O Setubalense, o seu diário da região nº 689, dia 09 de Setembro de 2021

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Costa quer Setúbal motor mas sem NUT Líder do PS esteve na cidade e mostrou que opção é manter Península de Setúbal sem NUT, ao dizer que 'bazuca' tem fundos para a região p4 O SETUBALENSE

“Com o PS, o que aconteceu a Almada foi mau de mais” O SEU DIÁRIO DA REGIÃO

Maria das Dores Meira, candidata à Câmara de Almada p20 e 21

QUINTA-FEIRA, 9 DE SETEMBRO DE 2021 PREÇO 0,80€ | N.º 689 | ANO III | 5.ª SÉRIE

DIRECTOR FRANCISCO ALVES RITO

Comemorações em honra de Nossa Senhora da Boa Viagem arrancam amanhã Moita assinala data com restrições. Programa decorre até dia 18 p11

SANTIAGO DO CACÉM Fixação de população, habitação e política fiscal foram temas do debate autárquico p22 e 23

SETÚBAL Mercadona em construção na zona do Monte Belo p6

REGIÃO Greve dos trabalhadores da Docapesca paralisou lotas p2 PUBLICIDADE


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Abertura

LUSA

OPINIÃO Rui Carvalheira

A importância das eleições autárquicas

N

a próxima semana inicia oficialmente a campanha eleitoral para mais umas eleições autárquicas, das quais irão ser eleitos os próximos executivos e membros das assembleias de freguesias e municipais para os próximos 4 anos. O poder autárquico, fruto de uma das muitas conquistas do 25 de Abril, é a base fundamental do nosso sistema democrático. As autarquias, Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia, são os órgãos de soberania que mais perto estão das populações e por esse motivo serão sempre os que mais conhecimento terão das suas necessidades e anseios, e sempre os que terão de estar na linha da frente no apoio às populações e na resolução dos seus problemas. O papel que as autarquias, de norte a sul do país, desempenharam no apoio aos seus munícipes durante a crise sanitária que ainda estamos a atravessar e o papel fundamental que desempenharam no processo de vacinação são sem sombra de dúvida corolário da sua importância perante as populações. Os desafios que teremos no próximo quadriénio darão às autarquias do distrito de Setúbal um papel ainda mais importante do que já actualmente têm. Projectos estruturantes que serão o alicerce do nosso distrito poderão ver a luz ou terem finalmente uma decisão no próximo mandato. Mesmo que muitos deles sejam da responsabilidade do governo, com a alavancagem ou não das verbas do PRR, cabe aos eleitos autárquicos pressionar e lutar para que sejam uma realidade, e que no fim vão servir as populações dos seus concelhos e freguesias.

Dos muitos projectos que poderão ter desenvolvimento nos próximos tempos gostaria de destacar três exemplos pela sua importância estratégica e forte impacto no desenvolvimento futuro do nosso distrito. Em primeiro lugar a decisão sobre a construção do novo aeroporto, projecto estruturante a nível nacional pela saturação do aeroporto Huberto Delgado, mas que pelo facto de se localizar no distrito de Setúbal irá ter um efeito económico importante, quer no investimento, na criação de empregos e de novas centralidades e desenvolvimento urbano. A criação de uma NUT III para o distrito de Setúbal que permitirá uma caracterização mais nítida da realidade da península de Setúbal, permitindo assim o acesso a mais apoios comunitários a empresas e aos cidadãos. A mobilidade na área Metropolitana de Lisboa bem como a necessidade de reforço da rede ferroviária tornam imperativo que sejam construídas novas travessias do Tejo. A ponte Chelas-Barreiro e o túnel Trafaria-Algés terão que necessariamente ser realidades nos próximos anos. Estes são alguns dos projectos pelos quais os autarcas do distrito de Setúbal que serão eleitos no próximo dia 26 terão que se bater com todas as suas forças. Uma votação expressiva nas próximas eleições, para além de ser um direito e um dever cívico de todos, irá também dar uma legitimidade ainda maior aos eleitos e dar-lhe mais força para levar a cabo as suas tarefas. WeMob Mobilidade de Almada E.M.S.A.

REGIÃO

Greve dos trabalhadores da Docapesca paralisou lotas de Setúbal, Sesimbra e Sines Líder da CGTP, Isabel Camarinha, esteve em Setúbal, em solidariedade com os trabalhadores A greve de ontem dos trabalhadores da Docapesca paralisou todas as lotas nacionais, incluindo as de Setúbal, Sesimbra e Sines, dado que a adesão foi quase total, de acordo com informação do sindicato que a convocou. "As lotas de todo o país estão paradas pois a adesão à greve está a ser praticamente de 100%, só está um ou outro trabalhador contratado ao serviço" disse ontem ao final da tarde o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores da Marinha Mercante, Agências de Viagens, Transitários e Pesca (SIMAMEVIP), Paulo Lopes, à agência Lusa. Os trabalhadores da Docapesca estão a cumprir uma greve de 24 horas a nível nacional em defesa de aumentos salariais e da revisão do Acordo de Empresa, que foram travados pelo Ministério das Finanças. Durante a manhã realizaram duas concentrações de protesto, uma junto à lota de Matosinhos e outra junto à lota de Setúbal, que contou com a

participação da secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha. Paulo Lopes disse à agência Lusa que as iniciativas "foram muito participadas" e que "os trabalhadores mostraram total disponibilidade para futuras acções de luta, porque estão fartos de ganhar miseravelmente". O sindicalista lembrou que, com as lotas paradas, não são feitos os leilões do pescado, dado que os serviços mínimos decretados pelo tribunal arbitral não o determinam. Paulo Lopes assegurou, no entanto, que o peixe fresco não corre qualquer risco porque serão assegurados os serviços mínimos de recolha do peixe da pesca artesanal, feita com barcos pequenos, para ser colocado em frigoríficos e vendido na quinta-feira. A pesca de arrasto não deverá ser afectada pela greve pois é uma pesca de longo curso, feita com grandes barcos que têm os seus próprios frigoríficos. Com as lotas paradas, o pescado da pesca de cerco, como a da sardinha, não pode ser vendido, mas a data da greve foi escolhida para coincidir com uma quarta-feira, que é o dia da semana recomendado pelo Instituto do Mar para descanso desta espécie. "Não é nossa intenção prejudicar o abastecimento de peixe fresco, o que os trabalhadores pretendem é mos-

trar o seu descontentamento ao Governo, concretamente ao Ministério das Finanças, que impede a melhoria dos salários", disse Paulo Lopes. A Lusa contactou a Docapesca sobre esta situação e aguarda resposta. Este conflito laboral tem a ver com o facto de o Ministério das Finanças não ter permitido a melhoria das remunerações dos trabalhadores da Docapesca, previamente acordada com a empresa. A Docapesca integra o Sector Empresarial do Estado, por isso a alteração das remunerações tem se ser aprovada pela tutela e pelas Finanças. "O problema não foi com a empresa, com a qual chegámos a um entendimento em Junho, depois de vários meses de negociação, nem com a secretaria de Estado das Pescas e o Ministério do Mar, mas sim com o Ministério das Finanças", disse o sindicalista. Segundo Paulo Lopes, o acordo "chumbado pelo Ministério das Finanças" previa aumentos entre os 4% e os 5% para a maioria dos trabalhadores e de mais de 10% para os salários mais baixos, que correspondem ao salário mínimo nacional (SMN). Estavam ainda previstas melhorias nas carreiras e a fixação do salário mais baixo da empresa nos 750 euros, para se diferenciar do SMN.


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MP do Seixal acusa dois por balearem homem em discoteca

O Ministério Público do Seixal acusou de homicídio qualificado, na forma tentada, dois homens que tentaram matar a tiro um rival, de 30 anos, à porta de uma discoteca. De acordo com a acusação, na origem do crime estiveram desentendimentos no

interior da discoteca na Avenida Silva Gomes, na Amora, a 9 de Novembro de 2019. Os arguidos tinham uma arma de pequeno calibre e atingiram a vítima pelo menos sete vezes na zona do abdómen e barriga. A vítima foi assistida no local pelos bombeiros

do Seixal e transportada para o Hospital Garcia de Orta, onde recebeu tratamento. A PJ de Setúbal deteve os suspeitos que estão em liberdade, com a condição de se apresentarem às autoridades, o que não acontece. O MP emitiu mandado de detenção.

R

CAMPO DE TIRO É A SOLUÇÃO

Jerónimo de Sousa insiste que aeroporto em Alcochete é fundamental para o País DR

O secretário-geral do PCP volta a reiterar que Montijo só serve os interesses da Vinci O secretário-geral do PCP reafirmou ontem que a construção do novo aeroporto de Lisboa no Campo de Tiro de Alcochete é fundamental para o País e considerou que a opção pelo Montijo só interessa à multinacional francesa Vinci. “A construção do novo aeroporto internacional no Campo de Tiro de Alcochete é um elemento estratégico de interesse nacional e de grande valor e significado regional. Conhecemos as razões que levam o Governo do PS, e outros, a querer fazer esquecer o verdadeiro ponto de partida da actual fase deste processo, que foi a privatização da ANA-Aeroportos e Navegação Aérea [adquirida pela multinacional Vinci]”, disse Jerónimo de Sousa. “E é importante lembrar que a construção faseada do novo aeroporto de Lisboa no Campo de Tiro de Alcochete estava decidida, como o PCP defende, com impacto ambiental aprovado, com a ANA com recursos suficientes para concretizar o projecto. E tudo foi travado pela privatização, pois a multinacional, a quem ofereceram a ANA, preferiu manter o aeroporto dentro da cidade de Lisboa”, acrescentou Jerónimo de Sousa, numa sessão pública de apoio ao cabeça-de-lista da CDU, Luís Franco, à Câmara de Alcochete. Para o líder comunista, a multinacional Vinci “prefere manter o essencial da operação na cidade de Lisboa e expropriar a Base Aérea n.º 6, no Montijo, para usar como segundo aeroporto, à custa das populações de Lisboa e do Montijo”. “A demagogia de que um aeroporto no Montijo iria criar empregos na cidade, não é mais do que isso mesmo, demagogia. Iria, isso sim, criar uma degradação profunda no espaço ur-

SETÚBAL

EB do Montalvão-Laranjeiras já tem nova biblioteca

Líder do PCP diz que aeroporto no Campo de Tiro permitirá desenvolver e criar emprego na região

bano para concretizar uma má solução”, disse. “Pelo contrário, como já esteve consensualizado, incluindo com o posicionamento do PS, o novo aeroporto, nos termos públicos do Campo de Tiro, permitirá, pelas suas condições geográficas, promover o desenvolvimento e criar emprego em toda esta região, sem os prejuízos das localizações defendidas pela multinacional”, sublinhou.

Críticas duras ao Governo

O dirigente comunista lembrou que a CDU tem uma posição comum em todos os municípios, favorável à localização no Campo de Tiro de Alcochete. “É a posição que melhor serve a população de todos os municípios envolvidos e aquela que melhor serve o interesse nacional e o desenvolvimento da economia nacional. Uma posição independente dos interesses

egoístas da multinacional, a que PS e PSD se submetem”, atirou. Confiante num bom resultado da CDU nas eleições autárquicas no Distrito de Setúbal, Jerónimo de Sousa exigiu “mais medidas concretas e menos demagogia” ao Governo do PS, designadamente no que respeita ao reforço do Serviço Nacional da Saúde. E lembrou também que, entre muitas outras medidas viabilizadas pelo Governo, “foi pela acção e intervenção do PCP que foi possível assegurar o pagamento dos salários a cem por cento aos trabalhadores em lay-off desde o princípio do ano”. Jerónimo de Sousa esteve ainda em campanha no Montijo, em apoio à cabeça-de-lista montijense Ana Baliza, e também em Sesimbra, a apoiar o candidato Francisco Jesus e actual presidente desta câmara.

GR / Lusa

Cerca de 200 mil euros foi quanto custou aos cofres municipais a nova biblioteca escolar que foi ontem, à tarde, inaugurada na Escola Básica do Montalvão-Laranjeiras. Um investimento que, além de vir reforçar as condições existentes no referido estabelecimento de ensino, teve significado especial para a ainda presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira. “Hoje é um dia muito importante e muito simbólico para mim. Cumpriu-se mais um desígnio na área da educação, que é o de equipar todas as escolas do concelho com uma biblioteca”, confessou a autarca comunista, que nas autárquicas do próximo dia 26 concorre pela CDU à presidência da Câmara de Almada. Já o vereador da Educação, Ricardo Oliveira, reforçou que “todas as escolas básicas do concelho passam a integrar a Rede de Bibliotecas Escolares”. A nova biblioteca, salienta a autarquia em nota de Imprensa, “está instalada num monobloco, com climatização assegurada por ar condicionado, e possui portas de ligação directa ao edifício escolar

por rampas que permitem o acesso a pessoas com mobilidade reduzida, protegidas por telheiros”. E veio substituir a antiga biblioteca, que se localizava “num espaço exíguo e sem as necessárias condições para o funcionamento em pleno”, admitiu a edilidade. Também a directora do Agrupamento de Escolas Sebastião da Gama, Fernanda Oliveira, elogiou o investimento realizado pelo município. “Passarmos de uma arrecadação onde a biblioteca funcionava numa espécie de vão de escadas para um espaço condigno é um motivo de grande orgulho”, disse a docente. Equipado com novo mobiliário, o espaço permite o desenvolvimento das mais diversas actividades lúdico-pedagógicas e o cumprimento do “papel fundamental que as bibliotecas desempenham na dinâmica educativa das escolas”, vincou Ricardo Oliveira. A concluir, a autarquia lembra que a construção da nova biblioteca da Escola Básica do Montalvão-Laranjeiras “enquadra-se na estratégia [municipal] de qualificação contínua do parque escolar”.


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Setúbal

ESTEVE NA CIDADE SADINA

Costa quer Setúbal como “um dos grandes motores de desenvolvimento do País” O SETUBALENSE

Líder socialista destaca que a 'bazuca' não discrimina a região, mas não refere criação de NUT Maria Carolina Coelho O secretário-geral do Partido Socialista (PS), António Costa, afirmou esta terça-feira em Setúbal, a partir da Avenida Luísa Todi, que “a região tem de ser um dos grandes motores de desenvolvimento do País”, pelo que é necessário “olhar para estes territórios e para os autarcas” a eleger nas eleições de 26 de Setembro. Convicto de que o PS vai conquistar a Câmara Municipal sadina à CDU, assim como vai novamente ganhar as autarquias de Alcochete, Almada e Barreiro, o também primeiro-ministro defendeu igualmente que a cidade sadina “tem de voltar a ser uma região fortemente industrializada, com as indústrias do futuro”. “Tem de ser uma região que cada vez tem mais serviços de mais e melhor qualidade na área da logística”, afirmou em seguida, durante a apresentação da Comissão de Honra da candidatura do PS à Câmara de Setúbal, encabeçada por Fernando José, candidato à presidência do município, e Ana Catarina Mendes, à Assembleia Municipal. Para o líder socialista, é importante “aproveitar todo o potencial turístico que este extraordinário Estuário do Sado oferece, as maravilhosas praias que o permitem, e esta linda Serra da Arrábida”. “É na combinação e valorização de todos estes recursos que Setúbal pode efectivamente ter os olhos postos no futuro”, salientou, perante a presença de centenas de socialistas. Isto, depois de referir que é necessário “prosseguir, ao longo dos próximos dias e das próximas

António Costa não falou sobre questão da Península de Setúbal ser uma NUT

semanas, num grande esforço de mobilização”. “Mobilização daqueles que mui-

tas vezes acham que as eleições autárquicas estão sempre à partida decididas. Não é verdade. Ainda

há quatro anos poucos acreditavam que o PS ganhava no Barreiro e o PS ganhou no Barreiro. Poucos acreditavam que o PS ganhava em Almada e o PS ganhou em Almada. Este ano vamos voltar a ganhar no Montijo, vamos voltar a ganhar em Alcochete, vamos voltar a ganhar no Barreiro e vamos voltar a ganhar em Almada”, expressou.

Costa diz que próximo mandato autárquico “vai ser muito especial” Para António Costa, o próximo mandato autárquico “vai ser muito especial”, com a entrada em vigor, “em Abril do próximo ano, do maior pacote de descentralização de competências da administração central para os municípios, na área da educação, saúde e acção social”. “Com esta transferência de competências, os municípios vão passar a receber mais mil milhões de euros por ano, transferidos do Orçamento do Estado para Orçamento dos municípios, para poderem prestar melhores serviços de educação, melhor serviço de saúde e melhor acção social aos seus habitantes”, salientou. No entanto, “para assumir estas novas responsabilidades”, António Costa disse ser importante haver

Praia de Albarquel Dores Meira acusa Governo de cancelar evento por visita de António Costa No mesmo dia em que António Costa esteve na cidade de Setúbal, “o Governo decidiu cancelar um evento de valorização da Praia de Albarquel e do bom trabalho municipal [CDU] naquela praia”. Quem o afirma é Maria das Dores Meira, presidente da Câmara Municipal de Setúbal, através da sua página de Facebook. Nesta publicação, a edil comunista explica que estava prevista a “participação de três secretárias de Estado” na iniciativa, e que “o cancelamento

foi comunicado meia dúzia de horas antes de António Costa” marcar presença na cidade. Entretanto, a autarquia sadina, em comunicado, disse que o evento, inicialmente agendado para as 10h30 de terça-feira, terá sido cancelado “por alegados imponderáveis de força maior”. No local, estava confirmada a presença “da secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência, Ana Sofia Antunes, da secretária de Estado do Turismo, Rita Marques,

e da secretária de Estado do Ambiente, Inês dos Santos Costa”. “A Câmara Municipal de Setúbal regista esta infeliz e estranha coincidência, interrogando-se sobre se o cancelamento da iniciativa pode estar relacionado com o facto de, com a presença de três membros do Governo, se reconhecer o bom trabalho realizado por esta autarquia também nesta área, que tantos se esforçam por denegrir”, lê-se na mesma nota de Imprensa.

“autarcas que acreditem mesmo na descentralização, que se tenham batido pela descentralização, que não tenham medo de assumir novas responsabilidades”. Depois de considerar que “os autarcas vão ser parceiros absolutamente essenciais para a execução do Plano de Recuperação e Resiliência [PRR]”, o líder socialista destacou que será algo “particularmente importante na região de Lisboa e Vale do Tejo e na Península de Setúbal”. “Como todos nós sabemos, fruto das regras comunitárias, a região de Lisboa e Vale do Tejo não é considerada uma região de convergência porque o seu desenvolvimento se encontra acima da média da União Europeia. Contudo, o PRR não obedece a estas regras e trata todos os municípios por igual”, esclareceu. Também “o grande investimento que foi feito” na implementação do passe único em toda a Área Metropolitana de Lisboa, foi abordado por António Costa, ao afirmar que o PRR prevê o alargamento “da rede de transporte público e da oferta, para que cada vez mais pessoas possam ter direito a utilizar transportes públicos de qualidade”. Lembrou igualmente que “o PRR tem um total de 2 750 milhões de euros para habitação, uma parte para habitação acessível e outra parte para habitação social e para a reabilitação de edifícios e dos bairros degradados”. Por último, assegurou ser “fundamental” existirem autarcas “que saibam trabalhar conscientes de produção de conhecimento”. “Setúbal tem a felicidade de ter um extraordinário Instituto Politécnico, que tem de saber valorizar, não só a formação dos jovens, mas também o conhecimento que é produzido. Essa aliança tem de ser estabelecida também com as empresas, capaz de combinar o conhecimento produzido no Politécnico com aquilo que é a capacidade de iniciativa, do empreender das empresas desta região”, revelou, a concluir.


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Instituto Politécnico abre mais 61 vagas ao Concurso Nacional de Acesso ao ensino superior

O Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) anunciou a abertura de mais 61 vagas ao Concurso Nacional de Acesso ao ensino superior, “passando para um total de 1 271”. Em comunicado, a instituição explica que “o reforço de vagas, confirmado na passada sexta-

-feira pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, surge como resposta ao elevado número de candidaturas à 1.ª fase, que atingiu cerca de 63 mil candidaturas”. Desta forma, no IPS vão ser 18 as licenciaturas que vão poder receber mais 61 alunos

do que o que estava inicialmente previsto, “com destaque para as áreas de Gestão da Distribuição e Logística, Gestão de Recursos Humanos, Marketing, Tecnologias do Ambiente e do Mar, Bioinformática e Gestão de Sistemas de Informação”.

NO SALÃO NOBRE DOS PAÇOS DO CONCELHO

Livro sobre confinamento apresentado no Dia da Cidade Obra de Joaquim Fitas foi a vencedora do XXI Concurso Literário Manuel Barbosa du Bocage, promovida pela LASA Inês Antunes Malta A obra “O vidro desabitado”, da autoria de Joaquim Fernando Fitas, vencedor do XXI Concurso Literário Manuel Maria Barbosa du Bocage, é apresentada na próxima quarta-feira, dia 15, no âmbito das comemorações do Dia da Cidade e de Bocage. O lançamento do livro, que con-

quistou a iniciativa promovida pela Liga dos Amigos de Setúbal e Azeitão (LASA), está marcado para as 18 horas, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, estando também prevista a realização de um momento musical e leitura de poemas. A O SETUBALENSE, o autor disse que “com natural satisfação” recebeu a comunicação de que tinha sido o premiado do concurso, no qual participou com o pseudónimo Aldeia. “No fundo, é um livro que aborda a temática do confinamento. Foi escrito nesse período e o título é, de alguma forma, uma metáfora para o conteúdo do livro e para a altura que vivíamos”, refere. “Vinha à janela e não via ninguém na rua. Estava tudo

Joaquim Fernando Fitas

deserto, era uma situação completamente estranha, que parecia quase surreal”, continua. Joaquim Fernando Fitas aborda a temática ao longo dos vinte poemas que compõem a obra, da qual faz parte também “a componente do medo, numa analogia comparativamente com o que o País vivia antes do 25 de Abril”. Nas suas palavras, “como todos os livros de poesia, tem todas as leituras possíveis, varia de leitor para leitor e até de momento para momento da mesma pessoa”. Jornalista de profissão e também poeta, começou a escrever em 1975, no jornal O Século, a que se seguiram títulos como “24 Horas” e “Tal & Qual”. Fundador e director do quinze-

nário Outra Banda, Fernando Fitas foi ainda chefe de redacção no Notícias de Almada, onde esteve até 2011. Actualmente, faz parte do movimento associativo almadense, presta apoio à Junta de Freguesia da Quinta do Conde e dedica-se à escrita de poesia, que considera ser “um tipo de linguagem extremamente aberta e nada redutora”. “Dedico-me à poesia desde muito novo, o meu primeiro livro é de 1978. Agarrei-a como forma de ocupação do tempo que me sobrava quando deixei de ter uma actividade jornalística a tempo inteiro”. Neste domínio, e ao longo dos anos, tem visto diversas obras serem distinguidas com prémios literários. PUBLICIDADE


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Setúbal O SETUBALENSE

D. JOSÉ ORNELAS INAUGURA ESTÁTUA

Imagem de Nossa Senhora do Rosário de Troia “faz justiça à história da cidade” Cerimónia teve grande afluência da comunidade piscatória, outros fiéis e curiosos, ansiosos para ver a homenagem David Marcos

Supermercado está a 'nascer' junto a outras unidades comerciais, como o Continente, o Atlantic Park e Conforama

CONCLUSÃO PREVISTA PARA AGOSTO DE 2022

Construção da Mercadona arranca com supermercado a ser instalado na zona do Monte Belo Nova superfície comercial reflectirá o “Modelo de Loja Eficiente, semelhante às lojas já abertas em Portugal” Maria Carolina Coelho As novas instalações da Mercadona na cidade de Setúbal começaram já a ser construídas, com o supermercado a ‘nascer’ na zona do Monte Belo, junto a outras unidades comerciais, como o Continente, o Atlantic Park, a Conforama e o Lidl. A superfície comercial, a ser edificada num espaço com “3 249 metros quadrados”, vai contar com “uma área de venda de cerca de 1 900 metros quadrados” e “reflectirá o Modelo de Loja Eficiente da Mercadona, semelhante às lojas já abertas em Portugal”, explicou Ana Carreto, directora regional de relações exter-

nas, a O SETUBALENSE. O novo supermercado vai dispor de “corredores amplos e confortáveis, de uma entrada de vidro duplo que evita correntes de ar, categorias como charcutaria com presunto ibérico cortado e embalado no momento, uma ilha central na perfumaria para maquilhagem e uma máquina de sumo de laranja espremido na hora”. O referido modelo vai permitir, igualmente, “oferecer um excelente serviço para facilitar o acto de compra dos clientes através de corredores amplos de frutas e legumes, e dois modelos de carrinhos, ergonómicos e leves, que não precisam de moeda, entre outros elementos”. “A entrada da Mercadona em Setúbal é algo em que temos vindo a trabalhar há algum tempo e que tem decorrido da melhor forma, em estreita articulação com os agentes envolvidos”, garantiu Ana Carreto. Em seguida, acrescentou: “Contámos com apoio e colaboração por parte da Câmara Municipal desde o início do processo, para desenvolver um projecto de investimento parti-

lhado com a sociedade e que promove a criação de riqueza no município”. De acordo com o alvará emitido pela autarquia de Setúbal, afixado à entrada da empreitada, foi estipulado como “prazo para a conclusão das obras” o dia 19 de Agosto de 2022. Por agora, a empresa mantém-se focada no recrutamento de uma centena de trabalhadores para os equipamentos a inaugurar na cidade setubalense e no Montijo. “O balanço das candidaturas que temos recebido é positivo, sendo um reconhecimento à criação de emprego de qualidade que nos caracteriza”, revelou a directora regional de relações externas. Além da criação de postos de trabalho, a Mercadona está focada em garantir que “as ofertas disponíveis mantêm o compromisso de formar uma equipa focada na excelência e no serviço”. O principal objectivo prende-se em prestar um serviço de qualidade ao clientes – apelidados de “Chefes” -, que vão poder usufruir de “uma experiência de compra cómoda e segura”, com “corredores amplos e confortáveis”.

Foi inaugurada, ao final da tarde de ontem, a estátua de Nossa Senhora do Rosário de Troia, colocada no molhe da Doca dos Pescadores, no Porto de Setúbal. Estiveram presentes, a comandar a cerimónia, o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa e Bispo de Setúbal, D. José Ornelas, e José Castel-Branco, administrador da Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra (APSS). D. José Ornelas agradeceu o esforço da APSS pela homenagem e reconheceu que a imagem da padroeira dos pescadores “faz justiça à história desta cidade”. Recordou, com saudade, a primeira vez que presidiu a cerimónia das Festas da Nossa Senhora do Rosário de Troia, com especial destaque para a procissão, considerando “talvez” a mais bela que presidiu. O Bispo de Setúbal destacou igualmente a relação da cidade com o mar, o esforço e coragem dos pescadores, os perigos que correm, afirmando que “o mar é fonte de vida”. Em seguida, alertou para a necessidade da preservação do mar e da sua sustentabilidade. “Hoje o mar tem de ser objecto dos nossos cuidados e as pessoas ligadas ao mar sabem isto mais

do que ninguém. O futuro precisa disso”, salientou. José Castel-Branco, por sua vez, justificou a homenagem a Nossa Senhora e à comunidade piscatória, afirmando que o Porto de Setúbal se associou a esta iniciativa “porque, de facto, deve preservar esta ligação com os pescadores”. “Para nós é muito importante”, disse. O administrador da APSS destacou igualmente o esforço e a coragem dos “homens do mar”. “É um grande prazer e orgulho dedicarmos este espaço a Nossa Senhora de Troia e aos pescadores, que neste espaço vão também encontrar momentos de reflexão e conforto nos momentos mais difíceis”. Também São Pedro parece ter-se juntado à cerimónia, com o tempo desagradável que se fazia sentir em Setúbal, muito nublado e com vários episódios de chuva, a dissipar-se. Desta forma, tanto pescadores como fiéis e alguns curiosos, que já aguardavam ansiosamente pelo momento, puderam assistir à inauguração da estátua com alguns raios de sol. As Festas de Nossa Senhora do Rosário de Troia realizam-se há mais de cem anos, sendo um dos mais antigos e populares momentos celebrados no concelho de Setúbal, muito associados à forte comunidade piscatória local. Acredita-se que a adoração a Nossa Senhora do Rosário de Troia nasceu de uma lenda em que um grupo de pescadores, atingidos por uma enorme aflição durante uma tempestade, salvou-se ao encontrar refúgio na zona da Caldeira. Aí, alegadamente, encontraram uma imagem, em madeira, da Santa, acreditando que por ela teriam sido salvos. FILIPA PEREIRA

Imagem de Nossa Senhora do Rosário de Troia encontra-se na Doca dos Pescadores


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PELAS 21 HORAS

Fórum Luísa Todi recebe esta sexta-feira concerto de música africana pela voz de Bonga António Ramos O cantor Bonga, nome maior da música africana e figura marcante no universo da World Music, vai estar ao vivo no Fórum Municipal Luísa Todi, em Setúbal, já esta sexta-feira. O concerto, com início marcado para as 21 horas, é organizado no âmbito do projecto Língua Terra, que tem como objectivo criar pontes entre África, Europa e América Latina a partir da música, como expressão, e da rica diversidade étnica, linguística e cultural que compõe os distintos territórios. Bonga, nome artístico de José Adelino Barceló de Carvalho, conta com 50 anos de carreira e cerca de 40 discos editados. Nascido a 5 de Setembro de 1942 no Norte de Luanda, foi figura de destaque no mundo do atletismo em Angola, com diversos títulos conquistados. Foi, inclusive, este o motivo que o fez vir para Portugal a meio dos anos 60, a convite do Benfica, clube onde continuou a desenvolver a sua carreira desportiva. No entanto, as suas ideias foram ficando cada vez mais objectivas em

relação à situação política e social de África, em geral, e de Angola, em particular, motivo que o leva a sair do território português e a fixar-se na Holanda, onde edita o seu primeiro álbum, intitulado “Angola 72”. O dia 25 de Abril de 1974 viveu-o em Paris. A independência dos novos países africanos viria a influenciar o seu trabalho discográfico seguinte, “Angola 74”. Segue-se um período de grandes movimentações artísticas, que o levam a viajar, até à década de 80, pela Europa e Estados Unidos da América em sucessivos eventos culturais e políticos. No final desta década regressa a Portugal, já com uma obra discográfica de relevo, da qual fazem parte 12 álbuns de originais. Também os anos 90 foram de grande produção, com 13 álbuns, tendo adoptado definitivamente o nome de Bonga. No seu longo e marcante caminho, traçado no universo musical onde a língua portuguesa e a cultura africana se afirmam culturalmente, foi reconhecido e enaltecido por diversas instituições sociais e políticas internacionais.

DIAS 20 E 21 DE SETEMBRO

Dino D’Santiago vem à cidade sadina apresentar o seu mais recente trabalho O Fórum Municipal Luísa Todi vai acolher, nos próximos dias 20 e 21, dois concertos de Dino D’Santiago, um dos nomes mais falados e premiados da música em Portugal nos últimos tempos. Esta será a primeira apresentação em Setúbal do músico mais galardoado dos recentes Prémios Play da Música Portuguesa, ao ter conquistado o “Melhor Álbum”, o “Melhor Artista a Solo” e o “Prémio da Crítica”, tudo a respeito do álbum “Kriola”. O seu mais recente trabalho discográfico, publicado em 2020, será a base dos concertos em territórios sadinos, em duas noites imperdíveis. Dino D’Santiago, de 39 anos, nasceu no Algarve, filho de pais cabo-verdianos. Iniciou-se no mundo da música no início dos anos 2000, em experiências com os grupos Dino & Slowmotion, com quem gravou o ál-

bum “Eu e os meus”, Expensive Soul e Nu Soul Family, onde gravou “Never too Late to Dance” e “Unconditional Love”. Há cerca de uma década tomou a decisão de seguir uma carreira a solo. O álbum “Eva” começa logo por conquistar diversos galardões internacionais, colocando Dino D’Santiago sobre as atenções da crítica internacional. Já em 2019, ano em que é “descoberto” por Madonna, no período em que a ‘Rainha da Pop’ viveu em Portugal, conquista os três galardões mais disputados nos Prémios Play da Música Portuguesa. O ano encerra com Dino D’Santiago a ser o primeiro músico português a ser referenciado pela revista norte americana Rolling Stone, classificada como a ‘Bíblia da Música’.

A.R.

CONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE ALCÁCER DO SAL E MONTEMOR-O-NOVO, C.R.L. Nos termos do nº 2 do artigo 26º e dos artigos 27º e 28º dos estatutos da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Alcácer do Sal e Montemor-o-Novo, C.R.L., com sede na Avenida dos Aviadores em Alcácer do Sal, pessoa colectiva nº 501182608, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Alcácer do Sal sob o mesmo número, com o capital social realizado de € 6.797.935 (variável), e na convicção de que, não obstante a actual situação de pandemia, a sua realização venha a ser possível, convoco todos os Associados no pleno gozo dos seus direitos, a reunirem-se, em Assembleia Geral Extraordinária, no dia 13 de outubro de 2021, pelas 17 horas, no auditório da sua agência sita na Avenida Gago Coutinho em Montemor-o-Novo, para discutir e votar a seguinte ORDEM DE TRABALHOS PONTO 1 - Discussão e votação da alteração dos Artigos 18.º, alínea d); aditamento do n.º 4 do Artigo 21.º; alteração do n.º 4 que passa a n.º 5 do Artigo 21.º, e consequente renumeração dos n.os 6 a 8, que passarão a ser os n.os 7 a 9 do Artigo 21.º; alteração do n.º 4 do Artigo 23.º; alteração do n.º 2 do Artigo 27.º; alteração das alíneas a) e b) do n.º 3 do Artigo 27.º; alteração do n.º 4 do Artigo 27.º; alteração das alíneas a), b) e c) do n.º 4 do Artigo 27.º; aditamento da alínea d) do n.º 4 do Artigo 27.ª e alteração do Artigo 46.º dos Estatutos da Caixa Agrícola, nos termos constantes da proposta cujo texto integral ficará à disposição dos Associados na sede da Caixa Agrícola a partir da publicação da presente convocatória, sem prejuízo de, na Assembleia Geral, poderem os Associados propor outras redacções para os referidos Artigos. PONTO 2 - Deliberação sobre a alteração da Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e Fiscalização da Caixa Agrícola para 2021 Se, à hora marcada, não se encontrar presente mais de metade dos Associados, a Assembleia Geral reunirá, em segunda convocatória, uma hora depois, com qualquer número. A Assembleia reunirá fora da sede social da caixa Agrícola devido à inexistência, nesse local, de sala com condições para a realização da mesma, atenta a necessidade de serem adaptadas medidas de segurança e de distanciamento social. Tomando em consideração as medidas em vigor restritivas da aglomeração de pessoas, as quais poderão ainda vigorar à data da realização da Assembleia Geral, incentivam-se os Senhores Associados a privilegiarem o recurso ao voto por correspondência ou por representação. A. Voto por Correspondência Os Associados podem exercer o seu direito de voto por correspondência, nos termos do artigo 31.º, n.os 3 a 6 dos Estatutos da Caixa Agrícola desde que sejam cumpridos, cumulativamente, os seguintes requisitos: i. solicitem atempadamente, por escrito, ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral, os boletins correspondentes a cada ponto da ordem de trabalhos e a carta que os deverá capear; ii. o sentido do voto seja expressamente indicado em relação a todos os pontos da ordem de trabalhos; iii. os boletins dêem entrada na sede da Caixa Agrícola até às dezasseis horas do segundo dia útil anterior ao da Assembleia Geral, sendo a data e hora da entrada registada em livro, registo que será encerrado pelo Presidente da Mesa da Assembleia Geral logo que terminado o prazo da sua válida recepção. Cada boletim deverá ser dobrado em quatro e inserido em sobrescrito, em cujo rosto será inscrito "Votação do(a) Associado(a) ... [nome ou designação do Associado] para o Ponto ... [inscrever o número] da Ordem de Trabalhos da Assembleia Geral da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de [colocar designdção da CCAM], C.R.L, convocada para as xx horas do dia xx de xxxx de 2021 [colocar a hora designada para a reunião em primeira convocatória, bem como a data agendada para AG]", sendo os referidos boletins capeados pela carta a que alude o requisito i. supra com a assinatura do Assciado reconhecida nos termos legais. B. Voto por Representação Nos termos do artigo 31.º, n.os 7 e seguintes dos Estatutos da Caixa Agrícola, qualquer Associado poderá votar por procuração, conquanto constitua como mandatário familiar seu, desde que maior de idade, ou outro Associado, sendo que este só poderá representar um mandante. A procuração deve ser outorgada em documento escrito, dele constando a identificação do mandante e a identificação do mandatário, pelo menos através dos seus nomes completos, números de identificação civil e respectivas moradas, data, hora e local da realização da Assembleia e ponto ou pontos da ordem de trabalhos para a qual confere o mandato e, querendo, o respectivo sentido de voto. A procuração deverá ainda ser datada e dirigida ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral, com a assinatura do mandante reconhecida nos termos legais. C. Presença na Assembleia Geral Para o caso dos Associados que ainda assim desejem estar presentes na Assembleia Geral, adverte-se que, na data da sua realização, serão seguidas as orientações específicas que venham a ser dimanadas quer por dispositivo legal subsequente à publicação desta Convocatória e que então se encontre em vigor, quer pela Direcção-Geral de Saúde ou por qualquer outra autoridade competente, designadamente quanto aos procedimentos de segurança, saúde e higiene a adaptar na reunião, as quais serão devidamente divulgadas aos Associados. Sem embargo do anteriormente expresso, mais se adverte que, no mínimo, serão sempre adaptados os seguintes procedimentos: a) restrição de presença no local da reunião de uma pessoa em representação de cada Associado, designadamente no que se refere a Associados pessoas colectivas; b) distanciamento físico mínimo de dois (2) metros entre os presentes na reunião; c) uso obrigatório de máscara ou viseira; d) utilização das soluções desinfectantes cutâneas aquando da entrada na reunião. Alcácer do Sal, 6 de setembro de 2021 O Presidente da Mesa da Assembleia Geral, Luís Inácio Almadanim de Nápoles Santa Marta 3065


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BOA F DA MOESTA ITA


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Moita

AUTÁRQUICAS 2021

Rui Garcia aponta habitação como prioridade na sua recandidatura à Câmara da Moita DR

Autarca comunista elege mobilidade e acessibilidades como outras metas para futuro mandato A habitação, a mobilidade e a acessibilidade são as grandes prioridades da recandidatura de Rui Garcia, pela CDU, à presidência da Câmara da Moita nas próximas eleições Autárquicas. O candidato comunista afirma que “estamos neste momento, neste ano, a elaborar a nossa estratégia local de habitação”, com vista à sua “implementação no próximo mandato”, revelou, aproveitando as verbas que estão no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) ao “máximo”, assim como no futuro quadro comunitário. Neste âmbito, o actual presidente da autarquia, em declarações à Lusa, garantiu que “iremos procurar dar respostas às necessidades de habitação, que no todo do país e que muito em particular na Área Metropolitana de Lisboa [AML] tem um peso muito significativo”, realça. Além desta prioridade, Rui Garcia considera que a Moita tem as mesmas questões que se colocam, na generalidade dos casos, a outros municípios da região, referindo questões como a mobilidade e as acessibilidades, sobretudo, junto do segmento da população que

Rui Garcia, candidato da CDU, diz que estratégia para habitação visa aproveitar máximo de verbas disponíveis

se desloca diariamente para a capital. “São questões que não dependem exclusivamente do concelho, mas tudo o que tem a ver com transportes, com acessibilidades, são questões que preocupam significativamente a nossa população”, frisou. Entre os desafios do próximo mandato, o candidato comunista destaca ainda como área fundamental a educação, a adaptação às alterações climáticas, a eficiência energética e

os novos paradigmas de uso e de produção de energia, assim como os problemas associados ao desenvolvimento cultural e desportivo. “Acho que a preocupação das pessoas, essencialmente, está muito nestas questões”, afirma. “A qualidade de vida dentro das nossas vilas e cidades, as questões da circulação [e] da mobilidade, do ambiente urbano [e] dos espaços de lazer [...] continuam a ser muitos importantes”, destacou.

Durante o mandato que está prestes a chegar ao fim, o autarca da CDU lembra que foram concretizadas, ou estão em fase de concretização, as obras das intervenções candidatas ao quadro comunitário Portugal 2020. Investimentos que incidiram “num conjunto grande de intervenções na área da mobilidade [e da] regeneração urbana, através da renovação da circulação dentro das cidades”. Em termos de montantes, Rui

Garcia realça como os investimentos mais significativos, a recuperação do antigo palacete dos Condes de Sampayo, em Alhos Vedros, para instalação do Museu Municipal e a construção de uma nova piscina municipal, que está agora no terreno”. O candidato tem ainda a intenção de dar continuidade ao projecto “Moita Património do Tejo”, que visa a promoção e valorização do território e da cultura desta zona ribeirinha e que o mesmo considera importante para o desenvolvimento económico e para a identidade cultural do concelho. “O grande factor identitário de toda esta zona é de facto a ligação ao Tejo” e é nessa perspectiva que o actual presidente explica que os eleitos da CDU têm promovido o programa, sendo ali que se encontra a funcionar o “único estaleiro que resta no estuário do Tejo de construção e reparação tradicional de embarcações em madeira”, algo que o executivo comunista pretende preservar. Recorde-se que a Câmara da Moita, comunista desde 1976, é dirigida há oito anos por Rui Garcia (CDU), possuindo três vereadores desta força política, além de três vereadores eleitos pelo PS, um do BE e outro pela coligação PSD/ CDS-PP/MPT. Além do edil comunista, na corrida à presidência da autarquia moitense estão ainda Carlos Albino (PS), Luís Nascimento (PSD/CDS-PP/ MPT/PPM/Aliança/PRD), Joaquim Raminhos (BE), Hélder Silva (PAN) e Ivo Pedaço (Chega). LG com Lusa

AUTÁRQUICAS

PAN defende fim dos subsídios às touradas e largadas na Moita O cabeça-de-lista do PAN para a Câmara da Moita nas próximas Autárquicas, Hélder Silva, aponta como prioridades o fim de subsídios para touradas no concelho, um plano de habitação social e a revisão da rede de ciclovias. “Pretendemos tirar qualquer subsídio para touradas e largadas”, disse, defendendo que essa é uma questão essencial, até “porque faz parte dos valores da sociedade ocidental”, re-

velou recentemente à Lusa. O candidato do partido Pessoas-Animais-Natureza considera que “as questões dos maus-tratos de animais e de tradições cruéis na Moita são históricas”. Simultaneamente, reforça a importância da construção de um canil no concelho, já anunciada pelo executivo, após o município ter partilhado um destes espaços com a autarquia vizinha do Barreiro. “Não se compreende como

é que há tanto tempo não há canil na Moita, tendo a câmara tantos animais abandonados”, sublinha. Hélder Silva, que repete a candidatura das eleições autárquicas de 2017, diz que há centenas de pessoas carenciadas em termos de habitação e considera que há uma relação directa com os animais abandonados ou maltratados. “A questão dos animais abandonados está associada a condi-

ções de vida pouco aceitáveis, com muitas carências de água canalizada ou de esgotos”, afirma, realçando que algumas pessoas “não dão as melhores condições aos animais”, por tratarem-se de munícipes que “também não têm condições apropriadas de habitação”, defendeu. Ainda sobre a questão do bem-estar animal, o PAN sublinha a necessidade de a Moita ter “um veterinário

municipal que assuma a responsabilidade por aquilo que são as vacinas, castrações e esterilizações”. Já no campo da mobilidade, o candidato alerta que os cidadãos encontram “infra-estruturas em más condições”, sendo “o caso das ciclovias é claro”, considerando que as mesmas “foram feitas à pressa, com muitas barreiras propícias a acidente e [que] esse plano terá de ser todo revisto”. LG com Lusa


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Obras na Baixa da Banheira continuam a avançar sem criar condicionalismos ao trânsito

A União de Freguesias da Baixa da Banheira e do Vale da Amoreira emitiu recentemente uma informação, onde refere que o projecto que está em curso de reconversão viária para a Zona 30, na ex-Estrada Nacional 11-1 – aprovado em 2019

Comemorações em honra de N.ª Sra. da Boa Viagem arrancam amanhã com intenso programa musical

MOITA

Município associa-se à Semana Europeia da Mobilidade 2021 concelhos desta região. O percurso, organizado pelas várias autarquias, conta com o apoio da S.ENERGIA e será efectuado em modo estafeta, com partida do Largo de São João (Alcochete) e passagem pelos referidos municípios, com chegada prevista para o Parque da Vila, na Quinta do Conde (Sesimbra). A inscrição é gratuita, contudo obrigatória.

MANUTENÇÃO

Câmara executa operações em reservatórios de água No âmbito das habituais operações de limpeza e conservação dos reservatórios de água do concelho da Moita, a autarquia local está a proceder desde o último dia 7 até esta quinta-feira, à manutenção destes equipamentos naquela vila, na freguesia de Alhos Vedros e hoje, no reservatório elevado do Rego d’Água, entre as 11 e as 13h00. A edilidade adianta que durante a intervenção “poderá ocorrer diminuição de pressão ou interrupção temporária do abastecimento de água”. Segundo o município, hoje, termina ainda a intervenção no Reservatório Apoiado da

Barra Cheia e, por este motivo, “torna-se necessário interromper o fornecimento de água” no local, das 9 às 11h00. Ontem foi realizada a mesma operação no Reservatório do Penteado. DR

GAIO-ROSÁRIO

Junta inicia trabalhos para instalar equipamentos em escolas A União de Freguesias do GaioRosário e Sarilhos Pequenos deu início, na última segunda-feira, aos trabalhos de preparação para a instalação dos equipamentos multi-actividades, adquiridos pela Junta, nos estabelecimentos de ensino situados no Gaio e no Rosário, que “permitem ser utilizados por nove crianças em simultâneo e vêm colmatar a falta

veículos”, justifica o executivo liderado por Nuno Cavaco. A obra visa, entre outros objectivos, promover “uma acalmia do tráfego automóvel, a redução da velocidade e a criação de baias de paragem de autocarro fora da faixa de rodagem”.

MOITA ASSINALA DATA COM RESTRIÇÕES

BREVES

A Câmara da Moita vai associar-se à Semana Europeia da Mobilidade, que decorre entre os dias 16 e 22, este ano, subordinada ao tema “Mova-se de forma sustentável. Seja Saudável”. Neste âmbito, a TML – Transportes Metropolitanos de Lisboa, vai promover a iniciativa “Volta à Área Metropolitana de Lisboa em Bicicleta”, no dia 19, em parceria com os restantes

pela Câmara da Moita –, está “a ser executado em consonância com as obras que decorrem na Avenida 1.º de Maio, de modo a reduzirmos os condicionalismos de trânsito, pois estas são as duas principais artérias da vila [...] no que toca à circulação de

[dos mesmos] nos logradouros destas escolas”. Entretanto, continuam em marcha as pinturas, em diferentes locais da freguesia, de pinos e pilaretes, guardacorpos e mesas, entre outros, naquele que o executivo classifica ser “um trabalho constante e obrigatório para a conservação e manutenção dos equipamentos urbanos da freguesia”.

DR

Programa continua a ser condicionado pela pandemia. Procissão sai à rua este domingo Luís Geirinhas As comemorações em honra de Nossa Senhora da Boa Viagem arrancam amanhã na Moita e estendem-se até ao próximo dia 18. Para assinalar este momento na vida da população local – apesar das festas não se realizarem dentro dos moldes habituais –, em tempos que continuam marcados pela pandemia e pelas restrições da Direcção-Geral de Saúde, a Comissão Coordenadora dos festejos irá promover um leque de iniciativas para animar as gentes do concelho. O recinto do Mercado Mensal, na Avenida Marginal da Moita, vai receber na primeira noite, a partir das 22h00, um concerto dos Xutos & Pontapés, seguindo-se um conjunto de actuações musicais no mesmo espaço e à mesma hora, com o cantor Syro (11), Paulo Flores (13), Quim Barreiros (17) e Ricardo Ribeiro (18). Os bilhetes são gratuitos e ainda podem ser adquiridos nas instalações da Comissão de Festas, na Praça da República. Além do arraial naquela área da vila, estão previstos outros dois arraiais na Rua Machado Santos e Rua Dr. Miguel Bombarda, sendo o próximo domingo dedicado à Procissão em Honra de Nossa Senhora da Boa Viagem, que desta vez realiza-se em moldes idênticos ao ano passado, pelas 18h30, com o andor a desfilar por várias artérias da vila, sem paragens e rumo ao cais, com a bênção de barcos, sendo a cerimónia acompanhada pela Banda Filarmónica da Moita. No final está previsto o lançamento de foguetes em honra da padroeira da vila. Este ano, as comemorações incluem ainda animação itinerante com o Grupo de Bombos e Gigantones de

Veja programa das festas completo na página 15

Santa Maria de Jazente. De acordo com a Comissão Organizadora das Festas da Moita, “infelizmente [e] pelo segundo ano consecutivo, não é possível realizarmos as Festas [...], devido à pandemia [...] e à proibição de realização de Festas Populares em todo o país, até ao final do [corrente] mês de Setembro”. No decorrer das comemorações, estarão patentes duas exposições de fotografia ao ar livre na vila, na Avenida Dr. Teófilo de Braga – “Os Toiros Estão na Rua” – e na Praça da República, alusiva ao tema “Estamos de Volta # Somos Moita”.

Dia do Município assinalado no dia 14

No dia 14, a Praça da República volta a acolher a cerimónia pública de atribuição de Medalhas de Honra do Município e de Mérito Municipal, pelas 17h30. Recorde-se que a autarquia distingue anualmente pessoas e

entidades que se diferenciaram, no seu percurso pessoal ou profissional, associativo, empresarial, cultural e desportivo, engrandecendo o concelho e a sua população. Em 2021, a Câmara Municipal vai homenagear o Agrupamento 371 do Corpo Nacional de Escutas – Escutismo Católico Português, com a Medalha de Honra do Município, e atribuir a “O Ninho da Águia” (restauração), ao Oculista Ideal da Moita e a ao pronto a vestir Maria da Luz, as Medalhas de Mérito Económico e Social. Já em termos desportivos, o ciclista, técnico de ciclismo e massagista Orlando Alexandre e a atleta olímpica Liliana Cá, recebem nesta data Medalhas de Mérito Desportivo. Durante a cerimónia serão ainda entregues as Medalhas de Bons Serviços ao Município a 14 trabalhadores da edilidade que completaram 40 anos de serviço.


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Moita PROMOVIDA PELA TAUROLEVE

Feira Taurina volta a atrair aficionados à Praça de Toiros Daniel do Nascimento com restrições DR

Espectáculos estão agendados para dias 14, 15 e 16. Novilhada popular acontece a 17 de Setembro Luís Geirinhas

A par das iniciativas que integram as Comemorações em honra de N.ª Sra. da Boa Viagem, a Moita volta a receber na próxima semana, entre os dias 14 e 17, a habitual Feira Taurina de Setembro, promovida pela Tauroleve na Praça de Toiros Daniel do Nascimento. Durante o evento, a obrigatoriedade do uso de máscara de protecção e de certificado de vacinação ou ou de prova da realização de teste para entrada no recinto, devido à pandemia e às restrições impostas pela Direcção-Geral de Saúde, serão indispensáveis a todos os que queiram assistir aos espectáculos tauromáquicos previstos. De acordo com a organização da iniciativa, o calendário da feira deste ano começa na terça-feira (14), pelas 22h00, com a Corrida de Toiros Mista do Município da Moita, que conta com a participação dos cavaleiros António Ribeiro Telles e João Ribeiro Telles, além do matador Morante de la Puebla e dos Forcados Amadores da Moita, com o cabo Pedro Raposo. Neste especáculo serão lidados seis toiros da ganadaria “Ribeiro Telles”. O cartaz taurino prossegue no dia seguinte (15) e à mesma hora, com a Corrida de Toiros Mano a Mano, que vai unir os matadores Cuqui ‘versus’ Juanito e contar com um conjunto de seis toiros, oriundos das ganadarias “Oliveira, Irmãos” (2), “Ascensão Vaz” (2) e “Núñez de Tarifa” (2). Dia 16, também pelas 22h00, a praça, propriedade da Sociedade Moitense de Tauromaquia vai acolher a Corrida de Toiros do 70.º Aniversário da Casa das Enguias, com a participação dos cavaleiros Rui Fernandes Gilberto Filipe, Filipe Gonçalves, João Ribeiro Telles e Luís Rouxinol Jr., além do cavaleiro practicante Duarte Fernandes e do amador Tristão Ribeiro Telles. O encontro tauromáquico contará ainda com a participação dos Forcados Amadores do Aposento da Moita, comandados

Primeira corrida, na terça-feira, conta com cavaleiros António Ribeiro Telles e João Ribeiro Telles, além do matador Morante de la Puebla e dos Forcados Amadores da Moita, com o cabo Pedro Raposo pelo cabo Leonardo Mathias, com seis toiros da ganadaria “Passanha”.

Novilhada popular marcada para dia 17

Magia da tauromaquia regressa à Moita para Feira Taurina de Setembro

Para 17 de Setembro, pelas 18h00, está ainda agendada uma Novilhada Popular, com o cavaleiro practicante Diogo Oliveira, os Forcados Amadores do Aposento da Moita e ainda, os novilheiros practicantes German Vidal “El Melli”, da Escuela Taurina El Volapie Sanlucar de Barrameda, Filipe Martinho (Moita/Badajoz), Duarte Silva (Vila Franca), Tristán Barroso (Badajoz) e Juan Alonso (Palencia), que vão lidar sete novilhos, cedidos para este efeito por diversos ganaderos. Acrescente-se que a abrilhantar os espectáculos estará a Banda Musica do Rosário, sendo que as entradas para a feira taurina podem ser adquiridas na bilheteira da praça de toiros, entre as 15 e 20h00, e no próprio dia, a partir das 9h00. De acordo com o promotor, a venda antecipada dos bilhetes pode também ser efectuada das 10 às 19h00, através de contacto telefónico (913 325 158). A feira destina-se a maiores de 12 anos, sendo a entrada interdita a crianças com três anos de idade. A organização alerta que os espectáculos podem “ferir a susceptibilidade” dos espectadores”.


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Almada: Câmara Municipal promove cursos sobre uso do desfibrilhador p19 Programa Comemorações em honra de Nossa Senhora da Boa Viagem DIA 10 - Sexta-feira

10h00H Salva de 10 Morteiros e Acender do Arraial. Org.: Comissão de Festas 22h00 XUTOS & PONTAPÉS Recinto do Mercado Mensal (O acesso ao recinto é feito mediante a apresentação de bilhete que será distribuído de forma gratuita). Org.: Comissão de Festas

DIA 11 - Sábado

09h00 Volta à Vila pelo Grupo de Bombos de Santa Maria de Jazente Org.: Comissão de Festas 16h00 Volta à Vila pelo Grupo de Bombos de Santa Maria de Jazente Org.: Comissão de Festas 16h00 Velas ao Vento no Cais da Moita Org.: Comissão de Festas e Centro Náutico da Moita 22h00 SYRO Recinto do Mercado Mensal (O acesso ao recinto é feito mediante a apresentação de bilhete que será distribuído de forma gratuita). Org.: Comissão de Festas

DIA 12 - Domingo

09h00 Volta à Vila pelo Grupo de Bombos de Santa Maria de Jazente Org.: Comissão de Festas

Comemorações em honra de N.ª Sra. da Boa Viagem arrancam amanhã e prolongam-se até dia 18

11h30 Missa Solene no Quintal da Igreja. Org.: Centro Paroquial da Moita 12h00 Exposição de Embarcações Típicas do Tejo Engalanadas no Cais da Moita. Org.: Comissão de Festas e Centro Náutico da Moita 16h00 Volta à Vila pelo Grupo de Bombos de Santa Maria de Jazente Org.: Comissão de Festas 18h30 PROCISSÃO EM HONRA DE NOSSA SENHORA DA BOA VIAGEM, com a bênção de barcos no Cais com o lançamento de foguetes em honra da Padroeira. A cerimónia de bênção será acompanhada pela Banda Filarmónica da Moita. Org.: Centro Paroquial da Moita

DIA 13 - Segunda-feira 09h00 Volta à Vila pelo Grupo de Bombos de Santa Maria de Jazente Org.: Comissão de Festas 16h00 Volta à Vila pelo Grupo de Bombos de Santa Maria de Jazente Org.: Comissão de Festas 22h00 PAULO FLORES Recinto do Mercado Mensal (O acesso ao recinto é feito mediante a apresentação de bilhete que será distribuído de forma gratuita). Org.: Comissão de Festas

Os Xutos & Pontapés actuam dia 10, às 22h00, no recinto do mercado mensal da Moita

Praça Daniel do Nascimento Org.: Tauro Leve

DIA 16 - Quinta-feira

22h00 CORRIDA DE TOIROS Praça Daniel do Nascimento Org.: Tauro Leve

mediante a apresentação de bilhete que será distribuído de forma gratuita). Org.: Comissão de Festas

DIA 18 - Sábado

18h30 CORRIDA DE TOIROS Praça Daniel do Nascimento Org.: Tauro Leve

22h00 RICARDO RIBEIRO Recinto do Mercado Mensal (O acesso ao recinto é feito mediante a apresentação de bilhete que será distribuído de forma gratuita). Org.: Comissão de Festas

22h00 QUIM BARREIROS Recinto do Mercado Mensal (O acesso ao recinto é feito

23h30 Lançamento de Fogo de Artificio. O lançamento do fogo não será feito do local habitual.

DIA 17 - Sexta-feira

DIA 14 - Terça-feira

09h00H Volta à Vila pelo Grupo de Bombos de Santa Maria de Jazente Org.: Comissão de Festas 16h00 Volta à Vila pelo Grupo de Bombos de Santa Maria de Jazente Org.: Comissão de Festas

Quim Barreiros volta ao concelho para actuar dia 17

17h30 CERIMÓNIA PUBLICA DO DIA DO MUNICÍPIO na Praça da República Org.: Câmara Municipal da Moita 22h00 CORRIDA DE TOIROS Praça Daniel do Nascimento Org.: Tauro Leve Grupo de Bombos e Gigantones de Santa Maria de Jazente vai circular pelas ruas da vila

DIA 15 - Quarta-feira 22h00 CORRIDA DE TOIROS

Ricardo Ribeiro encerra o conjunto de concertos a 18 de Setembro


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O SEGREDO DAS CARTAS TARÓLOGO e ASTRÓLOGO FRANCISCO GUERREIRO

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CARNEIRO 21.03 a 20.04 No plano amoroso – não deixe que fantasmas prejudiquem a sua relação atual, mostre-se entusiasmado com o seu parceiro e verá todos os seus sentimentos consolidados. No plano profissional – momento ótimo em que terá inspiração aliada á concretização dos seus projetos. Carta da semana – O SOL – esta carta mostra que terá as energias que precisa para se manter forte e otimista. TOURO 21.04 a 21.05 No plano amoroso – se tem alguma relação pendente ou mal terminada, é altura indicada para esclarecer os mal entendidos e arrumar o assunto de uma vez por todas. Se chegar á conclusão que a relação terminou reserve um tempo para si, mas não se feche ao amor. Viva a vida de uma forma alegre e descontraída. No plano profissional – terá algumas decisões importantes a tomar mas sentir-se-á confuso, por mais que lhe custe deve esfriar a cabeça para que consiga tomar decisões. Carta da semana – O AMOROSO – esta carta mostra que esta semana sentirá uma forte insegurança. Confie na sua intuição para conseguir tomar decisões. GÉMEOS 22.05 a 21.06 No plano amoroso – se está interessado em alguém aconselha-se que se aproxime dessa pessoa de forma prudente e só vá mais longe se essa pessoa lhe enviar algum sinal de consentimento. Não invada o território da pessoa de forma brusca. No plano profissional – esta semana talvez a rotina se altere e terá de fazer algum trabalho extra, isto devido ao grande afluxo de trabalho. Carta da semana – A PAPISA – esta carta mostra que a semana corre muito bem, mas deverá estipular muito bem todos os passos que tem para dar. CARANGUEJO 22.06 a 22.07 No plano amoroso – está muito seguro de si o que fará com que alcance progressos neste plano. Provocará bem estar em todos os que se aproximem de si. No plano profissional – vai realizar os seus projetos pessoais. Faça investimentos. Carta da semana – O IMPERADOR – esta carta mostra que esta semana estará com energias que farão com que seja bem sucedido em todos os planos. LEÃO 23.07 a 23.08 No plano amoroso – dias de intenso romance, de proximidade, o que o fará muito bem disposto e alegre. Nada nem ninguém conseguirá quebrar a sua boa disposição. No plano profissional – sucesso e muito trabalho são as duas máximas desta semana. Alcançará os seus objetivos. Carta da semana – A ESTRELA – esta carta iluminará o seu caminho. As suas capacidades e os seus atributos estão no auge. VIRGEM 24.08 a 23.09 No plano amoroso – reforce laços familiares, use de bom senso para aliviar ambientes tensos. No plano profissional – se não está satisfeito, repense a sua situação, pode seguir por outros meios para atingir os seus fins. Carta da semana – O PAPA – esta carta mostra que esta será uma semana tranquila em que deve aproveitar para ler e desenvolver a sua vida intelectual. BALANÇA 24.09 a 23.10 No plano amoroso – semana de conquista, aproveite e dê o melhor de si na arte de seduzir, mas não se deixe influenciar pelo passado e aproveite o melhor da vida. No plano profissional – este plano está brilhante consegue convencer tudo e todos do seu poder, pode ter acesso a um cargo de liderança. Carta da semana – O IMPERADOR – esta carta mostra que consegue dominar todos os acontecimentos e controlar agitações. ESCORPIÃO 24.10 a 22.11 No plano amoroso – se está só dê uma oportunidade a si mesmo de voltar a amar sem receios. Se mantém uma relação estável dê a sim mesmo a oportunidade de repensar a situação, o que o mantêm preso a essa pessoa e valorize-a. No plano profissional – este plano da sua vida está mais claro do que nunca para si e poderá agir de uma forma mais segura pensando no futuro. Carta da semana – A MORTE – esta carta mostra que irá conduzir a semana da forma que mais lhe agradar e conseguirá tomar as melhores decisões nos momentos certos. SAGITÁRIO 23.11 a 20.12 No plano amoroso – está muito apaixonado e inseguro. Confie na sua cara metade e não tenha receio de dar mais do que recebe. No plano profissional – não é altura indicada para correr riscos, situação financeira estável, se possível faça algumas economias. Carta da semana – A LUA – esta carta mostra que a semana será muito desgastante, pois as preocupações que terá serão constantes. CAPRICÓRNIO 21.12 a 20.01 No plano amoroso – deverá dedicar mais tempo ao amor e o resultado será uma semana repleta de paixão e de harmonia. No plano profissional – arrisque, tente ir mais além pois tem todas as hipóteses de triunfar. Carta da semana – O MUNDO – esta carta mostra que deve aproveitar todas as oportunidades que tem para mostrar aquilo que vale. Bons resultados em todas as áreas graças á sua determinação e garra. AQUÁRIO 21.01 a 19.02 No plano amoroso – irá desenvolver de forma harmoniosa o seu relacionamento, desde que seja claro e sincero sobre os seus sentimentos. No plano profissional – esta semana terá êxito no trabalho e nas suas finanças. Carta da semana – A IMPERATRIZ – esta carta mostra que esta semana tudo o que semear irá colher em abundância futuramente. PEIXES 20.02 a 20.03 No plano amoroso – mesmo que se sinta indeciso evite alterar as suas decisões, e ao fazer uma escolha deve estar certo que algumas decisões são irreversíveis. No plano profissional – sente que alguém o pode prejudicar, mantenha a calma pois se isso acontecer você notará e saberá como agir. Carta da semana – O CARRO – esta carta mostra que irá obter excelentes resultados em todos os aspetos da sua vida, mas que para isso, tem que dar o seu melhor. 2426

Censos 2021: na luta para vencer o desafio demográfico, todos podem fazer a diferença

O

s resultados preliminares dos Censos 2021 revelaram algo que, tristemente, já se previa. Portugal continua a perder gente, tendo tido um decréscimo de cerca de 2 por cento numa década. A nossa população “encolhe”, concentra-se nas cidades e deixa vastas e importantes áreas do País praticamente desertas. Na nossa região, os resultados são especialmente preocupantes em alguns municípios e obrigam a que todos -governantes nacionais e locais – tomem decisões para que esta tendência dramática se inverta já nos censos de 2031. Este não é um problema a tratar exclusivamente pelo Governo. É demasiado importante para que pensemos assim. Trata-se da nossa sobrevivência enquanto povo e da nossa capacidade para lutar por um futuro melhor. A baixa natalidade é algo que nos afeta a todos, desde logo porque tem consequências económicas extremamente graves, porque um país envelhecido é um país menos dinâmico, menos forte, mais vulnerável. Porque a força de trabalho ativa tem de ser suficientemente alargada para proporcionar condições dignas à vasta população idosa. É por isso que todos devemos pensar em formas de incentivar as famílias a ter mais filhos, ajudando nessa decisão com políticas locais nesse sentido. Essas políticas devem mostrar aos casais jovens a importância que essa decisão tem para o futuro de Portugal e isso só se consegue se quem gere as políticas públicas apresentar medidas, ações e incentivos adequados. Os concelhos que perderam mais gente têm a obrigação de tentar, pelos meios ao seu alcance, cativar os seus jovens a permanecer ou regressar à sua terra natal para ali criar as suas próprias raízes. É curioso constatar que, no nosso distrito, todos os concelhos da península de Setúbal ganharam população, à exceção do Barreiro, que ainda assim teve uma variação negativa de apenas meio ponto percentual. Mas, já na zona sul - no Litoral Alentejano

OPINIÃO Clarisse Campos

Este não é um problema a tratar exclusivamente pelo Governo. É demasiado importante para que pensemos assim

- todos perderam, menos Odemira, que subiu 13.3 por cento, muito devido à inclusão de imigrantes. Os números mais dramáticos e graves são curiosamente apresentados pelo concelho mais próximo da península de Setúbal: Alcácer do Sal, que perde 14.7 por cento, cerca de duas mil pessoas da sua já muito reduzida população, tendo em conta que é o segundo mais extenso concelho do País. Face a esta grave questão, os municípios podem, e devem, dar o seu contributo para uma estratégia nacional que contrarie esta tendência. Desde logo, ter políticas de habitação que permitam às famílias ter acesso a uma casa a preços que possam pagar, nomeadamente articulando com instituições ou particulares proprietários de imóveis degradados ou devolutos, fazendo com que estes sejam reabilitados e colocados no mercado a preços razoáveis. Em paralelo, devem criar loteamentos municipais nas aldeias, promovendo a fixação de jovens nesses aglomerados, o que deve ser acompanhado pela imprescindível melhoria dos acessos e a garantia de eficientes redes de telecomunicações. A isto têm ainda de somar-se respostas educativas adequadas. Quem quiser fixar-se nestes concelhos, deve poder fazê-lo facilmente, sendo acolhido também com inventivos ao empreendedorismo, com incubadoras de empresas, a agilização dos processos de licenciamento para projetos imobiliários e empresariais e a dinamização das zonas industriais, levando-as para um novo nível de desenvolvimento adaptado aos dias de hoje. Só depois de tentarmos tudo isto e o mais que a criatividade e os bons exemplos nos permitirem, é que podemos dizer que contribuímos para a sobrevivência do País, pensando global, mas agindo localmente, como peças de um grande puzzle que é Portugal.

Deputada do PS


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Sociedade Cultural de Artes e Letras ‘recebe’ espaço na Rua Conde Ferreira

A Câmara de Almada assinou com a Sociedade Cultural de Artes e Letras de Almada (SCALA) um contrato de cedência de utilização do espaço municipal - Antiga Escola do 1.º ciclo da E.B. n.º 1 de Almada e J.I N.º 1 de Almada, na Rua Conde Ferreira.

Almada

O contrato está em vigor por um período de cinco anos, podendo ser, eventualmente, renovado por iguais períodos. Esta cedência à SCALA tem por objectivo que a mesma consiga desenvolver as suas diversas iniciativas culturais.

CONCERTO

CULTURA

Salvador Sobral ao vivo no Teatro Joaquim Benite

Luís Aguiar e José Gardeazabal vencem concursos literários promovidos pelo município DR

Tour de apresentação de “BPM”, o mais recente trabalho do cantor/compositor, passa por Almada dia 17 António Ramos Salvador Sobral vai estar no Teatro Joaquim Benite, em Almada, a 17 de Setembro, num concerto incluído na tour de apresentação de “BPM”, o seu terceiro álbum de originais, editado em Maio passado. O cantor e compositor estará em palco acompanhado por André Rosinha (Contrabaixo), André Santos (Guitarra), Bruno Pedroso (Bateria) e Max Agnas (Piano) “BPM” foi gravado em Fevereiro passado em França e todos os temas são de Salvador em parceria com Leo Aldrey, o produtor do disco. Este novo disco surge dois anos depois de “Paris Lisboa”, álbum que o consagrou nacional e internacionalmente em 2019. O concerto de apresentação no Coliseu de Lisboa, revelar-se-ia um concerto memorável.

Todos os temas de "BPM" são de Salvador Sobral em parceria com Leo Aldrey, produtor do disco

Muitas dezenas de concertos na Europa (da Noruega a Espanha, da Lituânia a Itália, da Ukrânia à Islândia, passando por Alemanha, Inglaterra, França, Suécia, etc.) tornaram Salvador Sobral num músico com uma agenda preenchidíssima, em matéria de concertos. Salvador Sobral que já afirmou ser fascinado por Jacques Brel e a sua obra, estreou-se em disco em 2016, com o álbum “Excuse me”, que só no

ano seguinte viria a ser ‘descoberto’. 2017 foi o ano de todas as mudanças na sua vida musical. “Amar pelos Dois”, canção da autoria da irmã Luísa Sobral, após vencer o Festival da Canção, vai à Ukrânia e vence o Festival da Eurovisão, com a pontuação mais alta de sempre e com uma marca em toda a Europa, que o transportou para caminhos que ultrapassaram de longe as fronteiras musicais da Eurovisão.

Salvador tem desenvolvido outros projetos que se estendem a outros e variados universos musicais, como Alexander Search e Alma Nuestra, que deram origem a discos e concertos, e Noko Woi, Mutrama e Quinta das Canções. Em Janeiro deste ano realizou em Lisboa e Porto “O nosso concerto”, com Luísa Sobral, no qual cantaram temas que tinham marcado as suas infâncias.

SALVAR VIDAS

Autarquia promove cursos sobre utilização de equipamentos de Desfibrilhação Automática Externa instalados na cidade Na cidade de Almada foram colocadas pela autarquia três cabines de Desfibrilhação Automática Externa (DAE); estão junto ao Complexo Municipal dos Desportos - Alameda de Guerra Junqueiro, Feijó, junto do Teatro Municipal - Av. Professor Egas Moniz, Almada e na rotunda da Avenida D. Nuno Álvares Pereira (frente ao n.º 80). Para preparar a população que re-

side ou trabalha na área de influência de cada uma das cabines sobre como operar o equipamento DAE, a Câmara de Almada vai promover três Cursos de Suporte Básico de Vida, sobre o mesmo. Esta formação, que obriga a inscrição, vai decorrer em Outubro, nos sábados 9, 23 e 30, das 9h00 às 17h30. Podem inscrever-se cidadãos que

residam ou trabalhem na área de influência de cada cabine, no total de 36 elementos, 12 por curso e por cabine DAE. O período de inscrição começa amanhã e decorre até 20 de Setembro para a Câmara Municipal de Almada – Serviço Municipal de Protecção Civil, através do email proteccao. civil@cm-almada.pt Estes três cursos realizam-se no

âmbito da 1.ª fase do Programa Comunitário de Desfibrilhação Automática Externa, cuja implementação teve início no final de 2020. “O sucesso deste programa está directamente relacionado com o número de operacionais que o integram e que podem ser accionados, em caso de necessidade, de uso dos DAE”, sublinha a autarquia.

H.L.

Os concursos literários promovidos pelo município de Almada tiveram como vencedores Luís Aguiar e José Gardeazabal. Os prémios - cinco mil euros para cada autor - foram entregues a 4 de Setembro, no Fórum Municipal Romeu Correia – Sala Pablo Neruda. Nas edições deste ano foram apresentadas 447 obras originais. Luís Aguiar venceu a 33.ª edição do Prémio Literário Cidade de Almada – Poesia, com a obra “Nunca o Verão se Demorara Assim nos Lábios”, enquanto José Gardeazabal foi distinguido pela 16.ª edição Prémio Literário Maria Rosa Colaço, dedicada à literatura infantil, com o original “A Fábula do Elefante”. “Nunca o Verão se Demorara Assim nos Lábios”, de Luís Aguiar, natural de Oliveira de Azeméis e a residir na cidade de Águeda, consiste num “conjunto de poemas que acolhem sentidos amorosos associados a cativantes imagens centradas no mundo da natureza. A poesia progride neste original por uma narrativa interna eminentemente pessoal, com um alcance de memória e paz que só a infância possibilita e que a idade adulta recebe com gratidão”, refere o júri do Prémio Literário Cidade de Almada 2021. Sobre “A Fábula do Elefante”, do autor lisboeta José Gardeazabal, (pseudónimo de José Tavares), o júri do Prémio Literário Maria Rosa Colaço 2021 descreve-a como uma obra que “celebra a literatura pela qualidade poética no uso da palavra e pelo universo único que consegue criar. O diálogo aberto com Saint-Exupéry é inteligente, sensível e surpreendente, transportando-nos para emoções associadas à infância, como a estranheza, o humor e a fantasia”.

H.L.


20 O SETUBALENSE 9 de Setembro de 2021

Entrevista

Almada apresentou

MARIA DAS DORES MEIRA CANDIDATA A ALMADA

“Com o PS, o que aconteceu a Almada foi mau de mais” Candidata da CDU promete que vai “devolver a dignidade a Almada”, depois de quatro anos em que o concelho “andou para trás” Humberto Lameiras Maria das Dores Meira, residente em Almada há 52 anos, advogada, depois de 15 anos como presidente da Câmara de Setúbal, concelho a que não se recandidata por imposição da lei de limitação de mandatos, está convicta que vai devolver Almada à gestão CDU. Para isso conta com a sua “capacidade de trabalho” e “experiência” à frente da autarquia sadina. Diz que se candidata a Almada para pôr o concelho em ordem depois de quatro anos de gestão socialista que o fez “andar para trás”. Porque decidiu candidatar-se à Câmara de Almada? Foi um convite do meu partido [PCP] e de várias personalidades. Decidi aceitar porque me considero ainda bastante nova para voltar ao meu escritório de advocacia e agente oficial de apoio industrial - registo de marcas e patentes. Tomei o gosto pelo trabalho autárquico e vivenciei uma experiência que tive em jovem, dos 17 até quase aos 30 anos, à frente da Comissão de Moradores do Chegadinho, que transformou esta localidade de Almada. Quando cheguei à Câmara de Setúbal, percebi mais ainda que gosto de estar junto das pessoas e resolver problemas juntamente com elas; aprendi muito. Aos 64 anos não conseguia voltar à vida rotineira de um escritório. Com a capacidade de trabalho, de entrega e resiliência que me é reconhecida, aceitei o desafio de me candidatar à Câmara de Almada. Não se recandidata à Câmara de Setúbal por imposição da

lei da limitação de mandatos. Apresentar-se a Almada é um caminho pessoal? Não! Ninguém caminha sozinho. Com a experiência que adquiri considerei que era estimulante candidatar-me. Vivo em Almada e não gosto do que estou a ver no concelho. Com o PS, o que aconteceu a Almada foi mau de mais. Ficou provado que o PS não é solução para Almada, mas faltam poucos dias para acabar este mau demais. Espero que as pessoas não se esqueçam do andar para trás que aconteceu a este concelho. Para mim isto não é possível, decidi que tenho de ajudar a mudar. Sou a cabeçade-lista, mas nada conseguirei fazer sozinha. Não é um caminho pessoal. O PS ganhou a Câmara de Almada à CDU por 413 votos, nas autárquicas de 2017. Foi um acaso? Não foi o PS que ganhou a Câmara de Almada, foi a CDU que a perdeu. A diferença de 413 votos é muito pouca para um município como Almada. De acordo com recentes sondagens, [PS 1% à frente da CDU] se o PS não descola desta votação é o reconhecimento dos almadenses de que foi uma má experiência dar um cartão amarelo à CDU, que se tornou vermelho, e colocou a CDU fora [da presidência da Câmara]. Acho que não era isso que os almadenses estavam à espera; queriam apenas penalizar o trabalho da CDU. Com isso, Inês de Medeiros ficou à frente dos destinos deste município e foi desastroso. Diz que o concelho retrocedeu nestes últimos quatro anos de gestão PS/PSD. Porquê? Começando pela bandeira da candidata do PS há quatro anos

atrás, em que disse que se fosse presidente a questão do lixo deixaria de ser questão, hoje é só olhar para Almada para ver que a questão do lixo redobrou a sua pertinência. Veja-se também o caso dos tags, da desorganização do mobiliário urbano, a forma sem estratégia como se organiza a cidade… tudo tem sido uma dor de cabeça. Quanto aos trabalhadores municipais, é uma lástima, estão à deriva e sozinhos, não vêem os vereadores. Já visitei todos os serviços municipais, excepto o de varredura na Costa de Caparica (Agosto, aquando da entrevista), não há um que diga ter visto um vereador ou a presidente da Câmara mais do que uma ou duas vezes. Muitos trabalhadores nunca viram a presidente da Câmara pessoalmente. Existe uma desorganização gritante. Foram tirados direitos aos trabalhadores, coisas como a simples sopa gratuita que foi instituída na gestão CDU. Também a saúde ocupacional foi tirada aos trabalhadores, e ainda houve a ameaça de passar a creche 1.º de Maio - feita pela presidente Maria Emília de Sousa [CDU] para os filhos dos trabalhadores da Câmara e dos SMAS – para a Santa Casa da Misericórdia. A presidente diz que tem uma relação excelente com os trabalhadores municipais, mas não é isso que eles dizem, tenho ouvido exactamente o contrário, e não só dos trabalhadores operacionais, os que estão nos serviços técnicos dizem o mesmo. Todos dizem que é mau de mais. A senhora presidente está equivocada. Há falta de planeamento e visão estratégica para o município. Foram

feitas algumas obras, poucas e nos últimos meses do mandato; obras pura e simplesmente eleitoralistas. As que foram feitas anteriormente foram-no por grandes superfícies comerciais como reabilitação ou construção nova, acessibilidades e rotundas; estavam no contrato de construção e urbanização. Uma obra extremamente importante, a da Estrada 377 na Charneca de Caparica, não foi feita pela Câmara, mas sim pela REN [Rede Energética Nacional] e paga pelo Orçamento do Estado, com o avale da Câmara Municipal. E aqui há uma situação extremamente preocupante: foi colocada uma rede de muito alta-tensão aos pés de quem vive naquela freguesia. A isto junta-se o fim de algumas iniciativas e equipamentos culturais e desportivos sem manutenção. O sector do desporto tem sido também alvo das críticas da CDU. O desporto base desapareceu. Houve um divórcio no apoio ao movimento associativo, e também perseguição e permanente suspeição sobre os dirigentes do movimento associativo, além da falta de diálogo. O executivo diz que muito tem sido feito neste mandato, mas muito falta ainda fazer porque a CDU, durante 41 anos no poder em

Almada, deixou muito por fazer. Como comenta? Isso é desrespeitoso e mentiroso. Desrespeitoso para todos aqueles que, durante 40 anos, trabalharam para transformar esta cidade. Só quem não conhecia a Almada do tempo das quintas, com problemas de falta de saneamento e abastecimento de água, pode dizer isso. Toda a transformação da cidade foi notável. Quem diz isso nem uma escola da responsabilidade da autarquia construiu. [Com a CDU] foram construídas piscinas, escolas, bibliotecas, fizeram-se estradas, houve apoio ao movimento associativo, construíramse equipamentos desportivos, quatro ETAR [Estação de Tratamento de Águas Residuais]; quem diz que nada foi feito, não é de Almada. Temos o PS a dizer que está a fazer a melhor gestão do mundo, enquanto o PSD afirma que foram eles [vereadores] que fizeram as estradas e rotundas. Eu pensava que havia só uma Câmara Municipal de Almada, afinal há a Câmara e o PSD que diz fazer as obras. Caso ganhe a Câmara, quais as principais medidas para que o concelho, e usando a sua expressão: “volte ao caminho certo”?


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muito mal a defesa do seu território dentro do plano metropolitano de transportes O SETUBALENSE

Para Almada voltar a afirmar-se um concelho com qualidade de vida tem de ser com uma gestão de proximidade, e de muito diálogo, se assim não for nada acontece. E é preciso haver vontade política para concretizar o que resultar dessa proximidade e diálogo. Como preocupação constante vai estar a coesão social, solidariedade e bem-estar, para isso temos que promover e dignificar a identidade de Almada, que está de rastos. Queremos aprofundar a participação na gestão autárquica e melhorar a qualidade de vida das pessoas. Estas são apenas algumas linhas. Na Educação, uma das nossas preocupações é acabar a Escola Maria Rosa Colaço e construir outras em localidades onde há uma grande pressão e meninos em regime duplo, o que é impensável; é preciso aumentar as escolas existentes e construir mais para que todas as crianças fiquem em regime normal, esta é uma aposta para os próximos quatro anos que passa também por ampliar a rede do pré-escolar. Uma grande preocupação é ainda construir duas escolas secundárias: uma na Charneca de Caparica e outra na Costa de Caparica. Ainda na área da Educação, entre muitas outras medidas que temos

programadas, queremos construir um Centro de Ciência Viva em Cacilhas. Vamos também retomar o Carnaval das Escolas, foram quatro anos de paragem, e a comunidade escolar tem muitas saudades. Na Cultura, vamos criar um Centro de Artes no edifício da antiga EDP - comprado na gestão da CDU -, e também uma escola para promover as artes performativas circenses. Temos ainda programado promover vários museus e criar festivais para além dos que já existem. Na área da Saúde vamos criar o Concelho Municipal de Saúde e pugnar pela construção de novos centros de saúde, designadamente no Feijó. Quanto ao sector do Desporto, é preciso que volte a funcionar. Parou, e os equipamentos desportivos deixaram de ter manutenção. A base do Desporto assentava muito no nosso movimento associativo popular, hoje o que se faz no concelho é subsidiar provas nacionais ou internacionais que aqui aconteçam, portanto dá-se uns milhares de euros para aparecer o logotipo da Câmara, entrega-se um troféu e diz-se que se fez um campeonato, mas não fizeram coisa nenhuma. Também se pode participar nestas iniciativas que ajudam a promover Almada, mas é preciso o outro Desporto dinamizado pela Câmara Municipal. Também é preciso dar prioridade às medidas de Segurança. Almada é altamente deficitária neste capítulo, são escassos os agentes da PSP e militares da GNR. A falta de habitação pública no concelho é apontada como um dos grandes problemas. Considera que a responsabilidade tem sido dos vários governos ou da gestão municipal? A responsabilidade é do Poder Central, porque a autarquia não tem directamente esse poder. A autarquia tem de fazer as casas que são da sua responsabilidade do ponto de vista da gestão. Em Almada existem alguns bairros que foram construídos com dinheiro do Poder Central, através dos PER [Programa Especial de Realojamento], era então primeiroministro Cavaco Silva, foi quando veio alguma lufada de ar fresco do Orçamento do Estado e houve candidaturas para os municípios fazerem casas sociais a fundo perdido de 85 e 90% com a comparticipação municipal da restante verba. A partir daí, nunca mais um governo pôs à disposição dos municípios tamanha verba. Os custos são muito elevados face às necessidades de habitações, mas pelo grande trabalho da CDU,

só há poucos anos se colocou o problema da falta deste tipo de habitação. O Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) vem dar resposta para este problema. Neste momento o País tem uma oportunidade de ouro com o PRR, abre uma porta de oportunidades para que os municípios que tenham necessidades na área da habitação recorram a estes apoios. Não são dinheiros do Governo, mas sim da Comunidade Europeia. Para isso os municípios têm de ter uma Estratégia Local de Habitação, saber o que precisam em renda apoiada e renda acessível, para se candidatarem a estes fundos. Na Estratégia Local de Habitação de Almada não vejo o que está pensado para todos os bairros, já consultei o documento que foi entregue no IHRU [Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana]. Em relação às novas construções, não se sabe o que vai ser feito em renda apoiada. Sabemos que há mais de três mil habitações do IHRU que estão para começar, de renda acessível. E os outros? O IHRU não constrói renda apoiada, têm de ser as autarquias. A Câmara de Almada pode dizer que o concelho não tem território para construir renda apoiada, mas isso não é verdade, é uma questão de se fazerem protocolos com o IHRU para lotes de renda apoiada. O instituto tem muito território no concelho. A CDU tem dito que a revisão do Plano Director Municipal (PDM) de Almada está atrasada, o executivo PS/PSD diz que está em bom andamento. Qual a verdade? Neste momento a revisão do PDM de Almada é uma grande trapalhada. A senhora presidente quando aqui chegou, como não tinha experiência autárquica, disse várias coisas inauditas, uma delas foi que ia fazer

Na Estratégia Local de Habitação de Almada não vejo o que está pensado para todos os bairros

o PDM de novo, em quatro anos. Isto é uma enormidade, só quem não percebe de autarquias pode fazer afirmações destas. Claro que nada fez de novo, e só no último ano, por causa das eleições, pegou na revisão do PDM que estava a ser feita há anos neste município pela CDU. Há legislação nacional que vai sendo alterada e os PDM têm de se conformar com essa legislação, o que obriga a novos estudos. Foi confrontada com tudo isto e com o seu último delírio: o Innovation District [no Monte de Caparica na zona da FCT], que esbarra com o PDM, o qual não prevê para ali várias construções. Rapidamente teve de rever o PDM; pegou em alguns estudos da CDU que já estavam acabados, pediu para que fossem revistos os que estavam ultrapassados por nova legislação, e colocou-o à consideração dos vereadores. O PDM pode ir à sessão de câmara, mas tem que correr pareceres de várias entidades, tem de passar por várias conferências decisoras. É uma inverdade que o PDM esteja quase terminado. O que pretende a CDU fazer quanto à reconversão do Cais do Ginjal, em Cacilhas, e para dar andamento à Cidade da Água? Queremos requalificar toda a zona do Ginjal e adquirir a Quinta do Arealva. Quanto ao edificado do Cais do Ginjal, que está em ruínas e em situação perigosa, vamos pressionar os proprietários. Ou constroem, ou a Câmara vai promover uma acção para demolir imediatamente e requalificar, pelo menos, a zona pedonal junto ao rio. Queremos também que a APL [Administração do Porto de Lisboa] assuma as responsabilidades que tem naquela frente ribeirinha. Quanto à Cidade da Água, vamos pressionar o Governo, que teve vários anos para fazer adaptações ao Plano Pormenor feito pela Câmara [CDU] para, finalmente, criar condições para lançar o concurso público internacional para se fazer a Cidade da Água, que está em território da Baía do Tejo. Queremos também requalificar a zona atlântica de frente de praias, que neste momento são uma desolação que toda a gente vê. Isto para além de requalificar as freguesias e criar harmonia no território. Disse que o Metro Sul do Tejo deveria passar a ser subterrâneo no centro de Almada. Afirmação que levantou críticas de outros partidos. Quer explicar melhor esse seu projecto? O Metro foi uma obra notável, impulsionada pela CDU, no entanto, esta zona central ficou muito

prejudicada, ficou dividida e com dificuldades ao nível da habitação, comércio e funcionamento rodoviário. O que considerei foi, se houvesse hipótese, colocar o Metro subterrâneo, e isto não implica esburacar o centro de Almada. Quando se faz um subterrâneo apenas se perfura na entrada e saída, basta ir a Lisboa e ver como tem sido feito. Falei com alguns especialistas e disseram que não era difícil desde que não existissem infra-estruturas enterradas. Ora as que existiam no centro da cidade foram todas colocadas nas laterais quando foi feito o canal [carris] do Metro. Portanto, o que digo é que é necessário estudar a hipótese de o Metro passar a subterrâneo entre a zona da Rotunda dos Bancos e Cacilhas. Mas antes disto, é preciso estender o Metro até à Costa de Caparica e ao Seixal, para ter mais rentabilidade e servir melhor as populações na sua mobilidade. Tem criticado o plano apresentado pela Câmara para a cobertura do concelho por transportes públicos rodoviários, dentro do novo contexto de rede da Área Metropolitana de Lisboa. Almada apresentou muito mal a defesa do seu território dentro do plano metropolitano de transportes. Todos os municípios desta área apresentaram um plano de reestruturação da sua rede de transportes, Almada fê-lo de forma muito deficitária. A rede de transportes que não existia em algumas localidades do concelho continua a não existir, casos de Pêra, Costas de Cão, Sobreda e Charneca de Caparica, e pelo plano que foi apresentado pela Câmara vai continuar a não exitir. O que a Câmara fez foi aumentar a frequência de autocarros no centro da cidade, em vez de conceber pequenos interfaces entre o Metro Sul do Tejo e os autocarros. Se no centro da cidade tivermos autocarros nas paragens de cinco em cinco minutos, nessa faixa de rodagem, estreita, onde também passam carros, passa a existir um grande congestionamento. Aumentar a frequência e não querer saber da rede foi um erro gravíssimo. Os meus camaradas têm pedido à Câmara que mostre esse plano de transportes, e nunca foi apresentado à CDU, apesar de ter sido feito um requerimento. Tem de o fazer ou temos de apresentar queixa ao Ministério Público. Mas eu sei que não tem esta rede que estou a dizer. Aquele plano tem de ser alterado, não o podemos cumprir, senão as pessoas vão continuar sem autocarros.


22 O SETUBALENSE 9 de Setembro de 2021

Santiago do Cacém AUTÁRQUICAS 2021

Fixação de população, habitação e políticas fiscais foram os temas centrais do debate autárquico No debate que juntou os cinco candidatos, esta quartafeira, no Auditório Municipal António Chainho, todos foram unânimes em defender que o território tem condições para atrair mais investimento, captar população e que é necessário apostar numa política de habitação Helga Nobre

Foi mais um confronto de ideias em que a cordialidade dos candidatos permitiu conhecer as propostas que o Chega, Bloco de Esquerda (BE), a coligação PSD/CDS-PP, PS e CDU têm para o futuro do concelho de Santiago do Cacém. O debate realizou-se a convite do jornal O SETUBALENSE, rádio M24, Rádio Sines, jornal O Leme, rádio Popular FM e Morning Panorama, sem a presença de público devido à covid-19, com transmissão na emissão e nas redes sociais de cada um dos órgãos de comunicação social envolvidos nesta operação. O tema da demografia e a capacidade do município em atrair população abriu o debate, moderado pelo director do jornal O SETUBALENSE, Francisco Alves Rito, com o candidato do BE, Bruno Candeias,

a realçar que os resultados dos últimos Censos - que indicam que Santiago do Cacém perdeu população - “têm de ser encarados à escala nacional” e resultam “do falhanço” do Estado e “da pouca resposta do município para contrariar” este fenómeno. Considerou essencial uma “aposta na produção local, na revitalização das Zonas Industriais Ligeiras (ZILS) para criar espaços e atrair novas empresas no ramo das novas tecnologias e da transição energética, valorizar o património histórico e natural e apostar no sector social”. Já o candidato da coligação PSD/ CDS-PP, Luís Santos, disse querer contrariar estes resultados com a fixação da população, em especial dos jovens, apostando na habitação, em políticas atractivas ao nível da fiscalidade e de incentivos à natalidade. “Estamos numa localização privilegiada e devemos requalificar e

expandir as ZILs, criar um Gabinete ligado à captação de investimentos e apostar no turismo, apesar das condicionantes no turismo de praia”, sublinhou. Por seu lado, o candidato da CDU, Álvaro Beijinha, justificou a perda de população com a falta de investimento do Governo nos territórios de baixa densidade e o encerramento de serviços, realçando a política de captação de novos investimentos, em termos turísticos, e a aposta na criação dos parques empresariais. “Somos o único concelho que tem seis parques empresariais e, nos últimos três anos, atribuímos mais de 40 lotes para fixação de empresas”, frisou. O candidato do Chega, Rúben Rosa, estabeleceu como prioridade a recuperação das ZILs “para captar investimento, trazer emprego e mais jovens” para o concelho de Santiago do Cacém.

“Temos de criar incentivos para as empresas e [desenvolver] um Plano Estratégico para as Zils”, refutou. Já o candidato do PS, Artur Ceia, reconheceu que o fecho das escolas e de serviços públicos “não é uma política que fixe e atraia população”, mas disse ser “importante” que, a nível local, “seja feito um trabalho proactivo”.

Centrais solares suscitam muitas reservas

Os projectos das centrais solares fotovoltaicas nas freguesias de Cercal do Alentejo e São Domingos e Vale de Água também marcaram o debate, com os candidatos a serem unânimes quanto ao impacto da sua dimensão e a levantarem questões sobre as contrapartidas para as populações afectadas. De acordo com Álvaro Beijinha (CDU), se estes projectos avançarem – a central de São Domingos recebeu parecer desfavorável da

Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e a central de Cercal do Alentejo foi aprovada com 100 condicionantes - “a câmara irá defender ao máximo as populações”. Referiu ainda que o Governo “está a criar legislação” para “definir a questão das contrapartidas” para as populações. Já Bruno Candeias (BE) opõe-se “frontalmente” a estes projectos que “não geram emprego, contribuem para destruir o turismo rural” e defendeu “um modelo de produção energética descentralizado”. Interpelado sobre esta matéria, Luís Santos (PSD/CDS-PP), disse ser favorável à transição energética embora considere que estes projectos causam “alguma apreensão e dúvidas" e que compete à Câmara Municipal “questionar o Governo e perceber qual é a sua estratégia” nesta área. Também Artur Ceia (PS), tem reservas sobre estes projectos e


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Debate em Sines é hoje a partir das 11 horas

O debate com os candidatos à Camara Municipal de Sines vai ter lugar esta quinta-feira de manhã no salão dos Bombeiros Voluntários de Sines. Os candidatos Nuno Mascarenhas (PS), Jaime Pires Cáceres (CDU), António Braz (MAISines) Nuno Pereira (PSD/ CDS-PP) e Jorge Maia (Chega)

O SETUBALENSE

criticou o processo que, no seu entender, “devia ter sido feito de outra forma”. O candidato alertou ainda para o facto de não existir “um estudo sobre o impacto de duas centrais desta dimensão em termos ambientais” e defendeu a revisão pontual do Plano Diretor Municipal (PDM) para “prevenir situações deste género”. Rúben Rosa (Chega) disse que mantém as “reservas em relação à dimensão do projecto” e que “continua sem perceber quais vão ser as contrapartidas” para a população e proprietários dos turismos rurais que se queixam da instalação destes projectos. Na área da habitação, o candidato da coligação PSD/CDS-PP, Luís Santos, criticou a estratégia que tem sido seguida pelo actual executivo da CDU, referindo que “não é suficiente” para os desafios que se perspectivam por força do desen-

Debate, que contou com a participação dos cinco candidatos, foi transmitido em directo também na antena das rádios M24 e Rádio Sines

volvimento previsto para o concelho vizinho de Sines: “Precisamos de muito mais”, indicou. Por isso, defendeu loteamentos de iniciativa municipal. “Tem de ser a câmara a dar o pontapé de saída, porque tem terrenos disponíveis em todas as freguesias para esse efeito. Ambiciono mais e acho que é uma estratégia essencial e em função dos projectos que se prevêem para concelhos vizinhos, temos aqui uma excelente oportunidade para fixar população”, reiterou. Para o candidato da CDU, Álvaro Beijinha, os constrangimentos nesta área são generalizados ao resto do país, rejeitando as críticas dos adversários com o trabalho que tem sido desenvolvido: “Só em loteamentos disponibilizados, desde o 25 de Abril, foram mais de quatro mil lotes, num município que tem mais de 18 mil fogos”. Considerando o custo da habitação e a especulação imobiliária

esgrimem argumentos a partir das 11 horas, numa transmissão que pode acompanhar em directo nas emissões da Rádio Sines e M24 e nas redes sociais do jornal O SETUBALENSE ou de um dos outros órgãos de comunicação social parceiros na organização.

“um problema do país”, defendeu políticas do Governo, em conjunto com as autarquias, como a Estratégia Local de Habitação (ELH) e apontou também como solução o plano de desenvolvimento de base territorial polinucleado. O candidato do PS, Artur Ceia, adiantou que nesta matéria já definiu um Plano Municipal para contrariar os constrangimentos existentes no mercado habitacional. “A câmara tem bastantes terrenos e edificado, algum dele que pode e deve ser requalificado. Há muita habitação de particulares devoluta e a câmara deve ter um papel activo junto dos proprietários”, defendeu. Segundo o candidato, ao nível das freguesias, “há terrenos que a câmara deve infra-estruturar e deve ter um papel mais activo no sentido de encontrar vários parceiros para agir no mercado da habitação a custos controlados e rendas acessíveis”. O candidato do Chega, Rúben Rosa, defendeu que o crescimento populacional não pode estar desligado do sector da habitação e que deve ser construído mais loteamento. “Não podemos ter apenas cooperativas a trabalhar nessa área”, frisou o candidato, avançando com soluções como a criação de um Gabinete de Apoio ao Arrendamento Jovem que é uma faixa etária “que tem várias dificuldades em adquirir casas” para se fixar no concelho. Já o candidato do BE, Bruno Candeias, quer criar um Mercado Social de Habitação, recorrendo aos instrumentos públicos e privados e que seja também regulador à especulação imobiliária: “Terá de recuperar um conjunto significativo do edificado público, conseguir recuperar e colocar no mercado de renda acessível os prédios devolutos, garantir uma quota mínima de 25% de habitação a custos controlados em novos loteamentos, fomentar a criação de mais cooperativas e resgatar a função social destas cooperativas”, defendeu. No contexto da política fiscal, o candidato da CDU, Álvaro Beijinha, defendeu a redução do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), a isenção da derrama para as empresas com facturação até 150 mil euros e discordou de quem defende a devolução do IRS retirando “capacidade financeira da câmara para dar aos que têm mais rendimentos”. Para o candidato do PSD/CDS-PP, Luís Santos, a política fiscal tem um

papel importante na hora em que as pessoas escolhem fixar-se no concelho, valorizando a proposta de redução do IMI, apesar de lamentar a não introdução do IMI Familiar. Na derrama, argumentou, que a isenção “não atinge o objectivo” porque “não é calculada pela facturação ”e, sobre o IRS, lembrou que há municípios geridos pela CDU que devolvem a comparticipação aos munícipes. A criação de um regulamento que reduza a derrama “em função de alguns factores, como a criação de emprego”, é outra das propostas do candidato. Já o candidato do PS, Artur Ceia, defendeu que na questão da derrama “deverá haver uma taxa de redução para uns e isenção para outros”, e disse ser a favor da introdução do IMI Familiar e de uma política mais agressiva no que respeita ao IMI e IMT (Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis) diferenciando os investimentos. “É importante criar um incentivo relativamente ao nascimento, com a atribuição de um Cheque Bebé, sendo um encargo para o orçamento da câmara, que vai ganhar em termos futuros”, adiantou. O candidato do Chega, Rúben Rosa, defendeu o máximo de transparência do município para com as populações e referiu que vai reduzir “o máximo possível” a taxa de IMI e introduzir o IMI Familiar. Em relação à derrama, pretende isentar não só as pequenas empresas, como os grandes projectos que se comprometam a gerar emprego. Por seu lado, o candidato do BE, Bruno Candeias, defendeu a redução do IMI, a introdução do IMI Familiar, assim como a majoração dos prédios devolutos. Do ponto de vista do IRS, “consideramos que reduzir este imposto à percentagem é demagogia e que para ser justo deve ser progressivo”. Na derrama, acompanham a proposta da câmara que vai até aos 150 mil euros e considerou que deve haver mais benefícios fiscais para a atractividade das energias limpas e renováveis. “Temos também proposto a automatização da tarifa social da água”, concluiu. O debate debruçou-se ainda sobre os temas da educação e saúde, áreas abrangidas pela delegação de competências do Governo para as autarquias. Esta quinta-feira realiza-se o debate com os candidatos à Câmara Municipal de Sines.


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Região

MONTIJO

BREVES

João Afonso assume compromisso de construir novo hospital público

PINHAL NOVO

DR

O candidato da coligação PSD/CDS-PP/ Aliança diz que basta aproveitar má despesa anual da Câmara para garantir o equipamento

“Cabaret Gato Preto” intitula o espectáculo que o grupo Ação Teatral Artimanha (ATA) vai apresentar no próximo fim-de-semana (nos dias 10, 11 e 12), a partir das 21h00, no Pátio Caramelo, em Pinhal Novo. O evento junta “artistas sediados no concelho” ligados “à música, à dança, à poesia, ao teatro e às artes visuais”, e contempla a "crítica e sátira económica, política e social”, revela a Câmara de Palmela, que apoia a iniciativa.

Mário Rui Sobral Reduzir a pobreza e em 10 anos aumentar o rendimento médio mensal dos montijenses é o desígnio de João Afonso, candidato pela coligação PSD/CDS-PP/Aliança à presidência da Câmara Municipal do Montijo, nas próximas autárquicas. E o principal compromisso passa pela construção de um novo hospital público na cidade, assumiu o social-democrata durante a apresentação pública da sua candidatura e do respectivo programa eleitoral, no passado sábado, no Cinema Teatro Joaquim d' Almeida. Com casa cheia e muitas bandeiras (de PSD e CDS) erguidas ao alto, o cabeça-de-lista anunciou as principais propostas que defende para o concelho, divididas em cinco áreas: transparência e boa gestão; saúde e novo hospital público; requalificação da zona ribeirinha; qualidade de vida: habitação e mobilidade; e educação e cultura. Em matéria de transparência elege, sobretudo, “a transmissão das reuniões de câmara, um regulamento de subsídios transparente e um plano anticorrupção”, mas é na área da saúde que surge a mais forte das apostas: um novo hospital, um centro de saúde e a atracção de mais médicos. E o hospital é mesmo para levar por diante, garantiu. “Temos 5 milhões de euros de más despesas a sair da Câmara todos os anos, em má gestão. Em quatro anos são 20 milhões, o que dá para [construir] um novo hospital”, explicou João Afonso, que aponta ainda um outro caminho como possibilidade para viabilizar o equipamento. “Englobar essa infra-estrutura no caderno de encargos, nas reivindicações, relativas ao processo do novo aeroporto para o Montijo”, admitiu no

Espectáculo anima Pátio Caramelo

SEIXAL

Monografia no auditório de Miratejo João Afonso falou para os muitos apoiantes que lotaram os lugares disponíveis na plateia e nos balcões do cineteatro

final a O SETUBALENSE. Antes o social-democrata já havia lançado mão de dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) para sublinhar que a população montijense tem “um rendimento médio mensal que é metade (mil euros) em relação ao [do concelho vizinho] de Alcochete (dois mil euros/mês), quando a média nacional é de 1.200 euros”. “Vinte por cento da população do Montijo é pobre (cerca de 12 mil pessoas) e todos os anos a Câmara esbanja cinco milhões de euros [em actos de má gestão]”, reforçou.

Habitação e educação em foco

Entre os compromissos assumidos para requalificação da zona ribeirinha, João Afonso defende “uma ponte pedestre entre a Lançada e a cidade, percursos pedonais e cicláveis entre Sarilhos Grandes e o Cais do Seixalinho, a recuperação dos moinhos de maré” e a reactivação de “uma salina” que garanta a preservação da história local. Já no que toca a habitação, apontou várias linhas de acção. A aposta

passa pela criação de “habitação social e a custos controlados”, mas também por “habitação cooperativa, habitação sénior, habitação de emergência, rotativa para residentes e não residentes”. A esta área, o candidato da coligação PSD/CDS-PP/Aliança associa a mobilidade, para a qual preconiza um “BRT para a cidade, autocarro em canal dedicado, mini bus, transporte para as freguesias e uma rede de percursos cicláveis”. Para a educação, assumiu “a construção do Centro Escolar de Pegões e de um Centro Escolar para a D. Pedro Varela”, além da “requalificação da secundária Poeta Joaquim Serra e o isolamento térmico e acústico nos estabelecimentos de ensino”. A oferta de ensino artístico e a fixação de professores em habitações a custos controlados foram outras das propostas neste domínio. E em termos culturais apontou à criação de um “museu das artes antigas”, um “museu dos brinquedos”, um “centro interpretativo no colonato de Pegões”, além da instituição de “um festival anual de artes” que projecte

o nome do Montijo à escala internacional, além de aproveitar a Praça de Toiros como multiusos. Sem deixar de passar pela matéria fiscal – isentar IMI, reduzir IMI e IMT para jovens até 35 anos –, João Afonso avançou ainda com o compromisso da construção de um estádio municipal para futebol. Ana Dias Neves, cabeça-de-lista à Assembleia Municipal, interveio a abrir a cerimónia e lembrou “o Montijo de há 30 anos”, “com hospital” em pleno funcionamento, “ruas varridas”, “água que se podia beber e até dois cinemas”, para justificar a razão de ter aceitado o desafio de se candidatar. “Agora não reconhecemos um Montijo moribundo, desprezado... A limpeza e higiene urbana é votada ao abandono”, lamentou. As eleições autárquicas realizam-se no próximo dia 26. À Câmara do Montijo, além de João Afonso, candidatam-se Nuno Canta (PS), Ana Baliza (CDU), Ricardo Caçoila (BE), Ricardo Costa (Chega), Miguel Dias (PAN), João Pereira (IL) e Manuel Fona Vieira (PPM).

O Auditório Municipal de Miratejo, em Corroios, vai servir de palco à apresentação da monografia “Olaria Romana da Quinta do Rouxinol”, da autoria de Jorge Raposo, arqueólogo na Câmara Municipal do Seixal. A cerimónia está agendada para as 15h30 do próximo sábado. Segundo o município, a obra retrata o que é conhecido daquele “importante sítio arqueológico e único monumento nacional do concelho”.

GRÂNDOLA

Observação de aves e borboletas A Câmara Municipal de Grândola, em parceria com a BioMelides, a ARPTA e o Turismo do Alentejo, vai promover a 1, 2 e 3 de Outubro três observações – duas de aves e uma de borboletas – na Lagoa de Melides. Isto no âmbito do Dia Mundial do Turismo.


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Sesimbra recebe I Torneio de Roller Freestyle

A Associação de Patinagem de Setúbal escolheu o skate park do Parque Augusto Pólvora, na Mação, Sesimbra, para levar a efeito o primeiro torneio de Roller Freestyle. A iniciativa vai decorrer neste fim-de-semana, com patinadores federados e não

federados que vão ter de cumprir, ao longo destes dois dias, várias manobras criativas e de elevado grau de dificuldade perante o júri e o público presentes. “No sábado disputam-se as eliminatórias e no domingo terá lugar a final desta competição”,

DR

revelou a Câmara Municipal de Sesimbra, em nota de Imprensa. A modalidade visa a execução de diferentes manobras em vários obstáculos por parte de atletas munidos de patins em linha (inline) ou de patins paralelos (quad).

A PARTIR DE HOJE

Música e arte lusófona e do Mediterrâneo à solta em Odemira Festival Sete Sóis Sete Luas dá espectáculos até domingo e contempla mostra de artes plásticas até meados de Novembro

Sérgio Godinho actua amanhã no complexo desportivo José Afonso

NESTE FIM-DE-SEMANA

Grândola volta a ser capital da canção de protesto Sérgio Godinho, Carlos Alberto Moniz e José Fanha, além de artistas espanhóis, vão estar em palco. Grace Petrin estreia-se António Ramos Exposições, concertos, sessões de cinema e conversas integram o programa da edição deste ano do Encontro da Canção de Protesto, que vai ter lugar em Grândola nos próximos dias 10, 11 e 12. O evento arranca pelas 18h00 de sexta-feira no Jardim 1.º de Maio, com a inauguração da exposição “A Internacional: 150 anos de um hino”, que inclui uma apresentação musical do Coro da Casa da Achada. À noite, a partir das 21h00, Sérgio Godinho estará em concerto no complexo desportivo José Afonso, onde dará especial destaque aos seus trabalhos “Os sobreviventes” e “Pré-Histórias”, gravados no início da década de 70, em França. Duas horas mais tarde (23h00) no Jardim 1.º de Maio estreia-se a actuar em Portugal a cantora folk britânica Grace Petrin, que traz consigo Ben

Moss. Natural de Leicester, Grace, de 34 anos, iniciou a sua carreira em 2006, tendo gravado perto de uma dezena de discos. Ben Moss é um músico também britânico na área da folk, que toca violino e guitarra e que editou recentemente o seu álbum de estreia. No sábado, 11, no Cine Granadeiro decorrerão ao longo do dia várias “sessões testemunhais dedicadas às geografias de Grândola, vila morena, aos discos de 1971 gravados em Hérouville e aos usos e contextos, e ao hino 'A Internacional', protagonizadas por António Mota Redol, Arturo Reguera, Joana Manuel, Maite Angulo, Susana Martins, Francisco Fanhais, José Manuel Nunes, Sérgio Godinho, Ricardo Andrade, António Moreira, Carlos Moreira, Paulo Guimarães, Samuel Quedas e Hugo Castro”. Às 21h00, no recinto do complexo José Afonso, música e poesia estarão presentes na “Sessão de Canto Livre Sem Muros nem Ameias”, que inclui actuações dos músicos portugueses Carlos Alberto Moniz (73 anos), José Fanha (70 anos) e Samuel Quedas (69 anos), além dos espanhóis Bernardo Fuster (69 anos), Luis Pastor (69 anos), Paco Ibañez (86 anos) e Quico Pi de La Serra (79 anos).

A função da canção a fechar

No último dia do encontro, 12, tam-

bém no Cine Granadeiro, a partir das 11h00, Anthony Seeger (antropólogo americano) fará uma comunicação sobre o tema 'A função política e social da canção', seguida de intervenções de Diana Dionísio, Mário Correia e João Carlos Callixto. Os Portugueses El Sur apresentam-se pelas 16h00, no jardim 1.º de Maio, com o disco 'Todas as sombras'. O encontro de três dias termina com um espectáculo dedicado ao disco 'Cantigas do Maio', com interpretações de Francisco Fanhais, João Afonso e a Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense. Rui Pato é o convidado especial. As entradas são gratuitas, mediante reserva antecipada de lugar através do número 269 448 030, e sujeitas à lotação dos espaços. A iniciativa é promovida no âmbito da actividade do Observatório da Canção de Protesto (organismo resultante da parceria entre o Município de Grândola, entidade promotora, a Associação José Afonso, a Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense, e os institutos da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical, Instituto de Etnomusicologia – Centro de Estudos em Música e Dança, e Instituto de História Contemporânea).

Mário Rui Sobral Arranca hoje, a partir das 21h30, na zona ribeirinha de Odemira, o “Festival Sete Sóis Sete Luas”, que se estende até ao próximo domingo com um conjunto de espectáculos a realçar a música e a arte do Mediterrâneo e do panorama lusófono. O evento é retomado depois, no dia 20, com uma mostra de artes plásticas que estará patente ao público no Espaço CRIAR. A abrir o festival vai estar a companhia francesa de circo aéreo acrobático Les P'tits Brás com a apresentação do espectáculo “Bruits De Coulisses”. “O público será convidado a entrar num ambiente teatral do Século XVII, para assistir a histórias entre o sonho e a realidade, entre

a ilusão e a verdade, com fantasia, poesia e humor”, revela, sobre esta actuação, o município de Odemira, responsável pela organização do certame. O espectáculo é repetido amanhã no mesmo local (zona ribeirinha) e à mesma hora (21h30). No sábado, mas no Cerro do Peguinho, a partir das 21h30, o festival prossegue com a subida ao palco de Med Arab 7sóis Ensemble – grupo que, sublinha a autarquia, “reúne músicos de Marrocos, Grécia, França, Espanha e Portugal”. Sob a direcção musical de José Barros, o conjunto “mistura instrumentos e instrumentistas das culturas ocidental, oriental e africana” para dar “vida a sons antigos e ao mesmo tempo novos”. O resultado, salienta a autarquia, “é um surpreendente som mediterrâneo, fresco, imediato e cheio de ecos distantes”. O último dia do festival começa pela manhã, pelas 11h00, com nova actuação do mesmo grupo, desta feita dirigida “aos utentes da Associação de Paralisia Cerebral de Odemira (APCO)”. À noite, a partir das 21h30, de regresso ao Cerro do Peguinho, o evento vai contar com a actuação da Maio 7luas Band. Trata-se de uma “produção original do Festival Sete Sóis Sete Luas”, que conta “com a participação de alguns dos prestigiados músicos do Maio, uma das ilhas mais periféricas do arquipélago de Cabo Verde”, faz notar a edilidade. O repertório do grupo, adianta a autarquia, “aposta em temas criados por compositores da ilha e defende por isso a sua tradição musical, utilizando o crioulo”. Os espectáculos são gratuitos mas obrigam a marcação prévia, através do contacto 283320900 ou presencialmente no edifício da Divisão de Desenvolvimento Sociocultural. Os lugares são limitados. À margem dos espectáculos, o festival contempla ainda entre 20 deste mês e 16 de Novembro a apresentação da exposição de artes plásticas “Saramago Mediterrâneo” no Espaço CRIAR.


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Desporto

José Meireles é o treinador da equipa de juniores do Almada

José Meireles está de regresso ao activo e também ao Almada Atlético Clube para treinar a equipa de juniores na época de 2021 /2022. Actualmente com 60 anos, trinta dos quais a desempenhar funções de treinador, no seu percurso passou pelo futebol de formação

DR

nomeadamente na AD Quinta do Conde, Paio Pires, Almada (na década de 90), Ginásio de Corroios, Pescadores da Caparica, Foot 21, Amora, Cova da Piedade, Trafaria, Barreirense e Desportivo Fabril, e também a treinar seniores no Amora, Monte de Caparica e Banheirense.

BREJOS DE AZEITÃO

Grande maioria dos jogadores transita da época anterior O clube, que esta época vai ter como treinador principal Cláudio Lapa, aposta claramente na "prata da casa" José Pina

DA ÉPOCA PASSADA FICARAM TRÊS JOGADORES

Pinhalnovense surge com um plantel completamente renovado Dos 22 jogadores que Ricardo Estrelado tem à sua disposição, 18 chegaram esta época ao clube, que pretende fazer uma época positiva José Pina

O Pinhalnovense Futebol SAD, que viu o jogo da jornada inaugural do Campeonato de Portugal com o Olhanense ser adiado para o dia 9 de Outubro, vai realizar no próximo sábado, às 17 horas, o primeiro jogo oficial da época contra o Amora, no Campo Santos Jorge, a contar para a primeira eliminatória da Taça de Portugal. A expectativa à volta deste encontro é grande porque se trata de duas equipas da mesma região que se encontram em escalões diferentes e também porque a equipa de Pinhal Novo, que continua a ser treinada por Ricardo Estrelado, surge esta época com uma equipa praticamente nova. O plantel, que é composto por 23 jogadores, tem apenas três que transitaram da época passada, Matthaus

Ferreira, Alain Pilar, Valter Dias, e dois que foram promovidos dos sub-22, João Sousa e Diogo Firmino. Tudo o resto saiu para outras paragens, Ruben Fidalgo, João Bandeira, Xinhai Wang para o Oriental Dragon; Obi e Shinga (Juventude de Évora); Luís Lucas, Francisco Pardana e Marco Gomes (Clube Oriental de Lisboa); João Pendão (Barreirense); Bruno Jesus (Idanhense); Rodrigo Coelho (1.º Dezembro); Tiago Correia (Pedras Salgadas); Simo Mbhele (Golden Arrows, África do Sul); Rodrigo Coutinho (Velez, Espanha); Ryan Omrani (Olímpico do Montijo); João Correia (Trafaria); Yago (Águas de Moura); Martim Coxixo (Belenenses SAD); Matias Marques (Guarda); Carlos Santos (Palmelense) e Flávio Patermeu (Comércio Indústria). Perante esta situação a SAD meteu mãos à obra na construção do plantel que como se pode verificar sofreu uma verdadeira revolução com a entrada de muitos jogadores a maioria dos quais já com experiência das competições nacionais. Para que se possa apresentar na competição o melhor possível a equipa tem vindo a trabalhar intensamente e tem também realizado alguns jogos de preparação, seis precisamente. No primeiro, perdeu com o Belenenses no Estádio do Restelo por 2-0, no segundo sofreu nova

derrota desta vez com o Sporting B por 4-0, resultado que repetiu com os juniores do Benfica. Depois venceu (3-0) a equipa do B SAD, sub-23, empatou (0-0) em casa com o Sintrense, venceu (4-0) o Sesimbra no Estádio Vila Amália e no último ensaio antes do jogo da Taça de Portugal empatou (1-1) com o B SAD, em jogo realizado no campo n.º 3 do estádio nacional, no Jamor.

Plantel tem 23 jogadores

Guarda-redes: Matthaus Martins, Marco Djoco (ex-Juventude de Évora) e Miguel Santos (ex-Monte de Caparica) Defesas: Alain Pilar, Fábio Delgado (ex-U. Santiago), Duarte Coelho (ex-Oriental), Hugo Meira (ex-Sertanense), Tomás Loureiro (ex-Sintrense), Leonildo Soares “Ju” (ex-Desp. Fabril), Mamadu Lamba (ex-Peniche) Médios: Dino Semedo (ex-Juventude de Évora), Pablo Pereira (ex-Alcochetense), Caio Carioca (ex-sub-23, Académica), Sávio Roberto (ex-Cianorte, Brasil), Gustavo Burity (ex-U. Santarém) Avançados: Valter Dias, João Sousa (sub-22), Diogo Firmino (sub-22), Siriki Camará (ex-Moura), Adjeil Neves (ex-Desp. Fabril), Jorge Ferreira (ex-Cova da Piedade B), João Caminata (ex-Oriental), Arter Undonque (ex-Corval, Reguengos de Monsaraz).

O Centro Cultural e Desportivo dos Brejos de Azeitão já tem o seu plantel praticamente formado para a nova época desportiva, mas com alguns lugares ainda por preencher. Neste momento estão apresentados 23 jogadores que na sua grande maioria transitam da temporada anterior. Uma das grandes novidades é a composição da equipa técnica que será comandada por Cláudio Lapa, o treinador principal. Manuel Vieitos desempenhará as funções de treinador adjunto principal, Nuno Gaio será adjunto e Rúben Varela o preparador físico. No que respeita a jogadores há a registar cinco entradas, Hélder Ferreira (ex-Cova da Piedade), David Galego (ex-Monte de Caparica), Bruno Alcântara (ex-Trafaria), João Ilhéu (ex-Águas de Moura) e Carlos Rey (ex-Almada). Hélder Ferreira, guarda-redes de DR

Cláudio Lapa

apenas 18 anos, está de regresso ao clube que representou entre 2017 e 2019. Chega dos sub-19 e sub-23 do Cova da Piedade e anteriormente havia passado pela Quinta do Conde, Barreirense e Almada. David Galego, médio de 25 anos, começou a praticar futebol no Beira Mar de Almada de onde transitou para o Almada Atlético Clube e posteriormente para o Monte de Caparica. Depois ingressou no futsal, esteve cinco épocas no Clube Recreativo Piedense, uma temporada no Fabril e na época passada regressou ao futebol e ao Monte de Caparica. Bruno Alcântara, defesa, 21 anos, ex-Trafaria, passou também pelo Almada, Águias de Camarate, Carregado, Pescadores e Monte de Caparica. João Ilhéu, defesa, 27 anos, chega ao clube vindo do Águas de Moura mas na última temporada representou também o Glória do Ribatejo no Distrital de Santarém. Antes havia jogado no Lagameças, Valdera, Botafogo e juniores do Alcochetense, onde começou oficialmente a praticar futebol. Carlos Rey, avançado de 23 anos, esteve parado na época de 2020 / 2021 mas na temporada anterior representou o Almada e antes tinha jogado no Despertar (Beja) e Trafaria. É proveniente do futsal onde foi atleta do CR Piedense, Águias de Vale de Milhaços, Cova da Piedade e Sobredense. Os jogadores que neste momento fazem parte do plantel são os seguintes: Guarda-redes: Hélder Ferreira (ex-Cova da Piedade) Defesas: João Ilhéu (ex-Águas de Moura), Bruno Alcântara (ex-Trafaria), Daniel Castro, Tomás Vilaça, André Figueiras, João Ferreira, Gonçalo Costa, João Mizalaque, Médios: David Galego (ex-Monte de Caparica), Cristiano Prata, Diogo Correia, Bruno Logrado, Leandro Bastos, Gonçalo Moutinho Avançados: André Santos, Rodrigo Viegas, Carlos Arranhado, Luiz Santos, João Reis, Ruca Gomes, Ricky Martins e Carlos Rey (ex-Almada).


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MARÉS

01:02 ~ 1.4 m ~ Baixa-mar 07:55 ~ 3.2 m ~ Preia-mar 13:56 ~ 1.4 m ~ Baixa-mar 20:34 ~ 2.9 m ~ Preia-mar

FICHA TÉCNICA REGISTO DE TÍTULO n.º 107552 | DEPÓSITO LEGAL n.º 8/84 PROPRIETÁRIO Outra Margem – Publicações e Publicidade, NIF 515 047 325 (detentores de mais de 10% do capital social: Gabriel Rito e Carlos Bordallo-Pinheiro) Sede do proprietário: Travessa Gaspar Agostinho, 1, 1.º, 2900-389 Setúbal EDITOR Primeira Hora – Editora e Comunicação, Lda, NIF 515 047 031 (Detentores de mais de 10% do capital social: Setupress Lda, Losango Mágico, Lda, Carla Rito e Gabriel Rito) Sede do Editor Travessa Gaspar Agostinho,1, 1.º, 2900-389 Setúbal Conselho de Gerência Carla Rito, Carlos Dinis Bordallo-Pinheiro, Gabriel Rito e Carlos Bordallo-Pinheiro REDACÇÃO Travessa Gaspar Agostinho, 1, 1.º, 2900-389 Setúbal DIRECTOR Francisco Alves Rito Redacção Mário Rui Sobral, Humberto Lameiras; Desporto Ricardo Lopes Pereira, José Pina Departamento Administrativo Teresa Inácio, Dulce Soeiro, Branca Belchior PUBLICIDADE Direcção Comercial Carla Sofia Rito, Carlos Dinis Bordallo-Pinheiro Coordenação Ana Oliveira (Setúbal), Carla Santos (Moita e Barreiro) Publicidade Lina Rodrigues, Rosália Baptista, Célia Félix, Luís Bandadas; IMPRESSÃO Tipografia Rápida de Setúbal, Lda - Travessa Gaspar Agostinho, 1, 1.º, 2900-389 Setúbal geral@ tipografiarapida.pt DISTRIBUIÇÃO VASP - Venda Seca, Agualva - Cacém Tel. 214 337 000 Tiragem média diária 9000 exemplares Estatuto Editorial disponível em www.osetubalense.com


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