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André Martins à espera de Costa pelo hospital Presidente da Câmara de Setúbal aguarda resposta do primeiro-ministro para reunião. Utentes e profissionais de saúde voltaram a manifestar-se p4 DR
O SEU DIÁRIO DA REGIÃO SEGUNDA-FEIRA, 25 DE OUTUBRO DE 2021 PREÇO 0,80€ | N.º 720 | ANO III | 5.ª SÉRIE
DIRECTOR FRANCISCO ALVES RITO
Especial
"A vida política é-me tão natural como respirar"
Decoração e Imobiliário em destaque p12 a 29
Entrevista Nuno Costa, presidente da Junta de Freguesia de S. Sebastião p6 e 7
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AMBIENTE Secil é a única cimenteira do País que integra o roteiro zero carbono p8 SETÚBAL Coral Luísa Todi VALE MULATAS completa hoje Idosa Leonor Amado encontrada com vida junto 60 anos p3 a depósito de água p2
VITÓRIA Empresário Hugo Pinto garante 89% da SAD p30 PUBLICIDADE
2 O SETUBALENSE 25 deOutubro de 2021
Abertura
Coro Setúbal Voz ao vivo no filme Terje Vigen
Na quinta-feira, no Fórum Luísa Todi, no âmbito do ‘Film Fest, o Coro Setúbal Voz tornou a musicar ao vivo um filme mudo, desta vez ‘Terje Vigen’, de 1917, realizado por Victor Sjöström, com música da autoria de Jorge Salgueiro, que também dirigiu
o coro sadino. Nos próximos 27 e 28 de Novembro, no Fórum Luísa Todi, irão ocorrer dois espectáculos intitulados “Animais, Bichos e Criaturas”, com a participação das três estruturas que compõem a Associação Setúbal Voz.
SETÚBAL
União de Freguesias diz que buscas da PJ resultam de denúncia antiga PENSAR SETÚBAL Giovanni Licciardello
A famigerada Assembleia Geral do Vitória, realizada no auditório da Anunciada, em 2000
N
a semana transacta efectuei um conjunto de reflexões sobre o início da instabilidade do Vitória Futebol Clube. Vamos agora a outra ocorrência que também presenciei ao vivo. Em 1999 era presidente da direcção do Vitória, Jorge Goes que efectuou dois mandatos: o primeiro foi completo (1999-2001) e o segundo incompleto (2001-2003). Mata Cáceres era simultaneamente presidente da Câmara e da Mesa da Assembleia Geral do Vitória. A 12 de Outubro de 1999, foi conhecida a decisão da UEFA relativamente à escolha de Portugal, como país organizador do Euro 2004. Seis meses depois, a 18 de Abril de 2000, realizou-se, no Auditório da Anunciada, uma Assembleia Geral do Vitória. Nessa assembleia foi apresentada a proposta do Vitória se mudar para o Vale da Rosa, construindo aí um novo estádio. Na ocasião, Mata Cáceres declarou aos gritos, agitando os braços e acentuando o dramatismo: “Vitorianos! ou mudamos para o Vale da Rosa, ou é o fim do Vitória”. Acredito perfeitamente que a autarquia já dispusesse de informação privilegiada relativamente ao Euro 2004. Que nem sequer mencionaram. O mais grave de tudo, é que nem sequer foi formalizada uma candidatura de Setúbal ao Euro 2004. E assim, o Euro 2004 passou por Lisboa, Porto, Braga, Guimarães, Leiria, Coimbra, Aveiro, Algarve, mas não passou por Setúbal. Tenho informação perfeitamente fidedigna que os responsáveis pelo Euro 2004 estiveram até à última hora, à espera da candidatura setubalense, que não surgiu.
O Estádio do Bonfim está inexoravelmente a ficar para trás, velho, antiquado, obsoleto, evidenciando uma falta de condições que a evolução dos tempos nos tem vindo a impor Ou seja: nessa assembleia, não estivemos a discutir “a” questão central, e que era: Vamo-nos candidatar ao Euro 2004, no Bonfim, no Vale da Rosa, ou noutro local qualquer. Continuo a sustentar a opinião que a dita Assembleia teve todos os indícios de estar viciada à priori. Uma decisão desta envergadura devia ter sido debatida com calma, seriedade, rigor e exaustividade. Nada disso aconteceu. Foi tudo discutido e decidido muito, muito rapidamente, de forma atabalhoada, inconsistente, com gritaria e dramatismo à mistura, que teve em Mata Cáceres a principal “estrela” da noite.
E Jorge Goes nos bastidores. Chamados a votar, quatrocentos sócios fizeram-no a favor da deslocalização do Bonfim, para o Vale da Rosa e duzentos sócios contra. Eu votei contra. Embora goste muito do Vitória no Bonfim, não teria tido grandes objecções em mudar para o Vale da Rosa, ou para outro qualquer local, desde que estivesse convencido que isso pudesse servir os superiores interesses do Vitória Futebol Clube. Não foi o caso. Tal decisão foi a confirmação de uma ausência de visão estratégica, nomeadamente dos nossos responsáveis autárquicos da altura, bem como os dirigentes do Vitória, dessa época, relativamente a esta questão. Com o Euro 2004 teríamos tido um estádio novo e beneficiaríamos de toda a dinâmica associada. Assim, passados cerca dezassete anos sobre a realização do Euro 2004, continuamos sem estádio novo. O Estádio do Bonfim está inexoravelmente a ficar para trás, velho, antiquado, obsoleto, evidenciando uma falta de condições que a evolução dos tempos nos tem vindo a impor. E assim tiveram início todas as trapalhadas relacionadas com a negociatas, venda e consequente posse dos terrenos onde se encontra o Estádio do Bonfim e áreas adjacentes, que foram, em boa-hora, revertidas com a aquisição do direito de superfície dos terrenos do Estádio do Bonfim, pela Câmara Municipal de Setúbal. No momento em que escrevo esta crónica, irá decorrer uma Assembleia Geral. Lá estarei, espero que decorra de uma forma civilizada e que os superiores interesses do Vitória Futebol Clube sejam acautelados. Professor
Durante a manhã de sexta-feira, agentes policiais estiveram na sede da autarquia a recolher material A Junta da União de Freguesias de Setúbal diz estar a colaborar com a Polícia Judiciária (PJ) para esclarecimento de uma denúncia anónima antiga, que levou aquela força policial a realizar, na manhã desta sexta-feira, buscas à sede da autarquia. "A Junta de Freguesia colaborará, como tem feito, com toda a informação solicitada para o esclarecimento de todas as questões necessárias", afirma a autarquia num curto comu-
nicado, em resposta a O SETUBALENSE. Ao mesmo tempo que confirmou que a PJ "visitou os serviços da Junta de Freguesia para recolha de informação", a autarquia adiantou que as diligências policiais resultaram de uma participação antiga. "A Junta da União de Freguesias de Setúbal declara que, no âmbito de uma denúncia anónima realizada há anos, a autoridade policial competente desenvolve as acções de investigação que entende necessárias, conforme é sua obrigação legal." Fonte da Polícia Judiciária de Setúbal já havia confirmado, ao princípio da tarde do mesmo dia a O SETUBALENSE, que as buscas culminaram com a recolha de vário material nas instalações da autarquia "como é normal" neste tipo de diligências.
SETÚBAL
Leonor Amado foi encontrada viva no sábado junto a depósito de água Leonor Amado, 69 anos, de Setúbal, que desapareceu na passada quarta-feira cerca das 14 horas, foi encontrada na manhã de sábado junto a um depósito de água no Vale de Mulatas, em Setúbal. Assim referiu, ontem, a O SETUBALENSE, fonte dos Bombeiros de Palmela, que socorreram a idosa, Segundo um dos filhos, Carlos Amado, Leonor Amado que sofre de demência, foi encontrada por uma pessoa que ia a passar na zona, “junto a um penhasco”, e viu “alguém caído, com perda de sentidos e hipotermia”. Indicava, no sábado Carlos Amado, referindo o lugar em Palmela, embora os Bombeiros de Palmela apontem Setúbal. Socorrida pelos Bombeiros de Palmela, que receberam o alerta, Leonor Amado foi levada para os Hospital de S. Bernardo, em Setúbal, de onde teve alta no sábado cerca das 20h00. “Está connosco e está bem. Os exames indicam que não foi abusa-
DR
Leonor Amado
da”, disse Carlos Amado a O SETUBALENSE. Entretanto, existe a suspeita que a idosa tenha sido “levada” por alguém. “Houve quem a visse acompanhada por um homem que será de Setúbal”, diz Carlos Amado. Situação que, acrescenta, já ter sido comunicada à Polícia Judiciária que "está a investigar" o caso. Inclusivamente: “há indicações que a minha mãe tenha sido empurrada”, acrescenta o filho.
25 de Outubro de 2021 O SETUBALENSE 3
Novo comandante distrital de Setúbal da PSP toma hoje posse após saída de Viola Silva
O novo comandante do Comando Distrital de Setúbal da PSP toma hoje posse, pelas 12h00, nas instalações da direcção nacional da polícia, em Lisboa. De saída está Manuel Viola Silva que liderou o comando nos últimos seis anos e que entrou na pré-aposentação.
“Ontem, 22 de Outubro, terminou a minha carreira como Oficial da PSP. Foram 37 anos muito intensos… chegado ao fim sinto-me em paz comigo próprio, pois tenho a consciência do dever cumprido”, escreveu o ex-comandante no Facebook. “Houve três funções que
me marcaram especialmente: ter sido escolhido para criar no início dos anos 90 a Brigada Anti-Crime de Setúbal, ter comandado a, na altura, Secção Policial de Lamego… e ter comandado o Comando Distrital de Setúbal, que considero o melhor do País”, frisou.
DR
OPINIÃO Luís Fernandes
Coral Luísa Todi – os primeiros anos de história Imagem do primeiro concerto do Coral Luísa Todi
FUNDADO A 25 DE OUTUBRO DE 1961
Coral Luísa Todi celebra hoje 60 anos de vida com programação prolongada no tempo Comemorações incluem concertos, conteúdos sobre a história do grupo e outros eventos Inês Antunes Malta Fundado a 25 de Outubro de 1961, por Maria Adelaide Rosado Pinto, directora da Academia de Música e Belas Artes Luísa Todi, e Aurélio Lino da Conceição Fernandes, elemento do antigo Orfeão Cetóbriga, o Coral Luísa Todi completa 60 anos de existência no dia de hoje. Ao longo dos anos, desenvolveu, de acordo com o seu presidente, Luís Fernandes, “uma intensa e ininterrupta actividade, cheia de momentos artísticos de reconhecido valor, vividos em Portugal e também no estrangeiro”. No que diz respeito às comemorações desta data importante do grupo coral, Luís Fernandes explica a O SETUBALENSE: “As condicionantes sanitárias que ainda vivemos dificultam que comemoremos, neste 25 de Outubro, com a dignidade que se justifica, os 60 anos de fundação”.
Desta forma, decidiram comemorar este aniversário ao longo do período balizado pelas duas datas que consideram “mais marcantes” na história de vida do coral: a da sua fundação, em 25 de Outubro de 1961, e a do primeiro concerto, a 30 de Julho de 1963. “Iremos fazê-lo com a realização de concertos e outros eventos que atempadamente irão ser anunciados, havendo ainda a intenção de poder produzir durante este período documentos escritos ou em imagem que atestem as nossas seis décadas de história”, revela. “Além dos nossos fundadores, o nosso pensamento e agradecimento nesta data vai também para todos os que ao longo de 60 anos, e já serão muitas centenas, nas mais variadas formas, incorporaram este projecto daquela que é sem dúvida uma das mais prestigiadas instituições culturais de Setúbal”. Nos planos para um futuro próximo está ainda a apresentação da grande produção deste ano, “Coral Luísa Todi convida Nuno Guerreiro”, a estrear em Dezembro, no dia 22, num concerto que será na sua totalidade “em português” e terá lugar no Fórum Municipal Luísa Todi.
V
ivia-se o ano de 1961, um ano em que Setúbal fervilhava em acontecimentos culturais. Em janeiro fundara-se a Academia de Música e Belas Artes Luísa Todi, ao longo do ano o Salão Nobre da Câmara Municipal enchia-se para assistir aos Concertos Pró-Arte e a 25 de outubro, Maria Adelaide Rosado Pinto e Aurélio Lino da Conceição Fernandes, reúnem na Academia e fundam o Coral Luísa Todi. Convidado o Prof. Américo Vieira para abraçar artisticamente este projeto, começa logo a captação de futuros coralistas e os primeiros ensaios têm lugar na Academia a partir de janeiro de 1962. Muitas datas e acontecimentos se sucedem nestes primeiros tempos, mas a história é a reconstituição de factos concretos e não pode ser escrita para satisfazer vaidades pessoais ou esconder ressentimentos, adulterando a verdade histórica. Por isso, por muito que outros queiram atribuir outras datas para a fundação do Coral Luísa Todi, historicamente ela terá sido sempre a 25 de outubro de 1961. Nos finais de 1962 surgem as primeiras incompatibilidades entre alguns elementos do Coral Luísa Todi e a Diretora da Academia, Maria Adelaide Rosado Pinto. A separação parece inevitável e em janeiro de 1963 o Coral passa a ensaiar na Sala de Canto Coral da Escola Industrial e Comercial de Setúbal. No entanto, mantém-se a ligação à Academia, única forma de o Coral Luísa Todi continuar a receber apoios para pagar os honorários do Maestro Américo Vieira. Nesta fase crítica da vida do Coral é importante
A 23 de Novembro de 1964 são aprovados pelo Governo Civil de Setúbal os Estatutos do Coral Luísa Todi o papel desempenhado por Aurélio Fernandes, único elemento do Coral que mantinha amizade com a Diretora da Academia, permitindo a continuidade desta ligação. A 30 de julho de 1963, dá-se finalmente o grande momento, o Coral Luísa Todi, ainda sob a égide da Academia, dá o seu primeiro Concerto no então Cineteatro Luísa Todi. Numa sala esgotada, o Coral é apresentado ao público num brilhante discurso proferido pelo Dr. Luís Cabral Adão, ilustre médico e poeta e a quem o Sado deve a designação de Rio Azul. É a concretização de um sonho de várias gerações e, no final de um Concerto em que participa também a Orquestra da FNAT, ouve-se, vindo da sala, um sonoro “Obrigado”. De certeza que quem o gritou não teria a consciência de que se estava a fazer história na vida cultural de Setúbal.
Já em outubro de 1963, realizam-se diversas reuniões entre a Diretora da Academia e elementos do Coral, no sentido de se encontrarem soluções para os problemas resultantes da separação. Só a 16 de abril de 1964, o Eng. Barroso, então Presidente do Conselho de Administração da Academia de Música e Belas Artes Luísa Todi, informa os coralistas que, a partir dessa data, o Coral deixava de estar integrado na Academia. Forma-se, nessa altura, uma Comissão Organizadora, que tem como primeiro objetivo a oficialização do Coral Luísa Todi. A 15 de maio de 1964 reúne pela primeira vez a Comissão Organizadora do Coral Luísa Todi, constituída por Aurélio Fernandes, Ausenda Paulino Pereira, Fernando Pacheco, Fernando Sobral Rodrigues, Joaquim Santos, Manuel Lino e Maria Isabel Grek Torres. A 23 de novembro de 1964 são aprovados pelo Governo Civil de Setúbal os Estatutos do Coral Luísa Todi. Em 4 de julho de 1965 realiza-se a 1ª Assembleia Geral do Coral Luísa Todi, na qual é eleita a primeira Direção, que entra imediatamente em funções, presidida pela Drª. Ausenda de Carvalho Caetano Paulino Pereira. Muitas datas importantes em apenas 4 anos de história, sendo que, sem dúvida, duas delas ressaltam como marcantes de uma história que se começava a desenhar: a da Fundação – 25 de outubro de 1961 e a do Primeiro Concerto – 30 de julho de 1963. Presidente do Coral Luísa Todi
4 O SETUBALENSE 25 de Outubro de 2021
Setúbal
PEDRO CUSTÓDIO
FUTURO DO CENTRO HOSPITALAR
Presidente da Câmara aguarda resposta do primeiro-ministro a pedido de reunião
População defende igualmente melhores condições, reforço dos profissionais e reclassificação do CHS
CONCENTRAÇÃO FRENTE AO SÃO BERNARDO
Setubalenses manifestam gratidão aos profissionais de saúde por aguentarem o ‘barco’ Dezenas de cidadãos dizem também ser necessário e importante os membros do Centro Hospitalar sadino sentirem-se apoiados Maria Carolina Coelho Foram dezenas os setubalenses que manifestaram a sua gratidão aos profissionais de saúde, em concentração frente ao Hospital de São Bernardo no passado sábado, pelo “esforço e empenho” que têm feito em aguentar o ‘barco’, ao mesmo tempo que o Centro Hospital de Setúbal (CHS) está a atravessar uma situação de ruptura. O encontro foi organizado por Alexandre Correia e Dina Castanheira, utentes do CHS, através das redes sociais, por considerarem que também “é importante os profissionais sentirem o apoio da população”. Além de afirmar querer lutar por mais investimento, mais meios humanos em diferentes especialistas e até
pela reclassificação da unidade hospitalar, Alexandre Correia explicou a O SETUBALENSE que é igualmente urgente “os médicos, enfermeiros e técnicos auxiliares de saúde saberem que as populações estão do seu lado”. “Estes profissionais, que andam esgotados e que se esforçam para as coisas funcionarem, a maior parte das vezes são “agredidos” pelas populações. O desgaste é tão grande que nós não vemos que eles também são vítimas desta situação”, explicou. Por esse motivo, sublinha que “não basta bater palmas à janela ou fazer monumentos bonitos”, mas sim “mostrar gratidão”. Na concentração voltou a marcar presença Nuno Fachada, director clínico demissionário, acompanhado de outros médicos do CHS, depois de ter estado também ao lado da população na manifestação de dia 12 de Outubro, que juntou mais de 300 pessoas. “Estou aqui enquanto cidadão e utente. Esta manifestação é merecedora de apoio e respeito porque é organizada em favor das condições assistenciais da população e de trabalho dos profissionais”, frisou a O SETUBALENSE.
Em seguida, relembrou o estado de degradação em que está o Hospital de São Bernardo, voltando a relacionar a tomada de posição dos 87 profissionais com cargos de direcção, que pediram igualmente a sua demissão, com “o extremo da situação de ruptura e com a pouca atenção que o CHS tem tido”. “Estamos geograficamente numa zona de ‘charneira’. É capital de distrito e não é merecedor de continuar a ser um hospital maltratado”, atirou. Já através de manifesto, os médicos disseram durante a acção querer continuar a trabalhar no Serviço Nacional de Saúde, mas que não os estão a deixar. “Opomo-nos à perda de especialidades e competências. Batemo-nos para que o CHS seja reclassificado. Só assim, o hospital pode ser financiado pelo que faz e deixar de ser uma fonte de prejuízo”. De futuro, de acordo com Dina Castanheira, “se nada for feito, a população continuará a utilizar a sua voz e a sair à rua, em nome do Hospital de Setúbal e dos seus profissionais”. “Também os profissionais adoecem, são seres humanos. São precisas agora e com urgência melhores condições para todos”, frisou, a concluir.
André Martins quer reunir-se com António Costa para discutir que medidas tenciona o Governo adoptar para criar condições O presidente da Câmara Municipal de Setúbal, André Martins, continua a aguardar resposta do primeiro-ministro, António Costa, ao pedido de reunião que fez na passada semana para discutir “quais as medidas que o Governo tenciona adoptar para criar melhores condições” no Centro Hospitalar de Setúbal (CHS). O encontro foi solicitado no dia 15 de Outubro em ofício endereçado ao primeiro-ministro, no seguimento do pedido de demissão de Nuno Fachada, director clínico do CHS, acção justificada pela “situação de ruptura” e “falta de condições de atractividade dos médicos”, ao qual se seguiram 87 médicos com cargos de direcção. No ofício enviado, o autarca começou por explicar que “o CHS voltou a estar no centro das atenções”, também porque Nuno Fachada alertou para o agravamento [das condições] de diversos serviços, como “das urgências médicas, obstétrica e EEMI [Equipa de Emergência Médica Intra-Hospitalar]”. Além disso, o presidente da autarquia vincou que Nuno Fachada “queixa-se da não resposta sobre a reclassificação do CHS para o grupo D, do afastamento e colapso dos cuidados primários de saúde e aponta incertezas quanto ao eclectismo, adaptação e capacidade das obras das urgências”. Isto porque o médico ortopedista considera que a ampliação prevista “não poderá servir para condensar o resto do centro hospitalar”, uma vez que “não terá capacidade para encaixar também o Hospital Ortopédico do Outão e o serviço ambulatório de
psiquiatria”. Sobre esta solução, André Martins explicou a O SETUBALENSE saber “que entre os profissionais do CHS existem muitas dúvidas”, mas destacou que “o que importa é clarificar quais são os planos de reorganização dos actuais edifícios”. Contudo, disse parecer “haver uma subavaliação das necessidades de instalação do Outão, para que possa manter as qualidades dos serviços que lhe são reconhecidos”. Garante o edil que todos “estes assuntos vão ser abordados na reunião solicitada”. “Espero que se possa realizar em breve porque a situação continua a agravar-se, pondo em causa a prestação de cuidados que as populações necessitam”. “Aliás”, sublinha, “estas preocupações têm merecido da parte da Câmara enorme atenção, manifestada ao Conselho de Administração do CHS, à Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo e aos médicos em variadíssimas reuniões”. “A nossa preocupação foi, além disso, transmitida à ministra da Saúde [Marta Temido] em reunião realizada no fim de 2020, sem que, contudo, tivéssemos observado qualquer melhoria na situação descrita pelo director demissionário”, destacou André Martins. “Estes problemas provocam, naturalmente, o agravamento das condições em que a população acede aos cuidados de saúde em geral, com destaque para o grave problema da falta de enfermeiros e médicos de família”, salientou por último.
André Martins
25 de Outubro de 2021 O SETUBALENSE 5
GNR identifica quatro homens por pesca proibida e apreende 37 quilos de ameijola
A Unidade de Controlo Costeiro da GNR identificou no Parque Marinho Luiz Saldanha, em Setúbal, “quatro homens por pesca proibida em área protegida e apreendeu 37 quilos de ameijola”, referiu a força militar em comunicado.A acção, que decorreu na passada terça-
feira, “através do Destacamento de Controlo Costeiro de Lisboa”, foi executada depois de os militares “detectarem uma embarcação em actividade na área marinha integrada no Parque Natural da Arrábida”, sendo que, no decorrer das diligências policiais,
a embarcação foi fiscalizada, culminando na apreensão de 37 quilos de ameijola”. Além disso, a embarcação constituía “um perigo para a navegação”, o que resultou “na identificação do mestre da embarcação, bem como dos restantes tripulantes”.
PATENTE ATÉ 12 DE FEVEREIRO
Exposição colectiva apresenta ligação estabelecida entre artistas, Bocage e a liberdade O SETUBALENSE
Mostra integrada no programa cultural que assinala os 150 anos do monumento ao poeta sadino Inês Antunes Malta “Bocage e eu - a procura da liberdade” é o mote da exposição que, integrada na programação cultural “Bocage, o poeta da liberdade - a construção da memória nos 150 anos do monumento a Bocage”, vai ficar patente no piso superior do Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal (MAEDS) até Fevereiro de 2022. Integram a exposição colectiva os artistas Ana Férias, Ana Lima-Netto, Catarina Castel Branco, Catarina Garcia, Cristina Troufa, Eduardo Carqueijeiro, Irene Buarque, Jaime Silva, Nuno Lemos, Pedro Almeida, Rosa Nunes e Vítor Pomar, que foram, de acordo com Joaquina Soares, directora do museu, “convidados a pensar Bocage na contemporaneidade e nas dimensões que a sua sensibilidade escolhesse”. Resultado deste convite, surgem “desde os trabalhos figurativos, mais dinâmicos ou mais contemplativos, até aos puramente abstractos. Sendo uma colectiva, tem imensas virtualidades, várias perspectivas e olhares muito diferentes mas todos eles muito interessantes”. Nas suas palavras, “a cerca de dois séculos e meio de distância, o grito bocagiano atravessa, na sua pureza seminal, a espessura do tempo, convocando-nos para a grande festa da transgressão das teias do medo e da volúpia nas infinitas asas da liberdade”.
Dos processos criativos aos resultados
Vítor Pomar foi o primeiro artista a apresentar a sua obra, “1000 Deidades”, de 1999, que ganha agora nova vida, junto de outras como “Rasga meus versos crê na eternidade”, de Ana Lima-Netto, “Andor”, de Cristina
Mostra colectiva resulta de desafio colocado aos artistas para estabelecerem ligação com o poeta na procura da liberdade
Troufa, “Pavorosa ilusão”, de Eduardo Carqueijeiro, “Estados d’Alma - numa janela aberta, símbolo de Liberdade”, da autoria de Irene Buarque, “Sem título”, de Nuno Lemos, e “Out of the Skirt”, de Rosa Nunes. Catarina Garcia explicou que a intenção no seu quadro, intitulado “Bocage”, passou por “representar o poeta e a liberdade”. “Considerei que a melhor forma de o fazer seria mesmo pela forma de pintar. Rodei o quadro várias vezes e pretendi que mesmo a forma de encarar a obra fosse livre”.
Por sua vez, Catarina Castel Branco, autora de “Sou mas não sou”, considerou que “Bocage era um homem de grandes contradições” e foi mesmo essa ideia de contradição que a inspirou. A artista destacou igualmente a coragem e irreverência do poeta e enalteceu o facto de nos seus 40 anos de vida ter conseguido “deixar obra”. Jaime Silva, que começou por agradecer o convite para a exposição colectiva “sobre um poeta com uma filosofia da vida algo complexa, que oscilava entre um certo pacifismo e uma agressividade algo violenta”.
Auditório Charlot Ciclo de cinema arranca no fim do mês Igualmente integrado na programação dedicada a Bocage, o ciclo de cinema “O ideário de Bocage na sua época e na contemporaneidade” arranca dia 31, pelas 11 horas, no Auditório Charlot, com o filme “Azul”. Este é o primeiro filme da “Trilogia das Cores”, do
realizador Krzysztof Kiéslowski, ao qual se segue “Branco”, a 14 de Novembro, e “Vermelho”, a 28, no mesmo horário e espaço. A iniciativa, organizada pela 50 Cuts e pelo MAEDS, com o apoio do município de Setúbal e da Leopardo Filmes, termina a 5 de Dezembro, com a transmissão de “Amadeus”.
Com a obra “Elmano”, o artista, a quem “não faria sentido a evocação através do retrato ou da figura”, apresenta “aquilo que realmente se fixa do Bocage”. “Aquilo que me interessa nele é o acto de liberdade profundo, a relação com o mar”. Pedro Almeida, por sua vez, imaginou “que se Bocage vivesse nos dias de hoje estaria a fazer selfies e auto-retratos no Facebook”. O artista, depois de ler alguns versos do poeta, apropriou-se “de um em que ele fala sobre as suas características de fisionomia”. O seu trabalho, a nível internacional, tem-se “centrado na palavra escrita, na verticalidade, nas riscas e nas geometrias abstractas que se relacionam com os telemóveis, computadores e televisões”. Enquanto isso, e inspirado na fábula de Bocage “O passarinho preso”, o trabalho de Ana Férias apresenta a frase “Ah! Se a vossa liberdade zelosamente guardais, como sois usurpadores da liberdade dos mais?” escrita num balão. “Escolhi o balão porque é um objecto frágil, assim como a liberdade. Não é um dado adquirido, tem que ser protegido e cuidado”, partilhou.
PARCERIAS
Porto sadino avalia oportunidades de negócio com empresas francesas A Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra (APSS) avaliou na passada semana a oportunidade de estabelecer novas parcerias entre “congéneres nacionais em actividade nos dois portos” e negócios franceses, em encontro nas instalações da infra-estrutura portuária sadina com uma delegação de empresas proveniente de França. A iniciativa, que teve igualmente como objectivo “promover contactos” entre as várias entidades presentes, aconteceu na quarta-feira, no âmbito do projecto “À Descoberta do Sector do Mar em Portugal”, organizado entre a APSS e a Business France - Serviço Comercial da Embaixada de França. A parte da manhã serviu para “dar a conhecer as realidades presentes e perspectivas futuras dos portos de Setúbal e de Sesimbra”, num momento garantido por Ricardo Medeiros, administrador da APSS, que “destacou a oportunidade com potencial para o estabelecimento de parcerias com empresas que trabalham directamente com os portos”, revelou a administração em comunicado. Em seguida, “Vítor Caldeirinha, Director de Negócio Portuário e Logístico, deu uma visão geral do Porto de Setúbal, reforçando o seu desenvolvimento e potencial de crescimento”, assim como “Nuno Almeida, Director de Gestão do Património Dominial e do Porto de Sesimbra, abordou a realidade existente e as potencialidades da náutica de recreio nos dois portos”. Já no decorrer da tarde “foram realizados encontros livres entre as empresas, em formato ‘Business to Business’, visando negócios e parcerias futuras”. “A sessão foi avaliada no final como muito positiva”.
6 O SETUBALENSE 25 de Outubro de 2021
Setúbal ENTREVISTA NUNO COSTA
“Esta vida de participação na política é-me tão natural como respirar” Presidente da Junta de São Sebastião foi à Escola Profissional Cristóvão Colombo contar a sua experiência governativa No rescaldo das eleições autárquicas, Nuno Costa, reeleito presidente da Junta de São Sebastião, foi convidado pelas alunas da turma de Técnico de Apoio à Infância da Escola Profissional Cristóvão Colombo (EPCC), em Setúbal, a relatar o seu percurso na política. O líder da freguesia em que a EPCC está localizada, respondeu às questões elaboradas pelas estudantes, no âmbito do módulo de “Instituições Democráticas e Participação Democrática”, falou da sua experiência governativa em tempos de pandemia e alertou para a importância do combate às elevadas taxas de abstenção. O que o levou a entrar na vida política? Tive o meu primeiro acto político aos 13 anos, que organizei com os meus colegas de turma do 8.º ano. Travámos uma luta em torno da construção do pavilhão numa escola que já não existe, a Ana de Castro Osório, no Bairro da Bela Vista. Podem dizer que essa causa não é política, mas digo-vos que a política se faz de diversas formas. Todas as nossas acções são políticas. Quando vamos falar com alguém para exigir um direito, quando cumprimos um dever, quando vamos votar, quando organizamos uma associação de estudantes, tudo é política. Nessa acção de trabalharmos para o bem comum, trabalharmos para os outros, juntarmo-nos aos outros, são acções políticas. Portanto, a minha primeira acção política foi lutar pela construção do pavilhão gimnodesportivo.
Foi muito interessante. Além de conseguirmos congregar as boas vontades de todos os colegas e professores, tivemos na escola alguns representantes do Ministério da Educação para nos explicarem o que ia ser feito e quais eram as suas intenções. A Escola da Bela Vista absorveu a Ana de Castro Osório e o pavilhão gimnodesportivo foi construído. Olhando para trás, é com satisfação que vejo que fiz parte daquela acção. Quais as razões que o levaram a escolher o seu partido político? Essa pergunta é mais profunda.
Na vida pessoal tive infelizmente dois familiares que faleceram de covid e desse ponto de vista não foi muito diferente do que aconteceu a muitas famílias portuguesas
O Partido Comunista Português (PCP), de que sou militante, tem uma ideologia própria. Essa ideologia visa acabar com a exploração entre os homens. Não é fácil atingir isto, mas a ideia é não termos pessoas que detenham meios de produção e outros que só possam vender a sua força de trabalho. O que defendo é que os meios de produção mais importantes, principalmente os sectores estratégicos, de energia, os transportes, a saúde e da educação, sejam do Estado. Não quer dizer que não possam haver privados, claro que podem, aliás como esta escola, e têm o seu lugar, mas é uma opção. Deve sempre haver a possibilidade de o Estado deter esses meios e que estejam ao serviço de todos, porque quando o hospital é público não há negócio com a questão da saúde e quando uma escola é pública não há um negócio com a educação. Essencialmente é por isto que estou neste partido e não noutro qualquer. O que o fez a concorrer a presidente da Junta de Freguesia? Depois de estar e participar na vida política, estas coisas acontecem naturalmente. Estive na associação de estudantes da Escola Ana de Castro Osório, fui presidente da associação de estudantes da Escola D. João II, do Conselho Fiscal da D. Manuel Martins e da Associação Académica da Universidade de Évora. Pertenci ao senado e fui presidente da Assembleia da Luz da Universidade de Évora.
Esta vida de participação, para mim, é tão natural, quase como respirar. Por isso, entrei para as listas de Assembleia da Freguesia de São Sebastião, antes de ser presidente, e foi acontecendo tudo naturalmente. A vida de participação é muito natural. Estar em casa, sem fazer nada e a olhar para televisão faz-me confusão. Mesmo quando deixar de ser presidente da Junta, tenho a certeza de que irei ter outros projectos para continuar a participar com os meus pares. Qual o sentimento de ter merecido novamente a confiança dos setubalenses? Sinto uma enorme gratidão. Fizemos um trabalho muito intenso. Para mim, este foi o meu melhor mandato, do ponto de vista das obras, materiais e imateriais, do ponto de vista da resposta que tivemos de dar a uma pandemia que ninguém sabia como agir no início, onde toda a gente queria ir para casa. Os trabalhadores da junta, do sector operacional sobretudo, nunca foram para casa. Entregámos cabazes nas casas das pessoas, fomos entregar medicamentos, fomos buscar o lixo a casa de pessoas com covid. Quando digo “nós” não são só
os trabalhadores, digo “nós” o executivo da Junta, eu próprio fi-lo. Acho que este mandato foi fortíssimo do ponto de vista da concretização e da realização das nossas obras. Ver que as pessoas reconheceram isso e que não estavam distraídas relativamente a essa matéria, para mim, foi uma satisfação muito grande e tenho para com essas pessoas todas uma enorme gratidão. Como é que a covid-19 afectou a sua vida pessoal e de autarca? Na vida pessoal tive infelizmente dois familiares que faleceram de covid-19 e, desse ponto de vista, não foi muito diferente do que aconteceu a muitas famílias portuguesas. Do ponto de vista profissional, foi difícil pois no início não sabíamos como agir. Em Março do ano passado ninguém sabia nada sobre isto e mesmo a primeira intervenção da directora da Direcção-Geral da Saúde foi a dizer que o vírus não ia chegar a Portugal. E depois assistimos a um ‘tsunami’. Portanto, estar num cargo em que se tem de decidir, quer para a junta quer para fora, numa altura em que não se sabia absolutamente nada, foi muito complexo. Cada decisão que tomávamos tinha um enorme impacto. É uma enorme responsabilidade. As primeiras
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Residência Ratton afirma comunidade educativa na criação artística p9 FOTÓGRAFO
acções que foram tomadas, como ir buscar o lixo das pessoas que estavam em isolamento, fui eu e o meu colega de executivo que fizemos. Fomos nós que tomámos esta responsabilidade pois não tivemos coragem de pedir aos trabalhadores, sem que se soubesse algo sobre a covid-19. A primeira entrega de cabazes foi o executivo que fez também. Tivemos alguns trabalhadores com covid, ainda assim foram poucos, considerando o número total de funcionários. Tivemos de lidar com o receio, o medo e a frustração. Eu nunca confinei. Saía de casa todos os dias e a minha esposa questionava-me para onde ia nas condições em que estávamos. Não sou nenhum herói, qualquer pessoa na minha posição faria o mesmo. A pandemia trouxe ao de cima o lado bom das pessoas. Houve imensos voluntários e pessoas a ligar para a junta a perguntar o que era preciso fazer. Por exemplo, tivemos apoio da Toyota na entrega dos cabazes. Pudemos ver que, nos piores tempos, as pessoas mostram o melhor de si. Quão importante é não defraudar as expectativas dos fregueses de São Sebastião? É fundamental. Fazendo essa leitura vou fazer de tudo para continuar
“[Abstenção?] A responsabilidade é de todos. Na maioria dos casos as pessoas não vão votar porque são preguiçosas a não gorar essas expectativas. As pessoas quando votam esperam, efectivamente, que nós cumpramos aquilo que dizemos. Já agora, em São Sebastião, temos uma taxa de concretização das nossas propostas de cerca de 95%. Há sempre uma ou outra coisa que tínhamos previsto e que não se conseguiu realizar. No mandato passado, curiosamente, fizemos 100% daquilo que era o nosso
compromisso. Neste mandato algumas coisas que escrevemos não foram concretizadas, mas fizemos muitas outras que não estavam inicialmente previstas. Temos uma concretização de obras brutal, mas às vezes as pessoas dizem “eles prometem mas não cumprem”. O que acontece é que as pessoas não pegam naquilo que está escrito, apenas ouvem e limitam-se a reproduzir o que é dito: “eles não fazem nada” ou “eles não querem saber de nós”. Depois em concreto, se forem avaliar, cumprem-se. Na Câmara Municipal, por exemplo, as taxas de concretização são elevadíssimas. Quais são os seus objectivos como presidente no mandato actual? Queremos aprofundar a participação popular no programa municipal ‘Nosso Bairro, Nossa Cidade’ e fazer a sua extensão a todos os bairros da freguesia, queremos construir uma nova sede da junta, mantendo a actual como delegação no Bairro 2 de Abril e queremos melhorar as condições de venda e usufruto no Mercado da Confeiteira (Xepa). Como é um dia normal de trabalho na Junta de Freguesia? É raro ser um dia igual ao outro. São sempre muito intensos. Normalmente é sempre a saltar de um lado para o outro. Por exemplo, antes de vir à EPCC, estive numa sessão de abertura das actividades com os idosos, porque o mês de Outubro é o mês do idoso. Quando sair daqui, terei uma reunião ao final da manhã na junta. Portanto, são sempre dias diferentes, com muito contacto com a população e sempre num corre-corre intenso. De que forma consegue conciliar a vida pessoal com a de presidente? Às vezes é difícil e requer uma enorme compreensão por parte de quem está em casa. Nunca mais me esqueço de uma frase do meu filho, na altura com três anos, quando comecei a desempenhar estas funções. Um dia cheguei a casa e ele disse: “Não quero que sejas mais presidente, quero que sejas professor”. Estar nesta função implica uma grande ausência em casa porque parte do trabalho com a população é feito fora do horário normal de expediente, ou seja, à noite ou aos fins-de-semana. Como se resolvem os casos em que existem opiniões diferentes entre o presidente e outros políticos? A ideia é nós fundamentarmos sempre a nossa posição e convencer os outros a aceitar as nossas propostas. Essa é a base. Mas não
é preciso ser presidente de junta ou exercer um cargo público. Em todo o lado é exactamente a mesma coisa. Se há um desentendimento entre duas ou mais pessoas, se quisermos mesmo levar uma ideia para a frente, se quisermos mesmo construir ou fazer alguma coisa, é preciso convencer os outros de que eu estou certo e fundamentar a minha posição. De que forma responde às pessoas que pedem ajuda financeira? A junta não tem a responsabilidade de prestar apoios sociais, nem a junta nem a Câmara Municipal, mas sim a Segurança Social. Antigamente era possível, mesmo fora desse âmbito, fazer prestações às pessoas, mas hoje isso não acontece. O que fazemos é acolher as pessoas, analisar os seus casos e encaminhar para a Câmara Municipal, para a Segurança Social ou para uma Instituição Particular de Solidariedade Social, ou seja, fazemos um encaminhamento e acompanhamos os casos. Às vezes, é muito difícil uma pessoa que está mergulhada numa profunda pobreza conseguir ter o discernimento de contactar as entidades e preencher papéis para poder ter os apoios necessários. De todos os pedidos de ajuda que já lhe fizeram, qual aquele que o sensibilizou mais? Os mais difíceis são aqueles em que pessoas com filhos, sem emprego e sem dinheiro, são despejadas das suas casas. É duríssimo e é algo que nos últimos tempos, no período da pandemia, aconteceu com mais frequência. Mal ou bem tem-se encontrado soluções com outros parceiros e as pessoas acabam por resolver a sua vida, mas é muito duro saber que alguém que tem crianças vai ser despejada ou que já dormiu na rua. Em sua opinião, o que é preciso fazer para que mais pessoas vão votar nas eleições, de modo a impedir que a abstenção continue a aumentar? Em primeiro lugar, defendo que quem está nestas funções tem que honrar a sua palavra. As pessoas só passam a acreditar quando vêem que os políticos honram a sua palavra. Palavra dada é palavra honrada. Essa é a maior atitude que devemos ter. Temos alguns projectos para incentivar a participação. Os meninos do 1.º ciclo vão à Junta de Freguesia, conhecem-na, simulam uma Assembleia da Freguesia e propõem coisas. Depois dão voltas nos autocarros e vão ver os trabalhadores. Também estamos a ter esta conversa e acho que é uma
forma de vos levar a participar. A responsabilidade não é toda dos eleitos como muitos querem fazer parecer. Não é tudo responsabilidade de quem está lá, a responsabilidade é de todos. As pessoas têm o direito de votar e não o fazem porquê? Depois dizem: “É só para enganar, é só corrupção”! Pergunto se sabem alguma coisa de concreto. Na maioria dos casos, as pessoas não vão votar porque são preguiçosas. Porquê? Porque não querem saber. Temos um problema grave na sociedade, nós temos uma dificuldade com o conhecimento e com a atenção do conhecimento. As pessoas são preguiçosas, não querem ler, não querem saber e acham mais fácil culpar os outros do que admitir que não foram votar porque não se informaram o suficiente. Como não o fizeram, nem sabem o que cada partido defende. Dizem que é tudo igual e não vão votar. Afirmar que se é preguiçoso é muito difícil, mais fácil é afirmar que todos são iguais. O que diria às pessoas que não vão votar? Recordaria os que sofreram e deram a sua vida para termos hoje direito ao voto. Nas eleições democráticas todos os votos têm o mesmo valor. É a única altura em que estamos todos em pé de igualdade e não devemos deixar os outros decidir o que fazer com o dinheiro dos nossos impostos. As pessoas são livres. Temos de partir desse pressuposto, mas temos de nos lembrar daqueles que sofreram para que isto fosse possível. Houve gente que morreu para que tivéssemos direito ao voto, gente que deu a sua vida para que pudéssemos ter esse poder. Não há muito tempo, com o fascismo em Portugal, do tempo de Salazar e Marcelo Caetano, as pessoas não tinham essa liberdade. Logo, as pessoas que viveram esse período votam porque sabem quão importante é dar as suas próprias vidas. É nas eleições que somos todos iguais. Se toda a gente fosse votar poder-se-ia decidir por um projecto completamente alternativo na nossa sociedade ou na nossa freguesia. Como é possível eu abdicar do meu voto e dizer “decidam por mim, decidam o que fazer com o meu dinheiro!” Eu pago impostos, toda a gente paga impostos e eu vou deixar que os outros decidam o que fazer com o meu dinheiro? Acho que todos devíamos ser agentes activos para podermos de facto decidir o nosso futuro colectivo. *Entrevista realizada pelas alunas do 3.º ano do curso de Técnico de Apoio à Infância, da Escola Profissional Cristóvão Colombo, Setúbal
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Setúbal LANÇADO PELA ASSOCIAÇÃO MUNDIAL DA INDÚSTRIA
Secil é a única cimenteira portuguesa a integrar Roteiro do Betão Zero Carbono DR
Projecto “Clean Cement Line” está já a permitir concretizar medidas para a redução até 2030 Inês Antunes Malta A Associação Mundial de Cimenteiras (GCCA) lançou recentemente o Roteiro de Betão Zero Carbono, no qual a Secil, com fábrica no Outão, em Setúbal, é uma das quarenta cimenteiras signatárias a nível mundial e a única do nosso país. O objectivo é atingir zero emissões líquidas de dióxido de carbono (CO2) em 2050, com metas de compromisso para reduzir as emissões de CO2 em 25% até 2030. Com o projecto Clean Cement Line (CCL), que “concretiza, a nível prático, os princípios estabelecidos no roteiro, a Secil já está a concretizar no terreno as medidas propostas para a redução até 2030, pelo que se encontra na vanguarda mundial para tornar o betão ainda mais sustentável”. “Na Secil, estamos orgulhosos de ser um activo parceiro neste roteiro e estamos totalmente comprometidos com o nosso contributo para a preservação do clima, que permita às próximas gerações usufruir do planeta como fizeram as gerações anteriores”, garantiu Otmar Hübscher, presidente da comissão executiva da Secil.
A Secil está a concretizar, na fábrica do Outão, as medidas para a redução das emissões previstas para os objectivos 2030
Compromisso mundial rumo à neutralidade carbónica
Esta posição conjunta dos membros da GCCA, provenientes das Américas, Europa, África e Ásia, representa, de acordo com os mesmos, “o maior compromisso mundial de uma indústria global para a neutralidade carbónica”. No mês de Setembro, na Semana
do Clima em Nova Iorque, a GCCA anunciou que a indústria cimenteira foi a primeira indústria pesada a aderir à Meta Zero Carbono das Nações Unidas. Mais recentemente, publicou este roteiro, onde constam os passos que a indústria vai dar para em 2050 estar totalmente descarbonizada, num objectivo que se alinha com o Acordo de Paris, para limitar
o aquecimento global em 1,5ºC, e que vão evitar, até 2030, a emissão atmosférica de cerca de cinco biliões de toneladas de CO2. Nas palavras de Thomas Guillot, CEO da GCCA, “a cooperação global na descarbonização do betão é uma necessidade, já que os países que precisam de desenvolver as suas infra-estruturas e habitação serão
os maiores utilizadores de betão nas próximas décadas”. Num futuro não distante, antevê “um mundo em que uma economia sustentável e de zero carbono será construída com betão verde” e defende a importância de que “todos os governos usem o seu poder de encomenda para preferir betão de baixo carbono nas suas infra-estruturas e habitação e para mudar a legislação que limita o uso de materiais reciclados e atrasa a transição para uma economia circular e de baixo carbono”. Albert Manifold, presidente da GCCA, por sua vez, sublinha que “este roteiro considera o compromisso da indústria numa mudança positiva”. “Vai permitir-nos uma transição sustentável para a neutralidade carbónica enquanto continuamos a abastecer a sociedade com o betão indispensável ao seu crescimento e prosperidade”. Já António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, apela a “todos os governos e parceiros relevantes neste processo que alinhem financiamentos, públicos ou privados, e processos de compra para criar sólidos mercados de produtos neutros em carbono e desenvolvam roteiros nacionais de neutralidade carbónica”. No seu entender, “três quartos das infra-estruturas que existirão em 2050 ainda não foram construídas e, sem uma acção credível imediata, as futuras gerações não terão um planeta habitável em que possam construir”.
FISIOTERAPIA
IPS obtém resultados positivos no tratamento de pessoas com fibromialgia O Instituto Politécnico de Setúbal (IPS), através de “um estudo conduzido por investigadores do Centro Interdisciplinar de Investigação Aplicada em Saúde”, obteve resultados “muito positivos” na realização de testes “aos efeitos de um tratamento de fisioterapia em 96 voluntários com diagnóstico de fibromialgia”. A investigação, que decorreu entre Janeiro de 2020 e Abril de 2021”, assenta “na prática de exercício físico específico, em conjugação com sessões educativas para a autogestão da
DR
doença”, esclareceu a instituição em comunicado. O estudo, de acordo com Carmen Caeiro, investigadora responsável, passou por duas fases: “Num primei-
ro momento foi realizado um ensaio controlado, através do qual se pretendeu investigar os efeitos de exercício físico e educação para a autogestão da fibromialgia, comparativamente com
os efeitos de tratamento que incluiu apenas exercício físico”. A segunda etapa da pesquisa, que “integra o projecto SHARE – Saúde e Humanidades Actuando em Rede, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT)”, centrou-se “num estudo qualitativo, para aferir o contributo das sessões educativas, em particular para a capacidade de autogestão da condição clínica”. Na primeira fase, “em ambos os grupos, os resultados foram estaticamente significativos e clinicamente relevan-
tes, o que significa que os participantes obtiveram melhorias ao nível da dor ou da sua capacidade funcional”. No que toca à componente qualitativa, “verificou-se que as sessões educativas contribuíram para a sua capacidade de gerir a doença”, explicou a docente da Escola Superior de Saúde. “Estiveram envolvidos uma fisioterapeuta bolseira de investigação, quatro estudantes do mestrado em Fisioterapia em Condições Músculo-Esqueléticas e três estudantes da licenciatura em Fisioterapia”.
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Especial Decoração e Imobiliário p12 a 21 “POETICAMENTE HABITA O HOMEM SOBRE A TERRA”
Encontro sobre residências Ratton afirma importância da comunidade educativa na criação artística LEONOR DE SOUSA
Programa da iniciativa, que se divide entre a cidade sadina e Lisboa, decorre até Abril de 2022 Inês Antunes Malta
Artistas residentes procuram novas expressões através do azulejo
O programa da residência artística Ratton a decorrer desde Julho de 2021 e até Abril de 2022 divide-se entre Setúbal e Lisboa. Partindo da
As artistas Bárbara Fonte, Maria Morais, Mónica Coelho e Sofia Ribeiro Pinto apresentaram os seus trabalhos
premissa da galeria Ratton, que desde 1987 “desafia artistas contemporâneos que nunca utilizaram o azulejo”, as quatro artistas residentes são convidadas a “procurar uma nova expressão nos seus percursos artísticos, utilizando as potencialidades que o azulejo oferece e as sinergias criativas defendidas neste projecto”. Ana Maria Viegas, da galeria Ratton, explicou: “Desde o nosso início, em 1987, que tomámos a decisão de convidar artistas para olhar e pensar o seu trabalho”. “Até agora já trabalhámos com mais de 50 artistas, nacionais e internacionais”. Para Tiago Montepegado, igualmente em representação da Ratton, “esta primeira residência artística é também uma forma de captar, de poder trazer para o azulejo mais gente e gente mais nova”. Desde o princípio, a galeria tem-se ainda constituído “como uma plataforma de encontro, geradora de cruzamentos interdisciplinares”. Da residência, que contou com o apoio da Direcção-Geral das Artes, nasce, de acordo com o director da galeria Ratton, “uma peça de arte pública para Setúbal, da autoria das quatro artistas em conjunto. “O tema central será a água, muito importante para a cidade, numa linha que reúne todas as características principais desta terra”. Em Abril, a residência e a peça pública serão apresentadas na íntegra na Casa da Cultura de Setúbal, resultado do apoio que o município de Setúbal tem
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ALMADA 265 539 691 SETÚBAL 265 520 716 SEIXAL 265 520 716 MONTIJO 212 318 392 MOITA 212 047 599 BARREIRO 212 047 599 PALMELA 265 520 716 ALCOCHETE 212 318 392 OUTROS CONCELHOS 265 520 716
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No âmbito da residência artística Ratton, intitulada “Poeticamente habita o homem sobre a terra”, o anfiteatro da Escola Superior de Educação (ESE) do Instituto Politécnico de Setúbal recebeu na tarde de quinta-feira a apresentação do programa da iniciativa e a explicação da importância de envolver a comunidade educativa nos processos de criação artística. Bárbara Fonte, Maria Morais, Mónica Coelho e Sofia Ribeiro Pinto, as artistas participantes na residência, que teve lugar na Oficina Ratton, entre 1 e 26 de Setembro, em Setúbal, apresentaram o seu percurso criativo e os seus trabalhos. “É um prazer acolher esta iniciativa no dia em que festejamos 36 anos de vida e 28 de edifício, que não pode deixar nunca de ter o seu destino, a sua actividade e a sua prática associada às diversas expressões artísticas”, começou por dizer Cristina Gomes da Silva, directora da ESE. “A discussão que trazemos da arte no espaço público leva-nos também à questão da democratização do acesso à arte”, continuou, considerando que seria “bom que a arte deixe de estar restrita a um espaço e passe a estar integrada no quotidiano de toda a gente”. “A cidade como um espaço aberto, plural, de livre acesso, é um caminho que temos de fazer e são estes valores que norteiam também as nossas vivências nesta escola”, sublinhou. Por sua vez, Teresa Neto, em representação de Pedro Pina, vereador da Cultura na Câmara Municipal de Setúbal, manifestou a “aposta crescente do município nas residências artísticas como forma de dar espaço e apoio à criação artística”.
concedido à galeria Ratton. As quatro artistas residentes apresentaram-se, individualmente, e partilharam o trabalho desenvolvido até ao momento e a experiência ao longo dos 20 dias de residência efectiva na Oficina Ratton. Com moderação de José Teófilo Duarte, director de arte e curador, seguiu-se um momento de partilha e debate. A mesa contou com a participação de Ricardo Carvalho, director do departamento de arquitectura da Universidade Autónoma de Lisboa, de Sérgio Vicente, escultor e vice-presidente da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, ambos com trabalhos realizados na cidade de Setúbal, e de Fernando Rosa Dias, professor na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa.
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Setúbal ENTRE 5 E 14 DE NOVEMBRO
Salmonete no centro das atenções dos restaurantes sadinos em pratos saborosos e inovadores DR
Iniciativa integrada na marca “Setúbal Terra de Peixe” vai contar com a participação de mais de quatro dezenas de estabelecimentos
NA MANHÃ DE HOJE
Rua Vieira da Silva fechada para construção de ramais de água Um troço da Rua Vieira da Silva, situada nas imediações da zona comercial Atlantic Park, em Setúbal, vai estar hoje, durante o período da manhã, encerrado ao trânsito automóvel para a concretização de “uma operação de construção de ramais de água”. Em comunicado, a Câmara Municipal de Setúbal
explica que as obras na via pública vão decorrer entre as 08 e as 13 horas, “no troço compreendido entre a Avenida Mestre Lima de Freitas e a Rua Árpad Szenes”. Por este motivo, a autarquia sadina aconselha os automobilistas a utilizarem como alternativa a “Rua Árpad Szenes”.
PARQUE DA BELA VISTA
Maria Carolina Coelho O salmonete vai estar no centro das atenções das ementas de mais de quatro dezenas de restaurantes do concelho de Setúbal durante dez dias, em pratos que prometem ser saborosos e inovadores. A Semana do Salmonete está de regresso entre os dias 5 e 14 de Novembro, numa iniciativa “inserida na estratégia da Câmara Municipal de Setúbal de promoção gastronómica e turística do concelho”, refere a autarquia em nota de Imprensa. No entanto, não vão também faltar refeições tipicamente setubalenses preparadas com salmonete, “como o tradicional peixe assado no carvão”. A actividade, “organizada com os apoios da Docapesca e do Turismo de Portugal”, “integra um calendário de
BREVES
Dezenas de escoteiros requalificam monumento do movimento Setúbal volta a ser a capital do salmonete já no próximo mês
eventos gastronómicos dinamizado pelo município no âmbito da marca Setúbal Terra de Peixe, com o objectivo de divulgar sabores e tradições da cozinha setubalense e, em simultâneo, de estimular a restauração local e promover o concelho enquanto destino turístico de excelência”. Entre os 41 restaurantes participantes encontram-se “A Barreira, A Casa do Peixe, A Vela Branca, Adega do Zé, Água Salgada, Antóniu's, Bombordo, Calha Bem, Casa Lagarto e Casa Morena”. A lista dos espaços de restauração aderentes este ano inclui igualmente
o “Carvão Ryori, Copa d'Ouro, Ferribote, Flórida, Nova Taberna o Pescador, Novo 10, Novo Capote, O Alface e O Batareo”. Também “O Convés, O Douradinho, O Jacques, O Petisco, O Ramila, O Saveiro, O Tavira, Oficina do Peixe, Peixe no Largo, Pinga Amor 2 e Rebarca” integram a iniciativa. Os restaurantes Bar Mar, O Migas, Xtoria e Verde e Branco, assim como “a Restinguinha, a Ribeirinha do Sado, o Solar do Marquês e as tascas da Fatinha, do Toninho, do Xico da Cana e Kefish completam o rol de restaurantes participantes”.
Cerca de seis dezenas de escoteiros juntaram-se recentemente no Parque Verde da Bela Vista para requalificar “o monumento em homenagem a Baden-Powell [fundador do escutismo] e ao movimento escotista”, refere o Núcleo de Setúbal da Fraternal Escotista de Portugal em publicação no Facebook.
Da escultura, os perto de 60 membros dos “Grupos 206 e 261 de Setúbal da Associação de Escoteiros e do Núcleo da Fraternal Escotista”, “com idades entre os seis e os 56 anos”, removeram grafites. A iniciativa, que aconteceu a 16 de Outubro, foi realizada com “esforço e dedicação” e contou com o apoio da SECIL. DR
EM MEIO URBANO
Munícipes podem ajudar a contar população de periquitos-de-colar existente no concelho Os munícipes de Setúbal podem contribuir para a contagem total de periquitos-de-colar existentes no concelho sadino, com o objectivo de ser elaborado “um recenseamento nacional da espécie”, para se “perceber a sua dimensão populacional e distribuição ao longo do País”. Em comunicado, a Câmara Municipal sadina pede “a participação dos cidadãos na identificação da espécie periquito-de-colar em meio urbano”, depois de ter aderido à “campanha nacional de monitorização de aves nidificantes”. A iniciativa é “promovida pela So-
ciedade Portuguesa para o Estudo das Aves” e o passo é simples: “Os voluntários interessados em participar só precisam de passear num jardim, parque ou outra zona verde da cidade ao final do dia, entre as 16h30 e o pôr do Sol, e registar os periquitos-de-colar observados”. É igualmente importante os setubalenses tentarem “perceber se as aves se estão a alimentar ou a juntar-se numa árvore para descansar”. “O registo deve ser submetido entre os dias 1 e 30 de Novembro numa página criada para o efeito, disponibilizada em https://www.spea.pt/voluntariado/ajude-nos-a-contar-periquitos/”.
Os periquitos-de-colar caracterizam-se por ser uma espécie “ruidosa e sociável e têm uma coloração geral verde, com uma longa cauda pontiaguda e bico vermelho”. De realçar que “os machos têm a particularidade de possuir um colar preto e rosa”. A espécie, além da cidade de Setúbal, pode ser encontrada no distrito nos concelhos de Sesimbra, Seixal, Montijo e Almada”. A nível nacional, por sua vez, está presente na “Amadora, Cascais, Lisboa, Loures, Oeiras, Sintra, Coimbra, Caldas da Rainha, Maia, Matosinhos, Porto, Vila Nova de Gaia, Faro, Portimão, Povoação, Ponta Delgada e Funchal”.
2 DE NOVEMBRO
Instrumentos de corda e rock’n’roll em concerto no Luísa Todi O Fórum Municipal Luísa Todi prepara-se para receber um espectáculo diferente a 2 de Novembro, onde as “sonoridades de instrumentos de corda típicos de Portugal se vão cruzar com o rock’n’roll internacional”, explica a autarquia em comunicado. O momento, protagonizado pelos Lusitanian Ghosts a
partir das 21h30, junta no palco do equipamento “músicos portugueses e estrangeiros, como Neil Leyton, Micke Ghost, João Sousa, Omiri, Abel Beja e O Gajo”. “A amarantina, a beiroa, a toeira, a braguesa e a terceirense são alguns dos instrumentos tocados no concerto”, cujos bilhetes têm um custo de cinco euros.
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CO-PRODUÇÃO COM TEATRO MOSCA
QUINTA-FEIRA
“Porcas” triunfam em espectáculo do Teatro Estúdio Fontenova no Fórum Luísa Todi
Município dá as boas-vindas à comunidade educativa em festa no Forte de Albarquel DR
Peça com estreia marcada para quinta- -feira retrata “revolução numa quinta para acabar com regime opressivo liderado pelos humanos”
DR
Maria Carolina Coelho O Teatro Estúdio Fontenova leva “O Triunfo das Porcas” ao Fórum Municipal Luísa Todi na próxima quinta-feira, numa “co-produção com o Teatro Mosca” inspirada no clássico de George Orwell. O espectáculo, que tem início pelas 21h30, “retrata a revolução numa quinta de animais para acabar com o regime opressivo liderado pelos humanos”, explica a Câmara Municipal de Setúbal em comunicado. “Após a revolução”, a peça, “com adaptação e encenação de Pedro Alves”, mostra “o paraíso e a união entre os animais a desfazer-se rapidamente”, com a emergência de “um novo sistema, mais aterrorizante e opressor do que o antecessor”. “No final, resta a desconcertante imagem de suínos e seres humanos a celebrar a prosperidade económica em torno de uma mesa de jogo,
na antiga casa do velho proprietário, enquanto os restantes animais continuam a trabalhar arduamente a troco de muito pouco”. "O Triunfo das Porcas" conta com “interpretações em palco de Carolina Figueiredo, Patrícia Pereira Paixão e Sara Túbio Costa e em vídeo de Milene Fialho e de 26 jovens estudantes sintrenses e setubalenses”. Após a estreia, o espectáculo regressa ao equipamento municipal no dia seguinte, com sessões às 15h00 e às 21h30, e no dia 30, pelas 16h00 e 21h30. Os bilhetes, com um custo de “oito euros para as plateias e de seis para profissionais do espectáculo, estudantes, menores de 25 anos e maiores de 65”, podem ser
adquiridos “no Fórum Luísa Todi ou na bilheteira on-line BOL”.
Alice vem do País das Maravilhas ao Fórum Luísa Todi
Para o dia 6 de Novembro, por sua vez, está planeada a ‘viagem’ de Alice do País das Maravilhas até ao palco do Fórum Municipal Luísa Todi, “numa peça de teatro musicado para toda a família”. O momento, da responsabilidade da GATEM – Espelho Mágico, com início marcado para as 21h30, resulta da adaptação do texto clássico de Lewis Carrol pelo encenador Miguel Assis, que “o transformou num espectáculo que alia o teatro à música e aposta na interactividade e em efeitos es-
peciais”. Em comunicado, a autarquia sadina lembra que "Alice no País das Maravilhas" é uma "história intemporal, repleta de simbolismos, que estimula a imaginação e questiona os princípios da lógica”. “No País das Maravilhas, a menina vive aventuras inesquecíveis e encontra seres fantásticos, como a Lagarta, o Gato Sorridente, o Chapeleiro Maluco e a temida Rainha de Copas”. O espectáculo volta a repetir-se no dia seguinte, 7, às 17 horas. A entrada tem um valor de cinco euros, podendo os bilhetes também ser adquiridos no Fórum Luísa Todi ou em www.bol.pt”.
SÁBADO PELAS 21H30
“Versão Beta” chega à Casa da Cultura para reflexão sobre tensões entre passado, presente e futuro O espectáculo “Versão Beta”, da companhia portuense Visões Úteis, em co-produção com o Teatro Académico de Gil Vicente, da Universidade de Coimbra, chega à Casa da Cultura no próximo sábado, às 21h30, numa exploração “das tensões entre passado, presente e futuro”. O momento, em que se destaca o
“registo íntimo e divertido”, conta com interpretação de Carlos Costa, que, a solo, numa actuação “iminentemente autobiográfica”, vai retratar a diferença “entre o que se projectou e o que se viveu, entre o que se deseja e o tempo que ainda se tem ou que já não há”. “Versão Beta” recai, sobretudo, sobre a construção de “relações
improváveis entre uma cassete de vídeo de 1984, a leitura interminável de uma obra iniciada em 1995 e um projecto com estreia marcada para 2038 e em preparação desde 2008”. A peça é também “a primeira produção carbono quase zero da Visões Úteis, uma vez que todos os ensaios decorreram com recurso a energia
verde, os elementos de cena são reutilizados, as deslocações da equipa para os ensaios foram a pé, de metro ou de bicicleta e a itinerância da peça é feita em veículo eléctrico”. “A entrada, com o custo de quatro euros, pode ser reservada pelo endereço rececao.casacultura@mun-setubal.pt”.
M.C.C.
A Câmara Municipal de Setúbal tem planeada uma festa de boas-vindas ao novo ano lectivo para os professores, pessoal não docente e estudantes do concelho sadino, a acontecer na próxima quinta-feira, 28, no Forte de Albarquel. Numa noite que promete ser de muita animação, com dois momentos musicais, o evento “começa com uma recepção aos convidados”, seguindo-se, às 18h45, a actuação do grupo “Dixit Band”, explica a autarquia sadina em nota de Imprensa. Às 19h15, por sua vez, André Martins, presidente da Câmara Municipal de Setúbal, saúda a comunidade educativa, que iniciou no passado mês o período lectivo. “O encerramento da cerimónia, na qual é servido um beberete [refeição ligeira predominantemente composta por bebidas], está marcado para as 21 horas”. O município disponibiliza transporte aos convidados, cujo acesso ao Forte de Albarquel “deve ser feito por autocarro”. O veículo partirá da Casa da Baía, com várias saídas entre as 18 e as 19 horas, enquanto que o regresso está disponível a partir das 21 horas. “O programa de Recepção à Comunidade Educativa, dinamizado pela Câmara Municipal de Setúbal, inclui, até Dezembro, um conjunto de actividades, como momentos de lazer, divulgação de recursos educacionais e promoção do património natural e cultural existente no concelho”. ARQUIVO / DR
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Especial
Decoração e Imobiliário
O SETUBALENSE publica nesta edição um segmento especial dedicado ao tema “Decoração e Imobiliário”. Nestas páginas poderá encontrar informação sobre a actualidade do mercado imobiliário e da habitação, e património edificado, entre outros.
OFERTA DESCEU 29% EM APENAS UM ANO
Setúbal foi a segunda capital de distrito do País com maior redução de habitações para venda ALEX GASPAR
Diminuição justificada com aumento de vendas nos últimos meses. Menor disponibilidade de stock pode levar a subida de preços Mário Rui Sobral Setúbal foi a segunda capital de distrito de Portugal – só suplantada por Évora – com maior redução do número de casas para venda, entre os meses de Setembro de 2020 e 2021. Os dados são avançados num estudo publicado pela plataforma Idealista, marketplace imobiliário do sul da Europa. Como consequência desta diminuição da oferta, é expectável uma subida dos preços das habitações nos próximos tempos. “O aumento da venda de casas nos últimos meses contribuiu para uma redução de stock de habitação disponível nas capitais de distrito portuguesas na ordem dos 7% em apenas um ano”, revela o Idealista, de acordo com o estudo realizado. Em Setúbal, durante o referido período, houve uma diminuição de cerca de 29% do número de habitações para venda. “As maiores descidas da oferta de casas – e consequentemente, onde poderá aumentar a tensão nos preços – foram registadas em Évora e em Setúbal, já que o stock das casas para vender desceu na ordem dos 30% e 29%, respectivamente”, indica o marketplace imobiliário com base no estudo realizado. Depois de Évora e Setúbal, com maior redução de habitações disponíveis para venda, vêm Santarém (-23%), Faro (-20%), Leiria (-19%), Bragança (-18%) e Portalegre (-14%). “A redução da oferta de casas no mercado também foi significativa em Braga (-11%), Porto (-9%) e Viana do Castelo (-8%)”, indica o Idealista. De resto, as capitais de distrito que apresentaram “uma menor descida da oferta de imóveis” no mesmo período “foram Viseu (-7%), Ponta Delgada (-7%), Lisboa (-5%), Beja (-4%)
Preços das casas pode aumentar a médio prazo em Setúbal face à diminuição da oferta de imóveis para venda
Pandemia Sector da construção afectado mas em menor escala do que outros O sector da construção também foi afectado na sua actividade pelos constrangimentos gerados pela pandemia de covid-19, de acordo com a informação disponível entre Março de 2020 e Fevereiro deste ano publicada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Contudo o impacte sofrido foi em menor escala relativamente a outros sectores. “Embora com menos intensidade que o observado noutros sectores abrangidos pelos inquéritos qualitativos de conjuntura do INE, também na construção houve uma redução dos níveis de
confiança na construção, que em termos médios foi de -17,3 pontos [percentuais] nesse período relativamente ao ano precedente”, lê-se na edição deste ano das Estatísticas da Construção e Habitação 2020 que o INE apresenta. No entanto, “o sector da construção revelou alguma resiliência, registando valores médios de licenciamentos muito próximos da média dos 12 meses anteriores à pandemia e estimando mesmo um aumento dos edifícios concluídos”, indica o INE no documento. Segundo os dados estatísticos publicados, “também o valor
das transacções de habitações continuou a aumentar, embora a uma taxa mais reduzida e os preços mantiveram uma tendência positiva”. Já no que toca ao emprego no sector da construção foi registado, entre Março de 2020 e Fevereiro último, um aumento de “3,8%”, sendo que “a remuneração bruta total cresceu 5,7% (+7,7% e +10,9%, no mesmo período pré-pandemia)”. A remuneração bruta média mensal, ainda de acordo com o INE, “foi 969 euros, correspondendo a um aumento face ao período pré-pandémico (952 euros)”.
e Aveiro, onde a oferta de casas para vender também diminuiu 4%”. Em termos globais, adianta o Idealista, “a oferta passou de 58 mil e 570 casas à venda, em Setembro de 2020, para 54 mil 804 no mesmo mês deste ano, o que poderá fazer prever uma subida nos preços das casas no médio prazo”. Ainda assim, ressalva a plataforma do ramo imobiliário , “não existe um padrão homogéneo em todas as capitais de distrito”, até porque “em cinco delas o stock de casas à venda apresentou uma subida”, com Vila Real a liderar este indicador. “O maior aumento da oferta aconteceu em Vila Real, onde os compradores têm, agora, mais 87% de casas disponíveis no mercado do que em Setembro de 2020. Segue-se Coimbra (38%), Guarda (12%) e Castelo Branco (9%). Por último, o Funchal apresentou uma subida de stock de casas para vender de 6%”, conclui.
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Especial MERCADO DA HABITAÇÃO
Setúbal é o quarto distrito com o valor mais alto por m2 nos preços de arrendamento O concelho de Setúbal registou o maior aumento nos preços de arrendamento das casas no segundo trimestre de 2021 David Marcos Segundo cálculos do site Idealista, Setúbal é o quarto distrito com o valor mais alto, por m2, em preços de arrendamentos. O distrito regista, de momento, 8,8 euros por m2, apenas superado por Faro, com 9,7 euros, Porto, com 9,9 euros, e Lisboa, com 12,7 euros. Dentro do Distrito de Setúbal, de acordo com os dados disponíveis, o município de Almada é o que regista o valor mais alto nos preços de arrendamento, colocado nos 9,4 euros por m2. É seguido por
Sesimbra, com 8,9 euros, Barreiro e Seixal, ambos com 8,4, e Setúbal com 8,3. Montijo é o concelho com o valor mais baixo, registando 6,8 euros por m2. Os dados não disponibilizavam os valores para Alcácer do Sal, Alcochete, Sines e Grândola. De acordo com o Instituto Nacional de Estatística, o concelho de Setúbal foi o que verificou o maior aumento na “taxa de variação homóloga do valor mediano das rendas por m2 (%)”, no segundo trimestre de 2021. De 2020 para 2021, no mesmo período em estudo, o concelho verificou um aumento de 16,7%, colocando o “valor mediano das rendas por m2”, nos 7 euros. Estes valores colocam Setúbal no top 10 nacional dos valores mais altos do “valor mediano das rendas por m2”, em “municípios com mais de 100 mil habitantes”. Ainda assim, a tendência nacional no preço dos arrendamentos era positiva, apresentando uma redução, até Setembro de 2021,
Casas arrendadas AML teve um terço dos novos contratos No ano de 2020 a Área Metropolitana de Lisboa, segundo o INE, representou um terço dos novos contratos de arrendamento, mais concretamente 26 461. Juntamente com a Área Metropolitana do Porto, representam 50% dos novos contratos do País. O Baixo Alentejo é a região do país com o “menor número de novos contratos de arrendamento”, apenas com 448. Dos 308 municípios do país, 34 registaram “rendas acima do valor nacional” durante o ano de 2020, Lisboa lidera com o valor de 11,46 €/m2. Ainda dentro desses, destacam-se aqueles que tiveram valores iguais ou superiores a 7 €/ m2, mais três que o ano anterior,
nos quais se inclui Almada. Os municípios foram Cascais (10,42 €/m2), Oeiras (10,01 €/m2), Amadora (8,76 €/m2), Porto (8,70 €/m2), Odivelas (8,26 €/m2), Almada (8,20 €/m2), Matosinhos (7,72 €/m2), Loures (7,58 €/m2), Lagos (7,50 €/m2), Loulé (7,44 €/m2), Albufeira (7,31 €/m2), Portimão e Sintra (ambos com 7,14 €/m2). No que toca a valores entre concelhos, há amplitudes a serem assinaladas, por exemplo dentro da Área Metropolitana de Lisboa. Esta sub-região NUT III registou a maior amplitude das rendas medianas entre municípios (5,99 €/m2): o menor valor foi registado na Moita (5,47 €/m2) e o maior em Lisboa (11,46 €/m2). O SETUBALENSE
Setúbal está no top 10 nacional com maior média no valor das rendas por m2 em municípios com mais de 100 mil habitantes
de 4,6% nos preços. O mercado de arrendamento encontrava-se inclusivamente, segundo o INE, em expansão, apresentando um aumento de cerca de 50% face ao ano de 2020. Em sentido contrário ficou o mercado de compra de casas que, pela primeira vez desde 2012, apresentou uma redução no número de casas vendidas. Segundo o INE, em 2020 venderam-se “171.800 habitações, menos 5,3% que no ano anterior”. O mercado, de acordo com o site Idealista, foi, naturalmente, muito prejudicado pela pandemia. Destaque, ainda assim, para a quota de mercado que é ocupada pela Área Metropolitana de Lisboa, da qual fazem parte nove municípios do Distrito de Setúbal, representando “45,4% do valor das transacções realizadas a nível nacional”. No que toca a valores, os dados apresentados por distrito, segundo o Idealista, apontam Setúbal como o quarto distrito com o valor mais alto nos preços das casas. O site estima, no momento, que o m2 em Setúbal está avaliado em 1.813 euros, mais 12.5% que o ano anterior, apenas superado pelo Porto, com 2.263 euros, Faro, com 2.527 euros, e Lisboa, com 3.601 euros. A plataforma do Idealista estima que Grândola seja o concelho com o valor por m2 mais elevado, registando 3.481 euros. Os restantes valores dos municípios que compõem o distrito são bastante aproximados: Alcácer do Sal, 2.071 €/m2; Alcochete, 2.049 €/m2; Almada, 2.099 €/ m2; Barreiro, 1.476 €/m2; Moita, 1.261 €/m2; Montijo, 1.663 €/m2; Palmela, 1.595 €/m2; Santiago do Cacém, 1.150 €/m2; Seixal, 1.779 €/ m2; Sesimbra 2.580 €/m2; Setúbal, 1.790 €/m2; e Sines 1.642 €/m2.
Almada é o município com maior valor nos preços para arrendar (9,4 euros por m2)
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ATRAVÉS DE PLATAFORMA 'ON-LINE'
Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana vai simplificar concursos de casas a preços acessíveis ARQUIVO
Objectivo vertido na proposta de Orçamento do Estado para 2022. IHRU deve receber 317,7 milhões para promover habitação O Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) vai simplificar o acesso aos concursos de casas a preços acessíveis, através da implementação da plataforma IHRU Arrenda, segundo o relatório da proposta de Orçamento do Estado para 2022 (OE2022). A proposta de lei do OE2022 prevê a transferência para o IHRU de 317,7 milhões de euros, mais 100 mil euros do que este ano, no âmbito de políticas de promoção de habitação. E explica que as verbas para o próximo ano são “financiadas por receitas provenientes de fundos comunitários no montante de 255,8 milhões de euros e por receitas provenientes de empréstimos do Banco Europeu de Investimento e transferências da DGTF [Direcção-Geral do Tesouro e Finanças] no montante de 61,9 milhões de euros”. Além dessa verba, à semelhança deste ano, em 2022 vai constituir receita do IHRU a parte proporcional da colecta do IRS [Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares] que corresponder ao agravamento do coeficiente para determinação do rendimento tributável aplicável aos rendimentos da exploração de estabelecimentos de alojamento local localizados em área de contenção. Em matéria de habitação, o Governo quer prosseguir com as medidas que visam “aumentar a eficiência da gestão integrada do património imobiliário público”, realçando o papel do IHRU na disponibilização de parte do seu património para alargar a oferta de habitações a preços acessíveis, para responder à necessidade de garantir o acesso à habitação às famílias que não têm resposta por via do mercado. As habitações do IHRU são atribuídas mediante concurso por sorteio e, por forma a optimizar este processo, vai ser implementada uma plataforma ‘on-line’, IHRU Arrenda, a que o público poderá aceder de forma
A habitação é uma das prioridades do Governo para o próximo ano
simplificada, apontou o executivo, explicando que “a desmaterialização de documentos e processos permitirá atribuir habitações de forma mais eficiente, quer através da redução do tempo entre a disponibilização das habitações e o seu arrendamento, quer através da redução da necessidade de recurso a mediadores imobiliários”.
Prioridade para a habitação
“A habitação continua a ser uma prioridade designadamente ao nível da oferta pública residencial, a par com o aumento do parque público para arrendamento a custos acessíveis”, reforçou o Governo no relatório que acompanha a proposta de OE2022, adiantando que serão dados “passos muito relevantes” para continuar a
promover o equilíbrio do mercado de arrendamento e da promoção de reabilitação do edificado. Neste âmbito, o executivo pretende continuar a priorizar o Programa de Apoio ao Acesso à Habitação - 1.º Direito, o parque público de habitação a custos acessíveis, a reabilitação do parque habitacional do IHRU e a Bolsa Nacional de Alojamento Urgen-
Verbas do IHRU para o próximo ano vêm de receitas dos fundos comunitários (255,8 milhões de euros) e de empréstimos do Banco Europeu de Investimento e transferências da DGTF (61,9 milhões de euros) te e Temporário, dispondo de verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). “Prosseguir com o Programa de Apoio ao Acesso à Habitação, através da assinatura de 75 acordos de colaboração ou de financiamento com municípios e entidades promotoras de soluções de habitação; iniciar obras em 500 habitações para as quais foram assinados acordos de financiamento, no âmbito da Bolsa Nacional de Alojamento Urgente e Temporário; proceder a obras em 520 habitações, no contexto do parque habitacional público a custos acessíveis; lançar concursos públicos para 7 mil lugares de alojamento para alunos do ensino superior, em edifícios que asseguram necessidades energéticas primárias pelo menos 20% inferiores aos requisitos dos edifícios com necessidades quase nulas de energia”, lê-se no relatório. Em 2022, cumprindo com o previsto na Lei de Bases da Habitação e continuando a promover a implementação dos instrumentos da Nova Geração de Políticas de Habitação, “será reforçada a perspectiva plurianual das políticas de habitação, com a apresentação, na Assembleia da República, do Programa Nacional de Habitação”, concluiu o Governo. SSM/MLS - Lusa
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Especial EDIFÍCIOS SEMPRE NOVOS
Viajar entre a arquitectura e a decoração sem ‘trair’ a história Humberto Lameiras
Do religioso ao Castelo de Palmela, passando por casas que fazem a história da região Entre Setúbal, Azeitão e Palmela são vários os espaços e monumentos de visita obrigatória para ver e conhecer a combinação entre arquitectura e decoração histórica aliadas com a modernidade, em remodelações preocupadas em manter a traça original. É assim no Castelo de Palmela, na Igreja Matriz de Palmela, no Convento de Jesus (Setúbal) na Quinta
da Bacalhôa e na mais antiga casa produtora de vinhos José Maria da Fonseca, ambas em Azeitão. Exemplos que O SETUBALENSE escolheu para retratar o andar da história até à actualidade, e sentir o ‘peso’ de nomes que perduram no tempo. E também como se pode reconstruir sem magoar a memória. É de recuar até ao tempo da ocupação muçulmana da Península Ibérica (Castelo de Palmela), a uma igreja com azulejaria Barroca (Igreja Matriz de Palmela), à Quinta da Bacalhôa que pertenceu à Casa Real portuguesa, ao Convento de Jesus onde se deu início a arquitectura Manuelina e à Casa José Maria da Fonseca onde um visionário, no século XIX, abriu as portas à modernidade da produção
de vinhos em Portugal. Todos eles são exemplos sobre como remodelar se pode cruzar entre a arquitectura e a decoração, dar novas oportunidades e traçar novos caminhos aos visitantes. Sobre arquitectura, disse o arquitecto Alexandre Alves Costa: “As perguntas surgirão, assim, do interior de uma história que não está congelada no passado, mas que é concebida como um processo constituído por passado, presente e projecto de futuro”. Quanto a decoração, não se trata apenas de embelezar, mas sim de combinar artes e tempo num ‘movimento’ de rigor entre o bem-estar e o dar a conhecer. Seja em edifícios mais ou menos históricos, ou mesmo de hoje.
LEONOR SOUSA
CONVENTO DE JESUS Edificado no final do século XV e de estilo manuelino, o Convento de Jesus, em Setúbal, está classificado como monumento nacional desde 1910, sendo considerado um elemento central da cultura e identidade da cidade sadina. Foi ali que Portugal e Espanha ratificaram a assinatura do Tratado de Tordesilhas, em 1494. Tratado que ‘dividiu’ o globo em duas partes, para as navegações pelas descobertas de novos mundos e, pelo que consta, Portugal ficou a ganhar. Depois de anos de quase total abandono, que o obrigaram a um encerramento forçado, o Convento de Jesus e museu foram recuperados pela Câmara de Setúbal em 2020. Além da remodelação do espa-
ço exterior, com ajardinamento, o monumento, no Largo de Jesus, ganhou espaço arquitectónico para galeria de arte e palco para concertos, grande parte de música clássica e ópera, e ainda uma área de restauração. É mais um dos monumentos de Setúbal de visita obrigatória para ver, conhecer e aprender sobre história; caso da Igreja de Jesus considerada como o primeiro ensaio em Portugal de arquitectura de igreja-salão, projectada como um espaço homogeneamente iluminado. Isto num convento que conserva soluções inovadoras para a época, como os arcos de volta perfeita, abobadas assentes sobre arcos abatidos e redes de nervuras.
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PEDRO CUSTÓDIO
CASTELO DE PALMELA Entre os estuários do Sado e do Tejo, o Castelo de Palmela é um Monumento Nacional de visita obrigatória. Construído sobre uma das colinas da Serra da Arrábida, do alto dos seus 250 metros a vista estenda-se sobre Setúbal, Troia (Grândola), paisagens verdejantes palmelenses, moinhos e chega mesmo ao Cristo Rei, em Almada, e da Torre de Menagem também Lisboa. O ano passado recebeu obras de remodelação com construção de acessos, área museológica, melhoria dos espaços e decoração de interiores, tornando-se mais atractivo para receber turistas. Obras que tiveram também em atenção que este edificado histórico é um dos locais centrais da Festa das Vindimas que, todos os anos, chama milhares de visitantes à localidade. É um castelo emblemático na Península de Setúbal, de importância estratégica, e onde conta a lenda existir uma moura encantada que entoa cânticos quando o nevoeiro embrulha as muralhas. E, dias há, em que parece existir mesmo uma certa magia quando o sol brilha e, de repente, o castelo fica envolto na bruma. Com a grande estrutura de base construída pelos muçulmanos, foi sendo ampliado na época da reconquista cristã da Península Ibérica. Após a conquista de Lisboa, em 1147, por D. Afonso Henriques, a par do castelo de Almada e Sintra, também o de Palmela é tomado às forças muçulmanas, que logo depois retaliaram, e só em 1165 é mesmo conquistado pelo primeiro Rei de Portugal. No reinado de D. João I, o castelo passa por obras de remodelação sendo erigida a igreja e o Convento da Ordem de Santiago, a qual ali se instalou definitivamente no século XV. H.L.
PEDRO CUSTÓDIO
IGREJA MATRIZ DE S. PEDRO A Igreja de S. Pedro, Matriz de Palmela, além de histórica, é um dos mais destacados edifícios da localidade. Templo de origem medieval, está datada como anterior a 1320, sendo a sua traça resultado de reconstrução integral na segunda metade do século XVI. Por volta dos anos 40 do século XVIII, teve remodelação artística do interior com
azulejos de Nicolau de Freitas. Danificada com os terramotos de 1755 e 1858, teve de ser reconstruída. Situada no Largo do Município, a Igreja Matriz tem três naves com colunas toscanas, e no interior azulejos do período Barroco (XVIII), que representam cenas da vida de São Pedro. Inclui ainda um importante conjunto escultórico e pictórico setecentista.
Centro das várias festas religiosas de Palmela, um dos momentos altos é a Bênção do Mosto, na manhã do primeiro domingo de Setembro, frente à igreja, com homens a pisarem as uvas da primeira vindima. Segue-se a bênção e a missa dominical. Tudo isto num ritual simbólico que retrata a importância vinícola local, e vinca a tradicional Festa das Vindimas.
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Especial MARIA MARTINS
QUINTA DA BACALHÔA Em Vila Fresca de Azeitão, às portas da cidade de Setúbal, o Palácio, Museu e Quinta da Bacalhôa quase passam despercebido a quem, menos atento, segue pela EN10. Numa paisagem singular, este monumento data do início do século XIV, com a arquitectura e decoração dos jardins a revelarem influências dos descobrimentos portugueses. Aberto a visitas, com marcação, o edificado tem uma Sala de Provas dos vinhos Bacalhôa, e aqui com vista para um cenário calmo do Jardim Japonês, pode ser um ponto de partida para apreciar a decoração entre o moderno e o histórico da quinta. A espaços, pontuam no exterior do palácio obras de arte de várias tendências artísticas, enquanto na Casa do Lago é possível conhecer o primeiro azulejo datado de Portugal. Obrigatória é também a visita à Sala de Exposições, por entre obras de arte divididas em três grupos temáticos: Arte Africana, Azulejos portugueses e Art Deco. A cada recanto, a quinta e o palácio respiram arte de estilo quinhentista, clássico e contemporâneo, influências dos seus proprietários ao longo dos anos. Um dos exemplos foi o embelezamento da quinta com azulejos portugueses do século XV e XVI evocando desenhos mouriscos. Do interior ao exterior, é possível ver ainda peças únicas da colecção de arte privada do Comendador Berardo, - Fundação José Berardo e Bacalhôa Vinhos de Portugal actuais proprietários -, passando pelos jardins e vinhas. Depois de ter estado em mãos da Casa Real portuguesa, em 1528 a quinta então conhecida por "Villa Feyxe" ou Vila Fresca, foi vendida a Brás de Albuquerque, filho do vice-rei da Índia Afonso de Albuquerque e então proprietário da Casa dos Bicos, em Lisboa, que mandou executar a maioria da construção que ainda hoje se pode admirar na Quinta da Bacalhôa. H.L.
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Hugo Pinto mereceu confiança dos sócios do Vitória p30 MARIA MARTINS
JOSÉ MARIA DA FONSECA Fundada em 1834, a José Maria da Fonseca é um dos líderes nas áreas da produção e comercialização de vinhos de mesa e generosos, com presença em mais de 70 países. São quase 200 anos de história; mais de 30 marcas de cinco regiões: Península de Setúbal, Alentejo, Douro, Dão e Vinhos Verdes. Hoje a empresa está nas mãos da 6.ª e 7.ª geração familiar; tem quase 650 hectares de vinhas de norte a sul do País e uma adega dotada de tecnologia de última geração que rivaliza com as melhores do mundo; tudo começou em Vila Nogueira de Azeitão com o visionário José Maria
da Fonseca, pioneiro da vitivinicultura em Portugal. Sobre a mais antiga produtora de vinhos em Portugal, conta a Casa Museu e as adegas antigas – Adega da Mata, Adega dos Teares Novos, Adega dos Teares Velhos. Espaços abertos a visitas guiadas e toda a arquitectura e decoração ‘desenham’ um ambiente de história. Nas paredes, quadros e fotos antigas - entre elas a de José Maria da Fonseca -, diplomas, e até uma árvore genealógica. Estantes e outro mobiliário de época, garrafas, ‘máquinas’ de produção de vinho e barris. Isto numa casa construída
no século XIX, restaurada em 1923, que foi residência da família Soares Franco até 1974, e possui um jardim de especial beleza. Integrado na Casa Museu, é também de visitar o Wine Corner by José Maria da Fonseca, o novo restaurante da produtora de vinhos, na “Casa do Canto”. Um espaço onde a decoração corre entre a modernidade e a tradição e apresenta uma carta gastronómica, pensada por um grande embaixador de Setúbal, o Chef Luís Barradas, para acompanhar todos os vinhos da José Maria da Fonseca, à garrafa ou a copo.
H.L.
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Especial
O Palácio dos Quebedo ou Cabedos
O
antigo Palácio dos Quebedos está situado na Praça do Quebedo, antiga Praça de São Bernardo do arrabalde de Palhais, numa zona cultural da cidade de Setúbal. É triste ver aquele antigo palácio abandonado e destruído, com raízes culturais a nível local e nacional. Localiza-se junto à “Casa do Corpo Santo”, onde funcionou um posto de turismo com o espólio de uma belíssima exposição de utensílios náuticos, com as traseiras a darem ligação para o Largo do Poço do Concelho e dormida para os sem-abrigo. Neste local do Quebedo nasceram dois grandes pintores setubalenses: Lima de Freitas e Celestino Sousa Alves. Nesse antigo palácio, recordo-me que existiu uma escola, salvo erro primária, o Instituto
OPINIÃO Custódio Pinto
Neste local nasceram Lima de Freitas e Celestino Sousa Alves
Nacional do Trabalho e o Tribunal do Trabalho. Agora o edifício está abandonado, sendo lamentável ver aquele quadro do edifício, com recordações históricas da cidade. Tenho uma vaga ideia de que o imóvel tinha sido comprado por um industrial de conservas de Setúbal, mas até à data continua na miséria. Recentemente foi feita limpeza no prédio, mas qual será o futuro do Palácio dos Quebedos? Esta situação é idêntica à da antiga Legião, na Avenida Luísa Todi, junto à polícia, do casino setubalense, dos edifícios junto da Câmara Municipal, da vivenda Castro Cabrela, na Avenida dos Combatentes, da outra edificação junto à antiga estação rodoviária e de tantos outros, que continuam sem solução, mas até quando?
DR
Viva Setúbal
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Classificados SETÚBAL (Centro) Gabinete de contabilidade, com sede em Setúbal, pretende admitir para os seus quadros assistentes de contabilidade (M/F).
EXTRACTO PARA PUBLICAÇÃO ---- Adriana Rodrigues Tenreira, Notária-Estagiária, com registo na Ordem dos Notários sob o número 20020/3, conforme autorização publicada no respectivo site da Ordem em 04 de Junho de 2020, com competência delegada por Maria Helena Varandas Afonso, Notária no concelho de Lisboa, inscrita na Ordem dos Notários Portugueses sob o número trinta e oito, com cartório na Rua de Moscavide, número 18-B, Parque das Nações: --------------------------------------------------- Certifico, para efeitos de publicação, que no dia 21 de Outubro de 2021, no referido Cartório, a folhas 16 do Livro 181-A, foi lavrada escritura de justificação, na qual MÓNICA RITA ESPÍRITO SANTO BEIRÃO DA VEIGA, declarou: ------------------------------------------------------ «Que é dona e legítima possuidora dos seguintes imóveis, ambos sitos na freguesia de Setúbal (Nossa Senhora da Anunciação), concelho de Setúbal, descritos na Primeira Conservatória do Registo Predial de Setúbal: --------------------------------------------------------------------------------------- a) Prédio misto descrito sob o número 3073, denominado "Castelejo", sito em Rasca, a parte rústica composta por cultura arvense, matos e pinhal, inscrita na matriz predial rústica da união das freguesias de Setúbal (São Julião, Nossa Senhora da Anunciada e Santa Maria da Graça) sob o artigo 13 da Secção J e a parte urbana composta por casas em ruínas, inscritas na matriz predial urbana da união das mesmas freguesias sob os artigos 2130 e 2133 e --------------------------------------- b) Prédio rústico descrito sob o número 2586, denominado "Sítio do Rasca", situado em Casal do Conde, composto por cultura arvense de campo, mato, figueiras e pinhal, inscrito na matriz predial rústica da união das freguesias de Setúbal (São Julião, Nossa Senhora da Anunciada e Santa Maria da Graça) sob o artigo 26 da Secção J. -------------------------------------------------------- Que os aludidos prédios foram comprados em partes iguais, por sua mãe Isabel Teodora Pinheiro Espírito Santo Silva Beirão da Veiga e pela prima direita de sua mãe, Vera Lilian Espírito Santo Silva Quintela Saldanha. ----------------------------------------------------------------------------------- Que que em data que não pode precisar do ano de 1986, a sua prima, a referida Vera Lilian lhe deu a metade que a ela pertencia nos aludidos prédios, não tendo porém, sido nunca feita nenhuma escritura pública ou qualquer outro documento de transmissão. --------------------------------------------- Que desde aquele ano de 1986, portanto há mais de 20, passou a exercer de boa-fé o poder de facto sobre metade dos referidos prédios na convicção de ser a única proprietária desta quota de metade e de que não lesava nem lesa quaisquer direitos de outrem ( ... ), sendo por isso uma posse de boa-fé, pacífica, contínua e pública, posse que face às invocadas circunstâncias conduziu à aquisição daquela metade que à sua prima Vera Lilian pertencia em cada prédio por usucapião que invoca para justificar seu direito de propriedade de metade que tem legítimo interesse em inscrever no registo predial.» ------------------------------------------------------------------------------------------------- Está conforme o original, na parte transcrita, o que certifico. --------------------------------------------- Cartório Notarial de Lisboa, da Notária Maria Helena Varandas Afonso, aos 21 de Outubro de 2021. ---- Pela Notária,
Função: - Conferência, classificação e lançamento de documentos contabilísticos; - Reconciliações de caixa, bancárias entre outras; - Encerramentos e prestação de contas; - Entrega de declarações fiscais e legais; - Processamento de Salários; Para responder a este anúncio, os candidatos deverão enviar o CV com fotografia atualizada para geral@odulisser.pt
ANUNCIE NO SEU DIÁRIO DA REGIÃO
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CERTIFICO:
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Conta registada pela factura o nº FT 0/3169
Perfil: - Formação em Contabilidade; - Experiência profissional em gabinete; - Residência em Setúbal (fator preferencial).
---- Para efeitos de publicação que, por escritura de Justificação, lavrada em dezanove de Outubro de dois mil e vinte e um, de folhas cento e trinta e cinco a folhas cento e trinta e seis verso do Livro de Notas Trezentos e Vinte e Seis-A, no meu Cartório Notarial, sito na Rua Galileu Saúde Correia, número nove - C, Pragal, em Almada: ------------------------------- JOAQUIM JOSÉ GALVÃO e mulher NAZARÉ DA CONCEIÇÃO FRETES PEREIRA, ambos naturais da freguesia de Couço, concelho de Coruche, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes na Rua dos Bons Amigos, nº22, Charneca de Caparica, Almada, intitularam-se donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, donos e possuidores, com exclusão de outrém, do prédio urbano, composto de r/chão, para habitação com três divisões, cozinha, casa de banho, corredor, despensa, varanda e terraço, com a área total de trezentos e três metros quadrados, sendo a área coberta de noventa e seis metros quadrados e descoberta de duzentos e sete metros quadrados, sito na Rua dos Bons Amigos, lote 17, Alto do Vale Rosal, união das freguesias de Charneca de Caparica e Sobreda, concelho de Almada, confrontando de norte com Amândio Lopes Figueiredo, sul com Joaquim José Galvão, nascente com Rua dos Bons Amigos e poente com Maria Teresa Oliveira, inscrito na matriz em nome do ora justificante, varão, sob o artigo 11882, que teve origem no artigo 8951 da freguesia de Charneca de Caparica (extinta), não descrito na Segunda Conservatória do Registo Predial de Almada. ------------------------------------------- Que no ano de mil novecentos e setenta e dois, ajustaram com Júlio Martins Vieira e mulher Maria Odete Marques da Silva Vieira, casados sob o regime da comunhão geral de bens, e residentes na Charneca de Caparica, Almada, a compra verbal de uma parcela de terreno com a área de trezentos e três metros quadrados, tendo posteriormente construído o referido prédio urbano. Que, desde essa data entraram na posse da dita parcela de terreno, por tradição face ao pagamento total do preço acordado, tendo nela construído o prédio urbano acima mencionado, que ocuparam no início de mil novecentos e setenta e três, pelo qual têm vindo a pagar contribuição predial. -------------------------------------------------------Que têm vindo a possuir o mesmo prédio em nome próprio, pacifica e publicamente, sem interrupção, de boa fé, com conhecimento de toda a gente há mais de vinte anos, agindo sempre por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, pelo que se verificaram as condições para o dito prédio urbano ser adquirido por usucapião, para fins de registo na competente Conservatória. -------------------------------------------------------------------------------- É certificado que fiz extrair e está conforme o original. ------------------------------------------ Almada, aos dezanove de Outubro de dois mil e vinte e um. --------------------------------A Notária, Conta registada sob o nº 2437
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ALMADA 265 539 691 SETÚBAL 265 520 716 SEIXAL 265 520 716 MONTIJO 212 318 392 MOITA 212 047 599 BARREIRO 212 047 599 PALMELA 265 520 716 ALCOCHETE 212 318 392 OUTROS CONCELHOS 265 520 716
25 de Outubro de 2021 O SETUBALENSE 27
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Necrologia
F. 20-10-2021
FALECEU A 19/10/2021
PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO Seus familiares cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido. O funeral realizou-se dia 22-10-2021 pelas 10h00 da Capela do Faralhão para o Crematório de Setúbal. Agradecendo a todos quanto se dignaram e participaram em tão piedoso acto, bem como a todos que de qualquer outra forma manifestaram o seu pesar. FUNERÁRIA SETUBALENSE 265 550 045 / 265 238 528 ( SERVIÇO PERMANENTE )
AGÊNCIA FUNERÁRIA SADO TELEF: 265 718 605 - 934782861 - 966479242
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MANUEL LUÍS BERINGEL
PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO Sua esposa, filhas, genros, netos, restante família e amigos cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido cujo o funeral se realizou dia 21-10-2021 para o Crematório de Setúbal. Na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que se dignaram a acompanhar ou que de outra forma manifestaram o seu pesar.
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N. 03-10-1937
JESUÍNA MARIA SANTANA JERÓNIMO
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30 O SETUBALENSE 25 de Outubro de 2021
Desporto
O SETUBALENSE
GOLO DE BRUNO VENTURA NÃO CHEGOU
Real impõe segundo desaire aos sadinos na Liga 3 Três golos do jogo foram apontados na primeira parte Ricardo Lopes Pereira
HUGO PINTO MERECEU CONFIANÇA DOS SÓCIOS
95% dos sócios aprovam alienação de 89% da participação do clube no capital da SAD “O passivo do Vitória neste momento são 63 milhões de euros”, revelou presidente Carlos Silva Ricardo Lopes Pereira Noventa e cinco por cento dos associados do Vitória Futebol Clube aprovaram na sexta-feira, em Assembleia-Geral, a alienação de 89% da participação do clube e da VITORIAPART SGPS, SA no capital social da Vitória FC SAD. Dos 304 sócios votantes, 289 disseram ‘sim’ à proposta que vai passar a maioria do capital da SAD para o gestor Hugo Pinto, de 34 anos, que tem negócios na área de compra e venda imobiliária, hotelaria, organização de eventos, entre outros. No escrutínio realizado no pavilhão Antoine Velge, registaram-se ainda 13 votos contra e dois nulos/ brancos. Durante a Assembleia, os sócios foram também actualizados
sobre o valor do passivo total do Vitória, informação que o presidente do clube, Carlos Silva, confirmou no final da AG ao jornal O SETUBALENSE. “O passivo do Vitória neste momento são 63 milhões de euros, entre SAD (quase 34 milhões de euros) e clube (mais de 28 milhões de euros), revelou. David Leonardo, presidente da mesa da Assembleia Geral (MAG), comentou no final da reunião magna o desfecho da votação, destacando a utilidade da sessão de esclarecimento que houve previamente. “95% representa, de facto, uma larga maioria dos sócios. Significa que a sessão de esclarecimento de quarta-feira foi muito útil. A grande maioria dos sócios acabou por esclarecer as suas dúvidas aí”. Para o dirigente, o resultado reflecte a confiança que os vitorianos depositam no projecto liderado por Hugo Pinto. “Nesta assembleia não houve necessidade de tirar muitas dúvidas. Tivemos meia-dúzia de intervenções e outras tantas perguntas o que significa que os sócios estavam
perfeitamente preparados para votar e conscientes daquilo que iam fazer. Manifestaram o seu grande apoio e crença neste projecto”, disse. Na qualidade de associado, David Leonardo, que tem acompanhado a evolução do processo que agora culminou desde a primeira hora, foi questionado sobre a forma como perspectiva agora o futuro do clube. “O meu sentimento é de grande esperança. Sabemos das dificuldades que tínhamos e que encontrámos quando chegámos cá em finais de dezembro de 2020. Estes 10 meses foram muito difíceis de gerir, com dificuldades de toda a ordem”, admitiu. A liderar a MAG desde que ao actuais órgãos sociais entraram em funções, o advogado não esconde a satisfação pelo momento que redobra o ânimo daqueles que têm trabalhado em prol do clube nos últimos meses. “Encontrar agora uma solução para viabilizar o Vitória dá-nos uma grande esperança, alento e satisfação muito grandes. Ficamos com uma sensação de dever cumprido e esperança em ter um Vitória vivo e forte”.
Em partida da sexta jornada da série B (zona Sul) da Liga 3, o Vitória FC somou no sábado a segunda derrota na prova ao perder, por 2-1, no reduto do Real SC. Apesar de a primeira ocasião de perigo ter sido criada pelos sadinos, a formação de Massamá inaugurou o marcador aos seis minutos, numa grande penalidade convertida por Gustavo Moura, avançado que leva agora quatro golos na competição, liderando a lista de artilheiros. A perder por 1-0, que resultou de uma falta cometida pelo defesa François no interior da área, o Vitória não conseguiu impedir que o oponente ampliasse a vantagem, à passagem dos 27 minutos. O 2-0 do Real foi de autoria de Fábio Pala, defesa de 28 anos, que em 2013/14 e 2014/15 integrou o plantel sadino sem nunca se conseguir impor no mesmo, que aproveitou a apatia de François para marcar. Antes do intervalo, já em tempo de compensação (45+2 minutos), o Vitória reduziu a desvantagem da marca dos 11 metros por intermédio de Bruno Ventura, que bateu João Godinho num remate feito com classe, que enganou o guarda-redes. O DR
2-1 deu esperanças de recuperação aos adeptos verdes e brancos que se deslocaram ao Complexo Desportivo do Real, em Monte Abraão (Queluz). No início da segunda parte, com o objectivo de renovar a dinâmica da equipa, o treinador António Pereira lançou em campo Murilo, Bruno Luz e Mendy para os lugares de André Pedrosa, José Varela e Rodrigo Pereira. Apesar das mexidas e de ter passado quase todo o tempo no meio-campo adversário, os setubalenses não conseguiram o tão desejado golo da igualdade. O melhor lance de que dispuseram para fazer o 2-2 aconteceu quando o médio Robson, à passagem dos 61 minutos, desferiu um remate forte à entrada da área que foi travado com uma excelente defesa do guardião João Godinho. Até ao final, o timoneiro dos sadinos voltou a fazer alterações (Daniel Martins e Gonçalo Batista entraram, aos 81 minutos, para os lugares de Mano e Robson, respectivamente), mas sem os efeitos práticos pretendidos. Com o desaire por 2-1, os vitorianos, que somam nove pontos nas cinco jornadas realizadas, foram ultrapassados na classificação pelo Real, que, com mais uma partida, contabilizam 11 pontos, apenas a dois de distância do líder Torreense (13 pontos) que ontem foi derrotado por 2-0 no reduto do Caldas, conjunto que soma 10 pontos e também ultrapassou o Vitória na tabela.
Alioune Badara reforça ataque
Entretanto, Alioune Badara, avançado que na época passada representou o U. Leira, é reforço do Vitória, anunciou o clube no sábado. O senegalês, de 32 anos, representa mais uma alternativa no setor ofensivo para o treinador António Pereira, que recentemente se viu privado de Zequinha, atacante que recupera de uma artroscopia ao joelho direito. Antes dos leirienses, clube pelo qual fez seis golos na temporada transata na Liga 3 (um deles contribuiu para o conjunto de Leiria derrotar, por 2-1, os setubalenses), Alioune Badara envergou em Portugal, entre outros, a camisola de Amarante, Montalegre, Vianense, Fafe, Bragança.
25 de Outubro de 2021 O SETUBALENSE 31
AF Setúbal instaura processo de averiguações aos incidentes do Montijo
Na sequência dos incidentes registados no final do jogo disputado no Campo da Liberdade entre o Olímpico do Montijo e o Vitória Futebol Clube, a contar para a 6.ª jornada da 1.ª Divisão Distrital, o Conselho de Disciplina da Associação de Futebol de Setúbal
decidiu instaurar um processo de averiguações aos dois clubes. No Olímpico do Montijo, o jogador Alexandre Cardoso foi punido com cinco jogos de suspensão com base no art.º 157 (Uso de expressões e gestos ameaçadores ou grosseiros impróprios ou incorrectos) e o
treinador Marco Bicho sofreu uma advertência e uma multa de 15 euros. Em relação ao Vitória FC, o treinador Paulo Martins foi suspenso por um mês e multado em 75 euros, com base no art.º 132 (Ameaças, injúrias e ofensas à reputação).
DR
1.ª DIVISÃO AF SETÚBAL
Comércio Indústria vence Vitória FC no dérbi sadino DR
José Pina Na 7.ª jornada do Campeonato Distrital da 1.ª Divisão foram marcados 27 golos, 15 pelas equipas que jogaram em casa e 12 pelas que actuaram em reduto adversário e no conjunto dos jogos realizados foram obtidas quatro vitórias fora, outras tantas em casa e dois empates. O Desportivo Fabril foi a equipa mais produtiva com sete golos marcados na goleada ao FC Setúbal, sendo três deles marcados por Viriato. Depois, há também a salientar a vitória bem gorda obtida pelo Charneca de Caparica, na Trafaria, sobre o Cova da Piedade B e ainda os êxitos alcançados pelo Olímpico do Montijo em Águas de Moura, num jogo muito bem disputado; do Comércio Indústria sobre o Vitória FC no dérbi da cidade de Setúbal; e do U. Santiago em Alcochete, que caiu no penúltimo lugar da tabela classificativa. De regresso às vitórias, depois de duas derrotas consecutivas, estão os Pescadores da Caparica que venceram o Moitense e na senda das vitórias continuam o Sesimbra que venceu o Trafaria e o Monte de Caparica que derrotou o Vasco da Gama. Os dois empates da jornada aconteceram em Grândola e Alfarim onde jogaram Palmelense e Seixal. Resultados: Grandolense 1 Palmelense 1; C. Piedade B 1 Charneca de Caparica 5; Alcochetense 0 U. Santiago 2; Desportivo Fabril 7 FC Setúbal 0; Pescadores 3 Moitense 1; Águas
LIGA 3
Cova da Piedade foi a única equipa da região a ganhar de Moura 0 Olímpico do Montijo 2; Sesimbra 1 Trafaria 0; Monte de Caparica 1 Vasco da Gama 0; Vitória FC 1 Comércio Indústria 2; Alfarim 0 Seixal 0. Classificação: 1.º lugar, Desportivo Fabril, 19 pontos; 2.º lugar, Comércio Indústria e Olímpico do Montijo, 16 pontos; 4.º lugar, Charneca de Caparica, Monte de Caparica, 13 pontos; 6.º lugar, Águas de Moura, 11 pontos; 7.º lugar, Vitória FC e Sesimbra, 10 pontos; 9.º lugar, Vasco da Gama e Pescadores, 9 pontos; 11.º lugar, Moitense (menos um jogo), Trafaria e Seixal, 8 pontos; 14.º lugar, Grandolense, Palmelense e U. Santiago, 7 pontos; 17.º lugar, Alfarim (menos um jogo), 6 pontos; 18.º Alcochetense e Cova da Piedade “B”, 5 pontos; 20.º FC Setúbal, 3 pontos. Na 2.ª Divisão, o Almada continua a somar vitórias e a aumentar a vantagem sobre os seus perseguidores que é agora de cinco pontos. Nesta jornada
destaque para as primeiras vitórias de Pelezinhos e Brejos de Azeitão, bem como para o triunfo do Banheirense sobre a Quinta do Conde. Resultados: Almada 1 Arrentela 0; Amora B 3 Botafogo 1; Samouquense 0 Santoantoniense 0; Banheirense 2 Quinta do Conde 1; Lagameças 2 Corroios 3; Zambujalense 1 Barreirense B 0; Santo André 1 Brejos de Azeitão 2; Pelezinhos 3 Paio Pires 0. Classificação: 1.º lugar, Almada, 15 pontos; 2.º Quinta do Conde, Alcochetense “B” (menos um jogo) e Ginásio de Corroios, 10 pontos; 5.º lugar; Banheirense e Zambujalense, 9 pontos; 7.º lugar, Amora B (menos dois jogos), 7 pontos; 8.º lugar, Lagameças, 6 pontos; 9.º lugar, Paio Pires, Barreirense B e Brejos de Azeitão, 5 pontos; 12.º lugar, Botafogo, Arrentela (menos um jogo), Samouquense (menos um jogo), Pelezinhos, 4 pontos; 16.º Santoantoniense, 2 pontos; 17.º Santo André, 0 pontos.
CAMPEONATO DE PORTUGAL
Pinhalnovense empata em casa mas continua líder Barreirense e Pinhalnovense obtiveram resultados diferentes na 4.ª jornada do Campeonato de Portugal, que regressou após algum tempo de paragem. O Barreirense não conseguiu evitar a derrota na sua deslocação ao Alentejo, onde defrontou o Serpa, que seguia na última posição. Um golo sofrido ainda na primeira parte, por volta dos 30 minutos, veio a ser fatal
porque foi decisivo. Com esta derrota, a equipa orientada por David Martins integra o grupo dos últimos classificados com apenas três pontos. Quem continua a surpreender é o Pinhalnovense, que mesmo sem dinheiro, continua a obter bons resultados que lhe dão a liderança isolada da série F. Nesta partida com o Imortal, os
comandados de Ricardo Estrelado estiveram na frente do marcador com um golo marcado por João Caminata, aos 32 minutos, e foram para o intervalo em vantagem mas acabaram por sofrer o golo do empate no segundo tempo (54’). De registar, entretanto, que a equipa de Pinhal Novo terminou o jogo com apenas nove jogadores. J.P
O Amora empatou em Tábua com o Oliveira do Hospital, o Vitória FC perdeu em Massamá e o Oriental Dragon em Leiria José Pina O Cova da Piedade venceu o União de Santarém, por 2-0, em jogo realizado no Campo Chã das Padeiras, relativo à sexta jornada da competição. A equipa piedense que estava sem ganhar desde a primeira jornada regressou às vitórias dois meses depois, em reduto adversário, conquistando desta forma três preciosos pontos que lhe vêm dar mais alento para os próximos compromissos. A vitória foi obtida com um golo marcado em cada parte. Primeiro por Diogo David aos 27 minutos, muito bem servido por Rui Batalha na sequência de uma investida pelo lado direito do seu ataque. E depois por Fábio Santos, aos 59 minutos, que deu o melhor seguimento a um cruzamento de Rui Batalha, após cobrança de um pontapé de canto. Rui Batalha, jogador do Cova da Piedade, de 25 anos, foi considerado o homem do jogo pelo facto de se ter destacado ao longo da partida.
Amora empata com Oliveira do Hospital
O Amora não conseguiu melhor que
um empate na partida que disputou no Estádio Municipal de Tábua com o Oliveira do Hospital, último classificado da zona sul. A equipa amorense esteve muito perto de regressar à margem sul do Tejo com a vitória mas acabou por consentir a igualdade no período de compensação quando o cronómetro assinalava já 90+2’. Os amorenses, que pontuaram pela quarta vez consecutiva, fizeram uma boa primeira parte, foram superiores ao adversário e saíram para o intervalo a ganhar por 1-0 com um golo marcado por Joca, na cobrança de uma grande penalidade a punir falta cometida sobre Caleb. Na segunda parte o jogo foi mais equilibrado com os pupilos de Sandro Mendes a tentarem gerir a vantagem e os beirões à procura do empate que acabaram por conseguir mesmo ao cair do pano. Martim Maia, do Amora, foi eleito o homem do jogo.
Oriental perde em Leiria
O Oriental Dragon não foi feliz na sua deslocação a Leiria de onde saiu derrotado, por 2-0. A equipa orientada por Luís Manuel entrou no jogo a perder porque sofreu o primeiro golo quando estavam decorridos apenas 20 segundos de jogo e acabou por sofrer o segundo muito próximo do intervalo. No regresso dos balneários, com algumas alterações introduzidas a equipa melhorou bastante e fez tudo para rectificar o resultado mas não conseguiu e a derrota foi mesmo uma realidade.
05:36 ~ 3.0 m ~ Preia-mar 11:44 ~ 1.1 m ~ Baixa-mar 17:56 ~ 2.8 m ~ Preia-mar 23:51 ~ 1.3 m ~ Baixa-mar
ALMADA
05:36 ~ 3.0 m ~ Preia-mar 11:45 ~ 1.1 m ~ Baixa-mar 17:56 ~ 2.8 m ~ Preia-mar 23:51 ~ 1.2 m ~ Baixa-mar
SESIMBRA
06:02 ~ 3.1 m ~ Preia-mar 12:09 ~ 1.0 m ~ Baixa-mar 18:21 ~ 2.9 m ~ Preia-mar 00:14 ~ 1.1 m ~ Baixa-mar
SINES
SETÚBAL TRÓIA
MARÉS
06:21 ~ 3.5 m ~ Preia-mar 12:15 ~ 1.2 m ~ Baixa-mar 18:40 ~ 3.3 m ~ Preia-mar 00:24 ~ 1.3 m ~ Baixa-mar
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FICHA TÉCNICA REGISTO DE TÍTULO n.º 107552 | DEPÓSITO LEGAL n.º 8/84 PROPRIETÁRIO Outra Margem – Publicações e Publicidade, NIF 515 047 325 (detentores de mais de 10% do capital social: Gabriel Rito e Carlos Bordallo-Pinheiro) Sede do proprietário: Travessa Gaspar Agostinho, 1, 1.º, 2900-389 Setúbal EDITOR Primeira Hora – Editora e Comunicação, Lda, NIF 515 047 031 (Detentores de mais de 10% do capital social: Setupress Lda, Losango Mágico, Lda, Carla Rito e Gabriel Rito) Sede do Editor Travessa Gaspar Agostinho,1, 1.º, 2900-389 Setúbal Conselho de Gerência Carla Rito, Carlos Dinis Bordallo-Pinheiro, Gabriel Rito e Carlos Bordallo-Pinheiro REDACÇÃO Travessa Gaspar Agostinho, 1, 1.º, 2900-389 Setúbal DIRECTOR Francisco Alves Rito Redacção Mário Rui Sobral, Humberto Lameiras, Maria Carolina Coelho; Desporto Ricardo Lopes Pereira, José Pina Departamento Administrativo Teresa Inácio, Dulce Soeiro, Branca Belchior PUBLICIDADE Direcção Comercial Carla Sofia Rito, Carlos Dinis Bordallo-Pinheiro Coordenação Ana Oliveira (Setúbal), Carla Santos (Moita e Barreiro) Publicidade Lina Rodrigues, Rosália Baptista, Célia Félix, Luís Bandadas; IMPRESSÃO Tipografia Rápida de Setúbal, Lda - Travessa Gaspar Agostinho, 1, 1.º, 2900-389 Setúbal geral@tipografiarapida.pt DISTRIBUIÇÃO VASP - Venda Seca, Agualva - Cacém Tel. 214 337 000 Tiragem média diária 9000 exemplares Estatuto Editorial disponível em www.osetubalense.com