"O Metro Sul do Tejo deve chegar até Alcochete"
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DR
Frederico Rosa Autarca do Barreiro em entrevista p8 e 9
O SEU DIÁRIO DA REGIÃO QUARTA-FEIRA, 17 DE NOVEMBRO DE 2021 PREÇO 0,80€ | N.º 736 | ANO III | 5.ª SÉRIE
DIRECTOR FRANCISCO ALVES RITO PUBLICIDADE
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SETÚBAL Festival 'A Colina' traz artistas nacionais e estrangeiros à cidade p4
Sesimbra realça urgência de novo acesso ao porto de pesca p12
QUINTA DO CONDE Rotary assume VITÓRIA combate Central Miguel à poluição Lourenço está da Ribeira ansioso por voltar a jogar p14 de Coina p13 PUBLICIDADE
2 O SETUBALENSE 17 de Novembro de 2021
Abertura
Um morto e dois feridos em colisão automóvel em Grândola
Um homem de 36 anos morreu e outras duas pessoas ficaram ontem feridas, na sequência de uma colisão entre um ligeiro de mercadorias e um automóvel, em Grândola. Fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Setúbal indicou à agência Lusa que
o acidente aconteceu por volta das 15h15 na Estrada Nacional (EN) 261, perto de Melides. A vítima mortal era o condutor e único ocupante do ligeiro de mercadorias. Já o casal que seguia no outro carro, um homem de 57 anos e uma mulher de 51, ficou ferido.
OPINIÃO
OPINIÃO
Mário Moura
Augusto Sousa
O Sr. Bispo é que sabe !
Vemos, ouvimos e lemos. Dificilmente entendemos
N
uma diocese qualquer, em qualquer parte do mundo católico, se quisermos saber algo da vida dessa diocese, é certo que recebemos esta resposta: “o Sr. Bispo é que sabe”. Mas se passarmos para uma qualquer paróquia, receberemos certamente uma resposta idêntica: “o Sr. Padre é que sabe”. Estamos, portanto, nos domínios do poder! Não é de admirar. Pensemos, por exemplo, que D. Afonso Henriques só foi considerado Rei de Portugal depois da confirmação do Papa de então. E sem sairmos da nossa história, lembremo-nos que El Rei D. Manuel, à frente dum país que tinha já uma dimensão mundial pela nossa saga dos descobrimentos, com as riquezas do Brasil e das Índias, sentiu a necessidade de mostrar a sua grandeza (a nossa grandeza!), enviando uma enorme e rica comitiva a Roma ao Papa de então. Não nos admiremos desta sujeição do poder político ao Papa. Cúpula duma hierarquia piramidal com o Papa no topo, seguido dos cardiais e depois dos bispos e dos padres. Pirâmide hierárquica que tem perdurado séculos. Só com João XXIII, bem próximo de nós, o Papa deixou de vir à Praça de S. Pedro num trono aos ombros de seis homens. Sabemos que os cristãos saíram da sua vida semi-oculta nas catacumbas depois do Imperador Constantino ter-se convertido e declarado o Cristianismo como religião oficial do Império Romano, que cobria a área da nossa Europa. E então a Igreja organiza-se à maneira do Império Romano. E assim vai nascendo este tipo de Igreja hierarquizada até na prática, aos nossos dias – daí o Papa, os cardiais, os bispos – todos com Dom - e os presbíteros – uma cadeia de poder.
A esperança de muitos cristãos é que na nossa Diocese a marcha da sinodalidade se vá fazendo sem grandes resistências e que todos possam ser ouvidos É evidente que, com a evolução social, século apos século, a sociedade se foi democratizando, muitos reis, princesas, duques ou condes foram desaparecendo, a própria Igreja foi-se preocupando com os problemas sociais, construindo uma verdadeira doutrina social e apontando para uma sociedade de igualdade e de fraternidade, mas a cadeia hierárquica dos cardiais e bispos com Dom tem-se mantido até aos nossos dias, resistindo às mudanças da sociedade em que vivemos – essa cadeia de poder tem-se mantido – daí o “o Sr. Bispo é que sabe!”. Mas eis que o Papa Francisco quer ser apenas o Bispo de Roma e surge com uma nova maneira de ser cristão que, afinal, é a maneira como viviam as primeiras comunidades cristãs,
que APENAS viviam como Jesus ensinou que deveríamos viver. E vem com a novidade (para os leigos) da SINODALIDADE – VIVERMOS E CAMINHARMOS TODOS JUNTOS. Arranjou inimigos e tem consciência das resistências que tem encontrado numa Igreja clericalizada – pastores e leigos! E ao convocar um Sínodo no Vaticano para 2023, a coroar sínodos de continentes com prévios sínodos de cada país e de cada diocese. E com a consciência das resistências que ia (que está) a encontrar, envia guias, manuais, “vade mecuns”, e tudo o necessário para anular argumentos contra. Não há que fugir às palavras “o que diz respeito a todos obriga a que todos possam (e devem!) participar”. Aqui por Setúbal o nosso primeiro Bispo quis ouvir todo o seu povo, que Deus punha à sua guarda, e aí surgiram as assembleias diocesanas, com delegados das paróquias. Esta experiência durou uns dois ou três anos e teve a perder a sua sinodalidade pela força do plenário dos bispos de então e – consta – até do Vaticano. E deixemo-nos de meias palavras – estamos perante uma questão de poder! A esperança de muitos cristãos (que estão menos clericalizados) é que na nossa Diocese a marcha da sinodalidade se vá fazendo sem grandes resistências e que todos possam ser ouvidos, dentro ou mesmo fora da Igreja, e em especial os mais pobres e marginalizados, a quem é necessário dar voz, pois neles habita igualmente o nosso Deus!! Ao falar com alguém sobre a pandemia, com alguém que pouca ou nenhuma cultura sobre saúde tinha, dei comigo a dizer-lhe: “Não digas isso, és um leigo nessa matéria!”. Fiquei a pensar que, na nossa Igreja, havia sacerdotes e ‘os outros’ – nós, afinal – eramos leigos sem direito à palavra! Médico
T
ive a oportunidade de participar no 7.º encontro do Projecto de Investigação EsTejo – ‘O Estuário do Tejo e as suas áreas ribeirinhas: Estratégias para a sua sustentabilidade e desenvolvimento’, que decorreu no dia 15 de Outubro de 2021, no campus da Universidade Lusíada, em Lisboa, subordinado ao tema ‘O Estuário do Tejo: Frentes Ribeirinhas em Questão’. Destacou-se um conjunto muito interessante de intervenções, nomeadamente a especificidade territorial do Barreiro e da sua frente ribeirinha. Este território, que foi objecto de diversos estudos e iniciativas públicas de debate e participação pelo PI EsTejo, e de outras entidades, sendo uma área patrimonial sensível, encontra-se sujeito a diversas pressões, destacando-se a área da Quinta de Braamcamp, cuja defesa motivou a criação de uma plataforma cívica – denominada ‘Braamcamp é de todos’ – para tentar reintroduzir a ideia de utilização daquele espaço como um parque urbano, contrariamente à pretensão da administração local autárquica. Esta plataforma apresentou uma providência cautelar em Tribunal, conseguindo a suspensão da venda para construção de habitação e a anulação do concurso que decorria então. Neste momento existem trabalhos de construção em curso, relatados na Imprensa nacional, com vista à modificação da caldeira do moinho de Maré Grande, em que o próprio moinho foi derrubado e as suas estruturas (quando o anunciado foi a “recuperação do Moinho Grande e caldeira”) servirão para criar um espaço turístico, anunciado como a ‘maior praia fluvial da Área Metropolitana
A descaracterização deste território constitui um novo passo na perda do valor patrimonial e histórico que o qualificava
de Lisboa’. A descaracterização deste território, na sequência da intervenção anterior no Moinho de Maré Pequeno, com a construção de um edifício novo sobre as estruturas do antigo moinho, constitui um novo passo na perda do valor patrimonial e histórico que o qualificava. Confirma-se a necessidade e, agora urgência, de se pensar este território como essa unidade integral, indissociável na sua gestão e ordenamento, dando o devido relevo a uma acção multidisciplinar completa, que possa dignificar o património das nossas comunidades, reabilitando-o adequadamente e tornando-o acessível a todos. Membro da Plataforma Cívica Braamcamp é de Todos
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Água do Barreiro foi de boa qualidade entre os meses de Julho e Setembro
As análises realizadas à água do concelho do Barreiro, no terceiro trimestre deste ano, apresentaram resultados em cumprimento dos valores paramétricos que continuam a evidenciar a sua “boa qualidade”, em todas as zonas de abastecimento do território (Alto
da Paiva, Coina, Penalva, Sete Portais e Vila Chã). De acordo com a autarquia, a gestão da qualidade da água no sistema de abastecimento do município é garantida através da aplicação de várias medidas, desde a sua origem até à torneira
do consumidor. Para este efeito, a Câmara Municipal executa um plano de amostragem que permite avaliar a sua propriedade de acordo com o Programa de Controlo de Qualidade, aprovado pela Entidade Reguladora de Serviços de Águas e Residuos (ERSAR).
BIBLIOTECA DO BARREIRO
Novo livro conclui tríade de estudos sobre percurso e legado de Alfredo da Silva DR
Obra apresentada integra colecção lançada pela Fundação Amélia de Mello e a LeYa/Dom Quixote Luís Geirinhas
Mesa-redonda no Auditório Manuel Cabanas foi dirigida pelo autor da obra, Miguel Figueira de Faria
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permanecessem, junto à obra por ele criada, de modo a velar pela sua continuidade. Em seguida, o presidente da FAM disse: "Estar hoje [segunda-feira] na cidade é motivo de orgulho para a nossa família, pois faz-nos recordar a obra criada” pelo empresário. Alfredo da Silva esteve sempre acompanhado por uma vasta equipa de técnicos, gestores e operários, tendo promovido e concretizado “inovação”, com a criação de uma escola e contribuído para o desenvolvimento do País, num concelho onde se consolidou o maior complexo industrial nacional.
ANUNCIE NO SEU DIÁRIO DA REGIÃO
Convocatória Nos termos e ao abrigo do disposto nos artigos 34.º n.º 2 e 38.º alínea d) do Código Cooperativo e do disposto nos artigos 37.º n.º 2 alínea b) e 41.º alínea c) do Estatuto da Universidade Setubalense da Terceira Idade CRL, venho por esta convocar os Ex.mos Cooperadores para participarem na sessão ORDINÁRIA da Assembleia Geral da Universidade Setubalense da Terceira Idade CRL, (Uniseti), a realizar no próximo dia 3 de Dezembro de 2021, pelas 11.00 horas, na sua sede no Parque do Bonfim em Setúbal, com a seguinte Ordem de Trabalhos
Jovens investigadores integram mesa-redonda em apresentação Vasco de Mello destacou também o trabalho realizado nas últimas duas décadas pelo autor do livro, que incide numa fase crucial para a afirmação do líder que, enfrentando diversos desafios, foi capaz de concretizar “significativos investimentos e levar Portugal a dar saltos de desenvolvimento empresarial”. Nessa altura, deixou ainda uma palavra de agradecimento aos jovens investigadores que Miguel Figueira de Faria convidou para integrarem a mesa-redonda que decorreu durante a terceira apresentação do volume. A par deste lançamento, neste momento, estão disponíveis novas edições dos livros que compõem a
UNIVERSIDADE SETUBALENSE DA TERCEIRA IDADE, CRL Sede: Parque do Bonfim - 2900-703 Setúbal Telefone: 265 540 230 / 91 21 97 371
ALMADA 265 539 691 SETÚBAL 265 520 716 SEIXAL 265 520 716 MONTIJO 212 318 392 MOITA 212 047 599 BARREIRO 212 047 599 PALMELA 265 520 716 ALCOCHETE 212 318 392 OUTROS CONCELHOS 265 520 716
1. Período antes da Ordem do Dia 2. Apreciação, discussão e votação da proposta de Plano de Actividades para o ano de 2022 3. Apreciação, discussão e votação da proposta de Orçamento para o ano de 2022 4. Outros assuntos de interesse da Universidade 5. Leitura, discussão e votação da acta da sessão Em virtude do disposto nos n.ºs 1 e 2 do art.º 37.º do Código Cooperativo, e do disposto nos n.ºs 1 e 2 do artigo 40.º do Estatuto da Universidade Setubalense da Terceira Idade CRL, se, à hora marcada para a reunião, não estiver presente mais de metade dos cooperadores com direito de voto, ou seus representantes devidamente credenciados, a assembleia reúne, com qualquer número de cooperadores, meia hora depois. Setúbal, 16 de Novembro de 2021 A Presidente da Mesa da Assembleia Geral
Margarida Alves Vacas Nota: Os documentos necessários para análise dos Ex.mos Cooperadores, nomeadamente a Proposta de Orçamento e a Proposta de Plano de Actividades, serão enviados electronicamente a todos aqueles que disponibilizaram o seu endereço de correio electrónico, em anexos desta convocatória, e estarão disponíveis na secretaria da Uniseti, para levantamento, para todos aqueles que forem convocados por carta registada com aviso de recepção, devendo tal levantamento ser previamente agendado, por contacto telefónico.
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O Auditório Manuel Cabanas, na Biblioteca do Barreiro, foi palco esta segunda-feira do lançamento do livro “Alfredo da Silva e a I República”, da autoria do professor Miguel Figueira de Faria, num ‘volume intermédio’ que completa agora a trilogia acerca do industrial, no mesmo ano em que se comemoram os 150 anos do seu nascimento. Editado pela LeYa/Dom Quixote, ali representada por Carla Pinheiro, e pela Fundação Amélia de Mello (FAM) – com a presença do seu presidente, Vasco de Mello –, o encontro contou ainda com a participação do vereador Rui Pereira, em substituição do edil barreirense Frederico Rosa, que não pôde comparecer ao evento. O autarca barreirense defendeu que a cidade que viu nascer o grupo CUF, em 1907, deve “acabar com os mitos”, na medida em que “deve muito” ao fundador do complexo. Vasco de Mello, por sua vez, lembrou a figura do seu bisavô, como uma figura “que marcou de forma impressionante o final do século XIX e a primeira metade do século XX”, sendo que esta obra se debruça numa fase crítica do percurso de vida do empreendedor. “Não podemos deixar de assinalar e reconhecer o importante trabalho de transformação e reinvenção da cidade, que a Câmara Municipal e a Baía do Tejo têm desenvolvido e continuam a levar a cabo”, acrescentou Vasco de Mello. Neste âmbito, recordou que o Barreiro e as suas gentes “representaram muito” para Alfredo da Silva, sendo sinal disso o facto de ter pedido que os seus restos mortais ali
trilogia, anteriormente publicados, mas há muito esgotados – “Alfredo da Silva: Biografia” e “Alfredo da Silva e Salazar” –, que constituem o primeiro e terceiro volume da tríade de estudos que mapeiam o percurso de vida e o legado de um dos empresários “mais visionários e audazes” que o século XX português conheceu. As publicações podem ser adquiridas separadamente ou, em alternativa, numa caixa arquivadora, que foi especialmente concebida para abarcar os três volumes da colecção.
4 O SETUBALENSE 17 de Novembro de 2021
Setúbal
Sessão extraordinária da Assembleia Municipal de dia 19 passa para o Cinema Charlot
LISNAVE YARDS
Trabalhadores voltam amanhã a “estar em luta” por melhores condições de trabalho Funcionários vão até à Autoridade para as Condições do Trabalho dar a conhecer “as suas reivindicações” Os trabalhadores da Lisnave Yards – Estaleiro da Mitrena voltam amanhã a “estar em luta” pelo “fim da adaptabilidade horária, melhoria das condições de segurança e saúde no trabalho, melhoria das condições no refeitório e contratação de mais funcionários com vínculo estável para o estaleiro”.
“As razões têm a ver com o processo reivindicativo em curso”, revelou a União dos Sindicatos de Setúbal/CGTP-IN em comunicado, motivo pelo qual os funcionários vão amanhã, pelas 9 horas, deslocar-se até à delegação da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), sita na Rua dos Aviadores. “Os trabalhadores irão dar a conhecer à ACT o que está em causa”, assim como pretendem, depois de se concentrarem junto ao coreto da Avenida Luísa Todi e darem início à deslocação, “dar a conhecer à população de Setúbal a sua justa luta” pela melhoria das condições de trabalho.
A sessão extraordinária da Assembleia Municipal de Setúbal, inicialmente planeada para a sala de sessões dos Paços do Concelho, vai agora realizar-se no Cinema Charlot – Auditório Municipal. A começar pelas 19 horas, na reunião do órgão deliberativo
DE DIA 26 A 28
Festival 'A Colina' dá a conhecer em A Gráfica músicos nacionais e estrangeiros em ascensão Terceira edição do evento composta por 13 espectáculos e “uma exposição colectiva de artes plásticas” Maria Carolina Coelho O festival de música e artes 'A Colina' volta a trazer à cidade de Setúbal artistas nacionais e estrangeiros em
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União Local Sines, S.Cacém, Grândola e A. Sal CONVOCATÓRIA Ao abrigo das disposições estatutárias aplicáveis, convoca-se o Plenário de Representantes da União dos Sindicatos de Sines, Santiago do cacém, Grândola e Alcácer do Sal para um Plenário de representantes a realizar a 20 de Dezembro de 2021 pelas 09,30 horas no Auditório Municipal António Chainho, em Santiago do Cacém com a seguinte Ordem de Trabalhos: Ponto Único -Eleição da Direcção Local para o Triénio 2021 a 2024.
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Sines, 04 de Novembro de 2021.
municipal vão estar em apreciação temas como a actualização da Estratégia Local de Habitação do município sadino e a situação do Serviço Nacional de Saúde. Também a eleição de um presidente de junta da freguesia efectivo vai estar ‘em cima da mesa’.
A galesa Elvin Brandhi será uma das protagonistas, ao subir ao palco de A Gráfica a 27 de Novembro, dia em que também vai actuar o projecto setubalense de música electrónica Noiva, o músico James Ferraro, a jovem violinista e violetista Maria da Rocha e os DJ Tiago Miranda, Guilherme Curado e Max Dude & Tsuri
ascensão, com mais de uma dezena de concertos planeados entre os dias 26 e 28 de Novembro. Nesta que será a terceira edição do evento, os 13 espectáculos vão acontecer em A Gráfica - Centro de Criação Artística, espaço onde vai estar em simultâneo “uma exposição colectiva de artes plásticas”. Em comunicado, a Câmara Municipal de Setúbal explica que a iniciativa “destina-se a dar voz e espaço a manifestações artísticas vistas como menos comerciais, mantendo a premissa de unir valores emergentes da música nacional com nomes estabelecidos do panorama independente mundial”. A inaugurar o festival no dia 26, pelas 19 horas, vai estar “o jazz de O Carro de Fogo de Sei Miguel”. Ainda neste dia, mas pelas 21h30, sobe ao palco de A Gráfica a artista de Palmela Sara Rafael, para dar a conhecer o seu projecto “Jejuno”. Esta primeira noite vai igualmente ficar marcada pelas actuações do quarteto de rock Hetta, proveniente do Montijo, às 22h30, e do rapper Ghoya, “que apresenta rap crioulo de origem cabo-verdiana às 23 horas”. O guitarrista do Cairo Maurice Louca, por sua vez, “fecha o cartaz de dia 26, com um concerto a partir da meia-noite”. O festival prossegue no dia seguinte, com duas performances electrónicas agendadas para as 15 e as 17 horas e garantidas pelos DJ Tiago Miranda e Guilherme Curado,
respectivamente. “A programação continua às 18 horas, com um concerto da jovem violinista e violetista Maria da Rocha”. Passada uma hora, é tempo de escutar “a galesa Elvin Brandhi, reconhecida pela música experimental”. Já às 21h30, vai animar a festa o projecto setubalense de música electrónica Noiva, enquanto, pelas 22h30, será a vez “do músico experimental, compositor e produtor James Ferraro apresentar o seu mais recente disco”, “Terminus”. O segundo dia de 'A Colina' encerra com um espectáculo do DJ Max Dude & Tsuri, a partir das 23h30. O último dia do festival vai centrar-se numa “demonstração musical da Packt FM, que se define como um podcast com múltiplos hits e grandes convidados”. Em simultâneo, estará patente no decorrer do evento “uma exposição colectiva de artes plásticas dos artistas Afonso Laranjeira, Anita Marante, Catarina Santos, David Correia Gonçalves e Francisca PSS, Gonssalo, Joana Pimentel, Magdalena Borges, Pedro Leitão e Pedro Tinôco”. Os bilhetes para o festival, organizado pela Câmara Municipal de Setúbal e pelo Colectivo Colinas, têm um custo de seis euros, encontrando-se à venda na página www.acolina. pt. Contudo, “no dia 28, a entrada é gratuita”. “Há, ainda, um passe, com o valor de dez euros, que permite o acesso a todos os eventos”. DR
17 de Novembro de 2021 O SETUBALENSE 5
Opinião
“
Fazer bem sem olhar a quem” é ditado popular que se impõe como recomendação. Mas também pode ser lema, tal como acontece nos Bombeiros Voluntários da Moita, que escolheram esta frase para ser gravada no monumento que ali os enaltece desde 1991. Instituição fundada em 1933, teve agora apresentada a sua monografia, “Por ti, ponho as mãos no fogo - História dos Bombeiros Voluntários da Moita”, assinada por Helena Barros (n. 1962), título que joga com uma expressão bem conhecida que apela à confiança ilimitada. A obra, apoiada na documentação da corporação (livros de actas e correspondência) e em fontes orais a partir dos bombeiros mais velhos, começa por sensibilizar o leitor para elementos que configuram a pré-história dos bombeiros - o papel das populações antigas perante o deflagrar de um incêndio, a função dos aguadeiros, as primeiras medidas tomadas na prevenção e combate a incêndios (de 1395, com D. João I), o primeiro corpo de homens para os combater (em Lisboa, em 1646), os acontecimentos de 1755, a primeira notícia de morte de combatentes ao fogo (em Lisboa, em 1830),
a criação do slogan “Vida por vida” pelo tomarense-montijense Álvaro Valente (1886-1965) no início do século XX. A organização do livro e da história é depois ligada aos vários quartéis por onde passou a associação e pela acção desenvolvida em prol de cada uma dessas construções, não esquecendo nomes e figuras locais que foram determinantes para a estabilidade da corporação, muitos deles num tempo longo de dedicação à causa, como foram os casos dos dois mais longevos presidentes da direcção, Adriano Augusto Flores (1950-1977) e Manuel Oliveira Filipe (2001-2015), ou dos dois mais duradouros comandantes do corpo activo, Joaquim Pelica (1959-1974) e Carlos Picado (1993-2016). A narrativa vai sendo condimentada com curiosidades (primeira bomba adquirida, primeiro auto pronto-socorro ou primeira mulher a integrar os corpos gerentes, por exemplo) e com histórias por vezes épicas, como a que relata a forma de levar um doente desde a Moita até ao Hospital de S. José no início da corporação: “o paciente era acomodado na maca rodada e transportado por dois ou mais bombeiros até à estação da CP (da Moita) e aí aguardavam o
500 PALAVRAS João Reis Ribeiro
Bombeiros Voluntários da Moita: quase 90 anos de história
comboio. Maca, doente e bombeiros embarcavam no vagão Jota com destino ao Barreiro. Aí chegado, o doente era levado (ainda na maca de rodas) até ao barco que o transportaria a Lisboa. Saídos do barco, os bombeiros retomavam o transporte braçal da maca e do doente até ao Hospital de S. José.” Intervenções importantes que ficaram na memória foram o salvamento de um homem soterrado num poço de 15 metros (1953), o apoio no desastre ferroviário na estação da Moita (1955) ou o serviço prestado aquando do desabamento de uma bancada com 200 pessoas nas Festas da Boa Viagem (1969). Parte significativa desta monografia é alimentada com as dificuldades da vida da associação - de ordem económica, administrativa e logística, sobretudo, ou na angariação e fidelização de associados, verificando-se, frequentemente, que uma novidade introduzida na organização pode ser momento catalisador de adesões, como se passou com a criação do Grupo de Dadores Benévolos de Sangue, da secção desportiva, da fanfarra ou do museu com o nome do quarteleiro Alfredo Picado.
Nos quase 90 anos, “o nome da associação sempre foi uma referência e um cartão de visita para o município. A sua presença na vida das populações é impagável, prestando os seus valiosos serviços a instituições, agentes económicos e todo o município.” Esta é a imagem que perpassa, justificando o título atribuído à monografia.
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6 O SETUBALENSE 17 de Novembro de 2021
Barreiro
BREVES HOSPITAL
Dia do Cinema assinalado com exposição O Centro Hospitalar Barreiro Montijo decidiu este ano associar-se às comemorações do Dia Mundial do Cinema, que se assinala durante o corrente mês, com a realização da exposição “O Cinema Português”, no átrio do Hospital Nossa Senhora do Rosário, no Barreiro, até dia 30 de Novembro. Cedida pelo museu da Cinemateca Portuguesa, a referida mostra é composta por um conjunto de 24 cartazes que contam a história, a vitalidade e a diversidade da sétima arte ao longo dos tempos, sobretudo, na viragem dos anos 60 para a democracia (1974).
COINA
Polidesportivo concluído na Qta. do Peliche Foi concluído recentemente em Coina, o mini-polidesportivo situado na Quinta do Peliche que, de hoje em diante, permitirá que as crianças da urbanização ali situada possam contar com um novo e moderno equipamento desportivo, que servirá para acolher as modalidades de minibasquetebol 3X3 e futsal. A este propósito, a União de Freguesias de Palhais e Coina, presidida por Naciolinda Silvestre, lembrou: que “Temos imenso orgulho nesta obra. Nunca será demais agradecer ao executivo municipal pela doação do terreno e apoio administrativo”, disponibilizados para este fim.
BICO DO MEXILHOEIRO
Porto de Lisboa vai reconstruir zona que foi alvo de derrocada DR
APL poderá optar de futuro pela erradicação das construções nesta área do território Luís Geirinhas Rui Braga, vice-presidente da Câmara do Barreiro, em declarações a O SETUBALENSE, adiantou que durante o encontro realizado com a Administração do Porto de Lisboa (APL), na sequência de uma derrocada que ocorreu recentemente na zona do Bico do Mexilhoeiro, junto a uma das construções abarracadas ali existentes, foram “analisadas várias questões” relativas a esta área ribeirinha. “Trata-se de um assunto delicado, porque estamos a falar da legalidade das pessoas que lá estão e daquelas que não possuem título legal para lá estar”, disse, por tratarem-se de “construções ilegais”. O autarca revelou que a APL “vai a breve trecho reconstruir e mudar aquilo que caiu, com a colocação de pedras artificiais para enrocamento [daquela zona]”, todavia, a situação terá alegadamente despoletado um problema junto de um munícipe, em termos ‘habitacionais’ e “que poderá ser social”. Responsável pela jurisdição do local, segundo o vereador, a APL “poderá decidir-se pela erradicação [de futuro] das construções” e, se for esse caso, a autarquia terá de fazer um levantamento da situação de quem ali permanece. “Uma coisa são as pessoas que estão eventualmente a usar aquelas construções para viver, outra são as que as utilizam para criar armazéns”, realçou, afirmando que “essa distinção tem de ser bem-feita para minimizarmos todos os impactos que possam surgir”. Certo é que, conforme frisou o autarca, a derrocada “será solucionada, ao contrário do problema que irá manter-se” até à resolução do futuro desta zona.
Decorrada no Bico do Mexilhoeiro vai obrigar a intervenção da APL
Uma coisa são as pessoas que estão eventualmente a usar aquelas construções para viver, outra são as que as utilizam para criar armazéns” Rui Braga
Aquando do sucedido, além da autarquia, estiveram no espaço a Polícia Marítima e o Serviço Municipal de Protecção Civil, para análise à situação de derrocada e dos trabalhos de limpeza necessários, altura em que “não foi identificado nenhum desalojado”, garantiu Rui Braga, na última reunião da edilidade.
Recarga de areia nos moinhos de Alburrica prevista para 2022
O responsável acrescentou que outra das matérias que estiveram em cima da mesa, prendeu-se com a necessidade urgente de recarga de areia junto aos moinhos de Alburrica, que “é [necessária] já há algum tempo”. A autoridade portuária, referiu, terá assumido “o compromisso de recarregar o areal durante o primeiro trimestre do próximo ano”, sendo uma realidade que “os três
moinhos estão um pouco ‘descalços’ de areia”, com a deslocação da mesma para a zona da doca seca. “A ideia seria fazer uma recarga ou desassorear e realizar uma movimentação das areias para a frente dos moinhos”, explicou. “Concordamos com qualquer solução técnica desde que seja feita, porque se isso não acontecer, com o tempo, corremos o risco de ter ali outros problemas”, alertou. “Na última vez que a APL interveio – há dez anos atrás –, havia efectivamente o problema de os mesmos poderem derrocar, tendo sido feito um enrocamento naquela área”, lembrou. Actuamente, o que “os engenheiros nos dizem é que não há perigo de derrocada de nenhum dos moinhos”. A câmara garante que estará atenta à situação, para salvaguarda qualquer tipo de incidente com este património.
17 de Novembro de 2021 O SETUBALENSE 7
CPCJ assinala 25 anos com encontro na Escola Secundária de Santo André
A Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) do Barreiro – que está a comemorar os seus 25 anos de existência –, promove dia 23, das 14h00 às 17h30, na Escola Secundária de Santo André, um evento sobre a temática da promoção do auxílio a estes jovens.
O encontro vai contar com a presença da procuradora-geral da República Adjunta e coordenadora do Gabinete da Família, Helena Gonçalves, e do juiz presidente da Comarca de Setúbal, António José Fialho, membro da Rede Internacional de Juízes da Conferência de Haia de
BAIRROS SAUDÁVEIS
BREVES
Laboratório de Inovação Comunitária quer melhorar vida em comum no centro histórico da cidade
LAVRADIO
“Rock no Lavradio” agita sede da SFAL neste sábado DR
Projecto pretende activar comunidade e melhorar higiene urbana no bairro
Direito Internacional Privado. Aquela comissão pretende homenagear “quem esteve desde a primeira hora na gênese da criação” da Comissão de Protecção de Menores e do trabalho desenvolvido neste período de tempo.
Luís Geirinhas
A sede da Sociedade Filarmónica Agrícola Lavradiense (SFAL) acolhe no próximo sábado, a partir das 21h30, o encontro de bandas “Rock no Lavradio”. A iniciativa, dirigida a jovens com mais de 18 anos e organizada pela colectividade, em parceria com a banda Estado Terminal, conta com o apoio da autarquia barreirense e da União de
Freguesias de Barreiro e Lavradio. Por aquele palco e além do referido agrupamento, vão também desfilar os Inextremis e o grupo Lisbon South Bay Freaks. Os interessados em participarem no concerto já podem efectuar as suas reservas (937 718 637), sendo que a entrada no evento tem o valor de cinco ‘palhetas’.
MURAL 18
A apresentação pública do Laboratório de Inovação Comunitária do Barreiro Velho (LABIC), teve lugar durante a tarde do último sábado, na sede da Sociedade Democrática União Barreirense “Os Franceses”, entidade promotora de um dos três projectos vencedores neste município das candidaturas ao programa Bairros Saudáveis. Enquanto instituição parceira, a autarquia barreirense fez-se representar no encontro através do vice-presidente da edilidade, Rui Braga, e da vereadora Arlete Cruz. Destinado à participação cidadã, aprendizagem colectiva e produção colaborativa de projectos que visam “melhorar a vida em comum no centro histórico” da cidade, o LABIC quer ainda promover a coesão, dinamização comunitária e a melhoria da higiene urbana nesta zona do território, tendo como meta principal “activar a conexão entre apoios institucionais e competências locais”, através de acções participadas e inclusivas que possibilitem a partilha de recursos, ferramentas e conhecimento, e que mobilizem a comunidade para a criação do Guia Social Integrado. Outra das metas a alcançar, prende-se com o impulsionar do empoderamento da comunidade através de projectos de inovação comunitária (PIC), com a criação de oportunidades de desenvolvimento de competências técnicas, pessoais e colectivas, partindo do potencial local. De acordo com o projecto, que conta com a parceria da NÓS – Associação de Pais e Técnicos para a Integração do Deficiente e dos Amigos do Barreiro Velho, os resultados “contribuirão para a cocriação do Plano de Acção
Exposição de rua na Polis mostra fotografias de Cláudio Ferreira
Encontro contou com presenças do vice-presidente da Câmara do Barreiro, Rui Braga, e da vereadora Arlete Cruz
Ambiental Comunitário de combate à degradação do espaço público e a falta de higiene urbana associado ao estado de abandono”, que tem “comprometido a saúde comunitária” e a própria “imagem” do bairro. No decorrer desta intervenção, a entidade promotora quer contribuir para a “capacitação interna da governança local através da activação, ampliação e consolidação do Grupo de Amigos do Barreiro Velho para que este se torne um elemento central no desenvolvimento local”, dando deste modo continuidade às acções construídas em rede alargada no Plano Conjunto para Sustentabilidade.
Oficina de Mapeamento marcada para dia 20
Entretanto e no seguimento das actividades previstas no âmbito do LABIC, para o próximo dia 20, está prevista a realização de uma Oficina de Mapeamento, que pretende mapear a população, as suas narrativas individuais e colectivas, com vista
a dar “visibilidade às características identitárias do Barreiro Velho”, das “suas gentes, culturas e saberes” para reforçar competências locais que contribuam “para uma imagem positiva das diferentes comunidades que habitam o território”. A acção quer também identificar os espaços expectantes que possam ser dinamizados através do desenvolvimento de projectos de interesse colectivo. Além das referidas entidades, o projecto conta com a colaboração de Augusto Sousa e com as parcerias do Clube de Fotógrafos do Barreiro (CFB), da Social Teck Makers, MOLA, ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, além da Agarrar Exemplos – Associação de Desenvolvimento e Promoção das Comunidades Ciganas, da ATIVA LAB – Experimentação para soluções colectivas locais, da Divisão de Intervenção em Comportamentos Aditivos e Dependências da ARSLVT. IP e da União de Freguesias de Barreiro e Lavradio.
Está patente até 8 de Janeiro, na zona da Polis, junto à palavra ‘BARREIRO’, a exposição de rua “Comunidade”, inaugurada no último sábado e que reúne trabalhos de fotografia da autoria de Cláudio Ferreira. A mostra acontece no âmbito do projecto Mural 18 – evento cultural em rede que integra os 18 municípios da
Área Metropolitana de Lisboa –, que procurou unir os agentes culturais, autarquias e cidadãos “em defesa da comunidade artística e do património cultural, imaterial e material”. Face ao contexto actual, a edilidade barreirense decidiu convidar em exclusivo para este ciclo de programação, artistas do concelho em diversas áreas. DR
BIBLIOTECA
Helder Martins apresenta livro “Grilhetas da Apatia” O Auditório Manuel Cabanas, na biblioteca do Barreiro, recebe dia 28, pelas 16h00, a apresentação do livro “Grilhetas da Apatia”, escrito pelo jovem barreirense Helder Martins, apreciador do género fantástico, vertente à qual se dedicou durante toda a sua adolescência. Foi nesta classe de leitura que o escritor, formado em gestão, encontrou a sua própria
identidade, dividindo o dia-a-dia entre o trabalho e a paixão por um hobby que o terá conduzido à construção da sua própria saga, transformando uma ideia antiga numa aventura real com o lançamento da obra “O Templo de Borkudan”. Desta vez, o escritor dá a conhecer “uma épica batalha em que se cruza o desejo de fazer o que é certo e o que é certo fazer”.
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Entrevista DR
FREDERICO ROSA PRESIDENTE DA CÂMARA DO BARREIRO
“É fundamental que o Metro Sul do Tejo chegue ao Barreiro e a Alcochete” O autarca que conquistou a maior maioria da região nas últimas autárquicas defende uma nova ligação regional Sul, com ou sem aeroporto Francisco Alves Rito (Texto)
Frederico Rosa diz que o barreiro está a recuperar o orgulho. Promete investimento, sobretudo na zona ribeirinha. O Barreiro velho, acredita o autarca socialista, vai entrar numa fase de reabilitação, com o município a dar o exemplo. Como explica a expressiva maioria que obteve nas eleições?
Pode haver mil e uma explicações, eu gosto de a explicar a mim próprio como fruto do trabalho que fizemos. Não há ninguém que, nestes quatro anos, não tenha sentido mudança no Barreiro, mesmo com uma pandemia que foi quase um terço do mandato. Houve aquilo com que nos comprometemos ao início, que era dar ao Barreiro - que estava estagnado - um impulso grande, liderado pela autarquia, de obras públicas, de renovação e
de requalificação. Pretendíamos que as obras públicas puxassem o investimento privado e esse é um propósito que está a ser alcançado. Nunca nos gerimos pelo calendário eleitoral, desde o primeiro dia, e ao longo dos quatro anos, tivemos obra, fomos para eleições ainda com obra, e aquilo que sentimos na rua era que as pessoas tinham a noção de que as coisas estavam a mudar. Não há varinha mágica, infelizmente, para que as coisas mudem todas, mas
este caminho estava a ser feito e as pessoas reconheciam. O Barreiro está a recuperar naquele que é, provavelmente, o seu maior défice, que era de orgulho local. O Barreiro estava a mexer, a querer erguer-se, e acho que o resultado é apenas uma consequência destes quatro anos de mandato, em que as pessoas sentiram isto. Foi eleito vice-presidente do Conselho Metropolitano de Lisboa, que decidiu manter o seu adversário e antigo presidente da Câmara do Barreiro, como primeiro-secretário. Como é que vê essa decisão? Com muito bons olhos, e vejo também com satisfação que ele tenha acedido a ficar. Porque a área metropolitana é estratégica para o desenvolvimento da grande Lisboa, e aqui tem que haver uma capacidade também estratégica de observar o todo. Sabemos que, muitas vezes, nos municípios, temos uma visão muito centrada no nosso concelho. Se tinha funcionado bem há quatro anos, não vejo razão para que não se possa manter esse funcionamento. Por isso, também defendi pontes entre os diversos partidos. Os resultados, de resto, demostram que as pessoas fizeram perfeitamente bem a distinção, que o papel da AML é um e o papel de presidente de câmara é outro. Aponta a requalificação da frente ribeirinha como uma aposta para este mandato. O centro histórico do Barreiro, está muito degradado, os senhorios queixamse de ocupação de casas. Qual é a
solução para estes dois problemas, que estão relacionados? É um tema fundamental, em que não basta haver vontade política, é preciso direccionar o investimento. Foi o que fizemos já no último mandato, aprovámos um investimento muito considerável, cerca de cinco milhões de euros, para a requalificação do espaço público. Estamos a falar de passeios, estradas, e uma coisa que as pessoas não vêem, mas que é fundamental, que são as infraestruturas de subsolo. Já estamos a acabar o projecto, e este ano vamos lançar o concurso público para fazer essa intervenção. Outra intervenção é a construção da nova esquadra da PSP, que corre a bom ritmo e está previsto ser concluída até final de Dezembro. Depois deste conjunto – da construção do equipamento-âncora para a segurança e da requalificação do espaço público -, vamos fazer a fase decisiva, possivelmente a mais difícil, que é, também, a que olhamos com maior esperança: a aquisição de edificado e reabilitação, muito alicerçada no PRR (Plano de Recuperação e Resiliência). Será uma intervenção não na parte de habitação social, mas na de habitação a custos controlados. Com este sinal de investimento público da autarquia e de maior segurança com a presença da PSP num edifício icónico naquela zona, contamos levar também os privados a requalificarem o seu património. Se os privados não acreditarem no retorno não investem. Já começamos a sentir esse fenómeno, apesar de, com a pandemia, o efeito ter abrandado. Temos casos muito difíceis, por exemplo, de casas com 60 herdeiros, dispersos pelo país. Não basta dizer que aquilo é o Barreiro velho, que temos que o recuperar. É importante que, na parte pública, a Câmara dê o sinal, e vamos fazê-lo com cinco milhões, que já estão garantidos, e, possivelmente, mais, em fundos comunitários e PRR. O Barreiro, comparativamente com outros concelhos à volta do Tejo, parece ainda ser dos que reabilitou menos a zona ribeirinha. Essa mudança será visível ao final destes quatro anos? Acho que a reabilitação já é visível, embora acredite que ainda haja quem pense assim, porque a pandemia não possibilitou a muita gente sair de casa, e vir conhecer. Não nos podemos esquecer de toda a zona de Coina, do Polis, que esteve parada durante cerca de uma década, está já toda requalificada. Agora até temos quiosques, onde se pode almoçar, jantar ou beber um copo ao fim do dia, temos a zona da Avenida Miguel
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As pessoas deslocam-se melhor para Lisboa do que entre estes municípios
Defendemos o Aeroporto do Montijo, com a condicionante das ligações Barreiro-Seixal e BarreiroMontijo O Metro Sul do Tejo não tem de ser necessariamente em carril, pode ser em BRT [Bus rapid transit] foi ao concurso público. Eu diria o contrário, nunca nos chegou qualquer manifestação de desistência. Aliás, pelo contrário, apareceram-nos até vários grupos de investimento imobiliário, a perguntar, logo a seguir a terem aparecido as notícias, se era possível tomarem a posição, porque o interesse é muito. E é bom que haja este interesse em investir no Barreiro. Existe interesse do mercado? Existe, é real, constante, e é bom sentirmos isso. Era também um dos nossos propósitos, há quatro anos, quando criámos um regulamento de incentivo e de apoio ao investimento, que as pessoas sentissem que o Barreiro é uma boa cidade para investir. Não temos dúvidas disso, acolhemos bem o investimento, somos rápidos a responder, temos um plano municipal de incentivos, em várias áreas, para quem quer fazer cá o seu investimento. O grupo Trivalor, com o projecto logístico para a zona de Palhais, é um exemplo perfeito; estamos a falar de um grupo que factura perto dos mil milhões de euros, que já esteve para se instalar no Barreiro e não se instalou exactamente porque as condições municipais eram mínimas. Hoje, também fruto desta abertura, investir no Barreiro é, não só um processo mais rápido, como é muito menos leonino para o investimento. Sobre o aeroporto; há alterações,
não apenas a Avaliação Ambiental Estratégica, mas também a mudança autárquica na Moita, que mudou da CDU para o PS. O posicionamento da Câmara do Barreiro continua o mesmo? É o mesmo de sempre, com ou sem mudanças autárquicas, porque estes posicionamentos resultam de reflexões e convicções profundas, que não se compadecem com ciclos eleitorais ou mudanças de autarquias. Aliás, a opinião que tinha antes de ser presidente, tenho-a como presidente, e continuarei ter quando deixar de ser presidente. Defendemos a viabilização do Aeroporto do Montijo, com a condicionante, essencial, das ligações Barreiro-Seixal e BarreiroMontijo. Estas acessibilidades são fundamentais com ou sem aeroporto, desde logo para criar sinergias na Margem Sul, de ligação, até por transporte público, entre estes concelhos. Hoje, as pessoas deslocamse mais rapidamente, em transporte público para Lisboa do que entre estes municípios. O projecto inicial do Metro Sul do Tejo (MST) incluía chegar ao Barreiro. Passados vários anos, isso não se concretizou. É importante, ou não? Fundamental. Tem-se estado a trabalhar nesse projecto até ao nível metropolitano, porque, Obviamente, são projectos estratégicos da AML. Eramos criticados porque prescindimos de uma ponte pedonal, para poder ir a pé ou de bicicleta ao Seixal, pois bem, o traçado do MST, o ponto de ligação, passa exactamente por aí. O Metro Sul do Tejo não tem de ser necessariamente em carril, pode ser em BRT [Bus rapid transit], que é um transporte de autocarro dedicado, com menos paragens que um autocarro tradicional. Vê alguma possibilidade de a expansão do MST até ao Barreiro ser concretizada? Vejo. Há-de ser concretizado. Sabemos que são investimentos intensivos de capital, mas também sabemos que não podemos querer desenvolver uma região e pensar nas ligações exclusivamente concêntricas na direcção à capital. É fundamental haver ligações, neste caso, SeixalBarreiro e Barreiro-Montijo. É importante que a regional Sul, que vai de Almada a Alcochete, seja feita de forma muito mais eficiente e eficaz, de preferência em transporte público. Num momento em que está na agenda mediática a questão do clima e do planeta, não podemos, por uma distância de um quilómetro, fazer 16 em transporte individual. É dos tais projectos estratégicos que, numa visão do todo, têm de ser implementados, com ou sem PRR.
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A Baía do Tejo, S.A., empresa pública de gestão territorial e de parques empresariais sitos nos concelhos do Barreiro, do Seixal, de Estarreja, de Almada e de Vendas Novas, pretende alargar a sua base de potenciais fornecedores a consultar no âmbito de procedimentos adjudicatórios, nos termos do seu Regulamento de Contratação (disponível para consulta em www.baiadotejo.pt), nomeadamente na área da construção civil e obras públicas. Por este motivo, solicitamos que eventuais interessados (Empresas com Alvará de Obras Públicas) possam remeter para a Baía do Tejo, S.A. um email para aprovisionamentos@baiadotejo. pt, fazendo referência ao presente Anúncio, com a respetiva apresentação da empresa e portefólio, manifestando interesse em se tornar potencial fornecedor qualificado, evidenciando as respetivas áreas de atu-ação preferenciais. A Baía do Tejo, S.A. irá analisar a informação remetida e poderá, havendo interesse nesse registo, remeter ao interessado um “Questionário de Qualificação de Potenci-ais Fornecedores”, cuja devolução devidamente preenchido é condição necessária para que a empresa interessada possa vir a tornar-se (ou continue a ser) potencial fornecedora qualificada da Baía do Tejo, S.A. e, consequentemente, ser eventual-mente considerada para futuros procedimentos adjudicatórios. 1391
Pais, também, toda renovada, assim como a zona da Doca Seca. Isto é uma amostra do investimento que foi feito estes quatro anos, mas tem de prosseguir. Na Avenida da Liberdade, a obra está a finalizar, até ao final deste ano. Falta ainda a zona do Barreiro velho, de frente para Lisboa, nomeadamente de Copacabana, que é a praia que está no final da área de intervenção do Polis. Mas já há muito investimento, cerca de 7,5 milhões, nos últimos quatro anos. Vale a pena visitar estas zonas de frente de rio, que foram reabilitadas, com equipamentos, com actividade económica. Vai haver também uma peça central neste quadro. Assinámos um acordo-quadro com a APA (Agência Portuguesa do Ambiente) para termos dois milhões de euros, a fundo perdido, para financiar a 100% o projecto de requalificação da Caldeira Grande. Não apenas para recuperar a massa de água daquela zona de rio, mas também para ter ali um espaço de lazer que vai ser icónico no Barreiro. Não é propriamente uma praia, como se diz de forma simplificada, mas a recuperação da caldeira, com uma nova utilização do espaço e o Moinho Grande, que já está em obra, igualmente recuperado. Também já recuperámos o Moinho Pequeno, no mandato anterior. Este esforço de investimento é contínuo. Vamos ter ainda um caminho longo, mas quero mesmo que, no final destes quatro anos, esta evidência seja ainda mais notada por todos. A Quinta do Braamcamp pode ajudar a mudar a imagem do Barreiro. Qual é o ponto de situação? Houve um parecer negativo da APA ao projecto? Não houve nenhum parecer negativo da APA. Isso é uma mistificação. O que houve apenas, via CCDR, foi um esclarecimento. Há uma zona passível de ser construída, que consta no PDM, e há uma zona que é REN (Reserva Ecológica Nacional), que pode ter edificação. Não edificação de casas, mas, pode ter, por exemplo, passadiços. O que nos foi colocado foi quais eram os materiais de construção a usar na zona dos passadiços que inclui uma solução de observação de aves. O projecto tem condições para avançar mas está pendente de uma providência cautelar, aliás, colocada por aqueles que foram agora, em urna, amplamente derrotados. O tempo de espera da decisão judicial é manifestamente muito. Sabemos que o investidor, ao contrário também daquilo que se diz, mantém o interesse no projecto. A Saint Germain confirmou que mantém o interesse? Há manifestação de interesse, porque
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COP26: Os governos não estão a cumprir
O SEGREDO DAS CARTAS TARÓLOGO e ASTRÓLOGO FRANCISCO GUERREIRO
E-mail:francisco_astrologo@hotmail.com
CARNEIRO 21.03 a 20.04 No plano amoroso – não rejeite a possibilidade de se envolver um novo relacionamento. Poderá ser surpreendido, muito favoravelmente, com as atitudes e gestos de alguém que entrou há pouco na sua vida. No plano profissional – poderá entrar numa nova fase profissional, comece a pensar em novos projetos ou novas aplicações financeiras. Carta da semana – O SOL – semana muito luminosa e feliz para Peixes. Vai sentir-se com muita vontade de viver a vida e demonstrar a força das suas emoções e sentimentos. TOURO 21.04 a 21.05 No plano amoroso, sente-se muito apaixonado e tem receio de mostrar os seus sentimentos. No plano profissional, terá algumas propostas, mas não se iluda com as mais vantajosas. Carta da Semana – A Lua, esta carta mostra que você estará sensível e um pouco frágil, mas ao mesmo tempo estará com um grande poder de análise. GÉMEOS 22.05 a 21.06 No plano amoroso – poderá travar novos conhecimentos, embora deva amadurecer bem as ideias antes de lançar num novo romance. Poderá ter de enfrentar oposições familiares para poder levar em frente uma relação. No plano profissional – deve manter a calma em todas as circunstâncias, até porque esta semana tudo está ao seu alcance. Carta da semana – O CARRO – a conjuntura anuncia progressos. CARANGUEJO 22.06 a 22.07 No plano amoroso – possibilidade de os seus sentimentos serem completamente renovados. Numa situação inesperada ou mesmo sem estar disponível pode sentir novas emoções. No plano profissional – se estiver envolvido em atos de representação ou de cariz público, sair-se-á muito bem. Carta da semana – O AMOROSO – esta carta define uma semana intensa em que todos os comportamentos estão marcados pela paixão. LEÃO 23.07 a 23.08 No plano amoroso – não aceite opiniões ou que se metam demasiado na sua vida, o seu coração é o seu melhor amigo e só poderá arrepender-se do que não fizer. No plano profissional – todos os negócios ou investimentos em que se envolver, desde que estruturados e calculados darão bons resultados. Carta da semana – O IMPERADOR – está muito lúcido, objetivo e eficaz marcando pontos em todas as situações que se envolver. VIRGEM 24.08 a 23.09 No plano amoroso – não permita que o orgulho atrapalhe ou ponha em causa em relação. No plano profissional – alguns colaboradores podem interferir ou pôr em causa as suas opiniões, mas é aconselhável que não baixe os braços e faça persistir as suas ideias. Carta da semana – A FORÇA – fomenta novas ideias confere rapidez de raciocínio e força de vontade não permitindo que se instalem na sua vida indecisões ou qualquer tipo de medo. BALANÇA 24.09 a 23.10 No plano amoroso – é uma semana adequada a que faça alterações na sua forma de vida; pode iniciar uma fase mais límpida e intensa. No plano profissional – algumas situações podem assumir contornos que não esperava e perante os quais terá de tomar uma posição. Carta da semana – A MORTE – é uma carta forte que permite conduzir a sua vida de forma objetiva e eficaz. Fim de uma etapa e inicio de uma nova etapa próspera. ESCORPIÃO 24.10 a 22.11 No plano amoroso – não entregue o seu amora quem não o merece, corre o risco de deceções. Nem todas as promessas serão cumpridas esta semana. No plano profissional – dê atenção a um negócio ou a um projeto que pode esconder problemas, procure novos apoios. Carta da semana – A LUA – a conjuntura leva-o para o mundo dos sonhos em que é difícil ser racional, tente manter-se lúcido para não ser enganado. SAGITÁRIO 23.11 a 20.12 No plano amoroso, relações são correspondidas e regidas por si e pelos seus interesses. Controle o seu feitio pois numa relação toma decisões a dois. No plano profissional, mostre-se mais activo e mais empenhado com trabalhos que lhe são solicitados. Carta da Semana – O Mundo, esta carta mostra que as conquistas e os seus êxitos estão ao seu alcance, basta que consiga reunir todas as suas potencialidades para atingir os seus fins. CAPRICÓRNIO 21.12 a 20.01 No plano amoroso – escute o que lhe dita o coração sempre que tomar uma decisão ou fizer uma escolha sentimental; todos os gestos deverão ser fruto de reflexão solitária e amadurecida. No plano profissional – está perfeitamente apto a atuar em proveito próprio e fazer bom uso das suas habilitações e conhecimentos. Carta da semana – A PAPISA – a semana promete ser muito importante. AQUÁRIO 21.01 a 19.02 No plano amoroso, poderá estar a passar uma fase conflituosa, que se deve á indefinição de sentimentos, clarifique-os. No plano profissional, os trabalhos que tem em curso irão sofrer alguns atrasos, devido á falta de recursos. Carta da Semana – O Eremita, esta carta mostra que deve agir com rigor e cuidado em todas as situações. PEIXES 20.02 a 20.03 No plano amoroso – momento propicio á evolução sentimental; conseguirá compreender alguns gestos e lidar melhor com os afetos. No plano profissional – vida financeira sujeita a flutuações que merecerão medidas adequadas em cima dos acontecimentos. Carta da semana – O JULGAMENTO – traz uma semana marcante pródiga em acontecimentos importantes que lhe possibilitarão análises e iniciativas fundamentadas.
T
erminada a Cimeira de Glasgow e “arrumadas as cadeiras”, é tempo de fazer uma ligeira leitura sobre os seus resultados. Face ao que se passou, o que podemos dize é que, o que de mais relevante nos trouxe esta cimeira foi permitir ao mundo tomar consciência de que as partes não estão a cumprir, os estados e os governos estão a falhar na resposta aos compromissos que assumiram em Paris. É verdade que têm vindo a ser apontados alguns avanços, “conseguidos” em Glasgow no que respeita aos acordos relativos ao metano, à desflorestação e ao carvão, mas também é verdade que estes anúncios, exigem uma análise mais aprofundada. O Acordo para reduzir até 2030 as emissões de metano, responsável por 30% do aquecimento global desde a revolução industrial, ficou longe dos desejados 50% de redução, fixando-se apenas nos 30%. Relativamente ao carvão, o Acordo, que prevê o fim do carvão na produção de eletricidade, é uma espécie de “cromo repetido”, uma vez que, em várias COP’s é apresentado como um grande avanço. Quanto ao Acordo para as florestas, através do qual os países se comprometem a acabar com a desflorestação até 2030, não passa de uma “fuga para a frente”, um esforço para legitimar o falhanço dos Estados, uma vez que o anterior Acordo sobre florestas, conseguido em 2014, não foi cumprido. Ou seja, ficamos muito longe de um cenário que garantisse conter o aquecimento global em 1,5º C, relativamente aos valores pré-industriais,
Classificados
OPINIÃO José Luis Ferreira
O único elemento que sobressai desta cimeira para o mundo, é que os países não estão a dar corpo aos compromissos, estão a falhar as metas que assumiram formalmente em Paris como acordado em Paris. Para além disso, a COP26, deixou sem resposta as expectativas dos paí-
ses mais afetados pelas alterações climáticas, que são, em regra os países mais pobres. De facto, considerando as responsabilidades históricas dos países desenvolvidos no que diz respeito às emissões, seria justo que suportassem os custos tanto da mitigação como da adaptação dos países mais pobres, sucede que EUA e UE recusaram a criação de um fundo a ser canalizado para aqueles países. Em matéria de financiamento climático, somaram-se as promessas e intenções de aumentar o financiamento acima dos 100 mil milhões de dólares, mas o mundo tem razões para desconfiar, até porque a meta dos 100 mil milhões por ano, acordada em Copenhaga em 2009, não foi cumprida ao longo destes 12 anos. A permanência do mercado de carbono, um mecanismo que reflete a hipocrisia neste combate, não foi questionada, e nem a criação de uma taxa sobre algumas dessas transações comerciais para financiar a adaptação dos países mais vulneráveis, passou. Depois desta COP, o tempo escasseia, entramos já no “período de compensação”, sendo certo que quanto mais se continuar a adiar, mais robustas e exigentes, terão de ser as respostas e as metas de redução. Mas esta tem sido a linha seguida até aqui, medidas concretas ficam para a próxima COP e o mundo assiste à operação mediática, de COP em COP. Esta não fugiu à regra. Por isso dizemos que o único elemento que sobressai desta cimeira para o mundo, é que os países não estão a dar corpo aos compromissos, estão a falhar as metas que assumiram formalmente em Paris. Deputado do PEV
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Ponto 1 - Apreciação, discussão e votação do Orçamento e Plano de Actividades para o ano 2022. Ponto 2 - Outros assuntos de interesse geral. Montijo, 11 novembro de 2021 O Presidente da Assembleia Geral (João Manuel Pereira Afonso) Nota: Nos termos do n.º 1 do art.º 24.º do Compromisso, a Assemleia reunirá meia hora depois da 1 ª convocatória, se à hora marcada não se encontrar presente a maioria dos Irmãos. OBS: OBRIGATÓRIO O USO DE MÁSCARAS
Em conformidade com as disposições legais aplicáveis e da alínea b) do nº2, Art 45º dos Estatutos da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários do Barreiro - Corpo de Salvação Pública, convoco todos os sócios para se reunirem em Assembleia Geral Ordinária, que terá lugar na sede da Associação, sita Avenida Escola dos Fuzileiros Navais, n.º 2 D, no Barreiro, pelas 21h00 do dia 29 de novembro de 2021, com a seguinte Ordem de Trabalhos: ORDEM DE TRABALHOS 1- Discussão e votação do Orçamento e Plano de Atividades para o ano de 2022. Se à hora indicada não houver quórum, a Assembleia funcionará meia hora depois, no mesmo local, com qualquer número de sócios e a mesma ordem de trabalhos. Barreiro, 30 de outubro de 2021 O Presidente da Mesa da Assembleia Geral, José António Rodrigues Caetano
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Nos termos do artº 23º do Compromisso, convoco todos os Irmãos da Misericórdia de Montijo, no pleno gozo dos seus direitos, para reunir, em Assembleia Geral Ordinária, no dia 30 de novembro de 2021, pelas 21,00h, na sala da Assembleia Municipal - Galerias Municipais, na Praça da República, no Montijo, com a seguinte Ordem de Trabalhos:
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12 O SETUBALENSE 17 de Novembro de 2021
Sesimbra
Prémio Aristides de Sousa Mendes distingue município
A Câmara Municipal de Sesimbra recebeu uma menção honrosa na primeira edição do Prémio Autárquico “Aristides de Sousa Mendes e outros salvadores portugueses - Holocausto, Valores Universais, Humanismo e Justiça”, na categoria Coesão Social e Comunitária, promovido pela Direção-
Geral das Autarquias Locais, no âmbito do Programa Nunca Esquecer - Programa Nacional em Torno da Memória do Holocausto. A distinção premeia o projecto Museu Fora de Portas: O Museu visita as Instituições Privadas de Solidariedade Social, dinamizado desde 2013 pelo serviço educativo.
VALORIZAR AS PESCAS E O MAR, VALORIZAR O PAÍS
Encontro debate sustentabilidade dos recursos, dificuldades e desafios do sector Iniciativa contou com a presença de um vasto conjunto de entidades de todo o País Inês Antunes Malta O Cineteatro Municipal João Mota recebeu, na sexta-feira e no sábado, o encontro nacional “Valorizar as pescas e o mar, valorizar o País”, que debateu matérias como a sustentabilidade e a valorização dos recursos, as dificuldades e os desafios do sector, sem esquecer a segurança no mar e a importância da formação, e reuniu várias entidades ligadas ao mar e às pescas provenientes de todo o País. Na cerimónia de encerramento do encontro, marcou presença o Ministro do Mar, Ricardo Serrão Santos, que destacou a importância do sector da pesca para o País. “A pesca é um elemento essencial na estratégia para o mar”, começou por dizer, para depois lembrar que “durante o
dificílimo período da pandemia de covid-19, em momento algum este sector deixou de garantir o abastecimento de pescado aos nossos mercados e fê-lo de forma notável”. A iniciativa, integrada no programa de comemoração do Dia Nacional do Mar, assinalado a 16 de Novembro, com o objectivo de reconhecer a importância do sector na história, identidade e economia local, contou com a presença de associações de armadores, pescadores e produtores, representantes da indústria conserveira e organismos ligados à investigação.
Francisco Jesus realça urgência de novo acesso ao Porto de Abrigo
O presidente da Câmara Municipal de Sesimbra, Francisco Jesus, frisou a importância “redobrada” que este encontro tem para a pesca e para o mar, “factor e estratégia de afirmação de identidade do concelho”, lembrando o trabalho desenvolvido no âmbito do Conselho Municipal das Pescas, no que respeita à discussão dos problemas e soluções para as actividades ligadas ao mar, e a urgência da construção de um
Desde que foi criado o Porto de Sesimbra que está prevista a construção de uma estrada, de uma via de acesso Francisco Jesus
novo acesso ao Porto de Abrigo. “Desde que foi criado o Porto de Sesimbra que está prevista a construção de uma estrada, de uma via de acesso. O Porto de Sesimbra DR
O presidente da Câmara considerou este encontro de grande importância para debater o sector das pescas
já teve altos e baixos, felizmente neste momento tem mais altos que baixos e hoje muitas das vezes não tem condições para escoar o seu pescado porque não tem uma ponte aérea entre Sesimbra e Setúbal ou Lisboa”, referiu, explicando que “muitas das vezes é impossível que os veículos pesados, sobretudo quando chove, consigam fazer a estrada de acesso pelo meio do núcleo urbano da vila de Sesimbra”. Para além da urgência relacionada com as acessibilidades, o edil considera ainda que “para alavancar o sector com mais jovens e investimento é possível também expandir a seco para os territórios mais próximos do porto a capacidade industrial e de transformação que ele pode representar”. A sessão de encerramento contou ainda com a presença de João Delgado, presidente da Mútua dos Pescadores, e Sérgio Faias, presidente da Docapesca, que vincaram o papel insubstituível da pesca no sector alimentar e lembraram os problemas e desafios dos homens do mar. O dia ficou também marcado pela homenagem a António Pila e José Festas, dois dirigentes associativos sesimbrenses ligados ao mar. O programa comemorativo do Dia do Mar incluiu ainda a apresentação e lançamento do livro Padrões de Movimento de Raias na Arrábida: Estudo da Ecologia Espacial de Espécies Vulneráveis no Parque Marinho Luiz Saldanha, da autoria de Inês Sousa, vencedora do Prémio Científico 2019, no Núcleo Museológico Capela do Espírito Santo dos Mareantes, e a exibição do filme Terra Nova, em cujo elenco participa o actor sesimbrense Paulo Manso, que esteve no Cineteatro Municipal João Mota, juntamente com o realizador do filme, Artur Ribeiro, para responder a questões e revelar algumas curiosidades sobre a longa metragem.
INICIATIVA
Concurso de apoio ao comércio local está de volta nas três freguesias Inês Antunes Malta A segunda edição do concurso “Em Sesimbra, Natal é no comércio local e tradicional” regressa este sábado, dia 20, e decorre até 6 de Janeiro, nas três freguesias do concelho. As inscrições para os estabelecimentos que pretendam aderir à iniciativa, por sua vez, decorrem até esta sexta-feira, 19. Ao concurso, cujo objectivo é apoiar e valorizar o comércio local e tradicional e promover em simultâneo hábitos de consumo locais, podem aderir todos os estabelecimentos de comércio a retalho tradicional e de proximidade, bem como de prestação de serviços, do concelho de Sesimbra. Na sua primeira edição, em 2020, o município sesimbrense registou “uma boa adesão de comerciantes e clientes a esta iniciativa, com a emissão de 70 mil cupões, 35 mil cupões entregues para sorteio e uma estimativa do valor transacionado de cerca de 600 mil euros nos 200 estabelecimentos aderentes”. No que diz respeito à participação do concurso, por cada 10 euros de compras nos estabelecimentos aderentes será entregue um cupão, até a um máximo de cinco cupões por compra, que deverão ser devidamente preenchidos e ser posteriormente depositados nos Balcões Únicos de Serviços de Sesimbra, Quinta do Conde ou Balcão Único Móvel, na Junta de Freguesia de Santiago, na Junta de Freguesia do Castelo, na Junta de Freguesia da Quinta do Conde e nos mercados municipais de Sesimbra e da Quinta do Conde. O sorteio tem lugar a 12 de Janeiro, pelas 16h30, na Sala Polivalente da Biblioteca Municipal e é transmitido no canal do Youtube do município. Os resultados serão publicados no site da Câmara Municipal de Sesimbra e das Juntas de Freguesia de Santiago, Castelo e Quinta do Conde, bem como nas respectivas redes sociais destas entidades e em órgãos de comunicação social locais. Os prémios devem ser reclamados no prazo máximo de 30 dias a contar da data da realização do sorteio, nas instalações da autarquia sesimbrense, mediante apresentação, por parte do vencedor, da respectiva identificação e da factura da compra.
17 de Novrmbro de 2021 O SETUBALENSE 13
Junta participa em acção de sensibilização para situações de emergência
A Junta de Freguesia da Quinta do Conde marcou presença na acção de sensibilização “Situações de Emergência e Segurança em Edifícios”, organizada pela Câmara Municipal de Sesimbra. A iniciativa, que decorreu no auditório do Centro de Estudos e Culturais Raio de Luz, com a
Quinta do Conde
colaboração do Gabinete Municipal de Proteção Civil, teve como objectivo capacitar os dirigentes associativos para promover a segurança dos espaços e elaborar um plano de emergência e evacuação em instalações desportivas, sedes e salas de convívio das associações.
GRUPO CONSTITUIU-SE OFICIALMENTE A 29 DE ABRIL
Rotary Club define fim da poluição na Ribeira de Coina como projecto ambiental DR
Identificar fontes de poluição e formas de a travar entre os principais objectivos
“Angariar patrocínio para algumas bolsas de estudo, atribuídas em função das notas e dos rendimentos do agregado familiar António Matias
Inês Antunes Malta Com a primeira reunião de formação do clube a 9 de Janeiro e a constituição oficial, a nível do Rotary Club International, a 29 de Abril, o recém-formado Rotary Club Quinta do Conde recebeu, no final do mês de Outubro, o seu Certificado de Constituição. A O SETUBALENSE, o presidente, António Matias, conta que a ideia para a criação do Rotary Club da Quinta do Conde “surgiu de uma conversa entre o companheiro João Peralta, do Rotary Club do Barreiro, clube padrinho, e o então presidente da Junta de Freguesia da Quinta do Conde, Vitor Antunes, também companheiro, neste momento”. Os dois consideraram “existir na vila quintacondense massa crítica e pessoas com espírito para tal” e começaram a partir daí a endereçar convites para integrar o grupo. Neste início de actividade, António Matias conta que: “No primeiro projecto, entregámos três computadores portáteis e um monitor ao Agrupamento de Escolas da Quinta do Conde e, mais recentemente, através da Quinta do Peru, que realizou algumas remodelações nas suas instalações, mais de uma dezena de sofás foram doadas ao Destacamento de Bombeiros da Quinta do Conde”. Para o presidente do Rotary Club quintacondense, “o objectivo principal é provocar a união e cumplicidade no grupo. Somos 17 e ninguém se conhecia. Não se consegue desenvolver trabalho se não houver cumplicidade, amizade e companheirismo e isso já é algo visível. Todos se dão muito bem e estão muito envolvidos e empenhados”. No domínio do ambiente: “Descobri que a Quinta do Conde, antes de se chamar assim, denominava-se Quinta da Ribeira de Coina, antes de passar ao Conde de Ataíde, a quem o nome actual da vila
A entrega do Certificado de Constituição do Rotary Club da Quinta do Conde teve lugar na Quinta do Peru
faz hoje jus e um dos projectos âncora do clube é precisamente incidir sobre a Ribeira da Coina”. Identificar o que a polui e quais são as formas de travar essa mesma poluição são os primeiros passos a dar. “Vamos fazer disso uma bandeira”, garante, partilhando que será marcada uma reunião com o presidente da Câmara Municipal de Sesimbra, Francisco Jesus, e manifestando a intenção de estabelecer igualmente contacto com as câmaras do Barreiro, uma vez que a ribeira pertence ao município barreirense, e de Setúbal, porque a ribeira nasce na Arrábida. Na vertente ambiental, António Matias destaca ainda o projecto Lean, de concepção japonesa, “que visa maximizar as eficiências e os gastos energéticos" e que pretende "implementar em
algumas colectividades e organizações locais”. No seu todo, o objectivo do Rotary “incide mais sobre as instituições vocacionadas no apoio à comunidade e às pessoas mais carenciadas e debilitadas para abranger um leque maior”.
Bolsas de estudo, uma rotunda e sede própria entre os planos
Neste primeiro ano, o Rotary Club da Quinta do Conde crê conseguir “angariar patrocínio para algumas bolsas de estudo, atribuídas em função das notas e dos rendimentos do agregado familiar, para jovens que vão ingressar no ensino superior”, sem esquecer outros projectos “que estão ainda a ser cozinhados e a seu tempo serão divulgados”. A Câmara Municipal de Sesimbra ce-
deu a rotunda em frente à superfície comercial Aldi, no Casal do Sapo, para colocação do marco rotário. “Costumamos colocar o símbolo do Rotary à entrada de cada uma das comunidades em que nos inserimos e neste caso ficará no Casal do Sapo, onde nasceu a Quinta do Conde, apesar de ter tido mais desenvolvimento junto à Estrada Nacional”, explica. O grupo reúne todas as semanas, três vezes presencialmente, uma na sede, à quarta quinta-feira de cada mês. A primeira e terceira vezes a reunião tem lugar no restaurante Table and Golf na Quinta do Peru. À segunda e quinta vezes, quando o mês tem cinco quintas-feiras, os encontros são online, via Zoom. O próximo evento oficial está mar-
cado para Dezembro, a 16, com a visita oficial do governador ao clube. No próximo ano, entre Janeiro e Fevereiro, haverá ainda lugar para a cerimónia de homenagem ao profissional do ano. “Sendo o Rotary um clube de profissionais dos mais variados ramos e áreas é nossa norma a distinção de uma pessoa que seja reconhecida na comunidade pelo seu desempenho no ano”, esclarece. Nos finais de Junho, acontece a transmissão de tarefas, com a passagem de testemunho do actual presidente ao próximo, uma vez que o calendário rotário compreende-se entre 1 de Julho e 30 de Junho. “Há muito caminho para fazer. Somos um clube acabado de nascer e construir uma casa de raiz nem sempre é fácil. Somos um milhão e 200 mil no planeta, existimos desde 1905 e o objectivo primeiro do Rotary é servir. Considero que para que o Rotary possa servir tem de existir companheirismo e união entre os seus membros”, refere. “Somos um grupo de profissionais que se juntam em ambiente de companheirismo com os olhos focados na comunidade, nas necessidades da comunidade e no voluntariado”, remata.
14 O SETUBALENSE 17 de Novembro de 2021
Desporto
DEFESA JOGOU PELA ÚLTIMA VEZ PELOS SADINOS A 14 DE MAIO DE 2016
Miguel Lourenço está ansioso por voltar a jogar pelo Vitória FC DR
Ambição: “Queremos em Maio, no final desta competição, estar todos a festejar” Ricardo Lopes Pereira Cinco anos e meio depois de ter actuado pela última vez com a camisola do Vitória FC, o defesa Miguel Lourenço não vê a hora de voltar a jogar oficialmente pelos sadinos. Contratado no passado mês de Julho, o central, que esteve até há pouco tempo sob vigilância departamento médico, já se encontra apto a dar o seu contributo à equipa, podendo, caso o treinador Pedro Gandaio o entenda, estrear-se no sábado (15 horas) na recepção ao U. Santarém. Apesar da sua vontade em estrear-se o quanto antes na presente temporada pelo Vitória, de Miguel Lourenço, de 29 anos, sublinha que o mais importante, independentemente de quem jogue, é colocar sempre o objectivo colectivo em primeiro lugar. “Sabemos que há um longo e difícil caminho pela frente, mas queremos em Maio, no final desta competição, estar todos a festejar”. O central, que passou um total de 10 épocas no clube, entre os escalões de formação e a equipa principal, assegura que existe uma relação saudável num plantel em que Bruno Bernardo e François têm sido os homens mais utilizados no eixo da defesa. “O espírito da equipa está como sempre esteve. Com foco máximo e grande amizade e irmandade entre todos nós”. Numa competição que se antevê muito equilibrada e complicada para todos os intervenientes, Miguel Lourenço frisa que só com uma grande atitude e empenho a equipa poderá conseguir a meta a que se propõe no final da temporada. “Sabemos que só assim poderemos alcançar os
Central Miguel Lourenço aguarda oportunidade para se estrear em 2021/22
Central passou um total de 10 épocas no clube, entre os escalões de formação e a equipa principal
nossos objectivos. Esta Liga 3 pode e traz-nos muita coisa positiva e muita competitividade entre todos nós”. Quando a 14 de Maio de 2016 jogou pela última vez pelo Vitória, ajudando os sadinos a empatarem (0-0) com o Paços de Ferreira e a alcançarem a permanência da prova na derradeira jornada da I Liga de 2015/16, o atleta dificilmente conseguiria prever que volvidos cinco anos e meio estaria de volta a Setúbal para actuar pelo emblema que o lançou como profissional.
A 14 de Agosto de 2021, numa publicação que fez no seu Instagram por ocasião da estreia do clube na Liga 3, o jogador confessou o seu desejo de “retribuir” o que o clube lhe proporcionou. “Mais uma época que começa! Com o propósito de retribuir tudo o que este clube e cidade me deram. Seguimos juntos no nosso caminho, caminho esse que será longo e difícil mas tudo faremos para deixar o Vitoria mais perto do seu lugar”.
Em 2016/17, por empréstimo do Vitória, o defesa rumou ao Zira FK, equipa do primeiro escalão do Azerbaijão. Após a aventura azeri, já desvinculado dos sadinos, assinou um contrato com o União da Madeira, clube em que apontou dois golos em 16 partidas. Nas três épocas seguintes (2018/19 a 2020/21), representou o Mafra, sempre na II Liga, totalizando nesse período 43 partidas. Natural da Quinta do Conde, no concelho de Sesimbra, Miguel Lourenço começou por actuar nas escolinhas do AD Quinta do Conde, a que se seguiu o Fernão Ferro e o EFAP, ingressando depois nos sub-15 do Vitória, clube que representou de 2006/07 a 2015/16 com empréstimos pelo meio ao Casa Pia, em 2011/2012, e Santa Clara, em 2013/2014. Refira-se que como sénior, o central tem no Vitória o clube que mais vezes representou (51 jogos). Enquanto vestiu de verde e branco, Miguel Lourenço foi internacional jovem por Portugal em três ocasiões nos sub-16, outras três nos sub-17, duas nos sub-18 e cinco nos sub-21. Entretanto, o plantel vitoriano continua a preparar a estratégia a colocar em prática frente ao U. Santarém, que segue na última posição da série B da Liga 3, com quatro pontos conquistados em sete jornadas. Apesar de estarem na cauda da tabela, os ribatejanos vão jogar no Bonfim depois de terem imposto uma igualdade (1-1) ao Amora na ronda anterior, resultado que interrompeu uma série de cinco desaires consecutivos. Recorde-se que o encontro com o U. Santarém é referente à quinta jornada da competição, que estava 2 de Outubro. O adiamento deveu-se ao falecimento da mulher do capitão do Vitória, José Semedo. Depois de os sadinos terem solicitado a alteração da data do encontro, tanto a Federação Portuguesa de Futebol como o emblema ribatejano acederam ao pedido dos setubalenses.
17 de Novembro de 2021 O SETUBALENSE 15
Pinhalnovense contrata Carlos Fernandes para coordenador geral do futebol
Depois de analisar a situação cada vez mais exigente na gestão do futebol de formação e considerando as tarefas para cumprir os objectivos da “Entidade Certificadora”, a gestão técnica e pessoal de todos os agentes desportivos,
o enquadramento do clube na realidade local e distrital, o Clube Desportivo Pinhalnovense decidiu estabelecer um acordo com o professor Carlos Fernandes para despenhar as funções de coordenador geral para o futebol, nesta época de 2021 / 2022.
BASQUETEBOL
FUTEBOL FEMININO
Barreirense é líder na 3.ª Divisão Nacional só com vitórias
Barreirense e Galitos defrontam-se esta noite para acerto de calendário DR
“Sabemos o que somos, para onde seguimos e o que queremos alcançar”, refere o treinador Luís Ramalho
Emoção é coisa que não vai faltar porque em confronto vão estar as duas melhores equipas da Zona Sul
José Pina No final da primeira volta, a equipa feminina do FC Barreirense encontra-se em primeiro lugar com 15 pontos, produto de cinco vitórias nos cinco jogos realizados. É também a equipa com mais golos marcados (21) e, juntamente com o Amora B possui a defesa menos batida da Série J com apenas quatro golos sofridos. Como analisa o comportamento da equipa até ao momento? Acabámos a primeira volta em primeiro lugar, numa série com adversários de valia. A nossa equipa trabalhou muito bem desde o primeiro dia da pré-época. Mesmo com algumas limitações e condicionantes, que foram existindo, mantivemos o foco e o caminho certo para neste momento estarmos em excelente momento de forma. A equipa está a corresponder ao que esperava ou a superar as expectativas? A equipa está ao nível esperado. Este trabalho, que dura à quase dois anos, começa a dar os seus frutos. Mantivemos cerca de 85% do plantel da época passada e reforçámos o grupo com 4 ou 5 aquisições para zonas importantes que tínhamos identificado, que se integraram muito bem no grupo e na nossa metodologia de trabalhar. Apesar da época passada ter sido atípica, só com 8 jogos devido à pandemia, trabalhámos com o grupo das seniores e juniores juntos durante toda a época, o que levou também a um crescimento fantástico das jogadoras. Mas, penso que existem ainda mais expectativas para superar, como sempre fui ambicioso tento transmitir essa ambição para todo
Em comunicado o clube agradece a colaboração do mister Valter Romão que deixa de exercer o cargo de director desportivo e adianta que vai manter a certificação da “Entidade Certificadora”, 2021/2022, na gestão de Valter Romão.
José Pina
Luís Ramalho, treinador do Barreirense
o grupo. O segredo será sempre a humildade, o espirito de grupo e camaradagem. No final da primeira volta a equipa só tem vitórias, acredita que pode chegar ao fim invencível? O nosso pensamento será sempre ir alcançando jogo a jogo novos objectivos e metas. Neste momento, todos os objectivos que estabelecemos foram alcançados a 100%, o que espelha bem o compromisso e a vontade que elas tiveram para os alcançar. É neste clima de cumplicidade e desafios constantes que mantemos o grupo focado e orientado para aquilo que todos queremos. Sabemos que ter uma equipa invencível ao longo de uma época inteira é coisa rara. Mas se pensarmos sempre jogo a jogo ficaremos mais perto de o conseguir. Contudo, temos que estar preparados para perder algum jogo e dele retirar as lições necessárias para recuperar logo de seguida. Seria um feito histórico para o futebol feminino do FC Barreirense realizar 10 jogos numa fase de campeonato só com vitórias ou sem uma única derrota. O objectivo passa pela subida de divisão? O objectivo passa por jogo a jogo
tentar vencer os obstáculos que as equipas adversárias nos vão colocar. Por sermos líderes só com vitórias, todas as equipas na segunda volta vão olhar para nós como um alvo a abater. Teremos de estar preparados para isso. A segunda volta vai ser dura. Para pensarmos em subidas de divisão, temos primeiro que disputar mais 5 finais de grande intensidade que nos vão permitir e dar a perceber se estamos preparados para isso. Internamente sabemos o que somos, para onde seguimos e o que queremos alcançar. Essa será sempre a nossa maior força. Há algo mais que queira acrescentar? Deixar um agradecimento especial a toda a estrutura do Futebol Clube Barreirense e em especial ao departamento de futebol feminino por nos tentarem dar sempre as condições mínimas necessárias para trabalhar, aos adeptos e familiares pelo apoio incondicionalmente dado à equipa, aos meus colegas de equipa técnica (Sandra Pires, Rafael Costa, Nuno Monteiro e Ricardo Zego), por todo o trabalho excepcional que temos feito e às minhas jogadoras que formam um grupo fantástico de atletas.
O Pavilhão Municipal Luís de Carvalho vai ser palco esta noite, pelas 21 horas, do dérbi entre Barreirense e Galitos relativo à 4.ª jornada da Proliga, que ficou adiado no dia 30 de Outubro. Frente a frente vão estar os dois primeiros classificados da Zona Sul, que se encontram separados apenas por um ponto, com vantagem para o Galitos que conta por vitórias todos os jogos disputados e detém o estatuto de única equipa invencível do campeonato, incluindo as duas zonas. Pelas suas características estes jogos são sempre interessantes de ver e mesmo que uma equipa esteja melhor que a outra, nunca há favoritos. Emoção é coisa que não vai faltar, certamente. Para este encontro as equipas vêm ambas de resultados idênticos, o Galitos de uma vitória em Olhão, por 100-81, e o Barreirense também de uma vitória sobre o Belenenses, por 82-62. A vitória do Galitos no Algarve foi
obtida sobre o Ginásio “Patês Manná” por margem bastante confortável, sinónimo da superioridade evidenciada ao longo do encontro, vencendo os três primeiros parciais (16-22, 17-31 e 22-29). No último período, já com o marcador bem dilatado, a equipa do Barreiro abrandou o ritmo e os algarvios aproveitaram para recuperar algum do espaço perdido (26-18), mas a vitória estava mais que consumada. Malcolm Richardson com 22 pontos, cinco ressaltos, sete assistências e dois roubos de bola foi o jogador que mais se destacou no Galitos. Num duelo entre dois históricos da modalidade, o Barreirense levou a melhor sobre o Belenenses, vencendo por uma diferença de 20 pontos (82-62). Depois de uma primeira parte marcada pelo equilíbrio, em que o Belenenses esteve melhor no primeiro período (18-21) e o Barreirense no segundo (19-12), pode dizer-se que o jogo foi decidido no terceiro período em que a equipa do Barreiro fez disparar o marcador a seu favor com o parcial de 20-9. No último quarto os homens do Restelo recuperaram ligeiramente (25-20) mas foi insuficiente para evitar a derrota. Joseph Allen com 29 pontos, 14 ressaltos, uma assistência, dois roubos de bola e um desarme de lançamento foi o jogador que mais se evidenciou mas Dexter Mcclanaha com 18 pontos também esteve em bom nível. DR
01:04 ~ 3.1 m ~ Preia-mar 07:08 ~ 0.9 m ~ Baixa-mar 13:16 ~ 3.2 m ~ Preia-mar 19:25 ~ 0.8 m ~ Baixa-mar
ALMADA
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SESIMBRA
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SINES
SETÚBAL TRÓIA
MARÉS
01:48 ~ 3.6 m ~ Preia-mar 07:37 ~ 1.0 m ~ Baixa-mar 14:03 ~ 3.6 m ~ Preia-mar 19:55 ~ 0.9 m ~ Baixa-mar
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