O Setubalense, o seu diário da região nº 649, 24 de Junho de 2021

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Almada com maior receita de sempre Em ano de pandemia, município arrecadou quase 143 milhões. Inês Medeiros diz que é a melhor execução orçamental p9 DR

O SEU DIÁRIO DA REGIÃO QUINTA-FEIRA, 24 DE JUNHO DE 2021 PREÇO 0,80€ | N.º 649 | ANO III | 5.ª SÉRIE

DIRECTOR FRANCISCO ALVES RITO

João Soeiro: "objetivo para novo mandato é reforçar a dinâmica" p14

Projecto de um 1M€ implica que as pessoas mudem hábitos sobre o lixo p6 TRANSPORTES Trabalhadores da Soflusa marcam nova greve parcial para 14 e 15 de Julho p3 MOITA 'Cultura em movimento' volta a animar ruas p8

SETÚBAL Bairros sociais com apoio à saúde oral p4

ALCÁCER 'Rota do Arroz' na mesa em 37 restaurantes p12 PUBLICIDADE

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Moitense

Sistema de recolha de biorresíduos avança na Moita a partir de Outubro


2 O SETUBALENSE 24 de Junho de 2021

Abertura

“CELESTIAL BODIES”

Encontro internacional de mulheres artistas de 7 a 10 de Julho no Vale da Amoreira OPINIÃO Rui Carvalheira

O Delta em que temos de pensar

N

os bancos da escola ensinaram-nos a usar letras do alfabeto grego para designar constantes e outros valores, dos quais o mais famoso é seguramente o PI, comos 3,1416… que tantas horas de sono tirou a vários de alunos um pouco por todo o mundo. Mas a letra grega do momento, que inunda todos os noticiários é o delta. Na matemática e na física delta designada comumente uma variação, ou seja, a diferença de valores que uma qualquer grandeza qualquer assume em dois pontos distintos. E é isso que acaba por ser peculiar com esta nova mutação do corona-vírus, originária do Nepal, sendo ela uma sub-mutação de uma outra com origem na Índia. Esta mutação mostra-nos as diferenças cada vez maiores existentes entre o mundo ocidental rico e os países sub-desenvolvidos e pobres. Esta nova mutação mostra-nos também que as ondas de choque com origem nesses países mais frágeis, acabam sempre por ter repercussões mais ou menos graves nos países ocidentais. Estes países logo após a descoberta das vacinas adoptaram, e bem, processos de vacinação generalizados com o único fito de se conseguir alcançar a tão importante imunidade de grupo. No entanto com a sobranceria típica do capitalismo selvagem, foram adoptadas posturas egoístas, com retenção e açambarcamento de doses das vacinas, com o fito de assegurar o maior número de doses e mesmo obter disso algum benefício económico explorando mais uma vez os países mais frágeis. O que as mentes brilhantes do neo-liberalismo não tiveram em linha de consideração, que deixando

os países pobres abandonados à sua sorte, enfrentado esta crise sanitária sem qualquer tipo de apoio ou de planos de vacinação, novas e cada vez mais fortes e mais transmissíveis mutações que irão alastrar pelos quatro cantos da terra, e que podem comprometer seriamente todos os planos de vacinações já em andamento e deitar a perder todo o esforço que conseguimos alcançar. É imprescindível que, mais do que enviar doses para África ou mesmo para a Ásia, se liberalize as patentes das vacinas para que países mais pequenos possam também, se possível, produzir na sua terra, as vacinas que irão possibilitar a que a imunidade de grupo seja alcançada a uma escala global. O paradoxo “deste delta” é que mostrando as diferenças abissais entre dois mundo e duas realidades completamente distintas, vai acabar mais cedo ou mais tarde por alastrar de um modo muito célere para os países mais ricos e anulando assim as grandes diferenças entre o mundo rico e o mundo podre. A “delta” é mais uma das muitas variações que teremos de vir a enfrentar e que colocará em risco um número muito elevado de pessoas, e seguramente não será a última. Temos por isso de adoptar todas as medidas necessárias, para que nunca cheguemos a ter de enfrentar a mutação ómega.

WeMob Mobilidade de Almada E.M.S.A.

DR

Evento vai incluir conversas, propostas e exercício de pesquisa performática O Centro de Experimentação Artística (CEA), no Vale da Amoreira, será palco de 7 a 10 de Julho, entre as 17h30 e as 19h30, do evento “Celestial Bodies” – Encontro Informal de Mulheres Artistas 2021. O primeiro de uma série de encontros internacionais, segundo a autarquia da Moita, reunirá criadoras de artes performativas, tendo como parceiros o espaço Alkantara, em Lisboa, e aquele município através da disponibilização do espaço do CEA. As sessões podem incluir conversas, a partilha de práticas, propostas e exercícios de pesquisa performática, além de caminhadas e experiências colectivas, entre outros, com a orientação das artistas Lígia Soares (no dia 7), Elsa Mencagli e Rafaela Jacinto (8), Nora Tormann e Rafaela Santos (9) e Ellen

Centro de Experimentação Artística (CEA), no Vale da Amoreira

Vanderstraeten e Mara Andrade (10). “Celestial Bodies” é uma celebração da diversidade que se reflecte num espectro variado de práticas, questões e resultados, sendo que a iniciativa, dinamizada pelo CEA, pretende “criar momentos abertos à participação da população local”. “Somos sete mulheres, de sete países diferentes, com diferentes per-

cursos artísticos”, afirma as artistas envolvidas no encontro, produzido pela Má-Criação, com o apoio da Câmara de Lisboa e do Polo Cultural Gaivotas. A iniciativa destina-se a maiores de 16 anos, sendo gratuita, mediante reserva obrigatória até 3 de Julho, pelo e-mail cea@mail.cm-moita.pt ou através de contacto telefónico (211 810 030). L.G.

FOTOLEGENDA DR

Passeio de Caiaque liga Náutico Sarilhense a praia do Rosário este domingo

A Câmara da Moita promove este domingo, pelas 15h30, o Passeio de Caiaque Náutico Sarilhense, no âmbito do projecto de promoção da actividade física “NaturalMoita”. A iniciativa, com um trajecto de aproximadamente nove quilómetros, entre a Associação Naval Sarilhense e a praia fluvial do Rosário, com regresso àquela colectividade, será realizada mediante as regras em vigor da Direcção-Geral de Saúde. Para participarem, os interessados deverão efectuar uma inscrição gratuita, através do e-mail div.desporto@mail.cm-moita.pt, onde constem os seus dados pessoais. Durante o evento, os participantes devem utilizar calção ou fato de banho, t-shirt, chapéu e água.


24 de Junho de 2021 O SETUBALENSE 3

GNR resgata três mochos galegos e um ouriço-cacheiro em Grândola

Três mochos-galegos juvenis e um ouriço-cacheiro, que se encontravam debilitados, foram ontem resgatados pela GNR no concelho de Grândola, divulgou a força de segurança. O Comando Territorial de Setúbal da GNR, em comunicado, explicou que foi o

Núcleo de Protecção Ambiental (NPA) de Grândola que procedeu ao resgate dos animais, os quais foram entregues no Centro de Recuperação de Aves Selvagens de Santo André (CRASSA), no concelho de Santiago do Cacém, para avaliação e recuperação.

REGIÃO

SETÚBAL

Trabalhadores da Soflusa convocam nova greve parcial nos dias 14 e 15 de Julho ARQUIVO / DR

Novo protesto foi decidido ontem, no plenário realizado entre as 10h00 e as 12h00

Os trabalhadores da Soflusa, empresa que assegura a ligação fluvial entre Lisboa e Barreiro, decidiram ontem convocar uma nova greve parcial nos dias 14 e 15 de julho, para exigir respostas às reivindicações salariais, anunciou a FECTRANS. “Os trabalhadores decidiram, numa linha de pressionar a que hajam propostas para negociar, desenvolver nova greve parcial nos dias 14 e 15 de julho, de três horas por turno de serviço”, disse José Manuel Oliveira, coordenador da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS). Em declarações à agência Lusa, o dirigente sindical referiu que a convocação de uma nova greve foi decidida no âmbito do plenário de trabalhadores da Soflusa, realizado ontem, entre as 10h00 e as 12h00, que registou “boa participação” e em que foi feito o balanço do processo negocial, inclusive das reivindicações salariais. “Não temos qualquer resposta da administração e do Governo”, indicou o coordenador da FECTRANS. Uma vez que a administração da Soflusa informou a semana passada que os sindicatos tinham abandonado as negociações, as organizações sindicais comunicaram que dia 30 de junho, às 10h00, estarão disponíveis “para recomeçar as negociações”, adiantou José Manuel Oliveira, esperando que os responsáveis pela gestão da empresa se apresentem na mesa de discussão “com propostas concretas e não com o argumento que não têm orientações da tutela”. Questionado sobre o plenário de trabalhadores da Transtejo, agendado para quinta-feira, das 14h30 às 17h30, o dirigente da FECTRANS

Docas dos Pescadores e Fontainhas reabilitadas por 182 mil euros

As ligações entre o Barreiro e Lisboa estiveram interrompidas ontem, entre as 08h50 e até as 13h00, devido ao plenário

referiu que a proposta de nova greve parcial nos dias 14 e 15 de julho vai ser avaliada, “tendo em conta que as últimas greves se desenvolveram num quadro de concertação”. “É evidente que esta proposta será objeto de discussão, mas são os trabalhadores da Transtejo que decidirão o que fazer na empresa onde trabalham”, reforçou o coordenador da FECTRANS. Devido ao plenário de trabalhadores da Soflusa, as ligações fluviais entre Lisboa e Barreiro estiveram hoje interrompidas, a partir das 08h50 e até às 13h00, indicou a empresa, num aviso aos utentes deste transporte público. À semelhança do que aconteceu hoje na Soflusa, na quinta-feira prevê-se a interrupção do serviço regular da Transtejo, das 13h00 às 18h30, “por motivo de realização de plenário geral convocado por organizações sindicais, representativas dos trabalhadores”, informou a em-

presa, avisando sobre os horários de interrupção temporária nas ligações fluviais de Cacilhas, Montijo, Seixal e Trafaria. Na ligação Cacilhas (Almada, distrito de Setúbal) - Cais do Sodré (Lisboa), a interrupção deve acontecer a partir das 14h20 até às 17h35, enquanto no sentido contrário, Cais do Sodré – Cacilhas, a paralisação prevista é das 14h20 às 17h50. De acordo com o aviso da Transtejo, na ligação Montijo (distrito de Setúbal) - Cais do Sodré, a interrupção temporária do serviço prevê-se das 13h30 às 18h00, mas no sentido contrário, Cais do Sodré – Montijo, será das 14h00 às 18h00. Na ligação Seixal (distrito de Setúbal) - Cais do Sodré, a paralisação deve acontecer das 14h00 (hora de saída do último barco) às 17h00 (hora do primeiro barco após a interrupção), enquanto na ligação Cais do Sodré - Seixal será das 13h00 às 17h55, informou a empresa.

Quanto à carreira Trafaria - Porto Brandão (ambas as estações em Almada, distrito de Setúbal) - Belém (Lisboa), o serviço deve ficar suspenso das 13h00 às 18h00, enquanto no sentido oposto será das 13h30 às 18h30, de acordo com o aviso da Transtejo. Na semana passada, nos dias 16 e 17 de junho, os trabalhadores da Transtejo/Soflusa (TTSL) - as duas empresas de serviço público de transporte fluvial, mas com uma administração comum - estiveram em greve parcial, de três e duas horas por turno, por a empresa manter a sua posição de "aumento de 0%" nas negociações salariais, depois de uma primeira luta em 20 de maio. A Transtejo assegura as ligações fluviais entre o Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão, no distrito de Setúbal, e Lisboa, enquanto a Soflusa é responsável por ligar o Barreiro à capital.

SSM / Lusa

A Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra (APSS) deu este mês como concluídas as intervenções em curso nas infra-estruturas das docas dos Pescadores e das Fontainhas, num investimento superior a 182 mil euros. Na Doca dos Pescadores, a empreitada, orçada em 7 mil e 200 euros, englobou “a pintura da delimitação e numeração dos espaços para aprestos marítimos, redes e contentores de aprestos de pesca, bem como da delimitação das zonas de ganchorra e cerco”, referiu a APSS em comunicado. Já na Doca das Fontainhas, a obra, com um custo de 175 mil euros, consistiu na reabilitação dos passadiços interiores, “incluindo a recuperação das estacas, dos flutuadores, dos fingers, do tabuado do convés e dos restantes elementos acessórios, como cunhos de amarração e parafusaria”. “Estas acções, cujo objectivo passa por assegurar o uso destas infra-estruturas em plenas condições de ordenamento, de operacionalidade e de segurança, inserem-se na continuidade dos trabalhos efectuados pela APSS, no reconhecimento da importância das actividades da pesca e do turismo náutico, reforçando a ligação porto-cidade”, refere a mesma nota. DR


4 O SETUBALENSE 24 de Junho de 2021

Setúbal

Protocolo com clínica dentária facilita acesso de moradores a cuidados de saúde oral DR

Acordo celebrado entre a autarquia e a Maxiclínica é extensível “a residentes em todos os bairros municipais de habitação pública” Maria Carolina Coelho Os moradores do Bairro da Bela Vista que integram o programa municipal “Nosso Bairro, Nossa Cidade” conseguem agora, de forma mais simples, aceder a consultas e tratamento de medicina dentária, depois de a autarquia sadina estabelecer na passada terça-feira um protocolo com a Maxiclínica para o efeito. Em comunicado, o município explica que a acção, extensível “a residentes em todos os bairros municipais de habitação pública”, surge do projecto “Saúde no Bairro”, a partir do qual já havia sido “estabelecida uma parceria” com a clínica dentária. Este foi um dos quatro protocolos celebrados neste dia, com vista

Protocolo celebrado surge no âmbito do projecto "Saúde no Bairro"

ao “desenvolvimento comunitário, activo e participado nos bairros da Bela Vista e Afonso Costa”, através da “dinamização de novas acções”. A partir do Salão Nobre dos Paços do Concelho, a Câmara de Setúbal celebrou igualmente um acordo com o “Projecto Garrrbage – Grupo de Acção pela Recolha, Reabilitação e Reutilização de Bens Aproveitáveis,

que recebe dois espaços municipais: um na Rua do Moinho, para funcionamento da oficina de reaproveitamento de artigos, e outro no Mercado 2 de Abril, para exposição e venda”. A tarde ficou também marcada pela inauguração de “uma oficina comunitária de construção civil no Bairro da Bela Vista, instalada no nú-

mero 5 da Rua do Antigo Olival, em espaço cedido pela autarquia, com dinamização a cargo dos moradores Alberto Leite e Smyle Ornela”. Em seguida foi tempo de assinalar oficialmente a abertura das novas instalações da Associação de Moradores do Bairro Afonso Costa, cedidas pela edilidade, “destinadas ao desenvolvimento das actividades do organismo”. Na assinatura dos referidos protolocos, Maria das Dores Meira, presidente da Câmara Municipal de Setúbal, explicou que as “colaborações demonstram bem o trabalho que foi feito e o caminho que foi percorrido nestes bairros”. “Hoje, a regra nestes bairros é uma convivência bastante melhorada, que resulta do empenhamento de todos na melhoria das suas vidas e das condições em que ali vivem”, acrescentou a edil. Na cerimónia estiveram também presentes “membros do executivo municipal”, assim como “o presidente da Junta de Freguesia de São Sebastião, Nuno Costa, e moradores e representantes das entidades com quem foram firmados os protocolos”.

AVENTURA DECORRE AO LONGO DE TRÊS MIL QUILÓMETROS

Piloto Pedro Silva coloca cidade do Sado ‘às costas’ e percorre País em moto 4 Pedro Silva vai percorrer “os quatro cantos de Portugal” em moto 4, levando “o nome de Setúbal” a perto de uma centena de localidades, de Norte a Sul do País. Equipado com uma bandeira do município, o piloto dá início à viagem “no próximo sábado, pelas 11 horas, a

partir do Moto Clube de Setúbal”, indo percorrer “um total de mais de três mil quilómetros”, explicou a autarquia em nota de Imprensa. “A aventura termina a 11 de Julho, às 18 horas, no mesmo local, após o piloto, natural do Barreiro e a residir em Setúbal, passar por 38 pontos”,

entre os quais “Lisboa, Cabo da Roca, Figueira da Foz, Caminha e Monção”. A rota de Pedro Silva vai, ainda, passar por “Melgaço, Montalegre e Vinhais”, assim como por “Miranda do Douro, Vilar Formoso e Castelo Branco”. “Do leque fazem igualmente parte Marvão, Campo Maior, Barrancos, Tavi-

ra, Faro, Albufeira, Lagos, Sagres, Vila Nova de Mil Fontes e Sines”. Para o piloto, “um dos maiores desafios” desta aventura será “gerir o cansaço e a falta de apoio”. “Vou sozinho, sem qualquer apoio, por decisão minha, num trajecto de 14 etapas, predominantemente fora de estrada”, sublinhou.

RECITAL DE CANTO

Famosas melodias chegam à Igreja de Jesus este sábado “As Mais Famosas Melodias de Todos os Tempos” vão estar em destaque, na manhã do próximo sábado, na Igreja de Jesus, pelas vozes da soprano Patrycja Gabrel e da mezzo-soprano Carolina Figueiredo, acompanhadas pelo pianista João Elias. O recital de canto e piano, inserido no ciclo Convento ConVida, tem início pelas 11h30, onde vão ser “partilhadas árias de ópera, famosas peças para piano e belos duetos de compositores como Chopin, Bizet, Puccini, Mozart, Debussy e Rossini”, garantiu a Câmara Municipal de Setúbal em nota de Imprensa. Os bilhetes para o concerto, organizado pela autarquia sadina, têm um “custo de cinco euros”, estando “à venda no Museu de Setúbal/Convento de Jesus”. No âmbito do ciclo Convento ConVida, o município tem programado para o mês de Julho diversos concertos, com o primeiro a acontecer no dia 3, pelas 11h30, “em que a soprano Juliana Telmo e o pianista João Malha, do Ateliê de Ópera de Setúbal, partilham música erudita”. Entre outros momentos, “o Convento ConVida será ainda palco da terceira edição do Setúbal CantoFest – Festival de Ópera de Setúbal, com a participação de cantores líricos profissionais e semiprofissionais de renome internacional”. DR

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NOSSO BAIRRO, NOSSA CIDADE


24 de Junho de 2021 O SETUBALENSE 5 A Rua Arronches Junqueiro, situada no centro histórico da cidade de Setúbal, passa a estar definitivamente encerrada ao trânsito automóvel, “excepto entre as 08 e as 11 horas para permitir a realização de operações de carga e descarga”. Em

comunicado, a Câmara Municipal sadina refere que a sua utilização é agora “exclusivamente pedonal”, numa decisão que contou com o envolvimento de moradores e comerciantes”. “A circulação rodoviária nesta via, que faz a ligação entre o Largo Defensores

da República e a Rua da Velha Alfândega” passa, assim, a estar interditada, numa medida que pretende “valorizar o património histórico e diminuir o ruído e a poluição”, como também “garantir mais espaço para a montagem de esplanadas e restaurantes”.

FACHADA DE EDIFÍCIO NA AVENIDA JAIME REBELO

Raposa gigante ‘muda-se’ para frente ribeirinha em mural dedicado à fauna da Arrábida Na frente ribeirinha da cidade de Setúbal ‘mora’ agora uma raposa gigante, retratada num novo mural dedicado à fauna presente na Serra da Arrábida, da autoria de Gonçalo Ribeiro, com o nome artístico de GonçaloMAR. O animal, pintado em graffiti “na fachada de um edifício com dez metros de altura e 21 de comprimento”, demorou seis dias a ficar concretizado. Em tons de laranja e amarelo, sob um fundo verdejante, a raposa decora a Avenida Jaime Rebelo, explica a autarquia sadina em comunicado.

DR

Pintura de GonçaloMAR demorou seis dias a ser concretizada

A iniciativa “surge no âmbito do Mural18, projecto da Área Metropolitana de Lisboa para dinamizar a actividade e produção cultural em todo o território regional, do qual o concelho de Setúbal faz parte”. “A intervenção artística na frente ribeirinha de Setúbal vai integrar um roteiro de murais de arte urbana distribuídos pelos 18 concelhos da Área Metropolitana de Lisboa. Todos os municípios metropolitanos acolhem um mural novo, em que os artistas foram sugeridos por cada concelho e, depois, sorteados”. M.C.C.

BREVES SADO

Junta desmantela antiga fábrica de vigas A Junta do Sado começou a desmantelar a antiga unidade de construção de vigas pré-fabricadas existente na freguesia, a Precol, que “durante décadas alimentou a economia local”. Em comunicado, a autarquia diz que este passo “é uma vitória”, uma vez que, “com a sua insolvência, ficou o esqueleto da fábrica, que se tornou um pesadelo para todos”.

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Trânsito passa a estar definitivamente proibido na Rua Arronches Junqueiro


6 O SETUBALENSE 24 de Junho de 2021

Moita

CEA recebe apresentação de Flávio Rodrigues “LAIVOS” dia 2 no Vale da Amoreira

O Centro de Experimentação Artística, no Vale da Amoreira, acolhe no próximo dia 2, pelas 19h00, a apresentação em processo “LAIVOS – Ante improvisos e ressonâncias”, de Flávio Rodrigues. O projecto híbrido e de cariz experimental, invoca a paisagem

sonora e a criação e manipulação de objectos, escultura e desenho, numa iniciativa gratuita dirigida a maiores de seis anos, em que “as acções projectam-se como objectos efémeros, permeáveis, mutáveis e em processo contínuo de pesquisa”. A reserva é obrigatória (211 810 030).

PROJECTO FINANCIADO PELO FUNDO AMBIENTAL

Sistema de recolha de biorresíduos avança na Moita a partir de Outubro Município já deu início à aquisição de equipamentos para este processo Luís Geirinhas A Biblioteca Municipal Bento de Jesus Caraça, na Moita, acolheu na última semana, a sessão de apresentação pública da versão preliminar do estudo para o desenvolvimento de sistemas de recolha de biorresíduos, financiado pelo Fundo Ambiental e que, no caso daquele município, surge na sequência de uma candidatura apresentada pela câmara para poder avançar com este processo no “último trimestre deste ano”, num “investimento de cerca de um milhão de euros”, afirmou a O SETUBALENSE, Rui

Garcia, presidente daquela autarquia. Na perspectiva do autarca, o processo lançado em 2018 “já deu grandes passos”, no sentido de se evoluir a nível nacional para um processo de recolha selectiva dos resíduos orgânicos, que podem ser transformados posteriormente através da compostagem. Ainda assim, o edil considera que o sistema é “complexo” e adianta que a próxima fase vai “implicar alterações nos hábitos das pessoas e na própria forma como tratam os seus resíduos domésticos”, na medida em que o processo “implica também uma transformação ao nível do funcionamento das câmaras municipais”, destacou. A candidatura, explicou, foi criada com “apoios financeiros substanciais, porque exige a aquisição de equipamentos e uma preparação do município, antes de se passar à fase de implementação no terreno”, disse.

Para que tal possa suceder, Rui Garcia sublinha que “é preciso fazer uma abordagem sobre qual é a realidade do território e quais os mecanismos mais adequados” a adoptar. Durante a iniciativa foi feita uma caracterização do território, do ponto de vista da produção destes resíduos e das propostas de solução para a sua implementação. “A candidatura da Moita foi aprovada, num valor que ronda cerca de um milhão de euros, com financiamento a 85% e já começámos a adquirir equipamentos”, informou Rui Garcia, que adianta ser intenção da câmara “começar a trabalhar neste sentido no último trimestre deste ano, para podermos começar com as primeiras experiências de recolha selectiva dos biorresíduos”. Actuamente, “estamos a iniciar a recolha de um elemento que, até este momento, não é aproveitado” e “é essa fase que temos de procurar

nhados de seguida para tratamento e reutilização. De acordo com o conteúdo do estudo, apresentado pelo professor Alexandre Magrinho, do Instituto Politécnico de Setúbal, após a caracterização do concelho e da gestão de resíduos no município, seguir-se-á uma “avaliação geral das soluções de recolha e valorização dos bioressíduos”, com uma estimativa da evolução anual, de meios técnicos e humanos necessários para este efeito.

A próxima fase implica alterações nos hábitos das pessoas e na forma como tratam os resíduos Rui Garcia

Colaboração da população considerada essencial

implementar”, acrescentou. A separação começa na unidade familiar, sendo os resíduos encamiDR

Apresentação do estudo contou com as presenças do presidente da Câmara da Moita, Rui Garcia, e do professor do IPS, Alexandre Magrinho

Após a comparticipação de fundos comunitários, será necessário fazer uma estimativa de custos por habitante e por tonelada de bioressíduos recolhidos, com a adopção de medidas para “estimular a adesão dos cidadãos”. A recolha selectiva ou valorização na origem “só é possível ter êxito se [...] houver envolvimento, adesão, participação e colaboração” da população, sendo que o mesmo deve acontecer “pela positiva e não pela negativa”. Para Alexandre Magrinho, o munícipe colabora se “estiver consciente dos ganhos ambientais”, se “pagar uma tarifa de resíduos de uma forma adequada e justa” ou se existirem incentivos à sua colaboração e participação. A equipa responsável pela elaboração do estudo considera que, em termos ambientais, “a melhor solução a adoptar é a reciclagem na origem”, apostando-se na compostagem doméstica e comunitária sempre que existam “condições físicas para tal e condições de aceitação dos munícipes”. O documento apresentado considera que o concelho da Moita, com características predominantemente urbanas, reúne “todas as condições para apostar na recolha selectiva porta-a-porta e na reciclagem na origem”. No entanto, o município “necessitará de aprender com a experiência e de planear com detalhe, ano a ano, a implementação da recolha de biorresíduos”, concluiu o docente.


24 de Junho de 2021 O SETUBALENSE 7

Construção de troço da rede pluvial obriga a alterações de trânsito no Gaio-Rosário

Devido à construção de um troço da rede pluvial, no Rosário, o trânsito e o estacionamento estarão proibidos até dia 28, com as viaturas sujeitas a reboque, na Rua Dr. Nuno Álvares Pereira, junto ao lavadouro. Segundo a Câmara da Moita, a intervenção,

iniciada na última terça-feira, inclui ainda a suspensão de trânsito a veículos pesados nas ruas Luís de Camões, Alexandre Herculano e no Caminho Municipal 506, exceptuando viaturas de Resíduos Sólidos Urbanos, TST e moradores.

VALE DA AMOREIRA

BREVES

Escola esclarece alunos migrantes sobre os seus direitos e deveres

CAIS DA MOITA

DR

Iniciativa dinamizada por Paula Miranda envolveu alunos da turma do 9º ano

Passeios fluviais prosseguem a bordo do varino “O Boa Viagem” Com embarque no cais da Moita, os passeios no varino “O Boa Viagem”, prosseguem diariamente naquela zona ribeirinha do município, a partir desta quinta-feira e até ao próximo dia 30. Com duração de duas horas, os passeios fluviais dão a conhecer, no âmbito de uma perspectiva diferente, o concelho e os municípios vizinhos, assim como a riqueza dos sapais e das

Luís Geirinhas O Agrupamento de Escolas da Baixa da Banheira, no Vale da Amoreira, voltou a receber recentemente, uma nova sessão de esclarecimento sobre a integração de migrantes no concelho, no âmbito do Plano Municipal em curso neste território, que envolveu a participação de vários alunos do 9º ano de escolaridade. A iniciativa teve em conta a diversidade de nacionalidades existentes numa das turmas daquele estabelecimento de ensino, assim como as “recentes chegadas” de migrantes ao concelho, tendo a sessão se centrado nos direitos e deveres dos jovens estudantes, nomeadamente, a regularização da sua situação migratória, os apoios nas áreas da saúde a que têm direito, educação e quais os apoios sociais que estão disponíveis para a população desta faixa etária. Recorde-se que o Centro Local de Apoio ao Migrante (CLAIM) da Moita,

O trânsito está ainda condicionado no cruzamento da Rua 1º de Maio com a Rua Luís de Camões e no troço compreendido entre aquelas vias e a transversal à Rua Luís D’Almeida. O estacionamento está também proibido no troço da Rua Eça de Queirós, junto ao Lavadouro.

salinas situadas à beira-Tejo. A iniciativa, promovida pela autarquia, tem um interesse cultural, ecológico e turístico e, ao mesmo tempo, pretende divulgar “os barcos típicos do Tejo e as suas características únicas”. As entradas podem ser adquiridas no Posto de Turismo Municipal, na Rua Machado Santos, podendo as reservas serem efectuadas via contacto telefónico (210 852 340).

ALHOS VEDROS

Escola teve em conta a diversidade de nacionalidades existentes

tem vindo a desenvolver, ao longo dos últimos anos lectivos, junto de várias escolas do município, um conjunto de sessões de esclarecimento em contexto escolar relativas, entre outras, à lei da imigração e nacionalidade. A acção, dinamizada pela professora Paula Miranda, inseriu-se no Projecto Redes para a Inclusão, financiado pela AMI, e contou com a colaboração do Gabinete de Apoio ao aluno e à família do referido espaço de ensino. De acordo com a autarquia local,

esta “é considerada uma forma privilegiada de chegar a alunos que se encontram em situação irregular em território nacional”. Deste modo, o CLAIM colabora para “a instrução e gestão do processo documental do respectivo agregado familiar”, possibilitando “o acesso à sua regularização e, consequentemente, à progressão nos estudos, trabalho, acesso à saúde, prestações sociais”, entre outros, contribuindo para a integração do cidadão migrante, tanto no concelho como no território nacional.

COMUNIDADE EDUCATIVA

Celina Pereira anima celebrações dos 47 anos do pavilhão da SFRUA O Dia das Colectividades, que se assinala no próximo dia 1, vai ser celebrado na freguesia de Alhos Vedros com uma sessão comemorativa do 47º aniversário do pavilhão da SFRUA – Sociedade Filarmónica Recreio e União Alhosvedrense – A Velhinha, com início marcado para as 20h30. Meia hora depois e no mesmo local, terá ainda lugar um evento musical com a artista Celina da Piedade que, considerando a situação actual de pandemia, obriga os interessados em participar neste espectáculo a

efectuarem a marcação prévia através de um contacto (212 040 256) com aquela Junta de Freguesia. DR

Cais da Moita palco de lançamento de livro sobre RECINTO DA FEIRA Golfinho que cria relação afectiva com comunidade Feira “Abra a Bagageira” volta sábado à Marginal da Moita

Iniciativa conta com presença do mestre João Gregório e da escritora Fátima Effe O Cais da Moita acolhe durante esta sexta-feira, pelas 17h00, o lançamento do livro “Gregório, o Golfinho e o Varino das Histórias”, que resulta de uma recolha de histórias efectuada pelas escolas daquela comunidade.

Segundo a autarquia, a publicação baseia-se numa lenda “que conta a história de um Golfinho que, seguindo um dos nossos marítimos chegou ao Cais da Moita e estabeleceu uma relação afectiva com esta terra e estas gentes”, narrativa que serviu de mote para esta acção do serviço educativo, dinamizada pelo município moitense junto de todos os graus de ensino das escolas do concelho. A comunidade educativa, refere a edilidade, decorre no âmbito do trabalho realizado nestes estabelecimentos,

envolvendo as questões do património local e ambiental, através da valorização da narrativa oral e da componente escrita, incentivando a imaginação dos alunos para a elaboração de textos que se reuniram, agora, neste livro. No lançamento desta obra estarão presentes os intervenientes neste projecto – a escritora e ilustradora da Grão de Pó Fátima Effe e João Gregório, mestre do Varino –, contando o evento com transmissão em directo em https://youtube.com/MunicipioMoita. L.G.

O recinto do mercado, situado junto à Marginal da Moita, volta a receber este sábado, a partir das 10h00, a feira de venda de artigos em segunda mão “Abra a Bagageira”, promovida mensalmente pela autarquia local. O município sugere que quem tenha artigos em casa e esteja interessado em se desfazer dos mesmos, pode aproveitar a realização da iniciativa para colocar

à venda livros e discos, brinquedos, mobiliário, assim como moedas ou selos, acessórios, roupas e até porcelanas, entre outros. As inscrições, recorde-se, podem ser feitas a partir do primeiro dia de cada mês, através do e-mail pav. mun.exposicoes@mail.cm-moita. pt, indicando nome, morada, número de identificação fiscal e uma breve descrição dos artigos a expor.


8 O SETUBALENSE 24 de Junho de 2021

Moita FESTA CULTURAL INVADE CONCELHO

“Cultura em Movimento” regressa nos meses de Julho e Agosto Programa promete animar espaços públicos durante este Verão O programa “Cultura em Movimento”, promovido pelo município da Moita, regressa durante os meses de Julho e Agosto, às ruas, praças, parques e outros espaços públicos do concelho, este ano, com a primeira iniciativa a estar agendada para os próximos dias 10 e 11, no Parque Municipal da Moita, que irá

receber naquela data o evento “Contos do Mundo”, onde escritores, actores e contadores de histórias se unem no mesmo espaço em torno da palavra, para uma verdadeira festa cultural. O livro – segundo a autarquia moitense –, servirá de mote e a palavra irá guiar todos os participantes por contos e estórias nesta iniciativa, que visa “promover a partilha entre quem actua e quem assiste aos espectáculos”. Organizado pela Câmara da Moita, em conjunto com as juntas e uniões de freguesia do concelho, além do movimento associativo, a programação deste ano do

DR

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“Cultura em Movimento” prevê ainda a realização de um conjunto de espectáculos, oferecendo deste modo “mais vida aos espaços públicos” daquele município. Do programa de 2021, destaque para o espectáculo “A Palaphita”, uma produção PIA – Projectos de Interveção Artística, uma Mostra de Classes de Dança do Movimento Associativo, para a performance de Rui Catalão “Ao Abrigo da Distância” e para a peça “À Babuja”, pela Lama Teatro. Calendarizadas estão ainda a peça “Amores na Clandestinidade”, pela Companhia de Teatro Documental Hotel Europa, o Moita Metal Fest – que retorna ao recinto

da feira, na Margina da Moita, para mais uma edição –, bem como o concerto com o Club Majumba, entre outras actividades que prometem animar os dias e as noites de Verão neste município. A câmara garante estar comprometida com “a segurança de todos – público, artistas e equipas municipais”, pelo que as actividades previstas cumprirão as normas da Direcção-Geral de Saúde no que diz respeito à prevenção da covid-19, tendo assegurado “todas as condições para uma experiência segura” no decorrer do “Cultura em Movimento”. L.G.

FÓRUM CULTURAL DA BAIXA DA BANHEIRA

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Peça “Duas Peças de Xadrez” conta história de irmãos que entram no submundo do crime A segunda sessão do espectáculo de dança “Duas Peças de Xadrez”, uma performance da autoria de Joãozinho da Costa, volta a subir ao palco do auditório do Fórum Cultural José Manuel Figueiredo, esta sexta-feira, pelas 21h00, depois da peça ter sido apresentada ontem, pela primeira vez, naquele equipamento cultural do concelho, na freguesia da Baixa da Banheira. Em “Duas Peças de Xadrez”, Flaviano e Quintino são dois irmãos que, após o falecimento do pai, acabam por mergulhar no “submundo do crime e do consumo de drogas”. Em comum têm a descrença e a tristeza profunda resultante da perda da figura paterna, tendo Flaviano sido preso por assalto, que acaba por reencontrar o irmão na cadeia, num encontro que dura apenas alguns minutos. A história deste espectáculo baseia-se ainda na figura de Quintino, um rapaz problemático que, estando preso “é sujeito a doses excessivas de ‘Largactil’, que acabam por afectar a sua cabeça, o sentido da realidade e a mobilidade física” do jovem. Na realidade, o efeito das injecções despertam “sentimentos de raiva” que Quintino não consegue controlar. A partir de uma série de situações que vão surgindo na cadeia, a peça vai revelando “os medos e as tristezas profundas que estão por detrás da mente do personagem”, sendo o encontro de irmãos “a peça-chave para que Quintino reencontre memórias do passado”, em que, outrora, ambos foram felizes

e onde podiam vislumbrar um futuro. Aquela que é a primeira encenação de Joãozinho da Costa, protagonista da peça de Rui Catação “A Rapariga Mandjako”, inspirara em episódios da sua história de vida, para além do próprio, conta com as interpretações de Luís Mucaro e Rolaisa Embaló, e das músicas “O rei da ala” e “Debaixo da ponte” de Allen Halloween. A coprodução da Câmara da Moita e do Centro de Experimentação Artística (CEA) do Vale da Amoreira, conta com os apoios da Gaivotas 6 e Self-Mistake, destina-se a maiores de seis anos e tem a duração de 50 minutos, estando a lotação limitada de acordo com as regras da Direcção-Geral de Saúde, que impõem o uso obrigatório de máscara. L.G. DR

Flaviano está preso por um assalto e acaba por encontrar o irmão na cadeia


24 de Junho de 2021 O SETUBALENSE 9

António Costa apresenta este sábado candidatos às autárquicas na Praça da Liberdade

António Costa desloca-se este sábado a Almada, pelas 21h00, para apresentar os candidatos às câmaras e assembleias municipais do Distrito de Setúbal, Lisboa, Oeste e Santarém. O reeleito secretário-geral do PS, no passado domingo, vai estar na Praça da

Almada

Liberdade, no centro da cidade, com os candidatos, onde irá anunciar a recandidatura de Inês de Medeiros à Câmara Municipal de Almada. O líder do PS já veio apontar que tem como meta para as autárquicas voltar a ter a maioria das freguesias e municípios do País.

142,8 M€ DE ORÇAMENTO MUNICIPAL EM 2020

Inês de Medeiros afirma contas do mandato como as melhores de sempre no município DR

A presidente socialista diz que o executivo PS/PSD soube seguir o caminho do investimento mesmo em tempos de pandemia Humberto Lameiras O Orçamento Municipal da Câmara de Almada relativo a 2020 “teve um valor final de 142,8 milhões de euros”, anunciou a presidente do executivo almadense, Inês de Medeiros, na Assembleia Municipal de 18 de Junho, que aprovou o documento com os votos contra da CDU e BE. Montante que representa “o maior de sempre na história do município”, tendo o mesmo acontecido na “sua execução”, avaliou. A autarca socialista apresentava assim a Prestação de Contas da Câmara Municipal de Almada referente ao ano passado, e não poupou em críticas sobre a herança deixada pelos anteriores mandatos da CDU, nomeadamente na área do urbanismo. “Existe um problema grande na habitação [pública] que herdámos. Houve uma apatia de desresponsabilização da autarquia”, perante isto, o actual executivo PS/PSD “construiu respostas para esta grave necessidade”, disse. Depois de elencar as várias áreas em que o executivo interveio, caso de obras públicas, escolas, saúde, apoios à cultura e desporto, ao movimento associativo e, ainda, em programas como o Plano Almada Solidária para dar resposta às famílias nestes tempos de pandemia, Inês de Medeiros, sem nunca se referir directamente à CDU nem a qualquer outro partido da oposição, apontou que o actual mandato teve “imensas premonições negras, mas todas foram desmentidas”. Ao que acrescentou: Não se avança olhado para o passado. Haverá sempre aqueles que tentam

A presidente socialista mostrou-se bastante crítica da anterior gestão da CDU no concelho almadense

capitalizar as dificuldades em vez de unir esforços para as superar”, e mais ainda: “Alguns continuam a olhar para este território como a sua coutada, e não a terra de um povo livre e demo-

craticamente maduro”. E em jeito de visão sobre as próximas autárquicas, vaticinou que “os almadenses sabem porque vêem a diferença e sentem o trabalho efec-

tuado, e não esquecem”. Um trabalho em que o mandato liderado pelo PS/PSD teve como contracorrente a pandemia que obrigou a “mudar planos, prioridades e formas

Relatório Miguel Salvado indica que SMAS reforçaram independência financeira Os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS) de Almada tiveram como resultado líquido, referente a 2020, um montante de 482 mil e 440 euros, o que significa uma “independência financeira superior ao que tinha em 2019”, contabiliza o vereador Miguel Salvado, administrador executivo deste órgão. “Estes resultados expressão um dos melhores exercícios de

sempre dos SMAS de Almada”, avalia. O mesmo período corresponde ainda à “maior linha de financiamento” através do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos, o que “permite criar uma nova zona de medição e controlo”, assim como “a melhoria de manutenção e gestão da rede”. Referiu ainda o vereador que os SMAS de Almada continuam

a verificar um aumento de clientes, tendo sindo o mesmo identificado em mais 0,32%. Em resposta aquilo que diz ter vindo a ouvir como acusatório de os SMAS não terem estratégia, o vereador eleito pelo PSD garante que, para além das intervenções executadas e a decorrer, estão “mais de trinta obras previstas”, e acrescenta: “Sabemos, tal como os nossos técnicos, onde queremos intervir”.

de actuação”, quadro este que “teve de ter resposta rápida e eficaz”, quando os almadenses tiveram um “violento impacto na sua vida”. E foram estas respostas, nestes 15 meses de pandemia, que têm “consequências quantitativas” na “apresentação das contas”, comentou a autarca. “Não incluindo o saldo de gerência do ano anterior (2019)”, a execução “foi de 93,3 milhões de euros”, o que se traduz em menos 3,9%, ao mesmo tempo que se verificou uma “quebra de receita de 9,3% em receita fiscal em relação a 2019”. Já quanto à despesa, indicou a presidente da autarquia que “foram executados 113,2 milhões de euros, ou seja, 103% do orçamento inicial e 79,3% do orçamento final com inclusão do saldo de gerência”. “Se analisarmos as duas componentes, concluímos que aqui se reflecte o trabalho directo com os cidadãos”, comenta Inês de Medeiros que acrescenta: “Os números demonstram que cumprimos o nosso compromisso e, apesar deste momento conturbado que todos vivemos, não tivemos uma política de retracção, e não deixámos de investir nas pessoas e no território, e não diminuímos nos apoios nem nas transferências”. As contas apresentadas pela presidente registam ainda um “crescimento de 117% na despesa de capital”, em relação a 2019, com um “valor total de 39,3 milhões”. Quanto ao investimento, “aumentou 56%”, tendo ascendido a “34,5 milhões de euros”, o valor “mais alto de sempre”, afirma. Já quanto à percentagem de investimento em relação ao total das grandes opções do plano, “demonstram igualmente esta tendência representando 30% do total”, portanto “mais 4% que em 2019”. Isto quando o plano plurianual de investimento do município representou “uma execução de 74% face ao previsto”. Relativamente à divida do município, as contas apresentadas por Inês de Medeiros indicam que “desceu 6% e o limite da dívida municipal cresceu 12 milhões de euros”, o que significa “mais 7,8% que em 2019”.


10 O SETUBALENSE 24 de Junho de 2021

Almada PS, CDU E BE A FAVOR DA COMPRA

CHARNECA

PSD vota contra aquisição do Auditório Costa de Caparica e irrita executivo socialista DR

Concelhia socialdemocrata alega que existiu uma falha de comunicação com os seus eleitos na Freguesia da Costa de Caparica Humberto Lameiras A Junta de Freguesia da Costa de Caparica vai adquirir o Auditório Costa de Caparica, no Centro Comercial O Pescador. A deliberação foi tomada em reunião da Assembleia de Freguesia, mas a votação desagradou ao presidente socialista da junta, José Ricardo Martins. Com os eleitos do PS, CDU e BE a aprovarem a proposta apresentada pelo executivo, o PSD decidiu questionar e votar contra. Mas, entretanto, a Comissão Política Concelhia do PSD de Almada veio aclarar que defende esta aquisição, a questão é que “houve uma falha de comunicação interna”, relativa ao sentido de voto. A aquisição do auditório onde a Associação Gandaia e outras promovem acções culturais, vem na sequência da “intenção de venda por parte do proprietário”, a que se juntou o compromisso “assumido” pela Junta de Freguesia de “adquirir o imóvel dado o seu valor cultural para a população da Costa de Caparica”, diz José Ricardo Martins. Para o presidente da junta, é “obrigação” da autarquia “preservar este espaço e o seu fim sociocultural”,

José Ricardo Martins afirma que compra do auditório é quatro vezes abaixo do preço de mercado

mais ainda quando este é o “único do território com capacidades para alguns eventos de teor cultural”. E acrescenta: queremos continuar a colocá-lo ao serviço da população”. Quanto ao preço do imóvel, comenta que é favorável para ser adquirido, uma vez que “o valor de aquisição é de 100 mil euros, sendo quatro vezes menor do que o seu valor patrimonial, cerca de 408 mil euros”. Perante o “valor cultural para a população” do auditório Costa de Caparica e o “valor de aquisição”, o

presidente do executivo não entende os motivos dos eleitos do PSD na freguesia para terem “votado contra e questionado a utilidade da compra, não reconhecendo a importância da aquisição deste espaço”. E reitera: “enquanto este executivo socialista estiver à frente dos destinos da Junta de Freguesia da Costa de Caparica, esta continuará a apoiar todas as associações, agentes e manifestações culturais no nosso território”. Contudo, o PSD do concelho de Almada esclarece não estar contra

a aquisição deste auditório. Indica a Comissão Política Concelhia social-democrata que “apoia a aquisição do auditório, fosse pela Câmara Municipal ou pela Junta de Freguesia da Costa de Caparica, sendo que o valor apresentado parece bastante razoável”. Quanto ao voto contra dos seus eleitos na localidade, a estrutura concelhia informa que “houve uma falha de comunicação interna que se poderá dever também à falta de alguma informação sobre o futuro modelo de gestão daquele equipamento”.

VERÃO

Nove praias da cidade atlântica erguem Bandeira Azul O galardão ambiental Bandeira Azul foi hastado na terça-feira em nove praias da Costa de Caparica, um acto que marca o início do Verão na cidade atlântica do concelho de Almada. A ‘azulinha’ está agora ao vento nas praias da Sereia, da Rainha, da Mata, de S. João Caparica/Leblon, Santo António, do CDS, do Paraíso, do Dragão Vermelho e Praia Nova. As praias da Rainha e do Paraíso

foram ainda contempladas com o galardão Praia Acessível, Praia para Todos. Todas as praias de Almada, receberam a classificação Praia com Qualidade de Ouro que certifica a qualidade das águas balneares da frente atlântica do concelho. “Na praia a segurança vem primeiro, aproveite o seu Verão em Almada protegendo-se a si e a todos”, lembra a autarquia. H.L.

Todas as praias da Costa de Caparica são consideradas de Ouro

Vai avançar regularização da Ribeira da Quinta de Santa Teresa A empreitada de "Regularização da Ribeira da Quinta de Santa Teresa", na Charneca de Caparica, foi assinada terça-feira, 22 de Junho. Trata-se de uma intervenção que visa “melhorar as condições de escoamento desta linha de água integrada na Paisagem Protegida da Arriba Fóssil da Costa da Caparica”, informa os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Almada que, com a Câmara Municipal, avançou com esta obra a ser executada pela empresa Extraco-Construções e Proxectos. Os trabalhos vão “recorrer a técnicas de engenharia natural”, e têm como objectivo “resolver os problemas de erosão daquele espaço canal, nomeadamente deslizamentos de terras e ravinamentos de taludes”. Este projecto contempla a construção de dois passadiços, um que ligará o Espaço Verde da Quinta de Santa Teresa às praias e outro que irá atravessar a vala para o largo da escola. A empreitada engloba dois projectos complementares: "Regularização da Ribeira da Quinta de Santa Teresa" e "Atravessamentos Rodoviários da Ribeira da Foz do Rego". Esta intervenção representa um investimento de 1 milhão e 80 mil euros sendo comparticipado com 590 mil euros pelo Fundo Ambiental. No acto de assinatura do contrato estiveram a presidente da Câmara de Almada, Inês de Medeiros, Miguel Salvado, vereador administrador executivo dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento e Tânia Correia, representante da empresa que vai executar a obra. Presente estiveram ainda o director delegado, José Costa, o vice-presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo, José Alho, o presidente da União das Freguesias da Charneca de Caparica e Sobreda, Pedro Matias e a administradora da Administração da Região Hidrográfica do Tejo e Oeste, Susana Fernandes. H.L.


24 de Junho de 2021 O SETUBALENSE 11 PUBLICIDADE

LIBÁNIA NATÁLIA DE JESUS SANTOS (1935 – 2021) Participação, Agradecimento A funerária Armindo lamenta informar o falecimento de Libánia Natália de Jesus Santos. Mais se informa que o funeral se realiza (hoje) dia 24/06/2021. Saída da Capela de São Paulo pelas 11h 30 m. A família vem por esta via agradecer a todas as pessoas que se dignaram a acompanhar o funeral ou que, de qualquer outra forma, manifestaram as suas condolências.

COMUNICADO

Você sabia? ... que a Funerária Armindo está disponível todos os dias do ano, a quaquer hora, para o apoiar em caso de emergência funerária?

A funerária Armindo informa que subiu o nível de contingência para o nível máximo, uma vez que a quantidade de óbitos atingiu níveis absolutamente inéditos. Como sempre, a funerária Armindo tem todos os recursos aplicados ao serviço da sociedade e pede a compreensão de todos para eventuais atrasos ou incómodos que possam resultar desta situação de exceção. Apelamos a toda a população para que respeite, com o maior zelo, as regras definidas ao abrigo do atual estado de emergência, para que a situação se possa normalizar o mais rapidamente possível.

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Necrologia

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ALMADA 265 539 691 SETÚBAL 265 520 716 SEIXAL 265 520 716 MONTIJO 212 318 392 MOITA 212 047 599 BARREIRO 212 047 599 PALMELA 265 520 716 ALCOCHETE 212 318 392 OUTROS CONCELHOS 265 520 716

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12 O SETUBALENSE 24 de Junho de 2021

Região

ALCÁCER DO SAL

“Rota do Arroz” dá a conhecer produtos da região DR

Arroz de lingueirão, arroz com amêijoas ou arroz de lagosta são alguns dos pratos que integram as ementas de 37 restaurantes Um total de 37 restaurantes de Alcácer do Sal participa, desde ontem e até domingo, na 1.ª edição da iniciativa gastronómica “Rota do Arroz”, que pretende valorizar os produtos endógenos do concelho, revelou a câmara. O evento, promovido pelo município, em conjunto com os restaurantes aderentes, dá “a conhecer aos visitantes o que de melhor se cozinha com os produtos endógenos” deste território alentejano, disse a autarquia, em comunicado. A “Rota do Arroz” visa “reforçar a atractividade do concelho de Alcácer numa época em que se prevê a retoma da actividade económica e turística”, segundo a organização. Preservar a identidade, os sabores e os saberes tradicionais,

promover o território e estimular a visita à cidade e ao concelho são os outros objectivos da Câmara de Alcácer do Sal. Nas ementas dos restaurantes aderentes, habitantes e turistas podem encontrar, até dia 27, pratos como arroz de lingueirão, arroz com amêijoas, arroz de lagosta ou arroz doce de caramelo salgado, entre outros. Prevista para todos os dias do evento está animação artística, com Ganso Trio, Terra Velhinha, Ruído à Portuguesa, Grupo de Percussão/Bombos Os Tomba Lobos, Oli and Mary, Marchinha do Botequim, Sociedade Filarmónica Amizade Visconde de Alcácer e Sociedade Filarmónica Progresso Matos Galamba. O regulamento estipula que os estabelecimentos de restauração participantes devem “garantir a disponibilização de pratos utilizando o arroz” e “ter preferência na disponibilização e sugestão de vinhos da região e outros produtos locais”. A lista dos restaurantes que participam na rota pode ser consultada na página de Internet do município, em www. cm-alcacerdosal.pt. Lusa

A iniciativa engloba apontamentos artísticos

PALMELA

Chega lança candidatos às juntas de Pinhal Novo e Quinta do Anjo FOTOS: DR

Alberto Alves, advogado, e Rui Cruz, professor universitário, vão ser apresentados no próximo sábado Mário Rui Sobral O Chega anunciou, na passada terça-feira, os cabeças-de-lista às juntas de freguesia de Pinhal Novo e Quinta do Anjo, para as eleições autárquicas deste ano. O partido, que lançou Afonso Brandão como candidato à presidência da Câmara de Palmela, vai candidatar Alberto Alves, 43 anos, à Junta de Pinhal e

Alberto Alves

Rui Cruz

Rui Cruz, 62, à Junta de Quinta do Anjo. Os dois candidatos vão ser apresentados numa “cerimónia partidária que terá lugar na Venda do Alcaide, Palmela, já no

próximo sábado”, revelou a concelhia do Chega. Alberto Alves “cresceu e vive atualmente no Pinhal Novo, é advogado de

profissão, exercendo a sua actividade nas áreas preferenciais de direito penal, insolvência e direito comercial”, faz notar a estrutura local do Chega, que adianta ainda a ligação do candidato “ao estudo das questões conexas relacionadas com os direitos humanos e constitucionais”. Já Rui Cruz, natural de Lisboa, adoptou a Quinta do Anjo para residir desde 1999. “É professor Universitário e Consultor de Gestão, nas áreas do Marketing, Inovação e Estratégia e desde essa data reside em Quinta do Anjo”, indica a concelhia do Chega. Rui Cruz “dedica-se também à investigação, sendo investigador integrado de um centro de excelência, com artigos científicos publicados em revistas internacionais”.

SOLIDARIEDADE

Farmácias do distrito apoiam quem mais precisa Ao todo são 33 as farmácias do Distrito de Setúbal que aderiram à campanha de solidariedade promovida pela Associação Dignitude, que visa angariar donativos para apoiar os mais desfavorecidos no actual contexto pandémico. “Dê Troco a Quem Precisa” intitula a iniciativa que arrancou na passada segunda-feira e que decorre até ao próximo dia 29 nas farmácias aderentes. A acção, explica a associação, “convida os portugueses a doar o troco das compras realizadas nas farmácias à 'Emergência abem: covid-19', para ajudar as pessoas mais vulneráveis devido à pandemia”. Os donativos recolhidos “serão integralmente aplicados no acesso a medicamentos, produtos e serviços de saúde para quem mais precisa”, adianta a Dignitude. Na região, aderiram à iniciativa 33 farmácias: oito de Setúbal, seis do Barreiro, cinco do Seixal, quatro de Almada, três cada de Montijo e Moita, e duas cada de Palmela e Santiago do Cacém. “As farmácias do Distrito de Setúbal estão habituadas a zelar pela saúde de quem mais precisa. Por isso, uniram-se à 'Emergência abem: covid-19' e vão ajudar as famílias mais fragilizadas pela pandemia. Vamos demonstrar a força da união! Até 29 de Junho doe o seu troco na farmácia”, apela a farmacêutica Helena Ruas, citada na nota de Imprensa divulgada pela associação. A 'Emergência abem: covid-19' foi lançada em Março de 2020 e já presta apoio a mais de 1 400 portugueses referenciados por entidades parceiras locais, entre as quais câmaras municipais, juntas de freguesia, instituições particulares de solidariedade social, Cáritas e Misericórdias. A associação lembra a concluir que é “ainda possível apoiar esta iniciativa através de transferência bancária para o IBAN PT50 0036 0000 9910 5930 0855 9 e via MBWAY: 932 440 068. “Os doadores podem enviar comprovativo de transferência, nome e NIF para geral@dignitude.org, para que lhes seja enviado o recibo de donativo." A iniciativa conta com o apoio do Portugal Inovação Social, através de Fundos da União Europeia. M.R.S.


24 de Junho de 2021 O SETUBALENSE 13

CDU recandidata Arlindo Passos à União das Freguesias de Alcácer

Arlindo José Passos vai recandidatar-se pela CDU à presidência da Junta da União das Freguesias de Alcácer do Sal (Santa Maria do Castelo e Santiago) e Santa Susana, confirmou

a concelhia da coligação. O autarca comunista, de 64 anos, preside a esta junta desde 2013, cargo que acumula com o de presidente da direcção dos Bombeiros Mistos de Alcácer do Sal.

Raspadinha: sorte ou azar para o Património?!

DR

N Felipe Damasceno foi apresentado, na Amora, como candidato da coligação

AUTÁRQUICAS

Felipe Damasceno é o candidato da coligação `Seixal às Direitas´ O programador informático, que nasceu no Brasil e que reside no Seixal há 15 anos, encabeça a lista apoiada por CDS/PDR/Aliança/MPT

A construção de uma “alternativa para pôr fim ao ciclo da CDU” é o objectivo da coligação `Seixal às Direitas´ nas eleições autárquicas para a Câmara do Seixal, disse ontem o cabeça-de- lista Felipe Damasceno, apoiado por CDS-PP/ PDR/Aliança/MPT. “‘Cumprir quatro décadas em quatro anos’ é o lema da nossa coligação, que pretende pôr fim à estagnação do concelho e acabar com a usurpação do património do Seixal por uma máquina partidária”, afirmou o candidato dos partidos de direita, oficialmente anunciado na última terça-feira, na Amora, em cerimónia que contou com a presença do líder do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos. Natural de Salvador da Bahia, no Brasil, mas também com naciona-

lidade portuguesa e residente no Seixal há década e meia, Felipe de Carvalho Damasceno, 30 anos, é programador informático e proprietário da empresa unipessoal de desenvolvimento de software, `Damascode – Digital Agency´, sediada no Seixal. Felipe Damasceno filiou-se no Partido Socialista em 2014, que abandonou em 2019. Já este ano, decidiu aderir ao PDR, um dos partidos que suporta a coligação ‘Seixal às Direitas’ e promete empenhar-se na luta por “um bom resultado nas próximas eleições autárquicas” para a Câmara do Seixal. O candidato terá como adversários já anunciados Joaquim Santos (CDU), Eduardo Rodrigues (PS), Bruno Vasconcelos (PSD), Francisco Morais (BE) e Henrique Freire (Chega). A CDU governa a Câmara do Seixal com maioria relativa, com um total de cinco eleitos liderados por Joaquim Santos. O PS é actualmente a segunda força política do concelho, com quatro vereadores, o PSD tem um e o BE também um eleito. Por lei, as eleições autárquicas têm de ser marcadas entre 22 de Setembro e 14 de Outubro, mas a data ainda não foi anunciada. GR/

MCL /Lusa

o dia 18 de maio, Dia Internacional dos Museus, o Governo, em parceria com a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, lançou a Lotaria do Património, que chegou a estar anunciada o ano passado e foi inscrita no Orçamento do Estado para 2021. Com um prémio máximo previsto de 10 mil euros e o custo de 1 euro por unidade, esta iniciativa, que tem por objetivo responder às necessidades de intervenção de salvaguarda e investimento no património, permitirá ao Governo angariar cerca de 5 milhões de euros para o Fundo de Salvaguarda do Património Cultural. Assim que a Lotaria do Património foi anunciada, surgiu de imediato um coro de críticas provenientes dos mais diversos setores da nossa sociedade, realçando que se trata de uma iniciativa destituída de qualquer bom senso, que atenta à dignidade do Estado e que põe em causa o equilíbrio que o Governo deve ter na procura de fontes de financiamento sem curar de saber os seus efeitos nefastos. A popularidade crescente deste jogo instantâneo tornou-o atualmente num grave problema de saúde pública, levando os cidadãos mais vulneráveis e susceptíveis a ter comportamentos aditivos que criam dependência. Por isso, não é de estranhar que a Associação Portuguesa para a Reabilitação Urbana e Proteção do Património (APRUPP) saliente a ironia que existe no facto de o Governo pretender financiar a recuperação do património através de uma lotaria instantânea, um jogo usado pelos portugueses mais vulneráveis e com menos acesso ao património. Já o Presidente do Conselho Económico e Social (CES) criticou o facto de o Governo lançar a Lotaria do Património antes de serem conhecidos os resultados de um estudo do CES sobre o impacto social do vício da raspadinha. Considerou, ainda, que utilizar o jogo para financiar a recuperação do património é um "erro" e

OPINIÃO Fernanda Velez

Incentivar o jogo, promovendo práticas aditivas para angariar financiamento para a cultura, é uma atitude deplorável

uma "injustiça social". Segundo um estudo realizado por Daniela Vilaverde e Pedro Morgado, em 2018 o valor das raspadinhas vendidas em Portugal foi de cerca de mil e seiscentos milhões de euros, o que significa que cada pessoa gastou, em média, cerca de 160 euros por ano nas lotarias instantâneas, quando em Espanha o montante gasto foi de apenas 14 euros, ou seja, cerca de 12 vezes inferior. Significa isto que Portugal é o País Europeu com maior consumo deste tipo de jogos. E, quando o Governo

português deveria tomar medidas para mitigar comportamentos aditivos e efeitos sociais adversos da raspadinha, o Ministério da Cultura incentiva este comportamento, com o intuito de angariar verbas para o Fundo de Salvaguarda do Património Cultural. Apesar dos avisos e dos alertas que já conhecia, a Senhora Ministra da Cultura, teimosamente, fazendo jus à prepotência e arrogância que caraterizam a sua forma de (des) governar, avançou com esta medida, o que releva um comportamento irresponsável e inaceitável da titular da pasta da Cultura e do Governo socialista apoiado pelos partidos da extrema esquerda. Perante tamanho erro, a Senhora Ministra da Cultura desvaloriza e diz que não há nada de extraordinário sobre a adoção de um modelo de financiamento do património cultural baseado no jogo, até porque já “é utilizado noutros países europeus", e porque acredita no discernimento e na capacidade dos cidadãos para tomar decisões. Ora aí está a Senhora Ministra da Cultura ao estilo a que nos habituou, precipitado e sobranceiro, não levando em linha de conta que os outros países não são Portugal. É que o nosso país tem os níveis de habituação a este jogo maiores da europa, mesmo sendo um país de rendimentos inferiores à maioria dos países europeus. Em boa verdade, incentivar o jogo, promovendo práticas aditivas para angariar financiamento para a Cultura é uma atitude deplorável e, sobretudo, perversa. Face a tantas críticas e tantos factos resta-nos a esperança, ainda que muito remota, de a Senhora Ministra da Cultura poder vir a implementar medidas saudáveis de financiamento do património cultural, terminando com uma medida que afeta a saúde pública e que incentiva o cidadão a usar jogos de azar. Deputada do PSD


14 O SETUBALENSE 24 de Junho de 2021

Desporto

GONÇALO BATISTA, MÉDIO SADINO

“Os colegas mais velhos ajudaram-nos bastante e aprendemos muito no Vitória" DR

“Somos miúdos e gostamos muito de ouvir as histórias que têm para nos contar”, diz Ricardo Lopes Pereira Utilizado em 17 dos jogos realizados pelo Vitória FC no Campeonato de Portugal, o médio Gonçalo Batista, de 19 anos, foi um dos elementos que se deu a conhecer na temporada 2020/21. Na sua segunda época em Setúbal, o jovem nascido no Barreiro não tem dúvidas em afirmar que a experiência vivida no clube representou uma aprendizagem que lhe será muito útil no futuro. Em entrevista ao programa Sair a Jogar, do Canal 11, Gonçalo Batista admitiu que o facto de ter partilhado o balneário com jogadores mais experientes, que receberam os mais novos muito bem desde o início, foi uma mais-valia. “Em vez de ficarem no seu canto, por serem mais velhos, e não darem tanta confiança aos mais novos, Zequinha, Semedo, Mano, Nuno Pinto, Bruno Luz, Mendy e François acolheram-nos muito bem”. O médio mostra-se grato aos colegas mais velhos. “Puxaram por nós e sempre foram bastante abertos para os mais novos. Ajudaram-nos bastante e aprendemos muitas coisas com eles no Vitória. Só lhes temos a agradecer”, vinca, revelando que mesmo durante as viagens para os jogos contam episódios que viveram. “Somos miúdos e gostamos muito de ouvir as histórias que têm para nos contar. Ficámos maravilhados. É uma grande aprendizagem”. Antes de chegar ao Vitória em 2019/20 para actuar nos juniores, Gonçalo Batista passou pelo Quinta do Conde, Sporting, Amora, Barreirense e Benfica. Desse percurso são vários os episódios que o jovem guarda. “Com sete anos fiz capta-

Gonçalo Batista não esquece forma como colegas mais velhos acolheram os jovens

ções no Sporting. Éramos cerca de 70 jogadores e só três é que ficaram. Eu fui um deles e os outros dois ain-

da lá foram mais duas ou três vezes para ver se entravam. Eu fiz logo o meu trabalho e fiquei”.

2.ª Divisão Final joga-se domingo em Paio Pires O campo Vale D’Abelha, em Paio Pires, foi o palco escolhido para acolher a final do Campeonato Distrital de seniores da 2.ª Divisão da Associação de Futebol de Setúbal (AFS) entre o Vitória FC e Monte Caparica AC, respectivamente, vencedores da série A e B da prova. A partida que atribuirá o título de campeão está agendada para o próximo domingo, pelas 17 horas.

No mesmo comunicado oficial, emitido ontem pela Direcção do organismo que rege o futebol regional, a AF Setúbal anuncia, “que após reunião efetuada com os clubes qualificados” ficou também definido que a partida de apuramento do 3.º e 4.º lugar, que oporá o UF Comércio e Indústria B (da série A) e o CF Trafaria (B) terá lugar no sábado, a partir das 17 horas, no campo do Juncal, Moita.

Olhando para trás, o médio dos sadinos reconhece que foi um feito ter sido eleito, mas na altura houve na sua família quem tivesse dado mais importância ao facto de ter jogado de leão ao peito. “Era pequenino e não ligava muito. Na altura, para o meu avô, que já faleceu, o maior orgulho era eu representar o Sporting. Hoje em dia dou valor”. Já depois do Sporting, Gonçalo Batista fez um interregno no seu percurso quando foi viver para França. “Vim de França, onde estive cinco anos, voltei para Portugal e fui para o Amora. Acolheram-me muito bem e fiz lá um ano (2015/16). Entretanto, saí para o Barreirense, para o campeonato Nacional, com o João Marques [n.d.r.: actual colega de equipa no Vitória]. Fiz meia época até o Benfica chamar-me. Decidi que estava na altura de dar um salto, daí

ter optado pelo Benfica onde tive uma aprendizagem incrível”. Depois de representar os benfiquistas surgiu a hipótese de rumar aos espanhóis do Deportivo da Corunha. A experiência na Galiza foi dura para o jogador, que na altura, confessou, pensou em desistirl. “Foi uma experiência única, mas foi complicado estar longe da família. O primeiro ano correu-me bastante bem e no segundo tive lesões e andei mais com a cabeça em baixo”. Por esse motivo, acabou por regressar a Portugal. “Pedi para rescindir contrato e voltei para cá. Tentei desistir do futebol. Estar longe dos meus pais e da minha família deixou-me muito em baixo. Não dava o que tinha para dar. Decidi voltar para Portugal”. Nessa altura o seu caminho voltou a cruzar-se com o do treinador Alexandre Santana com quem tinha antes trabalhado na Selecção Distrital da AF Setúbal. “O mister Alexandre Santana soube que estava em Portugal e não tinha clube. Falámos e aceitei a oportunidade de vir para os juniores do Vitória. As coisas começaram a correr-me bem e a motivação começou a voltar”. Com o ânimo em alta, Gonçalo Batista acabou por ser chamado, aos 18 anos, à equipa principal, que venceu a série H do Campeonato de Portugal e participou na fase de acesso à II Liga, tendo terminado na 3.ª posição. “A época correu-me muito bem e quero agradecer ao mister Alexandre Santana pela oportunidade que me deu. Agora é trabalhar para dar sequência ao que fiz e poder ajudar a equipa ao máximo”. O jogador, que actua no meio-campo ou como extremo, aponta a “rapidez e qualidade técnica” como suas principais características. Em relação ao futuro, Gonçalo Batista alimenta o sonho de jogar no campeonato inglês ou espanhol. “Trabalho para chegar ao mais alto nível no futebol: Premier League e La Liga são os meus sonhos e objectivos. Trabalho todos os dias para chegar lá, se Deus quiser”.


24 de Junho de 2021 O SETUBALENSE 15

Botafogo inaugura relvado sintético do campo de futebol

O Botafogo Futebol Clube, popular colectividade sedeada na localidade de Cabanas, freguesia da Quinta do Anjo, concelho de Palmela, vai inaugurar oficialmente o relvado sintético do campo de futebol António Henrique de Matos. A cerimónia terá lugar

no próximo domingo, dia 27 de Junho, pelas 10h 30m, no renovado espaço desportivo que passou a ter também um sistema de aquecimento das águas sanitárias, com a recepção às entidades oficiais. Entre as 11h 30 m e as 20 horas, o espaço desportivo ficará aberto

aos associados, simpatizantes e respectivas famílias que poderão desfrutar de brincadeiras com bolas e balizas, que ficarão à disposição de todos. Resta acrescentar que, tendo em conta a actual situação do país e da própria região, é indispensável o uso de máscara.

JOÃO SOEIRO PRESIDENTE DO MOITENSE

“Objectivos para o novo mandato passam pelo reforço da dinâmica já existente” DR

Aumentar o número de atletas, continuar a somar títulos de campeão e prosseguir com a transformação em curso no Juncal estão também nos planos para os próximos anos José Pina O União Futebol Clube Moitense elegeu no passado sábado os órgãos sociais para os próximos dois anos e, como em equipa que ganha não se mexe, os associados voltaram a confiar o clube a João Soeiro, que foi reeleito para o seu décimo primeiro mandato como presidente da direcção. Em entrevista ao SETUBALENSE o presidente do clube mais representativo da Moita fala dos objectivos para o novo mandato, recorda como aconteceu a sua ligação ao clube, da forma como tem vindo a evoluir e do excelente desempenho que a sua equipa de futebol sénior está a ter esta época que pode voltar a colocar o clube no roteiro da Taça de Portugal. Acaba de ser reeleito presidente da direcção do Moitense. Que representa para si esta reeleição? Esta reeleição, e consequente entrada para o décimo primeiro mandato, representa acima de tudo uma oportunidade de mais dois anos para continuar a acrescentar mais ao que até aqui foi conseguido com muito esforço, empenho e dedicação. Quais são os objectivos para o novo mandato? Os objectivos para o novo mandato assentam em termos desportivos, no reforço da enorme

dinâmica já existente. Temos todas as condições para aumentar significativamente o número de atletas, e, com isso, uma afirmação ainda maior do estatuto que por direito próprio nos pertence. Continuar a somar títulos de campeão é algo que temos sempre no pensamento. Continuaremos a transformação em curso no espaço do Juncal, até que sejam atingidos todos os objectivos que temos em mente para aquele lugar, e que a exemplo do que tem sido prática, são de elevada ambição. A sua ligação ao Moitense tem já muitos anos, ainda se recorda como entrou para os órgãos sociais do clube? A minha ligação ao Moitense remonta à minha infância. Nasci na Moita há 61 anos, vivi ao lado de uma antiga sede do clube, onde jogava matraquilhos e ping-pong com outros miúdos daquela rua, e desde muito cedo os directores deixavam-me pintar o placard que

anunciava os jogos dos juvenis, juniores e seniores, únicos escalões existentes na altura. Em 1975, com 15 anos ingressei nos juvenis, e nesse ano entrei para sócio. Na segunda época nesse escalão, 1976/77, atingimos de forma brilhante, o Campeonato Nacional. Na época desportiva 1998/99, o meu filho pediu-me que o levasse aos Infantis do Moitense. Assim que entrei a porta, disseram-me, não vens apenas trazer o teu filho, vais ficar cá connosco. Assim foi, exerci tarefas de treinador nos dois primeiros anos, vice-presidente no terceiro, e de seguida presidente. Assim se passaram 23 anos. Que diferença existe entre aquilo que era e aquilo que é nos dias de hoje o Moitense? Vinte anos se passaram desde que sou presidente do União FC Moitense, e no que respeita a diferenças físicas, o que está à vista fala melhor que eu. Sem a transformação operada e ainda

em curso, o Moitense estaria condenado a não ter presente, e muito menos futuro, tudo o resto vem por acréscimo. No entanto, e independentemente de tudo isso, absolutamente indispensável para que no contexto actual o clube seja em termos desportivos aquilo que hoje é, a aquisição do velho campo do Juncal por usucapião na primavera de 2005, na qual me empenhei e consegui, assim como vedar o espaço exterior onde se localiza o campo número 2, foi algo que prometi a mim mesmo, como forma de obrigar ao respeito pelo espaço do Moitense, o que antes não acontecia. Pessoalmente tratei também de registar, legalizar o que devia estar mas não estava registado em nome do clube. O museu do União FC Moitense, inaugurado em 31.01.2008, é também uma muito agradável realidade. Esta época a equipa de futebol sénior tem tido um excelente

desempenho. Como presidente do clube como vê esta realidade? Sem dúvida que a nossa equipa sénior tem tido na presente época um excelente desempenho. Tal como ninguém sai às pedras da calçada, também aqui nada acontece por acaso. Possivelmente, temos o mais parco orçamento do campeonato. No entanto, tudo o que envolve o plantel funciona com o máximo profissionalismo, dentro do amadorismo. Este é o segredo para o sucesso. Tendo em conta a classificação tudo aponta para que a equipa volte a participar na Taça de Portugal. Isso é importante para o clube? O nosso primeiro objectivo era fazer um campeonato tranquilo e garantir o mais cedo possível a manutenção. Devido à paragem por razoes sobejamente conhecidas regressámos à prova sem pressão, mas com o pensamento num lugar que nos permita representar o concelho da Moita na próxima edição da Taça de Portugal. A última vez foi em 2004, e fizemos história ao eliminar o Camacha treinado na altura pelo mister Leonardo Jardim. Aconteça o que acontecer, é muito importante não só para o clube, como também para a afirmação do futebol concelhio, voltar a ter um representante na Taça de Portugal. Em termos desportivos a nova época já está a ser preparada? Com os Órgãos Sociais eleitos, estão reunidas as condições para começarmos a preparar a próxima temporada. No entanto, todos os esforços estão concentrados na presente época desportiva, mais uma em que o União FC Moitense, provou efectivamente o que é ter Mérito Desportivo. Mas como é evidente, isto é entendido apenas por entendidos em desporto, e quem conhece o verdadeiro significado das palavras atleta e dirigente desportivo.


00:55 ~ 1.4 m ~ Baixa-mar 07:22 ~ 2.9 m ~ Preia-mar 13:45 ~ 1.3 m ~ Baixa-mar 20:04 ~ 2.6 m ~ Preia-mar

ALMADA

00:48 ~ 1.3 m ~ Baixa-mar 07:16 ~ 2.9 m ~ Preia-mar 13:41 ~ 1.3 m ~ Baixa-mar 19:58 ~ 2.5 m ~ Preia-mar

SESIMBRA

01:09 ~ 1.3 m ~ Baixa-mar 07:36 ~ 2.9 m ~ Preia-mar 13:55 ~ 1.2 m ~ Baixa-mar 20:12 ~ 2.6 m ~ Preia-mar

SINES

SETÚBAL TRÓIA

MARÉS

01:02 ~ 1.4 m ~ Baixa-mar 07:55 ~ 3.2 m ~ Preia-mar 13:56 ~ 1.4 m ~ Baixa-mar 20:34 ~ 2.9 m ~ Preia-mar

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FICHA TÉCNICA REGISTO DE TÍTULO n.º 107552 | DEPÓSITO LEGAL n.º 8/84 PROPRIETÁRIO Outra Margem – Publicações e Publicidade, NIF 515 047 325 (detentores de mais de 10% do capital social: Gabriel Rito e Carlos Bordallo-Pinheiro) Sede do proprietário: Travessa Gaspar Agostinho, 1, 1.º, 2900-389 Setúbal EDITOR Primeira Hora – Editora e Comunicação, Lda, NIF 515 047 031 (Detentores de mais de 10% do capital social: Setupress Lda, Losango Mágico, Lda, Carla Rito e Gabriel Rito) Sede do Editor Travessa Gaspar Agostinho,1, 1.º, 2900-389 Setúbal Conselho de Gerência Carla Rito, Carlos Dinis Bordallo-Pinheiro, Gabriel Rito e Carlos Bordallo-Pinheiro REDACÇÃO Travessa Gaspar Agostinho, 1, 1.º, 2900-389 Setúbal DIRECTOR Francisco Alves Rito Redacção Mário Rui Sobral, Humberto Lameiras; Desporto Ricardo Lopes Pereira, José Pina Departamento Administrativo Teresa Inácio, Dulce Soeiro, Branca Belchior PUBLICIDADE Direcção Comercial Carla Sofia Rito, Carlos Dinis Bordallo-Pinheiro Coordenação Ana Oliveira (Setúbal), Carla Santos (Moita e Barreiro) Publicidade Lina Rodrigues, Rosália Baptista, Célia Félix, Mauro Sérgio IMPRESSÃO Tipografia Rápida de Setúbal, Lda - Travessa Gaspar Agostinho, 1, 1.º, 2900-389 Setúbal geral@tipografiarapida.pt DISTRIBUIÇÃO VASP - Venda Seca, Agualva - Cacém Tel. 214 337 000 Tiragem média diária 9000 exemplares Estatuto Editorial disponível em www.osetubalense.com


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