O Setubalense, o seu diário da região nº 736 dia 17 de Novembro de 2021

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As pessoas deslocam-se melhor para Lisboa do que entre estes municípios

Defendemos o Aeroporto do Montijo, com a condicionante das ligações Barreiro-Seixal e BarreiroMontijo O Metro Sul do Tejo não tem de ser necessariamente em carril, pode ser em BRT [Bus rapid transit] foi ao concurso público. Eu diria o contrário, nunca nos chegou qualquer manifestação de desistência. Aliás, pelo contrário, apareceram-nos até vários grupos de investimento imobiliário, a perguntar, logo a seguir a terem aparecido as notícias, se era possível tomarem a posição, porque o interesse é muito. E é bom que haja este interesse em investir no Barreiro. Existe interesse do mercado? Existe, é real, constante, e é bom sentirmos isso. Era também um dos nossos propósitos, há quatro anos, quando criámos um regulamento de incentivo e de apoio ao investimento, que as pessoas sentissem que o Barreiro é uma boa cidade para investir. Não temos dúvidas disso, acolhemos bem o investimento, somos rápidos a responder, temos um plano municipal de incentivos, em várias áreas, para quem quer fazer cá o seu investimento. O grupo Trivalor, com o projecto logístico para a zona de Palhais, é um exemplo perfeito; estamos a falar de um grupo que factura perto dos mil milhões de euros, que já esteve para se instalar no Barreiro e não se instalou exactamente porque as condições municipais eram mínimas. Hoje, também fruto desta abertura, investir no Barreiro é, não só um processo mais rápido, como é muito menos leonino para o investimento. Sobre o aeroporto; há alterações,

não apenas a Avaliação Ambiental Estratégica, mas também a mudança autárquica na Moita, que mudou da CDU para o PS. O posicionamento da Câmara do Barreiro continua o mesmo? É o mesmo de sempre, com ou sem mudanças autárquicas, porque estes posicionamentos resultam de reflexões e convicções profundas, que não se compadecem com ciclos eleitorais ou mudanças de autarquias. Aliás, a opinião que tinha antes de ser presidente, tenho-a como presidente, e continuarei ter quando deixar de ser presidente. Defendemos a viabilização do Aeroporto do Montijo, com a condicionante, essencial, das ligações Barreiro-Seixal e BarreiroMontijo. Estas acessibilidades são fundamentais com ou sem aeroporto, desde logo para criar sinergias na Margem Sul, de ligação, até por transporte público, entre estes concelhos. Hoje, as pessoas deslocamse mais rapidamente, em transporte público para Lisboa do que entre estes municípios. O projecto inicial do Metro Sul do Tejo (MST) incluía chegar ao Barreiro. Passados vários anos, isso não se concretizou. É importante, ou não? Fundamental. Tem-se estado a trabalhar nesse projecto até ao nível metropolitano, porque, Obviamente, são projectos estratégicos da AML. Eramos criticados porque prescindimos de uma ponte pedonal, para poder ir a pé ou de bicicleta ao Seixal, pois bem, o traçado do MST, o ponto de ligação, passa exactamente por aí. O Metro Sul do Tejo não tem de ser necessariamente em carril, pode ser em BRT [Bus rapid transit], que é um transporte de autocarro dedicado, com menos paragens que um autocarro tradicional. Vê alguma possibilidade de a expansão do MST até ao Barreiro ser concretizada? Vejo. Há-de ser concretizado. Sabemos que são investimentos intensivos de capital, mas também sabemos que não podemos querer desenvolver uma região e pensar nas ligações exclusivamente concêntricas na direcção à capital. É fundamental haver ligações, neste caso, SeixalBarreiro e Barreiro-Montijo. É importante que a regional Sul, que vai de Almada a Alcochete, seja feita de forma muito mais eficiente e eficaz, de preferência em transporte público. Num momento em que está na agenda mediática a questão do clima e do planeta, não podemos, por uma distância de um quilómetro, fazer 16 em transporte individual. É dos tais projectos estratégicos que, numa visão do todo, têm de ser implementados, com ou sem PRR.

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A Baía do Tejo, S.A., empresa pública de gestão territorial e de parques empresariais sitos nos concelhos do Barreiro, do Seixal, de Estarreja, de Almada e de Vendas Novas, pretende alargar a sua base de potenciais fornecedores a consultar no âmbito de procedimentos adjudicatórios, nos termos do seu Regulamento de Contratação (disponível para consulta em www.baiadotejo.pt), nomeadamente na área da construção civil e obras públicas. Por este motivo, solicitamos que eventuais interessados (Empresas com Alvará de Obras Públicas) possam remeter para a Baía do Tejo, S.A. um email para aprovisionamentos@baiadotejo. pt, fazendo referência ao presente Anúncio, com a respetiva apresentação da empresa e portefólio, manifestando interesse em se tornar potencial fornecedor qualificado, evidenciando as respetivas áreas de atu-ação preferenciais. A Baía do Tejo, S.A. irá analisar a informação remetida e poderá, havendo interesse nesse registo, remeter ao interessado um “Questionário de Qualificação de Potenci-ais Fornecedores”, cuja devolução devidamente preenchido é condição necessária para que a empresa interessada possa vir a tornar-se (ou continue a ser) potencial fornecedora qualificada da Baía do Tejo, S.A. e, consequentemente, ser eventual-mente considerada para futuros procedimentos adjudicatórios. 1391

Pais, também, toda renovada, assim como a zona da Doca Seca. Isto é uma amostra do investimento que foi feito estes quatro anos, mas tem de prosseguir. Na Avenida da Liberdade, a obra está a finalizar, até ao final deste ano. Falta ainda a zona do Barreiro velho, de frente para Lisboa, nomeadamente de Copacabana, que é a praia que está no final da área de intervenção do Polis. Mas já há muito investimento, cerca de 7,5 milhões, nos últimos quatro anos. Vale a pena visitar estas zonas de frente de rio, que foram reabilitadas, com equipamentos, com actividade económica. Vai haver também uma peça central neste quadro. Assinámos um acordo-quadro com a APA (Agência Portuguesa do Ambiente) para termos dois milhões de euros, a fundo perdido, para financiar a 100% o projecto de requalificação da Caldeira Grande. Não apenas para recuperar a massa de água daquela zona de rio, mas também para ter ali um espaço de lazer que vai ser icónico no Barreiro. Não é propriamente uma praia, como se diz de forma simplificada, mas a recuperação da caldeira, com uma nova utilização do espaço e o Moinho Grande, que já está em obra, igualmente recuperado. Também já recuperámos o Moinho Pequeno, no mandato anterior. Este esforço de investimento é contínuo. Vamos ter ainda um caminho longo, mas quero mesmo que, no final destes quatro anos, esta evidência seja ainda mais notada por todos. A Quinta do Braamcamp pode ajudar a mudar a imagem do Barreiro. Qual é o ponto de situação? Houve um parecer negativo da APA ao projecto? Não houve nenhum parecer negativo da APA. Isso é uma mistificação. O que houve apenas, via CCDR, foi um esclarecimento. Há uma zona passível de ser construída, que consta no PDM, e há uma zona que é REN (Reserva Ecológica Nacional), que pode ter edificação. Não edificação de casas, mas, pode ter, por exemplo, passadiços. O que nos foi colocado foi quais eram os materiais de construção a usar na zona dos passadiços que inclui uma solução de observação de aves. O projecto tem condições para avançar mas está pendente de uma providência cautelar, aliás, colocada por aqueles que foram agora, em urna, amplamente derrotados. O tempo de espera da decisão judicial é manifestamente muito. Sabemos que o investidor, ao contrário também daquilo que se diz, mantém o interesse no projecto. A Saint Germain confirmou que mantém o interesse? Há manifestação de interesse, porque


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