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Volta a Portugal hoje na região
Alcochete, Montijo, Palmela e Setúbal na rota da etapa que acaba na Avenida Luísa Todi p14
O SEU DIÁRIO DA REGIÃO QUINTA-FEIRA, 5 DE AGOSTO DE 2021 PREÇO 0,80€ | N.º 679 | ANO III | 5.ª SÉRIE
DIRECTOR FRANCISCO ALVES RITO PUBLICIDADE
Setúbal Festa do Teatro de 18 a 28 de Agosto p5
MOITA Município aprova projecto de construção da Quinta do Mião II de 700 mil euros p6 SINES Ramal do comboio até Repsol vai ser reabilitado p3
Bruno Coimbra diz que IL é alternativa em Almada p12 e 13
ALCÁCER Carlos Martins revela ADN do Festival de Jazz p2 PUBLICIDADE
2 O SETUBALENSE 5 de Agosto de 2021
Abertura
Moita distinguida de novo pelo IEFP com Marca Entidade Empregadora Inclusiva
CARLOS MARTINS REVELA ADN DO CERTAME
Festival Alcácer Jazz sublinha igualdade de género e encontro de culturas O director artístico explica como nasceu esta 1.ª edição do evento, que vai juntar nomes maiores da música no concelho alentejano António Ramos Alcácer do Sal vai ser a capital do jazz durante 10 dias. Entre esta sexta-feira, 6, e o próximo dia 15 vão ser vários
os espectáculos que vão dar corpo ao Festival Alcácer Jazz. Carlos Martins, 60 anos, presidente da Associação Sons da Lusofonia, é o director artístico do festival e explicou a O SETUBALENSE como nasceu o evento, que não descurou a igualdade de género. “O presidente da Câmara de Alcácer do Sal, Vítor Proença, ligou-me com o convite para a criação de um leque de espectáculos que se integrasse na cultura local. Obviamente que a ideia de um festival de jazz começou a fazer todo o sentido pela capacidade de ligar a riqueza do improviso a um leque mais vasto de áreas culturais”, revela.
FOTOLEGENDA
Carlos Martins desenhou um programa igualitário no número de mulheres e homens DR
“Cuqui” oferece à Câmara da Moita quadro que marca brinde de faena
DR
Homem do jazz, com prestigiada carreira como saxofonista (tem cerca de uma dezena de discos gravados) e participações em diversos projectos musicais, como o Quinteto Maria João, o também compositor para cinema desvendou uma das condições iniciais. Logo que a ideia do festival começou a germinar, para Carlos Martins a igualdade de género foi um ponto incontornável. E a percentagem de mulheres do jazz neste festival tinha de falar por si: “O cartaz teria de ter uma presença feminina de 50%, pelo menos como cantoras, ainda que, depois, estas surgissem com os músicos que de-
Joaquim Ribeiro “Cuqui”, professor na Escola de Toureio e Tauromaquia da Moita, ofereceu recentemente àquela Câmara Municipal, um quadro que assinala o “brinde” da faena por ele realizada, no passado dia 13 de Maio, aquando de uma corrida na Praça de Touros da Chamusca. A oferta daquele toureiro foi feita ao presidente do município moitense, Rui Garcia, no Salão Nobre dos Paços do Concelho.
sejassem, homens ou mulheres”. E efectivamente as participações de Maria João e o seu “Ogre Electric”, Beatriz Nunes e o seu Quinteto, e Marta Hugon são, a par do elenco masculino composto por Mário Laginha, o próprio Carlos Martins, e Salvador Sobral, de um nível elevado. Um nível sobre o qual Carlos Martins tem uma opinião muito pragmática: “Quando pensamos pequeno, tudo é pequeno, quando pensamos global, tudo é maior, tudo tem outra dimensão. E foi o que pensámos para este festival. Qualquer músico presente no Alcácer Jazz poderá estar em qualquer palco do Mundo. Com estes músicos grandes tínhamos de fazer um grande festival, o que, neste caso, é também uma chamada de atenção para o jazz e para a grandeza dos músicos e da música que se faz em Portugal e que no último ano e meio passou as passas do Algarve, sem apoios do Governo”.
Filarmónicas também presentes
Mas o Alcácer Jazz tem um objectivo mais vasto, que aponta para um encontro de várias culturas que se cruzam, apostando na diversidade e fomentando o confronto das diferentes linguagens artísticas. Além do
jazz, das filarmónicas, e de Adalberto Alves, um nome incontornável na cultura em geral e de Alcácer do Sal, em particular. “Adalberto Alves é um homem cultíssimo – a quem foi fácil chegar – e a sua presença nos Encontros de Música e Cultura Mediterrânica e de Jazz Contemporâneo, bem como o encontro da Matemática e Jazz, serão momentos de elevado nível cultural, assim como o será o envolvimento das filarmónicas Calceteira e Pazoa”, realça o director artístico do certame. Para o também professor de jazz, o evento será sem dúvida um acontecimento cultural que, além da mobilização da comunidade local, face ao cartaz de eventos, atrairá seguramente muito público até Alcácer do Sal. O cartaz desta 1.ª edição do Festival Alcácer de Jazz apresenta: Mário Laginha Trio (dia 6). Quinteto de Carlos Martins (dia 7), Marta Hugon (dia 8), Quinteto de Beatriz Nunes (dia 12), Maria João (dia 13) Salvador Sobral (dia 14) e o Trio Barradas – Toscano – Pereira e Jazz nas Filarmónicas (dia 15, a encerrar o festival). Os encontros de Música e Cultura Mediterrânica decorrem no dia 10 e Matemática e o Jazz no dia 11, ambos na Biblioteca Municipal local.
5 de Agosto de 2021 O SETUBALENSE 3 O município da Moita voltou a ser distinguido, este ano e pela segunda vez, com a Marca Entidade Empregadora Inclusiva, atribuída pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), em resultado do “trabalho realizado com vista à construção
de uma sociedade inclusiva”, contribuindo desta forma para a emancipação das pessoas portadoras de deficiência. A marca, concedida de dois em dois anos, segundo a autarquia, destina-se a “promover o reconhecimento e distinção pública de prácticas
de gestão abertas e inclusivas, desenvolvidas por entidades empregadoras, relativamente às pessoas com deficiência e incapacidade”. De acordo com a Câmara, a data da cerimónia de entrega deste galardão “será anunciada oportunamente”.
EXTRACTO
DR
SINES
Seis milhões para reabilitar ramal de acesso ao complexo da Repsol Intervenção vai permitir ligação à Rede Ferroviária Nacional, tanto para Espanha como para o Terminal XXI. Obra é para estar pronta em 2024 O ramal ferroviário de acesso ao complexo petroquímico da Repsol em Sines vai ser reabilitado, num investimento de cerca de seis milhões de euros, anunciou ontem as Infraestruturas de Portugal (IP). A realização da intervenção, que deverá estar concretizada até 2024, foi oficializada na manhã desta quarta-feira com a celebração de um protocolo entre a IP e a Repsol. Segundo informação divulgada pe-
la IP, está prevista a reabilitação do ramal de Sines e do ramal do complexo petroquímico, permitindo a ligação das instalações da Repsol à Rede Ferroviária Nacional, tanto para Espanha como para o Terminal XXI. Com um investimento estimado em seis milhões de euros, prevê-se a renovação integral da “superestrutura de via, num troço com cerca de sete quilómetros, a construção de uma nova concordância com cerca de um quilómetro e respectiva electrificação e a instalação de sistemas de sinalização electrónica e de telecomunicações”. “O investimento efectuado pela IP será totalmente amortizado pelo pagamento da taxa de uso associado aos comboios de e para as instalações da Repsol”, é referido na nota da IP. A realização da obra surge numa altura em que a Repsol irá proceder a uma ampliação da sua unidade industrial
em Sines, criando duas novas fábricas de polímeros, num investimento de cerca de 650 milhões de euros. Em causa está um projecto de Potencial Interesse Nacional (PIN), com a construção prevista para arrancar este ano e terminar em 2025. Segundo a IP, “com a construção destas duas novas unidades está previsto um aumento da produção destinada à exportação para mais do triplo do actual”, assumindo a ferrovia “um papel preponderante nesse transporte, estimando-se um tráfego de oito comboios por semana para Espanha e de quatro comboios por semana para o Terminal XXI do Porto de Sines”. Ainda de acordo com a IP, “o investimento em curso no Corredor Internacional Sul teve um papel muitíssimo relevante na decisão da Repsol, dado o peso das exportações para Espanha destas duas novas fábricas”. FAC / Lusa
__ Certifico narrativamente, para efeitos de publicação, que neste cartório, sito na R. Quinta da Cerca, Lt. 1, R/C Esq., Palmela, no livro de notas para escrituras diversas nº 33, de fls. 88 a fls. 90, se encontra exarada uma escritura de justificação, com data de hoje, em que foram intervenientes LUCIANO RODRIGUES NETO, NIF 158519825, natural da freguesia de Tresminas, concelho de Vila Pouca de Aguiar, e mulher, ANA PAULA GUERREIRO PAULINO NETO, NIF 188748725, natural da freguesia e concelho de Moita, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, residentes na R. do Transformador, Vivenda Neto, Lagoinha, Palmela, que declararam ser donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, dos seguintes imóveis, ambos compostos de terreno para construção, e sitos na Rua do Transformador, Mata Lobos, na freguesia de Quinta do Anjo, concelho de Palmela, não descritos na Conservatória do Registo Predial de Palmela, a saber: _______________________________________ __ a) PRÉDIO URBANO, com a área de 870,00 m2, que confronta do Norte com Luís da Silva Costa, do Sul com os próprios, do Nascente com Avelino da Silva e do Poente com Rua do Transformador, inscrito na matriz predial urbana em nome dos justificantes sob o artigo provisório P13026, sem valor patrimonial, a que atribuíram o valor de 5.000,00 EUROS, que os justificantes declararam ter origem no artigo 37, da freguesia de Palmela; e _________________________________________________ __ b) PRÉDIO URBANO, com a área de 1.740,80 m2, que confronta do Norte com os próprios, do Sul com António de Almeida Gargalo, do Nascente com Avelino da Silva e do Poente com Rua do Transformador, inscrito na matriz predial urbana em nome dos justificantes sob o artigo provisório P 13027, sem valor patrimonial, a que atribuiram o valor de 10.000,00 EUROS, que os justificantes declararam ter origem no artigo 38, da freguesia de Palmela. ____________________________________ __ Que os justificantes adquiriram a posse dos prédios urbanos objecto deste acto em data que não podem precisar, mas seguramente durante o 1990, por compra verbal que deles fizeram a Luís da Silva Costa e mulher Libertina da Silva Costa, desconhecendo os justificantes a sua morada completa e regime matrimonial de bens, sabendo apenas que eram residentes em Alhos Vedros, Moita, pelo que não ficaram a dispor de título formal que lhes permitisse o registo a seu favor na Conservatória do Registo Predial mas, desde logo, entraram na posse e fruição dos imóveis, agindo sempre por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, usufruindo como tal dos mesmos, nomeadamente vedando-os, limpandoos e impedindo a propagação de plantas bravias, retirando deles todas as suas utilidades, e suportando os respectivos encargos com despesas de conservação e limpeza dos terrenos. ____________________________ __ Que, não obstante as aturadas buscas, por motivos que desconhecem não existem ou, se existem, é-lhes desconhecido o paradeiro dos títulos ou documentos que, a existirem, revelam a forma como a posse daqueles imóveis foi adquirida pelos antepossuidores, quem lhes antecedeu na posse, e a sua exacta proveniência matricial. ______________________________ __ Que, em virtude do referido, os justificantes estão na posse dos identificados imóveis há mais de 20 anos, sem a menor oposição de quem quer que seja, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente, com ânimo de quem exerce direito próprio e com conhecimento de toda a gente, sendo por isso uma posse pública, pacifica, contínua, pelo que adquiriram os referidos prédios urbanos por usucapião que invocam, justificando assim o direito de propriedade, para efeitos de registo, dado que esta forma de aquisição originária, por natureza, não pode ser comprovada por quaisquer outros títulos, documentos ou meios extrajudiciais normais. _______________________________________ _ Está conforme o original, como se narra. ___________________________ _ Palmela, 23 de Julho de 2021. _________________________________
DIA 21 DE AGOSTO
Moita promove visita guiada ao Sítio das Salinas indicação do nome, número de participantes e contacto telefónico, colocando no campo do assunto “Visita Sítio das Marinhas”. Aquele Centro de interpretação Ambiental do município, é considerado “um local privilegiado para observação de flora e
avifauna do estuário do Tejo”, sendo de fácil acesso aos visitantes. As antigas salinas ali situadas, recorde-se, foram “reactivadas como projecto educativo e de sensibilização ambiental”, caracterizando a actividade económica desta área do município.
(Elisa Maria das Neves Saraiva)
Conta reg. sob o nº 144 Foi emitido recibo. 3051
A Câmara da Moita vai promover a 21 de Agosto, a partir das 09h30 até às 11h00, uma visita guiada gratuita ao Sítio das Marinhas, com inscrição obrigatória até ao próximo dia 19, através do endereço div.salubridade. ambiente@mail.cm-moite.pt, com
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Setúbal
NECESSÁRIO PASSAPORTE CÃOPANHEIRO
Alegro já permite entrada de patudos nas suas instalações Os patudos já podem acompanhar os seus donos em visita ao Alegro Setúbal, com o Centro Comercial a tornar-se oficialmente ‘dog friendly’. Em comunicado, a gestora da unidade explica que este passo permite que os amigos de quatro patas não tenham de continuar a “ficar sozinhos em casa ou no carro à espera”. No entanto, no primeiro acesso ao centro, os donos precisam de “fazer um registo inicial no Balcão de Apoio ao Cliente para obter o Passaporte Cãopanheiro Alegro, um documento que permitirá a entrada e permanência do animal”. Para o efeito, é necessário a população fazer-se acompanhar do respectivo “documento de identificação, do bole-
tim de vacinação do cão, do registo do microchip (caso o número não esteja evidenciado no boletim de vacinação), da licença municipal e do seguro de responsabilidade civil do animal”. “Para simplificar a circulação, donos e cães podem entrar em qualquer loja que tenha afixada uma placa «Bem-vindos Cãopanheiros». De qualquer modo, é obrigatória a consulta de todas as condições no regulamento”, refere a mesma nota. Já no exterior do Centro Comercial, junto à entrada da Porta do Rio, foi criado um “WC canino”, onde estão à disposição sacos e uma zona com areia, “para que eles [cães] se sintam parte da família Alegro”.
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DEBATES 2021 AUTÁRQUICAS Ciclo de debates em todos os municípios da Península de Setúbal e do Litoral Alentejano. Setembro de 2021, sempre às 11 horas. Dia 01 Montijo Dia 03 Setúbal Dia 06 Alcácer do Sal Dia 07 Grândola Dia 08 Santiago do Cacém Dia 09 Sines Dia 10 Odemira
Dia 13 Barreiro Dia 14 Sesimbra Dia 15 Moita Dia 16 Alcochete Dia 17 Seixal Dia 20 Palmela Dia 22 Almada
Acompanhe a transmissão em directo nas redes sociais d'O SETUBALENSE ou de um destes parceiros
ENGENHARIA BIOMÉDICA
Licenciados podem a partir de hoje inscrever-se no novo mestrado do Instituto Politécnico DR
Candidaturas permanecem abertas até 01 de Setembro. Formação tem disponíveis 25 vagas Maria Carolina Coelho Os licenciados que pretendam continuar os seus estudos na área da Engenharia Biomédica, podem a partir de hoje inscrever-se no novo curso de mestrado do Instituto Politécnico de Setúbal (IPS). A formação, recentemente aprovada pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES), resulta de “uma parceria entre duas das escolas superiores do IPS: Tecnologia de Setúbal e Saúde”, referiu a instituição em comunicado. As candidaturas permanecem abertas até 01 de Setembro, havendo disponíveis 25 vagas. “São potenciais candidatos” a frequentar o curso, que entrará em funcionamento no próximo ano lectivo, “todos os licenciados em Tecnologia ou Engenharia Biomédica, Engenharia Química e Biológica, Electrotécnica ou Mecânica, bem como os titulares de licenciatura nas
áreas da Saúde e Ciências Naturais”. O mestrado surge “em resposta às actuais necessidades e desafios do mercado na área da biomédica, e devidamente alinhado com os objectivos da Organização Mundial da Saúde (OMS)”, uma vez que “visa aprofundar e desenvolver novas competências que permitam a criação de soluções tecnológicas inovadoras na área da Saúde e Bem-Estar, seja ao nível da prevenção, diagnóstico ou tratamento”. Os graduados em Engenharia Biomédica vão, posteriormente, poder aplicar as competências adquiridas em “empresas, hospitais, laboratórios, fornecedores e centros de investigação que se dedicam ao desenvolvimento, projecto, fabrico e gestão de
dispositivos médicos”. “Além de um corpo docente altamente especializado”, a formação numa “das mais promissoras áreas de crescimento económico”, “aposta em metodologias de ensino activas, centradas no desenvolvimento de soluções para aplicações práticas”. “Com um perfil único e integrador das áreas de Biomecânica, Bioelectrónica e Informática para a Saúde, o plano de estudos contempla ainda a Unidade Curricular de Introdução ao Projecto em Biomédica, que permite a integração e aplicação dos conhecimentos adquiridos através de projectos realizados em colaboração com empresas na área da biomédica”, esclarece a mesma nota.
HOSPITAL DE SÃO BERNARDO
Urgência de obstetrícia encerrada durante a manhã por falta de médicos A urgência de obstetrícia do Hospital de São Bernardo, em Setúbal, permanece encerrada na manhã de hoje, situação que se prolonga há 24 horas, devido à falta de médicos desta especialidade, informou à Lusa fonte do centro hospitalar. “É uma questão pontual, por falta de recursos humanos”, indicou o gabinete de comunicação do Centro Hospitalar de Setúbal. Depois do en-
cerramento pelo período de 24 horas, a urgência de obstetrícia deverá voltar a funcionar normalmente “a partir das 09 horas” de hoje, referiu a mesma fonte. “O Centro Hospitalar de Setúbal e os hospitais da Península de Setúbal trabalham de forma articulada”, afirmou o gabinete de comunicação, explicando que as grávidas estão a ser encaminhadas para os outros dois
hospitais da região, designadamente o Hospital Garcia de Orta, em Almada, e o Centro Hospitalar Barreiro Montijo. No âmbito do encerramento do serviço, o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) recebeu a indicação de que as grávidas devem ser atendidas nos outros dois hospitais.
SSM / Lusa
5 de Agosto de 2021 O SETUBALENSE 5
Coreógrafo Vítor Hugo Pontes promove workshop de artes performativas durante cinco dias
Nas instalações de A Gráfica – Centro de Criação Artística, o coreógrafo Vítor Hugo Pontes vai conduzir durante cinco dias um workshop de artes performativas. A iniciativa, que tem início no dia 30 e termina a 4 de Setembro, decorre entre as 18 e as 21 horas, sendo
que o coreógrafo pretende levar “os participantes a experimentar processos de composição, que serão mais tarde desenvolvidos numa nova criação de dança, com estreia marcada para 2022”. As inscrições, abertas até dia 15, devem ser feitas para o e-mail
info.nomeproprio@gmail.com. A participação é gratuita, mas apenas são permitidos “maiores de 18 anos, preferencialmente residentes em Setúbal, com ou sem experiência em artes performativas, mas que tenham uma relação profunda com o corpo”.
DE 18 A 28 DE AGOSTO
Festa do Teatro está de regresso à cidade com mais de trinta espectáculos HELENA TOMÁS
Edição deste ano conta com 17 exibições na secção oficial e sete estreias
É um festival para todos os públicos e de várias estéticas José Maria Dias
Inês Antunes Malta A XXIII Festa do Teatro de Setúbal faz-se, de 18 a 28 de Agosto, com mais de trinta espectáculos, entre artes performativas, concertos, projecção de curtas-metragens, conversas sobre teatro e uma exposição de artes plásticas. São 17 os momentos que preenchem a secção oficial e sete são estreias. A edição deste ano do Festival Internacional de Teatro setubalense conta ainda com a participação de duas companhias estrangeiras, que actuam pela primeira vez no nosso país. De acordo com José Maria Dias, director do Teatro Estúdio Fontenova, que organiza o evento em parceria com a Câmara Municipal de Setúbal, esta será uma edição “na qual o público pode esperar espectáculos de qualidade, para todos os públicos e de várias estéticas, que é também uma das componentes do festival”. A festa abre no dia 18, pelas 18 horas, com apontamento musical de Sallim, no Convento de Jesus, seguido da apresentação de “A paz perpétua”, pelo Teatro Estúdio Fontenova, no auditório da Escola Secundária Sebastião da Gama (ESSG). A 19, pelas 19 horas, no ginásio da ESSG, é apresentado “Shaken and stirred”, numa produção da JÁ International Theatre. Às 21 horas, sobem ao palco do Fórum Luísa Todi o Teatro Estúdio Fontenova e a Companhia Mascarenhas-Martins, com a estreia de “MATA”. A peça é novamente exibida no dia seguinte, 20 de Agosto, à mesma hora e no mesmo local. Ainda a 20, às 19 horas, sobe ao auditório da ESSG a peça “Haverá”, da Companhia InsanaCena.
Evento traz a Setúbal artes performativas, concertos, curtas-metragens, conversas e exposições
No dia 21, “A Caminhada dos Elefantes”, para maiores de seis anos, pela Formiga Atómica, vai ao ginásio da ESSG às 11 e às 16 horas. Igualmente dirigido ao público infantil, “Anel das Fábulas” mostra-se em sessões contínuas de 20 minutos entre as 17 e as 20 horas, no Parque do Bonfim, repetindo-se no dia 22, no mesmo horário e local. Pelas 21 horas, em frente à Casa da Cultura, tem lugar um apontamento musical com Senza.
Das artes performativas às artes plásticas
No âmbito do projecto “Ir e Vir e Voltar (com livros)”, do Programa Municipal de Educação pela Arte e Ciências Experimentais, Ricardo
Guerreiro Campos apresenta, a 22, às 11 horas, no auditório da ESSG, “A Metade que Falta”. Às 19 horas, no ginásio da escola setubalense, A Lagarto Amarelo exibe “Mil Palavras por Dia”, enquanto às 21 horas, no Parque do Bonfim, o Teatro das Beiras mostra “Nosocómico”. No dia 23 de Agosto, às 18 horas, no Cinema Charlot, é a vez de a a brasileira Platô, vencedora, em 2019, da secção Off – Mais Festa, estrear o espectáculo “O Conselheiro da Favela”, em formato vídeo, uma vez que a companhia se encontra impossibilitada de se deslocar a Portugal. Depois, às 21 horas, a companhia espanhola Cia. Trotamundos traz “Historias de un Baú” à Praça de Bocage. No mesmo dia, debatem-
-se políticas culturais locais na Casa da Avenida, com encontro marcado para as 16h30. Na mesma tarde, o Cinema Charlot - Auditório Municipal projecta, em parceria com a Experimentáculo, as curtas-metragens “O Mar Já Não Para Aqui”, “Como Gado”, “Goa, A Piece of Peace”, “Gen. Y”, “Para Reminiscência” e “Não Procures Mais Além”. A 24, são apresentados os espectáculos “Conflito-Duelo-Rutura”, pelo Colectivo Breathe!, pelas 19 horas, no auditório da ESSG, “Eça agora!”, por Dinis Binnema, e “Simbiosis”, pela espanhola Alodeyá, no Parque do Bonfim, às 18 e às 21 horas, respectivamente. Catarina Teixeira e Michal Wilk trazem “Let me forget for a second
that I have never really needed you” à mesma instituição de ensino no dia 25, às 20h30 e depois às 22h10. No mesmo dia, é ainda apresentada a peça “A Curiosidade dos Anjos”, pela A Bruxa Teatro, às 21 horas. “Primeiro ensaio”, pelo Grupo Cru, “Sacro”, pela brasileira Amanda Gonsales, e “CZ/Ferdinand!”, por Lachende Bestien, acontecem a 26. “Desimpedido”, da The Actor’s Sofa, e “Noites Brancas”, pelo Teatro Art’Imagem, completam a programação de dia 27. Para dia 28 de Agosto, data de encerramento do festival, está marcado “Capuchinho”, para bebés, numa produção do Teatro Plage, às 11 horas, no auditório da ESSG, “Avós – Histórias Germinadas no Quintal”, da Monstro Colectivo, às 11 horas e às 17 horas, no Parque do Bonfim, “Intranquilidade”, Cia. Mefisteatro, às 18 horas, no ginásio da ESSG, e “Otus”, por Oliveira & Bachtler, às 20 horas, no Fórum Municipal Luísa Todi. Neste último dia, pelas 21h30, “Mr Fortez Trioplus” actua no pátio da ESSG. Durante todos os dias do certame, estará patente a exposição “O início do fim das possibilidades”, de Ana Isa Férias, João Bordeira, Madalena Salgueiro, Paula Moita e Ricardo Guerreiro Campos, no gradeamento da Escola Secundária Sebastião da Gama.
6 O SETUBALENSE 5 de Agosto de 2021
Moita
CENTRO DE RECOLHA OFICIAL DE ANIMAIS ERRANTES
Câmara Municipal aprova projecto de construção da Quinta do Mião II DR
Equipamento orçado em mais de 709 mil euros vai nascer no Pinhal do Forno Luís Geirinhas O município moitense aprovou recentemente, por unanimidade, o projecto de execução global e a primeira fase de construção do Centro de Recolha Oficial de Animais Errantes (CROAE), em terrenos municipais situados no Pinhal do Forno, que será futuramente apelidado de Quinta do Mião II – Moita. De acordo com a autarquia, o novo equipamento, orçado em mais de 709 mil euros, será constituído por três edifícios, o primeiro dos quais destinado a “funções administrativas”, sendo composto por um espaço para a recepção, o gabinete do médico veterinário, enfermaria e instalações sanitárias de apoio. O espaço ficará ainda apetrechado com um segundo e terceiro edifícios que “vão ter funções operacionais”. O segundo, adianta o município, irá
Futura Quinta do Mião II ficará localizada no Pinhal do Forno
acolher “a primeira bateria de 20 boxes para cães, com os respectivos playgrounds e dois gatis”, sendo que o terceiro contará “com mais 20 boxes [também] para cães, igualmente com os respectivos playgrounds, duas boxes para quarentena e duas
[...] de transição para animais recentemente capturados”. Naquele local existirão ainda zonas em telheiro para protecção [e] sombreamento dos animais em recreio ali instalados. Na última reunião pública de Câmara, onde foi aprovada esta proposta,
o presidente da autarquia, Rui Garcia, lembrou que o espaço intermunicipal existente no concelho vizinho do Barreiro, acabou “por se revelar insuficiente para as necessidades de ambos os municípios”, tendo a edilidade chegado à conclusão que a construção de um novo centro faria mais sentido na Moita, sendo inteiramente gerido pela Câmara. O autarca lembrou que, na altura, as duas edilidades acordaram que o município da Moita “iria desenvolver – o mais depressa possível –, o nosso projecto e proceder à sua implementação”, acrescentando que até ao momento em que a actual situação permanece “continuamos a funcionar [naquele centro] em acordo de repartição de encargos e de despesas”, explicou. “A partir do momento em que chegámos a este entendimento, iniciámos o desenvolvimento do processo para a construção [deste] projecto, mas o custo foi se avolumando”, salientou, dado que o futuro espaço “corrige algumas lacunas” existentes, aumentando deste modo “os custos”, disse. “Pensamos que o projecto está muito bem conseguido, procura suprir algumas questões que foram
verificadas [na Quinta do Mião] e que a Câmara Municipal cumpre a sua função e as suas obrigações [neste sentido]”, afirmou o presidente. Recorde-se que em Abril do ano passado, o autarca moitense anunciou, também em reunião do executivo, o fim da associação com a Câmara do Barreiro, que tinha como missão a captura, recolha e alojamento de animais errantes e a gestão e a exploração da Quinta do Mião, situada na Quinta das Rebelas, na freguesia de Santo André, junto ao Mercado Abastecedor. A constituição da associação, refira-se, aconteceu em 2016, altura em que foi criado aquele equipamento, constituindo “um grande avanço nas condições em que os dois municípios exerciam as suas competências nesta matéria”. No decorrer da reunião, foi igualmente aprovada, por maioria, a recomendação “Implementação do Regulamento Municipal sobre Apascentamento de Animais e sua Permanência e Trânsito em Espaço Público no Município da Moita”. O próximo encontro público da vereação moitense está agora marcado para o próximo dia 25, nas instalações da Biblioteca Municipal Bento de Jesus Caraça.
SOCIEDADE UNIÃO ALENTEJANA
Livro “Tratado do Cante” apresentado na Baixa da Banheira O exterior da Sociedade Recreativa e Cultural União Alentejana, na vila da Baixa da Banheira, foi palco do lançamento do livro “Tratado do Cante (Contributo)”, de autoria de José Francisco Pereira e Maria Eduarda Rosa. A apresentação decorreu no passado sábado Inserida no projecto municipal “O Cante Também é Nosso”, a publicação reúne o maior número possível de informação sobre esta forma de cantar, contribuindo para a sua perenidade, e servindo de consulta aos interessados por esta temática, onde podem se encontrar alguns testemunhos de mestres, cantadores e cantadoras.
Presente na sessão de apresentação esteve o presidente da Câmara da Moita, Rui Garcia, que explicou aos presentes a razão pela qual a autarquia decidiu envolver-se neste projecto. “O slogan ‘O Cante Também é Nosso’ exprime muito daquilo que é a vida, sobretudo na freguesia da Baixa da Banheira”, assegurou. Para o autarca, aquela vila, “não estando [situada] no Alentejo, também é um pedaço [desta região], já que foram muitos os alentejanos que aqui se instalaram ao longo de décadas, desde meados do século passado […], e com eles veio a sua cultura, vieram as suas raízes e os
DR
Na apresentação da obra esteve o Grupo Coral Alentejano O Sobreiro
seus valores, que permanecem até hoje”, acrescentou. Na perspectiva do edil, o mais notável “é que estas pessoas mantêm as ligações [à sua terra], a esta cultura, a esta identidade, e isso fez com que a Baixa da Banheira, com todas estas misturas que foram acontecendo, tenha hoje no seu código genético muito dessa ligação”, realçou. “Sentimos que o cante também é nosso, porque o cante está presente nas ruas da Baixa da Banheira, sentimos que o cante também é nosso com o orgulho e com a satisfação que tivemos quando foi considerado Património Imaterial da Humanidade
pela UNESCO e sentimos que o cante também é nosso em todas estas iniciativas que vamos promovendo”, assinalou Rui Garcia. O autarca frisou ainda que este encontro significou o nascimento de uma colaboração e o privilégio de colaborar na divulgação daquilo que é uma investigação colossal a que José Francisco Pereira tem se dedicado ao longo de muitos anos. “A grande dimensão do livro corresponde à extraordinária dimensão do trabalho que está por trás” desta obra, que pretende “preservar, divulgar e garantir que há futuro para o cante alentejano”. L.G.
5 de Agosto de 2021 O SETUBALENSE 7
Obras vão ser iniciadas na Rua de Angola no âmbito do Plano de Repavimentações
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Estão prestes a serem “iniciadas as obras de substituição de condutas de águas, rebaixamento e asfaltamento” da Rua de Angola, situada na zona norte da freguesia da Baixa da Banheira. De acordo com o executivo da Junta, liderado pelo presidente Nuno Cavaco, esta interveção resulta do
“programa de asfaltamentos que está em curso e que abrangerá cerca de 40 arruamentos”, um pouco por todo o concelho, no âmbito da empreitada lançada pela Câmara da Moita. A referida União de Freguesias lamenta “os incómodos [causados]” e solicita a colaboração da população.
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BREVES BAIXA DA BANHEIRA
Atribuído apoio de 11 mil euros à Associação BB Blues Portugal DR
HACETS pretende retomar actividades em Outubro, caso a situação pandémica o permita
COVID-19 CONDICIONA ACTIVIDADES
Histórico Automóvel Clube espera que eventos possam regressar no próximo mês de Outubro Até ao final do mês de Setembro, direcção optou por não realizar quaisquer iniciativas Luís Geirinhas O Histórico Automóvel Clube do Entre Tejo e Sado (HACETS) voltou a fazer um ponto da situação no início deste mês, relativamente aos efeitos causados pela actual situação pandémica nas actividades promovidas, habitualmente, no Pavilhão de Exposições da Moita, espaço municipal que continua a servir de local de vacinação para a população do concelho. Dada a impossibilidade de o clube voltar a realizar eventos e regressar à sua actividade normal, no período compreendido até ao final do mês de Setembro, os responsáveis afirmam em comunicado que “as restrições ainda colocadas em prática
pelo Governo e pelas autoridades de saúde [...], são em nossa opinião, severas demais para a situação actual da pandemia”. Por este motivo, consideram que “a burocracia envolvida na obtenção de autorização para a realização de eventos de exterior, como por exemplo, o encontro Clássicos na Moita”, levou a que a actual direcção tenha optado pela não realização de iniciativas até ao final do próximo mês. Contudo, “existe uma esperança para Outubro”, destacam em comunicação aos sócios. “Agosto seria o mês em que nós prevíamos regressar à nossa actividade normal”, todavia, o processo de vacinação em curso ainda “não permite o retorno das actividades”, sublinham. Na opinião da direcção, a vacinação “está a ter um efeito positivo no combate a esta pandemia” e, crendo nas palavras do primeiro-ministro, Portugal “deverá atingir no final do Verão a imunidade de grupo”, situação que contribuirá
“para a confiança e libertação total da sociedade”, lembram, recordando as palavras do governante. O HACETS acredita assim que as restrições e pedidos de autorização para a realização de eventos de exterior “sejam levantados no final do Verão e que possamos organizar os nossos encontros sem quaisquer limitações”. Se isso acontecer, o clube adianta que “voltaremos a ter actividades no terceiro domingo de Outubro, mais precisamente dia 17”, apontam. O almejado regresso será ou não confirmado no início do último trimestre deste ano, através de um novo comunicado. No que diz respeito ao atendimento a associados e público em geral, a sede do HACETS vai “manter-se fechada pelo menos até 30 de Setembro [...], não estando posto de lado assim continuar depois dessa data, mesmo que os eventos retornem”, informam, salientando que todo o atendimento será assegurado pela internet ou via contacto telefónico.
A autarquia moitense aprovou recentemente, por unanimidade, a celebração do protocolo de colaboração entre esta Câmara, a União de Freguesias da Baixa da Banheira e do Vale da Amoreira e a Associação BB Blues Portugal, com vista à realização do projecto de Blues – o BB Blues Fest e as Blues Nights by BBBF –, nas instalações do Fórum Cultural José Manuel Figueiredo. Neste âmbito, a edilidade atribuiu à
associação um apoio financeiro no montante de 11 mil euros, para comparticipação nas despesas inerentes à realização de todos os projectos e iniciativas integradas naquele festival, incluindo as Blues Nights by BBBF. Recorde-se que o BB Blues Fest é um acontecimento cultural, promovido desde 2012, que “tem projectado o concelho [a] nível regional” e dinamizado o comércio local.
GAIO-ROSÁRIO
Junta investe em segurança da circulação pedonal A União de Freguesias do Gaio-Rosário e Sarilhos Pequenos, encontra-se presentemente a desenvolver trabalhos em ambas as localidades, para a reparação de calçadas destas zonas do concelho da Moita. De acordo com aquele executivo, esta é “uma tarefa que é executada durante todo o ano” e que tem como principal objectivo “a requalificação do espaço público”. A intervenção,
adianta a mesma autarquia, pretende deste modo “aumentar a segurança da circulação pedonal”. DR
ASSOCIATIVISMO
Câmara atribui novos apoios a instituições sociais A Câmara da Moita aprovou por unanimidade, na última reunião do executivo, a celebração de um contrato-programa de desenvolvimento social, cultural e desportivo com a Sociedade Filarmónica Estrela Moitense, num valor que ascende a 719 euros. Na altura, a autarquia viabilizou também a celebração de um contrato-programa de desenvolvimento social com a
Fundação Santa Rafaela Maria e o Centro de Reformados e Idosos do Vale da Amoreira, no valor global de mil euros. A edilidade afirma reconhecer “a importância do movimento associativo e das instituições sociais como impulsionadores da participação democrática e da dinamização cultural, desportiva e social”, reconhecendo-as como parceiras.
8 O SETUBALENSE 5 de Agosto de 2021
Moita ANIMAÇÃO DE VERÃO NOS ESPAÇOS PÚBLICOS
Cultura em Movimento prossegue este mês no Rosário, Sarilhos Pequenos e termina no parque da Moita FOTOS_DR
Agosto fica marcado por conjunto de seis iniciativas ao ar livre naquele concelho Luís Geirinhas O programa “Cultura em Movimento” continua a animar neste mês os espaços públicos do concelho da Moita, com teatro, a apresentação de um livro e muita música, numa iniciativa do município que pretende proporcionar “diversas actividades ao ar livre” à população, ocupando parques e jardins, praças e ruas de diversas freguesias, cumprindo sempre todas as normas da Direcção-Geral da Saúde para o sector da cultura, no âmbito da actual situação pandémica. De acordo com a programação divulgada pela autarquia e depois de um leque de eventos realizados em Julho, a animação prossegue no próximo domingo, pelas 19h00, com o espectáculo multidisciplinar itinerante “Amores na Clandestinidade”, pelo Hotel Europa. A peça de teatro documental “investiga as relações amorosas que nasceram no seio da luta antifascista em Portugal”, fazendo uma análise em torno da forma como as relações foram capazes de sobreviver à perseguição do Estado Novo e que, em simultâneo, “estiveram na base da sustentabilidade dessa mesma luta política”. Na verdade, nessa altura, foram muitos os casais que conseguiram ter filhos e manter a sua vida familiar, enquanto participavam em acções contra o poder instalado, perseguições da PIDE, sendo informadores, entre outros. Paralelamente, “Amores na Clandestinidade” investiga as falsas relações amorosas criadas “para manter as aparências de pessoas que secretamente lutavam contra o fascismo em Portugal”. Criado por André Amálio e Tereza Havlíckŏvá, este espectáculo contou também com a criação musical de Pedro Salvador e Joana Guerra, numa co-produção de Patrícia Cuan, da companhia ‘O Espaço do
à espreita em cada esquina” e onde o trancar de portas e janelas de casa é fundamental, para que possa se sentir mais confortável e pronto a mergulhar num mundo “onde os pesadelos não são um sonho, mas sim uma realidade”.
Quatro espectáculos musicais em três freguesias do concelho
Banda Musical do Rosário apresenta concerto dia 21 naquela freguesia
Animação prossegue domingo, às 19h00, com espectáculo multidisciplinar, "Amores na Clandestinidade"
Tempo’ e da EGEAC.
“Pesadelos Despertos” chega a Alhos Vedros
Entretanto, no próximo dia 22, pelas 18h30, o exterior da Biblioteca Municipal de Alhos Vedros acolhe a apresentação da obra literária “Pesadelos
Secretos”, escrita por Rúben Martins. Neste livro, o autor mostra-nos cinco histórias que desafiam a razão, o medo e o receio de ser humano. “A curiosidade, o lado negro de cada um, a sensação de isolamento, seres sombrios e mitológicos que se cruzam connosco e nos fazem viver
os pesadelos” é o ponto de partida de uma publicação que conduz os leitores a “locais assombrados” e “há muito esquecidos”, que guardam histórias nunca antes contadas. Nas suas páginas, pode ficar a conhecer os segredos de TwinFalls, uma cidade “onde o mal prevalece
O programa municipal “Cultura em Movimento” contempla ainda em Agosto, um conjunto de quatro espectáculos musicais em três freguesias distintas do território. Dia 14, pelas 18h30, a praia fluvial do Rosário recebe o evento “Juventude à Mostra”, iniciativa inserida na programação Mural 18, onde o município moitense opta novamente por dar destaque aos artistas locais Primo e Mugsy LTMS. A animação continua na mesma freguesia a 21 de Agosto, no Coreto do Rosário, às 21h00, com uma apresentação da Banda Musical do Rosário, considerada a banda filarmónica desta comunidade com mais anos de experiência. Em Sarilhos Pequenos, dia 28, às 18h30, é a vez do “Juventude à Mostra” levar ao parque de merendas daquela localidade, os artistas locais Dudah e Mancallas. A programação chega ao fim no dia 29, pelas 19h00, no Parque Municipal da Moita, junto ao novo parque infantil, com uma actuação do Club Makumba, um dos mais recentes projectos musicais da cena cultural actual e que teve origem na parceria criada por Tó Trips (com os Dead Combo, Lulu Blind, entre outros) e João Doce (Wraygunn), aos quais se juntam Gonçalo Razeres e Gonçalo Leonardo. Refira-se que o agrupamento é “um exercício livre, espontâneo, experimental e tribalista”, sendo que o primeiro disco da banda abriu as portas para uma viagem pelas sonoridades do Mediterrâneo e de uma África “imaginada”, para uma música “sem preconceitos e sem fronteiras”. Os interessados em participar nas actividades do “Cultura em Movimento” devem contactar a organização (964 750 165), entre segunda e sexta-feira, das 09h00 às 12h30 e entre as 14h00 e as 17h30, efectuando a sua marcação, no máximo de cinco reservas por pessoa.
5 de Agosto de 2021 O SETUBALENSE 9
Este breve apontamento revela a dimensão da intervenção do PCP
Paula Santos
Uma intervenção em defesa dos direitos dos trabalhadores e das populações e do desenvolvimento da região
T
erminados os trabalhos nesta sessão legislativa na Assembleia da República, é tempo de balanço e de prestar contas pelo trabalho realizado pelos Deputados Comunistas eleitos pelo círculo eleitoral de Setúbal. Destaque para a aprovação por unanimidade do Projeto de Resolução proposto pelo PCP que recomenda ao Governo a reconstituição da NUTS 3 Península de Setúbal; a preparação da revisão mais ampla dos instrumentos estatísticos para informação regional, considerando um novo desenho de NUTS 2; e a adoção de medidas que assegurem a não diminuição do financiamento a toda a AML e propiciem recursos acrescentados, que compensem a Península de Setúbal através de todos instrumentos de financiamento disponíveis, designadamente do Programa de Recuperação e Resiliência,
e de outras eventuais operações integradas. Foram igualmente aprovados diversos projetos de resolução da iniciativa do PCP, designadamente, a valorização e dignificação das condições de marisqueio no Estuário do Tejo; a requalificação e reabertura do serviço regional e inter-regional de transporte ferroviário no Alentejo Litoral e Distrito de Setúbal; a requalificação da Escola Básica de 2.º e 3.º ciclos da Trafaria; a urgente construção da Escola Secundária na Quinta do Conde e a ampliação e requalificação da Escola Básica e Secundária Michel Giacometti e a requalificação do Centro Hospitalar de Setúbal. Apresentámos também projetos de resolução que recomendam a construção de um novo Centro de Saúde na Quinta do Conde e a ampliação e requalificação do Hospital Garcia de Orta.
OPINIÃO Paula Santos
No âmbito do Orçamento do Estado para 2021 foram aprovadas as propostas para a ampliação do Centro Hospitalar de Setúbal, com a construção de um novo edifício no Hospital de São Bernardo; a construção do Porto de Pesca da Trafaria e o reforço do investimento no Programa de Apoio à Redução Tarifária. Interviemos sobre problemas concretos da região, em especial: na denúncia dos abusos e o desrespeito pelos direitos dos trabalhadores, na defesa dos postos de trabalho e pela valorização dos trabalhadores e o reforço dos seus direitos; no reforço de contratação no Arsenal do Alfeite; na defesa dos investimentos na Península de Setúbal, em espacial a terceira travessia do Tejo; na melhoria dos transportes públicos; a situação dos pescadores na margem sul; no reforço do investimento na saúde, nomeadamente a construção do Hospital no Seixal, a
construção de novos centros de saúde e a contratação dos trabalhadores em falta; no reforço do investimento na requalificação das escolas, a construção de pavilhões gimnodesportivos e a contratação dos trabalhadores em falta; na resolução das carências habitacionais em Vale de Chícharos no Seixal e na proteção das habitações dos moradores da Cooperativa de Habitação e Construção Económica Bairro dos Trabalhadores, em Azeitão, no reforço do investimento nas forças de segurança e na salvaguarda do ambiente e das áreas protegidas. Apesar de sintético, este breve apontamento revela a dimensão da intervenção do PCP na defesa dos direitos dos trabalhadores e das populações e do desenvolvimento da Península de Setúbal. Deputada do PCP
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10 O SETUBALENSE 5 de Agosto de 2021
Almada
Debate das autárquicas promovido por O Setubalense em Almada é a 22 de Setembro
O ciclo de 14 debates promovido por O SETUBALENSE relativo às autárquicas de 26 de Setembro, em todos os municípios da Península de Setúbal e Litoral Alentejano, vai decorrer em Almada a 22 de Setembro, sendo o último.
A 2 DE SETEMBRO
SEGUNDA-FEIRA
Primeira edição da Volta a Portugal Feminina vai partir de Cacilhas e chegar a Setúbal
Fonte da Telha recebe Exercício PRAIALM’21 para testar praia protegida DR
Câmara de Almada aprovou 7,5 mil euros como apoio a esta competição que Inês de Medeiros fiz que já devia existir há muito Humberto Lameiras A primeira etapa da 1.ª Volta a Portugal Feminina vai começar em Almada, com partida simbólica em Cacilhas e oficial junto aos antigos estaleiros da Lisnave. Está marcada para 2 de Setembro, e vai percorrer todo o País até 5 de Setembro. A versão feminina da Volta no seu primeiro percurso repete o percurso feito em 1927, na primeira etapa da Volta a Portugal, com os ciclistas a pedalarem entre Almada e Setúbal. Com a 82.ª Volta a Portugal, já na estrada, e a terminar a primeira etapa hoje na Avenida Luísa Todi, na cidade de Setúbal, a presidente da Câmara de Almada, Inês de Medeiros aponta com alguma ironia: “Veja-se quanto tempo demorou até termos uma Volta a Portugal Feminina”. A autarca comentava durante a reunião pública do executivo de 2 de Agosto, onde foi aprovada a verba de 7 mil e 500 euros da Câmara de Almada à primeira Volta a Portugal Feminina. Esta verba foi incluída na proposta de celebração do contrato programa de desenvolvimento desportivo, e adveio do objectivo apresentado pela União Velocipédica Portuguesa – Federação Portuguesa de Ciclismo de reproduzir, no feminino, o primeiro trajecto da Volta a Portugal. “Fico muito contente que a 1.ª etapa da Volta a Portugal Feminina seja entre Almada e Setúbal. Só não percebo o motivo desta [competição desportiva] ainda não existir”, acrescentou Inês de Medeiros que expressou ainda acreditar que “esta Volta, a partir de agora, continue a
A prova feminina vai estar nas estradas do País de 2 de a 5 de Setembro
existir”. Na conta do Facebook, a Câmara de Almada escreveu que “este será o primeiro passo para um novo ciclo no ciclismo no geral e na Volta a Portugal no particular”.
História da 1.ª etapa da Volta a Portugal
Em 1927, o Diário de Notícias (DN) escrevia que os ciclistas chegaram de barco a Cacilhas para daí partirem para a 1.ª etapa da 1.ª Volta a Portugal, para pedalarem durante 20 dias. “Após responderem à chamada, todos os participantes levaram os seus ‘bidons de folha’ com água ou... cerveja, que seguiam amarrados ao guiador da bicicleta. Cumpridas todas as formalidades burocráticas, os participantes receberam abraços dos amigos e lá foram rumo ao Cais do Sodré, com a ajuda da polícia que, a custo, conseguiu abrir caminho aos ciclistas, pois as pessoas fizeram questão de acompanhar a pé aqueles pioneiros das bicicletas, que eram aclamados durante o caminho até ao cais, onde apanhariam o barco para Cacilhas, local da partida para a pri-
O objectivo é todos os cabeçasde-lista apresentarem as suas propostas para o concelho a que se candidatam. O calendário de debates começa a 1 de Setembro, sempre às 11h00, no Montijo. (Ver página 4)
meira etapa. Na margem sul do Tejo, mais um banho de multidão...”, descrevia aquele jornal na época. Contava ainda o DN que “a largada foi qualquer coisa de impressionante" devido à multidão que se juntou em Cacilhas para assistir àquele momento histórico. Atrás dos ciclistas e da mota do director da prova, formou-se um cortejo de automóveis. A meta estava marcada em Setúbal, a 40,4 quilómetros de Cacilhas, e foi cortada pelo primeiro ciclista às 17h40, que era esperado por uma multidão. Quirino de Oliveira, com as cores do Campo de Ourique, foi o primeiro vencedor da Volta, tendo gasto uma hora e 24 minutos; e envergou a Camisola Amarela. Conta-se que à noite, o Vitória de Setúbal ofereceu um banquete aos ciclistas e à comitiva da Volta, que se prolongou pela noite com vários discursos das entidades oficiais. Mas na manhã seguinte, logo às 8h00, os primeiros heróis da Volta a Portugal estavam prontos a partir para a segunda etapa, que terminou em Sines.
O cenário é uma embarcação de pesca e simulação de vítimas na água A Fonte da Telha recebe na próxima segunda-feira, 9 de Agosto, a partir das 19h30, o Exercício PRAIALM’21. Uma iniciativa da Câmara de Almada para testar o dispositivo integrado no Programa Praia Protegida, que será ‘jogado’ em modo LIVEX (Live Exercises) à escala real com meios no terreno. Desvenda a autarquia que o cenário escolhido é o naufrágio de uma embarcação de pesca, perto da orla costeira, frente à Fonte da Telha, em que serão colocados na água três manequins a simular vítimas. Os objectivos do PRAIALM’21 passam por “testar e praticar os procedimentos associados ao planeamento de um exercício de pequena complexidade”, explica a autarquia através de comunicado, onde acrescenta que este exercício pretende ainda “exercitar procedimentos estratégicos, tácticos e de manobra em ambiente de salvamento marítimo”, do mesmo modo visa “retirar ensinamentos deste exercício que servirão como contributos para a futura revi-
são do Programa Praia Protegida”. O Exercício PRAIALM’21 é planeado e organizado pela Câmara de Almada, através do Serviço Municipal de Protecção Civil (SMPC), em articulação com a Autoridade Marítima Local / Capitania do Porto de Lisboa, envolvendo também as entidades parceiras do Programa Praia Protegida. Ou seja, a corporação de Bombeiros de Cacilhas e a da Trafaria, a Âncora – Associação de Nadadores Salvadores da Fonte da Telha, e meios da Polícia Marítima e do Instituto de Socorros a Náufragos. O Programa Praia Protegida foi criado pela autarquia almadense em 2018. Numa primeira fase “pretendeu apoiar a época balnear, através da assistência a banhistas, nas áreas de banhos sem concessionário. Nos anos seguintes evoluiu garantindo um dispositivo mínimo de assistência na pré e pós época balnear. Em 2021, foi alargado a todo o ano”, lembra o mesmo comunicado. O Programa Praia Protegida é um dispositivo operacional que integra meios de dois corpos de bombeiros e quatro associações de nadadores-salvadores. É coordenado operacionalmente pela Autoridade Marítima Local, estando interligado ao Programa Praia Protegida da Autoridade Marítima Nacional.
H.L.
DR
O Programa Praia Protegida foi criado pela autarquia almadense em 2018
5 de Agosto de 2021 O SETUBALENSE 11 PUBLICIDADE
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Cartório Notarial de Setúbal Notária Maria Teresa Oliveira
Sito na Avenida 22 de Dezembro nº 21-D em Setúbal Certifico, para efeitos de publicação que no dia três de agosto de dois mil e vinte e um, neste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, a folhas 104 do livro 399 - A, de escrituras diversas, na qual: -------------------------João José Cardoso Caleira, divorciado, natural da freguesia e concelho de Palmela, residente na Rua Gago Coutinho e Sacadura Cabral, número 66, Palmela, contribuinte número 137233639. --------------------------------Justificou a posse, invocando a usucapião, do seguinte imóvel: ---------------------------------------------------------Prédio Urbano, composto de rés-do-chão e primeiro andar, para habitação, com a área coberta de dezoito metros quadrados, sito na Rua General Amilcar Mota, números 52-54, freguesia e concelho de Palmela, ainda por descrever na Conservatória do Registo Predial de Palmela, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 1325. ----------Está conforme. ------------------------------------------------Cartório Notarial sito na Avenida 22 de Dezembro número 21-D em Setúbal, 03 de Agosto de 2021. A Notaria, Conta registada sob o número 1972.
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Entrevista BRUNO COIMBRA CANDIDATO A ALMADA
“Somos alternativa e queremos liderar a oposição” O candidato da Iniciativa Liberal afirma assumir compromissos com Almada. Quer baixar o IMI, dar mais oportunidades na educação, atrair mais empresas para o concelho e resolver a habitação pública
Humberto Lameiras (Texto) Junior De Vecchi (Fotografia)
Nascido e criado em Almada há 45 anos, professor do ensino público numa das escolas da Costa de Caparica, Bruno Coimbra afirmase como independente. Aceitou o convite da Iniciativa Liberal para ser candidato à presidência da Câmara de Almada porque se revê no projecto inovador do partido. Reconhece que Almada é um território político difícil para as sua ideias. A sua convicção é que o liberalismo é a chave para libertar Almada para seguir no caminho do desenvolvimento social e económico. Afirma ter ideias para ‘dar’ mais dinheiro à população, estratégia para atrair mais empresas para o concelho, acabar com os bairros de lata e reformular a política de habitação pública. Qualifica o actual mandato PS/PSD como “três anos e meio de inacção e seis meses de asfaltação”. Porque aceitou ser candidato à presidência da Câmara de Almada? Aceitei porque não me revejo nesta Almada que me viu nascer. Ao contrário de outros candidatos que apregoam que escolheram Almada, eu digo que Almada me escolheu; Almada está escolhida à partida. Foi-me apresentado um projecto inovador para o concelho, feito para e com as pessoas, e aceitei porque através de ideias liberais é capaz de promover Almada através de três eixos: Oportunidades para todos, Governação eficiente e
Desenvolvimento sustentável. Este é um programa exequível. Não faço promessas, assumo compromissos. Não é filiado na Iniciativa Liberal. Qual o motivo que o faz manter-se independente? Nunca fui filiado num partido, mas esta não é a minha primeira experiência autárquica. Em 2013 – trabalho na Costa da Caparica – com um conjunto de colegas considerámos que a Costa de Caparica estava estagnada e precisava de uma lufada de ar fresco - um dos problemas actuais é que as
Uma das bandeiras que o liberalismo preconiza é que as pessoas tenham mais dinheiro para o poderem injectar na economia
pessoas estão alheadas da política -, então com um esforço hercúleo, como independentes, criámos um movimento de cidadania pela Costa, e o fruto foi fantástico; encabecei a lista e fui eleito. Aceitei este projecto da Iniciativa Liberal, como independente, porque o meu percurso agora é idêntico ao de 2013. Estou com um partido em que posso exprimir as minhas opiniões e fazer opções. Claro que existe uma matriz ideológica, mas é tão abrangente que conseguimos cumprir os desígnios pelos quais nos estamos a candidatar: para os almadenses e pelos almadenses. Como vê o posicionamento da Iniciativa Liberal num concelho com ADN de esquerda? Este é um território muito difícil. Esteve dentro da governação CDU e, agora, neste último mandato, do PS/PSD. Com o nosso programa conseguimos ser diferentes. Ouvemse muitas promessas como: vamos fazer o que não foi feito; mas não foi feito porquê? O actual elenco governativo municipal não pode andar a culpabilizar o anterior; o que temos é três anos e meio de inacção e seis meses de asfaltação. Em que sustenta a sua afirmação, e do partido, de que o liberalismo pode fazer a diferença em Almada e trazer melhor qualidade de vida aos almadenses? Uma das grandes bandeiras que o liberalismo preconiza para Almada, e também a nível nacional, é que as pessoas tenham mais dinheiro para o poderem injectar na economia. Almada tem uma taxa tributária bastante elevada, reporto-me especificamente ao Imposto Municipal Sobre Imóveis [IMI],
estamos com 0,36% de taxa mesmo assim menos do que no concelho de Setúbal com o IMI a 0,43%, e temos uma candidata a Almada que vem da presidência da Câmara de Setúbal [Maria das Dores Meira] -, queremos devolver algum desse dinheiro aos munícipes do concelho. Poderão dizer que reduzir para a taxa mínima, 0,30%, é manifestamente pouco, mas temos outras ideias para fazer com que as pessoas tenham mais dinheiro no final do mês. A liberdade de escolha que o liberalismo promove passa por situações como esta. É a única resposta às famílias? O liberalismo defende também a liberdade de escolha; não podemos estar aprisionados a certos critérios, caso da educação: não podemos ficar agarrados a critérios arbitrários e demagógicos como o de ter de inscrever os filhos na escola da área de residência. Porquê não se ter o direito de escolher a escola pública que se quer para os filhos? Por exemplo: temos uma proposta que é a criação do cheque creche. Almada tem uma deficiência gigantesca ao nível de salas de creche e pré-escolar. De acordo com os dados provisórios do Instituto Nacional de Estatística, a Charneca de Caparica e a Cosa de Caparica têm vindo a crescer muito em população,
mas as pessoas não têm onde pôr as crianças. Por outro lado, numa creche privada o custo por aluno pode ascender a cerca de 300 euros. A nossa ideia é fazer contratos programa – parcerias – e criar o cheque creche com o qual as pessoas podem escolher onde colocar as suas crianças. É uma proposta exequível, que passa apenas por gerir prioridades. A Iniciativa Liberal tem cartazes onde afirma: “Menos impostos melhores salários”. Parece ser uma colagem à esquerda. Temos uma esquerda que suportou a gerigonça no Governo central, vejase se isso teve reflexo na carteira das pessoas; será que têm mais dinheiro? O facto é que as taxas municipais são uma das receitas para que as autarquias possam investir mais na qualificação do território. A nossa ideia para as famílias de Almada é baixar o IMI para a taxa mínima, e para as empresas congelar a derrama, pelo menos durante quatro anos, em função dos lucros de cada uma. Esta é uma boa medida para atrair empresas, famílias e jovens a fixarem-se no concelho, e assim torná-lo mais próspero. Com isso a Câmara Municipal vai ter retorno de impostos, o que lhe vai permitir investir em melhores estradas, abrir mais salas de creches e
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Não podemos ficar agarrados a critérios arbitrários e demagógicos como o de ter de inscrever os filhos na escola da área de residência
pré-escolar. Estamos disponíveis para fazer tudo o que for possível para devolver qualidade de vida às pessoas, basta definir prioridades. Com a baixa do IMI é preciso compensar como, por exemplo, acabar com os gastos supérfluos, caso do que é feito com a publicidade sobre os serviços da Câmara; isto acontece com o actual executivo [socialista] e já acontecia com o anterior [comunista]. Além do congelamento da derrama, que outros apoios consideram proporcionar às empresas para que consigam alavancar a sua estrutura? Temos também a celebração de contratos programa em que vamos convidar empresas a fixarem-se em Almada; casos como dinamizar o parque tecnológico Madan, que não está bem aproveitado. É preciso fazer a diferença. É ainda preciso dizer a Lisboa que não está sozinha neste percurso. Existe apenas um rio que nos separa, temos de dizer às empresas que há condições em Almada tão boas, ou melhores, das que existem em Lisboa para se fixarem. O vosso slogan de campanha é Mudar Almada. O que elege como primeira linha do que é preciso mudar? É preciso resolver um problema
que se está a agigantar no concelho: os bairros de lata. Há o caso do II Torrão, [freguesia da Trafaria], que conheço sobejamente bem, - já dei aulas a algumas daquelas pessoas –, sou professor há 25 anos. É um dos maiores bairros de lata da Europa. São pessoas que têm direito a ter uma vida digna. Diz-se que quem tem de resolver o problema é o Estado, de facto é, mas Câmara Municipal ao ter um problema como este no seu território não pode fazer como diz a música do almadense Carlão: “Assobia para o lado”. Não podemos assobiar para o lado, temos de ter uma estratégia para resolver aquele problema. O primeiro passo é conhecer aquelas pessoas e saber quem lá mora, porque aquele bairro cresce todos os dias, há sempre mais uma barraca. Reunimos com a vereadora responsável pelo pelouro, [Habitação], Teodolinda Silveira, gostei muito do que ouvi, mas não saí de lá com a certeza do que está a ser feito para evitar que todos os dias apareçam ali mais barracas. Claro que este problema não se resolve em quatro anos, mas poderia ter sido começado. Este executivo PS/PSD gere a Câmara há quase quatro anos; deu algum sinal do que está a fazer para resolver este problema? Quem nunca viveu a realidade de um bairro social não sabe as dificuldades que se vivem lá dentro. Eu conheço essa realidade. Se tivesse em mãos o dossier da habitação pública no concelho, o que decidia com celeridade? Quero ter esse dossier! Nós somos alternativa e queremos liderar a oposição, e esperamos que os almadenses nos dêem esse voto de confiança. O espaço da oposição que seria o PSD deixou de o ser com o acordo pós-eleitoral com o PS para formar o executivo governativo da Câmara. Um dos meus objectivos é que as pessoas participem na política para o concelho. Fico triste quando assisto às reuniões públicas da Assembleia Municipal, de Freguesia e de Câmara e vejo que são muito pouco participadas; as pessoas não estão interessadas nos desígnios da sua freguesia e do seu município. Quanto a resolver o problema com a habitação, iremos de imediato pressionar o Estado para intervir e ajudar a autarquia na construção desses edificados. Mas atenção: nós defendemos menos Estado, melhor Estado e mais Liberdade, mas num problema tão complexo como este temos, claramente, de nos socorrer do Estado. Obviamente que não podemos chegar aqui e realojar milhares
de pessoas. A nossa proposta, e inovadora, é promover a construção de novos edifícios e criar um sentimento de pertença de quem os habita. Ou seja, as pessoas contraem um empréstimo a juros bonificados, em que a Câmara Municipal é o fiador, através de protocolos com entidades bancárias, e no final desses empréstimos as casas passam a ser das pessoas. Desta forma teríamos bairros sociais mais bem cuidados. O programa da Iniciativa Liberal para o concelho apresenta mais de 50 medidas, com 12 propostasbandeira. Quais define como prioritárias? Um dos casos é ao nível dos transportes, e aqui assistimos a greves sucessivas. Pretendemos que sejam abertas concessões à iniciativa privada para que sejam o complemento de carreiras, numa concorrência que faça aumentar e melhorar o serviço prestado aos munícipes. Estou expectante para ver como vai funcionar o novo sistema da Área Metropolitana de Lisboa na gestão dos transportes públicos. Pelo que li na documentação, estão previstas cerca de 41 novas carreiras para o concelho de Almada, vamos ver como vai funcionar o contrato quando ele começar, mas gostaríamos que não houvesse um monopólio. Existem freguesias como a Charneca de Caparica, Sobreda e Costa de Caparica com muito poucos transportes. Também já apontou problemas ao nível do serviço de saúde no concelho. Esse é um outro problema que pede urgente resolução. Não podemos ter as urgências pediátricas do Hospital Garcia de Orta fechadas ao fim-desemana. A Câmara Municipal tem de fazer pressão diária sobre o Governo para que aquele serviço possa reabrir. Como avalia o actual mandato autárquico em Almada, bipartido entre o PS e o PSD, liderado pela socialista Inês de Medeiros? Não consigo fazer a destrinça entre PS e PSD. O Partido Social Democrata aceitou ser o pin na lapela do Partido Socialista, portanto aceitou governar abdicando das linhas orientadoras do seu programa que foi descortinado pelos almadenses; tal como já disse, foram três anos e meio de inacção e seis meses de asfaltação e betão, apesar de terem existidos coisas bem feitas. Um dos casos foi o asfaltamento da estrada na Fonte da Telha, as pessoas estão satisfeitas com a obra que ali foi feita. Mas as nossas prioridades são claramente outras, e consideramos que muito mais deveria ter sido feito. Está a afirmar que a actual gestão
O PSD aceitou ser o pin na lapela do PS portanto aceitou governar abdicando das linhas orientadoras do seu programa do concelho ficou aquém na resolução dos problemas do concelho? Sim, como no caso de habitação, transportes públicos e saúde. E na educação? Tivemos um problema gigantesco que não pode ser somente imputado à Câmara de Almada, mas também ao Governo central, e que está relacionado com este período pandémico em que tivemos desigualdades digitais gravosas; já havia as desigualdades sociais agora chegámos também às desigualdades digitais. A maior parte dos alunos, principalmente aqueles que são oriundos das escolas nos chamados Territórios Educativos de Intervenção Prioritária, não tiveram acesso a computadores nem a internet como deve ser. Pergunta-se: o que a Câmara poderia e deveria ter feito? A resposta é que não deveria ter ficado à espera que os alunos recebessem os computadores do Ministério da Educação, que vieram a conta gotas. A Câmara deveria ter avançado primeiro para satisfazer as necessidades dos alunos do concelho e, mais tarde, ser ressarcida por isso. Como professor, choca-me também a falta de salas de creche e de préescolar para que a educação chegue a todos. Também é preciso acabar com situações como a Creche 1.º de Maio em que, sendo paga com os impostos de todos, tem como único critério receber os filhos dos
trabalhadores da WeMob, dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Almada e dos serviços da Câmara Municipal. Se é paga com dinheiros públicos, tem de estar aberta à comunidade. Acredita que a candidata comunista, Maria das Dores Meira, à presidência da Câmara de Almada, poderá devolver a gestão do município à CDU? Ouvi dizer que a candidata Maria das Dores Meira fez um bom trabalho como presidente da Câmara de Setúbal, mas não nos podemos esquecer que o território de Setúbal é diferente do de Almada. Não me parece que uma gestão da Câmara Municipal com um IMI de 0,43% venha trazer uma lufada de ar fresco ao território de Almada. Consideramos que nós é que somos a alternativa. A CDU tem políticas que considero desfasadas da realidade; aprisionadas a valores que não se coadunam com os valores da liberdade. A Iniciativa Liberal estreia-se, a 26 de Setembro, em eleições autárquicas, qual o resultado que espera obter no concelho de Almada? Teremos o resultado que os almadenses nos quiserem dar. A receptividade às nossas propostas tem sido muito boa, temos feito uma campanha com poucos recursos, com uma equipa jovem disposta a trabalhar. Já visitámos várias instituições, não tantas como gostaríamos porque somos trabalhadores e temos o tempo limitado, mas a receptividade tem sido bastante interessante. Recentemente houve uma sondagem [Expresso/SIC] que nos dá 3% nas autárquicas em Almada, isto quando tivemos um 1,38% nas legislativas. É uma fotografia temporal que nos dá ainda mais vontade de chegar ao eleitorado. Começámos agora e acredito que vamos ter um bom resultado. Já estão a fazer acções de rua, uma pré-campanha. Qual tem sido a receptividade das pessoas? Há muitas pessoas que ainda não sabem o que é o liberalismo, tentamos explicar e também quais as nossas propostas. Fazemos também exposição nas redes sociais, o que não é fácil, porque existem facções grandes. Mas nós acreditamos que as pontes e as sinergias são possíveis. Nós somos opções, somos alternativas e estamos cá para liderar a oposição e levar a bom porto as medidas que propomos. Estamos dispostos, sem abdicar do nosso programa, para fazer pontes em prol dos desígnios dos habitantes do município de Almada.
14 O SETUBALENSE 5 de Agosto de 2021
Desporto
PRIMEIRA ETAPA DA PROVA TEM A META INSTALADA NA AVENIDA LUÍSA TODI
Volta a Portugal em Bicicleta vai rolar nesta tarde pelas estradas da região DR
Concelhos de Alcochete, Montijo e Palmela também vão ver passar os ciclistas Ricardo Lopes Pereira À semelhança do que tem acontecido com frequência nos últimos anos, a Volta a Portugal em Bicicleta, cuja 82.ª edição se realiza até 15 de Agosto, num total de 1568,6 quilómetros, volta a ter hoje como palco as estradas da região. Depois do prólogo de ontem em Lisboa, a primeira etapa em linha, que tem início em Torres Vedras e meta instalada na Avenida Luísa Todi, em Setúbal, vai rolar ainda nos concelhos de Alcochete, Montijo e Palmela. Nos 175,8 quilómetros da etapa, cuja chegada está prevista para as 17:30 horas, estão instaladas três metas volantes e dois prémios de montanha. No primeiro caso, além de Alenquer e Arruda dos Vinhos, Palmela terá instalada uma meta volante e em Setúbal, no alto da Arrábida, uma contagem de montanha de 2.ª categoria, sendo que uma de 4.ª categoria será em Sobral de Monte Agraço. A entrada na região faz-se por Alcochete. No percurso divulgado pela organização, é apontada passagem pela rotunda junto ao Freeport a partir das 15h39. Os ciclistas seguem depois em direcção ao Largo da Feira, Avenida dos Combatentes da Grande Guerra e Avenida D. Manuel I para apanharem a Estrada Nacional (EN) 119 rumo ao Montijo.
A chegada à cidade montijense está prevista acontecer a partir das 15h52, pela Avenida de Olivença. O pelotão seguirá em direcção à Avenida D. João II, Rua das Naus e circular externa para fazer a ligação ao Pinhal Novo. Seguindo na direcção da Avenida dos Ferroviários até à rotunda para a Quinta do Anjo, o grupo ruma a Palmela (onde está instalada uma meta volante): a passagem pela Estrada dos Restauradores, junto ao Chafariz D. Maria I, está programada para as 16h25. Os últimos quilómetros desta primeira etapa são pedalados a caminho de Setúbal, através da EN 379 e da EN 252, com os corredores a seguirem em direcção a Avenida de Moçambi-
que, via da Várzea, Avenida Europa, Avenida General Daniel de Sousa e Avenida Luísa Todi para se lançarem à Arrábida. A passagem pelo alto da Arrábida – onde figura uma contagem de montanha de segunda categoria – está prevista acontecer a partir das 17h09. A meta final será cortada na Avenida Luísa Todi. A passagem da Volta em Setúbal motiva condicionamentos à normal circulação rodoviária na cidade, em particular na zona da meta em frente ao Largo José Afonso, zona de onde o programa da RTP1 “Há Volta” fará transmissões em directo longo da etapa com animações, entrevistas, entre vários outros momentos de entretenimento e de promoção da
Volta a Portugal em bicicleta. Depois da etapa entre Torres Vedras e Setúbal, segue-se na sexta-feira um percurso entre Ponte de Sor e Castelo Branco, com 162,1 quilómetros, enquanto, no sábado, os ciclistas vão da Sertã à Covilhã, num trajecto de 170,3 quilómetros. A 4.ª etapa arranca domingo, em Belmonte, seguindo até à Guarda por um percurso de 181,6 quilómetros, que finaliza a primeira metade da competição, retomada a 10 de Agosto (terça-feira), num trajecto de 171,3 km que liga Águeda e Santo Tirso. A 6.ª etapa, a 11 de Agosto, vai de Viana do Castelo a Fafe, em 182,4 quilómetros, a 7.ª, a 12, entre Felgueiras e Bragança, num total 193,2 quiló-
metros, enquanto a 8.ª, a 13, entre Bragança e Montalegre, desafia os ciclistas por um percurso com 160,7 quilómetros. A 9.ª etapa em linha da 82.ª Volta a Portugal Santander, a 14, vai de Boticas a Mondim de Basto, ligação realizada ao longo de 145,5 quilómetros, enquanto a 10.ª e última etapa da competição decorre a 15, em Viseu, num contrarrelógio individual com 20,3 quilómetros. Um total de 130 ciclistas em representação de 19 equipas participam nesta edição da prova que inclui dois contrarrelógios individuais – prólogo e última etapa –, 27 metas volantes e 33 prémios de montanha, quatro de 1.ª categoria, cinco de 2.ª categoria, treze de 3.ª categoria, dez de 4.ª categoria e um de Categoria Especial. As espanholas Movistar Burgos-BH, Caja Rural, Euskaltel-Euskadi, Kern Pharma, a belga Bingoal Pauwels Sauces WB, a estado-unidense Rally Cycling, a italiana Vini Zabù, a israelita Israel Cycling Academy e a britânica Swift Carbon formam as equipa internacionais numa prova em que pedalam nove equipas nacionais: Antarte-Feirense, Atum General-Tavira-Maria Nova Hotel, Efapel, Kelly-Simoldes-UDO, LA Alumínios-LA Sport, Louletano-Loulé Concelho, Rádio Popular-Boavista, Tavfer-Measindot-Mortágua e W52-FC Porto. A Volta a Portugal é organizada pela Podium Events e Federação Portuguesa de Ciclismo, promotores que alertam para o cumprimento das normas de segurança sanitária impostas pela Direção-Geral da Saúde em virtude da pandemia de covid-19, nomeadamente no que respeita ao uso de máscara e ao distanciamento social.
VITÓRIA FC
Mendy faz ‘hat-trick’ na goleada dos sadinos ao Loures Frédéric Mendy, avançado do Vitória FC, fez ontem um ‘hat-trick’ na goleada, por 5-0, aplicada ao GS Loures, no Estádio do Bonfim. Zequinha, de
grande penalidade, e Rodrigo Pereira foram os outros marcadores de serviço da equipa treinada por António Pereira frente ao conjunto da série E
do Campeonato de Portugal. Com os tentos apontados ontem, o senegalês Mendy, com seis golos apontados na pré-temporada,
destacou-se ainda mais na lista de melhores marcadores da equipa. Até ao momento o conjunto setubalense contabiliza cinco triunfos e um
empate em seis jogos de preparação. A estreia do Vitória na Liga 3 (Zona Sul) está agendada para 14 de Agosto, pelas 19h30, diante do Amora. R.L.P.
5 de Agosto de 2021 O SETUBALENSE 15
Mário Costa (ex-Sesimbra) é reforço do Moitense
O União Futebol Clube Moitense já tem o seu plantel praticamente definido para a nova época desportiva onde vai competir no Campeonato Distrital da 1.ª Divisão da Associação de Futebol de Setúbal e na Taça de Portugal. O plantel conta com 24 jogadores,
sendo três guarda-redes, sete defesas, nove médios e cinco avançados. Os últimos a chegar a acordo com o clube foram três jogadores que transitam da época anterior, Guilherme Marques ‘Gui’, Henrique Fiel, Pedro Fortes, e ainda Mário Costa, experiente
RUGBY CLUBE MUSTANGS DE ALMADA
EQUIPA FORTE EM CONSTRUÇÃO
‘Mustangs de Almada’ convidam jovens a experimentar a modalidade
David Maside é o novo treinador do Almada Atlético Clube DR
Modalidade pode ser praticada por jovens a partir dos três anos de idade e os treinos decorrem na pista de atletismo, na Sobreda José Pina O concelho de Almada, um dos mais ricos do país a nível associativo, tem desde há relativamente pouco tempo um novo clube, o Rugby Clube Mustangs de Almada, que tem características muito próprias por se dedicar à prática de uma modalidade que se quer expandir em toda a margem sul do Tejo e também pelo facto de possuir uma componente muito forte de apoio a crianças em risco. Paulo Pereira, director técnico do clube, em entrevista ao SETUBALENSE, fala em pormenor sobre o projecto que teve a sua origem no Clube Recreativo Sobredense e explicou por que razão foi escolhido o nome de ‘mustangs’. Como e quando nasceu o Rugby Clube Mustangs de Almada? O Rugby Clube Mustangs de Almada teve origem junto do Clube Recreativo Sobredense, mas ganhou recentemente autonomia, passando a ser uma entidade desportiva independente e só dedicada a esta modalidade. Sentimos a necessidade de criar um clube apenas dedicado ao Rugby e com uma estrutura directiva mais focada na modalidade. Houve alguma razão especial para o nome que foi escolhido? Sim o nome “Mustangs” foi escolhido, pelo facto de o clube ter nascido na Sobreda, que é a freguesia com mais picadeiros para a prática de equitação a nível nacional, transpondo as características dessa raça para o que queremos que sejam todos os nossos atletas, rápidos, fortes, resistentes e muito corajosos. Qual a vossa localização em termos geográficos e quem pode praticar a modalidade?
A sede do nosso clube fica na Sobreda, nas instalações da APTEC (Associação Portuguesa de Terapia Equestres e Complementares), que gentilmente nos cedeu um espaço. É um casamento perfeito tendo em conta o nosso nome e o nosso logotipo. Esta modalidade pode ser praticada praticamente por todos. Rapazes e raparigas a partir dos 3 anos de idade até aos 18, nas nossas escolas de formação e a partir dos 18 na nossa equipa sénior. Qual o número de praticantes e escalões existentes no clube? Neste momento o clube conta com cerca de 120 atletas e com todos os escalões de formação, desde os U6, que são atletas com menos de 6 anos, até ao escalão sénior. Em que espaço desportivo é desenvolvida a vossa actividade? Os treinos são realizados na Pista Municipal da Sobreda, todas as segundas, quartas e sextas-feiras num horário compreendido entre as 19 e as 22 horas, sendo que cada escalão tem horário e tempo de treino diferentes. E em termos competitivos, em que competições participam? Nos dois últimos anos devido à pandemia não houve praticamente competição, de qualquer forma a nossa equipa sénior participou no Campeonato Nacional da 2.ª Divisão. Relativamente aos escalões de formação participam sempre em vários torneios que se vão
defesa-central, que chega do Sesimbra. O grupo de trabalho é comandado por David Nogueira que terá como adjuntos, Elísio Júnior, Frederico Milheiro, Miguel Garcez e Carlos Franqueira. Do grupo faz parte também o massagista David Marrucho.
realizando a nível nacional. Como vê o desenvolvimento do rugby na margem sul do Tejo? Essa é uma pergunta pertinente, com resposta complicada de dar. Não é fácil cativar atletas para a modalidade porque o Rugby centra-se muito em Lisboa. Para além disso, os apoios também são escassos. Ainda assim, temos muita convicção que, com este passo que estamos a dar, vamos cada vez mais conseguir mais apoios e mais atletas para a modalidade que tem espaço para todos. Regra geral, todos os jovens que vêm experimentar acabam por ficar. Quer acrescentar algo mais que considere importante? Sim. Gostava de dizer a todos aqueles que não estão familiarizados com a modalidade que o rugby é acima de tudo uma escola de vida, um desporto onde se cultivam amizades verdadeiras, tem regras muito rígidas e existe respeito pelos indivíduos. Somos mesmo uma grande família. Para além disso, o clube tem, e vai ter cada vez mais, uma componente muito forte de apoio a crianças em risco. Recorrendo à solidariedade e usando o desporto como ferramenta, pretendemos apresentar aos mais novos uma perspectiva diferente, com melhores valores de vida em sociedade, evitando assim que enveredem por caminhos menos bons para o seu futuro.
O Almada Atlético Clube já começou a preparar a nova época desportiva. O primeiro passo a ser dado foi no sentido de preencher a vaga deixada em aberto com a saída do treinador Ricky Nelson, que, por questões profissionais e pessoais, regressou a Inglaterra, não sendo possível dar continuidade ao projecto que iniciou na época de 2020/2021. Assim sendo, o Almada Atlético Clube convidou David Maside, de 34 anos, para exercer o cargo de treinador principal, que aceitou. Rúben Guerreiro irá desempenhar as funções de treinador adjunto e Paulo Loureiro (um homem da casa) terá a missão de preparar os guarda-redes. David Maside, 34 anos, depois de três experiências como treinador adjunto no Amora, Desportivo Fabril e Académico de Viseu, assume agora no Almada, pela primeira vez, o cargo de treinador principal. O filho de Rui Maside, na época de 2019/20 fez uma perninha nos Pescadores como jogador e nessa condição passou também pelo Amora, Charneca de Caparica, Barreirense,
Fabril, Olímpico, Crato, Gavionenses, Eléctrico, Igreja Nova, Sertanense e Messinense. Nas camadas jovens representou o Abrantes, Eléctrico e Ginásio de Corroios. Rúben Guerreiro, 32 anos, com um vasto percurso como jogador e passagem por Alcochetense, Barreirense, Desportivo Fabril, Casa Pia, Cova da Piedade onde fez grande parte da sua formação, e Sporting, em infantis e iniciados, vai ter a sua primeira experiência como treinador. Joel Correia, Pedro Freitas, Rúben Leston, Denis Morais, Jeffrey Rodrigues, João Pereira, Pedro Ferreira, Ivan Landim, Paulo Ramos e Ruben Rocha são jogadores que vão continuar a vestir a camisola do clube almadense e a estes juntam-se, para já, como reforços, Carlos André (Barreiro Stara Zagora), Ricardo Bulhão (ex-Alcochetense), David Pinto (ex-Barreirense), Tiago Campos (ex-Charneca de Caparica), Chiquinho (Belenenses, Fut. Praia), Daniel Lourenço (ex- Sesimbra) e Gonçalo Inácio (ex-Corroios).
J.P.
DR
00:55 ~ 1.4 m ~ Baixa-mar 07:22 ~ 2.9 m ~ Preia-mar 13:45 ~ 1.3 m ~ Baixa-mar 20:04 ~ 2.6 m ~ Preia-mar
ALMADA
00:48 ~ 1.3 m ~ Baixa-mar 07:16 ~ 2.9 m ~ Preia-mar 13:41 ~ 1.3 m ~ Baixa-mar 19:58 ~ 2.5 m ~ Preia-mar
SESIMBRA
01:09 ~ 1.3 m ~ Baixa-mar 07:36 ~ 2.9 m ~ Preia-mar 13:55 ~ 1.2 m ~ Baixa-mar 20:12 ~ 2.6 m ~ Preia-mar
SINES
SETÚBAL TRÓIA
MARÉS
01:02 ~ 1.4 m ~ Baixa-mar 07:55 ~ 3.2 m ~ Preia-mar 13:56 ~ 1.4 m ~ Baixa-mar 20:34 ~ 2.9 m ~ Preia-mar
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FICHA TÉCNICA REGISTO DE TÍTULO n.º 107552 | DEPÓSITO LEGAL n.º 8/84 PROPRIETÁRIO Outra Margem – Publicações e Publicidade, NIF 515 047 325 (detentores de mais de 10% do capital social: Gabriel Rito e Carlos Bordallo-Pinheiro) Sede do proprietário: Travessa Gaspar Agostinho, 1, 1.º, 2900-389 Setúbal EDITOR Primeira Hora – Editora e Comunicação, Lda, NIF 515 047 031 (Detentores de mais de 10% do capital social: Setupress Lda, Losango Mágico, Lda, Carla Rito e Gabriel Rito) Sede do Editor Travessa Gaspar Agostinho,1, 1.º, 2900-389 Setúbal Conselho de Gerência Carla Rito, Carlos Dinis Bordallo-Pinheiro, Gabriel Rito e Carlos Bordallo-Pinheiro REDACÇÃO Travessa Gaspar Agostinho, 1, 1.º, 2900-389 Setúbal DIRECTOR Francisco Alves Rito Redacção Mário Rui Sobral, Humberto Lameiras; Desporto Ricardo Lopes Pereira, José Pina Departamento Administrativo Teresa Inácio, Dulce Soeiro, Branca Belchior PUBLICIDADE Direcção Comercial Carla Sofia Rito, Carlos Dinis Bordallo-Pinheiro Coordenação Ana Oliveira (Setúbal), Carla Santos (Moita e Barreiro) Publicidade Lina Rodrigues, Rosália Baptista, Célia Félix, Luís Bandadas; IMPRESSÃO Tipografia Rápida de Setúbal, Lda - Travessa Gaspar Agostinho, 1, 1.º, 2900-389 Setúbal geral@ tipografiarapida.pt DISTRIBUIÇÃO VASP - Venda Seca, Agualva - Cacém Tel. 214 337 000 Tiragem média diária 9000 exemplares Estatuto Editorial disponível em www.osetubalense.com