lamentada, nomeadamente por aqueles que, podendo, nada fizeram para a evitar”, concluiu.
VÍTIMA TEM 28 ANOS
GNR detém homem de 34 anos por violência doméstica O Comando Territorial de Setúbal da Guarda Nacional Republicana (GNR), através do Posto Territorial de Alcácer do Sal, deteve no decorrer do dia de ontem, em Setúbal, um homem de 34 anos por violência doméstica. Em comunicado, a força militar
explica que a detenção ocorreu “na sequência de uma investigação por violência doméstica”, a partir da qual “os militares apuraram que o agressor infligiu maus-tratos verbais, psicológicos e ameaças de morte à vítima, sua ex-companheira de 28 anos, intimi-
dando-a com recurso a uma arma de fogo”. “No decorrer das diligências policiais foi dado cumprimento a um mandado de busca domiciliária, tendo sido apreendida uma arma de ar comprimido e quatro munições de diferentes
calibres”, refere a mesma nota. O detido “foi constituído arguido e os factos foram remetidos para o Tribunal Judicial de Setúbal. A acção decorreu com o reforço do Núcleo de Investigação e Apoio a Vítimas Específicas (NIAVE) de Setúbal”.
15 de Junho de 2021 O SETUBALENSE 5
Junta do Sado promove acção de limpeza e desmatação na Rua Ferreira de Castro
A Junta de Freguesia do Sado promoveu recentemente uma acção de limpeza e desmatação na Rua Ferreira de Castro, por “solicitação de um proprietário”, num “lote de terreno entalado entre habitações”. O cidadão, “residindo distante mas atento às suas obrigações”, pediu “à
PROVA DECORRE ESTE FIM-DE-SEMANA NO SADO
SITUAÇÃO OCORREU PERTO “DAS 07H30”
Seleccionador de natação em águas abertas confiante no apuramento olímpico de Angélica André
A Polícia de Segurança Pública (PSP) foi na manhã de ontem chamada à Escola Básica de Aranguez, em Setúbal, devido à ocorrência de “um furto de dinheiro de uma máquina”, explicou fonte da força de segurança a O SETUBALENSE. “Aparentemente terão sido furtados cinco euros de uma máquina, tendo sido elaborado o expediente”, acrescentou a mesma fonte. Já de acordo com fonte da comunidade escolar, a PSP foi contactada perto “das 07h30”, sendo que, até à sua chegada à Escola Básica de Aranguez, que faz parte do Agrupamento de Escolas Sebastião da Gama, “centenas de alunos” ficaram “à porta do estabeleci-
O SETUBALENSE
mento de ensino, impedidos de entrar”. Contactado o Agrupamento de Escolas Sebastião da Gama, a directora, Maria Fernanda Oliveira, disse não querer prestar quaisquer declarações sobre o sucedido.
Centenas de alunos aguardaram pela PSP fora do recinto escolar PUBLICIDADE
ano do que estaríamos em 2020. Ninguém baixou os braços e fomos à luta diária”, assegurou.
Angélica André promete dar o seu melhor na prova Também em entrevista ao município sadino, Angélica André mostrou-se “preparada para lutar pelo apuramento olímpico” na FINA Marathon Swimming Olympic Games Qualification Tournament 2021, prometendo dar o seu melhor. A atleta, que diz conhecer “bem o circuito”, mergulha no Rio Sado em busca de um bilhete para o Japão no próximo sábado, pelas 16 horas. O facto de “já por várias vezes ter competido em Setúbal” também pode vir a “ser um trunfo perante as adversárias”, assim como ter tido “mais um ano para trabalhar e melhorar”, em virtude da propagação da covid-19. “Apesar de ser uma situação anormal, acho que consegui lidar bem ao focar-me no mais importante e nos aspectos positivos”, referiu.
Angélica André diz conhecer "bem o circuito", por já ter competido várias vezes em Setúbal, enquanto Daniel Viegas afirma que, "a nível de treino", os atletas estão melhor preparados do que estariam em 2020
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O Parque Urbano de Albarquel encontra-se a receber os últimos preparativos para acolher, este fim-de-semana, a prova de dez quilómetros em águas abertas que vai garantir a qualificação de atletas para os Jogos Olímpicos de Tóquio. O seleccionador nacional de natação em águas abertas, Daniel Viegas, disse em entrevista à Câmara Municipal de Setúbal estar confiante no apuramento de Angélica André, tendo em consideração a “experiência e excelentes resultados” da atleta “nos últimos anos”, “apesar de considerar que as adversárias não lhe vão facilitar a tarefa”. Para o responsável “pelo acompanhamento e preparação da equipa portuguesa que está presente no apuramento olímpico”, que se realiza nos dias 19 e 20 de Junho no Sado, Portugal está “muito bem representado”, também pela “benjamim Mafalda Rosa, que, embora só com 17 anos, começa a apresentar bons resultados”. No sector masculino, por sua vez, diz que parece ser “mais difícil o apuramento, atendendo que a dupla lusa é ainda bastante jovem e pouco experiente”. Contudo, explica que “Tiago Campos pode fazer uma surpresa”, embora seja algo mais complicado, “dada a profundidade e heterogeneidade do pelotão masculino”. “O Diogo Cardoso apresenta-se com menos experiência e é um dos jovens que queremos ver crescer na modalidade”, acrescentou. No que diz respeito à preparação dos atletas num ano atípico, Daniel Viegas considera que esta “correu bem”. “A nível de treino até posso dizer que vamos estar melhor este
PSP chamada à Escola Básica de Aranguez por furto de dinheiro FOTOS: DR
Daniel Viegas afirma que o País está “bem representado”, considerando “a experiência e os resultados” da atleta
junta que procedesse à desmatação do lote, para que as habitações fiquem mais seguras”, explicou a autarquia em comunicado. A junta realizou a acção “com os seus próprios meios, assumindo o proprietário as despesas da intervenção”.
6 O SETUBALENSE 15 de Junho de 2021
Palmela
DR
HERLANDER VINAGRE
“Para o ano cancelamos a festa, se a situação se mantiver” O presidente da Associação das Festas de Pinhal Novo assume não estar disposto a repetir o evento nos mesmos moldes Grupo dos colaboradores da Associação das Festas Populares de Pinhal Novo
PINHAL NOVO
Festas com "balanço positivo" apesar dos condicionalismos Dificuldades foram ultrapassadas com o apoio da Câmara e da Junta Mário Rui Sobral A actuação de Belito Campos, na noite do passado domingo, marcou o encerramento da edição deste ano das Festas do Pinhal Novo, organizadas entre os dias 3 e 13 num modelo diferente do habitual, adaptado que foi aos constrangimentos provocados pela actual conjuntura pandémica. Ainda assim, o balanço “é positivo”, diz Herlander Vinagre, presidente da Associação das Festas Populares, apesar de reconhecer que as dificuldades foram enormes. “O balanço é positivo, mas não como à partida pretendíamos, devido aos condicionalismos com que nos deparámos, situações muito complicadas”, analisa o responsável, ao mesmo tempo que resume: “Não pudemos usar sequer a designação de festas – tivemos de mudar o nome para “Bora Lá Pinhal Novo” –, não foi possível ter qualquer rulote de farturas ou de bares e, inclusive, tivemos de separar os divertimentos dos espectáculos. Foi complicado, mas no meio de tudo isso
considero que o balanço é positivo.” Um dos primeiros reveses sucedeu logo no primeiro dia, com o concerto de abertura dos festejos, a cargo da SFUA, a ter de ser reagendado para dia 10. “Acabou por ser um concerto digno. Teve o seu impacto, não o impacto que desejávamos, porque era para ser um espectáculo de abertura. Não teve aquela afluência de público que queríamos, até porque tivemos de o reagendar para as 18h00. Foi o possível, mas foi bom”, considera. E, sem deixar de lamentar a situação, revela a receita que foi utilizada para ultrapassar esse e outros obstáculos. “Sermos confrontados [em cima da hora] com a impossibilidade de realizar o concerto de abertura foi complicado. Mas esta [associação das festas] é uma equipa preparada para todas as eventualidades. Tivemos de mexer os cordelinhos, dar as nossas voltas, e tivemos o apoio incondicional da Câmara Municipal de Palmela e da Junta de Pinhal Novo. Estiveram sempre presentes e foram uns parceiros incondicionais para darmos a volta à situação. Devemos muito a eles.”
Associações mostraram valor e público foi exemplar
Garantida ficou, uma vez mais, a promoção das tradições locais. “É sempre um dos objectivos. Demos todo o apoio às associações que quiseram
colaborar connosco, abriram-nos as portas como habitualmente o fazem e graças a elas estas festas foram também dignificadas”, salienta Herlander Vinagre, que destaca tanto os espectáculos musicais – um por noite – como as iniciativas levadas a efeito pelas associações locais. “O ATA, por exemplo, fez um excelente espectáculo, que nos surpreendeu pela positiva. Mostraram o seu valor. A Orquestra Nova de Guitarras também… Ou seja, as nossas associações estiveram à altura. Houve um equilíbrio entre os concertos e as actuações/actividades das nossas associações”, vinca. E o público deu o melhor exemplo. “As pessoas respeitaram na íntegra as regras. Tivemos uma equipa de segurança composta por 12 a 14 elementos, que encaminharam as pessoas aos lugares e que antes de todos os espectáculos desinfectaram as cadeiras no recinto… reunimos todas as condições para que não se pudesse dizer: 'Pinhal Novo fez a festa, mas aquilo foi um fracasso'. Mostrámos que é possível fazer, desde que se tenha no terreno as regras de segurança e que as pessoas também cumpram. Não houve uma única pessoa a assistir a um espectáculo sem ter a máscara colocada. Foi gratificante. Não tanto como queríamos, mas foi o possível”, concluiu.
Mário Rui Sobral Valeu pena realizar o certame nestes moldes? Vale sempre a pena. À partida fomos muito criticados por o fazer. Mas encarámos sempre o objectivo com grande fervor e acho que valeu a pena. Demos um exemplo de saber trabalhar, de segurança, do que é uma equipa de trabalho no terreno, embora houvesse algumas críticas, mas a essas já estamos habituados. Quem esteve presente só nos deu parabéns e temos tido reconhecimento pela forma como organizámos as festas. Qual foi a média de assistência de público, tendo em conta a existência de lugares sentados nos espectáculos? No dia da Rosinha tivemos completos no recinto os lugares sentados e lá fora estava o triplo das pessoas a assistir, até porque não tapámos nada. Apenas vedámos o recinto com rede metálica. Cá fora esteve sempre o dobro das pessoas que estavam no recinto, com 328 lugares sentados. Ontem [domingo passado] encerrámos com chave de ouro. Foi uma coisa fora de série: o recinto estava repleto de gente, ao seu redor, mantendo o distanciamento. A GNR teve também essa preocupação e fez sempre o policiamento. Foi muito bom. Em condições normais tínhamos nas festas 18 a 20 mil habitantes por noite. Neste caso, nem de longe nem de perto. E em termos de visitantes? Até tivemos gente de Lisboa, como no domingo em que vieram algumas dezenas de pessoas para assistir ao espectáculo de Belito
Demos um exemplo de saber trabalhar, de segurança, do que é uma equipa de trabalho no terreno, embora houvesse algumas críticas, mas a essas já estamos habituados Campos. A esmagadora maioria foram pessoas da vila e arredores. A nossa intenção era dirigir os festejos para quem é do concelho. Não trabalhámos a divulgação para que viessem pessoas de fora, até em face das condicionantes. Consideram voltar a realizar a festa nestes moldes, caso para o ano ainda se verifique condicionalismos idênticos? Muito honestamente, se à partida, quando começámos a pensar em fazer as festas, soubesse que era isto que ia acontecer, tínhamos cancelado. Se para o ano as condicionantes forem as mesmas, cancelamos a festa. Isto não se faz de um dia para o outro, são meses a trabalhar e depois as pessoas sentem-se defraudadas. A um dia das festas abrirem fazem-nos comunicar às pessoas que tinham de levantar as suas rulotes, de farturas, bares..., porque já não era autorizado. Isso dói. Assim para o ano não fazemos, independentemente de o balanço deste ano ser positivo.
15 de Junho de 2021 O SETUBALENSE 7
Semana da Freguesia de Palmela com reunião pública de câmara
Arrancou ontem e prolonga-se até sexta-feira, 18, a Semana da Freguesia de Palmela promovida pela gestão camarária. Inserida na agenda dedicada àquela freguesia está a realização da reunião pública de câmara, a ter lugar a partir das 21h00 na Biblioteca
Municipal. A entrada de público está sujeita à lotação da sala, no cumprimento das regras da DGS. “Descentralização de competências para as freguesias – manutenção de competências na área de intervenção da Câmara Municipal” é um dos sete pontos que constam
ENTRE 2022 E 2029
BREVES
Palmela investe mais de 8,2 milhões de euros para melhorar transportes públicos
COVID-19
Rastreios no dia 17 em Brejos de Assa DR
Assembleia Municipal viabiliza acordo com a Área Metropolitana de Lisboa e autoriza despesa Mário Rui Sobral Palmela vai investir mais de 8,2 milhões de euros, entre 2022 e 2029, para garantir a nova oferta de transportes públicos rodoviários no concelho. A Assembleia Municipal aprovou, no passado dia 9, a celebração de um acordo entre a autarquia palmelense e a Área Metropolitana de Lisboa, entidade com a competência dos transportes. “Foi também autorizada a despesa e compromissos plurianuais entre 2022 e 2029, associados ao acordo, no valor máximo de 1 milhão e 656 mil euros anuais, até 2025, e 6 milhões e 626 mil euros, entre 2026 e 2029”, revelou a autarquia, em nota de Imprensa. O município espera um aumento da oferta de carreiras na ordem dos 140%, no âmbito do concurso internacional que a AML realizou para a contratualização de transportes rodoviários de passageiros. “Além do crescimento da oferta, este serviço, já adjudicado, permitirá o rejuvenescimento da frota, o aumento da eficiência, informação, qualidade, sustentabilidade ambiental e responsabilidade social”, salienta a edilidade, que lembra ainda os contornos da operação. “Trata-se de um investimento que resulta do trabalho desenvolvido durante cerca de dois anos pela AML e pelos 18 municípios envolvidos, entre os quais Palmela, com a elaboração de um vasto número de estudos para desenhar uma nova e mais completa rede de transportes.” A Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML), detida a 100% pela AML, “será a entidade responsável pela gestão do serviço público de
A Câmara de Palmela promove, na próxima quinta-feira, das 10 às 12h00, a realização de rastreios à covid-19 na Unidade Móvel de Saúde que estará estacionada na Rua dos Trabalhadores da Terra, em Brejos do Assa, na vila de Palmela. Os testes destinam-se à população que não tenha sido ainda vacinada contra a doença e com idades dos 20 aos 60 anos. Basta aos interessados comparecerem no local e apresentarem o cartão de cidadão.
PREVENÇÃO
Associações recebem mil testes covid A autarquia de Palmela espera um aumento de 140% na oferta de transportes
transportes rodoviários da área metropolitana, pela instalação de uma plataforma tecnológica integradora do sistema de bilhética e de informação ao público, pelo desenvolvimento de estudos e planos, e pela implementação de políticas de acessibilidade, mobilidade e transportes”, recorda ainda a autarquia. O concelho de Palmela será servido pelos transportes do agrupamento liderado pela Nex Continental Holdings.
Reabilitação urbana
Aprovado na mesma sessão, foi também o relatório 2020 referente às Operações de Reabilitação Urbana (ORU) dos Centros Históricos de Palmela e Pinhal Novo. “O documento, elaborado pela Câmara Municipal, monitoriza o desenvolvimento e execução das ORU, face aos objectivos definidos, identifica a dinâmica dos privados em função dos incentivos à reabilitação e determina potenciais ajustes para a melhoria da implementação das operações
de reabilitação em curso”, faz notar o município. De acordo com a autarquia, o período marcado pelo contexto pandémico “não se mostrou adverso ao bom desenvolvimento da ORU do Centro Histórico de Palmela”, já que foi registado “interesse por parte dos particulares em investir e reabilitar naquela zona”. No relatório, no investimento público, a edilidade destaca “as intervenções, em desenvolvimento, de requalificação do Salão Nobre e edifício dos Paços do Concelho, a criação do Centro de Investigação de Património Cultural de Palmela, a instalar no antigo edifício da GNR, e o reforço estrutural e requalificação da Capela de São João Baptista”. Além disso, o relatório propõe também, entre outros, dar continuidade ao “levantamento, verificação e validação do estado de conservação do edificado integrado na ARU de Pinhal Novo, incrementando o contacto directo com os proprietários de modo a incentivá-los à reabilitação”.
O tecido associativo, desportivo e cultural, do concelho de Palmela vai receber da Câmara Municipal cerca de mil testes rápidos de despiste à covid-19. Os testes são destinados a “artistas, atletas e estruturas de formação”, explica a autarquia, que diz acreditar “numa retoma progressiva das actividades desportivas e culturais durante o período de Verão”.
PINHAL NOVO
CDU vai ouvir agentes associativos A CDU de Palmela vai estar no Mercado Municipal do Pinhal Novo no próximo dia 22, a partir das 21h00, para realizar mais uma reunião com agentes culturais e desportivos. O encontro visa recolher sugestões, tendo em vista a elaboração do programa eleitoral desta força política para o próximo mandato eleitoral (2021-2025).
na ordem de trabalhos. A sessão será também transmitida em directo e ficará disponível no canal Youtube da autarquia. No dia 18, entre as 9 e as 12h00, será feito atendimento descentralizado mediante marcação até às 12h00 da véspera, através do 212 336 650.
FORMAÇÃO
Triatlo da Palmela Desporto brilha em Soure A Escola de Triatlo Palmela Desporto obteve o 8.º lugar da classificação geral no “II Triatlo Nacional Jovem de Soure”, mercê das prestações das suas duas equipas de Benjamins/Infantis Masculinos e Iniciados/Juvenis Masculinos. A competição decorreu no passado dia 10, em Soure, com o apoio da Federação de Triatlo de Portugal. A equipa de Benjamins/Infantis Masculinos da escola palmelense alcançou o 4.º lugar entre as 15 formações participantes, nas distâncias de 50 metros natação, 1000 metros ciclismo e 400 metros corrida. Já os Iniciados/Juvenis Masculinos, entre 23 equipas, classificaram-se no 13.º posto nas seguintes distâncias: 200 metros natação, 4000 metros ciclismo e 1000 metros corrida. Estes resultados valeram à Escola de Triatlo Palmela Desporto alcançar o 8.º lugar na classificação absoluta por clubes, entre um total de 18 equipas participantes. A competição pontuou para o Campeonato Nacional Jovem de Triatlo de Clubes, nos formatos de estafetas. Entre as 18 equipas participantes, além da Palmela Desporto, estiveram clubes como o Sport Lisboa e Benfica, o Alhandra Sporting Club, o Sporting Clube de Portugal e o Outsystems Olímpico de Oeiras. À margem desta prova, o clube de Triatlo Palmela Desporto fez-se representar pelo triatleta Emanuel Freitas no “Tâmega Swimrun”, competição que decorreu no passado dia 6 entre os concelhos de Penafiel e Marco de Canaveses. O triatleta do clube palmelense conseguiu o 5.º lugar, entre 62 concorrentes, na prova standard de 30,4 Km, em natação em águas abertas e corrida.
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Entrevista RAUL CRISTÓVÃO CANDIDATO A PALMELA
“As obras estruturantes são todas do Governo” Cabeça-de-lista do PS diz ter um projecto diferente para o concelho e promete baixar o IMI para os 0,30 em quatro anos Francisco Alves Rito (Texto) Mário Romão (Fotografia)
Professor de Geografia na Escola Secundária de Palmela há 35 anos, Raul Cristóvão, é licenciado pela FCSH da Universidade Nova. Casado, vereador há quatro anos, aos 64 anos, volta a candidatar-se a presidente. Há quatro anos não ganhou, porque acha que deve tentar uma segunda vez? O PS de Palmela e a Federação Distrital acharam que deveria recandidatar-me. Há quatro anos tivemos um aumento de 25% de votos, crescemos imenso, e, nessa onda de crescimento e do trabalho politico feito no concelho e na Câmara, com a nossa oposição responsável, achámos que me deveria recandidatar. Como não sou de voltar a cara à luta, sigo o princípio do Mário Soares, que só se perde quando se deixa de lutar. Esta vai ser uma candidatura para dar voz às pessoas. O PS subiu mas ficou quase a três mil votos da CDU. Obteve 28% e a CDU 40%. É uma diferença significativa. Desta vez vai ser diferente? Penso que sim. Tudo indica que vamos continuar a subir e há um desgaste próprio de 47 anos de poder da CDU. Gosto de fazer politica pela positiva, portanto, acredito mais no projeto do PS do que na derrota dos outros. Acho que temos um projeto diferenciador, que pode qualificar a vida das pessoas e do território. Somos capazes de fazer com que as pessoas acreditem que é preciso mudar e que não é uma mudança de actores, é uma mudança de política. Neste mandato, o PS permitiu que um vereador aceitasse pelouros e a CDU agora diz que, nessas áreas, a gestão municipal
funcionou pior e pede maioria absoluta com base nesse argumento. Esta ligação do PS à CDU não é prejudicial? Não. Aceitámos pelouro mas não fizemos nenhum acordo escrito. Lamento que o candidato Álvaro Amaro diga essas coisas mas cada um é responsável pelas palavras que diz. Eu nunca seria capaz de liderar uma equipa para dizer mal dos meus. Se o candidato Álvaro Mauro diz essas coisas é uma pessoa que, já se percebeu, não consegue liderar equipas. Centra muito a liderança nele próprio e, mesmo aos seus muitas vezes não os defende como deveria. O PS tomou essas dores em áreas difíceis mas fez um trabalho diferenciador. Nesta Câmara, em 44 anos, nunca tinha havido uma varredora mecânica… Que balanço faz do trabalho do vereador do PS, nas áreas da Higiene e Limpeza e da Iluminação? Introduziram-se varredoras mecânicas, equipas dedicadas a um determinado espaço, nas freguesias de Palmela
A nossa proposta é, no final do mandato, chegar aos 0,30 no IMI
e Pinhal Novo, trabalhou-se com as freguesias da Quinta do Anjo e do Poceirão e Marateca para que o concelho tivesse outra imagem na área da recolha de resíduos e na limpeza urbana. Mas há muito para fazer, por culpa, muitas vezes, de não se conseguir o orçamento suficiente para se ir mais longe. É preciso ir mais longe. Com os recursos que haviam, o trabalho do vereador do PS foi positivo? Na Iluminação posso dizer que vamos ter o concelho todo em LED. Foi o vereador do PS que trabalhou esse plano e vai conseguir chegar ao fim do mandato com todo o concelho com LEDS. Era para ser só umas partes e ele, com a sua resiliência e capacidade de gestão, conseguiu com que fosse todo o concelho. É difícil num concelho com 450 quilómetros quadrados mas também a poupança é ainda maior e podemos reverter o dinheiro para projetos sociais e outros que tanta falta fazem. Por isso acreditamos que o trabalho foi positivo A limpeza urbana é uma das áreas com mais queixas dos munícipes. É muito difícil. Mas foi sempre recusada uma política que nós propusemos, ao longo destes quatro anos, de sensibilização, nas escolas. A limpeza urbana não passa só por quem limpa passa também por nós, que sujamos. Tinha que haver uma melhor distribuição dos contentores, depois num concelho tão grande e muito disperso, temos de diversificar a gestão da recolha de resíduos. Isto é difícil de entender, sobretudo pelo senhor presidente. Diversificar como? Ter equipas diferenciadas e delegar nas juntas de freguesia? Diferenciar equipas, equipamentos, os pontos de recolha e as formas de recolha porque é muito diferente
numa área rural, como, por exemplo, o Poceirão. Foi preciso entregar a recolha a uma empresa nem sempre cumpriu e foi preciso reformular o contrato. Temos de repensar este modelo porque gerir Palmela é muito diferente, não é gerir o Montijo, Moita ou Barreiro. Há quatro anos apontava conflitos partidários nas juntas de freguesia do Poceirão e Quinta do Anjo. Esses presidentes de junta foram substituídos. Que avaliação faz? Agora funciona melhor? Não tenho que avaliar o trabalho de candidatos e presidentes de outros partidos. Mas há quatro anos criticou. Na Quinta do Anjo, conseguimos trabalhar em conjunto para melhorar o ambiente político que, neste momento, é menos deteriorado, mais positivo. Isso é democracia. O PS não é oposição por oposição em lado nenhum e no concelho de Palmela não é de certeza. Pelo menos enquanto eu for presidente da concelhia, o PS é oposição para contruir O PS tem a Junta de Palmela. A freguesia ganhou por ter uma gestão socialista? Claramente. O nosso presidente é querido junto da população pelo seu trabalho diário, a resolver os problemas das pessoas, nas suas competências. Para além da experiencia que Jorge
Mares já tinha, ele é um palmelão. Se há alguém que conhece Palmela, os anseios das populações e o território da freguesia, é o Jorge Mares. Por isso vai continuar e tenho a certeza que vai reforçar a votação Quais são as diferenças que destaca entre os projectos do PS e da CDU? Destaco facilmente uma primeira: Nós queremos orçamentos verdadeiramente participativos e não reivindicativos. Queremos orçamentos participativos em que as pessoas proponham projetos, que sejam votados e que tenham de ser executados. O orçamento participativo em Palmela é reivindicativo. Quem tem tempo e disponibilidade para ir a uma sessão reivindicar e voz mais forte, concretiza, quem não tem, não vê os seus problemas resolvidos. No último ano a participação foi a maior desde 2016. Não vejo maior participação, vejo mais do mesmo e reuniões com meia dúzia de pessoas. Se tiver um e chegar a dois, aumento 100%. É como no turismo. Dizer que as dormidas em Palmela aumentaram 70%, quando a gente não tem hotéis, temos alojamentos locais e a Pousada, que, infelizmente, está fechada desde a pandemia - e vamos ver se abre. É muito fácil falar em números. E outras diferenças?
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Veja a entrevista completa, em vídeo, no site ou nas redes sociais d'O Setubalense
Plano estratégico para o concelho, não há. O que vai ser este conselho daqui a dez anos, quais são as perspetivas? Álvaro Amaro tem dito que a estratégia é diversificar a actividade económica, com áreas como logística, tecnologia e serviços. Sim, mas isso não é estratégia local, vem agarrada à estratégia do Governo. Se fosse um plano estratégico sério, o actual presidente não se punha a contestar um equipamento tão importante como o aeroporto na região, porque Palmela era dos concelhos que mais podiam ganhar com isso. Não está na linha dos aviões, está ao lado do Montijo e, se 1% dos dez milhões de turistas previstos, viessem a Palmela, isso sim, era crescimento turístico. Em vez de contestar ideologicamente o que partido manda, se pensasse mais no território e nas pessoas, tinha uma visão estratégica local. O PS já tem plano estratégico? Não. O plano manda-se fazer, faz-se quando for poder. O turismo é um forte pilar para o desenvolvimento económico e social do concelho mas tem de ser feito um plano para que percebamos que o que falta não é criar dormidas, é criarmos uma oferta forte naquilo que são os nossos recursos. Não podemos, por exemplo, permitir que esta casa, de azulejos e artesanato
- que vi nascer quando, miúdo, aqui vinha com o meu pai, falar com o Sebastião Fortuna -, que é uma maisvalia, esteja reduzida a este espaço. Temos de criar uma escola de artes e ofícios. Temos de recuperar de anos de atraso em que não se valorizou o artesanato, que era uma riqueza neste território e que se foi perdendo. O que falta ao turismo em Palmela? Falta oferta hotelaria. Há privados que me dizem que não investem em Palmela porque demoram tempo, três ou quatro vezes mais, para aprovar o projeto O turismo tem sido uma bandeira deste executivo, do vereador Luís Calha e do presidente, mostrando números de grande crescimento, antes da pandemia. Não é assim? Cresceu, mas não cresceu aquilo que tinha de crescer. Dou-lhe o exemplo do castelo de Leiria; esteve fechado por causa de obras e, no fim-desemana que abriu, teve quase cinco mil visitantes. O castelo de Leiria, que conheço bem, não é mais bonito do que o castelo de Palmela. Temos que pensar porque acontece ali e não acontece aqui. É porquê? Porque o castelo de Leiria foi intervencionado com um projecto voltado para que as pessoas o visitassem. Toda a intervenção, desde elevadores a caminhos para pessoas com mobilidade mais reduzida, ou com carrinho de bebé, foi feita para que pudessem andar. Nós, sempre que discutimos isto é um rol de problemas. Em vez de irmos todos encontrar a solução, não, arranjam 50 problemas, com a desculpa sempre do poder central. Se tenho um castelo que é dos mais bonitos do país, com uma vista de 360 graus, incomparavelmente com umas das melhoras vistas do país, não podemos deixar de resolver os problemas de mobilidade. Fezse uma obra de mobilidade, que tem alguns aspectos positivos, mas tem problemas, e pessoas ligadas a mobilidade reduzida já me chamaram à atenção. E onde está o museu? Temos um espólio arqueológico espetacular que está guardado. Tem que ser mostrado. A Casa Hermenegildo Capelo é uma casa da administração pública em vez de ser uma casa museu. Não temos museu etnográfico, apesar de termos uma etnografia lindíssima, nem o museu do vinho e da vinha. Não posso ter estes museus todos, mas se calhar posso ter um museu com vários polos e isto é turismo. O PS fala em despertar as pessoas. Não têm estado acordadas? Despertar as pessoas é no sentido de levar as pessoas a votar. Palmela, nas
últimas eleições, foi o terceiro concelho do país com maior abstenção. É preciso despertar, a democracia faz-se com o voto, é preciso trazer as pessoas a votar e queremos ouvi-las. Como é que vai fazer isso? Já falei do orçamento participativo, vamos trabalhar mais e descentralizar mais, para as freguesias, porque estão mais próximas. Se as pessoas sentirem que o poder está mais próximo delas e mais facilmente consegue resolver, porque, às vezes, não são os grandes problemas são os pequenos. As pessoas sentem muito um buraco da rua que nunca mais é tapado, o lixo não é recolhido como deve ser naquela rua, as ervas crescem e não são cortadas, estes problemas podem ser melhor resolvidos na freguesia do que pela Câmara. Defendemos a descentralização, com mais competências, direitos, funcionários e com mais dinheiro. Já quantificaram o aumento de verbas e quais as competências? Já pensámos em novas competências e temos de quantificar, porque normalmente fazemos isso. Cada vez que propomos o abaixamento do IMI apresentamos as contas. Tudo o que é possível quantificar, nós quantificamos quando apresentamos propostas. Foi assim no IMI, quando passámos aos 0,35 e posso já dizer que a nossa proposta é chegar aos 0,30 no fim dos quatro anos. Não é no primeiro ano de mandato, ao longo do mandato, chegar aos 0,30. Porque nós propomos com responsabilidade. O PSD acusa o PS de ser força de bloqueio, e de colocar-se ao lado da CDU, por ter inviabilizado a redução do IRS. O PSD em Palmela é contranatura, funciona ao contrário do PSD nacional. Como tem pouca expressão… Quando pergunto ao PSD quanto custa, eles, geralmente, não têm as contas feitas. É preciso fazer contas, porque nós somos oposição para ser poder, não para andar aqui durante anos a ser oposição. Nós fizemos contas ao e IRS e concluímos que estávamos sobretudo a reduzir para quem pode mais e não para quem pode menos. Como vê a grande quantidade de candidatos? É positivo ou negativo para o PS? Haver duas candidaturas independentes, umas delas de um antigo presidente, Carlos Sousa, vai beneficiar ou prejudicar o PS? A democracia é aberta a todos. Gostava que o número de candidatos fosse representativo das dinâmicas democráticas. Infelizmente os interesses pessoais são um dos problemas da política. A política tem que ser feita com base em projetos e com critérios muito sérios, nenhum dos candidatos é um problema para o PS.
Se o actual presidente tivesse estratégia não contestava o aeroporto no Montijo Todas as candidaturas democráticas são boas para a democracia, se alguém tem problemas com algumas candidaturas independentes, que diga. Nós não temos problemas com nenhumas candidaturas sejam elas quais forem, e trabalharemos com todos, exceto com um. Com quem não trabalha? A extrema-direita. Apontou os interesses pessoais como um problema da política. Onde identifica esse problema? Nas candidaturas independentes? Às vezes. A minha candidatura, e a equipa que a compõe, é de gente que hoje está a trabalhar e amanhã continuará a trabalhar, ou na autarquia ou a servir as populações, ou nos seus empregos. Nós temos passado, temos presente e temos futuro e fazemos política por serviço público, para servir e não para nos servirmos. Felizmente todos temos as nossas carreiras profissionais e é muito importante que as pessoas percebam. Fica a ideia que não está a dizer tudo o que pensa sobre as candidaturas independentes. Não. Quer um, quer o outro, têm o mesmo direito de se candidatar que eu. As únicas pessoas que têm que fazer a avaliação das candidaturas são os eleitores. E não receia que Carlos Sousa tenha capacidade de retirar votos ao PS? Não. Não tenho receios democráticos. Reconhece que há obra em Palmela, sobretudo neste mandato, ou não lhe parece? Constatei uma coisa que gostava de não dizer. A obra estruturante que existe é do Governo – não estou a falar de tapar buracos nos aceiros, ou alcatroar mais uns quilómetros, que é o trabalho normal…
Resolver o problema da vala da salgueirinha ou fazer um centro de saúde não é estruturante? O centro de Saúde foi pago pelo Ministério da Saúde. A Câmara cedeu o terreno e acompanhou a obra. Nem vamos comparar a outras câmaras, que contruíram, nos últimos mandatos, cinco ou seis centros de saúde, sozinhas, sem protocolos. A vala da Salgueirinha, mais de um milhão é do Fundo Ambiental, do Ministério do Ambiente. Foi assinado um protocolo e a Câmara gere e acompanha a obra, que é no seu território, não faz mais. O castelo, obra nacional. Ou seja, são de facto obras estruturantes, mas todas são fruto do Governo que, e ainda bem, é um governo PS, que se preocupa também com aqueles problemas e tenta resolve-los. Há quantos anos se lutava pelo centro de saúde no Pinhal Novo Sul? Foi este governo, porque esta Câmara está cá há 47 anos e este governo está há seis e foi no primeiro mandato que fez a obra. Álvaro Amaro apresenta essas obras como resultado da sua capacidade reivindicativa e de persuasão do governo, disponibilizando-se para colaborar em áreas onde a Câmara não tem obrigação. Se Álvaro Amaro, presidente de camara, não tivesse capacidade para ir discutir obras fundamentais para o concelho, as coisas então ainda estavam piores que aquilo que a gente sabe. Há capacidade financeira para fazer mais e se, como temos sugerido em reuniões, a Câmara fosse à banca buscar dinheiro para resolver problemas estruturais no concelho, para as pessoas, nós acompanharíamos e votaríamos a favor. Há problemas a resolver; escolas em Cabanas em que as turmas estão divididas em dois edifícios porque, após a obra na escola antiga, o problema contínua e não se resolve. Não se percebe qual é a política para alcatroar os aceiros, por que se opta por este mas o do lado também não está alcatroado e, às vezes, até tem mais residentes. Nós propusemos, no nosso programa anterior, que se fizesse um plano, com as pessoas e as juntas de freguesia, para se perceberem as prioridades do alcatroamento dos aceiros. Se não ganhar as eleições vai cumprir o mandato até o fim, como está a cumprir este? Cumprirei as minhas obrigações até achar que tenho condições para o fazer e espero ter essas condições. Mas os mandatos são do povo mas também são do partido. Se o partido achar que devo ser substituído, serei, se achar que devo continuar, continuarei. Apoio à produção: Adrepal - Espaço Fortuna, Artes e Ofícios
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Seixal
À Babuja de regresso de 17 a 20 de Junho na Arrentela
Ivo Santos ou Smile (Smile1art) é este ano um dos convidados do À Babuja – Festival de Street Art do Seixal. Uma iniciativa para ver e acompanhar de 17 a 20 de Junho, entre as 10h00 e as 20h00, na Quinta do Cabral, em Arrentela. A curadoria do festival está a
cargo de Ivo Santos (Smile), artista que tem vindo a participar neste e em outros eventos promovidos pela autarquia e, através da sua associação, a Acuparte, seleccionou os writers Utopia e Huario para o estarem no desafio deste ano.
PRESTAÇÃO DE CONTAS
Câmara apresenta resultado líquido de 8,2 M€ e diminuição de dívida em 4,6 M€ DR
Executivo indica que, pelo 10.º ano consecutivo, os proveitos superaram os custos Humberto Lameiras O relatório de actividades e prestação de contas da Câmara do Seixal, referente ao exercício de 2020, “reflecte um resultado líquido no montante de 8,2 milhões de euros”, indica a autarquia em comunicado dando nota do documento apresentado e aprovado na reunião de câmara da passada quarta-feira. Este resultado, “configura, pelo 10.º ano consecutivo, exercícios em que os proveitos superam os custos”. Outro dado aponta que a autarquia “registou ainda uma diminuição de 4,6 milhões de euros na dívida”. Referindo-se a estes resultados, que vão ser remetidos para apreciação da Assembleia Municipal, comenta o presidente da Câmara do Seixal que, “apesar da crise sanitária, económica e social que se instalou em todo o País, devido à pandemia covid-19, a Câmara Municipal do Seixal continua
Joaquim Santos diz que investimentos no concelho não pararam
a evidenciar uma excelente situação económico-financeira, tal como demonstram os seus principais indicadores, tendo por isso sido possível aumentar o investimento municipal e proporcionar uma melhor qualidade de vida aos munícipes”. Destaca Joaquim Santos o “desenvolvimento ou conclusão de inú-
meros projectos, nomeadamente a Piscina Municipal de Paio Pires, a 2.ª fase do Parque Urbano do Seixal, o Lar de Idosos de Fernão Ferro, o Complexo Desportivo de Santa Marta do Pinhal, o plano de requalificação dos mercados municipais, a Loja de Cidadão do Concelho do Seixal, o plano de requalificação do parque educativo
do concelho, o Centro Inova Miratejo, as novas instalações da Universidade Sénior do Seixal, o Centro Náutico de Amora e ainda o Pavilhão Municipal Cidade de Amora". No mesmo comunicado, a autarquia refere que em 2020, mesmo com uma “diminuição de receitas e aumento significativo da despesa, em concreto com a prevenção e combate à pandemia”, a Câmara procedeu à “atribuição de comparticipações financeiras e cedências de terrenos a associações sem fins lucrativos, para construção ou requalificação de sedes e equipamentos de uso público, designadamente creches, lares-residência ou ainda equipamentos desportivos”. O relatório de actividades e prestação de contas realça também que, no âmbito da luta contra a covid-19, no ano passado foram “adoptadas medidas de prevenção, contenção e apoio às famílias e empresas do concelho, o que significou um investimento municipal de cerca de 3,6 milhões de euros destinados à garantia e reforço dos serviços essenciais, à adaptação da prestação do serviço público, à segurança e protecção dos trabalhadores, ao apoio às forças de segurança e humanitárias, assim como às instituições sociais, e à criação de infra-estruturas”.
AUTÁRQUICAS 2021
Coligação “Seixal às Direitas” coloca CDU e PS no mesmo saco Os nomes da coligação são apresentados a 22 de Junho No concelho do Seixal o CDS-PP, PDR, Aliança e MPT concorrem juntos às autárquicas 2021 na coligação “Seixal às Direitas”, a qual é apresentada publicamente a 22 de Junho, ainda em local a designar, no mesmo dia será apresentado o cabeça-de-lista. Entretanto, durante o decorrer desta semana, vão ser revelados os
primeiros nomes das listas de candidatos às juntas de freguesia. Em comunicado, os partidos envolvidos na coligação consideram que este entendimento político “reúne todas as condições para mudar o paradigma comunista/socialista que tem governado o concelho do Seixal nas últimas décadas, e ser a candidatura vencedora das próximas eleições autárquicas no concelho”. É referido ainda que o CDS-PP, PDR, Aliança e o MPT “decidiram unir-se para endireitar a política municipal no concelho do Seixal, assumindo à
partida que serão os seixalenses os principais beneficiários dos dinheiros públicos e não as organizações políticas que têm governado esta autarquia nas últimas décadas”. Para a coligação é tempo de “dizer basta” a 45 anos de governação CDU no Seixal, e infere que “a um mau Governo Socialista junta-se uma má gestão autárquica da CDU no Seixal”, partidos que são “parceiros na governação do País desde Novembro de 2015, e fingem ser adversários nas eleições de Outubro próximo”, diz João Rebelo do CDS-PP e Depu-
tado na Assembleia Municipal do Seixal. Comenta ainda que a coligação "Seixal às Direitas" “junta o CDS, PDR, MPT e Aliança bem como muitos independentes apostados em acabar com uma gestão que desperdiçou 44 anos e centenas de milhões de euros”. E acrescenta: “Quando olhamos para o panorama político seixalense e as candidaturas que se perfilam, a mudança e a esperança encontram-se na coligação "Seixal às direitas". Acreditar que a mudança é possível, é sempre o primeiro passo”.
FÓRUM CULTURAL
Teatro sobre sonhos e concerto Throes + The Shine O Auditório do Fórum Cultural do Seixal recebe este sábado, 19 de Junho, pelas 20h30, a peça de teatro “Já Passaram Quantos Anos, Perguntou Ele”, numa representação do Teatro das Beiras. O espectáculo conta sobre “os nossos amores, os casamentos, os divórcios, as mudanças de casa, as partidas, o passar dos anos, o entrar na vida adulta, o abandonar os sonhos, o arranjar trabalho e o andar apaixonado”. Trata-se de um texto sobre “amigos que vêem os amigos a crescer e a mudar”, assim explica comunicado da autarquia. O espectáculo tem a duração de 90 minutos, sendo os ingressos no valor de 8 euros, com desconto de 5 euros, para jovens, reformados e trabalhadores das autarquias do Seixal. Integrado no mesmo ciclo de espectáculos, a 24 de Junho, pelas 21h00 o auditório recebe o concerto Throes + The Shine, que apresenta ao público uma sonoridade que pretender ser uma comunhão entre Portugal e Angola. Nascidos em 2011, no coração do Porto, Throes + The Shine apresentam um som híbrido que alia o kuduro (a música de dança explosiva oriunda de Angola) a texturas electrónicas e à fúria do rock. O resultado ao vivo é empolgante e contagiante: corpos em movimento e sorrisos abertos na plateia. Este concerto é “um verdadeiro caleidoscópio sonoro em busca de novas paragens e apresenta um caminho já distinto do passado, sem perder a identidade enérgica que sempre caracterizou o projecto”, interpreta o mesmo comunicado. O concerto, com uma hora de duração, é de entrada gratuita, com reserva obrigatória de bilhetes. DR
Throes + The Shine
15 de Junho de 2021 O SETUBALENSE 11 PUBLICIDADE
COMUNICADO
Você sabia? ... que a Funerária Armindo está disponível todos os dias do ano, a quaquer hora, para o apoiar em caso de emergência funerária?
A funerária Armindo informa que subiu o nível de contingência para o nível máximo, uma vez que a quantidade de óbitos atingiu níveis absolutamente inéditos. Como sempre, a funerária Armindo tem todos os recursos aplicados ao serviço da sociedade e pede a compreensão de todos para eventuais atrasos ou incómodos que possam resultar desta situação de exceção. Apelamos a toda a população para que respeite, com o maior zelo, as regras definidas ao abrigo do atual estado de emergência, para que a situação se possa normalizar o mais rapidamente possível.
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Necrologia
DUARTE DE MATOS CARVALHO (1928 - 2021) - QUINTA DO ANJO
Sua família vem por este meio participar o falecimento do seu ente querido, e desde já agradecer a todos quantos o acompanharam á sua última morada ou que de qualquer outra forma lhe manifestaram o seu pesar. Vem também informar que haverá missa de 7º dia, dia 18 de junho (sexta-feira) pelas 19:00 horas na Igreja da Qta do Anjo. 1819
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AGÊNCIA FUNERÁRIA A BÊNÇÃO DE CRISTO, LDA•SESIMBRA TELEF: 21 268 2905 2396
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DRA. MARIA FILOMENA LOPES PERDIGÃO DR. ALFREDO PERDIGÃO
Bloco Clínico
Horário 2ª a 6ª-feira: 08.00/12.30 - 14/18.00h Sábado: 09.00/12.00h
Rua Jorge de Sousa, 8 | 2900-428 Setúbal www.precilab.pt | tel. 265 529 400/1 telm.: 910 959 933 | Fax: 265 529 408
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ALMADA - 265 539 691 | SETÚBAL - 265 520 716 SEIXAL - 265 520 71 | MONTIJO - 212 318 392 MOITA - 212 047 599 | BARREIRO - 212 047 599 PALMELA - 265 520 716 | ALCOCHETE - 212 318 392 OUTROS CONCELHOS 265 520 716
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Seixal SEIXAL WORLD MUSIC NO MIRATEJO
Ritmos nativos originais enchem Parque Urbano José Afonso no sábado e domingo OPINIÃO Francisco Ramalho
Falta civismo e prevenção
E
ste inverno, felizmente, choveu bem. E depois, abril também confirmou o ditado: “abril, águas mil”. Foi um bem para as barragens e, de uma maneira geral, para a agricultura. Mas, não há bela sem senão! Embora este senão, fosse mais que previsível. Logo, possível de prevenir. Mas, pecha nossa, prevenção, nem sempre é connosco. Como não é possível sol na eira e chuva no nabal, toda a vegetação beneficiou com a chuva, o sol, o bom tempo, e ela cresceu por todo o lado, inclusive, evidentemente, nas bermas de estradas, ruas e caminhos. E agora com a chegada do verão, naturalmente, secou. Não sendo cortada, como acontece por tanto lado, bastando dar-se uma volta por aí para se confirmar. Depois, por qualquer descuido ou desleixo, torna-se um rastilho para alimentar a praga dos fogos florestais e mesmo urbanos. Com algumas idas à praia nestes dias propícios para tal, é o caso, na sinuosa estrada que liga a Charneca da Caparica às praias da Costa atravessando a mata que até é reserva natural, onde o temos verificado. Mas, justiça seja feita, há também autarquias preocupadas com esse potencial perigo e limpeza urbana. Por exemplo, o caso que conhecemos melhor, o Seixal, onde a desmatação tem sido feita. Um preocupante aspecto da falta de civismo é, nas referidas bermas em zonas urbanas de grande mobilidade, tanta gentalha que para lá atira lixo. Claro que os responsáveis pela desmatação, devem ter o cuidado não só com o corte das ervas e do mato, mas também, sempre que possível porque os meios não abundam, com a recolha desse lixo. Nomeadamente, aquando da desmatação. Numa dessas idas à praia, à saída do bairro onde moro, existe uma rotunda relvada, com a relva impecavelmente limpa e cortada, três máscaras, com certeza atiradas de dentro dos carros, jaziam, conspur-
DR
Dois dias em que a música promete cativar e promover a tolerância, o entendimento e o conhecimento entre os povos Humberto Lameiras
Nas praias continua-se irresponsavelmente mantendo ou agravando a pandemia cando o verde quase imaculado. Assim que cheguei à praia do Dragão Vermelho, deparo logo com outra. Num bocado de cana que estava junto às rochas, enfiei-a por um dos elásticos e segui até à praia do Tarquínio. Até lá chegar, apanhei mais quatro. E, com muita pena minha, mais alguns pequenos invólucros e pedaços de plástico, lá ficaram. Outra coisa que também se vê com frequência e que é considerada um dos piores “venenos” para a fauna marinha, são as famigeradas palhinhas, fornecidas pelos estabelecimentos junto à praia mesmo a clientes que consumam as bebidas fora. Incrível, como é que não existe ainda legislação contra tal barbaridade. Finalmente, no que diz respeito às praias, no dia 10, feriado, as que refiro, nomeadamente a do Dragão Vermelho, estavam cheias e mais pareciam enormes campos de futebol, mais os sempre habituais ajuntamentos. Portanto, quanto ao distanciamento preconizado pela DGS e ali também obrigatório, zero! Tal e qual como antes da pandemia. Sem campanhas de sensibilização eficazes e não se fazendo cumprir as leis, continua-se irresponsavelmente mantendo ou agravando a pandemia, a poluir o já saturado meio ambiente, a resvalar-se para o abismo. Professor, Corroios
O 'bailaor' espanhol David Pérez, a cantora cabo-verdiana Cremilda Medina e a portuguesa Orquestra de Foles abrem o festival Seixal World Music, no próximo dia 19, no Parque Urbano José Afonso, Miratejo, no Seixal. Criada e tocada por músicos de várias latitudes, com instrumentos e ritmos nativos originais, o festival traz vários sotaques cheios de animação e alegria. É a 19 e 20 de Junho, sempre às 19h00, com entrada livre. “Serão dois dias em que a música promete cativar, encantar e despertar, assim como promover a tolerância, o entendimento e o conhecimento entre os povos”, refere a autarquia em comunicado. "Este evento é mais um hino à cultura e à multiculturalidade, que são marcas do concelho do Seixal", acrescenta o presidente da Câmara Municipal, Joaquim Santos. Sábado, 19 de Junho, actuam a Orquestra de Foles, David Pérez y su Cuadro Flamenco, de Espanha, e Cremilda Medina, a premiada intérprete de morna de Cabo Verde. A Orquestra de Foles volta a actuar a 20 de Junho, seguida da banda por-
A portuguesa Orquestra de Foles é um dos grupos que abre o festival
tuguesa Moçoilas e da cubana Victor Zamora y Havana Way. Projecto da Associação Portuguesa para o Estudo e Divulgação da Gaita-de-Foles, a Orquestra de Foles foi fundada em 1999, e trabalha repertório tradicional português, através de uma “nova roupagem e de uma abordagem moderna”, explica a organização do festival. David Pérez y Su Cuadro Flamenco juntam as raízes do flamenco antigo com o contemporâneo, através do espectáculo “Puntal”, que estrearam em Tóquio, no Japão, e que se manteve em cartaz durante seis meses consecutivos. Cremilda Medina, por seu lado, “faz questão de manter vivas as raízes do seu país, da sua cultura e das suas gentes”, com temas como o amor, a despedida, o mar e a essência do povo das ilhas crioulas, lê-se na apre-
sentação da 'cantautora', distinguida em Cabo Verde e também nos Estados Unidos, na área da World Music (Músicas do Mundo), como destaca o seu 'site'. A banda feminina portuguesa Moçoilas, composta por Inês Rosa, Margarida Guerreiro e Teresa Silva, tem por objectivo recuperar os cantos “esquecidos ou escondidos” da Serra do Caldeirão, no Algarve, repletos "de sons, cheiros, cores e saberes únicos”, nas suas actuações. Quanto aos cubanos Victor Zamora y Havana Way, estão sediados em Lisboa há mais de vinte anos e trazem ao Seixal World Music 2021 o espectáculo de homenagem a Compay Segundo (1907-2003), "Gracías, Compay!", figura de referência da música tradicional cubana e à sua expressão desde a década de 1930.
Com Lusa
AMOR'À ARTE
Projecto dá mais cor à zona ribeirinha e envolve comunidade Para valorizar as zonas ribeirinhas do concelho e, ao mesmo tempo, envolver a comunidade, a Câmara do Seixal está a promover o projecto Amor'à Arte, que decorre até amanhã, quarta-feira. A iniciativa, que começou a 2 de Junho, conta com a participação de um grupo de mulheres pertencentes à AMUCIP - Associação para o Desenvolvimento das Mulheres Ciganas de Portugal, que têm vindo a realizar uma intervenção nos bancos exis-
tentes na zona ribeirinha de Amora. Esta quarta-feira, 16 de Junho, a acção final começa pelas 16h15, e depois vai ser possível ver o resultado global do trabalho realizado por esta comunidade. “Este projecto visa reforçar as práticas artísticas em prol da comunidade e da valorização dos espaços públicos", comenta o presidente da Câmara Municipal, Joaquim Santos. Em comunicado, a autarquia qualifica esta iniciativa como uma “presença estética de forte impacto”, a qual
“mais do que decorar, marca o espaço urbano numa interacção directa com a comunidade”. O mesmo documento sustenta que esta dinâmica “tem-se feito sentir fortemente no concelho do Seixal, sendo berço de alguns dos maiores artistas de graffiti e arte urbana da actualidade. Esta forma de intervenção com a paisagem urbana tem-se tornado cada vez mais num veículo de ideias, mensagens e de identidade de um espaço e das suas populações”. H.L.
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14 O SETUBALENSE 15 de Junho de 2021
Desporto
NUNO TAVARES CONQUISTA MEDALHA DE 3.º LUGAR NA SUA DESPEDIDA DO CLUBE
“Vitória FC fez história ao participar no maior torneio de futebol de praia da América do Norte” DR
“Foram quase 20 anos a representar o clube e a cidade de Setúbal, sempre dando o meu melhor”, diz Ricardo Lopes Pereira A equipa de futebol de praia do Vitória FC, liderada pelo setubalense Nuno Tavares, conquistou o 3.º lugar no “North American Sand Soccer Campionships 2021”, maior torneio norte-americano da modalidade, que decorreu no fim-de-semana em Virginia Beach, nos Estados Unidos da América (EUA), após vencer o NBSL, por 6-3, no jogo de atribuição do 3.º e 4.º lugar. A medalha obtida permitiu ao atleta, de 45 anos, fechar com chave de bronze a sua ligação ao clube. “E assim chegou ao fim a minha ligação como jogador do Vitória FC...a fazer história”, disse, vincando a importância do feito numa prova de grande dimensão. “Queria muito fazer algo de positivo pelo meu clube do coração na hora da despedida e consegui. O Vitória FC fez história ao participar no maior torneio de futebol de praia da América do Norte e conquistou uma medalha”. Numa equipa formada por elementos de diferentes nacionalidades, o jogador e treinador dos verdes e brancos fez questão de destacar os colegas que o acompanharam na aventura americana. “Quero agradecer a todos os jogadores que representaram e dignificaram o símbolo que carregaram ao peito neste torneio, pois estiveram sempre disponíveis e perceberam o que significa representar este enorme clube”. E continua: “Pela forma como lutaram sempre até ao fim dentro do campo foi possível atingir este resultado e conquistar um lugar no pódio no maior torneio de futebol de praia no Norte da América (NASSC). Terminámos num honroso 3.º lugar. Foram fantásticos, por isso, muito obrigado”, escreveu na sua página oficial do Fa-
Equipa liderada por Nuno Tavares (segundo em baixo a contar da esquerda) defendeu Setúbal e o Vitória
cebook quando ainda se encontra em território estado-unidense. Nas quase duas décadas em que envergou a camisola do futebol de praia do Vitória, Nuno Tavares viveu momentos inesquecíveis em que, garante, deu tudo para defender o Vitória e a sua terra natal. “Foram quase 20 anos a representar o clube e a cidade de Setúbal, sempre dando o meu melhor e sempre a querer o melhor para o clube, muitas vezes sem a ajuda de ninguém, prejudicando-me a mim próprio e á minha família por uma paixão que não se explica, sente-se”. Apesar das dificuldades encontradas, o setubalense confessa-se orgulhoso do que ajudou a alcançar. “Não me arrependo de nada do que fiz e saio de cabeça erguida. Só tenho que agradecer por ter tido a oportunidade
de vestir a camisola do Vitória FC durante estes anos a fio. Foi ao serviço do Vitória FC que consegui chegar á Selecção Nacional, motivo de um orgulho inexplicável”, confidenciou.
“Espero que não deixem morrer a modalidade”
Nuno Tavares lança um repto aos responsáveis do clube, aos sócios e aos adeptos do futebol de praia da cidade. “Espero que não deixem ‘morrer’ a modalidade no clube”, apela o jogador que ao longo dos tempos tudo fez para que a modalidade se mantivesse em actividade. “Não me preocupei só em jogar, fui treinador, diretor, massagista, motorista, patrocinador... Fazer tudo isso praticamente sozinho é muito desgastante, mas sempre fiz tudo para manter viva a modalidade no clube, sem querer nada em troca”.
O sadino, que se prepara agora para abraçar um novo projecto, recusa a ideia que algumas pessoas poderão ter de que vai “abandonar” o clube. “Alguns criticam e falam mal, não sei se por maldade ou inveja, e irão inventar ou dizer que abandonei o clube, mas esses que venham fazer mais e melhor”, desafia, terminando com uma mensagem à sua família e aos adeptos. “Por fim, quero agradecer à minha família pela compreensão e pedir desculpa pelo tempo que estive ausente de casa ao longo destes anos, a todos os vitorianos e a todas as pessoas que ao longo destes anos me ajudaram e apoiaram sempre”.
Dois êxitos e dois desaires em Virginia Beach
Refira-se que antes do triunfo (6-3) sobre o NBSL, no jogo de atribuição
do 3.º e 4.º lugar no “North American Sand Soccer Campionships 2021”, os sadinos foram derrotados, por 6-2, pelo HRSC Elite na partida anterior da meia-final. No percurso que levou a equipa até à meia-final, o Vitória tinha batido o Socal Legacy BSC, por 4-0, e perdeu (3-5) com o Marzillians, desfecho que não impediu os verdes e brancos de passarem à fase seguinte. Na primeira experiência internacional do Vitória, o clube, que ocupou o último lugar do pódio, faz um balanço muito positivo da sua participação. “Não conseguimos chegar à final, mas conseguimos chegar ao pódio e conquistar um honroso terceiro lugar. Dignificámos o nosso clube, a nossa cidade e Portugal e deixámos uma excelente imagem”, escreveu o clube nas suas redes oficias.
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PCR defronta Xelentadepto nos oitavos de final da Taça Nacional
A equipa sénior feminina do Portugal Cultura e Recreio (Arrentela) vai defrontar o Xelentadepto (Redondo), no dia 19 de Junho, pelas 18 horas, em jogo relativo aos oitavos de final da Taça Nacional Feminina de Futsal, prova que dá acesso ao Campeonato
Nacional da 2.ª Divisão. Se vencer a equipa alentejana, o PCR jogará o acesso às meias-finais com o vencedor do CADE – GD Machados. A propósito, recorda-se que a equipa do Portugal Cultura e Recreio, que regressou este ano à competição depois de algum tempo
de ausência, conquistou o direito de participar na prova depois de se ter classificado em 2.º lugar no Distrital de Setúbal, atrás do Futsal Feijó B que terminou em primeiro lugar mas não pode continuar em prova pelo facto de já ter uma equipa na 2.ª Divisão Nacional.
GD LAGOA DA PALHA E OS INCIDENTES NO SAMOUCO
“Em nenhuma ocasião existiram agressões, mas apenas protestos” DR
Treinador Gilberto Silva diz que os jogadores sentiram-se injustiçados e frustrados por verem o seu esforço desfeito devido a má arbitragem José Pina O jogo entre o Samouquense e o Lagoa da Palha relativo à 6.ª jornada da Série A do Campeonato Distrital da 2.ª Divisão não chegou ao fim porque o árbitro resolveu suspendê-lo, por volta dos 65 minutos, alegando falta de condições de segurança, numa altura em que a equipa do concelho de Palmela tinha já três jogadores expulsos. Gilberto Silva, treinador do Lagoa da Palha, contou ao SETUBALENSE que “o jogo teve início equilibrado com maior caudal ofensivo por parte do adversário e oportunidades de ambas as partes, embora o Samouquense tivesse as mais perigosas. Aos 28 minutos, o Lagoa da Palha teve o primeiro jogador expulso por palavras ao árbitro, saindo do campo sem qualquer incidente e aos 42 minutos surge o primeiro golo do Samouquense. No entanto, será de realçar que
durante a primeira parte houve várias situações de faltas cometidas sobre os nossos jogadores, sem que o árbitro as tivesse assinalado”. Na segunda parte, acrescentou o técnico, “a Lagoa da Palha mesmo com menos um jogador em campo
entrou melhor e estabeleceu o empate aos 54 minutos. O Samouquense, logo de seguida, marca o seu segundo golo na sequência de uma falta não assinalada na zona do meio campo. Os nossos jogadores sentiram-se injustiçados e frustrados por verem
o seu esforço desfeito devido a uma má arbitragem e reclamaram, como acontece em todos os jogos de futebol. Um dos jogadores, ainda com o jogo parado e com o Samouquense em festejo, pontapeia a bola para longe e vê o segundo amarelo, sendo também expulso. Ao verem esta situação, os jogadores aumentaram os protestos tendo sido expulso um terceiro jogador, também por palavras de acordo com o árbitro. De realçar, entretanto, que antes da expulsão o árbitro dirigiu-se aos seguranças do campo pedindo-lhes para se colocarem à frente do jogador para o expulsar, refugiando-se depois no balneário”. Gilberto Silva salienta que “em nenhuma ocasião existiram agressões, mas apenas protestos, como foi confirmado no final pelo próprio árbitro. Mesmo assim, decidiu chamar a GNR alegando que os seguranças não conseguiam manter a calma. A força policial compareceu 30 minutos depois da chamada mas o árbitro decidiu não reatá-lo invocando falta de condições”. O treinador do Lagoa da Palha faz questão de referir que “durante todo este processo não existiu qualquer atrito entre os jogadores de ambas as equipas, tendo os mesmos ficado em campo à espera do recomeço do jogo e os dirigentes de ambos os clubes
em amena conversa a aguardar pela decisão do árbitro”. Na nossa modesta opinião, prossegue Gilberto Silva, “o que se passou reflecte o que temos vindo a sentir durante toda esta fase, equipas de arbitragem sem capacidade. Os jogos da 2.ª Divisão Distrital são usados como jogos de formação, pormenor que até poderia ser correcto se na equipa de arbitragem estivesse um elemento já formado e com capacidade para orientar os mais novos, mas infelizmente não é o que acontece. Depois de termos gasto muitos euros para participar numa competição oficial de futebol, somos usados como "bonecos de teste". Gilberto Silva aproveitou o momento para deixar uma sugestão à entidade que gere o futebol no distrito. “Julgamos que a Associação de Futebol deve rever as suas orientações para as arbitragens e modelos de gestão dos árbitros para que se possa estar em paz e com alegria no futebol”. Por fim deixou uma palavra de “agradecimento ao Samouquense que nos recebeu de forma excelente e também foi vítima de uma arbitragem que em nada dignificou o esforço de ambas as equipas. Percebemos agora o porquê da arbitragem, nesta fase, ter merecido nota negativa por parte da maioria dos clubes”.
1.ª DIVISÃO AF SETÚBAL
Palmelense empata no Seixal na estreia de Edu Machado como técnico principal Na 12.ª jornada do Campeonato Distrital da 1.ª Divisão disputaram-se três encontros, de onde resultou uma vitória e dois empates. A vitória foi alcançada pelo Barreirense que, depois de duas jornadas sem competir, regressou em grande na Charneca de Caparica, onde conseguiu uma vitória robusta (4-0) com dois golos de Bruninho, um de Crisanto marcado na cobrança de um canto directo e outro de Balau, a fechar a contagem.
Com este resultado a equipa comandada por David Martins ficou apenas a um ponto do Moitense, que lidera a competição, mas tem mais um jogo. No Campo da Bela Vista, o Comércio Indústria empatou a zero com o Sesimbra e com o ponto conquistado quase que garantiu [tal como já aconteceu com o Moitense] a sua participação na Taça de Portugal da próxima época. No outro jogo, disputado no Estádio
Municipal do Bravo, registou-se também uma igualdade, mas a uma bola, entre Seixal e Palmelense, tendo os seixalenses marcado aos 24 e os palmelões aos 30 minutos. Relativamente a esta partida será de realçar a alteração registada no comando técnico do Palmelense com Edu Machado a assumir o lugar que antes pertencia a Duarte Machado, o anterior treinador, que na passada sexta-feira havia pedido a sua demissão do cargo.
Tal como Edu Machado, também André Ferreira e José Oliveira transitam da equipa técnica anterior. Resultados (12.ª jornada): Charneca de Caparica 0 Barreirense 4; Comércio Indústria 0 Sesimbra 0; Seixal 1 Palmelense 1. Classificação: 1.º lugar, Moitense (oito jogos), 17 pontos; 2.º lugar, Barreirense (sete jogos), 16 pontos; 3.º lugar, Comércio Indústria (nove jogos), 16 pontos; 4.º lugar, U. Santiago (nove jogos), 13 pontos; 5.º lugar, Grandolen-
se (nove jogos), 11 pontos; 6.º lugar, Pescadores (sete jogos), 9 pontos; 7.º lugar, Seixal (oito jogos), 8 pontos; 8.º lugar, Sesimbra (nove jogos), 8 pontos; 9.º lugar, Charneca de Caparica (sete jogos), 7 pontos; 10.º FC Setúbal (sete jogos), 5 pontos; 11.º lugar, Palmelense (oito jogos) 5 pontos. Próxima jornada (20 de Junho): Barreirense – FC Setúbal; Pescadores – Charneca de Caparica; Comércio Indústria – Grandolense; U. Santiago - Palmelense. J.P.
00:55 ~ 1.4 m ~ Baixa-mar 07:22 ~ 2.9 m ~ Preia-mar 13:45 ~ 1.3 m ~ Baixa-mar 20:04 ~ 2.6 m ~ Preia-mar
ALMADA
00:48 ~ 1.3 m ~ Baixa-mar 07:16 ~ 2.9 m ~ Preia-mar 13:41 ~ 1.3 m ~ Baixa-mar 19:58 ~ 2.5 m ~ Preia-mar
SESIMBRA
01:09 ~ 1.3 m ~ Baixa-mar 07:36 ~ 2.9 m ~ Preia-mar 13:55 ~ 1.2 m ~ Baixa-mar 20:12 ~ 2.6 m ~ Preia-mar
SINES
SETÚBAL TRÓIA
MARÉS
01:02 ~ 1.4 m ~ Baixa-mar 07:55 ~ 3.2 m ~ Preia-mar 13:56 ~ 1.4 m ~ Baixa-mar 20:34 ~ 2.9 m ~ Preia-mar
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FICHA TÉCNICA REGISTO DE TÍTULO n.º 107552 | DEPÓSITO LEGAL n.º 8/84 PROPRIETÁRIO Outra Margem – Publicações e Publicidade, NIF 515 047 325 (detentores de mais de 10% do capital social: Gabriel Rito e Carlos Bordallo-Pinheiro) Sede do proprietário: Travessa Gaspar Agostinho, 1, 1.º, 2900-389 Setúbal EDITOR Primeira Hora – Editora e Comunicação, Lda, NIF 515 047 031 (Detentores de mais de 10% do capital social: Setupress Lda, Losango Mágico, Lda, Carla Rito e Gabriel Rito) Sede do Editor Travessa Gaspar Agostinho,1, 1.º, 2900-389 Setúbal Conselho de Gerência Carla Rito, Carlos Dinis Bordallo-Pinheiro, Gabriel Rito e Carlos Bordallo-Pinheiro REDACÇÃO Travessa Gaspar Agostinho, 1, 1.º, 2900-389 Setúbal DIRECTOR Francisco Alves Rito Redacção Mário Rui Sobral, Humberto Lameiras; Desporto Ricardo Lopes Pereira, José Pina Departamento Administrativo Teresa Inácio, Dulce Soeiro, Branca Belchior PUBLICIDADE Direcção Comercial Carla Sofia Rito, Carlos Dinis Bordallo-Pinheiro Coordenação Ana Oliveira (Setúbal), Carla Santos (Moita e Barreiro) Publicidade Lina Rodrigues, Rosália Baptista, Célia Félix, Mauro Sérgio IMPRESSÃO Tipografia Rápida de Setúbal, Lda - Travessa Gaspar Agostinho, 1, 1.º, 2900-389 Setúbal geral@tipografiarapida.pt DISTRIBUIÇÃO VASP - Venda Seca, Agualva - Cacém Tel. 214 337 000 Tiragem média diária 9000 exemplares Estatuto Editorial disponível em www.osetubalense.com